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A Maldição do Egocentrismo

“Sabe, porém isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos,
porque haverá homens amantes de si mesmos..” (II Timóteo 3:1 e 2)

“O homem é um deus para o homem” (Karl Marx)

Uma das coisas mais difíceis de lidar é com o ego, é ele o terreno mais
fértil para semear tudo o que se relaciona com transtornos e
desequilíbrios, entre seus mais producentes frutos está o
megalomaníaco. Nesse caso a ênfase de ser centro, a grandeza de ser
maior pisando sob os demais até chegar na plataforma mais alta as
custas de conveniência proposital é o suporte do megalomaníaco e por
fim todos os egocêntricos. O desejo de ser sob a custodia da ameaça de
que ninguém mais usurpe esse lugar, mas fique no topo sozinho, tendo
os demais como meros admiradores da sua posição orbitalmente
superior. Esse é tema difícil de lidar, estou apenas abordando isso,
porque esse é um problema sério, muito sério um agravante
devastador que está destruindo a igreja moderna. A pompa eclesiástica
dá todo o suporte para a ascensão do egocentrismo. Portar um titulo
eclesiástico é hoje em dia, rara exceções, acreditar num poderoso
misticismo que envolve o titulo eclesiástico, desde cedo, partindo do
cerne da religião desviada do evangelho de dar poderes mágicos aos
ministros da religião, ostentação privilegiada na conduta e imunidade
pessoal, assim procede toda essa blasfêmia de usurpar a posição que só
pertence a Deus e roubar-lhe a glória que lhe pertence. Essa é a
tendência do homem caído, dificilmente você encontra pessoas que
estejam vivendo em trato e humildade de modo a ter o ego crucificado
e então proclamar “não vivo eu Cristo vive em mim”. Elas tendem a
serem o centro, são excepcionalmente maníacas na questão da vida
centrada em si mesma, na arrogância disfarçada muitas vezes de falsa
humildade e no falso esplendor de acreditarem ser dignas do
ajustamento psicológico de que são melhores e maiores do que as
outras, justamente porque portam um titulo eclesiástico ou possuem
certas inclinações para o mesmerismo e a retórica misturada com a
manipulação psicológica. A sede pelos elogios, a ânsia pela fama, a
mórbida tendência do sentimento de não ser ameaçado por qualquer

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ente que esteja confrontando o “status quo” ou a sua condição de
proeminência. Não é assim o homem de Deus, o homem regenerado
não quer ocupar um lugar de divindade mas de servidão, não quer a
plataforma da exuberância pessoal mas o quarto secreto da devoção,
não quer ser o primeiro mas o ultimo, e do coração se ouve o brado da
conduta mais pura “é necessário que ELE cresça e eu diminua”(João
3:30) A estética espiritual do homem servo de Deus é que tanto pode
subir ao monte para confrontar falsos profetas como também fugir
covardemente de Jezabel, porque no poder de Deus, o que o homem faz
é para a glória de Deus, na força da sua carne, o que faz o conduz a sua
própria vergonha e ruína. Há um caminho oposto ao megalomaníaco é
o caminho da negação do ego pelo cruz. (Marcos 8:34 e Lucas 9:23) O
homem torna-se um desequilibrado quando torna-se excêntrico, nesse
caso quando sai do centro de Cristo e evoca para si a exaltação de si
mesmo e o consagra como semi-divindade. Do mesmo modo o homem
jamais pode torna-se concêntrico, ou seja, evoca a si mesmo como
centro do seu mundo existencialista. A espiritualidade bíblica não
permite qualquer tipo de idolatria, não permite que haja outra forma
de movimento espiritual que não esteja indo inexoravelmente a Cristo
(efésios 1;10). Mas a tendência do homem moderno, ouvindo a voz da
serpente, ainda que dentro de uma religião cristã, é notável que o
mover-se é quase sempre egocêntrico. Essa é uma das maldições mais
terríveis que se perpetua dentro da cristandade; a exaltação do
homem, muitas vezes as custas da manipulação e do engano, mas cada
vez mais predomina o humanismo entre os cristãos, justamente
porque estão cada vez mais egocêntricos. O exemplo mais claro disso e
a prova mais evidente é a sede pelo poder, a luta para manter o poder,
os meios que se usa para se alcançar os fins, que na sua maioria são
evidentemente maquiavélicos. A idéia de uma liderança servil apagou-
se da mentalidade dos evangélicos, títulos eclesiásticos (Como
exemplo: Pastor) alcançou níveis tão elevados de conceitos
humanistas que é sempre associado como “o ungido” ou “o intocável”
ou “o infalível” ocupando uma posição até mesmo superior ao sumo
sacerdote da antiga aliança, essa tendência também se aplica a
“cantores” “pregadores” e as inovações mais atuais; “apóstolos”
“pastoras” etc. Portar um titulo eclesiástico é notório á uma “elite” que
está bem acima dos homens, ocupando posições de “semi-deuses” na

