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Universidade Púnguè
Extensão de Tete
2019
Patrício Luciano Gaiondo
Docente:
Universidade Púnguè
Extensão de Tete
2019
Índice
1.Introdução ........................................................................................................................... 3
1.1.Objetivos ...................................................................................................................... 3
1.1.1.Geral.......................................................................................................................... 3
1.1.2.Específicos ............................................................................................................. 3
2.Teorias de aprendizagem ..................................................................................................... 4
2.2.Teoria ........................................................................................................................... 4
2.3.Aprendizagem .............................................................................................................. 4
3.Tipos de aprendizagem........................................................................................................ 5
4.1.1.Condicionamento ....................................................................................................... 6
4.1.2.Condicionamento clássico ...................................................................................... 8
4.2.Teoria behaviorista de Guthrie- Teoria da contiguidade .............................................. 10
4.3.Condicionamento operante (Skinner) .......................................................................... 11
4.4.Plano de reforço .......................................................................................................... 13
4.5.Ensaio-erro/tentativa e erro ......................................................................................... 14
5.Aplicações Pedagógicas das Teorias Behavioristas ............................................................ 14
13.Bibliografia ..................................................................................................................... 36
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1.Introdução
As teorias da aprendizagem se caracterizam como uma área bem específica dentro da psicologia
teórica na tentativa de fundamentar como surge a natureza essencial do processo de
aprendizado. A seguir serão apresentadas as principais teorias que procuram compreender e
explicar o processo de aprendizagem.
1.1.Objetivos
1.1.1.Geral
2.Teorias de aprendizagem
2.2.Teoria
2.3.Aprendizagem
Existem diversos tipos de aprendizagem, consubstanciadas nas mais variadas atividades da vida
humana. Algumas aprendizagens se dão desde os primeiros anos de vida e estão vinculadas ao
cotidiano da pessoa, como: sentar, andar, falar, identificar e pegar objetos, comer sozinha etc.
Outras acontecem de forma sistemática em instituições próprias, como a escola.
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Embora a aprendizagem se dê também nas demais espécies animais, desde insetos até primatas,
é o ser humano aquele que possui capacidades de aprendizagens mais complexas, desenvolvidas
e com maior flexibilidade (POZO, 2002).
3.Tipos de aprendizagem
Aprendizagem afetiva: é aquela que resulta de sinais internos ao indivíduo e pode ser
identificada como experiências tais como prazer e dor, satisfação ou descontentamento, alegria
ou ansiedade.
NUNES e SILVEIRA citado por PENNA (1982), diz que ʺWatson considerava que os
comportamentos eram aprendidos, mesmo em se tratando de reações emocionais ou instintivas.
Para ele, as reações instintivas eram representadas basicamente pelo medo, ódio e amor, os
quais estariam, como outras formas de expressão, associados à ação de estímulos.
Os Behavioristas Tratam a aprendizagem como uma questão de conexões entre estímulos (E)
e respostas (R). Comportamentos (respostas) são eliciados por estímulos (condições que levam
aos comportamentos).
4.1.1.Condicionamento
Behaviorismo estudo científico, puramente objetivo, do comportamento humano (Tavares &
Alarcão, 2005:92)
considera que se pode estabelecer uma ligação entre uma determinada situação, condição ou
estímulo e o comportamento do indivíduo.
Watson cunhou o termo behaviorismo para deixar claro que sua preocupação era com aspectos
observáveis do comportamento.
O behaviorismo supõe que o comportamento inclui respostas que podem ser observadas e
relacionadas com eventos que as precedem (estímulos) e as sucedem (consequências).
O objetivo maior do enfoque behaviorista é chegar a leis que relacionam estímulos, respostas e
consequências (boas, más ou neutras).
Para Watson comportamento significava, em última análise movimento muscular. A fala por
exemplo resultava de movimento de garganta. O pensamento era uma fala subvocal, uma
conversão silenciosa consigo mesmo. Sentimentos e emoções decorriam de movimentos das
estranhas.
Watson simplesmente descartou o mentalismo. Para ele, seres humanos nascem com certas
conexões estímulos-resposta chamadas reflexos. A partir do repertorio inicial de reflexos, é
possível construir uma multiplicidade de novas conexões através do condicionamento clássico.
