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12/09/2019 Brasília – Wikipédia, a enciclopédia livre

Brasília
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Brasília (AFI: /bɾaˈziljɐ/) é a capital federal do
Brasil  e  a  sede  de  governo  do  Distrito
Brasília
Federal. [9] A capital está localizada na região "Capital Federal"
Centro­Oeste  do  país,  ao  longo  da  região "Capital da Esperança"
geográfica  conhecida  como  Planalto  Central. "Cidade­Parque"
Segundo estimativa do Instituto Brasileiro de "Capital Mundial das Águas"
Geografia e Estatística (IBGE) para 2018, sua
população  era  de  2  974  703  habitantes
(4  284  676  em  sua  área  metropolitana),
sendo, então, a terceira cidade mais populosa
do país. [10][nota  1] Brasília é também a quinta
concentração  urbana  mais  populosa  do
Brasil. [13] A capital brasileira é a maior cidade
do mundo construída no século XX. [14]

A cidade possui o maior produto interno bruto
per capita em relação às capitais, [15] o quarto
maior entre as principais cidades da América
Latina e cerca de três vezes maior que a renda
média  brasileira. [16]  Como  capital  nacional,
Brasília  abriga  a  sede  dos  três  poderes  da
República  (Executivo,  Legislativo  e
Judiciário) e 127 embaixadas estrangeiras. [17]
A política de planejamento da cidade, como a
localização de prédios residenciais em grandes
áreas urbanas, a construção da cidade através
de  enormes  avenidas  e  a  sua  divisão  em
setores,  tem  provocado  debates  sobre  o  estilo
de vida nas grandes cidades no século XX. O
projeto  da  cidade  a  divide  em  blocos
numerados,  além  de  setores  para  atividades
Do topo, em sentido horário: Eixo Monumental visto a partir
pré­determinadas,  como  o  Setor  Hoteleiro,
da Torre de TV; Catedral Metropolitana à noite; fachada do
Bancário ou de Embaixadas.
Palácio da Alvorada; Ponte Juscelino Kubitschek no Lago
O  plano  urbanístico  da  capital,  conhecido Paranoá; edifícios do Setor Bancário Sul e o edifício do
como  "Plano  Piloto",  foi  elaborado  pelo
Congresso Nacional com o mastro especial da Praça dos Três
urbanista  e  arquiteto  Lúcio  Costa,  que,
Poderes ao fundo.
aproveitando o relevo da região, adequou­o ao
projeto  do  lago  Paranoá,  concebido  em  1893

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pela Missão Cruls. [18] A cidade começou a ser
planejada  e  desenvolvida  em  1956  por  Lúcio
Costa, pelo também arquiteto Oscar Niemeyer
e  pelo  engenheiro  estrutural  Joaquim
Cardozo. [19][20] Inaugurada em 21 de abril de
1960,  pelo  então  presidente  Juscelino Bandeira Brasão
Kubitschek, Brasília tornou­se formalmente a
Hino
terceira capital do Brasil, após Salvador e Rio
de Janeiro. Vista de cima, a principal área da Aniversário 21 de abril
cidade  é  descrita  frequentemente  como  tendo Fundação 21 de abril de 1960 (59 anos)
o formato de um avião, mas a proposta inicial
Gentílico brasiliense
de Lúcio Costa era de que se assemelhasse ao
sinal  da  cruz,  e  um  dos  eixos  foi  depois Lema Venturis ventis
"Aos ventos que hão de vir"
arqueado  para  se  adaptar  ao  relevo  da
região. [21][22][23]  A  cidade,  comumente Padroeiro(a) Nossa Senhora Aparecida[1]
referida  como  "Capital  Federal"  ou  "BSB",  é Localização
considerada  um  Patrimônio  Mundial  pela
UNESCO,  devido  ao  seu  conjunto
arquitetônico  e  urbanístico[24]  e  possui  a
maior  área  tombada  do  mundo,  com  112,5
quilômetros quadrados. [25][26]

A cidade tem um estatuto único no Brasil, já
que é uma divisão administrativa distinta de
um  município  legal,  como  outras  cidades
brasileiras,  semelhante  ao  que  acontece  com Localização de Brasília no Distrito Federal

Washington, D.C., nos Estados Unidos, e com
Camberra, na Austrália. A palavra "Brasília" é
usada como um sinônimo do Distrito Federal
como  um  todo  por  meio  de  sinédoque;  no
entanto,  o  Distrito  Federal  é  composto  de  31
regiões  administrativas,  das  quais  apenas
uma  é  o  centro  da  entidade:  a  Região
Administrativa I, que é basicamente formada
Brasília
pelo  Plano  Piloto  e  pelo  Parque  Nacional  de
Brasília. Publicações demográficas geralmente
não fazem esta distinção e listam a população
brasiliense  como  sinônimo  da  população  do
Distrito  Federal,  considerando­se  o  conjunto
como uma única entidade. O Distrito Federal,
acumula  características  de  estado  e Localização de Brasília no Brasil
município,  sendo  que  as  suas  outras  regiões 15° 47' 38" S 47° 52' 58" O
administrativas,  também  chamadas  cidades­
Unidade Distrito Federal
satélites, não são tratadas como municípios.
federativa
Região Distrito Federal IBGE/2017[2]
intermediária
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Índice Região Distrito Federal IBGE/2017[2]


imediata
Gentílico
Região Distrito Federal e Entorno
História
Primórdios metropolitana
Idealização Municípios Águas Lindas de Goiás, Cidade
Planejamento e construção
limítrofes Ocidental, Cristalina, Formosa, Novo
Geografia Gama, Santo Antônio do Descoberto,
Clima Padre Bernardo, Planaltina,
Valparaíso de Goiás e Cabeceira
Demografia Grande.
Região integrada
Desigualdade social e criminalidade Características geográficas
Governo Área 5 779,997 km² (BR: 259º)[3]
Definição territorial e administrativa
População 2 974 703 hab. (BR: 3º) –  estatísticas
Cidades­irmãs
IBGE/2018[4]
Economia
Turismo Densidade 514,65 hab./km²
Estrutura urbana Altitude 1171 m[5]
Educação
Clima Tropical Aw[6]
Transportes
Saúde Fuso horário UTC−3
Cultura Indicadores
Cinema
IDH­M 0,824 (BR: 9º) – muito alto PNUD/2010[7]
Música
Patrimônio urbanístico PIB R$ 235 497 106,59 mil (BR: 3º) –
Patrimônio arquitetônico  IBGE/2016[8]
Esportes PIB per capita R$ 79 099,77 IBGE/2016[8]
Ver também
Página oficial
Notas
Governo www.brasilia.df.gov.br (http://www.bra
Referências
silia.df.gov.br/)
Ligações externas

Gentílico
"Brasiliense" é o nome que se dá a quem nasceu em Brasília. "Candango" é outro termo utilizado para designar
os brasilienses, sendo, originalmente, usado para se referir aos trabalhadores que, em sua maioria provenientes
da  Região  Nordeste  do  Brasil, [27]  migravam  à  futura  capital  para  trabalhar  em  sua  construção.  Uma  das
vertentes  etimológicas  diz  que  o  termo  "candango"  vem  do  termo  quimbundo  kangundu,  diminutivo  de
kingundu (ruim, ordinário, vilão). Era o termo usado pelos africanos para designar os portugueses. [28][29]

De acordo com o dicionário Michaelis,  "candango"  significa:  "trabalhador,  estudante  vindo  de  fora  da  região
para estabelecimento de residência. Nome com que se designam os trabalhadores comuns que colaboraram na
construção de Brasília."[30]

História

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Primórdios
Antes da chegada dos europeus ao continente americano, a porção central do Brasil era ocupada por indígenas
do tronco linguístico macro­jê, como os acroás, os xacriabás, os xavantes, os caiapós, os javaés, etc. [31]

No  século  XVIII,  a  atual  região  ocupada  pelo  Distrito  Federal  brasileiro,  próxima  à  linha  do  Tratado  de
Tordesilhas, [32]  que  dividia  os  domínios  portugueses  dos  espanhóis,  tornou­se  rota  de  passagem  para  os
garimpeiros  de  origem  portuguesa  em  direção  às  minas  de  Mato  Grosso  e  Goiás. [33]  Data  dessa  época  a
fundação  do  povoado  de  São  Sebastião  de  Mestre  d'Armas  (atual  região  administrativa  de  Planaltina,  no
Distrito Federal). [34]

Em  1761,  o  Marquês  de  Pombal,  então  primeiro­ministro  de  Portugal,  propôs  mudar  a  capital  do  império
português  para  o  interior  do  Brasil  Colônia.  O  jornalista  Hipólito  José  da  Costa,  fundador  do  Correio
Braziliense,  primeiro  jornal  brasileiro,  editado  em  Londres,  redigiu,  em  1813,  artigos  em  defesa  da
interiorização da capital do país para uma área "próxima às vertentes dos caudalosos rios que se dirigem para
o norte, sul e nordeste". José Bonifácio, o Patriarca da Independência, foi a primeira pessoa a se referir à futura
capital do Brasil, em 1823, como "Brasília". [35]

Idealização
Desde  a  primeira  constituição  republicana,  de  1891,  havia  um
dispositivo  que  previa  a  mudança  da  Capital  Federal  do  Rio  de
Janeiro para o interior do país, determinando como "pertencente à
União,  no  Planalto  Central  da  República,  uma  zona  de  14  400
quilômetros quadrados, que será oportunamente demarcada, para
nela  estabelecer­se  a  futura  Capital  Federal". [36][37]  Fato
interessante dessa época foi o sonho premonitório do padre italiano
São  João  Bosco,  no  qual  disse  ter  visto  uma  terra  de  riquezas  e

