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Curso PEDAGOGIA

Disciplina CONTEÚDOS E METODOLOGIA DE CIÊNCIAS

Nº da Aula 06

Título da Aula

Propostas Curriculares oficiais para o ensino de Ciências nos anos iniciais da


Educação Fundamental

Texto da aula

Introdução
Nesta aula vocês conhecerão algumas características de duas propostas curriculares
oficiais que orientam o ensino de Ciências na fase inicial do Ensino Fundamental: os
Parâmetros Curriculares de Ciências Naturais e as Orientações Curriculares de Ciências da
Natureza do Estado de São Paulo.
Esses documentos oferecem orientações importantes para fundamentar a prática
pedagógica dos professores, abordando questões teóricas e práticas que podem contribuir com a
construção de uma prática pedagógica de qualidade, de modo a potencializar a aprendizagem
dos estudantes. De um modo geral, vale destacar também que esses materiais apresentam
fundamentos que podem subsidiar o trabalho educativo como um todo na escola.
Conforme temos estudado no decorrer da disciplina, o ensino de Ciências para crianças
no início da escolarização possui certas particularidades que precisam ser consideradas quando
se pensa no planejamento e na condução das aulas. O estudo destes documentos, em especial na
área de Ciências, pode favorecer o aprofundamento de reflexões e discussões que permitam
garantir às crianças um ensino mais coerente com as características desta fase de
desenvolvimento humano.

Objetivos:
 Conhecer as principais características dos Parâmetros Curriculares de Ciências Naturais
(1ª a 4ª série);
 Identificar algumas características das Orientações de Ciências da Natureza do Estado
de São Paulo.
 Instigar reflexões sobre a pertinência destes documentos curriculares oficiais para o
ensino de Ciências a primeira etapa da Educação Fundamental;

1 - Parâmetros Curriculares Nacionais - Ciências Naturais (1ª a 4ª série)

Várias transformações no ensino de Ciências, ao longo do tempo, puderam ser observadas em


nossa Aula 4. Recuperando esse percurso histórico, podemos identificar que, especialmente na década
de 1990, além da criação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº. 9.394 de 20 de
dezembro de 1996, a publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais em dez volumes também
representou um marco relevante para o campo educacional.
Esse material corresponde a um documento curricular oficial que foi elaborado com o
objetivo de orientar o trabalho pedagógico em âmbito nacional, representando uma referência
importante para subsidiar discussões sobre o ensino nas diversas áreas do conhecimento.
Veja abaixo os vários temas que essa coleção abordou:

 Volume 1 - Introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais


 Volume 2 - Língua Portuguesa
 Volume 3 - Matemática
 Volume 4 - Ciências Naturais
 Volume 5 - História e Geografia
 Volume 6 - Arte
 Volume 7 - Educação Física
 Volume 8 - Apresentação dos Temas Transversais e Ética
 Volume 9 - Meio Ambiente e Saúde
 Volume 10 - Pluralidade Cultural e Orientação Sexual

Na área do ensino de Ciências, esse documento abordou, além dos conteúdos da área de
Ciências Naturais, temas como Meio Ambiente e Saúde, reafirmando a ideia de que o saber científico é
essencial para favorecer a formação para cidadania, de modo a possibilitar uma participação ativa e
reflexiva em discussões e decisões que envolvem Ciência e Tecnologia.
Para todas as áreas do conhecimento, os Parâmetros Curriculares Nacionais foram organizados
conforme mostra a figura 1:

Fonte: BRASIL, 1997


De um modo geral, ao tratar sobre o ensino de Ciências na fase inicial da escolarização, os
PCNs1 buscam esclarecer a necessidade de superar práticas pautadas em um ensino tradicional, com
reduzida participação no aluno no processo de aprendizagem. Conforme indica a proposta, ressalta-se a
necessidade de incorporar uma nova configuração para a prática pedagógica, no sentido de favorecer a
aprendizagem dos alunos de modo qualitativo. Sabe-se que vários indicadores têm apontado os
resultados insatisfatórios dos alunos ao finalizarem a Educação Básica, pois muitos deles não
demonstram um domínio de conceitos básicos na área de Ciências.
Portanto, esse documento esclarece que
[...] não se pode pensar o ensino de Ciências como um ensino propedêutico, voltado
para uma aprendizagem efetiva em um momento futuro. A criança não é cidadã do
futuro, mas já é cidadã hoje e, neste sentido, conhecer ciência é ampliar a sua
possibilidade presente de participação social e viabilizar sua capacidade plena de
participação social no futuro (BRASIL, 1997, p. 25).

