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Prefeitura Municipal de
SANTOS
Técnico Desportivo
· Gestão Esportiva · Atividades Aquáticas · Atividades Náuticas · Atividades com pessoa com
'H¿FLrQFLDÂ$WLYLGDGHVSDUDDSHVVRD,GRVDÂ$WOHWLVPRÂ%DVTXHWHEROÂ-XG{
Â.DUDWrÂ(VSRUWHVGH3UDQFKDÂ7rQLVÂ)XWHEROÂ)XWVDOÂ*LQiVWLFD$UWtVWLFDH5tWPLFDÂ
+DQGHEROÂ9ROHLEROÂ&RQGLFLRQDPHQWR)tVLFRÂ/D]HUH5HFUHDomR
Edital nº 10/2014 – COFORM/SEGES
PORTUGUÊS
&RQKHFLPHQWRVGDQRUPDFXOWDQDPRGDOLGDGHHVFULWDGRLGLRPDHDSOLFDomRGDRUWRJUD¿DR¿FLDO 01
$FHQWXDomRJUi¿FD 05
8VRHFRORFDomRGHSURQRPHV 07
Flexão verbal e nominal 11
&RQFRUGkQFLDQRPLQDOHYHUEDO 14
5HJrQFLDQRPLQDOHYHUEDO 19
2FRUUrQFLDGHFUDVH 23
3RQWXDomR 26
Confronto e reconhecimento de frases corretas e incorretas
,QWHUSUHWDomRGHWH[WRV 34
RACIOCÍNIO LÓGICO
Raciocínio Lógico: Visa avaliar a habilidade do candidato em entender a estrutura lógica das relações arbitrárias entre
SHVVRDVOXJDUHVFRLVDVHYHQWRV¿FWtFLRVGHGX]LUQRYDVLQIRUPDo}HVGDVUHODo}HVIRUQHFLGDVHDYDOLDUDVFRQGLo}HVXVDGDVSDUD
HVWDEHOHFHUDHVWUXWXUDGDTXHODVUHODo}HV 01
As questões desta prova poderão tratar das seguintes áreas: estruturas lógicas, lógica de argumentação, diagramas
OyJLFRV 05
Didatismo e Conhecimento
Índice
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
6RPHQWHSDUDRFDUJRGH7e&1,&2'(63257,92±*(672(63257,9$
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
&RPXPDWRGDVDVPRGDOLGDGHV
&RQFHLWRVSULQFtSLRV¿QDOLGDGHVHREMHWLYRVGD(GXFDomR)tVLFD 01
&RQGLFLRQDPHQWRItVLFROHJLVODomRPHWRGRORJLDPpWRGRVJtPQLFRVRUJDQL]DomRHSHGDJRJLD 09
&RQKHFLPHQWRVGH¿VLRORJLDGRH[HUFtFLRWUHLQDPHQWRGHVSRUWLYRGHVHQYROYLPHQWRPRWRU 60
&RQFHLWRVDQDWRPLDELRPHWULDELRPHFkQLFDH¿VLRORJLDGRHVIRUoR 72
/HJLVODomRUHODFLRQDGDDRVHVSRUWHV 97
3ROtWLFD1DFLRQDOGR(VSRUWH 107
'LPHQV}HVELROyJLFDVDSOLFDGDVjHGXFDomRItVLFDHDRHVSRUWH 121
$VPXGDQoDV¿VLROyJLFDVUHVXOWDQWHVGDDWLYLGDGHItVLFD 129
1XWULomRHDWLYLGDGHItVLFD 133
&UHVFLPHQWRHGHVHQYROYLPHQWRPRWRU140
'HVHQYROYLPHQWRGDFULDQoDHGRDGROHVFHQWH 145
3ULQFtSLRVFLHQWt¿FRVGRWUHLQDPHQWRGHVSRUWLYR 149
3ODQHMDPHQWRHSHULRGL]DomRGHWUHLQDPHQWRSDUDPRGDOLGDGHVLQGLYLGXDLVHFROHWLYDV 155
$VSHFWRVLQWHUYHQLHQWHVQDSHUIRUPDQFH159
$YDOLDomRItVLFDHSUHVFULomRGHH[HUFtFLRV163
2UJDQL]DomRHJHVWmRHVSRUWLYD 179
6LVWHPDVGHDYDOLDomR188
9LVmRLQWHUGLVFLSOLQDUHWUDQVYHUVDOGRFRQKHFLPHQWR 191
eWLFDQRWUDEDOKR 195
Didatismo e Conhecimento
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
rer) uma mediação privilegiada, entre os estudantes e entre professo-
Professor Ronaldo Sena e Silva res e estudantes, motivada pelo anelo de desenvolver uma função
social fundamental: transmitir e produzir cultura, oferecer às novas
Mestrando em Ciência Animal pela UNOESTE, Especialis- JHUDo}HVRTXHGHPDLVVLJQL¿FDWLYRSURGX]LXDKXPDQLGDGHDRORQ-
ta em Osteopatia pela EBRAFIM e Fisiologia do Exercício pela go de sua história. Não se trata aqui de desconsiderar ou suprimir a
UNOPAR; Graduado em Fisioterapia pela FAP e em Educação aprendizagem de valores, normas e comportamentos característicos
Física pela ESEFAP. de uma cultura particular, que de fato são também aprendidos/parti-
lhados na instituição escolar. Trata-se de, considerando-os inclusive
pré- requisitos básicos e necessários em termos de relações interin-
CONCEITOS, PRINCÍPIOS, FINALIDADES E GLYLGXDLVJDUDQWLUDHVSHFL¿FLGDGHGDHVFRODQDWUDQVPLVVmRGHFRQ-
OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA. WH~GRVFLHQWt¿FRVHODERUDGRVFXOWXUDOPHQWHGHIRUPDDSXUDGDHVLJ-
QL¿FDQWHSRLVHVVDpDVXD¿QDOLGDGHSULQFLSDO(VVDVFRQVWDWDo}HV
UHÀHWHPGHIRUPDJHUDODLPSRUWkQFLDGDHVFRODHQTXDQWRLQVWLWXLomR
social responsável pela transmissão cultural. Contudo, é importante
A educação, apesar de sua amplitude e complexidade, é enfocada ressaltar que os conhecimentos que circulam dentro da escola, ou
na maioria das vezes. Unicamente se atentarmos para este fato, iremos VHMD RV FRQWH~GRV FLHQWt¿FRV VLVWHPDWL]DGRV TXH VH PDWHULDOL]DP
perceber que, cotidianamente lidamos com ela quando nos deparamos em forma de disciplina escolar, e os demais conhecimentos partilha-
com algo novo e que não é de nosso repertorio de conhecimentos. dos no contexto escolar, valores, comportamentos – ambos os sabe-
Trata-se de uma atitude típica de quem aprende aos poucos a utilizar res são igualmente fruto de um longo processo acumulativo que re-
um computador, um celular, a dirigir um automóvel, uma motocicle- ÀHWH R FRQKHFLPHQWR H D H[SHULrQFLD DGTXLULGRV SHODV QXPHURVDV
ta, ou, em exemplos mais simples e corriqueiros, como a criança que gerações que nos antecederam. Esses aspectos podem ser manipula-
aprende com a mãe a se comportar diante dos outros, a conversar ou dos de forma adequada possibilitando inovações e invenções. Po-
YHVWLUVHSDUDLUDGHWHUPLQDGRVORFDLV(Q¿PSRGHUtDPRVOLVWDULQ~- UpPVHPXPHVSDoRSURSLFLRFRP¿QDOLGDGHVHSURSyVLWRVFODURVH
meras ações e atitudes em meio às relações que envolvem educação GH¿QLGRVWHUtDPRVGHFHUWRPRGRTXH³UHGHVFREULU´WRGRFRQKHFL-
dentro de contextos socioculturais distintos. Com isso pretende-se mento acumulado até nossos dias pela Física, pela Matemática, Bio-
alcançar a seguinte idéia: mesmo que não existissem escolas em logia, História, Educação Física entre outras. São conhecimentos
nossa sociedade algum processo de transferência do saber acumula- que dependem de um espaço organizado e de um ensino sistemati-
GRWRUQDULDSRVVtYHOVHUWUDQVPLWLGR,VVRMXVWL¿FDDHGXFDomRFRPR zado para sua transmissão, o que não se torna regra, mas convenha-
algo próximo do inevitável nos grupos organizados, pois ninguém mos que pudesse acontecer de forma lenta, sem as relações necessá-
escapa dessa transferência. Existe um ditado popular que diz: “Edu- ULDVHQWUHRVVDEHUHVQRYRVHRVMiFRQVWUXtGRVHDWpPHVPRLQH¿FLHQ-
cação vem de casa”. É claro que esse ditado refere-se, na maioria tes se fossem aprendidos apenas em outras instancias. Isso sugere
dos casos, à falta de “bons modos sociais”, a comportamentos não que a escola difunde saberes que mantém certa peculiaridade em
aceitáveis, porém a educação não ocorre somente em casa, ela acon- relação às demais instancias que desempenham também um papel
tece: “(...) em casa, na rua, na igreja ou na escola, de algum modo ou educativo direta ou indiretamente na sociedade. Essa “particularida-
de muitos todos nós envolvemos pedaços da vida com ela: para de” da escola tem sido foco de muitas críticas por parte daqueles que
aprender, para ensinar, para aprender e ensinar. Para saber, para fa- reconhecem a educação em uma perspectiva progressista ao longo
zer, para ser ou para conviver, todos os dias misturamos a vida com dos anos e uma série de discussões foram engendradas e apresenta-
a Educação”. Em síntese, nos atenta para o fato de que, a educação, das em diversas obras. Uma delas é “A democratização da escola
de um modo geral, é uma dimensão mais ampla e pode se dar não SXEOLFD SHGDJRJLD FUtWLFR VRFLDO GRV FRQWH~GRV´ H RXWUD WDPEpP
apenas na escola, mas também na família, na igreja, no local de tra- importante e de grande repercussão no território nacional é “Escola
balho, no lazer, entre outros, caracterizando-se por uma forma difusa e democracia”. Consideramos que essas críticas estão intimamente
ou assistemática objetivando transmitir às novas gerações “(...)cren- relacionadas ao foco que estamos discutindo nesse momento, pois
ças , idéias, valores, o saber comum, os modelos de trabalho, as re- buscam de variadas formas discutir e esboçar respostas para a se-
lações entre membros, o modo de vida de cada sociedade ou grupo gunda pergunta feita anteriormente: Qual é a função social da esco-
VRFLDOHQ¿PDIRUPDSDUWLFXODUFRPRHVVHVHQWHQGHPHPDWHULDOL- la? Em seus estudos a questão da cultura como eixo do processo
zam seu dia-a-dia”. Mas, embora educação seja uma prática social- curricular e defendem ainda uma orientação multicultural no con-
comunitária ampla e comum no cotidiano das pessoas é evidente texto escolar, ou seja, “(...) a escola nesse contexto, mais que trans-
que quanto mais discursamos sobre ela atualmente mais se torna missora da cultura, da ‘verdadeira cultura’ passa a ser concebida
HYLGHQWHDGL¿FXOGDGHHPLJQRUDURIDWRGHTXHDLQGDSUHFLVDPRV FRPRXPHVSDoRGHFUX]DPHQWRFRQÀLWRHGLiORJRHQWUHGLIHUHQWHV
UHÀHWLUVREUHD¿QDOLGDGHHIXQomRVRFLDOTXHDHVFRODGHYHGHVHP- FXOWXUDV´$VVLPRVFRQKHFLPHQWRVFRQWH~GRVFXOWXUDLVGHFDUiWHU
penhar, isso quando consideramos que é a partir de certa demanda FLHQWt¿FRWUDQVPLWLGRVQHVVHHVSDoRHQWUDPHPFRQIURQWRFRPIRU-
social que são estabelecidas as diretrizes a serem adotadas no pro- mas divergentes de compreensão da realidade trazidas por crianças
cesso educacional escolarizado. Por isso mesmo torna-se difícil dis- e adolescentes que nele ingressam, o que corresponderia logicamen-
FXWLU XPD HGXFDomR HVFRODUL]DGD GH FXQKR FUtWLFR HUHÀH[LYR VHP te ao surgimento de interpretações acerca desses conhecimentos
antecipadamente rever o papel social que a escola tem representado também divergentes. No entanto, será mesmo que isso tem aconteci-
ao longo das décadas. Neste contexto é interessante perguntar: O do? As crenças depositadas pela sociedade no que considera ser uma
que é escola? Qual sua função social? A escola pode ser considerada ³PLVVmRVDOYDGRUD´GRVFRQWH~GRVHVFRODUHVHQTXDQWRLQVWUXPHQWRV
como uma instituição constituída historicamente no contexto da mo- formadores de seres humanos inteligentes, operantes e capacitados
dernidade e é um espaço no qual ocorre (ou pelo menos deve ocor- para atuar e mudar os rumos da história marcada pela pobreza, pela
Didatismo e Conhecimento 1
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
discriminação e por desigualdades sociais, têm se deparado com em forma de um ambiente propenso às reivindicações liberais que
graves limitações na medida em que é exatamente por meio desse são as escolas: tradicional, renovada não diretiva e a tecnicista. E
“instrumento mágico” que a situação tende a se perpetuar e até mes- ao mesmo tempo podemos perguntar: Mas, e quanto a Educação
PRVHDJUDYDUDLQGDPDLV&RQVLGHUiYHOSDUWHGRVFRQWH~GRVTXHVmR Física, como essa área participou nesses modelos de escola pauta-
ensinados na escola apresenta forte tendência padronizadora e ho- dos no liberalismo? A seguir, veremos como a Educação Física tem
mogeneizadora quanto à formação ofertada por assumirem um cará- VHMXVWL¿FDGR¿QDOLGDGHVHREMHWLYRVGHQWURGRFRQWH[WRHVFRODUH
ter neutro, desvinculados de um contexto mais amplo, e utilizados como, historicamente, estruturou- se em meio a essas concepções
com a intenção de preparar intelectualmente os alunos. Esses alunos, de escola.
por sua vez, ingressam no ambiente escolar, caracterizados por dife-
renças socioculturais que servirão inevitavelmente de base para as OS MODELOS DE ESCOLA E A EDUCAÇÃO FÍSICA NO
aquisições (ou não) que a escola pretende desenvolver. É, no entan- CONTEXTO ESCOLARIZADO
WRQRVHVWXGRVDFHUFDGDVLQÀXrQFLDVVRFLRSROtWLFDVQDHGXFDomRTXH
a escola tem recebido duras críticas, evidenciadas em trabalhos na- Anteriormente tivemos como objetivo abordar a educação em
cionalmente reconhecidos como os já citados em outro momento seu contexto geral, ou seja, reconhecê-la enquanto prática social e
6DYLDQLH/LEkQHRDOpPGH3DXOR)UHLUH0RDFLU*DGRWWLHQWUHRX- comunitária e assim vimos que a educação se dá em casa, na rua,
tros. Segundo essas criticas, as escolas estariam comprometidas em QDLJUHMDHQ¿PWUDWDVHGHXPDSUHQGL]DGRFRQVWDQWHGHYDORUHV
termos de organização e fundamentação pedagógica com a chamada comportamentos considerados aceitáveis pelo grupo, crenças, co-
doutrina liberal que teve origem na Europa, no século XVIII servin- nhecimentos que são necessários para o convívio social. São formas
GRGHMXVWL¿FDWLYDSDUDRDLPSOHPHQWDomRGHXPDQRYDRUGHPVR- variadas de educação. A educação voltada para o trabalho, no en-
cial e econômica que substituiu o feudalismo concretizando a ascen- tanto, foi sendo transferida aos poucos à competência das escolas/
são burguesa que se fez classe dominante. Podemos caracterizar o professores/aulas. Isso ocorria conforme o processo de industriali-
liberalismo de um modo geral como uma doutrina que defende: [...] zação se acentuava e se sobrepunha ao meio de produção enquan-
a liberdade para o desenvolvimento de atividades intelectuais, reli- to subsistência e fazia, assim, com que o povo do campo migrasse
giosas, políticas, econômicas; a igualdade perante a lei, isto é, a para os grandes centros, no qual a especialização do trabalho exigia
igualdade civil já que individual ou socialmente não é possível; o FRQKHFLPHQWRVTXHQmRSRGHULDPVHUSDVVDGRVGHSDLSDUD¿OKRe
direito natural do indivíduo à propriedade; a convicção de que cada neste contexto que surgiram as instituições de ensino sistematizado
pessoa tem aptidões e talentos próprios (individualismo) que podem que cumpririam com essa tarefa e, historicamente, três modelos de
HGHYHPVHUGHVHQYROYLGRVDR0i[LPRH¿QDOPHQWHDGHPRFUDFLD escola seriam estabelecidas: tradicional, escola nova e escola tecni-
como forma de governo mais adequada e a participação coletiva cista. Apontamos cinco tendências no processo histórico da Educa-
através de representantes de livre escolha de cada um. ção Física: higienista, militarista, pedagogicista, competitivista e po-
8PDFODVVL¿FDomRUHOHYDQWHGDVWHQGrQFLDVSHGDJyJLFDVQDSUi- pular. É possível fazer uma analogia com relação aos períodos desta
tica escolar e alerta para o fato de que grandes partes dos professores IRUPD(VFRODWUDGLFLRQDODWp(G)tVLFDKLJLHQLVWDFRQFHSomR
que atuam nas escolas, implícita ou explicitamente, incorporam em ~QLFDDWp(VFRODQRYDDQRV(G)tVLFDSHGDJRJLFLVWDQR
sua prática diária uma orientação pedagógica que corresponde aos SyVJXHUUDH(VFROD7HFQLFLVWD(G)tVLFDFRPSHWLWLYLV-
ideais liberais. A pedagogia liberal compreende a escola como um WD¿QDOGDGpFDGDGHHGXUDQWHRVDQRV1mRRFRUUHUDPSH-
espaço de equalização social e preparação individual. Por isso essa ríodos com extrema coincidência, até porque a escola tradicional e a
pedagogia tem o objetivo de inserir o indivíduo no meio social de tendência higienista continuaram existindo mesmo com os ideários
forma pré-determinada, porém essa inserção visa ao ajustamento do da escola nova e do pedagogicismo.
próprio individuo e ao desempenho de papéis sociais. A escola nesse
HQIRTXHFXPSUHVXDVIXQo}HVHVSHFt¿FDV±WUDQVPLVVmRGDFXOWXUD (6&2/$75$',&,21$/('8&$d2)Ë6,&$+,*,(1,6-
e de modelos de comportamento, formação da cidadania conscien- TA
te e ainda garante a manutenção estrutural da sociedade. Ela passa
a funcionar como um mecanismo de manutenção/preservação da A primeira escola caracterizada pelo
hegemonia da classe burguesa a medida que oferece oportunidades estabelecimento de uma pedagogia pautada em ideais liberais
iguais a todos, independente de classes, crenças ou outros fatores. ¿FRXKLVWRULFDPHQWHFRQKHFLGDFRPRHVFRODWUDGLFLRQDOHGDWDGR
Essas oportunidades, porém não atendem exatamente a todos que século XIX. Com o intuito de construir uma sociedade democrática
nela ingressam. Assim, a escola proporciona oportunidades iguais que corresponderia aos anseios da classe burguesa em ascensão, à
para todos e, ao mesmo tempo, mascara o efeito dos condicionantes HVFRODVHULDFRQ¿DGDDUHVSRQVDELOLGDGHGHIRUPDUFLGDGmRVFXOWRV
socioculturais, ao enfatizar o esforço individual de cada aluno na ³HVFODUHFLGRV´SDUDTXHRVV~GLWRVGRDQWLJRUHJLPHIRVVHPWUDQVIRU-
EXVFDGDFRPSUHHQVmRGHFRQWH~GRVGHVSURYLGRVGHTXDOTXHUYLQ- mados em cidadãos.
FXODomR FRP GHWHUPLQDQWHV VRFLRHVWUXWXUDLV (VVHV FRQWH~GRV VmR 2V FRQWH~GRV D VHUHP WUDQVPLWLGRV VLVWHPDWLFDPHQWH ID]LDP
apropriados às condições das crianças da classe burguesa, levando parte do acervo cultural geral construído pela humanidade e, por
ao fracasso as crianças das classes menos favorecidas e garantin- meio deles é assegurado aos alunos uma formação puramente
do, desta forma, a continuidade da hegemonia dos dominantes. O intelectual e moral e o esforço individual é a chave para o sucesso
fracasso é interpretado nesse sentido como se fosse da escola e não uma vez que as possibilidades são iguais para todos. 2VFRQWH~GRV
dos alunos, pois esta “(...) ignora as efetivas diferenças, principal- além de serem desvinculados da realidade social por seu caráter ex-
mente as sociais, existentes entre as crianças”. Podemos, então, ca- clusivamente intelectual são verdades a serem seguidas). Realizar
UDFWHUL]DUSDUDRV¿QVGHVWHHVWXGRHFRPEDVHHP/LEkQHR interessante descrição da organização da escola tradicional. Ela as-
três concepções de escola que buscam estruturar-se e estabelecer-se sim descreve:
Didatismo e Conhecimento 2
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
1DHVFRODWUDGLFLRQDODVFULDQoDVVHRUJDQL]DPHP¿ODGHSUH- são a progressista e a não diretiva. A escola não diretiva caracteriza-
ferência em carteiras individuais, todas voltadas para o professor se por uma motivação à descoberta individual do conhecimento,
que se coloca à frente da classe, a par de um quadro negro do qual um autodesenvolvimento que se dá mediante uma ação pedagógica
se serve a maior parte do tempo. As relações essenciais da criança limitada a oferece condições facilitadora de aquisição do conheci-
são com o professor; as atividades grupais, que porventura se desen- mento. O professor, um agente facilitador, buscava oferecer meios
volvam, são utilizadas como processos competitivos e não com o de estimular a mudança intrínseca do indivíduo, pretendendo atingir,
objetivo de desenvolver a colaboração. A escola como um todo tam- com isso, níveis de adaptação/ajustamento às condições ambientais,
bém não foge aos princípios de ordem, de disciplina e competição. sempre ajudando, em um processo de relacionamento interpessoal.