A pedra fundamental de Brasília, no prosperidade situada próxima a um lago e entre os paralelos 15 e 20
Morro do Centenário, lançada no ano do  Hemisfério  Sul.  Acredita­se  que  o  sonho  do  padre  tenha  sido
das comemorações dos cem anos uma  profecia  sobre  a  futura  capital  brasileira,  pelo  qual  o  padre,
da independência do Brasil, em posteriormente canonizado, tornou­se o padroeiro de Brasília. [35]
1922.
No ano de 1891, foi nomeada a Comissão Exploradora do Planalto
Central  do  Brasil,  liderada  pelo  astrônomo  Luís  Cruls  e  integrada  por  médicos,  geólogos  e  botânicos,  que
fizeram  um  levantamento  sobre  a  topografia,  o  clima,  a  geologia,  a  flora,  a  fauna  e  os  recursos  materiais  da
região do Planalto Central. A área ficou conhecida como Quadrilátero Cruls[38] e foi apresentada em 1894 ao
governo republicano. A comissão designava Brasília com o nome de "Vera Cruz". [35]

Em 1922, no ano do Centenário da Independência do Brasil, o deputado Americano do Brasil apresentou um
projeto à Câmara incluindo entre as comemorações a serem celebradas o lançamento da Pedra  Fundamental
da  futura  capital,  no  Planalto  Central. [39][40]  O  então  presidente  da  república,  Epitácio  Pessoa,  baixou  o
Decreto 4 494, de 18 de janeiro de 1922, determinando o assentamento da pedra fundamental e designou, para
a realização desta missão, o engenheiro Balduíno Ernesto de Almeida, diretor da estrada de ferro de Goiás, com
sede em Araguari, em Minas Gerais. No dia 7 de setembro de 1922, com uma caravana composta por quarenta
pessoas,  foi  assentada  a  pedra  fundamental  no  Morro do Centenário,  na  Serra  da  Independência,  situada  a
nove quilômetros de Planaltina. [34]

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Em  1954,  o  marechal  José  Pessoa  Cavalcanti  de  Albuquerque  foi


convidado pelo presidente Café Filho para ocupar a presidência da
Comissão de Localização da Nova Capital Federal, encarregada de
examinar  as  condições  gerais  de  instalação  da  cidade  a  ser
construída.  Em  seguida,  Café  Filho  homologou  a  escolha  do  sítio
da  nova  capital  e  delimitou  a  área  do  futuro  Distrito  Federal,
determinando que a comissão encaminhasse o estudo de todos os
problemas  relacionados  à  mudança. [41]  A  Comissão  de
Planejamento e Localização da Nova Capital, sob a Presidência de
José Pessoa, foi a responsável pela exata escolha do local onde hoje
se ergue Brasília. [42]

A idealização do plano­piloto também foi obra da mesma comissão
Esboço da cidade de Vera Cruz feito que,  em  robusto  relatório,  redigido  pelo  Marechal  José  Pessoa,  de
pela Comissão de Localização da título  "Nova  Metrópole  do  Brasil"  e  entregue  ao  Presidente  Café
Nova Capital Federal. Filho, detalhando os pormenores do arrojado planejamento que se
realizou. [43]

O  marechal  José  Pessoa  não  imaginou  o  nome  da  capital  como


Brasília, mas sim Vera Cruz, de modo a caracterizar o sentimento
de  um  povo  que  nasceu  sob  o  signo  da  Cruz  de  Cristo  e
estabelecendo  ligação  com  o  primeiro  nome  dado  pelos
descobridores  portugueses.  O  plano  elaborado  respeitava  uma
determinada  interpretação  da  história  e  não  descaracterizava  as
tradições  brasileiras.  Grandes  avenidas  chamar­se­iam
"Independência",  "Bandeirantes",  etc.,  diferentes,  portanto,  das
atuais siglas alfa­numéricas de Brasília, como W3, SQS, SCS, SMU
Plano Piloto de Brasília, projetado
e outras. [44]
pelo urbanista Lúcio Costa.
Por  discordâncias  com  o  presidente  Juscelino  Kubitschek,  o
marechal  José  Pessoa  abandonou  a  presidência  da  comissão,  tendo  sido  sucedido  pelo  coronel  do  exército
Ernesto  Silva,  que  era  o  secretário  da  comissão.  Ernesto  Silva,  que  também  era  médico,  foi  nomeado  na
sequência presidente da Comissão de Planejamento da Construção e da Mudança da Capital Federal (1956) e
Diretor  da  Companhia  Urbanizadora  da  Nova  Capital  –  Novacap  (1956/61),  tendo  assinado  o  Edital  do
Concurso do Plano Piloto, em 1956, publicado no Diário Oficial da União no dia 30 de setembro de 1956. [45]

Planejamento e construção
No ano de 1955, durante um comício  na  cidade  goiana  de  Jataí,  o  então  candidato  à  presidência,  Juscelino
Kubitschek, foi questionado por um eleitor se respeitaria a constituição, interiorizando a capital federal, ao que
Juscelino  afirmou  que  transferiria  a  capital. [46]  Eleito,  Juscelino  estabeleceu  a  construção  de  Brasília  como
"meta­síntese" de seu "Plano de Metas". [47]

O  traçado  de  ruas  de  Brasília  obedece  ao  plano  piloto  implantado  pela  empresa  Novacap  a  partir  de  um
anteprojeto  do  arquiteto  Lúcio  Costa,  escolhido  através  de  concurso  público  nacional.  O  arquiteto  Oscar
Niemeyer e o engenheiro estrutural Joaquim Cardozo projetaram os principais prédios públicos da cidade. [19]
Para fazer a transferência simbólica da capital do Rio para Brasília, Juscelino fechou solenemente os portões do
Palácio do Catete, então transformado em Museu da República, às 9 da manhã do dia 21 de abril de 1960, ao
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que  a  multidão  reagiu  com  aplausos.  A  cidade  de  Brasília  foi


inaugurada  no  mesmo  dia  e  mês  em  que  ocorreu  a  execução  de
Joaquim  José  da  Silva  Xavier,  líder  da  Inconfidência  Mineira,  e  a
fundação de Roma. [35]

Construção da Esplanada dos
Ministérios em 1959.

O  princípio  básico  das  estratégias  políticas  de  Juscelino


Kubitschek, segundo o próprio, era apropriado do moralista francês
Joseph Joubert, para quem "não devemos cortar o nó que podemos
desatar".  Com  base  nessa  máxima,  Kubitschek  viabilizou  a
construção  de  Brasília,  oferecendo  várias  benesses  à  oposição, Asa Sul em 1964
criando fatos consumados e queimando etapas. Apesar de a cidade
ter  sido  construída  em  tempo  recorde,  a  transferência  efetiva  da
infraestrutura  governamental  só  ocorreu  durante  os  governos
militares,  já  na  década  de  1970.  Todavia,  ainda  no  século  XXI,
muitos órgãos do governo federal brasileiro continuam sediados na
cidade do Rio de Janeiro. [48]

Mostra  o  efeito  provocado  pelo  modernismo  da  cidade  recém­


construída  a  declaração  do  cosmonauta  Yuri  Gagarin,  primeiro
homem  a  viajar  para  o  espaço,  ao  visitá­la  em  1961:  "Tenho  a Eixo Monumental em 11 de junho de
impressão de que estou desembarcando num planeta diferente, não 1975.
na Terra". [35]

Alguns  dos  fatores  que  mais  influenciaram  a  transferência  da  capital  foram  a  segurança  nacional,  pois
acreditava­se que, com a capital no litoral, ela estava vulnerável a ataques estrangeiros (argumento militar­
estratégico  que  teve  como  precursor  Hipólito  José  da  Costa),  e  uma  interiorização  do  povoamento  e  do
desenvolvimento e integração nacional, já que, devido a fatores econômicos e históricos, a população brasileira
concentrou­se na faixa litorânea, ficando o interior do país pouco povoado. Assim, a transferência da capital
para  o  interior  forçaria  o  deslocamento  de  um  contingente  populacional  e  a  abertura  de  rodovias,  ligando  a
capital às diversas regiões do país, o que levaria a uma maior integração econômica.

Planejada para ter uma população de 500 mil habitantes no ano 2000, [49] a população de Brasília já atingia
1,515  milhões  de  habitantes  em  1991,  considerando­se  todo  o  Distrito  Federal. [50]  Com  seus  atuais  2,977
milhões de habitantes, [4] Brasília é hoje a quarta cidade mais populosa do Brasil, depois de São Paulo, Rio de
Janeiro  e  Salvador,  além  de  sétima  concentração  urbana  mais  populosa  do  país,  superada  apenas  por  São
Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Porto Alegre e Salvador. [51][52][53]

Geografia
Brasília se localiza a 15°50’16" de latitude sul e a 47°42’48" de longitude oeste, com altitudes  entre  1  000  e
1  200  metros  acima  do  nível  do  mar,  no  chamado  Planalto  Central,  cujo  relevo  é,  na  maior  parte,  plano,
apresentando  algumas  leves  ondulações.  A  flora  corresponde  à  predominantemente  típica  do  domínio  do

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cerrado.  Em  alguns  lugares  da  cidade  é  possível  observar  espécies  de  gimnospermas,  como  os  pinheiros,  e
também diversos tipos de árvores provenientes de outros biomas brasileiros. As espécies não nativas da região
têm  sido  retiradas  pela  empresa  pública  arborizadora  da  cidade  (a  Novacap)  e  substituídas  por  espécies
nativas, como ipês.

