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24/02/2019 GEOSOFIA

GEOSOFIA
A GEOGRAFIA SAGRADA -GEOSOFIA- É A CIÊNCIA DO PARAÍSO, A MARCA DA CONSTRUÇÃO DO REINO
DIVINO, A EDIFICAÇÃO DO MESOCOSMO, O CAMPO DAS HARMONIAS DO CÉU E DA TERRA.

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SEGUNDA-FEIRA, 18 DE SETEMBRO DE 2017

O Hemisfério Sul precisa ser rebatizado!

Eis que todo o Hemisfério Sul do planeta foi nomeado em função de simples
toponímias geográficas, e ainda tendo sempre o Norte por referência, sem nada
de próprio ou original.
Eis uma pauta, portanto, a ser incorporada por todos os Movimentos
Meridionalistas que se prezem. Afinal, permanece crítica a situação de
dependência deste Hemisfério em relação ao Norte, e a renomeação das terras
austrais pode sinalizar um movimento de emancipação. Senão, vejamos.

A América “do Sul” é quase um apêndice (também dito “subcontinente”) na


História original da América “do Norte”, onde os estadunidenses também são
soberbamente chamados de “norte-americanos” e o seu país de “América” mundo
afora...

“Austrália” significa meramente “o Continente do Sul”, por estar exclusivamente no


Hemisfério Meridional ou Austral do planeta.

E “Antártica” designa apenas o anti-Ártico, à maneira dos caricatos (e


monstruosos) “Antípodas” que povoariam este Hemisfério no imaginário dos
antigos europeus (tal como ilustram esta matéria).

E nem falemos das lendas da Terra Plana, cujas origens possuem ilações
cosmológicas, sendo daí tema para uma outra ocasião,

Não obstante, o Hemisfério Austral possui grande


importância (pese o seu número diminuto de terras), em
todos os “três cosmos”. Vejamos, então:

No Macrocosmo, é nele que situa-se o Polo Magnético do planeta -embora a


bússola ocidental se valha disto para localizar o seu Norte setentrional, diferente
do que faziam os chineses que a inventaram.

No Mesocosmo, a Civilização tinha no Peru tanta antiguidade quanto a da


Mesopotâmia ou Egito.

E no Microcosmo, foi nele também que surgiu o próprio homo sapiens, na “África
Austral”.

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24/02/2019 GEOSOFIA

E sabe-se lá, enfim, quanta coisa mais no passado, no presente e no futuro...

Luís A. W. Salvi é filósofo holístico e autor polígrafo com cerca de 140 obras, e na última década
vem se dedicando especialmente à organização da "Sociologia do Novo Mundo" voltada para a
construção sócio-cultural das Américas.
Caral, Peru
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QUARTA-FEIRA, 10 DE MAIO DE 2017

O Setentrionismo na Teosofia: desvio ou realidade?

Teria a Teosofia nascido num período de evolução setentrional natural do mundo, ou será que as ideias
teosóficas foram influenciadas pelo setentrionismo ideológico? Eis uma pergunta que não pode calar.
Ao lado das suas três proposições básicas –formar um núcleo da fraternidade humana, estudar os textos
sagrados e pesquisar os poderes secretos do homem e da Natureza-, duas coisas sobretudo afamaram a
doutrina teosófica: a ideia dos Mahatmas e a questão das raças-raízes. E é nesta última que se acham
alguns dos fatores mais polêmicos da moderna teosofia, em função de tudo o que envolve a ideia de “raça”.
Talvez tenha passado amplamente desapercebido, que uma das razões do enorme sucesso da Teosofia, se
devesse justamente ao caráter essencialmente setentrionismo da sua doutrina. Quer dizer: as pessoas
estavam celebrando uma filosofia que lhes dizia que o seu próprio tempo e lugar estavam na crista da
evolução do mundo...

Não obstante, apesar dos esforços por formular e organizar os ciclos do mundo e da humanidade, através de
uma autodefinida “Astrologia Esotérica”, é público e notório que a Teosofia jamais forneceu uma astrologia
realmente palpável, científica e tradicional ao mundo. Ainda assim, suas concepções vagas e confusas
serviram aos propósitos imediatos da instituição, de exaltar o setentrionismo. Afinal, aquilo que estava claro
ali, é que o Norte ainda carregaria longamente o facho da evolução do mundo. Outras regiões tiveram ou
ainda teriam a sua vez, mas por muito tempo ainda –na verdade, um tempo quase atemporal das ideias
teosóficas-, o Norte ainda seria o seu porta-voz.