É constituída por classes regidas por professores diferentes, que não A intervenção direta considerada prejudicial a aprendizagem. Na
guardam necessariamente relações de integração ou de colaboração, escola nova: [...] a sala de aula e a escola se organizam no sentido
cada qual à frente de seus alunos, como se sua classe fosse um mun- GHSURSRUFLRQDUDRVDOXQRVP~OWLSODVRSRUWXQLGDGHVGHSHVTXLVDGH
do a parte. expressão e de comunicação. Estes não trabalham mais sozinhos,
Relatando a história da educação no Brasil, apresenta uma críti- mas em grupo, em processo de cooperação. As atividades não são
ca empreendida à escola tradicional pela chamada pedagogia liber- programadas, mas se desenvolvem espontaneamente conforme as
tadora acusando-a de ser uma educação do tipo “bancaria”. Nela: crianças se encaminhem para essa ou para aquela direção, conforme
Em sala de aula, a matéria é exposta verbalmente ou por meio de seu interesse seja despertado para algum objeto ou desejo de desco-
demonstrações pelas quais o aluno deverá fazer uma associação com berta. O material é numeroso e, muitas, vezes, reproduz as condi-
tudo o que já foi ensinado, memorizando conceitos e formulas para ções reais de existência dos alunos.
então aplicar na resolução de exercícios solicitados pelo professor A escola nova não substituiu a escola tradicional: elas atuaram
em forma de atividade de sala ou tarefa a ser entregue. A escola concomitantemente, embora o ideário escolanovista tenha perturba-
tradicional compreendia a educação como um direito igual a todos GRDRUGHPGDHVFRODWUDGLFLRQDODRGHPRQVWUDUVXDVGH¿FLrQFLDV$
e atribuía o fracasso à falta de esforço do aluno. Enquanto na escola escola nova, no entanto, também deixou a desejar pelo fato de exigir
tradicional a preocupação era formar o cidadão para o novo modelo FXVWRV DOWRV ¿FDQGR UHVWULWDV D SHTXHQRV Q~FOHRV EHP HTXLSDGRV
econômico que se instalará, com base em uma formação intelectual, Esse pensamento acerca da escola e sua função propagou-se de for-
a Educação Física tinha “um papel fundamental na formação de ho- ma tal que foi adotado pelos professores. Com isso se enfraqueceu
PHQVHPXOKHUHVVDGLRVIRUWHVGLVSRVWRVjDomR$VD~GHGHYHULD a transmissão de conhecimentos e houve o rebaixamento do nível
ser colocada em primeiro lugar e a Educação Física deveria oferecer GHHQVLQRGHVWLQDGRjVFDPDGDVSRSXODUHV(VWHHUDR~QLFRPHLR
um programa que viabilizasse a aquisição de padrões de conduta de acesso ao conhecimento elaborado, mas o aprimorando incidiu
TXHDVVHJXUDVVHDVD~GH³GRSRYR´HOLYUDVVHDVRFLHGDGHGHYtFLRVH apenas sobre o ensino destinado às elites. Na Educação Física, a
GRHQoDV(VVHSHQVDPHQWRYLJRURXDWpHDFRPSDQKRXDFUHQoD tendência pedagogicista viria a romper com a idéia vigente de que
na educação escolarizada enquanto instancia responsável pela cons- DPHVPDHUDDSHQDVXPPHLRGHSURPRomRGDVD~GHHGLVVHPLQD-
trução de uma sociedade democrática constituída por membros es- ção de hábitos sadios. Embora vinculada ao pensamento liberal,
clarecidos. A pátria necessitava de pessoas inteligentes e saudáveis. essa tendência apresentou um avanço em relação as anteriores por
$¿QDOLGDGHGD(GXFDomR)tVLFDQDHVFRODHUDHQWmRDGLVVHPLQDomR creditar à Educação Física um papel predominantemente educativo.
de hábitos, ou melhor, a educação higiênica do corpo e as “lições” ,QÀXHQFLDGDSHORVLGHDLVGRHVFRODQRYLVPRWDOYH]SRVVDPRVHQFRQ-
eram ensinadas via memorização, correção e avaliação (prova, tes- trar em John Dewey alguns princípios que viriam a nortear as ações
tes, etc.). Outro modelo de escola, caracterizado por contrapor a es- dos professores fundamentados nessa tendência. O pensamento de
cola tradicional, será esboçado a seguir. Dewey, quanto ao próprio currículo escolar estaria centrado na re-
O professor ensina, os alunos são ensinados; O professor sabe OHYkQFLDGHVWLQDGD³DFULDWLYLGDGHDRSODQHMDPHQWRHDH[HFXomRH
tudo, os estudantes nada sabem; O professor pensa, e pensa pelos avaliação do próprio aluno, ou seja, respeitando sua individualidade
estudantes; O professor fala e os estudantes escutam; O professor e intencionalidade”. Visava-se a tão desejada “formação integral”, a
estabelece a disciplina e os alunos são disciplinados. O professor es- formação do cidadão. Dessa forma, a Educação Física contribuiria
colhe, impõe sua opção, os alunos se submetem; O professor traba- QmRVySDUDDSURPRomRGDVD~GHPDVWDPEpPSDUDDIRUPDomRGR
lha e os alunos tem a ilusão de trabalhar graças a ação do professor; caráter e preparação vocacional. Isso exigia do professor um posi-
2SURIHVVRUHVFROKHRFRQWH~GRGRSURJUDPDHRVDOXQRV±TXHQmR cionamento diferente, de não imposição perante os alunos que aos
são consultados – se adaptam; O professor confunde a autoridade poucos descobririam seus talentos em relação ao meio que deveria
GRFRQKHFLPHQWRFRPVXDSUySULDDXWRULGDGHSUR¿VVLRQDOTXHHOH VHUDGHTXDGDPHQWHSURQWL¿FDGRFRPRHVSDoRHRVPDWHULDLVDGH-
opõe à liberdade dos alunos; O professor é sujeito do processo de quados. As atividades propostas seriam de cunho recreativo.
formação, os alunos são simples objetos. A Educação Física pedagogicista estava ligada ao crescimento
GDUHGHGHHQVLQRSXEOLFRQRVDQRVH2GHVHQYROYLPHQWRLQ-
ESCOLA RENOVADA NÃO DIRETIVA/ EDUCAÇÃO FÍSI- dustrial e a urbanização relativamente acelerada no Brasil, acoplada
&$3('$*2*,&,67$ a um regime político que, ainda que formalmente, baseava-se no
voto, trouxe para as elites dirigentes o fenômeno da pressão social
Vale lembrar que a tendência renovada formou-se em oposição em torno de novas oportunidades de ascensão social. Dentro desse
ao modelo tradicional, que não vinha cumprindo satisfatoriamente movimento a escola publica se consubstanciou, sem duvida, numa
sua função de equalização social. Conhecida pelo nome de escola reivindicação constante das classes populares. A democracia popu-
nova (escolanovismo), sua característica principal é a não diretivi- lista, suscetível a tais anseios, viu-se na obrigação de ampliar a rede
dade do ensino. Entretanto, é possível mencionar duas vertentes, que publica de ensino.
Didatismo e Conhecimento 3
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
No entanto, a preocupação da Educação Física com a formação país desenvolvido, o Brasil enquanto potencia. Na Educação Físi-
do sujeito estava atrelada à concepção característica da escola nova, FDDWHFQL]DomRVHGHXHPIXQomRGDDSOLFDomRGHHVWXGRVFLHQWt¿FRV
segundo a qual a escola e a educação eram algo “a parte” da socieda- VREUH¿VLRORJLDHWUHLQDPHQWRGHVSRUWLYRELRPHFkQLFDHWF7XGRR
de, oferecendo uma formação que inviabilizaria a compreensão das TXHUHSUHVHQWDYDPHOKRUGHVHPSHQKRHPDLVH¿FLrQFLDQRUHQGLPHQ-
classes populares sobre o próprio contexto em que viviam. Enquanto to esportivo era acrescentado ao treinamento que se dava na esco-
D~QLFDIRQWHGHDFHVVRDRFRQKHFLPHQWRSRUSDUWHGDVFDPDGDVSRSX- la. Aos poucos, os alunos/atletas tornavam-se ignorantes a respeito
lares, essa tendência distanciou do aluno em demasia o conhecimento das condições sociais em que viviam, pois era a chance de ascensão
HODERUDGRFLHQWL¿FDPHQWH VRFLDOTXHVLJQL¿FDYDUHFRQKHFLPHQWRVXFHVVR,VVRHUDLPSRUWDQWH
na escola por dois motivos: para que fossem conquistadas medalhas
ESCOLA TECNICISTA/EDUCAÇÃO FÍSICA TECNICISTA ROtPSLFDV FRPR VLJQL¿FDGR GH HVIRUoR LQGLYLGXDO GH YLWyULD H SRU
outro lado outro, era de interesse por que, em plena ditadura “fazia-se
Essa tendência entende que a função essencial da escola é o necessário eliminar as críticas internas e deixar transparecer um clima
preparo para o trabalho fabril. Para isso a própria organização da es- de prosperidade, desenvolvimento e calmaria”. Esse entendimento da
cola deve sofre transformações que levem à formação de indivíduos ¿QDOLGDGHGD(GXFDomR)tVLFDQDHVFRODVHDODVWURXSULQFLSDOPHQWH
competentes para o mercado de trabalho e estejam providos de infor- em função da mídia, pois esta divulga a idéia de possível “ascensão
mações precisas objetivas e rápidas. No trabalho fabril, as máquinas social” para aqueles que viviam em situações de pobreza. Além disso,
exigem a adaptação do indivíduo que exerce em um controle que está mostrava-se que a ascensão era possível, embora alguns pudessem
além de sua subjetividade. Assim, cada um é responsável por uma par- alcançar o lugar no podium. O professor, nesse contexto, receberia co-
FHODGRWUDEDOKRTXHUHVXOWDUiQDSURGXomR¿QDOGRREMHWRRXVHMDR nhecimentos de especialistas que os elaboravam e seria sua a tarefa de
produto é decorrente da maneira com que o processo é organizado. A aplicar o treinamento de acordo com eles. Todas elas correspondem
educação é vista como o processo racionalizado, mecanizado e parce- à doutrina liberal que estimula a igualdade, a liberdade e o individua-
lado de acordo com a especialização de diferentes funções, com base lismo, base de sustentação do capitalismo. Dessa forma a escola é
em um planejamento intencional. O ambiente escolar é, de acordo organizada para atingir a mesma meta, mas com contornos diferentes.
com esse enfoque, um espaço de aquisição de habilidades e conheci- Vemos, então, que essas três tendências apresentam como fun-
PHQWRVDSOLFiYHLVDRWUDEDOKR(VVHVFRQKHFLPHQWRVFRQWH~GRVHKD- ção social a manutenção do pensamento liberal, do capitalismo e, em
ELOLGDGHVVmRREMHWLYRVFRPSULQFtSLRVHVWDEHOHFLGRVFLHQWL¿FDPHQWH conseqüência, da divisão de classes antagônicas. A Educação Física,
e ordenados numa seqüência lógica por especialistas que “descobrem” de certa forma, transmitia conhecimentos direcionados a sanar a ig-
e que são aplicados pelos professores. O professor já não é conside- QRUkQFLDGRSRYRSRUPHLRGDDTXLVLomRGHKiELWRVVDXGiYHLVKLJLH-
rado o sujeito dotado do conhecimento a ser transmitido aos alunos, nismo), o estímulo a interesses individuais quanto aos conhecimentos
mas um agente responsável apenas pela transposição do mesmo, que (não diretividade, pedagogicismo), e o conhecimento e aquisição de
pHODERUDGRFLHQWL¿FDPHQWHREHGHFHQGRDFULWpULRVGHUDFLRQDOLGDGHH KDELOLGDGHVHVSRUWLYDVH¿FLHQWHVFRPSHWLWLYLVPR(PJHUDOD(GX-
produtividade. Para o ensino, são utilizadas técnicas e procedimentos cação Física contribui inevitavelmente para o pensamento liberal, o
com base na tecnologia educacional, que tem papel controlador do capitalismo e a divisão entre as camadas favorecidas e desfavorecidas
ensino por meio de princípios comportamentais e tecnológicos que se os alunos não compreendem que seu movimentar-se intencional
promovem mudanças no comportamento e desempenho, aqui um HVWiLQVHULGRQDVFRQGLo}HVHVSHFL¿FDVGRFRQWH[WRVRFLRFXOWXUDODTXH
entendimento de aprendizagem, reforçando respostas controladoras serve. Isso quer dizer que se a Educação Física se fecha entre as quatro
e condicionantes. Pode-se dizer que se trata de um ensino diretivo SDUHGHV GD HVFROD H QmR EXVFD LQWHUUHODFLRQDU RV FRQWH~GRV FRP D
por controlar as condições de aprendizagem com forte intervenção. UHDOLGDGHFRQFUHWDGRVDOXQRVHVWDEHOHFHQGRXPSDGUmRGHFRQWH~GR
Portanto, na escola tecnicista: [...] importa muito a existência de meios HHPFRQVHTrQFLDGHDOXQRVDXGiYHOWDOHQWRVRLQGLYLGXDOLVWDH¿-
DX[LOLDUHVGHHQVLQRFRPRODERUDWyULRVHR¿FLQDVRQGHVHFRPSUR- FLHQWHGL¿FLOPHQWHVHDIDVWDUiGRSHQVDPHQWROLEHUDO$VVLPRHOH-
YDDWHRULDDSUHQGLGDHVHGHVHQYROYHPKDELOLGDGHVPHFkQLFDVFRPR mento desconsiderado não só pela Educação Física, como pela Edu-
aplicação dessa teoria. A escola se organiza também segundo os prin- cação no contexto geral, é a contextualização e, sem esse princípio, ela
FtSLRVGHUDFLRQDOLGDGHHH¿FLrQFLDLVWRpEXURFUDWLFDPHQWHFRPSHV- oferece uma educação sem sentido social. A Educação Física destinou
soal auxiliar e um corpo de especialista que agem junto ao professor, atenção durante todos esses anos ao aspecto biológico de forma pre-
no sentido de fornecer-lhe a tecnologia adequada ao atingimento de dominante e esqueceu-se das outras dimensões que compõem o ser
excelência do ensino e de auxiliá-lo na tarefa pedagógica. humano: psicológica e sociocultural. Com base em tudo que foi dito
&RPDHVFRODWHFQLFLVWDGR¿QDOGDGpFDGDGHDDSUHR- até então, é interessante nos perguntar como será que os professores
FXSDomRVHGiFRPDIRUPDomRGHXPLQGLYLGXRH¿FLHQWHHSURGXWLYR atuantes e também alunos que atualmente ingressam ou estão em fase
para o desenvolvimento econômico. A escola seguia os modelos do GHFRQFOXVmRGRFXUVRGHIRUPDomREiVLFDUHFRQKHFHPD¿QDOLGDGHGD
processo fabril em que o trabalhador não é levado a compreender sua Educação Física na escola e quais consideram ser os objetivos nortea-
função subjetivamente, mas apenas enquanto condutas que são objeti- dores? É o que pretendemos visualizar a seguir.
vadas e impostas pelos meios de produção. Em outros termos, o pró-
prio sujeito tem a se adaptar à função que lhe é designada pelo dono 0(72'2/2*,$
GRVPHLRVGHSURGXomR1HXWUDOLGDGHFLHQWL¿FDVHULDXPDHVSpFLHGH
roupagem da Educação Física competitivista pautada no tecnicismo A pesquisa de cunho qualitativo aqui apresentada foi realizada
que resultaria na imparcialidade de especialistas e docentes. Com em dois momentos: o primeiro foi com professores de Educação
LVVRHODDFHQWXDULDDLPSRUWkQFLDGDVFRPSHWLo}HVGHVSRUWLYDVFRPR )tVLFD DWXDQWHV QD UHGH S~EOLFD H SDUWLFXODU GH HQVLQR GD FLGDGH GH
¿QDOLGDGHSULQFLSDOXPDYH]TXHDFRQTXLVWDGHPHGDOKDVROtPSLFDV /RQGULQD)RUDPHQWUHYLVWDGRVQRWRWDOSURIHVVRUHVTXHHPJH-
representaria para o mundo um indicativo acerca da condição de UDODSUHVHQWDYDPHQWUHDDQRVGHLGDGHFRQFOXtUDPRFXUVR
Didatismo e Conhecimento 4
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
GHJUDGXDomRHQWUHRVDQRVGHDGHOHV¿]HUDPSyV- ³'HVHQYROYLPHQWRJOREDOGDFULDQoDLQWHJUDomRUHFUHDomR´
JUDGXDomRHPQtYHOGHHVSHFLDOL]DomRDWXDPQDHGXFDomRLQ- ³5HFUHDomRSDUDTXHRDOXQRSULQFLSDOPHQWHQRWXUQRUHOD[H
IDQWLOGHPHVHVDDQRVGRVHQWUHYLVWDGRVDWXDPQRHQVLQR do dia-a- dia, sociabilização dos alunos uns com os outros e promo-
IXQGDPHQWDOGHDQRHFLQFRPHVHVDDQRVHSURIHVVRUHV ção da ação motora”.
GRWRWDOGRVHQWUHYLVWDGRVDWXDPQRHQVLQRPpGLRGHDQRD ³5HVSHLWDUUHJUDVRUJDQL]DUVRFLDELOL]DUVH´
anos. Apenas um dos entrevistados fez outro curso de graduação. ³6RFLDOL]DomROXGLFLGDGHIRUPDomRPRWUL]´
2VHJXQGRPRPHQWRIRLHQWUHYLVWDUHVWXGDQWHVLQLFLDQWHVGR
curso de Educação Física – licenciatura – cujo currículo segue as PROFESSORES ATUANTES: OS OBJETIVOS DA EDUCA-
RULHQWDo}HV GD UHVROXomR &1( H ? (VVHV DOXQRV KDYLDP ÇÃO FÍSICA NA ESCOLA
LQJUHVVDGRQRVDQRVGHHHDSUHVHQWDYDPHQWUH
DDQRVGHLGDGH7DPEpPIRUDPHQWUHYLVWDGRVHVWXGDQWHV Quanto aos objetivos da Educação Física na escola, os profes-
que estavam concluindo o curso de acordo com as orientações da VRUHVSDUHFHPHPDOJXQVPRPHQWRVWHUFRQIXQGLGR¿QDOLGDGHFRP
UHVROXomR&)(?QRVDQRVGHHDSUHVHQWDQGRHP função. Entre os objetivos da Educação Física apresentados, pelos
PpGLD GH D DQRV GH LGDGH )RL DSOLFDGR XP TXHVWLRQiULR professores entrevistados, os mais freqüentes estavam relaciona-
FRQWHQGR TXHVW}HV DFHUFD GH DVVXQWRV UHIHUHQWHV D HGXFDomR dos a aspectos motores (desenvolvimento de habilidades motoras,
Educação Física, saberes necessários para a docência, área em DSUHQGL]DJHPPRWRUDVRFLDOL]DomRDLQLFLDomRHVSRUWLYDVD~GH$
HVSHFL¿FRGDGRVSHVVRDLVH[SHULrQFLDVDQWHULRUHVJUDXGHHVFR- relação da área com aspectos sociais e culturais foram pouco men-
larização, para este estudo nos atemos a alguns dados pessoais. FLRQDGDV9HMDPRVHQWmRDOJXQVH[HPSORV³$SUHQGL]DJHPPRWR-
Ativemo-nos, porém, a duas questões que pudessem contribuir ra, desenvolvimento de crianças e adolescentes”.
para dar conta de alcançar os objetivos desta pesquisa. As pergun- ³0HOKRUDUDVFDSDFLGDGHVItVLFDVIRUoDUHVLVWrQFLD7FPH-
tas selecionadas para análise dos dados foram: A) apresente três lhora das estruturas perceptivas motoras”.
¿QDOLGDGHVSDUDDGRFrQFLDSDUDD(GXFDomR)tVLFDQDHVFROD% ³3URSLFLDURGHVHQYROYLPHQWRGDVTXDOLGDGHVItVLFDVIRUQHFHU
apresente objetivos que considera como gerais para a Educação a socialização, através de atividade físico-recreativas, melhorar a ap-
Física na escola. tidão física por meio da prática de habilidades motora etc”.
³'HVHQYROYHUKDELOLGDGHVPRWRUDV´
ANÁLISE DOS DADOS
1R TXHVLWR VD~GH SRGHPRV SHUFHEHU ³&RQVFLHQWL]DU R HGX-
cando da necessidade da pratica da atividade física para sua ma-
3URIHVVRUHVDWXDQWHVDV¿QDOLGDGHVGD(GXFDomR)tVLFDQDHV-
QXWHQomRGDVD~GH3UHSDUDURHGXFDQGRSDUDRHQIUHQWDPHQWRGR
FROD 4XDQWR jV ¿QDOLGDGHV HQXPHUDGDV SHORV SURIHVVRUHV SDUD D
cotidiano”.
Educação Física na escola, podemos perceber a ênfase destinada à
³$FRQVFLrQFLDSHODSUiWLFDGHH[HUFtFLRVYLVDQGRjREWHQomR
SURPRomRGDVD~GHDSUHQGL]DJHPHVSRUWLYDHUHFUHDomRHQWUHRX-
HPDQXWHQomRGDVD~GH´
WUDV¿QDOLGDGHV3DUDVHWHUXPDLGpLDD¿QDOLGDGHVD~GHIRLHOHQFD-
³'HVSHUWDURJRVWRSHODSUiWLFDVDXGiYHOGDDWLYLGDGHItVLFDH
GDSRUSURIHVVRUHV$TXLDOJXQVH[HPSORV³7UDEDOKDUFRPR
motor e o psicomotor do educando; incutir valores que conduzam VXDFRQWULEXLomRQDSURPRomRGDVD~GHHGREHPHVWDUItVLFRJHUDO´
DRHGXFDQGRKiELWRVVDXGiYHLVH[HUFtFLRVItVLFRV[VD~GHFRQGX- 5HIHUHQWHDVRFLDOL]DomR³3URPRYHUDVRFLDELOL]DomRHDFRR-
zir o educando ao conhecimento do próprio corpo”. peratividade”.