Figura 2 - Capa dos Parâmetros Curriculares de Ciências Naturais

De acordo com Costa (2005), como aspectos centrais, os PCNs fundamentam-se em


uma nova proposta de ensino que visa evidenciar três características principais:

1
Parâmetros Curriculares Nacionais
 o ensino centrado no aluno;
 o desenvolvimento de capacidades como propósito da educação escolar;
 a ampliação no significado do conceito de conteúdo curricular.

Ao oferecer condições para que o aluno participe de forma ativa do processo de


aprendizagem, novas possibilidades são colocadas para que ele possa construir seu próprio
conhecimento. Costa (2005), fundamentada em Carvalho (1998), destaca que tais
considerações trouxeram mudanças de paradigma para o campo educacional, pois durante
muito tempo (e muitas vezes, até nos dias de hoje), o professor foi concebido como centro do
processo de ensino e aprendizagem, ou seja, como detentor de um conhecimento que é
transmitido ao aluno de forma exclusivamente expositiva, sem que o estudante possa interferir
ou questionar.
Assim, fundamentando-se em uma proposta de ensino construtivista, os PCNs
preconizam que o estudante possa a ser visto como sujeito ativo na elaboração de seus
conhecimentos (COSTA, 2005).
Ao tratar do ensino de Ciências, os PCN defendem "a importância de os alunos
desenvolverem uma autonomia no agir e no pensar para se apropriarem do conhecimento
científico" (COSTA, 2005, p. 14). Considerando os pressupostos indicados pelo referido
documento sobre a concepção de ensino e aprendizagem, o aluno tem a oportunidade de guiar
sua aprendizagem, construindo e reconstruindo explicações orientadas pelo conhecimento
científico. Porém, vale frisar que essa trajetória não acontece espontaneamente e o professor
tem um papel fundamental na condução deste processo "na medida em que orienta e cria
condições e propõe articulações entre os conhecimentos construídos" (COSTA, 2005, p. 14).
Costa (2005) explica que, ao propor o ensino pautado no desenvolvimento de
capacidades como propósito da educação escolar, os PCNs buscam oferecer, a partir dos
pressupostos de suas orientações didáticas, uma proposta que integre a resolução de
problemas como estratégia fundamental para o ensino. Essas capacidades são explicitadas por
meio dos objetivos educacionais expressos no documento.
No que diz respeito à ampliação do significado de conteúdo curricular, verifica-se a
tendência de abranger, além de fatos, conceitos e princípios, as estratégias e habilidades de
resolução de problemas, assim como normas, valores e juízos (COSTA, 2005), já que esses
elementos também se constituem como parte essencial no processo de aprendizagem, tendo
como objetivo principal a formação integral do estudante.
Portanto, as orientações dessa proposta curricular destacam a necessidade de integrar o
ensino de conteúdos conceituais com as demais modalidades, ou seja, os conteúdos
procedimentais (relativos ao saber-fazer) e os atitudinais (aprendizagem de valores, atitudes,
normas) (ZABALA, 1999). Vale frisar que essa integração precisa ser desenvolvida de forma
equilibrada, de modo que não se valorize, de forma exagerada, uma modalidade de conteúdo
em detrimento da outra. É importante que, dependendo do tema que será trabalhado pelo
professor, haja um planejamento criterioso sobre quais conteúdos que serão explorados (nas
três modalidades) de modo a garantir uma aprendizagem de melhor qualidade.
Como conteúdos procedimentais e atitudinais no ensino de Ciências, podemos citar
algumas ações relacionadas com a capacidade do aluno de: levantar hipóteses sobre um
determinado fenômeno, buscar informações em fontes diversas, participar de uma discussão
com diferentes pontos de vista, posicionar-se em uma discussão sobre Ciência e Tecnologia,
organizar e registrar as informações de formas diversas, por exemplo.
Ao tratar do ensino de Ciências, de modo específico, podemos indicar alguns dos
princípios propostos pelos PCNs e que visam orientar o trabalho pedagógico do professor:

 Estimular e aguçar a curiosidade

 Fazer uso de atividades variadas, abordando aulas de caráter teórico e prático, assim
como outros espaços além da sala de aula

 Considerar o conhecimento prévio dos alunos

 Priorizar a relação com o cotidiano

 Criar oportunidades para que os estudantes pensem e se manifestem durante as


aulas

 Buscar aproveitar temas de interesse da turma

 Propor adequações de acordo com o contexto e acontecimentos da comunidade

 Fazer uso de diferentes fontes de informação


Para organização dos temas trabalhados na primeira fase do Ensino Fundamental, os PCNs
estão organizados em Blocos Temáticos que abordam os seguintes assuntos:

1 – Ambiente

2 - Ser humano e saúde

3 - Recursos tecnológicos

Conforme orienta o referido documento, é possível que o professor trabalhe com o


mesmo bloco ou integre conteúdos com temas transversais.
É importante lembrar que na época em que os PCNs foram publicados, o Ensino
Fundamental estava organizado de modo diferente dos dias de hoje, já que naquele período esta
fase escolar era composta por oito séries. A fase inicial era constituída por quatro anos de
escolaridade e, para organizar as orientações didáticas e metodológicas, esse documento
apresenta essa primeira etapa dividida em dois ciclos:
Primeiro: 1ª e 2ª série

Segundo: 3ª e 4ª série

Saiba Mais:

Sugestão de leitura de um artigo publicado pela Revista Nova Escola sobre


Parâmetros Curriculares de Ciências Naturais (1ª a 4 série) - "Parâmetros
Curriculares Nacionais: fáceis de entender"

Nesta matéria, você poderá estudar sobre os principais tópicos deste documento de uma
forma explicativa com vários exemplos e ilustrações que visam auxiliar na compreensão
dos principais objetivos desta proposta.

Segue o link para acesso:

http://download.uol.com.br/educacao/pcn/cie_naturais1_4.pdf
Para cada ciclo, foram propostos os seguintes objetivos:

1º ciclo do Ensino Fundamental

 observar, registrar e comunicar algumas semelhanças e diferenças entre diversos


ambientes, identificando a presença comum de água, seres vivos, ar, luz, calor, solo e
características específicas dos ambientes diferentes;
 estabelecer relações entre características e comportamentos dos seres vivos e condições
do ambiente em que vivem, valorizando a diversidade da vida;
 observar e identificar algumas características do corpo humano e alguns
comportamentos nas diferentes fases da vida, no homem e na mulher, aproximando-se à
noção de ciclo vital do ser humano e respeitando as diferenças individuais;
 reconhecer processos e etapas de transformação de materiais em objetos;
 realizar experimentos simples sobre os materiais e objetos do ambiente para investigar
características e propriedades dos materiais e de algumas formas de energia;
 utilizar características e propriedades de materiais, objetos, seres vivos para elaborar
classificações;
 formular perguntas e suposições sobre o assunto em estudo;
 organizar e registrar informações por meio de desenhos, quadros, esquemas,
 listas e pequenos textos, sob orientação do professor;
 comunicar de modo oral, escrito e por meio de desenhos, perguntas, suposições, dados e
conclusões, respeitando as diferentes opiniões e utilizando as informações
 obtidas para justificar suas ideias;
 valorizar atitudes e comportamentos favoráveis à saúde, em relação à alimentação e à
higiene pessoal, desenvolvendo a responsabilidade no cuidado com o próprio corpo e
com os espaços que habita.
Fonte: BRASIL, 1997, p. 63.
.
2º ciclo do Ensino Fundamental

