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Gramsci, Fascismo, Nazismo e o Momento Atual no

Brasil
Rabelo Profeta, Gilberto. Gramsci, Fascismo, Nazismo e o Momento Atual no
Brasil. https://gilbertoprofeta.blogspot.com/p/leituras-para-manha-apos-o-despertar-
03.html

O momento atual está propositalmente confuso; as pessoas que dizem “a extrema


direita brasileira” sabem não há uma extrema direita em nosso país; as pessoas que
chamam o presidente eleito e seus seguidores de fascistas não sabem o significado da
palavra. Esta confusão é sempre por falta de pensamento crítico, em parte por má fé,
quando feita por pessoas esclarecidas, e em parte por seguidores de líderes, professores e
formadores de opinião, de esquerda, que repetem tudo que seu mestre mandar. Ocorre
que o futuro está prestes a começar e todos deveremos estar preparados para enfrentar o
ódio que nasceu entre aqueles que votaram contra “discurso de ódio” do presidente eleito.

002 Pré-requisitos para a leitura


Para o homem individual, a Realidade é composta por Coisas Reais, a Realidade
sendo o mundo abstraído de sua presença nele, e Coisa Real é tudo que estimula sua
mente. Deriva-se de Artaud] que o uso da Realidade pela inteligência cria o objeto e o
experimenta, de que deriva que CR + USO = OBJETO, sendo o objeto o primeiro ponto
de vista que se obtém sobre a Coisa; o OBJETO é criado pela aplicação do ponto de vista
sobre a COISA, CR + PV = OBJETO. Um objeto concreto pode ser substituído por outros
objetos chamando-o à lembrança, como se vê nos ritos; o PV é expresso primeiro pelo
nome, depois por ideias, noções, conceitos, etc.
Vivemos em um momento em que os formadores de opinião criaram a mitologia da
pós-verdade, que não existe a Verdade Absoluta, mitologia em que o sentimento tem mais
valor que o pensamento e em que as opiniões são mais valorizadas que a informação, e
citam Nietzsche. É uma má interpretação de textos e uma má interpretação da Realidade.
Ocorre que Nietzsche, da mesma forma como Maquiavel, da mesma forma como Daniel
Paul Schreber em suas Memórias de um doente dos nervos não foram lidos, todos leem
neles seus próprios pontos de vista. Assim. Freud leu a psicanálise em Schreber, Gramsci
leu em Maquiavel seus pontos de vista de como tornar o comunismo uma Realidade na
face da terra sem revolução armada, para tecer prescrições de como destruir o Antigo para
introduzir o Novo (como se o ideal comunista fosse Novo, sendo mais antigo que Cristo).
A Verdade existe e é a Realidade em si, e se Nietzsche apontou que tudo que se sabe
é mera interpretação da Realidade, são muitas as interpretações. O erro de contentar-se
com múltiplas interpretações para a Realidade se dissolve em uma disciplina, a Medicina,
em que o doente tendo uma doença (uma Realidade) tem de descrevê-la aos médicos e
apenas poderá ser curado se a Verdade for estabelecida: o que está acontecendo a ele?
Sua doença não pode merecer várias interpretações se consultar-se com vários médicos,
de várias tendências políticas, pois, várias interpretações no caso de uma doença significa
apenas “não sabemos o que está acontecendo.” E, assim, várias interpretações para a
Realidade significa que o homem não sabe o que é a Realidade. Descartes preocupou-se
com o tema e recomendou um método, duvidar metodicamente até alcançar as evidências,
e é o que se tem seguido para ler a Realidade e textos; Artaud avançou, é preciso duvidar
até destruir as evidências (dúvida sistemática), a evidência que sobreviver às destruições
sucessivas é a que mais se aproxima da Realidade, mas esta evidência é ainda um ponto
de vista a priori sobre a Realidade, e está pronta a ser destruída assim que a Realidade
se modifique, para Artaud, é claro, não para as pessoas que precisam se firmar em
convicções, ainda que absurdas. Os estudiosos acreditam que a Realidade está em Devir,
em fluxo contínuo, percebido e expressado desde Heráclito, que introduz a dialética, mas
é precisamente aqueles que se dizem entendidos em Dialética que se fixam em convicções
infundadas sobre a Realidade, aplicando sobre ela, no Presente, evidências que foram
alcançadas no Passado, e pior, evidências que foram alcançadas apenas com especulações
sobre a Realidade, por pessoas que não a vivenciaram, apenas teceram elucubrações a
partir de observações à distância (por exemplo, falar das experiências de trabalhadores
sem nunca ter trabalhado).
São várias as prescrições derivadas das respostas aos questionamentos de Artaud e
estão descritas em As Memórias de Schreber decodificadas: pássaros falantes,
[http://journals.epistemopolis.org/index.php/salud/article/view/860/426]
em que se descobrem mensagens políticas veiculadas por
Schreber em linguagem secreta impedido de as expressar de forma clara, jamais
perceptíveis a quem lê por compreensão imediata ou a quem lê nos textos sua ideologia
ou sua doutrina.

003 Gramsci e o jogo de interpretações


Embora se possa encontrar trabalhos se referindo ao “pensamento” de Gramsci,
McCarthy, [PMCCI] em 1995, viu as Notas do Cárcere como um “trabalho aberto” sujeito
a diversas interpretações. Assim, o gramscismo é hoje o resultado do jogo de
interpretações, em que cada um acrescenta os seus próprios pontos de vista, mas
mantendo os créditos a Gramsci, que é uma prática socialista desde o início de seu
aparecimento (Ver Saint-Simon versus saintsimonismo).

004 Autores citados por Gramsci


Os autores que são importantes para Gramsci [Wikipedia] : Dante Alighieri, Niccolò
Machiavelli, Giambattista Vico, Antonio Labriola, Vilfredo Pareto, Gaetano Mosca,
Benedetto Croce, Hegel, Karl Marx, Friedrich Engels, Vladimir Lenin, Rosa Luxemburg,
Georges Sorel, Henri Bergson. Gramsci recebe, também, influência de Georges Sorel e
Vilfredo Pareto, que exerceram influência direta em Mussolini, quando relaciona os
ideais fascistas com Lenin, o qual influencia Gramsci. [ROPAF]
005 Como todos, Gramsci lê por compreensão imediata
Destes autores, descobre-se em O Príncipe, de Maquiavel, o defeito de leitura por
compreensão imediata, que é ler os próprios pontos de vista no texto ou Realidade. [Comentários
a Maquiavel, O Príncipe https://gilbertoprofeta.blogspot.com/p/comentarios-maquiavel-o-principe-teco. html]

006 O ponto central do pensamento de Gramsci


Provém de sua crítica ao marxismo. Em vez de ver o Partido como um movimento de
massas, Lenin defende o desenvolvimento de uma elite ou vanguarda que imporá a
consciência socialista às massas. Ela conseguirá isso através de seu monopólio dos
aparatos coercivos do estado, que ele tomou durante a derrubada do regime anterior.
Depois de um período de ditadura proletária, as diferenças de classe desaparecerão e a
distinção entre trabalhadores e intelectuais será “eliminada”. Gramsci modifica, prescreve
modificar o mundo com uma revolução passiva, como?

007 As revoluções armadas criam uma sociedade


marxista superposta a uma sociedade cristã
(Para Gramsci,) a Revolução, por modificar as relações econômicas sem alterar as
estruturas, cria uma sociedade marxista sobreposta a uma sociedade civil fortemente
cristã. Postulou, então, iniciar a mudança da superestrutura (Religião, Direito, Arte,
Ciência, Mídia) para transformar a mentalidade dos homens e impor Ideologia derivada
do marxismo, a qual é pensada ser comunismo, mas, percebe-se ser uma mistura de
Fascismo, Comunismo, nacional socialismo, populismo, ou seja, um mexido de todas as
ideias na mente de Gramsci, substituindo a ditadura pelo proletariado pela ditadura
popular. Construiu-se, então, uma estratégia para a conquista de poder pelos partidos
comunistas, particularmente para a Itália e para todos os países de cultura latino católica.
[GRCEO]

008 O que é Fascismo?


No nascedouro, para Mussolini, [GSFF] “o sistema fascista é um sistema de ditadura
direta, ideologicamente mascarado pela ideia ‘nacional’.” É um sistema que recorre a
uma forma popular de demagogia social para utilizar o descontentamento de pequenos
burgueses, dos intelectuais e outros estratos da sociedade; e recorre à corrupção através
da construção de uma hierarquia compacta e bem paga de unidades fascistas, um
aparato partidário e uma burocracia. Ao mesmo tempo, o fascismo esforça-se para
infiltrar-se na classe trabalhadora, recrutando as camadas mais atrasadas de
trabalhadores para as suas fileiras, jogando com seu descontentamento.” “É a
combinação de demagogia social, corrupção e terror branco ativo, em conjunção com
agressão imperialista extrema na política externa. Em períodos de crises agudas para a
burguesia, o Fascismo utiliza a fraseologia anticapitalista, mas, após se estabelecer
como o leme do Estado, abandona o discurso anticapitalista e assume-se como um
ditador terrorista de grande capital.”
O fascismo não tem ideologia, não tem programa, não tem política ou filosofia,
podendo ser o pano de fundo de toda forma de governo. O fascismo não conhece ídolo,
não adora nenhuma fé. Não é nada além de um sistema de espoliação” (do Estado),
enquanto é financiado por donos de grandes fortunas. [GSFF – George Seldes. Facts and Fascism. 5º ed. New York: In Fact, Inc., 1943.
http://archive.org/details/FactsAndFascism] [FMIL – Gorgolini, Pietro; Benito Mussolini, e Maude Petre. The Fascist Movement in Italian Life. London: Fisher Unwin, 1923.

http://archive.org/details/fascistmovementi00gorguoft.

“O fascismo se fundamenta muito mais em sentimentos populares, seja contra a


raça, ou contra os direitos de uma classe sobre outra que se considera inferior, [ROPAF] mas
que se transformou, pelo gramscismo, em uma luta de pobres contra a “elite.”
Para outros estudiosos, o fascismo, em sentido amplo é, simultaneamente, “uma
filosofia e um modo de vida que exige que seus seguidores sirvam ao Estado com uma
fé inabalável e uma obediência inquestionável, (acentuando-se que) no Brasil este papel
é exercido apenas por militantes de partidos; a obediência do homem comum é
controlada pela distribuição de benesses, como, por exemplo, o bolsa família, instituição
que não pertence, ainda, ao Estado, mas ao partido governante, e a possibilidade de
perdê-lo. [FADSAF]
Para os historiadores, o fascismo representa uma síntese de nacionalismo e
socialismo, e seria uma forma de socialismo; a melhor maneira de ver o fascismo é
como uma forma particular de movimento de massa, possuindo um conjunto de ideias, e
no qual a ideologia e movimento interagem. [DRFTP]
As “definições” marxistas apenas descrevem o que os movimentos fascistas fazem,
oposição às manifestações, concretas (revoluções) ou abstratas (doutrinação das
crianças e do povo), e não descrevem o que o fascismo seja. Trotsky reforça o ponto de
vista de Mussolini e Gentile, “fascismo” não é senão um nome que se dá às reações às
ações revolucionárias. [DRFTP] Já para Gramsci, o fascismo seria uma ideologia, mas não
resolveria as queixas das massas. É uma falácia, o que o gramscismo procura é a
Hegemonia das ideias de Gramsci, hegemonia definida como a forma de uma Ideologia
conquistar e manter o Poder.
Aqui no Brasil o gramscismo atua pela busca da hegemonia do marxismo, sem
respeito por quaisquer outras ideologias e doutrinas.
Assim com Mussolini, o fascismo teria se imposto como reação ao leninismo e o
bolchevismo, como liberal, para evoluir como iliberal ou anti-liberal. [GSFF] Trotsky
reforça o ponto de vista de Mussolini e Gentile, “fascismo” não é senão um nome que se
dá às reações às ações revolucionárias. [DRFTP]
Em suma, desde o nascedouro, fascismo significa reação às revoluções, ativas como
a de 1917, ou passivas como a pregada pelo gramscismo, que procuram implantar o
comunismo.

009 Em conclusão, o fascismo significa


“A apreensão e controle da vida econômica, social, política e cultural do Estado por
um pequeno grupo, em que a liberdade de expressão, liberdade de imprensa, o culto livre
e reuniões públicas são brutalmente reprimidas. A obediência cega ao “líder” é exigida
das pessoas e a menor hesitação significa a morte ou prisão de qualquer pessoa. Políticas
restritivas podem ser exercidas contra toda a sua família. [FADSAF] Estas são exatamente as
prescrições de Gramsci para estabelecer o seu “comunismo”, tendo transformado o
partido em “o príncipe moderno” [AGMP] e, consequentemente em “o líder “, em que o
governante atual encarna o anterior (Maduro é xerox de Chaves).
Quando se estuda o messianismo, [A Doutrina da Perfectibilidade do homem e a Doutrina do Progresso. http://gilbertoprofeta. blogspot. com/p/para-criar-
caso-com-o-caso-schreber_8. html]
o movimento em que pensadores se colocaram como salvadores do mundo
por sua transformação seguindo suas especulações filosóficas, de Comte com a “Religião
da Humanidade” e o movimento do positivismo, a Marx, Stalin e Lenin, de Fichte a Hitler,
fascismo é o modo de imposição de uma ideologia ser a única (homogeneismo) ou a
dominante, hegemônica em uma sociedade.

010 A adoção do fascismo por movimentos


revolucionários
Laqueur aponta que o sucesso do fascismo italiano e do nacional-socialismo na
Alemanha levou muitos movimentos, em particular vinculados a partidos únicos, a
incorporar elementos fascistas em sua Ideologia, seu estilo e sua organização, na tentativa
de obter ganhos com o apelo do fascismo, “na tentativa de obter ganhos.” [WLFRG]

011 Gramsci prega um fascismo


Smith também viu o comunismo de Gramsci tendo as mesmas bases ideológicas e
políticas que o fascismo de Mussolini. [MGSGMI]

012 Os movimentos de esquerda são fascistas


“O fascismo se disfarça sob outros nomes, mas, com que nome possa ser chamado,
suas características peculiares são alarmantes.” [FADSAF] A realidade denunciada em 1947 nos
Estados Unidos é a realidade atual, não apenas na América Latina, a adoção do
“pensamento de Gramsci” e suas prescrições, as quais escondem um fascismo de
esquerda, o nacional-socialismo disfarçado em nacionalismo-popular e populismo.

013 Fascismo e pobres x elite


É característica do fascismo a crença de que um grupo é vítima, um sentimento que
justifica qualquer ação, sem limites morais ou legais, contra seus inimigos. [ROPAF] Gramsci
adota o populismo com a guerra imaginada entre pobres e elite, e aqui no Brasil os pobres
são injustiçados e os criminosos são “vítimas da sociedade.” Na América Latina, o
movimento que ativa a luta dos pobres contra a elite é a Teologia da Libertação.

014 Gramscismo é fascismo


Gramsci é influenciado por Benedito Croce, de que é dito ser antifascista, mas que
faz apologia do Fascismo e do Nacional-Socialismo, dizendo ser é a forma “civilizada”
de alcançar uma economia planificada, isto é, os meios para uma maior produção de
riqueza e de uma distribuição mais equitativa da mesma. [MAFGHD] Smith mostra Gramsci
como um “espelho” do Fascismo Italiano, vendo a mesma base ideológica e política que
em Mussolini. [MGSGMI] Muitas passagens dos Cadernos do Cárcere revelam conexões
subterrâneas entre o modo como compreendeu Gramsci compreendeu o fascismo, suas
formulações teóricas e propostas, como demonstra Adamson, em 1980. [WAGIFA] Gramsci, no
entanto, não se reconhece fascista. Primeiro, não tem maturidade suficiente para
reconhecer qual o “Pensamento pensa em sua mente”, quer ser comunista permanecendo
fascista, e não tem esta consciência.

015 Todos os socialismos de origem marxista são


fascistas
Em associação com o neo-hegelianismo, o resultado é a definição de Renton, [DRFTP] que
analisa as definições dadas pelo marxismo, e que não premia a essência do que é
Fascismo, a Imposição de um Pensamento único, proposta de Hegel, com todos os
instrumentos de controle social para que seja pensado por todos os homens, incluindo a
anulação, mesmo o assassinato de discordantes. Gramsci demonstra que não se trata de
“reacionário”, qualquer que seja o sentido dado a este termo. É a busca da
homogeneização da Sociedade pelo Pensamento, mas este pensado por apenas alguns
homens (messianismo). “Revolucionário” ou “reacionário” diz respeito ao aspecto do
objetivo de mudar ou manter, que historicamente se mostra como atingir o Poder e
conseguir mantê-lo continuamente: todas as revoluções procuraram os meios de se
perpetuar no Poder e, aparentemente, nenhuma delas, deixou de usar a anulação dos
discordantes. Para Renton, [DRFTP] nas análises do fascismo há o exame apenas da Ideologia,
negligenciando as ações fascistas. Deste modo, deixando de lado as ações não se percebe
a essência: não importa o nome, importa a essência da coisa que se nomeia.

016 Revolução é a forma de tomada do Poder, Fascismo


é a forma de manutenção de Poder
No marxismo, o que se toma como caráter principal do Fascismo é ser reação a uma
revolução, sem se perceber que as ações da revolução e da reação são as mesmas, apenas
dirigidas a objetivos opostos.

017 O risco do fascismo marxista e do nazismo


Para muitos, o fascismo, particularmente o que se operou na Alemanha, parecia um
modelo de ordem e eficiência. O preço era a abolição do governo representativo, da
liberdade individual, dos direitos de liberdade de expressão, liberdade de reunião, religião
livre, liberdade de imprensa, bem como o princípio da igualdade perante a lei. [FADSAF]

018 Gramsci propõe uma luta sutil, mas destrutiva


Aponta-se a evolução do Marxismo-Leninismo ao Gramscismo, da pregação de
revolução de armas nas mãos (com o risco de golpe de Estado ou ditadura militar como
reação) a algo mais destrutivo e sutil e, consequentemente, mais difícil de detectar, uma
estratégia de manipular a mente dos homens de modo a não perceberem a revolução
passiva.”
As revoluções, impondo algo inteiramente novo, provoca uma divisão entre a cultura
do povo e seus representantes políticos, divisão esta que, tornando-se intransponível, se
expressa como uma crise.” [GRCEO]
019 Nesta estratégia os discordantes serão excluídos
Deixou-se de lado a Realidade e seus mecanismos, cada SIM que surge leva ao mesmo
tempo ao aparecimento do NÃO e optou-se pelo ASSASSINATO DO NÃO. Ocorre que
todo sistema fechado tende à sua destruição, e o fator que mantém aberto o sistema é o
NÃO; assassinando o NÃO ou anulando sua expressão, o sistema se fecha e tende à
desintegração.

020 O que é o Assassinato do NÃO


A História e a atualidade têm demonstrado que a crise causada pela dissociação entre
a Cultura do povo e o pensamento dos políticos tem sido prevenida, e resolvida se
instalada, pelo assassinato do NÃO, o fazer calar-se todos os discordantes, seja pela
censura, seja praticando do assassinato puro e simples ao assassinato da alma, tornando
os discordantes corpos sem participação ativa na construção da Realidade.

022 Quais as formas de assassinato do NÃO?


Não sendo possível determinar-se a conformidade a todo ensinamento dado na
doutrinação, adotaram-se os mecanismos de assassinato do NÃO, e História demonstra
que o pleno desenvolvimento da capacidade civil para regular-se a si mesma só esteve
impedido de ocorrer por permissividade dos fatores de Exclusão dos discordantes, como
controle da opinião, o envio a campos de trabalho forçado como os campos Gulags,
anulação da participação, fator que já estava presente na estrutura que se combate, como
Inquisição, por exemplo, e permanece na estrutura que se cria, e cujos graus mais elevados
são a prisão e o assassinato físico, matar (ou induzir ao suicídio) pura e simplesmente. A
prisão, no entanto, demonstra a Realidade: é dar a oportunidade de organizar o
pensamento, a favor ou contra a doutrinação, como ilustram os próprios cadernos do
cárcere.
Não há meios de assassinar o NÃO no meio interno, na mente, exceto pela morte, e a
natureza da mente humana impõe, então, que se procure a Manipulação da mente: esta
discrepância entre o Desejado e o Obtido ainda não foi percebida pelos teóricos das
revoluções comunistas, exatamente por seus intelectuais não terem a percepção da
Realidade em si, mas apenas daquela que pretendem construir, a concretização de um
ideal já vencido: quem constrói a Realidade é o homem no singular, cada qual em seus
contatos (USO) com as COISAS REAIS, criando seus OBJETOS, momento em que a
multiplicidade de informações (PONTOS DE VISTA) sobre a COISA REAL se sintetiza
em função do OBJETO a ser criado, embora as informações possam ser controladas pelos
formadores de opinião. Ocorre que esta possibilidade de controle da mente pelo ambiente
foi destruída pelos próprios “intelectuais” da imposição da hegemonia marxista, pela
criação da “pós verdade”, em que a mentira tem mais valor que a Verdade, esta
considerada ser inexistente. Como as informações falsas ou falaciosas são em maior
número que as fundadas na Realidade, ao homem só resta a Incerteza, toda informação
que se recebe é falsa até prova em contrário: e não basta mais procurar as evidências como
propôs Descartes, dúvida metódica, mas, como induz Artaud, pela dúvida sistemática,
que representa, em última análise, o aperfeiçoamento de Descartes, é Verdadeiro o que
resiste a uma dúvida sistemática, mas uma verdade transitória, pronta a ser destruída em
face de novas inter-relações (eventos) entre as Coisas Reais.
O primeiro passo ao se receber uma informação é sempre duvidar, mas duvidar com
suspensão de julgamento, sem ideologias a priori, uma impossibilidade para marxistas.
Neste ponto Artaud e Nietzsche convergem, [Minuta: Nietzsche, Artaud e Schreber, https://gilbertoprofeta. blogspot. com/p/minuta-nietzsche-artaud-
e-schreber-what. html]
uma vez que Nietzsche chama a atenção para o fato de que tudo que se sabe
sobre a Realidade são JULGAMENTOS, e Artaud para o fato de que o homem usa a
Coisa Real julgando-a de acordo com o que está em sua mente, por experiências prévias,
(CR + USO = OBJETO, que é o primeiro ponto de vista (PV) sobre a Coisa Real), que
comtém, o Perspectivismo de Nietzsche, ou seja, a leitura da Realidade se faz com uma
perspectiva (analogia com a perspectiva da pintura, PONTO DE VISTA). Nietzsche deixa
claro que o homem lê a Realidade na perspectiva de PONTOS DE VISTA (cosmovisão,
ideologias) a priori e isto gera muitas interpretações (OBJETOS); Artaud aprofunda e
induz o pensamento de que o homem é o agente da Realidade, independentemente de
ideologias, e que deve SUSPENDER O JULGAMENTO em seus contatos com a
Realidade, isto é, descentrar-se (afastar-se de si mesmo como o centro de compreensão
do mundo) o máximo possível.

