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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Lista 7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Elaborado por Tiago Miranda

1 Geometria

Problema G.19 | Um quadrilátero tem seus vértices nos quatro lados de um quadrado de lado medindo
1. Mostre que as medidas a, b, c e d dos lados do quadriláteros satisfazem a inequação
A Quadriláteros
2 ≤ a2 + b2 + c2 + d2 ≤ 4.

Problema G.20 | No quadrilátero ABCD, A B̂C é reto, a diagonal AC é perpendicular a CD, AB = 18,
BC = 21, e CD = 14. Calcule o perı́metro de ABCD.
Problema G.21 | Um quadrilátero convexo ABCD com área 2002 contém um ponto P (interior) tal que
PA = 24, PB = 32, PC = 28, PD = 45. Calcule o perı́metro de ABCD.

Problema G.22 | Demonstre que qualquer


√ quadrilátero inscrito num cı́rculo de raio 1, o comprimento
do menor lado é menor do que ou igual a 2.

Problema G.23 | Dado um quadrado ABCD, sejam P e Q pontos nos lados AB e BC, respectivamente,
de modo que módulo de BP é igual ao módulo de BQ. Seja H o pé da perpendicular ao segmento PC
passando por B. Prove que o ângulo DHQ é reto.

Problema G.24 | No triângulo ABC com AB + BC = 3AC, o cı́rculo inscrito tem centro em I e toca os
lados AB e BC em D e E, respectivamente. Sejam K e L os simétricos de D e E em relação a I. Prove que
o quadrilátero ACKL é cı́clico.
POTI 2015 − Lista 7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Professor Tiago Miranda

7 Combinatória
A Tabuleiros
Problema C.25 | Colocamos 15 cavalos em um
tabuleiro 15 × 15 de modo que não existam dois
8
0Z0Z0Z0Z
cavalos em uma mesma linha ou em uma mesma
coluna. Cada N faz então um movimento? . Prove
7
Z0Z0Z0Z0
que agora existem dois cavalos na mesma linha ou
6
0Z0Z0Z0Z
na mesma coluna. 5
Z0Z0Z0Z0
Problema C.26 | João gosta de verificar propri- 4
0Z0M0Z0Z
edades do jogo de xadrez em um tabuleiro 5 × 5.
Num de seus experimentos, João coloca um cavalo
3
Z0Z0Z0Z0
na casa inferior esquerda do tabuleiro 5 × 5. Qual o 2
0Z0Z0Z0Z
número mı́nimo de movimentos do cavalo para que
ele possa chegar a qualquer casa do tabuleiro 5 × 5?
1
Z0Z0Z0Z0
a b c d e f g h

Problema C.27 | Um tabuleiro 6 × 6 está coberto


Figura 4: O movimento do N.
com dominós 2 × 1. Mostre que existe uma reta
que separa as peças do tabuleiro sem cortar nenhum
dominó.

Problema C.28 | A Figura 5 mostra um tabuleiro


9 × 7 no qual as casas foram pintadas de cinza 3
linhas e 4 colunas. As casas que foram pintadas
de cinza duas vezes tornaram-se pretas. Se em um
tabuleiro maior pintamos de cinza 23 linhas e 31
colunas, quantas casas pretas deveremos ter?

Problema C.29 | Um tabuleiro é colorido de


branco e preto da maneira usual, e cada casa contém Figura 5
um inteiro. Sabemos que a soma dos números em
cada coluna e a soma dos números em cada linha
é par. Mostre que a soma dos números nas casas
pretas é par.
Problema C.30 | Qual é o menor valor de n > 1 Observação: Os tabuleiros da figura 6 mostram
para o qual é possı́vel colocar n peças sobre um tabu- pares de peças na mesma linha, na mesma coluna e
leiro n × n de modo que não haja duas peças sobre na mesma diagonal em diversos tabuleiros.
a mesma linha, mesma coluna ou mesma diagonal?
 
 

Figura 6
? No
jogo de xadrez, o N movimenta-se em L, duas casas ou na vertical, ou na horizontal e uma casa na direção diferente
da anterior (figura 4).

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3 Teoria dos Números

Problema T.29 | Se p1 e p2 são primos tais que p2 = p1 + 2 e p1 > 3, encontre o resto de p1 + p2 na


divisão por 12.

A Congruência II
Problema T.30 | Esmeralda digitou corretamente um múltiplo de 7 muito grande, com 4010 algarismos.
Da esquerda para a direita, os seus algarismos são 2004 algarismos 1, um algarismo n e 2005 algarismos 2.
Qual é o valor de n?
Problema T.31 | Mostre que 2730 divide n13 − n para todo número natural n.