 Identificar e compreender as relações entre solo, água e seres vivos nos fenômenos de
escoamento da água, erosão e fertilidade dos solos, nos ambientes urbano e rural.
 Caracterizar causas e conseqüências da poluição da água, do ar e do solo.
 Caracterizar espaços do planeta possíveis de serem ocupados pelo homem,
considerando as condições de qualidade de vida.
 Compreender o corpo humano como um todo integrado e a saúde como bem-estar
físico, social e psíquico do indivíduo.
 Compreender o alimento como fonte de matéria e energia para o crescimento e
manutenção do corpo, e a nutrição como conjunto de transformações sofridas pelos
alimentos no corpo humano: a digestão, a absorção e o transporte de substâncias e a
eliminação de resíduos.
 Estabelecer relação entre a falta de asseio corporal, a higiene ambiental
 e a ocorrência de doenças no homem.
 Identificar as defesas naturais e estimuladas (vacinas) do corpo.
 Caracterizar o aparelho reprodutor masculino e feminino, e as mudanças no corpo
durante a puberdade, respeitando as diferenças individuais do corpo e do
comportamento nas várias fases da vida.
 Identificar diferentes manifestações de energia — luz, calor, eletricidade e som — e
conhecer alguns processos de transformação de energia na natureza e por meio de
recursos tecnológicos.
 Identificar os processos de captação, distribuição e armazenamento de água e os modos
domésticos de tratamento da água — fervura e adição de cloro —, relacionando-os com
as condições necessárias à preservação da saúde.
 Compreender a importância dos modos adequados de destinação das águas servidas
para a promoção e manutenção da saúde.
 Caracterizar materiais recicláveis e processos de tratamento de alguns materiais do lixo
— matéria orgânica, papel, plástico, etc.
 Formular perguntas e suposições sobre o assunto em estudo.
 Buscar e coletar informações por meio da observação direta e indireta, da
experimentação, de entrevistas e visitas, conforme requer o assunto em estudo
 e sob orientação do professor.
 Confrontar as suposições individuais e coletivas com as informações obtidas,
respeitando as diferentes opiniões, e reelaborando suas ideias diante das evidências
apresentadas.
 Organizar e registrar as informações por intermédio de desenhos, quadros, tabelas,
esquemas, gráficos, listas, textos e maquetes, de acordo com as exigências do assunto
em estudo, sob orientação do professor.
 Interpretar as informações por meio do estabelecimento de relações de dependência, de
causa e efeito, de sequência e de forma e função.
Fonte: BRASIL, 1997, p. 84

Mesmo que esse documento tenha sido publicado há praticamente uma década, suas
orientações ainda representam uma fonte importante de estudo e pesquisa para fundamentar as
práticas pedagógicas voltadas ao ensino de conceitos científicos. Sabe-se da necessidade de
olhar com "novas lentes" para essas questões, buscando redimensionar a abordagem dos
Parâmetros Curriculares Nacionais com possíveis adequações para as práticas educativas
atuais, instaurando novas discussões sobre as ações didáticas e metodológicas que objetivam
orientar o trabalho educativo nas escolas, em especial, no ensino de Ciências.

Saiba Mais:

Sugestão de leitura do documento na íntegra: Parâmetros Curriculares de Ciências


Naturais (1ª a 4 série)

No portal do MEC você encontrará o documento na íntegra, sendo possível aprofundar seus
estudos sobre essa proposta.

Segue o link para acesso:


http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro04.pdf

2 - Orientações Curriculares do Estado de São Paulo

No tópico anterior foi possível verificar que a publicação dos Parâmetros Curriculares
Nacionais na década de 1990 proporcionou instabilidade no campo educacional, não só para o
ensino de Ciências, mas também para outras áreas do conhecimento. Desde então, várias outras
propostas curriculares foram sendo desenvolvidas, tanto em âmbito nacional, estadual e
também municipal, visando criar fundamentos e orientações para auxiliar o trabalho
pedagógico dos professores, em consonância com as necessidades contemporâneas.
No caso do estado de São Paulo, houve a divulgação, recentemente, para as escolas
públicas estaduais, de um documento oficial com orientações curriculares para as áreas de
Ciências da Natureza e Ciências Humanas - História e Geografia - (BRASIL, 2013). Essa
proposta, publicada pela Coordenadoria de Gestão da Educação Básica, ainda que essa
corresponda a uma versão preliminar, traz contribuições essenciais para potencializar as
discussões na área do ensino de Ciências para crianças.
Este tópico visa expor algumas das orientações que o referido documento propõe para a
área de Ciências da Natureza.