O Distrito Federal possui grande variedade de vegetação, reunindo
150  espécies.  A  maioria  é  nativa,  típica  do  cerrado,  e  de  porte
médio,  com  altura  de  15  a  25 m. [54]  Muitas  são  tombadas  pelo
Patrimônio  Ecológico  do  Distrito  Federal,  para  garantir  sua
preservação. [54]  Algumas  das  principais:  pindaíba,  paineira,  ipê­
roxo, ipê­amarelo, pau­brasil e buriti. [55]

A  preservação  da  vegetação  no  Distrito  Federal  é  um  tema


recorrente,  principalmente  pela  preocupação  em  conservar  a  flora
original. O desmatamento provocado pela expansão da agricultura
Brasília vista da Estação Espacial
Internacional. é  um  dos  problemas  enfrentados  no  Distrito  Federal,  sendo  que,
segundo  a  Unesco,  desde  sua  criação,  nos  anos  1950,  57%  da
vegetação  original  não  existe  mais. [56]  Para  colaborar  com  a
preservação,  são  realizados  programas  de  conscientização  e  de  reformas  estruturais  para  diminuir  a
degradação da vegetação e também da fauna e rios da região. [57]

Os  rios  do  Distrito  Federal


estão  bem  supridos  pelos
lençóis  freáticos,  razão  pela
qual  não  secam,  mesmo
durante  o  período  da  estação
seca. [58]  A  fim  de  aumentar  a
quantidade  de  água  disponível
para  a  região,  foi  realizado  o Lago Paranoá Imagem aérea do Paranoá.
represamento  de  um  dos  rios
da região, o rio Paranoá, para a
construção  de  um  lago  artificial,  o  Lago  Paranoá,  que  tem  40  quilômetros  quadrados  de  extensão,
profundidade máxima de 48 metros e cerca de 80 quilômetros de perímetro. O lago possui uma grande marina
e é frequentado por praticantes de wakeboard, windsurf e pesca profissional.

De  acordo  com  a  divisão  do  Instituto  Brasileiro  de  Geografia  e  Estatística  vigente  desde  2017, [59]  Brasília
pertence às Regiões Geográficas Intermediária e Imediata do Distrito Federal. [2] Até então, com a vigência das
divisões  em  microrregiões  e  mesorregiões,  a  cidade  fazia  parte  da  microrregião  de  Brasília,  que  por  sua  vez
estava incluída na mesorregião do Distrito Federal. [60]

Clima
O clima de Brasília é o tropical com estação seca (do tipo Aw na classificação climática de Köppen­Geiger), [6]
com  temperaturas  médias  mensais  sempre  superiores  a  18  °C  e  índice  pluviométrico  de  aproximadamente
1 480 milímetros (mm) anuais, concentrados entre os meses de outubro e abril. [61] As precipitações  ocorrem
sob  a  forma  de  chuva  e,  algumas  vezes,  de  granizo, [62]  podendo  ainda  virem  acompanhadas  de  raios  e

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trovoadas. [63]  Durante  a  estação seca  (maio  a  setembro),  é  comum  que  os  níveis  de  umidade  relativa  do  ar
fiquem  muitas  vezes  abaixo  de  30%,  bem  abaixo  do  ideal  considerado  pela  Organização  Mundial  da  Saúde
(OMS), de 60%. [64]

Maiores acumulados de precipitação em 24 horas registrados
em Brasília por meses (INMET, 21/08/1961­presente)[65]
Mês Acumulado Data Mês Acumulado Data
Janeiro 99,6 mm 20/01/2016 Julho 80,7 mm 13/07/1990
Fevereiro 110,7 mm 28/02/2005 Agosto 68 mm 29/08/1984
Março 111,8 mm 31/03/1964 Setembro 77,4 mm 03/09/1970
Abril 131 mm 21/04/1992 Outubro 103,1 mm 27/10/2006
Maio 73,6 mm 03/05/1969 Novembro 132,8 mm 15/11/1963
Junho 29,8 mm 24/06/1965 Dezembro 106,8 mm 22/12/1963

Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), desde 1961 (a partir de 21 de agosto) a menor
temperatura registrada em Brasília (estação convencional do Setor Sudoeste) foi de 1,6 °C em 18 de julho de
1975, [66] e a maior atingiu 36,4 °C em 18 de outubro de 2015. [67] O maior acumulado de precipitação em 24
horas foi de 132,8 mm em 15 de novembro de 1963. Outros grandes acumulados foram 131 mm em 21 de abril
de  1992,  111,8  mm  em  31  de  março  de  1964,  110,7  mm  em  28  de  fevereiro  de  2005,  106,8  mm  em  22  de
dezembro de 1963, 103,1 mm em 27 de outubro de 2006 e 102,1 mm em 29 de outubro de 2000. [65] O menor
índice de umidade do ar foi de 10% em setembro de 2011, nos dias 5 e 9 daquele mês. [68]

Em 10 de junho de 1985, foi registrada pela primeira vez a ocorrência de geada, quando a temperatura mínima
chegou  a  3,3  °C,  a  mais  baixa  registrada  em  um  mês  de  junho. [69]  Na  tarde  do  dia  1  de  outubro  de  2014,
também foi registrada pela primeira vez a formação de um tornado, observado na região do Aeroporto JK, onde
os ventos atingiram a velocidade de 95 km/h. [70]

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Dados climatológicos para Brasília
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano

Temperatura
máxima 32,6 31,4 32,1 31,6 30,2 31,6 30,8 33 35,8 36,4 34,5 33,7 36,4
recorde (°C)
Temperatura
máxima 26,5 27 26,7 26,6 25,9 25 25,3 26,9 28,4 28,2 26,7 26,3 26,6
média (°C)
Temperatura
média
21,6 21,7 21,6 21,3 20,2 19 19 20,6 22,2 22,4 21,5 21,4 21,4
compensada
(°C)
Temperatura
mínima 18,1 18 18,1 17,5 15,6 13,9 13,7 15,2 17,2 18,1 18 18,1 16,8
média (°C)
Temperatura
mínima 12,2 11 14,5 10,7 3,2 3,3 1,6 5 9 10,2 11,4 13,5 1,6
recorde (°C)
Precipitação
209,4 183 211,8 133,4 29,7 4,9 6,3 24,1 46,6 159,8 226,6 241,5 1 477,4
(mm)
Dias com
precipitação 17 14 14 8 3 1 1 2 5 11 17 19 112
(≥ 1 mm)
Umidade
relativa
76,2 74,7 76,8 72,2 66,2 58,7 52,7 46,8 50,3 62,8 74,5 78 65,8
compensada
(%)

Horas de sol 150,9 158,9 166,5 204,6 239,5 254,3 268,9 264,4 210,5 183,1 139,9 126,8 2 368,3

Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) (normal climatológica de 1981­2010;[61]  recordes de temperatura a
partir de 21/08/1961).[66][67]

Demografia
O  ritmo  de  crescimento  populacional  na  primeira  década  foi  de Crescimento populacional
14,4% ao ano, com um aumento populacional de 285%. Na década Censo Pop. %±
de 1970, o crescimento médio anual foi de 8,1%, com um incremento 1960 141 742 —
total  de  115,52%.  A  população  total  do  Distrito  Federal,  que  não 1970 546 015 285,2%
deveria ultrapassar 500 000 habitantes em 2000, atingiu esta cota 1980 1 203 333 120,4%
no  início  da  década  de  1970,  e,  entre  1980  e  1991,  a  população 1991 1 598 415 32,8%
expandiu  em  mais  32,8%.  O  Plano  Piloto,  que,  na  inauguração, 2000 2 043 169 27,8%
concentrava 48% da população do Distrito Federal, gradativamente 2010 2 570 160 25,8%
Est. 2017 3 039 444 [4] 18,3%
perdeu importância relativa, chegando a 13,26% em 1991, passando
o predomínio para as cidades­satélite. [49] Fonte: IBGE[nota 2][51][71]

Em  2010,  o  Instituto  Brasileiro  de  Geografia  e  Estatística  indicou  2  570  160  habitantes. [71]  O  Índice  de
Desenvolvimento  Humano  é  de  0,824 [7]  e  a  taxa  de  analfabetismo  de  apenas  4,35%. [72]  Brasília  também
caracteriza­se  pela  sua  desigualdade  social,  sendo  a  quarta  área  metropolitana  mais  desigual  do  Brasil  e  a
décima sexta do mundo, segundo um relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas. [72]

A população brasiliense é formada por migrantes de todas as regiões brasileiras, sobretudo do Nordeste e do
Sudeste, [73] além de estrangeiros que trabalham nas embaixadas espalhadas pela capital. [74]  Dados  de  2010
apontavam que quase metade da população não nasceu ali, sendo que 1 380 873 (53,73%) eram brasilienses e
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1 189 287 (46,27%) de outros locais (incluindo 8 577 estrangeiros,
ou 0,33% da população), principalmente de Goiás, Minas Gerais e
Bahia. [73][75]

A região administrativa de Brasília, composta em sua parte urbana
pelos bairros residenciais Asa Norte, Asa Sul e Vila Planalto, conta
com  uma  população  de  209  855  habitantes  (2010)  e  uma  área  de
472,12  km²,  sendo  a  terceira  maior  região  administrativa  do
Distrito  Federal  em  termos  de  população,  atrás  apenas  de Vista do Eixo Monumental.
Ceilândia (com 402 729 habitantes) e Taguatinga (361 063). [76]

Região integrada
Conhecida como RIDE, a Região Integrada de Desenvolvimento do
Distrito  Federal  e  Entorno  compreende  o  Distrito Federal  mais  os
municípios  goianos  de  Abadiânia,  Água  Fria  de  Goiás,  Águas
Lindas  de  Goiás,  Alexânia,  Cabeceiras,  Cidade  Ocidental,
Cocalzinho  de  Goiás,  Corumbá  de  Goiás,  Cristalina,  Formosa,
Luziânia,  Novo  Gama,  Padre  Bernardo,  Pirenópolis,  Planaltina,
Santo Antônio do Descoberto, Valparaíso de Goiás e Vila Boa, e os
municípios  mineiros  de  Buritis  e  Unaí. [77]  Conta  com  4  284  676
Brasília à noite vista pela STS­32.
habitantes sendo a quarta mais populosa região metropolitana do
Brasil. (IBGE/2016). [10]

