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1ª Jurisprudência:

Tribunal de Minas Gerais TJMG

Número do processo: 1.0702.09.567849-7/002

Númeração 5678497-

Relator: Des.(a) Vanessa Verdolim Hudson Andrade

Relator do Acordão: Des.(a) Vanessa Verdolim Hudson Andrade

Data do Julgamento: 15/04/2014

Data da Publicação: 23/04/2014

EMENTA: AÇÃO CIVIL PÚBLICA - I. ADOÇÃO - GUARDA PROVISÓRIA -


DESISTÊNCIA DA ADOÇÃO DE FORMA IMPRUDENTE – DESCUMPRIMENTO
DAS DISPOSIÇÕES DO ART. 33 DO ECA - REVITIMIZAÇÃO DA CRIANÇA
REJEIÇÃO - SEGREGAÇÃO – DANOS MORAIS CONSTATADOS - ART. 186 C/C
ART. 927 DO CÓDIGO CIVIL - REPARAÇÃO DEVIDA - AÇÃO PROCEDENTE -
II. QUANTUM INDENIZATÓRIO - RECURSOS PARCOS DOS REQUERIDOS -
CONDENAÇÃO INEXEQUÍVEL - MINORAÇÃO – SENTENÇA PARCIALMENTE
REFORMADA.

COMENTÁRIO:

O primeiro caso diz respeito a um processo de adoção onde já encontrava na


fase de guarda. Houve a devolução por parte dos pais adotantes e, diante disso, o
Ministério Público, postulou pelo ressarcimento civil, com a condenação por danos
morais em favor da criança em questão. Aduziram inicialmente que a desistência se deu
de maneira irresponsável, causando indiscutíveis danos ao adotado.
O MP, em sua fundamentação, alegou que:

O ilícito que gerou a reparação não foi o ato em si de desistir da


adoção da criança, mas o modus operandi, a forma irresponsável
que os requeridos realizaram o ato, em clara afronta aos direitos
fundamentais da criança, bem como ao que está disposto no art.
33 do Estatuto da Criança e do Adolescente. Assim, pode haver
outra situação em que a desistência da adoção não gere danos
morais à criança, no entanto, não é este o caso dos autos.
O juízo de primeiro grau julgou parcialmente procedente a pretensão do MP e,
por conseguinte, condenou os demandados a reparar os danos morais causados à
favorecida criança a quantia de R$15.000,00 (quinze mil reais).
Inconformadas, as partes interpuseram recurso de apelação. Alegaram que não
agiram com má fé ou com irresponsabilidade, inclusive que agiram com cuidado com a
criança enquanto estavam com ela. Afirmam que durante o estágio de convivência não
houve afinidade entre eles e a criança, principalmente no tangente à ‘’raça’’, uma vez
que a criança é branca e os apelantes são negros. Sustentaram que a criança começou a
apresentar comportamentos contrários aos valores que tanto prezam. Complementaram
que não conseguiram se afeiçoar ao adotado. Afirmavam sentir dó dela, mas não amor.
Elucidaram ainda que a criança estava realizando pequenos furtos na escola e que isso
assustou muito o casal.
O segundo grau concluiu por dar parcial provimento ao recurso, excluindo a
responsabilização civil pelos até então adotantes. O juízo pontuou que deferimento da
adoção poderia ocasionar danos contínuos a criança por estar em uma família incapaz
de lhe dar afeto e contribuir para seu desenvolvimento psicossocial.
O tribunal concluiu ainda que não ficou caracterizada qualquer evidência
probatória de que os ora apelante tenham praticado qualquer espécie de conduta que
molestasse a integridade física ou psíquica da criança.
2ª Jurisprudência:

Tribunal de Minas Gerais TJMG

Número do processo: 1.0481.12.000289-6/002

Númeração 0002896-

Relator: Des.(a) Hilda Teixeira da Costa

Relator do Acordão: Des.(a) Hilda Teixeira da Costa

Data do Julgamento: 12/08/2014

Data da Publicação: 25/08/2014

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO CIVIL PÚBLICA - INDENIZAÇÃO -


DANO MATERIAL E MORAL - ADOÇÃO - DESISTÊNCIA PELOS PAIS
ADOTIVOS - PRESTAÇÃO DE OBRIGAÇÃO ALIMENTAR – INEXISTÊNCIA -
DANO MORAL NÃO CONFIGURADO - RECURSO NÃO PROVIDO.