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maquina religiosa moderna. Todo esse mover está indo ao rumo
contrario daquilo que Cristo ensinou, e isso está muito claro em suas
palavras, porém é ignorado de tal forma, que a voz de Cristo perdeu a
relevância no atual sistema. (Leia Mateus 20:25 a 28) De qualquer
forma, as minhas observações são nítidas, fruto de anos de
apontamentos. Não receio em errar, pois a experiência me dá certeza e
evidencias solene apresentam, o egocentrismo é a causa da devastação
do atual sistema, é o vírus mortífero que mata a espiritualidade da
igreja, que torna qualquer congregação num campo de disputas por
posições, destaque e poder. Isso é notável, a arrogância, o orgulho, o
egoísmo, e com essas falhas satânicas vem o totalitarismo religioso, a
caricatura do líder que está acima da media e precisa de um holofote
luminoso, um altar para ser idolatrado, toda a pompa e intocabilidade,
como ser superior, a voz do Espirito Santo ressoa “Nada façais por
contenda ou por vangloria, mas por humildade, cada um considere os
outros superiores a si mesmo” (Filipenses 2:3). Sim amado leitor, esse
versículo está na bíblia. Assim, apenas ressalto a ressonância da vida
de Cristo, que não tendo como por usurpação de ser igual a Deus,
mesmo tendo a plenitude da divindade, desce ao mundo dos
egocêntricos e brada “neguem-se a si mesmos”, deixem de ser
antropocêntricos, parem de cultuarem a si mesmos e disputarem o
primeiro lugar, porque os últimos serão os primeiros. E nessa visão
radicalmente oposta a todo esse sistema glamorizado de semideuses
eclesiásticos, o Senhor Jesus toma uma toalha cinge-se e vai lavar os
pés encardidos dos discípulos e então se decepcione com o mundo
religioso, porque você descobre que eles não fazem o mesmo.

“Já estou crucificado com Cristo; e vivo não mais eu, mas Cristo vive em
mim” (Gálatas 2:20).

O ego adâmico é um usurpador por excelência, ele é um monstro


recalcado na razão e possui argumentos sofisticados e alienantes, tão
devassos são seus ardis que ele engana o próprio homem. Há um
tratamento adequado para o eu, é a cruz. Sabemos que esse não é um
tratamento nada agradável, expulsar o ego do trono do coração é um

