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Tradução:
Angelo Giuseppe Roncalli da Costa Oliveira 1
Beatriz Unfer 2
Iris do Céu Clara Costa 1
Rogério Moreira Arcieri 3
Prefácio 1
Objetivos do manual 1
Agradecimentos 3
2. Organização do levantamento 10
Preparo de um protocolo de levantamento 10
Obtenção da aprovação das autoridades 10
Orçamento 10
Calendário 11
Atendimento de emergência e encaminhamento 11
Relatório preliminar de cortesia 11
4. Execução do levantamento 16
Considerações Gerais 16
Contato com as autoridades 16
Elaboração de um roteiro 16
Exercício preliminar 16
Análise das fontes de fluoretos 16
Pessoal e organização 17
Anotador 17
Monitor 17
Revisão diária das fichas de avaliação 17
Instrumentos e material 18
Controle de infecção 18
Área de exame 18
Posição para o exame 19
Iluminação 19
Mesa ou bancada 19
Posição do anotador 19
Suprimento de fichas para o levantamento 19
Controle da aglomeração 19
Controle do barulho excessivo 20
5. Fichas de avaliação
Considerações Gerais 21
Códigos padrões 22
Ficha de avaliação de saúde bucal 22
Identificação e informações gerais 23
Data do exame (caselas 5 a 10) 24
Número de identificação (caselas 11 a 14) 24
Examinador (casela 15) 24
Exames em duplicata e originais (casela 16) 24
Nome 25
Data do nascimento (caselas 17 a 20) 25
Idade (caselas 21 e 22) 25
Sexo (casela 23) 25
Grupo étnico (casela 24) 25
Ocupação (casela 25) 25
Localização geográfica (caselas 26 e 27) 25
Tipo de localidade (casela 28) 26
Outros dados (caselas 29 e 30) 26
Contra-indicações ao exame (casela 31) 26
Avaliação clínica 26
Exame extra-bucal (casela 32) 26
Avaliação da Articulação Têmporo-Mandibular (caselas 33 a 36) 27
Mucosa bucal (caselas 37 a 42) 28
Opacidade /hipoplasia do esmalte (caselas 43 a 52) 29
Fluorose dentária (casela 53) 31
Índice Periodontal Comunitário (CPI) (caselas 54 a 59) 32
Perda de inserção (caselas 60 a 65) 33
Cárie dentária e necessidades de tratamento (caselas 66 a 161) 35
Uso de prótese (caselas 162 e 163) 42
Necessidade de prótese (caselas 164 e 165) 42
Anormalidades dentofaciais (caselas 166 a 176) 42
Necessidade de cuidados imediatos e referência (caselas 177 a 180) 47
Prefácio
Os levantamentos básicos de saúde bucal fornecem uma base importante
para a estimação do estado atual da saúde bucal de uma população e suas
necessidades futuras de cuidados de saúde bucal. Eles produzem dados básicos
confiáveis para o desenvolvimento de programas nacionais ou regionais de saúde
bucal e para o planejamento do número e do tipo apropriado de pessoal.
Desde a primeira edição deste manual, publicada em 1971, mais de 130
organizações de saúde realizaram levantamentos em saúde bucal de acordo com os
métodos básicos recomendados. Estes levantamentos mostraram que ocorreram
mudanças significativas na saúde bucal em muitas populações, como resultado de
mudanças nas tendências das doenças e novas técnicas de tratamento, bem como
de mudanças na estrutura etária populacional.
Nesta nova edição do manual, os métodos básicos foram atualizados para
incluir desenvolvimentos recentes em cuidados bucais e técnicas epidemiológicas.
Em particular, foram incluídas novas seções sobre avaliação das condições extra-
bucais, da mucosa bucal, hipoplasia/opacidade do esmalte, perda de inserção
periodontal e anormalidades dentofaciais, com o propósito de fornecer uma
avaliação mais completa das doenças e condições bucais.
Objetivos do manual
Os objetivos deste manual são:
Agradecimentos
Levantamentos exploratórios
Os fatores especiais associados com as doenças bucais mais comuns e a ampla
experiência em epidemiologia bucal obtida nos últimos 25 anos permitiram a
definição de uma metodologia econômica e prática para a obtenção da amostra em
levantamentos, chamada de metodologia exploratória.
O método usado é uma técnica de amostragem estratificada, com a finalidade
de incluir os subgrupos populacionais mais importantes e com probabilidade de
apresentarem diferentes níveis de doença. Também propõe um número adequado
de indivíduos nos grupos de idade índice específicos em cada um dos locais. Desta
maneira, é obtida uma informação confiável e clinicamente relevante para o
planejamento a um custo mínimo. O método é adequado para a obtenção das
seguintes informações:
Subgrupos
• 5 anos. Onde for prático e viável as crianças devem ser examinadas entre o 5º
e o 6º aniversário. Esta idade é de interesse em relação aos níveis de cárie na
dentição decídua, uma vez que podem exibir mudanças em um período de
tempo menor que a dentição permanente em outras idades-índices. Em
alguns países as crianças iniciam a escola primária na idade de 5 anos.
Nota: Nos países onde a entrada para a escola é posterior, isto é, aos 6 ou 7
anos, estas idades podem ser usadas, embora a idade média deva ser
registrada com os resultados. Nestes grupos etários mais avançados, a perda
dos incisivos decíduos não deve ser registrada como perdido devido a
dificuldade em diferenciar a perda destes dentes por exfoliação daqueles
que foram perdidos por cárie ou trauma.
2. Organização do Levantamento
Orçamento
Deve ser preparado um orçamento para o levantamento, o qual incluirá todos os
recursos requeridos, incluindo pessoal, para executar o levantamento. Os
levantamentos básicos de saúde bucal freqüentemente podem ser conduzidos
como parte das tarefas dos profissionais dos serviços de saúde pública
odontológica, o que leva a uma redução nos custos.
