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All content following this page was uploaded by Rogerio Saad Vaz on 18 May 2017.
Resumo
1
Doutora em Educação pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Coordenadora de Educação a Distância na
Faculdades Pequeno Príncipe (FPP). E-mail: gabriela.possolli@fpp.edu.br
2
Acadêmico do segundo ano de Psicologia da Faculdades Pequeno Príncipe. Bolsista de Iniciação Científica
pela Fundação Araucária.
3
Acadêmica do segundo ano de Psicologia da Faculdades Pequeno Príncipe. Colaboradora da coordenadoria de
Educação a Distancia. E-mail: raquel.lima@fpp.edu.br.
4
Doutor em Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Coordenador do Curso de Biomedicina na Faculdades Pequeno Príncipe (FPP). E-mail: rogerio.vaz@fpp.edu.br
ISSN 2176-1396
28339
Introdução
Referencial Teórico
mundo, tornando a realidade e cada vez mais próxima da ideia do que Castells (2000) chama
de aldeia global. “Com o surgimento da rede digital e do ciberespaço no último quinto do
século XX, é que seria explicitada a centralidade ontológica da virtualização e do virtual
como um traço ineliminável da práxis humanosocial” (ALVES, 2002, p.13).
“O ciberespaço provoca uma mudança no esquema clássico da comunicação (emissor-
meio-receptor), pois dá ao meio o caráter híbrido de emissor-receptor que interage com os
usuários, levando a comunicação para a esfera do infoterritório” (POSSOLLI, 2012, p.74). A
partir dos avanços educacionais no contexto do ciberespaço e da ampliação da utilização da
internet criaram-se as condições propícias para o surgimento dos Ambientes Virtuais de
Aprendizagens (AVAs).
Esses ambientes são softwares disponibilizados online que facilitam a interação entre a
equipe pedagógica e os aprendizes em ações educativas mediadas por tecnologias digitais,
simulando “ambientes presencias de aprendizagem com o uso das TICs” (ARAÚJO JUNIOR;
MARQUESI, 2009, p.358). Um ambiente virtual de aprendizagem pode ser definido como
um portal que congrega ferramentas de software que viabilizam a comunicação
multidirecional, permitindo interações individuais e coletivas entre os participantes no
processo educativo. Nesses ambientes os recursos da internet são reunidos, mediante o
conceito de convergência de mídias, como ferramentas pedagógicas facilitadoras do processo
de inovação pedagógica.
Na última década cresceu significativamente a quantidade de IES que passaram a
adotar AVAs para mediação pedagógica, tanto para a viabilização da modalidade
semipresencial quanto para apoio às ações que ocorrem presencialmente, buscando extrapolar
e complementar o tempo e espaço de sala de aula. Com base em estudos sobre a utilização de
AVAs em IES, Schelemmer (2005) listou alguns benefícios da sua utilização do ponto de
vistas da IES, dos docentes e dos discentes que foram organizados em forma de quadro:
A experiência docente
se tornam “um grande aliado para a comunicação e aprendizado de todos“. Observa-se que
mesmo com o conhecimento em construção sobre o AVA os professores têm certeza a
respeito dos potenciais do sistema e do ganho na utilização das ferramentas do AVA para a
disciplina de TCC e outras práticas acadêmicas.
A Experiência Discente
tempo que teve de ser congruente com os horários de estágios; a falta de conhecimentos dos
componentes do grupo sobre o tema não gerou sugestões satisfatórias ou pontuais.
Ao abordar sobre como essa apresentação influenciou na finalização de seus trabalhos,
além de reforçarem as relevâncias das opiniões e dicas que receberam, os acadêmicos
adicionaram que chegaram a “uma melhor estruturação“, tendo incentivo para confecção de
apresentações de slides e organização do cronograma de maneira mais eficiente. Duas
respostas (8%) declararam que a apresentação não influenciou na finalização dos TCCs.
