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I – O CONHECIMENTO DE DEUS
fato que Deus não pode ser plenamente conhecido por ninguém (Sl. 139: 6; 145:
É 3; Rm. 11:33), tudo que podemos conhecer de Deus é porque Ele quis nos
manifestar (Mt. 11: 27; Rm. 1:19). Não é a sabedoria humana que faz Deus
conhecido, mas a revelação (1 Co. 1:21; 2: 14; 2 Co. 4: 3-4). Isto porque o finito não pode
compreender o infinito. Para alcançar o conhecimento de Deus dependemos das
Escrituras Sagradas. O reformador João Calvino considerava que para o homem é
impossível investigar as profundezas do Ser de Deus. “Sua essência,” diz ele, “é
incompreensível de tal maneira que sua divindade escapa completamente aos sentidos
humanos”. Não é que os Reformadores Protestantes negassem que o homem pode saber
algo da natureza de Deus por meio da criação, mas afirmavam que o homem só pode
adquirir verdadeiro conhecimento de Deus pela Revelação Especial, sob a iluminadora
influência do Espírito Santo. 2 Sem a revelação o ser humano jamais seria capaz de
adquirir qualquer conhecimento de Deus, pois só o Espírito Santo pode dar esse
conhecimento (1 Co. 2:11). Assim, só com a Bíblia podemos conhecer coisas
verdadeiras acerca de Deus, e essa é a glória do ser humano (Jr. 9: 23-24). Portanto, é,
sobretudo pelas Escrituras, que nos guiaremos neste estudo.
Mas, por que conhecer Deus? O conhecimento de Deus se faz necessário, porque
é só conhecendo o objeto da nossa adoração, que saberemos como nos relacionar
corretamente com Ele, como obedecê-lo e adora-lo (Vd. Jo. 4: 19-24).
Se Deus não é conhecido, não pode ser obedecido; porque a obediência é sempre
baseada sobre o conhecimento. Quando a alma é abençoada com o conhecimento de
1
AGOSTINHO, Santo. Confissões (XIII, 11).
2
BERKHOF, L. Teologia Sistemática, 3ª d. (Grand Rapids: T.E.L.L., 1976), p. 32.
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A Doutrina de Deus
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Deus, descobre que este conhecimento é vida (João 17:3), e vida é poder; e quando se
tem pode-se agir. 3
a) A existência de Deus.
Uma primeira coisa a ser notada é que a Bíblia não se preocupa em tentar provar
que Deus existe. A Bíblia já pressupõe que uma pessoa de sã consciência, não negará
a existência do Ser criador, e que a criação é um testemunho incontestável dEle (Gn.
1:1; Sl. 19: 1-2; 14:1; Rm. 1: 18-20).
3
MACKINTOSH, C.H. Estudos no Livro do Êxodo,2ª ed. (Lisboa: Depósito de Literatura Cristã, 1978). P. 67.
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Argumento Teleológico4 – Este argumento afirma que todo o universo
uma ordem, uma inteligência, uma harmonia e um desígnio / objetivo.
Isto mostraria então a existência de um ser inteligente que planejou tudo
isto que os nossos olhos contemplam, portanto, Deus.
É claro que não se pretende aqui dissecar a natureza divina, isso seria impossível,
apenas vamos dar uma olhada em como a Bíblia revela um pouco da natureza da
Divindade, sem querer ser exaustivo.
4
A palavra grega télos tem entre os seus significados o de: realização, cumprimento, meta (RUSCONI, Carlo.
Dicionário do Grego do Novo Testamento. São Paulo: Paulus, 2003), p. 453.
5
Artigo 4° da Breve Exposição das Doutrinas Fundamentais do Cristianismo (Confissão de Fé dos
Congregacionais brasileiros).
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Deus é Infinito (Ex. 3: 14-15; Sl. 90:2).6 Ele é um ser absoluto. Não provém, nem
é condicionado por coisa alguma. É a causa de tudo, e é livre de qualquer
fronteira / limitação.
Deus é espírito (Jo. 4:24). Por ser um espírito Ele não é um ser corpóreo,
material. Deus não possui as propriedades da matéria7, porque um espírito não
tem estas propriedades (Lc. 24: 37-39) e, portanto, jamais pode ser discernido
pelos sentidos físicos (Jo. 1:18). Por esta causa, é expressamente proibido na
Bíblia, fazer imagens e representações de Deus (Êx. 20: 4; Rm. 1:23-25).