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Para sustentar estas posições, a Teosofia teve nada menos do que... contestar frontalmente a Ciência,
naquilo que diz respeito à evolução humana. Antropologia e paleontologia foram indiscriminadamente
misturadas, resultando num misticismo que mais afasta do que aproxima o grande objetivo sintético da
Sociedade Teosófica de “promover a síntese entre ciência, religião e filosofia.” O estreitamento com as
religiões do Oriente emprestava um certo álibi setentrionista, mesmo porque também ali as concepções
astrológicas costumam ser vagas, sobretudo no hinduísmo e no budismo.

Na verdade, em quase toda parte a imprecisão dos ciclos tradicionais é hoje mais
regra que exceção, e a neo-teosofista Alice A. Bailey assume isto como uma
fatalidade, ou uma necessidade por “medida de segurança”. Através de uma
grande síntese de informações, contando também com os recursos da Ciência, é
possível alcançar porém um panorama bem diferente das coisas.

Afinal, a escora dos ciclos védicos não se sustenta de


todo, e o próprio “Glossário Teosófico” (em boa parte
organizado após H.P.Blavatsky) acabou trazendo chaves para os ciclos
tradicionais e -estes sim- científicos. Se resgata daí o baluarte do Grande Ano de
Platão e seus hemiciclos, chamados corretamente pelo astro-mundialista Andre
Barbault de “o dogma máximo da astrologia”. E com isto se teria uma aproximação
entre as ideias de raças e de rondas mundiais.*
Também seria possível apelar para os importantes ciclos de cinco mil anos,
buscando avaliar a evolução espiritual da própria raça árya, ciclo este que estaria
em plena transição na atualidade, já que maias e hindus definiram o seu começo
há cinco mil anos. Aqui, começamos a tratar o tema em termos de cultura, isto é,
antropologia, mas ainda relativamente ligadas às raças e seus continentes.
Ora, as caraterísticas mais pontuais da civilização árya (como é a Civilização) não
excedem este período de cinco mil anos, na chamada “Idade dos Metais” da
Ciência. E o mesmo se pode dizer no tocante à raça atlante, como cultura da
religião e da agricultura, no chamado Neolítico da Ciência. E assim se poderia
prosseguir, apesar das mudanças anteriores serem cada vez mais sutis e
subjetivas. Então, se a “raça” possui cinco mil anos, os subciclos áryos já se
encontram esgotados, e a nova raça raiz, anunciada para todas as Américas,
também se acha vigente.

Raças ou culturas étnicas?

Deste modo, em nenhuma hipótese toca protelar a evolução meridional na Nova Era; sob a suspeição de
portar um colonialismo sutil. Na melhor das hipóteses, o setentrionismo foi extremamente exagerado na
Teosofia de Blavatsky e seus seguidores. Por isto, caberia discordar da afirmação de Alice A. Bailey de que “a
astrologia esotérica representa na atualidade a mais pura manifestação da verdade esotérica”. Mesmo
porque, tampouco Bailey fez grandes esforços para ajustar as coisas, pelo contrário, o eurocentrismo chega
por vezes quase a recrudescer ali...
De forma algo providencial, cedo começaram os esforços para se criar uma
teosofia meridional e brasileira, através daquela entidade atualmente conhecida
como Sociedade Brasileira de Eubiose. Infelizmente, a Eubiose tampouco realizou
esforços objetivos no campo da astrologia esotérica, mas trouxe uma nota mais
local ao enfatizar a Geografia sagrada, mesmo que amplamente envolta em mitos
ainda, que fora amplamente ignorada na “teosofia original”, fora das formulações
sobre “raças-raízes”. Naturalmente, o “sucesso” social no país da Eubiose se
deve basicamente ao mesmo umbilicalismo que afamara anteriormente a
Teosofia, desta vez focalizada no Sul (Brasil). Atualmente é a Escola Agartha que
assume este bastão, para auxiliar o processo vigente da transição planetária.

Afinal, este Sétimo Continente que é a América do Sul, está destinado a sediar a
Era de Aquário; como afirmam sábios como Serge Raynayud de la Ferrière e a
mensageira Elizabet Clare Prophet. O Martinismo, espécie de teosofia francesa,
também decidiu investir neste Meridionismo. E a ciência da Geosofia, a Geografia O marco de Itaparica, Eubiose
sagrada, representa a doutrina-mãe para credenciar esta manifestação final da luz
na Terra.

* Pois se as raças-raízes possuem 12 mil anos (contra o mito teosófico de um milhão de anos), isto nos lança ao começo
da evolução superior do homem há 50 mil anos (segundo os dados da Ciência), por estarmos “no final da quinta raça-raiz.”
O começo destes hemiciclos se daria em Câncer e Capricórnio (“porta dos homens” e “porta dos deuses”), de modo que
rumamos para uma renovação, e toda a Era de Aquário pode ser considerada como transição. Surge então a questão das
sub-raças, naturalmente atreladas às eras e aos milênios do Ano cósmico. Os últimos milênios da raça ou da ronda atual,

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estariam atrelados às “sub-raças sintetizadoras” (cf. Bailey) da raça árya. E se uma sub-raça equivale a uma Era, Aquário
já corresponderá ao subcontinente americano setenário que é o meridional.

