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Empowerment
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Índice
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OBJETIVO GERAL
- Dominar, de forma eficaz, o conceito de liderança como cultura de Empowerment,
considerando práticas transmitidas pelo formador
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Definir, oralmente, o conceito de Empowerment, através de um exemplo
- Caracterizar, sem errar, um processo de Empowerment organizacional, num exercício
prático
- Enumerar pelo menos três caraterísticas de equipas eficazes e de alto rendimento
- Refletir sobre o impacto das estratégias de empowerment na motivação e satisfação das
pessoas e na alta performance, dando um exemplo
concreto, de acordo com os conteúdos abordados pelo formador
- Caraterizar pelo menos um estilo de liderança e desenvolvimento de equipas, num
exercício grupal
- Aplicar no mínimo uma estratégia de gestão de conflitos em role-plays
- Descrever no mínimo duas fases do conflito, em grupo
CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
Empowerment
1. Liderança como fator de desenvolvimento e coesão
2. A liderança, o Líder e a Equipa Liderada
a. A Liderança – introdução e conceitos
b. O líder-conceito
c. Funções de um líder
d. Características de um líder
e. O Papel do liderado
3. Empowerment
a. Definição de Empowerment
b. Mudança para uma cultura de Empowerment
c. O impacto das estratégias de empowerment na motivação e satisfação de pessoas e na
alta performance
d. Características de Equipas Eficazes e de Alto Rendimento
e. Estilos de Liderança e Desenvolvimento de Equipas
4. Gestão de Conflitos
a. O Conflito e a sua natureza
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b. Estratégias e Fases para a resolução de conflitos
5. Tomada de Decisão
a. Tomada de decisão
b. O Modelo Racional da Tomada de Decisão e como estabelecer Prioridades
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1. LIDERANÇA COMO FATOR DE DESENVOLVIMENTO E COESÃO
"Ate meados de 1940, permaneceu a teoria de liderança baseada na idéia de que o líder
era possuidor de certas características que tornavam mais apto para conduzir os demais
para a execução de tarefas, ao passo que os demais cabia o papel de seguidores".
(ALBUQUERQUE, 2003, p.55).
Ate a década de 60, para o chefe, bastava sentar na cadeira e exercer controles mecânicos,
saber planejar, organizar, agir, controlar e corrigir. O bom chefe era aquele que tinha o
pessoal na palma da mão, ou seja, total controle dos seus funcionários dentro da empresa.
Contudo, as empresas, a partir da década de 70, passaram a necessitar mais de
contribuições intelectuais de seus funcionários. Principalmente nos fins dos anos 80, com
a evolução da concorrência, criou-se a necessidade de ter nas empresas funcionários mais
dedicados. O novo bom chefe, agora chamado de líder, é aquele que consegue estimular
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os funcionários, "vender" os objetivos à equipe, e favorecer um bom clima no ambiente
de trabalho.
Liderança é a capacidade de gerenciar um grupo de pessoas, fazendo com que esse grupo
gere resultados e se transforme em uma equipe. Fazendo com que essa equipe alcance os
objetivos propostos em prol da organização.
De acordo com Bergamini (1994, p. 88) o conceito de liderança pode variar de autores e
dentro das organizações podem ter alguns significados diferentes, "constata-se que a
maior parte dos autores conceitua liderança como processo de influência de um individuo
sobre outro individuo ou grupo, com vistas à realização de objetivos em uma situação
dada".
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externo, de maneira a permitir a participação dos colaboradores na tomada de decisões,
atuando como educador, negociador, incentivador e coordenador.
Cumpre aqui ressaltar que a liderança esta longe de ser o único fator a influenciar o
desempenho de grupos de trabalhos, mas que, dependendo do tipo de líder, podem
resultar equipes motivadas, comprometidas, vencedoras, ou equipes que apenas
cumprem suas obrigações, obtendo determinado resultado, mas não atuam com
satisfação. A liderança está centrada na capacidade do líder eficaz, assim segundo Kelley
(1999, p. 177):
Para ser líder eficaz [...], um membro de equipe deve garantir o respeito dos colegas de
trabalho em pelo menos das três áreas cobertas por essa habilidade critica: 1. Quociente
de conhecimento- respeitada qualificação e comprovado bom senso em áreas relevantes
para as metas do grupo. 2. Quociente de pessoas habilidades – indica que você tem
considerações pelos colegas e que as metas deles têm tanto valor quantas as suas; assim
eles são levados a trabalhar de forma voluntaria com você para alcançar o objetivo. 3.