³(QWHQGHUD(GXFDomRItVLFDFRPRIRUPDGRUDGRHGXFDQGR ³6RFLDOL]DomRGDVFULDQoDVOHYDURDOXQRDDXWRGHVFREHUWDH
GHVHQYROYHUDVRFLDELOLGDGHPHOKRUDUDVD~GHItVLFDHPHQWDOGR superação de seus limites
aluno”. 3URPRYHUDVRFLDELOL]DomRHDFRRSHUDWLYLGDGH´
³6RFLDOL]DomRGLVFLSOLQDHUHVSHLWRDRSUy[LPRPHOKRUDDV ³)D]HU FRP TXH R DOXQR HQWHQGD R TXH p (GXFDomR )tVLFD
FRQGLo}HVGHVD~GHItVLFDHPHQWDO´ fazer com que o aluno respeite mais o educador físico e promover a
A aprendizagem de aspectos relacionados ao esporte e a des- sociabilização do aluno perante os outros alunos”.
coberta de talentos também parece estar presente na mente dos Quanto aos esportes (iniciação esportiva, aprendizagem de mo-
SURIHVVRUHVDWXDQWHVVHQGRFRJLWDGRVSRUHQWUHYLVWDGRVFRPR dalidades)
VHQGRXPDGDV¿QDOLGDGHVGD(GXFDomR)tVLFDQDHVFROD$OJXQV ³,QLFLDomRDRHVSRUWHHGXFDUSDUDRIXWXURSURPRYHULQWHJUD-
H[HPSORVLOXVWUDPLVVR³3URYHURVVHXVEHQH¿FLiULRVFRPRGH- ção aos jovens”.
senvolvimento das habilidades motoras, atitudes e conhecimentos, ³$SUHVHQWDU GLIHUHQWHV SUiWLFDV HVSRUWLYDV´ ³,QFHQWLYDU D
levando os a uma participação ativa e voluntária em atividades fí- prática do esporte e da atividade física”.
sicas e esportivas ao longo de suas vidas. Detectar jovens talentos ³'HVHQYROYHURHVStULWRHVSRUWLYR´2XWURVSURIHVVRUHVHP-
através das aulas e encaminha-los para escolinha de treinamento”. bora correspondam a
³,QLFLDomR HVSRUWLYD´ ³5HVJDWDU QR DOXQR LQWHUHVVH SHOD uma pequena parcela do total, demonstram ainda outras preocu-
prática esportiva, recreativa e social”. pações além das já cogitadas. Por isso, eles transcendem e ampliam
³3RVVLELOLGDGHGHLGHQWL¿FDomRGHWDOHQWRVSDURHVSRUWHFR- XPSRXFRRkQJXORGHYLVmRTXDQWRDRVREMHWLYRVGD(GXFDomR)t-
nhecimento das diferenças”. VLFDQDHVFRODUHVVDOWDQGRTXHVW}HVVRFLRFXOWXUDLV³'HVHQYROYHU
³,QFHQWLYDU RV DOXQRV i SUiWLFD GH HVSRUWHV ID]HU FRP TXH a criança tanto na parte motora, quanto afetivo-social e cognitiva;
os alunos levem uma vida mais saudável; mostrar aos alunos as Entender e utilizar do exercício físico como fator de promoção da
diferentes modalidades esportivas”. VD~GH(QWHQGHURHVSRUWHFRPRIHQ{PHQRFXOWXUDOSUHVHQWHHPQRV-
$UHFUHDomRHVRFLDOL]DomRWDPEpPVmR¿QDOLGDGHVFRJLWDGDV sa sociedade; Desenvolver o espírito cooperativo nas crianças; De-
pelos professores quanto à Educação Física na escola. Exemplos: senvolver a consciência corporal dos educandos.”
Didatismo e Conhecimento 5
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
³3DUWLFLSDU GDV DWLYLGDGHV FRUSRUDLV UHFRQKHFHQGR H UHVSHL- hábitos saudáveis, mas para outros seu papel na escola é ensinar
tando características físicas e de desempenho de si próprio e dos HVSRUWHVHSDUDLVVRHODGHYHWUHLQDUKDELOLGDGHVHVSHFL¿FDVGHFDGD
outros sem discriminar, conhecendo, valorizando, respeitando, e modalidade. Alguns até apresentaram objetivos diferenciados, con-
desfrutando da pluralidade de manifestações da cultura corporal, VLGHUDQGRWRGRVRVFRQWH~GRVFRPRFXOWXUDLVHDFHQWXDQGRDUHÀH-
UHODFLRQDQGRDFRPRVHIHLWRVVREUHSUySULDVD~GHHGDPHOKRULDGD [mR H D FUtWLFD FRPR DVSHFWRV LPSRUWDQWHV D VHUHP HQIDWL]DGRV
VD~GHFROHWLYD´ “Capacitar os indivíduos a entenderem os conceitos da corporeidade
³3RVVLELOLWDUDRDOXQRXPDDPSOLDomRVREUHDFXOWXUDFRUSRUDO humana”.
de movimentos desenvolvendo uma prática pessoal e capacidade ³(QYROYHUHVWHVLQGLYtGXRVHPTXHVW}HVTXHDEUDQJHPRIRO-
para interferir na sociedade através de atividades esportivas”. clore regional, estadual e nacional”.
6H ¿]HUPRV XPD LQIHUrQFLD D SDUWLU GHVVHV GDGRV SRGHUHPRV ³&RQVFLHQWL]DU HVWHV LQGLYtGXRV VREUH DV GLIHUHQoDV pWQLFDV
perceber que a preocupação apresentada pelos professores sobre tratando as como importantes para a formação na nossa sociedade”.
Educação Física no contexto escolar pouco se diferencia do que ³3URSRUFLRQDURHQVLQRGHYDULDGDVSUiWLFDVFRUSRUDLVMRJR
KLVWRULFDPHQWHVHHVWDEHOHFHXFRPR¿QDOLGDGHVHREMHWLYRV$V¿QD- dança, esporte)”.
OLGDGHVPDLVFRJLWDGDVIRUDPUHODFLRQDGDVDVD~GHLQLFLDomRHVSRU- ³'DUVXEVtGLRVFUtWLFRVSDUDDSUiWLFD´³&RQWULEXLUSDUDD
tiva ou aprendizagem de modalidades esportivas, recreação/sociali- FRQVFLrQFLDGDLQÀXHQFLDGDVSUiWLFDVFRUSRUDLVSDUDDVD~GHHGH-
zação. Quanto aos objetivos, os mais freqüentes são o desenvolvi- senvolvimento mental”.
PHQWRGHDVSHFWRVPRWRUHVVRFLDOL]DomRHVSRUWHVHVD~GH&RQFHS- Os alunos ingressantes no curso de Licenciatura
o}HVPXLWRDQWLJDVVREUHDiUHDFRQWLQXDPLQÀXHQFLDQGRIRUWHPHQWH GD8(/SHODUHVROXomR&1(HHVWmRSDVVDQGRSRUPR-
R LPDJLQiULR GRV SURIHVVRUHV DWXDOPHQWH VD~GHKiELWRV VDXGiYHLV GL¿FDo}HVQRVLVWHPDIRUPDWLYR1RHQWDQWRpLQWHUHVVDQWHSHUFHEHU
(tendência higienista, escola e tradicional), recreação/socialização como se dá o ciclo entre escola, universidade e docência.
WHQGrQFLD SHGDJRJLFLVWD PRGHOR GH HVFROD HVFRODQRYLVWD H $OXQRVLQLFLDQWHV¿QDOLGDGHVGD(GXFDomR)tVLFDQDHVFROD
treinamento de habilidades esportivas/iniciação esportiva/aprendi- ³(QVLQDPHQWRGHPRGDOLGDGHVGHHVSRUWHVXPDERDVD~GHH
zagem de modalidades (tendência competitivista, escola tecnicista). atividades em grupo”.
$OXQRV FRQFOXLQWHV DV ¿QDOLGDGHV GD (GXFDomR )tVLFD QD HV- ³(QVLQDUSDUDRVDOXQRVSDUDTXHVHUYH(G)tVLFD$OpPGH
cola. proporcionar horas de lazer, ensinar vários esportes diferentes que
Os alunos que estão concluindo o curso, baseado na resolução SRVVDWUD]HUEHQH¿FLRQRIXWXUR´
TXHpXPFXUUtFXORYROWDGRSDUDDiUHDGDVD~GHHEXVFDQ- ´,QWHUDomRHQWUHDOXQRVGHGLIHUHQWHVVpULHVHDSUiWLFDGRH[HU-
do colocação no mercado de trabalho, formados pela Universidade cício faz bem para a
(VWDGXDO GH /RQGULQD QRV DQRV GH H (OHV DSRQWDP DV VD~GH DOpP GR FRQKHFLPHQWR GH GLYHUVRV HVSRUWHV H WpFQLFDV
VHJXLQWHV ¿QDOLGDGHV GD (GXFDomR )tVLFD QD HVFROD ³$X[LOLR QD esportivas”.
SURPRomRGDVD~GHLQWURGXomRDRVHVSRUWHVHGLPLQXLomRGRQtYHO ³4XDOLGDGH GH YLGD D DSUHVHQWDomR GR HVSRUWH H D SRVVtYHO
de estresse”. revelação de talentos na prática de esportes de competição”.
³$SUHQGL]DJHP PRWRUD´ ³/XGLFLGDGH SUiWLFD HVSRUWLYD H ³(QVLQDUXPDSUiWLFDHVSRUWLYDHQVLQDUDMRJDU´
integração”. ³$(GXFDomR)tVLFDSRGHIRUPDUDWOHWDVSUR¿VVLRQDLV´
³'HVHQYROYHUKDELOLGDGHVHFDSDFLGDGHVPRWRUDVGRHGXFDQ- ³5HWLUDURVDOXQRVGRVHGHQWDULVPRPRVWUDUDRVDOXQRVDLP-
do, o aspecto cognitivo e afetivo social”. SRUWkQFLDGDSUiWLFDGRHVSRUWHQDYLGDGHOHVHHQVLQiORVDSUDWLFDU
³3URPRomRGDVD~GHSUiWLFDUHJXODUGHH[HUFtFLRVItVLFRV´ esporte.
³6D~GHGHVHQYROYLPHQWRPRWRU´³&RQVFLHQWL]DomRFRUSR- ³(QVLQDUHVSRUWHVFRQVFLHQWL]DURVDOXQRVVREUHDSUiWLFDGR
ral, socialização, iniciação à prática esportiva”. esporte, tornando os grandes cidadãos”.
Alunos concluintes: objetivos da Educação Física na escola. ³,QFHQWLYRDRHVSRUWHGHVFREHUWDGHWDOHQWRV(GXFDomRHR
Como objetivos para a área na escola, eles assim consideram movimento geral”.
alguns exemplos ilustram a idéia geral: Alunos iniciantes: objetivos da Educação Física na escola
³&RQKHFLPHQWR GRV HVSRUWHV KLJLHQH FRUSRUDO KiELWRV VDX- (QWUHRVREMHWLYRVIRUDPFLWDGRV³,QFHQWLYDURDOXQRDID]HU
dáveis”. esportes. Ensinar o aluno em relação ao esporte. Mostrar ao aluno
³(GXFDomRFRUSRUDOGHVHQYROYLPHQWRGDFRRUGHQDomR´ que Ed. Física não é apenas jogo”.
³)LVLROyJLFRPRWRU´³3URPRomRVD~GHVRFLDOL]DomRHHV- ³)D]HU FRP TXH R DOXQR JRVWH GH SUDWLFDU HVSRUWH WRUQDU R
SRUWH´³9LYHQFLDPRWRUDLQWHUDomRHFRRSHUDomR´³'HVHQYROYL- aluno um cidadão de bem no futuro, relacionamentos de alunos com
mento motor, psico-social, Afetividade”. diferentes classes sociais, raças, etc”.
³(GXFDomRFRUSRUDOGHVHQYROYLPHQWRGDFRRUGHQDomR´ ³,QFHQWLYDUDSUiWLFDGHDWLYLGDGHVItVLFDVGHVHQYROYHUDFD-
³'HVHQYROYHUDVKDELOLGDGHVPRWRUDVFRPRYHORFLGDGHÀH[L- pacidade motora dos alunos, garantir a coletividade nas atividades”.
bilidade, entre tantas outras”. ³3DUDDVFULDQoDVFULDUHPKiELWRVGHID]HUHVSRUWHVSDUDTXH
³$X[LOLDURGHVHQYROYLPHQWRGDFULDQoD,QVHULUDFULDQoDQR QmR¿TXHPVHGHQWiULDV(QVLQDUDVFULDQoDVTXHDHGXFDomRItVLFDp
meio social, Despertar a criança p/ os esportes”. mais do que só praticar esportes. E para a criança também trabalhar
A maior parte dos entrevistados acredita que a Educação Física sua imaginação com jogos e brincadeiras”.
QDHVFRODWHPHQWUHRXWUDV¿QDOLGDGHVHREMHWLYRVDDSUHQGL]DJHP ³2EMHWLYRGRHQVLQRWHyULFRVREUHDKLVWyULDGD(G)tVLFDPR-
HSUiWLFDHVSRUWLYDDSURPRomRGDVD~GHHGHVHQYROYLPHQWRGHDV- GDOLGDGHVHVSRUWLYDVHGDURSo}HVDRDOXQRSDUDXPIXWXURSUR¿V-
SHFWRVPRWRUHVFRPRIUHTHQWHVGHDOXQRVHQWUHYLVWDGRVVH sional”.
enquadram nestes três fatores). Segundo alguns a Educação Física ³,QFHQWLYRDRHVSRUWHGHVFREHUWDGHWDOHQWRVH(GXFDomRHR
HVWiQDHVFRODSDUDFXLGDUGDVD~GHHWHPSRUREMHWLYRGLVVHPLQDU movimento”.
Didatismo e Conhecimento 6
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
³7UDQVPLWLURVIXQGDPHQWRVGHHVSRUWHGHVHQYROYHUDWLYLGD- PRYLPHQWDUVHTXHJDUDQWHPVXDHVSHFL¿FLGDGH2PRYLPHQWDUVH
des recreativas em humano é provido de intencionalidade, ou seja, nenhum movimento
geral, trabalhar com o equilíbrio e coordenação motora”. é realizado sem motivação, sentido ou intenção seja ele integrante
³'HVHQYROYHUDLJXDOGDGHHQWUHRVDOXQRVHGXFDUSDUDDYLGD do esporte, da dança ou de qualquer outra manifestação corporal, e
através do esporte, desenvolver a paixão pelo esporte”. VRIUHLQÀXrQFLDVFXOWXUDLVFRPRSRGHPRVSHUFHEHUGHDFRUGRFRP
³&RQVFLHQWL]DURVDOXQRVGHFRPRpLPSRUWDQWHSDUDDVD~GH um clássico no assunto que é a noção de técnica do corpo. Ele con-
a prática de esportes, induzi-los a fazerem parte de algum grupo de siderava técnicas corporais como: “(...) as maneiras pelas quais os
treinamento ou até mesmo individual e ensinar como é bom cuidar homens, de sociedade a sociedade, de uma forma tradicional, sa-
GDVD~GHGHVGHFHGR´ bem servir-se de seu corpo”. Tomemos como exemplo os esportes,
Em geral, os professores e os alunos concluintes entrevistados nos diz que: “Duas seleções de voleibol ou futebol, jogando com as
FLWDUDPSRUGLYHUVDVYH]HVDSURPRomRGDVD~GHDLQLFLDomRHDSUHQ- mesmas regras e técnicas e com sistemas táticos similares, possuem
GL]DJHPGHHVSRUWHVHDUHFUHDomRFRPR¿QDOLGDGHVHREMHWLYRVGD estilos diferentes, um jeito característico de praticar o voleibol ou o
Educação Física na escola, além de outros fatores menos citados. IXWHEROTXHUHÀHWHWUDGLo}HVFXOWXUDLVGLVWLQWDV´3HUFHEHVHFRPLVVR
Isso revela uma coincidência de pensamento em relação às tendên- a necessidade de uma mudança de foco que implica um olhar antro-
cias apresentadas anteriormente que concomitantemente ao modelo pológico por parte do professor atuante, que considere as diferenças
de escola eram meios de contribuir para a reprodução de um mesmo como algo normal como elemento desencadeador da mediação da
modelo social. Os alunos iniciantes também apresentam visão res- cultura do movimentar-se trazida pelo aluno de seu cotidiano (espor-
trita a esses aspectos e recai sobre a formação básica a responsabili- tes, danças lutas, ginástica, jogos, etc.) em sentido ao conhecimento
GDGHGHID]HUFRPTXHRVPHVPRVUHFRQKHoDPTXDLVDV¿QDOLGDGHVH dito erudito, elaborado e sistematizado de forma dialética. Nesse
REMHWLYRVHPYRJDHUHÀLWDPVREUHVXDVLPSOLFDo}HV9DOHSHUJXQWDU VHQWLGR D FRQWH[WXDOL]DomR GRV FRQWH~GRV p GH VXPD LPSRUWkQFLD
então: será que a Educação. FRPRPHLRGHUHVLJQL¿FDomRGRTXHpDSUHQGLGRQD(GXFDomR)t-
Física na posição de componente curricular educacional tem sica no sentido de promover uma transcendência direcionada para
sido compreendida, com base nesses dados, como parte de um pro- o convívio e participação social mais consciente, e isso se dará na
FHVVRHGXFDWLYR"6HUiTXHDLPSRUWkQFLDDWULEXtGDjVD~GHDDSUHQ- medida em que se entenda o processo ensino/aprendizagem como
dizagem esportiva ou a recreação se dá pela crença de que estes LQWHUDWLYR H DWLYR DR LQYpV GH SDVVLYR H UHFHSWLYR (VVHV ~OWLPRV
podem ser considerados educativos “em si mesmos”, ainda mais em aspectos estão fortemente ausentes pelo menos em dois modelos
uma sociedade complexa como a nossa? Em que medida se torna de escola já vistos (tradicional e tecnicista), uma vez que nelas os
educativa? Podemos começar a responder tais questões dizendo que FRQWH~GRVVmRLPSRVLo}HVTXHVHWRUQDPVHPVHQWLGRHDOLHQDQWHV
em se tratando dos três modelos de escola e também das tendências para muitos alunos em função da incoerência entre necessidades
históricas da Educação Física na escola, abordadas anteriormente (motivações) do educando e objetivos pré-estipulados pelo profes-
alguns fatores não são levados em consideração uma vez que não VRU$DSUHQGL]DJHPGRVHVSRUWHVDSURPRomRGDVD~GHDUHFUHDomR
contribuem para o tipo de formação ideal ao mundo capitalista, ou VmR¿QVHPVLPHVPRV$VVLPWDPEpPQDVWHQGrQFLDVKLJLHQLVWDH
melhor, vinculada à doutrina liberal. São eles: contextualização dos competitivista, isso acontece quando o professor impõe um padrão
FRQWH~GRVSURPRomRjUHÀH[mRDFHUFDGRVPHVPRVHQVLQRYHUGD- GHPRYLPHQWRVPHFkQLFRVDVHUHPVHJXLGRVVHPTXHVWLRQDPHQWRV
deiramente democrático que prepare para o exercício da cidadania SDUDSURPRYHUDVD~GHRXDH¿FLrQFLDWpFQLFDRXPHOKRUWHQWDHQ-
e o desenvolvimento do pensamento crítico. É o que passaremos a TXDGUDUXPDGLYHUVLGDGHFXOWXUDOHPXPPRGHOR~QLFRGHID]HUH
DERUGDUHPVHJXLGD$WpRVDQRVD(GXFDomR)tVLFDHUDFDUDFWH- SHQVDUQRPRYLPHQWR(¿FLrQFLDWpFQLFDQRVHVSRUWHVHVD~GHSRGH
rizada como área predominantemente biológica, ou seja, os estudos ser na realidade temas que a serem discutidos pelos alunos, mas
DWpHQWmRGHVWLQDYDVHjPDQXWHQomRGDVD~GHRXDSHUIHLoRDPHQWR não a promoção de um ou de outro por si só. Para fazer a devida
técnico- desportivo. Assim: [...] a crise que começa a se instaurar na contextualização, o posicionamento do professor deverá ser tal que
(GXFDomR%UDVLOHLUDIUXWRGHUHÀH[}HVGRGHEDWHGDVGLVFRUGkQ- coloque o aluno em situações que o perturbe e que o faça relacionar
cias, das frustrações, da confrontação ideológica, dos erros e acertos GHIRUPDUHÀH[LYDRTXHpHQVLQDGRFRPVXDFRQGLomRQRPRPHQWR
de suas teorias e práticas, pouco tem perturbado a Educação Física, tornando-se consciente do processo de elaboração do saber. Por isso,
como se ela não fosse em ultima analise um processo educativo. pLPSRUWDQWHOHPEUDUTXHUHÀH[mRpXPD$omRGHLQWURVSHFomRSHOD
1R HQWDQWR D SDUWLU GRV DQRV H FRP RV GHEDWHV DFDGrPL- qual o pensamento volta-se sobre si mesmo, investiga a si mesmo,
cos sobre Educação Física tivemos o inicio das discussões de cunho examinando a natureza de sua própria atividade e estabelecendo os
SVLFROyJLFRVRFLRFXOWXUDOH¿ORVy¿FRTXHYLULDPDFRQVLGHUDURVHU princípios que a fundamentam. Caracteriza assim a consciência crí-
KXPDQRRDOXQRHPVXDVP~OWLSODVGLPHQV}HVYLVOXPEUDQGRQRYDV tica, isto é, a consciência na medida em que examina sua própria
possibilidades referentes a participação no processo educativo, o que constituição, seus próprios pressupostos.
parece ter passado despercebido por muitos professores que estão Esse fator é muito importante à medida que a Educação e a
atuando em instituições de ensino. O reconhecimento atual da Edu- (GXFDomR)tVLFDHQWHQGHUHPTXHRHVSDoRSDUDDUHÀH[mRFRPSUR-
cação Física e seu papel parece estar vinculado à idéia de corpo são priedade é reservado aos sujeitos providos de autonomia, pois ape-
mente sã ou a necessidade de o professor atuante nessa área ensinar nas eles podem compreendê-lo em sua totalidade. A tendência peda-
esportes e melhorar aspectos motores. Vimos a exemplo disso, que gogicista parece ter vislumbrado tal possibilidade, embora a crença
os próprios professores e alunos entrevistados reconhecem a área na possibilidade de o aluno aprender consigo mesmo pouco tenha
de tal forma principalmente em relação a aprendizagem esportiva. contribuído para a compreensão de suas reais condições sociais. Ao
Enquanto componente educacional, a Educação Física, como outras contrário disso, um ensino interativo e problematizador pode, por
iUHDVWHPSRU¿QDOLGDGHSULQFLSDODHGXFDomRYLDWUDQVPLVVmRGHFR- H[HPSOR OHYDU R DOXQR D VLWXDo}HV GH UHÀH[mR DFHUFD GR SUySULR
QKHFLPHQWRVTXHVmRFXOWXUDLVPDLVHVSHFL¿FDPHQWHGDFXOWXUDGR FRUSRHPPRYLPHQWRQDLQIkQFLDHDLQGDDVFRQGLo}HVVRFLDLVHLP-
Didatismo e Conhecimento 7
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
posições culturais que, na adolescência e juventude, incidem sobre O que desejamos com a Educação Física, nos nossos dias, é
corpo, eVSRUWHVVD~GH&RQVLGHUDPRVTXHFRQWH[WXDOL]DUPRWLYDQGR contribuir para uma mudança de paradigma social em direção a
RSHQVDUUHÀH[LYRQD(GXFDomR)tVLFDVLJQL¿FDUHFRQKHFHUDDXWR- uma sociedade mais democrática, constituída de sujeitos que par-
nomia daquele que aprende em um ato de esclarecimento gradual, ticipem conjuntamente e posicionem-se criticamente enquanto su-
conquistado por meio de níveis superiores de conhecimento. Assim, jeitos políticos. Estes, partindo da compreensão de sua realidade
ensino democrático é aquele que, considerando as individualidades devem ter possibilidades de atuar nela de forma autônoma e cons-
culturais e a autonomia de pensamento, prepara devidamente para o trutiva e criativa na busca de inovações. Cabe enfatizar ainda a
exercício da democracia por meio do conhecimento dos direitos e cooperação ao invés da individualidade, a busca da real igualdade
GHYHUHVGRFLGDGmRGRH[HUFtFLRGDGHPRFUDFLD(PVtQWHVHD¿UPD de condições e a liberdade de expressão e reivindicação de direi-
que a democracia se baseia em três direitos: tos. Tudo isso tem sido amplamente discutido na educação escolar
'LUHLWRVFLYLVFRPRVHJXUDQoDHORFRPRomR HDOLWHUDWXUDpH[WHQVDHSRULVVRDV¿QDOLGDGHVGD(GXFDomR)tVLFD
'LUHLWRVVRFLDLVFRPRWUDEDOKRVDOiULRMXVWRVD~GHHGXFDomR GHYHPVHUDVPHVPDVTXHMXVWL¿FDPDSUHVHQoDGD0DWHPiWLFDGD
habitação, etc. *HRJUD¿DGD+LVWRULDVmRWRGDVHGXFDWLYDVHPDQWrPVXDVHVSHFL-
'LUHLWRVSROtWLFRVFRPROLEHUGDGHGHH[SUHVVmRGHYRWRGH ¿FLGDGHVHFRQVFLHQWHVGDIXQomRVRFLDOTXHGHYHPGHVHPSHQKDU
participação em partidos políticos e sindicatos, etc. Por isso, o ensino deve ser na Educação Física interativo e pro-
$LJXDOGDGHGRGLUHLWRDHGXFDomRQmRVLJQL¿FDDLJXDOGDGHGH blematizador na produção do conhecimento, incentivando já nas
condições que são socioeconômicas e multiculturais. Quando o co- SULPHLUDV VpULHV D IRUPDomR GH XP SHQVDPHQWR FUtWLFR UHÀH[LYR
nhecimento é tornado igual a todos, ou seja, padronizado, tem senti- por meio do questionamento (alunos para professores e professo-
do para poucos e exclui uma grande maioria é impossível considerar res para alunos). Esse pensamento deveria incidir sobre o movi-
a educação como chave para uma participação política consciente mentar-se, aos poucos abrangendo todas as suas dimensões que o
por parte de todos. Preparar para a cidadania é um processo que envolvem respeitando a individualidade quanto a aprendizagem de
deve ter por pressuposto principal a autonomia na construção do cada um, acrescentando graus diferentes de complexidade.
