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Jo 16.33
“Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu
venci o mundo.”
Vejamos 3 características sobre esta religião vida mansa ou religião da banheira quente!
Deus não dança conforme a música – É correto e bom ter confiança nos recursos
ilimitados de Deus e altas expectativas de ser liberto do mal. Mas, conceber uma
oração de petição como sendo uma técnica para fazer Deus dançar segundo a música
que você estabelece e obedecer às ordens que você dá não é certo nem bom.
O eudemonismo diz que, já que a felicidade é o valor supremo, podemos confiantemente olhar
para Deus aqui e agora para nos proteger de coisas desagradáveis em cada circunstância, ou
então, se as coisas desagradáveis aparecerem, livrar-nos delas imediatamente, pois nunca é da
vontade dele que tenhamos que conviver com elas.
Um princípio elementar, porém falso – Este é um princípio básico da religião da
banheira quente. Infelizmente, entretanto, é um princípio falso. Por quê?
Perde de vista o lugar do sofrimento na santificação, por onde Deus treina seus filhos
para compartilharem de sua santidade (veja Hb 12.5-11). Tal erro pode provocar uma
ruína.
A felicidade, no sentido em que a definimos, será gozada no céu. Apocalipse 7.16-17
nos mostra isso.
E precisamente o interesse de Deus em nossa felicidade futura que o leva a concentrar-
se aqui e agora em nos tornar santos, pois "sem santidade ninguém verá a Deus" (Hb
12.14).
A santidade não é um preço que pagamos para a salvação final; é, antes, a estrada pela qual nos
aproximamos dela, e a santificação é o processo pelo qual Deus nos guia por essa estrada. O
Novo Testamento nos mostra que na escola da santificação muitas modalidades de dor têm seu lugar—
desconforto físico e mental, e pressão, desapontamento pessoal, restrição, mágoa e aflição.
Deus usa essas coisas para ativar o poder sobrenatural que opera nos crentes (2Co 4.7-11);
“Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de
nós. Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos,
porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos; levando sempre no corpo o morrer de Jesus,
para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo. Porque nós, que vivemos, somos sempre
entregues à morte por causa de Jesus, para que também a vida de Jesus se manifeste em nossa carne
mortal.”
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Deus não estraga seus filhos – Crianças que fazem o que querem e são
constantemente protegidas de situações em que poderiam sentir-se magoadas, nós as
descrevemos como crianças estragadas.
Mas Deus, que tem sempre os olhos no amanhã enquanto trata conosco hoje, nunca
estraga seus filhos.
Os crentes fiéis irão experimentar ajuda e livramento em tempos de angústia muitas e
muitas vezes. Mas nossa vida não vai ser de bem-estar, conforto e prazer de fio a
pavio. Serão abundantes os carrapichos e os espinhos na cama. Ai do adepto da
religião da banheira quente que fizer vista grossa para esse fato.
“Se você ler a história, descobrirá que os cristãos que mais fizeram em prol do mundo
presente foram exatamente aqueles que pensaram mais no mundo vindouro.... Foi
depois que os cristãos em grande parte cessaram de pensar no mundo além que eles
vêm se tornando tão ineficazes neste.”C.S.Lewis
Pois hoje, no geral, os cristãos não vivem mais para o céu. Portanto não entendem,
muito menos praticam o desprendimento do mundo.
O que o mundo busca? O mundo à nossa volta busca prazer, lucro e privilégio? Nós
também. Não temos disposição nem força para renunciar a esses alvos, porque
lançamos o Cristianismo em um novo molde que dá maior relevo à felicidade do que à
santidade, às bênçãos aqui do que às delícias do porvir. Por este motivo a morte é
vista como constante desafio à fé na bondade de Deus.
“Então nosso Cristianismo está agora todo deformado? Está, sim, e a razão principal é
que perdemos a visão neotestamentária dos dois mundos, que vê a vida após morte como
mais importante do que esta, e compreende a vida aqui como essencialmente um preparo e
treinamento para a vida no além. E continuaremos deformados enquanto essa visão
apropriada do mundo além não for recuperada.” James.Packer
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A primeira carta de Pedro descreve isso por extenso. Pela misericórdia de Deus e através da
ressurreição de Cristo, Pedro diz, os crentes têm a esperança certa da glória, para o gozo da
qual Deus os está preservando e preparando agora (IPe 1.3-9).