Segundo  a  geógrafa  Nelba  Azevedo  Penna,  do  Departamento  de  Geografia  da  Universidade  de  Brasília,  "em
consequência dos processos de ordenamento de seu território, ocorreu uma intensa expansão da urbanização
para a periferia limítrofe ao Distrito Federal, que deu origem à formação da região metropolitana de Brasília
(atualmente  institucionalizada  como  Região  Integrada  de  Desenvolvimento  do  Distrito  Federal  e  Entorno  –
RIDE)". [78]

Desigualdade social e criminalidade
Brasília  possui  a  maior  desigualdade  de  renda  entre  as  capitais
brasileiras, [79]  além  de  ser  uma  das  capitais  em  que  mais  se
registram homicídios para cada cem mil habitantes no país. [80] Na
região administrativa de Ceilândia, está localizada a segunda mais
populosa favela do Brasil, a comunidade do Sol Nascente, [81] com
61 mil habitantes[82]  —  segundo  estimativas  de  lideranças  locais,
no entanto, a população seria de 100 mil pessoas, que superaria a
da Rocinha, no Rio de Janeiro. [82]
Viatura da Polícia Militar do Distrito
Federal Os  índices  de  criminalidade  são  altos  principalmente  no  Entorno
do Distrito Federal. [83][84] Segundo sociólogos, a criminalidade no
Distrito Federal, principalmente nas cidades­satélites, é uma herança do crescimento desordenado, ainda que
assentado em núcleos urbanos planejados. Os níveis de criminalidade no DF estão entre os maiores do Brasil,
chegando ao ponto de haver uma média de até dois assassinatos diários. [85] Em 2012, houve 1031 homicídios,

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com taxa de 38,9 por 100 mil habitantes, a 478º maior do país. [86]  Existem  diversas  propostas  para  tentar


diminuir a criminalidade na capital: entre elas, um maior policiamento, medida esta que, aplicada, tem levado
a uma retração da violência. [84]

Governo
Brasília  não  possui  prefeito  e  vereadores,  pois  o  artigo  32  da
Constituição Federal de 1988 proíbe expressamente que o Distrito
Federal  seja  dividido  em  municípios,  sendo  considerado
uno. [87][88]

O Distrito Federal é pessoa jurídica de direito público interno, ente
da  estrutura  político­administrativa  do  Brasil  de  natureza  sui
generis,  pois  não  é  nem  um  estado  nem  um  município,  mas  sim
um  ente  especial  que  acumula  as  competências  legislativas Palácio do Buriti, sede do governo
reservadas aos estados e aos municípios, conforme dispõe o art. 32, do Distrito Federal.
§  1º  da  CF,  o  que  lhe  dá  uma  natureza  híbrida  de  estado  e
município. [87]

O poder executivo do Distrito Federal foi representado pelo prefeito
do Distrito Federal até 1969, quando o cargo foi transformado em
governador do Distrito Federal. [89][90]
Edifício­sede da Câmara Legislativa
O poder legislativo do Distrito Federal é representado pela Câmara do Distrito Federal.
Legislativa do Distrito Federal, cuja nomenclatura representa uma
mescla  de  assembleia  legislativa  (poder  legislativo  das  demais
unidades  da  federação)  e  de  câmara  municipal  (legislativo  dos
municípios).  A  Câmara  Legislativa  é  formada  por  24  deputados
distritais. [91]

O poder judiciário que atende ao Distrito Federal também atende a
territórios  federais.  O  Brasil  não  possui  territórios  atualmente,
portanto, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
só atende ao Distrito Federal. [nota 3] Esplanada dos Ministérios.

Parte  do  orçamento  do  Governo  do  Distrito  Federal  provém  do


Fundo  Constitucional  do  Distrito  Federal.  Em  2012,  o  fundo  totalizou  9,6  bilhões  de  reais. [92]  Para  2015,  a
previsão é de 12,4 bilhões de reais, sendo mais da metade (6,4 bilhões) destinado aos gastos com segurança
pública. [93]

Definição territorial e administrativa
No Brasil, por definição legal, "cidade" é a sede de um "município". [94] A partir do Estado Novo, pelo decreto­
lei nº 311, todas as sedes dos municípios passaram a ser cidades, sendo que, até então, as menores sedes de
municípios  eram  denominadas  "vilas".  No  Distrito  Federal,  porém,  são  chamados  de  cidades  os  diversos
núcleos  urbanos,  sendo  o  principal  deles  a  região  administrativa  de  Brasília,  que  por  sua  vez  também  se
confunde com a ideia do Plano Piloto. A rigor, os outros núcleos estão mais para bairros distantes da capital do
país  do  que  para  cidades  distintas,  pois  a  Constituição  do  Brasil  veda  expressamente  a  divisão  do  Distrito

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Federal em municípios. [88][95] Brasília é constituída por toda a área urbana do Distrito Federal e não apenas a
parte tombada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) ou a
região administrativa central, pois a cidade é polinucleada, constituída por várias regiões administrativas, de
modo que as regiões afastadas estão articuladas às centrais. [87][96]

Há  quem  argumente  que  por  todo  o  Brasil  há  regiões


metropolitanas,  onde  cidades  afastadas  acabam  articuladas  em
relação  às  cidades  principais,  sem  que  deixem  por  isso  de  ser
consideradas  cidades.  A  diferença  é  que  elas  são  sedes  de
município.  Apesar  disso,  outros  núcleos  urbanos  do  Distrito
Federal,  hoje  chamados  regiões  administrativas,  sempre  foram
conhecidos  por  cidades­satélites.  Alguns,  atualmente,  entendem
como Brasília apenas a região administrativa de Brasília (formada
Edifício­sede do Congresso
por parte do Plano Piloto e pelo Parque Nacional de Brasília), e não Nacional.
todo o Distrito Federal. Contundo alguns destes núcleos urbanos,
como Planaltina  e  Brazlândia,  são  mais  antigos  do  que  a  própria
Brasília. Planaltina já existia como município de Goiás, antes de perder parte de seu território para o Distrito
Federal. [87][95][97]

Por  outro  lado,  a  lei  de  organização  do  Distrito  Federal  é  uma  lei orgânica,  típica  de  municípios  e  não  uma
constituição, como ocorre nos estados da federação brasileira, embora esta lei orgânica regule tanto matérias
típicas  de  leis  orgânicas  municipais  quanto  de  constituições  estaduais. [98]  Ademais,  todas  as  regiões
administrativas do Distrito Federal dispõem de certa autonomia administrativa, sendo seus administradores
regionais  indicados  pela  população  local  de  cada  região  administrativa.  No  entanto,  órgãos  oficiais  de
pesquisa,  como  o  IBGE,  o  Dieese  e  o  IPEA,  não  distinguem  Brasília  do  Distrito  Federal  para  efeitos  de
contagem  e  estatística  pois  seus  dados  são  sempre  elaborados  levando­se  em  conta  o  município.  Como  o
Distrito Federal não possui municípios, é considerado como um único ente. [87][88]

Cidades­irmãs
Brasília conta com pelo menos 23 cidades­irmãs, entre elas:[99]

 Abergement­la­Ronce, França[100]
 Abuja, Nigéria[101]
 Amsterdã, Países Baixos[101]
 Berlim, Alemanha[101]
 Bogotá, Colômbia[101]
 Boston, Estados Unidos[101]
 Buenos Aires, Argentina[101]
 Camberra, Austrália[99]
 Chaoyang, distrito de Pequim, China[99]
 Diamantina (MG), Brasil[101]
 Doha, Qatar[101]
 Guadalajara, México[100]
 Lima, Peru[101][102]
 Lisboa, Portugal[100][101]

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 Luxor, Egito[103]
 Montevidéu, Uruguai[101]
 Roma, Itália[99][100][101]
 Santiago, Chile[99]
 Viena, Áustria[104]
 Washington, D.C., Estados Unidos[101]
 Xian, China[100][101]

Economia
Além  de  ser  centro  político,  Brasília  é  um  importante  centro
econômico do Brasil, sendo a terceira cidade mais rica do país,
exibindo,  em  2014,  um  Produto  Interno  Bruto  (PIB)  de  R$
197.432.059 bilhões, estando também entre as áreas urbanas
de  maior  índice  de  renda  per  capita  do  Brasil,  de  R$
69 216,80. [106] Atividades econômicas de Brasília por
número de empregados ­ (2012)[105]
Segundo pesquisa da consultoria Mercer sobre o custo de vida
para  funcionários  estrangeiros,  Brasília  estava  colocada  na
posição  33  entre  as  cidades  mais  caras  do  mundo  em  2011,
subindo da posição 70 em 2010. Superada no Brasil em 2011
somente pelas cidades de São Paulo (10) e Rio de Janeiro (12),
Brasília entra na classificação logo depois de Nova Iorque (32),
a cidade mais cara dos Estados Unidos. [107][108]

A cidade foi a região com lançamentos mais caros do Brasil em
2012,  segundo  o  "Anuário  do  Mercado  Imobiliário  Brasileiro
da  Lopes",  com  51  empreendimentos  lançados,  8.823
Setor Bancário Sul
unidades  e  3,3  bilhões  de  reais  em  "Valor  Geral  de
Vendas", [109]  sendo  o  quarto  maior  mercado  imobiliário
nacional. [109]

A principal atividade econômica da capital federal resulta de
sua  função  administrativa.  Por  isso  seu  planejamento
industrial  é  estudado  com  muito  cuidado  pelo  Governo  do
Distrito Federal.  Por  ser  uma  cidade  tombada  pelo  IPHAN  e
que recebeu o Título de Patrimônio Cultural da Humanidade
pela Unesco  a  ocupação  do  território  do  Distrito  Federal  tem
características  diferenciadas  para  preservação  da  cidade.
Setor Hoteleiro Sul da cidade.
Assim,  o  Governo  do  Distrito  Federal  tem  optado  em
incentivar  o  desenvolvimento  de  indústrias  não  poluentes
como  a  de  software,  cinema,  vídeo,  gemologia,  entre  outras,  com  ênfase  na  preservação  ambiental  e  na
manutenção do equilíbrio ecológico, preservando o patrimônio da cidade. [110]