conhecimento necessariamente contextualizado. (Cabe acrescentar
jUHÀH[mRUHWRUQDUDVLVXDVLWXDomRHPUHODomRDRTXHID]HDRTXH CONSIDERAÇÕES FINAIS
é proposto) o pensamento (posicionamento) crítico acerca do que é
ensinado (ou imposto). Esse aspecto é essencial na “sociedade do
Vimos, anteriormente, que muitos dos professores entrevista-
conhecimento” na qual aceitamos muitas vezes como corretos cer-
dos ainda estão presos a concepções de ensino que são clássicas na
tos fatos ou informações sem a devida analise dos dados por serem
Educação Física, mas que não correspondem, não dão conta das as-
GHDXWRULGDGHV1HVVHVHQWLGRFRQWULEXtUDPVHTXDQGRD¿UPDTXH
pirações e da complexidade de nosso contexto. Essas concepções
o pensamento crítico é evidente quando o individuo “(...) possui a
são fechadas em um modelo padrão que não oferece espaço para
capacidade de analisar e discutir problemas inteligente e racional-
inovações, para a criatividade e atribui papel fundamental somente
mente, sem aceitar de forma automática, suas próprias opiniões ou
DSUiWLFDGRHVSRUWHHjPDQXWHQomRGDVD~GHHQ¿PjGLPHQVmR
opiniões alheias, é um individuo dotado de senso crítico”. Como vi-
mos nos exemplos da escola tradicional e tecnicista, uma das carac- apenas biológica. As perspectivas apresentadas pelos alunos con-
terísticas é a imposição, o autoritarismo representado pelo professor cluintes sobre a área da Educação Física pouco se distanciaram
TXHSXQHHFREUDH¿FLrQFLDPDVTXHDRPHVPRWHPSRLQLEHRSRVL- GDV FRQFHSo}HV GRV SURIHVVRUHV DWXDQWHV TXDQWR jV ¿QDOLGDGHV H
cionamento ativo e crítico, tornando os alunos apáticos e considera- objetivos da área e tendem a perpetuar, no geral, a clássica ênfa-
velmente dependentes dos tutores, do que “vem de cima”. A demo- VHQRELROyJLFRHQTXDQWRP~VFXORVTXHVHPRYLPHQWDPVHJXQGR
cracia neste contexto não passa de um anseio de participação mutua uma ordem. Trata-se de pré-conceitos que foram construídos por
QDVGHFLV}HVGDVRFLHGDGHH¿FDUHVWULWDDDOJXQVUHSUHVHQWDQWHVSUR- eles enquanto freqüentaram aulas de Educação Física na escola e
vidos da fundamentação necessária. Isso se evidencia nas aulas de que, pela falta de ações efetivas no processo formativo em termos
Educação Física quando o professor ensina o movimento como pa- de mudanças nessas concepções, poderão contribuir para a manu-
drão correto do esporte ou outras atividades que inibem tudo o que tenção do nosso modelo social. A formação, neste sentido, pouco
IRLPHQFLRQDGRDWpDTXL,PS}HXPDFXOWXUD~QLFDXPDYHUGDGHD contribuiu para que os alunos compreendessem a Educação Física
ser assimilada e que inviabiliza a manifestação da autonomia, inibe FRPRiUHDTXHWHPIXQomRVRFLDODRWUDWDUGHFRQWH~GRVFXOWXUDLV
DUHÀH[mRQHJOLJHQFLDDRSHQVDPHQWRFUtWLFRQmRUHODFLRQDFRQWH~- (da cultura do movimentar-se) nos quais os alunos devem ser in-
dos com a(s) realidade(s) concreta(s) dos alunos. Forma durante um VHULGRV UHVLJQL¿FDQGRRV DWUDYpV GD FRQWH[WXDOL]DomR GH IRUPD
longo período de escolarização sujeitos apto a esperarem as ordens FUtWLFD H UHÀH[LYD GHQWUR GR DPELHQWH HVFRODU (P IXQomR GLVVR
vindas de “autoridades” de modo passivo e apático, distanciando percebe-se que a formação básica tem papel importante para fazer
a escola de sua função social. A crítica aqui realizada até agora foi com que o futuro docente entenda sua área de atuação. Espera- se
direcionada ao ensino exclusivamente diretivo pautado no modelo que os novos currículos da Licenciatura, baseados nas resoluções
WUDGLFLRQDOWHFQLFLVWDGHHQVLQRUHVWULWRDSURPRomRGDVD~GHRXGR HFRORTXHPWDLVTXHVW}HVDVHUHPSHQVDGDVSHORVIXWX-
esporte em si. No entanto, vale ressaltar que a falta total de interven- ros professores. Que tipo de sociedade desejamos contribuir para
ção é vista, à luz da Educação Física atual, como inatismo pelo qual construção? Para isso, que tipo de cidadão formar? Quais con-
se considera que o aluno vai exteriorizando seus talentos conforme WH~GRV"4XDLVPpWRGRV"3DUD¿QDOL]DUYDOHUHVVDOWDUTXHD/'%
seus graus de maturação. Isso é típico do professor que entrega a UHFRQKHFHTXHDHGXFDomRWHPSRU¿QDOLGDGH$HGXFD-
bola e assiste tudo acontecer. Essa é uma atitude característica do ção, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de li-
escolanovismo/ pedagogicismo que acredita na individualidade na EHUGDGHHQRVLGHDLVGHVROLGDULHGDGHKXPDQDWHPSRU¿QDOLGDGHR
construção do conhecimento, em que a intervenção é ameaçadora e pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício
corrompe o homem que é visto como bom em sua natureza. GDFLGDGDQLDHVXDTXDOL¿FDomRSDUDRWUDEDOKR
Didatismo e Conhecimento 8
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
A Educação Física na escola só vai contribuir para a formação matização externa e, ao mesmo tempo, são desenvolvidas reações
plena do cidadão e para o mundo do trabalho quando cada docente FRQGLFLRQDGDVTXHDX[LOLDPDUHDOL]DomRGRPRYLPHQWR´*REEL9L-
DWXDQWHRXDOXQRHQJDMDGRHPXPFXUVRGHIRUPDomRSUR¿VVLRQDO ODUH=DJRHQIRFDPRFRQGLFLRQDPHQWRItVLFR&)FRPRXP
revir os valores atribuídos à área atualmente e buscar transformar processo sistematizado que, por meio de estímulos motores, regidos
VHXVFRQFHLWRVSRUPHLRGHXPDIRUPDomRFRQWLQXDSDXWDGDQDUHÀH- SRUSULQFtSLRVFLHQWt¿FRVHUHDOL]DGRVSRUFHUWRSHUtRGRGHWHPSR
xão na/sobre a prática e com estudos constantes que o façam com- proporcionam ou mantêm adaptações morfológicas e funcionais
SUHHQGHUDUHDOLGDGHHRDOXQRHPVXDVP~OWLSODVIDFHV%XVFDVH que provocam o aumento ou a manutenção da capacidade funcional
assim, soluções criativas, a aprender a aprender de forma tal que a através do desempenho motor. De acordo com este conceito, o con-
reconheça sua atuação com um outro olhar rompendo assim com dicionamento físico é um processo estruturado que envolve diversas
VHXVSUySULRVSDUDGLJPDV(Q¿PHOHGHYHFRPSUHHQGHUD(GXFDomR HWDSDVFRPREMHWLYRVHVSHFt¿FRVHPFDGDXPDGHODVPDVLQWHUGH-
Física enquanto ação eminentemente educativa dentro das escolas pendentes, isto é, para se obter o sucesso em uma delas, é necessá-
e isso só irá concretizar-se se sua compreensão a respeito de sua rio estar bem nas demais etapas. Além disso, envolve estímulos e
própria atuação transcender a visão estreita ao predomínio biológi- UHVSRVWDVPRWRUDVFRPRPHLRIXQGDPHQWDOSDUDDVDo}HVD¿PGHVH
FR3RUPHLRGRVFRQWH~GRVTXHOKHVVmRHVSHFt¿FRVSRGHUiSURSRU DWLQJLUSOHQDPHQWHRVREMHWLYRVHVSHFt¿FRVHPFDGDHWDSD
não apenas uma inserção consciente do aluno em seu contexto, mas Outro conceito, que, em certo sentido, está relacionado com o
irá torná-lo apto a parti dele criticamente pelos ideais democráticos. DQWHULRUpRGD$&06TXHGL]R³FRQGLFLRQDPHQWRItVLFRUHOD-
FLRQDGRjVD~GHVHUHIHUHjFDSDFLGDGHRUJkQLFDGHUHVLVWLUjVWDUH-
IDVGLiULDVHRFDVLRQDLVDVVLPFRPRDGHVD¿RVItVLFRVLQHVSHUDGRV
CONDICIONAMENTO FÍSICO, LEGISLAÇÃO, com mínimo de cansaço e desconforto, possuindo reservas de ener-
METODOLOGIA, MÉTODOS GÍMNICOS, JLDVX¿FLHQWHVSDUDUHDOL]DUDTXLORTXHVHGHVHMD´S&)
ORGANIZAÇÃO E PEDAGOGIA. p D LQWHUDomR GH GLYHUVDV YDOrQFLDV ItVLFDV TXH YLVDP DR PHOKRU
IXQFLRQDPHQWRGRP~VFXORHVTXHOpWLFRHGRPHWDEROLVPRLQGLYL-
GXDO (QWUH RV FRPSRQHQWHV GD DSWLGmR ItVLFD HVVHQFLDLV j VD~GH
estão: a função cardiorrespiratória, a composição corporal, as fun-
O CONDICIONAMENTO FÍSICO:
o}HV P~VFXOR HVTXHOpWLFDV H D UHJLmR ORPEDU GD FROXQD YHUWHEUDO
FRPRSDUWHGDVIXQo}HV¿VLROyJLFDVUHODFLRQDGDVjVD~GH3DUDHVWDU
O termo “condicionamento físico” é frequentemente utilizado
EHPFRQGLFLRQDGR¿VLFDPHQWHpQHFHVViULRWUHLQDUHDSULPRUDUD
QRFRWLGLDQRGDVSHVVRDVSULQFLSDOPHQWHHQWUHSUR¿VVLRQDLVGDVD~-
resistência aeróbica através de exercícios aeróbicos. Para melhorar o
de.
sistema cardiopulmonar, o organismo gradualmente é condicionado
0DVFRPRRVHVSHFLDOLVWDVGH¿QHPHVVHFRQFHLWR"
DDSURYHLWDUPHOKRURR[LJrQLRUHVLVWLQGRGHPDQHLUDH¿FLHQWHDRV
Teóricos de Fisiologia Humana apresentam conceitos relacio-
esforços físicos. O CF enfatiza o vigor e a energia para a realização
QDGRV j REWHQomR GR FRQGLFLRQDPHQWR ItVLFR RULHQWDQGR SUR¿V-
de trabalhos físicos e exercícios. Pode ser mensurado de maneira
sionais e interessados em relação aos quesitos indispensáveis para
alcançarem tal objetivo. O primeiro registro de que se tem notícia subjetiva pela determinação da quantidade de energia que uma pes-
D UHVSHLWR GD ¿VLRORJLD GR H[HUFtFLR GDWD GR ¿QDO GR VpFXOR ;,; soa possui para a realização de coisas agradáveis na vida, dentre as
FRPDSXEOLFDomRHPGROLYURGH)HUQDQG/D*UDQJHGHQR- quais podemos citar as aventuras naturais. De acordo com o autor,
minado Physiology of Bodily Exercise. Vale destacar, contudo, que engajando-se em atividades como esquiar na neve ou na água, es-
DVSULPHLUDVLQGLFDo}HVLPSRUWDQWHVSDUDRFDPSRGD¿VLRORJLDGR FDODUPRQWDQKDVRXPHVPRDQGDUGHELFLFOHWDQR¿QDOGHVHPDQD
H[HUFtFLR IRUDP UHDOL]DGDV DSHQDV QR ¿QDO GD SULPHLUD GpFDGD GR com uma mochila nas costas, as pessoas podem se sentir treinadas,
século XX. Essas indicações estavam associadas aos processos de FRPHQHUJLDHLQWHUHVVHVX¿FLHQWHVSDUDPD[LPL]DURSUD]HUTXHRV
FRQWUDomRPXVFXODUHjSURGXomRGHODFWDWR1DOLWHUDWXUDDWXDOKi recursos naturais lhes oferecem.
consenso de que foi a partir dos estudos sobre o método interva-
ODGRGR¿VLRORJLVWD5HLGHOOUHDOL]DGRVQDGpFDGDGHGRVpFXOR Características do condicionamento físico
passado, que o treinamento esportivo passou a ter uma concepção
FLHQWt¿FD$ SDUWLU GHVVD RFDVLmR ¿VLRORJLVWDV PpGLFRV ¿VLRWHUD- $DWLYLGDGHGHUHVLVWrQFLDDHUyELDSRGHVHUGH¿QLGDFRPRDTXD-
peutas e professores de Educação Física têm se dedicado ao estudo lidade física que permite um esforço por um determinado período
GRFRPSRUWDPHQWRHjLQÀXrQFLDGDVGLYHUVDVYDULiYHLV¿VLROyJLFDV em que há um equilíbrio entre o consumo de oxigênio e a absorção
GXUDQWHDSHUIRUPDQFH'HIRUPDDEUDQJHQWH%DXHUS do mesmo. Normalmente, esta atividade está associada a exercícios
DSXG:HLQHFNSFRQFHLWXDFRQGLFLRQDPHQWRItVLFRFRPR TXHXVDPJUDQGHVGLVWkQFLDVRXWHPSRVFRPRSRUH[HPSORFDPL-
“um conjunto de todos os fatores de performance: psíquicos, físi- nhar, correr, andar de bicicleta, nadar etc., com intensidades baixas
cos, técnico-táticos, cognitivos e sociais. Pode-se considerar que ou moderadas para praticantes de atividade física e não atletas espe-
HVVDGH¿QLomRH[WUHPDPHQWHDPSODGL¿FXOWDXPDDomRHGXFDWLYD Ft¿FRV3RGHVHGL]HUTXHDVDWLYLGDGHVDHUyELDVWHUmRXPWHPSRVX-
mais objetiva. Nesse sentido, Weineck (Idem), ao focar esse tipo SHULRUDPLQXWRVFRPXPDLQWHQVLGDGHEDL[DRXPRGHUDGDH[HU-
de ação mais objetiva, argumenta que: “as características do condi- cícios de resistência, de baixa intensidade e longa duração utilizam
cionamento físico limitam-se, principalmente, aos fatores físicos da o sistema aeróbio. O sistema aeróbio é ativado em exercícios acima
performance: resistência aeróbica e anaeróbica, força, velocidade e de um minuto. Os exercícios aeróbios são de intensidade média e
ÀH[LELOLGDGH´6WHJHPDQQSFRQFHLWXDFRQGLFLRQDPHQWR tempo prolongado, através da degradação aeróbia de carboidratos e
físico como a “repetição contínua de movimentos que desenvolve gorduras. A energia necessária para executá-lo é proporcionada pelo
reações novas, denominadas “condicionadas”, resultando em auto- uso do oxigênio, ou seja, o oxigênio funciona como fonte de queima
Didatismo e Conhecimento 9
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
dos substratos que produzirão a energia a ser transportada para o 8PSURJUDPDDGHTXDGRGH&)GHYHVHJXLUXPDIUHTXrQFLD±D
P~VFXORHPDWLYLGDGH(VVHWLSRGHDWLYLGDGHHVWLPXODVREUHWXGR vezes por semana, intercalados com dias de descanso, com duração
a função dos sistemas cardiorrespiratório e vascular, contribuindo PtQLPDGHPLQXWRVHIUHTXrQFLDFDUGtDFDPi[LPDGHD
para o aumento da capacidade cardíaca e pulmonar do praticante. ou conforme a condição física do indivíduo. Em três meses conse-
-iRH[HUFtFLRDQDHUyELFRRH[HUFtFLRH[WHQXDQWHDGR cutivos, essa programação conduz a resultados satisfatórios para a
92PD[ VRPHQWH VHUi DWHQGLGR SHOR VLVWHPD DQDHUyELR DOiF- obtenção de um bom CF. O condicionamento físico é mensurado, de
WLFR DWp D GHSOHomR GDV UHVHUYDV GH &3 IRVIDWR GH FUHDWLQD modo particular, por intermédio da capacidade individual na execu-
1RH[HUFtFLRLQWHQVRHQWUHHGR92PD[DHQHUJLDSRGH ção do desempenho físico muscular e na manutenção do equilíbrio
ser fornecida pelo sistema anaeróbio láctico, ressintetizando o ATP cardiocirculatório e respiratório mediante esforços. “A aptidão físi-
(trifosfato de adenosina) para o esforço, e a produção de ácido lác- ca individual só pode ser comparada, verdadeiramente, com tarefas
tico poderá impedir a continuidade da atividade. Basicamente, é um iguais e em condições externas iguais.” Assim, para a execução de
exercício de alta intensidade e de curta duração. ATP e o CP podem tarefas, cada pessoa apresenta uma capacidade física particular que
SURSRUFLRQDUHQHUJLDSDUDRVP~VFXORVSRUXPWHPSRGHDVH- só pode ser avaliada em condições de igualdade, quando se deseja
gundos, durante um exercício forte. TXDQWL¿FDUHDYDOLDUULJRURVDPHQWHDSHUIRUPDQFHLQGLYLGXDO
Podem-se citar como exemplos de exercícios anaeróbios aque-
les de velocidade, curta duração e alta intensidade, como a corrida Condicionamento físico x sedentarismo x estresse
GHPUDVRVRVVDOWRVHRVDUUHPHVVRVGHSHVR2VH[HUFtFLRVUHD-
lizados com muito peso e poucas repetições nas salas de musculação O sedentarismo prejudica seriamente o equilíbrio do organis-
também são considerados uma atividade anaeróbica. Dessa forma, PR SURYRFDQGR YiULRV GLVW~UELRV VREUHWXGR HP SHVVRDV LGRVDV
os exercícios anaeróbios são aqueles que têm efeito mais localiza- Acarreta o surgimento de doenças crônico-degenerativas, transtor-
GRQRVP~VFXORVHQTXDQWRTXHRVH[HUFtFLRVDHUyELRVEHQH¿FLDP QRGHKXPRUGLPLQXLDVIXQo}HV¿VLROyJLFDVHFRJQLWLYDVSLRUDGR
VREUHWXGRDVD~GHGRVLVWHPDFDUGLRUUHVSLUDWyULR2H[HUFtFLRItVLFR SHU¿OOLStGLFRGLPLQXLDDXWRHVWLPDDXPHQWDDDQVLHGDGHSRGHQ-
regular fortalece o coração e permite que ele bombeie uma maior do levar ao estresse. O estresse pode ser considerado a “doença do
quantidade de sangue em cada batimento cardíaco. Deste modo, o século”, resultando do somatório de fatos intrínsecos e extrínsecos
sangue libera mais oxigênio para o organismo, atingindo a quanti- nos indivíduos. Fatores como mudança de casa, casamento, divór-
dade máxima que este consegue obter e utilizar. Essa quantidade, cio, mudanças bruscas de temperatura, traumatismos ósseos , fases
chamada de captação máxima de oxigênio, é geralmente utilizada GHDGDSWDomRRUJkQLFDLQWHUQDomRKRVSLWDODUFLUXUJLDVKHPRUUDJLDV
como medida para determinação do nível de condicionamento de OHV}HVRUJkQLFDVDFRPSDQKDGDVGHFRPSURPHWLPHQWRSVtTXLFRRX
uma pessoa. Para os autores, o CF está ligado à “capacidade de se emocional), induzem ao estresse. Para determinada pessoa uma si-
realizar atividades físicas”. Conforme Fuchs, Moreira e Ribeiro tuação pode induzir ao estresse, enquanto para outras a mesma situa-
R&)VHGHWHUPLQDSRUPHLRGDLQWHQVLGDGHGRH[HUFtFLRHP ção seria encarada de modo normal, sem qualquer alteração. Para o
vez de sua duração. As séries de exercícios necessitam ser intensas, controle do estresse, tem-se recomendado estratégias como: psicote-
chegando a ponto de a musculatura se tornar dolorida no dia seguin- rapia, técnicas corporais de relaxamento e alívio das tensões, uso de
te. Para que haja o fortalecimento do coração, o exercício deve ser medicamentos homeopáticos ou alopáticos e a prática de exercícios
feito a uma intensidade que eleve a frequência cardíaca de repouso. físicos.
Quanto mais intenso for o exercício realizado, mais rápido o coração &DUXVR1XQRPXUDHWDOFRPSDUDUDPRVVLQWRPDV
EDWHUiID]HQGRFRPTXHRPLRFiUGLRVHWRUQHPDLVIRUWH*HUDOPHQ- de estresse e a qualidade de vida entre praticantes regulares e ingres-
te, a frequência cardíaca recomendada para o treinamento é próxima santes sedentários em programas de atividade física supervisionada.