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trabalho muito humilhante, é uma humilhação pessoal terrível, é uma
afronta sem tamanho para o orgulho. O ego é forte, a personificação
mais eficiente seria chamá-lo de um dragão que cospe fogo dentro de
nós. O homem tem sede de grandeza, cristo nos ensinou senso de
baixeza. Ele, o Senhor dos senhores, está lá numa estrebaria, um bebê
indefeso e frágil. Não caro leitor, não era um palácio, Deus se fez
homem (I Timoteo 3:16) o Verbo se fez carne (João 1;14) mas ele não
foi uma criança indefesa que nasceu num palácio, a baixeza de sua
condição pessoal também foi acompanhada por uma baixeza social. Eis
um brado contra a arrogância humana, um insulto ao orgulho dos
filhos de Adão. Sem opulência e sob condições humilhantes, o Filho de
Deus dá os passos seguintes na vida cotidiana e os passos são firmes,
deixam marcas profundas na humanidade, é um caminho estreito
justamente porque é um caminho de redução, é uma via crucis, um
andar sob o solo firme da humildade, enquanto que sacerdotes e reis
andavam numa corda bamba de exaltação tendo as profundezas
abissais diante deles. Pois a maioria dos homens prefere andar sobre
essa corda bamba com os olhos fechados para o abismo. Assim muitos
cristãos caem na mesma armadilha. Sem um ego inflado a vida se trona
insuportável para tais. Despreze as coisas mundanas e temporais, os
reinos desse mundo e a gloria deles, e sua partida para além nunca
será uma tristeza, o desapego ao mundo e um apego ao Senhor é tudo o
que precisamos para viver cristo vendo a morte como ganho. Quais
requisitos para uma vida de ressurreição espiritual que ira proceder
uma ressurreição corporal seguida da glorificação plena do ser? Viver
como um crucificado. “Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser
na cruz de nossos Senhor Jesus Cristo, pelo qual o mundo está
crucificado para mim e eu para o mundo” (Galatas 6;24) O homem
egocêntrico deseja gloria, portanto tem sede de púlpito, tem
necessidade de fama, de reconhecimento, de elogios, de aplausos, de
admiração, precisa de centralidade, aqui está o espírito do erro na sua
essência mais pessoal, há mais humanistas na igreja hoje do que nunca.
Não são cristãos! São humanistas evangélicos, nada mais. Toda a forma
de tirar Cristo do centro é uma manifestação de humanismo, é o ego na
sua ação mais sutil causando o metabolismo espiritual para criar
orgulhosos disfarçados de santos, negadores da cruz, inimigos da cruz,
vivem o oposto da vida espiritual proposta por Cristo. Eles usurpam o

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“eu Sou” pensam que são alguma coisa, por isso fazem nutrindo essa
ilusão : “eu sou” seguido de um titulo eclesiástico ou de uma posição de
status “eu sou” o apostolo, “eu sou” o pastor, “eu sou” o bispo “eu sou”
o profeta, etc. Se acham em vantagem, portadores da soberba, muitos
desses, verdadeiros ditadores, pragmáticos e maquiavélicos, existe
uma enorme contradição nisso querendo serem bíblicos são na
verdade antibiblicos, porque na declaração paulina o que vale é “eu
não sou” mas CRISTO É. Só existe uma plataforma onde o homem santo
pode encontrar verdadeira glória: na cruz de Cristo. Todas as outras
plataformas são catapultas do inferno para promover egos orgulhosos.
Muitas vezes a falta de maturidade leva o homem cristão a cair nessa
terrível armadilha. O problema do egocentrismo não é apenas de
caráter mundano, também não somente um problema da liderança
cristã, é sim um agravante que está muito bem enraizado nos membros
das igrejas modernas. Isso já era um problema das igrejas do Novo
Testamento, olhe para a situação caótica da igreja de Corinto, Paulo
também percebeu o problema do egocentrismo na igreja da Galacia
(Veja Gálatas 5:15) mas como foi profetizado que o egocentrismo se
acentuaria muito e seria um sinal dos últimos dias (II Timóteo 3:1 a 7)
quero salientar que esses egocêntricos são corruptos de entendimento
e réprobos quanto a fé (II Timóteo 3:8). Nutrir sentimentos de auto-
exaltação, causar brigas e intrigas para disputar cargos, promover
confusão para chamar a atenção, atropelar o próximo para se
autopromover, não repartir as funções ministeriais com colegas que
possuem capacidade e chamado, para trabalhar em equipe, tudo isso é
egocentrismo. Percebe-se isso claramente, e ainda mais, com o tempo
aprendemos que existem pessoas que nem sequer tem a capacidade de
ensinar com coerência, todavia por causa de posições eclesiásticas, não
permitem que outros tomem o seu lugar porque não desejam perder a
gloria dos homens, sentem-se ameaçados e não desejam perder o
“status” temem perder a posição central, temem que os olhos dos
outros se desviem para outra personagem que não seja o centro; ele
mesmo. Infelizmente isso ocorre com freqüência hoje em dia. E esse
pecado tem destruído congregações, causando escândalos por causa de
egocêntricos que não permitem jamais que alguém se destaque mais
do que eles, não enxergam uma igreja como um corpo mas como uma
platéia que deve estar pronta para olhar somente para eles.

