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ETAPA 1
INTRODUÇÃO E OPERADORES
CENTRO UNIVERSITÁRIO
LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, nº 1.040, Bairro Benedito
89130-000 - INDAIAL/SC
www.uniasselvi.com.br
Organização
Greisse Moser Badalotti
Autor
Paolo Moser
Reitor da UNIASSELVI
Prof. Hermínio Kloch
Diagramação e Capa
Renan Willian Pacheco
Revisão
Joice Carneiro Werlang
EXCEL AVANÇADO 3
1 INTRODUÇÃO E OPERADORES
1.1 INTRODUÇÃO
Olá, seja bem-vindo ao curso livre de Excel Avançado. Esperamos que este
material lhe ajude a explorar ferramentas não tão usuais desse poderoso software
desenvolvido e comercializado pela Microsoft.
Para obter pleno aproveitamento do curso, você deverá possuir uma versão
atualizada do MS Excel (a partir de agora denominado apenas como Excel). Por
"atualizada" entendemos toda e qualquer versão lançada de 2013 em diante. Muitas
ferramentas utilizadas aqui encontram-se presentes em versões anteriores do software
(a maioria delas); algumas, entretanto, não. Lembre-se também de que, dependendo da
versão, algumas ferramentas podem estar localizadas em lugares distintos na interface1
do software.
Apesar do fato de que uma pasta de trabalho do Excel possui características muito
semelhantes às de um banco de dados, conceitualmente existem diferenças. A principal
é que, normalmente, os bancos de dados dispõem de ferramentas de proteção aos dados,
tanto no que diz respeito à sua preservação quanto à sua confidencialidade, fazendo uso
de técnicas de criptografia para impedir o livre acesso à informação. Outras diferenças
dizem respeito às ferramentas específicas para manipulação do banco de dados, que
fazem com que o mesmo seja eficiente do ponto de vista de velocidade e consistência.
1 Registro (ou linha), nesse contexto, refere-se a cada um dos elementos que fazem parte
do banco de dados. Por exemplo: se o banco de dados é a lista de pedidos de entrega de uma
transportadora, cada um dos pedidos desta lista é considerado um registro.
Nesse contexto, o Excel aparece como uma alternativa que permite a manipulação
visual dos dados criptografados em um banco de dados, pois funções de conexão a
diversos tipos de bancos estão disponíveis nativamente, no próprio Excel. Uma vez
importado para o ambiente do Excel, o banco de dados é manipulado da mesma forma
que um arquivo normal .xlsx, conferindo ao usuário praticidade e rendimento.
O Excel permite conexão aos bancos de dados em formato Access (da própria
Microsoft), Web, texto, SQL Server, Windows Azure Marketplace, OData, XML e outros
bancos específicos (Oracle, por exemplo), através do Microsoft Query. O processo (exceto
o último) é semelhante para todas as conexões. Na Etapa 2 deste material veremos como
conectar a uma base de dados no formato texto e no formato Web – os mais comuns,
cotidianamente.
Exemplo 1.1 Considere o banco de dados a seguir, que diz respeito ao cadastro
de produtos disponíveis para vendas em uma loja de materiais de construção. Consulte
esse banco e retorne as informações requeridas.
a) Quais são os atributos “Produto”, “Valor unitário (R$)” e “Pronta entrega” dos
registros 3, 6 e 8?
b) Existe alguma inconsistência/contradição nesse banco de dados?
c) Uma pessoa decide comprar 100 tijolos, 3 sacos de cimento, uma pá e 2 pacotes de
pregos. Quanto gastará e quanto tempo levará para receber todos os produtos?
•
Registro 6: Produto: Areia
Valor Unitário (R$): 3,99
Pronta entrega: sim
• Registro 8: Produto: Pá
Valor Unitário (R$): 21,90
Pronta entrega: não
b) Sim, existe. Note que o registro 3 (cimento) tem atributo “pronta entrega” assinalado
como sim, entretanto o atributo “prazo de entrega” tem valor 3 (dias), e isto é
contraditório. Outra situação errada do ponto de vista conceitual acontece com o
registro 6 (areia). Note que o atributo “pronta entrega” está assinalado como sim; o
atributo “prazo de entrega” tem valor 0 (dias). Isto não é errado do ponto de vista
lógico, entretanto, foge da padronização óbvia que percebemos no atributo “prazo
de entrega”, pois em todas as situações em que o atributo “pronta entrega” está
assinalado como sim, o “prazo de entrega” está marcado com um hífen (-), indicando
que não é preciso esperar nenhum dia. Utilizar zero tem o mesmo sentido, mas o ideal
é que em bancos de dados os atributos estejam com valores padronizados, para não
gerar ambiguidades nas análises subsequentes. Verificar incoerências no banco de
dados é fundamental para um trabalho eficiente; esta etapa do processo é chamada
de verificação de consistência dos dados.
•
Questão financeira: São 100 tijolos, 3 sacos de cimento, uma pá e 2 pacotes de pregos.
Os preços unitários, em R$, são 1,19; 22,30; 21,90 e 14,90. Procedendo às respectivas
multiplicações e adicionando os termos, temos:
•
Questão temporal: Aqui, devemos considerar o atributo “Prazo de entrega”. É
importante verificar que o prazo de entrega não é cumulativo, ou seja, não se somam
os dias esperados para a entrega de cada produto. Também não faz sentido multiplicar
os dias pelas respectivas quantidades. Então, o tempo para receber todos os produtos
é exatamente igual ao tempo de entrega do produto que mais demorará a chegar. De
acordo com o banco de dados, o que mais demorará para chegar é o cimento (3 dias).
Entretanto, lembre-se de que existe uma incoerência neste registro, pois o atributo
“Pronta entrega” está assinalado como sim (vide questão anterior). Então, até que
este problema não seja solucionado, a questão temporal não tem resposta única; se
quem estiver errado é o atributo “Pronta entrega”, então o cliente levará três dias
para receber todos os produtos. Se o atributo errado for o “Prazo de entrega”, então
o cliente receberá todos os produtos em dois dias (prazo de entrega da pá).
Conforme supracitado, um registro é cada uma das linhas de uma tabela, que
traz informações relativas aos atributos de um dos elementos que compõem o conjunto/
banco de dados.
Resolução 1.2 Como o atributo "Material" deverá ser considerado como campo
mais externo, este atributo deve ter prioridade na organização em ordem alfabética, ou
seja, uma primeira classificação, considerando apenas o atributo "Material", em ordem
crescente, seria:
Agora, o atributo "Cor" deve ser classificado em ordem alfabética também, quando
possível, pois ele é o campo mais interno. Obviamente que uma classificação completa
em ordem alfabética de "Cor" levaria a uma completa desorganização de "Material", o
que não pode acontecer, pois o último é o campo mais externo da classificação. Sendo
assim, "Cor" será classificado somente para os registros consecutivos em que "Material"
é igual, ou seja, para caneta, canetinha e lápis. Então, a classificação completa da base
de dados, com "Material" como campo mais externo e "Cor" como campo mais interno
é dada por:
QUADRO 6 – LISTA DE MATERIAIS ESCOLARES CLASSIFICADA
EM ORDEM ALFABÉTICA, COM O ATRIBUTO
"MATERIAL" COMO O CAMPO MAIS EXTERNO E
"COR" O CAMPO MAIS INTERNO
Material Cor
Borracha Branca
Caneta Azul
Caneta Preta
Canetinha Azul
Canetinha Vermelha
Cola Branca
Lápis Verde
Lápis Vermelho
Papel Branco
FONTE: O autor
1.4 OPERADOR E
a) Todas as afirmações verdadeiras, com duas proposições, que podem ser formadas.
b) Todas as afirmações falsas, com duas proposições, que podem ser formadas.
c) Uma afirmação verdadeira e uma falsa, utilizando as três proposições.