Quociente de iniciativa – indica que você desempenhara as atividades que ajudam o grupo
a alcançar, de fato, a meta.
Portanto, a liderança eficaz consiste em fornecer aos colaboradores o que eles ainda não
conseguiram suprir por si próprios. O líder deve ser antes de tudo um gestor de pessoas.
Como tal, ele precisa agir de acordo com seu discurso, uma vez que ele deve servir de
exemplo para as pessoas sob sua subordinação.
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Entende-se que o líder consegue ver o mundo como ele é não como cada um gostaria que
fosse. Seu papel o faz lidar com parâmetros do cotidiano, como fatos e números. Nesse
ponto, ele age sem ilusões, vê os limites e tem relativa paciência para especulações. Um
verdadeiro líder sabe quando deve passar liderança para outros que tenham melhores
condições do que ele para solucionar eventuais problemas. Se ele fizer essa passagem,
naturalmente a liderança lhe voltará às mãos tão logo aquele problema tenha resolvido.
Segundo Oliveira (2006, p. 27) "do líder são cobradas determinadas forma e atitudes para
lidar com valores básicos; e, entre os mais importantes, estão o amor, a integridade e o
sentido".
Levando em consideração a colocação acima, isso significa exercer liderança por meio de
persuasão (convencimento, sensibilidade, conhecimento e carisma), e não de poder.
Quando costumeiramente usa-se poder, estamos obrigando as pessoas a fazerem a nossa
vontade, por conta da posição que ocupamos. Mas, se por algum momento usa-se a
persuasão, as pessoas irão fazer o que queremos de boa vontade. Para entender a
liderança é preciso conhecer de onde emana o poder e a sua legitimidade.
O sociólogo Max Weber sustenta que existem três tipos de poder legitimo: o tradicional,
em que vemos o líder do tipo patriarcal, o cacique; o carismático, onde vemos o líder
popular, político e demagogo; e o legal, em que o poder deriva do respeito aos
procedimentos indicados pela lei – o mais importante do mundo moderno. (ALBERONI,
2004, p.26)
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Segundo Tourinho (1981, p.58) "chefe é alguém que exerce o poder de mando em virtude
de uma autoridade oficial ou oficiosa. Líder é uma pessoa que, graças à própria
personalidade e não a qualquer injunção administrativa, dirige um grupo com colaboração
dos seus membros."
Portanto, a palavra liderança é usada não só para designar quem comanda (chefe) como
para quem guia (líder).
Outro ponto fundamental mencionado por Tourinho (1981, p. 64) e que se constata na
prática, "é a dificuldade de anuência da chefia com a liderança, pois o chefe tem a
obrigação de defender os interesses da empresa, já o líder volta-se ao desejo intenso de
alcançar um objetivo, um alvo, um fim para seu grupo."
O desenvolvimento de pessoas é atributo do líder é ele que vai propiciar e fazer com que
o talento das pessoas seja destacado. O líder deve estimular e incentivar que o capital
intelectual seja explorado em todas as suas nuances e formas, através do estimulo a
criatividade, oferecendo autonomia aos funcionários, ou seja, dando empowerment aos
funcionários para que eles possam cada vez mais se sentires motivados e valorizados
através de seu talento (capital intelectual).
a) Preocupação com o que o líder é: alguns autores associam liderança com características
pessoais, como carisma e firmeza. É o caso de Wess Roberts, apud Bergamini (1997, p. 90)
que:
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Ao delinear o perfil de Átila, o huno, como o de um exímio líder, estabelece os seguintes
atributos da liderança: lealdade, coragem, anseio, resistência emocional, vigor físico,
empatia, poder de decisão, antecipação, sincronização, competitividade, autoconfiança,
responsabilidade, credibilidade, tenacidade, confiabilidade, vigilância e proteção. Esta
abordagem é bastante restrita, pois pressupõe que a liderança seja um dom nato.