Luís A. W. Salvi é filósofo holístico e autor polígrafo com cerca de 140 obras, e na última década vem se
dedicando especialmente à organização da "Sociologia do Novo Mundo" voltada para a construção sócio-
cultural das Américas.

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DOMINGO, 12 DE MARÇO DE 2017

...

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SEXTA-FEIRA, 25 DE MARÇO DE 2016

Argentina – uma bussola política do subcontinente

A xenofobia facilmente nos cega a razão, especialmente quando se trata do vizinho mais importante de um
grande país. As rivalidades vão bem além do futebol, porém mais cedo ou mais tarde somos forçados a
render-nos aos fatos.

Em mais de meio século de existência, tenho observado reiteradamente como as tendências políticas do país
hermano terminam por influenciar aquelas do Brasil –seu grande “rival” histórico-, e através deste a todo o
subcontinente e mesmo ao conjunto da América Latina, mas especialmente no espectro político de
independência e vanguarda social.
Com relação ao fator econômico a correlação também existe, porém com menor impacto, em função da
natural liderança do Brasil. Mas em 1913 a Argentina era a décima nação mais rica do mundo, com renda per
capita acima de Itália e Espanha. Conta-se que na época, os aristocratas britânicos buscavam casar suas
filhas com argentinos ricos. Apesar das limitações da diversidade industrial (baseadas na pecuária e na
agricultura) e a política de exportação comprometerem a estabilidade econômica argentina. Na década de 30
o país chegou a ser a sexta potência do mundo, e na década seguinte a educação começou a ser
incrementada pelo governo de Perón, que também nacionalizou amplamente algumas estruturas básicas

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após a Guerra visando consolidar a economia social.

Sucede que a formação política argentina é realmente ímpar na


região. As rivalidades com o Brasil remontam aos tempos dos
Impérios, tocando à Argentina o fenômeno das “fronteiras de fogo”
que no Brasil marcaram sobretudo o Rio Grande do Sul – além do
vigoroso sangue mouro herdado dos espanhóis.

Quando o caudilhismo tomou conta das


províncias do Plata, os rumos da
Argentina foram traçados. Os caudilhos forneceram para a América Latina suas
bases nacionalistas naturais, não necessariamente sociais, mas independentistas e
quase sempre republicanas. No começo do Século XIX, o general José de San
Martin realizava o seu trabalho de libertação de nações que hoje integram o Cone
Sul, como Argentina e Chile, além do Peru. Simon Bolivar traçava um curso
semelhante nas nações do Caribe, enquanto o Brasil buscava seguir o seu próprio
curso.

Assim que o Brasil decidiu se aventurar por completo nas lutas do Cone Sul através da Guerra do Paraguai
(1864-1870), teve que pagar o preço do alinhamento político com as nações vizinhas através da mudança do
regime. O Paraguai tornara-se independente em 1852, e a Argentina era uma República consolidada desde
1863. A independência brasileira precedera-lhes em tese (1822), mas os vínculos dinásticos e as
particularidades do regime eram um entrave nas relações internacionais. Uma vez decretada a República
através de um golpe-de-estado, o país passou a se espelhar no grande Irmão do Norte, então referência para
os povos emancipados, após a vitória dos abolicionistas na Guerra da Secessão –ainda que o tema da
abolição estivesse longe de ser um consenso entre as elites revolucionárias brasileiras, servindo mais como
tema de propaganda, apesar (ou por causa, quiçá) da abolição recém proclamada pela Coroa.

Não obstante, nas ondas nacionalistas do século XX, o Brasil antecipou a Argentina peronista através das
iniciativas de Getúlio Vargas, não casualmente um gaúcho, variante local dos gauchos argentinos, fontes dos
caudilhos regionais. Costumamos chamar este extremo sul do Brasil de “Argentina brasileira” por razões
óbvias, ainda que a Banda Oriental sempre tenha preservado suas peculiaridades, especialmente pela
introdução do elemento negro ali para trabalhar nos saladeros, que são as nossas charqueadas.

