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Tribunal de Justiça de Minas Gerais
ACÓRDÃO
NOTAS TAQUIGRÁFICAS
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VOTO
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Aduz, ainda, que, "no que diz respeito à indenização por danos morais, deve
ser afastada a pretensão do autor, visto que a ocorrência de evicção não
enseja danos morais, pois embora traga aborrecimentos e contrariedade
para o evicto, não constitui agressão à dignidade humana" (sic, f. 479).
"POSTO ISTO, e de tudo o mais que dos autos consta, julgo parcialmente
procedente o pedido formulado na presente AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR
DANOS MATERIAIS E MORAIS ajuizada por EURIPEDES ARRUDA ROSSI
em desfavor de FRANCISCO CARLOS ARRUDA para condenar o réu: a
restituir ao autor o preço pago pelo imóvel perdido, no valor de R$65.729,80
(sessenta e cinco mil, setecentos e vinte e nove reais e oitenta centavos),
acrescido de correção monetária pelo INPC desde 10/01/2003 e de juros
legais de 12% ao ano a partir da citação até a data do efetivo pagamento; e,
a pagar ao autor os aluguéis que este deixou de receber, a partir de
16/04/1999 até a data da efetiva restituição do preço do imóvel, no valor de
R$300,00 (trezentos reais), acrescido de correção monetária pelo INPC a
contar de cada vencimento (último dia do mês subseqüente) e de juros legais
de 12% ao ano desde a citação até o efetivo pagamento." (sic, f. 488).
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Alega que, além de já ter sido afastado por este Egrégio Tribunal de Justiça
(julgamento da apelação cível nº 512459-4 - ação de reintegração de posse
c/c perdas e danos, processo nº 0702.96.021244-8) o dever do apelante
principal de indenizar o apelante adesivo pelos lucros cessantes pleiteados, o
que, por si só, já implicaria em ofensa à coisa julgada, a manutenção de sua
condenação ao pagamento do valor relativo aos aluguéis do imóvel, bem
como os acréscimos (juros e correção monetária) decorrentes do valor pago,
traduz-se em um verdadeiro bis in idem.
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pagamento', dentre outras, que sempre macularam sua honra" (sic, f. 514),
motivo pelo qual, devida se mostra a condenação do apelante principal a
indenizar o apelante adesivo pelos danos morais por este sofridos.
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recebido pelo imóvel este devidamente corrigido pelo INPC e juros de mora
de 6% (seis por cento) ao ano, ambos a contar da data do pagamento, e o
Banco Econômico S/A a reembolsar o valor que o primeiro denunciado
desembolsar em decorrência desta ação, mais o valor pago pela
arrematação, devidamente corrigido pelo INPC, acrescidos de juros de mora
de 6% (seis por cento) ao ano, ambos a contarem da data do depósito da
arrematação, excluindo os ônus da sucumbência, por inexistir relação de
direito material entre os denunciados e as suplicantes." (sic, f. 917).
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De acordo.
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- Mérito:
-Lide Principal
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"Que aludido imóvel, por seu anterior proprietário, já havia sido vendido para
Neide de Lima e Adalgisa de Lima, em data de 13.08.1.982, cuja Escritura
Pública de Compra e Venda somente em 05.07.1.985 veio a ser registrada
junto a autoridade competente.
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Ademais, também não há que se falar em bis in idem no presente caso, vez
que, conforme disposto no já citado art. 1109 do Código Civil/1916, salvo
estipulação em contrário, tem o evicto direito tanto a restituição integral do
preço que pagou, como dos eventuais prejuízos que diretamente resultarem
da evicção.
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Por isso, dito dano só prescinde de comprovação nos casos em que decorre
de atos ou fatos potencialmente danosos, como a morte de um filho,
acusações caluniosas, uma injúria ou a indevida inscrição em cadastros de
inadimplentes.
Neste sentido vem a calhar a lição de Carlos Alberto Bittar quando afirma em
sua obra "Reparação Civil por Danos Morais", RT, 2.a ed., p. 130:
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(...)
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De acordo.
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De acordo.
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- Lide Secundária
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Art. 1.108. Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção
(art. 1.107), se esta se der, tem direito o evicto a recobrar o preço que pagou
pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção ou, dele informado, o não
assumiu."
III - àquele que estiver obrigado, pela lei ou pelo contrato, a indenizar, em
ação regressiva, o prejuízo do que perder a demanda."
Ainda, em que pese não ser a legislação aplicável à espécie, observa-se que
o novo Código Civil, em seu art. 447, já prescreve que a evicção também
ocorre mesmo nos casos em que a alienação tiver ocorrido por hasta pública,
circunstância esta que, como acima transcrito, não era prevista no código
civil de 1916, repita-se, vigente à época da arrematação em que o apelante
principal adquiriu o imóvel objeto da evicção. Portanto, resta saber se é
possível denunciar à lide pela evicção quando a transferência do bem
decorreu de arrematação em hasta pública, ocorrida na vigência do CC/1916.
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Por óbvio que está excluída tal hipótese no caso do art. 1.117, inc. II, 2ª
parte, do CC/1916, quando soubesse que a coisa era alheia ou que estivesse
litigiosa, o que não é o caso do imóvel em questão, segundo
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cessantes, como no que diz respeito ao valor pago pelo imóvel perdido em
razão da evicção.
- Dispositivo:
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De acordo.
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