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16/09/2019 A fatura amarga do bolsonarismo ao Ministério Público - CartaCapital

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A fatura amarga do bolsonarismo ao


R O B E R T O TA R D E L L I b 11 DE SETEMBRO DE 2019

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AUGUSTO ARAS/AGÊNCIA SENADO

Augusto Aras, escolhido fora da lista da PGR, é o preço salgado do


derretimento institucional brasileiro

Bolsonaro, ao indicar o incógnito Augusto Aras para o cargo de Procurador Geral da República, me fez
lembrar um samba, imortalizado pela espetacular Beth Carvalho: “você pagou com traição/A quem se
lhe deu a mão”.

Explico. Desde o primeiro mandato de Lula, tomou-se uma decisãopolítica:


 em espelhamento
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acontece nos Ministérios Públicos dos Estados, o Ministério Público Federal, através de seus procura
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acontece nos Ministérios Públicos dos Estados, o Ministério Público Federal, através de seus procura
elegeria uma lista, ECONOMIA
POLÍTICA composta porSOCIEDADE
três de seus membros
JUSTIÇA que houvessem
MUNDO se lançado candidatos
DIVERSIDADE EDUCAÇÃO e deb
suas propostas.


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É democrático e republicano que a classe discuta enérgica e intensamen


rumos com seus candidatos; da lista tríplice, o Presidente indicaria um,
ser sabatinado do Senado Federal.

No sistema que vigorava, os Procuradores Gerais tinham legitimidade entre seus pares para processa
autoridades federais que somente o PGR pode processar, em razão do tal foro privilegiado perante o S
Tribunal Federal. Uma das formas de se mitigar eventual privilégio para o bacana federal era ter na
Procuradoria Geral pessoas independentes e fortes internamente para bater doído em quem e quando
precisasse.

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Ao romper com essa prática política dos governos petistas, que garantiu a autonomia e independênci
fato da Procuradoria Geral da República, Bolsonaro rompe um pacto democrático e traz o PGR em seu
cabresto. 

Com um encabrestado, essa autonomia se esvai no ralo dos favores políticos e teremos o que sempr
abominou: um procurador geral que nasce fraco e que se sustenta na delidade canina a quem o nom
A nal, ele não precisou sequer lutar pelo cargo, expor-se a seus pares, nadica.

! Se Lula ou Dilma zessem o que Bolsonaro acabou de fazer, o mundo te


caído mil vezes sobre suas cabeças.

Quem quer que fosse que tivesse em sua trajetória alguma vivência com o Ministério Público e mesm
Judiciário sabia que seus integrantes passaram, em determinado momento, a ter no antipetismo uma
obrigação elementar e a ver em Bolsonaro o perdão para todos os males incorporados nos riscos – s
com que lente histórica – de nos transformarmos em Cuba ou Venezuela. 
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➤ Leia também:
Compreender o passado, para enfrentar o presente e impactar o futuro

Agora, passados tantos absurdos no governo que as carreiras apoiaram, os protestos que ouço são b
e tímidos, típicos de quem se decepcionou com o tiozão bacana, porque percebeu que o cara cheio de
na verdade, é sinistro e violento. O mínimo que se esperaria é que os procuradores da república se
recusassem a receber o novo chefe, seja porque ilegítimo, seja porque vindo em conversas que jamai
revelarão, mas onde estão eles?

! A grande maioria de membros dessas carreiras votou em Bolsonaro e


engrossou seu discurso.

Ao invés de vê-los agindo como meninos e meninas rebeldes, que se demitem do que não podem se d
como no caso da Lava-Jato, seria o caso de vê-los praticando a independência funcional. Todos parec
recolhidos, temerosos, sem saber do que é capaz o chefão que está chegando.

Sosseguem, ele vai chegar manso e seletivo; a turma – a maior parte da carreira – que esteve e estive
Bolsonaro terá vida boa e não será incomodada. Os que não estiverem, ai ai ai, esses estarão ao desa
das intempéries dos dissabores funcionais, lamentavelmente.

Mas um momento de ouro para engrandecer o Ministério Público Federal e seus integrantes e funcion
vai. A reação tímida e envergonhada, uma reação quase autorizada, diminui ainda mais essa Instituiçã
conhecerá dias horríveis que virão. 

Os procuradores pagam o preço da própria omissão.

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AUGUSTO ARAS MINISTÉRIO PÚBLICO

ROBERTO TARDELLI

ROBERTO TARDELLI

Advogado membro da Comissão de Direitos Humanos


 da OAB-SP.
 É exprocurador
  de j

do Ministério Público de São Paulo


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