Sunteți pe pagina 1din 12

Amélia das Dores Mário Mussossa

Análise Crítica das Obras sobre Ordenamento Territorial

Licenciatura em História Política e Gestão Pública

3º Ano

Universidade Pedagógica
Quelimane
2018
Amélia das Dores Mário Mussossa

Análise Crítica das Obras sobre Ordenamento Territorial

Trabalho de carácter avaliativo da Disciplina


de Ordenamento Territorial a ser entregue
ao Docente da Disciplina.

Docente: Dr. Rui Sicola

Universidade Pedagógica
Quelimane
2018
Índice

0. Introdução ................................................................................................................................ 3
0.1. Problema ............................................................................................................................... 4
0.2. Justificativa ........................................................................................................................... 4
0.3.Objectivos .............................................................................................................................. 4
0.3.1. Geral .................................................................................................................................. 4
0.3.2. Específicos ......................................................................................................................... 4
0.4. Metodologia .......................................................................................................................... 4
1. Ordenamento Territorial .......................................................................................................... 5
1.1. Conceito ................................................................................................................................ 5
1.2. Princípios de Ordenamento do Território ............................................................................. 5
1.3. Objectivos do Ordenamento do Território ............................................................................ 6
1.4. Instrumentos do Ordenamento do Território ........................................................................ 8
Conclusão .................................................................................................................................... 10
Referências Bibliográficas ........................................................................................................... 11
3

0. Introdução

Este trabalho, cujo tema é Análise Crítica das Obras sobre Ordenamento Territorial, visa analisar
de forma crítica os artigos de GASPAR (1995), FRADE (1999) e SICOLA (2014). São artigos
que falam de conceito, princípios, objectivos e instrumentos de ordenamento territorial.
Pretende-se encontrar os pontos de divergência e convergência nas abordagens destes autores.

Neste contexto, apresentamos os posicionamentos de cada um dos autores e discutimos no


sentido de perceber o que é e porque importa o ordenamento territorial.

O trabalho está estruturado da seguinte forma: Primeiro temos a introdução, nela podemos
encontrar por sua vez o problema, justificativa, objectivos e aspectos metodológicos. Segundo é o
tema do trabalho, onde se faz a análise crítica das obras. Terceiro temos as conclusões e por fim
as Referências bibliográficas.
4

0.4. Problema

As alterações relevantes causadas pelo homem no ambiente natural começaram desde os tempos
primitivos. Mas “foi somente há 70 anos que surgiu a proposta de intervenção deliberada do
poder público para induzir a localização de actividades, isto é, para ordenar o território. Hoje
praticamente todos os países o fazem de alguma maneira [...] houve significativo progresso nesse
propósito de diversificar as políticas governamentais em função das necessidades específicas das
regiões, ou de determinadas regiões. O ordenamento territorial passou a ter, portanto, sentido bem
mais preciso” (Veiga, 2006).

É neste contexto, que vários têm sido os estudos realizados em torno desta temática. Assim
colocamos a seguinte questão de pesquisa: Quais as divergências e convergências das obras de
GASPAR (1995), FRADE (1999) e SICOLA (2014) sobre o ordenamento territorial?

0.5. Justificativa

A escolha deste tema baseia-se num âmbito académico, na cadeira de Ordenamento Territorial,
este se ensere no contexto da introdução ao estudo da cadeira, e por isso é fundamental o
conhecimento exaustivo dos conteúdos referentes ao ordenamento territorial.

0.6.Objectivos

0.3.1. Geral

 Compreender ordenamento territorial.

0.3.2. Específicos

 Definir Ordenamento territorial;


 Descrever os princípios, objectivos e instrumentos de ordenamento territorial;
 Analisar as obras de GASPAR (1995), FRADE (1999) e SICOLA (2014).

0.4. Metodologia

O trabalho baseou-se em pesquisa bibliográfica que consistiu em leitura dos três artigos em
referência e outras fontes ( livros físicos e digitais) que falam sobre ordenamento territorial,
culminando com feita a digitação e apresentação deste documento.
5

1. Ordenamento Territorial

1.1. Conceito

Segundo Gaspar (1995:5), “o ordenamento territorial é a arte de adequar as gentes e a produção


de riqueza ao território numa perspectiva de desenvolvimento”.