É assim que se aprende a responder (partindo de respostas inatas) a novas situações.
O princípio da frequência diz que quanto mais frequente associamos uma dada resposta a um
dado estimulo mais provavelmente os associamos outra vez. O princípio da recentidade diz
que quanto mais recentemente associamos uma dada resposta a um dado estimulo,
provavelmente os associaremos outra vez.
Todos comportamentos tendem, segundo Watson, a envolver todo o corpo. Quando falamos
por exemplo, usamos tanto palavras como expressões faciais e gestos. Tudo o que pensamos,
sentimos ou fazemos envolve graus variáveis, a atividade de todo o corpo.
4.1.2.Condicionamento clássico
Segundo CHIMARIZENE apud, Ivan Pavlov (1889 – 1936), fisiólogo russo, que ganhou mérito
após ter realizado investigações que resultaram na teoria do condicionamento clássico. A
palavra “clássico” significa “primeiro tipo”, diz -se que a teoria de Pavlov é a primeira teoria
da aprendizagem, que e referida como clássica.
Pavlov argumenta que, através da associação, é possível para o organismo (pessoa ou animal)
desenvolver um novo conjunto de comportamentos.
Pavlov apresentou a um cão esfomeado um pedaço de carne e verificou que o cão salivou e
aproximou-se para comer a carne.
Nesta experiência a carne é um estímulo incondicionado (Ei), porque está ligado a satisfação
de necessidades instintivas, a necessidades vitais, sendo, por isso, um estímulo significativo. A
salivação é um reflexo incondicionado (Ri), uma reacção automática ligada aos instintos.
Cão aprendeu que o toque de campainha é sinal de carne. A reacção de salivação e consequente
aproximação resultante do toque de campainha é um reflexo condicionado. Dizemos aqui que
o animal aprendeu através de reflexos condicionados.
Caso o cão não receba o alimento, o estímulo incondicionado, em casos sucessivos de toque de
campainha quando esfomeado, não reagirá salivando e se aproximando. A ligação entre as
zonas auditiva e digestiva no cérebro apagar-se-á.
O ser humano também aprende através de reflexos condicionados. O bebé aprende a palavra
leite, quando a mãe repetidas vezes pronuncia a palavra leite e lhe dá leite. Mais tarde ao
pronunciar a palavra leite o bebé reage animado com todo o corpo à procura de leite.
O importante é a contiguidade, não como a resposta foi eliciada basta que o estímulo e a resposta
ocorram juntos uma única vez. A aprendizagem de Guthrie e do tipo ʺum tiro sóʺ ou ʺtiro-e-
quedaʺ. A intensidade total da ligação E-R, que ele chama de habito é atingida na ocasião do
primeiro pareamento.
Guthrie ocupou-se também da quebra de hábitos, propondo três métodos para substituir
respostas indesejáveis por outras desejáveis:
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1.Método da Fadiga: repetir o estímulo até que a resposta original canse e continuar repetindo-
o até que uma nova resposta desejada seja dada; como esta é mais recente é ela que ficará
associada ao estímulo que é, então, retirado.
2.Método do Limiar: introduzir o estímulo que se deseja desconsiderar num grau tão fraco que
não provoque a resposta; então, ele provavelmente eliciará outras respostas até que uma
desejada seja dada e que permanecerá associada ao estímulo ao ser retirado.
Guthrie (1919) não usava o conceito de reforço (positivo ou negativo) para explicar mudanças
de comportamento (quebras de hábitos). Sua teoria é uma teoria de contiguidade e de
interferência de aprendizagens.
O termo operante refere-se ao facto de um organismo, que pode ser uma pessoa ou um animal,
trabalhar sobre o seu meio, e a medida que o faz ser responsável por gerar consequências.
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Por exemplo, aparecer sob a forma de uma boa nota num determinado curso, uma boa colheita
para um camponês, uma promoção no trabalho ou simplesmente uma relação feliz e positiva
com pais, crianças, colegas, professores ou cônjuges.
É através do condicionamento operante que se adestram animais. O rato acabaria por pisar a
alavanca e transpor o obstáculo para obter o alimento. Deste modo, se podem ensinar
comportamentos complexos aos animais vertebrados.
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4.4.Plano de reforço
O processo por meio do qual o comportamento e reforçado e referido como um plano de reforço.
