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MARCIA BRENNER - 427.115.500-44


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MARCIA BRENNER - 427.115.500-44


HISTÓRIA DA SAÚDE NO BRASIL

BRASIL COLÔNIA (1500 A 1822)

Doenças

Castigo ou provação

Pagé
Curandeirismo Padres Jesuítas

Físicos e cirurgiões- Santa Casa de Misericórdia


barbeiros Santos -1543
Salvador - 1549

Chegada da Família Real ao Brasil em 1808

Política Médica

Intervenção na condição de vida e saúde da população

Vigiar/controlar o aparecimento de epidemias

TEORIA MIASMÁTICA

Conjunto de odores fétidos provenientes de matéria orgânica em putrefação nos


solos e lençóis freáticos contaminados.

Profilaxia: urbanização da cidade (aterros de pântanos, demarcação de ruas e lugares de


construção, rede de esgoto e água, organização dos cemitérios).

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ALVARÁ DE 22 DE JANEIRO (1810)

Criação de um lazareto para quarentena dos escravos portadores de moléstias epidêmicas

Autoridade sanitária poderia conceber o visto de entrada das pessoas na cidade

BRASIL IMPÉRIO (1822 A 1889)


 Ações de combate a doenças transmissíveis;
 Descoberta da vacina da varíola;
 Era bacteriológica – Louis Pasteur;

TEORIA DA UNICAUSALIDADE
 Superação da teoria miasmática

REPÚBLICA VELHA (1889 A 1930)


 Bacteriologia;
 Medicina higienista;
 Planejamento urbano das cidades;
 Doenças: cólera, peste bubônica, febre amarela, varíolas, tuberculose, hanseníase, febre tifóide;

MEDIDAS JURÍDICAS IMPOSITIVAS

Notificação de doenças Vacinação Obrigatória Vigilância Sanitária

REPÚBLICA VELHA (1889 A 1930)


 Oswaldo Cruz é nomeado Diretor do Departamento Federal de Saúde Pública → Erradicar a febre
amarela;

MODELO CAMPANHISTA
 Lei Federal nº 1261/1904: Vacinação anti-varíola → Revolta da Vacina;

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ELEMENTOS DAS AÇÕES DE SAÚDE
 Registro demográfico: conhecer a composição e os fatos vitais de importância da população;
 Introdução do laboratório como auxiliar do diagnóstico etiológico;
 Fabricação organizada de produtos profiláticos para uso em massa.

1920 – Carlos Chagas Reestruturação do Departamento Nacional de Saúde

Propaganda Educação sanitária

 Órgãos especializados: TB, hanseníase e doenças venéreas;


 Expandiram-se as atividades de saneamento para outros estados;
 1923:
- convênio entre o Brasil e a Fundação Rockefeller;
- Lei Eloy Chaves → Criação das Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAP);

Assistência médica previdenciária

ERA VARGAS (1930-1964)


 1930: Criação do Ministério da Educação e Saúde (MESP);
- Sistema Nacional de Saúde.
 1933: Instituto de Aposentadoria e Pensões (IAP)
- organização dos trabalhadores em categorias profissionais;
- IAPM (1933)/IAPC e IAPB (1936).
 1953: Ministério da Saúde.

AUTORITARISMO (1964-1985)
 Saúde Pública: baixa qualidade e limitada;
 1966: IAPs → INPS (Instituto Nacional de Previdência Social);
 1977: Criação dos INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social);
 Assistência médica previdenciária restrita aos trabalhadores que exerciam atividade remunerada,
centrada na doença e procedimentos;
 1970: Movimento da Reforma Sanitária;
 1978: Conferência de Alma-Ata;
 1983: Criação das Ações Integradas de Saúde (AIS).

SUS (1988 - atualidade)

INAMPS (1977-1993)
INPS (1966-1977)
IAP (1933-1966)

CAP (1923-1933)

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trabalhadores de determinadas empresas;
CAP
financiadas pelos empregados e
empregadores.

trabalhadores de determinadas categorias


profissionais;
IAP
Medicina Previdenciária financiada pelos empregados, empregadores e
governo.

unificação dos IAP, reunindo todos os


trabalhadores;
INPS e INAMPS
financiada pelos empregados,
empregadores e governo.

1. (Residência Médica/Secretaria Estadual de Saúde do Pernambuco-PE/Seleção 2012/UPE) Sobre o


desenvolvimento das políticas de saúde no Brasil, podem-se contemplar, na história republicana, pelo menos,
cinco conjunturas: República Velha (1889-1930); Era Vargas (1930-1964); Autoritarismo (1964-1984); Nova
República (1985-1988); Pós-Constituinte. Sobre esses períodos, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Na República Velha, predominavam as doenças transmissíveis, como a febre amarela urbana, varíola,
tuberculose, sífilis, além das endemias rurais.
b) Na Era Vargas, a saúde pública passa a ter sua institucionalização, na esfera federal, pelo Ministério da
Educação e Saúde, enquanto a medicina previdenciária e a saúde ocupacional vinculavam-se ao Ministério do
Trabalho.
c) No Autoritarismo, houve a unificação dos Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAP), criando o Instituto
Nacional de Previdência Social (INAMPS).
d) As políticas de saúde executadas durante a Nova República privilegiaram o setor privado mediante a
compra de serviços de assistência médica, o apoio aos investimentos e os empréstimos com subsídios.
e) No período Pós-Constituinte, foi implantado o Programa Saúde da Família (PSF).
COMENTÁRIOS:

2. (Residência Multiprofissional em Saúde-UFRN/Seleção 2013) O surgimento das primeiras Caixas de


Aposentadorias e pensões (CAPs) é o marco inicial da atividade estatal em relação à assistência médica. A Lei
de 1923, na qual o governo instituiu e regulamentou tais entidades, foi a
a) Lei Carlos Chagas.
b) Lei Eloy Chaves.
c) Lei Orgânica da Saúde nº 8080.
d) Lei Orgânica da Saúde nº 8142.
COMENTÁRIOS:

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3. (Questão elaborada pelo autor) No que tange à Previdência Social, a política de Estado pretendeu estender
a todas as categorias do operariado urbano organizado os benefícios da previdência. Dessa forma, as antigas
Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAP) foram substituídas pelos Institutos de Aposentadoria e Pensão
(IAP). Em relação a este tema, considere as seguintes afirmativas:
I. Em 1933, foi criado o primeiro IAP, o dos Bancários (IAPB).
II. Nos IAP, os trabalhadores eram organizados por categoria profissional (marítimos, comerciários e
bancários), e não por empresa.
III. Os principais benefícios assegurados aos associados dos IAP eram: aposentadoria, pensão em caso de
morte para seus dependentes e assistência médica e hospitalar.
IV. O financiamento dos IAP era feito apenas pelas empresas e empregados, ou seja, era bipartite.
V. Até o fim dos anos 1950, a assistência médica previdenciária não era importante. Os técnicos do setor
consideravam-na secundária no sistema previdenciário brasileiro, e os segurados não faziam dela parte
importante de suas reivindicações.
São características dos IAP:
a) I e II e III, apenas.
b) II, III e IV, apenas.
c) II, III e V, apenas.
d) I, II,III,e V, apenas.
e) I, II, III e IV.
COMENTÁRIOS:

4. (Questão elaborada pelo autor) Em relação à história da saúde brasileira, informe se é verdadeiro (V) ou
falso (F) o que se afirma abaixo e, em seguida, assinale a alternativa com a sequência correta:
( ) Em 1930, foi criado o Ministério da Educação e Saúde (MESP). A esse ministério cabia a saúde pública, ou
melhor, tudo aquilo que dissesse respeito à saúde da população e que não se encontrava na área da medicina
previdenciária, desenvolvida no Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio.
( ) O Ministério da Educação e Saúde (MESP) fazia a prestação de serviços para aqueles identificados como
pré-cidadãos: os pobres, os desempregados, os que exerciam atividades informais, ou seja, todos aqueles que
não se encontravam habilitados a usufruir os serviços oferecidos pelas caixas e pelos serviços previdenciários.
( ) A saúde brasileira era organizada de duas formas distintas: (a) saúde pública prestada pelo MESP para
toda a população, especialmente a mais carente; (b) assistência médica previdenciária prestada pelos IAP e
posteriormente pelo INPS e INAMPS apenas aos trabalhadores com carteira de trabalho assinada.
( ) A partir da nova Constituição Federal de 1946, as ações específicas e horizontais de saúde pública foram
fortalecidas, com ênfase para os programas de pré-natal, vacinação, puericultura, tuberculose, hanseníase,
doenças sexualmente transmissíveis e outros.
( ) O Ministério da Saúde (MS) foi criado em 1953, desvinculado as ações de saúde pública do antigo
Ministério da Educação e Saúde (MESP).
a) F – V – V – V– F.
b) F – F – V – V– V.
c) V – V – F – V– V.
d) V – V – V – F– V.