Este autor apresentou diferentes conceitos de ordenamento territorial segundo outros autores.
Importa nos referir ao conceito de Merlin & Choay (2000) segundo o qual, ordenamento do
territorio é a acção e a prática (mais do que a ciência, a técnica ou a arte) de dispor com ordem,
através do espaço de um país e com uma visão prospectiva, os homens e as suas actividades, os
equipamentos e os meios de comunicação que eles podem utilizar, tendo em conta os
constrangimentos naturais, humanos e económicos, ou mesmo estratégicos.

Para Frade (1999), “o ordenamento do território é na realidade o ordenamento da nossa


sociedade..”

Frade a semelhança de Gaspar, apresentou diferentes definiçoes de Ordenamento do território na


visão de outros autores. Passamos a elucidar o conceito defendido por Lopes (citado por
Condesso, 2001), que considera o ordenamento do território como um acto de gestão do
planeamento das ocupações, um potenciar da faculdade de aproveitamento das infra-estruturas
existentes e o assegurar da prevenção de recursos limitados.

Como se pode ver, todas as definições convergem para o mesmo ponto de que o Ordenamento
territorial consiste num processo de organização doespaço físico, de forma a possibilitar a ocupaç
ão, utilização e transformação do ambiente de acordo com as suas potencialidades.

1.2. Princípios de Ordenamento do Território

Segundo a carta do Ordenamento do Território (Conselho da Europa, 1988:10) são 4 os


princípios de ordenamento do território:

Democrático: participação das populações interessadas e dos seus representantes políticos;


6

Integrado: coordenação das diferentes políticas sectoriais e a sua integraç`ao numa abordagem
global;

Funcional: existência de especificidades regionais fundamentadas em valores, cultura e


interesses comuns.

Prospectivo: considerar as tendências e o desenvolvimento a longo prazo dos fenómenos e


intervenções económicas, ecológicas, sociais, culturais e ambientais.

Para Rui Alves (2001:21), os princípios de ordenamento territorial são:

Igualdade: promove a organização territorial que garanta, de forma generalizada, as mesmas


condições e oportunidades de acesso a bens e serviços a todos os cidadãos (os cidadãos são iguais
perante a lei);

Equidade: que trata de forma equitativa os cidadãos, as organizações e os territórios;

Interesse público: em que a intervenção do Estado e dos poderes públicos, sobre o território,
deve prosseguir sempre finalidades de interesse colectivo;

Liberdade e Responsabilidade: que garante a liberdade de intervenção individual e da iniciativa


privada na organização do território.

Sustentabilidade: que promove a organização do território, salvaguardando e protegendo valores


e recursos perenes (naturais, culturais e ambientais).
De acordo com Frade (1999), os princípios de ordenamento do território são:
 Gestão do património comum nacional;
 Equilíbrio entre a conservação e o desenvolvimento;
 Compatibilidade.

1.3. Objectivos do Ordenamento do Território


Tanto Frade (1999) como Baud (1999), entendem que o ordenamento territorial deverá ser
constituído pelos seguintes objectivos:

 Correcção dos diferentes desequilíbrios regionais;


7

 Reequilíbrio do espaço.

Seguindo esta ordem de ideias, os mesmos encaram o ordenamento territorial como uma
realidade que vai para além das simples materializações urbanísticas, conformando-as a
objectivos mais extensos e profundos de desenvolvimento económico, ecológico, social e
cultural. Estes objectivos deverão ser continuamente claros e transparentes, devendo ser geridos
por um diversificado conjunto de sistemas, regras, regulamentos e actos, que operacionalizam e
monitorizam o conjunto. Partindo deste pressuposto, identificam-se dois grandes grupos de
objectivos: globais ou gerais; parciais ou específicos.

Assim, a Carta Europeia do Ordenamento do Território (Conselho da Europa, 1988) estabele os


seguintes objectivos:
 Desenvolvimento socio-económico equilibrado das regiões;
 Melhoria da qualidade de vida;
 Gestão responsável dos recursos naturais e a protecção do ambiente;
 Utilização racional do território;
 Implementação dos objectivos do OT;
 Coordenação e cooperação entre os diversos níveis de decisão e obtenção de recursos
financeiros;

Uma outra proposta é avançada por Merlin e Choay (2000), porém, os objectivos foram
designados como campos de aplicação, em virtude do grau de especificidade dos mesmos, a
saber:

 Definição, evolução da estrutura urbana e eventualmente, o reforço da sua rede;