c) Teorias situacionais: tanto os autores que buscaram delinear o perfil do líder quanto os
autores que procuraram estabelecer o estilo ideal de liderança omitiram em suas
pesquisas a análise do ambiente que cerca a relação líder/subordinado. Eles procuraram
identificar um perfil/estilo ideal para o líder, que seria o mais indicado em qualquer
situação. Um terceiro grupo de autores começou a trabalhar com duas outras variáveis
determinantes da eficácia do líder: as características do liderado e as circunstâncias
ambientais da organização. Não existiria, por conseguinte, um perfil ideal de líder, nem um
estilo ideal de liderança, mas um estilo mais adequado à situação existente (BERGAMINI,
1997). Os autores adeptos desta corrente contestam a idéia de que a liderança é um dom
nato. Para eles, os administradores podem e devem ser treinados para serem líderes.
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Bergamini (1997, p. 103) aponta ainda dois aspectos comuns às definições de liderança:
Em primeiro lugar, elas conservam o denominador comum de que a liderança esteja ligada
a um fenômeno grupal, isto é, envolve duas ou mais pessoas. Em segundo lugar, fica
evidente tratar-se de um processo de influenciação exercido de forma intencional por
parte dos lideres sobre seus seguidores.
Talvez o termo "influenciação" utilizado por Bergamini não reflita exatamente o que as
modernas concepções acerca de liderança têm proposto. Bennis e Nannus ( 1988, p. 15),
ao discorrerem sobre a questão, propõem que lideres são aqueles que "delegam poder
aos empregados, a fim de que eles procurem novas maneiras de atuar"
Contudo, todas estas concepções possuem um traço em comum: o líder deve proporcionar
ao seu liderado o apoio necessário à motivação no trabalho. Em outras palavras, não cabe
ao líder influenciar o liderado a alcançar um dado objetivo. A motivação para o alcance do
objetivo deve ser intrínseca ao trabalhador. Ao líder, cabe o papel de facilitador.
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pessoas-chave dentro das empresas, bem como o desempenho das equipes de trabalho,
encontrar lideres eficazes parece ter se tornado vital para o sucesso.
Para Cartwright e Zander (1967), um grupo coeso é aquele com um forte sentido de “nós”
e não de “eu”, no qual todos são amistosos, há grande lealdade, todos estão prontos a
aceitar a responsabilidade pelo trabalho coletivo, havendo disposição de suportar dor ou
frustração pelo grupo. Considera-se ainda o grau em que os componentes do grupo
aceitam as mesmas normas de comportamento e de crença como indicador de coesão.
Um agrupamento de pessoas, só se torna grupo, quando seus integrantes sentem a
necessidade de evolução e mudança (LEWIN apud MAILHIOT, 1985). Ao concluírem
conjuntamente por essa necessidade de mudança, desenvolve-se a coesão do grupo, uma
fase que os membros do grupo têm que desejar. Para Kurt Lewin (apud MAILHIOT, 1985,
p. 54), “o grupo constitui o terreno sobre o qual o indivíduo se mantém”.
A liderança intermediária nas organizações nasceu a partir do aumento da quantidade de
trabalhadores, especialmente nas indústrias, tornando necessária a criação de uma figura
de conexão entre a alta cúpula e a massa de trabalhadores (JUDGE; STAHL, 1995). Atua,
portanto, no nível tático, sendo responsável pela ligação entre as proposições estratégicas
da alta liderança e a sua operacionalização no dia a dia. Para tanto tem como atribuições
a definição e acompanhamento de planos de ação e de políticas de gestão de pessoas,
remuneração, marketing e comunicação (BULGACOV et al., 2007).
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Uma das dificuldades mais frequentes das equipas é ao nível da cooperação, que em
grande parte resulta de problemas de comunicação com os pares. Ora, se a promoção de
relações de trabalho produtivas depende da confiança existente entre os membros, revela-
se imprescindível que o Líder aposte em conhecer os seus colaboradores para melhor se
relacionar com os mesmos e, assim, conseguir concretizar objetivos.