1 Tabela Verdade é um dispositivo lógico que permite analisar o valor lógico de uma
expressão a partir de todas as combinações de valores lógicos das proposições envolvidas na
expressão.
Resolução 1.3 Lembre-se, para que uma proposição composta que se utiliza do
operador “e” seja falsa, basta que uma das proposições individuais seja falsa; para ser
verdadeira, ambas as proposições precisam ser verdadeiras. Então, tem-se:
a) Afirmações verdadeiras:
Excel não é difícil e você não tem tempo para estudar.
Excel não é difícil e você não consegue usar o Excel avançado.
Você não tem tempo para estudar e você não consegue usar o Excel avançado.
b) Afirmações falsas:
Excel é difícil e você não tem tempo para estudar.
Excel é difícil e você tem tempo para estudar.
Excel não é difícil e você consegue usar o Excel avançado.
Excel é difícil e você não consegue usar o Excel avançado.
Excel é difícil e você consegue usar o Excel avançado.
Você não tem tempo para estudar e você consegue usar o Excel avançado.
Você tem tempo para estudar e você não consegue usar o Excel avançado.
Você tem tempo para estudar e você consegue usar o Excel avançado.
c) Afirmação verdadeira:
Excel não é difícil e você não tem tempo para estudar e você não consegue usar
o Excel avançado.
Afirmação falsa (existem sete formas distintas para esta composição –
apresentaremos apenas uma, o resto é com você!):
Excel é difícil e você tem tempo para estudar e você não consegue usar o Excel
avançado.
1.5 OPERADOR OU
Pense na seguinte situação: você recebe uma multa de trânsito se dirigir acima da
velocidade ou ultrapassar um veículo em faixa contínua. Note que você será multado
caso cometa apenas uma das duas infrações, mas também será multado se cometer as
duas infrações simultaneamente, ou seja, a multa só será Falsa, neste contexto, se você
estritamente não cometer nenhuma das duas infrações.
Exemplo 1.4 Suponha que você e outra pessoa estejam concorrendo a uma vaga
de emprego. No dia da entrevista, o recrutador1 apresenta para ambos as mesmas
condições, sendo elas:
Após expor estas condições, o recrutador diz: “Nós não contratamos ninguém que
não cumpra, pelo menos, um desses requisitos”. Ao término da entrevista, ainda sem
saber do resultado, você encontra seu concorrente que, desanimado, lhe diz: “Espero que
você passe, pois eu nem posso criar expectativa”. O que você pode concluir a respeito
das habilidades de seu concorrente?
• Você pode afirmar, com certeza, que ele não é pós-graduado (especialista) há pelo
menos dois anos, pois se fosse, faria da expressão verdadeira.
• Você também pode afirmar, com certeza, que ele não conhece Excel avançado (caso
contrário, novamente, a expressão seria verdadeira).
• Você pode afirmar, com certeza, que ele não tem horário flexível e não possui
carteira nacional de habilitação? Não! A questão aqui é que esta condição (C3) é uma
proposição composta, construída com base no operador “e”. Sendo assim, para que
C3 seja falsa, basta que uma de suas condições individuais seja falsa. Logo, algumas
situações são possíveis, mas você não consegue ter certeza de qual é a situação real,
com base na informação obtida de seu concorrente. As situações possíveis são: (i)
ele não tem horário flexível e não possui carteira nacional de habilitação ou (ii) ele
tem horário flexível e não possui carteira nacional de habilitação ou (iii) ele não tem
horário flexível e possui carteira nacional de habilitação.
1.6 OPERADOR SE
Admita o seguinte cenário lógico: Se chove, então a estrada fica molhada. Admita
que choveu. Neste contexto, podemos concluir que a estrada está molhada, pois chover
é condição suficiente para a estrada ficar molhada (você pode interpretar a expressão
“se chove, então a estrada fica molhada” como sendo equivalente a “sempre que chove
a estrada fica molhada”). Entretanto, se não choveu, você pode inferir que a estrada
não está molhada? Obviamente não – um caminhão-pipa pode ter molhado a estrada,
por exemplo! Isso ocorre porque chover não é condição necessária e suficiente para a
estrada ficar molhada, apenas suficiente. A situação seria diferente se mudássemos
a afirmação para “a estrada fica molhada se, e somente se, chove”. Agora, chover é
condição necessária e suficiente para molhar a estrada.
Exemplo 1.5 Se sai a luz, Joana fica com medo. Se Joana fica com medo, Pedro vai
na casa de Joana. Segunda-feira saiu a luz e Pedro foi na casa de Joana. Quarta-feira não
saiu a luz e Pedro foi na casa de Joana. Com base nisso, é possível afirmar que (somente
uma alternativa está correta):
Resolução 1.5 Esta questão pode ser complexa, pois trabalha diretamente
com dois condicionais. Antes de comentar cada uma das alternativas, vamos atribuir
cada proposição do problema a uma letra (variável proposicional) e, para facilitar
a compreensão, vamos utilizar mudar a sintaxe de “se...” para “sempre que...”
(logicamente, são expressões equivalentes). Temos então:
• L = Sai a luz;
• J = Joana fica com medo;
• P = Pedro vai na casa de Joana.
a) FALSA. Não é possível, com base nos dados do problema, afirmar isso, pois nenhuma
condição necessária ou suficiente para Joana ficar com medo foi satisfeita na quarta-
feira. Note que, de acordo com o problema, a única certeza que temos é que L é
condição suficiente para J. P não é nem necessário, nem suficiente para J. Logo, só
poderíamos afirmar que Joana estava com medo na quarta-feira, se tivesse saído a
luz nesta mesma quarta-feira. Quanto a Pedro, ele pode ter ido à casa de Joana por
outros motivos.
