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Patrício Luciano Gaiondo

Salvador Avelino Miguel

Solomo Maquesson Chimbeta

Tito Quenedi Ernesto Víctor

Licenciatura em Ensino de Química com habilitação em Ensino de Biologia

Universidade Púnguè

Extensão de Tete

2019
Patrício Luciano Gaiondo

Salvador Avelino Miguel

Solomo Maquesson Chimbeta

Tito Quenedi Ernesto Víctor

Licenciatura em Ensino de Química com habilitação em Ensino de Biologia

Trabalho a ser entregue no Departamento


de Ciências Naturais e Matemática, na
cadeira de Psicologia da Aprendizagem
para fins avaliativos.

Docente:

Mestre: Hermenegildo Santana Chimarizene

Universidade Púnguè

Extensão de Tete

2019
Índice
1.Introdução ........................................................................................................................... 3

1.1.Objetivos ...................................................................................................................... 3
1.1.1.Geral.......................................................................................................................... 3
1.1.2.Específicos ............................................................................................................. 3
2.Teorias de aprendizagem ..................................................................................................... 4

2.2.Teoria ........................................................................................................................... 4
2.3.Aprendizagem .............................................................................................................. 4
3.Tipos de aprendizagem........................................................................................................ 5

4.Teorias de Aprendizagem Behavioristas .............................................................................. 5

4.1.1.Condicionamento ....................................................................................................... 6
4.1.2.Condicionamento clássico ...................................................................................... 8
4.2.Teoria behaviorista de Guthrie- Teoria da contiguidade .............................................. 10
4.3.Condicionamento operante (Skinner) .......................................................................... 11
4.4.Plano de reforço .......................................................................................................... 13
4.5.Ensaio-erro/tentativa e erro ......................................................................................... 14
5.Aplicações Pedagógicas das Teorias Behavioristas ............................................................ 14

6.Teoria de Aprendizagem social ......................................................................................... 15

7.Teoria da aprendizagem cognitiva ..................................................................................... 17

8.Teoria da aprendizagem fenomenológica ou de campo ...................................................... 18

9.Teoria da aprendizagem da Gestalt .................................................................................... 18

10.Teorias interacionistas ..................................................................................................... 18

10.1.Teoria de Aprendizagem de Piaget (1896-1936) ....................................................... 19


10.1.1.Características da Teoria de Aprendizagem de Piaget ......................................... 19
10.1.2.Aplicações Pedagógicas da Teoria de Aprendizagem de Piaget .......................... 22
10.2.Teoria de Aprendizagem de Lev Semenovich Vygotsky (1896-1934) ....................... 22
10.2.1.Aplicações Pedagógicas da Teoria de Vygotsky ................................................. 24
10.3.Teoria de Aprendizagem Cognitiva de Jerome Bruner .............................................. 25
10.3.1.Características da Teoria de Aprendizagem de Bruner ........................................ 25
10.4.Principios Fundamentais da Teoria de Ensino-Aprendizagem ................................... 26
10.4.1.Motivação .......................................................................................................... 26
10.4.2.Estrutura............................................................................................................. 27
10.4.3.Sequência ........................................................................................................... 29
10.5.Teoria de Aprendizagem Cognitiva de Ausubel (1918-(?))........................................ 29
10.5.1.Tipos de Aprendizagem de Ausubel ................................................................... 29
10.5.2.Aprendizagem por Recepção e a Aprendizagem por Descoberta ......................... 30
10.5.3.Aprendizagem por Repetição e Aprendizagem Mecânica ................................... 30
11.Modelo informático ......................................................................................................... 31

11.1.Modelo de processamento de informação .................................................................. 32


11.2.Computador no ensino aprendizagem........................................................................ 33
11.3.Computador com base na psicologia cognitiva .......................................................... 34
11.4.Ciências cognitivas no modelo informático ............................................................... 34
11.5.Princípios do modelo informático ............................................................................. 34
12.Conclusão ....................................................................................................................... 35

13.Bibliografia ..................................................................................................................... 36
3

1.Introdução

Neste trabalho fala se das teorias de aprendizagem. A aprendizagem é assimilação ativa de


conhecimento. Teoria é uma interpretação sistemática de uma área de conhecimento, uma
maneira particular de ver as coisas, de explicar observações, de resolver problemas.

As teorias da aprendizagem se caracterizam como uma área bem específica dentro da psicologia
teórica na tentativa de fundamentar como surge a natureza essencial do processo de
aprendizado. A seguir serão apresentadas as principais teorias que procuram compreender e
explicar o processo de aprendizagem.

Palavras chaves: teoria, aprendizagem, estimulo, ensino e assimilação.

1.1.Objetivos

1.1.1.Geral

 Identificar teorias de aprendizagem;


 Conhecer teorias de aprendizagem e seus defensores.
1.1.2.Específicos
 Descrever cada teorias apresentada;
 Demostrar a ideia central de cada teoria
 Compreender uso de cada teoria no dia após dia;
 Aplicação de cada teoria no ensino e aprendizagem;
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2.Teorias de aprendizagem

2.2.Teoria

Segundo MARQUES.L,Nelson (2015) teoria é uma interpretação sistemática de uma área de


conhecimento, uma maneira particular de ver as coisas, de explicar observações, de resolver
problemas.

2.3.Aprendizagem

Para Bower/Hilgard,(1983), ʺaprendizagem é a mudança no comportamento ou no potencial


do comportamento de um organismo em uma situação determinada, que se baseia em
experiências repetidas do organismo nesta situação.”

Segundo Marques (2015. 5) pode se ver aprendizagem como:

 Aprendizagem como condicionamento;


 Aprendizagem como aquisição de informação, aumento do conhecimento;
 Aprendizagem como mudança comportamental, relativamente estável(permanente), de
vida à experiência;
 Aprendizagem como capacidade de usar o conhecimento na resolução de problemas;
 Aprendizagem como construção de novos significados, novas estruturas cognitivas.

Entre tanto teoria de aprendizagem é tentativas de interpretar sistematicamente, de


reorganizar, de prever, conhecimentos sobre aprendizagem.

Teorias de aprendizagem são construções humanas para interpretar sistematicamente a área


de conhecimento que chamamos aprendizagem.

Existem diversos tipos de aprendizagem, consubstanciadas nas mais variadas atividades da vida
humana. Algumas aprendizagens se dão desde os primeiros anos de vida e estão vinculadas ao
cotidiano da pessoa, como: sentar, andar, falar, identificar e pegar objetos, comer sozinha etc.
Outras acontecem de forma sistemática em instituições próprias, como a escola.
5

Estas aprendizagens estão relacionadas ao desenvolvimento da sociedade que, ao longo dos


tempos e de acordo com as diferentes culturas, define o que os indivíduos devem saber nas
várias áreas do conhecimento humano.

Embora a aprendizagem se dê também nas demais espécies animais, desde insetos até primatas,
é o ser humano aquele que possui capacidades de aprendizagens mais complexas, desenvolvidas
e com maior flexibilidade (POZO, 2002).

3.Tipos de aprendizagem

Aprendizagem cognitiva: é aquela que resulta no armazenamento organizado de informações


na mente do ser que aprende.

Aprendizagem afetiva: é aquela que resulta de sinais internos ao indivíduo e pode ser
identificada como experiências tais como prazer e dor, satisfação ou descontentamento, alegria
ou ansiedade.

Aprendizagem psicomotora: é aquela que envolve respostas musculares adquiridas mediante


treino e prática. Ex. aprender a tocar, piano jogar golfe ou dançar balé.

Aprendizagem foi abordada de formas diferentes pelas diferentes correntes da psicologia, as


chamadas teorias de aprendizagem. Destas as adquiriram maior relevos foram:

4.Teorias de Aprendizagem Behavioristas

A fundação do behaviorismo ocorre oficialmente em 1913, tendo Watson como precursor.


Uma ideia central de sua teoria foi rever posições mentalistas no estudo dos fenômenos
psíquicos. Para ele, a Psicologia deveria ser uma área pertencente às ciências naturais, tratando,
objetivamente e por meio de procedimentos experimentais, o estudo da conduta humana .
6

A palavra behaviorismo vem do inglês behaviour, que significa conduta, comportamento, em


Língua Portuguesa (William e Raitt, 1996: 199). O behaviorismo procura explicar a formação
do comportamento com base na influência de determinadas condições.