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O Vicio de ser Egoísta

Cristo não era egoísta, sua vida era de total desprendimento dos
interesses pessoais. Cristo era um servo nato. Isso é uma afronta a
qualquer lógica religiosa, afinal de contas um Deus encarnado, um
Emanuel que vem sob as tonalidades de um servo de ultima classe, um
lavador de pés fedorentos, um sábio sem diplomas, um amigo de
pecadores e simpatizante das classes mais baixas. Sua rota vai de
encontro aos gadarenos num cemitério, aliás foi no “campo santo” que
ele vai conversar com um cadáver, retira-lo da tumba, lugar imundo.
Suas parábolas eram extremamente ofensivas, veja que no filho
prodigo, da vida mais devassa e revestida de misericórdia, de um conto
do bom samaritano, é exposto todo o vicio do egoísmo do sacerdote e
do levita e aclamado como é boa a espiritualidade de um samaritano
rotulado com um perfil de infiel a ortodoxia da religião formal. Em
tudo isso Cristo massacrou o egoísmo humano, derrubou os muros de
palha da altivez humana. Para Cristo não havia o politicamente correto,
não existiu o aforismo da maldição egoísta “Pouca brasa, meu peixe
primeiro” não havia lugar para o pragmatismo e muito menos para os
fins que justificam os meios. Jesus era puro de coração, e seus
seguidores se não seguem a risca essa definição são falsos cristãos.
Cristo não era viciado em egoísmo, ele repartia e multiplicava ainda
mais para repartir. Não quis seguir sozinho no ministério que daria
conta se quisesse, mas chama pessoas para compartilhar tarefas, e
porque fez isso? Porque não era egoísta. Sua vida soma a totalidade do
desprendimento pela causa do outro. Num instante de perene dor, o
instantâneo do inferno na terra, a cruz, ele doa perdão e um lugar no
paraíso ao mais delinqüente dos homens. Cristo era fenomenal, seus
seguidores seguem a regra e os demais, apenas assumem o bom nome
dele, para em seguida tornar mais feroz ainda a própria condenação,
porque nada pode ser tão terrível quanto um ego inchado fantasiado
com trapos remendados de religião humanistas decorados com
versículos bíblicos. Seja santo e não serás egoísta, porque a vida cristã
é incompatível com o egoísmo