Problema T.32 | Dizemos que n é perfeito se a soma dos divisores positivos de n (σ(n)) é igual à 2n.
Por exemplo, 6 é perfeito pois σ(6) = 1 + 2 + 3 + 6 = 12.
a) Se 2k − 1 é primo, mostre que 2k−1 (2k − 1) é perfeito.
b) Se n é um número perfeito par, mostre que existe k tal que n = 2k−1 (2k − 1) onde 2k − 1 é um número
primo.

Problema T.33 | Mais Repunits!


a) Seja p um primo diferente de 3. Prove que o número 111 . . . 111 (p algarismos 1) não é divisı́vel por p.
b) Seja p > 5 um primo. Prove que o número 111 . . . 111 (p − 1 algarismos 1) é divisı́vel por p.

Problema T.34 | Mostre que existem infinitos conjuntos de 2014 inteiros positivos consecutivos, cada
um dos quais é divisı́vel por algum número da forma a2014 , onde a é um inteiro positivo.

Problema T.35 | Sendo p um numero primo.


a) Seja a um inteiro do conjunto {2, 3, ..., p − 2}. Mostre que existe b 6= a, no mesmo conjunto tal que
ab ≡ 1 (mod p).
b) utilize o item anterior para provar o Teorema de Wilson que diz que ( p − 1)! ≡ −1 (mod p).

Problema T.36 | Seja n > 1 um inteiro ı́mpar. Prove que n não divide 3n + 1.

1
Problema T.37 | Qual o comprimento do perı́odo da dı́zima periódica de ?
32002

Problema T.38 | Encontrar os últimos 3 dı́gitos em notação decimal de 32009 .

Problema T.39 | Qual o número de soluções inteiras da congruência x2 ≡ 1 (mod 15) com 0 ≤ x < 15?

Problema T.40 | Prove que não existem inteiros x e y tais que y2 = x3 + 7.

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Respostas e Soluções.

Problema G.19 | Um quadrilátero tem seus vértices nos quatro lados de um quadrado de lado medindo
1. Mostre que as medidas a, b, c e d dos lados do quadriláteros satisfazem a inequação

2 ≤ a2 + b2 + c2 + d2 ≤ 4.

Solução do problema G.19. (Extraı́do da Olimpı́ada do Canadá)


Seja ABCD um quadrilátero com as devidas X 1−x A x Z
distâncias aos vértices do quadrado XYWZ des-
tacadas na figura 1. Daı́, a soma dos quadrados dos
lados do quadrilátero ABCD vale

y
a2 = x 2 + (1 − z )2 b

1−z
b2 = y2 + (1 − x )2
a
c2 = w2 + (1 − y )2 B

d2 = z2 + (1 − w )2
a2 + b2 + c2 + d2 = x 2 + (1 − x )2 + 1−y
c

= ..y2 + (1 − y)2 + D
d
= ..w2 + (1 − w)2 +

z
= ..z2 + (1 − z)2 . Y w C 1−w W

Figura 1
2 2
1 1 1
 
Agora, perceba que x2 + (1 − x )2 = 2 x − + e x− ≥ 0. Daı́, como 0 ≤ x ≤ 1, chegamos a
2 2 2
1 1 2 1
 
≤2 x− + ≤ 1 para todo x. Análogo para os demais e concluı́mos o que se pediu. 
2 2 2

Problema G.20 | No quadrilátero ABCD, A B̂C é reto, a diagonal AC é perpendicular a CD, AB = 18,
BC = 21, e CD = 14. Calcule o perı́metro de ABCD.

Solução do problema G.20. (Extraı́do da AIME) B

Do enunciado, podemos construir a figura 2 e, ob-


servando os triângulos retângulos, aplicar o Teo-
rema de Pitágoras duas vezes, ficando com:
C
( AD )2 = ( AC )2 + (CD )2 A
( AC )2 = ( AB)2 + ( BC )2
p
( AD ) = 182 + 212 + 142 = 31.
E o perı́metro é 18 + 21 + 14 + 31 = 84.
Figura 2 D

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Problema G.21 | Um quadrilátero convexo ABCD com área 2002 contém um ponto P (interior) tal que
PA = 24, PB = 32, PC = 28, PD = 45. Calcule o perı́metro de ABCD.

Solução do problema G.21. (Extraı́do da AMC)


D
Temos que
1
[ ABCD ] = 2002 ≤ ( AC · BD )
2
(Isso é verdade para todo quadrilátero convexo: 45 C
divida-o ao longo de AC e então use a fórmula
da área do triângulo para calcular [ ACB] e [ ACD ]),
com igualdade apenas com AC ⊥ BD. Pela desi- 28
gualdade triangular temos,
AC ≤ PA + PC = 52 24 P
BD ≤ PB + PD = 77
com igualdade se P sobre AC e BD, respectiva- 32
A
mente. Assim, temos que
1 1
2002 ≤ AC · BD ≤ · 52 · 77 = 2002 B
2 2
Com igualdade se AC ⊥ BD no ponto P, figura 2. Figura 3

Pelo Teorema de Pitágoras, obtemos


p p
AB = PA2 + PB2 =
242 + 322 = 40
p p √
BC = PB2 + PC2 = 322 + 282 = 4 113
p p
CD = PC2 + PD2 = 282 + 452 = 53
p p
DA = PD2 + PA2 = 452 + 242 = 51

E o perı́metro de ABCD fica AB + BC + CD + DA = 4(36 + 113).

