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Ficha nº 12 André Rocha

1 “As emoções têm um papel fundamental no processo de adaptação e


comunicação dos seres humanos”. Explica o sentido desta afirmação.
As emoções contêm uma grande importância no processo de adaptação e
comunicação dos seres humanos, na perspectiva do desenvolvimento da
espécie e do desenvolvimento individual. É muito difícil disfarçarmos as
nossas emoções por muito que tentemos, comunicamos o que estamos a
sentir através de um torcer de mãos, através da alteração do tom de voz s
emoções estão presentes nas interacções sociais, acompanhando ou até
substituindo a expressão linguística. As emoções surgiram na Historia da
Humanidade como meio eficaz de comunicação. Os sinais emocionais –
sorriso, choro, expressões faciais, grito constituem um sistema de
comunicação precoce que permite ao bebe levar o adulto a participar na
sua sensibilidade e a obter as respostas necessárias ao seu bem-estar e
à sua sobrevivência. As emoções são o primeiro modo de comunicação e de
relação do bebe com o mundo que o envolve.

As manifestações emocionais do bebe são fundamentais, porque


correspondem a sinais que visam mobilizar os adultos no sentido de lhe
facultarem o que é necessário. Mesmo quando já de posse da linguagem e de
outros meios mais elaborados de interacção, a criança, em posição de
grande aflição, recorre às emoções para assegurar uma comunicação
expressiva de um determinado estado. As emoções têm, portanto, um
valor adaptativo, porque são sinalizadoras de determinados estados. O
código de comunicação que as constitui pode ser menos preciso que o
código linguístico, mas a comunicação é mais rápida e poderosa.

2 Esclarece o conceito de emoção.


As emoções são processos desencadeados por um acontecimento, pessoa,
situação que é objecto de uma avaliação cognitiva que nem sempre é
voluntária. A emoção é um fenómeno subjectivo que pode pressupor reacções
biológicas e físicas. A expressão das emoções pode suscitar determinadas
acções (fugir, gritar, saltar) ou desencadear novas emoções em pessoas que
nos acompanhem. As emoções concretizam-se no presente, como um estado
intenso, público e momentâneo, extremamente voltado para o exterior.

3 Distingue emoções de afectos e sentimentos.


As emoções são processos desencadeados por um acontecimento, pessoa,
situação, que é objecto de uma avaliação cognitiva nem sempre consciente.
A emoção é uma experiência subjectiva que pode ser acompanhada por
reacções orgânicas (modificação do ritmo cardíaco, do tónus muscular),
de mímicas, de gestos, movimentos e expressões vocais. Pode traduzir-
se por uma tendência para a acção, como por exemplo, a fuga, no caso do
medo. As expressões das emoções desencadeiam, junto de quem esta
presente, reacções que poderão suscitar novas emoções. Tal como na
emoção, quando falamos de afectos falamos de relação. A relação implica
sempre uma troca, em que se dá e se recebe, o que envolve sempre
uma modificação nos elementos envolvidos. Os afectos exprimem-se
através das emoções, sendo organizadas pelas experiencias emocionais
que se repetem. Os afectos, que podem exprimir-se pelo amor mas também
pelo ódio, são vividos intensamente sob a forma de emoções. Os afectos
remetem-nos para o passado pois são construídos ao longo do tempo, já a
emoção concretiza-se no presente. Os sentimentos são estados voltados
para o interior, são privados, enquanto que as emoções são dirigidas
para o exterior, são publicas, tendo assim uma dimensão comunicacional.
Logo os sentimentos não são observáveis ao contrário das emoções. Um
outro aspecto diferenciado das emoções e dos sentimentos é que,
enquanto as emoções se caracterizam por uma grande intensidade e
uma duração breve, os sentimentos prolongam-se no tempo e são de menor
intensidade de expressão.