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A religião cristã é a fé dos opostos, pelo menos dentro da perspectivas
do mundo, a bíblia assinala que o cristão trilha opostos permanentes.
Aqui temos algo a dizer, por exemplo, a graça divina confere o fato de
que a justificação pela fé exclui qualquer mérito humano e sempre
reforça o fato da confiança plena da obra consumada e perfeita de
Cristo na cruz. Assim também no que se insiste sobre uma vida bem
sucedida, o convite das Escrituras é para um viver no Espírito sob o
aspecto que mais é negligenciado hoje em dia, a humildade e a
humilhação. Creio que seja esse o ponto que justifica porque se prega
hoje tão pouco sobre o quebrantamento e a humildade. Veja que
quando Cristo começou seu sermão no monte, de inicio ele enfatiza a
pobreza de espírito, o que num sentido literal, Cristo fala sobre o ser
mendigo das coisas celestiais, isso requer uma observância da nossa
condição de total dependência de Deus em tudo. Isso é o posto da auto-
suficiência, que denota orgulho e rebelião. Mas ainda prossigo nessa
radical seqüência das exigências ao novo homem transformado pelo
Espírito Santo, pois enquanto que o mundo monta palcos o Espírito
Santo clama por humilhação. Enquanto que o mundo oferece a gloria
humana pelos degraus do egocentrismo, nos vamos ver o Senhor nos
chamando para a humilhação, e isso notamos na vida de Paulo, depois
de quase três décadas de fé cristã ele vai reconhecer que é um dos
principais pecadores (I Timóteo 5:17) ser peregrino e estrangeiro já
denota um fator conclusivo, o cristão não tem uma morada
permanente aqui nesse mundo, não somos de um sistema que jaz no
maligno (I João 5:19). Então a voz do Santo Consolador que nos guia a
toda verdade nos convida a humilhar-se e não a exaltar-se. A
humilhação é um papel perene na vida do cristão, só ao Senhor cabe o
dureiro da exaltação. “Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos
exaltará” (Tiago 4:10) “Humilhai-vos pois, debaixo da potente mão de
Deus, para que ao seu tempo ele vos exalte” (I Pedro 5:6). Essa é uma
regra áurea, um principio permanente. A Deus cabe a responsabilidade
de dar honra ao homem que se submete a humilhação por amor e
reconhecimento a Soberania de Deus. Nisso consiste em que muitos
obreiros e cristãos nada tem a apresentar a não palha inútil. Porque
são orgulhosos. Toda a humildade procede de um coração santificado
assim como a pompa e o orgulho mais arrogante procede de um
coração diabólico. Não é tarefa fácil falar sobre humildade em nossos

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dias de homens arrogantes e amantes de si mesmos. Nessa geração de
egocêntricos, nem mesmo o evangelho pode ser pregado na sua
essência mais divina porque os ouvintes se ofendem com a mensagem
da bíblia. Por mais cômico que seja isso, a contradição mais ridícula da
igreja moderna é que seus membros odeiam toda a mensagem que
interprete a voz do Espírito e que ao mesmo tempo seja ofensiva
porque suas convicções não se encaixam com aquilo que a bíblia
ensina. Segue que as convicções pessoais de muita gente tem sido a
autoridade final em questões de fé e pratica e não as Escrituras, e isso
pode ser observável mesmo entre aqueles que defendem a suficiência
final das Escrituras, ou “sola Scriptura”. Mas esse convite a humilhação
é uma coisa seria. Isso funciona para qualquer um e é uma exigência
para todos porque o modelo maior é Cristo e ele se humilha na cruz, se
humilha na servidão quando lava os pés dos apóstolos, quando nasce
numa estrebaria, quando se submete a viver nove meses no útero de
Maria, quando é rejeitado pelos mestres de Israel “E sendo ele em
forma de homem humilhou-se a si mesmo” (Filipenses 2:8) A voz que
em Genesis ecoa como um trovão quando ordena as coisas criadas,
aquela voz de autoridade que ordena Lazaro sair da sepultura, aquela
voz digna de respeito que ordenou libertação aos cativos quando
expulsava os demônios, que deu voz de autoridade contra a
tempestade, ela se cala no silencio da humilhação da cruz “Ele foi
oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca, como um cordeiro foi
levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus
tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca” (Isaias 53:7). Esse
caminho de humilhação na presença do Senhor é um convite a
rendição e reconhecimento da sua eterna Soberania sobre a nossa vida.
É um reconhecimento da nossa fraqueza e impotência espiritual, uma
necessidade da vida piedosa é essa tão exigida descida ao pó, ao
reconhecimento da nossa debilidade e total dependência, e mais que
isso também é uma forma como crucificamos o nosso orgulho, pois na
humilhação reduzimos o nosso ego a nada. Cristo insistiu sobre isso,
ele ensinou com voz firme, com certeza absoluta que os que a si mesmo
se exaltam, serão humilhados e os que se humilham serão exaltados
(Mateus 23:12 Lucas 14:11 e 18:14) por isso, há um caminho a
percorrer na presença do Senhor, esse quebrar-se da alma, essa
descida aos pés da cruz, essa inclinação até os lugares mais inferiores

