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16/05/2015 126 Dicas do Ney Dias ­ Ney Dias ­ Óptica Oftálmica

Ney D i as ‐
Óp ti ca
Of tá lmi ca Pesquisar o site

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126 Dicas do Ney Dias
126 Dicas do Ney
Dias
_ Atualizações e Especialmente elaboradas para os consultores do varejo da
Novidades _ óptica e vendedores de óculos, também atendem aos:
Ametropias e Lentes
Compensadoras Consultores Vendedores de ótica
Tipos de Administradores de ótica
Astigmatismo
Proprietários de ótica
Anatomia Detalhada Estoquistas
do Olho Humano
Surfaçagistas
Contatologia
Montadores
Esterilização e
Técnicos em Óptica
Assepsia de Lentes
de Contato Ópticos Práticos
Gelatinosas Auxiliares de óptica
Lentes Hidro Estudantes de óptica
Tóricas Contatologistas
Currículo Ópticos Práticos em Lentes de Contato
Dicionário de Termos Optometristas
Ópticos
Refracionistas e Representantes comerciais
A-D
E-F Este trabalho foi elaborado com vistas ao desenvolvimento e
G-I a capacitação dos varejistas das casas de óptica, ou seja,
J-L aqueles que vendem óculos dioptricamente graduados.  Ele se
M-O propõe ajudar principalmente aqueles que se iniciam no ramo
P-Z óptico ou os que não estão familiarizados com certos termos
Espessura das Bordas e ensinamentos ligados à profissão de óptica.
das Lentes Negativas Trata­se de um glossário de fácil consulta, prático, eficiente,
Informes Técnicos objetivo, instrutivo, destinado a preparação de novos
Armações vendedores das ópticas, especialmente aqueles que não
Instrumentos da tiveram oportunidade de aprender e têm dificuldades de
Óptica
efetuar vendas pelo desconhecimento de sua atividade.
Legislação
Igualmente, destina­se a ajudar aqueles que direta ou
Medições nas
indiretamente estão ligados ao ramo oftálmico especialmente
Ópticas
para melhor entenderem os requisitos para melhor
Tolerâncias
Ópticas desenvolverem suas atividades. Sabemos que o “turnover”
Técnicas Ópticas nos estabelecimentos de venda de lentes dioptricamente
Leis e Resoluções graduadas – as Ópticas – é muito grande.  A dificuldade de
Classificação preparação de novos vendedores é um fato flagrante que
Brasileira de dificulta em muito as vendas e o desenvolvimento dos
Ocupações do MTE negócios. A preparação de um novo vendedor requer
Leis para as conhecimentos e é um trabalho feito em longo prazo, porém,
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Vigilâncias inúmeras vezes o proprietário da loja tem grande dificuldade
Sanitárias em formar um novo vendedor que atenda as exigências de
Optometria um público comprador exigente ­ geralmente de bom nível ­
Garantida pela
Constituição especialmente os portadores de deficiências visuais não
Projeto de patológicas, ou seja, as miopias, hipermetropias,
Regulamentação astigmatismos e as presbiopias.
Resolução 1431 RJ  
Lentes O propósito dessas dicas é exatamente o da formação técnica
Cálculo de Curvas destes novos profissionais. É um fato por demais conhecido
com Precisão que um bom vendedor se caracteriza por dois principais
Cálculo de Curvas atributos:
Espessura Central  
Zero
O primeiro é sua natural aptidão, no que diz respeito a sua
Defeitos Ópticos
apresentação pessoal, sua comunicação, sua simpatia, sua
Multifocais
Progressivas
capacidade de diálogo fácil, sua aptidão para exposição de
Peso das Lentes argumentos com naturalidade e principalmente o de ser uma
pessoa capacitada e que dê valor à importância do
Lentometria
atendimento personalizado nas ópticas.
Novidades Técnicas e
Mercadológicas em  
Lentes Oftálmicas em Em segundo, a capacitação do vendedor está no seu
2013 conhecimento técnico, não somente dos produtos que vende
Optica Geométrica como, também, da ciência óptica da visão, dos olhos, das
Aplicada à Oftálmica
lentes e das armações. Estes conhecimentos facilitam a
Prismas
venda e conquistam os clientes. Na verdade os clientes
Óptica Geométrica
apreciam muito serem atendidos por quem verdadeiramente
– Noções
entende da ciência Óptica.
Optometria
 
Auto-
Refratometria O vendedor bem preparado e confiante estará em condições
Introdução da de fazer uma venda de muito valor, não somente o valor
Optometria no material como também um produto que melhor atenda a
Brasil eficiência visual e proporcione aos clientes um artefato
Patologias da eficiente, elegante, bonito e que ajude a evidenciar os
Retina
aspectos interessantes de sua personalidade. Devemos nos
Refração Ocular
lembrar que os clientes precisam de boa visão e uma
Subjetiva (Exame
De Vista) apresentação condigna com sua atividade e aspirações.
Tamanho dos  
Optotipos O professor Ney Dias está no firme propósito de prestar este
Optometria serviço àqueles que desfrutam e contam com os nossos
Internacional ensinamentos. Esperamos ajudá­los para que façam boas
Optometria nas vendas e que a imagem institucional de vossa empresa possa
Opticas ser beneficiada pelos ensinamentos aqui contidos, esperando
Origem e História que os resultados sejam profícuos.
das Lentes
Oftálmicas
Perfil dos
profissionais ópticos
optométricos 1 ­ Leitura e interpretação de receitas:  Uma receita
Programa para Curso óptica é composta por símbolos e abreviações que devem ser
de Técnico em Óptica do conhecimento do consultor: Aqui estão vários deles: Poder
Psicologia das dióptrico esférico cuja abreviação é (esf.), Poder dióptrico
Vendas cilíndrico (cil.), Eixo do cil (º), Dioptria prismática (∆), Poder
Tabelas Usadas em dióptrico de longe ( L ); Poder dióptrico de perto ( P ); Olho
Óptica
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Transplante de direito ( O.D. ); Olho esquerdo ( O.E. ); Distância inter
Córnea pupilar ( D.P. ); Distância naso pupilar ( D.N.P. ); Base
Treinamento de prismática ( B.); A medir (a.m.), geralmente de forma
Medidas
ilegível; Longe e perto (o); Ambos os olhos (A.O.); Distância
Visão após 40 anos
vértice ( DV ); Base prismática superior ( BPS ); Base
Óculos Para Uso em prismática inferior ( BPI ); CR ­ 39, que corresponde as
Computador
lentes de resina orgânicas; Combinado, geralmente esf. com
Óculos Solares
cil. ( ()  ); Acuidade Visual (A.V.); Adição dos bifocais e
Compensação
Prismática progressivos ( Ad. ); Nasal (N); Temporal (T); Superior
Lentes Solares (Sup.); Inferior (Inf.); Convexa ( cx.); Côncava (cc) e Tabo,
que significa a direção dos eixos dos cil. (Tratado de uma
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comissão de óptica da Alemanha) padronizada.

2 – Tonalidade das cores:  Compete ao óptico conhecer os
Símbolos e abreviações das receitas, cujo símbolo é (RX).
Existem inúmeras abreviações com respeito a cores das
lentes, tipo de lentes. Uns poucos oftalmologistas usam cc.
ao invés de sinal negativo, assim como, cx ao invés de sinal
positivo. As tonalidades das cores das lentes poderão ser
determinadas pelos números 1, 2 e 3, além da .50 que
representa uma cor mais clara que cor 1. Também podem ser
usadas, para determinar a intensidade da cor, as letras A, B
e C, sendo a primeira a mais clara.

3 ­ Esquema Tabo: Esta questão do esquema TABO, já está
superada pela tecnologia atual que terminou aquele problema
que só os ópticos antigos conheceram. Para indicar a posição
dos eixos dos cil. Usa ­ se a metade superior do transferidor,
que vai de 0° a 180° graus. O normal é o 0° começar no O.D.
pelo lado nasal e no O.E. pelo temporal (usando ­ se a
semicircunferência superior do transferidor).

Há 50 anos atrás havia o esquema ”Internacional” cujo zero
em Ambos Olhos partia do lado nasal. Este esquema
“Internacional” foi inteiramente banido e fazermos referência
a esse fato apenas para que não omitamos. O fato que levou­
nos a adoção do esquema TABO internacionalmente, é que
ele é compatível com a construção dos aparelhos:
lentômetros, lensômetros, refratores, keratômetros etc. não
mais havendo as confusões de antigamente. Nem mais se
justifica o desenho do transferidor, que algumas receitas
médicas trazem, salvo quando os algarismos dos eixos das
receitas são incompreensíveis e o médico aponta o eixo no
diagrama.

4 ­ Legislação de Óptica:  O decreto que regula e fiscaliza
o exercício das profissões dos Ópticos Práticos e dos Médicos
oftalmologistas é o de número 24.492 de 28/06/1934, e que
regulamenta, o de número 20.931 de 11/01/1932, ainda em
vigor. Muito embora muitos profissionais não o sigam, o
especialista técnico em vendas deve conhecê­lo. Não
devemos desobedecer a Lei, mesmo sendo obsoleta e

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inadequada aos tempos de hoje. O que precisamos fazer é
mudar esta obsoleta Lei.

Apresentamos um resumo e comentários sobre a antiga lei:

5 – O Óptico Prático: Trata­se da antiga profissão óptica,
criada pela Lei 24.492/34, por médicos, não conhecedores
das verdadeiras atribuições do profissional da óptica. Criou­
se assim uma legislação que, através dos tempos, mostrou
que beneficia certas classes, impedindo o desenvolvimento do
mercado, que está reprimido, e principalmente a eficiência
visual da população menos favorecida.

Além da perniciosidade destes Decretos que estabeleceram
exclusividade de exames de vista somente  por
Oftalmologistas ele causou o grande contrabando de óculos
de leitura que coloca milhões de óculos no mercado
brasileiro, feito por marginais do comércio que oferecem
impunemente óculos que não corrigem astigmatismos,
anisometropias e não seguem as distâncias pupilares.

A profissão de Óptico Prático foi desenvolvida sem o menor
cuidado com o ensino e qualificação profissional. O candidato
precisava apenas ter terminado o então curso primário e
fazer um exame sumário no antigo “Serviço de Fiscalização
da Medicina” para aprovação e ser responsável técnico pela
óptica. Certos órgãos particulares especializados entregavam
certificados em profusão, sem que o profissional tivesse uma
preparação adequada. Este fato desvalorizou muito a
profissão de Óptico Prático que por si só já era fraca.

Esta profissão e curso não mais são realizados hoje em dia,
mas a Lei ficou trazendo seus ranços e inconveniências.

Esta errada legislação fez com que o profissional das ópticas
perdesse o conceito, que em qualquer parte do mundo é
reconhecido e respeitado. É comum vermos na televisão
reportagens que denigrem a imagem desta importante
profissão que é a do consultor (vendedor) técnico da ótica.
Nosso propósito é o de melhorar esta imagem.

6 – Legislação atual – Lei 20.931/32 e Lei
24.492/34: Seguem alguns artigos e parágrafos da tal Lei,
acompanhados de comentários nossos:

a) O Óptico Prático só pode ser responsável por uma casa de
ótica.

b) O Óptico Prático deve registrar em livro apropriado, todas
as receitas aviadas na óptica, assinando­o diariamente.

c) O Óptico Prático deve ser habilitado e ter certificado
registrado no departamento competente.

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d) Na localidade em que não houver ópticas, será permitida a
venda de óculos de grau pelas farmácias ou outro
estabelecimento licenciado, cessando a sua licença, seis
meses após a abertura de uma óptica.

e) O óptico é solidariamente, com o proprietário da ótica,
responsável por qualquer infração da legislação.

f) Nenhum médico oculista, na localidade em que exercer a
clínica, nem a respectiva esposa poderão possuir ou ter
sociedade para explorar o comércio de lentes de grau
(ópticas).

g) A casa de óptica só poderá vender lentes de grau,
mediante a apresentação da receita óptica.

h) É expressamente proibido ao proprietário, sócio gerente,
óptico prático e demais empregados, escolher ou permitir
escolher, indicar ou aconselhar o uso de lentes de grau, sob
pena de processo por exercício ilegal da medicina.

i) A óptica não pode possuir consultórios oftalmológicos em
qualquer de suas dependências.

j) A óptica não pode ter consultório mesmo fora de suas
dependências.

k) A óptica não pode indicar médico que dê vantagens não
concedidas aos demais clientes, distribuir cartões ou vales
que dêem direita a consulta grátis, remunerada ou com
redução de preço.

8 ­ A Ótica é obrigada a possuir: (para sua instalação): No
mínimo um óptico prático, um grupo de lentes graduadas e
vidros em bruto incolores ­ Obs. nossa:

Comentário: Dentre outras incongruências da antiga Lei e
devido à evolução tecnológica, ninguém mais exige o
cumprimento dos estoques e a fiscalização compreende e não
exige o cumprimento da lei.

l) O óptico só poderá ser responsável por uma ótica.

m) A óptica pode substituir por outras, aquelas lentes que se
apresentarem danificadas, vender vidros protetores sem
grau, executar consertos e substituir armações, quando
necessário.

n) É proibido ao médico, seja por que processo for, indicar
determinada ótica para venda de lentes de grau.

o) É proibido óptica oferecer exames de vista grátis, com
cartazes, assim como é proibido possuir aparelhos para

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exames dos olhos.

p) As firmas atacadistas só poderão fornecer lentes de grau
às óticas licenciadas e mediante pedido por escrito que ficará
arquivado. Não podem fornecer lentes em nome de clientes.