Deus é Pessoal 8 (Jo. 1:18; 10:30; 1Jo. 4:8). Isto significa que Deus tem mente,
vontade, é inteligente, possui razão, autoconsciência, individualidade,
autodeterminação. Por isso, erra todo movimento que confunde Deus com uma
força, uma energia, um poder, ou coisas semelhantes.9
Deus é puro / santo (Lv. 11:44; Is. 6:1-3; 1Jo. 1:5-6). Isto significa que Ele é
essencialmente (na sua natureza) puro, não existe mal em seu ser. Ele é
completamente santo (Sl. 77: 13).
6
Para detalhes sobre o nome de Deus revelado em Ex. 3: 14-15, vd.: DEISSLER, Alfons. O Anúncio do Antigo
Testamento (São Paulo: Paulinas, 1984), pp. 43-46.
7
Os Mórmons têm a esse respeito um ensino que contraria frontalmente as Escrituras, segundo as suas
“revelações” modernas eles dizem que Deus Pai tem um corpo de carne e osso como Jesus Cristo teve (Vd.: O
Livro de Mórmon, Guia Para Estudo das Escrituras, tópico Trindade).
8
“Quem se sente ligado à Palavra da Bíblia, embora reconhecendo a necessidade de adaptar sua mensagem à
mentalidade moderna, não pode deixar de ‘representar-se’ Deus de forma pessoal, e, portanto, ele mesmo deve
relacionar-se com este Deus-pessoa”.DEISSLER, Alfons. p. 41.
9
Vd. LLOYD-JONES, Martyn. Deus o Pai, Deus o Filho (São Paulo: PES, 1997), pp. 74-79.
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a) Atributos Incomunicáveis. Estas são aquelas qualidades que só Deus tem. São
as seguintes:
Deus é eterno (Sl. 90: 2; 1 Tm. 6:16). Ele é sem começo nem fim. É
autônomo, independente, e não precisa de nada para existir e se
satisfazer (At. 17: 24-25). Mesmo assim, Ele se alegra com o bom serviço
de Suas criaturas (Is. 43:7; Ef. 1:11-12; Ap. 4:11). Sendo eterno Deus
percebe o tempo com igual realismo, para Ele sempre é presente, não tem
passado, nem futuro (90: 4; 2 Pd. 3:8).
Deus é imutável (Sl. 102: 25-27; Is. 46: 9-11; Tg. 1: 17). Ele é invariável,
não pode ser diferente na sua essência: “Eu sou o que Sou” (Ex. 3:14). O
seu caráter não muda, agora, o seu procedimento com as pessoas pode
mudar (Gn. 6:6; Jn. 3:3:10). Mas, tudo isso que para nós parece mudança,
já está previsto no Seu eterno conselho, Sua vontade (Ef. 1:11).
E os textos como Gn 6:6; Ex. 32:9-14; Is. 38: 1-6; Jn. 3: 4,10, que parecem mostrar
que Deus muda de idéia, se arrepende? Sim, parece, mas, não é isso que acontece. Estes
textos mostram a atitude de Deus diante da situação que existe naquele momento. O
autor bíblico não está sondando o secreto conselho de Deus, os seus decretos, ele esta
vendo a situação no momento que está acontecendo naquele instante, e usa uma
linguagem que se chama antropomórfica, isso para fazer o ser humano entender como
Deus se sentia com a rebeldia das pessoas naquele momento. Textos assim não podem
10
Confissão de Fé de Westiminster (Cap. III, séc. I). Para detalhes sobre esta confissão vd.: KERR, Guilherme. A
Assembléia de Westiminster, 2ª ed. (São Paulo: FIEL, 1992).
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ser interpretados literalmente, como também as passagens seguintes: Ex. 33:20; Dt. 8:3;
Is. 30:27; Hb. 4:13.
Deus é onisciente (Jó 37: 16; Pv. 15:3, Hb. 4:13). Ele conhece todas as
coisas ao mesmo tempo. A. A. Hodge explica como isso se dá:
Deus é onipotente (Gn. 17:1; Lc. 1:37; 2Co. 6:18; Ef. 1:11). Ele faz
acontecer tudo o que quiser, sempre!
Deus é onipresente (Sl. 139: 7-10; Jr. 23:23,24; Am. 9:1-4). Isto significa
que Deus está presente em toda parte. O ser humano não pode se
esconder de dEle, pois já vimos que Ele é onisciente (sabe tudo), e
vemos que Ele é onipresente, Sua presença enche todos os lugares,
para Deus não existem dimensões espaciais.
11
HODGE, A. A. Confissão de Fé de Westiminster Comentada (Os Puritanos, 1999), p. 81.
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Amor (1Jo. 4:8). Deus é amor, e manifesta isso em sua bondade e
misericórdia. Os seus servos também são aconselhados a amar (Mt.
22:37-39; 1Jo. 4:7-21).