023 Assassinato do NÃO pelo uso da violência


No Nazismo o uso da violência, com certeza, poderia ser dentro de limites estreitos
contra dissidentes e contra inimigos políticos e competidores fora das fileiras. [FLSHND]
024 Violência que também ocorre nos Fascismos
Nos fascismos a morte aguarda o cidadão que oferece oposição ao regime. [FADSAF]

025 Tudo com a desculpa de operar a transformação da


sociedade
Hitler pretendeu – e realizou**, criar uma situação inteiramente nova, reconstruindo
a Imprensa, a Escola (por modificar a Pedagogia), a indústria de construção civil, o Poder
Político e o Poder Militar. [AHTR2] Gramsci criou tábua de prescrições com o mesmo objetivo.
Como o Desejo é criar uma situação inteiramente nova, Gramsci prescreve reconstruir a
Imprensa, atualmente os Meios de Comunicação (portanto, a Liberdade de Opinião); as
escolas (Os Intelectuais e a Organização da Cultura), influenciando aqui no Brasil
a Paulo Freire; a indústria de construção civil, e o Poder Político e Militar. Todas estas
prescrições estão sendo executadas atualmente, seja no pedido constante de controle da
imprensa (falada e escrita), seja na presença maciça de formadores de opinião esquerdista
e quase ausência total de elementos de direita; a falta de liberdade de opinião sempre que
esta contraria o que os formadores de opinião julgam ser o que que deve ser dito, com
uma série de assuntos proibidos. O resultado na prática tem sido manter o homem comum
(que confunde opinião com informação) sem acesso à Informação (que deve ser
imparcial, sempre contendo as múltiplas facetas e não apenas a opinião de articulistas
homogeneizados em seus conceitos), ignorante quanto ao fato de que estas prescrições
estão sendo efetivadas paulatinamente, com a doutrinação marxista nas Escolas Públicas,
e a censura de opinião, esta feita mais abertamente; a edição de leis que modificam fatores
culturais, ultrapassando os limites possíveis do Estado que passa a determinar quem e o
que cada cidadão deva ser. (A Cultura não pertence ao Estado, mas ao Povo que o
constitui (todos, e não uma parcela escolhida), mas o Estado é o poder mais importante
em todo o pensamento e ação fascistas. Tudo deve ser subordinada ao Estado e deve
ajudar a promover fins e propósitos do Estado em que são estabelecidas no programa
especial fascista e visão de mundo (Weltanschauung) em causa. [FADSAF]

026 A transformação do Estado e da Sociedade pela


força e consentimento
Gramsci divide a sociedade civil em “sociedade política”, que é formada das insti-
tuições políticas, e consequentemente com quem as exerce, e o controle legal
constitucional do Estado; e a “sociedade civil”, a primeira tendo a força e a segunda dando
o consentimento, [AGMP] entretanto, a democracia vista apenas como o governo da maioria
pelo voto introduz o problema da exclusão dos discordantes, assassinato do NÃO. A
democracia é o que emana poder do povo; do povo, e não apenas de uma parcela escolhida
do povo. A ideia de Gramsci coincide com a proposta dos Ideólogos da Revolução
Francesa, a partir de ideias do Iluminismo Filosófico que a antecede e que se realiza no
Alienismo, em que o alienado oferece uma resistência (portanto, contra uma força) ao
tratamento, até se submeter ao alienista, cedendo à sua vontade e aceitando os seus Pontos
de Vista, que é consentimento, [Para criar caso com o Caso Schreber. https://gilbertoprofeta. blogspot. com/p/blog-page_38. html] o que é
transferido para os estados homogêneos (fascismos incluindo o nazismo e comunismo),
a exclusão dos que não dão o consentimento, o assassinato do NÃO.
A divisão adotada por Hitler foi vista como um “Estado normativo” em disputa com
um “estado prerrogativo” formado pelas organizações partidárias; [ROPAF] como logo a seguir
implantou o partido único, termina por ser a divisão dada por Gramsci. Embora Gramsci
tenha definido o Estado moderno como “expressão direta da base, “ das classes inferiores,
[GKKKAC]
mas correto seria dizer “o Estado moderno tem o ideal de ser a expressão da base “,
embora não seja o Estado que tenha este Desejo, que é apenas de uma parcela de homens
aglutinados em torno de uma Ideologia. Se Gramsci acreditasse nesta afirmativa, adotaria
o respeito aos fatores culturais e não sua derrocada e substituição por fatores culturais sob
controle do Estado, como é seu objetivo.
027 Modificar os fatores culturais que impedem a
implantação do comunismo
O Estado de Gramsci seria a expressão da base, mas depende de a base assumir os
pontos de vista gramscianos, para tanto deludiu-se que a doutrinação na infância de pelo
menos uma geração atingiria este objetivo, crendo piamente que o homem se orienta pelas
palavras, quando a Realidade é que o homem se orienta pelo seu contato com as Coisas
Reais criando seus OBJETOS (CR + USO = OBJETO) de que extrai seus pontos de vista
sobre a Realidade (CR + USO = PV, sendo o OBJETO o primeiro ponto de vista,
ocorrendo que a PALAVRA é apenas uma COISA REAL presente, ou não, em cada
situação vivenciada pelo indivíduo, e se a PALAVRA está dissonante com o contexto
situacional, o homem entra em conflito conceitual e adota uma das formas de resolvê-lo.
[Para criar caso com o Caso Schreber. Parte 1. Capítulo IV – Conflito conceitual e Sistema de Significação, Normas e Valores. https://gilbertoprofeta. blogspot. com/p/capitulo-iv-conflito-conceitual-e. html]

Embora a teoria do pensamento [DEBPED] ensine que uma forma de resolver o conflito
conceitual é não tomar conhecimento dele, o registro mental se fez e estando dissonante
com as informações já registradas, o conflito existirá em forma latente e poderá se
manifestar posteriormente). Não sendo possível modificar os fatores culturais por meio
da pregação a adultos (e a crianças a partir de determinada idade), Gramsci prescreve que
os fatores culturais sejam conquistados e substituídos. Com isto Gramsci demonstra a
prestidigitação com as palavras, quer implantar os seus fatores culturais, anulando os
fatores culturais vigentes, o que significa que o Estado moderno para Gramsci é o que
impõe o modo como a base deve se expressar, dando à base a impressão de que o Estado
é a sua expressão, tal como no nazismo.

028 Controlar a resistência


Conquistar e substituir os fatores culturais encontra resistência, que deve ser
neutralizada, usando os mesmos fatores culturais para adquirir controle da mente
individual, principalmente pela educação das crianças e das mentes “não formadas:” este
conceito de “mentes não formadas” vem a ser mentes que não receberam adequadamente
a PALAVRA, pessoas de baixa escolaridade. O erro estratégico foi desconsiderar que o
mais ignorante dos homens pode ter uma Religião e assim ter a PALAVRA que ela prega:
em nenhum lugar onde o comunismo se implantou houve sucesso em eliminar a
PALAVRA judia, cristã, budista, taoísta, ou, das várias Religiões.
O controle da resistência é o fazer calar-se, impedir a expressão dos discordantes.

029 O controle dos fatores culturais não é apenas de


Gramsci
Hitler chamou isso de “a maior revolução racial na história do mundo”, uma
“revolução do espírito “, [GLMNC] e diz: “nos países com população não homogênea, em que
não há um vínculo comum, apenas a mão do governante, quando esta mostra sinais de
fraqueza, desperta instintos adormecidos. O que existe nestes instintos separatistas
adormecidos podem ser tornados mais ou menos inócuo apenas através de séculos de
educação comum, as tradições e interesses comuns, [AHMK] em que “instintos separatistas
adormecidos” reporta a “discordância, heterogeneizaçao”, e para este perigo Gramsci
prescreve o controle dos fatores culturais pela educação das crianças. (Moralidade, cos-
tumes, ideias, tradições, etc.).
Hitler e Gramsci viram o mundo a partir de seu egocentro, lendo-o apenas com os
conceitos que tinham internalizados na mente, sem pensamento crítico, procurar o que as
palavras dizem além do que delas entendiam de imediato. A concordância/discordância,
homogeneização/heterogeneização reporta ao tema do incesto, que tem sido pensado a
partir do que o Tabu diz – não tenha relações sexuais com parentes próximos – e não do
ensinamento que ele transmite. O tabu do incesto proíbe o casamento das falas, das
cosmovisões, dentro de uma mesma família e a mulher que, casando deixa uma família
para se introduzir em outra, pois o que o tabu do incesto usa uma referência ao Concreto
para informar um Abstrato, para impedir a homogeneização e perpetuidade da fala em
movimento circular dentro da família e instituir a heterogeneização social, [Artaud, o Sentido e a Cultura:
Capítulo 28 – O tabu do incesto institui a heterogeneização social. https://gilbertoprofeta. blogspot. com/p/artaud-o-sentido-e-cultura-o-tabu-do. html] a
brindo as sociedades ao
Novo (o que permite o Futuro), tirando-as do fechamento no Antigo (o Passado).

030 Significa mudar o Sistema de Significação, Normas


e Valores
O gramscismo propõe mudar o Sistema de Significação Normas e Valores, (SSNV)
mas na crença hegeliana de que o Pensamento do Todo determina o pensamento da Parte,
o que só é verdade se a Parte não for pensante, for apenas um veículo para o Pensamento
do Todo (dizer que “o Pensamento pensa no homem” é negar que o homem pense por si
mesmo). É uma especulação fundada na crença de que o homem não cria seus próprios
significados enquanto vivencia a parte que lhe cabe da Realidade, embora, para conviver
com todas as Partes do Todo, venda em aparência que segue uma só cartilha. Quando o
Estado engessa a criatividade do homem, ou seja, retira dele a capacidade do Eros
Genésico, da poiesis, impede que o homem crie o seu próprio SSNV, é isto acabar com
a inteligência do homem, a sua capacidade de sobrevivência em um sistema em que “tudo
na natureza está contra seu estado de ser constituído”, [AATSD] que é o equivalente de Artaud
para Tânatos. Gramsci sabe disto, pois pôde ser interpretado [GKKAC] como quem diz que
“quando a inteligência é vencida, o Estado também cai”, para se referir a que o SSNV
deva ser substituído por um novo. O homem de Gramsci, portanto, é necessariamente um
primata que não pensa. Ilusão: pode-se tentar controlar o SSNV antigo, mas não se pode
impedir que novos surjam, fazendo com que o assassinato do NÃO seja permanente.

031 No nazismo, procurou-se controlar a cosmovisão


O objetivo nazista era formar uma estrutura de pensamento – cosmovisão – para
substituir a antiga, contudo, enxergava os riscos: o homem no singular poderia achar que
a antiga estava errada, abandoná-la e parecer inconsistente, mas pode nela persistir para
salvar sua posição: é o efeito que encontramos hoje com parlamentares que defendem o
indefensável para manter seus empregos, [a partir de AHTH] o que seria verdadeiro apenas quando
se estende o sentido de “empregos” para “tudo que teria conseguido em termos de
sobrevivência de sua constituição biológica e mental “, embora a observação feita por
Hitler seja bastante atual, os políticos defendendo suas posições e o foro privilegiado, em
meio a tanta corrupção descoberta.

032 Cosmovisão
Define-se como a orientação cognitiva fundamental de um indivíduo ou de toda uma
sociedade, abrangendo tanto sua filosofia natural quanto os seus valores fundamentais,
existenciais e normativos. [GBPTTC] Denota uma visão global da vida e do mundo, afim à
filosofia, mas sem suas pretensões racionais. [AMWIWR] Cosmovisão, Weltanschauung em
alemão, visão do mundo, significa “todo um sistema de ideias associadas juntos em uma
unidade orgânica – ideias da vida humana, os valores humanos, culturais e ideias religi-
osas, política, economia, etc., na verdade uma visão totalitária da existência humana;” [James
Murphy, AHMK]
é parte, portanto, do Sistema de Significações, Normas e Valores (SSNV) de uma
sociedade, a expressão de sua Cultura como somatória das significações, normas e valores
(ssnv) ligados às instituições, mas também as superstições, os tabus e as crenças de um
povo; e o homem individualmente está exposto a todos os SSNV das instituições, e
modifica-os para criar o seu próprio ssnv. Todo estímulo que o sistema nervoso central
recebe atualiza todos os registros de estímulos a ele relacionados, que se integram e
promovem a percepção (sendo ponto de vista a priori) do indivíduo; estes estímulos se
armazenam como sensações e sentimentos, havendo sentimentos que são intraduzíveis
em palavras. A interpretação no momento desta atualização de sensações e sentimentos
se faz de modo a integrar o passado (o que se vivenciou) com o presente (o que se está
vivenciando), acrescentando o indivíduo sempre um sentido a mais ao termo, para
expressá-lo verbalmente com a mesma grafia ou som.

033 Nova Ordem


Hitler deu o nome de “uma Nova Ordem” à cosmovisão que queria implantar. [AHMK]

034 No nazismo, a cosmovisão é a Ideologia


Hitler sempre enfatizou o fator ideológico: a visão de mundo, ou ideologia (e os
termos podem ser usados de forma intercambiável), era abrangente, um verdadeiro
instrumento de reforma; [GLMNC] e o gramscismo também hipervaloriza o mesmo conceito e
prescreve a doutrinação marxista nas escolas e nos meios de massa para a implantação do
comunismo.

035 Minar a cultura a partir de dentro


O fascismo prescreve a manutenção e o incentivo da quinta coluna no exterior, [FADSAF]
como grupos de pessoas que minam um grupo maior, tais como uma nação ou de uma
cidade sitiada, em que estão inseridos, ou seja, a partir de dentro. As prescrições de
Gramsci deram este papel a intelectuais no meio do povo, transformando pessoas do povo
em intelectuais. No momento há indícios suficientes para se afirmar que a “quinta coluna”
está presente em todos os setores da vida pública, nos postos de saúde, nas escolas, e,
principalmente, no Judiciário, e na Igreja (Teologia da Libertação e os padres marxistas).
Engana-se que este processo começou recentemente, é ainda a gana de dominação do
mundo pela internacionalização do marxismo.

036 Modificar fatores culturais é prescrição também do


nazismo
O nacional-socialismo destruiu a estrutura social existente e intencionalmente
manteve a massa do povo em um estado de tensão constante e revolução permanente,
[WLFRG]
que é o que prescreve Gramsci para fazer a hegemonia da Ideologia que defende,
fazendo uso do populismo (pobres x elite) e destruindo a estrutura social minando os
fatores culturais que as sustentam.

037 Minar a sociedade para concretizar o socialismo


A partir de Maquiavel, Gramsci argumenta que o “príncipe moderno” é o partido
revolucionário – “é a força que permitirá à classe trabalhadora desenvolver intelectuais
orgânicos e uma hegemonia alternativa dentro da sociedade civil “, tendo prescrito uma
“guerra de posições” (análoga à guerra de trincheiras) como instrumento para minar a
sociedade civil e concretizar o socialismo. [AGMP] Este mecanismo, historicamente, criou
uma situação semelhante à que se destruiu, uma nova Elite, a dos políticos, e um sistema
de exclusão (ou anulação de sua participação) dos discordantes.

038 A Crítica de Gramsci ao marxismo


Gramsci viu que Marx não lida com uma realidade que existe por si mesma,
independente da humanidade. [GRCEO] Teria Gramsci lido Marx e Engels corretamente?
Ainda hoje o homem faz a leitura da Realidade, e dos textos, por compreensão imediata,
apenas pelos sentidos das palavras que tem internalizado em sua mente: o homem lê a si
mesmo no Outro, egocentrismo. O homem lê sua cosmovisão (Ideologia) na Realidade,
ideocentrismo, mero egocentrismo, e é a forma como Gramsci leu, não só o marxismo,
mas todos os autores que consultou. O marxismo é hegeliano, mas sem a compreensão de
que a Mente Absoluta, Objetiva (fora do sujeito) e Subjetiva (dentro do sujeito) são
interdependentes.
Colocando as coisas a nível do indivíduo, a questão passa a ser como a mente do
indivíduo (Mente Subjetiva de Hegel) se relaciona com a Realidade (Mente objetiva)?
A resposta vem a partir de Artaud, que viu a Realidade existir independente do homem
e sua presença na face da terra, embora Artaud não dê a referência de onde tirou seu ponto
de vista; de outro lado, Gramsci floreia sem afastar-se de Marx e sem se aproximar de
Artaud, que diz “a Realidade está a ser criada e o homem é o agente da Realidade, esta
segue o seu curso, a partir do que “é” para se atingir o que “não é” (Devir), tendo como
resultado final, a ser realizado no Infinito, a Saúde e Harmonia [Gilberto Rabelo Profeta. A Ética escondida, mas não tanto.
Artaud, o Sentido e a Cultura – Capítulo 38 – http://www. autores. com. br/publicacoes-artigos2/43-livros/diversos/57357-artaud-o-sentido-e-a-cultura-capitulo-38-a-etica-escondida-mas-nao- tanto-ultimo. html]
039 Gramsci pensa o homem manipulado por outros
homens
Dizendo que a história e a práxis coletiva determinam se uma questão filosófica é
relevante ou não, Gramsci se opõe materialismo metafísico (aquele que procura as Causas
Primeira da Realidade e se ocupa da essência das Coisas). O erro de Gramsci é desejar
modificar os fatores culturais julgando que a Cultura é criada por soberbos homens de
elite que conduzem, por manipulação, o homem individual, a fonte onde a Cultura se
Cria, mantendo a desvalorização do indivíduo do marxismo. É improdutivo julgar que a
História determina como o homem seleciona questões filosóficas (conceitos sobre o como
a Realidade, e dentro dela, a sociedade, devem funcionar) sem ensinar História a todos os
homens, e ensinando a poucos homens uma história deturpada por pontos de vista
ideológicos, de que, por compreensão imediata, formadores de opinião interpretam a seu
gosto (jogo de interpretações) o que aconteceu ao Homem/humanidade.
A “praxis coletiva” não pode ser o USO da Realidade de acordo com o pensamento
de uns poucos homens, mas a somatória das práticas individuais, dos diversos usos que o
homem possa fazer das Coisas existentes na Realidade (tudo que estando no mundo
exterior à sua mente a estimule: um saci é uma coisa real para cada indivíduo – está
presente no meio ambiente em que se insere**, qual o OBJETO o homem criará com esta
COISA é outra questão): não é possível que um coletivo faça o USO da CR e construa
dela um OBJETO, a não ser pela simultaneidade de ações em locais diferentes.
Artaud valoriza o homem em sua posição singular, e o quer em harmonia com o
Homem em sua posição coletiva, a Humanidade; de Artaud, que procura a metafísica,
depreende-se que o homem, no momento de seu contato com a Realidade com sua
individualidade radical, é que determina, desde que não tendo sua mente conduzida de
fora, mas a partir de seus próprios pontos de vista, se uma questão, filosófica ou não, é
relevante: o homem, neste momento, culto ou inculto, estudado ou não, tem as melhores
respostas para cada problema que encontra no enfrentamento (USO) da Realidade
(SISTEMA DE COISAS REAIS) e na construção de seus OBJETOS (CR + USO =
OBJETO). O homem consegue perceber quais as consequências imediatas de seus atos,
as consequências em um futuro imediato, mas não tem percepção de consequências em
futuro mais remoto, devendo ter um guia a este respeito, que no Ocidente vem a ser Deus
como a Verdade. Contudo, como Nietzsche chama a atenção, o homem só atinge uma
noção interpretada de quem seja Deus; e, de outro lado, todos os que ignoram Deus
colocam substitutos em seu lugar.
Gramsci julgou que o conceito de um universo objetivo fora da história humana e fora
da prática humana era para Marx análogo à crença em um deus; como Marx os pontos de
vista em Hegel, alterando-os de acordo com sua compreensão do mundo, ambos, Marx e
Gramsci, demonstram não ter entendido Hegel, a Mente Objetiva é exatamente o reflexo
da prática humana (singular) e da história humana (coletivo), embora a Mente Absoluta,
síntese de ambas, seja equivalente a crença em um deus, mais precisamente em Deus, e a
Mente Absoluta, Objetiva e Subjetiva são interdependentes, e, sendo não crente em Deus
é preciso substituí-lo pelo “deus” chamado “o que não se conhece, ainda” (Nietzsche,
Deus é incogniscível).
Em Hegel o homem, no singular, não é o agente da Realidade, mas dela participa,
sendo a partir dele que se derivou a figura de Deus como a soma de todas as consciências,
que surge em Fechner e ressoa em Schreber, Memórias de um doente dos nervos.
[Para criar caso com o Caso Schreber, https://gilbertoprofeta. blogspot. com/p/blog-page_38. html]

040 Uma sociedade em que o homem é OBJETO da


Sociedade e sua Cultura, e não seu SUJEITO
O gramscismo (ou seja, os intérpretes e modificadores de Gramsci) vai considerar a
realidade o resultado de uma aplicação da vontade humana à sociedade das coisas;
dispensar qualquer elemento voluntário, ou calcular apenas a intervenção das vontades
alheias como elemento objetivo do jogo geral, mutila a própria realidade. [GRCEO] É uma visão
que exclui o homem individual da solução da equação entre o Homem (o homem e a
Humanidade), a Sociedade, a Natureza e os Objetos, como é excluído e desvalorizado no
marxismo.
Artaud sabe que a “Vontade vai passar aos atos “, mas valoriza o indivíduo em sua
individualidade radical construindo uma Realidade pelo enfrentamento dos elementos
contrários que a compõem, ou seja, enfrentando os SIMS e os NÃOS (a Realidade em si
e não sua interpretação), sem uma receita de realidade a priori a ser construída, mas o
resultado da Vontade de todos os homens: o homem é SUJEITO da Realidade; Gramsci
segue o marxismo, que prescreve uma realidade a ser construída, predeterminada por
mentes isoladas, de que o homem é mero OBJETO, e cuja Vontade será concretizada por
homens que aceitem este SIM dado a priori (não o diz, mas isto necessita do assassinado
do NÃO sempre que surja, eliminação de discordantes). Artaud abomina esta “realidade
construída e sensível do homem” e este assassinato do NÃO, tendo sido ele mesmo uma
vítima deste fazer calar-se, ser encarcerado em prisão ou hospício, ou ter meramente
tirada a vida.