9 – Cursos profissionalizantes de Técnico em Óptica, da
nova Lei de Diretrizes e bases 9.394/96: O Ensino médio
foi totalmente reformulado pela nova Lei de Diretrizes e
Bases de 1996. Esta Lei abre um verdadeiro leque para
formação de inúmeros profissionais de nível técnico. Assim
espera­se que as profissões ligadas à Óptica Oftálmica e a
Optometria alcancem um extraordinário desenvolvimento.

Especialidades, não atreladas a falsos conceitos, como é o
caso do Optometrista, a partir desta Lei, serão diplomados
em cursos de nível técnico sucessivamente, quebrando os
antigos tabus, preconceitos, exclusivistas que impunham um
mercado verdadeiramente reprimido à sociedade, impedindo
o desenvolvimento e a eficiência visual da população,
especialmente as de menor renda.

10 – O “Técnico em Óptica”

Foram criadas várias categorias e a profissão de “Técnico de
Óptica”, que é um curso profissionalizante, continua sendo
um deles e perfeitamente legalizado pela legislação e é
inteiramente válido.

Cabe uma ressalva: Com a criação da lei 5.691/1971e o
parecer 404 de 1975 assinado pela Ministra Esther de
Figueiredo Ferraz, aprovada pelo Congresso Nacional, e mais
recentemente com a criação dos cursos seqüenciais da nova
Lei de Diretrizes e Bases (1996), a formação técnica foi
totalmente reformulada pela Lei Darcy Ribeiro e várias
regulamentações foram feitas e estão sendo feitas.

A antiga Lei ficou sob suspeita, pois as novas qualificações e
atribuições do Técnico em Óptica (em nível de segundo grau)
são incomparavelmente superiores as do antigo “Óptico
Prático”, (de nível escolar primário).

11 ­ Uma Lei quando não e bem feita ninguém a segue. É
o que acontece com a nossa.

Novamente ressaltamos a verdadeira confusão que se
instalou no comércio óptico do País. Com a criação de nova
profissão, (Técnico de Óptica), Lei 5692/71, portaria 45, com
uma formação escolar em nível pós segundo grau e com
outras qualificações, iniciou­se um processo confuso de
interpretação de leis.

A classe oftalmológica, em alguns locais do interior,
aproveitando­se, do cartelismo e da falta de conhecimento

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adequado das novas leis, tem usado a antiga lei para
intimidar com tentativas de prisões e processos, os novos
técnicos profissionais diplomados de acordo com a nova lei.
Felizmente os processos judiciais, tem sido rejeitados por
grande parte dos juízes.

Até mesmo profissionais modernos de altíssimo gabarito, que
muito honram a classe dos ópticos optometristas, tem sofrido
intimidações, numa vergonhosa tentativa de subverter a
Constituição brasileira, chegando a ponto de até mesmo
chocar os colegas e outros países que exercem a optometria
livremente.em mais de 130 países.

12 – Optometrista O exercício da profissão de Optometrista
em quase todos os países do mundo é livre. Mais de 130
países a adotam com liberdade e inteiro sucesso no
atendimento primário da eficiência visual das populações. No
nosso, estes exames estão sujeitos a estes vexames. Uma
vergonha!

Enquanto nos EE.UU. existem 32.000 Optometristas
responsáveis por 70% dos exames de vista naquele País, o
nosso fica exposto a uma vergonhosa exclusividade que
prejudica a mais de 60 milhões de brasileiros que não
enxergam bem (não são doenças). Vejam que na Inglaterra
90% destes exames são feitos por Optometristas. Na Espanha
existem 8.000 Optometristas e 4.000 Oftalmologistas.  

Saibam os nossos leitores que as verdadeiras profissões de
‘Técnico em Optometria’, ‘Tecnólogo em Optometria’ e
‘Bacharel em  Optometria’ abrangem não somente venda de
óculos e lentes de contato como também os exames e
medições da acuidade visual com refração ocular. Isto é o
que verdadeiramente existe no Mundo inteiro.

A ignorância das autoridades e a subserviência à classe dos
Oftalmologistas tem dificultado a introdução desta importante
atividade  em nosso País.

13 ­ Legislação Inadequada:      Como podem observar, a
legislação é totalmente inadequada e obsoleta. Ela proíbe o
Óptico Prático de fazer as refrações oculares. Entretanto o
Técnico de Óptica e Optometria, o Tecnólogo em Optometria
e o Bacharel em Optometria, sofrem pressões e, algumas
vezes,  são impedidos de exercer suas verdadeiras profissões
que são: Medir e compensar com lentes dioptricamente
graduadas as ametropias do olho, além de outras atribuições.
Além de ser ultrapassada a antiga Lei não é cumprida em
vários itens, o que deixa a autoridade competente atônita,
pois são os profissionais de nível médico superior, os
primeiros a não cumpri­las, sob diversos artifícios. As
autoridades fiscalizadoras não têm coragem de tomar
medidas contra seus próprios colegas, sem condições de se

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impor na fiscalização.

Felizmente brevemente passará a fiscalização do exercício
profissional a ser feita pelos Conselhos Profissionais de
Óptica e Optometria, entidade em formação cada vez mais
atuante.

No mundo inteiro o Optometrista  pode fazer a refração nas
óticas e somente no nosso país, há essa discriminação o que
denota que os cartéis estão mais do que presentes e o atraso
é por demais evidente.  

14 ­ Industrialização e Comércio de Lentes Oftálmicas:
 Também as indústrias e laboratórios RX são obrigados a ter
um Técnico ótico responsável, legalmente habilitado e
especializado, quando se tratar de lentes de contato, lentes
de resina ou mineral e armações.

Das outras exigências, tais como: Piso de material liso,
resistente e impermeável, paredes de cor clara com barra de
2 m. de altura, no mínimo, lisa resistente e impermeável,
forro de cor clara, compartimentos separados por paredes ou
divisões ininterruptas até o forro de cor clara e mostruário e
venda com área mínima de 10 m, tudo isso demonstra que o
legislador quando as escreveu já estava desatualizado.
Imaginem hoje!

15 ­ Vidro Óptico:   Lentes oftálmicas, do tipo mineral, há
pouco tempo atrás eram as mais vendidas em todo mundo. A
grande maioria delas era fabricada de vidro óptico de índice
de refração 1,523. As monofocais, progressivas, bifocais de
uma só peça, porção de longe dos bifocais fundidos e as
lentes coloridas, eram feitas de vidro óptico designado
“Crown“.

Nos USA. a demanda de lentes fabricadas com vidro óptico
estava em apenas 10%, isto em 1998. Tudo indica que terá
sua aceitação pelo mercado, quase que totalmente extinta.

Esses vidros puros, homogêneos com índice de refração
constante em qualquer ponto da lente é composto
basicamente de:

Areia (sílica)                     70%

Soda (hidróxido de sódio)    15%

Cal (óxido de cálcio)          12%

Outros                              3%

16 ­  Lentes coloridas Os vidros coloridos são feitos com a
adição de diversos sais à composição do Crown, conforme a

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16/05/2015 126 Dicas do Ney Dias ­ Ney Dias ­ Óptica Oftálmica

cor desejada. As Fotocromáticas recebem a adição de sais de
prata, que são sensíveis as radiações de ultravioleta que as
escurecem.

Outros tipos de vidro óptico são usados nas películas dos
bifocais e têm um índice de refração mais alto (1,616 a
1,690) e o maior deles é o do tipo Bário cuja decomposição
da luz branca é bem reduzida se prestando por isso a
finalidade indicada. O vidro Flint não mais é usado,
exatamente por apresentar alta decomposição da luz e
aberrações cromáticas altas.

17 ­ Resina Orgânica:  Vulgarmente é erradamente
chamada “plástica”, ou até mesmo de acrílico. Trata­se de
um material muito nobre e nada tem a ver com aquelas duas
designações. A “PPG Industries “firma norte americana,
detentora da “Trademark“  (patente) a designa como CR ­ 39.

Basicamente se compõe de “Allyl Diglicol Carbonato” que é
resina derivada de petróleo e esta é a composição usada hoje
no Brasil. Seu índice de refração é 1,499.

18 ­Resinas de alto índice: É simplesmente incrível o
progresso na fabricação de resinas orgânicas. Até mesmo
materiais com índice de refração 1,710. Semelhante ao
conhecido Hight Light, estão sendo fabricados.

19 ­ Minerais com alto índice de refração:  O vidro de
alto índice, conhecido pelo nome de “High Ligth” tem um
índice de refração de 1,701 pela adição de óxido de titânio e
por essa razão lentes de alta miopia, podem ser fabricadas
com menor espessura, muito embora seu peso seja mais alto
do que o cristal comum.

20 – Alto índice com Lantânio: Outras lentes minerais de
índice de refração 1,800 e 1,894 são obtidas pela adição do
novo material “Oxido de Lantânio”, o que possibilita lentes
ainda mais finas que o Hight Light. Fica entendido que
“quanto mais alto for o índice de refração, mais finas serão
as lentes”.

21 – Quanto mais alto é o índice, menor é a espessura
da lente: O consultor moderno precisa conhecer as
características das lentes para poder melhor esclarecer seus
clientes das vantagens da mesma. Até mesmo para explicar
ao cliente a razão de serem mais caras. Quanto mais alto for
o índice de refração de uma lente, menor será sua espessura.
Isto ocorre tanto nas miopias como nas hipermetropias,
ficando evidenciado que nas miopias são mais visíveis.

22 – Para que nossos leitores tenham uma ideia das
espessuras  que ficariam uma lente esf. ­5,00 Dioptrias,com
50mm. de diâmetro, consultem a tabela abaixo:

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Obs. As lentes minerais foram calculadas com uma espessura
central de 1,1 mm e as de resina orgânica com 1,5 mm. de
esp. Central.

Consultando a tabela acima o vendedor poderá se orientar e
informar melhor ao cliente, quais serão as espessuras das
bordas, dentro do diâmetro especificado acima.

23 – Peso específico (gramas por centímetro cúbico)

Sim, o consultor precisa conhecer o peso específico das
lentes porque ele está diretamente ligado ao peso das lentes,
e como tal, não poderá ser desconhecido por ele. Atentem
bem para este detalhe.

O consultor (vendedor) competente não poderá ser qualquer
um despreparado e sem conhecimentos.

Quanto mais alto for o índice de refração, mais alto será o
peso específico do material da lente. Pequenas exceções
existem com alguns materiais, assim como o Polycarbonato e
Trivex, novos materiais em expansão.

O peso específico é determinado, pelo peso em gramas, de
um cubo com 1 cm3 (1 cm. de face). Assim sendo os
seguintes pesos serão do conhecimento dos vendedores:

24 – As lentes mais leves do mercado, em resinas são:

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Observem que o desenvolvimento tanto dos índices como do
peso específico tem sido extraordinário. A nova e última
resina lançada têm o índice até mesmo superior ao do
tradicional Hight Light (1,710) e já temos notícias que índices
mais altos começam a ser fabricados.

25 – As lentes mais leves e mais pesadas do mercado
e valores ABBE:

26 – Número Abbe: O que será isto?  Precisará o consultor
saber qual o “número Abbe” de determinada lente para
vendê­la? Claro que sim. Desde que ele se proponha a
conquistar verdadeiramente a confiança do cliente pela sua
competência e esclarecimento. O vendedor não pode cobrar
um preço de lente mais elevado sem que esclareça suas
vantagens e benefícios. Daí...

Vejamos o que significa o tal de “número Abbe”:

Por meio de uma equação o cientista Ernest Abbe criou um
modo matemático para se determinar à decomposição
cromática de uma lente.

Para que entenda o acima exposto, é necessário que o
vendedor saiba o que é a “aberração cromática”. Esta última
é uma coloração que aparece quando se olha através das
lentes, especialmente as películas de bifocais fundidos em
cristal e principalmente a lentes conhecida como Hight Light
ou Lantânio.  Esta aberração cromática, quando alta, reduz
levemente a qualidade óptica de uma lente.

Assim, quanto mais alto for o índice de refração de uma
lente, mais altas serão as aberrações cromáticas.

Como a variedade de materiais de lentes tem se

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desenvolvido muito, folhetos explicativos chegam as nossas
lojas de óptica, esclarecendo que determinada lente tem um
“número Abbe” de 59 (melhor qualidade). Outra poderá
apresentar um “número Abbe” de 35 (pior qualidade).  Um
vendedor com pouco esclarecimento fica em dúvida. O que
será isto? Qual delas é a melhor? 

Fica claro que “quanto mais alto for o valor Abbe, melhor
será a qualidade óptica da lente” e “quanto menor for o Abbe,
pior será a qualidade óptica da lente no que diz respeito à
aberração cromática”.

27 ­     Abaixo  uma tabela indicando o material, índice e
número Abbe.

Ficamos sabendo então que as lentes de qualidade, quanto à
presença de dispersões cromáticas é a de policarbonato com
seus 31 Abbe e a Lantânio de n 1,890 que tem 30,3 de Abbe.

28 ­ Variações das Lentes Quanto à Curva:    Já vimos as
variações das lentes quanto ao material. Vejamos agora
quanto as curvas:

Biconvexas são as que têm duas superfícies convexas e
evidentemente só podem ser positivas. Bicôncavas são
compostas de duas superfícies côncavas e só podem ser
negativas. As plano convexas, com o nome diz, têm uma
superfície plana (chata) e outra convexa e só pode ser
positiva. As plano ­ côncavas são do mesmo tipo, com uma
superfície chata e outra côncava, só podendo ser negativa.

29 ­ Lentes Periscópicas e Meniscos:   Sabemos que a
curva base de uma lente esf. é sua menor curva. Lente
periscópica é aquela curva cuja base é 1,25 diop.

Lente Menisco é aquela cuja curva base é 6,00.