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e) V – V – V – V– V.
COMENTÁRIOS:

5. (Questão elaborada pelo autor)


Em 1975, o modelo econômico implantado pela Ditadura Militar entra em crise. A população com baixos
salários, contidos pela política econômica e pela repressão, passou a conviver com o desemprego e as suas
graves consequências sociais, como aumento da marginalidade, das favelas e da mortalidade infantil. Dessa
forma, avalie os itens abaixo em relação a esse período:
1. Priorizava a medicina curativa, sendo incapaz de solucionar os principais problemas de saúde coletiva, como
as endemias, as epidemias e os indicadores de saúde (mortalidade infantil, por exemplo).
2. Gerou aumentos constantes dos custos da medicina curativa, centrada na atenção médico-hospitalar de
complexidade crescente.
3. A diminuição do crescimento econômico do Brasil não teve repercussão na arrecadação do sistema
previdenciário.
4. Esse sistema foi incapaz de atender uma população cada vez maior de marginalizados que, sem carteira
assinada e contribuição previdenciária, se via excluída do sistema.
5. A prática de desvios de verba do sistema previdenciário para cobrir despesas de outros setores e para
realização de obras por parte do governo federal era um dos maiores problemas desse sistema.
6. A União continuava repassando recursos do Tesouro Nacional para o sistema previdenciário, visto este ser
tripartite (empregador, empregado e União).
Está correto o contido em
a) 1, 2 e 3, apenas.
b) 1, 3, 4 e 6, apenas.
c) 1, 2, 4 e 5, apenas.
d) 2, 4, 5 e 6, apenas.
e) 1, 2, 4, 5 e 6, apenas.
COMENTÁRIOS:

6. (Prefeitura de Ponta Grossa-PR/2011/FAFIPA) Sobre a Conferência de Alma-Ata (1978) analise as assertivas


e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s).
I. Refere que os cuidados primários de saúde são cuidados essenciais de saúde baseados em métodos e
tecnologias práticas, cientificamente bem fundamentadas e socialmente aceitáveis.
II. Reconhece como necessária a união de países desenvolvidos para incremento de tecnologias duras em
países pouco desenvolvidos com o intuito de fortalecer a equidade em saúde.
III. Afirma que o desenvolvimento econômico e social baseado numa ordem econômica internacional é de
importância fundamental para realização da meta de Saúde para Todos no Ano 2000 e para a redução da
lacuna existente entre o estado de saúde dos países em desenvolvimento e o dos desenvolvidos.
IV. Foi realizada no Brasil e é considerada um marco na história do país, pois fomentou a discussão sobre
saúde universal, sendo precursora da Constituição Federal de 1988.
a) Apenas I e III estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas.

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c) Apenas IV está correta.
d) Apenas I, II, III e IV estão corretas.
e) Apenas I, II e III estão corretas.
COMENTÁRIOS:

7. (Prefeitura de Teresina-PI/2011/NUCEPE) A VIII Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1986, foi um


acontecimento importante que influenciou a criação do SUS. Em relação ao Movimento pela Reforma Sanitária
Brasileira, marque a alternativa CORRETA:
a) A VIII Conferência Nacional de Saúde diferiu das demais porque impulsionou a realização de Conferências
Estaduais e Municipais.
b) O movimento pela Reforma Sanitária Brasileira teve grande participação popular e do movimento sindical,
mas não houve apoio político.
c) O movimento da Reforma Sanitária Brasileira criou o SUS e impulsionou a elaboração de uma nova
Constituição Federal.
d) A VIII Conferência Nacional de Saúde diferiu das demais pelo seu caráter democrático e pela sua dinâmica
processual.
e) O SUS foi criado através da Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990.
COMENTÁRIOS:

8. (Prefeitura de Presidente Dutra-MA/2012/LUDUS) Com relação ao Sistema Único de Saúde (SUS) e seus
princípios, foram muitos os passos percorridos antes de chegarmos ao nível de evolução do SUS atual. Sobre
este assunto relacione a primeira coluna com a segunda coluna.
POLÍTICAS (coluna 1)
1. SUDS
2. CONASP
3. AIS
4. VIII Conferência Nacional de Saúde
5. SUS
( ) Ampla discussão sobre os rumos do sistema de saúde e sugeriu propostas para a Assembleia Constituinte.
( ) Convênios com municípios e Estados, permitindo pela primeira vez o uso de recursos da previdência para
financiar serviços de saúde oferecidos a toda população;
( ) Descentralização do INAMPS e forte apoio dos governadores.
( ) Deu início a programação das atividades de assistência no âmbito do INAMPS e criou a AIH
( ) Conjunto de ações e serviços de saúde que são oferecidos gratuitamente sem que o usuário tenha que
comprovar qualquer contribuição prévia.
Marque a alternativa que trás a sequência correta da segunda coluna:
a) 4, 1, 3, 2, 5
b) 4, 3, 1, 2, 5
c) 3, 4, 1, 2, 5
d) 1, 3, 5, 4, 2
e) 4, 5, 3, 1, 2

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COMENTÁRIOS:

9. (Prefeitura de Salvador-BA/2011/CESGRANRIO) De acordo com as políticas públicas de saúde,


historicamente na 8ª Conferência Nacional de Saúde, no tocante à participação, resultaram as seguintes
diretrizes, EXCETO a
a) afirmação do princípio da participação das entidades representativas.
b) reformulação das ações integradas de saúde.
c) constituição de um novo conselho nacional, composto por representantes.
d) formação de conselhos de saúde municipal, regional e estadual, cuja composição deveria incluir
representantes indicados pelo governo.
e) eleição da direção das unidades de saúde pelos seus trabalhadores e usuários.
COMENTÁRIOS:

10. (Prefeitura de São Carlos-SP/2011/ESF/VUNESP) Leia as afirmações a seguir.


I. A 8.ª Conferência Nacional de Saúde, ocorrida em 1986, um dos pontos altos da Reforma Sanitária no Brasil,
teve como norte “saúde como direito de todos e dever do Estado”.
II. Até 1988, somente os trabalhadores com vínculo formal no mercado de trabalho tinham direito à
assistência em saúde.
III. A Reforma Sanitária, cujas primeiras articulações datam da década de 1960, foi concluída na década de
1980, com a plena implementação dos princípios do SUS.
Está correto o contido em:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II e III.
COMENTÁRIOS:

11. (ANVISA/CESPE/2007) No Brasil, após a Constituição de 1988, seguiu-se a construção social do SUS ao
mesmo tempo em que o mercado montava o sistema de assistência médica supletiva (décadas de 80 e 90 do
século XX). Acerca desse tema, julgue os itens a seguir.

I- Com o SUS, a saúde passou a ser direito social de todos, vinculado à questão de cidadania.
II- Apesar das dificuldades de implantação do SUS, ocorreu extensão de cobertura dos serviços de saúde para a
população brasileira no final do século XX.

GABARITO  1 - D / 2 - B / 3 - C / 4 - D / 5 - C / 6 - A / 7 - D / 8 - B / 9 - D / 10 - B / 11 - V E V

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HISTÓRIA DA SAÚDE NO BRASIL

No período colonial do Brasil (1500 a 1822), as doenças eram encaradas pelos índios como castigo ou
provação, cujas causas eles reconheciam como reflexo da vontade de um ser sobrenatural, ação de astros e
dos agentes climáticos ou força de uma praga ou feitiço. Dentro da concepção empírica, mística e mágica da
doença, quando as pessoas adoeciam, recorriam ao pajé, que exorcizava os maus espíritos e utilizava plantas e
substâncias diversas no tratamento dos enfermos.
Faremos uma viagem na história da saúde do Brasil Colônia.
Os primeiros colonizadores, obviamente, não endossavam o
sistema de atendimento à saúde dos índios. Um dos objetivos dos
portugueses era converter os indígenas ao cristianismo e isso
significava neutralizar a influência do pajé; e talvez, principalmente,
cuidar da saúde dos habitantes da terra. Os padres jesuítas tiveram
papel importante na assistência aos doentes, levando medicamentos,
por eles manipulados em suas boticas, e alimentos aos pacientes,
além de aproveitarem aquele momento para a catequese.

O progressivo desenvolvimento da colonização levou ao


desaparecimento da assistência médica jesuítica, substituída pelos Figura 1 - Curandeirismo

físicos, como eram conhecidos os médicos da época, e pelos cirurgiões


barbeiros1.

Nesse período, importada da África, onde era


endêmica, e da Europa, a varíola não mais desertou do
território brasileiro e, em surtos periódicos, dizimou boa
parte da população local.
A prática médica era baseada em conhecimentos
tradicionais e não “científicos”. A estratégia de controle
utilizada na época baseava-se no afastamento ou no
confinamento dos doentes nas Santas Casas de
2
Misericórdia , cuja função era mais assistencialista do que
curativa. Tal é a característica das ações de combate à
hanseníase, voltadas para o indivíduo doente, e não para a
Figura 2 - Santas Casas de Misericórdia.
prevenção da ocorrência da doença na população.

1
No Brasil dos séculos XVI e XVII, os barbeiros-cirurgiões eram portugueses e espanhóis, cristãos-novos e meio-cristãos-novos que praticavam pequenas
cirurgias, além de sangrar, sarjar, lancetar, aplicar bichas e ventosas e arrancar dentes. Também cortavam o cabelo e a barba. Negros e mestiços
também começaram a atuar a partir da metade do século XVII e enquanto os barbeiros escravos trabalhavam para os seus senhores, os livres
amealhavam para sí mesmo os rendimentos de suas atividades e muitas vezes mantinham em treinamento escravos. Dentre seus instrumentos
constavam navalha, pente, tesoura, lanceta, ventosa, sabão, pedra de amolar, bacia de cobre, escalpelo,
boticão, escarificador, turquês e sanguessuga (Hirudo medicinalis). Os mais humildes praticavam suas atividades na própria rua, enquanto os mais
preparados tinham suas lojas nas ruas principais. As atividades dos barbeiros-cirurgiões perdurou até o século XIX.
2
A primeira Santa Casa de Misericórdia no Brasil foi inaugurada em Santos, no ano de 1543, construída por Braz Cubas. A segunda foi fundada em
Salvador, no ano de 1549, para cumprir a sua missão de tratar dos doentes. No final do século XVI, construiu o Hospital São Cristóvão em Salvador-BA.