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do Calvario, um prostrar-se aos pés do Senhor, e isso é rebaixar-se
diante de todos os homens. Não estou nada satisfeito com o
egocentrismo que prevalece hoje em dia entre os que se dizem cristãos,
homens arrogantes e briguentos, promotores de disputas internas e
formadores de elitismo espiritual, não há vento do Espírito soprando
sobre esses homens, eles estão trancafiados no obscurantismo de seus
corações arrogantes, estão acorrentados pelos grilhões do orgulho,
escravos do ego e regido por princípios puramente satânicos, pois são
essas coisas que caracterizam a índole dos filhos das trevas, a natureza
de um homem que está cego e manipulado pelas potestades dos ares
(Efesios 2:2) é essa natureza egocêntrica e rebelde.

O Homem Magnânimo

Numa sociedade moralmente doente, não é popular falar sobre


virtudes como magnanimidade e equidade. Esses conceitos morais
estão completamente fora de moda, e diga-se de passagem, nem sequer
são incentivadas e ensinadas hoje em dia nos púlpitos, razão porque a
maior parte dos pregadores encontrariam grandes dificuldades em
apresentar a prática do que irão pregar. Assim como a equidade
remete o homem para a pratica de uma justiça imparcial, exclui dessa
virtude qualquer tipo de conveniências. Assim, o homem magnânimo é
aquele que enfrenta todos os riscos e perigos, tomando decisões sem
interesse pessoal, por intenções objetivas de promover a causa do
próximo. Seu ideal é uma generosidade elevada desprendida de
interesses puramente pessoais, seu sacrifício gira em torno da
promoção do próximo, a alegria e a satisfação dele estão no alcance
desse objetivo. Nada 00é centralizado em interesses pessoais. O
homem magnânimo não sente riscos, ele não se entristece quando
alguém se destaca mais do que Ele e nem mesmo se entristece quando
alguém é promovido, pois a base pelo qual se sustenta o padrão moral
de suas virtudes é magnanimidade. É notável que o sistema mundano
seja piramidal, ficando algumas pessoas no topo influenciando e
controlando as demais que ficam abaixo delas. Uma analise da vida de
Cristo e vimos que Jesus era um homem magnânimo, sua missão desde
o principio é elevar pobres pecadores a santos, filhos de Adão a filhos

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de Deus, perdidos em salvos, condenados em justificados, idolatras em
sacerdotes reais, e como Cristo alcance isso? Pela sua morte! A cruz foi
a via pelo qual muitos homens banidos da presença de Deus podem ter
acesso pelo vivo caminho consagrado pela redenção de Cristo. A
adoção é a doutrina que é sustentada pelo fato da cruz ter sido uma
obra consumada e perfeita realizada pelo nosso Bendito Salvador na
cruz do Calvário. Toda a vida de Cristo está permeada de todas as
virtudes mais elevadas, ele é o homem por excelência Deus feito carne
de forma mais humilhante. Percebem esses paradoxos, o Senhor desce
os degraus da mais baixa servidão lavando os pés dos discípulos e
sobre o altar da cruz expondo-se a mais extrema vergonha, mas porque
ele o Senhor fez isso? Para dar os pobres e miseráveis mortais
pecadores a dignidade da justificação pela fé, o perdão dos pecados, o
resgate da maldição eterna, e remoção da penalidade que foi imposta a
cada filho de Adão. Isso é ser um homem magnânimo na sua forma
existencial mais completa e nEle temos o exemplo de um ideal de vida
cristã. Se realmente aquelas pessoas que professam a fé em Cristo
vivessem de acordo com os princípios que Ele ensinou aos seus
seguidores, não teríamos tantos problemas na igreja atual, pois o
numero de egocêntricos seriam reduzidos a quase nada, esses poucos
egocêntricos seriam expostos pela própria conduta sinalizando que
seriam meros carnais buscando satisfação para o ego. É maravilhoso
perceber como Cristo tinha essas marcas distintas, os valores de suas
ações refletiam o modo como ele viveu e morreu por causa dos
pecadores. Completamente desprendido de interesses pessoais, não
era conivente com qualquer tipo de erro, não aderiu a qualquer tipo de
conveniências, era reto em seus propósito e puro em suas intenções.
“nos fez reis e sacerdotes” (Apocalipse 1:6) mas isso teve o preço da
sua completa humilhação e a condição de esvaziamento, a graça teve
um custo, o dom gratuito de Deus teve um preço incalculável,
precisamos ver a graça pelo ângulo da redenção efetuada por Cristo na
cruz. Sem ser magnânimo Cristo nuca poderia ter inaugurado o
sacerdócio real de todos os santos. Por essa perspectiva vamos
entender o quanto é importante que a magnanimidade seja pregada,
porque ela é um distintivo espiritual no verdadeiro cristão, é uma
prova de que tem o espírito de Cristo (Romanos 8:9). Que o Senhor
possa abrir os nossos olhos para essas tão preciosas verdades