Problema G.22 | Demonstre que qualquer


√ quadrilátero inscrito num cı́rculo de raio 1, o comprimento
do menor lado é menor do que ou igual a 2.

Solução do problema G.22. (Extraı́do da Olimpı́ada do Canadá)


Sejam a, b, c, d os comprimentos dos lados e e, f os das diagonais do quadrilátero. Aplicando o Teorema
de Ptolomeu temos ab + cd = e f . Entretanto, cada diagonal é uma corda da circunferência√e precisa
ser menor que, ou igual ao diâmetro: e, f ≤ 2 e isso faz ab + cd ≤ 4. Agor,a se a, b, c, d >√ 2, então
ab + cd > 4, o que é um absurdo. Por fim,
√ ao menos um dos lados precisa ser menor do que 2, logo, o
menor lado precisa ser menor do que 2. 

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Problema G.23 | Dado um quadrado ABCD, sejam P e Q pontos nos lados AB e BC, respectivamente,
de modo que módulo de BP é igual ao módulo de BQ. Seja H o pé da perpendicular ao segmento PC
passando por B. Prove que o ângulo DHQ é reto.

Solução do problema G.23. (Extraı́do da Olimpı́ada da Rússia)


De inı́cio, sendo H B̂A = α, temos que B P̂H = 90◦ − α (no triângulo BHP). Agora, no 4 BCP, como
C B̂P − 90◦ e B P̂C = B P̂H = 90◦ − α, então BĈP = α. Na sequência, prolongue a reta BH até ela
encontrar o lado AD em E e perceba que 4CBP ≡ 4 BAE, pelo caso A.L.A (PĈB = E B̂A, mesmo lado
AB = BC e terem o ângulo reto. Logo AE = BP = BQ e EQCD é retângulo. Trace a circunferência
passando por seus vértices. Observe que H ÊQ = H ĈQ, portanto H está nesta circunferência (porque
dois ângulos iguais na circunferência “enxergam” o segmento HQ), o que significa que o quadrilátero
HDCQ é inscritı́vel, destacando DQ como diâmetro, e então D ĤQ = 90◦ . 

Problema G.24 | No triângulo ABC com AB + BC = 3AC, o cı́rculo inscrito tem centro em I e toca os
lados AB e BC em D e E, respectivamente. Sejam K e L os simétricos de D e E em relação a I. Prove que
o quadrilátero ACKL é cı́clico.

Solução do problema G.24. (Extraı́do da Olimpı́ada da Grécia/Polônia/Costa Rica)*


Faça BI intersectar o circuncı́rculo do ABC no ponto P; Seja M o ponto médio de AC. Note que PM é
perpendicular a AC, pois passa no ponto médio do segmento AC e no ponto médio do arco AC. Como
MĈP = AĈP = A B̂P = D B̂I, e C M̂P = B D̂I = 90◦ , ficamos com 4 MCP ∼ 4 DBI.
Agora, seja N a projeção de P em IK. Perceba que P N̂ I = B D̂I = 90◦ e P Î N = B ÎD, fazendo
Ĉ + B̂
4 NPI ∼ 4 DBI. Também 4 MCP ∼ 4 NPI. Na sequência, observe que I ĈP = I ĈA + AĈP = .
2
B̂ + Ĉ
Por outro lado, sendo ângulo excêntrico interno, P ÎC = = I ĈP e PI = PC (na verdade, isso é
2
um resultado conhecido). Nesse sentido, podemos fazer 4 MCP ≡ 4 NPI, pois são semelhantes e têm
1 1
mesma medida da hipotenusa, logo são congruentes. O que significa que N I = MP = DI = KI, além
2 2
de PN dividir perpendicularmente KI e PK = PI = CP. Por simetria, PA = PC = PK = PL, fazendo
A, C, K, L pertencerem a uma circunferência de centro P. 

* Não
é uma olimpı́ada entre esses três paı́ses e sim a repetição desse problema, em anos distintos, nas respectivas
olimpı́adas de matemática. Além disso, esse enunciado apareceu na Shortlist da IMO de 2005.