O Rio Grande Sul, havendo recebido uma formação cultural e política semelhante à Argentina desde Vice-
Reino da Prata e da Província do Paraguai, de cujos territórios a Região Sul do Brasil viria a integrar,
costuma ser definido como o Estado mais politizado da nação, orientando amiúde igualmente tendências
nacionais, especialmente vanguardistas ou de esquerda. Foi o que ocorreu na ocasião da Revolução
Farroupilha, a guerra interna mais longa do Brasil, quando gauchos e gaúchos deram as mãos para combater
as injustiças do governo central, fazendo o Império ouvir com maior clamor as demandas republicanas.
Também merece destaque que a ascensão do Partido dos Trabalhadores à presidência em 2003, foi
precedida por governos do Partido neste Estado (1999, 2010) e em sua Capital (1989, 1993, 1997, 2001).

O fato da Operação Condor haver iniciado suas ações no Brasil durante a Guerra Fria, denota bem a
importância global deste país no subcontinente, mas nisto se dividem perfeitamente a questão política e a

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econômica. A Operação fez coincidir o golpe brasileiro ao governo


social de João Goulart com o começo do controle regional, sendo
especialmente cruel e persecutória na Argentino e no Chile, face a
proliferação da cultura nacionalista e também socialista existente
nestas nações. Nisto, foi igualmente notória a dureza da polícia
política no sul do país.

O Plano Austral (1985) de Raul Alfosín (que serviu de inspiração para o Plano Cruzado de José Sarney)
gerou hiperinflação e baderna civil, antecipando a chegada do peronista Carlos Meném em 1989 com nova
onda de privatizações. Fernando Collor de Mello despontou na presidência do Brasil em 1990 e Fernando
Henrique Cardoso veio em 1995 –ambos eram vistos erroneamente como oposição, mas o último teve alguns
acertos econômicos, embora embasado no Plano Real iniciado no governo do vice de Collor, Itamar Franco.

O próprio Hugo Chaves começou seu governo apenas em 1999. O peronista Nestor Kirchner chegou ao
poder (2003) na esteira de Lula e lhe sucedeu a esposa Cristina, cujo governo respondeu positivamente à
crise mundial de 2008, vindo a pagar a dívida externa com o FMI, coisa que o Brasil de Lula também adotou.
Os Kirchner ficaram doze anos no governo argentino.

Possuindo um território com 1/3 do tamanho do Brasil, a Argentina é hoje a terceira economia da América
Latina (perde para Brasil e México). Porém, o varonismo do seu povo contribui para engradecer a nação.
Hoje o país hermano vive uma estafa no modelo nacionalista, que buscou resgatar após o final da ditadura
militar. Então chega ao governo o conservador Mauricio Macri, com um discurso impressionante de
conciliação, antecipando prováveis tendências regionais de governos moderados e de integração nacional,
visando prevenir os improvisos das esquerdas e os riscos das aventuras golpistas.

Não obstante, como “país continente” que é, o Brasil está suscetível a maiores sincretismos culturais. Uma
das tendências mais fortes que existe nos horizontes do país passa pela aproximação da política com a
religião, coisa que pode tender para qualquer espectro político, e mais exatamente também de centro ou
assemelhado. Neste aspecto é que pode surgir uma inovação, apesar das lutas republicanas pela sociedade
laica, nem sempre bem aceita ou compatível todavia com países em formação.

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Postado por Editorial Agartha às 14:25 Nenhum comentário:

TERÇA-FEIRA, 2 DE FEVEREIRO DE 2016

DEUS, SENDO AMOR, PODE GUERREAR? A VISÃO DE SHAMBHALA

A disposição para a justiça e a liberdade, com desprendimento da própria vida, é componente fundamental
da terceira iniciação, sendo também um aspecto essencial da espiritualidade árya porquanto esta raça tinha
por dharma desenvolver esta consciência. Daí se entende os discursos de Krishna no Bhagavad Gita sobre a
imortalidade e a importância de cumprir o seu dever mesmo na guerra contra os próprios familiares.
Quem ama verdadeiramente, age e salva. Lutar por amor é mais que um direito, é um dever da boa
consciência. As guerras não são movidas apenas pelo ódio e a opressão, mas também pelo cuidado pelas
coisas, pela defesa do direito e daquilo que se ama.
Todos os sistemas sociais hoje defendidos, mesmo aqueles mais singelos e naturais, foram criados e
preservados através da luta. Se existe vida hoje no planeta, é porque se lutou por ela. A Natureza é fruto de
muita luta em sua defesa, e não foi fácil a implantação da cultura do Neolítico com seu sedentarismo,
deixando atrás a Ordem original ambientalista que determinava respeitar a Mãe Terra e manter a Natureza
intocada. A Idade Média, tão criticada pela ordem burguesa atual, deu um basta ao antigo sistema romano de
opressão e de exploração social, reentronizando devidamente o Espírito e a Natureza, tendo como coroação
espiritual a mensagem de São Francisco de Assis.
O direito de matar, dentro de certas regras e sempre com testemunhas,
tem sido respeitado através dos tempos. Tal como matar pela honra em
duelos e justas, ou mesmo sob a lei de talião (de talidade ou de retaliação,
visando a punição dentro das proporções), já presente no Código de
Hamurábi.
A Justiça torna-se ineficaz dentro dos grandes sistemas sociais inchados, o
que não justifica que as pessoas devam sair fazendo “justiça pelas próprias
mãos”, mas sim que estes sistemas falidos devem ser destruídos ou
abandonados para que a Justiça possa ser resgatada. Não se deve
esquecer que o Deus que criou o mandamento de “Não Matar”, é o mesmo Deus libertador dos oprimidos,
que também promulgava a guerra contra os infiéis e os recalcitrantes, sob a orientação agarthina de buscar a
Terra Prometida.
Afinal, uma Terra Prometida nem sempre está livre como se deseja para implantar uma Nova Ordem, muitas
vezes ainda existe ali resquícios de velhas coisas como ignorância e opressão, porém se trata de um
território ainda possível de libertar porque a máquina do sistema ainda não impera ali a todo vapor, havendo