 Ordenamento, desenvolvimento e protecção das zonas rurais;
 Desenvolvimento e localização de actividades;
 Planificação e estabelecimento de prioridades no desenvolvimento dos recursos infra-
estruturais1;
 Implementação de equipamentos susceptíveis de efeitos de entretenimento económico;
 Ordenamento de regiões turísticas.
8

1.4. Instrumentos do Ordenamento do Território

Sicola (2014), para o caso de Moçambique refere que o sistema de gestão territorial é definido
em 4 âmbitos (artigo 8, Lei nº19/2007):

 A nível nacional

O Plano Nacional de Desenvolvimento Territorial (PNDT), “…define e estabelece as


perspectivas e as directrizes gerais que devem orientar o uso de todo o território nacional e as
prioridades das intervenções à escala nacional e,

 A nível provincial

Os Planos Provinciais de Desenvolvimento Territorial (PPDT), de âmbito provincial e


interprovincial (PIDT), que “…estabelecem a estrutura de organização espacial do território de
uma ou mais províncias e definem as orientações, medidas e as acções necessárias ao
desenvolvimento territorial assim como os princípios e critérios específicos para a ocupação e
utilização do solo nas diferentes áreas, de acordo com as estratégias, normas e directrizes
estabelecidas ao nível nacional…”.

 A nível distrital

Os Planos Distritais de Uso da Terra (PD), de âmbito distrital e interdistrital, que estabelecem a
estrutura da organização espacial do território de um ou mais distritos, com base na identificação
de áreas para os usos preferenciais e definem as normas e regras a observar na ocupação e uso do
solo e a utilização dos seus recursos naturais.

 A nível municipal há a considerar:

Os Planos de Estrutura Urbana (PE) - que estabelece a organização espacial da totalidade do


território do município ou povoação, os parâmetros e as normas para a sua utilização, tendo em
conta a ocupação actual, as infra-estruturas e os equipamentos sociais existentes e a implantar e a
sua integração na estrutura espacial regional;
9

Os Planos Gerais de Urbanização (PGU) e Planos Parciais de Urbanização (PPU) - que


determinam a estrutura e qualifica o solo urbano, tendo em consideração o equilíbrio entre os
diversos usos e funções urbanas, definem as redes de transporte, comunicações, energia e
saneamento, os equipamentos sociais, com especial atenção às zonas de ocupação espontânea
como base sócio espacial para a elaboração do plano e;

Os Planos de Pormenor (PP) - definem com pormenor a tipologia de ocupação de qualquer área
específica do centro urbano, estabelecendo a concepção do espaço urbano dispondo sobre usos do
solo e condições gerais de edificações, o traçado das vias de circulação, as características das
redes de infra-estruturas e serviços, quer para novas áreas ou para áreas existentes caracterizando
as fachadas dos edifícios e arranjos dos espaços livres…”(Decreto nº 23/2008 de 1 de Julho).
10

Conclusão

Da análise, percebeu-se que, embora as abordagens do conteúdo sejam de forma diferenciadas,


todas as obras convergem para o mesmo ponto, ao definir ordenamento territorial como um
processo de organização do espaço físico, de forma a possibilitar a ocupação, utilização e
transformação do ambiente de acordo com as suas potencialidades.

Em relação aos objectivos, as obras referem que existem aqueles que são chamados objectivos
gerais, aqueles que foram apontados logo após o surgimento do ordenamento territorial e os
específicos que cada Estado propõe para responder as necessidades do seu povo.

Vale referir que a característica principal de ordenamento territorial é a política pública pois se
refere a maneira como é organizado o território e que é tarefa do Estado.
11

Referências Bibliográficas

FRADE, C. A Componente Ambiental no Ordenamento do Território. Concelho Económico e


Social, Lisboa, 1999.

GASPAR, Jorge. Geografia e Ordenamento do Território - dos Paradigmas aos Novos Mapas .
Colóquio Ciências. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1995.

SICOLA, Rui Francisco. Instrumentos do Planeamento e do Ordenamento do Território e sua


abordagem às diferentes escalas do Risco. Centro de Estudos Sociais da Universidade de
Coimbra, Portugal, 2014.

VEIGA, José Eli da. Desenvolvimento Sustentável: o desafio do século XXI. Rio de Janeiro:
Garamond, 2006.

S-ar putea să vă placă și