Se o Líder, num primeiro momento, tem como objetivo conhecer os seus colaboradores.
ao longo do desenvolvimento de uma Equipa, promover competências em cada um dos
elementos é fulcral e determinante para que esta atinja a maturidade e,
consequentemente, a fase de produção, onde já se revela um efetivo instrumento de
trabalho. É importante que o Líder faça uso das suas Soft Skills e procure ser um espelho
para a Equipa no que concerne à Inteligência Emocional, pois como defendeu Goleman, é
este tipo de inteligência que determina quem vai conseguir desenvolver-se nas
organizações. Os Líderes necessitam de competências sociais para compreender as
relações interpessoais, lidar com os desacordos e para a gestão de conflitos. Para tal, é
importante, de entre outras competências, promover a comunicação assertiva com e entre
os colaboradores. A escuta ativa surge, assim, como uma competência imprescindível.
Aquando de uma reunião é importante que todos (incluíndo o Líder!): 1) estruturem a
informação recebida; 2) estejam sensíveis para mensagens não-verbais; 3) procurem
manter o contacto ocular e captar os sentimentos do (s) interlocutor (es); 4) “não percam
a cabeça” com mensagens repletas de carga emocional; e 5) mostrem estima por quem
está a expressar-se naquele momento (Rego, 2013).
Voltando aos estilos de relacionamento, como deve treinar o Líder cada um dos
colaboradores?! Com o colaborador confidente deverá treinar a assertividade, o saber
dizer não; Com o colaborador entusiasta, é importante orientá-lo para uma melhor gestão
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do tempo; Com o colaborador pensador a dificuldade é que este não seja perfecionista,
apostando em treinar a sua flexibilidade e o improviso; No colaborador dominador, o
treino passará por ajudar a que preste atenção aos outros, a que seja paciente e tolerante.
Em síntese, podemos concluir que é importante o Líder dedicar tempo e energia a construir
uma rede de relações com a sua Equipa. A partir dessas relações os potenciais líderes
podem aprender mais através da sua própria experiência na posição de Líder e promover
competências de acordo com quem é quem na Equipa, o que, consequentemente,
resultará também na motivação de equipas. Afinal, continuamos a falar de pessoas, sendo
o Líder, uma delas. A perspetiva do Líder sobre o “processo de Liderar” será tão importante
quanto a perspetiva dos colaboradores sobre a Liderança. Abordarei as vivências do Líder
numa próxima oportunidade!
A liderança pode surgir de forma natural, quando uma pessoa se destaca no papel de líder,
sem possuir forçosamente um cargo de liderança. É um tipo de liderança informal. Quando
um líder é eleito por uma organização e passa a assumir um cargo de autoridade, exerce
uma liderança formal.
Um líder é uma pessoa que dirige ou aglutina um grupo, podendo estar inserido no
contexto de indústria, no exército, etc. Existem vários tipos de líder, que mudam em
função das características do grupo (unidade de combate, equipe de trabalho, grupo de
adolescentes).
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O líder tem a função de unir os elementos do grupo, para que juntos possam alcançar os
objetivos do grupo. A liderança está relacionada com a motivação, porque um líder eficaz
sabe como motivar os elementos do seu grupo ou equipe.
Líder, do inglês leader, é uma pessoa que actua enquanto guia ou chefe de um grupo. Para
que a sua liderança seja efectiva, os restantes integrantes devem-lhe reconhecer as
respectivas capacidades. Por exemplo: “Preciso de um líder dentro desta equipa”, “Todos
nós nos esforçámos para vencer esta partida, mas temos que reconhecer que o Luís é que
é o nosso líder”.
- Planear
- Coordenar
- Organizar
- Influenciar
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- Controlar
- Desenvolver objectivos
- Fazer previsões
- Analisar problemas
- Tomar decisões
Não sendo um atributo pessoal, a liderança pode, em certa medida, ser aprendida
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2.4. Características de um Líder
Um líder não surge por acaso. Ele possui um perfil e tem características marcantes que
fazem dele uma pessoa/profissional diferenciado. Veja abaixo as principais características
de quem se destaca em uma liderança:
3 – Reconhece os méritos
Tanto os seus quanto os do trabalho de sua equipe. Saber reconhecer o bom desempenho
de um funcionário faz parte da tarefa de um bom líder. Trata-se de uma das principais
ferramentas de gestão, que garantem a satisfação do profissional, deixando-o motivado e
com maior vontade de gerar mais e melhores resultados.