Levantamento Epidemiológico Básico de Saúde Bucal - Organização do Levantamento Pág 11
Calendário
Um dos aspectos mais importantes no planejamento de um levantamento é a
preparação do calendário para a coleta dos dados. Se isto não for feito, os
examinadores poderão gastar muito tempo esperando pela chegada dos
indivíduos, ou, por outro lado, chegarem atrasados.
O planejador poderá estimar com base em um levantamento prévio, ou uma
experiência prévia, quanto tempo, em média, irá durar cada exame. Como
orientação, um exame básico de uma criança leva normalmente cerca de 5 a 10
minutos, enquanto que um exame completo de um adulto pode levar entre 15 e 20
minutos. Neste sentido, calendários diários e semanais podem ser preparados e
estes ficariam disponíveis tanto para o pessoal do levantamento como para a escola
e as autoridades sanitárias. O calendário deve permitir alguma flexibilidade para
que atrasos inesperados não causem maiores transtornos no cronograma do
levantamento.
Observações confiáveis e julgamentos consistentes são importantes nos
levantamentos. Uma vez que a fadiga contribui significativamente para a
imprecisão e a inconsistência, não é prudente fazer uma programação muito
intensa. Por exemplo, se forem examinadas turmas de 25 a 30 crianças em várias
escolas, por um examinador, o calendário deve incluir tempo para:
Se uma condição de perigo de vida ou uma condição que requer atenção imediata
for detectada durante o levantamento, é de responsabilidade do examinador ou do
líder da equipe assegurar que haja encaminhamento para o tratamento adequado
(veja as caselas 177 a 180 na ficha de avaliação). Uma lista dos locais de
encaminhamento de acesso facilitado e os endereços devem ser preparados antes
do levantamento.
Exames em duplicata
Os examinadores podem mudar a maneira de aplicar os critérios de diagnóstico no
decorrer de uma série de exames. Para detectar e corrigir esta tendência, é
aconselhável que cada examinador realize exames em duplicata em 5 a 10% da
amostra (não menos que 25) no levantamento propriamente dito. Os grupos mais
adequados para realizar os exames em duplicata são os de 12 e 15 anos de idade,
devido a facilidade de acesso. Tanto quanto possível, o examinador não deve ser
capaz de identificar os indivíduos que reexaminou, ou saber que o indivíduo foi
examinado previamente, uma vez que esta informação pode afetar a qualidade do
exame em duplicata. O anotador, ou talvez um professor da escola deve ser
requisitado para providenciar o reexame de 5 a 10% dos indivíduos durante o
Levantamento Epidemiológico Básico de Saúde Bucal - Confiabilidade e Validade dos Dados Pág 15
4. Execução do Levantamento
Considerações gerais
Elaboração de um roteiro
O organizador do levantamento deve elaborar um roteiro no qual serão registradas
diariamente, informações sobre o local dos exames, o número de pessoas
examinadas e dados de cada local. Observações feitas nesta etapa, devem ser
discutidas e anotadas, pois poderão ser de grande valor na avaliação final dos
resultados do levantamento. Se estas não forem claramente descritas por ocasião
dos exames, serão confundidas ou esquecidas.
Exercício preliminar
Para pesquisadores que estão planejando seu primeiro levantamento de saúde
bucal, recomenda-se como exercício preliminar, examinar duas turmas de crianças
de 12 anos, em escolas locais de 1º grau. Isto certamente dará a equipe envolvida, a
oportunidade de trabalhar em conjunto, identificar e discutir quaisquer problemas
técnicos ou de organização que possam surgir. A calibração dos examinadores
(veja página 13), bem como o treinamento dos anotadores poderão ser feitas ao
mesmo tempo.
Pessoal e organização
Anotador
Cada examinador deve ser auxiliado por um anotador, capaz de seguir as
instruções com exatidão e registrar os números e letras claramente (veja página 21).
O examinador deve dar instruções claras ao anotador, sobre os dados que serão
registrados na ficha do levantamento, além de instruí-lo sobre o significado dos
termos, bem como do sistema de códigos que serão usados, de maneira que, na
prática, o anotador possa identificar erros e/ou lapsos cometidos pelo examinador.
O anotador deve receber instruções especiais e prática adicional, caso não esteja
familiarizado com os símbolos alfabéticos ou numéricos usados na ficha do
levantamento. Para completar o seu treinamento, antes do início do levantamento,
o anotador deverá praticar, exercitando-se através de anotações de exames
anteriores. As falhas de registros cometidas pelo anotador, podem resultar em
troca de códigos que influenciará os resultados finais.
Quando sistemas computadorizados de entrada direta de dados são
utilizados, instruções específicas e treinamento adequado para o seu uso devem ser
dadas ao anotador.
Monitor
É desejável que haja um monitor em cada local de exame, para manter um fluxo
constante de pessoas para o (s) examinador (es), anotar as informações gerais nas
fichas de registro, checar se esses registros estão precisos e completos, de maneira
que o dado que esteja faltando, possa ser obtido antes que a equipe do
levantamento vá para outro local; além de ser também responsável pelo
suprimento adequado de instrumental esterilizado.
Instrumentos e material
A quantidade e o peso dos instrumentos e material usados no levantamento devem
ser restringidos ao mínimo. São necessários para cada examinador, os seguintes
instrumentos e material:
- espelhos bucais planos
- sondas periodontais que preencham as especificações da OMS (1);
- vários pares de pinças;
- recipientes (um para instrumentos usados e outro para instrumentos
esterilizados);
- solução esterilizante concentrada;
- bacia com água e sabão ou solução desinfetante;
- toalhas de mão, de papel ou tecido;
- gaze.
Controle de infecção
Recomendações e normas nacionais atualizadas devem ser seguidas para o
controle de infecção e destino do lixo.