Figura 3 - Capa do documento: Orientações curriculares para as áreas de Ciências da


Natureza e Ciências Humanas

De um modo geral, essa proposta fundamenta-se em uma perspectiva interdisciplinar e


reafirma a necessidade de que o ensino da leitura e da escrita não seja apenas responsabilidade
da disciplina de Língua Portuguesa, pois pode constituir-se como um objetivo em comum de
todas as áreas, ainda que cada componente curricular tenha suas especificidades.
No que diz respeito à apresentação dos conteúdos de ensino, a proposta está organizada
em vários eixos temáticos indicando as expectativas de aprendizagem para cada ano escolar da
primeira fase do Ensino Fundamental, assim como as habilidades e capacidades para serem
desenvolvidas com os alunos. Os eixos temáticos definidos são:

Vida e ambiente
Ser humano e saúde
Terra e Universo
Ciência e Tecnologia

As expectativas de aprendizagem são indicadas de forma mais detalhada em cada ano


escolar, favorecendo um percurso de aprendizagem gradativo que vai aos poucos se integrando.
Assim,
o material está estruturado de forma a desenvolver expectativas de aprendizagem,
consideradas como um conjunto de fazeres e saberes a partir de conceitos específicos
de cada área, desenvolvidos por atividades investigativas, nas quais é importante que o
aluno reflita e seja capaz de relatar o que fez, tomando consciência de suas ações e
propondo explicações para os fenômenos observados. Além do compromisso de
formar alunos que desenvolvam o senso crítico, a curiosidade e a pesquisa, desejamos
também que os alunos mobilizem suas capacidades de leitura e escrita em diferentes
gêneros do discurso, tanto em linguagem oral, quanto escrita (SÃO PAULO, 2013, p.
7).

Veja abaixo uma parte do quadro de expectativas de aprendizagem para o 2º ano do


Ensino Fundamental:
Fonte do quadro: São Paulo, 2013, p. 39

De modo complementar às expectativas de aprendizagem, o documento propõe algumas


orientações didáticas e metodológicas que são apresentadas neste mesmo quadro. Para
favorecer o desenvolvimento do trabalho pedagógico, essas indicações podem auxiliar o
professor na análise do processo de aprendizagem dos alunos, identificando avanços e
dificuldades em relação à determinado assunto.
Na distribuição dos eixos temáticos, cada quadro apresenta-se com uma cor
diferenciada. Em cada ano escolar, nem todos os eixos são contemplados, pois eles seguem
uma progressão de aprendizagem de acordo com o domínio progressivo dos conceitos
científicos e foram organizados e modo a atender essa trajetória.
Observe os eixos contemplados em cada ano escolar:

 1º ano: Vida e Ambiente - Ser Humano e Saúde


 2º ano: Vida e Ambiente - Ser Humano e Saúde
 3º ano: Ser Humano e Saúde - Ciência e Tecnologia - Terra e Universo
 4º ano: Terra e Universo - Ciência e Tecnologia - Vida e Ambiente - Ser Humano
de Saúde
 5º ano: Ciências e Tecnologia - Terra e Universo - Vida e Ambiente - Ser
Humano de Saúde

As expectativas de aprendizagem possíveis de serem trabalhadas nas aulas de Ciências


em cada eixo temático são apresentadas juntamente com sugestões de situações de ensino e
propostas de atividades fundamentadas em
diversos gêneros de fala (cotidiana e pública), de escritos e multimodais. São
mencionadas, frequentemente, conversas e rodas de conversa (fala cotidiana); debates,
depoimentos, entrevistas, pesquisas, exposições ou apresentações orais (fala pública);
e textos escritos de gêneros diversos (letras de canção, poemas, textos literários, peça
teatral), mas, em especial, textos de divulgação científica ou informativos, de livros
didáticos, roteiros, narrativas e relatos históricos, diários e biografias, notícias. (ROJO,
2013, p. 12).