1 Para entender perfeitamente estas resoluções, estude, entenda e memorize a tabela verdade
do operador “se ... então ...” (Tabela 3).
a) FALSA. P pode acontecer sem depender nem de J nem de L. A única certeza que temos
é que se J acontecer, aí sim P é obrigado a comparecer, ou seja, um condicional com o
consequente Verdadeiro (“se [F/V] então V”) é sempre verdadeiro, independentemente
do valor do antecedente. Então, conforme afirmado no final do comentário da letra (a),
Pedro pode ter ido à casa de Joana por outros motivos em qualquer dia, tendo saído a
luz ou não. A única situação em que ele, obrigatoriamente, não pode faltar, é quando
Joana está com medo e, conforme questão acima, Joana não estava necessariamente
com medo na quarta-feira, deixando Pedro livre para ir, ou não, à sua casa.
c) FALSA. L não é nem condição necessária nem suficiente para P. Conforme já foi
detalhado, no problema em questão, a única condição que obriga P é J (lembre-se:
“Sempre que J, então P”). Tudo bem que Joana estava assustada na segunda, mas
mesmo assim não se pode afirmar se foi somente porque faltou luz ou se existiram
outros motivos. Esse é o primeiro argumento que falsifica a questão. O segundo
argumento é o de que, também conforme supracitado, Pedro pode ir na casa de
Joana por qualquer que seja o motivo – inclusive por faltar luz. Todavia, pelas
evidências, como podem ser “n” os motivos, não podemos categoricamente atribuir
P ao acontecimento de L.
Pense agora na seguinte situação: você está fazendo o curso de Excel avançado
e, para valer a pena o esforço despendido, é necessário que você leia atentamente o
material e tente fazer todos os exemplos antes de olhar a resolução. Logo, poderíamos
reestruturar este cenário lógico da seguinte forma: “se você lê o material e resolve os
exemplos então o esforço vale a pena”. Você consegue perceber em que sentido esta
expressão difere das utilizadas anteriormente?
a) Se a proposição tem “n” letras sentenciais distintas, sua tabela verdade terá 2n linhas.
Nas colunas iniciais coloca-se, no cabeçalho da tabela, as letras sentenciais distintas,
e mais uma coluna para a proposição composta.
• L = Você lê o material;
• R = Você resolve os exemplos;
• A = Você pede ajuda a um especialista;
• E = Esforço vale a pena.
L R A E se L e R ou A então E
V V V V
V V V F
V V F V
V V F F
V F V V
V F V F
V F F V
V F F F
F V V V
F V V F
F V F V
F V F F
F F V V
F F V F
F F F V
F F F F
L R A E se L e R ou A então E
V V V V V
V V V F V
V V F V V
V V F F V
V F V V F
V F V F F
V F F V F
V F F F F
F V V V F
F V V F F
F V F V F
F V F F F
F F V V F
F F V F F
F F F V F
F F F F F
L R A E se L e R ou A então E
V V V V V V
V V V F V V
V V F V V V
V V F F V V
V F V V F V
V F V F F V
V F F V F F
V F F F F F
F V V V F V
F V V F F V
F V F V F F
F V F F F F
F F V V F V
F F V F F V
F F F V F F
F F F F F F
Note que o resultado “lado esquerdo” (antecedente) do “se ... então ...” está
resolvido (é a coluna em negrito). Usando este valor (passos intermediários podem ser
removidos da tabela) e o valor lógico de E, podemos, finalmente, resolver o operador
“se ... então ...”, que é o operador principal da expressão, obtendo:
L R A E se L e R ou A então E
V V V V V V
V V V F V F
V V F V V V
V V F F V F
V F V V V V
V F V F V F
V F F V F V
V F F F F V
F V V V V V
F V V F V F
F V F V F V
F V F F F V
F F V V V V
F F V F V F
F F F V F V
F F F F F V
1.12 REFERÊNCIAS
ELMASRI, R.; NAVATHE, S. Sistemas de banco de dados. 4. ed. São Paulo: Pearson,
2005.
ETAPA 2
FILTRANDO E IMPORTANDO DADOS
CENTRO UNIVERSITÁRIO
LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, nº 1.040, Bairro Benedito
89130-000 - INDAIAL/SC
www.uniasselvi.com.br
Organização
Greisse Moser Badalotti
Autor
Paolo Moser
Reitor da UNIASSELVI
Prof. Hermínio Kloch
Diagramação e Capa
Renan Willian Pacheco
Revisão
Joice Carneiro Werlang
1.1 INTRODUÇÃO
Olá! Neste capítulo aprenderemos como utilizar o Excel para manipular bases
(ou listas) de dados, utilizando ferramentas de filtro, seleção e classificação de registros.
Também veremos como importar dados de fontes externas e como criar consultas
personalizadas. Para tanto, alguns conceitos são necessários – além de certa familiaridade
com os recursos básicos do Excel –, e estes conceitos são definidos a seguir.
Importar dados, no contexto deste material, significa “abrir” bases de dados que
não são originalmente nativas do Excel, para poder manipulá-los da mesma forma que
um arquivo nativo. Isso quer dizer que os dados não necessariamente foram digitados/
gerados em uma planilha Excel, mas a sua importação permite que novos dados sejam
adicionados, removidos e operacionalizados exatamente com as mesmas ferramentas
que estão disponíveis para arquivos nativos.
Bons estudos!
2 EXCEL AVANÇADO
1.2 AUTOFILTRO
FONTE: O autor
A ferramenta “Filtro”1deve ser aplicada à linha dos cabeçalhos2 (Linha 1). Para
tanto, posicione o cursor na célula A1 (para referenciar a linha de cabeçalhos) e utilize o
menu DADOS. Na seção “Classificar e Filtrar”, clique no botão “Filtro” (conforme Figura
2). Doravante, procedimentos operacionais como este serão descritos pelo seguinte
padrão: DADOS >> Classificar e Filtrar > Filtro.
1 “Filtro” e “Autofiltro” são tratados como sinônimo, uma vez que os arquivos de ajuda do Excel
chamam a ferramenta de Autofiltro, enquanto a tradução do software ao português optou por
denominá-la apenas como Filtro.
2 O atributo “ID” refere-se ao identificador (único) de cada um dos registros da tabela.
FONTE: O autor
FONTE: O autor
a) Os dados que não atendem aos critérios da filtragem estão ocultos. O Excel não exclui
(“deleta”) registro algum quando a ferramenta filtro é utilizada.
b) Note que o número das linhas que permaneceram na tabela (4 e 6) estão em azul.
Isto indica que um filtro está ativado. Acostume-se a observar isto em suas planilhas
antes de se desesperar pensando: “Acho que perdi quase todos os meus registros”.1
FONTE: O autor
Exemplo 2.1. Utilizando os dados fictícios da Figura 1, suponha que você deseja
obter as seguintes informações:
1 Caso queira desabilitar o filtro, note a existência da opção “Limpar filtro de nome”, no menu
flutuante do próprio filtro. Basta utilizar esta opção e os dados originais voltam à planilha.
Resolução 2.1.
FONTE: O autor
FONTE: O autor
b) Para obter um relatório dos alunos do sexo Masculino que cursam Matemática,
precisaremos utilizar dois filtros. Esteja ciente também de que a ordem que aplicamos
estes filtros não terá influência sobre o resultado final. Optaremos aqui por filtrar
primeiramente o atributo “Sexo” para depois filtrar o atributo “Curso”, mas se você
inverter a ordem, o resultado é o mesmo. Primeiramente, ative os filtros, conforme
o procedimento já explicado. Agora, expanda o menu do filtro do campo “Sexo” e
selecione apenas “M” (Masculino). Note que, neste momento, estão sendo exibidos
todos os alunos de sexo masculino, independentemente do curso que frequentam.