GHGDIUHTXrQFLDFDUGtDFDPi[LPDLQGLYLGXDO(ODSRGHPHQ- O primeiro estudo, desenvolvido com um grupo de condicionamen-
surar a força da musculatura esquelética e, assim, uma pessoa “bem to físico para prevenção cardiológica primária e secundária, deixou
condicionada” e forte poderá apresentar uma frequência cardíaca claro que os praticantes regulares de atividades físicas apresentaram
máxima muito maior do que de uma pessoa jovem e “não-condi- níveis de estresse favoráveis em relação aos participantes sedentá-
FLRQDGD´2&)TXDQGRYROWDGRSDUDDVD~GHSRVVXLXPREMHWLYR rios.
diferente daquele que é voltado para a performance desportiva. A
melhor interação das diversas valências físicas pode contribuir para Condicionamento físico x exercícios físicos x atividades físicas
RERPFRQGLFLRQDPHQWRItVLFRHSDUDDVD~GH$WXDOPHQWHGLYHUVRV
estudos têm demonstrado que o treinamento de várias valências fí- Para obter um bom CF, o indívíduo necessita praticar exercí-
sicas pode contribuir para a prevenção de lesões, para melhorar o cios físicos e/ou atividades físicas. Os exercícios físicos, segundo
gesto desportivo, para o controle da composição corporal e para a 0RQWHLURH*RQoDOYHVVHUHDOL]DGRVDGHTXDGDPHQWHDWXDP
UHFXSHUDomRELRSVLFRVRFLDOGRVXMHLWR%DUEDQWLWHPSRQWR como propriedade medicamentosa visto que favorecem o aumen-
de vista similar em relação à diminuição no risco de lesões e a dimi- to da reserva funcional e agem sobre várias condições patológicas
nuição no tempo necessário para uma reabilitação em caso de lesão, PDQLIHVWDV(VVHVDXWRUHVVH¿OLDPjFRUUHQWHPpGLFDTXHGHIHQGH
quando o indivíduo dispõe de um bom condicionamento físico. A os exercícios físicos como forma preventiva, de controle e proce-
caracterização distinta entre condição física e condição atlética. Para GLPHQWR WHUDSrXWLFR HPSUHJDGR HP LQ~PHUDV GRHQoDV KXPDQDV
se obter a condição física torna-se necessário um período completo Do mesmo modo, a aptidão corporal é fator decisivo na prevenção
de preparação física, ao passo que a condição atlética é adquirida por de diversas doenças, tornando-se imprescindível controlar o peso
meio de muitos períodos de treinamento completo. Desse modo, um e manter a pressão arterial mais baixa. Esses autores argumentam
atleta pode apresentar uma condição física desejável para uma com- ainda que exercícios criteriosos trazem benefício adicional de vida
petição e, paradoxalmente, não apresentar boa condição atlética. prolongada e que o índice de mortalidade é três vezes menor entre
Didatismo e Conhecimento 10
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
SHVVRDVQDIDL[DGHDDQRVSUDWLFDQWHVGHJLQiVWLFD$OHUWDP vidade física traz grandes benefícios para o praticante já que reduz
ainda que “a pessoa atleticamente apta tem mais reservas corporais níveis de depressão, melhora a auto-estima, auxilia no relaxamento
FRPDVTXDLVSRGHFRQWDUTXDQGRDGRHFH´S'HRXWURPRGR do sono, melhora a disposição, atua no controle de vários fatores de
praticar exercícios físicos inadequados ou em excesso pode resultar risco coronariano, fortalecendo o coração que bombeia mais sangue
VpULRVSUREOHPDVPXVFXODUHVFRPRREVHUYD:HLQHFN FRPPHQRUQ~PHURGHEDWLPHQWRVGLPLQXLQGRDIUHTXrQFLDFDUGtD-
Existem métodos de treinamento que, por exemplo, levam ao ca e a pressão arterial, melhorando a aptidão física e aumentando a
aumento do coração, mas provocam pouca melhora capilar (capi- DEVRUomRGHR[LJrQLR3DUD)LDWDURQHHWDOXPSURJUDPDLGHDO
lares são os menores vasos em que a troca metabólica com a célula GHDWLYLGDGHItVLFDSDUDDPHOKRULDGDVD~GHHEHPHVWDUSVLFROyJL-
muscular acontece). Outros métodos de treinamento, por sua vez, FRGRVDGXOWRVPDGXURVGHYHVRPDUIRUoDÀH[LELOLGDGHHTXLOtEULR
WrPIRUWHLQÀXrQFLDVREUHDFDSLODUL]DomRDXPHQWRGRQ~PHURGH coordenação e atividades aeróbias.
capilares), mas menor efeito sobre o tamanho do coração. &RQIRUPH 0D]]HR HW DO D DWLYLGDGH ItVLFD LQÀXHQFLD
SRVLWLYDPHQWHDVD~GHPHQWDOGRVDGXOWRVPDGXURV3HVTXLVDVUHDOL-
(...) Diversas partes do sistema cardiocirculatório podem ser ]DGDVSRU7KLUODZD\H%HQWRQH0DURZODNLH=HUYDV
GLIHUHQWHPHQWHLQÀXHQFLDGDVSHORVYiULRVPpWRGRVHSURJUDPDVGH DSXG0D]]HRHWDOUHYHODPTXHDSUiWLFDUHJXODUGHDWLYLGDGH
WUHLQDPHQWRS ItVLFD WHP HIHLWR VLJQL¿FDWLYR QRV HVWDGRV SVLFROyJLFRV GH KXPRU
tanto nos aspectos positivos quanto nos negativos, proporcionando
As pessoas que praticam exercícios físicos, regularmente, seja bem-estar psicológico e aumentando a resistência diante do estresse
em algum esporte, grupo de dança ou programa de reabilitação car- SVLFRVVRFLDO6HJXQGR0DWVXGDH0DWVXGDDDWLYLGDGHItVLFD
díaca, fazem-nos porque gostam ou porque necessitam de exercí- é importante no controle do peso e gordura corporal, contribuindo
FLRV(VVHVWUD]HPHQWUHYiULRVEHQHItFLRVSDUDDVD~GHDUHGXomR na prevenção e controle de doenças cardiovasculares, diabetes, hi-
dos níveis de estresse pontuado por ansiedade, depressão, raiva, pertensão, AVC, artrite, apneia do sono e prejuízo da mobilidade. A
HYLWDQGRVHRXVRGHGURJDVDOpPGHLQÀXHQFLDURKXPRUHLQGLUH- maioria dos autores citados considera que a prática regular de exer-
tamente, a vida social das pessoas. cícios físicos e a participação em atividades físicas tornam o indiví-
Outras vantagens relacionadas às atividades físicas têm sido duo mais ativo, mais bem humorado, mais saudável, funcionando
DQXQFLDGDV HP DUWLJRV FLHQWt¿FRV 2 ERP FRQGLFLRQDPHQWR ItVLFR como prevenção além de integrá-lo a vários grupos sociais com os
auxilia nos processos neurológicos, cardiorrespiratórios e nas fun- quais compartilha conhecimento e saberes. Percebe-se que, embo-
ções cognitivas. Além dos benefícios, citados anteriormente, que
ra sem consenso, o conceito de “condicionamento físico” expressa
VmRDVVRFLDGRVjDGRomRGHXPHVWLORGHYLGD¿VLFDPHQWHDWLYRD
uma abordagem biopsicossocial incluindo prevenção e promoção da
prática do exercício físico desperta no sujeito a auto-estima, tor-
VD~GHSUHYHQomRGHOHV}HVSHUIRUPDQFHGHVSRUWLYDOD]HUHDWLYLGD-
QDQGRRPDLVDXWRFRQ¿DQWH)D]HUDWLYLGDGHItVLFDVLJQL¿FDROKDU-
des cotidianas. Esses aspectos, se compartilhados por grupos especí-
VHPDLVSHUFHEHUVHPDLVH[SRUVHPDLVHQ¿P³JRVWDUVH´1HVVH
¿FRVSRGHPFRQVWLWXLUUHSUHVHQWDo}HVVRFLDLVVREUHRWHPD
sentido, a pessoa passa a cuidar mais de si, incorpora o movimento
físico à vida, dá novos rumos a sua existência. Os exercícios físicos
/(*,6/$dÆ2
podem ser trabalhados como procedimento terapêutico também em
doenças das vias aéreas como asma, por exemplo. Em avaliação de
um programa de treinamento físico por quatro meses para crianças /(,1'('($*2672'(
asmáticas, pesquisadores revelaram que exercícios físicos reali- 'LVS}HVREUHR'LDGR3UR¿VVLRQDOGH(GXFDomR)tVLFD
]DGRVHPVRORHiJXDGXDVYH]HVSRUVHPDQDFRPVHVV}HVGH O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congres-
minutos, proporcionaram melhor CF e aumento de força muscular VR1DFLRQDOGHFUHWDHHXVDQFLRQRDVHJXLQWH/HL$UW)LFDLQVWL-
nessas crianças. WXtGRRGLDRGHVHWHPEURFRPRR'LDGR3UR¿VVLRQDOGH(GXFDomR
2&RQVHOKR/DWLQR$PHULFDQRDSXG0DUWXVYr Física. Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
no exercício físico uma atividade física planejada e estruturada com %UDVtOLDGHDJRVWRGHRGD,QGHSHQGrQFLDHRGD
o propósito de melhorar ou manter o CF. Segundo Oliveira e Furtado 5HS~EOLFD
RH[HUFtFLRItVLFRUHJXODUFRQWULEXLSDUDXPHQYHOKHFLPHQ-
to saudável. Exercício físico e atividade física, ao contrário do que /8,=,1È&,2/8/$'$6,/9$2UODQGR6LOYDGH-HVXV-~QLRU
SDUHFHQmRVmRFRQVLGHUDGRVVLQ{QLPRV&DVSHUVHQHWDOGH- (VWHWH[WRQmRVXEVWLWXLRSXEOLFDGRQR'28GH
¿QHPDWLYLGDGHItVLFDFRPR³TXDOTXHUPRYLPHQWRFRUSRUDOSURGX]L-
GRSHORVP~VFXORVHVTXHOpWLFRVTXHUHVXOWHPHPJDVWRHQHUJpWLFR´ 0HQVDJHP GH YHWR /(, 1R '( '( '(=(0%52
Consideram exercício físico subgrupo das atividades físicas, que é '($OWHUDDUHGDomRGRDUWHGRDUWGD
planejado, estruturado e repetitivo, tendo como meta a manutenção /HLQRGHGHGH]HPEURGHTXH³HVWDEHOHFHDV
ou a otimização do CF. A intencionalidade e o planejamento é o diretrizes e bases da educação nacional”, e dá outras providências.
que diferencia exercício físico de atividade física. A aptidão física é O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congres-
GH¿QLGDSHORVDXWRUHVFRPR³DKDELOLGDGHGRFRUSRGHDGDSWDUVHjV VR1DFLRQDOGHFUHWDHHXVDQFLRQRDVHJXLQWH/HL$UW2 do
demandas do esforço físico que a atividade precisa para níveis mo- DUWGD/HLQRGHGHGH]HPEURGHSDVVDDYLJRUDU
GHUDGRVRXYLJRURVRVVHPOHYDUDFRPSOHWDH[DXVWmR´S6H- FRPDVHJXLQWHUHGDomR³$UW
JXQGR*XHGHVDSWLGmRItVLFDpXPHVWDGRGLQkPLFRGHHQHU- .....................
gia e vitalidade que permite a cada um realizar tarefas do cotidiano, A educação física, integrada à proposta pedagógica da es-
desfrutar ativamente as horas de lazer e enfrentar emergências im- cola, é componente curricular obrigatório da educação básica, sendo
SUHYLVWDVVHPIDGLJDH[FHVVLYD'HDFRUGRFRP*XHGHVDDWL- sua prática facultativa ao aluno:
Didatismo e Conhecimento 11
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
I – que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis como prestar serviços de auditoria, consultoria e assessoria, reali-
horas; II – maior de trinta anos de idade; zar treinamentos especializados, participar de equipes multidisci-
III – que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em SOLQDUHVHLQWHUGLVFLSOLQDUHVHHODERUDULQIRUPHVWpFQLFRVFLHQWt¿FRV
situação similar, estiver obrigado à prática da educação física; IV e pedagógicos, todos nas áreas de atividades físicas e do desporto.
±DPSDUDGRSHOR'HFUHWR/HLQRGHGHRXWXEURGH $UW6mRFULDGRVR&RQVHOKR)HGHUDOHRV&RQVHOKRV5HJLR-
V – (VETADO) VI – que tenha prole. QDLVGH(GXFDomR)tVLFD$UW2VSULPHLURVPHPEURVHIHWLYRVH
...........................................................................” (NR) suplentes do Conselho Federal de Educação Física serão eleitos para
$UW9(7$'2$UW(VWD/HLHQWUDHPYLJRUQRDQROHWL- um mandato tampão de dois anos, em reunião das associações repre-
YRVHJXLQWHjGDWDGHVXDSXEOLFDomR%UDVtOLDRGHGH]HPEURGH VHQWDWLYDVGH3UR¿VVLRQDLVGH(GXFDomR)tVLFDFULDGDVQRVWHUPRV
RGD,QGHSHQGrQFLDHRGD5HS~EOLFD da Constituição Federal, com personalidade jurídica própria, e das
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Cristovam Ricardo Caval- LQVWLWXLo}HVVXSHULRUHVGHHQVLQRGH(GXFDomR)tVLFDR¿FLDOPHQWH
cante Buarque autorizadas ou reconhecidas, que serão convocadas pela Federação
(VWHWH[WRQmRVXEVWLWXLRSXEOLFDGRQR'28GH %UDVLOHLUDGDV$VVRFLDo}HVGRV3UR¿VVLRQDLVGH(GXFDomR)tVLFD
FBAPEF, no prazo de até noventa dias após a promulgação desta
/(,1R'('('(=(0%52'( Lei.
Introduz a palavra “obrigatório” após a expressão “curricu- $UW(VWD/HLHQWUDHPYLJRUQDGDWDGHVXDSXEOLFDomR%UD-
lar”, constante do GR DUW GD /HL QR GH GH GH- VtOLDGHVHWHPEURGHRGD,QGHSHQGrQFLDHRGD5H-
]HPEURGHTXHHVWDEHOHFHDVGLUHWUL]HVHEDVHVGDHGXFDomR S~EOLFD
nacional. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Edward Amadeo
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Con- (VWHWH[WRQmRVXEVWLWXLRSXEOLFDGRQR'28GH
JUHVVR1DFLRQDOGHFUHWDHHXVDQFLRQRDVHJXLQWH/HL$UW2§
GRDUWGD/HLQRGHGHGH]HPEURGHSDVVDD LEI Nº 9.615, DE 24 DE MARÇO DE 1998.
YLJRUDUFRPDVHJXLQWHUHGDomR³$UW
.................................. ............................................................. Regulamento
A educação física, integrada à proposta pedagógica da
Vide Decreto nº 3.659, de 2000
escola, é componente curricular obrigatório da Educação Básica,
Vide Decreto nº 4.201, de 2002
ajustando-se às faixas etárias e às condições da população escolar,
Vide Lei nº 12.876, de 2013
sendo facultativa nos cursos noturnos.
.................................................................................” (NR)
Institui normas gerais sobre desporto e dá outras providên-
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
cias.
%UDVtOLDGHGH]HPEURGHRGD,QGHSHQGrQFLDHR
GD5HS~EOLFD O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
(VWHWH[WRQmRVXEVWLWXLRSXEOLFDGRQR'28GH
CAPÍTULO I
/(,1'('(6(7(0%52'( DISPOSIÇÕES INICIAIS
'LVS}HVREUHDUHJXODPHQWDomRGD3UR¿VVmRGH(GXFDomR)t-
sica e cria os respectivos Conselho Federal e Conselhos Regionais $UW 2 GHVSRUWR EUDVLOHLUR DEUDQJH SUiWLFDV IRUPDLV H QmR-
de Educação Física. -formais e obedece às normas gerais desta Lei, inspirado nos funda-
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Con- mentos constitucionais do Estado Democrático de Direito.
JUHVVR 1DFLRQDO GHFUHWD H HX VDQFLRQR D VHJXLQWH /HL$UW 2 A prática desportiva formal é regulada por normas nacio-
exercício das atividades de Educação Física e a designação de Pro- nais e internacionais e pelas regras de prática desportiva de cada
¿VVLRQDOGH(GXFDomR modalidade, aceitas pelas respectivas entidades nacionais de admi-
)tVLFDpSUHUURJDWLYDGRVSUR¿VVLRQDLVUHJXODUPHQWHUHJLVWUD- nistração do desporto.
dos nos Conselhos Regionais de Educação Física. § 2º A prática desportiva não-formal é caracterizada pela liber-
Art. 2º Apenas serão inscritos nos quadros dos Conselhos Re- GDGHO~GLFDGHVHXVSUDWLFDQWHV
JLRQDLVGH(GXFDomR)tVLFDRVVHJXLQWHVSUR¿VVLRQDLV,RVSRV-
VXLGRUHVGHGLSORPDREWLGRHPFXUVRGH(GXFDomR)tVLFDR¿FLDO- CAPÍTULO II
mente autorizado ou DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
reconhecido; II - os possuidores de diploma em Educação Fí-
sica expedido por instituição de ensino superior estrangeira, re- Art. 2º O desporto, como direito individual, tem como base os
validado na forma da legislação em vigor; III - os que, até a data princípios:
do início da vigência desta Lei, tenham comprovadamente exerci- I - da soberania, caracterizado pela supremacia nacional na or-
GRDWLYLGDGHVSUySULDVGRV3UR¿VVLRQDLVGH(GXFDomR)tVLFDQRV ganização da prática desportiva;
termos a serem estabelecidos pelo Conselho Federal de Educação ,,GDDXWRQRPLDGH¿QLGRSHODIDFXOGDGHHOLEHUGDGHGHSHV-
Física. soas físicas e jurídicas organizarem-se para a prática desportiva;
$UW&RPSHWHDR3UR¿VVLRQDOGH(GXFDomR)tVLFDFRRUGH- III - da democratização, garantido em condições de acesso às
nar, planejar, programar, supervisionar, dinamizar, dirigir, organi- atividades desportivas sem quaisquer distinções ou formas de dis-
zar, avaliar e executar trabalhos, programas, planos e projetos, bem criminação;
Didatismo e Conhecimento 12
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
IV - da liberdade, expresso pela livre prática do desporto, de ,,GHPRGRQmRSUR¿VVLRQDOLGHQWL¿FDGRSHODOLEHUGDGHGH
acordo com a capacidade e interesse de cada um, associando-se ou prática e pela inexistência de contrato de trabalho, sendo permitido
não a entidade do setor; o recebimento de incentivos materiais e de patrocínio.
V - do direito social, caracterizado pelo dever do Estado em a) (revogada);
fomentar as práticas desportivas formais e não-formais; b) (revogada).
VI - da diferenciação, consubstanciado no tratamento especí-
¿FRGDGRDRGHVSRUWRSUR¿VVLRQDOHQmRSUR¿VVLRQDO CAPÍTULO IV
9,,GDLGHQWLGDGHQDFLRQDOUHÀHWLGRQDSURWHomRHLQFHQWLYR DO SISTEMA BRASILEIRO DO DESPORTO
às manifestações desportivas de criação nacional;
VIII - da educação, voltado para o desenvolvimento integral SEÇÃO I
do homem como ser autônomo e participante, e fomentado por DA COMPOSIÇÃO E DOS OBJETIVOS
PHLRGDSULRULGDGHGRVUHFXUVRVS~EOLFRVDRGHVSRUWRHGXFDFLRQDO
IX - da qualidade, assegurado pela valorização dos resultados $UW26LVWHPD%UDVLOHLURGR'HVSRUWRFRPSUHHQGH
desportivos, educativos e dos relacionados à cidadania e ao desen- I - o Ministério do Esporte;
volvimento físico e moral; II - (Revogado)
X - da descentralização, consubstanciado na organização e III - o Conselho Nacional do Esporte - CNE;
IV - o sistema nacional do desporto e os sistemas de desporto
funcionamento harmônicos de sistemas desportivos diferenciados
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, organizados de
e autônomos para os níveis federal, estadual, distrital e municipal;
forma autônoma e em regime de colaboração, integrados por víncu-
XI - da segurança, propiciado ao praticante de qualquer mo-
ORVGHQDWXUH]DWpFQLFDHVSHFt¿FRVGHFDGDPRGDOLGDGHGHVSRUWLYD
dalidade desportiva, quanto a sua integridade física, mental ou
O Sistema Brasileiro do Desporto tem por objetivo garantir
sensorial; a prática desportiva regular e melhorar-lhe o padrão de qualidade.
;,,GDH¿FLrQFLDREWLGRSRUPHLRGRHVWtPXORjFRPSHWrQFLD § 2º A organização desportiva do País, fundada na liberdade
desportiva e administrativa. de associação, integra o patrimônio cultural brasileiro e é conside-
3DUiJUDIR~QLFR$H[SORUDomRHDJHVWmRGRGHVSRUWRSUR¿V- UDGDGHHOHYDGRLQWHUHVVHVRFLDOLQFOXVLYHSDUDRV¿QVGRGLVSRVWR
sional constituem exercício de atividade econômica sujeitando-se, QRVLQFLVRV,H,,,GR$UWGD/HL&RPSOHPHQWDUQo , GHGH
HVSHFL¿FDPHQWHjREVHUYkQFLDGRVSULQFtSLRV PDLRGH
,GDWUDQVSDUrQFLD¿QDQFHLUDHDGPLQLVWUDWLYD Poderão ser incluídas no Sistema Brasileiro de Desporto as
II - da moralidade na gestão desportiva; pessoas jurídicas que desenvolvam práticas não-formais, promovam
III - da responsabilidade social de seus dirigentes; a cultura e as ciências do desporto e formem e aprimorem especia-
IV - do tratamento diferenciado em relação ao desporto não listas.
SUR¿VVLRQDOH
V - da participação na organização desportiva do País. SEÇÃO II
DOS RECURSOS DO MINISTÉRIO DO ESPORTE
CAPÍTULO III (REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 12.395, DE 2011).