Plano de razão fixa – o organismo pode ser reforçado depois de uma unidade de trabalho ou
de uma actividade ter sido completada. Por ex. o professor pode reforçar os alunos pela
observação do seu trabalho ou avalia-lo quando eles tiverem completado toda a tarefa, em vez
de avalia-los cada vez que eles terminam uma pequena parte da tarefa.
Plano de intervalo fixo – este tipo de reforço é usado depois de ter decorrido um certo período
de tempo. Por ex., a professora pode decidir administrar um teste por mês de todo o trabalho
realizado. Muitos trabalhadores americanos são pagos semanalmente ou quinzenalmente,
enquanto na maioria dos países africanos são pagos mensalmente. Normalmente, não se dá
muita atenção a quantidade de trabalho realizado durante este período, o que é importante e que
os trabalhadores tenham trabalhado por um determinado período de tempo.
Plano de razão variável – nesta forma de reforço, pode ser dado um reforço ao organismo
numa média de dez respostas, 1:10. O modo como o organismo é reforçado vária, mas a razão
pré-determinada e mantida.
Plano de intervalo variável – o organismo e reforçado numa base similar ao reforço de razão
variável, excepto que o critério de reforço é o tempo e não a quantidade de trabalho realizado.
O reforço pode ser dado com uma média de dez horas ou dias ou semanas, mas o intervalo pode
diferir/variar.
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4.5.Ensaio-erro/tentativa e erro
Edward L. Thorndike (1874-1949), (pai da Psicologia Educacional) psicólogo educacional dos
Estados Unidos da América, elaborou a teoria de aprendizagem por ensaio-erro baseada em
experiências de colocação de ratos e gatos em caixas-labirinto.
Com base em várias experiências, Thorndike enunciou “as suas três leis da aprendizagem” que
giram a volta da ideia de que a aprendizagem anda associada a um esforço que e recompensado.
São elas: a lei do efeito, a lei do exercício ou frequência e a lei da maturidade específica.
Segundo Rodrigues & Bila (s/a:112), aplicações pedagógicas das teorias behavioristas,
representam os mecanismos de aprendizagem humana. O condicionamento explica a formação
de hábitos, habilidades e qualidades de comportamento.
Exemplos:
Hábitos tais como o de pentear, lavar as mãos antes de comer, andar com roupa limpa resultam
da colocação de exigências dos pais e encarregados de educação, professores e respectivo
reforço através do elogio quando observados pela criança ou repreensão verbal quando não
observados.
A criança realiza muitas combinações das letras, muitas cópias. Sempre que erra tem que
repetir. A criança aprende qualidades de comportamento, tais como respeitar os bens alheios, o
respeito por outras pessoas, a pontualidade à medida que sofre a apreciação dos pais, adultos e
professores.
Trata-se da aprendizagem por imitação. Por imitação entende-se a cópia de acções de outras
pessoas de forma intencional (Cabral e Nick, 1997: 181). É deste modo que a criança reproduz
gestos, acções, manifestações verbais, movimentos e modos de vestir das pessoas que a
rodeiam. Quando os comportamentos imitados são reforçados positivamente tendem a manter-
se, enquanto que aquelas acções e gestos que são reforçados negativamente tendem a
desaparecer.
Segundo o que foi já exposto, o indivíduo aprende comportamentos de pessoas que a rodeiam
que são ou não reforçados. Note-se que a aprendizagem pode realizar-se através da cópia do
comportamento da pessoa modelo. Trata-se aqui da aprendizagem por modelagem. O modelo
poderá ser o pai, a mãe, o irmão, a irmã, o professor, a professora, o amigo, a amiga, o artista,
o atleta, o político, o religioso entre outros.
10.Teorias interacionistas
Os interacionistas acreditam que o indivíduo interagem com o meio respondendo aos estímulos
externo, analisando e construindo seu conhecimento a partir do seu erro. A concepção
interacionista de desenvolvimento apoia-se na ideia de interação entre organismo e o meio e vê
a aquisição de conhecimento como um processo construído pelo indivíduo durante toda a sua
vida, não estando pronto ao nascer nem sendo adquirido passivamente graças a pressões do
meio. Os principais interacionistas são:
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Piaget chama atenção dos educadores para que os assuntos a aprender sejam apresentados tendo
em conta o ponto de vista da criança que se ensina, e não a maneira como os adultos
compreendem o conhecimento.