30 ­ Lente de Curva Corrigida:    Lente de curva corrigida
é aquela cujas curvas são pré­determinadas e não possuem

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uma única base. Suas curvas são escolhidas para reduzirem
defeitos ópticos, assim como: astigmatismo marginal,
aberração esférica e curvatura de campo. A curvatura média
entre a convexa e a côncava é de cerca de 6,50 diop. Por
exemplo, uma lente esf. ­ 4,00, tem a curva convexa + 4,50
diop. e a curva côncava de ­ 8,50 diop. Uma outra esf. +
1,00, tem a curva convexa + 7,00 diop. e a curva côncava de
– 6,00 diop. São valores relativamente aproximados.

31 ­ Variação das Lentes Quanto as Cores:    Nas lentes
de vidro óptico, as cores já vêm definidas da fundição e são
obtidas pela adição de sais ou óxidos que fazem as cores
desejadas. A adição do óxido de ferro, por exemplo, faz a cor
verde. As cores mais usadas em óticas são: Cinza, Rosa,
Marrom, Fotocromáticas (que podem ser cinza, verde,
marrom) estas últimas escurecem quando expostas à
radiação ultravioleta.

Metalizadas: Existem ainda as metalizadas que são obtidas
das lentes prontas e já facetadas, podendo tomar aspecto
espelhado juntamente com a cor.

Tingidas: As lentes tingidas só podem ser obtidas das lentes
de resina orgânica e podem ter as variações de cores
desejadas com facilidade por um processo descrito em outra
parte desse trabalho.

32 ­ Lentes Anti­reflexo e Anti­Vídeo: Para que nossos
leitores tenham uma melhor idéia, no Japão, a demanda de
Anti Reflexo, já chega a 93% (1997). Na Alemanha já chega a
62%. É uma evidência irrefutável a introdução destas lentes
no mercado. As lentes AR. são obtidas por um processo a
vácuo, onde partículas de materiais são volatilizadas e
depositadas sobre as superfícies das lentes, em altas
temperaturas. Existem tipos de metalizações apropriados
para diminuir os reflexos das lentes de alta miopia e são uma
espécie de tratamento que diminui os elos refletidos por esse
tipo de lente e melhoram a visão especialmente à noite.

Outro tipo conhecido é o usado para reduzir a estafa de quem
trabalha diante de vídeos de computadores. São tecnologias
que estão se desenvolvendo muito.

33 ­ Variações das Lentes Quanto ao valor dióptrico
(grau):  As esféricas podem ser positivas ou negativas. Seus
submúltiplos são: 0,12 ­ 0,25 ­0,37­ 0,50 ­ 0,62 ­ 0,75 ­
0,87 ­ 1,00. Os escritos em negrito são os mais usados nas
prescrições ou receitas óticas. Os outros são utilizados na
fabricação de lentes e tolerâncias ópticas. As esféricas podem
ser combinadas com cilíndricos, que também podem ser
positivos ou negativos. Então temos combinações assim
como: + / +, ­ / +, ­ / ­ e + / ­, a ainda as plano cilíndricas
que podem ser positivas ou negativas.

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Além das acima mencionadas, temos as graduações
prismáticas que são designadas pelo símbolo  ∆  ( delta ) .
Muito embora os prismas tenham função específica na fusão
das  imagens do OD e OE, podem ser prescritos em
combinação com esféricos e cilíndricos. Os prismas não têm
a ver propriamente com a nitidez das imagens e sim com a
fusão das imagens obtidas por cada um dos olhos, numa só
imagem. Outra finalidade será analisada em outro capítulo.

34 ­ Tipos de Lentes Usados em Oftálmica:  Lente é um
meio óptico, transparente, limitado por duas superfície e
bordos, sendo uma delas curvada, capaz de convergir ou
divergir, ou desviar raios luminosos que nela incidam. São
utilizadas nas compensações das diversas ametropias dos
olhos. Geralmente é composta de uma superfície côncava e
outra convexa, isto para o uso em óculos.

35 ­ Peso das Lentes:  O peso das lentes dependeria
principalmente da dioptria (grau), como poderia parecer a
priori.  Mas depende principalmente do material empregado
na sua confecção. 

Peso específico é o peso em gramas por cm3. Assim temos
as lentes de resina que são as mais leves, ou seja, pesam
desde 1,19 gr. por cm3. As de cristal pesam até 4,2
gr./cm3. As Hi lite, alto índice pesam 3,2 gr. por cm3 e
finalmente as comuns de cristal Crown, pesam 2,5 gr. por
cm.3. Outras de índice 1,900 tem peso específico de 4,20 gr
por cm3.  Entende­se que o peso das lentes está em função
do seu índice de refração. Quanto mais alto for o índice, mais
pesada será a lente.

Se calcularmos o volume de cada lente graduada e
multiplicarmos pelo peso específico, veremos que pouco
influirá o poder dióptrico, prevalecendo o peso específico.
Este conceito prevalece, com poucas exceções de materiais
novos.

PESO ESPECÍFICO E ÍNDICE DE REFRAÇÃO DAS LENTES DE
RESINA

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PESO ESPECÍFICO E ÍNDICE DAS LENTES DE CRISTAL
(MINERAL)

Como se observa acima, há uma certa relação entre o peso
específico (mesmo que densidade) e o índice de refração.
Muito embora não seja completamente exata, quanto mais
alto o índice, maior é o peso da lente.

Obs. Dados extraídos dos catálogos ou folhetos publicitários
dos fabricantes.

36 ­ Lentes Endurecidas: As lentes de cristal podem ser
endurecidas para assegurar ao usuário uma condição de
segurança maior, contra quebras por impacto. São mais
utilizadas pelos operários que trabalham em funções
perigosas aos olhos. Uma lente bem endurecida quebra com
maior dificuldade do que uma não endurecida. Além disso,
quando se quebra, estilhaça­se em pequenos fragmentos e
não em forma de agulha, o que ocorre com uma não
endurecida e, neste caso, pode perfurar o olho. Para crianças
ou operários, principalmente, são recomendadas por não se
quebrarem em formas de agulha o que poderá ocasionar a
perfuração do olho. A lente de cristal estará bem endurecida
quando sua curva côncava se modificar para 0,12 diop. mais
forte. Pode ser identificada no polariscópio pela formação de
um desenho similar a uma cruz de malta. Este é o
endurecimento térmico sendo que o químico está em desuso
por ser altamente perigoso para quem o prepara, muito

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embora seja eficiente.

37 ­ Medidas: Além das vendas, o técnico vendedor deve ser
preciso e competente ao fazer as medições de D. P., D. N. P.,
alturas diversas para progressivos, para trifocais e para
bifocais. O vendedor usa para exercer sua função, os
seguintes instrumentos:

Esferômetro, para medir curvas de lentes a serem
substituídas; Espessímetro para medir a espessura das
lentes, por serem pareadas e também para medir as
espessuras das lentes recebidas dos laboratórios;
Polariscópio para verificar se as lentes endurecidas realmente
o foram; Distômetro para medir as distâncias entre córnea e
lente; Escalas milimétricas e encaixadores nos aros para
medições diversas e finalmente o mais importante de todos,
que é o Pupilômetro  que serve para medir a D. P. e a D. N.
P. .

Processo interessante para certificar­se se as medidas de
altura foram tomadas corretamente, é aquele em que se
medem as alturas de progressivo e simultaneamente as de
bifocal. Deve haver uma diferença entre as duas, de 6,5 mm.
Caso não haja, o consultor deve reciclar sua técnica de
medições, que apresenta diferença incompatível com sua
atividade.

38 ­ Processo para Medir Altura: Um vendedor, quando
tem grande prática é capaz de medir uma altura para
progressivo ou bifocal, diretamente com a escala milimétrica.
Quando não tem prática, e necessário que se posicione na
mesma altura do cliente e evite erro de paralelismo. O
melhor sistema é prender um durex na vertical da armação,
na direção da pupila, ou usando o modelo de plástico da
armação, marcar com tinta que ofereça contraste com a cor
da íris, verificando após um afastamento de 2 metros, se o
traço (T) ficou bem no centro da pupila, para em seguida
medir a altura. O ponto basicamente tido como correto é:

Progressivos: Exatamente no centro da pupila.

Bifocais: 1mm. abaixo da borda inferior da íris.

Trifocais: Tangenciando com a borda inferior da pupila, em
ambiente internos.

Todas as medidas acima são em função da borda interna
inferior da armação.

As exceções ficam para os novos usuários e os clientes de
grande estatura, em que as medidas de altura devem ser l
mm. ou 2 mm. menor do que o indicado acima.

39 ­ Medida de Distância Vértice: Ao se refratar um

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operado de catarata (pelo sistema antigo) ou um alto míope,
é necessário que se conheça a distância vértice (DV), ou
seja, a distância entre a córnea e a lente corretora. Nas altas
graduações, qualquer mudança na DV, altera
fundamentalmente o grau anteriormente indicado para
correção. Para que se tenha uma idéia, 1 mm. de variação na
DV. de uma lente de 14,00 diop. altera sua dioptria em 0,21
diop.. Dois  mm. alteram 0,42 diop. e assim sucessivamente.

O técnico não deve seguir a indiferença técnica do
oftalmologista e deve dar às variações da DV. o valor que
elas realmente têm. Como exemplo citamos que quando uma
lente é feita com diferença de 0,50 diop. imediatamente é
devolvida como errada. No entanto uma lente de 14,00 diop.
que teve sua distância vértice alterada em 3 mm. sofre um
erro maior que aquele. Usem seus conhecimentos e
coloquem­se em acordo com a tecnica. O aparelho usado
para medir a DV. chama­se “Distômetro”.

40 ­ Alturas Máximas Permitidas para Bifocais e
Progressivos: Ë necessário o vendedor conhecer os limites
máximos de altura para que não peça alturas impossíveis
para o montador alcançar. Assim sendo, enumeramos abaixo
as alturas máximas para cada um dos tipos de lentes:

Evidentemente que estes limites podem variar de acordo com
alguns tipos específicos de campo visual curto, que são bem
menores.

41 ­ Nomenclatura das Armações:  Como já foi narrado,
em outro capítulo desse trabalho, as armações são
compostas de: Frente, Aro, Ponte, Charneiras, Hastes,
Ponteiras, Plaquetas, Agulhas, Talão, Diâmetro efetivo, Pino
duplo, Ranhura ou bisel e aplicações. Nas armações de metal,
a plaqueta é de bracinhos, nas de acetato são de próprio
material e nas encapadas são do tipo anatômica.

42 ­ Acertos da Armação:  Geralmente a armação não vem
de fábrica completamente ajustadas para adaptação no
cliente. Sendo assim, o consultor deve proceder ao ajuste
antes de experimentá­la no cliente. Devemos proceder aos
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seguintes acertos:

43 ­ Empeno: O empeno faz a armação ficar torta no rosto
do cliente, com um aro mais alto que o outro. Acontece
quando as hastes não tocam igualmente numa mesa bem
plana, (com suas ponteiras viradas para cima). Em seguida
alinha­se com as ponteiras voltadas para baixo. O acerto é
feito com a armação aquecida, nos casos das de acetato,
escolhendo a haste que melhor condição ofereça ao ajuste da
inclinação pantoscópica. Nas metálicas o empeno é corrigido
por meio de alicates apropriados.

44 ­ Abertura: A abertura desigual das hastes faz com que
um dos aros da armação fique mais distante do olho. Quando
uma haste está mais aberta que a outra ou quando uma está
mais fechada que a outra, o acerto é feito com calor ou com
lima no ângulo da haste, dependendo do caso, devem ficar
com acerto de 90 graus, em A.O.

45 ­ Inclinação: A parte inferior do aro deve estar mais
próxima da face que a parte superior de 6 a 9 graus
(inclinação das charneiras). Nos progressivos um pouco mais.
A inclinação desencontrada faz com que haja um efeito
prismático vertical entre as duas lentes.

45 – Cruzamento: As hastes, quando dobradas. Devem
manter um paralelismo, ou quando o modelo não permite,
uma igualdade de posicionamento.

 46 ­ Armações Metálicas:  São confeccionadas de alpaca
ou ligas especiais que teem a mesma propriedade. Algumas
são feitas de “monel” que é ainda duro que a alpaca. Outras
têm molas de aço no bracinho superior (Numont). Outras têm
as hastes de bronze. Existe uma série de novos materiais
relevantes, assim como aço e titânio que vem sendo muito
utilizados. Todas as armações metálicas recebem um banho
de ouro. ródio ou lacas especiais que são tintas de alta
resistência ao desgaste.

47 ­ Armações Numont:  Basicamente são metálicas e
conhecidas pelo braço que acompanha as partes superiores
da lente, sendo seus extremos presos por parafusos onde são
fixados às lentes. Existem também as de braço superior com
mola que prendem na lente por meio de pressão e garras que
se fixam às lentes, que por sua vez têm pequenas ranhuras
nas bordas das lentes, onde se encaixam as garras. 

48 ­ Armações Metálicas “Griffe”: Esse nome é de
procedência americana e representa armações presas às
lentes com quatro parafusos e sem braço superior. São
também conhecidas como ‘flutuantes’ ou ‘três peças’ Só
existem a ponte e as hastes (com charneira).

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49 ­ Armações de Fio de Nylon: Geralmente têm a parte
superior e hastes de metal, mas existem modelos novos de
acetato. Na parte inferior das lentes passa apenas um fio de
nylon que prende as lentes através de uma pequena ranhura
na face externa da mesma.

50 ­ Fibra de Carbono e Fibra de Vidro: São dois
produtos, que usados na fabricação de armações, vinham
tendo uma certa procura. Na verdade eles são compostos de
70% de nylon e o restante da fibra, propriamente dita. Estas
armações aceitam somente lentes de resina. Elas tem pouca
elasticidade e são problemáticas para os montadores.