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4 – Saber tomar decisões
Assertivas! Os bons líderes são bastante conhecidos por saberem “apagar incêndios”,
resolver aqueles “pepinos e abacaxis” que parecem ser o fim do mundo. A questão é que
essa é uma visão um tanto quanto equivocada. Isso porque seu papel deveria ser
exatamente o oposto. Os verdadeiros bons líderes devem ser tomadores de decisões e
geradores de novas ideias, que possam desafiar os negócios.
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não entrega suas tarefas no prazo, trata mal seus funcionários, não cumpre suas
obrigações administrativas? Pois então, o líder deve ser a primeira pessoa a demonstrar
bom comportamento, apoiando e incentivando novas metodologias ou, mesmo,
abraçando novos conceitos. Jamais deve agir por impulso.
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é que o gestor assuma a posição [e função] de líder dentro da empresa onde atua. Um
gestor não deve ser alguém colocado em uma posição de poder simplesmente porque gera
mais lucro ou é melhor em “mandar”. Mas sim porque tem atitudes que estimulem sua
equipe, para que sejam capazes de gerar melhores resultados, tanto para a empresa,
quanto si mesmo e também para o líder em si.
No mundo do trabalho se percebe uma ênfase maior em formar líderes enquanto há pouco
ou nenhum esforço para capacitar os profissionais para ser um bom liderado. Talvez isso
aconteça basicamente por dois fatores: 1) a associação da figura do liderado com alguém
que se submete às ordens e desmandos e 2) a crença de que crescimento vertical na
profissão é a única forma de sucesso.
O bom liderado, no entanto, é aquele que conhece claramente as entregas que precisam
ser feitas seguindo as orientações e operando como colaborador disciplinado. Nem
sempre um bom liderado será um bom líder, contudo, um bom líder sabe como ser um
bom liderado.
(...) o bom liderado sabe da sua importância e por isso está sempre na busca da excelência
de suas entregas alinhadas com o direcionamento do comando da equipe.
O fato de alguém se tornar líder não quer dizer que deixará de ser liderado. Isso ocorre
porque as estruturas empresarias estão cada vez mais matriciais de modo que há reportes
diretos e indiretos. Em outras palavras se a liderança se envolve num projeto novo, ela
poderá se reportar indiretamente ao gerente desse projeto sem se esquecer de reportar
diretamente ao seu superior as entregas relativas à natureza de seu cargo.
Outro ponto relevante a se falar é que nem todos assumirão a posição de líder. Há aqueles
que são conscientes desse fato porque sabem que não têm perfil para comandar uma
equipe, há outros, no entanto, que têm mais ambição do que talento para assumir essa
missão e há aqueles que de fato têm potencial e perfil para o papel de liderança. De
qualquer forma nos três casos os profissionais precisarão aprender a desempenhar o papel
de liderado.
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Pequenas dicas
2-Faça as coisas com excelência - Uma vez aprendi que devemos fazer as coisas como se
estivéssemos fazendo para Deus, ou seja, com esmero. Certifique-se de que as
informações estão certas, antes de enviá-las. Torne seu trabalho à prova de erros. Mostre
para seu líder que o nível de confiabilidade e qualidade do seu trabalho é altíssimo. Faça
seu trabalho com boa vontade e torne isso uma marca pessoal.
3-Cuide da sua imagem e reputação - Alinhado com o tópico anterior, o bom trabalho gera
boa reputação. Contudo não queira apenas ter a reputação de ser bom tecnicamente, mas
também de ser um bom sujeito. Em outras palavras, fuja dos grupos de fofocas de corredor
ou da prática comum de falar mal do chefe. Seja atento aos prazos, tenha bom senso e
ética. Aproveite também para observar bem seus colegas, veja como eles fazem as
malandragens, como fogem das responsabilidades. No futuro, se você for líder, saberá
como funciona a parte escura da equipe para, então, clareá-la.