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A ação contra a febre amarela desenvolvida em fins do século XVII, em Pernambuco, inaugura uma nova
prática, em que, ao lado das medidas voltadas para o indivíduo – como o isolamento – são organizadas ações
com o objetivo de destruir ou transformar tudo o que, no meio urbano, é considerado causa da doença. Para
evitar a sua propagação, aterram-se águas estagnadas, limpam-se ruas e casas, criam-se cemitérios, purifica-se
o ar. O fator desencadeante dessas medidas, contudo, é a própria ocorrência de epidemias. Estas, tão logo
controladas, são seguidas pela desativação daquelas medidas saneadoras.
Somente a partir do século XIX, estruturam-se ações
que visam à promoção da saúde, antes mesmo da
ocorrência das doenças.
Com a chegada da família real ao Brasil, em 1808,
incorporou-se o caráter de ação denominado de Polícia
Médica, originário da Alemanha do século XVIII. Essa
concepção propunha a intervenção nas condições de vida e
saúde da população, com o propósito de vigiar e controlar o
aparecimento de epidemias. Tratava-se de um controle-
profilaxia, de vigilância da cidade, para controlar as
instalações de minas e cemitérios, o comércio do pão, vinho Figura 3 - Teoria Miasmática

e carne.
A concepção adotada, sobre as causas das doenças baseava-se na teoria miasmática3, que concebia as
emanações de elementos do meio físico como seus agentes responsáveis, considerados insalubres porque
ainda não se conhecia a existência dos microrganismos.
Considerava-se que o ar era o principal causador de doenças, pois carregava gases pestilenciais oriundos
de matéria orgânica em putrefação. Essa matéria em decomposição resultaria de águas estagnadas nos
pântanos, para onde seriam carreadas substâncias animais e vegetais de cemitérios localizados, na maioria das
vezes, no centro das cidades, “infeccionando o ar”. Os serviços de saúde, organizados à semelhança de
Portugal, tinham sua atenção voltada para a profilaxia das moléstias epidêmicas, baseada no saneamento do
meio.
Para combater esses males, propunha-se a urbanização da cidade, com aterros de pântanos,
demarcação de ruas e lugares de construção, implantação de rede de água e esgoto, organização dos
cemitérios, criação de normas higiênicas para enterro dos mortos, etc.
Outra causa a que se atribuía a doença seria a circulação das pessoas e mercadorias pelos portos. Para
evitá-la, propõe-se a criação de um lazareto4 para quarentena dos escravos portadores de moléstias
epidêmicas e cutâneas. Essas ações de profilaxia das moléstias transmissíveis consistiam, fundamentalmente,
na fiscalização rigorosa das embarcações que poderiam trazer a peste ou outras moléstias epidêmicas, o que
viria a constituir a vigilância sanitária dos portos. A depender das moléstias que trouxessem ou do número de
óbitos ocorridos a bordo, procedia-se à quarentena dos navios, dos indivíduos ou dos doentes nos “Lazaretos”.
Somente a autoridade sanitária poderia conceder a essas pessoas visto de entrada na cidade. Aqui, já aparece

3
A teoria miasmática ou teoria miasmática das doenças foi uma teoria biológica formulada por Thomas Sydenham e Giovanni María
Lancisi durante o século XVII. Segundo a teoria, as doenças teriam origem nos miasmas: o conjunto de odores fétidos provenientes de
matéria orgânica em putrefação nos solos e lençóis freáticos contaminados.
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Estabelecimento existente junto aos portos, ao qual se recolhem viajantes procedentes de países onde grasse moléstia epidêmica ou
contagiosa; hospital de quarentena.

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a preocupação com o indivíduo, esboçando-se a noção de caso, além da vigilância da cidade já citada. Sobre
essa noção de caso, fundamentam-se, progressivamente, ações restritas ao indivíduo portador: isolamento do
paciente, seu controle, manipulação e até punição.
No ano de 1810, o Alvará de 22 de janeiro determina a construção de Lazareto para quarentena de
viajantes e ancoradouro especial para embarcações suspeitas, inclusive com taxas públicas para este serviço
de saúde. Trata-se de um dos primeiros regulamentos para o controle sanitário de pessoas/viajantes,
cargas/mercadorias e embarcações nos portos no Brasil. É o nascimento da vigilância em saúde nos portos,
aeroportos e fronteiras baseada em medidas de controle para doenças contagiosas.
As preocupações com a saúde da população, principalmente com a saúde da Corte, bem como a
necessidade do saneamento dos portos como estratégia para o desenvolvimento de relações mercantis,
trouxeram uma nova organização para o governo, em que se buscava o controle das epidemias e do meio
ambiente.
Com o desenvolvimento da bacteriologia (Era Bacteriológica) e da utilização de recursos que
possibilitaram a descoberta dos microrganismos, surgiu a identificação do agente etiológico da doença,
concretizada na segunda metade do século XIX e início do século XX. O consequente desenvolvimento de
métodos que possibilitavam o combate aos agentes etiológicos (soroterapia, quimioterapia) propiciou a
execução da vacinação antivariólica, iniciando uma nova prática de controle das doenças, com repercussões na
forma de organização de serviços e ações em saúde coletiva no Brasil.
Durante o período do Brasil Império (1822 a 1889), foram
realizadas ações de combate específico a determinadas doenças
transmissíveis. A vacina contra a varíola foi descoberta. Passou-se a
identificar os agentes causadores de doenças. Foi o período da era
bacteriológica5.
De acordo com artigo sobre modelo bacteriológico a
programação em saúde (1889-1983), o Modelo Bacteriológico data do
período de 1889-1925. Ademais, conforme o livro "O território e o
processo saúde-doença”, no final do século XIX, com o auxílio do
microscópio, o químico francês Louis Pasteur, estudando as falhas na
Figura 4 - O francês Louis Pasteur (1822-
fermentação de vinhos e cervejas, observou que microorganismos 1895) foi o primeiro cientista a admitir
tinham um papel fundamental neste processo. Portanto, a era que a varíola era causada por micro-
organismos (Fonte: Fiocruz).
bacteriológica surgiu com as descoberta de Pasteur no final do século
XIX.
Como consequência da redução da importância do meio na ocorrência das doenças, característico da
teoria miasmática, progressivamente, as ações tornam-se mais restritas ao indivíduo portador, para o qual
seriam dirigidas as ações de controle. Além da utilização do isolamento do paciente, este seria objeto de
intervenção dos serviços de saúde da época.
Em síntese, No período imperial, temos a superação da teoria miasmática (focada no meio ambiente) e
incorporação da era bacteriológica (centrada no agente etiológico das doenças).

5
Com a era bacteriológica, a teoria da unicausalidade teve sua grande época. Esta teoria baseava-se no conceito de que uma vez identificados os
agentes vivos específicos de doenças, os chamados agentes etiológicos e os seus meios de transmissão, os problemas de prevenção e cura das doenças
correspondentes estariam resolvidos, esquecendo-se dos demais determinantes causais relacionados ao hospedeiro e ao ambiente.

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No final do século XIX e começo do século XX, ocorreu grande aumento da emigração europeia para o
Brasil, formada por pessoas muito suscetíveis às doenças tropicais. A péssima situação sanitária do País
prejudicava até mesmo a economia, que dependia, fundamentalmente, da exportação do café. Navios
recusavam-se a vir ao Brasil.
A realidade apresentada na questão foi levada em consideração na determinação das políticas de saúde
no período da República Velha (1889 a 1930).
As necessidades de saúde geradas no processo de desenvolvimento econômico e social, de controle de
doenças que visavam à manutenção da força de trabalho em quantidade e qualidade adequadas,
determinaram, como parte do processo de organização do Estado republicano, a montagem da estrutura
sanitária encarregada de responder a essa demanda. A simples fiscalização não resolveria o problema: era
preciso uma ação governamental mais abrangente, em bases mais científicas.
A Bacteriologia vivia seu auge em todo mundo, a medicina higienista começava a ganhar força no Brasil
e a pautar o planejamento urbano da maioria das cidades. No momento em que os tripulantes estrangeiros
receavam desembarcar nos portos brasileiros, pela temeridade de contrair inúmeras doenças que
proliferavam aqui, o saneamento foi a solução encontrada para, literalmente, mudar a imagem do País lá fora.
Os problemas de saúde que, então, aparecem como preocupação maior do Poder Público são as
endemias e as questões gerais de saneamento nos núcleos urbanos e nos portos, principalmente naqueles
vinculados ao segmento comercial voltado à exportação o ao capital industrial nascente. Tratava-se da criação
de condições sanitárias mínimas indispensáveis não só para as relações comerciais com o exterior, como
também para o êxito da política de imigração, em função da relativa escassez de mão
de obra nacional.
As doenças pestilenciais como cólera, peste bubônica, febre amarela, varíola e as
chamadas doenças de massa, isto é, doenças infecciosas e parasitárias, como
tuberculose, hanseníase, febre tifóide, representavam as doenças de maior expressão a
requerer a atenção pública.
As campanhas contra febre amarela, peste bubônica e varíola, assim como as
medidas gerais destinadas à promoção de higiene urbana, caracterizavam-se pela Figura 5 - Doenças
6 Infecciosas e
utilização de medidas jurídicas impositivas de notificação de doenças, vacinação
Parasitárias
obrigatória e vigilância sanitária em geral. No seu conjunto, não ultrapassavam os limites
de soluções imediatistas a problemas agudos que, de uma forma ou de outra, poderiam comprometer o
desenvolvimento da economia cafeeira. Senão, essas medidas representavam, tão somente, tentativas de
respostas aos quadros epidêmicos calamitosos que ameaçavam a população em geral e que, por vezes, davam
motivos às pressões políticas.
Como fator limitante para a ação da Saúde Pública, figurava o próprio alcance do conhecimento
científico e tecnológico referente ao diagnóstico, prevenção e terapia das doenças, quando comparado aos
parâmetros atuais.