A economia de Brasília sempre teve como principais bases a construção civil e o varejo. [111] Foi construída em
terreno totalmente livre, portanto ainda existem muitos espaços nos quais se pode construir novos edifícios. À
medida  que  a  cidade  recebe  novos  moradores,  a  demanda  pelo  setor  terciário  aumenta,  motivo  pelo  qual

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Brasília tem uma grande quantidade de lojas, com destaque para o Conjunto Nacional, localizado no centro da
capital. A agricultura e a avicultura ocupam lugar de destaque na economia brasiliense. Um cinturão verde na
Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno abastece a cidade e já exporta alimentos
para outros locais. [112]

Turismo
Brasília  é  classificada  como  Patrimônio  Cultural  da  Humanidade  pela
Unesco,  uma  agência  da  ONU  e  recebe  cerca  de  um  milhão  de  visitantes
anualmente.  Entre  as  suas  atrações  mais  visitadas  estão  os  diversos
projetos arquitetônicos de Oscar Niemeyer e Joaquim Cardozo. [113][20][19]

O turismo cívico é valorizado por estarem localizados na capital os órgãos
governamentais  da  administração  direta  e  os  representantes  dos  três
poderes  republicanos.  Os  principais  monumentos  da  cidade  encontram­se
no  Eixo  Monumental:  Catedral  Militar  Rainha  da  Paz,  Praça  do  Cruzeiro
(Memorial  da  Primeira  Missa),  Memorial  JK,  Memorial  dos  Povos
Indígenas,  Complexo  Poliesportivo  Ayrton  Senna:  Ginásio  de  Esportes
Nilson  Nelson  e  Estádio  Nacional  de  Brasília  Mané  Garrincha;  Centro  de
Convenções  Ulysses  Guimarães  (CCUG),  Torre  de  TV,  Teatro  Nacional
Cláudio  Santoro,  Complexo  Cultural  da  República  João  Herculino:
Bandeira brasileira na Praça
dos Três Poderes. Biblioteca  Nacional  de  Brasília  Leonel  de  Moura  Brizola  (BNB)  e  Museu
Nacional Honestino Guimarães; Catedral  Metropolitana  de  Brasília  Nossa
Senhora Aparecida, Esplanada dos Ministérios, Palácio da Justiça, Palácio
Itamaraty,  Praça  dos  Três  Poderes:  Congresso  Nacional,  sede  do  Poder  Legislativo  brasileiro,  Palácio  do
Planalto,  sede  do  Poder  Executivo  brasileiro,  Supremo  Tribunal  Federal  (STF),  sede  do  Poder  Judiciário
brasileiro e Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves; além de outros. Entre outros monumentos estão
o Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República (no Setor Palácio Presidencial ­ SPP), o
Catetinho  (ao  longo  da  EPIA  Sul),  o  Santuário  Dom  Bosco  (na  Via  W3  Sul),  o  Museu  Vivo  da  Memória
Candanga  (no  Núcleo  Bandeirante[114])  e  a  Ponte  Juscelino  Kubitschek,  mais  conhecida  como  Ponte  JK  ou
"terceira  ponte",  premiada  internacionalmente  (no  Lago  Paranoá,  entre  o  Setor  de  Clubes  Esportivos  Sul
(SCES), na Asa Sul, e o Setor de Habitações Individuais Sul (SHIS), no Lago Sul). [115][116]

Brasília  ainda  é  conhecida  por  suas  comunidades


espiritualistas  (como  o  Vale  do  Amanhecer,  em
Planaltina,  a  Cidade  Eclética  e  a  Cidade  da  Paz)
localizadas  nos  seus  arredores  e  também  por
modernistas templos religiosos, como o Templo da
Boa Vontade da LBV.

A  cidade  oferece  também  ecoturismo  por  estar Complexo Cultural da República.


localizada  a  mais  de  mil  metros  acima  do  nível  do
mar, no imenso platô do Planalto Central, de onde
nascem  rios  de  algumas  grandes  bacias  hidrográficas  brasileiras. [117]  A  cidade  ainda  conta  com  várias  áreas
verdes,  como  o  Parque  da  Cidade  Dona  Sarah  Kubitschek,  (entre  a  Asa  Sul  e  o  Setor  Sudoeste),  o  Parque

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Nacional de Brasília, mais conhecido como Água Mineral (entrada pela EPIA Norte), o Parque Olhos D'Água
(na Asa Norte ­ SQNs 412 e 413), o Jardim Botânico de Brasília (JBB) (no Lago Sul), o Jardim  Zoológico  de
Brasília (na Candangolândia) e o Parque Ecológico Burle Marx (entre a Asa Norte e o Setor Noroeste).

O turismo histórico na capital federal não se restringe ao período posterior à fundação, mas também resgata
locais e fatos anteriores a 1960, como a Estrada Geral do Sertão, com mais de três mil quilômetros, aberta em
1736 para ligar Salvador até Vila Bela da Santíssima Trindade, antiga capital do Mato Grosso. [118]

Vista aérea do centro de Brasília (Plano Piloto) ao longo do Eixo Monumental, com destaque para o novo
Estádio Mané Garrincha (à esquerda), o Congresso Federal e a Praça dos Três Poderes (à direita). Toda a
área residencial da Asa Norte é vista no meio da imagem.

Estrutura urbana

Educação
A educação de Brasília, no período de construção da capital, tinha
como  propósito  se  diferenciar  da  educação  no  restante  do  Brasil.
Sob os pressupostos do movimento Escola Nova, comandado pelo
educador Anísio Teixeira  e  seguido,  em  especial,  pelo  antropólogo
Darcy Ribeiro, o qual priorizava o desenvolvimento do intelecto em
detrimento da memorização, as escolas primárias foram divididas
entre  escolas­classe  e  escolas­parque.  Nas  primeiras,  as  crianças
passariam  quatro  horas  diárias  aprendendo  conteúdos,  e  nas
segundas,  mais  quatro  horas  praticando  atividades Biblioteca Nacional de Brasília.
extracurriculares: artes e esportes, por exemplo. [119]

O  fator  educação  do  Índice  de  Desenvolvimento  Humano  de  Brasília  em  2010  atingiu  a  marca  de  0,742  –
patamar  consideravelmente  alto,  em  conformidade  aos  padrões  do  Programa  das  Nações  Unidas  para  o
Desenvolvimento (PNUD) – [7] ao passo que a taxa de alfabetização da população acima dos dez anos indicada
pelo último censo demográfico foi de 96,7%, acima da média nacional (91%). [120]

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Brasília tem um sistema de ensino primário e secundário, público e
privado, e uma variedade de escolas técnicas. Em 2009, havia, na
cidade, 833 estabelecimentos de ensino fundamental, 622 unidades
pré­escolares,  187  escolas  de  nível  médio  e  mais  algumas
instituições de nível superior. No total, foram 418 913 matrículas e
16  785  docentes  registrados  em  2009. [121]  No  ensino  superior,
destacam­se  importantes  universidades  públicas  e  privadas,
muitas  delas  consideradas  centros  de  referência  em  determinadas
Instituto de Ciências Biológicas da
áreas.  Dentre  as  principais  instituições  de  ensino  superior  da
Universidade de Brasília.
cidade,  estão  a  Universidade  de  Brasília  (UnB),  Instituto  Federal
de Brasília (IFB), Universidade Católica de Brasília (UCB), Centro
Universitário de Brasília (UniCEUB), Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), Instituto de Educação
Superior de Brasília (IESB), Universidade Paulista (UNIP) e União Pioneira da Integração Social (UPIS).

Há uma concentração extrema de instituições de ensino superior no Plano Piloto. Em 2006, foi instalado um
novo  campus  da  Universidade  de  Brasília  em  Planaltina.  Existem  também  campi  da  UnB  nas  regiões
administrativas  de  Ceilândia  e  Gama. [122]  O  número  de  bibliotecas  não  é  proporcional  ao  tamanho  da
população na área central. As principais bibliotecas públicas do Distrito Federal se localizam no Plano Piloto,
como a biblioteca da Universidade de Brasília, a Biblioteca da Câmara e do Senado, a Biblioteca Demonstrativa
de Brasília e a Biblioteca Nacional Leonel de Moura Brizola, também conhecida como Biblioteca Nacional de
Brasília, inaugurada em 2006. [123]

Quanto ao Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) de 2013, a capital brasileira obteve notas de
5,6  na  primeira  fase  do  ensino  fundamental  (anos  iniciais)  e  4,4  na  segunda  fase  (anos  finais). [124]  Na
classificação  geral  do  Exame  Nacional  do  Ensino  Médio  (ENEM)  de  2014,  três  escolas  da  cidade  figuraram
entre  as  cem  melhores  do  ranking,  sendo  os  colégios  Olimpo,  Olimpo  de  Águas  Claras  e  Ideal,  todas
particulares, na 26ª, 65ª e 70ª posições, respectivamente. [125]

Transportes
Brasília,  por  estar  localizada  no  centro  do  Brasil,  serve  como
ligação  terrestre  e  aérea  para  o  país.  O  Aeroporto  Internacional
Presidente Juscelino Kubitschek é um dos mais movimentados do
Brasil por número de passageiros, recebendo mais de 18 milhões de
passageiros em 2014, tornando­o o segundo mais movimentado do
país. [126]  Oito  rodovias  radiais  fazem  a  ligação  da  capital  federal
com outras regiões do Brasil. [127]