Os examinadores são responsáveis pela manutenção adequada do controle de
infecção nos procedimentos do levantamento. Durante seu treinamento, deve ser
enfatizado que, com o uso correto do espelho bucal e da sonda periodontal, todas
as áreas da cavidade bucal podem ser completamente examinadas, sem a
necessidade da manipulação digital dos tecidos bucais, reduzindo,
consequentemente, o risco de infecção cruzada.
É recomendado o uso de máscaras e luvas descartáveis, assim como de óculos
de proteção.
Área de exame
A área para realização dos exames deve ser planejada e preparada para
promover o máximo de eficiência e facilidade de operação. A arrumação será
determinada pelas instalações físicas locais, mas certas condições controláveis
devem ser lembradas. A falta de uma estrutura apropriada não impede que um
levantamento seja realizado. Se necessário, os exames poderão ser executados ao ar
livre.
Levantamento Epidemiológico Básico de Saúde Bucal - Execução do Levantamento Pág 19
Iluminação
A iluminação deve ser, na medida do possível, a mesma em todos os exames do
levantamento. Se houver energia elétrica em todos os locais, um foco portátil leve
(com espectro de cor branco-azul) deve ser utilizado. Alterações estruturais e
inflamatórias dos tecidos bucais são mais difíceis de serem detectadas sob luz
artificial normal (que tem um espectro de cor amarelo-vermelho) do que sob luz
natural ou luz artificial corrigida. Caso não haja eletricidade em alguns locais de
exame, a iluminação natural deve ser, então, utilizada em todos os locais .
Se for usada uma fonte de luz artificial, a localização das tomadas elétricas
afetará a posição da mesa ou cadeira. Neste caso, o rosto da pessoa deve ficar em
posição oposta a fonte de luz natural, para evitar variação de luminosidade.
Entretanto, se apenas a luz natural está sendo usada, a pessoa deve ser posicionada
de tal maneira, que receba o máximo de iluminação, evitando-se o desconforto da
luz solar diretamente sobre a pessoa e/ou examinador. A cadeira ou mesa de
exame deve ser posicionada em direção, e o mais próximo possível, da fonte de luz
natural.
Mesa ou bancada
Uma mesa ou bancada com os instrumentos, recipientes e bacias deve ser
posicionada de forma acessível ao examinador.
Posição do anotador
O anotador deve se posicionar, com relação ao examinador, de maneira que possa
ouvir facilmente os códigos e instruções e o examinador, por sua vez, possa
enxergar se os registros estão sendo anotados corretamente, além de, nesta posição,
poder checar os dados registrados, se correspondem de fato à região ou dentes que
acabaram de ser examinados.
Controle da aglomeração
Se possível, a área de exame deverá ser organizada, de forma que as pessoas
entrem por um lado e saiam pelo outro. Não deve ser permitido às pessoas se
aglomerarem ao redor do examinador e do anotador durante os exames, devendo
entrar na área de exame somente no momento adequado.
5. Fichas de Avaliação
Considerações gerais
Uma ficha adequada para anotar os resultados dos registros de saúde bucal,
descrita neste manual, está reproduzida nas páginas 49 e 50. Os pesquisadores
devem providenciar cópias em nível local.
Códigos padrões
Os códigos padrões devem ser usados em todas as seções da ficha. Se estas
exigências não forem cumpridas, a OMS não será capaz de processar os dados e
sumarizar os resultados no programa de computador disponível. Se alguns itens
da avaliação de saúde bucal não forem feitas ou que não sejam aplicáveis ao grupo
etário examinado, os espaços não usados da ficha devem ser cancelados com uma
linha diagonal, ou usando-se o código 9 na casela apropriada (=sem registro)
As fichas foram elaboradas de forma a facilitar o processamento
computadorizado dos dados. Cada casela recebe um número de identificação (o
número pequeno entre parênteses), que representa a localização no arquivo do
computador. Os códigos de registro são mostrados próximos às caselas
apropriadas. Para minimizar o número de erros, todos os registros deverão ser
anotados de forma clara e sem ambigüidades. Por questões de similaridade,
confusões ocorrem comumente quando se escreve 1 e 7, 2 e 4, 6 e 0 e B e 8. Para se
evitar confusão, bem como o perigo de se computar resultados incorretos, os
números devem ser escritos claramente da seguinte maneira:
A ficha padrão para registro das condições de saúde bucal (veja páginas 49 e
50), foi planejada para permitir a coleta de todas as informações necessárias para o
planejamento dos serviços de saúde bucal, além de um completo acompanhamento
para posterior readequação dos serviços existentes. A ficha inclui as seguintes
seções:
SUPERIOR
SUPERIOR
codificação. Estas informações deverão ser anotadas nas caselas 24, 25, 29 e 30. A
lista de códigos deve ser distribuída para todos os examinadores e anotadores,
antes dos exames começarem; esta informação deve também ser anotada na folha-
sumário do estudo (Anexo 3).
Nome
O nome da pessoa examinada deve ser escrito em letra de forma, começando pelo
sobrenome. Em alguns países a identificação nominal dos indivíduos participantes
de levantamentos não é permitida e, nestes casos, este campo não deve ser
preenchido.
Levantamento Epidemiológico Básico de Saúde Bucal - Fichas de Avaliação Pág 25
códigos é necessária. O código “99” deve ser escrito se esta informação não estiver
disponível.
Avaliação Clínica
De forma a assegurar que todas as condições sejam detectadas e diagnosticadas,
recomenda-se que a avaliação clínica siga a ordem da ficha de avaliação.
(37) 2 4 (40)
(38) 2 1 (41)
(39) (42)
Do mesmo modo, quando uma pessoa tem câncer bucal nas comissuras e no
lábio inferior, e ainda candidíase na língua, a codificação deve ser feita da seguinte
maneira:
(37) 1 1 (40)
(38) 1 2 (41)
(39) 6 6 (42)
14 13 12 11 21 22 23 24
46 36
Indicadores. Três indicadores do estado periodontal são usados para este tipo
de avaliação: sangramento gengival, cálculo e bolsas periodontais.
