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Alese – Entrevista – Distúrbios de aprendizagem

1-Informação sobre o que caracteriza o distúrbio de aprendizagem.


2-Atuação dos pais e profissionais, como professores, e outros.
Com ela, vamos abordar algumas questões como:

* Sinais de distúrbios de aprendizagem.


Será que a originalidade de nosso objeto (a criança com distúrbios de aprendizagem) é da prática -
social – ou da razão – científica? Esta é uma pergunta que Lacan faz sobre a saúde mental.
O fenômeno dos sintomas de uma criança não é separável do problema da significação para o ser
em geral, isto é, da linguagem que nela está inserida. “A linguagem do homem, esse instrumento de
mentira, é atravessada de ponta a ponta pelo problema de sua verdade”. (Escritos. p. 167).
Lacan segue Freud que privilegia a via do sintoma e da angustia como forma de abordar a questão
do saber. Ele supõe que existe uma articulação das limitações funcionais ao aspecto econômico da
vida mental, ou seja, a inibição intelectual, como sendo um processo (inconsciente) ativado pelo
sujeito. Em uma lembrança da infância de Leonardo Da Vinci, ele expõe três possíveis destinos
sobre a investigação sexual infantil: o recalque, que geraria uma inibição intelectual, e que ao
mesmo tempo traria o retorno do recalcado, em forma de sintoma. Outro destino é a sublimação.
Este último, como resultado da reorientação do objeto da pulsão. Ou seja, uma elaboração da
inibição e do sintoma. Apos 15 anos desse artigo, Freud propõe que algumas inibições possam se
apresentar como sintomas, como um modo de satisfação pulsional. Sendo assim, o desejo de saber
se destaca como um operador, tanto nos campos clínicos, como nos educativos.

* A importância da conscientização dos profissionais de saúde e educação para essa questão?


Maud Mannoni faz dos ensinamentos de Françoise Dolto, um seguimento quanto ao
comportamento apresentado pela criança. Diz que o adulto raramente observa, ele censura uma
intenção quando a criança apresenta um comportamento a ser decifrado. Não podendo ler seu
sentido, o adulto deixa, então, a criança imobilizada com um desejo de conhecimento (de palavras)
que suas revindicações ou revoltas camuflam. Dai a importância do olhar e da escuta, seja do
professor, ou do pediatra, a quem é consultado.
A herança organicista da pediatria faz com que o pediatra, em geral, não esteja atento para a
articulação entre estas duas dimensões da vida: a do organismo (a bio-logica) e a das relações
pessoais (a dia-lógica ou Nao-lógica), já que se trata do sujeito do inconsciente. Tudo se passa como
se a formação do pediatra e o trabalho que executa não contemplasse essa complexidade. (Kupfer).
Kupfer, propõe aos profissionais da pediatria, uma abertura para aquilo que o discurso da
especialização busca tamponar: Sinais de riscos para transtornos que, quando detectados, podem
sofrer uma intervenção minorativa do sofrimento da criança. Com isso, veem-se eticamente
convocados no que diz respeito a sua influência no destino não apenas de um órgão, mas, também
de um sujeito.
Quanto ao profissional da educação, que eles possam se interrogar sobre o que é uma educação
ideal e o ideal da educação. Uma está no nível da impossibilidade porque tem relação com o
imaginário, persegue um modelo humano como ideal. A outra, encontra-se no campo do simbólico,
portanto passível de realizações, porque está ligada a valores que lhes foram transmitidos. E segue o
conselho de Freud: “A análise dos professores seria a melhor medida profilática”.
Seria uma prevenção de adoecimento para si e para a criança. Pois ambas se encontram envolvidas
transferencialmente.

* A necessidade que se faz em detectar o quanto antes as causas dos distúrbios.


A escuta da criança é o primeiro passo a dar em busca de uma solução dos seus conflitos, ou dos
seus sintomas. A psicanálise parte da hipótese de que a criança no discurso analítico é um ser de
razão que demanda a razão do seu ser. (Sônia Magalhães). Os outros passos, são dados, antes
mesmo que as dificuldades torne-se um transtorno ou distúrbio, são problemas que podem ser
sanados com a ajuda dos professores, pais e entre outros. Pode se referir a alguma atividade que não
foi bem assimilada. Os distúrbios são o agravamento das dificuldades que vão se acumulando,
causando falta de interesse nas atividades escolares e consequentemente evasão escolar. p.107.
Olhar sempre a criança e suas manifestaçoes sintomáticas. Afinal de contas, somos constituídos
pelo olhar e pelo discurso do Outro,
É preciso mobilizar esse aprendiz e o seu entorno familiar e escolar, no sentido da construção de um
olhar sobre o não aprender. (RUBINSTEIN,1996,P.134) p.101.
O não aprender como um sintoma. Pain leva em conta o lugar que a criança ocupa no discurso dos
pais, para saber se o sintoma da criança se articula com o sintoma dos pais. Alicia influenciada por
Sara Pain, segue a mesma linha da psicanálise, para detectar os problemas da aprendizagem. O
sintoma é tomado por ela, como um signo.

* Materiais orientadores para os pais e treinamentos os pedagogos.


Lacan declara que “Um dos traços mais fulgurantes da intuição de Freud na ordem do mundo
psíquico é ter captado o valor revelador dos jogos de ocultamento que são as primeiras brincadeiras
da criança” (Escritos. p.189). Existe uma gama de material pronto e a ser construído. Introduzir
jogos, construir brinquedos com sucatas, e aprender com a elas a brincar, é a melhor forma de
ensinar e se fazer presente.