4-Faça parte da solução e não do problema - Colabore com suas opiniões e ideias, tente
resolver as coisas entre seus pares e seus colegas. Só acione o seu líder se você já tiver
tentado fazer tudo ao seu alcance.
5-Tenha humildade para ouvir, para escutar um feedback, para aprender. Lembre-se que
humildade não é submissão, é caráter de sabedoria.
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6-Exercite a resiliência - desenvolva a capacidade de vencer dificuldades, de superar os
obstáculos por mais terríveis que sejam. Entenda que a crise também é uma oportunidade
de descobrir suas próprias fortalezas as quais podem ser encontradas na religião, no apoio
de amigos, no exercício de sua autoconfiança, na concentração de pensamento positivo
etc. Essa é uma qualidade que o profissional precisa exercitar sempre, independente da
posição na qual está.
Como podemos perceber, o bom liderado sabe da sua importância e por isso está sempre
na busca da excelência de suas entregas alinhadas com o direcionamento do comando da
equipe. Para reforçar essa idéia é importante também dá ênfase na formação de liderados
tanto quanto se faz com a liderança, assim todos terão consciência de que ser liderado é
está num papel situacional, pois mesmo aqueles que assumem um papel de liderança
formal, também continuam se reportando a outro superior ou mesmo a outros líderes
matriciais. Profissional é profissional independente do papel que desempenha.
3. EMPOWERMENT
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Com relação à administração de empresas, o empowerment é uma ferramenta que visa
lidar com a lentidão e burocracia em uma empresa. Para ser implementado na empresa, é
necessário haver um compartilhamento extensivo das informações, possibilitação de uma
verdadeira autonomia e uma diminuição dos padrões hierárquicos e burocráticos.
Esta inovação é, na grande maioria das vezes, encarada como uma inovação ao nível do
produto, dos processos ou dos sistemas. E as pessoas? Está a inovação ao nível das pessoas
a acompanhar os outros avanços?
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sentem mais motivados e ouvidos, percebendo que as suas ideias e sugestões são parte
integrante do sucesso e crescimento da empresa.
É necessário agora começar a olhar para a Inovação Organizacional como uma estratégia
de alinhamento entre pessoas, processos e sistemas. Esta sim é uma Inovação capaz de
elevar o posicionamento e crescimento das empresas.
“Dê poder aos colaboradores para fazerem a diferença. Não faça as pessoas fazerem
coisas, faça-os serem melhores a fazer coisas.”
Confiança e respeito mútuo - A comunicação aberta gera confiança e esta só existe a partir
do diálogo sincero e autêntico. Os membros de equipe altamente eficazes valorizam e
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apoiam uns aos outros, aceitam e estimulam as ideias dos outros e não tentam manipular
seus companheiros. Em suma, têm orgulho de fazer parte da equipe.
Criação a partir das diferenças - Equipes eficazes percebem que diversas percepções
enriquecem e conseguem elevar ao máximo a interação das diferentes habilidades,
conhecimentos e pontos individuais fortes. Os membros buscam pontos de vista diferentes
e aprendem uns com os outros e, valorizam tanto as diferenças que buscam selecionar
pessoas novas para fazerem parte da equipe. Com isso, enriquecem a equipe com novos
estilos, habilidades, informações e óticas diversas das existentes.
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Muito se fala sobre o importante papel da liderança no bom funcionamento de empresas
e grupos. Mas você sabia que existem diferentes estilos de liderança e que eles podem
impactar muito nas dinâmicas e relacionamentos entre as equipes?
Os estilos de liderança são as diferentes formas que um líder pode atuar. Eles dizem
respeito às estratégias utilizadas para motivar, organizar e interagir com os seus liderados.
Você já deve ter ouvido falar, por exemplo, dos estilos de liderança autocrático,
democrático e liberal.
Mas será que a forma como o líder escolhe agir realmente interfere tanto assim nos
resultados?
Essa pergunta já foi respondida, através de uma pesquisa foi realizada pela Universidade
de Harvard. O estudo teve como objetivo analisar como o estilo de liderança adotado pode
afetar o clima organizacional e os resultados financeiros do negócio.
Durante três anos, mais de 3.000 líderes foram analisados. A conclusão foi que o estilo de
liderança pode ser responsável por até 30% do lucro de um negócio. Além desse, muitos
outros estudos já foram realizados, e ao longo dos anos diversas teorias sobre tipos de
liderança e seus impactos foram propagadas.