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Problema C.25 | Colocamos 15 cavalos em um tabuleiro 15 × 15 de modo que não existam dois cavalos
em uma mesma linha ou em uma mesma coluna. Cada N faz então um movimento? . Prove que agora
existem dois cavalos na mesma linha ou na mesma coluna.
Solução do problema C.25. (Extraı́do do material do PECI)a

Um dos motivos é que 15 é ı́mpar, se o número de N fosse par, poderı́amos colocar os cavalos
de modo que dois cavalos troquem de posição no movimento, se fizermos isto, sobra um cavalo sem
movimentar-se. Uma maneira de provar é a seguinte, vamos numerar cada cavalo pela posição, se está
na linha 1 coluna 2, como 1 + 2 = 3, o número dele é 3. A soma de todos os números será 450 se não
houver cavalos diferentes na mesma linha ou coluna, a cada movimento, o número de cavalos se altera
em: 3, 1, −1 ou −3. São números ı́mpares, para que continue com apenas 1 cavalo em cada linha e em
cada coluna, a soma dos números dos cavalos deveria ser 450, o que implicaria uma alteração nula nesta
soma, ou seja, 0, a alteração total será a soma das alterações individuais de cada cavalo, porém, 0 é par e
a soma de 15 números ı́mpares não pode ser par, por isso, é impossı́vel que continue um cavalo em cada
linha e um em cada coluna, logo, existem dois cavalos na mesma linha ou na mesma coluna.
a Disponibilizado em http://peci.obmep.org.br/blog/wp-content/uploads/2012/11/solucoes.pdf

Problema C.26 | João gosta de verificar propriedades do jogo de xadrez em um tabuleiro 5 × 5. Num
de seus experimentos, João coloca um cavalo na casa inferior esquerda do tabuleiro 5 × 5. Qual o número
mı́nimo de movimentos do cavalo para que ele possa chegar a qualquer casa do tabuleiro 5 × 5?

Solução do problema C.26. (Extraı́do da OBM − 2012)


Vamos colorir cada casa do tabuleiro 5 × 5 com o número i quando o cavalo precisar de no mı́nimo i
movimentos para chegar a tal casa do tabuleiro. Comecemos, então, pelo 1:

? Nojogo de xadrez, o N movimenta-se em L, duas casas ou na vertical, ou na horizontal e uma casa na direção diferente
da anterior (figura 4).

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Problema C.27 | Um tabuleiro 6 × 6 está coberto com dominós 2 × 1. Mostre que existe uma reta que
separa as peças do tabuleiro sem cortar nenhum dominó.

Solução do problema C.27. (Extraı́do da EUREKA − n. 2)


Cada dominó é formado por dois quadrados e portanto, se o tabuleiro está inteiramente coberto, 18
dominós foram utilizados. Imagine agora uma reta (horizontal, por exemplo) que separe o tabuleiro
em duas partes. Se ela não corta nenhum dominó, está resolvido o problema. Suponha então que ela
corte ao meio um dominó. Neste caso, acima desta reta teremos n dominós inteiros mais meio dominó,
ou seja, teremos acima desta reta 2n + 1 quadrados, que é um número ı́mpar. Mas isto é impossı́vel
porque se o tabuleiro tem 6 unidades de largura, qualquer reta o dividirá em partes que contém números
pares de quadrados acima e abaixo dela. Assim, se uma reta corta um dominó, deverá cortar um outro
dominó. Para a divisão do tabuleiro, existem 10 retas possı́veis e, se cada uma delas cortar dois dominós,
deverı́amos ter 20 dominós no tabuleiro. Como eles são apenas 18 então existe uma reta (pelo menos)
que não corta nenhum dominó.

Problema C.28 | A Figura 5 mostra um tabuleiro


9 × 7 no qual as casas foram pintadas de cinza 3
linhas e 4 colunas. As casas que foram pintadas
de cinza duas vezes tornaram-se pretas. Se em um
tabuleiro maior pintamos de cinza 23 linhas e 31
colunas, quantas casas pretas deveremos ter?

Figura 5

Solução do problema C.28. Em cada linha haverá 31 casas pretas, uma por cada coluna cinza. Como
são 23 linhas, haverá um total de 31 × 23 = 713 casas pretas no tabuleiro.

Problema C.29 | Um tabuleiro é colorido de branco e preto da maneira usual, e cada casa contém um
inteiro. Sabemos que a soma dos números em cada coluna e a soma dos números em cada linha é par.
Mostre que a soma dos números nas casas pretas é par.

Solução do problema C.29. (Extraı́do da Olimpı́ada da Ucrânia)


Suponha sem perda de generalidade que o quadrado do canto esquerdo superior é preto. A partir
desse quadrado, numere as colunas da esquerda para a direita e as linhas de cima para baixo. Some os
números das colunas em posições ı́mpares e os números das linhas em posições pares. Perceba que cada
quadrado preto do tabuleiro é contado apenas uma vez nessa soma enquanto que os quadrados brancos
das linhas e colunas mencionadas são contados duas vezes. Logo, esse soma tem a mesma paridade que
a soma de todos os números escritos nos quadrados pretos. Como a soma de quaisquer linhas e colunas
é par, a soma dos números nos quadrados pretos é par.

