Escritora

Lia Britto
de
de
 Fábulas de Lia

O Forno
Cansei muitas e muitas Larguei-me, lá para trás,
vezes de mim! em tantos momentos
Joguei-me fora. que esqueci, quanto tempo faz!
Como algo que já Saía de mim, me deixava na mão, Aprendi, a dar a mão Com amor tenho
passou do tempo sempre que algo não acontecia, a mim mesma! energia, alegria!
da inutilidade. como era esperado. Abraço-me forte Parcerias para esta
A minha menina, toda vez que sinto e outras vidas.
carrego por onde eu for. meus atos no bem, Não me deixo
Sem ela, não tem amor sincero, serem praticados. para trás...
encontros felizes e visitas
Nunca mais!
que nos engrandecem.
Carrego experiências,
O que fiz foi me amar mais!
que a ninguém cabe
Por amor não me perdi, não fugi,
à sentença, do julgar.
não deixei no esquecimento os
momentos em que um dia eu fui feliz.

Estamos crus, Como massa de pão. No forno da vida aos poucos,

enquanto seres Estamos distantes do nos aquecemos, aprendendo o
espirituais. tão sonhado amor! para irmos, AMAR!

RRAAI ZI Z DDEE VVAASSOO GGRRAANNDDEE


Pulei de telhado em telhado,
da mansão ao sobradinho.
Estiquei minhas pernas da esperança,
Podia pular todos os dias,
Eu sabia que te encontraria.
Pulei da quadra ao circo,
Já sentia como te queria!
RAIZ
R ADI E
Z V
DAE SVOA S
GOR AGNRDAEN D E
Fábulas de Lia
Pulei
Com o vento ao meu favor,
Não vi distância,
No sentimento de criança,
Onde sonhar é poder!
Pulei como uma bailarina,
Que salta e rodopia.
Pulei a corda do medo,
Pulei a borda da minha razão.
Entre os saltos, impulsionei,
Ganhei altura, abri os braços.
E lá no alto, te encontrei.
Abracei-te, te peguei para mim.
Juntos, hoje, não pulamos mais.
Voamos na emoção de
estarmos juntos,
Vivendo em paz,
voar... voar...
Telhados? nunca mais!
 Fábulas de Lia

Descasquei
Descasquei você! Fui tirando, cada pedacinho
As magoas e tristezas, que você preenchia no
Foram dissolvidas no meu amor próprio. meu coração!

Descasquei você! Descasquei devagarinho...

As magoas e tristezas, Sabia que nunca mais iria
Foram dissolvidas no meu amor próprio. voltar ao mesmo lugar.

Puxei-te dos meus sonhos, - Pare! Você gritou.

Como quem arranca as roupas em dia de calor! Meu coração?
Esfolei meus sentimentos, não escutei os lamentos. Nem se importou.

Segui adiante,
sem o fôlego de querer novamente,
Nesta mentira de amor acreditar!
Descascado você foi,
dos dias que te conheci.
Eu sobrevivi!

RAIZ DE VASO GRANDE

 Fábulas de Lia

Engano nos planos

Andamos como baratas tontas. Passado que
Cumprindo metas, prazos, guardou o objetivo,
promessas, objetivos mas com o tempo,
que foram traçados em esqueceu-se da
um distante passado. essência...

do porque!

Somos jovens almas Tudo aquilo que era

quando traçamos traçado ficou meio
nossos planos. dobrado de um lado
Não temos como do coração. Aquele
mudar os enganos, que um dia, a gente
perceber os valores chamou de irmão,
reversos que com os caiu no lodo da
dias evoluiu. enganação.

RAIZ DE VASO GRANDE

 Fábulas de Lia

Largando a tristeza
Se houve a despedida, houve amor.
Se houve o reencontro, existiu à distância.
Dentro de uma lágrima, muitas vezes,
A alegria se fez!
Esqueceu-se da dor, De tristeza sentida, de um momento,
Deixou, de uma vez, o pranto. com recordações de tempos,
Trocou-o, pelo canto doce da vida, que pensamos perdidos,
Ecoado no sentimento de ter vivido. nos dias e nos fatos ocorridos.

A tristeza então, não se acomodou,

saiu, fugiu para longe.
Ninguém sabe pra onde.

Nas tristezas, moram as alegrias.

Alegrias ter vivido, ter sentido,
ter chorado, sem deixar de lado,
o prazer, de ter se permitido viver!