6
A chamada Revolta da Vacina ocorreu de 10 a 16 de novembro de 1904 na cidade do Rio de Janeiro. O motivo que desencadeou isso foi a campanha de
vacinação obrigatória, imposta pelo governo federal, contra a varíola.

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Em 1923, o estabelecimento de convênio entre o governo brasileiro e a Fundação Rockefeller garantiu a
cooperação médico-sanitária e educacional para a implementação de programas de erradicação das endemias,
sobretudo nas regiões do interior, onde os trabalhos se concentraram no combate à febre amarela e, mais
tarde, à malária. Como iniciativa de ação coadjuvante com aos serviços estaduais e municipais no combate a
doenças como ancilostomíase, esse acordo tinha duplo interesse para o País: científico e econômico, porque,
além de proteger as populações, aumentaria a sua produtividade.
É importante compreendermos a evolução histórica da saúde no período colonial até o republicano do
Brasil. Não há necessidade de decorarmos detalhes sobre esse assunto.
Mais uma vez, a questão apresenta-se correta.

1. (Residência Médica/Secretaria Estadual de Saúde do Pernambuco-PE/Seleção 2012/UPE) Sobre o


desenvolvimento das políticas de saúde no Brasil, podem-se contemplar, na história republicana, pelo menos,
cinco conjunturas: República Velha (1889-1930); Era Vargas (1930-1964); Autoritarismo (1964-1984); Nova
República (1985-1988); Pós-Constituinte. Sobre esses períodos, assinale a alternativa INCORRETA.

a) Na República Velha, predominavam as doenças transmissíveis, como a febre amarela urbana, varíola,
tuberculose, sífilis, além das endemias rurais.
b) Na Era Vargas, a saúde pública passa a ter sua institucionalização, na esfera federal, pelo Ministério da
Educação e Saúde, enquanto a medicina previdenciária e a saúde ocupacional vinculavam-se ao Ministério do
Trabalho.
c) No Autoritarismo, houve a unificação dos Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAP), criando o Instituto
Nacional de Previdência Social (INAMPS).
d) As políticas de saúde executadas durante a Nova República privilegiaram o setor privado mediante a
compra de serviços de assistência médica, o apoio aos investimentos e os empréstimos com subsídios.
e) No período Pós-Constituinte, foi implantado o Programa Saúde da Família (PSF).
COMENTÁRIOS:
Item A. CORRETO. Durante o período da República Velha (conhecida como Primeira República), a
proteção da saúde era prestada pelo Estado de forma isolada e incipiente, limitando-se a campanhas de
prevenção e combate a algumas doenças transmissíveis e endemias rurais. A assistência médica era prestada
à população carente por meio de instituições de caridade, a exemplo das Santas Casas de Misericórdia. As
pessoas com alto poder econômico eram assistidas por médicos e serviços de saúde particulares.
Nessa época, a assistência à saúde pública e privada era de baixa qualidade e resolutividade. Destaca-se
ainda que, em 1923, foram criadas as Caixas de Aposentadoria e Pensão (CAP), dando início à assistência
médica previdenciária, restrita a trabalhadores de determinadas empresas.
Item B. CORRETO. Na Era Vargas, a saúde pública (que tratava do combate a doenças transmissíveis,
endemias e programas específicos) ficava a cargo do Ministério da Educação e Saúde (MESP) e
posteriormente do Ministério da Saúde (MS), ao passo que a assistência médica era prestada, por meio dos

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Institutos de Aposentadoria e Pensão (IAP), apenas aos trabalhadores que exerciam atividade remunerada de
determinadas categorias profissionais. Registra-se também que os IAP substituíram as CAPS, a partir de 1933.
Item C. CORRETO. Na realidade, a unificação de todos os IAP deu origem ao Instituto Nacional de
Previdência Social (INPS), em 1966. O Instituto de Nacional de Assistência Médica da Previdência Social
(INAMPS) foi criado apenas, em 1977, desmembrando as ações de assistência médica do INPS. Apesar desse
erro conceitual, a alternativa foi considerada correta.
Nobre concurseiro, cuidado para não se perder com tantas siglas (CAP, IAP, INPS e INAMPS).
Vamos ver, no esquema abaixo, a evolução histórica do sistema médico-previdenciário, que ofertava,
entre outros serviços, assistência à saúde para os empregados formais e seus dependentes.

SUS (1988 - atualidade)

INAMPS (1977-1993)
INPS (1966-1977)
IAP (1933-1966)

CAP (1923-1933)

Veja que a medicina previdenciária, que era restrita a pequena parcela da sociedade (trabalhadores
formais e seus dependentes), foi extinta com a criação do SUS.
Fique tranquilo, pois, no decorrer dessa obra, detalharemos cada uma dessas modalidades do sistema
médico-previdenciário.
Item D. INCORRETO. As políticas de saúde executadas durante o período do Autoritarismo (Ditadura
Militar), e não durante a Nova República (1985-1988), privilegiaram o setor privado mediante a compra de
serviços de assistência médica, o apoio aos investimentos e os empréstimos com subsídios. Destaca-se que
essas ações foram as principais causas de falência do INAMPS, resultando em oposição da maior parte da
sociedade brasileira a esse sistema de saúde.
Veja só que atrocidade com a sociedade brasileira:
No período da Ditadura Militar (1964-1985), o INAMPS patrocinou de forma substancial a criação e
expansão dos serviços de saúde privados, por meio de empréstimos e convênios com os recursos da
população. Nessa época, houve desvios de boa parte dos recursos do INAMPS para iniciativa privada. Era
uma verdadeira “festa” com o dinheiro público.
Apesar de todo esse investimento, os serviços de saúde eram prestados apenas aos trabalhadores
formais e seus dependentes, sendo estendido posteriormente aos trabalhadores rurais. Eram serviços de baixa
qualidade e fragmentados. Um verdadeiro absurdo!
Item E. CORRETO. O PSF foi criado em 1994.

Vamos agora fazer uma revisão sobre o assunto abordado

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Principais Características da História da Saúde Pública Brasileira – Período Republicano
 A assistência à saúde pública e privada era de baixa qualidade e resolutividade;
 Campanhas de prevenção e combate a algumas doenças transmissíveis e endemias rurais;
República Velha
 Assistência à saúde oferecida pelas Santas Casas de Misericórdia para a população carente;
(1889-1930)
 Criação das Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAP), em 1923, dando início à assistência
médica previdenciária, restrita a trabalhadores de determinadas EMPRESAS.
 Saúde pública a cargo do Ministério da Saúde e Educação (MESP), de baixa qualidade e
Era Vargas limitada;
(1930-1964)  Assistência médica prestada, por meio dos IAP, apenas aos trabalhadores que exerciam
atividade remunerada, de determinadas CATEGORIAS profissionais;
 Os IAP substituíram as CAP, a partir de 1933.

 Saúde pública a cargo do Ministério da Saúde, de baixa qualidade e limitada;


 Unificação dos IAP, dando origem ao INPS, em 1966;
 Criação do INAMPS, em 1977, desmembrando as ações de assistência médica do INPS;
 As políticas de saúde privilegiavam o setor privado;
Autoritarismo  Assistência médica previdenciária (INPS e INAMPS) restrita aos trabalhadores que exerciam
(1964-1985) atividade remunerada, sendo estendida no final do período da Ditadura Militar aos
trabalhadores rurais;
 Assistência médica previdenciária centrada na doença e em procedimentos, sendo de baixa
qualidade e alto custo, culminando com a falência do INAMPS;
 Início do movimento da Reforma Sanitária, na década de 1970;
 Criação das Ações Integradas de Saúde (AIS), em 1983.
 Fortalecimento do movimento da Reforma Sanitária;
Nova República  8ª Conferência Nacional de Saúde, em 1986;
(1985-1988)  Início do processo de descentralização das ações de saúde para estados e municípios;
 Criação do Sistema Único Descentralizado de Saúde (SUDS), em 1987, e do SUS, em 1988.
 Extinção do INAMPS;
 Adoção dos princípios e diretrizes do SUS;
Pós-Constituinte  “Saúde Direto de todos e dever do Estado”;
 Enfrentamento de muitos problemas para a implantação do SUS.
 Enfrentamento de grupos corporativistas e empresariais que são contrários ao SUS, por
questões econômicas e financeiras temerosas.