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Problema C.30 | Qual é o menor valor de n > 1 para o qual é possı́vel colocar n peças sobre um
tabuleiro n × n de modo que não haja duas peças sobre a mesma linha, mesma coluna ou mesma diagonal?

Solução do problema C.30. (Extraı́do da OBM − 2009)

Diremos que uma casa ataca outra se elas estiverem 


na mesma linha, coluna ou diagonal do tabuleiro.
Em um tabuleiro 2 × 2 duas casas quaisquer se ata-
cam, de modo que não é possı́vel colocar 2 peças
que não se ataquem no tabuleiro. A figura a seguir exibe uma possibilidade para
Em um tabuleiro 3 × 3, cada casa do canto ataca n = 4.
outras 6, sobrando somente 2 casas que estão na
mesma diagonal; portanto, se colocarmos peça em 
uma das casas do canto não é possı́vel colocar as 

outras duas. Todavia, não é possı́vel colocar 3 peças

sem que duas se ataquem se não for permitido es-
colher casas do canto (observe a primeira figura ao
lado).

Problema T.29 | Se p1 e p2 são primos tais que p2 = p1 + 2 e p1 > 3, encontre o resto de p1 + p2 na


divisão por 12.

Solução do problema T.29.


Vamos observar a congruência módulo 12 dos números primos maiores que 3: só é possı́vel que
um primo seja congruente a 1, 5, 7 ou 11 módulo 12 (0, 2, 3, 4, 6, 8, 9 e 10 não são possı́veis, pois,
por exemplo, se p ≡ 4 (mod 12), p = 12k + 4 = 4(3k + 1), que não é primo.) Mas, se p2 = p1 + 2,
p1 ≡ 11 (mod 12) e p2 = 1 (mod 12), logo p1 + p2 ≡ 0 (mod 12), ou p1 ≡ 5 (mod 12) e
p2 ≡ 7 (mod 12) com p1 + p2 ≡ 0 (mod 12), e o resto é zero.

Problema T.30 | Esmeralda digitou corretamente um múltiplo de 7 muito grande, com 4010 algarismos.
Da esquerda para a direita, os seus algarismos são 2004 algarismos 1, um algarismo n e 2005 algarismos 2.
Qual é o valor de n?

Solução do problema T.30. (Extraı́do da OBM)


Primeiro, observe que 111111 · 7 = 15873 é múltiplo de 7, e sendo 2004 múltiplo de 6, conclui-se que
11
| .{z
. . 11} é múltiplo de 7. Da mesma forma, 22
| .{z
. . 22} é múltiplo de 7. Agora, analisando
2004 2004

11
| .{z
. . 11} n2 22
| .{z
. . 22} = 11 . . 11} ·102006 + n · 102005 + 2 · 102004 + 22
| .{z | .{z
. . 22}
2004 2004 2004 2004
2006 2004
= 7 · K1 · 10 + 10 · (10n + 2) + 7 · K2 , K1 e K2 são inteiros.

Logo o número digitado por Esmeralda é múltiplo de 7 se, e somente, se, o número de dois algarismos
10n + 2 é múltiplo de 7, o que ocorre se, e somente se, n = 4.

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Problema T.31 | Mostre que 2730 divide n13 − n para todo número natural n.

Solução do problema T.31. (Extraı́do do Simulado do POTI − 2014)


Note que 2730 = 2 · 3 · 5 · 7 · 13. Mostremos que n13 − n é divisı́vel por cada um desses primos para
qualquer que seja n através do Teorema de Fermat.
a) Para p = 13, é imediato que n13 ≡ n (mod 13).
b) Para p = 3, segue que:

n13 ≡ (n3 )4 · n (mod 3)


≡ n4 · n (mod 3)
≡ (n3 ) · n2 (mod 3)
≡ n3 (mod 3)
≡ n (mod 3).

c) Para p = 5, segue que:

n13 ≡ n5 · n5 · n3 (mod 5)
≡ n · n · n3 (mod 5)
≡ (mod 1)3
3
≡ n (mod 3)
≡ n (mod 3).

d) Para p = 7, segue que:

n13 ≡ n6 · n7 (mod 7)
≡ n6 · n (mod 7)
≡ n7 (mod 7)
≡ n (mod 7).

e) Para p = 2, o resultado é imediato.

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Problema T.32 | Dizemos que n é perfeito se a soma dos divisores positivos de n (σ(n)) é igual à 2n.
Por exemplo, 6 é perfeito pois σ(6) = 1 + 2 + 3 + 6 = 12.
a) Se 2k − 1 é primo, mostre que 2k−1 (2k − 1) é perfeito.
b) Se n é um número perfeito par, mostre que existe k tal que n = 2k−1 (2k − 1) onde 2k − 1 é um número
primo.