Sabedoria (Sl.104: 24; Rm. 16:27). Deus é perfeito em sabedoria, mas
os seus servos podem ter sabedoria também (Tg. 1:5).
Fidelidade (Nm. 23: 19; Sl. 145: 13; 1Jo. 1:9). Deus é perfeito em
fidelidade, mas os seus servos também podem ser fiéis (Pv. 12: 22;
Ef.4: 25; Cl. 3: 9-10).
Bondade (Lc. 18:19). Deus é perfeito em bondade, mas os seus servos
também podem ser bons (Gl. 6:10.
Observe o seguinte:
Devemos, pois, imitar a misericórdia (Mt. 5:7), a graça (2Co. 8:7) e a paciência
(Gl. 5:22) do Senhor.
Paz (ou ordem, 1Co. 14:33). Deus é o Deus da paz, e os seus servos
devem ser de paz também (Mt. 5:9; Gl. 5:22);
Zelo (Ex. 34:14). Deus é um Deus zeloso, e os seus servos também
devem sê-lo (2Co. 11:2);
Ira (Rm. 1:18). Deus se ira contra o pecado, e os seus servos devem
também odiar o pecado (Sl. 97: 10; Pv. 8:13);
Nós conhecemos Deus por ‘Deus’, mas será que é assim que Ele é chamado na
Bíblia? O nome de Deus é Jeová como dizem os “Testemunhas de Jeová”? Nesta seção
nós teremos a oportunidade de ver que o Senhor nosso Deus é muito grande para ser
contido em um só nome. As Escrituras do Antigo Testamento nos apresentam vários
nomes pelos quais o Senhor é chamado. E estes nomes sendo conhecidos nos fazem
compreender mais acerca do agir de Deus.13
Dividiremos esta seção em: nomes GENÉRICOS e nomes ESPECÍFICOS de
Deus.
a.1) Os nomes GENÉRICOS: El, El Elyom, Elohim. Estes nomes são chamados
genéricos porque são também aplicados a divindades falsas no A.T. Isto acontece por
causa da língua; povos de uma mesma língua chamam seus deuses pelos mesmos
nomes.
El (Gn. 33:20). O Geseniu’s Hebrew and Chaldee Lexicon nos dá para esta
palavra a significação de: forte, poderoso, poder, força (Gn. 31: 29; Is. 9:5;
12
Para detalhes sobre os atributos de Deus, vd.: GRUDEM, Wayne. pp. 105-164; LLOYD-JONES, Martyn. pp.
80-107.
13
Vd.: GRUDEM,Wayne. pp. 106-109. “O conhecimento de Deus no Antigo Testamento brota não só da história,
palavra, criação e teofania, mas também da revelação do nome Javé ... entre os povos primitivos e em todo o
Antigo Oriente, o nome denota a essência de algo”. SMITH, Ralph L. Teologia do Antigo Testamento (São Paulo:
Vida Nova, 2001), p. 111. “No Antigo Testamento o nome denota a essência do ser. “Em ti confiam os que
conhecem o teu nome” (Sl. 9:10). Uma mudança de nome indica uma mudança de caráter (P. ex. Gn. 32: 28)”.
BALDWIN, J. G. Ageu, Zacarias e Malaquias (São Paulo: Vida Nova/Mundo Cristão, 1991), p. 191.
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Ez. 31: 11). E diz que a palavra é usada em geral para nome do Deus do céu,
mas pode ser também aplicada a ídolos (p.ex. Sl. 81:10; Dn. 11: 36).14
Elohim (Gn. 1:1). Esta palavra pode ser o plural do nome divino El, que
provavelmente deriva da raiz ‘wl, com o significado de preeminência.15
Alguns autores dizem que esta palavra é o plural de Eloah16 É usado
também para designar uma divindade, uma aparição divina (1Sm. 28:13),
ou homens com autoridade (Êx. 21: 6; Sl. 8:5; 82: 6). Com o artigo definido
significa o Deus único e verdadeiro (1Rs. 18: 21, 37).17
El Elyom (Gn. 14: 19-20, Nm. 24:6; Is. 14:14) significa aquele que é sublime,
exaltado.
a.2) Os nomes ESPECÍFICOS: Adonay, El-Shaday, Iahweh. Estes são nomes que nas
Escrituras aparecem aplicados somente ao Deus verdadeiro.
Adonay (Gn. 18: 3; Is. 3: 18; 6:1). Significa o Senhor; o Soberano, a quem tudo
está sujeito, e com quem o ser humano se relaciona como servo.
El-Shaday (Gn 17:1; Ex. 6:3). Descreve Deus como o possuidor de todo
poder na terra e no céu. A natureza, a criação, tudo está sob seu controle.