RAIZ DE VASO GRANDE

 Fábulas de Lia

Mudei
Troco dias por momentos, troco sim!
Pois dentro de mim a vida grita,
Pede, não explica os porquês! Dias felizes moram
Mudei de dentro pra fora. é dentro da gente,
Amo a todo o momento, Nunca no que se
sem demora, sem espera espera ter,
de dias que ainda virão. para poder ser!

Sou eu mesma, dentro As magoas?

dos meus limites, Procuro, não acho.
Sou feliz por poder, Ficaram lá no fundo,
nesta vida estar. Perderem-se na bagunça
Poder dançar... do meu coração de criança,
e dançar. Onde, apesar das decepções,
ainda insisto em seguir, amando
a essência de cada um!

RAIZ DE VASO GRANDE


Trocar... ir e vir, entregar e
receber. Assim entendemos o
que se troca. Quando um
sentimento vai outro vêm,
não tem como ser diferente.
Na vida da gente, seguimos
sentindo o que nos vêm...
Mas...
O que vai...
Ai... ai....ai...
Não acredito em troca
perfeita, sei bem que, às
vezes, mandamos um
sorriso, e o que vem é cara
emburrada, resposta trocada
e ficamos sem entender
nada.
RAIZ DE VASO GRANDE
Fábulas de Lia
Trocas
Excessos cometemos quando quere-
mos a troca justa! Perfeita! Aquela que
se encaixa em nossos sentimentos,
pensamentos e planos.
Trocas fazemos pela vida inteira,
esperando sempre uma beirada, de
boas trocas de esperança, amor,
carinho e respeito.
Trocadilhos a parte, mas nas trocas, o
que importa é estar disposto a trocar,
sem nada pedir, nada falar... apenas
por saber que sozinhos e sem trocas,
nesta vida, nada mais importa.
Continuemos a trocar, onde no amar,
teremos sempre excelentes trocas para
recordar e aquecer a permuta da vida!
 Fábulas de Lia

Essência de Escritor
Dentro do limite vivido,
temos frases e versos
que um dia ouvimos.
Nada nos pertence, somos ligados a energias
Por aqui... por ali... maiores que nos cedem às palavras,
conforme as afinidades vividas.
Ouvimos de amigos,
que por aqui passaram
e nos despertaram a vontade de
continuar a escrever versos,
com rimas, alegrias, tristezas,
amores e dores, que somente
sendo escritas, transbordam a Pequeninos somos, diante da grandeza maior,
verdade dos sentimentos que nos inspira e nos traz, com o tempo,
sentidos e vividos a verdade das essências literárias de amor,
por todos nós. que por nós, é eternizada na escrita!

RAIZ DE VASO GRANDE


Vem cá meu amigo
Percebi-te entristecido, cansado, sofrido.
Pensei em te perguntar o que houvera.
Calei-me. Veio em minha cabeça,
o dia, em que sem querer,
sorrindo lhe perguntei:
- O que houve rapaz?
Porque está tão pra baixo?
E você me olhou com os olhos mais
cansados, que eu já vira em minha vida.
Eu entendi. Sem uma palavra dita.
Teu olhar me passara à canseira de estar...
Aquela canseira, que você se
deita querendo esquecer da vida.
Percebi que existem momentos
que todos nós queremos jogar a toalha.
RAIZ DE VASO GRANDE
Fábulas de Lia
Desistir. Deixar de entender as mazelas
da vida. E não quer se explicar!
Não quer ter que, com palavras,
expressar o buraco do seu ser
naquele momento.
O dia da canseira da alegria!
A gente só precisa de um cantinho,
um colinho, um abraço...
Então...
Dai meu amigo, quando te percebo,
vem cá meu amigo!
assim sofrido, respiro fundo, nada
O dia da canseira da
pergunto. Toco em seu ombro e
alegria vai passar cada
se der te dou meu abraço.
coisa por certo vai estar
E por falar em abraço, você já me no seu lugar, com
aliviou com os teus em muitos Deus sempre
cansaços, por mim vividos. a te abençoar!