A alternativa D, portanto, é o gabarito da questão.

A Saúde Pública brasileira teve a 1ª REFORMA SANITÁRIA, no período da República Velha (Primeira
República)7. Essa Reforma buscou a criação de um Sistema Nacional de Saúde, caracterizado pela
CONCENTRAÇÃO e pela VERTICALIZAÇÃO das ações no governo central.
De acordo com o CONASS (2011), um ativo movimento de Reforma Sanitária emergiu no Brasil durante
a Primeira República (1889-1930), sob a liderança da nova geração de médicos higienistas, que alcançou
importantes resultados. Entre as conquistas, destaca-se a criação do Departamento Nacional de Saúde Pública
(DNSP), em 1920. Durante a Primeira República, foram estabelecidas as bases para a criação de um Sistema
Nacional de Saúde, caracterizado pela CONCENTRAÇÃO e pela VERTICALIZAÇÃO das ações no governo central.

7
A Primeira República, também conhecida como República Velha, constitui a primeira fase da organização republicana nacional e vai desde a
Proclamação da República em 1889 até a chamada Revolução de 1930.

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Cuidado para não confundir!
A Saúde Pública brasileira teve a duas reformas sanitárias.

- A 1ª Reforma Sanitária ocorreu no período da República Velha. Essa Reforma buscou a criação de um
Sistema Nacional de Saúde, caracterizado pela CONCENTRAÇÃO e pela VERTICALIZAÇÃO das ações no
governo central.
- A 2ª Reforma Sanitária, iniciada na década de 1970, é a mais importante e vigente até hoje.
As questões de concurso exploram geralmente o movimento da Reforma Sanitária, iniciado na década
de 1970. Esse movimento foi fundamental para a criação do SUS. Trataremos dele mais adiante.
A criação do Ministério da Saúde e Educação (MESP), em 1930, possibilitou a implantação de um
Sistema Nacional de Saúde, voltado para as ações de saúde pública, embora fosse limitado e de baixa
qualidade.
Com a institucionalização do SUS, em 1988, tivemos a implantação de um Sistema Nacional de Saúde
UNIVERSAL e mais eficaz.
As Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAP) foram criadas pela Lei Eloy Chaves, de 1923. É o marco da
medicina previdenciária.
As CAP eram organizadas por empresa e os IAP que eram organizados por categorias profissionais.

Vamos entender um pouco


mais:
CAP - Cada empresa tinha seu sistema próprio de previdência social e assistência médica. Não sofriam
interferência externa, tampouco de outras empresas (1923-1933).
Por exemplo, o banco Gama tinha sua CAP e o banco Beta tinha sua CAP. Uma não sofria interferência
da outra.
IAP - Cada categoria profissional (ex.: reunião de todos os bancários em um único instituto) tinha seu
sistema próprio de previdência social e assistência médica. Não sofriam interferência externa de outras
categorias profissionais (1933-1966).
Por exemplo, os bancos Gama, Beta e demais tinham um instituto próprio, o Instituto de Aposentadoria
e Pensão dos Bancários (IAPB). Esse instituto não sofria interferência dos demais, a exemplo do Instituto de
Aposentadoria dos Portuários e Marítimos (IAPM).
INPS - Todas as categorias profissionais (marítimos, comerciários, bancários, servidores públicos etc.)
passaram a ter apenas um sistema previdenciário, o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), que
unificou todos os IAP. Esse instituto era gerido pelo governo. Era responsável pela assistência médica e
previdência social de seus integrantes (trabalhadores formais e respectivos dependentes). O INPS teve curta
duração (1966-1977).
INAMPS - O INPS administrava tanto os serviços de assistência médica como os de previdência social.
Imagine como era a bagunça desse instituto. Em 1977, por meio da Lei nº 6439/77 que instituiu o Sistema
Nacional de Previdência e Assistência Social (SINPAS), o governo desdobrou o INPS em Instituto de
Administração da Previdência Social (IAPAS), Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) e Instituto
Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS).

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O INAMPS passou a ser a autarquia responsável pela assistência à saúde dos trabalhadores e seus
dependentes inscritos no sistema de previdência social.
Em resumo, a partir de 1977, Previdência e Saúde ficaram reunidas, com a criação do Sistema Nacional
de Previdência e Assistência Social (SINPAS), controlado pelo Ministério da Previdência e Assistência Social
(MPAS). Faziam parte desse sistema, entre outros, os institutos responsáveis pela assistência médica (INAMPS)
e pela Previdência Social (INPS e IAPAS). Nessa época, só os contribuintes do INPS tinham direito aos serviços
do INAMPS8.
As CAP eram custeadas pelos empregados, empresas e consumidores. Na realidade o financiamento das
CAP era bipartite, sendo realizado pelos trabalhadores e empregadores; enquanto que o financiamento dos
IAP era tripartite, realizado pelos empregadores, trabalhadores e Governo. No entanto, podemos considerar
que os consumidores custeavam as CAP à medida que compravam mercadorias ou adquiriam serviços.
Em síntese, o financiamento das CAP era bipartite, sendo realizado diretamente pelos trabalhadores e
empregadores. No entanto, podemos considerar que os consumidores custeavam as CAPS, de forma indireta,
à medida que compravam mercadorias ou adquiriam serviços.

2. (Residência Multiprofissional em Saúde-UFRN/Seleção 2013) O surgimento das primeiras Caixas de


Aposentadorias e ensões (CAPs) é o marco inicial da atividade estatal em relação à assistência médica. A Lei de
1923, na qual o governo instituiu e regulamentou tais entidades, foi a
a) Lei Carlos Chagas.
b) Lei Eloy Chaves.
c) Lei Orgânica da Saúde nº 8080.
d) Lei Orgânica da Saúde nº 8142.
COMENTÁRIOS:
A Lei Eloy Chaves, publicada em 24 de janeiro de 1923, consolidou a base do sistema previdenciário
brasileiro, com a criação das Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAP) para os empregados das empresas
ferroviárias. Depois, outras empresas criaram suas respectivas CAP. Dito isto, o gabarito da questão é a letra B.
O financiamento das CAPS era bipartite (trabalhadores e empresas), mas dos IAP era tripartite, ou seja,
feito pelas empresas, empregados e Governo.
A assistência médica previdenciária foi valorizada a partir da criação do INPS, com a unificação de todos
os IAP no INPS, em 1966, sendo expandida com a criação do INAMPS, em 1977.
Durante o período das CAP e IAP, as ações de saúde curativas eram superficiais. A partir da década de
1960, com a criação do INPS, as ações curativas de saúde foram expandidas e valorizadas. Isso ocorreu devido
o grande aporte de recursos financeiros do sistema previdenciário unificado brasileiro.

trabalhadores de determinadas empresas;


CAP
financiadas pelos empregados e
empregadores.
Medicina Previdenciária trabalhadores de determinadas categorias
(assistência médica restrita aos profissionais;
IAP
trabalhadores que exerciam atividade financiada pelos empregados, empregadores
remunerada e aos seus dependentes) e governo.
unificação dos IAP, reunindo todos os
trabalhadores;
8
MPS INPS e INAMPS
financiada pelos empregados, empregadores
e governo.
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A alternativa correta, portanto, é a letra C.

3. (Questão elaborada pelo autor) Em relação à história da saúde brasileira, informe se é verdadeiro (V) ou
falso (F) o que se afirma abaixo e, em seguida, assinale a alternativa com a sequência correta:
( ) Em 1930, foi criado o Ministério da Educação e Saúde (MESP). A esse ministério cabia a saúde pública,
ou melhor, tudo aquilo que dissesse respeito à saúde da população e que não se encontrava na área da
medicina previdenciária, desenvolvida no Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio.
( ) O Ministério da Educação e Saúde (MESP) fazia a prestação de serviços para aqueles identificados como
pré-cidadãos: os pobres, os desempregados, os que exerciam atividades informais, ou seja, todos aqueles que
não se encontravam habilitados a usufruir os serviços oferecidos pelas caixas e pelos serviços previdenciários.
( ) A saúde brasileira era organizada de duas formas distintas: (a) saúde pública prestada pelo MESP para
toda a população, especialmente a mais carente; (b) assistência médica previdenciária prestada pelos IAP e
posteriormente pelo INPS e INAMPS apenas aos trabalhadores com carteira de trabalho assinada.
( ) A partir da nova Constituição Federal de 1946, as ações específicas e horizontais de saúde pública foram
fortalecidas, com ênfase para os programas de pré-natal, vacinação, puericultura, tuberculose, hanseníase,
doenças sexualmente transmissíveis e outros.
( ) O Ministério da Saúde (MS) foi criado em 1953, desvinculado as ações de saúde pública do antigo
Ministério da Educação e Saúde (MESP).
a) F – V – V – V– F.
b) F – F – V – V– V.
c) V – V – F – V– V.
d) V – V – V – F– V.
e) V – V – V – V– V.
COMENTÁRIOS:
Durante o período da medicina previdenciária (CAPS, IAP, INPS e INAMPS), era evidente a disjunção entre
saúde pública (voltada para o modelo de atenção à saúde sanitarista9 e campanhista) e assistência médica
(exclusiva para os trabalhadores com vínculos trabalhistas formais).

prestada pelo MESP e posteriormente pelo


MS para toda a população;
Saúde Pública
voltada para ações campanhistas e de
Assistência à Saúde no Período combate a endemias.
da Medicina Previdenciária
exclusiva para os trabalhadores com
Assistência Médica
vínculos trabalhistas formais.