041 O deslizamento entre os vários sentidos do termo


“realidade”
Gramsci faz um jogo com o termo “realidade” deslizando entre seus vários sentidos:
a Realidade, como o sistema de Coisas Reais que existe apesar da presença do homem;
versus a Realidade social que depende, no coletivo, das relações sociais, mas que não
prescinde da presença do homem no singular, cada indivíduo tomado isoladamente;
versus a “realidade” idealizada que se quer ver concretizada (transformada em COISAS
REAIS).
042 Gramsci segue a Doutrina da Subjetividade
Gramsci segue a Doutrina da Subjetividade, em que toda contribuição individual é
sem valor coletivo, mera idiossincrasia, e pensa a mente humana dependente hegelia-
namente da Mente Objetiva (a Cultura, as Leis, a Religião, as Artes, etc.), controlada pelo
Estado que fornece o Ponto de Vista com que o homem reproduzirá um Objeto pré-
determinado, por uma ação movida por uma Vontade, esta submissa à Vontade do Estado,
com a anulação/exclusão de quem não se submete. A criatividade do homem está sob
controle do Estado. A ênfase do Fascismo na unidade (homogeneização) implicou
necessariamente uma interpretação revisada da relação entre o Estado e o indivíduo, com
a repressão (assassinato do NÃO) de todas as formas de dissidência. [PCPFI] O Estado
gramsciano mutila a Realidade mesma ao impor a Vontade de seguidores acríticos de
uma Ideologia a todos, eliminando ou anulando os discordantes.

043 Gramsci prega a postura anti-individualista


Gramsci prega a postura anti-individualista em que o indivíduo só é aceito se comunga
com os conceitos que são introduzidos em sua mente de forma repetitiva a ponto de não
lhe dar chance de refletir e conduzindo sua compreensão imediata da Realidade,
deixando-o dependente de informações oficiais, estas muitas vezes deturpadas ou
simplificadas.

044 Quanto ao indivíduo no fascismo


O indivíduo não tem direitos fora dos interesses da comunidade. [ROPAF] “Porque os
fascismos falharam em permitir que o indivíduo desenvolvesse sua capacidade máxima,
não conseguiram fazer o uso máximo de ideias e atividades individuais. Ao premiar
aqueles que se conformam com as normas prescritas pelo Estado teve como consequência
de o Estado evoluir ou involuir em proporção direta à capacidade de pensar e de agir dos
líderes. Ou, para afirmar a proposição no sentido inverso, o estado foi limitado pelas
capacidades intelectuais, físicas e emocionais de seus líderes.” [FADSAF] O conformismo nada
cria, nada transforma.
Tanto no nazismo quanto nos fascismos, os direitos, os privilégios, a liberdade, e até
mesmo a própria existência assume grande valor somente quando servem a um propósito
do Estado. O Estado decide os padrões de vida para o indivíduo, que deve se submeter a
regras, restrições, racionamento e dietas, importantes para a economia fascista controlada.
A vida é constituída por uma multiplicidade de funções e horários a serem cumpridos.
Não fazer a própria parte é interpretado como uma lesão para a comunidade como um
todo e, portanto, passível de sanções destinadas a alcançar obediência e conformidade.
[FADSAF]
É a situação de Cuba, de que não se informa o povo brasileiro, enquanto se enaltece
o “paraíso” cubano. É a situação da Venezuela. Nas prescrições de Gramsci as iniciativas
individuais e o sentimento de cada um não devem ser levados em consideração, exceto
quando sirvam aos propósitos “da nação”. [PCPFI] É contraditório, uma vez que para servir
aos propósito da Nação qualquer política comportamental imposta aos cidadãos deveria
respeitar todos os fatores culturais envolvidos e não procurar modificá-los como está
prescrito no plano de concretização de um Estado gramsciano, que exclui tudo que não
sirva aos propósitos do plano. Esta fórmula já foi, no entanto, concretizada com efeitos
absurdamente condenáveis no Nazismo.

045 O indivíduo no Nazismo


As relações fraternas em uma família levadas para as relações fraternas entre o
indivíduo e a coletividade criou o conceito de solidariedade, que evoluiu para o de
altruísmo, que se contrapõe ao egoísmo. Hitler distorceu o sentido do termo
“solidariedade” exortando (pedindo com veemência) ao homem a prontidão para
sacrificar-se e, se necessário, sacrificar até mesmo a própria vida pelos outros,
convencendo-o de que não se deve basear em seus poderes intelectuais, quer dizer, em
sua Razão, o Princípio que dá ao ser humano a capacidade de iniciativas individuais, mas
sim em sua Vontade de dedicar todas as suas faculdades ao serviço de sua comunidade-
Nação, construindo uma sociedade homogeneizada pelo Pensamento.” A disposição de
sacrificar o próprio trabalho pessoal e, se necessário, até a própria vida pelos outros
mostra sua forma mais desenvolvida na raça ariana. A grandeza do ariano não se baseia
em suas faculdades intelectuais; mas na disposição de dedicar todas suas faculdades ao
serviço de sua comunidade.” [AHTR]

046 Defeito do controle do pensamento


Em nosso meio a homogeneização do pensamento se faz pelo controle da
compreensão imediata mediante a repetição de chavões e conceitos e impedindo todo
pensamento em contrário, fazendo as pessoas conviverem com afirmativas contraditórias
(a mulher é construção social, a criança nasce homossexual). A consequência ainda não
pode ser percebida, mas teoricamente a contradição leva a conflito conceitual e resolução
da contradição.

047 Gramsci prega, portanto, um fascismo com


elementos nazistas
A concepção fascista de vida salienta a importância do Estado e aceita o indivíduo na
medida em que seus interesses coincidem com os do Estado. A subordinação do indivíduo
ao Estado, em teoria nacional-socialista é igualmente completa, embora neste último caso,
o próprio Estado é feito um instrumento de uma entidade ainda maior, a comunidade. Nas
democracias modernas tem sido aceito que algumas esferas da atividade humana devem
ser removidas da esfera do Estado, contudo, a teoria fascista não reconhece limites para
a subordinação do indivíduo ao Estado. A concepção fascista do Estado é muito
abrangente: fora dele não há valores espirituais. Assim entendido, o fascismo é totalitário,
e o Estado fascista – uma síntese e uma unidade inclusiva de todos os valores – interpreta,
desenvolve e potencializa toda a vida de umas pessoas. [FADSAF] Contudo, sendo uma
concepção fundada na metáfora da sociedade como organismo biológico, está sendo ainda
aplicada, esquecendo-se que esta metáfora foi considerada no final do século 18 inícios
do século 19, levando em consideração o conhecimento que se tinha a respeito de um
organismo vivo e da Vida em si. Existem leis que regulam a Vida, mas elas não são
determinadas pela mente humana que apenas as pode descobrir se mantém a capacidade
de analisar a Realidade em si mesma. Em consequência, em um país que é determinado
pela dinâmica prescrita por Gramsci, cada pessoa deve pensar e agir sob o comando de
uma autoridade superior. Cada escola, igreja, casa e negócio é cuidadosamente controlada
pelo partido dominante. [FADSAF] O primeiro passo é a doutrinação, das crianças, na formação
escolar, e dos adultos, pela propaganda e pela manipulação da mente por meio da magia
das palavras. Os fatores de exclusão são mais “estilizados” e muitas vezes difíceis de
serem reconhecidos. Os militantes ocupando cargos públicos podem dificultar o acesso
aos serviços públicos a todos quantos sua mente considerar “elite” ou se manifestarem
não adeptos da doutrina oficial. Uma prova (ENEM) pode separar os indivíduos que não
absorveram os conceitos em que foram doutrinados.

048 É o mesmo processo prescrito para o Nazismo


Explica-se o Nazismo e a sua recriação da cultura como fé em um ideal de Estado e
sua difusão entre as massas, [A partir de GLMNC] da mesma forma como no gramscismo, em que há
a transformação da interpretação marxista, desde a cosmovisão de Marx, em Ideal, tanto
Ideal-Idealismo um ideal a ser alcançado, como uma Ideia, um Pensamento a ser pensado
na mente dos homens. Hitler segue o Idealismo alemão, e expressou claramente qual eram
seus ideais, enquanto Gramsci prega um marxismo revisto, ainda assim um materialismo,
ensinando o modo de como introduzir o Comunismo escondendo-o do homem comum,
é, portanto, uma trapaça.

049 Gramsci prescreve a destruição de todos os valores


culturais de um povo, substituindo-os por outros que caibam na medida
marxista. Vivencia-se no momento a criação de um partido político a que se aderem
crentes no Cristianismo, mas tornados marxistas pela pregação de padres marxistas e
doutrinação nas escolas públicas, crentes em Cristo que compram um comunismo
(coletivismo) levados pela convicção de que o sistema lhes dará um socialismo, tudo sob
o império do embuste e da mentira. Da mesma forma, ao homem comum doutrinado para
o Estado gramsciano que se constrói são escondidos quais os critérios de exclusão da
nova sociedade que se pretende impor, ficando claro o uso do mecanismo de punição e
recompensa utilizado pelo Alienismo até recentemente na História. [Gilberto Rabelo Profeta. Sistema de punição e
recompensa. Para Criar Caso com o Caso Schreber: P05C12 Cap. XII. https://gilbertoprofeta. blogspot. com/p/p05c12-capitulo-xii-sistema-de-punicao. html]

050 Cristianismo Marxista


Na América Latina surgiu a Teologia da Libertação que relê o Cristianismo sob os
pontos de vista do marxismo, ganhando terreno dentro do Catolicismo como um
Cristianismo marxista, mediante a pregação das doutrinas (PONTOS DE VISTA, PV),
de Cristo e de Marx aglutinadas, nas missas e em que, o homem da massa e suas crianças
não sabem, mas recebem o marxismo como se fosse a palavra de Cristo. Embora
pretensamente iniciada na década de 1970, esta política misturada a Cristianismo é
condenada por Nietzsche, antes do término do século 19. [Razão em Nietzsche 02 – Realidade Absoluta. http://gilbertoprofeta.
blogspot. com/p/blog-page_73. html]
Contudo, quando se interfere na Realidade sem uma percepção correta
das Coisas em inter-relação, o resultado nunca é o esperado: a mesma estratégia (o SIM)
aplicada à Realidade produz também os homens que resistirão (o NÃO) às mudanças
pretendidas.

051 A revolução passiva pela manipulação da mente


individual
Não concordando com a pregação revolucionária destrutiva de Lenin, nem com a
transformação lenta de Saint-Simon (o Novo coexistindo com o Antigo), vendo a
hegemonia como um processo dinâmico, Gramsci propõe uma conquista dos fatores
culturais para que se torne uma “revolução passiva”, não de armas, mas de ideologias,
impondo uma cosmovisão que pretendeu ser necessária à Humanidade, e prescreveu sua
uniformização, homogeneização a partir da educação das crianças e da educação popular
através da propaganda, ao mesmo tempo com a exclusão e anulação dos indivíduos
discordantes; homogeneização convivendo com a imposição de hegemonia da doutrina.
[A partir de SJAG]
Neste processo, de forma subliminar, cada indivíduo vai incorporando, por
encantamento (propaganda, apelo ao sentimento, Flauta de Hamelin, repetição de
chavões), Pontos de Vista alheios à sua formação básica e, assim, passe a defender
Ideologias que não aceitam ou virão a não aceitar após a experimentar. É esta a forma de
tornar concreta a delusão de Hegel de que “o Pensamento pensa na mente humana”,
invertendo o processo natural de que “o homem pensa um pensamento que pode ser
semelhante ao pensamento de outros”: a mente é livre se não se deixa amarrar por
Ideologias. A História tem demonstrado que a transformação social promovida seguindo
as prescrições de Gramsci não consegue resolver a Equação entre o Homem, a Sociedade,
a Natureza e os Objetos. A prática se mostra não um “Pensamento sendo pensado na
mente do homem”, mas chavões bem escolhidos pelos gestores, frases que não se
articulam, na mente do homem, com os elementos que tenha recebido de sua Cultura, mas
que se repetem epilepticamente, repetição induzida de fora para dentro: o homem não
pensa, apenas se transforma em antena repetidora da ideia do Outro que manipula seu
pensamento.

052 O mote destas revoluções marxistas e fascistas é a


justiça social aos pobres e minorias, mas o resultado final é a redução
dos salários e, no caso do comunismo, do padrão de vida.” [FADSAF] Isto se confirma no Brasil,
gerando governantes e associados super enriquecidos vivendo no luxo mantido pelo povo;
se namoram Cuba, que mantém uma estabilidade econômica desde a revolução comunista
(os pobres, com baixos salários, permaneceram pobres e têm como perspectiva futura,
permanecerem pobres), fazem turismo ou moram em Paris e “redondezas “, ao mesmo
tempo em que a pobreza aumenta no seio da população.
053 A divisão da sociedade em grupos opostos
Este projeto tem se realizado, no Brasil, às custas de se trilhar o caminho percorrido
por Hitler, na Alemanha, e por Mussolini, na Itália. A História tem demonstrado que a
transformação social promovida por ideologia marxista ou neomarxista gramsciana
divide a sociedade colocando uns contra os outros, na luta pobre x ricos, heterossexuais
x homossexuais, homem x mulher, etc., para impor a visão marxista de mundo. No
Fascismo, “a utilização de uma forma especial de exemplo para demagogia-social, a
incitação de raça contra raça e de classe contra classe, a eliminação de toda a oposição, e
a concentração de poder nas mãos da ditadura no poder [FADSAF] evoluiu para a divisão
prescrita pelo nazismo. Quando se fez a separação de pobres como o povo, sendo apenas
um subconjunto do povo, já se dá o início da luta entre pobres e elite.

054 Controlar todos os aspectos da vida


Desde que a filosofia fascista é, essencialmente, uma filosofia totalitária, é
fundamental que todos os aspectos da vida devem ser regulados e dirigidos para o objetivo
do Estado. Portanto, enquanto o governo nacional-socialista aceitou todas as agências
governamentais já existentes, mas também criou uma série de novas para controlar áreas
até então não regulamentados da atividade humana. [FADSAF]
No Brasil se pode notar que o Poder Legislativo está fazendo promulgar leis que
funcionam como embrião para este controle total das atividades humanas, um exemplo é
a Lei Xuxa, que insistem em chamar de “lei da palmada”: se não consta no texto da lei a
proibição da palmada educativa, ela foi apresentada, divulgada e discutida como se
constasse, o que dá na mesma, pois toda lei só é cumprida naquilo em que é conhecida.
A interferência na família se dá a partir da Ideologia de Gênero e a erotização precoce da
criança.

055 Controlar todos os aspectos da vida é também


prescrição nazista
O controle pelo Estado de cada parte da vida cotidiana teria sido a pedra angular do
domínio nazista de seu império. O objetivo de Hitler era construir uma sociedade orgânica
na qual todos os aspectos da vida seriam integrados ao seu propósito básico. Este era o
estado totalitário, e o partido nazista, como a aranha em sua teia, controlava todas as
linhas vitais da nação. Para nós, tal sociedade significa que todos os aspectos da vida
estão subordinados às exigências da política. [GLMNC]

056 A convergência de Gramsci ao Nazismo


Se o culto à raça ariana é o depositário da cultura no Nazismo, [The Aryan as Custodian of Culture GLMNC]
Gramsci prega que este depositário é o marxismo e os marxistas, como por ele
compreendido; todos os outros sistemas de ponto de vista sobre o mundo devem ser
eliminados (assassinato do NÃO, eliminação dos discordantes).
057 Nacionalismo popular, Populismo
Um regime fascista é necessariamente nacionalista. [FADSAF] Para Gramsci, um dos
elementos-chave de qualquer estratégia hegemônica é a formação de vínculos com
elementos de cultura existentes, neste caso uma identificação crescente do povo inglês
com seus símbolos nacionais. Fazer o contrário, rejeitar uma cultura embutida e impor
algo inteiramente novo, apontaria para uma divisão entre a cultura do povo e seus
representantes políticos. Quando tais divisões se tornam intransponíveis, elas são
expressas como uma crise. [SJAG]
No momento atual, eleições de 2018, esta crise está evidenciada na não aceitação da
garantia de impunidade aos corruptos, na não abertura de processos de políticos, com foro
privilegiado, deixando transparecer a espera de sua prescrição; na leniência do sistema
com a violência (os direitos humanos gritam com a morte de traficante, e se calam com a
morte de militares), a imparcialidade ideológica do sistema jurídico, etc.
As prescrições de Gramsci destinam-se a implantar uma ditadura populista com o
nome de nacional-popular, restringindo o conceito de povo a apenas uma parcela da
população, à qual denomina “os pobres”, populismo. Esqueceu-se do básico: o que é o
povo de um país? É o conjunto de pessoas que compõem um Estado, ricos e pobres,
crentes em Deus e ateus, sem distinção de raça, cor ou credo religioso e nenhum governo
que priorize pobres em detrimento de “ricos” é um governo democrático. Este
marketing de pobre contra rico substituiu o objetivo marxista de proletários contra
patrões, que caducou.
Também Hitler se utilizou deste tipo de solução, embora os comentadores insistam
em dizer que seu nacionalismo é diferente daquele prescrito por Gramsci: sendo “social”
o que se relaciona aos homens vivendo em sociedade (WEBSTER 1913), o nacional
socialismo de Hitler só pode ser referir ao povo que constitui uma sociedade, mas foi
claro, só os escolhidos. Hitler dá vazão ao Nacional-Socialismo pregando o Estado do
Povo.
O gramscismo é nitidamente para implantar o comunismo, enquanto o Hitlerismo se
diz anticomunismo sendo apenas antibolshevismo e o Nacional Socialismo inclui
prescrições marxistas. Representa uma luta pelo Poder e não uma disputa ideológica, e
Hitler deixa transparecer que a disputa entre a Alemanha do Sul e do Norte ainda estava
em vigência, ao acusar a Alemanha do Norte de ser bolchevista. [AHTR]

058 O programa político de Hitler


Abolição de rendas não adquiridas pelo trabalho. Todos os lucros da guerra devem
ser confiscados. Trustes (uma combinação de firmas ou corporações) devem ser
nacionalizados. Os lucros do comércio por atacado devem ser compartilhados.
Municipalização de lojas e lojas de departamentos de comércio por grosso, e
arrendamento de aluguéis baixos para pequenos comerciantes. Confisco sem
compensação de terra para fins comunitários. Abolição de juros sobre hipotecas de terras
e proibição de toda especulação em terra. Usurários, aproveitadores, etc., devem ser
punidos com a morte. [FLSHND]
059 E Hitler cai também em um populismo
E se o “povo” é apenas aqueles escolhidos de Deus, os arianos, nos socialismos
populistas derivados da Teologia da Libertação os escolhidos de Deus são os pobres, para
os quais pregadores se apropriam desde o Cristianismo Inicial da riqueza dos que podem
pagar para ter a Graça Divina.

060 O Populismo
As recomendações de Gramsci para a Sociedade é um populismo e, embora seus
seguidores apregoem, não leva a uma democracia. Populismo é um programa político ou
movimento que defende a pessoa comum, geralmente por contraste favorável com uma
elite. Na sua forma mais democrática, o populismo procura defender o interesse e
maximizar o poder dos cidadãos comuns, através da reforma, e não da revolução. [Enciclopédia
Britânica. http://global. britannica. com/EBchecked/topic/470472/populism, acessado em 06/2014]
O Populismo se identifica por um discurso
fundado na “vontade Popular” e na luta entre o “povo e a Elite”, dizendo-se “democrático
“, [KHPV] sem se importar com a incongruência, dirigido a uma parcela da população.
O populismo ressurgiu na América Latina, com o maior avanço na Venezuela de
Hugo Chaves, mas presente na Argentina, na Bolívia, no Peru, no Equador, etc. O
Nacionalismo popular é um jogo de falácias: não se trata de uma democracia, (“governo
do povo, pelo povo e para o povo”). Pois a palavra “povo” se refere a todos os seres
humanos que compõem a população de um Estado, independentemente de credo religi-
oso, cor, raça ou riqueza acumulada; a “vontade” dos “pobres” é manipulada para agir e
fazer com que a Vontade dos manipuladores seja cumprida (o homem que se deixa
manipular por outro homem ou teve retirada sua condição de ser humano ou a ela
renunciou); onde há luta não há Bem-Estar Social e uma luta entre “pobres e ricos” é
eterna, mas só, e exclusivamente só, se os homens que hoje são chamados de pobres
assumam a situação que a eles é imposta pelos manipuladores de serem pobres
eternamente; “o populismo mina todo o potencial democrático de um povo. É fundado
nesta imposição de pobreza que Cuba tem uma estabilidade econômica desde a Revolução
Comunista que manipula o povo, que não apenas se manteve pobre, mas está mais pobre
que antes da Revolução.
É preciso acentuar que, no Brasil, uma disputa entre pobres e ricos precisou ser
construída; em 2014, Lula introduziu mais claramente a luta entre o pobre e o rico, pobres
contra a elite, chegando-se a falar em “elite branca “, [https://blogdacidadania. com. br/2014/06/gilberto-carvalho-lula-e-a-elite-branca/]
uma luta está em curso, com o populismo insuflando uma divisão entre negros e brancos,
hetero e homossexuais, nordestinos e sul-sudeste.

061 A falácia do populismo é demonstrada no Brasil quando a classe


média foi redefinida, por lei, em 2012, [NCMG] com a “baixa classe média”, com renda per
capita entre R$ 291 a R$ 441, “classe média”, com ganho entre R$ 441 a R$ 641, e “classe
média alta”, com rendimento entre R$ R$ 641 a R$ 1. 019, determinando, assim, que
quem tem uma renda acima de R$ 1. 019,00 é classe alta, ou elite, as pessoas do “povo”
não perceberam e os comentadores também não perceberam que, desta forma, delimita-
se um valor de salário mínimo com o qual todos os brasileiros se tornam classe alta, ricos,
elite.
Na aplicação das prescrições de Gramsci, no Brasil providenciou-se o carro
subsidiado, enquanto Hitler [AHTR] usou o recurso de distribuir benesses ao povo,
providenciando que o carro fosse acessível a todos, deixando de ser marca registrada da
“elite;” o populismo no Brasil financiou as montadoras, de quem se recebeu propina,
para o acesso popular ao carro. [http://www.sindmetalsjc.org.br/imprensa/ultimas-
noticias/2702/montadoras+pagaram+propina+para+governo+aprovar+isencao+de+imposto.htm] A diferença é que Hitler observou o

Bem-Estar social (para os escolhidos de “deus” (que era ele mesmo)). Gramsci disse
que o Príncipe Moderno deve distribuir benesses ao povo para adquirir sua confiança,
mas não percebeu que Maquiavel falava de Bem-Estar social, e seus seguidores
aplicaram a regra grosseiramente ao pé da letra, dando ao povo a fantasia de que
melhorou de vida, ao mesmo tempo em que fazem uma pregação contra a “elite.”.