Sem desfazer esta pré-seleção, expanda o filtro do campo “Curso” e selecione apenas
“Matemática”. Pronto! Você está diante dos alunos do sexo Masculino e que cursam
Matemática. Se tudo ocorreu bem, seu resultado deve ser igual ao apresentado na
Figura 7.
FONTE: O autor
O Filtro avançado permite que o usuário faça filtragens com mais condições lógicas
do que o autofiltro. Para entender sua utilidade, pense na seguinte situação: usando
o banco de dados da Figura 1, suponha que desejamos saber quem são os alunos que
têm idade superior a 25 anos e cursam computação ou que estão no quarto semestre
ou além. Note que agora temos várias condições. Com o autofiltro, não conseguimos
acomodar todas estas condições, simultaneamente.
Para proceder a esta filtragem, utilizaremos o recurso filtro avançado, que pode
ser acessado através do caminho DADOS >> Classificar e Filtrar > Avançado, conforme
Figura 8.
FONTE: O autor
FONTE: O autor
Agora, devemos criar um mapa mental que nos permita assimilar a seguinte
estrutura lógica:
Agora, na célula P3, digitamos a expressão “>=4”. Com isso, estamos informando
que queremos manter somente os registros cujo semestre é igual ou superior ao quarto,
ou seja, os alunos que estão, pelo menos, no quarto semestre. Se você utilizou as mesmas
células de referência que usamos neste texto, sua planilha deverá estar configurada
conforme a Figura 10.
FONTE: O autor
Agora, selecione a célula A11 e siga o caminho DADOS >> Classificar e Filtrar >
Avançado. Você deve estar diante da janela que é mostrada na Figura 11.
FONTE: O autor
a) Filtrar a lista no local: Essa opção faz a seleção na própria tabela de dados, ocultando
os itens que não obedecem aos critérios.
Ao clicar em OK, a tabela deverá ser filtrada de acordo com os critérios requeridos,
ficando com a configuração da Figura 12.
FONTE: O autor
Note que ficamos apenas com os registros dos alunos que têm idade superior
a 25 anos e cursam computação ou que estão, pelo menos, no quarto semestre
(independentemente do curso).
Exemplo 2.2. Para o mesmo cadastro de alunos da Figura 1, filtre apenas os alunos
que não cursam Administração ou que têm, no máximo, 25 anos de idade.
Resolução 2.2. Aqui devemos prestar atenção às duas condições impostas pelo
problema:
a) Não cursam Administração: Isso significa que o atributo “Curso” deve ser diferente
de Administração.
b) No máximo 25 anos: Isso significa que o atributo idade deve ter valor menor ou igual
a 25.
FONTE: O autor
FONTE: O autor
Note que o único registro que foi ocultado pelo filtro foi o do aluno “Maicom
Aguiar”. Você sabe explicar o porquê? Basta lembrar dos critérios de filtragem: alunos
que não cursam Administração ou que têm, no máximo, 25 anos de idade. Note que
as condições para o referido aluno falham simultaneamente: ele possui 44 anos de
idade (mais do que 25) e cursa Administração (a primeira condição busca alunos que
não cursam Administração). Viu como é importante entender o comportamento dos
operadores lógicos?
Nesta seção veremos como “abrir” arquivos de texto (.txt) no ambiente do Excel.
Utilizar arquivos .txt para armazenar bases de dados tem algumas vantagens, entre elas:
Vamos lá! Abra um editor de texto e crie o arquivo abaixo (Figura 15), salvando-o
em um diretório de sua preferência. Estes dados são dados fictícios de uma garagem
de automóveis e a primeira linha corresponde ao cabeçalho. Cada linha do arquivo
corresponde a um registro. Note que os atributos dos registros estão separados por
espaços.
FONTE: O autor
FONTE: O autor
FONTE: O autor
FONTE: O autor
FONTE: O autor
Exemplo 2.4. Suponha que você deseja obter dados das ações de maior valor da
Bolsa de Valores de São Paulo (IBOVESPA), diretamente deste portal e em tempo real.
Como você procederia?
1 Dependendo da versão e do modelo do site, o Excel pode fornecer o seguinte aviso: “Deseja
continuar executando Scripts nesta página?”. Basta clicar em “Sim”. Nenhum dano ou vírus
será transferido ao seu computador (desde que o site seja confiável).
FONTE: O autor
Suponha agora que você possua uma (ou várias) planilha(s) do Excel que é(são)
atualizada(s) de tempos em tempos. Chamaremos esta planilha de planilha base. Suponha
também que você possua uma planilha que dependa de informações específicas para
gerar relatórios em tempo real. Chamaremos esta segunda planilha de planilha de
relatório. Como fazer para atualizar os valores na planilha de relatório sem ter que abrir
toda vez a planilha base e copiar os valores? O assistente de consulta é uma ferramenta
incorporada em um grupo de ferramentas chamado Microsoft Query que permite este
tipo de automação1. Esta ferramenta pode ser acessada pelo caminho DADOS >>>
Obter Dados Externos >>De Outras Fontes > Do Microsoft Query, conforme Figura 22.
1 O Microsoft Query permite também a conexão a outros tipos de bancos de dados, além de
planilhas .xlsx.
FONTE: O autor
FONTE: O autor
FONTE: O autor
1 Se esta opção estiver desabilitada, o Excel não consegue acessar as tabelas/planilhas existentes
no arquivo .xlsx (elas estão “invisíveis”).
FONTE: O autor
1.7 REFERÊNCIAS
ETAPA 3
SUBTOTAIS, OPERADORES DE BUSCA E TROCA E
FUNÇÕES DE BANCO DE DADOS
CENTRO UNIVERSITÁRIO
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Rodovia BR 470, Km 71, nº 1.040, Bairro Benedito
89130-000 - INDAIAL/SC
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Autor
Paolo Moser
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Revisão
Harry Wiese
3.1 INTRODUÇÃO
Olá! Neste capítulo daremos continuidade aos nossos estudos de Excel Avançado,
fazendo uso de subtotais, operadores de busca e troca e funções de bancos de dados.
As ferramentas apresentadas aqui são de suma importância para que você possa
adquirir versatilidade e eficiência no tratamento de dados utilizando o Excel. Elas
exigem uma intimidade com os princípios fundamentais dos operadores lógicos que
foram explorados no Capítulo 1. Portanto, se você ficou com alguma dúvida, este é o
momento de fazer uma breve revisão deste capítulo. Por meio do uso destas ferramentas,
você poderá implementar comandos de buscas e operações condicionais, pesquisa por
referência e operações com data e hora dinâmicas.
3.2 SUBTOTAIS
A função SUBTOTAL pode ser utilizada para realizar operações que envolvem
somatórios e contagens sobre um conjunto de células. Com ela é possível calcular, por
exemplo, o valor médio de uma determinada coluna. Apesar de existirem funções
especiais para isto (como a função SOMA e MÉDIA, por exemplo), o SUBTOTAL
oferece mais versatilidade, principalmente quando utilizado concomitantemente com
o autofiltro.