4 Apresenta as diferentes componentes das emoções.


Componente cognitiva - Ocorre quando tomamos conhecimento do facto: se
não houver conhecimento deste, não se experimenta qualquer emoção;
Componente avaliativa - Fazemos uma avaliação, agradável ou desagradável,
da situação;
Componente fisiológica - Manifestações orgânicas, corporais face à emoção;
Componente expressiva - Expressões corporais que permitem mostrar ao outro
as nossas emoções;
Componente comportamental - Comportamento que o sujeito poderá ter face
ao outro, é o estado emocional que desencadeia determinado conjunto de
comportamentos;
Componente subjectiva - Relaciona-se com o que o indivíduo sente a nível
emocional e interior a que só ele tem acesso, ou seja, é o estado afectivo
associado à emoção.
A emoção não se pode resumir a nenhuma destas componentes, sendo que
uma influência todas as outras.

5 Explica a perspectiva evolutiva sobre as emoções defendida por


Darwin e Ekman.
Charles Darwin procurou traços comuns na expressão de emoções em vários
povos, e identificou seis emoções primárias: a alegria, a tristeza, a surpresa, a
cólera, o desgosto e o medo. Considerou que as emoções têm um papel
adaptativo fundamental na história da espécie humana, sendo determinante
para a sua capacidade de sobrevivência.
Mais tarde, Paul Ekman procurou testar uma tese que defendia que povos
diferentes teriam emoções diferentes. Utilizou fotografias de norte-americanos
a interpretar as seis emoções primárias, para questionar o povo Foré e apurar
se conseguiam identificá-las. Acabou por confirmar a tese de Darwin: há
emoções que são universais, independentes do processo de aprendizagem e
da cultura em que se manifesta. Não nega a influência da cultura nas emoções,
na medida em que há regras que controlam a sua expressão. Porem, existe um
património comum ao nível das emoções e da sua expressão.

6 Para William James a consciência das emoções depende da


consciência das alterações orgânicas. Explica a sua concepção.

William James considerava que as emoções resultariam da consciência das


mudanças orgânicas provocadas por determinados estímulos. Assim, numa
situação de perigo eu tenho medo porque fujo e não ao contrário. Tomo
consciência das pernas a tremer, da respiração ofegante, o que me faz sentir
medo. As emoções resultam das percepções do estado do corpo, das
mudanças orgânicas provocadas por estímulos. O estado de consciência de
emoções como a cólera, a alegria, a raiva, resume-se à consciência de
manifestações fisiológicas. Um aspecto positivo da sua teoria, foi ter
considerado que a emoção é um estado subjectivo e ter mostrado o interesse
do estudo das emoções.

7 Apresenta a perspectiva cognitivista sobre as relações entre os


processos cognitivos e as emoções.

De acordo com a perspectiva cognitivista, existe uma relação entre o que


pensamos e o que sentimos. Para os defensores desta perspectiva, as
nossas cognições são um elemento fundamental no desencadeamento das
emoções. Seriam factores de ordem cognitiva que explicariam os estados
emocionais: é o modo como eu encaro uma situação, como a interpreto, que
causa a emoção, e não a situação ou acontecimento propriamente ditos.
A emoção é determinada pelo modo como representamos a situação e pela
avaliação pessoal que lhe damos.

A cólera, o medo e a alegria dependem da interpretação da situação, e


esta interpretação é controlada pelos sistemas cognitivos internos. As
emoções dependem, assim, do modo como se avaliam as situações, as
relações com os outros. É o processo de avaliação de um acontecimento e as
suas consequências que define as emoções: as emoções não são as mesmas
se o acontecimento é percebido como novo ou como habitual.
8 Enuncia as teses fundamentais da perspectiva culturalista.
Os defensores da concepção culturista, sustentam que as emoções são
comportamentos aprendidos no processo de socialização. Consideram que
as emoções são uma construção social, necessitam de ser aprendidas. A
cada cultura correspondem diferentes emoções e diferentes formas de as
exprimir. Cada cultura tem o seu conjunto de regras que especificam o
tipo de emoções que se podem manifestar nas diferentes situações, e os
comportamentos adequados para exprimirem as diferentes situações.
Diferentes sociedades valorizam, inibem ou circunscrevem a certas ocasiões
a expressão das emoções fundamentais. Existe uma linguagem da emoção
reconhecida por todos aqueles que pertencem à mesma cultura.