IHWH (( )יהוהEx. 6:3). Este é o nome que mais vezes aparece na Bíblia
aplicado a Deus (6.828 vezes na Bíblia Hebraica de Kittel e na Bíblia
14
TREGELLES, Samuel Prideaux. Geseniu’s Hebrew and Chaldee Lexicon (Grand Rapids: Eerdmans, 1954), p.
45.
15
Associação Laical para o Estudo da Bíblia. Vademecum para o Estudo da Bíblia (São Paulo: Paulinas, 2000),
p. 279.
16
BERKHOF,L. p. 54.
17
TREGELLES, Samuel Prideaux. pp. 49-50.
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Hebraica Stuttgartensia). O hebraico bíblico do A.T. é composto apenas de
consoantes não tendo vogais, e YHWH são as letras hebraicas que compõem
o nome pessoal de Deus no A.T. Temendo descumprir o terceiro
mandamento: “Não tomarás o nome do Senhor (YHWH), teu Deus em vão” (Ex.
20:7), os leitores antigos da Bíblia evitavam pronunciá-lo, substituindo o
mesmo na leitura pala palavra Adonay (Senhor). Os sinais vocálicos da
palavra Adonai eram colocados entre as consoantes que representavam o
nome divino: YHWH. Com esta prática a pronúncia do nome de Deus se
perdeu. Os eruditos bíblicos hoje, em sua maioria, usam a palavra Iahweh
(Javé), e dando a razão histórica para isso diz a Comissão de Tradução,
Revisão e Consulta da Sociedade Bíblica do Brasil:
Assim, mesmo com a incerteza que há para a pronúncia deste nome, o que se
pode afirmar com segurança é que Jeová nunca foi a transliteração ou tradução do
nome de Deus (YHWH) no A.T., esta palavra é uma invenção da Idade Média.
Portanto, o grupo religioso chamado “Testemunhas de Jeová” é fundamentado sobre
um nome falso, nome que não aparece nas Escrituras Sagradas19. Sobre esta palavra
Jeová, diz a Comissão de Tradução, Revisão e Consulta:
18
“O Termo “Jeová” na Bíblia Sagrada” em A Bíblia no Brasil (São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, n° 188,
(Jul/Set. 2000), p. 24. Vd. tb. TREGELLES, Samuel Prideaux, p. 337.
19
Os próprios livros das Testemunhas de Jeová reconhecem que a palavra Jeová não é o nome de Deus que aparece
na bíblia. “O hebraico era escrito sem vogais. Assim, não existe maneira de saber com exatidão como Moisés,
Davi ou outros dos tempos antigos pronunciavam as quatro consoantes ... que constituem o nome divino. Alguns
eruditos sugerem que o nome de Deus possa ter sido pronunciado “Javé” ou “Iavé”, mas eles não podem ter certeza.
A pronúncia portuguesa “Jeová” ou “Jehovah” já é usada há séculos, e o equivalente em muitos idiomas
amplamente aceito hoje” (Conhecimento Que Conduz a Vida Eterna. São Paulo: Sociedade Torre de Vigia de
Bíblia e Tratados, 1986), p. 24. Observe que o argumento usado por eles para usar o nome Jeová, é porque este é
um nome muito aceito no mundo, e porque está ele baseado nas Escrituras, nem na língua hebraica.
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Esse (Jeová) não é, portanto, o nome do Deus de Israel. O Jerome Biblical Comentary chama
“Jeová” de um “não-nome” (77:11), e o Interpreter’s Dictionary of the Bible o chama de “nome
artificial”(s.v Jehovah). O Lexicon in Veteris Testamenti Libros, de Kochler – Baumgartner
(s.v YHWH), chama a grafia “Jeová” de “errada”, e defende como “correta e original’ a
pronúncia “Yahweh”.20
a.2.1) Este nome Javé (vamos chamar assim) aparece unido a outros termos
qualificativos de Deus, formando assim nomes compostos, como por exemplo:
20
“O Termo “Jeová” na Bíblia Sagrada”. p.23.
21
Para uma lista de livros que desaprovam a grafia Jeová vd.: SILVA, Ezequias Soares. Como Responder as
Testemunhas de Jeová. 3ª ed. (São Paulo: Candeia, 1995). pp. 148-150. E Ralph L Smith nos informa que a
pronúncia Jeová nunca foi usada pelos judeus (Op. Cit., p. 115). Confira também o que diz sobre o caso a
Enciclopédia Judaica em: <http://www.jewishencyclopedia.com/view.jsp?artid=52&letter=N> e
<http://www.jewishencyclopedia.com/view.jsp?artid=206&letter=J&search=jehovah > Acesso em 10/03/08.