* A questão da importância da informação para os pais. É preciso conhecer o problema.


Sim! Mas é preciso também, primeiro conhecer seus próprios sintomas para averiguação se não está
estendendo ao filho. Seu próprio sintoma. Suas projeções para um filho sucesso.
Entender que somos limitados, que por mais que se deseje ser ou ter, alguém de sucesso em todos
os aspectos intelectuais, não será possível, sempre vai haver um furo, do real, a ser simbolizado.
A psicanálise entende a educação como uma prática que transcende o ato de adaptar. É sobretudo
uma prática que constitui o sujeito, em sua singularidade, em sua forma peculiar de aprender,
conforme uma ordem desejante de interpretação do mundo. Que mundo é este que está sendo
constituído para essa criança com dificuldades de aprender?
Sabe-se que a educação é entendida como um ato de cultura, onde o discurso social assume uma
ideologia. Para Lacan, o discurso é justamente o que faz laço social, gerando uma definição que
atrela o falante (no caso a criança) ao Outro de modo estrutural. Por esta perspectiva, educar tornar-
se uma prática social discursiva responsável pela imersão da criança na linguagem.
Se esse discurso for mais mercantilista que a favor da criança e seus pais?
Existe hoje, uma medicalização da educação. A indústria farmacêutica apropriou-se de um certo
recorte de manifestações discursivas infantis tipicamente modernas: o TDAH (Transtorno de Deficit
de Atenção e Hiperatividade). Cujas manifestações se prestam à prescrição de medicamentos como
Ritalina, Concerta entre outros. É importante que os pais saibam, que existe uma dimensão
ideológica, tanto da escola, como do discurso médico que tem como característica a destituição do
saber familiar, e consequentemente a anulação do saber inconsciente dos pais.

*Atuação do psicopedagogo/ de que forma pode ser melhor utilizada diante das dificuldades de
aprendizagem encontradas por alunos dentro e fora da sala de aula.
A prática da psicopedagogia nasceu da prática dos primeiros psicanalistas que se enveredaram no
campo da educação. Queriam criar métodos educativos através da psicanálise. Faziam parte desta
corrente explicitada na “Revista de pedagogia psicanalítica”: Oscar Pfister, Hans Zulliger, Ruth
Weiness e posteriormente Hermine Von-Hellmuth que iniciou o tratamento psicanalítico com
crianças. Tendo como seguidoras Anna Freud, Mellanie, Maud Mannoni e Françoise Dolto.
Mannoni, sobre o saber pedagógico, denunciava que os “imperativos pedagógicos”, em vez de
ajudar o avanço do ensino, podiam aumentar o índice do fracasso. A subversão de suas ideias decore
de sua “proposta de estender o conceito psicanalítico de sujeito a todas as crianças, como uma
aposta, para que as condições de surgimento do sujeito encontrem-se presentes.
A atuação do psicopedagogo é desejar que esse sujeito possa advir. O discurso do psicopedagogo
não deve ser o discurso do mestre, daquele que sabe, mas, o do suposto saber. A psicopedagogia
pelo viés da psicanálise, toma as dificuldades de aprendizagem, dando atenção à situação individual
de cada aluno.
Não se pode generalizar, mas ainda é recorrente na psicopedagogia, assim como na pedagogia, a
idealização de modelos teóricos, práticos e metodológicos. A psicanálise quando pensa a educação,
não tem pretensão descritiva, não tem modelos, receitas. A psicanálise não é uma teoria psicológica
e não é uma teoria do desenvolvimento, e muito menos da aprendizagem. A psicanálise, quando se
dirige a educação, fala da sua concepção, da constituição psíquica do sujeito, e sua relação com o
Outro. A psicanálise levanta incertezas das certezas que as teorias pretendem aplicar a este ou
aquele campo das relações humanas. Enfim, parodiando Mannoni, a psicopedagogia tem de haver-
se com as novas formas de “doença” que não são para serem tratadas. É no campo da ética que a
psicopedagogia do terceiro tempo pode intervir na escuta da singularidade do sujeito, cujo
desdobramento possa acolher a inventividade.
* Os distúrbios de aprendizagem acometem de 5 a 15% de crianças em idade escolar, em diferentes
idiomas e culturas, sendo os específicos em leitura e escrita altamente prevalentes. O dado é do
Manual Diagnostico e Estatístico de transtornos Mentais (DSM-V, 2015),publicação da American
Psichiatric Association.
O DSM não se perguta as causas, apenas se coloca os rótulos. Se tornou uma psiquiatria biológica.
O estudo do sofrimento perdeu seu estudo fenomenológico. Quem está tomado por um conflito ou
medo, não se pergunta mais como resolver seu sintoma. São os médicos, não só psiquiatras, que
medica o sujeito, sobre seu saber. Ou o seu, não seu querer saber. Existe uma enxurrada de
diagnósticos. O mais polêmico, é que todos nos enquadramos em algum tipo, em alguma locação. A
psicopatologia é uma área do conhecimento que objetiva estudar(enquadrar) os estados psíquicos
relacionados a saúde mental. Portanto é uma coisa da qual todos nos participamos. Freud já
escreveu sobre a psicopatologia da vida cotidiana. O que faz com que uma conduta seja considerada
patológica, não é uma coisa que se decida cientificamente. Ao contrário, o sofrimento é inerente ao
ser humano.

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