062 Hitler e o populismo


Também Hitler iniciou com o Desejo de organizar um movimento de massa, [FLSHND]
com uma psicologia das massas que prega ser a capacidade de compreensão do povo
muito limitada e com grande capacidade de esquecer. É uma psicologia das massas ainda
a Le Bon, ainda usada e abusada como se o tempo não tivesse passado, como se o homem
fosse o mesmo do século 19. Em resultado, o político ainda finge se esquecer daquilo que
se deseja que o povo mantenha esquecido em suas mentes: protege-se corruptos fingindo
esquecer que o Poder foi conseguido mediante a promessa de acabar com a corrupção.
Entretanto, a aplicação de Gramsci levou à sua falência, tendo dividido o Brasil em
dois, por ter desrespeitado os pilares de toda cultura, o Homem, a Família, e a Religião.
Todo homem vive de conflitos conceituais, entre o que pensa sobre a Realidade e o que
dela vivencia, havendo discordância sua mente procura as respostas, desde que elas não
sejam dadas a priori, a Religião fornece muitas respostas, com a vantagem de autoridade
sobre as Ideologias, sendo prescrita por Deus, para os crentes, ou por contribuições
humanas, para os ateus, neste caso sendo contribuições de muitos e milhares de homens
que teriam percebido a Realidade imediata do homem e os caminhos a que cada
comportamento levaria em futuro imediato e futuro remoto, mas, em ambos os casos, mil
vezes superior às cosmovisões criadas por homens isolados em seus gabinetes (torre de
marfim dos intelectuais).

063 O Nazismo e o controle dos fatores sociais


Mosse [GLMNC] procura responder como o Nacional Socialismo foi impingido na
consciência daqueles que viveram sob ele, tornando-se leitura obrigatória para quem quer
entender o que está sendo implantado no Brasil, já está em vigência na Venezuela, e tem
o Desejo de se internacionalizar. Tudo se deu por doutrinação da massa e na escola,
embora aproveitando um momento de crise econômica.
064 Nazismo: mistura de nacionalismo com socialismo
O Nazismo nasceu do Pangermanismo (Nacionalismo e Racismo) e do Populismo, e
defendeu uma ideologia que combina o nacionalismo da direita e o socialismo da
esquerda, [WSSPGS] é o que demonstra Schuman [FLSHND] em 1936: “na minha opinião, o naufrágio
do Movimento Pangermânico na Áustria deve ser atribuído a três causas. A primeira delas
consistiu no fato de que os líderes não tinham um conceito claro da importância do
problema social, particularmente para um novo movimento que tinha um caráter
essencialmente revolucionário. Schönerer e seus seguidores dirigiram sua atenção
principalmente para as classes burguesas. Por essa razão, seu movimento estava destinado
a ser medíocre e manso. A burguesia alemã, especialmente em seus círculos mais
elevados, é pacifista até o ponto da auto abnegação completa – embora o indivíduo possa
não estar ciente disso – em todos os assuntos internos da nação ou do Estado. Nos bons
tempos, o que neste caso significa tempos de bom governo, tal atitude psicológica torna
essa camada social extraordinariamente valiosa para o Estado. Mas quando há um
governo ruim, essa qualidade tem um efeito destrutivo. A fim de assegurar a possibilidade
de realizar uma luta realmente árdua, o Movimento Pangermânico deveria ter dedicado
seus esforços para conquistar as massas. O fracasso em fazer isso deixou o movimento
desde o começo sem o impulso elementar que tal onda necessita, se não for a diminuir
dentro de pouco tempo. Tal era o destino do Movimento Pangermânico, porque no início
os líderes não percebiam que a condição mais importante do sucesso era que eles
recrutassem seus partidários das grandes massas do povo. O movimento tornou-se
burguês e respeitável e radical apenas com moderação.” [WSSPGS]
Embora a social democracia como pregada por Lassale no desenvolvimento do
Movimento dos trabalhadores alemão tenha sido lido como um nacionalismo em
contraste com o marxismo, [FLSHND] é conceituado atualmente como neomarxismo. O
nazismo com o Estado do Povo apenas substituiu a ditatura do proletariado pela ditadura
do povo. O gramscismo desejando instituir o comunismo via nacionalismo popular
significa instituir a ditadura popular via comunismo.

065 Dominação da massa


O Proletariado como classe dominante” não é o objetivo de final do Estado
gramsciano. Para Hitler, “as massas trabalhadoras querem apenas pão e circo, não
compreendem qualquer tipo de ideal e não podemos contar com a vitória dos
trabalhadores em grande número.” [FLSHND] É uma visão irreal dos fatos, pois nos países
cristãos sabe-se que o crente acredita em uma vida posterior à morte, que é uma espécie
de idealismo, quando terá a remissão de seus pecados. O homem comum não
compreenderá nada que não lhe seja explicado usando a linguagem a cada um acessível.
A partir de Marx e Lenin Gramsci concluiu: “trata-se de saber se o marxismo é ou
não a interpretação mais segura e profunda da natureza e da história, se é ou não capaz de
dar à intuição genial do político um método infalível, um instrumento de extrema precisão
para explorar o futuro, para prever os eventos de massa, para dirigi-los e, portanto,
dominá-los”. [AGML] A resposta é não, não é, e a procura de “um método infalível para dirigir
e dominar a massa” o demonstra. O grande problema do messianismo, os salvadores do
mundo sempre julgam que sua fórmula é a única possível e pretendem a impor a todos,
no esquecimento de que a perpetuidade do homem na face da terra só é possível por um
sistema aberto de funcionamento, em um jogo de contrários que se estabilizam e entram
em harmonia, se em jogo livre e espontâneo; não há síntese final a ser almejada.

066 Secretismo
“A segunda maior fonte da técnica de propaganda nazista é a “sociedade secreta”.
Aqui, os precedentes europeus são tão significativos quanto os americanos, por exemplo,
os jesuítas, a Ordem Maçônica, os Carbonari e diversas organizações revolucionárias e
terroristas na Europa central e oriental.” [FLSHND] O secretismo se faz atualmente pela
propagação de fakenews, de modo a que o homem comum tenha dificuldade de saber
qual é a verdadeira intenção do sistema que rege o Estado ou a intenção de quem pretenda
o Poder, mantendo todos desinformados, na sensação de que detêm consigo a informação
e a Verdade. Isto ocorre embora o sistema tenha criado o conceito de “pós verdade “, em
que a verdade não importa e as ideias contraditórias são postas lado a lado em um mesmo
veículo.
É um recurso falho, uma vez que basta colher os fragmentos relacionáveis a uma
questão e os aglutinar em um texto contínuo. Assim, a questão “há uma revolução
vermelha em curso?” é respondida colhendo os fragmentos dos discursos de políticos de
esquerda relacionáveis, que vai de “o MST colocar seu exército na rua” a “vamos tomar
o poder que é diferente de vencer eleições” e, perdidas estas, o chamamento “vai ter
resistência, vamos sem medo” (Boulos).

067 Hegemonia/homogeneização da sociedade


Gramsci atribui a Maquiavel algo que nele não se encontra: “em Maquiavel, nos
modos e na linguagem da época, observamos uma compreensão dessa necessária
homogeneidade e interferência dos três elementos Religião, Estado, Partido.” [AGMP]
Como o gramscismo resolve esta questão da homogeneização?

068 Homogeneização pelo controle/manipulação do


pensamento/mente
Educação totalitária reduzida a seus termos tem dois objetivos: (1) erradicar e matar
todas as ideias competitivas; e (2) simultaneamente promover a ideologia fascista, suas
instituições e sua forma de vida em todos os lugares, [FADSAF] a doutrinação e o assassinato
do NÃO. Em nenhum ponto têm os países fascistas sido mais bem sucedidos do que na
área de controle de pensamento. Para eles, as crenças e as opiniões das pessoas são de
extrema importância. O estado totalitário – por causa de sua própria natureza – deve
regular a educação, a arte, a literatura, rádio, cinema, imprensa, e plataformas públicas.
Em casa, o quadro de espírito desejado é conseguido através de arregimentação e direção,
que consiste principalmente de excluir influências indesejáveis e criar os aceitáveis,
utilizando uma série de dispositivos conhecidos de controle da opinião pública. [FADSAF] Este
controle de opinião pode ser realizado de forma quase subliminar, de forma que o receptor
não perceba de imediato: a Revista Istoé (2/7, ano 38 no. 2327) apresenta entrevista com escritor
português que está na crista da onda em sua terra, e já admirado por estas bandas; sobre
a saída de Portugal da Copa ele comenta: “fiquei com pena de todos nós portugueses.
Cristiano é muito rico para ter pena dele”, o que esconde o populismo “pobre x elite” e
vende a informação preconceituosa de que “ser rico retira de Cristiano Ronaldo a
condição de ser humano que sofre com suas derrotas”.
Em suma, controlando-se o pensamento por todos os meios disponíveis enquanto se
induz adoção de um senso comum, controla-se a compreensão imediata; em nosso meio
a homogeneização do pensamento se faz pelo controle da compreensão imediata mediante
a repetição de chavões e conceitos e impedindo todo pensamento em contrário, fazendo
as pessoas conviverem com afirmativas contraditórias (a mulher é construção social, a
criança nasce homossexual).

069 Hegemonia/homogeneização pelo controle do senso


comum

070 Senso comum


O senso comum é formado naturalmente no seio da sociedade como fruto da tomada
de conhecimento pelo homem dos vários pontos de vista sobre a Realidade, mas o
controle da formação do senso comum é uma atitude fascista. [PCPFI] Para Gramsci, o senso
comum se faz, em parte, das concepções “oficiais” do mundo circulado pelo bloco
dominante, em parte formadas pelas experiências práticas da vida social das pessoas,
orientando as pessoas a agir de certas maneiras e descartando outros modos de
comportamento como impensáveis. [SJAG]

071 Controlar o senso comum


Gramsci começa com uma falácia por prescrever a doutrinação na ideologia marxista
em uma fase em que o pensamento crítico é impossível, na educação infantil, não
constituindo um senso comum no sentido estrito, mas um só pensamento sendo imposto,
em busca de hegemonia. Há muitos fatores envolvidos e a proibição de contato com outras
cosmovisões e ideologias não as elimina, enquanto promove uma curiosidade em as
conhecer. Isto se dá sempre que a ideologia predominante vai de encontro ao que o
homem percebe da Realidade em seus contatos singulares: CR + USO = OBJETO, sendo
o OBJETO o primeiro ponto de vista (PV) sobre a Coisa Real; o marxismo e seus
desdobramentos pretende dar o PV para controlar quais objetos serão fabricados em uma
Realidade idealizada pela ideologia; isto, no entanto, não determina a falência do
mecanismo de pensar a nível do indivíduo, que toma todo e qualquer PV simplesmente
como uma COISA REAL de que fará USO e criará seu próprio OBJETO, que pode ser
ou não recriação do OBJETO COMO DESEJADO pelo ponto de vista dado, mas, mesmo
reproduzindo-o, o homem a ele acrescenta pontos que o conformem à realidade contextual
(campo situacional em que se insere) e a forma como o compreende.
Isto é comprovado pelo próprio gramscismo, em que se opera o jogo de interpretações
nos escritos de Gramsci, afastando-se de suas prescrições, culminando com a criação de
uma nova mitologia, a pós verdade, em que os fatos objetivos têm menos importância do
que as crenças pessoais, cuja somatória inclui o senso comum; e com um apelo às
emoções, ao sentimento, em lugar do racional, pelo uso da Mentira. Em um sistema em
que se adota o gramscismo tudo se faz para controlar as crenças pessoais, portanto, as
opiniões das pessoas em busca de um senso comum desejado.

072 Como controlar a formação do senso comum?


073 Pelo controle do Conhecimento
“Gramsci dá um passo à frente no campo epistemológico ao afirmar que o marxismo
também é uma superestrutura, o que significa que não é exatamente a verdade, mas
um ponto de vista que, como qualquer outro ponto de vista, pode ter suas falácias. Ao se
opor ao realismo epistemológico defendido pelos leninistas e ao positivismo, abre
caminho para um maior grau de relativismo epistemológico, que não constitui uma
resignação ética ou política para Gramsci, mas a plena assunção da natureza provisória e
construída do conhecimento humano “, [AGMP] mas todos os derivados do marxismo não têm
noção de como o homem, no singular, adquire conhecimento fabricando pontos de vista
recuperáveis, por exemplo, pela maiêutica (parto de ideias) de Sócrates.
Gramsci sabe, com Nietzsche, que tudo que se diz sobre a Realidade são apenas
interpretações, aproximações do Real, mas reinterpreta o marxismo e faz a propaganda
de que agora se tem a Verdade a ser imposta ao homem por meio de doutrinação. Falta
de percepção da Realidade em si. Assume o caráter provisório e construído do
conhecimento humano, apontando que todo ponto de vista pode ter suas falácias, e incorre
em outra falácia ao esconder o fato de que o Conhecimento Humano é provisório apenas
enquanto falacioso, delusivo, tomando como verdades Objetivas as verdades subjetivas
(visões individuais, construídas por compreensão imediata, egocentradas ainda que
centradas em ideologias) de homens que se colocaram como salvadores da humanidade:
só é Conhecimento Objetivo aquele que corresponde à Realidade em si e que devém
concomitantemente com o Devir da Realidade, que Artaud coloca como destruições
sucessivas, mecanismo a ser imitado na mente como destruições sucessivas das
evidências (dúvida sistemática), em busca de uma evidência que resista a este processo,
mas também susceptível de destruição tão logo a Realidade flua. Não será uma evidência
provisória no sentido de que possa ser descartado por outros homens, cegos examinando
o Elefante, que se julgam, ou são aceitos como messias salvadores do mundo. O
Conhecimento não é construído no sentido de ser concretização da visão de um homem,
ainda que concretização feita por outros homens que o deificam e deixam o Pensamento
deste homem pensar em suas mentes, renunciando ao atributo máximo da humanidade do
homem, a capacidade de pensar por si mesmo e não apenas de reproduzir o pensamento
que lhe é introjetado na mente por encantamento pela prestidigitação com as palavras
transformadas em Magia por técnicas de retórica e persuasão.
Não há um mundo pós-moderno em que a não-verdade prevaleça, mas um mundo de
incertezas, devendo o homem procurar o modo mais seguro de construir certezas
provisórias e saber descarta-las quando não mais correspondam à Realidade. A visão de
Artaud, teatrólogo não considerado filósofo, coincide com a de Popper, na metodologia
científica, em que a hipótese só é válida quando resiste ao teste de tentar mostrar a sua
falência. [As Memórias de Schreber decodificadas: pássaros falantes. http://journals.epistemopolis.org/index.php/salud/article/view/860/426]

074 A teoria do Conhecimento de Gramsci


A teoria do Conhecimento de Gramsci é falha e não leva em consideração o homem
no singular: diz ele “os conceitos com os quais se organiza o conhecimento do mundo
não derivaram primordialmente de nossa relação com as coisas, senão das relações sociais
entre os usuários destes conceitos “, que diz o mesmo que “os sentidos das palavras e das
coisas são os convencionados em sociedade.” É um conceito em que o homem e suas
contribuições para a formação do sentido é desprezado a favor do social, contudo, tendo
o homem surgido na face da terra sem a linguagem por palavras e uma visão conceitual
da Realidade, é, necessariamente, no homem singular que surge o sentido das coisas: ledo
engano, a mente articula palavras; o que a mente articula são os sentidos que apreende da
Realidade usando-a.
Pela teoria do Conhecimento/pensamento, que se deriva das respostas aos
questionamentos de Artaud sobre o mecanismo de pensar, como ratificado por Piaget em
sua teoria do pensamento (do pensamento situacional ao pensamento hipotético-
dedutivo), os conceitos com que se organiza o conhecimento se faz exclusivamente das
relações da mente com as Coisas Reais, CR + USO = OBJETO, sendo o Objeto o primeiro
Ponto de Vista (sentido) que se obtém da CR; o ponto de vista, noção, ideia, conceito,
que se recebe nas relações sociais é apenas uma Coisa Real, que é usada, criando o
indivíduo seu próprio OBJETO = PONTO DE VISTA, o qual pode ser concordante ou
discordante do conceito que recebeu. A afirmativa de Gramsci nasce da delusão de que o
homem não tem participação na formação do sentido das palavras e dos Conceitos que
circulam no meio social (cultura). Ela se se vende como Verdadeira apenas a partir dos
mecanismos de exclusão (assassinato do NÃO, do controle de opinião à eliminação física
pura e simples), ao lado da imposição de uma “verdade” (um Ponto de Vista a ser aceito
como verdadeiro) pelo Estado, representado por um Partido único, ou unificado por
distribuição de benesses a políticos descompromissados com a causa pública em interesse
próprio.

075 Controle pela educação


No nazismo, a educação é crucial, pois se uma ideologia pode ser institucionalizada
através do sistema educacional, ela ganhou uma grande batalha. [GLMNC] a educação visa à
unificação do Estado, homogeneização conforme Hitler: Antes de tudo, deveria ter sido
adotado o princípio de que apenas uma língua comum poderia ser usada como língua
oficial do Estado. Assim, seria possível enfatizar a unidade formal dessa comunidade
imperial. E assim a administração teria em suas mãos um instrumento técnico sem o qual
o Estado não poderia suportar como unidade política. Da mesma forma, a escola e outras
formas de educação deveriam ter sido usadas para inculcar um sentimento de cidadania
comum. Escusado será dizer que, em tais circunstâncias, o país deve ser governado e
administrado respeitando estritamente o princípio da uniformidade. [AHMK – Adolf Hitler. Mein Kampf. Translated
into English by James Murphy. Hurst and Blackett. 1939. https://archive. org/details/MeinKampf_737, acessado em 05/2014]

Todo o sistema educacional do Reich, de creches a escolas profissionais, está agora a


serviço do Estado totalitário. [FLSHND] A própria liderança nazista era jovem; Hitler tinha
apenas quarenta e quatro anos quando chegou ao poder. Além disso, os nazistas
perceberam que, se os jovens pudessem ser capturados por sua visão de mundo, o futuro
estava garantido. Os nazistas aproveitaram o descontentamento da juventude, seu espírito
de rebelião contra os pais e a escola. [GLMNC] Contudo, a rebelião adolescente não é contra os
pais e a escola, é contra o manancial de informações transformadas em opiniões que não
representa a Realidade que tem diante de si, não representa por ser Passado e o
adolescente tem a visão voltada para o Futuro.
“Para Artaud, todo o pensado se refere ao passado, não pode ser congelado, o
homem é ator da realidade, atua sobre as Coisas Reais, e precisa inventar o Futuro
escolhendo suas ações. Para Bergson, há duas Memórias, uma que imagina o Futuro, o
sonho, relaxamento; e outra que repete o passado, percepção imediata, Consciência,
tensão: “o espírito percorre sem cessar o intervalo compreendido entre seus dois limites
extremos, o plano da ação e o plano do sonho e da fantasia.” [Artaud, o Sentido e a Loucura: CAPÍTULO 10 (18) Eros:
Desejo. http://www.autores.com.br/publicacoes-artigos2/10-livros/resenhas-- sinopse/52920-artaud-o-sentido-e-a-loucura-
capitulo-10-18-eros-desejo.html]

Por não compreender a Realidade do homem, as noções e princípios fundamentais


que diferenciam em ser humano o animal gerado pela inter-relação entre um macho,
homem, e uma fêmea, mulher, ilude-se o doutrinador que subjuga um aluno que dele
discorda em sala de aula: os demais alunos que aparentam assistir passivamente à cena
de submissão têm um aparelho mental que não para de funcionar e deixam a pergunta
“qual será o resultado desta doutrinação que não respeita o ser humano naquilo que ele
é, uma agente questionador da Realidade que vive em busca da realização de todo seu
potencial, que não inclui ser submisso a outro homem.

076 De que deriva o controle pela doutrinação das


crianças
As revoluções fascistas, como as revoluções em geral, têm dois objetivos: buscam a
aceitação geral da Ideologia defendida e se esforçam para perpetuidade na esperança de
ter a forma fascista de vida adotado como forma de vida. O caminho mais seguro de
realizar estes objetivos foi encontrado na formação do pensamento de pelo menos uma
geração de jovens durante seus anos de formação. Hitler na Alemanha e Mussolini na
Itália ambos acreditavam que a nova geração, doutrinada desta forma, aceitaria o fascismo
e o nacional-socialismo sem dúvida ou objeção. [FADSAF] É o que já está introduzido no Brasil,
na surdina, passando despercebido a muitos, a doutrinação marxista nas escolas públicas,
e já há algum tempo , uma vez que Paulo Freire é o introdutor de Gramsci no país.

077 Educação doutrinação nas escolas


A conversão da juventude é necessariamente uma tarefa primordial de todas as
ditaduras totalitárias. Nenhum esforço foi poupado pelo Partido Nacional Socialista dos
Trabalhadores Alemães (Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei – NSDAP) para
alistar os jovens alemães na causa sagrada. Unidade, disciplina, obediência, fanatismo a
serviço do Estado são os novos ideais. No nazismo, Hitler prescrevera a atenção com os
professores, sendo dever do Estado supervisionar a educação, prevenindo-se contra os
professores falsos, ignorante e maldosos, [AHMK] ou seja, os que pregam de forma contrária
à ideologia.
Com a doutrinação nas escolas e pela mídia anuncia-se uma ditadura de instalação
lenta em curso no Brasil? Sim, enquanto os poderes constituídos na Sociedade fizerem
vista grossa à doutrinação ideológica e aos mecanismos de assassinato do NÃO.
078 O fracasso anunciado
Isto fatalmente significava controle estatal rígido de educação, uma condição que
John Stuart Mill em seu ensaio sobre a liberdade lamentou: “um sistema controlado pelo
Estado torna-se um mero artifício para moldar pessoas para ser exatamente como o outro
na proporção em que é eficiente e bem-sucedido, estabelece um despotismo sobre a
mente.” [FADSAF] O fracasso, no entanto, é anunciado pela necessidade do assassinato do
NÃO. Quando um professor oprime um aluno que dele discorda em sua pregação, os
outros alunos podem ficar quietos, paralisados, sem interferir; contudo, não há meios de
fazer uma mente parar de funcionar, e neste momento em que os alunos estão
amordaçados pelo medo das consequências de qualquer ação estão na posição mais
indigna ao homem, a submissão, e assim sua mente tenderá a concordar mais com o aluno
sendo subjugado do que com o professor que o subjuga.