A  atual  conjuntura  do  sistema  de  transportes  do  Distrito  Federal Aeroporto Internacional de Brasília.
gera  um  quadro  de  pouca  mobilidade  urbana,  com  um  serviço  de
ônibus notadamente caro e ineficiente, e uma infraestrutura que privilegia o automóvel particular. Isso gera
uma tendência de aumento no número de carros a níveis para os quais a cidade não foi projetada. A cada mês,
5  mil  veículos  entram  em  circulação  em  Brasília,  existindo  um  veículo  para  2,3  habitantes  do  Distrito
Federal. [127]

Em março de 2008 a frota do Distrito Federal chegou a 995 903 veículos, [128] correspondente a uma taxa de
motorização de 390 veículos por cada 1 000 habitantes, e esta taxa é ainda maior na área central de Brasília
(Plano Piloto, Sudoeste, Lago Sul e Norte). Começaram a surgir inúmeros engarrafamentos na cidade e alguns
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lugares se tornam intransitáveis nas horas de pico (rush). Os ônibus transportam pouco mais de 14 milhões de
passageiros por mês, [129] mas a maior parte da frota já ultrapassou os sete anos limite impostos por lei. [130]

Para tentar amenizar esse quadro, foi construído um metrô, mas devido à sua extensão limitada e ao próprio
crescimento da cidade, ele não alterou significativamente o problema de trânsito na cidade e, desde o início da
sua  construção  em  1991,  gera  prejuízos  da  ordem  de  60  milhões  de  reais  anuais  ao  governo. [130]  Das  29
estações  planejadas,  24  estão  em  funcionamento,  ligando  o  centro  do  Plano  Piloto  (rodoviária)  ao  Guará,
Águas Claras, Taguatinga, Ceilândia e Samambaia. O Metrô do Distrito Federal  transporta  cerca  de  150  mil
usuários  por  dia. [131]  Em  1  de  fevereiro  de  2009,  entrou  em
funcionamento a integração dos sistemas de micro­ônibus e metrô,
com  bilhetes  eletrônicos. [132]  Ainda  está  em  implementação  o
projeto  Brasília  Integrada,  que  contempla  a  criação  de  corredores
especiais  para  ônibus  e  a  integração  destes  com  o
metropolitano. [133] Um novo terminal rodoviário interestadual  foi
inaugurado  em  julho  de  2010,  ao  lado  da  Estação  Shopping  do
metrô. [134]

A  capital  federal  é  a  cidade  com  maior  estrutura  cicloviária  do Estação Central do Metrô do Distrito


Brasil,  contando  com  440  km  de  ciclovias.  Brasília  e  São  Paulo Federal.
foram as cidades brasileiras que mais ampliaram a estrutura para
bicicletas  nos  anos  de  2013  e  2014,  mas  ambas  são  criticadas  por  falhas  e  pela  baixa  qualidade  das  vias
construídas ou demarcadas. [135]

Saúde
Segundo  informações  do  Instituto  Brasileiro  de  Geografia  e
Estatística,  Brasília  dispunha  de  um  total  de  1  756
estabelecimentos  de  saúde  em  2009,  sendo  148  públicos  e  1  608
privados, os quais dispunham no seu conjunto de 5 294 leitos para
internação, sendo que quase 3 700 são públicos. A cidade também
conta  com  atendimento  médico  ambulatorial  em  especialidades
básicas, atendimento odontológico com dentista e presta serviço ao
Sistema  Único  de  Saúde  (SUS). [136]  Em  abril  de  2010  existiam

Hospital de Base do Distrito Federal. 920  696  mulheres  em  idade  fértil  (entre  10  e  49  anos).  Brasília
contava  em  dezembro  de  2009  com  595  anestesistas,  7  205
auxiliares  de  enfermagem,  633  cirurgiões  gerais,  4  004  cirurgiões
dentistas,  1  729  clínicos  gerais,  2  745  enfermeiros,  530
farmacêuticos,  841  fisioterapeutas,  278  fonoaudiólogos,  1  371
gineco­obstetras, 146 médicos de família, 439 nutricionistas, 1 275
pediatras,  893  psicólogos,  223  psiquiatras,  465  radiologistas  e
2 551 técnicos de enfermagem. Em 2008 foram registrados 44 168
nascidos vivos, sendo que 7,5% nasceram prematuros, 51,6% foram
de partos cesáreos e 14,2% foram de mães entre 10 e 19 anos (0,6%
entre  10  e  14  anos).  A  taxa  bruta  de  natalidade  era  de  17,3  por
Hospital Sarah Kubitschek. 100 mil habitantes. No mesmo ano, a taxa de mortalidade infantil
era de 11,9 por mil nascidos vivos e a taxa de óbitos era de 4 por mil
habitantes. [137]

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A região administrativa de Brasília possui diversos hospitais públicos, como o Hospital de Base do Distrito
Federal  (HBDF),  o  Hospital  Regional  da  Asa  Norte  (HRAN),  o  Hospital  Regional  da  Asa  Sul  (HRAS),  da
Secretaria  de  Saúde  do  Distrito  Federal,  além  do  Hospital  Universitário  de  Brasília,  da  Universidade  de
Brasília  (UnB).  Algumas  das  demais  regiões  administrativas  também  possuem  hospitais  públicos  da
Secretaria  de  Saúde  do  Distrito  Federal,  em  um  total  de  12.  O  sistema  de  saúde  pública  da  capital  recebe
diferentes reclamações e críticas (como é comum no Brasil), principalmente por casos de mau atendimento,
desigualdade entre negros e brancos e ineficiência. [138] Por outro lado, Brasília tem um dos maiores projetos de
informatização do sistema de saúde no Brasil. [139] A Região Administrativa de Brasília possui quatro setores
hospitalares: Setor Hospitalar Local Norte (SHLN) ­ fim da Asa Norte; Setor Hospitalar Local Sul (SHLS) ­ fim
da Asa Sul;  Setor  Médico  Hospitalar  Norte  (SMHN)  ­  Zona  Central  Norte,  onde  está  o  HRAN;  Setor  Médico
Hospitalar Sul (SMHS) ­ Zona Central Sul, onde está o HBDF.

Quanto a doenças comuns, o Distrito Federal teve 3 147 ocorrências de dengue de janeiro a agosto de 2008,
quase duas vezes mais do que o registrado no mesmo período de 2007. [140] Brasília tem uma das maiores taxas
de ocorrência de câncer do Brasil. Em 2005, o Distrito Federal foi o recordista nacional de mortes de mulheres
por câncer de mama, e os novos casos não diminuiram no ano seguinte. [141] Também são numerosos os casos
de câncer de pulmão, devido aos altos índices de tabagismo. [142]

Cultura
Em Barcelona, Espanha, no dia 12 de dezembro de 2007, o
Bureau  Internacional  de  Capitais  Culturais[143]  nomeou Brasília *
Brasília  como  a  Capital  Americana  da  Cultura  para  o  ano
de  2008,  sucedendo  Cusco.  O  Bureau  promoveu  uma Património Mundial da UNESCO
votação  popular  que  elegeu  as  sete  maravilhas  do
Patrimônio  Cultural  Material  de  Brasília:  a  Catedral,  o
Congresso  Nacional,  o  Palácio  da  Alvorada,  o  Palácio  do
Planalto,  o  Templo  da  Boa  Vontade,  o  Santuário  Dom
Bosco e a Ponte JK. [144]

Os principais museus  da  cidade  estão  localizados  no  Eixo


Monumental. O Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo
Neves, projetado por Oscar Niemeyer em forma de pomba e
inaugurado  em  1986  traz  o  "Livro  dos  Heróis  da  Pátria"
Palácio da Alvorada à noite.
com  a  história  daqueles  que  teriam  lutado  pela  união  da
nação. [145]  O  Memorial  JK  apresenta  diversos  objetos
pessoais  (fotos,  presentes,  cartas)  e  o  próprio  túmulo  do País  Brasil
idealizador da cidade. [146] O Memorial dos Povos Indígenas Critérios i, iv
tem  como  objetivo  mostrar  um  pouco  da  riqueza  das Referência 445 (http://whc.unesco.or
culturas indígenas nacionais. [147] g/en/list/445)

Em  15  de  dezembro  de  2006,  foi  inaugurado  o  Complexo Região** Brasil
Cultural  da  República,  um  centro  cultural  localizado  ao Coordenadas 15º47'S 47º54'W
longo  do  Eixo  Monumental,  formado  pela  Biblioteca
Histórico de inscrição
Nacional  de  Brasília  e  pelo  Museu  Nacional  da
Inscrição 1987  (11.ª sessão)
República. [148] A Biblioteca Nacional de Brasília ocupa uma
área de 14 000 m², contando com salas de leitura e estudo, * Nome como inscrito na lista do Património

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auditório  e  uma  coleção  de  mais  de  300  000  itens. [149]  O Mundial. (http://whc.unesco.org/en/list)
** Região, segundo a classificação pela UNESCO. (h
Museu  Nacional  da  República  é  constituído  por  uma  área
ttp://whc.unesco.org/en/list/?search=&search_by_cou
de  14  500  m²,  dois  auditórios  com  capacidade  de  780 ntry=&type=&media=&region=&order=region)
lugares e um laboratório. O espaço é usado principalmente
para exibir exposições de arte temporárias. [148]

Fora  do  Eixo  Monumental,  existe  ainda  o  Museu  de  Arte  de  Brasília  que  conta  com  exposição  permanente
voltada  para  a  arte  moderna  e  o  Museu  de  Valores  do  Banco  Central. [150]  No  Setor  de  Diversões  Norte,  em
forma  de  uma  grande  pirâmide  irregular,  está  localizado  o  principal  teatro  da  cidade,  o  Teatro  Nacional
Cláudio  Santoro,  com  três  salas,  nomeadas  em  homenagem  a  Villa­Lobos,  Martins  Pena  e  Alberto
Nepomuceno. [151]