Exemplo
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Rio é “porção de água cercada por todos os lados ou corrente de água doce” (11%);
Rio tem é “água da chuva acumulada num sítio que, passado algum tempo, devido ao
peso fura uma parte do terreno e escorre num longo percurso”.
Neste exemplo, não consegue explicar o que é um rio. Isto demonstra que, ao assimilarem o
conceito de rio não o compreenderam, não o acomodaram, isto é, não o incorporaram nos
conhecimentos anteriores de rio, e, consequentemente não modificaram a sua ideia de rio,
continuaram a explicar o conceito de rio de acordo com suas percepções e vivências pessoais
confundindo-o com a praia e valas e água corrente da chuva.
O que deveria fazer o professor para que efectivamente os alunos compreendessem o conceito
de rio?
Ele deveria começar por perguntar aos alunos o que entendiam por um rio e depois utilizar essas
definições para elaborar o conceito de rio.
3. Perguntar: O que é um rio? Respostas poderiam aparecer tais como: Rio é como água
que corre nas valas da Avenida Acordos de Lusaka; Rio é com a água que corre quando
chove; Rio é como a água que corre do Mulauze.
4. Perguntar o que acham das respostas dadas, o que seria rio, a água da chuva que corre,
a água das valas da Avenida Acordos de Lusaka, a água do Mulauze? Quem já viu um
rio? Como é que é o rio?
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5. Mostrar que o rio é água que corre e que nasce de um lugar, tem superfícies em cada
um dos lados, que damos o nome de margens e que tem um lugar onde termina, que se
chama foz.
O exemplo acima ilustra o processo de aquisição do conceito rio, em que o professor partiu dos
conhecimentos anteriores dos alunos e conduzi-los a um conhecimento científico de rio. Deste
modo, os alunos puderam modificar as ideias anteriores que tinham sobre rio, incorporar o novo
conhecimento nos conhecimentos anteriores. Os alunos passariam a definir e explicar
correctamente rio, havendo, assim, equilíbrio entre o conceito e sua explicação.
Pelos factos acima apontados, a teoria de Piaget é considerada de interaccionista, pois defende
que os educandos devem interagir com a matéria e interagir entre si.
A teoria de Piaget é uma teoria construtivista pois defende que os educandos devem construir
os conhecimentos estimulados e orientados pelo educador.
Para Vygotsky, o mundo psíquico que temos hoje não foi nem será sempre assim, pois sua
caracterização está directamente ligada ao mundo material e às formas de vida que os homens
vão construindo no decorrer da história da humanidade. Conceito básico da Teoria:
Mediação – a aquisição de conhecimento pela interacção do sujeito com o meio, ou seja, o
conhecimento e sempre mediado.
De forma mais simples pode-se afirmar que a zona de desenvolvimento potencial ou proximal
compreende os conhecimentos e valores que a criança pode adquirir, as habilidades, hábitos,
aptidões, atitudes e qualidades de comportamento que pode desenvolver a pouco e pouco com
a ajuda dos adultos e outras crianças.
10.2.1.Aplicações Pedagógicas da Teoria de Vygotsky
O professor deve, em 1º lugar, diagnosticar o nível de conhecimentos, habilidades e
aptidões dos alunos quando inicia sua actividade numa turma, para conhecer o nível real
ou actual dos alunos;
Sempre que introduzir um conteúdo novo deverá reactivar os conhecimentos anteriores
dos alunos relacionados com a matéria a ser tratada, através de perguntas.
O novo conteúdo deve ser dado a partir de perguntas sobre o novo conceito de forma a
colocar os alunos em situação de análise de suas opiniões e, ajudados pelo professor, a
enunciarem o novo conceito. Deste modo, o professor terá em conta as experiências e
conhecimentos anteriores dos alunos, o contexto em que os alunos vivem;
O professor deve ser facilitador, orientador dos alunos, de sua interacção na análise e na
síntese, na elaboração ou construção do novo conhecimento.
Deste modo, Piaget e Vygotsky colocam a intervenção activa dos processos cognitivos do
sujeito que aprende como condição de aprendizagem.