Para Davidoff (2006:258), na perspectiva behaviorista, a aprendizagem e um comportamento


observável, adquirido de forma automática através de estímulos e respostas. O principal
pressuposto da teoria é que a aprendizagem em geral e sinónimo de formação de hábitos.
Os mecanismos centrais da formação de hábitos são o condicionamento e o reforço, que e a
satisfação que o indivíduo recebe como resultado de sua performance.

NUNES e SILVEIRA citado por PENNA (1982), diz que ʺWatson considerava que os
comportamentos eram aprendidos, mesmo em se tratando de reações emocionais ou instintivas.
Para ele, as reações instintivas eram representadas basicamente pelo medo, ódio e amor, os
quais estariam, como outras formas de expressão, associados à ação de estímulos.

Por conseguinte, todas as áreas do comportamento humano seriam compreendidas a partir da


relação estímulo-resposta e todos os comportamentos seriam considerados reflexos, uma vez
que eles são considerados respostas provocadas por estímulos.

Os Behavioristas Tratam a aprendizagem como uma questão de conexões entre estímulos (E)
e respostas (R). Comportamentos (respostas) são eliciados por estímulos (condições que levam
aos comportamentos).

4.1.1.Condicionamento
Behaviorismo estudo científico, puramente objetivo, do comportamento humano (Tavares &
Alarcão, 2005:92)

Mwamwenda (2006:164), condicionamento significa aprendizagem, ou modificação de


comportamento.

Segundo a teoria do behaviorismo determinadas condições, determinados estímulos do meio


ambiente podem produzir determinados comportamentos. Deste modo, o behaviorismo
7

considera que se pode estabelecer uma ligação entre uma determinada situação, condição ou
estímulo e o comportamento do indivíduo.

Watson cunhou o termo behaviorismo para deixar claro que sua preocupação era com aspectos
observáveis do comportamento.

O behaviorismo supõe que o comportamento inclui respostas que podem ser observadas e
relacionadas com eventos que as precedem (estímulos) e as sucedem (consequências).

O objetivo maior do enfoque behaviorista é chegar a leis que relacionam estímulos, respostas e
consequências (boas, más ou neutras).

O behaviorismo de Watson focalizava muito mais os estímulos do que as consequências e


estava influenciado pelo condicionamento clássico de Ivan Pavlov (russo;1849-1936):

Para Watson comportamento significava, em última análise movimento muscular. A fala por
exemplo resultava de movimento de garganta. O pensamento era uma fala subvocal, uma
conversão silenciosa consigo mesmo. Sentimentos e emoções decorriam de movimentos das
estranhas.

Watson simplesmente descartou o mentalismo. Para ele, seres humanos nascem com certas
conexões estímulos-resposta chamadas reflexos. A partir do repertorio inicial de reflexos, é
possível construir uma multiplicidade de novas conexões através do condicionamento clássico.
É assim que se aprende a responder (partindo de respostas inatas) a novas situações.

As emoções humanas eram também explicadas em termos de respostas condicionadas e


incondicionadas. Ex. medo. Para explicar certas aprendizagens, Watson utilizava dois
princípios: o da frequência e o da recentidade.
8

O princípio da frequência diz que quanto mais frequente associamos uma dada resposta a um
dado estimulo mais provavelmente os associamos outra vez. O princípio da recentidade diz
que quanto mais recentemente associamos uma dada resposta a um dado estimulo,
provavelmente os associaremos outra vez.

Todos comportamentos tendem, segundo Watson, a envolver todo o corpo. Quando falamos
por exemplo, usamos tanto palavras como expressões faciais e gestos. Tudo o que pensamos,
sentimos ou fazemos envolve graus variáveis, a atividade de todo o corpo.

O estímulo condicionado de pois de ser emparelhado um número suficiente de vezes como


estímulo incondicionado, passa a eliciar a mesma resposta e pode substituí-lo. (Aprendizagem
de sinal.)

4.1.2.Condicionamento clássico

Segundo CHIMARIZENE apud, Ivan Pavlov (1889 – 1936), fisiólogo russo, que ganhou mérito
após ter realizado investigações que resultaram na teoria do condicionamento clássico. A
palavra “clássico” significa “primeiro tipo”, diz -se que a teoria de Pavlov é a primeira teoria
da aprendizagem, que e referida como clássica.

Segundo CHIMARIZENE (2013:62) ʺO condicionamento clássico pode ser referido como


substituição de estímulos, porque um novo estímulo originalmente neutro pode tomar lugar de
(pode passar a ser) um estímulo que solicita respostas.

Pavlov argumenta que, através da associação, é possível para o organismo (pessoa ou animal)
desenvolver um novo conjunto de comportamentos.

Em que consistiram tais investigações?


9

Pavlov apresentou a um cão esfomeado um pedaço de carne e verificou que o cão salivou e
aproximou-se para comer a carne.

Nesta experiência a carne é um estímulo incondicionado (Ei), porque está ligado a satisfação
de necessidades instintivas, a necessidades vitais, sendo, por isso, um estímulo significativo. A
salivação é um reflexo incondicionado (Ri), uma reacção automática ligada aos instintos.

Em seguida, Pavlov realizou a seguinte experiência: Tocou uma campainha seguida de


apresentação de pedaço de carne ao cão esfomeado, tendo verificado que o cão salivou e
aproximou-se para comer a carne. Nesta experiência, o toque de campainha é um estímulo não
significativo para o cão, é um estímulo neutro, porque não está ligado a satisfação de suas
necessidades vitais. A carne é um estímulo significativo e a salivação reflexo incondicionado.

Pavlov repetiu várias vezes a experiência de toque da campainha seguido de apresentação de


carne e constatou a salivação e aproximação do cão.

Depois de repetida combinação do toque de campainha, seguida de apresentação de um pedaço


de carne, em que o cão salivou e se aproximou para comer a carne, Pavlov realizou a outra
experiência que consistiu em tocar a campainha para o cão esfomeado, sem, contudo, apresentar
a carne, tendo verificado que o cão salivou e se aproximou. O toque da campainha passou a ser
sinal de estímulo incondicionado, isto é, a ser significativo para o animal.

Cão aprendeu que o toque de campainha é sinal de carne. A reacção de salivação e consequente
aproximação resultante do toque de campainha é um reflexo condicionado. Dizemos aqui que
o animal aprendeu através de reflexos condicionados.

Qual o mecanismo fisiológico do reflexo condicionado?


10

O reflexo condicionado, neste caso, a reacção de salivação é aproximação perante o toque de


campainha é resultado da ligação formada no cérebro entre as zonas auditiva e digestiva.

Caso o cão não receba o alimento, o estímulo incondicionado, em casos sucessivos de toque de
campainha quando esfomeado, não reagirá salivando e se aproximando. A ligação entre as
zonas auditiva e digestiva no cérebro apagar-se-á.

Será que só os animais aprendem através de reflexos condicionados?

O ser humano também aprende através de reflexos condicionados. O bebé aprende a palavra
leite, quando a mãe repetidas vezes pronuncia a palavra leite e lhe dá leite. Mais tarde ao
pronunciar a palavra leite o bebé reage animado com todo o corpo à procura de leite.

4.2.Teoria behaviorista de Guthrie - Teoria da contiguidade

O princípio de Edwin Guthrie e semelhante ao de Watson diz que se uma combinação de


estímulos que acompanhou um movimento ocorrer outra vez, tendera a ser seguida por este
movimento.

O importante é a contiguidade, não como a resposta foi eliciada basta que o estímulo e a resposta
ocorram juntos uma única vez. A aprendizagem de Guthrie e do tipo ʺum tiro sóʺ ou ʺtiro-e-
quedaʺ. A intensidade total da ligação E-R, que ele chama de habito é atingida na ocasião do
primeiro pareamento.

Guthrie ocupou-se também da quebra de hábitos, propondo três métodos para substituir
respostas indesejáveis por outras desejáveis:
11

1.Método da Fadiga: repetir o estímulo até que a resposta original canse e continuar repetindo-
o até que uma nova resposta desejada seja dada; como esta é mais recente é ela que ficará
associada ao estímulo que é, então, retirado.

2.Método do Limiar: introduzir o estímulo que se deseja desconsiderar num grau tão fraco que
não provoque a resposta; então, ele provavelmente eliciará outras respostas até que uma
desejada seja dada e que permanecerá associada ao estímulo ao ser retirado.

3.Método do Estímulo Incompatível: apresentar o estímulo quando a resposta não pode


ocorrer; então, ocorrerão outras respostas até que uma desejada ocorra e que permanecerá
associada ao estímulo ao ser retirado.

Guthrie (1919) não usava o conceito de reforço (positivo ou negativo) para explicar mudanças
de comportamento (quebras de hábitos). Sua teoria é uma teoria de contiguidade e de
interferência de aprendizagens.