Assim, "[...] implícita ou explicitamente, as Orientações Curriculares parecem indicar


um forte trabalho com os letramentos (práticas de leitura e produção) para a construção do
conhecimento científico, seja nas ciências da natureza, seja nas humanas" (ROJO, 2013, p. 12).

Observe abaixo algumas orientações curriculares específicas que são apresentadas pelo
documento para auxiliar no desenvolvimento das expectativas de aprendizagem que são
propostas no quadro de cada ano escolar:

Fonte: São Paulo, 2013, p. 43

Ao analisar as indicações desta proposta curricular de Ciências da Natureza publicada


recentemente (SÃO PAULO, 2013,), pode-se dizer que essa nova perspectiva, ao tratar das
expectativas de aprendizagem de forma mais detalhada em cada ano/série e por estar
organizada de acordo com a nova organização do Ensino Fundamental (com duração de nove
anos), torna-se possível que o estudo deste documento ofereça subsídios para a construção de
novos olhares para as orientações propostas pelos PCNs de Ciências Naturais (BRASIL, 1997).
O objetivo central dessas orientações curriculares (SÃO PAULO, 2013) consiste em
proporcionar novas perspectivas para o ensino, na medida em que destaca a necessidade de
desenvolver ações pedagógicas integradas, ou seja, que favoreça o diálogo com as várias áreas
do conhecimento, permitindo ao aluno construir relações que beneficie uma análise menos
fragmentada sobre o conhecimento científico.
Essa nova postura frente à prática pedagógica exige do professor, e da escola como um
todo, a construção de um planejamento criterioso, que considere de forma sistemática os
objetivos principais a serem alcançados em cada componente curricular e permita, ao mesmo
tempo, uma possível integração entre eles.

Conclusão:
Conforme foi possível verificar, a publicação de documentos curriculares oficiais
proporciona novas perspectivas para o ensino, de um modo geral. Esses materiais buscam
considerar aspectos referentes à época em que foi elaborado e publicado, portanto, é necessário
realizar a leitura dessas obras com um olhar reflexivo e crítico, para ser possível realizar
adequações que serão favoráveis à prática pedagógica e à aprendizagem dos alunos de acordo
com o contexto em que se vive.
Tanto os Parâmetros Curriculares de Ciências Naturais, publicados na década de 1990,
como a divulgação recente das Orientações Curriculares de Ciências da Natureza do Estado de
São Paulo (2013), podem oferecer subsídios teóricos e práticos importantes para o trabalho
educativo na área do ensino de Ciências. De tal modo, é essencial que vocês, enquanto futuros
professores, conheçam essas propostas, façam uma leitura de forma aprofundada para construir
suas concepções sobre os principais fundamentos que guiarão a atuação de cada um em sala de
aula.

Referências:

BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais – Ciências Naturais


– 1ª a 4ª série, Brasília. MEC/SEF, 1997.

CARVALHO, Ana Maria Pessoa de. et al. Ciências no Ensino Fundamental: o conhecimento
físico. São Paulo: Scipione, 1998.

COSTA, Giovana Galvanin da. Práticas educativas no ensino de ciências na séries iniciais:
uma análise a partir da orientações didáticas dos Parâmetros Curriculares. Dissertação de
mestrado. 175 f. UNESP, Bauru, 2005.

ROJO, Roxane. Os letramentos e o papel das linguagens nas Orientações Curriculares do


Estado de São Paulo - Ensino Fundamental/Anos Iniciais - das Áreas de Ciências Humanas e
da Natureza. In: SÃO PAULO, Coordenadoria de Gestão da Educação Básica. Orientações
Curriculares do Estado de São Paulo - Ensino Fundamental - Anos Iniciais/Ciências da
Natureza e Ciências Humanas (História e Geografia), São Paulo: SE/CGBE, p. 9-19, 2013.

SÃO PAULO, Coordenadoria de Gestão da Educação Básica. Orientações Curriculares do


Estado de São Paulo - Ensino Fundamental - Anos Iniciais/Ciências da Natureza e Ciências
Humanas (História e Geografia), 2013.

ZABALA, A. Como trabalhar os conteúdos procedimentais em aula. Porto Alegre: Artmed


Editora, 1999.

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