Uma sonda leve e especialmente desenhada para verificação do CPI é
utilizada. Ela possui uma esfera de 0,5 mm na ponta e anéis marcadores às
distâncias de 8,5 e 11,5 mm da ponta da sonda.
17 16 11 26 27
47 46 31 36 37
Exame das bolsas gengivais e cálculos. O dente-índice deve ser sondado, usando
a sonda como um instrumento "sensor" para determinar a profundidade da bolsa e
detectar cálculo subgengival e sangramento como resposta. A força utilizada não
deve ser maior que 20 gramas. Um teste prático para estabelecer esta força é
colocar a ponta da sonda sob o leito ungueal e pressionar até que ocorra uma leve
isquemia. Para detectar cálculo gengival, deve-se movimentar, com a menor força
possível, a ponta da sonda ao redor da superfície dentária.
Levantamento Epidemiológico Básico de Saúde Bucal - Fichas de Avaliação Pág 33
Informações sobre perda de inserção periodontal podem ser coletadas a partir dos
dentes-índices, com o propósito de se obter uma estimativa da destruição
cumulativa, ao longo da vida, do ligamento periodontal. Isto permite comparações
entre grupos populacionais, mas não tem a intenção de descrever a extensão total
da perda de inserção individualmente.
A forma mais segura de fazer o exame de perda de inserção em cada sextante
é registrar esta ocorrência imediatamente após o registro do escore do CPI para
aquele sextante em particular. Os maiores escores do CPI e de perda de inserção
podem, não necessariamente, serem encontrados no mesmo sextante.
Levantamento Epidemiológico Básico de Saúde Bucal - Fichas de Avaliação Pág 34
A perda de inserção não deve ser registrada para indivíduos com menos de
15 anos.
0 1 2 3 4
WHO 96219
Fig. 3. Exemplos de codificação de acordo com o Índice Periodontal Comunitário (CPI),
mostrando a posição da sonda.
0 0 1 2 3 4
WHO 96220
Fig. 4. Exemplos de codificação para perda de inserção com a sonda CPI.
O exame para cárie dentária deve ser realizado com um espelho bucal plano.
Radiografias para detecção de cáries interproximais não são recomendadas em
virtude da impraticabilidade do uso do equipamento de raio-x em todas as
situações. Pelo mesmo motivo, também não é recomendado o uso de fibra óptica.
Muito embora se reconheça que estas duas formas de diagnóstico auxiliam e
reduzem a subestimação das necessidades de tratamento, a complicação extra e as
freqüentes objeções à exposição à radiação superam os benefícios que seriam
conseguidos.
Os examinadores devem adotar uma abordagem sistemática para a avaliação
da cárie dentária e das necessidades de tratamento. O exame deve ser realizado de
forma ordenada de um dente ou espaço dentário para o dente ou espaço adjacente.
Um dente deve ser considerado presente na boca quando alguma parte de sua
estrutura estiver visível. Se um dente permanente e um decíduo estão ocupando o
mesmo espaço, somente a condição do dente permanente deve ser registrada.
Código Condição
Dentes Dentes
Decíduos Permanentes
Coroa Coroa Raiz
A 0 0 Hígido
B 1 1 Cariado
C 2 2 Restaurado com cárie
D 3 3 Restaurado sem cárie
E 4 - Perdido por cárie
- 5 - Perdido por outras razões
F 6 - Selante
G 7 7 Apoio de ponte, coroa ou
faceta/implante
- 8 8 Dente não erupcionado
(coroa)/ raiz não exposta
T T - Trauma (fratura)
- 9 9 Sem registro
0 (A) - Coroa hígida. Considera-se uma coroa hígida quando não há evidência
clínica de cárie, tratada ou não. Os estágios da cárie que precedem à
cavitação, bem como outras condições similares aos estágios precoces de
cárie, são excluídos em virtude de não ser possível se obter um diagnóstico
confiável. Deste modo, uma coroa que apresente os seguintes defeitos,
desde que na ausência de outros critérios positivos, deve ser registrada
como hígida:
- manchas esbranquiçadas;
- mudanças na coloração ou manchas rugosas que não cedam à pressão
quando sondadas com a sonda periodontal;
- fóssulas pigmentadas ou fissuras em que não se tenha sinais claros de
esmalte socavado, ou que apresente fundo ou paredes moles detectáveis
quando da sondagem;
- áreas pigmentadas duras, escuras e brilhantes de um esmalte com sinais de
fluorose moderada ou severa;
- lesões que, com base em sua história e distribuição, ou a partir do exame
visual táctil, parecem ser devidas à abrasão.
Levantamento Epidemiológico Básico de Saúde Bucal - Fichas de Avaliação Pág 37
Raiz hígida. Uma raiz é registrada como hígida quando está exposta e não
mostra sinais evidentes de cárie clínica, tratada ou não. (Coroas não
expostas devem ser codificadas como "8".)
1 (B) - Coroa cariada. Cárie é registrada como presente, quando uma lesão de fóssula
ou fissura ou de superfície lisa tem uma cavidade evidente, esmalte
socavado, ou um amolecimento detectável do assoalho ou das paredes. Um
dente com uma restauração temporária ou com selante (código 6 (F)), mas
que esteja também cariado, dever ser incluído nesta categoria. Em casos nos
quais a coroa está totalmente destruída pela cárie, mantendo apenas a raiz, a
cárie é registrada como originalmente pertencente à coroa e, portanto, deve
ser codificada somente como cárie de coroa. A sonda periodontal deve ser
usada para confirmar a evidência visual de cárie nas superfícies oclusal,
vestibular e lingual. Em caso de dúvida, não se registra presença de cárie.