4.3.Condicionamento operante (Skinner)


Segundo Mwamwenda citado por Chimarizene.H.Santana (2013:65), no condicionamento
clássico, a principal preocupação é com as respostas que são solicitadas pelos estímulos que são
específicos e identificáveis.

Skinner (1938-1953) considerou o condicionamento clássico como uma teoria plausível da


aprendizagem, mas deu um passo em frente através da defesa de que nem toda a aprendizagem
pode ser explicada na base do estímulo identificável.

Na sua perspectiva, existem outras formas de aprendizagem que ocorrem independentemente


de qualquer estímulo identificável. Isto levou-o a uma nova teoria designada por
condicionamento operante.

O termo operante refere-se ao facto de um organismo, que pode ser uma pessoa ou um animal,
trabalhar sobre o seu meio, e a medida que o faz ser responsável por gerar consequências.
12

Por exemplo, aparecer sob a forma de uma boa nota num determinado curso, uma boa colheita
para um camponês, uma promoção no trabalho ou simplesmente uma relação feliz e positiva
com pais, crianças, colegas, professores ou cônjuges.

Uma vez que essas consequências são recompensadoras, as respostas ou comportamentos de


um organismo serão repetidas e fortalecidas.

Em suma, o condicionamento operante é uma relação entre a resposta (comportamento) e as


consequências. O condicionamento operante é também designado por condicionamento
instrumental porque o organismo é instrumental ou somente responsável por gerar recompensa
pela sua actividade ou comportamento.

Um outro autor psicólogo americano de nome Skinner (1904-1991), colocou um rato


esfomeado numa gaiola, que para obter alimento teria que pisar numa alavanca que despoletaria
alimento. A fome funcionou como estímulo incondicionado. O rato começou por saltitar
cegamente na gaiola durante muito tempo, tendo, por acaso, pisado na alavanca e obtido
alimento. O saltitar cegamente pela gaiola foi a reacção, o comportamento do animal o alimento
a recompensa recebida. Estas tentativas cegas verificaram-se várias vezes, tendo conduzido à
obtenção de alimento casualmente.
Ao longo do tempo as tentativas para pisar a alavanca e obter alimento foram diminuindo, até
que a animal passou a dirigir-se directamente a alavanca e pisá-la. Pode-se dizer que o rato
aprendeu que pisar a alavanca conduz à obtenção dos alimentos. O efeito do “pisar da alavanca”
conduziu à aprendizagem do comportamento de “pisar a alavanca para obter alimentação, sendo
o efeito do pisar a alavanca reforçadora.

O estímulo alimento é, deste modo, um reforço. Assim a aprendizagem realizou-se através do


mecanismo estímulo, reacção e reforço. O animal aprendeu que tem que agir, operar, neste caso,
tem que pisar alavanca para obter alimento. Daí que, este condicionamento se designe de
condicionamento operante.

É através do condicionamento operante que se adestram animais. O rato acabaria por pisar a
alavanca e transpor o obstáculo para obter o alimento. Deste modo, se podem ensinar
comportamentos complexos aos animais vertebrados.
13

Reforço – estímulo que aumenta a probabilidade de ocorrer uma determinada resposta. O


estímulo reforçador ou reforço pode ser positivo ou negativo. O reforço positivo é aquele que
traz a satisfação, o bem-estar, é agradável e que provoca a possibilidade de manifestação do
comportamento em condições semelhantes. O reforço negativo é um estímulo que retira a forca
de um comportamento.
Exemplo:
O alimento que o rato da experiência de Skinner obtém ao pisar a alavanca é um reforço
positivo. O estímulo reforçador é negativo quando traz insatisfação, mal-estar, dor física ou
psíquica e é desagradável, possibilitando a eliminação de um comportamento indesejável em
condições semelhantes futuras.

4.4.Plano de reforço
O processo por meio do qual o comportamento e reforçado e referido como um plano de reforço.
Plano de razão fixa – o organismo pode ser reforçado depois de uma unidade de trabalho ou
de uma actividade ter sido completada. Por ex. o professor pode reforçar os alunos pela
observação do seu trabalho ou avalia-lo quando eles tiverem completado toda a tarefa, em vez
de avalia-los cada vez que eles terminam uma pequena parte da tarefa.

Plano de intervalo fixo – este tipo de reforço é usado depois de ter decorrido um certo período
de tempo. Por ex., a professora pode decidir administrar um teste por mês de todo o trabalho
realizado. Muitos trabalhadores americanos são pagos semanalmente ou quinzenalmente,
enquanto na maioria dos países africanos são pagos mensalmente. Normalmente, não se dá
muita atenção a quantidade de trabalho realizado durante este período, o que é importante e que
os trabalhadores tenham trabalhado por um determinado período de tempo.

Plano de razão variável – nesta forma de reforço, pode ser dado um reforço ao organismo
numa média de dez respostas, 1:10. O modo como o organismo é reforçado vária, mas a razão
pré-determinada e mantida.

Plano de intervalo variável – o organismo e reforçado numa base similar ao reforço de razão
variável, excepto que o critério de reforço é o tempo e não a quantidade de trabalho realizado.
O reforço pode ser dado com uma média de dez horas ou dias ou semanas, mas o intervalo pode
diferir/variar.
14

4.5.Ensaio-erro/tentativa e erro
Edward L. Thorndike (1874-1949), (pai da Psicologia Educacional) psicólogo educacional dos
Estados Unidos da América, elaborou a teoria de aprendizagem por ensaio-erro baseada em
experiências de colocação de ratos e gatos em caixas-labirinto.

Para Thorndike, aprender era resolver um problema; a aprendizagem consistia em estabelecer


uma conexão, a nível do sistema nervoso, entre estímulo e reacção, conseguia após uma série
de tentativas e erros.

Os animais expostos em situação de descoberta de caminho correcto para chegarem ao ponto


onde se encontrava a saída e o alimento, agiram por tentativas, experimentando êxitos e
fracassos até terem sucesso.

Com base em várias experiências, Thorndike enunciou “as suas três leis da aprendizagem” que
giram a volta da ideia de que a aprendizagem anda associada a um esforço que e recompensado.
São elas: a lei do efeito, a lei do exercício ou frequência e a lei da maturidade específica.

 Lei do efeito – uma associação é fortalecida ou enfraquecida em virtude de suas


consequências (recompensa e punição);
 Lei do exercício ou frequência – as associações entre estímulo e resposta são
fortalecidas com a prática ou repetição dessas associações; “exercitar uma conexão entre
um estímulo e uma resposta fortalece-a; não exercitar tal conexão durante um certo
período a enfraquece”;
 Lei da prontidão (maturidade especifica) - se um organismo estiver preparado para
estabelecer a conexão entre o estímulo e a reacção, o resultado será agradável e a
aprendizagem efectuar-se-á; caso contrário, o resultado não será agradável e a
aprendizagem será inibida.

5.Aplicações Pedagógicas das Teorias Behavioristas


 Definir, com a maior exactidão possível, os objectivos finais da aprendizagem;
 Analisar a estrutura das tarefas de modo a determinar os objectivos de percurso;
 Estruturar o ensino em unidades muito pequenas de forma a permitir um melhor
condicionamento do aluno e conduzi-lo através de experiencias positivas de
aprendizagem;
15

 Apresentar estímulos capazes de suscitar reacções adequadas;


 Evitar as ocasiões de erro e, no caso de ele vir a ocorrer, ignorá-lo o mais possível ou
puni-lo, de modo a evitar a instalação de hábitos errados;
 Proporcionar aos alunos conhecimento dos resultados obtidos e retro-alimentação
adequada;
 Recompensar, retirar recompensas ou punir os alunos de acordo com a natureza dos seus
comportamentos e em relação a aprendizagem desejada.

Segundo Rodrigues & Bila (s/a:112), aplicações pedagógicas das teorias behavioristas,
representam os mecanismos de aprendizagem humana. O condicionamento explica a formação
de hábitos, habilidades e qualidades de comportamento.

Exemplos:

Hábitos tais como o de pentear, lavar as mãos antes de comer, andar com roupa limpa resultam
da colocação de exigências dos pais e encarregados de educação, professores e respectivo
reforço através do elogio quando observados pela criança ou repreensão verbal quando não
observados.

Habilidades como acções automatizadas resultam da repetição e reforço. Quando a criança


aprende a ler e escrever pela primeira vez tem que pronunciar palavras, descobrir fonemas,
letras, escrever no ar, na areia, no quadro e várias vezes no caderno.