DA NATUREZA E DAS FINALIDADES DO DESPORTO
$UW º Os recursos do Ministério do Esporte serão aplicados
$UW2GHVSRUWRSRGHVHUUHFRQKHFLGRHPTXDOTXHUGDVVH- conforme dispuser o Plano Nacional do Desporto, observado o dis-
guintes manifestações: SRVWRQHVWD6HomR5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH
I - desporto educacional, praticado nos sistemas de ensino e (Revogado)
em formas assistemáticas de educação, evitando-se a seletividade, § 2º (Revogado)
D KLSHUFRPSHWLWLYLGDGH GH VHXV SUDWLFDQWHV FRP D ¿QDOLGDGH GH º Caberá ao Ministério do Esporte, ouvido o CNE, nos termos
alcançar o desenvolvimento integral do indivíduo e a sua formação GRLQFLVR,,GRDUWSURSRUR3ODQR1DFLRQDOGR'HVSRUWRGHFH-
para o exercício da cidadania e a prática do lazer; QDOREVHUYDGRRGLVSRVWRQRDUWGD&RQVWLWXLomR)HGHUDO5H-
II - desporto de participação, de modo voluntário, compreen- GDomRGDGDSHOD/HLQGH
º 5HYRJDGRSHOD/HLQGH
GHQGRDVPRGDOLGDGHVGHVSRUWLYDVSUDWLFDGDVFRPD¿QDOLGDGHGH
contribuir para a integração dos praticantes na plenitude da vida
$UW&RQVWLWXHPUHFXUVRVGR0LQLVWpULRGR(VSRUWH
VRFLDOQDSURPRomRGDVD~GHHHGXFDomRHQDSUHVHUYDomRGRPHLR
I - receitas oriundas de concursos de prognósticos previstos em
ambiente;
lei;
III - desporto de rendimento, praticado segundo normas gerais II - adicional de quatro e meio por cento incidente sobre cada
desta Lei e regras de prática desportiva, nacionais e internacionais, bilhete, permitido o arredondamento do seu valor feito nos concur-
FRPD¿QDOLGDGHGHREWHUUHVXOWDGRVHLQWHJUDUSHVVRDVHFRPXQL- VRVGHSURJQyVWLFRVDTXHVHUHIHUHR'HFUHWR/HLQGHGH
dades do País e estas com as de outras nações. PDLRGHHD/HLQo GHGHQRYHPEURGHGHVWLQD-
3DUiJUDIR~QLFR2GHVSRUWRGHUHQGLPHQWRSRGHVHURUJDQL- GRDRFXPSULPHQWRGRGLVSRVWRQRDUWo;
zado e praticado: III - doações, legados e patrocínios;
,GHPRGRSUR¿VVLRQDOFDUDFWHUL]DGRSHODUHPXQHUDomRSDF- IV - prêmios de concursos de prognósticos da Loteria Esportiva
tuada em contrato formal de trabalho entre o atleta e a entidade de Federal, não reclamados;
prática desportiva; V - outras fontes.
Didatismo e Conhecimento 13
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
O valor do adicional previsto no inciso II deste artigo não $UW$QXDOPHQWHDUHQGDOtTXLGDWRWDOGHXPGRVWHVWHVGD
VHUiFRPSXWDGRQRPRQWDQWHGDDUUHFDGDomRGDVDSRVWDVSDUD¿QVGH Loteria Esportiva Federal será destinada ao Comitê Olímpico Brasi-
cálculo de prêmios, rateios, tributos de qualquer natureza ou taxas leiro-COB, para treinamento e competições preparatórias das equi-
de administração. SHVROtPSLFDVQDFLRQDLV9LGH'HFUHWRQGH
'RDGLFLRQDOGHTXDWURHPHLRSRUFHQWRGHTXHWUDWD Nos anos de realização dos Jogos Olímpicos e dos Jogos
RLQFLVR,,GHVWHDUWLJRXPWHUoRVHUiUHSDVVDGRjV6HFUHWDULDV Pan-Americanos, a renda líquida de um segundo teste da Loteria Es-
de Esporte dos Estados e do Distrito Federal ou, na inexistência portiva Federal será destinada ao Comitê Olímpico Brasileiro-COB,
destas, a órgãos que tenham atribuições semelhantes na área do para o atendimento da participação de delegações nacionais nesses
esporte, proporcionalmente ao montante das apostas efetuadas em eventos.
cada unidade da Federação, para aplicação prioritária em jogos § 2º Ao Comitê Paraolímpico Brasileiro serão concedidas as
escolares de esportes olímpicos e paraolímpicos, admitida também rendas líquidas de testes da Loteria Esportiva Federal nas mesmas
sua aplicação nas destinações previstas nos incisos I, VI e VIII do condições estabelecidas neste artigo para o Comitê Olímpico Brasi-
$UWGHVWD/HL5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH leiro-COB.
$SDUFHODUHSDVVDGDDRV(VWDGRVHDR'LVWULWR)HGHUDOQD
forma do § 2º VHUiDSOLFDGDLQWHJUDOPHQWHHPDWLYLGDGHV¿QDOtVWLFDV $UW2VUHFXUVRV¿QDQFHLURVFRUUHVSRQGHQWHVjVGHVWLQDo}HV
GRHVSRUWHVHQGRSHORPHQRVFLQTXHQWDSRUFHQWRLQYHVWLGRV SUHYLVWDVQRLQFLVR,,,GR$UWHQRFDSXWGR$UWFRQVWLWXHP
em projetos apresentados pelos Municípios ou, na falta de projetos, UHFHLWDVSUySULDVGRVEHQH¿FLiULRVTXHOKHVVHUmRHQWUHJXHVGLUHWD-
em ações governamentais em benefício dos Municípios. (Reda- PHQWHSHOD&$,;$5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH
omRGDGDSHOD/HLQGH O direito da entidade de prática desportiva de resgatar os
7ULPHVWUDOPHQWH D &DL[D (FRQ{PLFD )HGHUDO &$,;$ UHFXUVRVGHTXHWUDWDRLQFLVR,,,GR$UWGHVWD/HLGHFDLHP
apresentará balancete ao Ministério do Esporte, com o resultado (noventa) dias, a contar da data de sua disponibilização pela Caixa
da receita proveniente do adicional de que trata o inciso II deste Econômica Federal – CEF.
artigo. 5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH § 2º Os recursos que não forem resgatados no prazo estipulado
no deste artigo serão repassados ao Ministério do Esporte para
aplicação em programas referentes à política nacional de incentivo e
$UW2VUHFXUVRVGR0LQLVWpULRGR(VSRUWHWHUmRDVHJXLQWH
desenvolvimento da prática desportiva.
destinação:
(VETADO)
I - desporto educacional;
II - desporto de rendimento, nos casos de participação de enti-
SEÇÃO III
dades nacionais de administração do desporto em competições in-
DO CONSELHO DE DESENVOLVIMENTO DO DESPORTO
ternacionais, bem como as competições brasileiras dos desportos de
BRASILEIRO – CDDB
criação nacional;
III - desporto de criação nacional;
$UW2&1(pyUJmRFROHJLDGRGHQRUPDWL]DomRGHOLEHUDomR
IV - capacitação de recursos humanos: e assessoramento, diretamente vinculado ao Ministro de Estado do
a) cientistas desportivos; Esporte, cabendo-lhe:
b) professores de educação física; e I - zelar pela aplicação dos princípios e preceitos desta Lei;
c) técnicos de desporto; II - oferecer subsídios técnicos à elaboração do Plano Nacional
V - apoio a projeto de pesquisa, documentação e informação; do Desporto;
VI - construção, ampliação e recuperação de instalações espor- III - emitir pareceres e recomendações sobre questões despor-
tivas; tivas nacionais;
9,,DSRLRVXSOHWLYRDRVLVWHPDGHDVVLVWrQFLDDRDWOHWDSUR¿V- IV - propor prioridades para o plano de aplicação de recursos do
VLRQDOFRPD¿QDOLGDGHGHSURPRYHUVXDDGDSWDomRDRPHUFDGRGH Ministério do Esporte;
trabalho quando deixar a atividade; V - exercer outras atribuições previstas na legislação em vigor,
9,,,DSRLRDRGHVSRUWRSDUDSHVVRDVSRUWDGRUDVGHGH¿FLrQFLD relativas a questões de natureza desportiva;
$UW$DUUHFDGDomRREWLGDHPFDGDWHVWHGD/RWHULD(VSRUWLYD VI - aprovar os Códigos de Justiça Desportiva e suas alterações,
terá a seguinte destinação: com as peculiaridades de cada modalidade; e (Redação dada pela
I - quarenta e cinco por cento para pagamento dos prêmios, in- /HLQGH
cluindo o valor correspondente ao imposto sobre a renda; 9,,H[SHGLUGLUHWUL]HVSDUDRFRQWUROHGHVXEVWkQFLDVHPpWR-
II - vinte por cento para a Caixa Econômica Federal - CEF, des- dos proibidos na prática desportiva.
tinados ao custeio total da administração dos recursos e prognósti- 3DUiJUDIR~QLFR20LQLVWpULRGR(VSRUWHGDUiDSRLRWpFQLFRH
cos desportivos; administrativo ao CNE.
III - dez por cento para pagamento, em parcelas iguais, às en-
tidades de práticas desportivas constantes do teste, pelo uso de suas $UW9(7$'2
GHQRPLQDo}HVPDUFDVHVtPERORV9LGH/HLQGH
IV - quinze por cento para o INDESP. $UW $ 2 &1( VHUi FRPSRVWR SRU YLQWH H GRLV PHPEURV
IV - quinze por cento para o Ministério do Esporte. indicados pelo Ministro do Esporte, que o presidirá.
9GH]SRUFHQWRSDUDD6HJXULGDGH6RFLDO,QFOXtGR 3DUiJUDIR~QLFR2VPHPEURVGR&RQVHOKRHVHXVVXSOHQWHVVH-
SHOD/HLQGH rão indicados na forma da regulamentação desta Lei, para um man-
3DUiJUDIR~QLFR5HYRJDGRSHOD/HLQGH dato de dois anos, permitida uma recondução.
Didatismo e Conhecimento 14
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
SEÇÃO IV $UW$VHQWLGDGHVGHSUiWLFDGHVSRUWLYDHDVHQWLGDGHVGH
DO SISTEMA NACIONAL DO DESPORTO administração do desporto, bem como as ligas de que trata o art.
VmR SHVVRDV MXUtGLFDV GH GLUHLWR SULYDGR FRP RUJDQL]DomR H
$UW26LVWHPD1DFLRQDOGR'HVSRUWRWHPSRU¿QDOLGDGHSUR- IXQFLRQDPHQWR DXW{QRPR H WHUmR DV FRPSHWrQFLDV GH¿QLGDV HP
mover e aprimorar as práticas desportivas de rendimento. seus estatutos. 5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH
3DUiJUDIR~QLFR26LVWHPD1DFLRQDOGR'HVSRUWRFRQJUHJDDV As entidades nacionais de administração do desporto po-
SHVVRDVItVLFDVHMXUtGLFDVGHGLUHLWRSULYDGRFRPRXVHP¿QVOXFUD- GHUmR ¿OLDU QRV WHUPRV GH VHXV HVWDWXWRV HQWLGDGHV UHJLRQDLV GH
tivos, encarregadas da coordenação, administração, normatização, administração e entidades de prática desportiva.
apoio e prática do desporto, bem como as incumbidas da Justiça § 2º $VOLJDVSRGHUmRDVHXFULWpULR¿OLDUVHRXYLQFXODUVHD
'HVSRUWLYDHHVSHFLDOPHQWH5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH entidades nacionais de administração do desporto, vedado a estas,
VRETXDOTXHUSUHWH[WRH[LJLUWDO¿OLDomRRXYLQFXODomR
I - o Comitê Olímpico Brasileiro-COB; e IDFXOWDGD D ¿OLDomR GLUHWD GH DWOHWDV QRV WHUPRV
II - o Comitê Paraolímpico Brasileiro; previstos nos estatutos das respectivas entidades de administração
III - as entidades nacionais de administração do desporto; do desporto.
IV - as entidades regionais de administração do desporto;
V - as ligas regionais e nacionais; $UW9(7$'2
9,DVHQWLGDGHVGHSUiWLFDGHVSRUWLYD¿OLDGDVRXQmRjTXHODV
referidas nos incisos anteriores. $UW 6RPHQWH VHUmR EHQH¿FLDGDV FRP LVHQo}HV ¿VFDLV H
VII - a Confederação Brasileira de Clubes. (Incluído pela Lei UHSDVVHVGHUHFXUVRVS~EOLFRVIHGHUDLVGDDGPLQLVWUDomRGLUHWDHLQ-
QGH GLUHWDQRVWHUPRVGRLQFLVR,,GRDUWGD&RQVWLWXLomR)HGHUDO
as entidades do Sistema Nacional do Desporto que:
$UW2&RPLWr2OtPSLFR%UDVLOHLUR&2%R&RPLWr3DUDR- ,SRVVXtUHPYLDELOLGDGHHDXWRQRPLD¿QDQFHLUDV
límpico Brasileiro - CPB e as entidades nacionais de administração do ,,5HYRJDGRSHOD/HLQGH
GHVSRUWRTXHOKHVVmR¿OLDGDVRXYLQFXODGDVFRQVWLWXHPVXEVLVWHPD
III - atendam aos demais requisitos estabelecidos em lei;
HVSHFt¿FRGR6LVWHPD1DFLRQDOGR'HVSRUWR5HGDomRGDGDSHOD
,9HVWLYHUHPHPVLWXDomRUHJXODUFRPVXDVREULJDo}HV¿V-
/HLQGH
FDLVHWUDEDOKLVWDV5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH
$SOLFDVHDRVFRPLWrVHjVHQWLGDGHVUHIHULGDVQRcaput o
V - demonstrem compatibilidade entre as ações desenvolvidas
GLVSRVWRQRLQFLVR,,GRDUWGD&RQVWLWXLomR)HGHUDOGHVGHTXH
para a melhoria das respectivas modalidades desportivas e o Plano
seus estatutos estejam plenamente de acordo com as disposições cons-
1DFLRQDOGR'HVSRUWR5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH
titucionais e legais aplicáveis. ,QFOXtGRSHOD/HLQGH
§ 2º Compete ao Comitê Olímpico Brasileiro - COB e ao
Comitê Paraolímpico Brasileiro - CPB o planejamento das atividades 3DUiJUDIR~QLFR$YHUL¿FDomRGRFXPSULPHQWRGDVH[LJrQ-
GRHVSRUWHGHVHXVVXEVLVWHPDVHVSHFt¿FRV(Incluído pela Lei nº cias contidas nos incisos I a V deste artigo será de responsabilidade
GH GR0LQLVWpULRGR(VSRUWH5HGDomRGDGDSHOD/HLQ
GH
$UW$R&RPLWr2OtPSLFR%UDVLOHLUR&2%HQWLGDGHMXUtGLFD
de direito privado, compete representar o País nos eventos olímpicos, $UW$6HPSUHMXt]RGRGLVSRVWRQRDUWDVHQWLGDGHV
pan-americanos e outros de igual natureza, no Comitê Olímpico In- VHP¿QVOXFUDWLYRVFRPSRQHQWHVGR6LVWHPD1DFLRQDOGR'HVSRU-
ternacional e nos movimentos olímpicos internacionais, e fomentar o WR UHIHULGDV QR SDUiJUDIR ~QLFR GR DUW VRPHQWH SRGHUmR UH-
movimento olímpico no território nacional, em conformidade com as FHEHU UHFXUVRV GD DGPLQLVWUDomR S~EOLFD IHGHUDO GLUHWD H LQGLUHWD
disposições da Constituição Federal, bem como com as disposições FDVR,QFOXtGRSHOD/HLQGH
estatutárias e regulamentares do Comitê Olímpico Internacional e da I - seu presidente ou dirigente máximo tenham o mandato de
Carta Olímpica. DWpTXDWURDQRVSHUPLWLGDXPD~QLFDUHFRQGXomR,QFOXt-
Caberá ao Comitê Olímpico Brasileiro-COB representar o GRSHOD/HLQGH
ROLPSLVPREUDVLOHLURMXQWRDRVSRGHUHVS~EOLFRV II - atendam às disposições previstas nas alíneas “b” a “e”
§ 2º É privativo do Comitê Olímpico Brasileiro – COB e do Co- do § 2º e no GRDUWGD/HLQo GHGHGH]HPEURGH
mitê Paraolímpico Brasileiro – CPOB o uso das bandeiras, lemas, ,QFOXtGRSHOD/HLQGH
hinos e símbolos olímpicos e paraolímpicos, assim como das deno- ,,,GHVWLQHPLQWHJUDOPHQWHRVUHVXOWDGRV¿QDQFHLURVjPDQX-
minações «jogos olímpicos», «olimpíadas», «jogos paraolímpicos» e tenção e ao desenvolvimento dos seus objetivos sociais; (Incluí-
©SDUDROLPStDGDVªSHUPLWLGDDXWLOL]DomRGHVWDV~OWLPDVTXDQGRVHWUD- GRSHOD/HLQGH
tar de eventos vinculados ao desporto educacional e de participação. IV - sejam transparentes na gestão, inclusive quanto aos da-
$R&RPLWr2OtPSLFR%UDVLOHLUR&2%VmRFRQFHGLGRVRVGL- GRV HFRQ{PLFRV H ¿QDQFHLURV FRQWUDWRV SDWURFLQDGRUHV GLUHLWRV
reitos e benefícios conferidos em lei às entidades nacionais de admi- de imagem, propriedade intelectual e quaisquer outros aspectos de
nistração do desporto. JHVWmR,QFOXtGRSHOD/HLQGH
6mRYHGDGRVRUHJLVWURHXVRSDUDTXDOTXHU¿PGHVLQDOTXH V - garantam a representação da categoria de atletas das res-
integre o símbolo olímpico ou que o contenha, bem como do hino e SHFWLYDVPRGDOLGDGHVQRkPELWRGRVyUJmRVHFRQVHOKRVWpFQLFRV
dos lemas olímpicos, exceto mediante prévia autorização do Comitê incumbidos da aprovação de regulamentos das competições; (In-
Olímpico Brasileiro-COB. FOXtGRSHOD/HLQGH
Aplicam-se ao Comitê Paraolímpico Brasileiro, no que cou- VI - assegurem a existência e a autonomia do seu conselho
ber, as disposições previstas neste artigo. ¿VFDO,QFOXtGRSHOD/HLQGH
Didatismo e Conhecimento 15
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
VII - estabeleçam em seus estatutos: (Incluído pela Lei nº § 2º As entidades de prática desportiva que organizarem ligas,
GH na forma do caput deste artigo, comunicarão a criação destas às
D SULQFtSLRV GH¿QLGRUHV GH JHVWmR GHPRFUiWLFD ,QFOXtGR entidades nacionais de administração do desporto das respectivas
SHOD/HLQGH modalidades.
b) instrumentos de controle social; (Incluído pela Lei nº As ligas integrarão os sistemas das entidades nacionais
GH de administração do desporto que incluírem suas competições nos
c) transparência da gestão da movimentação de recursos; (In- UHVSHFWLYRVFDOHQGiULRVDQXDLVGHHYHQWRVR¿FLDLV
FOXtGRSHOD/HLQGH Na hipótese prevista no caput deste artigo, é facultado às
G¿VFDOL]DomRLQWHUQD,QFOXtGRSHOD/HLQGH entidades de prática desportiva participarem, também, de campeo-
HDOWHUQkQFLDQRH[HUFtFLRGRVFDUJRVGHGLUHomR,QFOXtGR natos nas entidades de administração do desporto a que estiverem
SHOD/HLQGH ¿OLDGDV
f) aprovação das prestações de contas anuais por conselho de e YHGDGD TXDOTXHU LQWHUYHQomR GDV HQWLGDGHV GH DGPL-
nistração do desporto nas ligas que se mantiverem independentes.
GLUHomRSUHFHGLGDSRUSDUHFHUGRFRQVHOKR¿VFDOH,QFOXtGRSHOD
As ligas formadas por entidades de prática desportiva
/HLQGH
HQYROYLGDVHPFRPSHWLo}HVGHDWOHWDVSUR¿VVLRQDLVHTXLSDUDPVH
g) participação de atletas nos colegiados de direção e na elei-
SDUD¿QVGRFXPSULPHQWRGRGLVSRVWRQHVWD/HLjVHQWLGDGHVGH
omRSDUDRVFDUJRVGDHQWLGDGHH,QFOXtGRSHOD/HLQ
administração do desporto.
GH As entidades nacionais de administração de desporto se-
9,,,JDUDQWDPDWRGRVRVDVVRFLDGRVH¿OLDGRVDFHVVRLUUHVWUL- rão responsáveis pela organização dos calendários anuais de even-
to aos documentos e informações relativos à prestação de contas, WRVR¿FLDLVGDVUHVSHFWLYDVPRGDOLGDGHV
bem como àqueles relacionados à gestão da respectiva entidade $UW$VHQWLGDGHVGHSUiWLFDGHVSRUWLYDSRGHUmR¿OLDUVH
de administração do desporto, os quais deverão ser publicados na em cada modalidade, à entidade de administração do desporto do
tQWHJUDQRVtWLRHOHWU{QLFRGHVWD,QFOXtGRSHOD/HLQGH Sistema Nacional do Desporto, bem como à correspondente enti-
dade de administração do desporto de um dos sistemas regionais.
$VHQWLGDGHVGHSUiWLFDGHVSRUWLYDHVWmRGLVSHQVDGDVGDV Art. 22. Os processos eleitorais assegurarão:
condições previstas: ,QFOXtGRSHOD/HLQGH ,FROpJLRHOHLWRUDOFRQVWLWXtGRGHWRGRVRV¿OLDGRVQRJR]R
I - no inciso V do caput,QFOXtGRSHOD/HLQGH de seus direitos, admitida a diferenciação de valor dos seus votos;
II - defesa prévia, em caso de impugnação, do direito de par-
II - na alínea “g” do inciso VII do caput; e (Incluído pela Lei ticipar da eleição;
QGH III - eleição convocada mediante edital publicado em órgão da
III - no inciso VIII do caput, quanto aos contratos comerciais imprensa de grande circulação, por três vezes;
FHOHEUDGRVFRPFOiXVXODGHFRQ¿GHQFLDOLGDGHUHVVDOYDGDVQHVWH IV - sistema de recolhimento dos votos imune a fraude;
FDVRDFRPSHWrQFLDGH¿VFDOL]DomRGRFRQVHOKR¿VFDOHDREULJD- V - acompanhamento da apuração pelos candidatos e meios
ção do correto registro contábil de receita e despesa deles decor- de comunicação.
UHQWH,QFOXtGRSHOD/HLQGH 3DUiJUDIR~QLFR1DKLSyWHVHGDDGRomRGHFULWpULRGLIHUHQFLD-
$YHUL¿FDomRGRFXPSULPHQWRGDVH[LJrQFLDVFRQWLGDV do de valoração dos votos, este não poderá exceder à proporção de
nos incisos I a VIII do caput deste artigo será de responsabilidade um para seis entre o de menor e o de maior valor.