COMENTÁRIO:

Este é o caso de Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público do Estado
de Minas Gerais, objetivando a condenação dos requeridos na obrigação de indenizar os
danos morais e materiais, no importe de cem salários mínimos, além da prestação de
alimentos, equivalente a cinco salários mínimos mensais, que deverá perdurar enquanto
viver o alimentário, independente dele vir a ser colocado em nova família substituta, em
razão de suposto abandono afetivo e desistência imotivada da adoção do menor.

O Ministério Público relata que a genitora do menor o entregou para adoção


após o seu nascimento, tendo os requeridos protocolizado o pedido de adoção e obtido a
guarda provisória do menor. Afirma que o menor, em setembro de 2008, foi
diagnosticado portador de doença congênita, fato este que provocou que os requeridos,
depois de estarem mais de dois anos em companhia da criança, desistiram da adoção e
devolveram a criança.

O juízo de primeiro grau concluiu por indeferir o pedido do Ministério Público,


isentando os requeridos de responsabilização civil.
O Ministério Público apelou, aduzindo que a forma com que os apelados
agiram permitiu à exposição de sérios danos ao adotado.

Pontuou o Tribunal que:

A respeito da devolução do adotado, há de se fazer a ressalva de


que, muito embora tenha o legislador estatutário declarado ser a
adoção um ato irrevogável, ela faz parte da realidade de nossas
Varas da Infância e da Juventude.

O Tribunal deu parcial provimento ao recurso para condenar os apelados no


pagamento de dano moral no importe de 3 (três) salários mínimos, uma vez que os
apelados comprovaram renda de aproximadamente R$: 1.800,00 (mil e oitocentos)
reais. Fundamentou que, uma vez os adotantes arrependidos, dadas as particularidades
que cercam o caso, devem estes responder por danos morais. Quanto aos pedidos de
alimentos provisórios ou obrigação alimentar, relata que, diante do processo de (re)
colocação do menor em família substituta, com deferimento de guarda provisória,
felizmente, diga-se, não subsistem motivos para seu deferimento.
3ª Jurisprudência:

Tribunal de Santa Catarina

Classe: Apelação Cível

Processo: Sigilo

Relator: Monteiro Rocha

Data: 2005-10-13

Apelação cível n. , de Lages.

EMENTA: DIREITO CIVIL - FAMÍLIA - MENOR - DESISTÊNCIA DO PODER


FAMILIAR - VALIDADE - IMPROCEDÊNCIA - IRRESIGNAÇÃO -
ARREPENDIMENTO DOS GENITORES ANTES DA ADOÇÃO - ALEGAÇÃO
AFASTADA - IRRENUNCIABILIDADE E INDELEGABILIDADE - NULIDADE
RECONHECIDA - TERCEIRO NA GUARDA PROVISÓRIA DA CRIANÇA -
PROTEÇÃO DESTA - RECURSO PROVIDO - SENTENÇA REFORMADA.

COMENTÁRIO:

Os requerentes (adotantes) ajuizaram Ação de Anulação de Ato Jurídico,


objetivando a anulação da desistência de paternidade realizada pelos mesmos. Aduziram
arrependimento, postulando pela revogação da colocação da filha menor em família
substituta e a procedência da ação para anular a desistência de paternidade, revogando a
adoção da menor, devolvendo-a ao convívio familiar.

O juízo de primeiro grau indeferiu o pedido, julgando improcedente o pedido


formulado na inicial e declarando válida a renúncia do poder familiar manifestada.

Irresignados com a prestação jurisdicional, os autores interpuseram recurso,


objetivando a reforma da sentença para julgar procedente o pedido inicial.

O juízo de segundo grau observou a ausência do procedimento judicial de


destituição do poder familiar, não tendo os pais da criança efetivamente perdido o poder
familiar. Dispôs que pedido inicial deveria ter sido julgado improcedente, como na
realidade o foi, porém que o fundamento para essa improcedência deveria estar na
nulidade da desistência dos apelantes ao poder familiar sobre a menor.
Conheceu o juízo do recurso e, declarou ‘’nula a suposta" desistência do poder
familiar.

CONCLUSÃO: Da análise dos casos em questão, percebe-se que, ainda


que o nosso legislador tenha promulgado que é irrevogável a adoção, vemos que, com a
realidade das varas de família do brasil, tal feito não há como se manter incólume.
Inobstante aos prejuízos causados para a criança, pode ser possível a
postulação de ação de ressarcimento de danos em favor da criança qual teve a guarda
revogada, no entanto, nem sempre este é o entendimento do juízo.

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