A criança realiza muitas combinações das letras, muitas cópias. Sempre que erra tem que
repetir. A criança aprende qualidades de comportamento, tais como respeitar os bens alheios, o
respeito por outras pessoas, a pontualidade à medida que sofre a apreciação dos pais, adultos e
professores.

6.Teoria de Aprendizagem social


Segundo BANDURA citado por MWAMWENDA, (2005:179) o indivíduo, na interacção com
outras pessoas, aprende através da observação e da percepção de outras pessoas imitando o seu
comportamento.

Nesta teoria fala se de BANDURA e ele defende a aprendizagem ou aquisição de conhecimento


e desempenho observável baseado naquele conhecimento (comportamento). Enfatiza a
16

importância da observação e da modelagem dos comportamentos, atitudes e respostas


emocionais dos outros.

Trata-se da aprendizagem por imitação. Por imitação entende-se a cópia de acções de outras
pessoas de forma intencional (Cabral e Nick, 1997: 181). É deste modo que a criança reproduz
gestos, acções, manifestações verbais, movimentos e modos de vestir das pessoas que a
rodeiam. Quando os comportamentos imitados são reforçados positivamente tendem a manter-
se, enquanto que aquelas acções e gestos que são reforçados negativamente tendem a
desaparecer.

Eventos ambientais (recursos, consequências de ações e ambiente físico), pessoais (crenças,


expectativas, atitudes e conhecimento) e comportamentos (atos individuais, escolhas e
declarações verbais) interagem no processo de aprendizagem

Segundo BRUNER e ZELTNER citado por CHIMARIZENE (2013:86), a aprendizagem por


imitação também pode ter lugar sem reforço directo em determinadas condições, como por
exemplo, quando o observador tem disposição de assumir o comportamento ou a pessoa
observada tem grande prestígio.

Segundo o que foi já exposto, o indivíduo aprende comportamentos de pessoas que a rodeiam
que são ou não reforçados. Note-se que a aprendizagem pode realizar-se através da cópia do
comportamento da pessoa modelo. Trata-se aqui da aprendizagem por modelagem. O modelo
poderá ser o pai, a mãe, o irmão, a irmã, o professor, a professora, o amigo, a amiga, o artista,
o atleta, o político, o religioso entre outros.

O mais importante é que a observação do reforço positivo do comportamento de outra pessoa,


através do elogio, prémio pode conduzir à aprendizagem de tais comportamentos.
A participação dos alunos numa sessão de distribuição de prémios aos alunos que estão no
quadro de honra e que se destacam nos seus comportamentos, tais como pontualidade,
realização de deveres de casa, curiosidade de aprender, procura de esclarecimento de dúvidas,
repetição da matéria em casa pode contribuir para que adoptem tais comportamentos. Esta
aprendizagem que resulta da observação do reforço de comportamentos de outras pessoas
também se designa de aprendizagem por reforço vicariante.
17

A imitação e a modelagem são mecanismos fundamentais de aprendizagem de comportamentos


que os educadores, os pais, os professores devem considerar no processo educativo e, em
particular, no processo de ensino-aprendizagem.

Os educadores, os pais, os professores, devem reforçar positivamente os comportamentos


reproduzidos que sejam socialmente aceites. Eles devem ter comportamentos modelos para
seus educandos, nos seus gestos, acções, expressões verbais, vestuário, atitudes.
A teoria de aprendizagem social se baseia nas percepções de outras pessoas, isto é, nos
processos cognitivos e reforço de comportamentos reproduzidos.

7.Teoria da aprendizagem cognitiva


Para John Dewey a aprendizagem deve estar vinculada aos problemas práticos aproximando-se
o mais possível da vida cotidiana dos alunos. À escola cabe preparar seus alunos para a vida
democrática, para a participação social, deve praticar a democracia dentro dela, dando
preferência à aprendizagem por descoberta.

Para Dewey, seis são os passo que caracterizam o pensamento científico:


 Tornar-se ciente do problema – É necessário que o problema proposto tenha
significado para o indivíduo. O problema deve ser transformado em uma necessidade
individual que lhe proporcione estímulos suficientes;
 Esclarecimento do problema – Consiste na coleta de dados e informações sobre o
problema proposto. É onde vai se selecionar a melhor forma de atacar o problema,
através dos recursos disponíveis;
 Aparecimento da hipótese – São as possibilidades que surgem para a provável solução
do problema. As hipóteses costumam surgir após um longo período de reflexão sobre o
problema e suas implicações, a partir dos dados coletados nas etapa anterior.
 Seleção da hipótese mas provável – É o confronto da hipótese com o que se conhece
do problema. Passando de uma hipótese a outra na medida que vão se mostrando
ineficazes para a resolução do problema uma hipótese verifica-se outra;
 Verificação de hipótese - É na prática que acontece a verdadeira prova da hipótese que
será comprovada na ação;
18

 Generalização – Em situações posteriores semelhantes, uma solução já encontrada


poderá contribuir para a formulação de hipótese mais realista. A capacidade de
generalizar consiste em saber transferir soluções de uma situação para outra.

8.Teoria da aprendizagem fenomenológica ou de campo


A criança é vista como um ser que aprende naturalmente.
A aprendizagem só acontece a partir do material que se vincule a experiência do indivíduo.
Assim, existem alguns passos que devem para facilitar a aprendizagem do indivíduo, a partir
de sua própria experiência.
 Proporcionar aos alunos oportunidades de pensamento autônomo, criando um clima de
diálogo, que os encoraje a expressar suas opiniões e a participar das atividades do grupo;
 Os alunos devem desenvolver suas atividades em acordo com o ritmo pessoal. O êxito
e a aprovação sendo considerados a partir das realizações individuais;
 Oferecer aos alunos a oportunidade de utilizar um impulso universal presente em todos
os seres humanos, no sentido de concretizar suas próprias potencialidades. Sem podá-
los em uma camisa de força, prendendo-os à competição artificial e ao rígido sistema
de notas.
9.Teoria da aprendizagem da Gestalt
Os psicólogos que preconizaram a teoria da Gestalt, como Köhler, Koffka, defendiam que a
experiência e a percepção são mais importantes que as respostas específicas no processo de
aprendizagem.
Segundo eles a aprendizagem acontece através de insight, que se constituem em uma
compreensão súbita para solução de problemas. Mas para que isso ocorra existe a necessidade
de experiências anteriores vinculadas ao problema e só acontece em consequência de uma
organização permanente da experiência, que permite a percepção global dos elementos
significativos.

10.Teorias interacionistas
Os interacionistas acreditam que o indivíduo interagem com o meio respondendo aos estímulos
externo, analisando e construindo seu conhecimento a partir do seu erro. A concepção
interacionista de desenvolvimento apoia-se na ideia de interação entre organismo e o meio e vê
a aquisição de conhecimento como um processo construído pelo indivíduo durante toda a sua
vida, não estando pronto ao nascer nem sendo adquirido passivamente graças a pressões do
meio. Os principais interacionistas são:
19

10.1.Teoria de Aprendizagem de Piaget (1896-1936)


As teorias cognitivas de aprendizagem explicam como as informações são adquiridas,
processadas actualizadas através de processos cognitivos, através do processo de cognição.

Piaget chama atenção dos educadores para que os assuntos a aprender sejam apresentados tendo
em conta o ponto de vista da criança que se ensina, e não a maneira como os adultos
compreendem o conhecimento.

O papel da escola é integrar e enriquecer o desenvolvimento normal da criança; o currículo


deve acompanhar o ritmo normal do seu desenvolvimento Tavares & Alarcão (2002:102).

Para Tavares & Alarcão (2002:102), a aprendizagem é um processo normal, harmónico e


progressivo, de exploração, descoberta e reorganização mental, em busca da equilibração da
personalidade.
O ensino deve estar de acordo com os interesses e a curiosidade da criança, deve ser
significativo.
As tarefas e o material a apresentar devem ser selecionados e organizados de tal modo que a
criança sinta uma certa tensão que a leva em busca da equilibracão e que traduz num desejo de
aprender (motivação da aprendizagem).

10.1.1.Características da Teoria de Aprendizagem de Piaget


Piaget concebe que a aprendizagem se realiza como processo de assimilação, acomodação e
equilibração.
Assimilação compreende-se a aquisição de novos conhecimentos e novas experiências
integrando-os ou absorvendo os nas estruturas ou esquemas existentes do pensamento
Chimarizene (2013:72).
A acomodação, por sua vez, designa as modificações que as novas experiências provocam nos
esquemas ou estruturas existentes de modo que haja adaptação. Para que haja adaptação é
necessário que haja equilíbrio entre assimilação e acomodação.
O desequilíbrio entre assimilação e acomodação provoca conflitos para outros patamares de
equilíbrio de nível superior.