079 Controle pela Propaganda


A Necessidade da Propaganda. O sucesso mais marcante da revolução de uma visão
da vida sempre será conquistado sempre que a nova visão da vida for, se possível,
ensinada a todas as pessoas e, se necessário, for mais tarde forçada, enquanto a
organização da ideia – isto é, o movimento – tem de abranger apenas tantas pessoas tão
absolutamente necessárias para a Ocupação dos centros nervosos do Estado envolvido.
Isso significa, em outras palavras: em todo movimento revolucionário realmente grande,
a propaganda terá primeiro que difundir a ideia desse movimento. [GLMNC]
As instituições para moldagem, direção e manipulação da opinião pública tornam-se
instrumentos de poder por constituírem uma forma de coerção. Eles são os meios pelos
quais o pensamento é dirigida para os canais desejados. [FADSAF] A propaganda repete
chavões e slogans epilepticamente até que passem a fazer parte do conteúdo mental do
povo e a orientar seu pensamento, vírus conceituais semelhantes a vírus de computador.
[Virus conceitual. https://www.recantodasletras.com.br/artigos-de-cultura/4877372]

080 Educação de adultos pela propaganda


No nazismo, uma enxurrada constante de propaganda e exortações e frequentes
reuniões de massa suscitaram entusiasmo. Isto foi acompanhado por queima de livros em
todas as cidades, a Gleichschaltung de todos os esforços culturais e sociais – a
insistência de uma demonstração de conformidade com a revolução que havia ganho o
dia. [GLMNC]

081 Controlar pela repetição: efeito “ai se te pego”


Hitler pensa que “a propaganda deve-se restringir a poucos pontos, os quais deverão
ser (repetidos) como estribilhos, até que o último indivíduo consiga saber exatamente o
que representa esse estribilho. Estes poucos pontos devem ser repetidos incessantemente,
aos concorrentes nunca deve ser concedido possuir quaisquer virtudes. Toda propaganda
deve ser popular e estabelecer o seu nível espiritual de acordo com a capacidade de
compreensão do mais ignorante dentre aqueles a quem ela pretende se dirigir e quanto
mais modesto for o seu lastro científico e quanto mais ela levar em consideração o
sentimento da massa, tanto maior será o sucesso. A propaganda deve apelar para o
coração (e as vísceras), não para a mente. Deve ser um método de incitamento, não de
instrução. Alguns pontos devem inspirar o ódio é melhor do que inspirar o ridículo,
porque o ódio implica medo, e o medo, ao invés do riso, produz energética e heroica ação.
[AHMK, FLSHND]

Nas eleições de 2014, percebeu-se o uso da Lei da repetição, que vem a ser a repetição
exaustiva de um tema até que entre na mente de uma grande maioria de pessoas que
passam a repeti-lo automaticamente, em um processo que foi posto em prática, pela
primeira vez, pela música com o estribilho “ai se eu te pego, delícia “, a seguir veio “a
menina que foi pro Canadá “, com poucos efeitos, se algum teve. A seguir, com efeitos
mais práticos, com a adoção do programa Mais Médicos, mediante repetição cansativa
fez-se o povo aceitar os médicos cubanos, ao mesmo tempo em que se ensaiou a criação
de um preconceito contra os médicos brasileiros. Agora recentemente, aproveitando
fragmentos de fala (retiradas do contexto em que ocorreram), construiu-se, pela repetição
exaustiva nas redes sociais, o ódio a candidato a presidência da república (o esfaqueador
confessou ter sido ódio, medo), que culminou em uma veio a ser uma facada quase mortal
no candidato, “ação heroica” na opinião de muitos.

082 O efeito da repetição: induzir o ódio e o medo


No nazismo, “a propaganda deve apelar para o coração (e as vísceras), não para a
mente. Deve ser um método de incitamento, não de instrução. Alguns pontos devem ser
repetidos incessantemente. Inspirar o ódio é melhor do que inspirar o ridículo, porque o
ódio implica medo, e o medo, em vez do riso, produz uma ação enérgica e heroica.” [AHMK]
É uma atitude nazista induzir o ódio e o medo, como exemplo o candidato acima referido
ganhou a pecha de misógino, homofóbico e racista, como ditado por formadores de
opinião e repetida por militantes e seguidores, influenciando a eleição. Muitos outros
exemplos podem ser encontrados nas redes sociais e as hollas conduzindo o pensamento
são típicas. [Holla banana. (Postagem no FACEBOOK em 18/5/2014). https://www.recantodasletras.com.br/artigos-de-politica/4946528] O fato de que este
candidato tenha ganho a eleição com votos de homossexuais, negros e mulheres ilustra
que a propaganda nazista não é efetiva, podendo mesmo levar a resultados opostos aos
desejados. O discurso de ódio e a disposição de militantes irem a ações agressivas contra
adversários levou a que pessoas não alinhadas com o pensamento esquerdista se abstêm
de manifestar qual seu candidato e de comparecer a manifestações de rua pelo medo desta
agressividade, como reconhecido por senadora em plenário, sem dizer tratar-se de um
discurso de ódio. [https://www.youtube.com/watch?v=TC6E3nWazkM]

083 Pelo controle da imprensa


No nazismo, “a propaganda mais efetiva da ideologia se faz pela imprensa, que é o
principal meio empregado no processo da “iluminação” política, uma verdadeira escola
para adultos.” [AHMK] No gramscismo, este quesito se fez pelo preenchimento dos cargos na
imprensa, falada e escrita, por jornalistas que defendem os pontos de vista da ideologia e
os atos de governo. Em primeiro momento, parece funcionar; entretanto, cumprindo
ordens e dando vazão a seus próprios sentimentos, sem um compromisso consciente
assumido com a causa, cometem enganos que, no conjunto, têm levado à percepção de
que a prescrição não funciona, gerando indivíduos a favor e contra a ideologia de
esquerda.

084 Pelo controle da representação


Gramsci viu o papel da representação em produzir a cosmovisão, mas fixou-se no
ponto de vista veiculado verbalmente, deixando de lado o imagético, como o filme e as
novelas, que estariam profundamente comprometidos com a estruturas capitalista, racista,
patriarcal e heterossexista e que inevitavelmente as reproduziriam e manteriam estas
desigualdades. [SJAG] O que se vê é que as novelas adotaram todas as prescrições de Gramsci,
sendo apenas moderada pelo fator monetário, pouco atacando o capitalismo; entretanto,
já surgem filmes que introduzem na fala dos personagens ensinamentos anticapitalistas
ao lado de todos os outros fatores descritos.

085 Controle pela censura no nazismo


No nazismo toda crítica ao sistema foi explicitamente proibida, inclusive em
programas humorísticos.” [GLMNC] Hitler prescreve claramente a eliminação dos opositores à
ideologia. “A aplicação de força por si só, sem o apoio moral fundado em um conceito
espiritual, nunca pode causar a destruição de uma ideia ou deter a sua propagação, a
menos que se esteja pronto e capaz de exterminar impiedosamente o último dos
defensores da ideia, mesmo um homem, e também acabar com qualquer tradição que pode
tender a deixar para trás “, [AHMK] e o campo de concentração aguarda o cidadão que oferece
oposição ao regime. [FADSAF]
Na cultura nazista a censura foi imposta a livros estrangeiros, jornais e a literatura e
as artes domésticas foram controladas. [GLMNC] Na Venezuela há uma censura efetiva à
imprensa e meios de comunicação, no Brasil há um Desejo de censura da Imprensa, ao
qual alguns órgãos respondem efetivando-a; listas de intelectuais a serem banidos estão
sendo elaboradas.
086 Controle (manipulação da mente) pelo
encantamento: flauta de Hamelin
O conto da flauta de Hamelin diz respeito a uma flauta que encantando os ratos os
fazem a acompanhar. No Terceiro Reich, a principal tarefa da cultura era a disseminação
da cosmovisão (modo de ver o mundo) nazista, com correspondência ao objetivo do
gramscismo de impor uma hegemonia do neomarxismo, educando o povo pelo
sentimento, que o une, rejeitando a Razão, o pensamento, que o divide, favorecendo a
união emocional centrada na ideologia. [GLMNC] Por construir um domínio de “sentimento”
em vez de um reino de “pensamento”, a ópera tem uma grande semelhança com o folclore,
outra área em que Gramsci sentiu que um popular nacional precisava ser construído. O
fascismo é uma força psicológica, não uma força racional, [FADSAF] de onde a recomendação
de Gramsci [AGMP] de dirigir-se ao povo pelo sentimento e não pelo racional. O problema
básico é ilustrado por uma citação de Le Bon que, anos depois, Hitler agiu com uma
decisão fatal: “Vemos, então, que o desaparecimento da personalidade consciente, a
predominância da personalidade inconsciente, a virada por meio de sugestão e contágio
dos sentimentos e ideias em uma direção idêntica, a tendência de transformar
imediatamente as ideias sugeridas em atos, essas, vemos, são as principais características
dos indivíduos que formam uma multidão “. [GLMNC]

087 Pelo controle do emocional na ação


O próprio Hitler sempre deu precedência ao sentimento, emoção, fanatismo e até
mesmo histeria precedência sobre o raciocínio calmo. O socialismo nacional apresenta
apenas padrões de ação exagerados e patológicos, inerentes a todo comportamento
político de massas. Toda ação humana coletiva é, por definição, emocionalmente
motivada. Todas as sociedades humanas são mantidas juntas por emoções
compartilhadas, por respostas glandulares e musculares comuns a símbolos coletivos, não
pelo intelecto abstrato frio. Qualquer grupo social atua efetivamente no grau em que atua
unida e entusiasticamente. A unidade e o entusiasmo são funções de estímulos coletivos
que evocam reações coletivas intensas e duradouras. Esses símbolos políticos e
verbalizações são mais eficazes que provocam as respostas emocionais mais satisfatórias.
[FLSHND]

088 Controlar pelo sentimento


“As únicas seções do Minha Luta (Hitler) que têm valor científico são aquelas que
tratam da técnica de propaganda. A propaganda aliada, ele percebeu, era mais eficaz que
a propaganda alemã porque era mais simples, mais grosseira, mais impressionante. ...
Uma é a habilidade de evocar um frenesi coletivo de exaltação emocional através das
formas de “encantamento”. Aqui, a voz da plataforma (representada no líder), auxiliada
talvez por músicas, imagens, banners e outros apetrechos apropriados, alcança sua
multidão de ouvintes. Pela manipulação perita dos símbolos das palavras e das reações
musculares e glandulares, ela retira as inibições adquiridas, toca carinhosamente os
impulsos nativos (id) e elementares com sua aura de racionalizações e sentimento de
culpa, e evoca um orgasmo espiritual que leva a qualquer tipo de comportamento violento
de massa que o orador está tentando produzir.” [FLSHND]
O que precisa ser acentuado é que o homem só é livre quando seu pensamento não é
conduzido por outro, mas o homem tem a impressão de liberdade de pensamento por ler
a Realidade e as falas (escritas ou não) apenas pelos sentidos que estão em sua mente, ler
por compreensão imediata, sendo que estes sentidos são colocados em sua mente como
vírus conceituais, que organizam seu pensamento.
“Todo comportamento político de massa é, portanto, inteligível não em termos de
“razão”, mas apenas em termos do mecanismo do reflexo condicionado (Pavlov), de
“substitutos cinestésicos” ou “estereótipos” (Walter Lippmann), e dos processos de
“inferência não lógica” (Graham Wallas) ou “não-lógico-experimental” (Vilfredo
Pareto). Todo comportamento político é, nesse sentido, impulsivo ou “não racional.” A
única política racional, consequentemente, é a arte de condicionar respostas emocionais
(indução do ódio e medo) em uma direção designada e de manipular o comportamento
coletivo não racional resultante. Uma ciência da política adequada deve ser uma lógica
do não-racional. A compreensão clara e consciente deste facto, óbvia, mas muitas vezes
esquecida pelos democratas, não é uma pequena parte do segredo do sucesso do Partido
Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães – NSDAP.” [FLSHND] Propaganda foi,
portanto, da maior importância, embora a palavra “propaganda” em si possa ser enganosa;
Hitler nunca pensou que pudesse vender o nacional-socialismo como se vende pasta de
dentes ou cigarros; uma teoria muito mais sofisticada estava envolvida. [GLMNC] Do tempo de
Hitler até agora os mecanismos de encantamento evoluíram e um cidadão pode se
convencer de que alguém tenha tais e quais defeitos simplesmente pela repetição na
mídia, de tal forma que uma opinião homogeneizada circula por todos os canais de
comunicação. O homem comum não tem acesso a informações, apenas a opiniões
homogeneizadas como se todos os órgãos de comunicação estivessem funcionando como
um só.

089 O uso da holla no nazismo


A holla é um fenômeno dos estádios de futebol, mas em política serve para desviar
a atenção de um fato para inserir outro na surdina, bem como serve para fazer o homem
aderir a conceitos necessários ao sistema que se quer impor. Hitler percebeu ser
“uma tática dos social democratas, que sabem criar a impressão de que só eles são os
protetores da paz. Desta forma, agindo de forma muito circunspecta, mas nunca perdendo
de vista seu objetivo final, eles conquistam uma posição após a outra, ao mesmo tempo
por métodos de intimidação silenciosa e em outro momento por roubo à luz do dia,
empregando essas táticas naqueles momentos em que a atenção pública é voltado para
outros assuntos dos quais não deseja ser desviado, ou quando o público considera um
incidente trivial demais para criar um escândalo sobre ele e assim provocar a ira de um
adversário maligno. ... A tarefa da propaganda não está na instrução científica dos
indivíduos, mas na orientação da massa para fatos específicos, casos, necessidades, etc.,
cuja importância deve, portanto, ser colocada em primeiro lugar aos olhos da multidão.
A receptividade ao ensino das grandes massas é muito limitada, sua compreensão pequena
e sua memória curta.” [AHMK]

090 Encantamento pela palavra: as massas são


influenciadas pela emoção e pelo sentimento
Hitler “um povo deve ser enganado se a adesão das massas for buscada. Essa frase de
Minha Luta (Hitler) foi excluída da 12º (1932) e todas as edições subsequentes.” [FLSHND]
Hitler acreditava na força mágica da palavra falada com os apelos da retórica, ou seja,
às paixões e emoções humanas, mas também na força da Angústia agitando as paixões e
emoções pelo medo. No nazismo toda crítica ao sistema foi explicitamente proibida,
inclusive em programas humorísticos. “ [GLMNC] Hitler prescreve claramente a eliminação
dos opositores à ideologia. “A aplicação de força por si só, sem o apoio moral fundado
em um conceito espiritual, nunca pode causar a destruição de uma ideia ou deter a sua
propagação, a menos que se esteja pronto e capaz de exterminar impiedosamente o último
dos defensores da ideia, mesmo um homem, e também acabar com qualquer tradição que
pode tender a deixar para trás “, [AHMK] e o campo de concentração aguarda o cidadão que
oferece oposição ao regime. [FADSAF]

A força que tem sido historicamente o motor de movimentos religiosos e políticos é
a mágica da palavra falada. As grandes massas de uma população são mais facilmente
persuadidas ou controladas pelo apelo da retórica que qualquer outra força. Todos os
grandes movimentos são movimentos populares. Eles são as erupções vulcânicas das
paixões e emoções humanas ativadas pela cruel deusa da aflição ou pela tocha da palavra
falada lançada no meio do povo. Em nenhum caso grandes movimentos foram
estabelecidos pelas efusões melosas de literatos estéticos e heróis de sala de estar. [AHTR]
Hitler segue a psicologia das massas de Le Bon e Sorel (o pensamento deste
orientando também a Gramsci) bem como as observações a respeito do comportamento
real de sucesso das multidões durante as lutas de Dreyfusard na França e durante a
primeira grande onda antissemita na Alemanha, e segue deles o alerta de que a
irracionalidade selvagem das massas tinha que ser dirigida por um líder para canais
positivos e construtivos, [AHMK] ou seja, mantendo “uma visão irracional do homem e do
mundo “, [GLMNC] usar o povo como massa de manobra para atingir seus objetivos.
Deste modo, líderes políticos são insufladores de insurreições e de disseminação de
ódio com seus discursos, como tem acontecido em nosso meio, com a leniência dos
poderes constituídos, e devem ser responsabilizados pelos atos cometidos por pessoas nas
multidões por eles insufladas.

091 Controle de pontos de vista por idolatrar uma ideia


No nazismo, o objetivo do sistema educativo é fazer com que os jovens se prostrem
em homenagem à ideia, como se a ideia fosse um ídolo. [AHMK] É o que se observa nas
universidades brasileiras com os professores doutrinadores de adolescentes tardios que
agem acriticamente em massa.
092 Controlar pela ação de intelectuais “orgânicos”
Gramsci prescreve que os intelectuais sejam orgânicos, ou seja, formados entre o
“povo “, assim entendido, como se mostrou, sendo uma parcela do Povo, apenas os pobres
e as minorias.

093 Com a função de transformar os valores culturais


“Como transformar a Sociedade Civil, este amálgama de ideias, crenças, atitudes,
aspirações? A resposta de Gramsci se inicia na comprovação de que a sociedade civil
apresenta elementos culturais: modos de pensar, de sentir, de situar-se ante a vida, de ler,
de divertir-se. Trata-se, portanto, de conquistar a cultura para o marxismo, de organizar a
cultura por meio da captação de seus agentes, os intelectuais.” [Rafael Gómez Pérez en la Introducción al libro de Augusto
del Noce: Italia y el eurocomunismo: uma estrategia para Occidente. Ensayos Aldaba. Madrid 1977. P. 18. Citado em GRCEO]

Em nosso meio, este processo de atuação de “intelectuais” em todos os meios de


formação, escolar ou de opinião, está avançado, e a doutrinação, em vigência desde a
década de 1970, já tendo ultrapassado mais de uma geração, deixando a impressão de
irreversibilidade; contudo, considerando as forças sociais, em que o indivíduo se
aproxima, se afasta ou reage agressivamente ao do estímulo recebido ((aproximação,
afastamento e agressividade, Karen Horney), observa-se que a população formada por
doutrinação é constituída de grupos de aceitação e de recusa dos conceitos recebidos por
doutrinação, constituindo, no entanto, uma massa de bipolaridade, em que as contradições
expressas e a mutação de posicionamento de acordo com o problema enfrentado,
denunciam uma não elaboração do material internalizado à força na mente, e a
possibilidade de reversão, ainda que parcial da cosmovisão assim artificializada, mediante
a formação de uma intelectualidade verdadeira, provida de pensamento crítico suficiente
para abstrair-se de seus próprios pontos de vista (descentração máxima), que reordene o
Pensamento na preservação do que é útil ao desenvolvimento e progressão da humanidade
a um estágio de harmonia entre forças sociais antagônicas. De outro lado, os teóricos
esquerdistas não demonstram ter compreendido o processo que imaginaram para a
História, mal nomeado materialismo científico, com a dialética de tese, antítese e síntese;
ao imporem a tese com o assassinato do NÃO, anulando todas e quaisquer discordâncias,
encontra-se o mundo no ponto em que a antítese rompe com as amarras, embora
lentamente e sem percepção completa do processo e tem à frente dois caminhos: o
enfrentamento e tentativa de imposição dos velhos valores que foram deturpados por anos
de doutrinação, ou a síntese, em que haja a equilibração entre os pontos de vista
antagônicos, a solução das contradições criadas e a manutenção da sociedade como um
sistema aberto em direção ao Futuro, sem messianismos e sem revoluções de arma na
mão. Afinal, se há ateus e teístas, todos têm de conviver no único um espaço disponível,
o planeta terra. Nada se conseguirá, no entanto, com o desprezo que os esquerdistas, que
se pensam progressistas, mantêm contra os valores culturais primordiais, a Religiosidade,
que neles também se manifesta, por adoção de práticas de satanismo (e suas vertentes),
uma religião entre tantas outras. [https://pt.wikipedia.org/wiki/Satanismo_LaVey] Sendo ao homem praticamente
impossível não ter religião, muitos transformam sua ideologia.
094 Intelectuais ou defensores sectários?
Maquiavel alerta, “advém disso que os adversários, quando têm oportunidade de
atacar, fazem-no ardentemente como sectários, e os demais o defendem sem entusiasmo
e periclita a defesa do príncipe.” Napoleão inverteu e disse ser fácil arrumar admiradores
entusiásticos que levam os demais à desistência. [NMP-35] A partir de Gramsci, estes
admiradores entusiásticos, sectários, passam a ser “intelectuais” em defesa da causa
marxista. Napoleão acrescenta “que a regra assinalada por Maquiavel ocorre apenas com
povos relativamente cultos, se considerado o Povo e não uma parcela escolhida, e que
conservam algum grau de liberdade”, de onde a lógica de, para gerar adversários sem
entusiasmo, manter-se o povo inculto, ou pior, com a sensação de ser culto.