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“Se você se intitula cristão, você deve mostrar isso em seus modos e
comportamentos “ (J. C. Ryle)

Enfermos na Fé

Existem enfermidades espirituais, Paulo fala sobre ser são na fé,(Tito


1:13) e também trata da enfermidades na fé (Romanos 14:1) note que
não é da fé, mas na fé. A questão não é a fé em si, mas a pessoa que tem
uma perspectiva errada no coração com relação a certos aspectos
doutrinários, e que precisa ser corrigida de forma paciente, pois parece
não ter uma maturidade para discernir as coisas reais das
fantasias.(Veja Hebreus 5:12 a 14). Paulo abordou esse problema em
Romanos 14, e isso estava ocorrendo dentro da igreja, porque há
pessoas que ainda são meninos no entendimento, ao invés de serem
adultos no entendimento (I Coríntios 14:20). Assim quando não há um
crescimento e um progresso espiritual, pode sobrevir dificuldades pela
falta de sobriedade, entendimento e discernimento. Paulo já tinha
admoestado “Sede transformado pela renovação de vosso
entendimento” (Romanos 12:2). O apostolo citado, escreve varias
cartas que foram inseridas no Canon do Novo Testamento, corrigindo
desvios doutrinários, muitas vezes conseqüente de má interpretação,
falta de maturidade e discernimento espiritual dos crentes daquelas
igrejas. Uma enfermidade espiritual pode levar a apostasia, em outra
parte nos é dito sobre pessoas que naufragaram na fé. (I Timóteo 1:19)
Como se trata de um problema espiritual, precisa ser resolvido, de
forma paciente, porque alguns demoram a avançar no conhecimento
espiritual, e firmar-se na sã doutrina e ter uma vida cristã saudável.
Por isso Paulo tanto exorta na pregação de uma doutrina saudável
(Tito 2:1 e 7) Porque de outra forma, a má exegese vai sempre resultar
em mensagens espiritualmente doentes, daí a questão de um preparo
adequado, temor e muita responsabilidade na exposição das doutrinas
da graça e das Escrituras de um modo geral. A enfermidade interfere
no vigor e no fervor espiritual, ela debilita e mata, Pois esse é o fator

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que determina a gravidade de uma vida enfermiça: debilidade e morte.
Agora veja que há decadência nessa gravidade, pessoas que não
tratam da enfermidade na fé, chegam ao estado crônico de não mais
suportar a sã doutrina (II Timóteo 4:3) por isso o remédio apresentado
é ”Pregues a palavra, instes a tempo e a fora do tempo, redarguas,
repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina”(II Timóteo
4:2). A Palavra e somente a Palavra, bem dividida e por isso mesmo, a
igreja bíblica e espiritualmente saudável é criteriosa em ter obreiros
aprovados que manejam bem à Palavra da verdade. (II Timoteo2:15) e
com relação aos cristãos, aquele que é sábio, prudente e criterioso, vai
buscar sempre ouvir sermões bíblicos e se congregar junto a igreja que
prega a suficiência das Escrituras.

Autor: Clavio J. Jacinto

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