FONTE: O autor
Resolução 3.1. Admitindo que os dados estão nas mesmas células apresentadas na
FIGURA 3.1, digite na célula F13 (arbitrária) a seguinte expressão: =SUBTOTAL(101;C:C).
Neste caso, o parâmetro 101 indica que o valor a ser calculado é a média, omitindo
valores ocultos (vide TABELA 3.1). Neste instante, a célula F13 deve mostrar o valor
38,7. Esta é a média de idade de todos os registros. Agora, habilite o autofiltro na coluna
Exemplo 3.2. Utilizando a base de dados da FIGURA 3.1, utilize a função PROCV
para obter a idade do usuário “Mateus Oliveira”.
Resolução 3.2. Escolha a célula, de acordo com sua necessidade, que receberá
a função PROCV. Para este exemplo (e para os exemplos subsequentes, quando
possível), utilizaremos por padrão a célula G3. Nesta célula, digite a seguinte função:
=PROCV(A4;A1:C11;3). A4 faz referência ao nome procurado (“Mateus Oliveira”).
A1:C11 representa o intervalo onde faremos a procura. Note que o nome procurado deve
estar na primeira coluna deste intervalo. Por fim, “3” representa a coluna do intervalo que
Exemplo 3.3. Suponha que a tabela da FIGURA 3.1 esteja transposta, conforme
FIGURA 3.2. Utilize a função PROCH para obter a idade do mesmo usuário “Mateus
Oliveira”, do exemplo anterior.
FONTE: O autor
Exemplo 3.6. Suponha que desejamos uma contagem dos usuários listados na
FIGURA 3.1, segundo sua faixa de idade. Utilize a função FREQUÊNCIA para obter
este relatório, utilizando classes com amplitude de 10 anos.
FONTE: O autor
Resolução 3.7. Esta função é muito simples. Basta digitar na célula G3 a seguinte
expressão =INDIRETO(“A2”). A2 representa a célula da qual desejamos obter o valor.
Note que ela está entre aspas porque o Excel entende este campo como um texto, e textos
sempre são informados entre aspas. Após ENTER, a célula G3 deve apresentar o valor
“João da Silva”.
Nesta seção, veremos como o encadeamento pode ser útil quando lidamos com
operadores lógicos como condicionais, conjunções e disjunções.
3.4.1 Função E
Exemplo 3.8. Para os dados da FIGURA 3.1, suponha que você deseja saber quais
usuários são brasileiros E têm mais de 30 anos. Utilize a função E para isso.
1 Esta variável recebe este nome em homenagem ao lógico/matemático George Boole (Inglaterra,
1815-1864).
Resolução 3.8. Criaremos um novo campo, na coluna D (você pode dar o título
que quiser para este campo – aqui, chamaremos simplesmente de “Operador E”). Na
célula D2, criaremos a condição desejada, através da expressão =E(B2="Brasil";
C2>30). Os parâmetros são autoexplicativos, não é mesmo? Estamos buscando pelos
registros cujos usuários são brasileiros E têm mais de 30 anos (B2 e C2 representam a
“Nacionalidade” e a “Idade”, respectivamente). Clique em Enter e, em seguida, arraste
a fórmula até a última linha do intervalo (célula D11). Pronto: as células D2 e D8 devem
estar com o atributo “VERDADEIRO”, as demais, “FALSO”. Note que são exatamente
estes registros que atendem aos critérios pesquisados. Note também que “Mateus
Oliveira” recebeu atributo FALSO (D4). Isso porque apenas um dos critérios foi atendido
(ser brasileiro), mas o operador E exige que ambos os critérios sejam simultaneamente
verdadeiros.
3.4.2 Função OU
Exemplo 3.8. Para os dados da FIGURA 3.1, suponha que você deseja saber quais
usuários são argentinos OU têm menos de 25 anos. Utilize a função OU para isso.
Suponha que você deseja fazer uma consulta em uma base de dados de uma
escola. Suponha também que esta base de dados tenha duas colunas (atributos), a
saber: frequência percentual e média geral. Os registros (linhas) correspondem às
informações dos diversos alunos matriculados nesta escola. Agora, imagine que a
direção da escola gostaria de oferecer um prêmio aos alunos com frequência superior a
90% e média geral superior a 9,5, e para isso necessita obter um relatório com os alunos
contemplados. Neste caso, a direção poderia criar uma terceira coluna nesta tabela com
o cabeçalho “CONTEMPLADO”, por exemplo. Esta coluna recebe “sim” ou “não”.
Agora, basta testar os atributos das duas primeiras colunas simultaneamente e aferir
o resultado. A lógica deste teste é: “Se frequência percentual for maior do que 90% e
média geral for superior a 9,5, então atribuir ‘sim’ ao aluno, senão atribuir ‘não’ (na
coluna CONTEMPLADO)”. Simples, não?
Exemplo 3.9. Suponha agora que a empresa que gerencia os dados da FIGURA
3.1 oferece seus serviços apenas para brasileiros maiores de 30 anos. Você deseja obter
um relatório onde os registros que obedecem a estas condições estão listados como
“APROVADO” e os demais como “REPROVADO”. Utilize a função SE e o operador
lógico necessário para esta tarefa.
2 No caso do exemplo anterior, foi utilizada apenas a função E encadeada na função SE. O
encadeamento da função OU é análogo.
Exemplo 3.10. Agora, suponha que você deseja somar as idades de todos os
argentinos presentes na FIGURA 3.1. Utilize a função SOMASE para isso.
Suponha agora que você esteja diante da mesma planilha com valores entre
0 e 100, que havíamos hipotetizado para exemplificar a função SOMASE, na seção
anterior. Suponha também que, agora, ao invés de somar, você deseja contar o número
de ocorrências com valor maior do que 70. A função CONT.SE faz exatamente isto:
Contabiliza apenas os registros que atendem a um critério especificado. Neste contexto,
ela é um encadeamento nativo do Excel para as funções CONT.NÚM e SE.
Esta função é mais uma implementação da função SE, que permite a automatização
daquilo que os programadores chamam de “tratamento de exceção”. Uma exceção, neste
caso, é um erro devido a uma impossibilidade lógica. Por exemplo, imagine que você
está dividindo, um a um, os valores da coluna A pelos valores da coluna B. Suponha
também que alguns valores/registros em B sejam iguais a zero, o que impossibilitará
a divisão. Se você não estabelecer nenhuma condição, o Excel retornará #DIV/0 (erro
por divisão por zero). Entretanto, eventualmente, gostaríamos de uma mensagem
personalizada, do tipo “Valor da coluna B ausente”. É neste contexto que SEERRO se
insere – retornando uma mensagem pré-especificada pelo usuário.