Solução do problema T.32. (Extraı́do do Simulado do POTI − 2013)


Sabemos que a soma S dos divisores de um número fatorado como n = p1k1 · p2k2 · . . . · pknn é
k +1
p1 k1 +1 − 1 p22 − 1 p k n +1 − 1
S= · ··· n
p1 − 1 p2 − 1 pn − 1

a) Perceba que n = 2k−1 (2k − 1), com o primo p = 2k − 1, e aplicando a fórmula temos

2k −1+1 − 1 (2k − 1 )1+1 − 1


S= ·
2−1 2k − 1 − 1
  (2k − 1 )2 − 1
= 2k − 1 ·
2k − 2
  22k − 2 · 2k
= 2k − 1 ·
2k − 2
  2k (2k − 2 )
= 2k − 1 ·
  2k − 2
= 2k − 1 · 2k = 2n.


Outra solução:
Para mostrarmos que n é perfeito, basta provar que σ(n) = 2n. Como σ é uma função multiplicativa,
e se p primo, σ ( p) = p + 1 = 2k . Sabemos que σ(n) = σ(2k − 1) · σ( p) = (2k − 1)2k = 2n. 

b) Se n é um número perfeito par, então n = 2k−1 m, sendo m um inteiro ı́mpar maior que 2. Como σ
é multiplicativa, podemos escrever σ(2k−1 m) = σ (2k−1 ) · σ (m) = (2k − 1) · σ(m). Como n é perfeito
teremos σ (n) = 2n = 2k m. Juntando os dois resultados faremos

2k m = (2k − 1 ) · σ ( m ),

então 2k − 1 divides 2k m e, consequentemente, 2k − 1 divide m. Escreva m = (2k − 1) M e substitua na


equação acima e a divida por 2k − 1 para obter 2k M = σ (m). Por fim, sendo m e M os dois divisores
de m concluı́mos
2k M = σ (m) ≥ m + M = 2k M,
e σ(m) = m + M. Isso significa que m = 2k − 1 é primo, pois só é divisı́vel por ele mesmo e por
M = 1. 

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Problema T.33 | Mais Repunits!


a) Seja p um primo diferente de 3. Prove que o número 111 . . . 111 (p algarismos 1) não é divisı́vel por p.
b) Seja p > 5 um primo. Prove que o número 111 . . . 111 (p − 1 algarismos 1) é divisı́vel por p.

Solução do problema T.33.


10 p − 1 10 p − 1
a) Temos que 111 . . . 111 = . Suponhamos que temos ≡ 0 (mod p). Então, 10 p ≡ 1
9 9
(mod p). Pelo teorema de Fermat temos que 10 p ≡ 10 ≡ 1 (mod p), mas o único caso em que isso
acontece é para p = 3, o que é um absurdo já que p > 3. Portanto, temos que 111 . . . 111 não é
divisı́vel por p. 

10 p−1 − 1
b) Temos que 111 . . . 111 (p − 1 algarismos 1) é igual a= . Pelo teorema de Fermat, como
9
10 p−1 − 1 1−1
mdc(10, p) = 1, temos que ≡ ≡ 0 (mod p), ou seja, é divisı́vel por p. 
9 9

Problema T.34 | Mostre que existem infinitos conjuntos de 2014 inteiros positivos consecutivos, cada
um dos quais é divisı́vel por algum número da forma a2014 , onde a é um inteiro positivo.

Solução do problema T.34. (Extraı́do do Simulado do POTI − 2014)


Seja C = { p1 , p2 , . . . , p2014 } um conjunto de 2014 primos distintos. Considere então o sistema de
congruências dado por
x ≡ −i (mod p2014
i ); i = 1, 2, . . . , 2014.
Como mdc( pi , p j ) = 1 sempre que i 6= j, temos que mdc( p2014
i , p2014
j ) = 1 se i 6= j.
Pelo Teorema Chinês do Restos esse sistema tem solução.
Seja x0 uma solução do sistema, então

xn = x0 + n · A; A = ( p1 · . . . · p2014 )2014 .

também será solução, para todo n inteiro.


Logo, todo conjunto
Sn = { xn + 1, xn + 2, . . . , xn + 2014}, n ∈ Z
satisfaz as condições do enunciado, como querı́amos demonstrar.


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Problema T.35 | Sendo p um numero primo.


a) Seja a um inteiro do conjunto {2, 3, ..., p − 2}. Mostre que existe b 6= a, no mesmo conjunto tal que
ab ≡ 1 (mod p).
b) utilize o item anterior para provar o Teorema de Wilson que diz que ( p − 1)! ≡ −1 (mod p).