Cuidado com os flautistas,
pobres de alma que,
sem a sua luz,
nada enxergam!
Andamos por todos os lados,
na correria da vida. Temos horários,
compromissos. Assoberbamo-nos de
trabalho, nem prestamos atenção que
existem. Estão aqui, sempre estiveram.
Ficam ao nosso lado no trabalho,
no lar, com amigos. Chegam, instalam- se
folgadamente em nossa vida.
Possuem meios de saber tudo,
mas tudo mesmo, que se encaixa
dentro do nosso coração.
Conhecem, instintivamente,
a nossa situação nesta existência.
Muitas vezes invisíveis. Traiçoeiros natos.
São perfeitos na dança da vida.
RAIZ DE VASO GRANDE
Pobres d e alma
Quando nos damos conta eles
estão atrelados em nós,
como se fossem cipó forte,
enroscando- se na gente,
subindo, devagarinho,
nos fazendo acreditar
que eles são fundamentais
para a nossa existência.
Tocam uma flauta,
que invade nossos
pensamentos,
nos fazendo
acreditar
em
uma
falsa
verdade.
Fábulas de Lia
Completando o seu EU,
vigiando seus conceitos
internos, fazendo um
verdadeiro balanço.
Buscando saber, em
todos os sentidos,
quem você é, a pleni-
tude acontecerá, eles
ficarão longe, pois a luz
interna do bem há de
cegar! Não misture, não
troque de lugar, não
deixe a musica entrar,
Fábulas de Lia

Pobres d e alma
Você sozinho, você Eles não pedem para virem assim. Eles estão por todos os Mantendo a luz da
senhor de si mesmo. São almas com o dom de sugar, lados roubando talentos, verdade, ligada em
pois sem nós, muitas vezes eles virtudes, amores, nosso coração
Sendo ativado ao seu sucumbem, não conseguem trabalhos, alegrias, juntamente com
comando, sua respons- continuar a jornada. tristezas e tudo mais que razão, fica a certeza
abilidade, seus valores, deixe um caos em nossa de caminharmos
nos julgamentos que a Precisam daquilo que não alma. inteiros, sem que
vida impõe para nós, possuem. Então, espertos, achasse o encaixe
Deixamos de sermos nós
diariamente! tiram de quem as possuam, nos buracos de
mesmos para que eles
para poderem sobreviver. nossa autoestima.
existam. Se vigiarmos,
com muita atenção, os
Pobres de pensamentos são na
encontraremos.
maioria das vezes, sementes que
nasceram sem o teor de Deus. Eles causam dor, pois
recolhem nossas
energias.

RAIZ DE VASO GRANDE

Fábulas de Lia

Antes
Antes não ouvia ninguém,
Meu coração pulsava
Com sentimentos confusos,
Que não me valiam pra nada.

Pulsos de alegria,
Soluços, tristezas...
Gargalhadas vazias, Tudo, com maior inteligência,
Momentos sem emoções. Você em minha vida esta,
Não caminho mais de lá... pra cá.
Antes fazia trança, Sigo reto,
Inocente como uma criança, Certa de ter encontrado,
Eu tinha a esperança, Meu eterno namorado.
De te encontrar.
Antes meu coração amador,
Um homem maior, Não conhecia a valentia,
Um homem do bem. De poder, todo dia,
Hoje sei, sinto e toco. Contigo sorrir!

RAIZ DE VASO GRANDE

Fábulas de Lia

Ida de
Sou criança na padaria. Sou criança pega Sem idade para se contabilizar. E com que idade
Onde vejo os doces a sorrir, no cantar, nas rodas Cheiro da pipoca doce, isso passa?
pra mim, todo dia. de histórias, Fico a embalar na lembrança,
Meu tempo de criança. Não sei...
Nas lojas sou pega pelas cores, Nos medos, Sou criança, hoje sei,
Tantas coisas quero pegar, rosa, na inocência Os anos passaram,
azul ou amarelo? do acreditar.
Mas a criança que Sei que fica divertido,
Decido depois o que quero. No choro, trago comigo, Quando se coloca o
Vou para os brinquedos, no abraço É quem faz feliz, colorido do pirulito
Todos em grandes prateleiras, e na saudade. os dias que hoje vivo. Em tudo que se faz!
É magico de se olhar,
Pegar, experimentar.

RAIZ DE VASO GRANDE

Fábulas de Lia

Falta
Não tenho tempo a perder, Com o tempo, na medida certa,
Com quem não quer ficar, A gente sente, quem realmente esta.
Com quem não se demora.
Quem não tem tempo, Neste tempo de agora,
não tem hora. Não deixo mais, meu coração sofrer,
Ele fica protegido... com as lembranças...
Perde com certeza, Na esperança de te ver!
A beleza de estar...
a beleza de ser. Você, peça colorida,
Que traz para a minha vida,
Não espero respostas
Que não serão dadas,
Espero sim, A alegria sentida!
boas gargalhadas,
Falta o tempo, o tempo de poder chegar,
Que não servem E novamente sentir meu coração,
pra nada, Pulsando na emoção,
A não ser alegrar! De poder com você estar!