Exemplo
20

Investigações sobre a aprendizagem de conceitos de alunos da 5ª e 6ª Classes da Escola Primária


de Bagamoyo e da Escola Primária de Maxaquene realizadas por Chiau (1993:29-30) no que
diz respeito a explicação do conceito de rio conduziram aos seguintes resultados:
 Rio é um lugar é “um lugar grande onde existe água” (23%), o que significa praia;

 Rio é “um lugar onde existe água” (14%), ligado com qualquer conjunto de água
incluindo lagos, rios, reservas de água, valas, canais de irrigação ou água da chuva
acumulada;

 Rio é “porção de água cercada por todos os lados ou corrente de água doce” (11%);

 Rio tem é “água da chuva acumulada num sítio que, passado algum tempo, devido ao
peso fura uma parte do terreno e escorre num longo percurso”.

Neste exemplo, não consegue explicar o que é um rio. Isto demonstra que, ao assimilarem o
conceito de rio não o compreenderam, não o acomodaram, isto é, não o incorporaram nos
conhecimentos anteriores de rio, e, consequentemente não modificaram a sua ideia de rio,
continuaram a explicar o conceito de rio de acordo com suas percepções e vivências pessoais
confundindo-o com a praia e valas e água corrente da chuva.
O que deveria fazer o professor para que efectivamente os alunos compreendessem o conceito
de rio?
Ele deveria começar por perguntar aos alunos o que entendiam por um rio e depois utilizar essas
definições para elaborar o conceito de rio.

Para dar o conceito de rio o professor poderia proceder do seguinte modo:


1. Começar por dizer que vão falar sobre o rio.

2. Perguntar se alguém na sala já teria visto um rio?

3. Perguntar: O que é um rio? Respostas poderiam aparecer tais como: Rio é como água
que corre nas valas da Avenida Acordos de Lusaka; Rio é com a água que corre quando
chove; Rio é como a água que corre do Mulauze.

4. Perguntar o que acham das respostas dadas, o que seria rio, a água da chuva que corre,
a água das valas da Avenida Acordos de Lusaka, a água do Mulauze? Quem já viu um
rio? Como é que é o rio?
21

5. Mostrar que o rio é água que corre e que nasce de um lugar, tem superfícies em cada
um dos lados, que damos o nome de margens e que tem um lugar onde termina, que se
chama foz.

O exemplo acima ilustra o processo de aquisição do conceito rio, em que o professor partiu dos
conhecimentos anteriores dos alunos e conduzi-los a um conhecimento científico de rio. Deste
modo, os alunos puderam modificar as ideias anteriores que tinham sobre rio, incorporar o novo
conhecimento nos conhecimentos anteriores. Os alunos passariam a definir e explicar
correctamente rio, havendo, assim, equilíbrio entre o conceito e sua explicação.

O processo de assimilação, acomodação e equilibração realiza-se por meio de processos


cognitivos e, em especial, através do pensamento. Com efeito, quando o professor do exemplo
2 acima apresentado pede a diferentes alunos para darem o seu conceito de rio e os coloca a
compararem suas respostas, ele está a levar os alunos a analisarem e sintetizarem seus conceitos
de rio, isto é, a pensarem.

Piaget defende que a aprendizagem deve ter em conta os estágios de desenvolvimento do


pensamento sensório-motor, pré-operatório, operatório-concreto e lógico-formal.
No pensamento sensório-motor (de 0 a 2 anos) domina a apreensão das características das
coisas através do manuseio dos objetos;
No pensamento pré-operatório (de 2 a 6 ou 7 anos) a criança apreende as características dos
objectos através dos órgãos dos sentidos. Exemplo, o uso de símbolo e imagens mentais, o
pensamento da criança começa a se organizar, mas não e ainda reversível;
A criança no estágio do pensamento operatório concreto (7 a 12 anos) apreende as
características essenciais das coisas e fenómenos com base nos objectos e fenómenos reais,
concretos. Porem seu pensar está limitado: as operações são, fato concretas, isto é, incidentes
diretamente sobre objetos reais.
No estágio do pensamento operatório formal (dos 11 ou 12 até idade adulta) a apreensão das
características mais essenciais das coisas e fenómenos baseia-se na análise e síntese de
descrições verbais quando o aluno possui experiências anteriores sobre o fenómeno, objecto em
estudo. A principal característica desta fase e a capacidade de raciocinar com hipóteses verbais
e não apenas com objetos concretas.
22

O processo de assimilação, acomodação e equilibração realiza-se de forma activa pelo sujeito


que aprende. O exemplo 2 ilustra este facto. Os alunos não ouviram passivamente a definição
e a explicação do que é um rio, mas deram suas ideias de rio, compararam suas ideias de rio
para chegarem ao conceito de rio. O educador tem um papel estimulador, mediador na
aprendizagem do conceito rio, ele ajudou os alunos a chegarem ao novo conceito, a construir o
novo conceito.

Pelos factos acima apontados, a teoria de Piaget é considerada de interaccionista, pois defende
que os educandos devem interagir com a matéria e interagir entre si.

A teoria de Piaget é uma teoria construtivista pois defende que os educandos devem construir
os conhecimentos estimulados e orientados pelo educador.

10.1.2.Aplicações Pedagógicas da Teoria de Aprendizagem de Piaget


 A elaboração dos curricula adaptados às particularidades dos estágios de desenvolvimento
do pensamento;
 A formulação de objectivos, selecção de métodos e meios de ensino-aprendizagem pelo
professor tendo em conta as particularidades do pensamento nos diferentes estágios;
 A estimulação do processo de análise e síntese do aluno no processo de ensino-
aprendizagem;
 A consideração do aluno como ser activo, detentor de formas próprias de assimilar e
elaborar os conteúdos;
 A consideração das experiências e conhecimentos anteriores dos alunos no processo de
ensino-aprendizagem.

10.2.Teoria de Aprendizagem de Lev Semenovich Vygotsky (1896-1934)


Psicólogo russo, pesquisou sobre a literatura, psicologia e educação, dedicando-se aos campos
da pedagogia e psicologia. Estudou os processos psicológicos superiores (aqueles que
caracterizam o funcionamento psicológico tipicamente humana). Acções conscientemente
controladas, atenção voluntária, memorização activa, pensamento abstracto, comportamento
intelectual.
Vygotsky focalizou as seguintes ideias básicas:
 As funções psicológicas têm um suporte biológico, pois são produtos da atividade
cerebral;
 O funcionamento psicológico fundamenta-se nas relações entre o indivíduo e o mundo
exterior, as quais desenvolvem-se num processo histórico.
23

Para Vygotsky, o mundo psíquico que temos hoje não foi nem será sempre assim, pois sua
caracterização está directamente ligada ao mundo material e às formas de vida que os homens
vão construindo no decorrer da história da humanidade. Conceito básico da Teoria:
Mediação – a aquisição de conhecimento pela interacção do sujeito com o meio, ou seja, o
conhecimento e sempre mediado.

Para Vygotsky, a vivência em sociedade e essencial para a transformação do homem, do ser


biológico em ser humano. E pela aprendizagem nas relações com os outros que construímos os
conhecimentos que permite nosso desenvolvimento mental.
Para Vygotsky, a aprendizagem é processo pelo qual o indivíduo adquire informações,
habilidades, atitudes, valores, etc.. A partir de seu contacto com a realidade, o meio ambiente,
as outras pessoas. É um processo que se diferencia dos factores inatos (a capacidade de digestão,
por exemplo, que nasce com o indivíduo) e dos processos de maturação do organismo,
independentes da informação do ambiente (maturação sexual, por exemplo) (Oliveira, 1993:
57)

Vygotsky dá ênfase à interacção social como condição fundamental da aprendizagem. É a


aprendizagem na interacção humana que leva o indivíduo a adquirir qualidades humanas, o que
provoca o desenvolvimento psíquico do indivíduo.
 O nível de desenvolvimento real ou actual refere-se ao conjunto de conhecimentos,
habilidades, hábitos, aptidões, atitudes, valores, processos psíquicos que o indivíduo
possui no momento em que inicia a aprendizagem de algo.
 O nível de desenvolvimento potencial designa o conjunto de conhecimentos,
habilidades, hábitos, aptidões, atitudes, valores, processos psíquicos que o indivíduo
pode atingir a partir do nível de desenvolvimento, real ou actual no processo de ensino
aprendizagem.