São todas pintadas com tintas de epoxy, de alta resistência.  

51 ­ Armações de Optyl e Proprionato:  São do tipo
injetado, mas de boa qualidade. Isto porque, há alguns anos,
armações injetadas eram sinal de baixa qualidade, o que não
ocorre hoje com os materiais nobres.

52 ­ Armações de Acetato de Celulose:  São as mais
populares existentes no mercado. Sua resistência é boa e
verga­se com calor, de modo a proporcionar ajustes à
anatomia do rosto do cliente, de modo que tem uma grande
procura. Seu material presta­se a diversos padrões e
colorações. São as mais vendidas no mercado brasileiro.
Antigamente eram chamadas de “zilo”, mas esse nome é
originário do antigo material (altamente inflamável e de fácil
deterioração) Nitrato de celulose, que não mais existe.

53 ­ O Consultor, Técnico e Vendedor Deve Conhecer: O
técnico que vende, deve estar atualizado com o estoque de
armações, no que diz respeito às cores, os tamanhos, as
pontas mais largas, modelos jovens, modelos para senhores
e senhoras, modelos para bifocais, modelos para
progressivos, enfim toda a gama de variedades.

Na hora da venda, não fica bem o vendedor ir procurar sem
saber onde se encontram os modelos. A separação por
balcão, por gaveta ou por vitrine deve ser do conhecimento
do próprio.

54 ­ Conceitos Básicos de Estética:  Esses conceitos são
vagos e mudam constantemente. Entretanto, colecionamos
alguns que passamos a expor:

a) Armações de tons claros, assim como, cristal, caramelo
claro, rosa, cinza claro, rejuvenescem.

b) Os modelos de coloração forte, tanto vermelho como azul,
estão em moda para adolescentes, especialmente porque
ressaltam o seu uso de modo a personalizar seu uso.

c) A um intelectual, que aprecia ver evidenciado o fato de

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usar óculos, poderemos vender armações de coloração forte,
assim como: preto, marrom escuro, Demiâmbar, etc.

d) A um cliente gordo e com as bochechas salientes, o
melhor é escolher uma armação de formato, mais ou menos
quadrado, em que o tamanho vertical seja menor que o
horizontal, para que não toque nas bochechas.

e) A um cliente de rosto fino e alongado, o melhor é escolher
uma armação de formato arredondado. Procure o equilíbrio.

f) A um cliente de rosto redondo, o melhor é escolher um
modelo que tenha forma quadrada ou retangular, que quebre
a linha redonda do rosto.

g) A um cliente que tenha nariz grande, o melhor é escolher
uma armação de ponte baixa, o que certamente fará com que
seu nariz pareça menor, porque a ponte irá se apoiar mais
em baixo.                           

h) A um cliente de testa larga e grande, não se devem
vender armações escuras porque, elas evidenciam o tamanho
da testa, formando um verdadeiro degrau demonstrando o
tamanho desproporcional da testa.                      

i) A um comerciante de produtos pesados, deve se escolher
uma armação de complexão forte e rígida, com aro e pontas
mais grossas.

j) Deve­se evitar vender armações redondas a clientes que
tenham astigmatismo alto. Evitar é uma coisa, mas não é
impossível, desde que você recomende ao montador que
ajuste com muita pressão a lente no aro, para que não gire e
saia da posição da receita.

k) A uma criança, a preferência e que a armação tenha
hastes de molas curvadas, mas não sendo possível, a
adaptação de uma correntinha é de fundamental importância.
Ao adquirir armações, cuidado com as pontes, pois os
fabricantes descuidam no tamanho e posição da ponte,
construindo­as de formato grande (de adulto) e as crianças
têm o ápice do nariz baixo.

l) A certas pessoas de raça negra ou asiática, o ideal e
escolher uma armação de plaquetas de bracinhos, que
possam permitir uma adaptação adequada ao nariz achatado.

m) A um usuário de lentes progressivas, escolha uma
armação que tenha boa inclinação, fazendo com que a lente
fique o mais próxima possível do olho. Também escolha uma
que tenha uma distância do centro da pupila até a borda
inferior interna da armação, nunca inferior a 22 mm., nos
casos específicos. Para as lentes de corredor curto as alturas
são indicadas pelo fabricante.

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55 ­ Escolha de Tamanho das Armações:  O tamanho da
armação deve ser tal, que não permita que as hastes toquem
fortemente nas têmporas, nem fiquem afastadas
demasiadamente delas. Caso o cliente tenha a frente do rosto
pequena, mas a cabeça redonda e grande, devemos abrir as
hastes e curvá­las de modo que circundem a cabeça, na sua
parte lateral. As hastes não devem ficar curvadas como no
caso anterior, com o lado côncavo voltado para fora,
denotando pressão excessiva na região auricular. Quando o
tamanho da cabeça do cliente é maior e as hastes não
cabem, devemos pedir outras hastes especiais ao fabricante
ou escolher outro tipo de armação. Já quando as hastes são
demasiadamente longas, não se deve curvá­las, de modo que
a ponteira fique muito longe da orelha. Neste caso, tira­se a
ponteira, corta­se a agulha na medida calculada, colocando­
se em seguida novamente a ponteira no tamanho correto.

A ponte é a primeira parte que se observa, quando se
experimenta a armação. Se a ponte se adapta bem, já é um
bom começo. A ponte não deve apoiar no ápice do nariz nem
deve ficar acavalada (alta). Os olhos do cliente devem ficar
situados no centro da armação (no plano vertical), já que na
horizontal isso é dificílimo, visto que as armações (de modo
geral) são maiores do que as DPs.

Nenhuma armação deve tocar na face do cliente, exceto as
ponteiras das hastes. Especialmente as armações metálicas,
não devem tocar as faces dos clientes em hipótese alguma. A
oxidação será o resultado negativo, que levará o cliente a
pensar que a qualidade não é boa, o que não representará a
verdade. Alguns tipos de suores de clientes são destruidores
do revestimento das armações e não há qualidade que o
resista. 

56 ­ As Hastes e sua Adaptação:  O Vendedor deve
verificar se o comprimento das hastes está de acordo com o
cliente. A curva principal da haste, no ponto que a liga com a
ponteira, deve coincidir com a curva superior do pavilhão
auricular, mais chegada para a parte traseira. A haste deve
acompanhar a curva da orelha, nunca a tocando fortemente
num só ponto o que provocará o retorno do cliente se
queixando de incômodo. Lembre­se que os óculos se apoiam
e não se penduram atrás das orelhas. Outro ponto que o
vendedor deve cuidar é o da aderência lateral das hastes.
Elas se adaptam com leve pressão lateral, ajudando a fixação
e firmeza dos óculos.

A abertura das hastes deve ser tal que permita firmeza da
armação, sem tocar as têmporas fortemente, mas não devem
ficar mais abertas que o necessário. Isso faz com que os
óculos caiam, escorregando pelo nariz. Um conjunto de
ajustes faz, pela somatória deles, uma boa adaptação.

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57 ­ Vergando ou Ajustando uma Haste:  Se a armação é
o de acetato, não se deve vergá­la a frio. Caso se faça, a
mesma poderá fissurar e rachar­se mais tarde após algum
tempo de uso. O uso do “ventilate” é essencial nesses casos.
O mesmo ocorre com a curva das hastes que precisam ser
aquecidas para sofrerem as curvas, esfrie sempre a
armação, antes de experimentá­la no cliente. A curvatura de
uma haste deve ser feita com os dedos em movimento (da
frente para trás e vice versa) sem curvá­la num único ponto.
Não se faz curva desigual.

Caso a abertura esteja muito grande e não se tenha outra
opção, a mesma poderá ser reduzida pelo aquecimento da
parte temporal e pressionando­se contra uma superfície, que
não arranhe a armação, procura­se fechar as hastes por meio
de calor, tomando­se o cuidado de não permitir que as lentes
saiam do aro; firme­a com os dedos.

58 ­ Ajuste nas Armações Metálicas:  Estas são ajustadas
por meio de alicates especiais para cada parte da armação.
Alicates paralelos não permitem que se façam marcas nas
charneiras. Alicate de bico fino serve para ajustes nas
plaquetas de bracinhos. Alicates para braço de Numont
facilitam regulagem da abertura, do empeno e da inclinação.

Alicates com peças de nylon para curvar aros metálicos são
importantes, Dois alicates para se retirar ou melhorar um
empeno de hastes é importante. Outro alicate que é
fundamental é o de torção dos eixos das lentes. Nem sempre
o montador ajusta os eixos exatamente como a indicação da
receita. Não custa nada acertar com precisão os eixos. Nesta
últimos casos, quando  o astigmatismo é superior a 3,00
diop. o ajuste do eixo deve ser procedido com a torção da
lente até que a melhor acuidade visual seja obtida pelo
cliente. Não se importe tanto com o eixo indicado na receita.
Preserve, acima de  tudo, a boa acuidade do cliente.

58 A – Armações de talão curvado e prolongado: Estas
são usadas nos clientes que têm rostos grandes e têm
dioptrias altas em suas correções. Permitem espessuras de
bordas das lentes bem menores e suprem esta parte do
mercado com eficiência e modernidade.

59 ­ Cilindros altos: Além dos cuidados normais, o
vendedor deve tomar especial cuidado com as lentes de cil.
alto (acima de 3,00). Muitas vezes os eixos estão exatamente
como na RX. Mas o cliente não vê com precisão. Uma leve
torção no eixo poderá melhorar muito a visão do cliente.
Muitas vezes o eixo não se posiciona exatamente como na
receita. O que importa é a visão do cliente. Mande o cliente
fechar um dos olhos e faça leves torções no eixo da lente,
um olho de cada vez. Caso haja melhora, conserve assim.

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60 ­ Outras Ferramentas do Balcão:  Chavinhas de fenda
de boa qualidade são importantes porque essa ferramenta é a
mais usada no balcão. Variação no tamanho das pontas são
igualmente importantes. Não existe fato mais desagradável
do que o cliente entrar na loja para recolocar o parafuso
perdido. Lembre­se que o fabricante não pode cravar o
parafuso, e compete ao montador fazê­lo. Essa cravação que
nos referimos é aquela no centro da extremidade do
parafuso, usando­se um punção fino ou alicate apropriado ou
ainda um esmalte na ponta do parafuso para evitar seu
desaparufasamento. Em casos especiais, pode­se usar cola
durepox para fixar os parafusos, pingando a cola somente
nas pontas dos mesmos.

61­ Parafusos para Reposição:   Em primeiro lugar as
caixas onde são estocados os parafuso, nos seus diversos
tipos e tamanhos, devem ser de muitas divisões. Cada
parafuso no seu lugar. Não se deve permitir a mistura dos
tipos de parafusos.

62 ­ Peças de Reposição do Balcão:  Pequenas peças de
reposição devem se mantidas nos estoques, geralmente
guardadas nas gavetas do balcão. São plaquetas de diversos
modelos, ponteiras de diversas cores, pontes anatômicas,
encapamento para aros e hastes, hastes metálicas e de zilo.
Hastes novas e usadas, estas devem ser guardadas para
emergência de clientes necessitados. Charneiras para
reposição, assim como pinos duplos são bons para pequenos
consertos. Machos para reabertura de roscas, muitas vezes
são úteis. Pequenas limas, assim como pequenos martelinhos
igualmente são bons.

63 ­ Mostruário de Cores de Lentes:     É de suma
importância, que se tenha um mostruário de cores de lentes
para que o cliente tenha a livre opção. Não se podem vender
lentes coloridas sem mostrá­las para a escolha pelo cliente.
Uma lâmpada ultravioleta pode ajudar a ativação da lente
fotocromática para observação do cliente e constatação se é
realmente fotosensível. Além das diversas cores, são
expostas as tonalidades que poderão ser claras, médias ou
escuras.

64 ­ O Lentômetro: Também conhecido como ‘lensômetro’
ou ainda em outros lugares como: “Focômetro”, “Focímetro”,
“Lentômetro”. No Brasil acabou ficando conhecido como
“Lensômetro“, que é derivado de “lens” em inglês.Preferimos
lentômetro que é  derivado de lente.  Como o nome diz,
serve para medir as graduações esféricas, cilíndricas ou
combinadas e ainda as prismáticas. Serve também para
medir os prismas, assim como a direção da sua base. Os
eixos dos cilíndricos são medidos com precisão. A ocular
deve ser ajustada para cada um dos que o usa. O lensômetro

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16/05/2015 126 Dicas do Ney Dias ­ Ney Dias ­ Óptica Oftálmica

marca os centros óticos e as distâncias pupilares, para
verificação, assim como as linhas horizontais de montagem,
muito usada nos laboratórios de montagem. No balcão é
usado, quando um cliente deseja saber as dioptrias dos
antigos óculos ou para medir o grau da lente que será
reposta. Outras utilidades, assim como a verificação da
exatidão dos óculos, são importantes.

65 ­ Tolerâncias Ópticas: No exercício da profissão de
Consultor Óptico muitas vezes há choque entre a opinião do
Técnico e do Oftalmologista. Aqueles, por entenderem mais
das coisas técnicas, geralmente não são acatados pela
posição dos oftalmologistas, sem dúvida, mais respeitados
pelo povo. Mas na verdade o técnico está sempre mais apto a
julgar os problemas por entenderem mais a fundo sua
função.