RAIZ DE VASO GRANDE

 Fábulas de Lia

Chovendo saudade
Ventos empurram pensamentos, No frio da tempestade, Vai-se a tempestade...
Redemoinhos de lembranças, Falo da minha saudade, Afasto esse momento
Dançam no céu, Mensagens imaginárias, de saudade,
Levam você, Que saem do coração. aguardo o próximo
Para um lugar, Temporal que não para, temporal, pois sei
Onde ninguém vê. A agua cai em minha alma, que você nele virá,
Mantendo-me calma. mais uma vez,
Quando vem a tempestade,
Os raios são luzes Sei que você aqui, Encontrar-me!
Da saudade. Não mais está.
A chuva começa, São somente lembranças,
Então, não tenho pressa, Que dançam na chuva,
Fecho meus olhos, Pra lá... e pra cá...
Imagino e peço,
O teu regresso.
 Fábulas de Lia

Gentileza
Ando cansada... Dentro deste quebra- cabeças Ando pensando, dentro
Cansada das pequenas da vida, todas as peças são desta minha canseira,
coisas que desaparecem, importantes, sem o conjunto, que é preciso estar.
como se nunca tivessem nada se forma.
existido. De alma presente em
São pequenas, mas tudo que se faz.
Pequeninas são mais grandiosas dentro
precisam tanto de ser de cada vida. Sem deixar de acreditar,
lembradas. que dentro deste mundo,
Cabe a nós a missão de nunca existem, (aos montes!)
Observo, nos esquecermos delas, muitos, que ainda
"sem observar", apesar de pequenas, acreditam nas
essas pequenas são essenciais para pequenas...
coisas indo embora. a nossa sobrevivência. pequeninas...
minúsculas coisas,
que fazem a vida ter
significado sem igual.

RAIZ DE VASO GRANDE

Fábulas de Lia

Dentro
Dentro da vida,
No caos dos dias,
Sorrindo pelas alegrias,
Acreditando no amar!

Dentro do vento, Dentro do coração,

No tempo das horas, Ideias recheadas de amor,
Espero melhoras... Fazem-me flutuar,
Do amar, do perdão. Por acreditar,
Que a vida faz os nós,
Cabe a mim à missão
de desatá-los.

RAIZ DE VASO GRANDE

Fábulas de Lia

Amores
Existem amores que no derrubam, Amores perfeitos na imperfeição,
destroem-nos... sem criação ou educação,
Existem os que nos reconstroem, na hora de ir...
amores crianças, Amores egoístas, fascistas,
amores de infância, onde se morre antes de nascer!
que nos embalam de calor,
doces lembranças... De todos os amores existe
algo bom pra se tirar,
Existem amores bandidos, pois não se pode ir a
onde o único ferido é você! nenhum lugar, nesta vida,
Existem amores sem fronteiras, se não amarmos! Então...
sem sexo definido,
amores amigos, companheiros, Que venham sempre os amores,
amores de guerra, para levarmos as cores, na alma,
cada vez mais raros na terra! das emoções que nos fizeram,
nesta vida, voar!

RAIZ DE VASO GRANDE

Fábulas de Lia

Não tenha medo

Dá vida levamos segredos,
Sem tempo nem medida,
Na sanidade feliz,
Sendo sempre um aprendiz.
Sinta o que fica...
Não importa a dica, os palpites, os chiliques.
O grande amor, nunca se vai,
Esse fica!
Na melodia seja o maestro,
Permita-se voar,
Sentir, amar!
Não no ontem, nem no amanhã.
O que conta é o agora!
Viver sem demora,
Na felicidade de que tudo volta,
Outra vez...
Todo o bem que aqui se fez!

Não tenha medo!

Segue tal qual à ave,
Que se aventura ao vento,
Sinta os momentos,
Onde perdoar e aceitar,
Fazem parte do grande concerto!