9
O modelo de atenção à saúde sanitarista surgiu a partir do início do século XX, expandindo a partir da década de 1930 com a instalação de centros e
postos de saúde para atender, de modo rotineiro, determinados problemas de saúde. É caracterizado por campanhas sanitárias, programas especiais,
vigilância epidemiológica, vigilância sanitária, etc. Formado por programas que se desenvolvem por meio de administração única e verticalizada.

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O único item falso é o IV, já que as ações específicas de saúde pública (pré-natal, vacinação,
puericultura, tuberculose, hanseníase, doenças sexualmente transmissíveis e outros) eram verticais, ou seja,
eram desenvolvidas sem participação da população na sua elaboração e condução.
Ora, durante o período da Constituição de 1946, existiam ações específicas de saúde pública (pré-natal,
vacinação, puericultura, tuberculose, hanseníase, doenças sexualmente transmissíveis e outros). No entanto,
essas ações eram específicas e verticais, ou seja, não levavam em consideração o acolhimento, vínculo,
responsabilização pelo cuidado, busca ativa etc.
Perceba que essas ações específicas de saúde pública eram realizadas com a abordagem no
procedimento, na técnica e não centradas no individuo, família e comunidade.
Por outro lado, o SUS preconiza ações de saúde pública centradas nos princípios da integralidade,
equidade, universalidade, acolhimento, vínculo, responsabilização com o cuidado, humanização etc.
Nessa esteira, o gabarito da questão é a letra D.

4. (Prefeitura de Teresina-PI/2011/NUCEPE) A VIII Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1986, foi um


acontecimento importante que influenciou a criação do SUS. Em relação ao Movimento pela Reforma Sanitária
Brasileira, marque a alternativa CORRETA:
a) A VIII Conferência Nacional de Saúde diferiu das demais porque impulsionou a realização de Conferências
Estaduais e Municipais.
b) O movimento pela Reforma Sanitária Brasileira teve grande participação popular e do movimento sindical,
mas não houve apoio político.
c) O movimento da Reforma Sanitária Brasileira criou o SUS e impulsionou a elaboração de uma nova
Constituição Federal.
d) A VIII Conferência Nacional de Saúde diferiu das demais pelo seu caráter democrático e pela sua dinâmica
processual.
e) O SUS foi criado através da Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990.
COMENTÁRIOS:
Com o desgaste da Ditadura Militar no final da década de 1970, os movimentos contrários ao regime
ganharam força. Dentro desse contexto, a área da saúde fortaleceu o movimento sanitarista, iniciado por
movimentos populares, nos anos 70, como forma de oposição à política do Estado autoritário.
Neste caminho, as discussões
consolidadas na VIII Conferência de Saúde
foram materializadas na Constituição
Federal em 1988, com a criação do SUS.
Isto posto, vamos analisar as
alternativas da questão:
Item A. INCORRETO. A VIII
Conferência Nacional de Saúde diferenciou-
se das demais pelo seu caráter democrático
e pela sua dinâmica processual, e não por
impulsionar a realização de conferências
Figura 6 - Plenária da 8ª Conferência Nacional de Saúde, realizada no ano de
estaduais e municipais de saúde. 1986, em Brasília.

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Item B. INCORRETO. O movimento pela Reforma Sanitária Brasileira teve grande participação popular e
do movimento sindical, bem como apoio político. As principais propostas dessa conferência serviram de base
para que os constituintes criassem o SUS na Constituição Federal de 1988 (CF/99, arts. 196 a 200).
Item C. INCORRETO. O movimento da Reforma Sanitária Brasileira impulsionou a criação do SUS por
meio da CF/88. A redemocratização do país, na década de 1980, impulsionou a criação de uma nova
Constituição Federal.

O movimento da Reforma Sanitária Brasileira impulsionou a criação do SUS, mas esse sistema foi
criado pela Constituição Federal de 1988 (CF/99, arts. 196 a 200) e regulamentado pelas Leis
Orgânicas da Saúde (Leis nºs 8.080/90 e 8.142/90).

Item D. CORRETO. A VIII Conferência Nacional de Saúde diferiu das demais pelo seu caráter democrático
e pela sua dinâmica processual. As conferências nacionais de saúde anteriores eram cartoriais e burocráticas.
Não havia participação da população nas decisões.
Item E. INCORRETO. O SUS foi criado pela Constituição Federal de 1998, sendo regulamentado pelas Leis
8.080, de 19 de setembro de 1990 e 8.142, de 28 de dezembro de 1990.

O gabarito da questão, portanto, é a letra D.

Vamos verificar quais as principais características dos marcos históricos abordados na questão.

Marcos Históricos da Saúde Pública Brasileira


 Foi criado para racionalizar as ações de saúde;
CONASP  Atuou sobre a racionalização das contas com os gastos hospitalares dos serviços
(criado em 1982) contratados com o INAMPS.

 Tinham o objetivo da universalização da acessibilidade da população aos serviços de


saúde;
AIS  Abriram a possibilidade de participação dos estados e, principalmente, municípios na
(iniciadas em 1983) política nacional de saúde;
 Estratégia para o processo de descentralização da saúde brasileira, com a criação de
serviços de saúde na maior parte da nação.

8ª Conferência  Consagrou os princípios preconizados pelo movimento da Reforma Sanitária;


Nacional de Saúde  Impulsionou a criação do SUS.
(realizada em 1986)
 Adotou como diretrizes a universalização e a equidade no acesso aos serviços, a
SUDS integralidade dos cuidados, a regionalização dos serviços de saúde e implementação de
(criado em 1987) distritos sanitários, a descentralização das ações de saúde, o desenvolvimento de
instituições colegiadas gestoras e o desenvolvimento de uma política de recursos
humanos.

 Sistema de saúde universal;


SUS  Estruturado nos princípios e diretrizes da universalidade, integralidade, equidade,
(criado em 1988) participação popular, descentralização, regionalização e hierarquização.

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5. (Prefeitura de Presidente Dutra-MA/2012/LUDUS) Com relação ao Sistema Único de Saúde (SUS) e seus
princípios, foram muitos os passos percorridos antes de chegarmos ao nível de evolução do SUS atual. Sobre
este assunto relacione a primeira coluna com a segunda coluna.
POLÍTICAS (coluna 1)
1. SUDS
2. CONASP
3. AIS
4. VIII Conferência Nacional de Saúde
5. SUS
CARACTERÍSTICAS (coluna 2)
( ) Ampla discussão sobre os rumos do sistema de saúde e sugeriu propostas para a Assembleia
Constituinte.
( ) Convênios com municípios e Estados, permitindo pela primeira vez o uso de recursos da previdência
para financiar serviços de saúde oferecidos a toda população;
( ) Descentralização do INAMPS e forte apoio dos governadores.
( ) Deu início a programação das atividades de assistência no âmbito do INAMPS e criou a AIH
( ) Conjunto de ações e serviços de saúde que são oferecidos gratuitamente sem que o usuário tenha que
comprovar qualquer contribuição prévia.
Marque a alternativa que trás a sequência correta da segunda coluna:
a) 4, 1, 3, 2, 5
b) 4, 3, 1, 2, 5
c) 3, 4, 1, 2, 5
d) 1, 3, 5, 4, 2
e) 4, 5, 3, 1, 2
COMENTÁRIOS:
Vamos fazer as devidas associações propostas na questão na tabela abaixo.
POLÍTICAS DO SUS
CONASP  Deu início à programação das atividades de assistência no âmbito do INAMPS e criou a
(criado em 1982) AIH.
 Deram origem aos convênios com municípios e estados, permitindo pela primeira vez o
AIS uso de recursos da previdência para financiar serviços de saúde oferecidos a toda
(iniciadas em 1983) população.

VIII Conferência  Gerou ampla discussão sobre os rumos do sistema de saúde e sugeriu propostas para a
Nacional de Saúde Assembleia Constituinte.
(realizada em 1986)

SUDS  Promoveu a descentralização do INAMPS e ofereceu forte apoio dos governadores na


(criado em 1987) estruturação dos serviços de saúde estaduais e municipais.
 É um conjunto de ações e serviços de saúde que são oferecidos gratuitamente sem que o
SUS usuário tenha que comprovar qualquer contribuição prévia.
(criado em 1988)

O gabarito da questão é, portanto, a letra B.

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As Ações Integrais de Saúde (AIS) foram uma estratégia de extrema importância para o processo de
descentralização da saúde.
Em síntese, as AIS:
 deram origem aos convênios com municípios e estados, permitindo pela PRIMEIRA vez o uso de
recursos da previdência para financiar serviços de saúde oferecidos a toda população.
 tinham o objetivo da universalização da acessibilidade da população aos serviços de saúde;
 abriram a possibilidade de participação dos estados e, principalmente, municípios na política nacional
de saúde;
A instituição das AIS ocorreu devido à pressão do movimento da Reforma Sanitária contra o Governo
Militar. Contudo, a implementação dessas ações foi parcial, já que sofreram diversas barreiras e entraves
provocados pelos grupos corporativistas de empresários da saúde e pelo Governo Militar.