“Tolerância”, ao contrário do que possa parecer, é uma
palavra estritamente técnica e é usada nas mais altas
tecnologias, até mesmo nas espaciais. Não é, portanto, uma
coisa pejorativa. Assim sendo, internacionalmente. As
seguintes tolerâncias são permitidas:

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16/05/2015 126 Dicas do Ney Dias ­ Ney Dias ­ Óptica Oftálmica

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66 ­ Escolha do Tamanho das Lentes:   Quando as
armações são de bordos temporais arredondados, usa­se a
seguinte regra:

a) Soma­se o tamanho do aro à ponte.

b) Subtrai­se a D. P. e acrescenta­se o diâmetro efetivo (o
maior de aro)

c) Soma­se 3 mm. de margem de segurança para o montador
obter a D P . correta.

Teremos assim o mínimo tamanho da lente adequada para
que o trabalho possa ser executado com razoável precisão na
medida de D.P.. Note­se que este cálculo é para lentes
terminadas e centralizadas.

Quando não se consegue lentes no tamanho indicado pelo
cálculo, manda­se prepará­las em laboratórios, com o centro
ótico descentrado. Há uma espécie de gabarito, onde se
verifica o tamanho da lente adequado para modelos
extravagantes ou especiais.

67 ­ Preparação de quem usa Óculos pela Primeira Vez:
   As lentes progressivas são uma conquista excepcional do
marketing, aliado ao temperamento do ser humano.
Principalmente por motivos estéticos e práticos de visão, este
tipo de lente tem uma aceitação extraordinária. No,
entretanto é importante a preparação (digamos psicológica)
de quem usará estas lentes pela primeira vez.

Um outro exemplo é o de um astigmata com eixo diagonal.
Ele deve ser prevenido que verá “tudo torto”. Previna­o do
fenômeno e dê­lhe confiança, fazendo o teste da acuidade
visual.   Coloque os novos óculos e mande ler as menores
letras da carta de refração (20/20); em seguida, tire os
óculos e mande ler novamente. Então se obterá a confiança
total, pela melhora real de visão. A sensação de visão dos
objetos tortos é normal, já que o cliente acostumou­se a ver
errado por longos anos. O que importa é a boa qualidade da
visão.

O tipo de lente que exige maior sacrifício de quem as usa, é
o caso dos progressivos. São as seguintes as causas de
descontentamento com progressivos e que devem ser
prevenidos, com talento, para que não haja
descontentamento posterior, sendo que elas dependem acima
de tudo da marca:

a) As sensações de visão dos objetos dançando, com o
movimento da cabeça.

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b) Pela visão intermediária a visão de linhas horizontais
retas, em forma de curvas, (no campo intermediário)

c) A dificuldade de ver nitidamente os objetos situados a 1,0
m ou 1,5 m.

d) O estreito campo de visão para distância intermediária.

e) A necessidade de movimentos verticais com a cabeça para
ver nitidamente em diversas distâncias.

f)  Ao dar marcha à ré no carro, deve­se usar o espelho
retrovisor.

g) A desfocalização lateral nas páginas de um livro.

h) Visão de um retângulo em forma de trapézio

Enfim são pontos que não devemos deixar de prevenir o
cliente. Jamais deixe de orientá­lo sobre essas dificuldades. É
melhor preveni­lo antes, do que deixá­lo descobrir (por si
mesmo) essas dificuldades, o que poderá acarretar a
desconfiança sobre a qualidade do trabalho, não somente por
parte do trabalho do médico como do técnico.

Evidentemente, o momento de prevenir o cliente sobre as
dificuldades, será após a concretização da venda,
preferentemente na entrega dos óculos. Faça­o com
Inteligência e honestidade.

68 ­ Preparação de quem usará Bifocais:  O uso de
bifocais pela primeira vez, mesmo sendo difícil, é melhor que
com os progressivos. De todo modo deve ser explicada a
dificuldade em olhar o chão, para degraus de escadas, meio
fios e também evitar olhar para a linha divisória entre o grau
de longe e perto. A localização da nitidez nas diversas
distâncias leva algum tempo. Tanto para os progressivos,
como para os bifocais, o cliente deve ser alertado que o
processo de adaptação chegue a um final satisfatório.
Esclareça que centenas de milhares de pessoas se adaptam e
ele não será exceção.

69 ­ Mudança de tipo de Bifocal:  Há uma regra para a
escolha do tipo de bifocal adequado, de acordo com a dioptria
de longe e a adição. Quando o cliente já usa um determinado
tipo, mesmo errado (pelas regras), não se deve mudar o
tipo, salvo o cliente seja de alto nível de compreensão e
esteja disposto a fazer nova adaptação. Muitas vezes o olho
acostuma­se ao erro, e não vale a pena mudar.

70 ­ Regras para a escolha dos Bifocais:  A escolha do
tipo de bifocal, objetiva evitar o salto de imagem, quando se
muda a visão de longe para perto. Caso se venda um bifocal
Ultex (base prismática inferior) para a correção de uma

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miopia composta com presbiopia, o cliente observará o
objeto para perto, muito fora da real posição. Isto devido a
um prisma que será formado no campo de perto,  formado
pela película e pela metade inferior da lente negativa. Outro
conceito básico que deve ser conhecido é o de que, o centro
ótico de longe deve se situar o mais próximo do centro ótico
de perto. Tudo deve ser feito para evitar o “salto de
imagem”.

Como as lentes negativas formam um prisma de base inferior
(na sua metade inferior), se acrescentarmos um outro prisma
constituído pela película do Ultex, o prisma será aumentado e
não compensado. Isso aumenta o salto de imagem e o cliente
verá os objetos muito fora da real posição para perto.

Outra contra regra é a indicação de “Topo Reto” para casos
de alto grau positivo com adições menores que o grau de
longe. Haverá problema semelhante ao cliente citado
anteriormente.

71 ­ Regras Básicas para escolha dos Bifocais:       

a) Quando a adição é menor do que o grau positivo de longe,
(no meridiano vertical), a indicação deve recair no tipo de
“base prismática inferior” ­ Ultex. ­ Película meia lua.

b) Quando a adição é aproximadamente igual ao grau positivo
de longe, (no meridiano vertical) a indicação será do tipo de
“base prismática central” ­ Kryptok. ­ Película redonda.

c) Quando o grau de longe, no meridiano vertical é negativo,
a indicação será do tipo de “base prismática superior”, ou
seja, o Bio vis, “Topo Reto”, também conhecido por “Flat
Top”, Panoptick, etc.

d) Quando a adição é maior do que o grau positivo de longe,
a indicação recairá para o tipo “Topo Reto” ou seja “base
prismática superior”.

Entenda­se essa regra como: Quando a adição é mais forte
que o grau positivo de longe, o indicado é o “Topo Reto”.

e) Todos os graus negativos (no meridiano vertical) a
indicação será para os de Base Prismática superior (Bio vis).

Todas estas regras visam evitar o salto de imagem, quando o
cliente muda a visão de longe para perto. Estas regras devem
ser aplicadas sem dúvida , nos seguintes casos:

a) ­ Nunca venda Ultex para miopias, no meridiano vertical

b) ­ Nunca venda topo reto (Biovis) para graus de longe
positivos em que a adição for menor.

72 ­ Regras básicas de conhecimento dos multifocais,

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bifocais e progressivos:  O conhecimento destas pequenas
regras ajuda em muito o consultor a não cometer erros e até
mesmo evitar erros de outros, além de proporcionar um
conhecimento mais aprofundado dos progressivos e dos
bifocais.

a) Quando o grau esf. de longe é positivo, o de perto será
obrigatoriamente positivo e mais forte.

L.   +1,00
P.   +3,50

b) Quando o grau de longe é esf. plano (0,00), o de perto
será obrigatoriamente positivo.

L.   0,00
P.  +2,50

c) Quando o grau de perto é plano (0,00), o de longe será
obrigatoriamente negativo.

L.   ­2,00
P.    0,00

d) Quando o grau de longe é negativo, o de perto poderá
ser Negativo e mais fraco, Plano (0,00) ou Positivo. Estas
três opções poderão ocorrer, dependendo do cliente e de seu
grau, antes da presbiopia. 

Negativo e mais fraco

L.   ­4,00
P.   ­1,00 

Plano (0,00)

L.   ­2,00
P.    0,00

Positivo

L.   ­1,00
P.   +2,00

e) Quando o grau de longe é negativo, a indicação recairá no
Base Prismática Superior, tal os casos dos exemplos
anteriores.

f) Os poderes dióptricos dos cil. de longe e perto serão
sempre iguais ; os sinais dos cil. de longe e perto e os
respectivos eixos, serão sempre iguais para longe e perto.

Exemplos:

L.   esf.  0,00  cil. ­ 0,50  eixo 45°
P.   esf. +2,50  cil. ­ 0,50 eixo 45°

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L.   esf. ­3,50  cil.  ­1,00  eixo  135°
P.   esf. ­1,50  cil.  ­1,00  eixo  135°

73 ­ Como Calcular a adição dos Multifocais: Em
primeiro lugar, ADIÇÃO é a diferença entre o poder esférico
de longe e perto. A adição será sempre positiva e não leva
sinal para que não haja redundância. Vejamos como se
calcula a adição:

Exemplo:

L.   esf.  +1,00 
P.   esf.  +3,50  

Adição será:   2,50

a) Quando os sinais de longe e perto são iguais, subtrai­se
aritmeticamente um do outro, encontrando­se a adição.
Exemplo: Longe esf. +1,00 e Perto esf. +3,50, a adição será
2,50. Essa regra vale tanto para os positivos como para os
negativos.

b) Quando o grau de longe é plano, a adição será o grau de
perto.

c) Quando o grau de perto é plano, a adição será grau de
longe.

d) Quando os sinais de longe e perto são diferentes, a adição
será a soma aritmética entre eles. Exemplo: Longe esf. ­1,00
e Perto esf. +1,50. A adição será 2,50.

e) Para calcular a adição usa­se somente o grau esférico e
não se leva em consideração os cil. de longe e perto,  que
serão sempre iguais e com o mesmo sinal.

Este conceitos de fundamentos  valem também para as lentes
progressivas.

74 ­ Como Calcular o valor dióptrico total no Meridiano
Vertical:  Para que é necessário saber o valor total no
meridiano vertical? Os exemplos que fornecemos para a
escolha do tipo de bifocal, foram com lentes esféricas.
Quando as graduações são esf./cil., ou simplesmente
plano/cil. há que se conhecer o valor do cil. (no meridiano
vertical), combinando­o em seguida com o esférico, (que está
em todas as direções) e evidentemente com a adição. Após o
conhecimento do valor dióptrico total vertical, aí sim vamos
então, combiná­lo com a adição e escolhendo­se o tipo ideal.

Algumas regrinhas serão úteis para a compreensão do valor
dióptrico na direção vertical:

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a) Quando o eixo do cil. está a 90 graus, (vertical), o valor
do cil., na direção vertical, será 0,00 e , neste caso, usamos
somente o esf.. Lembre­se que a força cil. está sempre
oposta ao eixo. Como estamos interessados no valor vertical,
nada consideramos como restante do cil.

b) O valor dos cil. estão sempre opostos aos eixos.

c) Quando os eixos dos cil. estão à 45 graus ou 135 graus, o
valor deles, nos meridianos verticais, serão a metade  do cil.
da receita , listo porque são simétricos à 90° e 180°.

d) Quando os eixos dos cil. estão na posição horizontal ( 180
), sua força estará na totalidade da direção vertical (90°).

e) Quando os eixos dos cil. estiverem em posições, outras
que não sejam vertical ou horizontal, há que se consultar
tabelas, para se conhecer quanto resta de força dióptrica no
meridiano vertical, como segue:

Componentes Verticais dos Cilíndricos de Eixos
Oblíquos no meridiano vertical

Obs. A coluna da esquerda mostra os cil. e a barra superior
mostra os eixos. A interseção das duas mostra o cil.
resultante, no meridiano vertical, que será combinado com o
esf., encontrando­se assim o valor total na vertical. Este será
utilizado para a escolha do bifocal adequado.

75 ­ Exemplos de Valores Totais no meridiano Vertical:

a )  Temos uma receita que nos indica: 
L. +3,00 cil. ­ 4,00 180º  Adição 1,00
P. +4,00 cil. ­ 4,00 180º

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Qual o tipo de bifocal recomendado para evitar os salto de
imagem?

Considerando que o cil. 4,00 está a zero grau, teremos na
direção vertical (90º): ­ 4,00, ( proveniente do cil. ) que
combinado com esf. +3,00 nos darão um valor total (na
vertical) de ­ 1,00. 

Considerando que para todos os meridianos verticais
negativos, a indicação é “Topo Reto” , teremos  a indicação
adequada.

b ) Vejamos o que acontece se, na receita anterior, onde  o
eixo foi  mudado para  90º . A receita ficaria:

L. +3,00 ­ 4,00 90º    Adição 1,00
P. +4,00 ­ 4,00 90º

Como a força do cil. estaria oposta ao eixo, logicamente na
vertical não teríamos nada proveniente do cil. e
consideraríamos somente o esf. que é +3,00 (que está na
direção vertical) e que seria o valor total vertical. Como a
adição é inferior ao grau positivo de longe, a indicação seria
para Ultex.

Viram que apenas com a mudança do eixo tivemos um
quadro inteiramente diferente, no que diz respeito a indicação
do tipo? Fica demonstrado como o componente vertical (valor
do cil.) é importante nesses casos.

c)  Considerando  que  o  valor  de  Cil.  ­4,00  a  45°  tem  na


direção  vertical  ­2,00  e  considerando  que  o  esf.  +3,00
teremos  um  poder  total  no  meridiano  vertical  de  +1,00.
Como  adição  é  de  1,00,  ou  seja,  igual  ao  poder  total  no
meridiano  vertical,  a  indicação  recairá  no  tipo  kriptok  (base
prismática central).