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mais velhos atavismos fragilmente aliados à máquina imperialista.

O direito à vida e à liberdade

Amiúde vemos pais dizerem que fariam tudo por seus filhos, até matar
se necessário. Acaso Deus não teria o direito de fazer o mesmo em
favor daqueles que considera seus filhos?
Os médicos prescrevem remédios que matam vírus e bactérias -o termo
“antibiótico” traduz literalmente esse combate a seres vivos danosos.
Pois a Terra e as nações-dharma são como o corpo e os membros de
Deus.
Perseguições contra pragas são amiúde realizadas para proteger o ecossistema e, em especial, outras
espécies consideradas mais nobres, especialmente o próprio ser humano. Para Deus, os pecadores
convictos são exatamente como as pragas da Terra, pois devastam a Criação e oprimem as Criaturas.
Muitas nações do mundo, mesmo entre aquelas consideradas mais
civilizadas, fazem uso da pena-de-morte, tornando a morte um direito do
Estado e da nação. Outras nações não aceitam isto, mas na prática
matam e oprimem cotidianamente seus próprios cidadãos.
A PAX capitalista é a “paz” dos cemitérios. A sociedade capitalista trata de
manipular suas guerras com a habitual demagogia. Por detrás de sua pax
alienada, está um estado-de-guerra endêmico através de opressão,
chacina e depredação, visando manter a sua máquina mortal em
atividade.
Tais coisas justificariam então as atitudes das religiões guerreiras? Dir-se-ia que
apenas parcialmente, porque o tema está sujeito à distorção e ao fanatismo. Dentro
da dinâmica das coisas, muitas destas religiões estão defasadas e já pouco
correspondem ao seu período histórico. Contudo, as profecias também anunciam um
tempo de batalhas pela redenção do planeta.
O grande diferencial que torna matar uma atitude legítima ou não, está na diferença
entre a liberdade e a opressão. Há quem mate para oprimir, e há quem mate para se
libertar. Mesmo Gandhi admitia a luta armada, caso o método pacífico não seja
mesmo possível. Diferente de Barrabás, Jesus não propugnava a luta armada e até
mandava dar a outra face e amar o inimigo; contudo, ele foi o primeiro a dizer que não veio para revogar a
Lei Antiga (fundada no carma, por assim dizer), mas sim para completá-la através do espírito do amor e do
perdão. E deixava claro que, por mais que se deva perdoar, tudo tem limites. Cada um colhe aquilo que
semeia, o perdão é uma oportunidade para a renovação, sempre e quando saibamos aproveitar. Um perdão
eterno seria sinônimo de suicídio. A Boa Justiça deve ser como os organismos vivos, moles por fora e duros
por dentro.

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Então pode surgir uma grande questão atual: num tempo tão perigoso como o nosso, com armamentos tão
sofisticados, não será uma temeridade fomentar guerras? Certamente seria, porém se trata antes de
promover a libertação, e sociedades realmente oprimidas raramente detém grandes armamentos, antes pelo
contrário. A luta dos oprimidos se dá muito mais pela estratégia do que realmente no campo formal de
batalha. E é aqui que entra então o espírito vitorioso de Shambhala, como fonte de táticas e estratégias
tradicionais de libertação, provendo lutas de livramento e a busca por novos territórios de paz.

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QUARTA-FEIRA, 26 DE AGOSTO DE 2015

VÓRTICES, NÚCLEOS, MONTANHAS... – OS CHAKRAS DO CÉU E DA TERRA

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Deserto de Sonora

As regiões centrais possuem tendências naturais para produzir vórtices e


conglomerações.