Exemplo 3.12. Considere que os dados abaixo (FIGURA 3.4) referem-se ao número
de horas trabalhadas de diversos funcionários da empresa X. A terceira coluna traz o
valor da hora trabalhada de cada funcionário (presumidamente, de acordo com sua
função). Suponha que você deseja obter o valor a ser pago para cada um dos funcionários,
de acordo com estes dados. Como você faria isso, tomando o cuidado de que a planilha
foi preenchida pelo pessoal do Recursos Humanos da empresa e pode estar suscetível
às falhas humanas?
FONTE: O autor
Resolução 3.12. Criaremos uma nova coluna (D), que chamaremos de “Salário”.
Para saber quanto cada funcionário deverá receber, precisamos multiplicar o número
de horas trabalhadas pelo valor monetário da hora. Note que a célula C5 tem um dado
faltante, o que ocasionará um erro na multiplicação. Para tanto, na célula D2, digite a
seguinte expressão: =SEERRO(B2*C2;"Dados Faltantes"). Em uma “tradução
livre”, esta expressão “diz” para o Excel: “Se a multiplicação de B2 por C2 for possível,
retorne este valor, caso contrário, informe “Dados Faltantes”. Expanda a fórmula até a
célula D6. Note que a célula D5 apresentou a informação “Dados Faltantes”, enquanto
as demais apresentaram o resultado da multiplicação Horas x Valor. Desta forma, fica
fácil encontrar erros no preenchimento da planilha.
FONTE: O autor
FONTE: O autor
Suponha agora que você deseja fazer operações matemáticas com registros que
tenham atributos quantitativos (como “horas”, por exemplo) e atributos qualitativos
(“mês”, por exemplo). Você já identificou o entrave, certo? Atributos qualitativos são
restritos quanto ao tratamento matemático, uma vez que operações algébricas não podem
ser aplicadas a eles. Pensando nisso, os desenvolvedores do Excel implementaram uma
série de ferramentas que permitem atingir este objetivo, chamadas popularmente de
Funções de Data e Hora (apesar de mais atributos serem contemplados). Exploraremos
estas funções nesta seção. Como estas funções possuem funcionalidades que dependem
da data vigente em que o aluno estiver praticando, não apresentaremos um exemplo
específico nesta seção. Acreditamos que as instruções da parte conceitual sejam
suficientes para que o aluno possa executar estas funções no momento em que lhe for
conveniente.
A melhor parte das funções de data e hora é que o nome atribuído à função
normalmente é muito intuitivo e fácil de lembrar. A função HOJE, por exemplo, retorna
a data vigente, de acordo com a configuração do sistema operacional. Simples, não?
Pois é, e tem mais: como a data é obtida diretamente do sistema, argumentos adicionais
são desnecessários, sendo que sua sintaxe fica reduzida a =HOJE().
Suponha que você deseja saber em que dia da semana seu aniversário foi
comemorado 10 anos atrás. Com um pouco de lógica e uma boa dose de paciência (ou
com o auxílio de um calendário antigo), é possível obter esta informação – não esqueça
de considerar os anos bissextos. Entretanto, com o auxílio do Excel e da função DIA.
DA.SEMANA, você pode obter este dado de forma rápida e segura!
• núm_série: Para poder realizar operações com datas, o Excel atribui um valor único e
sequencial para cada data, desde o dia primeiro de janeiro de 1900, que corresponde
ao número 1. Após esta data, a cada novo dia, este número sequencial é incrementado
em um (i.e., dia 2 de janeiro de 1900 corresponde ao número sequencial 2, e assim
por diante). O atributo “núm_série” espera que você insira este número sequencial.
Você pode fazer isso indiretamente, através do encadeamento da função DATA, que
recebe uma data normal e converte, automaticamente, em seu número sequencial. A
sintaxe da função DATA é =DATA(ano; mês; dia).
• [retornar_tipo]: Este argumento opcional ajusta a numeração para o dia da semana
específico. Na sua forma-padrão, a numeração atribui “um” ao domingo, “dois” à
segunda e assim por diante. A lista completa de opções é fornecida pelo Excel no
momento em que você está implementando a função.
Esta função retorna o número sequencial associado a uma data que ocorrerá
“n” dias úteis a contar a partir de uma data inicial. O Excel exclui automaticamente
sábados e domingos do cômputo de dias úteis. Se desejar excluir também feriados,
estes deverão ser informados através de uma lista. Então, a sintaxe desta função é dada
por =DIATRABALHO(data_inicial; dias; [feriados]). Lembre-se de que, por padrão, a
“data_inicial” deverá ser um número sequencial (use a função DATA para facilitar as
coisas).
REFERÊNCIAS
ETAPA 4
FORMATAÇÃO, TABELA E GRÁFICO DINÂMICO
CENTRO UNIVERSITÁRIO
LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, nº 1.040, Bairro Benedito
89130-000 - INDAIAL/SC
www.uniasselvi.com.br
Organização
Greisse Moser Badalotti
Autor
Paolo Moser
Reitor da UNIASSELVI
Prof. Hermínio Kloch
Diagramação e Capa
Renan Willian Pacheco
Revisão
Harry Wiese
1 INTRODUÇÃO
Olá! Seja bem-vindo à quarta unidade do curso de Excel Avançado. Agora que
você já aprendeu sobre a importação de bancos de dados e a utilização de funções
avançadas “em célula”, chegou a hora de aprender sobre a formação de gráficos e
tabelas dinâmicas.
FONTE: O autor
FONTE: O autor
a) Realçar regras das células: opção que realça as células com base no seu conteúdo.
Aqui podem ser encontradas funções como “É maior do que”, “Está entre”, “Dados
duplicados”, entre outras. Algumas destas funções fazem sentido estritamente quando
aplicadas a dados numéricos, enquanto outras podem ser aplicadas a dados nominais
(cadeias de caracteres, por exemplo).
FONTE: O autor
FONTE: O autor
FONTE: O autor
FONTE: O autor
FONTE: O autor
FONTE: O autor
FONTE: O autor
FONTE: O autor
FONTE: O autor
Suponha, por exemplo, que você tenha à sua disposição uma base de dados que
seja relativa aos custos de produção de três peças de roupa (camisa, bermuda e calça),
em quatro alfaiates diferentes. Várias peças foram pesquisadas para o mesmo alfaiate,
gerando assim, cinco valores para cada tipo de peça. Logo, existem 60 valores disponíveis.
Agora, você deve decidir como organizará suas compras. Baseado, por exemplo, nas
médias dos valores (por peça) de cada alfaiate? Pareceu-lhe complexo? Pois é, este é um
pequeno e singelo exemplo de dados multivariados, o que origina o termo moderno big
data: conjunto com muitos dados e muitas variáveis/atributos. É aqui que a TABELA
DINÂMICA surge como uma alternativa.
FONTE: O autor
Para começar a utilizar a ferramenta, basta selecionar o intervalo dos dados que
farão parte da análise e clicar no botão realçado na figura anterior.
Como de praxe neste curso, acreditamos que a melhor forma de aprender a usar
uma ferramenta é, efetivamente, fazendo uso da mesma, portanto desenvolveremos,
no Exemplo 4.2, o exemplo hipotético das peças de roupas e dos alfaiates, o qual
propusemos ao longo desta seção.