Então "esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus
Cristo" (v. 13).
"Portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação" (v. 17),
e "exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões
carnais, que fazem guerra contra a alma" (2.11).
Suportem a hostilidade, a humana e a satânica, sem estremecer, e mantenham-se
firmes em sua esperança de glória, sua lealdade a Cristo, e sua confiança em Deus o
Pai,
e "o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória... ele mesmo
vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar" (5.10). Esse foi, é, e será
sempre o verdadeiro caminho cristão.
O 1º aspecto que nos dá ânimo é ter uma visão de 2 mundos, e 2º aspecto que nos
dá ânimo é:
O amor para com Deus e a esperança em Deus são motivações que transformam a
vida.
Meditação é a palavra cristã histórica usada para o pensamento focalizado que motiva. Mas, e
nós — quanta meditação já fizemos?
A experiência e a expectativa apostólica eram que o amor a Deus e a esperança nele que a
mensagem do evangelho desperta transformaria radicalmente a vida da pessoa, tanto no
comportamento — no estilo de vida — como na motivação — no seu coração.
Mas o pecado que habita o coração se opõe, e o mundo em volta distrai. Satanás, o
animador da tentação, já decidiu que, no que depender dele, não vão florescer amor e
pureza. Por isso, um esforço constante tem de ser feito para manter vivos os
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pensamentos de amor e esperança para com Deus, e para conservar fortes seus efeitos
motivadores. O nome cristão desse esforço especial é meditação.
Calvino afirma que nossa atitude sobre este mundo não precisa ser a de escravo dos
prazeres e sim a de desapaixonados.
"Deve-se compreender que a mente nunca se eleva seriamente ao desejo e meditação da vida
futura enquanto ela não se encher de desprezo pela vida presente"
“Nós temos então uma verdade paradoxal, que verdadeiramente podemos amar esta
vida só quando primeiro verdadeiramente já aprendemos a desprezar esta vida.”
Ronald Wallace (Professor de teologia Seminário Teologia de Columbia - EUA)
(Richard Baxter. Era um puritano que estava sempre doente; tuberculoso desde a
adolescência; sofria constantemente de dispepsia, pedras nos rins, dores de cabeça, de
dentes, membros inchados, hemorragia nas extremidades e outros males, tudo antes do
tempo dos analgésicos. Não obstante os problemas, estava sempre cheio de energia,
extrovertido, não reclamava.
Até o ano de 1661, quando tinha quarenta e cinco anos, ele tinha evangelizado mais ou
menos a cidade inteira de Kidderminster (dois mil adultos, e mais as crianças), além de
escrever livros, entre os quais dois clássicos que têm sido reimpressos regularmente desde
seu tempo — The Saints' Everlasting Rest (O Descanso Eterno dos Santos) e The
ReformedPastor (O Pastor Reformado).
Depois, durante os trinta anos seguintes, quando como pastor destituído não pôde mais
ocupar um cargo pastoral, ele escreveu muito.
Que foi que manteve esse frágil inválido persistindo tão determinadamente e até
mesmo espetacularmente através dos anos? No livro The Saints' Everlasting Rest (O
Descanso Eterno dos Santos)ele conta o segredo. Desde que completou trinta anos,
praticou o hábito que primeiro formou quando pensou que estava morrendo. Por cerca de
meia hora cada dia ele meditava na vida do porvir, assim escalando sua percepção da glória
que o aguardava e reforçando sua motivação de usar cada grama de energia e zelo que
encontrava dentro de si para se apressar pelo caminho ascendente do culto, do serviço, e
da santidade em direção a seu alvo. O cultivo diligente da esperança deu-lhe
persistência diária em trabalho duro e disciplinado para Deus, a despeito do
debilitante efeito disto a cada dia sobre seu corpo doentio.)
Ele representa ao longo dos séculos a prova de que existe força sobrenatural para o serviço
de Deus que está além das explicações humanas.
Abençoados são aqueles que têm a esperança da glória. O domínio do prazer presente, ainda
enquanto o gozam, está a seu alcance. E isto, também, junto com o domínio do pecado e a
vitória sobre o diabo, pertence à plenitude que têm no seu viver em Cristo.
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