RAIZ DE VASO GRANDE

Fábulas de Lia
Entrei na vida com o pé direito,
No ninho perfeito, sonhei...
Sonhos pequenos,
os grandes também.
Vivi grande momentos,
Trouxe em meu coração a paixão.
Trago hoje a razão,
o querer amar,
O seguir, o sentir,
o prazer de ali estar.
Sou feliz desde o
momento que aqui chorei,
Prazer em estar, fazer, e ser!
Felicidade que se transforma,
Nas regras, nas normas da vida.
Seguimos sozinhos,
Lembrando-se do ninho,
aconchego sem hora.
RAIZ DE VASO GRANDE
Ao nascer
Olho para trás, sorrindo, hoje sei,
Que amores, colecionei!
Sorri, brinquei me encantei
com as cores,
as flores, os versos,
os protestos,
o desejar do
amar sem fim.
Sempre estará dentro de mim,
A menina pequenina
Sorridente e faceira, Ao nascer,
Que ao nascer desejou, alcancei a promessa,
O amor sentido, Que te fiz... lembra?
O filho querido, Nascer e florescer,
O ninho de amor! Viver e ser feliz!
 Fábulas de Lia

Maturidade
BRINCA MENINA,
BRINCA DE CORES,
BRINCA DE DANÇA,
BRINCA DE SER CRIANÇA!
SONHA COM O ONTEM
SONHA COM O AGORA,
SONHA SEM TEMPO, SEM HORA.
SONHA AO ACORDAR,
BRINCA COM O OLHAR.
SONHANDO ACORDADA,
OLHANDO AO BRINCAR,
SERÁ SEMPRE ESSA CRIANÇA,
QUE A VIDA SEGUE,
COM AMOR A EMBALAR!

RAIZ DE VASO GRANDE

 Fábulas de Lia

Jardim
Fiz um jardim dos problemas, Olho hoje meu jardim, No absurdo
Para cada um que aparecia, sinto paz, da proposta,
uma nova semente era plantada. observo que tudo diante dos problemas,
tem seu tempo me rendi.
Agradeço então
Comecei o jardim do nada, de ser semeado sua proposta,
Peguei potes velhos, e florir. Fiz um jardim,
onde diante dos
baldes e caixotes. hoje vejo o quanto lindo está,
problemas é
Coloquei terra, Semeio meu jardim,
preciso semear,
plantei, Foi você, independente dos problemas
acreditar que
quando tudo (naquele momento que existam em mim.
somos
era tempestade. de oração), Acredito, que para bem pequenos,
quem me disse: cada flor, e quando vejo,
Muitas vezes com lagrimas, esta ali o amor. os problemas se vão,
colocava as sementes, - Faça um jardim! o que fica é a beleza
Concentrava-me no plantio, Tenho certeza, do que plantei,
aguardava... posso sentir, a certeza do teu amor,
que Deus onde eu pequena
Esperava elas nascerem esta aqui! nada sei.
e florescerem.

RAIZ DE VASO GRANDE

 Fábulas de Lia
Perna de pau, gaita, boneca...
você! Lembro-me bem daquele dia,
onde, tanta euforia, não cabia em meu
pequeno coração, quando você
chegava. Chicletes, balas, doces...
risadas, correrias, tristezas e alegrias.
Estar por perto já se fazia, para mim,
uma grande prova de amor sem fim.
As sonecas da tarde... a boneca
Alice...e quem foi que disse que a
cama não molhava? Eu me atrapalha-
va, era bronca... eu chorava...
Tempo de pai
Não era à toa, que a hora boa, era
ouvir o barulho do carro a chegar,
correr pros teus braços, ouvir quiet-
inha, teus causos, acontecidos ao
longo do dia. Não existia a distância,
eu criança, acreditava que momento
maior não haveria de existir. No piano
me via tocar, a gaita assoprando sem
parar, em cima dos patins me equili-
brando, você então, sempre para mim
cochichava:
- Melhor que você não há!
RAIZ DE VASO GRANDE
Qual um sobressalto, em meio a um
nada, você saiu da minha estrada,
sem que em meu entendimento, a
alma assimilasse que, você, ali não
mais estava um lamento de saudade,
se fez em lagrimas na minha eterni-
dade.
A menina cresceu, o tempo passou
veloz, pequenas partes de saudade
guardei... há...como guardei. A magia
da infância em mim continua, sei que
ouve minhas orações, sabe bem que,
durante o tempo que próxima de ti
fiquei, foi bem pouco, eu bem sei,
Você, meu pai, naquele pouco...
foi meu REI!