Vygotsky define a zona de desenvolvimento proximal ou potencial como: a distância entre o


nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de
problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de
problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes
(Oliveira, 1993: 60).
24

De forma mais simples pode-se afirmar que a zona de desenvolvimento potencial ou proximal
compreende os conhecimentos e valores que a criança pode adquirir, as habilidades, hábitos,
aptidões, atitudes e qualidades de comportamento que pode desenvolver a pouco e pouco com
a ajuda dos adultos e outras crianças.
10.2.1.Aplicações Pedagógicas da Teoria de Vygotsky
 O professor deve, em 1º lugar, diagnosticar o nível de conhecimentos, habilidades e
aptidões dos alunos quando inicia sua actividade numa turma, para conhecer o nível real
ou actual dos alunos;
 Sempre que introduzir um conteúdo novo deverá reactivar os conhecimentos anteriores
dos alunos relacionados com a matéria a ser tratada, através de perguntas.
 O novo conteúdo deve ser dado a partir de perguntas sobre o novo conceito de forma a
colocar os alunos em situação de análise de suas opiniões e, ajudados pelo professor, a
enunciarem o novo conceito. Deste modo, o professor terá em conta as experiências e
conhecimentos anteriores dos alunos, o contexto em que os alunos vivem;
 O professor deve ser facilitador, orientador dos alunos, de sua interacção na análise e na
síntese, na elaboração ou construção do novo conhecimento.

A teoria de Vygotsky é aplicável no processo de ensino-aprendizagem, exigindo que o professor


começa dos conhecimentos e experiências anteriores dos alunos quando pretender introduzir
os conteúdos e os conduza a elaboração de novos conhecimentos com sua ajuda através da
colocação de actividades.
A aprendizagem é um processo activo de assimilação de conhecimentos, em que os novos
conhecimentos são relacionados com as experiências e conhecimentos anteriores do sujeito que
aprende, e, como consequência, são incorporados modificam tais conhecimentos.
Vygotsky também considera a aprendizagem como processo activo de aquisição da cultura
humana em que a consideração de experiências e conhecimentos anteriores desempenham uma
condição fundamental para conduzir o sujeito que aprende a níveis mais altos de aprendizagem.

Deste modo, Piaget e Vygotsky colocam a intervenção activa dos processos cognitivos do
sujeito que aprende como condição de aprendizagem.

Os processos de maturação são considerados como condição de novas aprendizagens e


consequentemente de desenvolvimento em Piaget enquanto que Vygotsky considera que nos
25

primeiros anos de vida factores biológicos de maturação são os mais determinam a


aprendizagem.
A partir do momento em que a criança começa a falar activamente, os factores ambientais
ligados a aprendizagem assumem um papel preponderante para o desenvolvimento psíquico.

10.3.Teoria de Aprendizagem Cognitiva de Jerome Bruner


Jerome Bruner preocupou-se em explicar como é que se realiza a aprendizagem através de
processos cognitivos e como é que o professor pode organizar a actividade do aluno de modo
que ele aprenda eficazmente.
Bruner insiste que o objectivo último do ensino e promover a “compreensão geral da estrutura
de uma matéria”. Entender a estrutura de um assunto é compreendê-la de uma forma que
permite que muitas outras coisas se relacionem significativamente com esse assunto.

Bruner pede ao professor que ajude a promover as condições em que o aluno se possa aperceber
da estrutura de um determinado. Quando a aprendizagem se baseia numa estrutura, e muito
mais duradoura e menos facilmente esquecida;

Bruner chama a sua posição uma teoria da instrução é não uma teoria da aprendizagem.
Acha que uma teoria da aprendizagem é descritiva: faz uma descrição dos factos a posteriori.
A teoria da instrução e prescritiva: prescreve antecipadamente como um assunto pode ser
melhor estudado.

“Se a teoria de aprendizagem nos diz que as crianças de seis anos ainda não estão prontas
para compreender o conceito de reversibilidade, a teoria da instrução prescreve a melhor
maneira de guiar a criança a adquirir este conceito quando tiver idade suficiente para o
compreender.”

10.3.1.Características da Teoria de Aprendizagem de Bruner

Bruner considera que o mecanismo principal de aprendizagem é a descoberta. O método da


descoberta consiste em levar o aluno aquisição dos conhecimentos através de procura por si
efectuada. Neste processo, a tarefa do professor é a de organizar actividades de modo a conduzir
o aluno a chegar de forma independente aos conhecimentos, a formar habilidades, hábitos e
aptidões.
26

O professor promove o ensino pela descoberta na medida em que coloca o aluno como pequeno
investigador, orienta o aluno na procura de exemplos ilustrativos do conceito a ser dado – tais
exemplos devem ser concretos, sempre que possível - promove a comparação dos exemplos
ilustrativos através de instruções a serem realizadas individualmente e /ou em grupo, até os
alunos acederem às caracteristicas essenciais e atribuirem a designação do conceito a ser
estudado.

A aprendizagem por descoberta exige que o professor envolva os alunos em actividades de


análise e síntese nos três momentos essenciais da aula: na preparação, realização e avaliação.

O facto de o aluno ser conduzido a chegar por si só às conclusões, sob a condução do professor
explica o facto de a teoria de aprendizagem de Bruner ser classificada como uma teoria
construtivista de aprendizagem.

10.4.Principios Fundamentais da Teoria de Ensino-Aprendizagem

Sprinthall (1993:239-243) considera que o processo de ensino-aprendizagem eficaz exige a


consideração das seguintes condições: a motivação, a estrutura, a sequência e o reforço.

10.4.1.Motivação

A motivação é a predisposição do indivíduo para a aprendizagem. A motivação é provocada


pelos impulsos da curiosidade, da aquisição de competência e da reciprocidade ou de viver com
outras pessoas e cooperar com elas.

Bruner destaca a motivação intrínseca, a vontade de aprender como condição principal que
predispõe o indivíduo a aprender.

A aprendizagem pode garantir a curiosidade caso se baseie na descoberta e na resolução de


problemas. Nestas condições exige-se a exploração de alternativas através da activação,
manutenção e direcção do processo.

A activação designa a colocação de tarefas que envolvam um grau de dificuldade que esteja ao
nível das possibilidades de solução pelos alunos, que espevite sua curiosidade de procura de
alternativas de solução. No exemplo da aula de Biologia da 8ª Classe de tratamento do tema “A
forma das folhas” a tarefa consistia em procurar folhas e procurar agrupá-las em diferentes
formas.
27

A manutenção caracteriza os mecanismos utilizados pelo professor para garantir que a criança
realize a tarefa do princípio ao fim. Esta manutenção realiza-se através das instruções que os
alunos têm que realizar e do controle de sua realização.

No exemplo da aula de Biologia, da 8ª Classe de tratamento do tema “A forma das folhas” as


instruções foram as seguintes: recolher folhas de formas diferentes, formar grupos de alunos,
agrupar as folhas de acordo com formas semelhantes, comparar a forma das folhas com objecto,
algo conhecido, dar um nome a cada um dos tipos de forma, misturar as folhas, apresentar uma
folha de acordo com a forma mencionada pelo professor por cada aluno, desenhar as folhas de
formas diferentes no caderno e escrever o respectivo nome.

A direcção da realização das tarefas caracteriza a orientação ao objectivo que inicia com a
colocação da tarefa pelo professor, continua com o seguimento das instruções colocadas pelo
professor na aula. Como se pode observar, a direcção da realização de tarefas é inseparável da
activação dos alunos para a aprendizagem e manutenção da curiosidade e procura de soluções
através de instruções do professor.

10.4.2.Estrutura

A estrutura diz respeito à organização dos conteúdos de um tema, assunto no processo de


ensino-aprendizagem de modo a ser compreensível pelos alunos.

Para Bruner, citado por Sprinthall (1993:240-241) a organização dos conteúdos depende de
modo de apresentação, da economia de apresentação e do poder de apresentação.

A apresentação dos conteúdos pode ser feita de forma motora, icónica e simbólica.

A apresentação dos conteúdos de forma motora designa a aprendizagem através de acções.

A criança de 6 anos, ao ingressar na Escola Primária, aprende a noção do número 1 começando


por observar o professor a retirar muitos objectos de modo a restar apenas um. Poderá também
chamar para a frente 10 alunos e mandar sentar 9 e perguntar quantos ficaram. Depois pode
pedir que cada aluno mostre um dedo, uma orelha, um olho, um lápis, uma cadeira, um caderno,
um menino uma menina.
28

A aprendizagem através de acções é a forma mais privilegiada de aprendizagem de crianças


que se encontram no estágio do pensamento sensório-motor de Piaget. Neste estágio, as crianças
aprendem as características das coisas com base na manipulação dos objectos.