GR0LQLVWpULRGR(VSRUWH,QFOXtGRSHOD/HLQGH
3DUD¿QVGRGLVSRVWRQRLQFLVR,GRcaput: (Incluído pela $UW2VHVWDWXWRVGDVHQWLGDGHVGHDGPLQLVWUDomRGRGHV-
/HLQGH porto, elaborados de conformidade com esta Lei, deverão obriga-
toriamente regulamentar, no mínimo:
I - será respeitado o período de mandato do presidente ou diri-
I - instituição do Tribunal de Justiça Desportiva, nos termos
gente máximo eleitos antes da vigência desta Lei; (Incluído pela
desta Lei;
/HLQGH
II - inelegibilidade de seus dirigentes para desempenho de car-
II - são inelegíveis o cônjuge e os parentes consanguíneos ou
gos e funções eletivas ou de livre nomeação de:
D¿QVDWpRo (segundo) grau ou por adoção. (Incluído pela Lei nº DFRQGHQDGRVSRUFULPHGRORVRHPVHQWHQoDGH¿QLWLYD
GH ELQDGLPSOHQWHVQDSUHVWDomRGHFRQWDVGHUHFXUVRVS~EOLFRV
$SDUWLUGRo (sexto) mês contado da publicação desta HPGHFLVmRDGPLQLVWUDWLYDGH¿QLWLYD
Lei, as entidades referidas no caput deste artigo somente farão jus c) inadimplentes na prestação de contas da própria entidade;
DRGLVSRVWRQRDUWGD/HLQo GHGHGH]HPEURGH G DIDVWDGRV GH FDUJRV HOHWLYRV RX GH FRQ¿DQoD GH HQWLGDGH
H QRV DUWV H GD 0HGLGD 3URYLVyULD Qo GH GH GHVSRUWLYDRXHPYLUWXGHGHJHVWmRSDWULPRQLDORX¿QDQFHLUDLUUH-
DJRVWRGHFDVRFXPSUDPRVUHTXLVLWRVGLVSRVWRVQRVLQFLVRV gular ou temerária da entidade;
I a VIII do caput,QFOXtGRSHOD/HLQGH e) inadimplentes das contribuições previdenciárias e traba-
lhistas;
$UW9(7$'2 f) falidos.
3DUiJUDIR ~QLFR ,QGHSHQGHQWHPHQWH GH SUHYLVmR HVWDWXWiULD
$UW $V HQWLGDGHV GH SUiWLFD GHVSRUWLYD SDUWLFLSDQWHV GH é obrigatório o afastamento preventivo e imediato dos dirigentes,
competições do Sistema Nacional do Desporto poderão organizar eleitos ou nomeados, caso incorram em qualquer das hipóteses do
ligas regionais ou nacionais. inciso II, assegurado o processo regular e a ampla defesa para a
(VETADO) destituição.
Didatismo e Conhecimento 16
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
$UW$VSUHVWDo}HVGHFRQWDVDQXDLVGHWRGDVDVHQWLGDGHV ,UHDOL]DUWRGRVRVDWRVQHFHVViULRVSDUDSHUPLWLUDLGHQWL¿FD-
de administração integrantes do Sistema Nacional do Desporto omRH[DWDGHVXDVLWXDomR¿QDQFHLUD
serão obrigatoriamente submetidas, com parecer dos Conselhos II - apresentar plano de resgate e plano de investimento;
)LVFDLVjVUHVSHFWLYDVDVVHPEOpLDVJHUDLVSDUDDDSURYDomR¿QDO ,,,JDUDQWLUDLQGHSHQGrQFLDGHVHXVFRQVHOKRVGH¿VFDOL]DomR
3DUiJUDIR~QLFR7RGRVRVLQWHJUDQWHVGDVDVVHPEOpLDVJHUDLV e administração, quando houver;
terão acesso irrestrito aos documentos, informações e comprovan- ,9DGRWDUPRGHORSUR¿VVLRQDOHWUDQVSDUHQWHH
tes de despesas de contas de que trata este artigo. 9DSUHVHQWDUVXDVGHPRQVWUDo}HV¿QDQFHLUDVMXQWDPHQWHFRP
RVUHVSHFWLYRVUHODWyULRVGHDXGLWRULDQRVWHUPRVGH¿QLGRVQRLQFLVR
SEÇÃO V ,GRDUW$GHVWD/HL5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH
DOS SISTEMAS DO DESPORTO DOS ESTADOS, DO DIS-
TRITO FEDERAL E DOS MUNICÍPIOS 2VUHFXUVRVGR¿QDQFLDPHQWRYROWDGRVjLPSOHPHQWDomRGR
(REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 12.395, DE 2011). plano de resgate serão utilizados:
,SULRULWDULDPHQWHSDUDTXLWDomRGHGpELWRV¿VFDLVSUHYLGHQ-
$UW2V(VWDGRVHR'LVWULWR)HGHUDOFRQVWLWXLUmRVHXVSUy- ciários e trabalhistas; e
prios sistemas, respeitadas as normas estabelecidas nesta Lei e a II - subsidiariamente, para construção ou melhoria de estádio
REVHUYkQFLDGRSURFHVVRHOHLWRUDO SUySULRRXGHTXHVHXWLOL]DPSDUDPDQGRGHVHXVMRJRVFRPD¿-
3DUiJUDIR~QLFR$RV0XQLFtSLRVpIDFXOWDGRFRQVWLWXLUVLVWH- QDOLGDGHGHDWHQGHUDFULWpULRVGHVHJXUDQoDVD~GHHEHPHVWDUGR
mas próprios de desporto, observado o disposto nesta Lei e, no que torcedor.
couber, na legislação do respectivo Estado. (Redação dada pela Na hipótese do inciso II do , a entidade de prática des-
/HLQGH SRUWLYDGHYHUiDSUHVHQWDUjLQVWLWXLomR¿QDQFLDGRUDRRUoDPHQWRGDV
obras pretendidas.
CAPÍTULO V e IDFXOWDGR jV HQWLGDGHV GHVSRUWLYDV SUR¿VVLRQDLV
DA PRÁTICA DESPORTIVA PROFISSIONAL constituírem-se regularmente em sociedade empresária, segundo
um dos tipos regulados nos DUWVDGD/HLQGH
GHMDQHLURGH&yGLJR&LYLO
$UW $WOHWDV H HQWLGDGHV GH SUiWLFD GHVSRUWLYD VmR OLYUHV
&RQVLGHUDVH HQWLGDGH GHVSRUWLYD SUR¿VVLRQDO SDUD
SDUDRUJDQL]DUDDWLYLGDGHSUR¿VVLRQDOTXDOTXHUTXHVHMDVXDPR-
¿QV GHVWD /HL DV HQWLGDGHV GH SUiWLFD GHVSRUWLYD HQYROYLGDV HP
dalidade, respeitados os termos desta Lei.
FRPSHWLo}HVGHDWOHWDVSUR¿VVLRQDLVDVOLJDVHPTXHVHRUJDQL]DUHP
3DUiJUDIR ~QLFR &RQVLGHUDVH FRPSHWLomR SUR¿VVLRQDO SDUD
HDVHQWLGDGHVGHDGPLQLVWUDomRGHGHVSRUWRSUR¿VVLRQDO
os efeitos desta Lei aquela promovida para obter renda e disputada
2VDGPLQLVWUDGRUHVGHHQWLGDGHVGHVSRUWLYDVSUR¿VVLRQDLV
SRUDWOHWDVSUR¿VVLRQDLVFXMDUHPXQHUDomRGHFRUUDGHFRQWUDWRGH
respondem solidária e ilimitadamente pelos atos ilícitos praticados,
trabalho desportivo.
de gestão temerária ou contrários ao previsto no contrato social ou
estatuto, nos termos da /HLQGHGHMDQHLURGH&y-
$UW $V HQWLGDGHV GH SUiWLFD GHVSRUWLYD SDUWLFLSDQWHV GH
GLJR&LYLO5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH
FRPSHWLo}HV SUR¿VVLRQDLV H DV HQWLGDGHV GH DGPLQLVWUDomR GH (VETADO)
desporto ou ligas em que se organizarem, independentemente da 3DUDRV¿QVGH¿VFDOL]DomRHFRQWUROHGRGLVSRVWRQHVWD
forma jurídica adotada, sujeitam os bens particulares de seus diri- /HLDVDWLYLGDGHVSUR¿VVLRQDLVGDVHQWLGDGHVGHTXHWUDWDRFDSXW
JHQWHVDRGLVSRVWRQRDUWGD/HLQo GHGHMDQHLURGH deste artigo, independentemente da forma jurídica sob a qual estejam
DOpPGDVVDQo}HVHUHVSRQVDELOLGDGHVSUHYLVWDVQRcaput do constituídas, equiparam-se às das sociedades empresárias. (Reda-
DUWGD/HLQo GHGHMDQHLURGHQDKLSyWHVH omRGDGDSHOD/HLQGH
de aplicarem créditos ou bens sociais da entidade desportiva em
proveito próprio ou de terceiros. $UW$1HQKXPDSHVVRDItVLFDRXMXUtGLFDTXHGLUHWDRXLQ-
SDUiJUDIR~QLFRRULJLQDO5HYRJDGR diretamente, seja detentora de parcela do capital com direito a voto
§ 2º A entidade a que se refere este artigo não poderá utilizar ou, de qualquer forma, participe da administração de qualquer en-
seus bens patrimoniais, desportivos ou sociais para integralizar sua WLGDGHGHSUiWLFDGHVSRUWLYDSRGHUiWHUSDUWLFLSDomRVLPXOWkQHDQR
parcela de capital ou oferecê-los como garantia, salvo com a con- capital social ou na gestão de outra entidade de prática desportiva
FRUGkQFLDGDPDLRULDDEVROXWDGDDVVHPEOpLDJHUDOGRVDVVRFLDGRV GLVSXWDQWHGDPHVPDFRPSHWLomRSUR¿VVLRQDO
e na conformidade do respectivo estatuto. eYHGDGRTXHGXDVRXPDLVHQWLGDGHVGHSUiWLFDGHVSRUWLYD
(Revogado) GLVSXWHPDPHVPDFRPSHWLomRSUR¿VVLRQDOGDVSULPHLUDVVpULHVRX
(Revogado) divisões das diversas modalidades desportivas quando:
2GLVSRVWRQRDUWDSOLFDVHQRTXHFRXEHUjVHQWLGD- a) uma mesma pessoa física ou jurídica, direta ou indiretamen-
des a que se refere o caput deste artigo. te, através de relação contratual, explore, controle ou administre di-
6HP SUHMXt]R GH RXWURV UHTXLVLWRV SUHYLVWRV HP OHL DV reitos que integrem seus patrimônios; ou,
entidades de que trata o caput deste artigo somente poderão obter b) uma mesma pessoa física ou jurídica, direta ou indiretamen-
¿QDQFLDPHQWR FRP UHFXUVRV S~EOLFRV RX ID]HU MXV D SURJUDPDV te, seja detentora de parcela do capital com direito a voto ou, de
GH UHFXSHUDomR HFRQ{PLFR¿QDQFHLURV VH FXPXODWLYDPHQWH qualquer forma, participe da administração de mais de uma socie-
atenderem às seguintes condições: (Redação dada pela Lei nº dade ou associação que explore, controle ou administre direitos que
GH integrem os seus patrimônios.
Didatismo e Conhecimento 17
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
§ 2º A vedação de que trata este artigo aplica-se: $UW$DWLYLGDGHGRDWOHWDSUR¿VVLRQDOpFDUDFWHUL]DGDSRU
a) ao cônjuge e aos parentes até o segundo grau das pessoas remuneração pactuada em contrato especial de trabalho desportivo,
físicas; e ¿UPDGRFRPHQWLGDGHGHSUiWLFDGHVSRUWLYDQRTXDOGHYHUiFRQVWDU
b) às sociedades controladoras, controladas e coligadas das REULJDWRULDPHQWH5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH
mencionadas pessoas jurídicas, bem como a fundo de investimento, I - cláusula indenizatória desportiva, devida exclusivamente à
condomínio de investidores ou outra forma assemelhada que resulte entidade de prática desportiva à qual está vinculado o atleta, nas
na participação concomitante vedada neste artigo. VHJXLQWHVKLSyWHVHV,QFOXtGRSHOD/HLQGH
Excluem-se da vedação de que trata este artigo os contra- a) transferência do atleta para outra entidade, nacional ou es-
tos de administração e investimentos em estádios, ginásios e pra- trangeira, durante a vigência do contrato especial de trabalho des-
ças desportivas, de patrocínio, de licenciamento de uso de marcas e SRUWLYRRX,QFOXtGRSHOD/HLQGH
símbolos, de publicidade e de propaganda, desde que não importem ESRURFDVLmRGRUHWRUQRGRDWOHWDjVDWLYLGDGHVSUR¿VVLRQDLV
na administração direta ou na co-gestão das atividades desportivas HPRXWUDHQWLGDGHGHSUiWLFDGHVSRUWLYDQRSUD]RGHDWpWULQWD
SUR¿VVLRQDLV GDV HQWLGDGHV GH SUiWLFD GHVSRUWLYD DVVLP FRPR RV
PHVHVH,QFOXtGRSHOD/HLQGH
contratos individuais ou coletivos que sejam celebrados entre as de-
II - cláusula compensatória desportiva, devida pela entidade de
tentoras de concessão, permissão ou autorização para exploração de
prática desportiva ao atleta, nas hipóteses dos incisos III a V do §
serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens, bem como de
,QFOXtGRSHOD/HLQGH
WHOHYLVmRSRUDVVLQDWXUDHHQWLGDGHVGHSUiWLFDGHVSRUWLYDSDUD¿QV
de transmissão de eventos desportivos. 2YDORUGDFOiXVXODLQGHQL]DWyULDGHVSRUWLYDDTXHVHUHIHUH
A infringência a este artigo implicará a inabilitação da en- o inciso I do caput deste artigo será livremente pactuado pelas partes
tidade de prática desportiva para percepção dos benefícios de que HH[SUHVVDPHQWHTXDQWL¿FDGRQRLQVWUXPHQWRFRQWUDWXDO5HGDomR
WUDWDRDUWGHVWD/HL GDGDSHOD/HLQGH
As empresas detentoras de concessão, permissão ou autori- ,DWpROLPLWHPi[LPRGHGXDVPLOYH]HVRYDORUPpGLR
zação para exploração de serviço de radiodifusão sonora e de sons e do salário contratual, para as transferências nacionais; e (Incluído
LPDJHQVEHPFRPRGHWHOHYLVmRSRUDVVLQDWXUD¿FDPLPSHGLGDVGH SHOD/HLQGH
patrocinar ou veicular sua própria marca, bem como a de seus canais II - sem qualquer limitação, para as transferências internacio-
e dos títulos de seus programas, nos uniformes de competições das QDLV,QFOXtGRSHOD/HLQGH
entidades desportivas. § 2º São solidariamente responsáveis pelo pagamento da
A violação do disposto no implicará a eliminação da cláusula indenizatória desportiva de que trata o inciso I do caput
entidade de prática desportiva que lhe deu causa da competição ou deste artigo o atleta e a nova entidade de prática desportiva
GRWRUQHLRHPTXHDTXHODVHYHUL¿FRXVHPSUHMXt]RGDVSHQDOLGDGHV empregadora. 5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH
que venham a ser aplicadas pela Justiça Desportiva. ,5HYRJDGRSHOD/HLQGH
,,5HYRJDGRSHOD/HLQGH
$UW%6mRQXODVGHSOHQRGLUHLWRDVFOiXVXODVGHFRQWUDWRV ,,,5HYRJDGRSHOD/HLQGH
¿UPDGRVHQWUHDVHQWLGDGHVGHSUiWLFDGHVSRUWLYDHWHUFHLURVRXHQWUH 2 YDORU GD FOiXVXOD FRPSHQVDWyULD GHVSRUWLYD D TXH VH
HVWHVHDWOHWDVTXHSRVVDPLQWHUYLURXLQÀXHQFLDUQDVWUDQVIHUrQFLDV refere o inciso II do caput deste artigo será livremente pactuado
GHDWOHWDVRXDLQGDTXHLQWHU¿UDPQRGHVHPSHQKRGRDWOHWDRXGD entre as partes e formalizado no contrato especial de trabalho
entidade de prática desportiva, exceto quando objeto de acordo ou GHVSRUWLYRREVHUYDQGRVHFRPROLPLWHPi[LPRTXDWURFHQWDV
FRQYHQomRFROHWLYDGHWUDEDOKR,QFOXtGRSHOD/HLQGH vezes o valor do salário mensal no momento da rescisão e, como
limite mínimo, o valor total de salários mensais a que teria direito o
$UW & 6mR QXORV GH SOHQR GLUHLWR RV FRQWUDWRV ¿UPDGRV atleta até o término do referido contrato. (Redação dada pela Lei
pelo atleta ou por seu representante legal com agente desportivo,
QGH
pessoa física ou jurídica, bem como as cláusulas contratuais ou de
$SOLFDPVH DR DWOHWD SUR¿VVLRQDO DV QRUPDV JHUDLV
LQVWUXPHQWRVSURFXUDWyULRVTXH,QFOXtGRSHOD/HLQGH
da legislação trabalhista e da Seguridade Social, ressalvadas
as peculiaridades constantes desta Lei, especialmente as
,UHVXOWHPYtQFXORGHVSRUWLYR,QFOXtGRSHOD/HLQ
GH seguintes: 5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH
II - impliquem vinculação ou exigência de receita total ou I - se conveniente à entidade de prática desportiva, a concentra-
parcial exclusiva da entidade de prática desportiva, decorrente de omRQmRSRGHUiVHUVXSHULRUDWUrVGLDVFRQVHFXWLYRVSRUVHPDQD
transferência nacional ou internacional de atleta, em vista da exclu- desde que esteja programada qualquer partida, prova ou equivalente,
VLYLGDGHGHTXHWUDWDRLQFLVR,GRDUW,QFOXtGRSHOD/HLQ DPLVWRVDRXR¿FLDOGHYHQGRRDWOHWD¿FDUjGLVSRVLomRGRHPSUHJD-
GH dor por ocasião da realização de competição fora da localidade onde
III - restrinjam a liberdade de trabalho desportivo; (Incluído WHQKDVXDVHGH5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH
SHOD/HLQGH II - o prazo de concentração poderá ser ampliado, independen-
IV - estabeleçam obrigações consideradas abusivas ou despro- temente de qualquer pagamento adicional, quando o atleta estiver
SRUFLRQDLV,QFOXtGRSHOD/HLQGH à disposição da entidade de administração do desporto; (Redação
9LQIULQMDPRVSULQFtSLRVGDERDIpREMHWLYDRXGR¿PVRFLDO GDGDSHOD/HLQGH
GRFRQWUDWRRX,QFOXtGRSHOD/HLQGH III - acréscimos remuneratórios em razão de períodos de con-
VI - versem sobre o gerenciamento de carreira de atleta em for- centração, viagens, pré-temporada e participação do atleta em parti-
PDomRFRPLGDGHLQIHULRUDGH]RLWRDQRV,QFOXtGRSHOD/HL da, prova ou equivalente, conforme previsão contratual; (Redação
QGH GDGDSHOD/HLQGH
Didatismo e Conhecimento 18
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
,9UHSRXVRVHPDQDOUHPXQHUDGRGHYLQWHHTXDWURKRUDV $¿OLDomRRXDYLQFXODomRGHDWOHWDDXW{QRPRDHQWLGDGH
ininterruptas, preferentemente em dia subsequente à participação do de administração ou a sua integração a delegações brasileiras
DWOHWDQDSDUWLGDSURYDRXHTXLYDOHQWHTXDQGRUHDOL]DGDQR¿QDOGH partícipes de competições internacionais não caracteriza vínculo
VHPDQD5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH empregatício. ,QFOXtGRSHOD/HLQGH
9IpULDVDQXDLVUHPXQHUDGDVGHWULQWDGLDVDFUHVFLGDVGR 2 GLVSRVWR QHVWH DUWLJR QmR VH DSOLFD jV PRGDOLGDGHV
abono de férias, coincidentes com o recesso das atividades desporti- desportivas coletivas. ,QFOXtGRSHOD/HLQGH
YDV,QFOXtGRSHOD/HLQGH $UW$HQWLGDGHGHSUiWLFDGHVSRUWLYDIRUPDGRUDGRDWOHWD
9,MRUQDGDGHWUDEDOKRGHVSRUWLYDQRUPDOGHTXDUHQWDH WHUiRGLUHLWRGHDVVLQDUFRPHOHDSDUWLUGHGH]HVVHLVDQRVGH
TXDWURKRUDVVHPDQDLV,QFOXtGRSHOD/HLQGH idade, o primeiro contrato especial de trabalho desportivo, cujo pra-
2YtQFXORGHVSRUWLYRGRDWOHWDFRPDHQWLGDGHGHSUiWLFD ]RQmRSRGHUiVHUVXSHULRUDFLQFRDQRV5HGDomRGDGDSHOD
desportiva contratante constitui-se com o registro do contrato /HLQGH
especial de trabalho desportivo na entidade de administração 3DUiJUDIR~QLFR9(7$'2
do desporto, tendo natureza acessória ao respectivo vínculo § 2º É considerada formadora de atleta a entidade de prática
empregatício, dissolvendo-se, para todos os efeitos legais: (Reda- desportiva que: 5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH
omRGDGDSHOD/HLQGH I - forneça aos atletas programas de treinamento nas categorias
I - com o término da vigência do contrato ou o seu distra- de base e complementação educacional; e (Incluído pela Lei nº
WR,QFOXtGRSHOD/HLQGH GH
II - com o pagamento da cláusula indenizatória desportiva ou da II - satisfaça cumulativamente os seguintes requisitos: (Incluído
FOiXVXODFRPSHQVDWyULDGHVSRUWLYD,QFOXtGRSHOD/HLQ SHOD/HLQGH
GH a) estar o atleta em formação inscrito por ela na respectiva enti-
III - com a rescisão decorrente do inadimplemento salarial, de GDGHUHJLRQDOGHDGPLQLVWUDomRGRGHVSRUWRKiSHORPHQRVXP
responsabilidade da entidade de prática desportiva empregadora, DQR,QFOXtGRSHOD/HLQGH
QRVWHUPRVGHVWD/HL,QFOXtGRSHOD/HLQGH b) comprovar que, efetivamente, o atleta em formação está
IV - com a rescisão indireta, nas demais hipóteses previstas na LQVFULWR HP FRPSHWLo}HV R¿FLDLV,QFOXtGR SHOD /HL Q GH
OHJLVODomRWUDEDOKLVWDH,QFOXtGRSHOD/HLQGH
V - com a dispensa imotivada do atleta. (Incluído pela Lei nº
c) garantir assistência educacional, psicológica, médica e odon-
GH
tológica, assim como alimentação, transporte e convivência fami-
(Revogado)
OLDU,QFOXtGRSHOD/HLQGH
$ HQWLGDGH GH SUiWLFD GHVSRUWLYD SRGHUi VXVSHQGHU R
d) manter alojamento e instalações desportivas adequados, so-
FRQWUDWR HVSHFLDO GH WUDEDOKR GHVSRUWLYR GR DWOHWD SUR¿VVLRQDO
bretudo em matéria de alimentação, higiene, segurança e salubrida-
¿FDQGR GLVSHQVDGD GR SDJDPHQWR GD UHPXQHUDomR QHVVH SHUtRGR
GH,QFOXtGRSHOD/HLQGH
quando o atleta for impedido de atuar, por prazo ininterrupto
VXSHULRUDQRYHQWDGLDVHPGHFRUUrQFLDGHDWRRXHYHQWRGHVXD H PDQWHU FRUSR GH SUR¿VVLRQDLV HVSHFLDOL]DGRV HP IRUPDomR
exclusiva responsabilidade, desvinculado da DWLYLGDGHSUR¿VVLRQDO WHFQLFRGHVSRUWLYD,QFOXtGRSHOD/HLQGH
conforme previsto no referido contrato. (Redação dada pela Lei f) ajustar o tempo destinado à efetiva atividade de formação
QGH GRDWOHWDQmRVXSHULRUDTXDWURKRUDVSRUGLDDRVKRUiULRVGR
2FRQWUDWRHVSHFLDOGHWUDEDOKRGHVSRUWLYRGHYHUiFRQWHU FXUUtFXORHVFRODURXGHFXUVRSUR¿VVLRQDOL]DQWHDOpPGHSURSLFLDU-
cláusula expressa reguladora de sua prorrogação automática na -lhe a matrícula escolar, com exigência de frequência e satisfatório
RFRUUrQFLDGDKLSyWHVHSUHYLVWDQR deste artigo. (Incluído pela DSURYHLWDPHQWR,QFOXtGRSHOD/HLQGH
/HLQGH g) ser a formação do atleta gratuita e a expensas da entidade de
4XDQGRRFRQWUDWRHVSHFLDOGHWUDEDOKRGHVSRUWLYRIRUSRU SUiWLFDGHVSRUWLYD,QFOXtGRSHOD/HLQGH
SUD]RLQIHULRUDGR]HPHVHVRDWOHWDSUR¿VVLRQDOWHUiGLUHLWR h) comprovar que participa anualmente de competições organi-
por ocasião da rescisão contratual por culpa da entidade de prática zadas por entidade de administração do desporto em, pelo menos, 2
desportiva empregadora, a tantos doze avos da remuneração mensal (duas) categorias da respectiva modalidade desportiva; e (Incluído
quantos forem os meses da vigência do contrato, referentes a férias, SHOD/HLQGH
DERQRGHIpULDVHRGpFLPRWHUFHLURVDOiULR(Incluído pela Lei i) garantir que o período de seleção não coincida com os horá-
QGH ULRVHVFRODUHV,QFOXtGRSHOD/HLQGH
1mRVHDSOLFDPDRFRQWUDWRHVSHFLDOGHWUDEDOKRGHVSRUWLYR $ HQWLGDGH QDFLRQDO GH DGPLQLVWUDomR GR GHVSRUWR
os DUWVHGD&RQVROLGDomRGDV/HLVGR7UDEDOKR&/7DSUR- FHUWL¿FDUi FRPR HQWLGDGH GH SUiWLFD GHVSRUWLYD IRUPDGRUD DTXHOD
YDGDSHOR'HFUHWR/HLQGHGHPDLRGH,QFOXtGR que comprovadamente preencha os requisitos estabelecidos nesta
SHOD/HLQGH Lei. 5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH
$UW$&DUDFWHUL]DVHFRPRDXW{QRPRRDWOHWDPDLRUGH 2DWOHWDQmRSUR¿VVLRQDOHPIRUPDomRPDLRUGHTXDWRU]H
(dezesseis) anos que não mantém relação empregatícia com enti- HPHQRUGHYLQWHDQRVGHLGDGHSRGHUiUHFHEHUDX[tOLR¿QDQFHLURGD
dade de prática desportiva, auferindo rendimentos por conta e por entidade de prática desportiva formadora, sob a forma de bolsa de
PHLRGHFRQWUDWRGHQDWXUH]DFLYLO,QFOXtGRSHOD/HLQ aprendizagem livremente pactuada mediante contrato formal, sem
GH que seja gerado vínculo empregatício entre as partes.