Brasília também realiza diversos eventos anualmente. No campo da moda, acontece a Capital Fashion Week,
evento que segue o exemplo do São Paulo Fashion Week e tenta divulgar nacionalmente as marcas e modelos
de Brasília e da Região Centro­Oeste. [152] O carnaval é marcado atualmente pelos desfiles de escolas de samba
e  blocos,  sendo  notadamente  influenciado  pelo  carnaval  do  Rio  de  Janeiro. [153]  Em  Ceilândia,  existe  o
Ceilambódromo  onde  se  pode  assistir  ao  desfile. [154]  Entre  as  escolas  de  samba  da  cidade  estão  a  ARUC  e
Acadêmicos da Asa Norte. [155]

Cinema
Na produção local de cinema,  destaca­se  o  diretor  Afonso  Brazza,
que  se  tornou  cult  graças  a  seus  filmes  policiais  de  baixo
orçamento. [156]

Outro  cineasta  radicado  na  capital  e  muito  conhecido  não  só  na


cidade  mas  em  todo  país  é  o  documentarista  Vladimir  Carvalho,
professor  de  cinema  da  Universidade  de  Brasília,  que  produziu  21
filmes  documentários,  parte  deles  sobre  a  própria  história  e
Abertura do 46º Festival de Brasília realidades  sociocultural  e  política  do  Distrito  Federal  e  de
do Cinema Brasileiro, em 2013.
Goiás. [157]

Anualmente acontece o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, realizado desde 1965, quando se chamava
Semana  do  Cinema  Brasileiro,  firmou­se  como  um  dos  mais  tradicionais  do  Brasil,  sendo  comparável  ao
Festival do Cinema Brasileiro de Gramado, no Rio  Grande  do  Sul,  porém  sempre  preservando  a  tradição  de
somente  inscrever  e  premiar  filmes  brasileiros,  princípio  que  nos  momentos  mais  críticos  da  história
cinematográfica brasileira foi abandonado por Gramado. [158]

Música
No final dos anos 1970, predominavam os ritmos regionais como o forró  e  a  música sertaneja;  nessa  época,
despontava no grupo Secos e Molhados  o  cantor  Ney Matogrosso,  que  fora  profissional  da  área  de  saúde  na
capital federal. No começo dos anos 1980, surgiram várias bandas de rock vindas de Brasília que despontaram
no cenário nacional, como Legião Urbana, Capital Inicial e Plebe Rude, todas com influência punk. Na mesma
época, um carioca criado em Minas Gerais, Oswaldo Montenegro, se tornava conhecido na cidade, montando
espetáculos de cujo elenco fazia parte Cássia Eller. [159]

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Nesta  mesma  época  surgiu,  paralelamente  ao  cenário  rock,  o


reggae  de  Renato  Matos  e  outros  movimentos  culturais  que
criaram  o  Projeto  Cabeças,  de  onde  surgiram  vários  artistas  de
Brasília. [160]  Na  década  seguinte,  despontaram  o  hardcore  dos
Raimundos e o reggae do Natiruts. Alguns músicos e cantores que
moraram em Brasília durante esse período foram Ney Matogrosso,
Zélia  Duncan  e  membros  da  Legião  Urbana  e  dos  Paralamas  do
Sucesso. [159] Banda Plebe Rude

Atualmente, Brasília conta com o Festival Porão do Rock, [161] que
tenta revelar novas bandas no cenário nacional. Este evento, lançado em 1998 na Concha Acústica a partir de
um  grupo  de  músicos  que  se  reunia  no  subsolo  de  um  prédio  comercial  em  uma  das  quadras  da  Asa  Norte,
ganhou, em 2000, sua primeira versão em maior escala no estacionamento do Estádio Mané Garrincha, onde é
realizado  desde  então.  Também  é  realizado  na  cidade,  anualmente,  o  Brasília  Music  Festival. [162]  Mais
recentemente, o choro vem ganhando adeptos em Brasília, resultando na criação de clubes de choro, como o
Clube  de  Choro  de  Brasília. [163]  Brasília  também  tem  se  firmado  no  hip  hop.  São  originarios  da  cidade  os
grupos Câmbio Negro, Viela 17, Guind'art 121 e o rapper GOG.

Patrimônio urbanístico
O  projeto  urbanístico  de  Brasília  foi  projetado  por  Lúcio  Costa,
vencedor do concurso de 1957 para o plano da Nova Capital, e teve
sua forma inspirada pelo sinal da cruz. [164] No entanto, o formato
da  área  é  popularmente  comparado  ao  de  um  avião.  Na
extremidade  noroeste  do  Eixo  Monumental  estão  os  edifícios
regionais,  enquanto  no  extremo  sudeste,  perto  da  costa  do  Lago
Paranoá,  estão  os  edifícios  do  governo  federal,  em  torno  da  Praça
dos Três Poderes, o coração conceitual de Brasília. A cidade é divida
O Eixo Monumental e a Esplanada
dos Ministérios vistos da Torre de em setores temáticos, como o de Habitações Coletivas, Comercial,
TV de Brasília. Hospitalar, Hoteleiro, Cultural e de Diversões. [165]

Lúcio Costa projetou o Eixo Monumental como uma área aberta no
centro da cidade onde se situa a Esplanada dos Ministérios. O gramado retangular da área é cercado por duas
amplas  vias  expressas,  que  formam  a  principal  avenida  da  cidade,  onde  muitos  edifícios  públicos,
monumentos e memoriais estão localizados. Este é o corpo principal do "avião" que forma da cidade. O Eixo
Monumental assemelha­se ao National Mall, em Washington, DC, e é a via pública mais larga do mundo, com
250  metros  de  largura. [166]  A  Praça  dos  Três  Poderes  é  um  amplo  espaço  aberto  entre  os  três  edifícios
monumentais  que  representam  os  três poderes  da  República:  o  Palácio  do  Planalto  (Executivo),  o  Supremo
Tribunal Federal (Judiciário)  e  o  Congresso Nacional (Legislativo).  Como  em  quase  todos  os  logradouros  de
Brasília,  a  parte  urbanística  foi  idealizada  por  Lúcio  Costa  e  as  construções  foram  concebidas  por  Oscar
Niemeyer com projetos estruturais de Joaquim Cardozo. [165]

Conjuntos habitacionais de baixo custo foram construídos pelo governo no Plano Piloto. As zonas residenciais
da cidade são organizados em "superquadras", que são grupos de edifícios de apartamentos, juntamente com
um  determinada  quantidade  e  tipo  de  escolas,  lojas  e  espaços  abertos.  No  extremo  norte  do  Lago  Paranoá,
separado do centro da cidade, há uma península com muitas casas de luxo e um bairro semelhante existe na
margem do Lago Sul. Originalmente, os planejadores da cidade imaginaram extensas áreas públicas ao longo

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das  margens  do  lago  artificial,  mas  durante  o  desenvolvimento  inicial  da  capital,  clubes  privados,  hotéis  e
residências de luxo ocuparam a área em torno da água. [167][168] Bem separados da cidade estão as suburbanas
cidades­satélites, que incluem Gama, Ceilândia, Taguatinga, Samambaia, Núcleo Bandeirante,  Sobradinho  e
Planaltina.  Estas  cidades,  com  exceção  de  Gama  e  Sobradinho,  não  foram  planejados  e  desenvolveram­se
naturalmente. [95] A capital do Brasil é a única cidade do mundo construída no século XX para ser premiado
(em  1987)  o  status  de  Patrimônio  Histórico  e  Cultural  da
Humanidade pela UNESCO, uma agência da ONU. [169]

A  cidade  tem  sido  aclamada  por  seu  uso  em  larga  escala  da
arquitetura  modernista  e  por  seu  plano  urbanístico  um  tanto
utópico. Após uma visita a Brasília, a escritora francesa Simone de
Beauvoir  se  queixou  de  que  todas  as  superquadras  da  cidade
exalavam  "o  mesmo  ar  de  monotonia  elegante". [170]  Apesar  de
algumas  falhas,  como  o  privilégio  dado  ao  transporte
Fotografia aérea da Asa Sul com
rodoviário, [171]  o  projeto  de  Brasília  produziu  uma  cidade  de
suas superquadras
qualidade relativamente alta de vida, em que os cidadãos vivem em
áreas  arborizadas,  com  esportes,  lazer  e  estrutura,  ladeadas  por
pequenas áreas comerciais, livrarias e cafés, a cidade é famosa por sua culinária e trânsito eficiente.

Mesmo estas características positivas provocaram alguma controvérsia, o que foi expresso no apelido de "ilha
da  fantasia",  indicando  o  forte  contraste  entre  a  cidade  e  as  regiões  vizinhas,  marcadas  pela  pobreza  e
desorganização das cidades do estado de Goiás, no entorno do Distrito Federal. Os críticos da grande escala de
Brasília têm a caracterizado como uma fantasia platônica modernista sobre o futuro. [172]

Panorama do Eixo Monumental no Plano Piloto.