Os principiantes escolares começam a aceder a muitos conhecimentos através da acção. Note-


se que os adolescentes aprendem por acções, por exemplo, as línguas e conteúdo de outras
disciplinas que exigem a prática.

A apresentação dos conteúdos de forma icónica designa a aprendizagem através de imagens.

Exemplo: Tomemos como ponto de partida a aprendizagem da noção de número 1 dado no


exemplo anterior. Na aula seguinte o professor pede aos alunos para mostrarem um feijão, uma
pedrinha, um lápis, um menino, uma menina. Depois pede a diferentes alunos para irem ao
quadro desenhar uma coisa de seu gosto.

Finalmente, pede a cada aluno para desenhar no seu caderno e pintar uma coisa de seu gosto.

As acções realizadas com objectos, coisas e pessoas constituíram um ponto de partida para a
compreensão da noção 1. A representação de imagens de 1 objecto, coisa e pessoa vai
consolidar a compreensão de 1. As crianças incluirão também objectos não presentes.

A apresentação dos conteúdos de forma simbólica realiza-se com base na linguagem verbal.

Exemplo: Depois de os alunos da 1ª Classe terem aprendido a mostrar um objecto, coisa e


pessoa e desenhá-los numa outra aula o professor diz que vão aprender a escrever 1 e escreve
no quadro 1.

Seguidamente, passa com o dedo sobre o número 1. À medida que pede aos alunos para
escreverem no ar 1, como ele o faz no quadro.

Escreve a tracejado vários 1 no quadro e pede aos alunos para completarem a escrita de um no
quadro. Em seguida, escreve a tracejado o 1 no caderno de cada aluno e pede aos alunos para
passarem o lápis sobre o 1. Finalmente, os alunos deverão escrever 1 e encher uma linha do
caderno repetindo os gestos anteriores.

O exemplo da aprendizagem da noção de número 1 mostra que o conteúdo foi apresentado de


forma motora, icónica e simbólica para facilitar a compreensão por parte dos alunos. O início
da aprendizagem com a escrita de 1 não seria compreensível aos alunos, pois não
compreenderiam que 1 representa a quantidade 1.
29

A apresentação dos conteúdos de forma simbólica com base na linguagem verbal aplica-se em
casos em que os alunos têm experiências e imagens vivas sobre os assuntos a serem tratados.

O modo de apresentação do conteúdo deve ser visto em estreita relação com a economia de
apresentação e o seu poder.

A economia de apresentação refere-se à quantidade de informações que o conteúdo abrange,


enquanto que o poder da apresentação diz respeito à simplicidade ou complexidade do
conteúdo. A quantidade de informações a ser apresentada deve adequar-se às características de
desenvolvimento etário do aluno. Isto também é válido no que diz respeito à sua simplicidade
e complexidade. O professor deve organizar os conteúdos de modo a que eles sejam
compreensíveis.

10.4.3.Sequência
Ao tratar da estrutura dos conteúdos referiu-se à questão da sua organização. De facto, falar da
organização dos conteúdos implica referir-se à sua sequência lógica, à inter-relação entre os
conteúdos, à relação entre o simples e o complexo, ao modo de apresentação dos conteúdos de
modo a torná-los compreensíveis.

10.4.4.Reforço
O reforço tem relação com a motivação do aluno no processo de ensino-aprendizagem. Bruner
citado por Sprinthall (1993:242) refere-se à necessidade de se dar uma retro-informação aos
alunos no decurso da realização das tarefas, na realização dos diferentes passos das tarefas de
modo a conduzi-los a novos passos de solução e tarefas com êxito.

10.5.Teoria de Aprendizagem Cognitiva de Ausubel (1918-(?))

Psicólogo americano pós-piagetiano que caracteriza os tipos de aprendizagem que os alunos


realizam na sala de aulas, cuja compreensão é fundamental para a realização da actividade do
professor.

10.5.1.Tipos de Aprendizagem de Ausubel

Ausubel considera que a aprendizagem se realiza através da recepção em oposição à


aprendizagem por descoberta; e por repetição em oposição à aprendizagem significativa.
30

10.5.2.Aprendizagem por Recepção e a Aprendizagem por Descoberta

A aprendizagem por recepção define-se como sendo a assimilação de conhecimentos acabados


apresentados pelo professor. O professor prepara a lição, explica a matéria e o aluno escuta e
aponta. Esta aprendizagem por recepção pode ser de repetição mecânica de material não
compreendido, como também baseada na compreensão do material aprendido. No caso da
aprendizagem por receção baseada na compreensão dos conteúdos expostos, o aluno relaciona
os novos conhecimentos com os que já possui.

A aprendizagem por descoberta consiste na realização de actividades de procura dos


conhecimentos por parte dos alunos.

A tarefa do professor é de planificar actividades para cada tema, com respectivas instruções,
orientar sua realização e estimulação dos alunos para chegarem aos conhecimentos,
desenvolver as habilidades, hábitos e aptidões esperados.

A teoria de aprendizagem de Ausubel também é considerada de uma teoria construtivista.

10.5.3.Aprendizagem por Repetição e Aprendizagem Mecânica

Ao tratarmos da aprendizagem por recepção referimo-nos que ela poderia ser por repetição
mecânica ou por aprendizagem significativa.

A aprendizagem por repetição mecânica designa a assimilação de informações sem


compreensão, sem estabelecimento de ligações baseadas no sentido, baseada na repetição e,
consequente, fixação. Com isto não se pretende afirmar que a aprendizagem por repetição
mecânica não seja aplicável no processo de ensino-aprendizagem. Muitas vezes os alunos terão
que fixar cifras, datas e nomes, sem relação significativa através da repetição mecânica.

A aprendizagem significativa, por sua vez, designa a aquisição de conhecimentos com base na
compreensão do conteúdo, sua incorporação nos conhecimentos anteriores do sujeito que
aprende. A aprendizagem significativa é mais duradoira que a mecânica.
31

11.Modelo informático

Modelo é protótipo ou exemplo que se pretende reproduzir ou imitar.

Modelo de computação ou informático seria uma teoria da área de ciência de computação que
é definida por conjuntos de operações sendo usadas na computação e nos seus respectivos
custos. Os modelos de computação incluem: máquina de Turing, função recursiva, calculo
lambda e sistema de reprodução.

O computador surge como uma ferramenta de auxílio ao trabalho do professor e para que isso
ocorra é preciso que haja no ambiente escolar um profissional qualificando tecnicamente e
metodologicamente, além de um plano metodológico que seja contextualizado com as demais
disciplinas.

TAVARES (2005) sugere que a informática educativa pode se colocar como uma ferramenta
inclusiva, ao estender para um maior número de pessoas a possibilidade de conseguir visualizar
e compreender fenômenos naturais, entendimento que antes seria reservado apenas para aqueles
estudantes com uma grande capacidade de abstração. Portanto as pessoas torna-se capazes de
alcançar um tratamento cientifico, e podem exercer plenamente a sua cidadania, com um melhor
entendimento dos fenômenos relevantes da sociedade do conhecimento, ou seja, a sociedade da
informação globalizada e dos meios de comunicação via sistema de telecomunicações
modernos. (www.infoescola.com).

De acordo com MATTER (2003) Apud GRZESIUR (2008) a utilização do computador na pré-
escola como ferramenta de auxílio na aprendizagem infantil é muito importante para a
construção do conhecimento dos alunos, as seguintes vantagens são encontradas:

 Os softwares educacionais proporcionam uma integração entre professor e aluno


realizando uma parceria no processo de ensino e aprendizagem
 Pensamentos críticos são desenvolvidos pelos alunos
 Estimula a pesquisa e a criatividade nos alunos
 Os alunos expressa sentimentos de elegia motivação, emoção e cooperação ao
concluírem uma tarefa quando são submetidos.

Os softwares educacionais são consideradas ferramentas de grande valia no processo de ensino


e aprendizagem, pois os alunos interagem entre si e com a máquina facilita as trocas de
experiências, estimula hipóteses de resolução surgem questionamentos e busca por outras
32

formas de resoluções sua utilizacao no ensino possibilita ao aluno auto confiança para criar e
resolver situações desenvolvendo autonomia para resolver problemas posteriormente.
(SANTANA 2008).