Bruner pede ao professor que ajude a promover as condições em que o aluno se possa aperceber
da estrutura de um determinado. Quando a aprendizagem se baseia numa estrutura, e muito
mais duradoura e menos facilmente esquecida;
Bruner chama a sua posição uma teoria da instrução é não uma teoria da aprendizagem.
Acha que uma teoria da aprendizagem é descritiva: faz uma descrição dos factos a posteriori.
A teoria da instrução e prescritiva: prescreve antecipadamente como um assunto pode ser
melhor estudado.
“Se a teoria de aprendizagem nos diz que as crianças de seis anos ainda não estão prontas
para compreender o conceito de reversibilidade, a teoria da instrução prescreve a melhor
maneira de guiar a criança a adquirir este conceito quando tiver idade suficiente para o
compreender.”
O professor promove o ensino pela descoberta na medida em que coloca o aluno como pequeno
investigador, orienta o aluno na procura de exemplos ilustrativos do conceito a ser dado – tais
exemplos devem ser concretos, sempre que possível - promove a comparação dos exemplos
ilustrativos através de instruções a serem realizadas individualmente e /ou em grupo, até os
alunos acederem às caracteristicas essenciais e atribuirem a designação do conceito a ser
estudado.
O facto de o aluno ser conduzido a chegar por si só às conclusões, sob a condução do professor
explica o facto de a teoria de aprendizagem de Bruner ser classificada como uma teoria
construtivista de aprendizagem.
10.4.1.Motivação
Bruner destaca a motivação intrínseca, a vontade de aprender como condição principal que
predispõe o indivíduo a aprender.
A activação designa a colocação de tarefas que envolvam um grau de dificuldade que esteja ao
nível das possibilidades de solução pelos alunos, que espevite sua curiosidade de procura de
alternativas de solução. No exemplo da aula de Biologia da 8ª Classe de tratamento do tema “A
forma das folhas” a tarefa consistia em procurar folhas e procurar agrupá-las em diferentes
formas.
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A manutenção caracteriza os mecanismos utilizados pelo professor para garantir que a criança
realize a tarefa do princípio ao fim. Esta manutenção realiza-se através das instruções que os
alunos têm que realizar e do controle de sua realização.
A direcção da realização das tarefas caracteriza a orientação ao objectivo que inicia com a
colocação da tarefa pelo professor, continua com o seguimento das instruções colocadas pelo
professor na aula. Como se pode observar, a direcção da realização de tarefas é inseparável da
activação dos alunos para a aprendizagem e manutenção da curiosidade e procura de soluções
através de instruções do professor.
10.4.2.Estrutura
Para Bruner, citado por Sprinthall (1993:240-241) a organização dos conteúdos depende de
modo de apresentação, da economia de apresentação e do poder de apresentação.
A apresentação dos conteúdos pode ser feita de forma motora, icónica e simbólica.
Finalmente, pede a cada aluno para desenhar no seu caderno e pintar uma coisa de seu gosto.
As acções realizadas com objectos, coisas e pessoas constituíram um ponto de partida para a
compreensão da noção 1. A representação de imagens de 1 objecto, coisa e pessoa vai
consolidar a compreensão de 1. As crianças incluirão também objectos não presentes.
A apresentação dos conteúdos de forma simbólica realiza-se com base na linguagem verbal.
Seguidamente, passa com o dedo sobre o número 1. À medida que pede aos alunos para
escreverem no ar 1, como ele o faz no quadro.
Escreve a tracejado vários 1 no quadro e pede aos alunos para completarem a escrita de um no
quadro. Em seguida, escreve a tracejado o 1 no caderno de cada aluno e pede aos alunos para
passarem o lápis sobre o 1. Finalmente, os alunos deverão escrever 1 e encher uma linha do
caderno repetindo os gestos anteriores.
A apresentação dos conteúdos de forma simbólica com base na linguagem verbal aplica-se em
casos em que os alunos têm experiências e imagens vivas sobre os assuntos a serem tratados.
O modo de apresentação do conteúdo deve ser visto em estreita relação com a economia de
apresentação e o seu poder.
10.4.3.Sequência
Ao tratar da estrutura dos conteúdos referiu-se à questão da sua organização. De facto, falar da
organização dos conteúdos implica referir-se à sua sequência lógica, à inter-relação entre os
conteúdos, à relação entre o simples e o complexo, ao modo de apresentação dos conteúdos de
modo a torná-los compreensíveis.