22
Sobre este assunto vd.: LLOYD-JONES, Martyn. pp. 108-112.
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Para El, Elohim e Elyom o N.T. usa a palavra Deus, que é também uma
palavra genérica. O equivalente de Elyom (Deus altíssimo) encontra-se na
expressão Theou tou Hupsistou (Mc. 5:7; At. 16:7; Hb.7:1). Shadday e El-
Shadday (Todo-Poderoso, Onipotente) é traduzido no N.T. por
Pantokrator; Theos-Pantokrator (2Co. 6:18; Ap. 1:8; 4:8: 11:17; 15:3;
16:7.14);
Bem, pelo que acabamos de estudar podemos ver que Deus é identificado por
vários nomes nas Escrituras, e cada nome de Deus nos mostra uma das características
do Senhor. Reflita nessas características, pois elas juntas vão nos revelando quem Deus
é e o seu caráter.
23
Para todo este assunto vd.: BERKHOF, L. pp. 54-58.
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V-DEUS E SUA TRIUNIDADE.
a.1) Como já foi dito na parte IV encontramos no A.T. nomes genéricos e nomes
específicos sendo aplicados a Deus, e estes nomes nos ajudam a compreender mais um
pouco sobre o Senhor e sobre a doutrina da Triunidade. Observe, por exemplo, Gn 1:1,
onde no hebraico temos as seguintes palavras: Bereshit bará Elohim (no princípio criou
Deus). A palavra que é traduzida por Deus aqui é Elohim, e é uma palavra plural. Então,
para ficar correto gramaticalmente, uma tradução literal de Elohim seria: deuses. Mas
24
Artigo 5° da Breve Exposição das Doutrinas Fundamentais do Cristianismo (Confissão de Fé dos
Congregacionais brasileiros).
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há um problema pois, o verbo bará (criar) está no singular. Assim, a palavra Elohim
(Deus) vindo no plural revela não que haja muitos deuses, mas que Deus é uma
unidade composta: Pai, Filho, e Espírito Santo. Em vários lugares Deus confira isso
usando o verbo no plural para se referir a Si próprio (desçamos, façamos), ou o pronome
nós (Gn. 1:26; 3:22; 11:7; Is. 6:8).
Ali, no momento da criação (Gn. 1:1) Deus é chamado de Elohim porque criava
o mundo: o Pai, o Filho (a palavra, o verbo) e o Espírito Santo (Gn. 1:2; Sl. 33: 6-9;
104:30; Jó 33:4-6; Jo. 1: 1-3).
a.2) Para os judeus do A.T. a grande confissão sobre o seu Deus era Dt. 6:4.25 E
é interessante notar a palavra hebraica que é traduzida por único no texto. Em nota
sobre a passagem nos informa a Bíblia Vida Nova: “Único Senhor. A palavra hebraica
aqui empregada “único” (‘ehadh) significa uma unidade composta... A palavra
hebraica que expressa unidade absoluta é Yahidh, e nunca é usada para expressar a
unidade da Deidade”.26
A palavra Yahidh (unidade absoluta) nós encontramos em Gn. 22:2, porque
Isaque era o único filho de Abraão, e vamos encontrar ‘ehadh (unidade composta) em
Gn.2:24, porque Adão formaria uma unidade composta com Eva (vd.tb. Ex. 24:3;
13:23).27 Mesmo sabendo que yahidh e ‘ehadh são usadas as vezes como sinônimas,
yahidh é mais enfática quando se quer expressar unidade absoluta, e é interessante que
justamente na confissão mais importante do povo de Israel sobre a unidade de seu
Deus, é usada na Bíblia a palavra ‘ehadh. A pergunta que se faz é: por que o escritor
que conhecia muito bem o idioma hebraico, usa essa palavra se queria mostrar uma
unidade absoluta para Deus? Não, ele sabia que Deus era uma unidade composta: Pai,
Filho e Espírito Santo.
25
“6:4. Ouve Israel. Este versículo, frequentemente chamado de Shemá, com base na palavra hebraica inicial que
significa “ouve”, tornou-se a grande confissão da fé monoteísta de Israel, sendo recitada todas as manhãs e finais
de tarde pelos judeus (cf. Mc. 12:29) ”. Bíblia de Estudo de Genebra (A.T.) (São Paulo: Cultura Cristã, 1999), p.
209.
26
SHEDD, Russel (ed). Biblia Vida Nova (A.T.). (São Paulo: Vida Nova, 1997), p. 200.
27
Nos seguintes textos aparece ‘ehadh com o significado de unidade composta: Jz. 20:8; 1Sm. 11:7; Ed. 2:64.