L. +3,00 ­ 4,00 45º    Adição 1,00
P. +4,00 ­ 4,00 45º

Como observamos pelos 3 exemplos (a, b e c), somente com
a mudança da posição do eixo, conservando­se o mesmo esf.
e cil. a indicação dos tipos variou para 3 tipos diferentes, ou
seja, Ultex, Topo reto e Kriptok

76 ­ Como Avaliarmos se o Diâmetro do bloco bifocal
“Topo Reto”, Comporta a D.P. e Armação?

Os bifocais “Topo Reto” de cristal ou resina, tem sua película
moldada já descentrada 5 mm, nasalmente, em função do
centro geométrico de longe. Para avaliarmos se a D.P.
poderá ser obtida com exatidão, pelo montador, calculamos
assim:

a) Parta da D.P. de perto, aumentando­a em 10 mm (o dobro
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16/05/2015 126 Dicas do Ney Dias ­ Ney Dias ­ Óptica Oftálmica

da descentração da película).

b) Some o aro à ponte, e subtraia a D.P. (aumentada em 10
mm.).

c) Acrescente ao diâmetro efetivo mais 2 mm de segurança,
e verifique se está dentro do diâmetro do bloco. Em caso
afirmativo o diâmetro do bloco será adequado.

77 ­ Pupilômetro:  

O mais comum é o de reflexo corneano.

Normalmente o Pupilômetro mede a D.P. (Distância entre os
reflexos corneanos) próximos ao centros pupilares, e a
D.N.P. (Distância naso pupilar) .

D.P. é à distância entre os dois centros das pupilas e D.N.P. é
a distância do centro do nariz ao centro da pupila (de cada
olho). As leituras são fáceis, mas é preciso tomar cuidado
com o novo técnico que costuma cometer engano de leitura
no O.D. do cliente, devido a leitura dos mm. ser ao contrário
do normal, e ao invés de 31 mm poderá ler 29 mm. Ao se
medir a D.N.P. , manda a prática que essa medida seja
verificada, somando­se as duas D.N.P. e verificando se
confere com a D.P. que é indicada simultaneamente no
Pupilômetro.

A linha vertical móvel do Pupilômetro de reflexo, . deve
coincidir com o reflexo corneano para que então se faça a
leitura, na escala graduada, da D.P. ou D.N.P., e não no
centro da pupila.

Nos pupilômetros mais modernos podem­se medir as D.P.s
de longe e perto, bastando que regule o botão apropriado
para longe (um sinal de infinito    ) e para perto a (35 cm.
ou 40 cm.)

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE PARA MEDIDAS DE DNP. DE
PROGRESSIVOS

Nas medidas de DNP dos progressivos, importante é
preservarmos a visão de perto e intermediária, fazendo com
que aqueles usuários que teem insuficiência (ou suficiência)
de convergência, olhem fora do centro geométrico do
corredor de perto (opticamente puro) destas lentes
progressivas. Esta insuficiências, ou rostos muito grandes,
não se  deve  medir a DNP de longe e deixar que a de perto
seja prejudicada. Na verdade a maioria dos usuários não tem
insuficiências nem rostos grandes, mas é melhor adotar este
novo método para todos os casos, porque o consultor nem
sempre sabe dos problemas de convergência dos clientes.

Regra: Nas medidas de progressivos deve­se primeiramente

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16/05/2015 126 Dicas do Ney Dias ­ Ney Dias ­ Óptica Oftálmica

medir a DNP. de perto e em seguida acrescentar 2,5 mm. por
cada olho, e anotar na ordem de serviço, esta nova DNP de
longe, que será enviada ao montador exclusivamente a DNP
de longe (aumentada) porque é nesta medida que aquele
profissional se baseia para fazer as montagens das lentes.

78 ­ Espessuras das Lentes:  O vendedor dos óculos deve
saber, que as espessuras centrais das lentes graduadas, tem
uma padronização. Ao receber as lentes dos laboratórios,
deve­se inspecioná­las para verificar se há algo errado.
Assim sendo, uma espessura central de lentes negativas de
alto índice ( e lite ), não pode ultrapassar a 1,3 mm , sendo o
mínimo até 0,7 mm. O mesmo deve ser verificado nas lentes
para miopia de resina, que não devem ultrapassar a 2,0 mm,
assim mesmo aquelas feitas em laboratório. O uso do
espessímetro é indispensável para que não se venda lentes
grossas indevidamente.

79 ­ Laminando as Lentes Positivas:  Ao fazer os pedidos
de lentes altamente positivas, o vendedor deve especificar o
diâmetro adequado para que , após a montagem, não fique
grossa, pesada e de má aparência. Especialmente quando a
montagem será feita em outro local, compete a quem faz o
pedido ao laboratório, mandar laminar e reduzir o diâmetro,
para que as bordas fiquem com boa espessura. Por exemplo:
AO. esf. +5,00, armação 52x20 e D.P. 65 mm. O vendedor
deve pedir as lentes mandando laminar para diâmetro 61
mm. ( use o cálculo ensinado mais acima ) e não no diâmetro
original do bloco. Com este procedimento ficará assegurada a
menor espessura possível para os óculos.

80 ­ Projetista dos Óculos:  O vendedor é um verdadeiro
projetista dos óculos. A ele caberá a responsabilidade pela
concepção dos óculos, uma vez que o cliente pouco entende
do assunto, e só faz exigências generalizadas ligadas a sua
aparência. Se o vendedor não obstar certas intenções, será
responsável pela construção de verdadeiros “mostrengos”,
grossos e pesados, que podem ser encontrados nos rostos de
alguns clientes.

O caso das lentes altamente positivas é um deles. As
espessuras centrais são outros exemplos. O tamanho da
armação deve ser policiado pelo vendedor, e a combinação
do tipo da lente, devem ser combinados de modo que as
lentes não fiquem excessivamente grossas nos bordos.

Já para casos de alta miopia, o vendedor tem os seguintes
recursos:

a) Mandar fazê ­ las em alto índice

b) Não usar modelos de armações com aros grandes

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c) Não escolher modelos que precisem de uma grande
descentração do centro ótico, fazendo as bordas temporais
engrossarem.

d) Nos casos incontornáveis, de cliente com alta miopia e
rosto grande, quando não se pode diminuir o tamanho do aro,
ainda há o recurso de se fazer as lentes:

Em alto índice ( 1,800 ou 1,900 ) ou em Visodrop M, que é
uma espécie de lenticular disfarçado.

e) Fiscalizar o lado que o laboratório fará a curva cilíndrica,
para evitar que a armação seja deformada na montagem, e
fique com má aparência.

Nas lentes positivas, até mesmo nos casos de progressivos,
os cuidados com aparência, o peso e o volume dos óculos,
são fundamentais. Nesses casos a laminação dos bordos deve
ser procedida como nos exemplos citados nos itens
anteriores.

f) Ainda poderemos, nos casos de alta miopia com clientes de
rosto grande, usar as armações de talão curvado e
prolongado, que será analisado em outro tópico.

81 ­ Cuidados com as D.P.s dos Afácicos:  Os clientes
operados de catarata, à moda antiga, estão diminuindo dia a
dia. Com o advento dos implantes intra­oculares, os clientes
que usam óculos, feitos com lentes altamente positivas,
diminui a cada dia. De todo modo devemos conhecer certas
particularidades com respeito a D.P. desses clientes que
usam óculos antigos.

a) Para novos óculos não se limite a tomar a D.P. e fazer os
óculos baseados na D.P. tomada.

b) Verifique a D.P. dos óculos antigos (em que o cliente está
acostumado) e naturalmente que o cliente esteja já adaptado
com um possível erro na D.P..

c) Preferentemente siga a D.P. dos óculos antigos e desconfie
da sua D.P. tomada. Algumas vezes pode­se cometer erros
nas medidas das D.P.s. É muito comum, só que na maioria
dos óculos o cliente não sente dificuldade. Quando o grau é
forte, o problema surge porque o efeito prismático provocado
pela diferença na D.P. é bem maior e pode até provocar
diplopia (visão dupla). O mesmo fenômeno pode ocorrer
também, em lentes negativas.

O nivelamento dos dois centros ópticos é importante também
e o desnivelamento deles também poderá produzir diplopia,
(visão dupla). Não deve produzir prismas superiores a  0,50

82 ­ Curvas para Lentes Corretivas da Afacia á moda

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antiga:  O princípio das curvas corrigidas, nas correções da
afacia, é muito discutido. Em algumas vezes não deve ser
obedecido, especialmente quando o cliente, apesar de idoso,
dá especial atenção a aparência dos óculos. Estes clientes
não gostam de lentes excessivamente protuberantes.
Lembre­se que a escolha das curvas não tem a ver com a
asfericidade dessas lentes, denominadas asféricas. Assim
sendo, o vendedor deverá orientar a escolha do bloco de
resina orgânica, para que tenha uma curva base mais baixa
possível. Até mesmo, quando a armação permite, lentes bi­
convexas (porém com a curva cx. bem mais acentuada),
poderão ser usadas. Nesse caso a curva externa será
acentuadamente reduzida, e a aparência protuberante dos
óculos será reduzida.

83 ­ Lentes Asféricas:  As lentes asféricas são lentes cuja
curva base é moldada com curvas asféricas, que tem a
propriedade de reduzir o astigmatismo marginal e a
aberração esférica, comum nas lentes de superfície esférica
regulares. Quando a lente é confiável, o ângulo de visão
nítida do cliente, é substancialmente aumentado, quase que
dobrando o campo de visão útil (sem astigmatismos
indesejados) do usuário.

A venda de lentes esféricas regulares pode ser afetada no
futuro e sobrepujadas pelas asféricas. Essas lentes esféricas
proporcionam uma visão de “túnel” e com pouco ângulo de
utilização especialmente quando estão na faixa de +10,,00
até +20,00 diop.                            

84 –Cirurgia da catarata:  As modernas cirurgias da
catarata, que já sabemos ser a opacificação do cristalino,
tem alcançado um extraordinário avanço no conforto. estética
e correção visual. Especialmente se comparadas com as
cirurgias a moda antiga em que resultavam em altas
dioptrias positivas, fazendo com que os óculos ficassem com
uma péssima aparência. Hoje em dia é comum se fazer
cirurgias resultando em dioptrias praticamente zeradas para
longe. Até mesmo estas cirurgias estão sendo feitas com
lentes bifocais que evidentemente corrigem a visão para
longe e perto. De outro modo já alguns cirurgiões estão
aplicando a técnica da mono visão que se constitui em
corrigir o olho dominante para longe e o dominado para
perto. A oftalmologia merece todo o respeito  especialmente
quando se trata de cirurgias corretivas.

85 ­ Espessuras dos Bordos das Lentes Vendidas:   Um
bom cpnsultor óptico deve saber informar ao cliente míope ou
astigmata, (de poder médio ou alto) a espessura que terão as
lentes nos bordos.  A informação de “ficarão grossas” ou “não
ficarão muito grossas”, não é satisfatória. Para informar com
precisão, use as seguintes regras:

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a) Projete as curvas que a lente terá, em função da dioptria.

b) Verifique em tabela específica, as flechas correspondentes
às duas curvas convexas e côncavas. Baseando­se na
espessura central (padrão), calcule a espessura que a lente
terá nos bordos (de acordo com ensinamentos em outra parte
deste trabalho).

c) Para seleção do diâmetro da lente lapidada, acrescente a
descentração de cada olho, para em seguida observar as
flechas na tabela.

A informação dessa espessura é trabalhosa, mas a confiança
do cliente nesse vendedor competente, certamente irá
aumentar. Para não fazer muitos cálculos organize as
tabelas.(em outra parte).

86 ­ Trifocais:  Esse tipo de lente é mais útil que os
progressivos nos aspectos de tamanho de campo de visão,
especialmente no campo de visão intermediária. É bem
maior. Enquanto a venda dessas lentes nos EE.UU. é bem
grande, no Brasil é completamente inexpressiva. O lado
negativo dessas lentes é o da aparência, e da ligeira
dificuldade a mais para adaptação inicial. Para um piloto de
avião ( por exemplo ) apresenta facilidade de visualização
rápida e precisa de vários mostradores ao mesmo tempo,
enquanto que com os progressivos só é visto um mostrador
de cada vez, e assim mesmo com dificuldade de localização.
Também nas arremetidas ou nas aterrissagens, a visão
lateral não é distorcida como nos progressivos, o que facilita
ao piloto a visualização dos limites da pista, nas laterais.

Outras funções técnicas, assim como, a do desenhista, que
(na prancheta) vê linhas retas como curvas, com o uso dos
progressivos, já com os trifocais, não tem esse problema tão
acentuado.

87 ­ Progressivos: Não só no Brasil como no resto do
mundo, esse tipo de lente tem alcançado um sucesso
extraordinário. Sua principal vantagem é de ordem estética,
muito embora os homens especialmente, não gostem de
admiti­lo. Muitas concessões foram feitas nos aspectos
ópticos propriamente. O lado negativo dos progressivos é a
largura do seu campo (opticamente puro) do corredor
intermediário que tem, em média 3 mm de largura, o que
proporciona uma visão nítida a 35 cm de mais ou menos 5
cm (50 mm) e isto apenas em alguns tipos de lentes. Outro
ponto que dificulta é o das linhas retas horizontais
aparecerem (inicialmente) como se fossem curvas e algumas
interferências de aberrações no campo nasal de longe.
Constatamos que todas essas dificuldades estão sendo
superadas especialmente em algumas marcas. Incrível como
o modismo tem força, além dos aspectos de aparência.

