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Universidade Federal do Acre- UFAC

Centro de Filosofia e Ciências Humanas


ABI – Ciências Sociais

Produção Textual: Resenha crítica sobre a obra “Alienação e


envolvimento”

Francisco Roni Souza Zumba

Rio Branco, AC
2019
Resenha crítica sobre a obra “Alienação e envolvimento”

Esta resenha abordará a obra “Envolvimento e alienação”, publicada em


1998, da autoria de Norbert Elias. O autor desta obra nasceu em Breslau em
1897 e morreu em Amsterdã em 1990. Filho de judeus alemães, estudou
Medicina, Filosofia para então migrar para Sociologia. De acordo com Carneiro
(2005) este autor trouxe grandes contribuições para a sociologia devido ao
aparato temático e conceitual que ele produziu.

As reflexões a seguir estarão restritas apenas ao Capítulo I:Questões de


envolvimento da alienação. Em geral, este capítulo trata da apresentação da
alienação e do processo cientifico das ciências sociais comparado com o das
ciências naturais. O autor inicia o capítulo abordando sobre o equilíbrio existente
entre o “envolvimento e alienação”. Ele aponta que o adulto normalmente
apresenta-se exatamente entre os dois, como se fosse uma régua numérica com
números negativos antes do zero e números positivos após o zero, espera-se
que o adulto esteja exatamente no zero. Contudo, é também aceitável a variação
do comportamento entre envolvido e alienado dependendo das pressões sociais.
De início já percebemos o que Carneiro (2005) havia falado a respeito das
contribuições conceituais de Norbert Elias, estabelecendo assim os termos
“envolvimento” e “alienação” relacionando-os com fatores sociais.

A seguir o autor questiona a possibilidade de taxar pessoas como muito


ou pouco alienada (ou envolvida), levando em consideração aspectos como a
transição entre estes dois polos e variações individuais. Ou seja, um mesmo
indivíduo ora pode estar muito alienado, ora pouco alienado e se colocado numa
mesma situação que outra pessoa demonstrar grau diferente de alienação ou
envolvimento. Neste ponto, podemos observar uma das características mais
marcantes da humanidade: a sua alta capacidade de mudança. Aspecto este
que será desenvolvido no decorrer da obra se estendendo não só as mudanças
do ser humano, mas a ciência que estuda as relações sociais.

Ao abordar sobre a pesquisa cientifica na natureza, Norbert explica que a


condição pelo qual o cientista trabalha forma o ambiente propício para a
alienação. Isso ocorre devido a procedimentos institucionais, a relação entre
resultados e aspirações ou ideais dos grupos com quem se identificam. Forma-
se então o início do debate que é marcante no texto, sobre a não valoração do
conhecimento cientifico.

Ainda a respeito da pesquisa na natureza, Norbert defende que até


mesmo estes estudos não estão isentos de valoração e que os conjuntos de
valores das ciências naturais diferem das ciências sociais. Essa não valoração
na verdade serviria para encobrir qualquer tipo de crítica ao trabalho e que viesse
no futuro a tirar sua importância. Ao comparar os trabalhos das ciências sociais
com os das ciências naturais o autor fala que as ciências naturais encontram se
protegidas institucionalmente, e que isso seria transmitido como uma forma de
tradição. Por fim, o autor aborda a maior restrição da abordagem natural e o
maior controle de manipulação das forças naturais.

Norbert compara a mudança do pensamento e atitudes do homem em


relação a natureza com aquelas que ocorreram em tempos primitivos, na qual o
homem passou a ter domínio da pedra polida e também o domínio da agricultura,
mudando sua forma de ver e ocupar o ambiente. Segundo o autor, quanto maior
fosse o controle da natureza mais fácil seria estender o controle. Ao que parece,
durante a obra a expressão controle vai estar sempre associada ao crédito sobre
o conhecimento produzido. Por exemplo, ao se pesquisar algo que você
apresenta muito controle o conhecimento produzido seria mais confiável. E ao
que sabemos essa relação nas ciências sociais é muito mais complexa, uma vez
que os processos sociais são variados e estão em constante mudança.

Norbert afirma também que no decorrer do tempo o homem desenvolveu


seu domínio sobre a natureza, mas foi perdendo o controle sobre as mudanças
sociais e seus sentimentos. Esse domínio da natureza acontecia devido a
necessidades humanas e sociais. E com isso outro processo ocorria
simultaneamente: as relações humanas se tornaram mais complexas, ou seja,
com funções variadas e interdependência entre os indivíduos. Com as mudanças
relacionadas a natureza e as relações sociais, novos problemas surgem e estes
por sua vez estão diretamente ligados as condições atuais.

Basicamente na relação entre o homem e a natureza há um maior


controle, enquanto que nas relações sociais o homem apresenta menor controle
do processo. A questão que é deixada pelo autor é se poderíamos alterar a
alienação e controle dos fatores sociais. Em parte, podemos observar que a
complexidade é um fator que dificulta esse controle. Além do mais, a mudança
do contexto social dificulta mais ainda o processo de domínio dos processos
sociais.

Outro questionamento apontado pelo autor é a fragilidade do pensamento


sociológico se comparado com as descobertas das ciências naturais. Para
Norbert a visão de que o mundo social é menos acessível a compreensão
humana deve ser abandonado. E neste ponto podemos destacar sua visão inicial
sobre a valoração, pois se consideramos que tanto nas ciências sociais quanto
nas ciências naturais existem valores sendo aplicados mesmo que de formas
diferentes, estaremos trabalhando para que o conhecimento sociológico seja
aceito de uma forma diferente pela sociedade.
Além de vários conceitos apresentados ao leitor, Norbert também explica
a função do cientista social. “A tarefa dos cientistas sociais é pesquisar e fazer
as pessoas entenderem os padrões que formam quando juntas, a natureza e a
configuração mutante de tudo que as liga” (ELIAS, 1998). Partindo de uma
neutralidade a respeito das relações sociais o cientista social estaria formulando
conceitos, estudando fenômenos contudo sem expor sua posição como
interprete.
Contudo, podemos ver que os debates propostos por Norbert Elias visam
neste capítulo uma abordagem a respeito de como a ciências sociais trabalha e
de como esse conhecimento é recebido pelos demais. Uma vez que se tenha o
domínio sobre os processos sociais, poderemos chegar mais perto de resolver
problemas sociais que afetam a sociedade nos tempos atuais e ainda mesmo
prevenir problemas futuros.
REFERÊNCIAS

CARNEIRO, Deivy Ferreira. Interacionismo e Interdependência: uma breve


análise das contribuições de Norbert Elias para a História Social. ANAIS do I
Colóquio do Laboratório de História Econômica e Social. Juiz de Fora:
UFJF, 2005.

ELIAS, Norbert. Envolvimento e Alienação. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.

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