Exemplo 4.2: os dados da Figura 4.13 (fictícios) referem-se aos custos de produção
de três peças de roupa (camisa, bermuda e calça), em quatro alfaiates diferentes. Cinco
peças de cada tipo de roupa foram pesquisadas para o mesmo alfaiate, produzindo 60
valores. ATENÇÃO: os dados devem estar todos dispostos nas três primeiras colunas
(“um embaixo do outro”). Organizamos em nove colunas – simplesmente por questões
de editoração – ficaria difícil enquadrar uma tabela com 60 linhas neste material.
FONTE: O autor
FONTE: O autor
b) Obter o valor médio que cada alfaiate cobra por peça de roupa
Aqui, você pode utilizar a mesma tabela dinâmica do exemplo anterior, basta
observar o corpo da tabela, ao invés dos totais. Por exemplo: o alfaiate 1 cobra, em
média, R$ 49,80 por uma bermuda.
d) Obter o valor máximo cobrado por cada alfaiate, por peça de roupa
FIGURA 4.15 – TABELA DINÂMICA COM PREÇO MÁXIMO COBRADO POR CADA ALFAIATE
POR CADA PEÇA DE ROUPA
FONTE: O autor
e) Obter o total gasto com cada alfaiate, nos dados levantados, por peça de roupa
FIGURA 4.16 – TABELA DINÂMICA COM O TOTAL GASTO COM CADA ALFAIATE, POR
PEÇA DE ROUPA
FONTE: O autor
Suponha, por exemplo, que você queira gerar, para os dados da Figura 4.15, vários
gráficos que permitam comparar o preço médio de produção de cada peça de roupa
(camisa, bermuda e calça) de cada um dos alfaiates. Você tem dois procedimentos a
serem feitos a priori: (1) calcular as respectivas médias de cada alfaiate, relativas às peças
em questão – você pode usar uma tabela dinâmica para isto – e (2) gerar um gráfico
para cada conjunto de médias, para cada tipo de peça de roupa. Com o GRÁFICO
DINÂMICO, todos estes passos intermediários podem ser suprimidos, de maneira
a fornecer os dados brutos e, automaticamente, fornecer o gráfico dos parâmetros
desejados (neste caso, média).
FONTE: O autor
FIGURA 4.18 – GRÁFICO DINÂMICO COM PREÇO MÉDIO DE CADA PEÇA DE ROUPA
FONTE: O autor
b) Graficar o valor médio que cada alfaiate cobra por peça de roupa
FIGURA 4.19 – GRÁFICO DINÂMICO COM O VALOR MÉDIO QUE CADA ALFAIATE
COBRA POR PEÇA DE ROUPA
FONTE: O autor
FONTE: O autor
d) Graficar o valor máximo cobrado por cada alfaiate, por peça de roupa
FIGURA 4.21 – GRÁFICO DINÂMICO COM O VALOR MÁXIMO COBRADO POR CADA
ALFAIATE, POR PEÇA DE ROUPA
FONTE: O autor
e) Graficar o total gasto com cada alfaiate, nos dados levantados, por peça de roupa
FIGURA 4.22 – GRÁFICO DINÂMICO DO TOTAL GASTO COM CADA ALFAIATE, POR PEÇA DE
ROUPA
FONTE: O autor
1.4 REFERÊNCIAS
ETAPA 5
DEMAIS FUNÇÕES
CENTRO UNIVERSITÁRIO
LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, nº 1.040, Bairro Benedito
89130-000 - INDAIAL/SC
www.uniasselvi.com.br
Organização
Greisse Moser Badalotti
Autor
Paolo Moser
Reitor da UNIASSELVI
Prof. Hermínio Kloch
Diagramação e Capa
Renan Willian Pacheco
Revisão
Harry Wiese
1.1 INTRODUÇÃO
Muito bem! Agora que você já estudou as quatro primeiras unidades deste curso,
está na hora de assimilar a última unidade. Veremos como utilizar funções ainda mais
avançadas do Excel, como as ferramentas “Consolidar”, “Vínculos”, “Cenários”, “Atingir
meta”, “Solver”, “Tabelas variáveis”, “Barra de formulários”, “Macros” e as funções
“CONCATENAR” e “ARRUMAR”.
Estas ferramentas visam oferecer subsídios para que você possa fazer do Excel
uma ferramenta completa do ponto de vista analítico e gestor, pois por meio delas
pode-se, por exemplo, identificar índices ótimos de produção, que farão toda a diferença
na hora da tomada de uma decisão estratégica na gerência de um processo produtivo.
Também será possível otimizar tarefas repetitivas para que todos os procedimentos
possam ser executados a partir de um comando único.
Por fim, você será capaz de unir várias informações para apresentação de
relatórios concisos e com aspecto profissional, sempre mantendo o dinamismo que é
inerente aos conjuntos de dados, os quais podem ser modificados livremente e, por isso,
apresentar desafios para a obtenção de informações em “tempo real”.
Como esta é a unidade que encerra este curso livre de Excel Avançado, ficam
aqui os nossos sinceros votos de que, ao término desta disciplina, você se sinta mais
familiarizado com o ambiente versátil e poderoso do Excel, fazendo uso de habilidades
que, sem dúvida, lhe conferirão um diferencial no mercado de trabalho!
1.2 CONSOLIDAR
FONTE: O autor
1 Por simplicidade, os alunos foram nomeados de {a, b, c, ... , j}. As médias foram geradas
aleatoriamente utilizando a função =ALEATORIOENTRE(4;10).
FONTE: O autor
1.3 VÍNCULOS
Imagine que você tenha uma pasta de trabalho que contém um valor que é
constantemente atualizado em outra pasta de trabalho. Por exemplo: uma rede de lojas
possui as filiais A, B e C. O gerente desta rede de lojas possui uma planilha única, onde
deseja visualizar o faturamento diário de cada filial. Este valor é atualizado diariamente,
ao término do expediente de trabalho. Para complicar um pouco mais, suponha que as
filiais se encontram em três cidades diferentes. Qual é a melhor solução? Talvez você
pense: “Simples! Os setores financeiros de cada filial têm acesso a uma planilha única;
ao término do expediente, cada filial preenche o seu respectivo campo nesta planilha
e envia ao gerente”. Cuidado, isso não é eficiente, pois pode haver desencontros no
momento dos preenchimentos, além de vazamento de informações entre as filiais.
Estrategicamente, o gerente deve evitar isso.
Uma solução mais coerente seria cada filial preencher a sua respectiva planilha
em um banco de dados on-line e o gerente ler o valor de cada filial diretamente destas
planilhas. Você concorda? Pois é, estes documentos localizados na web e que são
imediatamente atualizados após upload do usuário constituem o conceito de “nuvem”;
este conceito é uma tendência dos dias atuais. Quanto ao gerente, mais prático do que
abrir cada uma das planilhas das filiais, seria ter uma planilha única (chamada aqui de
“planilha mestra”) onde estes valores fossem atualizados em tempo real. Neste momento,
a ideia de vínculos faz-se necessária.