10.4.4.Reforço
O reforço tem relação com a motivação do aluno no processo de ensino-aprendizagem. Bruner
citado por Sprinthall (1993:242) refere-se à necessidade de se dar uma retro-informação aos
alunos no decurso da realização das tarefas, na realização dos diferentes passos das tarefas de
modo a conduzi-los a novos passos de solução e tarefas com êxito.
A tarefa do professor é de planificar actividades para cada tema, com respectivas instruções,
orientar sua realização e estimulação dos alunos para chegarem aos conhecimentos,
desenvolver as habilidades, hábitos e aptidões esperados.
Ao tratarmos da aprendizagem por recepção referimo-nos que ela poderia ser por repetição
mecânica ou por aprendizagem significativa.
A aprendizagem significativa, por sua vez, designa a aquisição de conhecimentos com base na
compreensão do conteúdo, sua incorporação nos conhecimentos anteriores do sujeito que
aprende. A aprendizagem significativa é mais duradoira que a mecânica.
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11.Modelo informático
Modelo de computação ou informático seria uma teoria da área de ciência de computação que
é definida por conjuntos de operações sendo usadas na computação e nos seus respectivos
custos. Os modelos de computação incluem: máquina de Turing, função recursiva, calculo
lambda e sistema de reprodução.
O computador surge como uma ferramenta de auxílio ao trabalho do professor e para que isso
ocorra é preciso que haja no ambiente escolar um profissional qualificando tecnicamente e
metodologicamente, além de um plano metodológico que seja contextualizado com as demais
disciplinas.
TAVARES (2005) sugere que a informática educativa pode se colocar como uma ferramenta
inclusiva, ao estender para um maior número de pessoas a possibilidade de conseguir visualizar
e compreender fenômenos naturais, entendimento que antes seria reservado apenas para aqueles
estudantes com uma grande capacidade de abstração. Portanto as pessoas torna-se capazes de
alcançar um tratamento cientifico, e podem exercer plenamente a sua cidadania, com um melhor
entendimento dos fenômenos relevantes da sociedade do conhecimento, ou seja, a sociedade da
informação globalizada e dos meios de comunicação via sistema de telecomunicações
modernos. (www.infoescola.com).
De acordo com MATTER (2003) Apud GRZESIUR (2008) a utilização do computador na pré-
escola como ferramenta de auxílio na aprendizagem infantil é muito importante para a
construção do conhecimento dos alunos, as seguintes vantagens são encontradas:
formas de resoluções sua utilizacao no ensino possibilita ao aluno auto confiança para criar e
resolver situações desenvolvendo autonomia para resolver problemas posteriormente.
(SANTANA 2008).
Construcionista: o aluno passa a interagir com software, criando situações e tomando decisões.
O aluno constrói o seu conhecimento a partir da elaboração de seus interesse e as
experimentações são realizadas no computador. SANTANA (2008) apud, GRZESIUK (2008).
O psiquismo humano passou a ser visto como um organismo receptor, emissor e tratador de
informações, e que portanto, possui processamentos que apresentam características especificas
susceptíveis de serem explicadas e preditos.
Desta forma a psicologia cognitiva identifica o ser humano como um sistema activo no seu
ambiente, e no ambiente de inter-relacionamento professor-aluno em especial, sistema que
possui mecanismos de auto regulação retroação tipicamente cibernéticas que podem apresentar
défices nestes mecanismos e naqueles tratamentos de informações VARELA (1993)
adaptação do homem a esse sistema. Quer nos Bancos, aviões, carros ou mesmo no uso das
tecnologias educacionais.
Essa ferramenta adquire cada vez mais uma importância fundamental na execução de trabalho
diária, tanto burocrático quanto dos professores e alunos envolvidos na tarefa de ensino e
aprendizagem.
Pierre Lévy fez uma constatação muito importante sobre o computador, visto que ele é
incompleto sem o homem, principalmente, ao seu comando: “O computador não é o centro,
mas um pedaço, um fragmento da trama, um componente incompleto de uma rede calculadora
universal” (LÉVY, 1996:47).