Solução do problema T.35.


a) Temos que o conjunto { a, 2a, 3a, ..., ( p − 1) a} é um conjunto completo de resı́duos (mod p)∀ a tal
que mdc( a, p) = 1. Portanto, existe um desses tal que ia ≡ 1 (mod p), i ∈ {1, 2, ..., p − 1}. Agora, se
1 × a = a ≡ 1 (mod p), então a não pertenceria ao conjunto e se ( p − 1) a ≡ − a ≡ 1 (mod p) então
a ≡ p − 1 (mod p) e não pertenceria ao conjunto. Então, para qualquer a no conjunto {2, 3, ..., p − 2},
um e somente um dos termos 2a, 3a, ..., ( p − 2) a é congruente a 1 (mod p) o que implica que existe
um b ∈ {2, 3, ..., p − 2} tal que ab ≡ 1 (mod p). Além disso, se a = b então a2 ≡ 1 (mod p) ⇒ a ≡ ±1
(mod p).
b) Lema: Se mdc( a, m) = 1 então existe um inteiro x tal que ax ≡ 1 (mod m). Tal x é único módulo m.
Se mdc( a, m) > 1 então não existe tal x.
Demonstração: Pelo teorema de Bachet-Bézout, existem inteiros x e y tais que ax + my = 1. Ana-
lisando essa congruência módulo m, obtemos ax ≡ 1 (mod m). Se y é outro inteiro que satisfaz a
congruência, temos ax ≡ ay (mod m). Pelo primeiro lema, x ≡ y (mod m). Se d = mdc( a, m) > 1,
não podemos ter d|m e m| ax − 1 pois d - ax − 1. 

Em virtude do lema anterior, para cada a ∈ {2, 3, . . . , p − 2}, existe um resto x ∈ {0, 1, 2, . . . , p − 1}
tal que ax ≡ 1 (mod p). Se x = 1 ou x = p − 1, terı́amos a = 1 ou p − 1. Além disso, não podemos
ter a = x pois os únicos restos que satisfazem a 2 ≡ 1 (mod p) são 1 e p − 1 . Com isso, podemos
agrupar os números de {2, 3, . . . , p − 2} em pares onde o produto deixa resto 1 por p, o que nos
permite concluir que o produto de todos eles também deixa resto 1 por p. Logo,

( p − 1)! ≡ 1 · ( p − 1) ≡ −1 (mod p)

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Problema T.36 | Seja n > 1 um inteiro ı́mpar. Prove que n não divide 3n + 1.

Solução do problema T.36. ... Vamos supor que exista 3n + 1 ≡ 0 (mod n). Seja p o menor fator
primo de n, tal que pk = n. Deste modo, como p é fator de n, também temos que 3n + 1 ≡ 0
(mod p) ⇒ 3n ≡ −1 (mod p) ⇒ 32n ≡ 1 (mod p). Elevando a x estes dois lados temos:

32nx ≡ 1x ≡ 1 (mod p).

Agora, por Fermat, temos que 3 p−1 ≡ 1 (mod p). Elevando os dois lados a y temos:

3y ( p −1) ≡ 1y ≡ 1 (mod p).

Multiplicando o que encontramos temos:

3(2n) x × 3( p−1)y ≡ 1 × 1 ≡ 1 (mod p) ⇒ 3(2n)x+( p−1)y ≡ 1 (mod p).

Como n é ı́mpar, então é impossı́vel que p|n e p − 1|n simultaneamente, pois p − 1 é par. Como p foi
escolhido como o menor fator primo, então os fatores do número p − 1 obviamente são menores que p,
e como p era o menor divisor primo de n, logo os fatores de p − 1, que são menores que p, não dividem
n. Com isso, podemos afirmar que mdc( p − 1, n) = 1. Assim, concluı́mos que mdc( p − 1, 2n) = 2,
já que ambos os números são pares. Sabendo disso, pela relação de Bezout, existem x e y tais que
x (2n) + y( p − 1) = mdc(2n, p − 1) = 2. Logo substituindo isso temos:

32 ≡ 1 (mod p) ⇒ 9 ≡ 1 (mod p),

o que implica que p = 4 ou p = 8, o que é absurdo, já que p é primo. Portanto não existe n tal que
n|3n + 1, como querı́amos demonstrar. 

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1
Problema T.37 | Qual o comprimento do perı́odo da dı́zima periódica de ?
32002

Solução do problema T.37. ... Consideremos xk como um algarismo do número x, agora temos

1
=x
32002
x = 0, x1 x2 x3 . . . xn x1 x2 x3 . . . xn x1 . . .
n
10 x = x1 x2 x3 . . . xn , x1 x2 x3 . . . xn x1 x2 x3 . . . xn . . .
n
(10 − 1) x = x1 x2 x3 . . . xn
x x2 x3 ...xn
x= 1 n
(10 − 1)
1 x x x . . . xn
2002
= 1 2 n3 .
3 (10 − 1)

Portando 10n − 1 é múltiplo de 32002 , ou seja, 9999 . . . 99 (n algarismos 9) é múltiplo de 32002 ou melhor,
1111 . . . 11 (n algarismos 1 ) é múltiplo de 32000 . Sabendo que para um número ser divisı́vel por 3a a soma
de seus algarismos dever ser divisı́vel por 3a , logo o menor número n tal que 1111 . . . 11 (n algarismos
iguais a 1 ) é múltiplo de 32000 é n = 32000 . Portanto, o número de algarismos do perı́odo é n = 32000 .