Para criar um vínculo em uma planilha, basta escolher a célula onde se deseja que
o valor vinculado seja exibido, digitar “=” e selecionar a célula na planilha de origem
do dado (que pode, inclusive, estar localizada em outra pasta de trabalho). Uma vez
vinculada, a célula será atualizada sempre que a planilha mestra for aberta ou sempre
que a opção “Atualizar” for acionada. Acompanhe no Exemplo 2 o desenvolvimento
do procedimento hipotético apresentado nesta seção.
• Filial A: R$ 32.000,00.
• Filial B: R$ 20.000,00.
• Filial C: R$ 23.000,00.
Construa a “planilha mestra” gerencial, que permita ao gerente da rede de lojas
obter os valores atualizados, em tempo real, das filiais A, B e C.
1.4 CENÁRIOS
FONTE: O autor
FONTE: O autor
FONTE: O autor
A função, cuja meta deve ser atingida, pode ser tanto uma função nativa do Excel
quanto uma função estabelecida pelo usuário. No Exemplo 4 utilizaremos a função
ATINGIR META para determinar a última nota de um aluno que precisa atingir média 7
em uma determinada disciplina. Lembre-se de que, obedecendo às regras da aritmética,
para que um valor em uma fórmula/função com n valores seja determinado, é necessário
conhecer o resultado desta fórmula e os demais n-1 valores.
FONTE: O autor
1.6 SOLVER
O SOLVER é uma das funções mais avançadas do Excel e que permite resolver
problemas de uma área da matemática chamada “Pesquisa Operacional”. Esta área
busca otimizar funções sujeitas a restrições em suas variáveis de entrada, de forma
a obter os valores ótimos para as mesmas. A resolução deste tipo de problema exige
conhecimentos de álgebra matricial e nem sempre é acessível para o usuário que não
tenha cursado disciplinas como Álgebra Linear e a própria Pesquisa Operacional.
Pois é, o problema não é tão simples, uma vez que existem várias variáveis,
condicionantes e restrições associadas à produção. O primeiro passo (o mais complexo)
A ferramenta SOLVER não vem nativamente habilitada no Excel, uma vez que não
é de uso popular. Entretanto, basta habilitá-la – não são necessários downloads adicionais,
apenas um pouco de paciência até que o Excel a instale. Para tanto, você precisa seguir
o seguinte caminho: ARQUIVO >>>>> Opções >>>> Suplementos >>> Ir >> Solver >
Ok. Aguarde uns instantes. Agora você pode acessar o SOLVER no caminho DADOS
>> Análise > Solver, conforme mostra a Figura 7.
FONTE: O autor
Tente entender as regras estabelecidas acima. Caso lhe pareça muito complexo
este tipo de modelagem, procure conhecer um pouco mais sobre o ramo da matemática
aplicada – chamada “Pesquisa operacional” – ela trata de modelagem e solução de
problemas desta natureza.
FONTE: O autor
Note que:
a) Configuramos o número inicial de cada produto para 1. Isso é arbitrário! Esses valores
não influenciam no resultado final.
b) Nas células do intervalo B7:B9 estão codificadas as funções restritivas da modelagem
da pesquisa operacional. A sintaxe de cada uma das células é:
• B7: =95*B1+15*B2-B8
• B8: =50*B1+7*B2
• B9: =4*B1+1,5*B2
Agora, acesse o SOLVER por meio de DADOS >> Análise > Solver. Na caixa de
diálogo que surge, devemos fazer a seguinte configuração (Figura 9) – explicaremos
em seguida.
FONTE: O autor
a) No campo “Definir objetivo”, selecionamos a célula que tem a função LUCRO que
queremos MAXIMIZAR (por isso a opção Máx foi selecionada).
b) As restrições foram inseridas utilizando o botão Adicionar.
c) As duas primeiras restrições referem-se ao fato de que o número de eletrônicos e
carregadores deve ser sempre inteiro (e, por consequência, não negativo).
Agora, basta clicar em RESOLVER. Note que o SOLVER apresenta como solução
ótima para a empresa a produção de 86 eletrônicos e 100 carregadores. Os valores de
cada um dos campos também são automaticamente atualizados (pois estão associados
através das funções inseridas). Tente mudar os valores fornecidos pelo SOLVER; note
FONTE: O autor
A Barra de Fórmulas serve para realizar entradas para uma célula específica,
selecionada a priori. Por exemplo, ao invés de selecionar uma célula e digitar a fórmula
nesta célula, você pode selecionar a célula e digitar a fórmula (ou uma sequência de
caracteres) na barra de fórmulas. A fórmula será avaliada após você teclar ENTER. Além
da legibilidade, parece não haver vantagem no uso desta estratégia. De fato, não há!
A barra de fórmulas se torna útil quando utilizada com o botão de função localizado a
sua esquerda. Neste atalho são encontradas todas as funções do Excel, organizadas por
categorias (estatística, financeira etc.). De fato, todas as “funções de linha” abordadas
neste material (E, OU etc.) são encontradas neste atalho.
1 Lembre-se: “funções”, para serem interpretadas pelo Excel, devem ser precedidas pelo sinal
“=”. Se omitido este sinal, o Excel interpreta o argumento como uma sequência de caracteres
(string).
1.8 MACRO
As MACROS podem ser acessadas pelo caminho EXIBIÇÃO >> Macros >
Macros, conforme ilustra a Figura 11.
FONTE: O autor
FONTE: O autor
Grave uma macro que reproduza esta formatação para uma nova planilha que
contenha os mesmos atributos da Figura 12.
1 É interessante executar o procedimento todo antes de gravar a macro, para garantir que todos
os passos a serem seguidos estão bem assimilados.
Para acessar esta ferramenta, proceda ao seguinte caminho: DADOS >> Teste
de Hipóteses > Tabela de Dados, conforme Figura 13.
FONTE: O autor
FONTE: O autor
A função CONCATENAR, como o próprio nome sugere, tem por objetivo “juntar”
informações provenientes de diferentes células para apresentar a informação de forma
unificada em uma célula desejada. Além disso, dentro da própria função, texto ou
caracteres podem ser digitados de forma a completar a concatenação, lembrando que
os textos sempre devem ser digitados entre aspas.
FONTE: O autor
Suponha agora que você deseja apresentar os resultados na forma textual, por
exemplo: “Intenção de votos no candidato A: 37% ± 2%” (o mesmo para o candidato
B). Utilize a função CONCATENAR para obter este resultado.
Como você já deve ter percebido, além de números, o Excel permite manipular
dados de qualquer natureza, inclusive sequências de texto. O problema é que, utilizando
as funções COPIAR e COLAR, muitas vezes, os textos trazidos de bases externas
acabam ficando com múltiplos espaçamentos no Excel. A função ARRUMAR se propõe
exatamente a isso: remover espaços desnecessários, mantendo somente espaços únicos
entre as palavras.
Exemplo 9: digite na célula A1 o seguinte texto, com espaços duplos: “Texto com
espaços a arrumar”. Utilize a função ARRUMAR para remover os espações excedentes.
1.12 REFERÊNCIAS