095 Gramsci prescreve o intelectual originar da massa


Procurando “o intelectual não acadêmico, com o sentido de anti-intelectual do
Nazismo.” [GLMNC]

096 Achar o intelectual no meio do povo


Para achar o intelectual no meio do povo, Gramsci, utilizando os vários significados
do termo, parte de uma falácia, “todos os homens são intelectuais “, (o verdadeiro é
que todos os homens têm intelecto e pensam) mas ele qualifica isso argumentando
que apenas uma minoria de pessoas pode funcionar como intelectuais em qualquer
sociedade, (e estes é que são intelectuais) reconhecendo que não há uma
característica particular que unifique as atividades intelectuais em oposição às práticas.
Primeiro, é preciso diferenciar “funcionar como intelectual” e “exercer o papel social de
intelectual;” a muitos dos que exercem o papel social de intelectual é dada a missão de
serem meras antenas repetidoras de conceitos estereotipados, fazendo com que o
Pensamento dos ideólogos de um movimento seja retransmitido a todos, sem a permissão
de que suas mentes funcionem com pensamento crítico e nele introduzam modificações.
Segundo, a função intelectual desconectada da prática leva à discussão de “quantos anjos
cabem na ponta de uma agulha” (escolástica). Para Gramsci, “o significado de ser
intelectual é gerado pela 'complexa estrutura das relações sociais' num momento
histórico, dentro do qual algumas práticas são privilegiadas como intelectuais, enquanto
outras são relegadas ao status de senso comum ou conhecimento prático, [SJAG] que é a forma
de dizer que alguns pensam o que fazer (Ponto de Vista) e outros aplicam este PV na
COISA REAL (CR) para fabricar o OBJETO imaginado pelo “intelectual “, em um
contexto em que está retirado ao homem a capacidade de USAR a Realidade (CR e criar
o seu OBJETO, quando o objeto criado pode coincidir ou não com o objeto imaginado
originalmente. No marxismo, o homem é OBJETO da sociedade, significando que é uma
COISA usada pelos representantes do Estado para dele fabricar seu OBJETO, e, como
em toda produção em série, aqueles homens-OBJETOS defeituosos, discordantes, são
eliminados, assassinato do NÃO, sendo que o homem pode não ser educado para exercer
sua racionalidade e permanecer durante toda sua vida exercendo a leitura da Realidade
com a sua cosmovisão restrita, a educação amplia os horizontes mentais. Quanto menos
aprender autonomia de pensamento, mais o homem é facilmente manipulado com pontos
de vista a priori.
Há ainda, em Gramsci, uma confusão entre a prática de refletir, meditar, e a prática
manual, que Castoriadis resolveu com o par Legein/Teukhein, o Dizer e o Fazer, quando
o Dizer, reduzido ao senso comum, reduz o homem ao conhecimento prático que congela
a cultura a um estágio primário de desenvolvimento humano: a construção de OBJETOS
apenas pelo que tem internalizado na mente. O Dizer só pode ser construído a partir de
CR + USO = OBJETO = PV, e, então, Gramsci tem razão, o intelectual não pode ser o
homem preso em uma torre de marfim, mas, neste caso, o marxismo deve ser abandonado
porque desvinculado da prática (Marx não vivenciou nada daquilo sobre o que especulou,
apenas elaborou pontos de vista (PV) de outros criando seus OBJETOS = PV, os quais
os seguidores disseminaram a outras mentes, que os usaram para criar seus próprios
objetos, mas sempre desvinculados da prática (jogo de interpretações), a ponto de hoje
poder-se apontar o defeito, a) a Realidade mudou e os pontos de vista permaneceram
congelados, embora a obrigatoriedade ideológica exija continuarem a fabricar objetos, os
quais já não preenchem as necessidades dos homens.

097 A mesma ideia surge em Hitler


Hermann Burte, defensor do Fuhrer, disse que os intelectuais pertencem ao povo,
(espalhando pontos de vista e controlando a compreensão imediata); Minha Luta, de
fato, teria sido um livro de sucesso, mesmo que nunca tivesse sido lido: seu conteúdo
estava espalhado por todo o país por todo o movimento cultural nazista. [GLMNC] Isto se mani-
festa no gramscismo pela repetição epiléptica dos chavões doutrinários de forma que,
lendo-se um texto explicativo de sua cosmovisão não se faz necessário ler outros,
conterão os mesmos elementos e as mesmas frases ou suas paráfrases.
“Na visão de Hitler, o progresso do homem não derivou das atividades da maioria,
mas foi o produto da personalidade individual, seu gênio e vontade de ação. Os 'novos
homens' eram os líderes, e como eles levaram o partido à vitória, eles agora devem liderar
o estado. Hitler imaginou o governo do Reich como uma hierarquia de liderança: dos
líderes locais a si mesmo como Fuhrer de todo o povo.” A estrutura de liderança era
central para o governo do estado, e o princípio organizacional do partido nazista era
aplicado a toda a nação: o líder e os seguidores eram os polos em torno dos quais a vida
pública da Alemanha deveria ser organizada – e, como lá, não haveria divisão entre a vida
pública e a privada, isso incluía todos os aspectos do esforço humano. A liderança deveria
basear-se nessa personalidade, independentemente do histórico, que tivesse a vontade e o
poder de realizar o Volksstaat (o estado do Povo). [GLMNC]
Primeiro, faz-se uma referência aos grandes homens da Humanidade, que era uma
moda na época, mas, o gramscismo estende este estado de grandes homens aos líderes
locais, que está presente nas pequenas comunidades, desde as comunidades eclesiais de
base da Teologia da Libertação. É nesta instância que reside o problema para a reversão
dos resultados obtidos pela aplicação das prescrições de Gramsci, as pequenas
comunidades têm líderes mancomunados e há indícios de que funcionam como chefes de
milícias, coordenando o acesso a benefícios sociais e controlando seus liderados nos
aspectos econômico de suas vidas, o que ainda não foi percebido e apurado.

099 Transformar a sociedade pelo consentimento


Como a transformação da sociedade civil é uma precondição da mudança social
radical para Gramsci, os intelectuais precisam moldar seu mundo por meio do
consentimento, em vez de impor suas ideias. [SJAG] Isto é uma falácia adotada acriticamente;
na prática não é o que se observa, os pontos de vista são impostos por doutrinação: a
criança absorve a doutrinação e não dá consentimento, não tendo discernimento suficiente
os pontos de vista marxistas são impressos em sua mente por imposição; as pessoas são
manipuladas por mentiras e verdades distorcidas para impor um ponto de vista; a
repetição registra-se na mente das pessoas sem que elas deem consentimento; opiniões
são fornecidas distorcendo as informações para caberem no esquadro desejado. O
resultado é um homem papagaio: repete chavões recebidos sem refletir sobre eles.

100 Consentimento
Pelo Webster 1913, consentir é dar ou estar de acordo em opinião ou sentimento; ser
da mesma mente. Ou seja, ser de mesmo pensamento. O erro dos sistemas de significação
que adotaram Gramsci é ter desconsiderado que, dada uma informação, o receptor pode
ou não dar o consentimento, e pela natureza da mente – o SIM sempre elicia o NÃO,
exceto nas mentes conduzidas de fora para dentro, as leis de probabilidade determinam
um resultado final de 50% de concordantes e discordantes, embora muitos fatores estejam
em jogo, como por exemplo, a submissão. Todo professor que subjugou um aluno em
processo de doutrinação (tem vários vídeos na Internet), com suas ideias, criou ao mesmo
tempo um grupo de alunos que permaneceram passivos assistindo à subjugação: o homem
é um animal como os outros, oferece resistência à submissão. O NÃO aparece em todas
as mentes não apenas na mente do aluno discordante que o professor subjuga, e a
doutrinação desconsidera que este NÃO é impossível de anular, assassinar, (assassinato
do NÃO). Não tendo voz, obrigado a calar-se, não se sabe qual o resultado final na mente
de cada aluno mero assistente do ato de subjugação. Ocorre também que a subjugação
professor-aluno se faz pela imposição de ideias e ocorre sempre que um aluno questiona
o professor sobre o NÃO que suas afirmativas ideológicas comportam. Liquidar ou fazer
calar os discordantes nunca irá gerar uma sociedade democrática, visto que a distribuição
entre concordantes e discordantes tende a ser 50% para cada lado.
A História tem demonstrado que a transformação social promovida seguindo as
prescrições de Gramsci não consegue resolver a Equação entre o Homem, a Sociedade, a
Natureza e os Objetos. A prática se mostra não um “Pensamento sendo pensado na mente
do homem”, mas chavões bem escolhidos pelos “intelectuais”, frases que não se
articulam, na mente do homem com os elementos que tenha recebido de sua Cultura, mas
que se repetem epilepticamente em sua mente, repetição induzida de fora para dentro: o
homem não pensa, apenas se transforma em antena repetidora da ideia do Outro que
manipula seu pensamento. O homem pode ter sua mente conduzida (tutelada, diz Kant)
por outros que ditam o que deve pensar e dizer e o homem permanece mera antena
repetidora, psitacismo, ou seja, repetidor acrítico, como um papagaio, do que ouve e na
frequência com que ouve (o efeito “ai se te pego”).
Manipulação da mente: O homem renuncia a seu mecanismo de crescimento mental
que é o conflito conceitual e a curiosidade para sua solução, seja quando admite como
verdadeiro o que é falso (fakenews, falácias), seja quando convive com contradições sem
as resolver (a mulher é construção cultural, mas o homem nasce homossexual). Seja
quando adota mecanismos que impede o conflito conceitual, [Para criar caso com o Caso Schreber. Parte 1. Capítulo IV – Conflito
conceitual e Sistema de Significação, Normas e Valores. https://gilbertoprofeta. blogspot. com/p/capitulo-iv-conflito-conceitual-e. html]
desde considerar irrelevante a
contradição a quando se coloca indisponível para refletir e comparar informações. A
renúncia à autonomia, pensar por si mesmo sem ser tutelado por outros, é facilmente
identificável, o sistema repete, incessantemente, na mídia e nas redes sociais, informações
falsas ou apenas meias verdades, ou verdadeiras, mas retiradas do contexto em que foram
emitidas; a pessoa adota estas informações assim repetidas, e junta com informações que
dão a elas aparência de confirmação (falácia), sempre julgando que são suas próprias
opiniões.

101 Uma produção de intelectuais por reflexo


condicionado
Gramsci desenvolve o que Lenin prescreve, desenvolver uma elite que imporá a
consciência socialista às massas. [SJAG] Lenin julgou que tomado o poder, controlando os
aparatos coercivos do Estado, as diferenças de classe e a distinção entre trabalhadores e
intelectuais desaparecem; como quem diz “isto é impossível “, Gramsci transformou em
os intelectuais construídos dentro da própria classe trabalhadora, que é novo em relação
a um corpo teórico (o marxismo), sendo antigo como visão ainda de quem não tem a
percepção da Realidade do homem e da Humanidade.

102 Intelectuais operários


“A necessidade de criar uma cultura de trabalho está relacionada ao chamado de
Gramsci por uma educação capaz de desenvolver trabalhadores intelectuais, que
compartilhem a paixão das massas. Seu sistema educacional pode ser definido no âmbito
da pedagogia crítica e da educação popular teorizada e praticada de forma mais
contemporânea pelo brasileiro Paulo Freire.” [AGMP] Assim, o processo gramsciano não
começou agora, mas com Paulo Freire. De novo, acentua-se a incapacidade de
desenvolver a transformação da sociedade por não percepção da Realidade: houve alunos
conduzidos a la Paulo Freire que desenvolveram pensamento crítico (o que corre em
direção à autonomia, questionando toda informação recebida), outros desenvolveram a
crítica pejorativa julgando estar em pensamento crítico; e outros permaneceram imunes
na base do “deixe a vida me levar “, uma parcela “aceitando” a doutrina introduzida em
suas mentes, quando não se considerou que a mente de cada pessoa evolui,
independentemente de sua vontade.

103 Neste ponto, Gramsci segue Lenin


O Fascismo (Mussolini) impõe um anti-intelectualismo [ROPAF] e se Gramsci não é anti-
intelectualista, distorce o significado de intelectual para conseguir encontrá-lo no meio
da massa. Gramsci segue Lenin: “em vez de ver o Partido como um movimento de
massas, Lenin defende o desenvolvimento de uma elite ou vanguarda que imporá a
consciência socialista às massas. Ela conseguirá isso através de seu monopólio dos
aparatos coercivos do estado, que ele tomou durante a derrubada do regime anterior.
Depois de um período de ditadura do proletariado, as diferenças de classe desaparecerão
e a distinção entre trabalhadores e intelectuais será “obliterada”. [SJAG] Os gramscianos
atuais retomaram Lenin ao aplicar Gramsci e faz também o conceito de massa evoluir
para o de “pobres e minorias “, que é uma parcela da população, dando outra vez
significado a “povo escolhido de deus”, em que deus é o Estado, mera adoção de Hegel.

104 Papel dos intelectuais


“É dar forma e expressão aos valores morais, filosóficos, ideológicos e científicos que
são elaborados em um projeto hegemônico. Os intelectuais trabalham dentro das
instituições e as instituições exigem intelectuais com as habilidades específicas
necessárias para manter a instituição teoricamente. Da mesma forma, os intelectuais
podem produzir representações, mas a imagem do intelectual, seja como autoridade
desinteressada ou como pensador engajado, é aquela que é construída dentro da
representação.” [SJAG]
Observa-se que as Universidades e os órgãos de informação (falada, de imagens e
impressa) estão tomados por “intelectuais” que preenchem o meio cultural com
informações desencontradas, contraditórias e falsas, transformando pesquisas apressadas
em verdades a serem impostas a todos. Assim, convive-se, por exemplo, com a
informação de que mulher é mera construção social, mas homossexualidade é
determinada ao nascimento; “sou a favor da democracia, mas farei resistência a quem foi
eleito democraticamente “, etc.

105 A reprodução do criado: CR + PV = OBJETO


A ideia é um ponto de vista sobre a Coisa Real (CR + USO = OBJETO = IDEIA
(PONTO DE VISTA) e a Realidade CONCRETA (OBJETOS FÍSICOS) se constrói a
partir de um criar (PENSAMENTO) e reproduzir (TRABALHO FÍSICO), sendo que,
quem cria o OBJETO, deve ensinar a reprodução do OBJETO, afastando-se da condição
de seu criador. Para que seja reproduzido por outros o OBJETO estando na mente de seu
criador deve ser transformado em palavras, ideias, noções, conceitos, etc., e articulados
em textos que sigam regras claras para trazer o que se diz o mais próximo do que se quer
dizer (o OBJETO criado).
Há uma diferença entre ser o que fabrica ideias e o que as reproduz também no campo
abstrato e o que vemos, ainda hoje, os que são chamados de “intelectuais” meros
reprodutores que mantêm, em um em movimento circular (incesto), as ideias vencidas de
Marx e de Freud.
106 A busca de um nacionalismo popular em Gramsci
A partir da compreensão da situação da Itália, em um dado momento, a prescrição de
Gramsci é a revolução passiva: “considerando o Ressurgimento da Itália, como exemplo-
chave de uma revolução passiva, durante e depois da Unificação, a burguesia italiana teve
a oportunidade de construir uma genuína (reação) popular nacional na qual eles liderariam
as classes populares, enquanto também respondiam às suas aspirações.” [SJAG]
A revolução passiva se faz minando os fatores culturais tradicionais, para a manipulação
da massa por uma minoria política; contudo, historicamente o resultado tem sido sempre
uma elite política vivendo nababescamente (novos príncipes) às custas do dinheiro
público, do povo: não teriam os líderes italianos, ao conduzir a massa, feito o mesmo? O
fato de não se encontrar relatos oficiais não significa a negativa; talvez algum romance
tenha registrado o fato.

107 A busca de um nacionalismo popular no nazismo


Embora o nazismo seja conhecido como nacional socialismo, seja, em essência, um
nacionalismo popular, pedindo a “nacionalização das massas; Vontade e poder das
massas, a sociedade orgânica, vontade e poder foram as chaves para conquistar os
corações das massas, pois poderiam levar o povo de volta à consciência de sua raça. [GLMNC]

108 Religião, Estado e Partido


Os três elementos: religião (ou “mundo ativo”), Estado e partido são indissolúveis e,
no processo real de desenvolvimento histórico-político, passam necessariamente de um
para o outro. [AGMP] Isto não é um fato, mas uma prescrição de Gramsci; não é verdadeiro e
nem necessário, e é sofisma. Quando Gramsci prega nova definição de Estado com duas
divisões: não se trata mais de Sociedade e Governo, mas sim de Sociedade e Política,
levando à homogeneização (do Pensamento, dos conceitos, dos valores socialistas pelo
controle da compreensão imediata – doutrinação e repetição de mentiras até que
funcionem como verdade, e à instituição de um partido único que a garanta. Subjaz a esta
afirmativa o pensamento de que a Religião une as pessoas pelo pensamento, comunhão
com Deus, o que não é verdadeiro para todas as religiões. Quanto a um partido único que
garanta a Religião adotada é a prescrição da mistura entre Religião e Estado, que, com a
Teologia da Libertação, passa a ser virtual, na pessoa dos representantes políticos e não
em presença física de padres e pastores nas atividades políticas.

109 No gramscismo, o apelo ao sentimento


“Além disso, porque constrói um reino de 'sentimento' em vez de um reino de 'pensa-
mento', a ópera tem uma grande semelhança com o folclore, outra área na qual Gramsci
sentiu que um popular nacional precisava ser construído.” [SJAG]
A busca da filosofia do sentimento reporta a Rousseau, [Para criar caso com o Caso Schreber, capítulos PC03C12, PC03C16,
PC04C01-5, PC05C29, https://gilbertoprofeta. blogspot. com/p/blog-page_38. html]
mas em quem há uma confusão entre os vários
sentidos do termo, misturando o campo semântico da emoção com o campo da psicologia
da sensação; o apelo ao sentimento é um recurso construtor de falácias, enquanto a
psicologia da sensação leva à intuição. Contudo, Gramsci não desceu a considerações a
respeito do que é o sentimento nos dois campos de significação, e assim seus seguidores
se perdem nos apelos ao sentimento-emoção, que é, em última instância, um mecanismo
de manipulação da mente. Em nosso meio, este quesito se manifesta no uso de artistas
nos comícios e na veiculação de chavões a serem repetidos “emocionalmente “, ou seja,
sem reflexão e confronto com outras informações advindas da percepção da Realidade,

110 Mas isto é uma renúncia ao racional, ao pensar


A construção de uma sociedade fundada no sentimento é uma renúncia ao racional,
pelo retorno do homem a seu estado primário, reagir emocionalmente aos estímulos da
Realidade, reação egocentrada, imaturidade, e perdendo-se na previsão de eventos futuros
entre as Coisas Reais. O retorno a uma sociedade fundada no sentimento-sensação pode
levar à intuição, as respostas (OBJETOS) fundadas na experiência (USO) com as
COISAS REAIS (CR + USO = OBJETO), que levam tempo para produzir maturação da
mente, por requerer somatória de experiências-usos realizadas. Neste ponto, o marxismo
se perde, por prescrever que o ponto de vista deva ser dado a priori, pela ideologia. O
homem USA a Realidade para fabricar os OBJETOS de que necessita para sua
sobrevivência, física e emocional. A dificuldade é contornada pela aquisição de pontos
de vista dependentes da experiência de outros, mas estes pontos de vista podem também
ser ideológicos (para imposição de hegemonia de uma ideologia, doutrinação) e não
fundados no USO da Realidade. Nas ideologias, o OBJETO construído pela aplicação de
um ponto de vista idealizado por um pensador (que se postou com messias) é um OBJETO
IMAGINADO, não existente, que pode ou não coincidir com o OBJETO construído da
mesma Coisa no nível individual, dificuldade resolvida pelos sistemas autoritários com o
assassinato do NÃO, a eliminação dos discordantes.

111 A literatura popular e destruição dos valores e


tradições culturais
A esperança de Gramsci com a revolução passiva, ou seja, a destruição dos valores e
tradições culturais, era a construção de uma cultura nacional popular, com o aparecimento
de uma literatura popular que veicule os novos valores. [SJAG] Esta literatura existe
atualmente, com defensores de novos valores culturais, mas sempre com o esquecimento
do processo sistemático (teoria dos sistemas) envolvido (lançada uma ideia, esta
conseguirá concordantes e discordantes, e a homogeneização ou hegemonia de uma ideia
só se dará com a anulação dos discordantes, o que só se concretiza sem a democracia,
sistemas autoritários, pelo assassinato do NÃO. Estes “novos” valores, no entanto, podem
se mostrar muito antigos, presentes no tempo da barbárie, quando a civilização estava em
seus primórdios, o homem retornado a seu estado meramente animal, biológico.

112 O objetivo de destruir a Religião


Primeiro pretende-se destruir a Religião, para depois impor a ideologia como a
Religião. Maquiavel deixa claro que “nenhuma qualidade há da qual mais se necessite do
que esta última, a Religião. É que os homens, pelo geral, julgam mais pelo que veem do
que pelas mãos, pois todos podem ver, poucos porém são os que sabem sentir.” [NMP-101] É
preciso verificar a veracidade e a correta interpretação desta afirmativa em Maquiavel,
que não se estende nesta relação da Religião com o Sentimento, parece falar de algo que
é senso comum, como é sabido a Religião reportar aos sentimentos, e quando dirigida
especificamente ao sentimento chega ao Misticismo

113 Destruir para impor-se como Religião


Hitler: “A fundação ou destruição de uma religião é um gesto incalculavelmente mais
importante do que a fundação ou a destruição de um Estado.” [AGMP] Enquanto os
comentadores julgam Hitler superficial e sem crítica, fazem exatamente o que ele
prescreve, e demonstram falta de pensamento crítico quando assumem ser preciso levar
o populismo à hegemonia, pregando uma cosmovisão (SSNV, concepção de mundo)
socialista, em que hegemonia significa derrotar outros SSNV vigentes, ao mesmo tempo
em que reconhecem ser a religião “uma concepção de mundo ativa”, um SSNV ATIVO:
resolvem a contradição transformando o Marxismo em doutrina/Religião, e, efetivando a
doutrinação a partir das crianças, aproximam-se do nazismo. “O Nacional-Socialismo era
uma religião; a profundidade de uma ideologia, a liturgia, o elemento de esperança, tudo
dava ao movimento o caráter de uma nova fé.” [GLMNC] “O caráter essencial tanto do nacional-
socialismo e do fascismo foi sucintamente descrito por Goebbels, quando disse: “o
Partido Nazista é uma igreja política, onde há centenas de milhares de anos as pessoas
alemãs são treinadas para ser verdadeiros Nacional Socialistas. Nós somos os pastores
políticos do nosso povo.” [FADSAF]
O fascismo, em princípio, não se fixou contra a religião como religião, mas, sim, ataca
grupos e práticas religiosas específicas, porque eles estão no caminho da realização
completa do programa fascista. [FADSAF] O gramscismo adota a religião em sua essência, o
sentimento, enquanto nega a Religião em si.
No Brasil e América Latina o casamento do Gramscismo com a Religião se dá pela
Teologia da Libertação; no Brasil houve a mistura da Religião com o Estado a partir da
criação de um partido político, PT, ligado à Teologia da Libertação, criando o
Cristianismo Marxista, em que os crentes são doutrinados por uma leitura da Bíblica sob
pontos de vista marxistas. O processo não se completou (ainda?) por inépcia,
incompetência, dos dirigentes políticos, e sua incapacidade de percepção da realidade. O
marxismo se propõe a criar uma realidade e a inventa e propaga, passando a acreditar que
é a Realidade em si. Por não observar a Realidade em si, a impossibilidade de impor-se
sem eliminação completa de adversários, bem como a impossibilidade de assassinar o
NÃO no mundo interno de cada cidadão (o mecanismo natural da mente humana,
principalmente naqueles que não renunciaram à sua capacidade de pensar, refletir, é criar
um NÃO a cada internalização de SIM).