Raiz cariada. Cárie é registrada como presente na raiz quando uma lesão se
apresenta mole ou com consistência de couro, quando da sondagem com a
sonda periodontal. Se a cárie de raiz está distinta da cárie de coroa, o que
requer um tratamento separado, deve ser registrada como cárie de raiz. Para
uma lesão de cárie única afetando a coroa e também a raiz, o local mais
provável que originou a lesão deve ser registrado como cariado. Quando
este discernimento não for possível, ambas, coroa e raiz, devem ser
registradas como cariadas.
2 (C) - Coroa restaurada com cárie. Uma coroa é considerada restaurada com cárie,
quando se detecta uma ou mais restaurações permanentes e uma ou mais
áreas com lesão de cárie. Nenhuma distinção deve ser feita entre cáries
primárias e secundárias (ou seja, o mesmo código deve ser aplicado se a
cárie tem ou não uma associação física com a (s) restauração (ões)).
Raiz restaurada com cárie. Uma raiz é considerada restaurada com cárie
quando uma ou mais restaurações, junto com uma ou mais áreas cariadas
estão presentes. Nenhuma distinção é feita entre cárie primária e
secundária.
No caso de restaurações envolvendo a coroa e a raiz, a definição do
local original da lesão se torna mais difícil. Para uma restauração
envolvendo coroa e raiz mas existindo, na raiz, uma cárie secundária, o local
mais provável da lesão original deve ser registrado como cariado. Do
mesmo modo que o critério anterior, quando não for possível se determinar
o local original da lesão, ambas, coroa e raiz, devem ser registradas como
restauradas com cárie.
Levantamento Epidemiológico Básico de Saúde Bucal - Fichas de Avaliação Pág 38
3 (D) - Coroa restaurada sem cárie. Uma coroa é considerada como restaurada sem
cárie quando uma ou mais restaurações estiverem presentes e não houver
nenhuma cárie visível na coroa. Um dente no qual tenha sido colocada uma
coroa artificial por causa de cárie, deve ser registrado nesta categoria. Por
outro lado, um dente que possua uma coroa artificial colocada por outras
razões deve ser registrada como apoio de ponte (código 7 (G)).
Raiz restaurada sem cárie. Uma raiz é considerada restaurada sem cárie
quando uma ou mais restaurações estiverem presentes e não houver
nenhuma cárie presente na raiz.
No caso de restaurações envolvendo a coroa e a raiz, a definição do
local original da lesão se torna mais difícil. Para uma restauração
envolvendo coroa e raiz mas existindo, na raiz, uma cárie secundária, o local
mais provável da lesão original deve ser registrado como cariado. Quando
não for possível se determinar o local original da lesão, ambas, coroa e raiz,
devem ser registradas como restauradas.
4 (E) - Perdido por cárie. Este código é usado para dentes permanentes ou decíduos
que tenham sido extraídos por causa de cárie e devem ser registrados
somente como condição da coroa. No caso dos dentes decíduos, o escore
perdido só deve ser assinalado se o indivíduo apresentar uma idade na qual
a exfoliação normal não seja suficiente para explicar a ausência do dente.
Nota: A condição da raiz de um dente que foi classificado como
perdido por cárie deve ser registrada como código "7" ou "9".
Em alguns grupos etários, torna-se difícil distinguir entre dente não
erupcionado (código 8) e dente perdido (códigos 4 ou 5). Para se estabelecer
um diagnóstico diferencial entre estas duas situações, deve-se ter um
conhecimento básico sobre o padrão de erupção dentária, observar a
aparência da crista alveolar no espaço dentário em questão e o padrão de
cárie de outros dentes da boca. O código 4 não deve ser usado para dentes
diagnosticados como perdidos por outras razões que não a cárie. Por
conveniência, quando se tem arcos totalmente desdentados, um único
código "4" deve ser colocado nas caselas 66 e 81 e/ou 114 e 129, com uma
linha interligando os dois números.
5 (-) - Dente permanente perdido por outras razões. Este código é utilizado para dentes
com ausência congênita, ou extraídos por razões ortodônticas, doença
periodontal, trauma etc. Da mesma forma que o código 4, duas entradas
para o código 5 devem ser colocadas e unidas por uma linha.
Nota: A condição da raiz para um dente registrado com o código 5
deve ser "7" ou "9".
Levantamento Epidemiológico Básico de Saúde Bucal - Fichas de Avaliação Pág 39
6 (F) - Selante. Usado para dentes nos quais foi colocado um selante na superfície
oclusal ou para dentes que possuam uma restauração em resina colocada
após um alargamento das fissuras com brocas em forma de chama
(restauração preventiva). Se o dente com selante apresentar uma cárie, deve
ser codificado como "1" ou "B".
7 (G) - Apoio de ponte, coroa ou faceta. Este código é usado somente para condição da
coroa e indica que o dente faz parte de uma ponte fixa, ou seja, é um apoio
de ponte. Este código também pode ser usado para coroas artificiais
colocadas por outras razões que não a cárie e para facetas laminadas que
cobrem a face vestibular em um dente no qual não exista sinal evidente de
presença cárie ou de restauração.
Nota: Os dentes perdidos que estão substituídos pela ponte são
codificados como 4 ou 5, no item condição coronária, enquanto que a
condição da raiz é codificada como 9.
Raiz não exposta. Este código indica que a superfície radicular não está
exposta, ou seja, não existe recessão gengival além da JCE.
T (T) - Trauma (fratura). Uma coroa é codificada como fraturada quando alguma de
suas superfícies foi perdida como resultado de trauma e não existe
evidência de cárie.
9 (-) - Sem registro. Este código é usado para qualquer dente permanente que não
pode ser examinado por alguma razão (por exemplo, bandas ortodônticas,
hipoplasia severa etc.)
No caso da condição da raiz, este código é usado para indicar que o dente
foi extraído ou quando a presença de cálculo impede o exame da raiz.
0 - Nenhum (sem tratamento). Este código é registrado se uma coroa e uma raiz
estiverem hígidos, ou se ficou decidido que eles não devem receber nenhum
tratamento.