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88 ­ Lentes Mono focais Pré­Descentradas :  As lentes
pré­descentradas são uma qualidade a mais, que tem como
objetivo, possibilitar a montagem de lentes prontas em
armações com D.P. correta, com lente de diâmetro menor.
São encontradas no mercado nos tipos esféricos, e nem todos
os fabricantes as fazem com esta qualidade especial.

89 ­ Lentes Foscas Oclusoras:  Lente fosca é usada para
ocluir a visão de um dos olhos com finalidade de cura de
certas deficiências visuais, assim como, estrabismo ou casos
de afacia monocular (em um só olho). Nos estrabismos, os
especialistas costumam indicar oclusores para obstruírem a
visão em um dos olhos e provocarem o uso, pelo estímulo,
do outro olho atrofiado. O oclusor das crianças, em
tratamento, é colado nas partes externas do olho e trocado
periodicamente.  Já as lentes foscas são usadas por operados
de catarata, (a moda antiga) em um dos olhos, para que a
visão do olho operado, não seja atrapalhada pela do outro.

90 ­ Lente Fresnell:  É uma lente feita de uma lâmina
plástica, paralela, com cerca de 1mm de espessura, porém
com altas graduações prismáticas ou esféricas. Sua
construção é de minúsculos prismas em forma e aparência de
linhas concêntricas ou listras retas. As concêntricas tem
poder dióptrico esf. e podem ser positivas ou negativas, já as
de listras, têm poder prismático.  Em cada uma dessas
listras, há um diminuto prisma de alto valor, que reunidos,
formam uma só lente. Essa lente é colada na lente de cristal
(graduada ou não) e se propõe a correções de estrabismos.
Muito bem “bolada”, porém de resultados deficiente pelos
aspectos de praticidade. Além de reduzirem a acuidade
visual, pela pouca transparência, descolam­se após algum
uso, exigindo constantes trocas.

91 ­ Lente Bifocal e indicações: Como o nome indica,
serve para correção da visão de longe e perto, possuindo dois
campos focais numa só lente. Existem vários tipos de lentes
bifocais, cada uma para uso específico de cada graduação.
Por exemplo, quando a adição é menor que o poder positivo
de longe e todas as dioptrias negativas, a indicação é para o
tipo ‘topo reto’. Já quando a adição é menor que a dioptria
positiva de longe a indicação é para o Ultex (película meia
lua). Quando a adição é aproximadamente igual ao poder
positivo de longe a indicação é para o tipo kryptok (película
redonda)

92 ­ Lente Monofocais ou Visão Simples:   São as lentes
com um único campo visual, usadas na grande maioria dos
óculos. Podem ter inúmeras graduações esféricas, cilíndricas,
prismáticas ou com as duas ou três combinações.

93 ­ Óculos Solares:  A venda de óculos solares deveria ser
feita somente pelas casas de ótica. Infelizmente vemos
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camelôs, postos de gasolina, butiques, enfim pessoas não
habilitadas fazendo essas vendas, o que contribui com a
proliferação de venda de óculos de baixa qualidade. A casa
de ótica, além de conhecer e selecionar a qualidade do
produto, faz a adaptação anatômica dos óculos e corrige as
imperfeições. A cor de lente desses óculos que melhor traduz
a fidelidade das cores é o cinza (G15). Essas lentes devem
ter suas superfícies trabalhadas ou moldadas, sem
imperfeições que provoquem ao usuário desconfortos.
Também não devem ter resíduos prismáticos que provocam
“dor de cabeça” ao cliente, salvo as de curva 9,00, estas sim,
teem poder prismático para compensar o prisma causado
pela inclinação horizontal das mesmas.

94 ­ Lentes Polarizadas:  São usadas nos óculos solares e
geralmente são importadas por não existir fabricação
nacional. São de excelente qualidade, pois eliminam os
reflexos, assim como, nos pára­brisas de automóveis, nas
superfícies brilhantes e proporcionam uma verdadeira visão
confortável, além de reduzir o excesso de claridade, pois são
escuras.

95 ­ Lentes de Proteção Ultra Violeta: As radiações
violeta, quando emitidas em grande quantidade e
consecutivamente, podem ser nocivas ao olho, precipitando o
surgimento de uma catarata precoce ou danos as superfícies
da córnea. Essa teoria pode até mesmo ser discutida e é
controvertida. De todo modo surgiram lentes solares com
propriedades absortivas dessas radiações, e são rotuladas
como proteção contra ultravioleta. Muitos tipos de lentes têm
essas propriedades e ninguém sabe disso. De todo modo,
convém ao vendedor conhecer alguns fundamentos acerca do
assunto.

96 ­ Tele lupas: Existem poucos especialistas na venda das
Tele lupas. Esses óculos são uma espécie de binóculos que
têm a propriedade de aumentarem o tamanho dos objetos,
com a finalidade de permitir a melhoria da visão dos
portadores de baixa acuidade visual. Cada um dos olhos do
cliente, tem uma espécie de luneta de Galileu, que aumenta o
tamanho dos objetos, proporcionando uma melhora da
acuidade visual em aproximadamente 20%. Isso para quem
tem uma acuidade de 10% é muito importante, pois melhorá­
la para 30% é de acentuado benefício para quem perdeu a
visão central, através da fóvea/mácula. Esta melhora é
obtida em poucos casos.

O campo de visão, através da tele lupa é limitadíssimo,
Digamos que alcança o tamanho de uma tela de Tv, situada a
três metros de distância. Em compensação o aumento do
tamanho das imagens é suficiente para melhorar a acuidade
visual em cerca de 20%. A tele lupa absolutamente não faz

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16/05/2015 126 Dicas do Ney Dias ­ Ney Dias ­ Óptica Oftálmica

milagres com quem perdeu a visão foveal, em todo caso
melhora pouco, mas melhora.

97 ­ Equilíbrio Vertical: É o nome dado para avaliar os
prismas ou efeitos prismáticos entre as duas lentes dos
óculos, no plano vertical. Esse equilíbrio pode ser avaliado da
seguinte maneira:

a) Meça o grau do olho direito no lentômetro, centralizando a
lente no ponto equivalente ao centro ótico, no centro do
retículo do aparelho, com os óculos apoiados na mesa do
lentômetro.

b) Sem mover a posição inicial da mesa, verifique, no outro
olho, a mira do lentômetro e observe em que círculo
correspondente ao prisma, o centro da mira se posiciona no
plano vertical (centrando­o na horizontal).

c) No círculo correspondente ao centro da mira, estará
determinado o prisma vertical havido entre os dois olhos, que
quando grande provocam desconforto ao cliente.

Esse prisma vertical, que geralmente é casual e não
provocado, é feito por montadores não bem preparados, que
se descuidam do nivelamento dos dois centros ópticos e
cuidam apenas da D.P. É um grande erro desses
profissionais. Como os oftalmologistas pouco entendem disso,
o pobre do cliente acaba tendo que se acostumar com o
prisma não programado. Inicialmente o cliente queixa­se que
está tendo uma dificuldade na fusão das duas imagens dos
olhos, numa só. Queixa­se que vê nítido, mas embaralhado.
Mas o cliente não usa essa expressão e queixa­se de
embaralhamento visual, apenas. Geralmente o técnico e o
médico informam ao pobre do cliente, que se trata de
desconforto inicial e com o tempo acabará se acostumando.
Na verdade o cliente vê nitidamente com cada um dos olhos
isoladamente, mas acabará se acostumando. É uma questão
de falta de competência dos técnicos e dos oftalmologistas,
não tenham dúvidas.

98 ­ Ceratocone:  O vendedor da óptica deve estar bem
preparado. Na verdade os casos de ceratocone são raros,
mas isso não justifica o desconhecimento dessa anomalia da
visão. Essa deficiência da visão é causada pela forma cônica
da córnea. A correção com óculos é similar a uma alta
miopia, mas a melhora total da visão só pode ser obtida com
o uso de lentes de contato rígidas. Fazendo­se o teste com a
estenopéia, a visão melhora, mas lentes de óculos não
permitem uma correção satisfatória. A melhor visão somente
é obtida com lentes de contato rígida, que somente poderá
ser adaptada por um bom técnico contatólogo.

99 ­ Causas de “Dor de Cabeça” por quem usa Óculos

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Solares:  É muito comum o surgimento de “dores de cabeça”
pelos usuários de óculos solares. A principal causa é a
formação de pequenos prismas, provenientes das inclinações
das lentes “plano” ou de pequenos prismas de fabricação das
lentes, dispostos de modo errado. Alguns óculos solares têm
suas lentes com uma pequena inclinação, no sentido
horizontal, ficando as bordas temporais mais próximas dos
olhos, do que as bordas nasais. A causa é a alta curvatura
das lentes que as aproximam mais do lado temporal do que o
lado nasal. Isso gera um pequeno prisma, pela inclinação da
lente, que deve ser compensado. Isto obriga os olhos a
tomarem uma D.P. maior do que incomoda sobremaneira o
cliente. Os olhos estão acostumados a convergir, quando
olhamos para perto e esse exercício nada incomoda, mas ao
contrário, quando divergem, torna­se incomodo. De outro
modo os fabricantes de óculos solares e os próprios
montadores, desconhecem que os pequenos prismas residuais
das lentes plano devem ser dispostos racionalmente e
horizontalmente, com base nasal. Exceção é feita para os
óculos de curva 9,00 que (alguns deles) tem compensação
prismática para evitar a chamada “dor de cabeça” , comum
quando as lentes não tem prismas direcionados.

Em 1997, o IMETRO de São Paulo, cometeu uma enorme
gafe, quando pela imprensa informou , de modo
sensacionalista, que as lentes solares da  B&L. tinham “0,50
graus” de erro. Primeiramente usou a expressão “grau” como
unidade dióptrica, ao invés de “dioptria prismática“ que esta
sim, é a correta.  Foi uma tremenda mancada. Coitado do
IMETRO, nada sabe de óptica. Mal sabiam eles que aqueles
prismas eram feitos cientificamente para compensar a
inclinação da lente.

100 ­ A posição  dos Prismas Residuais nos Óculos
Solares:  As vezes encontramos um prisma de 0,12 diop. nas
lentes plano para óculos solares. Esses pequenos prismas,
que chamamos residuais, devem ser montados com as bases
no sentido nasal. Caso os montemos com base superior e
outra inferior, logo surgirá o que o leigo chama “dor de
cabeça” que nada mais é, do que uma posição inusitada dos
globos oculares um para cima e outro olho para baixo. O
incômodo é causado pelo posicionamento anormal dos
músculos extrínsecos (retos e oblíquos). Cobrem dos seus
fabricantes de óculos solares, uma melhor técnica na
confecção dos óculos solares, e quando depender de sua casa
ótica faça as montagens com as bases dos prismas no sentido
nasal. Um lentômetro bem regulado é importante para
marcação da linha horizontal de montagem e das bases dos
prismas.

101 ­ Lentes Iso­Cromáticas: Como o nome indica, lente
iso ­ cromática, é toda aquela que tem sua coloração igual

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em toda sua extensão. Toda lente de resina colorida
(totalmente) é ISO­cromática. Já uma lente de alta miopia,
feita de cristal ótico, não é ISO ­ cromática devido à sua
menor espessura central, confrontada com a espessura
periférica fica mais clara.

102 ­ Armações Recomendadas para Progressivos:
Antes de se efetuar a venda de óculos progressivos, deve­se
dar especial atenção a dois pontos:

a) A altura mínima entre a posição da cruz de centralização e
a borda interna inferior da armação deve ser de 22 mm. para
os progressivos comuns. Caso se use uma altura menor, o
campo de progressão da lente será truncado e a visão de
perto será prejudicada. Já para os progressivos de corredor
curto (14mm.) a limitação da altura a medir dependerá do
tipo, mas não poderá ser inferior a 14mm.

b) Quanto mais próximos dos olhos as lentes ficarem, maior
será o campo útil de visão, especialmente para distâncias
intermediárias e para perto. Daí, ser importante a escolha de
armação com uma inclinação maior do que o normal.
Armações cuja distância vértice seja grande, não são
recomendadas para essas lentes.

103 ­ Propriedades das Lentes Coloridas: O consultor
óptico deve saber que as diversas lentes coloridas, usadas
nos óculos solares, tem propriedades distintas. As lentes
escuras desses óculos não servem somente para absorver a
intensidade da luz solar. Cada cor tem uma propriedade,
variando a absorção das cores do aspecto solar de acordo
com as necessidades do usuário. Por exemplo:

Rosa: A transmissibilidade se assemelha ao vidro comum
branco. As radiações ultravioleta e infravermelho não são
absorvidas, mas como não são visíveis ao olho, não alteram
a cor natural dos objetos.

Verde:  Não deixa passar nenhuma luz ultravioleta e a
infravermelha passa muito pouco. Sua a alta
transmissibilidade está no amarelo ­ esverdeado do aspecto
visível, correspondendo a curva de visibilidade do olho
humano. É recomendado para proteção contra o ultravioleta e
o infravermelho. Está disponível em três tonalidades.

Cinza: Basicamente é a que menos modifica a cor dos
objetos, especialmente a G­15, exclusiva de uma firma de
óculos solares. Sua transmissão, embora ligeiramente mais
alta no ultravioleta, não modifica a absorção quase que por
igual do aspecto visível ao olho.

Amarela:  Absorvem totalmente o ultravioleta, em
compensação deixam passar todo o infravermelho. Modifica

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ligeiramente a cor dos objetos devido a alta absorção das
cores azul e violeta.

Azul: Deixa passar uma alta quantidade das cores azul e
violeta. Por outro lado deixa passar ultravioleta e
infravermelho. As cores dos objetos são bem modificadas daí
sua impopularidade nas vendas. As cores, verde, azul e
violeta são vistas, mais próximas do natural.

