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Lê com atenção a cantiga que se segue.

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Se eu podesse desamar Mais rog’ a Deus que desempar3
a que[n] me sempre desamou, a quen m’ assi desemparou,
e podess’ algun mal buscar vel4 que podess’ eu destorvar5
a quen me sempre mal buscou! a quen me sempre destorvou.
5
Assi me vingaria eu, E logo dormiria eu,
se eu podesse coita dar 20
se eu podesse coita dar
a quen me sempre coita deu. a quen me sempre coita deu.

Mais1 non poss’ eu enganar Vel que ousass’ eu preguntar


meu coraçon, que m’ enganou, a quen me nunca preguntou,
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por quanto me fez desejar por que me fez em si cuidar6,
a quen me nunca desejou. 25
pois ela nunc’ en mi cuidou.
E por esto non dormio2 eu, E por esto lazeiro7 eu,
porque non posso coita dar porque non posso coita dar
a quen me sempre coita deu. a quen me sempre coita deu.

Pero da Ponte (CA 289, CV 567, CBN 923), in FERREIRA, Maria Ema Tarracha.
Antologia Literária Comentada – Idade Média. 5.ª ed. Lisboa: Ulisseia (pp. 49-50) (1.ª ed.: 1975)

1. Mas;
2. durmo;
3. desampare, abandone;
4. ou;
5. incomodar, perturbar;
6. pensar;
7. aflijo-me, lastimo-me.

Apresenta as respostas às perguntas de forma bem estruturada.


1. Sintetiza o desejo manifestado pelo “eu” ao longo da cantiga, referindo os motivos que o
determinam.
2. Propõe uma divisão fundamentada do poema em partes, atendendo ao desenvolvimento do
seu assunto.
3. Aponta dois dos traços de carácter da mulher apresentada pelo sujeito poético, confirmando
as tuas asserções com elementos textuais.
4. Destaca a expressividade do jogo de tempos verbais nas duas variantes do refrão.
5. Comprova a classificação do poema como cantiga de amor.

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