114 O papel da Religião na Sociedade


A Religião dá ao homem uma Ordem (Sistema de significação, normas e valores) a
priori, revelada por Deus, e, para impor uma nova Ordem pensada pelo homem,
necessário se faz impedir toda manifestação religiosa. A execução das prescrições de
Gramsci, no entanto, é precária, aceitando e incentivando grupos de pessoas que adotam
práticas de satanismo, uma religião ou pseudo religião, dando a eles status de
“movimento social” e recebendo-os em sede de governo para negociatas com a coisa
pública. Ao lado de combater as manifestações de Religião, impõe-se a doutrinação
marxista nas escolas públicas.

115 Partido único


A eliminação de partidos políticos, exceto o nazista no poder, fascista, ou do Partido
Comunista. [FADSAF] Schuman, em 1936, não se verificou se já tendo tido contato com as
ideias de Gramsci, se refere ao Nazismo: “um partido político que deseja controlar o
Estado ou se tornar o Estado (Poder) tem à sua disposição três técnicas fundamentais de
poder, que não são diferentes em espécie, mas somente em grau das técnicas usadas por
todos os Estados e por todas as classes dominantes para evocar na massa deferência e
obediência. Estes podem ser caracterizados como força, propaganda e distribuição de
proteção e favores. [FLSHND] Assim devem ser considerados os benefícios sociais ludibriando
os necessitados (e também não necessitados) em busca de votos e a propaganda de ser a
favor da pobreza, deixando o programa como de partido e não programa de Estado.
A existência de um partido que almeje ser o único detentor do Poder é uma ameaça e
deve ser combatida.

116 Todos vinculados ao partido único, exceto os


discordantes
Essa visão total da política significava – como era chamado depois de janeiro de 1933
– Gleichschaltung, “equalizar as engrenagens” da nação. Todos os indivíduos e todas as
organizações na Alemanha tiveram que ser “nacionalizados”, no sentido de torná-los
sujeitos ao controle partidário; pois o partido era o guardião da visão germânica do mundo
e, através da vontade e do poder de seu chefe, o Fuhrer, a boa sociedade seria criada. [GLMNC]

117 O papel do Partido é produzir a homogeneização da


sociedade
“Um intelectual é, portanto, em certa medida, baseado nas exigências produtivas do
capitalismo, embora os intelectuais modelem reflexivamente o caráter da produção e
sejam eles próprios empreendedores e produtores (de ideias, textos, modos de
organização e assim por diante). Gramsci enfraquece ainda mais a noção de intelectuais
como pensadores isolados e flutuantes, apontando para a ideia de um “intelectual
coletivo”. Com isso, ele quer dizer o partido revolucionário, mas poderíamos pensar em
outras instituições e agrupamentos que “pensam” coletivamente – elites financeiras,
vanguardas artísticas e subculturais, empresas de mídia e assim por diante.” [SJAG]
A ideia de um “intelectual coletivo” só pode se concretizar pela homogeneização do
Pensamento, todos pensam seguindo as mesmas diretrizes, mas o resultado prático é a
repetição de más interpretações da Realidade (corrida de bastão), o proferido por estes
intelectuais sendo como se proferido por apenas um, virtual. No entanto, a
homogeneização do Pensamento leva ao insucesso, por desconsiderar o jogo do
pensamento, jogo ideal (Deleuze, Lógica do Sentido), a forma de fluir o próprio
pensamento, em que não há perdedor ou vencedor, mas a liberdade de encontrar as
soluções a todos problemas propostos à mente em forma de conflito conceitual, ou seja,
da discordância entre o que se pensa sobre a Realidade e a Realidade mesma.

118 O modo de funcionar como partido único


No Brasil não existe um partido único, mas vários partidos de uma mesma ideologia,
entretanto, tudo funciona como partido único, pelas coligações e as votações em troca de
favores, facilitado pela forma de votação descompromissada, mesmo de opositores, com
os destinos do país; pela fidelidade partidária e o voto de liderança (o político não pode
votar de acordo com sua consciência): o partido determina o voto a ser dado. Os partidos
decidem e os líderes de partido votam, “orientando” o voto dos correligionários, quando
“orientando” significa apenas “como devem votar “, quem vota contrário ao partido tem
como punição a exclusão. O partido único formado de subpartidos se manifesta quando
os partidos assumem a “orientação” do líder de governo, que dita como a matéria deve
ser votada.
Este voto controlado pelo partido vai coincidir com a prescrição fascista de subordinar
toda a vida econômica e social ao controle estrito das regras do partido único burocracia,
[FADSAF]
principalmente quando se faz um “presidencialismo de coligações” em que os cargos
são distribuídos de acordo com a fidelidade a um líder de governo: este paga para que se
cumpra o jogo de “tudo que seu mestre mandar, faremos todos.”
Deste modo, mesmo não havendo Partido único, há a execução das prescrições de
Gramsci seguidas acriticamente mesmo quando o político não segue a cartilha do
marxismo.

119 O processo de votação no Congresso brasileiro, por


voto de liderança, determina que
Não há a necessidade de tantos políticos com seus altos salários e suas regalias
principescas (Novos Príncipes de Gramsci), apenas um líder de partido resolve como
será a votação. [Como acabar com a corrupção. https://gilbertoprofeta.blogspot.com/p/aprender-ler-do-acordo-tacito-corrupcao_20.html]

120 Em busca da hegemonia: a questão ideológica


121 A homogeneização e a questão da Língua
O gramscismo viu a “incapacidade de (a língua italiana) ser ativamente aceita como
uma língua verdadeiramente nacional, permanecendo ‘propriedade’ da classe dominante,
uma elite. A política educacional foi revisada em 1923 e este ‘italiano padrão’ não era
mais ensinado pelo sistema escolar. Para Gramsci, essa política simplesmente reforçava
as desigualdades existentes, garantindo que as crianças falantes de dialeto não tivessem
acesso à cultura nacional com seus sistemas de preferência acadêmica e burocrática. Uma
pessoa, escreve ele, ‘quem fala apenas o dialeto, ou entende a linguagem padrão de
maneira incompleta, necessariamente tem uma intuição do mundo que é mais ou menos
limitada e provinciana.’ [SJAG] O gramscismo, no entanto, evolui sem observar este fato.
Ocorre que os dialetos são derivados de visões parciais da Realidade, sendo dialetos
de comunidades, dialetos familiares e a Fala individual. O problema da comunicação não
tem a ver com a Língua e com os dialetos, tem a ver com o não entendimento do que é a
Língua e a Fala e de que as palavras não tem sentido além daquele que a ela apomos: só
há comunicação quando o emissor apõe ao sinal a que se dá o nome de palavra um sentido
compreensível pelo receptor, que é a base do que se diz “o sentido da palavra é uma
convenção social” (Língua): o fato linguístico real é que o sentido está com o emissor do
discurso e não com o receptor, mesmo quando se respeita o nível cultural do receptor, e
só há comunicação quando os sentidos são explicitados (o que você entende?). No
ambiente acadêmico, diferentemente do pensado pelo gramscismo, o problema é o
mesmo, dois acadêmicos só se comunicam se têm internalizados na mente os mesmos
significados para as palavras, e, assim quem queira adentrar nos ambientes acadêmicos
devem aprender estes significados, da mesma forma como quem queira vivenciar
realmente uma cultura estrangeira deve aprender os significados das palavras nela em
vigor.
No jogo de interpretações do gramscismo criou-se a questão do preconceito contra o
falar errado na escola, e deu-se como solução fortalecer o dialeto coloquial. Além de ser
uma não percepção do fato real (convivemos com todos os dialetos familiares e nos
comunicamos desde que procuremos saber o sentido do que se diz) e é uma solução que
exclui o que fala errado e o mantém incapaz de compreender sem a ajuda dos militantes
de uma ideologia: controle dos pontos de vista.
122 A Cultura como forma de entender como grupos
dominantes ganham, mantêm e às vezes perdem seu
poder
Gramsci argumenta que a cultura, a política e a economia estão organizadas em uma
relação de troca mútua entre si, uma rede de influência em constante circulação e
mudança. A esse processo ele dá o nome de hegemonia, [SJAG] operando um deslizamento
no sentido do termo: se significa liderar, dá o sentido de “o domínio efetivo, seja formal
ou informal, de um sobre os outros ou de um grupo social sobre outro.” [HUSL]
Consequentemente, a influência dominadora é que vem a ser Hegemonia, não o processo
em si, embora Gramsci tenha pretendido que hegemonia seja diferente de dominação, ao
mesmo tempo em que para que seja verdadeira a observação gramsciana, uma força não
pode anular a outra para que o exercício da hegemonia seja, como pretendeu, dinâmico:
a anulação de forças contrárias não permite nada mais que a continuidade e a ditadura. [A
partir de SJAG]
Este deslizamento do sentido da palavra é típico de prestidigitação com palavras,
levando o leitor a se confundir e fazer deslizamentos entre campos semânticos, quando
toma como Verdade a Ideologia e deixa o Pensamento desta Ideologia pensar na mente
do leitor, conduzindo-a. Não há, também, a prescrição de preservação dos discordantes,
mas do assassinato do NÃO.

123 A busca de Hegemonia ou dominação


A hegemonia é um termo crítico mais sensível e, portanto, mais útil do que a
“dominação”, que falha em reconhecer o papel ativo das pessoas subordinadas na
operação do poder; contudo, hegemonia é, para o gramscismo, dominação. Há novamente
deslizamento de sentido, pois, no gramscismo, o povo é dominado pela mente. Gramsci
define a hegemonia através de uma série de distinções entre diferentes momentos do
processo hegemônico. Por isso, isola suas notas sobre coerção e consentimento,
dominação e liderança, “senso comum” e “bom senso” e hegemonia “limitada” e
“expansiva” para mostrar como esses detalhes constroem uma concepção sutil de
autoridade política e cultural: sendo sutil, o seguidor não percebe estar sendo dominado.

124 Hegemonia em Gramsci é homogeneização


ideológica
O gramscismo busca impor uma Visão de Mundo Única e os meios pelos quais ela
seja seguida, mas se esconde na hegemonia, [FADSAF] a qual se torna homogeneização por
haver a eliminação dos discordantes. A substituição dos fatores culturais que regem a
Sociedade por outro que esteja sob controle do Estado.
O pré-requisito para a aquisição de hegemonia política é a conquista de poder cultural,
[GKKKAC]
e antídoto é a adoção de um Pensamento Crítico, não aceitando falácias e sofismas.
A definição acima, representante do Pensamento de Gramsci, é uma Falácia, pois usa o
termo “conquista(r)” com dois sentidos: 1) ganhar a confiança dos homens quanto aos
fatores culturais, ou seja, respeitando-os; 2 – vencê-los e os substituir por outro: este o
objetivo de Gramsci quando afirma “quando a inteligência é vencida, o Estado também
cai “, [GKKKAC] o que denuncia seu objetivo primário, provocar a queda do Estado vigente
para implantar o seu modelo de Estado, a hegemonia do exercício das funções de direção
intelectual e moral unida àquela do domínio do poder político.

125 Hegemonia no nazismo


Hitler não enfrentou o problema de impor uma hegemonia, postou-se de imediato
como ditador; os pré-requisitos dados por Gramsci, de educação popular já estavam
prontos: toda a história do Pangermanismo com o culto à masculinidade, etc. [GRPAPCS] Em
Schuman, [FLSHND] em 1936, portanto, quando as ideias de Gramsci ainda não eram
difundidas, embora não se saiba se teria tido acesso a seus textos, está expresso o mesmo,
que os processos de política, no sentido mais restrito, podem ser tratados de forma
inteligente somente em termos da luta pelo poder entre grupos sociais e em termos das
armas básicas de poder em todas as culturas: coerção violenta e não-violenta;
condicionamento emocional ou conversão através da propaganda; e a sábia e magistral
distribuição de emolumentos materiais.” Schuman aponta o Nazismo como um Fascismo.

126 Hegemonia no nazismo se dá também a partir do


domínio das massas
A “revolução na visão de mundo” só pode ter sucesso se se tornar parte de um
movimento de massa. A propaganda é projetada para realizar isso, mas deve ser apoiada
por uma organização partidária efetiva. Vale lembrar que Hitler dedica metade do seu
livro a problemas de organização política. Por causa de sua crença de que uma ideologia
não é importante a menos que seja incorporada em um movimento de massa, o conceito
de Hitler sobre as massas é da maior importância. Ele reconhece o imperativo de dar
status ao povo, mas isso é secundário para as técnicas necessárias para “desbloquear suas
almas.” [GLMNC]

127 Nacionalizar um povo é homogeneizar


“A questão de 'nacionalizar' um povo é antes de mais nada estabelecer condições
sociais saudáveis que forneçam os fundamentos necessários à educação do indivíduo.
Somente quando a educação familiar e a educação escolar inculcaram no indivíduo um
conhecimento da grandeza cultural e econômica e, acima de tudo, da grandeza política do
país – então, e somente então, será possível para ele se sentir orgulhoso de ser um cidadão
de tal país. Só posso lutar por algo que eu vivo e só posso amar o que eu respeito, por
algo que eu vivo. Eu só posso amar o que eu respeito. E, para respeitar uma coisa, eu devo
pelo menos ter algum conhecimento dela.” [AHMK] Embora o gramscismo no Brasil não tenha
se preocupado com a educação para um amor à pátria, o sentido da doutrinação das
crianças na escola pública e da massa por formadores de opinião é o mesmo, conseguir
uma hegemonia do pensamento marxista, que se torna homogeneização por eliminação
dos discordantes, mas é utopia inatingível, pois é função da mente construir significados
e não meramente absorvê-los dados a priori pelo ambiente, a cada afirmativa há o
aparecimento do não, desde que a mente não se recuse a pensar ou seja impedida.

128 Pela educação ou pela doutrinação


A essência da educação nos Estados totalitários foi melhor expressa na doutrina
central do nazismo como “coordenação”. O Estado foi definido, no nazismo, como
“condição nacional em que cada ser humano pensa e age em coordenação com o
pensamento e ação de todos os outros seres humanos (o controle do sistema educativo, as
instituições religiosas e as mídias de comunicação.” [FADSAF] O gramscismo pretende fugir
da homogeneização, buscando a hegemonia, que, como se viu, funcionará como
homogeneização, pelo fazer calar-se os discordantes, e demonstra como só é possível a
homogeneização do pensamento pelo fornecimento de conceitos estáticos em repetição
reiterada, não em dinâmica com outros conceitos fabricando o novo, mas obtendo a
reprodução de pensamentos e atos pasteurizados. O processo mental é de atualização, ou
seja, o estímulo novo elicia todos os estímulos anteriores a ele relacionado, mas
encontrará apenas registros de frases repetidas, abolindo toda criatividade da mente. No
nazismo não se construiu uma sociedade homogênea, mas uma sociedade hegemônica
com eliminação da discordância e seus agentes (assassinato do NÃO).

129 Hegemonia como homogeneização funcional


130 Controle dos fatores culturais: em busca da
hegemonia
Gramsci pensou em tornar suas ideias hegemônicas, ou seja, predominantes na
Cultura, e pregou a necessidade de acabar com a Cultura anterior e instituir uma nova, ou
novo SSNV. É um pouco hegeliano a partir do momento em que Hegel pensou Deus =
Absoluto = Pensamento, este “Pensamento se pondo a pensar na mente de cada homem”,
e, assim, Gramsci pregando o controle dos fatores culturais, prega a não doutrinação
religiosa: é quando seus seguidores se manifestam contrários à doutrinação de todos e
quaisquer preceitos religiosos, o que visando o Poder, o controle da Sociedade a partir de
assumir os cargos de direção (governo) legislam contra a presença da Religião nas escolas
públicas, que julgam ser de seu absoluto domínio. Ocorre que o nascimento da Religião
não se deu em 1770 (nascimento de Hegel), nem em 1818 (nascimento de Karl Marx),
nem em 1891 (nascimento de Gramsci), e quando um grupo de pessoas se reúne em
manifestação pública em que introduzem crucifixo na vagina ou no ânus, pensando estar
fazendo um ato contra o Cristianismo, apenas cumprem um ritual do Satanismo. [http://en. wikipedia.
org/wiki/Satanism]

131 Os valores da velha cultura devem ser


desacreditados
Se Nietzsche valorizou os artistas no processo de renovação dos valores culturais,
conformando-os a novos tempos, e Artaud os valorizou na tarefa de fazer o homem pensar
a partir de seus próprios pontos de vista. No Brasil este descreditar os valores antigos foi
entregue, mediante pagamento (Lei Rouanet) a artistas de quinta categoria, que se
preocuparam em encenar ofensas ao Cristianismo em lugar de promover o pedido de
Nietzsche e Artaud, o crescimento interior do homem.

132 Controle dos fatores culturais obtido também pelo


controle da mídia
“O ponto central desta transformação cultural seria o que Gramsci chamou de
“mutação do sentido comum”, um de cujos pivôs seria precisamente o domínio e controle
dos meios de comunicação de massa, através do desenvolvimento de uma luta Cultural
(Kulturkampf) ao contrário da concepção transcendente da vida. [GRCEO] E eis que o
gramscismo, no Brasil, obteve o controle da mídia – controle da formação de opinião –
pelo estabelecimento de profissionais que são antenas repetidoras de um pensamento
oficial tanto na imprensa quanto nas universidades e nas escolas públicas. O pior desta
história é que “intelectuais” foram arregimentados na base do encantamento, por
pregadores, dos quais nenhum se deixou tornar comunista por baixo, pela linha da
pobreza, pregadores que venderam o comunismo às pessoas do povo, fazendo-os sonhar
o sonho “socialista “, e, hoje, muitas pessoas que nem mesmo se julgam intelectuais, mas
são intelectualizadas, professores universitários, formadores de opinião, políticos, batem
palmas para o que está ocorrendo, e cometem desatinos de aprovar como “movimentos
sociais” os movimentos de grupelhos de pessoas que invadem propriedades privadas
(liderados por pessoas que vivem na opulência de mansões e carros de luxo), que
depredam bens públicos e privados, atos antissociais em sua essência. Aderem a
manifestações contra a Religião e o sentimento religioso do povo; batem palmas e aderem
à criação de uma luta entre “pobres” e “elite”, que é a venezuelização do Brasil: pregam
a guerra civil (vamos por o exército do MST na rua, vai ter guerra, vamos tomar o poder)
com a complacência dos Poderes Constituídos (Executivo, Legislativo e Judiciário). Estes
pregadores se escondem em slogans como “pelos direitos humanos “, sem se importar
com os direitos humanos daqueles que morrem pelas balas de metralhadoras traficadas;
“pela democracia “, mas pela democracia da forma como a entendem (Venezuela e Cuba
são democracias), sem reconhecer o direito democrático de voto em quem pensa ideias
contrárias às suas.

133 Os fatores culturais são irrevogáveis


Gramsci baseou-se em Maquiavel, chegando a dar o nome de Novo Príncipe a seu
texto, mas, como tantos, não percebeu o que Maquiavel transmitia, pelo defeito de ler os
próprios pontos de vista no texto do outro. Em Maquiavel, “é suficiente, para assegurar-
se a posse desses Estados (conquistados), fazer extinguir-se a linhagem do príncipe que
o dominava, conservando nas demais coisas a situação anterior, e não havendo diferenças
nos costumes, os homens vivem tranquilos.” [NMP-16] Assim, Maquiavel alerta para a não
revolução cultural, mostrando que os príncipes novos tiverem sucesso quando
observaram a necessidade da conservação da Cultura-costumes do povo dominado. Não
observou Saint-Simon, que prescreve a manutenção do Antigo enquanto se procura
implantar o Novo, e Gramsci não observou a própria vida, a Realidade, o homem evolui
da infância à velhice sempre procurando o Novo em convivência com o Antigo. Contudo,
houve o esquecimento do principal, o que é estabelecido culturalmente não se arranca a
um povo, poderá ficar emudecido e desabrochar novamente na primeira oportunidade de
Liberdade de expressão. Ocorre que os fatores culturais são irrevogáveis, embora sejam
dinâmicos e emudecê-los é também os fortificar.
134 O que organiza uma cultura são Princípios Morais,
Ou seja, as regras de relacionamento entre os homens, e embora alguns homens se digam
não crentes em Deus, a Filosofia Moral tem raízes profundas no teísmo, seja Deus do
Judaísmo e do Cristianismo, seja o deus Sol do Mitraísmo, e outros, seja mesmo Satã
deificado no Satanismo. Contudo, observar Princípios impede a observação de
Ideologias, que são sistemas fechados de Ideias e Pontos de Vista sobre a Realidade
imaginado por um único homem que se auto intitulou messias, salvador da humanidade,
e procura conduzir a mente dos outros homens. Pelo Princípio da Liberdade, o homem é
livre quando não submetido a outro homem, seu pensamento é livre e não conduzido
externamente pelo Pensamento do Outro.
Os Princípios é que determinam as soluções, no fluxo histórico, à Equação entre o
Homem, a Sociedade, a Natureza e os Objetos. Fundando-se na suposição de que a
sociedade humana se desenvolveu da situação de barbárie, para a situação da Lei do Mais
Forte, e desta, pelo estabelecimento de Princípios a partir dos quais se organizem os meios
como os homens se relacionam entre si, a que se pode dar genericamente o nome de
Ordem Moral. Schreber, em suas Memórias, relembra à humanidade que rompida a
Ordem Moral resta apenas a Lei do Mais Forte para a organização dos homens em
Sociedade em sua lucidez apesar do título de doente mental que lhe foi outorgado. [Comentário a
SJAG]

135 A solução de Artaud: individualidade radical e


cultura dinâmica
A solução de Artaud é o direito à Individualidade Radical, em uma Cultura unitária,
heterogênea e dinâmica, quando o homem está livre, livre inclusive do Pensamento do
Outro que é implantado em sua mente, implantação para fazer cumprir a delusão hege-
liana que “o Pensamento pensa no homem”, este não sendo o criador de seu pensar. O
homem pode deixar ser marionetado pelo Pensamento do Outro que, por
Propaganda/Marketing, introduz conceitos ideológicos em sua mente que atuam como
vírus (Vírus conceitual), conduzindo e articulando seu pensamento para que se torne igual
ao Pensamento do Outro, mas iludido de que pensa por si próprio. O homem pode,
também, aceitar-se como dono de seu Destino e pensar por si mesmo, exercendo um
controle crítico sobre o que deixa adentrar em sua mente, seu Inconsciente, o que significa
exercer seu Livre-Arbítrio, algo que não se tem, mas consegue-se com treino e
persistência a partir de algo que se tem geneticamente, estando presente mesmo no DNA
das amebas, o Desejo de Liberdade.
Gramsci pretende que a hegemonia seja dinâmica [SJAG] e o é, nas sociedades
verdadeiramente democráticas, não o é nas sociedades autoritárias, mesmo que estas se
autodenominem democráticas (é preciso perceber a essência das Coisas Reais e não se
deixar enganar pelo nome que a elas são dados por Ideologias deificadas ou não).
Gramsci, contudo, não se refere à Cultura Dinâmica de Artaud, esta é dinâmica por ação
dos indivíduos e não por ação de um Governo Central, e com o direito radical à
individualidade, ou seja, todo ser humano é homem, independentemente de a Sociedade
em que se insere (não é direito da Política, através de governantes e outros agentes do
Estado determinar qual o animal com o genoma humano será incluído na sociedade
humana – humanidade – como ser humano. [GRPASC]
Também, Gramsci não se preocupa com Princípios morais, estes é que determinam a
Sociedade, a Cultura, e, nela, a Política.