Grande parte dessas pesquisas detectaram que os líderes com melhores resultados não
são aqueles com um estilo de liderança definido. A chave, na verdade, parece ser a
flexibilidade: é importante contar com líderes capazes de combinar características de
todos os estilos.
Um bom líder é capaz de detectar rapidamente que tipo de ações e medidas determinadas
situações pedem. A capacidade de adaptação e adequação é, portanto, fundamental.
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Nas literaturas e estudos mais tradicionais, destacam-se três estilos de liderança: a
liderança autocrática, a liderança democrática, e a liderança liberal.
Cada um destes estilos possui suas peculiaridades, vantagens, desvantagens. Dessa forma,
irão funcionar ou não em situações específicas. Vamos entender melhor cada um deles:
Autocrática
Neste estilo de liderança, é adotada uma postura autoritária e centralizadora perante a
equipe. As decisões estratégicas são tomadas pelo líder, com base no seu conhecimento e
julgamento.
Os colaboradores estão sujeitos a regras muito bem definidas. Há pouca ou nenhuma
abertura para se posicionarem, questionarem ou contribuírem com ideias ou sugestões.
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Um exemplo são situações em que o liderado possui pouca experiência e necessita de mais
direcionamento, em equipes muito grandes ou com posições de baixa qualificação.
Democrática
Os líderes que trabalham com este estilo são abertos à participação, sugestões e
contribuições da equipe. Essa é, inclusive, uma postura incentivada.
Líderes democráticos estão sempre preocupados com a satisfação, bem estar e motivação
do time. Procuram estimular os bons relacionamentos, a comunicação aberta e o
desenvolvimento dos colaboradores.
O estilo de liderança democrático é capaz de gerar novas ideias e inovação para o negócio.
Liberal
O líder liberal parte do pressuposto que as pessoas possuem um nível de maturidade
elevado, a ponto de não precisarem tanto dele.
Ele entende que pode deixar o grupo a vontade, sem necessidade de acompanhamento
constante. Esse estilo de liderança conta com a capacidade de autogestão da equipe.
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A liderança liberal, no entanto, não significa ser um líder omisso. Ele ainda possui
responsabilidades, como a organização, delegação de tarefas e motivação da equipe.
4. GESTÃO DE CONFLITOS
Para por fim a conflitos é necessário ter uma forte capacidade de negociar, de discutir a
natureza do problema e não dos sentimentos envolvidos. Até é bom ter de quando em
quando algum tipo de conflito. São este tipo de divergências que trazem também a
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inovação, a melhoria, a vantagem competitiva e o debate de ideias. Assim, eliminar por
completo os conflitos não deve ser o objectivo final.
Devia fazer parte do arsenal de qualquer profissional saber lidar com conflitos. Qualquer
profissional deve desenvolver a sua capacidade de entender a natureza dos conflitos e
rapidamente estabelecer uma estratégia de solução, de maneira a que não fiquem
ressentimentos, nenhuma sensação de derrota e muito menos um mau ambiente de
trabalho.
Quando surge um conflito no trabalho, muito possivelmente, ele enquadra-se numa das
seguintes categorias:
Conflitos Pessoais
Este é o tipo de conflito que diz respeito unicamente a uma pessoa. Pode ser o nosso chefe,
um colega ou outro membro da empresa. Neste caso, é melhor não se envolver, cada um
com os seus problemas.
Conflitos Interpessoais
Este é o tipo de conflito que envolve várias pessoas de dentro da empresa. É o tipo de mais
banal nas organizações e acontece frequentemente.
Este tipo de conflito surge quando existem outros trabalhos ou tarefas dentro ou fora da
organização, que não possibilitam que o trabalho seja efectuado devidamente. Decerto
que já lhe aconteceu e ficou bastante aborrecido com isso. Tenha calma, tudo se há-de
resolver.
Este conflito surge quando aquilo que necessita para cumprir o objectivo do seu trabalho
entra em conflito com a sua personalidade e os valores que mais preza. É bastante
desagradável mas acontece ocasionalmente.