5 - Tratamento pulpar e restauração. Este código é utilizado para indicar que o dente
provavelmente necessita de tratamento pulpar, antes da restauração ou coroa,
em virtude da profundidade e extensão da cárie, ou em razão de algum trauma.
Nota: A sonda nunca deve ser inserida na profundidade da cavidade para
confirmação da presença de uma possível exposição pulpar.
9 - Sem registro.
A presença de prótese deve ser registrada para cada maxilar (casela 162 para a
maxila e 163 para a mandíbula). Os seguintes códigos devem ser utilizados:
0 - Sem prótese.
1 - Prótese fixa.
2 - Mais de uma prótese fixa.
3 - Prótese parcial removível.
4 - Prótese fixa e removível.
5 - Prótese total.
9 - Sem registro.
Também deve ser registrado para cada maxilar a partir de uma necessidade
percebida de prótese (casela 164 para a maxila e 165 para a mandíbula), de acordo
com os seguintes códigos:
0 - Sem necessidade de prótese.
1 - Necessidade de prótese fixa unitária (substituição de um dente apenas).
2 - Necessidade de prótese fixa ou removível múltipla.
3 - Necessidade de uma combinação de unitária e/ou múltipla.
4 - Necessidade de prótese total (substituição de todos os dentes).
9 - Sem registro.
Os critérios do Índice de Estética Dental (IED) (4) são usados. Recomenda-se que
este índice seja usado para os grupos etários nos quais não existam mais dentes
decíduos, geralmente a partir dos 12 anos (veja Anexo 2). Os códigos e critérios são
os seguintes:
inferior, deve ser verificado. Isto pode ser feito pela contagem dos dentes
presentes, começando pelo segundo pré-molar direito indo até o segundo pré-
molar esquerdo. Devem estar presentes 10 dentes em cada arco, portanto, se
houver menos de 10, a diferença é o número de ausentes. O número de dentes
ausentes nos arcos superior e inferior deve ser registrado nas caselas 166 e 167 da
ficha padrão (casela 166 para o arco superior e 167 para o arco inferior). Deve ser
verificada a história da ausência de todos os dentes anteriores com a finalidade de
saber se extrações foram realmente feitas com finalidade estética. Os dentes não
devem ser registrados como ausentes se os espaços estão fechados, se um dente
decíduo está ainda na posição de seu sucessor que ainda não erupcionou, ou se um
incisivo, canino ou pré-molar ausentes tiverem sido substituídos por próteses fixas.
Apinhamento na região de incisivos (casela 168). A região dos incisivos dos arcos
superior e inferior deve ser examinada para verificação de apinhamentos. O
apinhamento na região dos incisivos é a condição na qual o espaço disponível
entre os caninos direito e esquerdo é insuficiente para acomodar todos os quatro
incisivos em um alinhamento normal. Os dentes em geral ficam rotacionados ou
colocados fora do alinhamento do arco. O apinhamento na região dos incisivos é
registrado como se segue:
0 - Sem apinhamento.
1 - Apenas uma região com apinhamento.
2 - Ambas as regiões com apinhamento.
Se houver alguma dúvida, o menor escore deve ser assinalado. O apinhamento não
deve ser registrado se os quatro incisivos estiverem alinhados apropriadamente
porém com um ou ambos os caninos situados fora de seu local original.
Espaçamentos na região dos incisivos (casela 169). A região dos incisivos dos
arcos superior e inferior deve ser examinada também para verificação de
espaçamentos. Quando medido na região de incisivos, espaçamento é a condição
na qual o total de espaço disponível entre os caninos direito e esquerdo excede o
requerido para acomodar todos os quatro incisivos em um alinhamento normal. Se
um ou mais incisivos tem uma superfície interproximal sem nenhum contato
interdentário, a região é registrada como apresentando espaçamento. O espaço de
uma exfoliação recente de um dente decíduo não deve ser registrada se estiver
claro que a substituição pelo dente permanente se dará em breve. O espaçamento
na região de incisivos é registrado como se segue:
0 - Sem espaçamento.
1 - Uma região com espaçamento.
2 - Ambas as regiões com espaçamento.
Levantamento Epidemiológico Básico de Saúde Bucal - Fichas de Avaliação Pág 44
que a do arco superior (veja Fig. 6). O overjet mandibular não deve ser registrado
se um incisivo inferior está rotacionado a tal ponto que uma parte da borda incisal
está em mordida cruzada (ou seja está localizada vestibularmente em relação ao
incisivo superior), mas a outra parte da borda incisal não está.
WHO 96221
Fig. 5. Medição dos desalinhamentos anteriores do arco maxilar com a sonda periodontal.
0 - Normal.
1 - Meia cúspide. O primeiro molar inferior está deslocado meia cúspide para
mesial ou para distal da relação oclusal normal.
2 - Cúspide inteira. O primeiro molar inferior está deslocado uma cúspide inteira
ou mais para a mesial ou distal da relação oclusal normal.