O uso de tecnologias avançadas, pela sociedade, tem exigido das instituições educacionais uma
revisão de seus conceitos, de seus métodos e de seus recursos. Com a missão de preparar os
jovens que estão sob sua responsabilidade, para exercer plenamente a cidadania num mercado
cada vez mais competitivo, nenhuma instituição pode fechar os olhos para as grandes mudanças
que se anunciam para aqueles que têm o domínio tecnológico, tampouco pode se eximir de
refletir sobre o significado da adoção dessas novas tecnologias em seus projetos pedagógicos.
No meio escolar, o uso pedagógico do computador é apontado como um fator que pode
contribuir efetivamente para o avanço qualitativo do processo ensino-aprendizagem.
Exemplo:
a) quando o aluno dispõe de uma infinidade de exercícios para resolver, de acordo com o seu
grau de conhecimento, interesse e de seu ritmo de desenvolvimento;
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b) a criança aprende melhor quando é livre para descobrir relações por ela mesma, em vez de
ser explicitamente ensinada. Quando essa utiliza jogos educacionais no computador, aprendem
por intermédio do divertimento;
d) na resolução de problemas;
Neste sentido empregamos o computador por sua exatidão com confecção de estímulos
variáveis. Assim o que o homem precisava visualizar em que o computador pode servir muito
mais do que um processador de informações ou mesmo um instrumento de analisa dados
psicológicos na mente humana.
Uma questão importante nesse campo de estudo computacional é a maturidade da mente, a ideia
em a mente não e o todo vazio sem informação de dados mentais mais ao contrario uma coleção
de modelos mais a menos especializados na informática.
12.Conclusão
Depois de ser abordada tantas teorias de aprendizagem vimos que aprendizagem é assimilação
ativa de conhecimento.
Para teoria behaviorista temos o Watson como defensor que segundo ele o behaviorismo
procura explicar a formação do comportamento com base na influência de determinadas
condições. Essa teoria focaliza muito na relação de estimulo e resposta.
Para teoria cognitiva baseia se no processo que ocorre por traz de mudança de comportamento.
Essas mudanças ocorre para entender o que acontece na mente do aluno. Entre tanto para
humanistas o indivíduo não é só intelecto. A aprendizagem envolve intelecto, corpo e
sentimentos de maneira inseparável.
Para teoria sócio culturais as características humanas não estão presente desde o nascimento do
indivíduo, nem são meros resultados da pressão do meio externo. Elas resultam da interação
dialética do homem e o seu meio sócio cultural. Enquanto que para construtivismo acredita que
o conhecimento e todo o processo educacional é construído.
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13.Bibliografia
1. BOCK, A.M.B et al. Psicologias: Uma Introdução ao Estudo de Psicologia. São Paulo,
Editora Saraiva, 1993, págs 101-104;
2. CHIMARIZENE.S. Hermenegildo, Sebenta de Psicologia de aprendizagem, 1ed, Tete, 2013
3. DAVIS, Cláudia e OLIVEIRA, Zilma Ramos de. Psicologia na educação. 2 ed., SP:Cortez, 1994.
4. LEFRANÇOIS, G. Teorias da Aprendizagem. São Paulo: CengageLearning, 2012.
5. MARQUES.L.R.Nelson, teorias de aprendizagem, 1ed., São Paulo 2015.
6. MOREIRA, M. A. Teorias de Aprendizagem. São Paulo, EPU, 2011.
6. MOREIRA, M. A.; Veit, E. A. Ensino Superior. São Paulo, EPU, 2010.
7. MWAMWENDA, T.S. Psicologia Educacional: Uma Perspectiva Africana. Maputo, Texto
Editores, 2005 págs. 187-190;
8. NETTO, S.P. Psicologia da Aprendizagem e do Ensino. São Paulo, EPU, 1987.
9. OLIVEIRA, M.K.. Vygotsky. Aprendizado e Desenvolvimento: Um Processo Sócio-
Histórico. São Paulo, Editora Scipione, 1993 págs. 55-65;
10. PENNA, A Introdução à História da Psicologia Contemporânea. Rio de Janeiro, Zahar,1980.
11. SPRINTHALL, N.A. e SPRINTHALL, R.C. Psicologia Educacional: Uma Abordagem
Desenvolvimentista. Lisboa, McGraw-Hill, 1993, págs. 113-121;
12. SANTOS, Rosângela Pires, psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem, São Paulo 2015