Para yahidh como unidade absoluta veja: Gn. 22: 1,12, 16; Sl.25:16; 68:6; Pv. 4:3; Zc. 12:10. Uma coisa que deve
ser notada é que ambas as palavras trazem em sua raiz o significado de uma unidade composta, reunião, junção.
Vd.: TREGELLES, Samuel Prideaux. pp. 28-29, 345.
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a.3) Além destes fatos o A.T. já prenunciava o Pai e o Filho como um único Deus
em outros lugares. Observe:
Is. 9:6. A profecia chama Cristo de Pai da eternidade e Deus forte. Sabe-
se que eternidade só tem quem não tem começo nem fim, portanto Cristo
sendo o Pai eterno, não poderia ter tido começo. Ele é também declarado
como Deus. Sabendo-se que o próprio Deus afirmar sua singularidade
(Is. 43: 10-13), Cristo tem que ser um com Ele, senão Ele seria outro deus.
Zc 12:10. Esta passagem é mais uma prova do A.T. de que Cristo e Deus
Pai são inexplicavelmente o mesmo Deus. Observe. O SENHOR
(YHWH) (veja o versículo 7), diz pela boca do profeta que em um tempo
futuro, pessoas iam olhar para Ele se lamentando, até aqueles que o
transpassaram. Isso segundo a própria Bíblia se cumpriu na crucificação
de Jesus. João, ao relatar a cena da crucificação, diz que esta profecia se
cumpre ali, onde um soldado perfura o lado de Jesus com uma lança e as
28
Para um bom comentário desta passagem de Hebreus vd.: CALVINO, João. Hebreus (São Paulo: Paracletos,
1997), pp. 46-47.
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pessoas olham Jesus transpassado (Jo.19: 34-37). Ali estava o próprio
Deus sendo transpassado em Jesus Cristo (Vd.At.20:28).
Jo. 1:1. Temos neste texto Cristo (o verbo) claramente declarado como
igual a Deus. As “Testemunhas de Jeová”, que não aceitam a
divindade de Jesus, dizem que o texto deveria ser traduzido: “a
palavra (verbo) era [um] deus”, com um artigo indefinido (um). Isto
porque no grego (a língua do N.T.) não existe o artigo definido antes
da palavra Deus (predicativo do sujeito) e assim, segundo a gramática
grega, o substantivo Deus ficaria indefinido (um deus). Será que estão
certos? Não. Realmente isto é uma regra da gramática grega, mas não
em todos os lugares. Pois no mesmo capitulo 1 deste evangelho de
João, tem frases que não tem o artigo definido antes do predicativo
do sujeito e mesmo assim o artigo indefinido não é exigido, pois não
caberia ali. Observe:
O Dr. D. A. Carson observa “que o interprete deve ser cuidadoso com respeito
as conclusões tiradas a partir da mera presença ou ausência de um artigo”.29 Assim,
está correto traduzir “e o verbo era Deus”, mesmo sendo esta frase anartra (sem a
presença do artigo definido). Esta é mais uma prova da unidade na divindade.
Hb. 10: 15 faz uma citação de Jr.31: 31-33. No texto de Jeremias diz
que quem está falando é o SENHOR (YHWH), mas o autor de
Hebreus diz que quem está falando é o Espírito Santo.
Em Is. 6:1-3, 9-19, Isaias diz que viu e ouviu o SENHOR (YHWH),
dos Exércitos. Mas como poderemos conciliar isso com Jo. 1:18;
1Tm. 6:16, que afirmam que Deus jamais foi visto por alguém? A
Bíblia responde e nos mostra que este é um dos maiores exemplos
da unidade composta de Deus. A resposta está em At. 28:25-27,
29
CARSON, D. A. Os Perigos da Interpretação Bíblica, 2ª ed. (São Paulo: Vida Nova, 2000), p.77.Vd. do mesmo
autor: O Comentário de João (São Paulo: Shedd Publicações, 2007), p.117.
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onde Paulo diz que quem falou com Isaias foi o Espírito Santo, e
em Jo. 12: 37-41, onde o autor bíblico diz que Aquele SENHOR
(YHWH) que Isaias viu era na verdade Jesus Cristo em sua
glória. Esta é uma das maiores provas da Triunidade na Bíblia.
At. 20: 28. Este é um texto desconcertante, pois diz que quem
pagou o resgate, derramou o sangue na cruz pela Igreja, foi o
próprio Deus (YHWH). Esta afirmação só pode indicar que Cristo
e Deus são o mesmo.
1Pd. 2:8- Pedro cita Is. 8: 14 onde se diz que O SENHOR (YHWH)
seria uma pedra de tropeço para os que não cressem nEle, e diz
que esta pedra era Jesus. Pedro afirma que isto se cumpriu em
Cristo.