Levantamento Epidemiológico Básico de Saúde Bucal - Fichas de Avaliação Pág 46
WHO 96222
Overjet maxilar anterior Overjet mandibular anterior
(protrusão mandibular)
Canino
ANTERIOR POSTERIOR
Canino
Normal (Código 0)
Código 1
Molar inferior está a meia cúspide Molar inferior está a meia cúspide
mesialmente de sua relação normal distalmente de sua relação normal
Código 2
Molar inferior está a uma cúspide ou mais Molar inferior está a uma cúspide ou mais
mesialmente de sua relação normal distalmente de sua relação normal
(1) (4) (5) (8) (9) (10) (11) (14) (15) (16)
AVALIAÇÃO CLÍNICA
AVALIAÇÃO DA ARTICULAÇÃO TÊMPORO-MANDIBULAR
EXAME EXTRA-ORAL
0 = Aparência extra-oral normal
1 = Ulceração, feridas, erosões, fissuras SINTOMAS SINAIS
(cabeça, pescoço, membros)
2 = Ulceração, feridas, erosões, fissuras 0 = Não 0 = Não
1 = Sim 1 = Sim Estalido (34)
(nariz, bochechas, queixo)
3 = Ulceração, feridas, erosões, fissuras 9 = Sem registro 9 = Sem registro
(32)
(comissuras) Sensibilidade à palpação (35)
4 = Ulceração, feridas, erosões, fissuras (33)
(linha cutâneo-mucosa) Mobilidade reduzida da
5 = Cancro bucal mandíbula (abertura < 30 mm (36)
6 = Anormalidades dos lábios
7 = Linfonodos entumescidos (cabeça, pescoço)
8 = Outros inchaços da face e maxilares
9 = Sem registro
MUCOSA ORAL
CONDIÇÃO LOCALIZAÇÃO
0 = Sem anormalidades 0 = Linha cutâneo-mucosa
1 = Tumor maligno (câncer) (37) (40) 1 = Comissuras
2 = Leucoplasia 2 = Lábios
3 = Líquen plano 3 = Sulco
(38) (41)
4 = Úlcera (aftosa, herpética, traumática) 4 = Mucosa oral
5 = Gengivite Necrosante Aguda 5 = Assoalho da boca
6 = Candidíase (39) (42) 6 = Língua
7 = Abscesso 7 = Palato duro e/ou mole
8 = Outras condições (especificar, se possível) 8 = Crista alveolar/gengiva
9 = Sem registro 9 = Sem registro
55 54 53 52 51 61 62 63 64 65
Dentes Dentes
18 17 16 15 14 13 12 11 21 22 23 24 25 26 27 28 Decíduos Permanentes
Coroa Coroa Raiz CONDIÇÃO TRATAMENTO
Coroa (66) (81) A 0 0 Sadio 0 = Nenhum
B 1 1 Cariado P = Cuidado preventivo/
Raiz (82) (97) cariostático
C 2 2 Restaurado com cárie
Trat. (98) (113) D 3 3 Restaurado sem cárie F = Selante
E 4 - Perdido por cárie 1 = Restauração 1 face
- 5 - Perdido outras razões 2 = Restauração 2 ou
F 6 - Selante mais faces
85 84 83 82 81 71 72 73 74 75
G 7 7 Apoio de ponte, coroa 3 = Coroa por qualquer
48 47 46 45 44 43 42 41 31 32 33 34 35 36 37 38 motivo
ou faceta/implante
- 8 8 Dente não erupcionado 4 = Faceta laminada
Coroa (114) (129) (coroa)/raiz não exposta 5 = Tratamento pulpar
e restauração
Raiz (130) (145) T T - Trauma (fratura)
6 = Extração
- 9 9 Sem registro
7 = Outros cuidados
Trat. (146) (161)
......................................
8 = Outros cuidados
......................................
9 = Sem registro
ANORMALIDADES DENTOFACIAIS
DENTIÇÃO
(166) (167) Ausência de incisivo, canino e pré-molar - maxilar e mandibular - entre com o número de dentes
ESPAÇO
OCLUSÃO
ANOTAÇÕES
Levantamento Epidemiológico Básico de Saúde Bucal - Obtendo assessoria da OMS Pág 51
Assessoria pré-levantamento.
Assessoria pós-levantamento.
Desde que combinado com antecedência, a OMS está preparada para assessorar a
sumarização e análise dos dados relativos aos procedimentos descritos neste
manual, desde que tenham sido usadas as fichas padronizadas com os códigos
recomendados. Os dados devem ser gravados em disquete, utilizando o programa
de banco de dados fornecido pela OMS.
A análise será realizada utilizando-se um programa de computador
padronizado, que produzirá as tabelas básicas (ver Anexo 1). Os dados
sumarizados serão sistematicamente incluídos no Banco de Dados Global de Saúde
Bucal da OMS (Global Oral Data Bank - GODB).
Para os pesquisadores que não têm acesso a computadores, a OMS pode
providenciar uma assessoria a partir de seus centros colaboradores. Esta solicitação
deve ser feita antes da realização do levantamento.
Convém ressaltar que, embora a OMS contribua no planejamento e na análise
dos dados, é responsabilidade do pesquisador obter a permissão das autoridades
responsáveis para a realização do levantamento. É condição fundamental que o
pesquisador, em não sendo residente no local do levantamento, seja comunidade
ou país, obtenha permissão das autoridades locais (ver página 10).
A OMS não tem medido esforços no sentido de aperfeiçoar cada vez mais
sua metodologia para levantamentos em saúde bucal. Assim, seria interessante se
os pesquisadores dessem um retorno de suas experiências com a metodologia da
OMS, enviando correspondência para: WHO (World Health Organization), 1211,
Genebra, 27, Suíça.
Levantamento Epidemiológico Básico de Saúde Bucal - Procedimentos posteriores Pág 53
(c) Resultados
Referências Bibliográficas
1. WHO Expert Group on Equipment and Materials for Oral Care (EGEMOC). The
periodontal probe for use with the community periodontal index of
treatment needs (CPITN). Geneva, World Health Organization, 1990
(unpublished document WHO/ORH/EGEMOC/CPITN/1990; available on
request from Oral Health, World Health Organization, 1211 Geneva 27,
Switzerland).
2. FDI Comission on Oral Health, Research and Epidemiology. A review of the
developmental defects of enamel index (DDE index). International Dental
Journal, 1992, 42: 411-426.
3. DEAN, HT. The investigation of physiological effects by the epidemiological
method. In: MOULTON, FR, ed. Fluoride and dental health. Washington, DC,
American Association for Advancement of Science, 1942 (Publication No.
19): 23-31.
4. CONS. N.C., JENNY, J., KOHOUT, F.J. DAI: the Dental Aesthetic Index. Iowa City,
IA, Iowa College of Dentistry, University of Iowa, 1986.