Patrimônio arquitetônico
O edifício do Congresso Nacional do Brasil, tal como a maioria dos edifícios oficiais na cidade, foi projetado por
Oscar Niemeyer e Joaquim Cardozo seguindo o estilo da arquitetura moderna brasileira. Vistas desde o Eixo
Monumental, a calota à esquerda é a sede do Senado e a da direita é a sede da Câmara dos Deputados. Entre

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eles  há  duas  torres  de  escritórios.  O  Congresso  também  ocupa  outros  edifícios  no  entorno,  alguns  deles
interligados por um túnel. Na frente do prédio, há um grande gramado e um lago, enquanto do outro lado do
edifício  está  a  Praça  dos  Três  Poderes. [173]  O  paisagista  brasileiro  Roberto  Burle  Marx  projetou  os  jardins
modernistas de alguns dos principais edifícios da cidade. [174]

O Palácio da Alvorada é a residência oficial do Presidente do Brasil.
Concebido por Oscar Niemeyer com projeto estrutural de Joaquim
Cardozo  e  inaugurado  em  1958,  o  prédio  foi  uma  das  primeiras
estruturas  construídas  na  nova  capital,  localizado  sobre  uma
península  nas  margens  do  Lago  Paranoá.  O  espectador  tem  uma
sensação  de  olhar  para  uma  caixa  de  vidro,  aterrada  suavemente
sobre o solo, com o apoio externo de finas colunas. O edifício tem As hipóteses de cálculo do
engenheiro Joaquim Cardozo
uma área de 7 000 m² e tem três pisos, além de auditório, cozinha,
permitiram que as bases da Catedral
lavanderia,  centro  médico,  centro  administrativo,  quatro  suítes,
Metropolitana de Brasília (foto) e dos
dois  apartamentos  privados,  biblioteca,  piscina,  sala  de  música, principais palácios da capital federal
duas salas de jantar e várias salas de reunião. [175] apenas toquem o terreno, como
agulhas.[20]

O Palácio do Planalto é o local onde está localizado o Gabinete do
Presidente  do  Brasil,  sendo,  portando  a  sede  do  Poder  Executivo
federal. O palácio faz parte do projeto do Plano Piloto da cidade e
foi um dos primeiros edifícios construídos na capital. A construção
do edifício começou em 10 de julho de 1958 e obedeceu ao projeto
arquitetônico elaborado por Oscar Niemeyer e Joaquim Cardozo em
1956. A obra foi concluída a tempo de tornar o Palácio o centro das
Escultura Os Candangos, de Bruno
Giorgi, na Praça dos Três Poderes, festividades  da  inauguração  da  nova  capital,  em  21  de  abril  de
em frente ao Palácio do Planalto. 1960. [176]  O  Palácio  Itamaraty,  também  conhecido  como  Palácio
dos  Arcos,  outro  projeto  modernista  de  Niemeyer  e  Cardozo,  foi
inaugurado em 21 de abril de 1970 e é onde está localizado o Ministério das Relações Exteriores do Brasil. [177]

A Catedral de Brasília é outra obra idealizada pelo arquiteto Niemeyer e projetada pelo engenheiro estrutural
Joaquim Cardozo. Teve sua estrutura pronta em 1960, onde aparecia somente a área circular de 70 metros de
diâmetro da qual se elevam dezesseis colunas de concreto (pilares de secção parabólica), que pesam noventa
toneladas. Em 31 de maio de 1970, foi inaugurada oficialmente, já com os vidros externos transparentes. Na
praça  de  acesso  ao  templo,  encontram­se  quatro  esculturas  em  bronze  com  três  metros  de  altura,
representando os evangelistas; as esculturas foram realizadas com o auxílio do escultor Dante Croce, em 1968.
No interior da nave, estão as esculturas de três anjos, suspensos por cabos de aço. [178]

A  Ponte  Juscelino  Kubitschek  serve  como  ligação


entre o Lago Sul, Paranoá e São Sebastião  e  a  parte
central  do  Plano  Piloto,  através  do  Eixo
Monumental,  atravessando  o  Lago  Paranoá.
Inaugurada em 15 de dezembro de 2002, a estrutura
da ponte tem um comprimento de travessia total de
1 200 metros, largura de 24 metros com duas pistas,
cada  uma  com  três  faixas  de  rolamento,  duas
passarelas  nas  laterais  para  uso  de  ciclistas  e A ponte Juscelino Kubitschek.

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pedestres  e  comprimento  total  dos  vãos  de  720  metros.  Ela  foi  projetada  pelo  arquiteto  Alexandre  Chan  e
estruturada pelo engenheiro Mário Vila Verde. Chan ganhou a Medalha Gustav Lindenthal por este projeto. A
ponte é constituída por três arcos de aço assimétricos de 60 metros de altura que se cruzam em diagonal. Foi
concluída  a  um  custo  de  US$  56,8  milhões. [179]  Além  dos  edifícios  já  mencionados,  outros  grandes
patrimônios arquitetônicos da cidade são o Complexo Cultural da República, Memorial JK, Panteão da Pátria
e da Liberdade Tancredo Neves, Torre de TV, a sede da Procuradoria Geral da República, o Palácio do Buriti, o
Teatro  Nacional  Cláudio  Santoro,  além  várias  embaixadas  estrangeiras  que  criativamente  encarnam
características de sua arquitetura nacional.

Vista panorâmica da Praça dos Três Poderes: à esquerda (sul) o poder judiciário (Supremo Tribunal Federal),
no centro o poder legislativo (Congresso Nacional) e à direita a sede do poder executivo (Palácio do
Planalto).

Esportes
O  Distrito  Federal  é  sede  de  dois  clubes  de  futebol  reconhecidos
nacionalmente:  o  Brasiliense  Futebol  Clube  (de  Taguatinga)  e  a
Sociedade  Esportiva  do  Gama  (ou  simplesmente  Gama),  que
chegaram  a  participar  da  primeira  divisão  do  Campeonato
Brasileiro de Futebol, sendo que o melhor resultado da história foi o
vice­campeonato  do  Brasiliense  na  Copa  do  Brasil  na  edição  de
2002.

Estádio Nacional de Brasília Mané Os principais estádios de futebol são o Estádio Nacional de Brasília
Garrincha, uma das doze sedes da
Mané Garrincha, o Estádio Elmo Serejo Farias (Serejão) e o Estádio
Copa do Mundo FIFA de 2014.
Walmir Campelo Bezerra (Bezerrão). O Estádio Edson Arantes do
Nascimento (Pelezão) foi o primeiro e principal estádio da cidade à
época de sua inauguração, mas foi abandonado e demolido em 2009. Brasília foi uma das seis cidades­sede
dos  jogos  da  Copa  das  Confederações  de  2013  e  uma  das  doze  da  Copa  do  Mundo  de  2014,  cujos  jogos
ocorreram  no  Estádio  Nacional  de  Brasília  Mané  Garrincha.  Inicialmente,  a  FIFA  vetou  o  nome  "Mané
Garrincha" para as partidas da Copa das Confederações e da Copa do Mundo da FIFA, mas uma forte pressão
popular fez a entidade voltar atrás e reconhecê­lo como Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. [180]  O

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estádio  está  localizado  no  Complexo  Poliesportivo  Ayrton  Senna  (antigo  Setor  Esportivo),  um  dos  mais
complexos  centros  poliesportivos  do  Brasil  que  também  abriga  o  Ginásio  de  Esportes  Nilson  Nelson,  o
Autódromo Internacional de Brasília Nelson Piquet, entre outras estruturas. [181][182]

Por ser uma cidade localizada em altitude superior a mil metros do nível do mar, Brasília tem revelado atletas
de alto nível, corredores de fundo e meio fundo como: Joaquim Cruz e Hudson de Souza (800 e 1500 m rasos);
Carmem de Oliveira e Lucélia Peres (5 000, 10 000 e maratona); Valdenor Pereira dos Santos (5000 e 10 000
m); Marilson Gomes dos Santos (5000, 10 000, meia­maratona e maratona). No tênis, o principal torneio é o
Aberto  de  Brasília,  disputado  em  oito  quadras  da  Academia  de
Tênis Resort, às margens do Lago Paranoá. Com o fechamento da
Academia, o torneio que faz parte do ATP Challenger Tour, circuito
que  acontece  em  cerca  de  40  países,  com  178  eventos  atuais,  foi
transferido  para  o  Iate  Clube. [183]  No  basquete,  o  extinto  Lobos
Brasília, antigo representante da cidade, foi campeão da Liga  das
Américas,  tricampeão  da  Liga  Sul­Americana  e  tetracampeão  do
Campeonato  Brasileiro. [184]  Atualmente,  os  principais
representantes  da  cidade  no  esporte  são  o  Universo/Brasília
Ginásio Nilson Nelson. (disputa  o  NBB)  e  o  Cerrado  Basquete  (disputa  a  Liga  Ouro,  a
divisão de acesso). [185][186]

Brasília foi postulante a sede dos Jogos Olímpicos de Verão de 2000, mas teve sua candidatura retirada, [187] e
também  se  candidatou  a  Universíada  de  Verão  de  2017,  quando  perdeu  para  Taipé,  em  Taiwan. [35][188]
Escolhida também para sediar a Universíada de Verão de 2019, após a renúncia das duas outras candidatas
Baku e Budapeste poucos dias antes da escolha da sede do evento, [189] Brasília declinou da escolha em 21 de
janeiro de 2015, sob a justificativa que a cidade não teria condições financeiras de sediar o evento. [190]

Ver também
História do Brasil
Patrimônio da Humanidade
VLT de Brasília
Naturais de Brasília
Esculturas de Brasília

Notas
1.  O Distrito Federal não pode ser dividido em municípios, conforme a Constituição Federal de 1988. Contudo,
para efeitos práticos, Brasília é considerada uma cidade.[9][11][12]
2.  Esta tabela mostra a evolução da população do Distrito Federal, ou seja, do conjunto de todas as regiões
administrativas.
3.  Órgão integrante do Poder Judiciário da União, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios é
um tribunal único entre as unidades federativas. Conforme estabelecido na Constituição Federal de 1988,
em seu art. 21, XIII ­ compete à União, organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a
Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios.[87]

Referências
1.  Correio Braziliense (11 de outubro de 2014). «Amanhã é dia da padroeira da capital federal: festa na
Esplanada» (http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2014/10/11/interna_cidadesdf,45195
9/amanha­e­dia­da­padroeira­da­capital­federal­festa­na­es). Correio Braziliense. Consultado em 23 de
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bras%C3%ADlia 24/34
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2.  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). «Base de dados por municípios das Regiões
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Ligações externas
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Governo do Distrito Federal (http://www.df.gov.br)
Brasília (http://WikiMapia.org/#lat=­15.784325&lon=­47.861252&z=12&l=9&m=a&v=2) no WikiMapia

A cidade de Brasília inclui o sítio "Plano Piloto de Brasília", Património
Mundial da UNESCO.

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