Formações Naturais

No cosmos, as constelações são redemoinhos estelares


formados em zonas de concentração de poeira cósmica.
As manchas solares são ciclones
magnéticos que migram a cada11 anos
através dos Centros Hemisféricos do Sol.
Ciclones, furacões, tufões e tornados, são
fenômenos planetários que ocorrem nas Zonas Intertropicais
do globo (abaixo).

Os redemoinhos de águas, tão conhecidos nossos, também acontecem em alto


mar de forma gigantesca, com grande risco para as embarcações.
A principal origem das montanhas ocorre por “dobramento” ou
sobreposição de placas tectônicas, implantando cadeias de
montanhas no interior dos Continentes.
Enquanto os litorais geram planícies
sedimentares, as montanhas
produzem planaltos por erosão. A relativa aridez central
seleciona os espíritos e ajuda a preservar a cultura.
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O afastamento dos
litorais pode reduzir o
volume de chuvas e
produzir estepes e
desertos, a menos que
exista o “milagre” natural de alguma grande floresta
como a Amazônia, que se deve em boa parte à
juventude geológica da região.

De fato, também existem sínteses biológicas na forma de Ecótones, ecossistemas


centrais (como o Cerrado) ou de transição (acima).
No organismo humano, merecem destaque o plexo solar –que não casualmente
recebe este nome- como um centro físico, e o coração como um centro espiritual.

Influências na Cultura Humana

Dentro da Geografia Humana, existem Zonas Solares ("físicas") e Zonas Polares


("espirituais").

Zonas Solares são regiões onde prevalece a


importância das conformações harmônicas
telúricas (como nos centralismos geológicos -
continentais ou geopolíticos). Por exemplo, Cuiabá
que centraliza a América do Sul, ou Palmas que
centraliza o Brasil -ambas em termos geodésicos-;
ou Chapada dos Guimarães na América do Sul e
Barra do Garças para o Brasil, ambas em termos geográficos. Estas regiões se
associam ao mito regional de Agartha.

Ao passo que nas Zonas Polares prevalece a importância das conformações


harmônicas astronômicas ou globais (como nos centralismos hemisféricos –as

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citadas manchas solares, por exemplo- e


planetários - axial ou equatorial). É o caso do
Paralelo 30 situado no centro dos Hemisférios
(como Gizé, Lhasa, Ur/Uruk e Deserto de Sonora
no Hemisfério Norte; e Ilha da Páscoa, Capilla del
Monte e Porto Alegre no Hemisfério Sul),
ostentando um equilíbrio sazonal “mandálico”
perfeito. Estas regiões se associam ao mito
nuclear de Shambala.

Assista também ao video


A Shambala Meridional

Leia também
A Questão do Centro

Bibliografia
Geografia Espiritual – a Ciência das Origens, Luís A. W. Salvi, Editorial Agartha
Geosofia - o Telurismo Sagrado, Luís A. W. Salvi, Editorial Agartha
Os Centros Espirituais Brasileiros, Luís A. W. Salvi, Editorial Agartha

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Postado por Editorial Agartha às 13:10 Nenhum comentário:

SEXTA-FEIRA, 13 DE MARÇO DE 2015

O CATIVEIRO HEBREU - UM NOTÁVEL PARALELO COM O BRASIL ATUAL

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24/02/2019 GEOSOFIA

A família de Abrahão: "retirantes" do deus único

Devo começar este texto com uma pergunta: “-Quem foi que levou realmente os hebreus para a Terra
Prometida?”
Provavelmente 99% das pessoas que pensam ter uma resposta para isto, diriam que foi Moisés quem
conduziu os hebreus para a Terra Prometida, afinal o autor do Pentateuco é por demais marcante e influente
na história hebraica. Porém, nesta resposta haveria um erro de avaliação. Moisés apenas completaria um
trabalho junto ao povo de Deus, iniciado séculos antes pelo Pai de Todos, Abrahão, cuja família deixou a
Mesopotâmia que um dia fora o próprio paraíso terreal, mas então já profundamente entregue às idolatrias e
outras divisões sociais deixando a nação suscetível aos opressores.
Vamos tentar avaliar os acontecimentos políticos que cercam a este duplo-
êxodo.
Quando Abrahão chegou na Palestina, pactuou com o rei Melquisedec
que o reconheceu entre os seus e a região passou a ser uma Terra
Prometida para os hebreus. Mais tarde viria porém uma seca e as tribos
vizinhas mostraram hostilidades, levando os hebreus a se refugiarem no
Egito. Instabilidades no governo do Egito permitiram a penetração de
alguns povos na região do delta, como os hicsos e os hebreus, ambos
fugindo das secas.
Ora, o Egito, nação poderosa, via a Palestina como uma zona estratégica que
fazia questão de controlar para explorar, por ser ademais um corredor natural de
migrações. Por isto tratava de fazer alianças com os filisteus e outros povos da
região, visando ter-lhes como aliados e para fortalecê-los. Não era do seu
interesse, porém, a presença dos hebreus ali, aos quais preferiam ter por perto,
com sua crença nacionalista num deus único. No delta, os hebreus serviriam
aos egípcios de várias maneiras, estando sob os seus olhos.
Mais tarde, quando Moisés quis reconduzir os hebreus de volta para a
Palestina, encontrou esta dupla resistência do faraó, que não queria perder
seus servos e nem queria que eles retornassem para a Palestina onde
poderiam “desestabilizar” a região.
Aí entra os mistérios do poder de Deus através de Moisés, que terminaram
abalando as resistências do Egito, embora ainda produzissem a megacena da
travessia do Mar Vermelho.
O retorno do povo hebreu foi cheio de percalços. Houve rebeliões e
guerras intestinas. Sabia-se que a vida na Palestina seria dura, e
com muitas lutas para afirmar a nova nação de Deus, mas Moisés
sabia que Deus precisava de uma nação valorosa. Em função disto
ocorre a postergação de chegada imediata à Terra Prometida,
atrasada em nada menos que 40 anos a fim de preparar uma nova
geração para esta conquista. Nisto temos a importância da
educação, uma nova geração criada com este propósito já não
esmoreceria em seus intentos.
Os hebreus teriam que lutar contra os novos aliados do Egito na
Palestina. A situação mudara muito desde que Abrahão pactuara a
região com Melquisedec, mas os hebreus não desistiram da sua região, embora muitos preferissem
realmente permanecer sob os comodismos do Egito com seu culto aburguesado da “vaca de ouro”.
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24/02/2019 GEOSOFIA

Resumindo então:
a. A família de Abrahão saiu de uma Mesopotâmia decadente buscando
uma nova terra para restaurar a verdade do Deus Uno (ou Unificador, como
preferimos ver).
b. Na Palestina, Abrahão fez alianças com o rei-sacerdote Melquisedec que
reconheceu os hebreus como nação-irmã bem vinda à região. Contudo,
passadas algumas décadas a seca se fez presente e cresceram as
hostilidades das tribos locais.
c. Os egípcios divididos ofereceram guarida aos hebreus e outros povos
visando tirá-los da Palestina e tê-los a seu serviço.
d. O príncipe Moisés sensibiliza-se pela nobreza da história hebraica e
passa a trabalhar para levar o Povo Eleito de volta para a sua Terra
Prometida. Ele mesmo seria na verdade um hebreu.
e. Na busca deste intento, Moisés encontra toda sorte de dificuldades. Deus o acode através das Sete
Pragas, ainda assim deve mantém o povo por 40 anos no deserto a fim de prepará-lo para a árdua missão
que lhe espera de reconquistar a Terra Prometida, ante diferentes lutas-de-livramento na saída e na chegada.

Um paralelo brasileiro

Temos no Brasil atual um cenário não muito diferente disto, onde


ambas as situações contribuem para o seu mútuo esclarecimento.
O Brasil também é uma nação em êxodo histórico, uma vez que
seu curso evolui organizando e ocupando oficialmente novos
territórios internos, inclusive transladando as suas Capitais
Federais visando consolidar as suas novas etapas sociais sem
maior necessidade de conflito por haver estas novas terras a
disposição.
Contudo, a certa altura
aconteceu um certo bloqueio nesta dinâmica. Não que a Capital
não mudara, de fato isto aconteceu através de Brasília, porém logo
na sequencia um Golpe-de-Estado susteve os fluxos sociais e
econômicos naturais para as novas regiões, retendo as energias na
região anterior ou no Sudeste, tornando-a inflada a ponto de suas
megalópoles agonizarem na atualidade.

No começo dos anos 60, a nova civilização brasileira dava o seu mais notável passo através da criação de
Brasília. O governo de Juscelino Kubitschek mobilizou amplos contingentes humanos a fim de dar cabo a
esta obra muitas vezes monumental no exíguo espaço do seu mandato, sabendo que após ele as coisas
poderiam tomar um outro curso.
Seu gesto tem sido comparado nisto ao do faraó visionário Akenaton que criou uma nova cidade para o culto
do Sol único que desejava resgatar, porém também mereceria ser comparado com os gestos daquele que foi