136 A hegemonia ou homogeneização da sociedade:


conformidade e unidade social virtual
“Buscando total conformidade e unanimidade virtual, a ênfase do Fascismo na
unidade implicou necessariamente uma interpretação revisada da relação entre o Estado
e o indivíduo, com a repressão (assassinato do NÃO) de todas as formas de dissidência
“, [PCPFI] destruindo toda oposição e ameaçando críticos ao silêncio; tem sido dito que “o
terror é uma arma necessária aos ditadores;” [FLSHND] No momento, contudo, este terror é, em
parte claro e em parte subliminar: o homem comum não se manifesta por saber que
receberá punição de militantes adversários, e isto pode estar presente nos ditos países
“socialistas.”

137 A criação do Estado do povo


No gramscismo, a criação do Estado do Povo é o poder dado ao povo com a destruição
da elite. No nazismo, é previsto por Hitler: “agora, após a derrota em 1918, a queda da
Monarquia e a destruição da aristocracia e das classes altas, o conceito de Das volk (o
povo) ganhou destaque como coeficiente unificador que abrangeria todo o povo alemão.
Daí o grande número de sociedades Völkisch (étnicas) que surgiram após a guerra e,
portanto, também o conceito nacional-socialista de unificação expresso pela palavra
volksgemeinschaft, ou comunidade popular. Isso é usado em contraposição ao conceito
socialista de nação como sendo dividido em classes. O ideal de Hitler é o völkischer
staat, que foi traduzido como o Estado do Povo. [AHMK]

138 As Classe sociais no Nazismo


O Estado nacional divide seus habitantes em três classes: cidadãos do Estado, sujeitos
do Estado e estrangeiros. [AHTR] Neste aspecto Hitler jogou limpo, até certo ponto, com o
povo: definiu de início as classes sociais de seu Império, da hegemonia de seu Pensamento
na Sociedade, “1º. com todos os direitos, os vinculados à Nação pela raça, e aqueles que
ainda eram jovens, desde que provem lealdade ao Império e sua capacidade de o servir;
2º. Com todos os direitos, exceto os direitos políticos, os “sujeitos ao Estado”, a grande
maioria, os cidadãos que recebem a ação protetora do Estado e a ele, em consequência,
estão obrigados, condição adquirida de acordo com os regulamentos da Lei de Cidadania,
mas descritos como dependentes de Jurisprudência, portanto, em dependência do que for
determinado caso a caso.” [GLMNC] Assim é dado o limite da honestidade do Nazismo, ficando
escondido do homem comum qual será o critério de exclusão da Sociedade. Os cidadãos
são os escolhidos do Estado deificado, os que usarão o Estado, e os “sujeitos do Estado”
são os submetidos ao Estado, portanto, Objetos do Estado, serão usados pelo Estado.
Este quesito tem manifestação na Venezuela atual, com a “carteira da pátria”, que é
uma carteira de benefícios sociais a que tem acesso uma parcela da população, aquela
com fidelidade ao governo, [https://www. efe.com/efe/brasil/mundo/chavistas-controlam-de-perto-fidelidade-eleitores-com-
cart-o-da-patria/50000243-3339987]
os concordantes.
De outro lado, a História caminhou já o suficiente para que se perceba que a divisão
de classe permanece (classe dominante: políticos; classe dominada: povo; classe excluída:
os discordantes).

139 Cria-se, então, a falsa inclusão social


Sob os nazistas, o alemão individual havia encontrado um sentimento de pertencer,
baseado em sua participação em uma comunidade que, através de sua visão de mundo,
refletia seus próprios esforços internos. [GLMNC] É uma interpretação que não considera a
Realidade: o indivíduo USA a COISA REAL (aquilo que estimula seu sistema nervoso)
e fabrica dela o seu OBJETO, que é o primeiro ponto de vista (PV) sobre a CR <= [CR
+ USO = OBJETO = PV] = PENSAMENTO SITUACIONAL. A visão de que, no meca-
nismo de pensar, a PALAVRA tem supremacia sobre o PENSAMENTO
SITUACIONAL leva a crer que quem constrói o OBJETO é o NOME, PALAVRA,
CONCEITO, enquanto são meros instrumentos de reprodução do OBJETO. Esta visão
marxista e nazista fornece ao homem PONTOS DE VISTA a priori procurando
controlar quais OBJETOS o indivíduo fabricará em direção a uma realidade a ser
construída por uma ideologia (sistema de pontos de vista). Sendo a palavra não de acordo
com o que se vivencia cria-se um conflito (conflito conceitual) que deverá ser resolvido
ou deixado de lado, para solução posterior. Em um sistema com distribuição de benesses
(teoria de punição e recompensa, como foi usado no alienismo), o indivíduo pode fingir
que está em concordância para obter as benesses, ou mesmo meramente para sobreviver,
ao lado de que em sistemas totalitários a punição é a exclusão (assassinato do NÃO),
enquanto a recompensa é a inclusão, ou a sensação de inclusão. Esta sensação de inclusão
se verifica em situações como “uma escola para todos “, que dá a sensação de inclusão
sendo construída, mas “com liberdade total ao orientando, inclusive liberdade de não ter
disciplina, sendo a indisciplina um grande fator de exclusão da sociedade (por exemplo,
anos após a formação escolar, uma pessoa sem disciplina não consegue manter-se
empregado, pois o trabalho requer disciplina e método).
Nos Estados totalitários, os esforços internos de cada indivíduo só serão concretizados
enquanto em conformidade com a cosmovisão construída pela Ideologia, levando o
indivíduo a inibir (assassinato do NÃO) todos os esforços que sejam discordantes. No
mundo interno (a mente), a cada SIM recebido nasce um não, qualquer que seja a resposta
do indivíduo – aproximação-agressividade-distanciamento [KHNDH] – no jogo ideal do
pensamento, no qual não há vencedor ou perdedor, o pensamento flui inventando suas
regras a cada lance, um jogo de resolver problemas questionando os estímulos que recebe,
e cujo objetivo é a própria sobrevivência. [GDLS] Em outras palavras, a cada SIM que se
internaliza, o jogo do pensamento cria, se houve assentimento ao estímulo, verbal,
automaticamente um NÃO, mesmo que este não se manifeste externamente. Assim, o
controle de iniciativas individuais discordantes representa anular a individualidade, mas
ao mesmo tempo, dando ao indivíduo a sensação de “pertencer” a uma comunidade,
fazendo-o crer que a visão de mundo (Ideologia) que lhe é imposta reflete seus próprios
Desejos. É a fabricação do Objeto vislumbrado por Hegel, em que o Estado, como Mente
Absoluta (o Pensamento), vende ao indivíduo (Mente individual) uma Cosmovisão, a
partir de uma Mente Objetiva (representada em o Conhecimento), fazendo cada indivíduo
pensar este Pensamento, mediante o controle “liderado” das informações que a ele
chegam como Conhecimento”. Nas reações básicas às informações do ambiente, o
distanciamento gera alheamento, alienação, mas Karen Horney não aprofundou o
suficiente para perceber que a aproximação e o distanciamento podem ser meras respostas
de aparência de concordância: em prol de sua sobrevivência, no sentido mais amplo, do
biológico ao mental (o móvel da conduta humana de acordo com Nietzsche); nesta
aparência de concordância o indivíduo pode estar em estado de latência, o homem-cisto
ou homem-esporo, o que deseja não é eliminado, apenas inibido no momento em que o
desejo se manifesta, assassinato do NÃO internalizado. No assassinato do NÃO no
mundo interno, mental, não há a anulação efetiva do NÃO, apenas posterga sua
manifestação.

140 Nos Fascismos e no nazismo há sempre uma classe


a ser considerada, a dos excluídos
Nos Estados homogeneizados em um pensamento único há sempre uma classe a ser
considerada, a dos excluídos; no Nazismo a classe excluída conhecida é a dos judeus, mas
inclui também os alienados e os párias de um modo geral; nos socialismos há sempre uma
classe a ser excluída, a dos discordantes. A História, no entanto, tem demonstrado que 1)
não é existe a possibilidade de uma classe social apenas, os estados totalitários sempre
criaram três classes sociais: o “povo”, os “excluídos e excluíveis” e os políticos; da
mesma forma a história mostra que não existe a possibilidade de uma sociedade sem elite:
os estados totalitários que tentaram este objetivo criaram uma nova elite em substituição
à que destruíram, a elite política.

141 Ditadura popular com o nome de democracia,


porque levada ao Poder pelo voto
O Terceiro Reich era uma rede de líderes rivais, cada qual com seus seguidores
próprios e seus próprios patrocinadores (apoio e suporte). Hitler manteve-os competindo
uns com os outros e foi capaz de controlar toda a estrutura de liderança. [GLMNC] É a situação
que ocorre, no momento, no Brasil, vários partidos políticos, todos de esquerda
funcionando como um partido único, que é a liderança, que, virtual, se exerce por acordo
tácito, sempre que haja risco para sua sobrevivência. No sistema nazista, a rejeição de
domínio de maioria significa que todos os líderes são comandados pelos que estão acima
deles, e o acima de todos é o próprio Fuhrer; [GLMNC] é seguir o que foi atribuído à Ordem
Illuminati, em que o subalterno nem mesmo sabe quem é seu superior, e este desconhece
que é o seu superior. [Schreber Redentor da Humanidade? O Fazer (Teukhein*) do Iluminismo e do Misticismo: Revolução Francesa. Para criar caso com o Caso Schreber. P03C13
Capítulo XIII – http://gilbertoprofeta.blogspot.com/p/p03c13-capitulo-xiii-o-fazer-teukhein.html]
Entretanto, o Sistema de governo nazista dá ao
povo uma sensação de se basear em um verdadeiro princípio de democracia, pela
aparência de igualdade entre o líder e o homem do povo, mas segundo um sentido de
democracia modificado, a igualdade entre o governante e o povo é dada por participarem
da mesma raça e sangue, e, assim, a natureza humana de ambos é idêntica; [GLMNC] contudo,
o nazismo não se refere ao povo, mas à parcela de escolhidos de Deus, que se transforma
em “os pobres e as minorias” nos Estados que são regulados pelas prescrições de Gramsci.
Nos Estados que seguem a prescrição nazista, o líder tem a habilidade de fazer o povo
ter a consciência de “ser povo, e de preencher todos os atributos de ser povo” [GLMNC] e,
assim, se o “povo escolhido” do Estado autoritário tipo nazista são os pobres e as minorias
estas tendem a se perpetuar pobres e minorias.

142 Mas o que os revolucionários, pseudoprogressistas


desejam é o Poder
Maquiavel escreverá: “estas cidades trazem sempre por bandeira, nas revoltas, a liber-
dade e suas antigas leis, que jamais esquecem, nem com o passar do tempo nem com a
influência dos benefícios recebidos. Por muito que se faça, sejam quais forem às
precauções tomadas, não sendo promovido o dissídio e a desagregação dos habitantes,
não deixam eles de recordar os seus princípios, e em qualquer oportunidade, em qualquer
situação, recorrem aos mesmos. [NMP-31]
Maquiavel ilustra como, na História, os Princípios, uma vez aprendidos e
experimentados, não são esquecidos facilmente e como também no caso que descreve se
apelou para o dissídio e a desagregação entre os cidadãos. Gramsci sabe disto e prescreve
exatamente a discórdia e a desmonte dos Princípios e valores para que o ditador tenha
sucesso, uma vez que o objetivo é o Poder. É o que se faz, atualmente, dividindo o povo
em pobres e elite, brancos e negros, hetero e homossexuais, “nordestinos” e “não
nordestinos “, etc.
Esta prescrição só pode ser combatida com a retomada dos princípios e noções
fundamentais que transformam o animal ser humano em humano. [Noções e princípios fundamentais. Artaud, o Sentido
e a Loucura: Cap. 9 (17) [https://www.autores.com.br/publicacoes-artigos2/43-livros/diversos/52811-artaud-o-sentido-e-a-loucura-cap-9-17--nocoes-e-principios- fundamentais. html]

143 Tomar o poder pelo voto


Para se conseguir os objetivos seguindo as prescrições de Gramsci, a revolução
passiva, é preciso tomar o Poder pelo voto, mesmo que líderes mais apressados e
exaltados preguem que “em breve irão tomar o Poder, que é diferente de vencer as
eleições.” [“É uma questão de tempo para gente (PT) tomar o poder”, diz José Dirceu. Publicado em 28 de set de 2018. [https://www.youtube.com/watch?v=1NIr_2-MsFw]
144 Medir o senso comum fabricado: plebiscito
O plebiscito faz parte do populismo e foi usado no Fascismo italiano, Mussolini, [PCPFI]
e governos autoritários, com o objetivo declarado de avaliar a vontade popular, e com
objetivo implícito de justificar os atos governamentais por uma “autorização” popular.

145 O Plebiscito foi usado por Hitler para se manter no


poder
Três tipos de legislação foram concebidos na Alemanha de Hitler: leis aprovadas pelo
Parlamento, leis aceitas por plebiscito popular, e leis promulgadas por decreto
governamental. [FADSAF]
“Hitler ofereceu à nação alemã a oportunidade de 'contratá-lo ou demiti-lo' sobre a
questão de sua liderança e retirada da desacreditada Liga das Nações, e programou plebis-
citos, para “dar ao povo a possibilidade de, pelo menos uma vez ao ano, expressar seu
julgamento sobre sua pessoa;” [AHTR] e, com o mesmo objetivo, realizado na Venezuela para
eternizar Hugo Chaves no poder. O Brasil não tem promovido plebiscitos, mas está
previsto em programas de partidos políticos de esquerda, sendo lembrado ocasionalmente
na imprensa, contudo, este é o papel das pesquisas de opinião pública (IBOPE,
DATAFOLHA, etc.) permitindo ao governante “representar” para o povo uma mudança
de comportamento, psicologia de massa em aplicação: se a pesquisa aponta uma
aprovação, dá validade aos atos governamentais.

146 Dar ao povo a aparência de estar sendo escutado


O plebiscito no fascismo é visto como uma forma de participação popular, buscando
de aprovação popular, ao mesmo tempo em que nega qualquer espontaneidade à
expressão dessa aprovação. Afinal, o regime fascista afirmava ser “popular”; “Giuseppe
Bottai, exibindo talvez mais do que um pouco de má consciência, chegou a afirmar que o
regime era mais democrático do que as democracias tradicionais porque resolveu o
problema da relação entre a elite e as massas unificando as duas. E, no entanto, muito
obviamente, o regime não podia confiar no povo para expressar uma opinião. O uso do
plebiscito é uma das maneiras pelas quais o movimento fascista tentou resolver esse
dilema. Permitiu a participação em massa, mas não concedeu poder ou responsabilidade.
Isso estava perfeitamente de acordo com o pensamento fascista.” [PCPFI]
É uma arapuca para pegar todos os que se contentam com as aparências e se guiam
pelas palavras, sem perceber que o sentido delas foi colocado em sua mente por quem
promove o plebiscito.
147 O plebiscito é, portanto, uma forma de procurar a
aprovação popular após controlado o senso comum
O plebiscito é uma forma de procurar a aprovação popular para o que o governo
fascista pretende fazer, mas negando a espontaneidade da aprovação e sob um regime em
que o senso comum foi controlado. Em realidade, “o governo fascista não depende para
sua existência do consenso do eleitorado, da mesma forma como o governo de uma
família não depende dos desejos de uma criança “, [PCPFI] se a criança se comporta bem, é
incluída, senão é reprimida até incluir-se. No fascismo, o plebiscito apenas dá ao povo a
impressão de estar sendo escutado, mas os planos do governo são executados muitas
vezes contra o próprio povo, como atos governamentais autorizados pelo próprio povo.

148 Gramsci prescreve instalar uma revolução no


campo de ideias e não revolução armada
Um regime fascista é necessariamente militarista e nacionalista. [FADSAF] Aparentemente
não há militarismo nas prescrições de Gramsci, mas há a desvalorização dos militares, a
leniência a grupos para militares e a construção de Forças Nacionais sob as ordens do
governante.
“O fascismo é uma filosofia de luta. Seu Estado é um Estado de Poder, buscando em
todos os momentos alcançar o maior possível força física. Ele não faz segredo do fato.
Nem Mussolini nem Hitler nunca foi inibido em dizer ao mundo sobre as máquinas
militares poderosas que eles estavam construindo.” [FADSAF] Aparentemente não há a
preocupação com o militarismo nas prescrições de Gramsci, por ter transformado a
revolução armada em uma guerra ideológica, então os “militares” e as armas são outras.
Gramsci prescreveu um exército de “intelectuais” tirados do seio popular (“os pobres e
as minorias”) e combatendo todas as ideias que surjam contrárias ao que se quer impor
como visão de mundo, a Ideologia, com todas as armas de destruição do conhecimento
disponíveis, desde o não-ensino a veiculação de ideias sabidamente erradas, modificando
os nomes das coisas (por exemplo, vende-se socialismo para se implantar um
coletivismo).

149 Criação de um “exército” próprio


Hitler criou a SS, Polícia Política; [AHTR] nos países que seguem o gramscismo tem se
substituído as forças militares por Força Nacional, esta mais diretamente obediente ao
chefe do governo, sem a incumbência de defender a Constituição, e por forças de
“militantes” da causa, uma parcela dos quais é instado subliminarmente (de modo que
não fica tão aparente) a agredir adversários e promover quebradeiras. Suspeita-se que a
indisciplina nas escolas seja fábrica de defensores da ideologia que se quer implantar,
com a função de disseminar o medo e inibir a manifestação de discordantes. É nítida a
não resposta aos chamamentos de manifestações de rua entre os não simpatizantes com a
causa marxista em curso no Brasil, tendo uma senadora reconhecido a intimidação
provocada pelas palavras de níveis, em qualquer nível, prometendo a guerra aos
adversários. [https://www. youtube. com/watch?v=TC6E3nWazkM]

150 Forças paramilitares


As forças paramilitares são resquícios das atividades revolucionárias, como as FARC,
que persistem em defesa de um regime já instituído.
151 A glorificação de um único líder
“A glorificação de um único líder, Fuhrer ou Deuce, que é todo-poderoso e sujeito
nem à crítica nem remoção através da cédula.” [FADSAF] Na prescrição de Gramsci, o Líder é
o Partido; na prática, o líder, a que se adere por acordo tácito, é o Pensamento (a Ideologia)
que se quer impor e ao qual todos os sectários obedecem e fazem a interpretação dos
significados, das normas e dos valores da forma como julgam deva ser imposta a todos.”
O Pensamento que se quer impor “seja pensado por todos” já está em vigor no Brasil,
pensando na cabeça dos governantes, de seus cúmplices e de seus fiéis militantes, tendo
como objetivo a instalação de “uma sociedade homogênea pelo pensamento”, o que é
fascismo/nazismo.

152 Gramsci prescreve quando fazer uso de força


Procurando a hegemonia por consenso moral e intelectual sob a liderança de um grupo
de “intelectuais” (pseudo intelectuais) formadores de opinião, Gramsci distingue o
momento de construir o consenso e o momento de uso de força, quando ocorre o dissenso;
alerta, contudo, que o uso de meios coercitivos e autoritários implica a falência nas
tentativas de construção da hegemonia expansiva. [SJAG] . Significa que, ocorrendo na
Venezuela o uso de força e autoritarismo para conseguir impor-se à população, a
implantação do projeto de hegemonia comunista não deu certo, mas significa também que
as prescrições de Gramsci não funcionam da forma como ele imaginou. Significa,
também, que, sem o assassinato do NÃO, as transformações na Realidade social não
podem ser feitas de baixo para cima, tentando fazer a massa seguir uma direção
determinada a priori, para cumprir uma ideologia.

153 Conclusões
O fim último da Sociedade não é dar a vitória a uma Ideologia, mas, criando o
ambiente com os recursos necessários, dar ao homem, a cada um dos homens, a
possibilidade de realizar toda a sua potencialidade fornecida por seus genes, genoma. O
funcionamento da sociedade não se fundamenta em uma classe social, em uma
superestrutura ou infraestrutura, mas na harmonia entre os homens, cuja somatória
constitui o povo de um Estado, com harmonia entre as classes sociais.
O modelo do movimento revolucionário brasileiro (aqui quase todos os partidos
atuantes são de esquerda0 segue as prescrições de Gramsci, enquanto adota o Príncipe-
mito (o governante/obediente acrítico do Partido) seguindo todos os príncipes descritos
por Maquiavel leva necessariamente à corrupção e fabrica um cidadão dependente do
Estado.
154 Como impedir o estabelecimento de um Estado
Fascista?
Um dos mais poderosos meios de impedir o estabelecimento de um governo fascista
(Fascismo, Nazismo, Comunismo) em um país democrático é a certeza de que o governo
existente opera de forma honesta e eficiente. [FADSAF] Não é suficiente, no entanto; é
necessário que todos tenham condições de exercer a função de intelectuais o façam,
veiculando as informações necessárias, e emitindo opiniões claras, em que se determina
a origem de suas ideias, buscando o homem autônomo, que não seja guiado por
“intelectuais” que sejam meras antenas repetidoras de uma Ideologia que se queira impor
a todos.

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