Marrom:  Deixa passar grande porção da luz laranja ­
amarelo, do aspecto visível, assim como, do infravermelho.
Mesmo tendo o vermelho, laranja e amarelo
predominantemente afetados e modificando de algum modo
as cores dos objetos, é recomendado para esportistas e
outras ocupações ao ar livre.

104 ­ Fotocromáticas Cinza: Filtra  quase a totalidade das
radiações ultravioleta. Quando não ativado pela luz solar, sua
curva de transmissibilidade é quase igual, porém filtra
apenas 20% dos diversos comprimentos de onda do espectro
visível. Nos comprimentos de onde próximos de 600
nanômetros, filtra cerca de 50% da luz, quando ativado.

105 ­ Espectro Visível: Cada cor de luz tem uma velocidade
que poderá ser medida em nanômetros ou milimicrons. A
maior parte delas é visível ao olho humano, tais como:

Do espectro visível ao olho humano:

Vermelho: 750 nanômetros  (milimicrons)

Laranja: 670 nanômetros  (milimicrons)

Amarelo: 580 nanômetros  (milimicrons)

Verde: 500 nanômetros  (milimicrons)

Azul: 450 nanômetros  (milimicrons)

Violeta: 400 nanômetros  (milimicrons)

Das  não visíveis ao Olho Humano:

Infravermelho: Varia de 2,000 a 4,000 milimicrons ( calor )

Ultravioleta: Varia próximo de 300 milimicrons.

As radiações ultravioleta, quando intensas e contínuas,
poderão causar danos à córnea e ao cristalino, assim como o
surgimento de cataratas. Em experiências trabalhosas
efetuadas na Austrália, constatou­se que nos moradores das
regiões em que as radiações de ultravioleta eram maiores,
havia uma predominância (ligeira) de portadores de catarata.

106 ­ Outros Aspectos sobre a Venda de Progressivos:
 No tempo em que os bifocais eram a única alternativa para

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um presbita, com a visão de longe precisando de correção, os
problemas de inadaptação eram comuns. Hoje em dia, com o
advento das lentes progressivas, os problemas de
inadaptações são maiores do que antes. Isto porque as lentes
não são tão opticamente perfeitas como são as bifocais.
Como já fizemos referência anteriormente, os aspectos
negativos só devem ser demonstrados, após a concretização
da venda, sem que esse ato se torne indigno ou mentiroso. A
sinceridade do vendedor não deve omitir as dificuldades de
adaptação inicial. Devido a falta destes esclarecimentos, o
número de usuários que compram as lentes progressivas e
desiste delasm, é muito grande. Talvez maior do que no
tempo dos bifocais. Temos certeza que a principal causa
dessas desistências é a falta de esclarecimento sobre o modo
como o cliente vencerá as dificuldades iniciais. Aos novos
consultores de óptica devemos ensinar o quanto é importante
essa preparação. A pressa do faturamento e da venda, fazem
com que o vendedor não previna o cliente das dificuldades
que serão encontradas. Há uma grande diferença entre deixar
o cliente descobrir as dificuldades e o cliente já prevenido
contra elas.

107 – Algumas decepções quando o Cliente
Experimenta Progressivos:  A mais comuns de todas é
quando o cliente experimenta os óculos e constata que só vê
nitidamente para perto, quando levanta os óculos, acima da
sua posição normal. Isto é um indício que a altura medoda foi
demasiadamente baixa ou que o montador não seguiu a
altura tomada. Quando isso ocorre, para não perder a venda
ou ter um grande prejuízo, o vendedor poderá tentar recursos
que não são muito bons, mas poderão, em alguns casos,
resolver o problema. Se a plaqueta é de bracinhos, um ajuste
poderá ser tentado para subir a posição das lentes. Nas
armações de acetato o problema é mais difícil, mas alguns
tentam aquecer a armação e fechá­la na ponte, fazendo que
suba a posição das lentes. Os cuidados para não deformar o
modelo da armação terão que ser grandes, e somente um
montador ou profissional muito experimentado, poderão
tentar esse trabalho. Tudo isso devido à imperfeição na
medida ou montagem da altura.

108 ­ O Desapontamento quanto a Visão Lateral de
perto:  Sabendo­se que 20% dos clientes são
excessivamente rigorosos (ou chatos) devemos ter especial
tratamento com eles. Muitos destes demonstram
desapontamento ao usar pela primeira vez os progressivos,
quando ele constata que o campo de visão nítida para perto é
pequeno e se queixa que as letras laterais da leitura de livros
ficam fora de foco. Igualmente é a constatação de que não
tem visão nítida quando dão marcha nos automóveis. Tudo
isso poderá ser evitado com certa habilidade, desde que o
vendedor “prepare” o cliente convenientemente. Se o cliente
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descobre estas dificuldades por si mesmo, costuma
desconfiar do consultor e do médico, e aí a coisa fica muito
mais difícil de ser contornada. Um cliente já prevenido tem
uma maior facilidade de superar os problemas de adaptação
iniciais.

109 ­ A Procura de Visão para as diversas distâncias:
Outro ponto que o cliente deve ser prevenido é quanto ao
treinamento para descobrir nitidez para as diversas
distâncias, com leves movimentos de cabeça, no sentido
vertical. Tudo isso deve ser esclarecido ao cliente, de modo
inteligente e prático, deixando­o convencido que com alguns
dias estará totalmente adaptado e apto a vencer os
problemas de adaptação inicial.

110 ­ A Distorção das linhas Retas: Dentre as informações
que devemos dar aos novos usuários de lentes progressivas,
além das acima mencionadas, indicaríamos o das linhas retas
(horizontais), pela visão intermediária que inicialmente
aparecem curvadas, incomodando sobremaneira o cliente.
Realmente o cliente acaba se acostumando a essas
deformações, mas preveni­lo sobre elas, é uma verdadeira
arte e não podemos deixar de prevenir os novos usuários,
sobre o modo como superá­las.

111 ­ Os Erros de D.P. ou D.N.P.:  Esses erros fazem com
que o cliente (quando olha para perto ou intermediária ) veja
através de zonas com aberrações astigmáticas. O canal de
visão progressivo dessas lentes é muito estreito (cerca de
3mm.), daí a necessidade de precisão nas medidas de D.N.P.
Muitas vezes o cliente acaba vencendo os problemas de
adaptação (com óculos de D.N.P. errada) e passa a usá­los
como se fossem bifocais, visto que devido ao erro, a visão no
campo intermediário passa a ser fora de foco e deixa de ser
usada. Como o campo de perto é mais largo, comporta um
pequeno erro, mas um problema que poderia ser evitado com
uma melhor precisão nas medidas e na montagem.

Lentes Regressivas: São destinadas a quem trabalha em
computadores ou funções que exijam visão nítida para
distâncias de 35/40 cm. (perto) e distâncias intermediárias (1
a 2 metros). Elas partem da dioptria de perto e vão reduzindo
o poder até chegarem ao poder necessário a visão
intermediária, daí a designação de ‘regressivas’. Existem
alguns tipos que privilegiam a visão intermediária de 4/5
metros, mas são poucas. O consultor óptico dever prevenir
bem aos clientes que estas lentes quando usadas
inadvertidamente para visão distantes (6m. ou infinito) são
um convite ao crescimento prematuro da presbiopia

112 ­ Psicologia das Vendas:  A comunicação é o meio pelo
qual o vendedor da óptica chega ao seu objetivo principal.
Para isso é necessário que se estabeleça um contato
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psicológico entre o emissor e o receptor da comunicação, que
resultará a resposta da comunicação feita ou realimentará a
comunicação. Canal é o meio pelo qual a mensagem é
codificada, entre os dois. Mensagem é o conteúdo da
comunicação mútua.

113 ­ Tipos de Comunicação: A comunicação verbal é a
mais utilizada nas vendas. A comunicação não verbal pode
ser utilizada sem usar as palavras. Mímica, o olhar, a
postura. Por exemplo, uma pessoa que se diz calma e rói as
unhas, em determinado momento, se trai. A comunicação a
dois pode ser pessoal ou vertical. A pessoal é como na
amizade, na fraternidade. A vertical é na relação.

114 ­ Barreiras à Comunicação: A comunicação poderá ser
distorcida caso alguns fatores influam negativamente.
Citamos: ruído, bloqueio, inibição, frustração, competição,
opiniões e atitudes do receptor e a apresentação confusa.

115 ­ Personalidade do vendedor: Personalidade é o
elemento estável da conduta de uma pessoa; sua maneira
habitual de ser; aquilo que a distingue da outra; o que
determina a individualidade de um pessoa.

116 ­ Qualidade do Vendedor: Já que personalidade é um
conjunto de qualidades que diferencia as pessoas, vamos
enumerá­las. Desde que favoráveis, exercem influências
positiva:

Nome, aparência física, modos gestos e atitudes, saúde e
higiene, trajes, memória, voz, atitude psicológica construtiva,
caráter construtivo, habilidade profissional, conhecimento do
ramo.

117 ­ As Qualidades Pessoais do vendedor:  Os traços de
personalidade que marcam um bom vendedor são:
Sinceridade, bom humor, cooperação, fé, ambição, boa
vontade, paciência, honestidade, estabilidade emocional,
persistência, iniciativa, coragem, argúcia e tato.

118 ­ Motivos de Atração dos Clientes:
 Independentemente dos fatores pessoais, enumeraremos
motivos que exercem atração aos clientes: preço, prestígio
da ótica, aparência ­ modos e atitudes do vendedor, limpeza,
iluminação, decoração, arrumação, vitrines e anúncio.

119 ­ As Forças de Vendas:  Alguns recursos podem ser
empregados para estimular o desejo de compras pelos
clientes: A primeira delas é a vantagem, qualidade, prestígio,
segurança, explicação e serviços gratuitos. Poderão ser
enumerados pontos negativos, assim como a má qualidade e
prejuízo.

120 ­ Técnicas de Vendas: A recepção ao cliente deve ser
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16/05/2015 126 Dicas do Ney Dias ­ Ney Dias ­ Óptica Oftálmica

cercada de atenção sorrisos e boa vontade. Ao se dirigir ao
cliente, um cumprimento atencioso e simpático com a
fisionomia alegre e acompanhada de um sorriso, são
fundamentais. Não se devem empregar cumprimentos chulos
e vulgares, assim como expressões de mau gosto. Após o
cliente tomar conhecimento da mercadoria, a abordagem
deverá ser procedida com um cumprimento cordial. Não se
deve abordar o cliente:

a) quando ainda não tomou conhecimento da mercadoria

b) quando o mesmo ainda se encontra na porta da loja

c) usando de meios espalhafatosos

121 ­ Descobrindo o Real interesse do Cliente: Após a
abordagem, deve o vendedor descobrir o interesse por
determinada mercadoria. A descoberta deve ser
acompanhada de:

a) não expor mercadorias em excesso

b) ganhar tempo para atender mais clientes

c) evitar manuseio excessivo de armações, para não
depreciá­las

d) cliente atendido com rapidez e presteza, fica mais
satisfeito

e) nunca apresentar armações para que o cliente fique
confuso

f) apresentar armações: uma de preço médio, outra de preço
alto e outra de preço baixo. Observar a tendência e
desenvolver a negociação. Nunca perguntar: Para que preço?

122 ­ Motivação Inicial: A motivação inicial tem por
objetivos despertar o interesse para determinada armação.
As forças de venda que poderemos utilizar são:

a) como apresentar a mercadoria

b) demonstrar as características e vantagens principais

c) estímulo e avaliação do interesse

123 ­ O Fechamento da Venda: O fechamento da venda é
importante e muitas vezes, poderá tornar­se difícil para um
vendedor pouco experiente. Após a demonstração de
interesse pelos óculos, perguntas chaves ajudarão:

a) Gostaria de pagar à vista ou a crédito?

b) Posso tirar o pedido?

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c) A senhora gostou desta armação, e vai ficar com ela?

d) Para quando o senhor precisa dos óculos?

Essas perguntas provocam a decisão por parte do cliente, e
outras mais poderão se criadas.

124 ­ Conquista da Atenção ao Cliente:  Conquistar o
cliente demonstrando real interesse pela sua correção visual,
pelo tipo de armação que melhor combina, aconselhando­o
com efetiva capacidade, apresentando as armações de forma
atraente, apresentando as vantagens que a armação oferece,
vantagens e serviços gratuitos, sempre ajudam.

125 ­ Venda Adicional: Após a concretização da venda
principal, vendas adicionais poderão ser efetuadas, assim
como:

a) A Srta. necessitará de óculos solares para uso sobre as
lentes de contato?

b) Permita­me que lhe mostre a nova câmera recém
recebida? É toda automática...

c) O Senhor dispõe de tempo para que lhe mostre um novo
modelo de óculos, somente para perto?

d) Já conhece o novo modelo de armação que poderá ser
usado somente para ver TV na cama?

e) Ou mesmo, gostaria de levar esse novo modelo de
correntinha ou ainda: Gostaria de levar esse limpador de
óculos à base de silicone?

126 ­ Despedida do Cliente:  O despedir­se do cliente, é a
última etapa da venda. O objetivo principal será de fazer com
que o cliente volte sempre à nossa ótica e fique bem
impressionado com aquele vendedor que marcou sua
presença, pela personalidade. O agradecimento pela
preferência à pessoa do vendedor será complementada pelo
oferecimento do cartão de visitas, com o nome do vendedor.
Expressões de agradecimento sincero devem ser usadas, e a
referência que teve grande prazer em atendê­lo. Não
devemos estender a mão ao cliente e sim aguardar seu gesto
e cumprimentá­lo sem exageros.

Obs.(da 112 a 120, extraídas de publicação do SENAC­RJ)

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