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contemporâneo deste faraó, o próprio patriarca Abrahão em seu idêntico resgate do monoteísmo.
Neste ato de Kubitschek ocorreria, pois, a clara demonstração da intenção
de avanço para os interiores dos territórios. E no entanto, aquilo que ocorreu
é que a Ditadura –não podendo reverter este enorme passo cultural- tratou
de dar outro significado para Brasília, que deixa assim de ser o centro da
nova etapa da civilização nacional para virar uma simples ilha de corrupção,
com seus políticos lá encastelados movidos a suborno endêmico.
O Sudeste –a região burguesa por excelência da nação- passou a inchar e
inchar. Os nordestinos, cuja região tem sido vítima da “indústria da seca”
(desvio sistemático dos recursos anti-seca por parte da política local de
coronelato latifundiário), viram-se forçados a acorrer a este novo e fértil “Egito” sudestino, onde encontraram
nesta burguesia florescente os seus novos amos.
Como a região mais antiga do país, o Nordeste -a região fundadora da
nação, grande base do proletariado do país- foi vendo a sua riqueza de
depauperar sob o aumento da sua população e através da exploração
comercial intensiva das suas terras pelos latifúndios e as monoculturas.
Em função disto, desde a época do Império os nordestinos buscam
migrar procurando oportunidades de trabalho.
Eles sustentaram os ciclos da borracha na Amazônia e os ciclos
industriais no Sudeste, além de terra participado em massa para a
construção de Brasília, cidade na qual não acharam é claro ainda um lar, embora tenham se alojado nas
cidades satélites, hoje graves focos de problemas sociais.

Qual seria então o seu destino natural? A criação da nova capital


seria seguida pela leva de amplos contingentes humanos,
especialmente do Nordeste como uma das regiões mais populosas
-e também pobres- do país. Como acontece com os processos
migratórios oficiais, o migrante tem direito a um quinhão de terra
para trabalhar e produzir. Neste caso, o migrante já não se moverá
apenas em busca de trabalho e sobrevivência, mas de patrimônio e
completa cidadania. Era de interesse dos governos nacionalistas
nos anos 60 que a nação se expandisse para os interiores para que surgisse uma nova classe de pessoas
autônomas na região, sobre a base das amplas terras inexploradas ali existentes. O presidente João Goulart
buscou dar início à reforma agrária no Brasil, e foi derrubado por causa disto.
Contudo, com o cerceamento da expansão nacional em seu foco
industrializado no Sudeste, os fluxos migratórios foram indevidamente
desviados, sujeitando toda a lógica demográfica e social aos interesses
econômicos.
Hoje, estas amplas terras do Centro-Oeste que seriam por destino do
povo brasileiro, em especial dos próprios nordestinos, são usadas até o
esgotamento pelas monoculturas praticadas por latifundiários vindos das
regiões mais ricas, Sul e Sudeste.
Contudo, este débito social do Brasil necessita ser resolvido com
urgência, afinal as cidades inchadas do Sudeste estão em estado-de-
explosão populacional por já não oferecem condições básicas para
tanta gente.
E não há melhor forma para saldar tal débito que reconduzir estes
contingentes ao seu destino natural. Talvez o desafio da reforma agrária
seja ainda impraticável, porém estas populações ainda podem se dirigir
de toda maneira para aquela região empregando as cidades, a fim de
aos poucos ir reconquistando os seus espaços, também sob uma nova mentalidade sustentável e –como
toca à esta camada social destinada ao Centro-Oeste- fraternalista ou social.

O Brasil necessita retomar o seu fluxo natural, pois isto faz parte da construção d sua civilização. Que o povo
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brasileiro possa, enfim, ter o seu regresso seguro ao lar!

Ó Brasileiro !

Que grande nação o Destino te deu!


Que enorme riqueza te cabe por direito.
E de que imensa espoliação tu tens sido vítima!

Tuas riquezas são desviadas para os mais infames destinos.


Nem cabe nomeá-los aqui, tal a sua ignobilidade
Com os quais jamais consentirias...

Como gado tens sido reduzido ao curral


Para que as riquezas que te cabem e a teus filhos
sejam levadas para todo lado e enriqueça

os bolsos dos mais torpes dos torpes


dentro e fora desta nação abençoada por Deus e pela Natureza
porém amaldiçoada pelos homens ignaros e predadores.

A ti desejo apenas que rompas este redil


E te espalhes por todo este país como cabe
Cuidando para que aquilo que te toca seja preservado

Enquanto ainda resta algo para cuidar,


Porque a mão do ladrão nunca é generosa
O boi só engorda sob o olho do dono.

Para saber mais:


"O Brasil é um rio que flui"
“A Chapada se prepara para receber os refugiados do clima”
"De porque estamos perdendo o paraíso e o próprio planeta. As novas oportunidades que também surgem na
crise”

Luís A. W. Salvi é escritor holístico, autor de cerca de 150 obras sobre a transição planetária.
Editorial Agartha: www.agartha.com.br
Contatos: webersalvi@yahoo.combr, Fone (51) 9861-5178

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