6. (Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva/Secretaria Estadual de Saúde do Pernambuco-


PE/Seleção 2011/UPE) Analise as afirmativas abaixo:
I. A formulação e a implantação do Sistema Único de Saúde (SUS) é resultante de um expressivo movimento de
reforma sanitária, inserido no movimento mais amplo de redemocratização do país e que teve na VIII
Conferência Nacional de Saúde um de seus "locus" privilegiados para o estabelecimento das grandes diretrizes
com vistas à reorganização do sistema de saúde no Brasil;
II. A VIII Conferência é significativa e representativa desse processo, pelo momento de sua ocorrência, março
de 1976, já no período chamado "Nova República", iniciado com a eleição indireta para a presidência e que
marcou o fim do período autoritário;
III. A saúde teve um expressivo reconhecimento e inserção na nova Constituição, promulgada em outubro de
1988, destacando-se sua inclusão como um componente da seguridade social, a caracterização dos serviços e
ações de saúde como de relevância pública.
Assinale a alternativa CORRETA.
a) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
b) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
c) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
d) Todas as afirmativas estão corretas.
e) Todas as afirmativas estão incorretas.
COMENTÁRIOS:
A 8º Conferência Nacional de Saúde ocorreu em 1986. Além disso, o período da Nova República foi de
1985 a 1988.
Logo, o gabarito da questão é a letra A.

7. (Prefeitura de São Carlos-SP/2011/ESF/VUNESP) Leia as afirmações a seguir.


I. A 8.ª Conferência Nacional de Saúde, ocorrida em 1986, um dos pontos altos da Reforma Sanitária no Brasil,
teve como norte “saúde como direito de todos e dever do Estado”.
II. Até 1988, somente os trabalhadores com vínculo formal no mercado de trabalho tinham direito à
assistência em saúde.
III. A Reforma Sanitária, cujas primeiras articulações datam da década de 1960, foi concluída na década de

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1980, com a plena implementação dos princípios do SUS.
Está correto o contido em
a) I, apenas. b) II, apenas. c) I e II, apenas. d) I e III, apenas. e) I, II e III.
COMENTÁRIOS:
Item I. CORRETO. A 8.ª Conferência Nacional de Saúde, ocorrida em 1986, é o maior marco do
Movimento da Reforma Sanitária Brasileira.
Item II. CORRETO. De forma genérica, até 1988, somente os trabalhadores com vínculo formal no
mercado de trabalho tinham direito à assistência em saúde.
Todavia, é importante destacar que os dependentes dos trabalhadores tinham direito à assistência em
saúde na época da medicina previdenciária e que no final da ditadura militar essa assistência foi estendida aos
trabalhadores rurais.
A banca considerou esse item correto, pois explorou o conhecimento desse assunto de forma GENÉRICA,
sem atentar-se aos detalhes. Infelizmente, esse tipo de questão aparece em concursos.
Item III. INCORRETO. O movimento da Reforma Sanitária iniciou na década de 1970, sendo presente até
os dias atuais. Atualmente sua bandeira de luta é a consolidação do SUS.
Portanto, o gabarito da questão é a letra C.
*Essa questão deveria ter sido anulada, pois induziu o candidato ao erro.

8. (Residência Multiprofissional em Saúde/UFMT/Seleção 2010) Sobre a Reforma Sanitária brasileira, analise


as afirmativas.
I - Constitui uma proposta abrangente de mudança social e um processo de transformação sanitária gestada
desde a década de 70 do século XX.
II - Deve ser entendida simplesmente como uma reforma setorial.
III - Na busca de viabilidade para as intervenções propostas pela Reforma Sanitária, utilizou-se unicamente de
dois caminhos: legislativo-parlamentar e técnico-institucional.
IV - Os princípios e as diretrizes da Reforma foram sistematizados na 8ª Conferência Nacional de Saúde,
destacando-se: conceito ampliado de saúde; Sistema Único de Saúde (SUS) e participação popular.
Estão corretas as afirmativas
a) II e III, apenas. b) I, II e III, apenas. c) I e IV, apenas. d) I, II, III e IV.
COMENTÁRIOS:
Item I. CORRETO. Constitui uma proposta abrangente de mudança social e um processo de
transformação sanitária gestada desde a década de 70 do século XX.
Item II. INCORRETO. A Reforma Sanitária Brasileira foi proposta num momento de intensas mudanças e
sempre pretendeu ser mais do que apenas uma reforma setorial. Almejava-se, desde seus primórdios, que
pudesse servir à democracia e à consolidação da cidadania no País10.
Item III. INCORRETO. Na busca de viabilidade para as intervenções propostas pela Reforma Sanitária,
utilizou-se da participação social, com o envolvimento da sociedade, e não apenas dos seguintes caminhos:
legislativo-parlamentar e técnico-institucional.

10
ENSP-FIOCRUZ

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Item IV. CORRETO. Os princípios e as diretrizes da Reforma foram sistematizados na 8ª Conferência
Nacional de Saúde, destacando-se: conceito ampliado de saúde; Sistema Único de Saúde (SUS) e participação
popular.
Nesses termos, o gabarito da questão é a letra C
já que apenas os itens I e IV estão corretos.

9. (MPOG/2012/ESAF) Julgue as proposições seguintes e assinale a opção correta.


I. A política de saúde instituída no Estado Novo integrou saúde pública e a assistência médica previdenciária.
II. A criação do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) instituiu um padrão de atenção à saúde voltada
para a saúde pública.
III. A extensão da cobertura previdenciária com a criação da Consolidação das Leis do Trabalho ocorre
simultaneamente com a extensão do direito à saúde para toda a população brasileira.
IV. O projeto de saúde, articulado ao mercado tem como uma de suas tendências a contenção dos gastos com
racionalização da oferta.
a) Todas as assertivas estão corretas.
b) Todas as assertivas estão erradas.
c) Apenas três assertivas estão corretas.
d) Apenas duas assertivas estão corretas.
e) Apenas uma assertiva está correta.
COMENTÁRIOS:
Item I. INCORRETO. Durante o período da medicina previdenciária (CAPS, IAP, INPS e INAMPS), inclusive
na época do Estado Novo11, era evidente a disjunção entre saúde pública (voltada para o modelo de atenção à
saúde sanitarista e campanhista) e assistência médica (exclusiva para os trabalhadores com vínculos
trabalhistas formais).
prestada pelo MESP e posteriormente pelo
MS para toda a população;
Saúde Pública
voltada para ações campanhistas e de
Assistência à Saúde no Período combate a endemias.
da Medicina Previdenciária
exclusiva para os trabalhadores com
Assistência Médica
vínculos trabalhistas formais.

Portanto, a política de saúde instituída no Estado Novo aumentou a fragmentação da saúde pública e
da assistência médico-previdenciária.
Item II. INCORRETO. A unificação de todos os IAP deu origem ao Instituto Nacional de Previdência Social
(INPS), em 1966. Com essa unificação, a medicina especializada e de baixa qualidade, oferecida aos
trabalhadores formais e seus dependentes foi expandida. A Saúde pública continuou sendo uma política
marginalizada por parte do Estado, sendo caracterizada por ações pontuais e esporádicas. Logo, a criação do
Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) não instituiu um padrão de atenção à saúde voltada para a
saúde pública.

11
Estado Novo é o nome do regime político brasileiro fundado por Getúlio Vargas em 10 de novembro de 1937, que durou até 29 de
outubro de 1945, que é caracterizado pela centralização do poder, nacionalismo, anticomunismo e por seu autoritarismo.

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Item III. INCORRETO. A extensão do direito à saúde para toda a população brasileira somente ocorreu a
partir de 1988 com a criação do SUS.
Item IV. CORRETO. Até os dias atuais, verificamos que o projeto de saúde, articulado ao mercado tem
como uma de suas tendências a contenção dos gastos com racionalização da oferta. A insuficiência de recursos
para a Saúde é um dos maiores entraves desse setor.
A partir dos comentários, verificamos que o gabarito da questão é:
A letra E, pois apenas o item IV apresenta-se correto.

10. (INMETRO/2010/CESPE) Assinale a opção correta, com referência à história das políticas de saúde no
Brasil.
a) As primeiras ações de saúde pública desenvolvidas no país eram movidas pelo interesse em manter uma
mão de obra saudável e apta a preservar os negócios da família real.
b) O movimento sanitarista ocorrido durante a primeira república reforça o papel descentralizado dos
governantes com ênfase na saúde integral.
c) Nos anos do desenvolvimentismo ocorreram mudanças significativas quanto à lógica da organização do
modelo para a saúde com a unificação das ações e serviços de saúde pública e do sistema previdenciário.
d) O contexto de realização da VII Conferencia Nacional de Saúde representa um importante marco na história
da política de saúde, pois nela foi assegurada a discussão de uma política setorial pelos representantes dos
usuários.
e) As regras para regulação do setor privado foram definidas em momento anterior à aprovação e legalização
do SUS devido à resistência por parte do referido setor e da medicina autônoma.
COMENTÁRIOS:
Item A12. CORRETO. As primeiras ações de saúde pública desenvolvidas no país eram movidas pelo
interesse em manter uma mão de obra saudável e apta a preservar os negócios da família real. As primeiras
ações de saúde pública implementadas pelos governantes foram executadas no período colonial com a vinda
da família real para o Brasil (1808) e o interesse na manutenção de uma mão de obra saudável e capaz de
manter os negócios promovidos pela realeza.
Até a chegada da família real, o assistir à saúde era uma prática sem qualquer regulamentação e
realizada de acordo com os costumes e conhecimento de cada um desses grupos. A população recorria, em
situações de doença, ao que fosse viável financeiramente ou fisicamente.
Existia o barbeiro ou prático, um conhecedor de algumas técnicas utilizadas pelos médicos europeus, tais
como as sangrias, que atendia à população capaz de remunerá-lo. Existiam os curandeiros e pajés,
pertencentes à cultura negra e indígena, mais acessíveis à maioria da população, que se utilizavam das
plantas, ervas, rezas e feitiços para tratar os doentes. Havia também os jesuítas, que traziam algum
conhecimento da prática médica europeia utilizando-se principalmente da disciplina e do isolamento como
técnica para cuidar dos doentes.
A vinda da família real para o Brasil possibilitou também a chegada de mais médicos e o aumento da
preocupação com as condições de vida nas cidades, possibilitando o início de um projeto de institucionalização
do setor saúde no Brasil e a regulação da prática médica profissional. Foi assim que, no mesmo ano da