30
Veja BARCLAY, William. Romanos- Comentario ao Nuevo Testamento (Barcelona: CLIE, 1995). p. 189.
Gerhard Barth escreve sobre este versículo: “O primeiro par de linhas fala do preexistente que já antes de sua
existência terrena vivia em subsistência divina. Isto não se refere a seu aspecto ou a sua aparência, nem (como em
Gn. 1: 26) a que tenha tido a imagem de Deus, mas, conforme se conclui do paralelismo da segunda linha, o seu
ser igual a Deus, a sua essência divina”. (A Carta aos Filipenses. São Leopoldo: Sinodal, 1983, p. 45). Para a
definição de morphê vd.: RUSCONI, Carlo. Dicionário do Grego do novo Testamento (São Paulo: Paulus, 2003),
p. 313.
31
Segundo o Novo Testamento Interlinear Grego-Português (São Paulo: SBB, 2004), na passagem citada.
32
Vd.: RUSCONI, Carlo. Na definição das palavras citadas.
33
Teologia Sistemática, p. 172.
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Se não aceitarmos a Triunidade divina, como explicar textos como Dt.
4: 35, 39; Is. 44: 6, 8; 45: 5, 21; 46: 9? Os textos mostram que só existe
UM Deus.
Como conciliar estes textos se a Bíblia diz que só Deus é santo (ISm.
2:2)? Isto só se explica com a Triunidade divina.
Jo. 5: 23. Jesus afirma explicitamente que a mesma honra, reverência que
é dada ao Pai, deve ser dada a Ele também. Assim Ele se iguala ao Pai se
fazendo um Deus com Ele.
Jo. 16: 14. Cristo aqui diz que a missão do Espírito Santo na terra é levar
as pessoas a glorificá-Lo. Em grego é usada a palavra doxa, que significa:
glória, honra, aplausos 35 (Vd. Jo. 4:24; Rm. 1:9; Fp. 3:3, onde a mesma
palavra significa adoração).
34
TREGELLES’ Samuel Prideaux. p. 616.
35
Para o significado desta palavra vd. RUSCONI, Carlo. 136.
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da redenção, e Sua exaltação após a morte e ressurreição para ser
adorado por todos (11).
Ap. 5: 11-14; 22: 8-9. Não têm no NT passagens mais claras que estas que
mostram o cordeiro que é Cristo (Jo. 1:29; 1 Pd. 1:18-20) sendo claramente
adorado por todos, e em todos os lugares.
Em toda discussão sobre Deus não se pode deixar de fora o tema do Espírito
Santo. Espírito é a tradução da palavra hebraica ruach e da palavra grega pneuma.
Estes termos derivam de raízes cujo significado é respirar. Por isso as palavras também
podem ser traduzidas por vento (Ez. 37: 5-6; Jo.3: 8). Vamos então procurar nas
Escrituras a revelação sobre o Espírito do Senhor, isto para desfazer alguns enganos
de grupos tais como: Testemunhas de Jeová, Judeus Messiânicos, e grande parte dos
Adventistas do Sétimo Dia, que se apresentam contra a personalidade do Espirito
Santo e contra a Triunidade divina.
36
Merece Confiança o Novo Testamento? 2ª ed. (São Paulo: Vida Nova, 1999), p. 154.
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Sobre quem é o Espírito Santo, R. C. Sproul escreve:
A Bíblia revela o Espírito Santo não como uma força abstrata, um poder ou uma coisa, mas
como “ele”. O Espírito Santo é uma pessoa. Uma personalidade inclui inteligência, vontade
e individualidade. Uma pessoa age por intenção. Nenhuma força abstrata pode tencionar
fazer qualquer coisa. Boas ou más intenções são limitadas aos poderes dos seres pessoais. 37
As Escrituras apoiam esta declaração do Espírito Santo como uma pessoa divina.
37
O Mistério do Espírito Santo (São Paulo: Cultura Cristã, 1997), p. 17 (Grifo meu).
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Decide (At. 15:28);
Escolhe (At. 13:2);
Conhece (1Co. 2:10, inteligência);
Envia (Is. 48:16; At. 10:19-20);
Conduz as pessoas à glorificação de Cristo (Jo. 16:14);
Concede os dons a quem quer (vontade própria, individualidade) (1Co. 12:1-
11).
Conclui-se inevitavelmente que a Bíblia não apresenta três deuses, mas uma só
essência divina, que se nos mostra como Pai, Filho e Espírito Santo. Importante notar
Vemos, pois, que quando a Igreja cristã confessa sua fé em um Deus triúno, ela tenciona
transmitir a ideia de que existe uma só essência ou ser e não três; mas que existem três
personalidades subsistentes distintas na deidade. Os nomes Pai, Filho e Espírito Santo
indicam distinções pessoais na deidade, mas não divisões essenciais em Deus. 38
38
Ibid, p. 73.