9 As emoções só podem ser compreendidas com o contributo das


várias perspectivas. Concordas. Porquê?
Concordo porque para explicar toda a riqueza das emoções, é necessário ter
em consideração todos os aspectos: fisiológicos, comportamentais e
expressivos, genéticos, cognitivos, cerebrais e subjectivos. Não existe um
quadro teórico que reúna de forma integrada todos estes aspectos. Por isso,
faz sentido encarar as teorias como diferentes propostas de explicação, como
vários pontos de vista que nos permitirão entender melhor as emoções. As
várias perspectivas contribuem, com as suas interpretações, para a
compreensão das emoções e dos modos como se manifestam.

10 António Damásio centra-se sobretudo nas relações entre a razão e a


emoção. Mostra a importância das suas conclusões.
António Damásio numa das suas pesquisas conclui que ao contrário do que
pensava, as emoções e os sentimentos não são um obstáculo ao
funcionamento da razão, estão envolvidas designadamente nos processos
de decisão. António Damásio não advoga que a emoção substitua a razão.
Reconhece até que, em muitas circunstâncias, perturbados por fortes
emoções, somos levados a fazer opções erradas. Considera, antes, que a
emoção bem dirigida parece ser o sistema de apoio sem o qual o edifico da
razão não pode funcionar eficazmente. Emoção e razão estariam na base das
nossas decisões, sendo dois processos essenciais para a escolha entre as
várias opções possíveis. As emoções são, portanto, processos
indispensáveis no acto de decidir. Por isso, Damásio propõe que a
afirmação de pascal “O coração tem razões que a própria razão desconhece”
seja substituída por “ O organismo tem algumas razoes que a razão tem de
utilizar”
12 Analisa o processo de tomada de decisão na perspectiva de
Damásio.
Quando temos que tomar uma decisão é preciso, ter conhecimento da
situação sobre a qual se tem de decidir, conhecer as diferentes opções
de acção e conhecer as consequências de cada opção no presente e no
futuro. António Damásio considera que a selecção das melhores opções não
é necessariamente produzida através do raciocínio. Omite-se a existência de
um mecanismo que cria um repertório que orienta as diferentes opções para a
selecção. Damásio chama atenção para o facto de que a análise de todas
as possibilidades e as respectivas consequências lógicas inviabilizariam
qualquer decisão. Segundo ele a análise rigorosa de cada uma das hipóteses
levaria

tanto tempo que a opção escolhida deixaria de ser oportuna, ou, então,
perder-nos-íamos nos cálculos das vantagens e desvantagens. Para
Damásio o processo de tomada de decisão seria suportado por duas vias
complementares funcionando paralelamente. A primeira via, seria a
representação das consequências de uma opção é disponibilizada pelo
raciocínio e a segunda via seria, a percepção da situação provoca, ao mesmo
tempo, a activação de experiencias emocionais experimentadas anteriormente
em situações semelhantes.

13 O conceito de marcador somático é central na teoria de Damásio.


Regista em que consiste.
António Damásio, através das investigações que levou a cabo, concluiu que
uma das actividades reconhecidas como fundamentalmente racionais – a
tomada de decisão – recorre também à emoção. Face às v árias opções
possíveis, o rigor lógico do raciocínio não permite optar: têm de ser convocadas
experiências emocionais vividas anteriormente em situações semelhantes. A
tomada de decisão depende, assim, de duas vias complementares:
raciocínio e experiências emocionais anteriores. Estas experiências
emocionais ficariam marcadas no nosso cérebro nas áreas pré-frontais
sob a forma de “marcadores somáticos”, segundo Damásio Numa situação em
que é necessário decidir, processar-se-ia uma ligação entre o tipo de
situação e o estado do corpo (estado somático). As manifestações
corporais associadas à situação vivida simulariam as consequências
esperadas, orientando as escolhas, as decisões.

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