12
Políticas de Saúde: organização e operacionalização do SUS.

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chegada da família ao Brasil (1808), foi inaugurada a primeira faculdade de medicina, a Escola médico-
cirúrgica, localizada em Salvador na Bahia, com vistas à institucionalização de programas de ensino e à
normalizaçao da prática médica em conformidade aos moldes europeus.
Item B. INCORRETO. De acordo com o CONASS, um ativo movimento de Reforma Sanitária emergiu no
Brasil durante a Primeira República (1889-1930), sob a liderança da nova geração de médicos higienistas, que
alcançou importantes resultados. Entre as conquistas, destaca-se a criação do Departamento Nacional de
Saúde Pública (DNSP), em 1920. Durante a Primeira República, foram estabelecidas as bases para a criação de
um Sistema Nacional de Saúde, caracterizado pela CONCENTRAÇÃO e pela VERTICALIZAÇÃO das ações no
governo central.

Cuidado para não confundir!


A Saúde Pública brasileira teve a duas reformas sanitárias.

- A 1ª REFORMA SANITÁRIA ocorreu no período da República Velha. Essa Reforma buscou a criação de
um Sistema Nacional de Saúde, caracterizado pela CONCENTRAÇÃO e pela VERTICALIZAÇÃO das ações no
governo central.
- A 2ª Reforma Sanitária, iniciada na década de 1970, é a mais importante e vigente até hoje.
As questões de concurso exploram geralmente o movimento da Reforma Sanitária, iniciado na década
de 1970. Esse movimento foi fundamental para a criação do SUS.
Portanto, o movimento sanitarista ocorrido durante a primeira república não reforça o papel
descentralizado dos governantes com ênfase na saúde integral. Pelo contrário, o sistema de saúde era
centralizado e não integral.
Item C. INCORRETO. Nos anos do desenvolvimentismo13, não ocorreram mudanças significativas quanto
à lógica da organização do modelo para a saúde e não houve a unificação das ações e serviços de saúde
pública e do sistema previdenciário.
Item D. INCORRETO. Em 1980, ocorreu a VII Conferência Nacional de Saúde ainda no período do regime
militar. Os principais temas debatidos eram relacionados à implantação e desenvolvimento do Programa
Nacional de Serviços Básicos de Saúde (Prev-saúde). Essa conferência não é considerada um importante marco
na história da política de saúde. Por outro lado, a VIII Conferência Nacional de Saúde foi o marco mais
importante na construção de um novo sistema de saúde (SUS), universal e integral.
Item E. INCORRETO. Todas as regras atuais da saúde, inclusive aquelas para regulação do setor privado
foram definidas após a aprovação e legalização do SUS, na Constituição Federal de 1988. As principais normas
que regulamentam esse setor são as seguintes: Leis nºs 8.080/90, 8.142/90, 141/12.

O gabarito da questão, portanto, é a letra A.

13
Dá-se o nome de desenvolvimentismo a qualquer tipo de política econômica baseada na meta de crescimento da produção industrial
e da infraestrutura, com participação ativa do estado, como base da economia e o consequente aumento do consumo.
O desenvolvimentismo é uma política de resultados, e foi aplicado essencialmente em sistemas econômicos capitalistas, como
no Brasil (governo do Juscelino Kubitschek) e no governo militar, quando ocorreu o "milagre econômico brasileiro".

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11. (ANVISA/CESPE/2007) Apesar das dificuldades de implantação do SUS, ocorreu extensão de cobertura dos
serviços de saúde para a população brasileira no final do século XX.
COMENTÁRIOS:
O SUS é o maior sistema universal de saúde do mundo. Imagine só, meu amigo. Após 1988, a saúde
passou a ser ofertada para milhões de brasileiros que eram excluídos do INAMPS. Isso foi a maior conquista
social da história do Brasil.
Apesar dessa conquista, o sistema de saúde público brasileiro apresenta grandes entraves e baixa
qualidade de seus serviços em boa parte de suas unidades de saúde.
O assunto é complexo e envolve inúmeros aspectos. Vejamos abaixo o resultado de um estudo recente
sobre o SUS14:
Ao longo desses vinte anos de existência, o SUS apresenta números imponentes, dignos do maior projeto
público de inclusão social no Brasil. Conforme dados do Ministério da Saúde (MS) são realizados, em média, por
ano, onze milhões de internações, 1,4 bilhão de procedimentos ambulatoriais, 44 milhões de consultas
especializadas e 250 milhões de consultas básicas por uma enorme rede, composta de mais de 5,8 mil
hospitais, sessenta mil unidades ambulatoriais e quinhentos mil leitos.
A despeito dessa magnitude, o SUS enfrenta proporcionalmente gigantescas dificuldades, pela
complexidade do desafio representado pela sua implementação, tais como:

I • problemas crônicos no financiamento;

II • incipiente regulação;

III • precariedade das relações de trabalho; e

IV • falhas no modelo de gestão descentralizada.

Como consequência, há muitos hospitais mal


distribuídos pelo território e faltam leitos, qualidade e
eficiência.
Portanto, apesar dos avanços na saúde pública da nação
com a implantação do SUS, ainda existem muitos problemas.
Isso ocorre principalmente pelo subfinanciamento do setor, má
gestão do sistema e corrupção.
Figura 7 - Problemas e Desafios do SUS
A questão, portanto, apresenta-se correta.

14
A regulação no setor público de saúde no Brasil: os (des) caminhos da assistência médico-hospitalar

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12. (Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva/Secretaria
Estadual de Saúde do Pernambuco-PE/Seleção 2011/UPE) O número
de equipes de Saúde da Família saltou de 19 mil, em 2003, para mais
de 31,5 mil, em 2010. Se antes 62 milhões de pessoas eram atendidas
pela Estratégia, atualmente, 100 milhões de brasileiros de 99% dos
municípios têm acesso às ações promovidas pelos diferentes
profissionais que levam a saúde até a casa das pessoas PORQUE o
orçamento do governo federal para programas e ações de atenção
básica à saúde da população triplicaram de 2002 a 2009, passando Figura 8 - Foto de Unidade de Saúde da Família

de R$ 3,1 bilhões para R$ 9,6 bilhões.


a) se as duas são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira.
b) se as duas são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.
c) se as duas são falsas.
d) se a primeira é verdadeira, e a segunda é falsa.
e) se a primeira é falsa, e a segunda é verdadeira.
COMENTÁRIOS:
A expansão da cobertura de equipes da ESF no país está relacionada diretamente ao aumento do
financiamento dessa estratégia, que é prioritária no SUS.
O PAC 2 prevê a construção de mais de 3 mil UBS e dar condições para ampliar mais de 10 mil unidades
já existentes. Além disso, fora do âmbito do PAC, o Ministério da Saúde vai incentivar a reforma de UBS já
existentes. Tudo isso para ampliar a oferta de atenção básica e integral, criar apoio às equipes da saúde da
família e, ainda, melhorar a qualidade dos equipamentos15.
Por conseguinte, a letra B é o gabarito da questão.

13. (Prefeitura de São Carlos-SP/2011/ESF/VUNESP) A consolidação do SUS


a) é condição necessária e suficiente para a efetivação do direito da população à saúde.
b) e o conjunto dos fatores de ordem econômico-social e cultural têm influência sobre as condições de saúde
da população.
c) depende do crescimento econômico do país, pois dessa forma terá seu financiamento assegurado.
d) tem relação exclusivamente com o sistema de assistência à saúde da população.
e) depende apenas da gestão ministerial, que define o aporte de recursos a serem repassados para as esferas
estaduais e municipais de governo.
COMENTÁRIOS:
Item A. Além da consolidação do SUS, é condição necessária e suficiente para a efetivação do direito da
população à saúde a melhoria de vários indicadores sociais, educacionais, econômicos, entre outros fatores.
Item C. O SUS não terá seu financiamento assegurado com o crescimento do país. É necessário ainda
maior distribuição dos recursos públicos para a saúde, diminuição da corrupção e melhoria da gestão desse
sistema.
Item D. Para a consolidação do SUS, são necessárias melhorias efetivas nas condições econômicas,

15
PAC

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sociais, educacionais, bem como na qualidade e acesso dos serviços de saúde pública.
Item E. A consolidação do SUS não depende apenas da gestão ministerial. Diversas medidas são
necessárias.
O gabarito da questão, portanto, é a letra B.

Até nosso próximo encontro!


Rômulo Passos

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