39
Vd.: HÄGLUND, Beng. História da Teologia. 7ª ed. (Porto Alegre: Concórdia, 2003), pp. 59-60.
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b) Arianismo. Esta doutrina foi popularizada por um presbítero chamado Ário,
de Alexandria, entre fins do terceiro e inicio do quarto século de nossa era. Ele
afirmava que Jesus e o Espírito Santo eram criaturas de Deus. Por suas afirmações
heréticas Ário foi excomungado pelo seu bispo por volta de 320 a.C. 40 Que Jesus é
apenas uma criatura de Deus também é ensinado modernamente pelas “Testemunhas
de Jeová”.41 As idéias de Ário foram condenadas no Concílio de Nicéia (325 d.C.),
onde foi aprovado o credo que afirmava que Jesus Cristo era da mesma substância de
Deus Pai.
Dizia o Credo de Nicéia:
c) Adocianismo. Este ensino concebia Jesus como um homem até seu batismo
depois disso Deus o teria adotado como Filho, e lhe concedido poderes sobrenaturais.
40
Ibid., p. 63.
“Jesus foi chamado de “Filho unigênito” de Deus porque Jeová o criou diretamente.” Conhecimento Que
41
Conduz à Vida Eterna (São Paulo: Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, 1986), p. 39.
42
Vd. GRUDEN, Wayne. p. 996.
43
Ibid, pp. 179-180.
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Jesus não era eterno, mas apenas um homem sublime. Foi condenado no Concílio de
Constantinopla (381 d.C).
44
Para uma discussão detalhada sobre a doutrina da Trindade e sua história, vd. BRAATEN, Carl E. e JENSON,
Robert W. (eds) Dogmática Cristã, v.1. (São Leopoldo: Sinodal, 1999), pp. 103-174. HÄGLUND, Beng. pp. 57-
88. BERKHOF, L. Teologia Sistematica 3ª ed. (Grand Rapids: T.E.E.L., 1976), pp. 96-98.
45
Vd. GRUDEN, Wayne. pp. 181-182.
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APÊNDICE II- TEXTOS DIFICEIS EXPLICADOS.
Jo. 14:28. Cristo faz uma declaração que aparentemente lhe coloca numa
posição inferior ao Pai. Mas, não é isso o que acontece. Quando Cristo
faz uma afirmação assim, Ele está falando em sua condição humana
assumida por Ele livremente no mistério da encarnação (Fp. 2:6-11). Na
terra, o Senhor tinha todas as limitações da encarnação, para levar ao
cabo o seu propósito de morrer como substituto do ser humano.
Portanto, ele tinha que ser humano, não apenas parecer com um
humano. Após sua ressurreição, Jesus reassumiu todo seu poder (Mt.
28:18), e é Deus Todo-Poderoso (Ap. 1:8). Se essa afirmação tirasse a
divindade de Cristo e o fizesse inferior ao Pai, a afirmação de Hb. 2:9 o
colocaria em inferioridade aos anjos, e Lc. 2:51, o colocaria em
inferioridade aos seus pais. Mas, sabemos que não é assim, essas são
afirmações feitas dentro de um contexto (o da humanidade de Jesus) que
deve ser observado para a correta interpretação de todas as passagens
que parecem colocar Jesus como inferior.
Mt. 3:11; At. 2:14; Tt. 3:5-6. Às vezes estes textos são citados para tentar
despersonalizar o Espírito Santo. Mas, o que temos aqui é um a
linguagem figurada aplicada a pessoa do Espírito. Veja os exemplos:
a) Lc. 22:3 - Satanás é uma pessoa espiritual, mas entrou em Judas e encheu
o coração de Ananias (At. 5:3). Cristo é uma pessoa, mas é dito que Ele enche
o universo (Ef. 1:20-23).
b) Mt. 3:11 - O Espírito é uma pessoa e os crentes podem ser batizados nele
não existe problema com isso, pois Moisés era uma pessoa e Paulo diz que
os judeus no deserto foram batizados nele (1Co. 10:2). Como também a Bíblia
Pois bem, chegamos ao fim deste curto estudo sobre o que a Revelação diz sobre
Deus. Sabendo que isso é um pingo d’água num oceano, pois Deus é muito grande
para se deixar explicar. Minha oração é que você tenha aprendido um pouco mais
sobre o Deus Pai de Jesus Cristo que você serve e que nós adoremos esse Deus infinito
com paixão e fogo renovados.