Levantamento Epidemiológico Básico de Saúde Bucal - Anexo 1 Pág 57
Anexo 1
Informações gerais
Avaliação clínica
Tabela 30: Número médio de dentes, por indivíduo, com cárie de coroa e/ou de
raiz.
Tabela 31: Número e percentual de indivíduos que necessitam de cuidados
preventivos, uso de cariostáticos, selantes, restaurações, coroa artificial,
faceta laminada, terapia pulpar, extração ou outros tratamentos.
Tabela 32: Número médio de dentes, por indivíduo, que necessitam de cuidados
preventivos, uso de cariostáticos, selantes, restaurações, coroa artificial,
faceta laminada, terapia pulpar, extração ou outros tratamentos.
Tabela 33: Número e percentual de indivíduos com próteses, de acordo com o tipo
e localização (maxilar).
Tabela 34: Número e percentual de indivíduos com necessidade de prótese de
acordo com o tipo e localização (maxilar).
Tabela 35: Percentual de indivíduos com ausência de incisivos, caninos e pré-
molares.
Tabela 36: Percentual de indivíduos com apinhamento, espaçamento, diastema ou
desalinhamentos anteriores maxilares ou mandibulares.
Tabela 37: Percentual de indivíduos com overjet maxilar anterior, overjet
mandibular anterior, mordida aberta vertical anterior, ou relação molar
ântero-posterior.
Tabela 38: Percentual de indivíduos com anormalidades dentofaciais, de acordo
com nível de severidade.
Levantamento Epidemiológico Básico de Saúde Bucal - Anexo 2 Pág 60
Anexo 2
Avaliação da reprodutibilidade
Examinador 2 Examinador 1
Hígido Cariado Total
Hígido a c a+c
Cariado b d b+d
Total a+b c+d a + b + c + d (=1)
a = proporção de dentes em que ambos os examinadores concordaram que está
hígido.
b = proporção de dentes em que o examinador 1 considera como hígido e o
examinador 2 considera como cariado.
c = proporção de dentes em que o examinador 1 considera como cariado e o
examinador 1 considera como hígido.
d = proporção de dentes em que ambos os examinadores concordaram que está
cariado.
A fórmula é:
Po − Pe
χ=
1 − Pe
Onde:
Po = Proporção da concordância observada, ou seja (a + d);
Pe = Proporção da concordância esperada, ou seja, devida ao acaso (a + c) x (a
+ b) para dentes hígidos e (b + d) x (c + d) para dentes cariados.
Levantamento Epidemiológico Básico de Saúde Bucal - Anexo 2 Pág 61
Então
(a + c) × (a + b) × (b + d) × (c + d)
Pe =
(a + b + c + d) 2
O Índice CPO-D pode ser calculado a partir das informações constantes nas caselas
66 a 97 e 114 a 145. O componente cariado (C) é composto pelos dentes codificados
como 1 ou 2. O componente perdido (P) compreende os dentes com código 4
(perdido por cárie) em indivíduos com menos de 30 anos de idade, e dentes
codificados como 4 ou 5 (perdido por cárie e por outras razões) para indivíduos
com 30 anos ou mais. O componente obturado é composto de dentes com código 3.
A base para o cálculo do CPO-D é 32, ou seja, todos os dentes permanentes,
inclusive o terceiro molar. Os dentes com código 6 (selante) ou 7 (apoio de ponte,
coroa artificial ou faceta/implante) não são incluídos no cálculo do CPO-D.
A coleta dos dados de acordo com os critérios do Índice de Estética Dental (IED)
permite que a análise seja feita para cada componente em separado ou agrupados
em anormalidades da dentição, espaçamentos e oclusão. É também possível
calcular os escores do IED usando a equação de regressão do índice, por meio do
qual os componentes do IED avaliados são multiplicados por seus respectivos
coeficientes de regressão, sendo o produto, então, adicionado à constante da
equação de regressão. A soma resultante é o escore IED (4).
A equação de regressão usada para calcular o escore IED é a seguinte 6:
6 Nota: Os coeficientes de regressão devem ser arredondados para o número inteiro mais próximo.
Levantamento Epidemiológico Básico de Saúde Bucal - Anexo 2 Pág 62
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0 20 30 40 50 60
Padrão
Escore IED Escore
Máximo Mínimo
Fig. A1. Distribuição dos escores IED (Fonte: referência 4, usada sob permissão)
7 Estas indicações de tratamento devem servir somente como um guia. Os administradores da área
de saúde devem determinar as prioridades de tratamento pelo ajuste da distribuição padrão dos
escores IED de acordo com suas respectivas percentagens cumulativas (Fig. A1). As decisões que
deverão determinar as indicações de tratamento podem ser modificadas de acordo com as
condições locais e disponibilidade de recursos.
Levantamento Epidemiológico Básico de Saúde Bucal - Anexo 2 Pág 63
Referências
3. LANDIS, J.R., KOCK, G.G. The measurement of observer agreement for categorical
data. Biometrics. v. 33, p. 159-74. 1977.
4. CONS. N.C., JENNY, J., KOHOUT, F.J. DAI: the Dental Aesthetic Index. Iowa City,
IA, Iowa College of Dentistry, University of Iowa, 1986.
Levantamento Epidemiológico Básico de Saúde Bucal - Anexo 3 Pág 64
Anexo 3
Sumário do levantamento baseado nas fichas de avaliação da
OMS (1997)
País: ...................................................................................................................................................
Período do levantamento (mês (es)/ano) ......................................................................................
Coordenador: ...................................................................................................................................
Endereço: ..........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
..........................................................................................................................................
De Para
De Para
De Para
1 0 0
2 1 1
3 2 2
4 3 3
5 4 4
6 5 5
7 6 6
8 7 7
9 8 8
00 0 0
01 1 1
02 2 2
03 3 3
04 4 4
05 5 5
06 6 6
07 7 7
08 8 8
09