Resolver conflitos
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Quando se trata de resolver um conflito, existem diversas maneiras de o abordar e de o
gerir. Conheça algumas.
Evite-os
Tente evitar a existência de conflitos. Dê razão à outra parte, mesmo que esta não a tenha,
só para que esse conflito não surja. É mas fácil dizer do que fazer, mas faça um esforço
para os evitar. Contorne-os, dê-lhes a volta.
Controle-se
Mantenha-se calmo. Não entre em discussões histéricas sobre o assunto em questão. Não
se esqueça que a calma é o meio para se conseguir o fim.
Colabore
Resolver conflitos significa adoptar uma postura imediata de tentar entender as causas do
conflito e conduzir acções para se chegar a um ponto de acordo, aceite por ambas as
partes. Se não os conseguir evitar, encare-os de frente, não finja que não existem ou que
não o afecta.
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É também relevante atuar prevenindo o surgimento de conflitos. Para isso, os gestores
devem prezar por uma comunicação eficaz, que evite mal-entendidos e garanta que as
informações circulem de maneira clara. Além disso, é importante cultivar um bom clima
organizacional, principalmente entre chefes e subordinados, para que não ocorram
problemas relacionados à hierarquia e ordens.
1. Compreender o contexto
A primeira estratégia — e uma das mais importantes na gestão de conflitos — é
compreender o contexto em que ele ocorre. Tenha em mente que é comum no ambiente
de trabalho ocorrerem conflitos, sejam internos — de uma pessoa com sua própria
consciência — ou externos — entre duas pessoas ou mais.
O conflito pode surgir por diversos motivos, seja pela diversidade de perfis dos membros
do time, por discordâncias, por dificuldades no relacionamento interpessoal ou em um
momento de tomada de decisão. Para gerir essas situações é importante tentar conhecer
as partes envolvidas e a causa de tal conflito.
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4. Utilizar a tecnologia como aliada
É possível utilizar a tecnologia para realizar uma análise dos funcionários. Com ajuda de
softwares especializados podem ser avaliados os desafios cotidianos, o clima
organizacional, o relacionamento entre colegas e líderes.
Com as respostas é possível identificar os motivos pelos quais os conflitos têm acontecido
e, a partir disso, pensar em alternativas para solucionar os problemas existentes,
prevenindo que surjam novos atritos.
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5. TOMADA DE DECISÃO
A tomada de decisões pode aparecer em qualquer contexto da vida diária, seja a nível
profissional, sentimental, familiar, etc. O processo, na sua essência, permite resolver os
vários desafios que deve enfrentar uma pessoa ou uma organização.
Na hora de tomar uma decisão, entram em jogo diversos factores. O ideal e o sujeito apelar
à sua capacidade de raciocínio e ao bom senso para rumar pelo caminho correcto. Supõe-
se que esse caminho levará a uma nova etapa ou, pelo menos, permitirá solucionar um
conflito real ou potencial.
No âmbito das empresas e dos negócios, a tomada de decisões é uma parte muito
importante do management e da gestão. Cada decisão transcendente para uma
companhia costuma implicar uma grande reflexão ou investigação, e a colaboração entre
equipas multidisciplinares.
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5.2. O Modelo Racional da Tomada de Decisão e como estabelecer
Prioridades
Vivemos tomando decisões. Algumas simples, como escolher uma roupa para trabalhar,
outras complexas, como qual profissão seguir.
O modelo racional pressupõe que a decisão ideal seria a escolhida, independente de quem
fosse o tomador da decisão.
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Nem sempre estas premissas acontecem ao se analisar um problema ou oportunidade. É
necessário um grau de certeza e confiabilidade nas informações das alternativas e seus
resultados, o que não é comum ocorrer.
O modelo racional de tomada de decisão assume que devem ser utilizados procedimentos
racionais, para que sejam obtidas decisões de qualidade. É um modelo teórico e
normativo, que modela o processo decisório, tornando-o mais racional.
Porém, como o tomador de decisões é um ser humano e nosso cérebro possui restrições
devido ao modo como funciona, há tanto limitações de racionalidade quanto interferência
dos processos cognitivos e emocionais durante todas as fases do processo decisório.
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