Problema T.38 | Encontrar os últimos 3 dı́gitos em notação decimal de 32009 .

Solução do problema T.38. Para calcularmos os três últimos dı́gitos de um número, basta fazermos a
sua congruência módulo 103 . Sendo assim, chegamos a

32009 = 32008 · 3 = 91004 · 3 = (10 − 1)1004 · 3


1004 1004 1004
       
1004 1003 2 1
= 10 − 10 +...+ 10 − 10 + 1 · 3
1003 2 1
1004 1004
    
2 1
≡ 10 − 10 + 1 · 3 (mod 1000)
2 1
1004 · 1003
 
2 1
≡ · 10 − 1004 · 10 + 1 · 3 (mod 1000)
2
 
≡ 502 · 1003 · 102 − 1004 · 101 + 1 · 3 (mod 1000)
 
2 1
≡ 6 · 10 − 4 · 10 + 1 · 3 (mod 1000)
≡ (600 − 40 + 1) · 3 (mod 1000)
≡ 561 · 3 (mod 1000) ≡ 1683 (mod 1000) ≡ 683 (mod 1000).

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Problema T.39 | Qual o número de soluções inteiras da congruência x2 ≡ 1 (mod 15) com 0 ≤ x < 15?

Solução do problema T.39. (Extraı́do do Simulado do POTI − 2013)


São 4 soluções: 1, 4, 11 e 14, cujos quadrados 1, 16, 121 e 196 são congruentes a 1 módulo 15.

Problema T.40 | Prove que não existem inteiros x e y tais que y2 = x3 + 7.

Solução do problema T.40. Perceba que, se x for par, então x = 2m, com m inteiro, x3 é par e x3 + 7 é
ı́mpar, logo, y2 é ı́mpar e y é ı́mpar. Sendo assim, podemos escrever que y = 2n + 1, com n inteiro, e
substituindo teremos

y2 = x 3 + 7
(2n + 1)2 = (2m)3 + 7
4k2 + 4k + 1 − 7 = 8m3
4k2 + 4k − 8m3 = 6
4(k2 + k − 2m3 ) = 6,

mas 4 não divide 6, absurdo e x é ı́mpar. Assim, temos, x3 é ı́mpar, y2 = x3 + 7 é par e y é par. Logo,
y2 ≡ 0 (mod 4). Na sequência, temos x ≡ 1 (mod 4). Outra observação é:

y2 + 1 = x3 + 8 = ( x + 2)( x2 − 2x + 4)

donde x + 2 ≡ 3 (mod 4). Isso sugere que ( x + 2) ≡ 1 (mod 4) e x + 2 = 4k + 1, com k inteiro. Temos
agora um fator primo de p em ( x + 2), congruente a 3 (mod 4), donde reescrevemos
y2 + 1 ≡ 0 (mod p), outro absurdo, pois y é par. 

        
Elaborado por Tiago Miranda

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POTI 2015 − Lista 7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Professor Tiago Miranda

Soluções Enviadas
Enviaram soluções para os problemas da Lista 7:

• Cleber Assis , Salvador (BA), problemas G19, G20, G21, G22, G23 e G24;

• Fábio Sales, Maceió (AL), problemas G19, G20, G21, G22, G23 e G24, C25, C26, C27 e C30, T29, T31, T32, T33,
T34 e T40;

• Gabriel Domingues, Salvador (BA), problemas T29, T30, T31, T32, T33, T35, T36, T39 e T40;

• Júlia Zanete, Porto Alegre (RS), problemas G19, C25 e C30, T30, T32, T34 e T40;

• Júlio Cézar Marinho, Parintins (AM), problemas G19 e G20, T30, T32 e T34 e T39;

• José Vitor Silva, Rio de Janeiro (RJ), problemas G21, G22 e G24;

• Mário Sérgio Ramos, Fortaleza (CE), problemas C25, C26, C27, C28, C29 e C30, T29, T30, T31, T32, T33, T34, T35,
T36, T37, T38, T39 e T40;

• Mormon Lima dos Santos, Campina Grande (PB), problemas G21, G22 e G24, C26, C27 e C30, T29, T30, T31, T32,
T33, T34, T35, T36, T38 e T40;

• Rafael Farias, São Paulo (SP), problemas G19 e G20, C25, C26, C27 e C30, T32 e T34;

• Tiago Domingos, Salvador (BA), problemas G19, G20, G21, G22 e G23, C26,C27, C28 e C30;

• Wesllen Brendo, Maués (AM), problemas G19 e G20, T30, T32 e T34 e T39.

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