Na questão relativa à comparação do processo de orientação e produção dos TCCs
com a utilização de AVA e sem a utilização de AVAs, as respostas foram classificadas em
três categorias: respostas positivas em relação à utilização do AVA, respostas imparciais
(apontaram em sua análise aspectos “positivos“ e “negativos“) e respostas negativas (onde as
orientações e organização do TCC sem a utilização do AVA se sobressai ao processo com
AVA). Foram 16 contribuições (64%) na categoria de respostas positivas. A análise dessas
respostas apontou como principal vantagem (13 respostas das 16) a organização de
cronograma e roteiro para o TCC indicando como estes se tornam mais claros e acessíveis na
plataforma AVA. Outros aspectos onde a utilização do AVA se sobressai à forma tradicional
de orientação e organização de TCC, segundo os acadêmicos, são: a plataforma de
comunicação que não mistura mensagens pessoais e mensagens da instituição de ensino
(como ocorreria no e-mail pessoal), a comunicação facilitada com os orientadores,
coordenadores de curso e com o coordenador de curso (visto que todos os envolvidos estão no
mesmo ambiente, sendo possível apenas selecionar o nome dos interessados nas mensagens
para comunicar-se, além da realização de chats e fóruns); gera segurança de entrega dos
trabalhos parciais (eles indicam que de outra forma as entregas parciais seriam feitas com
protocolamento na secretaria da faculdade ou por e-mails — segundo eles uma ferramenta
não segura de entrega, além disso as devolutivas do orientador também ficam registradas).
Cinco respostas (20%) foram adicionadas à categoria de respostas imparciais, estas
indicaram potencialidades em relação a utilização do AVA e também questões indiferentes,
concluindo que um procedimento não apresenta vantagem ou desvantagem em relação ao
outro. Eles indicaram que a organização de datas, caso não fosse utilizado AVA, teria
ocorrido por e-mail, sendo que a utilização do AVA nesse ponto não apresenta vantagem
sobre a forma sem AVA. Uma resposta foi adicionada como imparcial por indicar vantagens
tanto da utilização do AVA quanto da não utilização: “Sem o AVA a comunicação, pelo
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menos entre eu e a minha orientadora, ocorreria de forma recíproca e objetiva. Mas acredito
que o sistema permitiu uma maior organização de informações e avisos a serem repassados.
As respostas categorizadas como negativas (4 respostas), indicam que a não utilização
se sobressai a utilização do AVA, são elas: “o sistema é difícil e instável“, “ferramenta
confusa“, além de indicarem que os professores e orientadores não teriam conhecimento da
utilização “correta“ da plataforma. Segundo Possolli e Zibetti (2014) estratégias para a
capacitação docentes têm relevância visto que “um dos desafios postos para que ações a
distância via TICs se efetivem nos cursos de gradução é a inclusão digital“ (p.212), a carência
da inclusão digital dos docentes limita o aproveitamento do uso de ferramentas presentes no
AVA. Devido a não frequência de acesso as informações de datas e entregas se tornam não-
constantes e “passam despercebidas”. Em relação à qual forma de utilização era melhor uma
resposta indicou: “Melhor sem a utilização, visto que a ferramenta é confusa e os professores
de TCC ainda não sabem utilizá-la de modo correto. O material de apoio fica em local
complicado de se encontrar e organizar”
Na quarta questão, os acadêmicos deveriam apontar vantagens e o que mudar a
respeito da ferramenta. Em relação às vantagens, questões referentes ao calendário e a
informações (orientações gerais e específicas para o desenvolvimento do TCC) foram
apontadas como importantes para a organização dos próprios alunos na construção do
trabalho. Aspectos como a padronização de um lugar próprio para o envio dos arquivos
parciais e finais e estipulação de uma data limite, também gerou comentários como vantagem
da utilização do AVA (em relação ao método presencial), a subtração de 20% da nota após a
data limite, também obteve sucesso para os alunos no método de ensino de EAD. Diferentes
modos de trocas de informações, um só ambiente de comunicação, redução de custos,
facilitação de interações e ampliação de possibilidades de aprendizagem significativa também
são vantagens da utilização AVA. (POSSOLLI, 2012).
O uso de várias mídias, possibilitado pelo AVA também é uma vantagem significativa,
segundo Fahy (2004, apud PEREIRA; SCHMITT; DIAS, 2007) estas vantagens incluem a
promoção do desenvolvimento de habilidades, a formação de conceitos e faculta a individualidade
— o estudante pode administrar seu tempo. Outra questão importante neste processo, seria o
feedback do orientador para os alunos em atividades desenvolvidas, o que estimula
significativamente resultados a partir das metas estabelecidas (ABREU-e-LIMA; ALVES, 2011).
28347
Considerações Finais
REFERÊNCIAS
em: <http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2006/anaisEvento/docs/CI-260-TC.pdf>.
Acesso em 12 mar. 2015.
MOORE, M. G., KEARSLEY, Greg. Educação a distância: uma visão integrada. São Paulo:
Thomson Learning, 2007. 398p.