O uso de computador no processo de ensino e aprendizagem é fundamental para duas


abordagens: Instrucionista e construcionista.

Instrucionista: tenta reproduzir o ensino tradicional através do computador, os conteúdos são


transmitido ao aluno, cabendo ao computador ensinar o aluno.

Construcionista: o aluno passa a interagir com software, criando situações e tomando decisões.
O aluno constrói o seu conhecimento a partir da elaboração de seus interesse e as
experimentações são realizadas no computador. SANTANA (2008) apud, GRZESIUK (2008).

O computador também É uma ferramenta de ensino, necessário na transmissão de


conhecimento, assim o aluno excuta uma tarefa através da máquina.

11.1.Modelo de processamento de informação

Desde que o paradigma de processamento de informação passou a dominar a psicologia


cognitiva, nos anos 50 do século XX, a metáfora computacional passou a ser fundamental como
modelo para se entender o funcionamento mental (cognitivo) humano.

Segundo TAVARES (2007) influência da teoria e metodologia empregue na psicologia


cognitiva, termos como algoritmo, taxas de processamento, organização e seleção da
informação, entre outros, fazem parte de uma linguagem bastante comum na actualidade.

O psiquismo humano passou a ser visto como um organismo receptor, emissor e tratador de
informações, e que portanto, possui processamentos que apresentam características especificas
susceptíveis de serem explicadas e preditos.

Desta forma a psicologia cognitiva identifica o ser humano como um sistema activo no seu
ambiente, e no ambiente de inter-relacionamento professor-aluno em especial, sistema que
possui mecanismos de auto regulação retroação tipicamente cibernéticas que podem apresentar
défices nestes mecanismos e naqueles tratamentos de informações VARELA (1993)

De acordo com SOARES (1993.pag. 2) os problemas provenientes do uso da tecnologia


computacional tem colocado questões importantes no planejamento das maquinas e na
33

adaptação do homem a esse sistema. Quer nos Bancos, aviões, carros ou mesmo no uso das
tecnologias educacionais.

Essa ferramenta adquire cada vez mais uma importância fundamental na execução de trabalho
diária, tanto burocrático quanto dos professores e alunos envolvidos na tarefa de ensino e
aprendizagem.

11.2.Computador no ensino aprendizagem

Tradicionalmente computador é utilizado para processar, armazenar e transferir informações e


como elemento para tomada de decisões, o fato é que o computador está sendo cada vez mais
utilizado para apoiar e potencializar a educação. Com métodos mais dinâmicos e interativos,
desperta maior interesse dos alunos na busca pela informação e também incita uma participação
efetiva no processo ensino-aprendizagem.

Pierre Lévy fez uma constatação muito importante sobre o computador, visto que ele é
incompleto sem o homem, principalmente, ao seu comando: “O computador não é o centro,
mas um pedaço, um fragmento da trama, um componente incompleto de uma rede calculadora
universal” (LÉVY, 1996:47).

O uso de tecnologias avançadas, pela sociedade, tem exigido das instituições educacionais uma
revisão de seus conceitos, de seus métodos e de seus recursos. Com a missão de preparar os
jovens que estão sob sua responsabilidade, para exercer plenamente a cidadania num mercado
cada vez mais competitivo, nenhuma instituição pode fechar os olhos para as grandes mudanças
que se anunciam para aqueles que têm o domínio tecnológico, tampouco pode se eximir de
refletir sobre o significado da adoção dessas novas tecnologias em seus projetos pedagógicos.

A descoberta de novas formas de ensinar e aprender por meio da informática educativa é um


desafio extremamente motivador, que implica e que demanda trabalhos de investigação
voltados para a produção de meios e materiais que possibilitem também a teorização a respeito
de sua aplicação em relações mediadas por essa tecnologia.

No meio escolar, o uso pedagógico do computador é apontado como um fator que pode
contribuir efetivamente para o avanço qualitativo do processo ensino-aprendizagem.

Exemplo:

a) quando o aluno dispõe de uma infinidade de exercícios para resolver, de acordo com o seu
grau de conhecimento, interesse e de seu ritmo de desenvolvimento;
34

b) a criança aprende melhor quando é livre para descobrir relações por ela mesma, em vez de
ser explicitamente ensinada. Quando essa utiliza jogos educacionais no computador, aprendem
por intermédio do divertimento;

c) o computador como comunicador permite a troca de ideias e experiências;

d) na resolução de problemas;

e) informações referentes ao aspecto motivacional, apresentadas em multimídia.

11.3.Computador com base na psicologia cognitiva

O uso de computador e a grande flexibilidade fornecida por homem na realização de uma


grande variedade de experimentes que ganharam terreno, sobre tudo com uso do tempo de
reação como um método que revelar aspectos do funcionamento cognitivo. O estudo da
perfomance humana em diversas situações manipuláveis.

Neste sentido empregamos o computador por sua exatidão com confecção de estímulos
variáveis. Assim o que o homem precisava visualizar em que o computador pode servir muito
mais do que um processador de informações ou mesmo um instrumento de analisa dados
psicológicos na mente humana.

11.4.Ciências cognitivas no modelo informático

As ciências cognitivas pesquisam a princípio duas classes de problemas:

 O estudo dos processos e tratamento de informações através da percepção,


transformação, armazenamento, recuperação e utilizacao;
 O estudo das formas como sistematizam as representações dessas atividades.

Uma questão importante nesse campo de estudo computacional é a maturidade da mente, a ideia
em a mente não e o todo vazio sem informação de dados mentais mais ao contrario uma coleção
de modelos mais a menos especializados na informática.

11.5.Princípios do modelo informático

 Hardware ela apenas de processar dados informáticos;


 Software contextualiza informações editando textos, automatizando processos a partir
dos funcionamentos trazidos pela teoria da informação, podemos esboçar o seguinte
fluxo de conhecimento e a sabedoria na cognitividade.
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12.Conclusão
Depois de ser abordada tantas teorias de aprendizagem vimos que aprendizagem é assimilação
ativa de conhecimento.
Para teoria behaviorista temos o Watson como defensor que segundo ele o behaviorismo
procura explicar a formação do comportamento com base na influência de determinadas
condições. Essa teoria focaliza muito na relação de estimulo e resposta.
Para teoria cognitiva baseia se no processo que ocorre por traz de mudança de comportamento.
Essas mudanças ocorre para entender o que acontece na mente do aluno. Entre tanto para
humanistas o indivíduo não é só intelecto. A aprendizagem envolve intelecto, corpo e
sentimentos de maneira inseparável.
Para teoria sócio culturais as características humanas não estão presente desde o nascimento do
indivíduo, nem são meros resultados da pressão do meio externo. Elas resultam da interação
dialética do homem e o seu meio sócio cultural. Enquanto que para construtivismo acredita que
o conhecimento e todo o processo educacional é construído.
36

13.Bibliografia
1. BOCK, A.M.B et al. Psicologias: Uma Introdução ao Estudo de Psicologia. São Paulo,
Editora Saraiva, 1993, págs 101-104;
2. CHIMARIZENE.S. Hermenegildo, Sebenta de Psicologia de aprendizagem, 1ed, Tete, 2013
3. DAVIS, Cláudia e OLIVEIRA, Zilma Ramos de. Psicologia na educação. 2 ed., SP:Cortez, 1994.
4. LEFRANÇOIS, G. Teorias da Aprendizagem. São Paulo: CengageLearning, 2012.
5. MARQUES.L.R.Nelson, teorias de aprendizagem, 1ed., São Paulo 2015.
6. MOREIRA, M. A. Teorias de Aprendizagem. São Paulo, EPU, 2011.
6. MOREIRA, M. A.; Veit, E. A. Ensino Superior. São Paulo, EPU, 2010.
7. MWAMWENDA, T.S. Psicologia Educacional: Uma Perspectiva Africana. Maputo, Texto
Editores, 2005 págs. 187-190;
8. NETTO, S.P. Psicologia da Aprendizagem e do Ensino. São Paulo, EPU, 1987.
9. OLIVEIRA, M.K.. Vygotsky. Aprendizado e Desenvolvimento: Um Processo Sócio-
Histórico. São Paulo, Editora Scipione, 1993 págs. 55-65;
10. PENNA, A Introdução à História da Psicologia Contemporânea. Rio de Janeiro, Zahar,1980.
11. SPRINTHALL, N.A. e SPRINTHALL, R.C. Psicologia Educacional: Uma Abordagem
Desenvolvimentista. Lisboa, McGraw-Hill, 1993, págs. 113-121;
12. SANTOS, Rosângela Pires, psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem, São Paulo 2015

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