2YtQFXORGHVSRUWLYRGRDWOHWDDXW{QRPRFRPDHQWLGDGHGH $ HQWLGDGH GH SUiWLFD GHVSRUWLYD IRUPDGRUD IDUi MXV D
prática desportiva resulta de inscrição para participar de competição YDORU LQGHQL]DWyULR VH ¿FDU LPSRVVLELOLWDGD GH DVVLQDU R SULPHLUR
e não implica reconhecimento de relação empregatícia. (Incluído contrato especial de trabalho desportivo por oposição do atleta,
SHOD/HLQGH ou quando ele se vincular, sob qualquer forma, a outra entidade de
Didatismo e Conhecimento 19
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
prática desportiva, sem autorização expressa da entidade de prática II - a entidade proponente deverá dar conhecimento da propos-
desportiva formadora, atendidas as seguintes condições: (Redação ta à correspondente entidade regional de administração; e (Incluído
GDGDSHOD/HLQGH SHOD/HLQGH
I - o atleta deverá estar regularmente registrado e não pode ter III - a entidade de prática desportiva formadora poderá, no pra-
sido desligado da entidade de prática desportiva formadora; (Incluí- ]RPi[LPRGHTXLQ]HGLDVDFRQWDUGRUHFHELPHQWRGDSURSRV-
GRSHOD/HLQGH ta, comunicar se exercerá o direito de preferência de que trata o §
II - a indenização será limitada ao montante correspondente a QDVPHVPDVFRQGLo}HVRIHUHFLGDV,QFOXtGRSHOD/HLQ
GX]HQWDVYH]HVRVJDVWRVFRPSURYDGDPHQWHHIHWXDGRVFRPD GH
IRUPDomR GR DWOHWD HVSHFL¿FDGRV QR FRQWUDWR GH TXH WUDWD R $HQWLGDGHGHDGPLQLVWUDomRGRGHVSRUWRGHYHUiSXEOLFDU
GHVWHDUWLJR,QFOXtGRSHOD/HLQGH RUHFHELPHQWRGDVSURSRVWDVGHTXHWUDWDPRVHQRVVHXV
III - o pagamento do valor indenizatório somente poderá ser PHLRVR¿FLDLVGHGLYXOJDomRQRSUD]RGHFLQFRGLDVFRQWDGRVGD
efetuado por outra entidade de prática desportiva e deverá ser efeti- data do recebimento. ,QFOXtGRSHOD/HLQGH
vado diretamente à entidade de prática desportiva formadora no pra- &DVRDHQWLGDGHGHSUiWLFDGHVSRUWLYDIRUPDGRUDRIHUWHDV
]RPi[LPRGHTXLQ]HGLDVFRQWDGRVGDGDWDGDYLQFXODomRGR mesmas condições, e, ainda assim, o atleta se oponha à renovação
atleta à nova entidade de prática desportiva, para efeito de permitir do primeiro contrato especial de trabalho desportivo, ela poderá
novo registro em entidade de administração do desporto. (Incluído exigir da nova entidade de prática desportiva contratante o valor
SHOD/HLQGH LQGHQL]DWyULRFRUUHVSRQGHQWHDQRPi[LPRGX]HQWDVYH]HVR
2FRQWUDWRGHIRUPDomRGHVSRUWLYDDTXHVHUHIHUHR valor do salário mensal constante da proposta. (Incluído pela Lei nº
deste artigo deverá incluir obrigatoriamente: (Redação dada pela Lei GH
QGH $FRQWUDWDomRGRDWOHWDHPIRUPDomRVHUiIHLWDGLUHWDPHQWH
,LGHQWL¿FDomRGDVSDUWHVHGRVVHXVUHSUHVHQWDQWHVOHJDLV5H- pela entidade de prática desportiva formadora, sendo vedada a sua
GDomRGDGDSHOD/HLQGH realização por meio de terceiros. ,QFOXtGR SHOD /HL Q GH
,,GXUDomRGRFRQWUDWR5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH
$ HQWLGDGH GH SUiWLFD GHVSRUWLYD IRUPDGRUD GHYHUi
III - direitos e deveres das partes contratantes, inclusive garantia registrar o contrato de formação desportiva do atleta em formação na
de seguro de vida e de acidentes pessoais para cobrir as atividades entidade de administração da respectiva modalidade desportiva. (In-
GRDWOHWDFRQWUDWDGRH5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH FOXtGRSHOD/HLQGH
,9 HVSHFL¿FDomR GRV LWHQV GH JDVWR SDUD ¿QV GH FiOFXOR GD $UW$6HPSUHTXHRFRUUHUWUDQVIHUrQFLDQDFLRQDOGH¿QLWL-
indenização com a formação desportiva. (Redação dada pela Lei nº YDRXWHPSRUiULDGHDWOHWDSUR¿VVLRQDODWpFLQFRSRUFHQWRGR
GH valor pago pela nova entidade de prática desportiva serão obrigato-
$HQWLGDGHGHSUiWLFDGHVSRUWLYDIRUPDGRUDHGHWHQWRUDGR riamente distribuídos entre as entidades de práticas desportivas que
primeiro contrato especial de trabalho desportivo com o atleta por contribuíram para a formação do atleta, na proporção de: (Incluído
HOD SUR¿VVLRQDOL]DGR WHUi R GLUHLWR GH SUHIHUrQFLD SDUD D SULPHLUD SHOD/HLQGH
UHQRYDomR GHVWH FRQWUDWR FXMR SUD]R QmR SRGHUi VHU VXSHULRU D ,XPSRUFHQWRSDUDFDGDDQRGHIRUPDomRGRDWOHWDGRV
(três) anos, salvo se para equiparação de proposta de terceiro. (Re- TXDWRU]HDRVGH]HVVHWHDQRVGHLGDGHLQFOXVLYHH,QFOXt-
GDomRGDGDSHOD/HLQGH GRSHOD/HLQGH
,5HYRJDGRSHOD/HLQGH ,,PHLRSRUFHQWRSDUDFDGDDQRGHIRUPDomRGRV
,,5HYRJDGRSHOD/HLQGH GH]RLWRDRVGH]HQRYHDQRVGHLGDGHLQFOXVLYH,QFOXtGRSHOD
,,,5HYRJDGRSHOD/HLQGH /HLQGH
,95HYRJDGRSHOD/HLQGH &DEHUi j HQWLGDGH GH SUiWLFD GHVSRUWLYD FHVVLRQiULD GR
95HYRJDGRSHOD/HLQGH atleta reter do valor a ser pago à entidade de prática desportiva
3DUD DVVHJXUDU VHX GLUHLWR GH SUHIHUrQFLD D HQWLGDGH GH FHGHQWHFLQFRSRUFHQWRGRYDORUDFRUGDGRSDUDDWUDQVIHUrQFLD
prática desportiva formadora e detentora do primeiro contrato distribuindo-os às entidades de prática desportiva que contribuíram
HVSHFLDOGHWUDEDOKRGHVSRUWLYRGHYHUiDSUHVHQWDUDWpTXDUHQWD para a formação do atleta. ,QFOXtGRSHOD/HLQGH
e cinco) dias antes do término do contrato em curso, proposta ao &RPRH[FHomRjUHJUDHVWDEHOHFLGDQR deste artigo,
DWOHWDGHFXMRWHRUGHYHUiVHUFLHQWL¿FDGDDFRUUHVSRQGHQWHHQWLGDGH caso o atleta se desvincule da entidade de prática desportiva de for-
regional de administração do desporto, indicando as novas condições ma unilateral, mediante pagamento da cláusula indenizatória des-
contratuais e os salários ofertados, devendo o atleta apresentar SRUWLYDSUHYLVWDQRLQFLVR,GRDUWGHVWD/HLFDEHUijHQWLGDGHGH
resposta à entidade de prática desportiva formadora, de cujo teor prática desportiva que recebeu a cláusula indenizatória desportiva
GHYHUiVHUQRWL¿FDGDDUHIHULGDHQWLGDGHGHDGPLQLVWUDomRQRSUD]R GLVWULEXLUFLQFRSRUFHQWRGHWDOPRQWDQWHjVHQWLGDGHVGHSUi-
GHTXLQ]HGLDVFRQWDGRVGDGDWDGRUHFHELPHQWRGDSURSRVWD tica desportiva responsáveis pela formação do atleta. (Incluído pela
sob pena de aceitação tácita. ,QFOXtGRSHOD/HLQGH /HLQGH
1DKLSyWHVHGHRXWUDHQWLGDGHGHSUiWLFDGHVSRUWLYDUHVROYHU 2 SHUFHQWXDO GHYLGR jV HQWLGDGHV GH SUiWLFD GHVSRUWLYD
oferecer proposta mais vantajosa a atleta vinculado à entidade de formadoras do atleta deverá ser calculado sempre de acordo com
prática desportiva que o formou, deve-se observar o seguinte: (In- certidão a ser fornecida pela entidade nacional de administração
FOXtGRSHOD/HLQGH do desporto, e os valores distribuídos proporcionalmente em
I - a entidade proponente deverá apresentar à entidade de prá- DWp WULQWD GLDV GD HIHWLYD WUDQVIHUrQFLD FDEHQGROKH H[LJLU R
tica desportiva formadora proposta, fazendo dela constar todas as cumprimento do que dispõe este parágrafo. (Incluído pela Lei nº
FRQGLo}HVUHPXQHUDWyULDV,QFOXtGRSHOD/HLQGH GH
Didatismo e Conhecimento 20
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
$UW2FRQWUDWRGHWUDEDOKRGRDWOHWDSUR¿VVLRQDOWHUiSUD]R GHVSRUWLYDFHGHQWHSDUDTXHUHQGRSXUJDUDPRUDQRSUD]RGH
determinado, com vigência nunca inferior a três meses nem superior (quinze) dias, não se aplicando, nesse caso, o disposto no caput do
a cinco anos. DUWGHVWD/HL5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH
3DUiJUDIR~QLFR1mRVHDSOLFDDRFRQWUDWRHVSHFLDOGHWUDEDOKR 2 QmR SDJDPHQWR DR DWOHWD GH VDOiULR H FRQWULEXLo}HV
GHVSRUWLYRGRDWOHWDSUR¿VVLRQDORGLVSRVWRQRVDUWVHGD previstas em lei por parte da entidade de prática desportiva
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto- cessionária, por 2 (dois) meses, implicará a rescisão do contrato de
/HL Q GH GH PDLR GH 5HGDomR GDGD SHOD /HL Q empréstimo e a incidência da cláusula compensatória desportiva
GH nele prevista, a ser paga ao atleta pela entidade de prática desportiva
$UW$HQWLGDGHGHSUiWLFDGHVSRUWLYDHPSUHJDGRUDTXHHV- cessionária. ,QFOXtGRSHOD/HLQGH
WLYHUFRPSDJDPHQWRGHVDOiULRGHDWOHWDSUR¿VVLRQDOHPDWUDVRQR 2FRUUHQGRDUHVFLVmRPHQFLRQDGDQRGHVWHDUWLJRR
WRGRRXHPSDUWHSRUSHUtRGRLJXDORXVXSHULRUDWUrVPHVHVWHUi atleta deverá retornar à entidade de prática desportiva cedente para
o contrato especial de trabalho desportivo daquele atleta rescindido, cumprir o antigo contrato especial de trabalho desportivo. (Incluído
¿FDQGRRDWOHWDOLYUHSDUDVHWUDQVIHULUSDUDTXDOTXHURXWUDHQWLGDGH SHOD/HLQGH
de prática desportiva de mesma modalidade, nacional ou interna- $UW1DFHVVmRRXWUDQVIHUrQFLDGHDWOHWDSUR¿VVLRQDOSDUD
cional, e exigir a cláusula compensatória desportiva e os haveres entidade de prática desportiva estrangeira observar-se-ão as instru-
GHYLGRV5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH ções expedidas pela entidade nacional de título.
São entendidos como salário, para efeitos do previsto $V FRQGLo}HV SDUD WUDQVIHUrQFLD GR DWOHWD SUR¿VVLRQDO
no caputRDERQRGHIpULDVRGpFLPRWHUFHLURVDOiULRDVJUDWL¿FD- para o exterior deverão integrar obrigatoriamente os contratos de
ções, os prêmios e demais verbas inclusas no contrato de trabalho. trabalho entre o atleta e a entidade de prática desportiva brasileira
§ 2º A mora contumaz será considerada também pelo não reco- que o contratou. (Renumerado do Parágrafo Único para pela
OKLPHQWRGR)*76HGDVFRQWULEXLo}HVSUHYLGHQFLiULDV /HLQGH
5HYRJDGRSHOD/HLQGH § 2º O valor da cláusula indenizatória desportiva internacional
,QFOXtGRHYHWDGRSHOD/HLQGH originalmente pactuada entre o atleta e a entidade de prática
$UWeOtFLWRDRDWOHWDSUR¿VVLRQDOUHFXVDUFRPSHWLUSRUHQ- desportiva cedente, independentemente do pagamento da cláusula
tidade de prática desportiva quando seus salários, no todo ou em indenizatória desportiva nacional, será devido a esta pela entidade
parte, estiverem atrasados em dois ou mais meses; de prática desportiva cessionária caso esta venha a concretizar
$UW5HYRJDGRSHOD/HLQGH WUDQVIHUrQFLDLQWHUQDFLRQDOGRPHVPRDWOHWDHPSUD]RLQIHULRUD
$UW6mRGHYHUHVGDHQWLGDGHGHSUiWLFDGHVSRUWLYDHPSUH- (três) meses, caracterizando o conluio com a entidade de prática
gadora, em especial: desportiva estrangeira. 5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH
I - registrar o contrato especial de trabalho desportivo do atleta
SUR¿VVLRQDOQDHQWLGDGHGHDGPLQLVWUDomRGDUHVSHFWLYDPRGDOLGDGH $UW$SDUWLFLSDomRGHDWOHWDVSUR¿VVLRQDLVHPVHOHo}HVVHUi
GHVSRUWLYD5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH estabelecida na forma como acordarem a entidade de administração
II - SURSRUFLRQDUDRVDWOHWDVSUR¿VVLRQDLVDVFRQGLo}HVQHFHV- convocante e a entidade de prática desportiva cedente.
sárias à participação nas competições desportivas, treinos e outras A entidade convocadora indenizará a cedente dos encar-
atividades preparatórias ou instrumentais; gos previstos no contrato de trabalho, pelo período em que durar a
,,,VXEPHWHURVDWOHWDVSUR¿VVLRQDLVDRVH[DPHVPpGLFRVHFOt- convocação do atleta, sem prejuízo de eventuais ajustes celebrados
nicos necessários à prática desportiva. entre este e a entidade convocadora.
§ 2º O período de convocação estender-se-á até a reintegração
$UW6mRGHYHUHVGRDWOHWDSUR¿VVLRQDOHPHVSHFLDO do atleta à entidade que o cedeu, apto a exercer sua atividade.
I - participar dos jogos, treinos, estágios e outras sessões prepa-
ratórias de competições com a aplicação e dedicação corresponden- $UW3HUWHQFHjVHQWLGDGHVGHSUiWLFDGHVSRUWLYDRGLUHLWRGH
tes às suas condições psicofísicas e técnicas; arena, consistente na prerrogativa exclusiva de negociar, autorizar
II - preservar as condições físicas que lhes permitam participar RXSURLELUDFDSWDomRD¿[DomRDHPLVVmRDWUDQVPLVVmRDUHWUDQV-
das competições desportivas, submetendo-se aos exames médicos e missão ou a reprodução de imagens, por qualquer meio ou processo,
tratamentos clínicos necessários à prática desportiva; de espetáculo desportivo de que participem. (Redação dada pela Lei
,,,H[HUFLWDUDDWLYLGDGHGHVSRUWLYDSUR¿VVLRQDOGHDFRUGRFRP QGH
as regras da respectiva modalidade desportiva e as normas que re- 6DOYR FRQYHQomR FROHWLYD GH WUDEDOKR HP FRQWUiULR
gem a disciplina e a ética desportivas. (cinco por cento) da receita proveniente da exploração de direitos
desportivos audiovisuais serão repassados aos sindicatos de atletas
$UW5HYRJDGRSHOD/HLQGH SUR¿VVLRQDLV H HVWHV GLVWULEXLUmR HP SDUWHV LJXDLV DRV DWOHWDV
SUR¿VVLRQDLVSDUWLFLSDQWHVGRHVSHWiFXORFRPRSDUFHODGHQDWXUH]D
$UW5HYRJDGRSHOD/HLQGH civil. 5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH
2GLVSRVWRQHVWHDUWLJRQmRVHDSOLFDjH[LELomRGHÀDJUDQWHV
$UW4XDOTXHUFHVVmRRXWUDQVIHUrQFLDGHDWOHWDSUR¿VVLRQDO GH HVSHWiFXOR RX HYHQWR GHVSRUWLYR SDUD ¿QV H[FOXVLYDPHQWH
RXQmRSUR¿VVLRQDOGHSHQGHGHVXDIRUPDOHH[SUHVVDDQXrQFLD jornalísticos, desportivos ou educativos, respeitadas as seguintes
condições: 5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH
$UW2DWOHWDFHGLGRWHPSRUDULDPHQWHDRXWUDHQWLGDGHGH ,DFDSWDomRGDVLPDJHQVSDUDDH[LELomRGHÀDJUDQWHGHHV-
prática desportiva que tiver os salários em atraso, no todo ou em petáculo ou evento desportivo dar-se-á em locais reservados, nos
SDUWHSRUPDLVGHGRLVPHVHVQRWL¿FDUiDHQWLGDGHGHSUiWLFD estádios e ginásios, para não detentores de direitos ou, caso não
Didatismo e Conhecimento 21
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
disponíveis, mediante o fornecimento das imagens pelo detentor de $UW$$VOLJDVGHVSRUWLYDVDVHQWLGDGHVGHDGPLQLVWUDomR
GLUHLWRVORFDLVSDUDDUHVSHFWLYDPtGLD,QFOXtGRSHOD/HLQ de desporto e as de prática desportiva envolvidas em qualquer com-
GH SHWLomRGHDWOHWDVSUR¿VVLRQDLVLQGHSHQGHQWHPHQWHGDIRUPDMXUtGL-
,,DGXUDomRGHWRGDVDVLPDJHQVGRÀDJUDQWHGRHVSHWiFXORRX FDDGRWDGD¿FDPREULJDGDVD
HYHQWRGHVSRUWLYRH[LELGDVQmRSRGHUiH[FHGHUWUrVSRUFHQWR ,HODERUDUVXDVGHPRQVWUDo}HV¿QDQFHLUDVVHSDUDGDPHQWHSRU
do total do tempo de espetáculo ou evento; (Incluído pela Lei nº atividade econômica, de modo distinto das atividades recreativas e
GH sociais, nos termos da lei e de acordo com os padrões e critérios es-
III - é proibida a associação das imagens exibidas com base nes- tabelecidos pelo Conselho Federal de Contabilidade, e, após terem
te artigo a qualquer forma de patrocínio, propaganda ou promoção sido submetidas a auditoria independente, providenciar sua publi-
FRPHUFLDO,QFOXtGRSHOD/HLQGH FDomRDWpR~OWLPRGLD~WLOGRPrVGHDEULOGRDQRVXEVHTXHQWHSRU
O espectador pagante, por qualquer meio, de espetáculo SHUtRGRQmRLQIHULRUDWUrVPHVHVHPVtWLRHOHWU{QLFRSUySULRHGD
ou evento desportivo equipara-se, para todos os efeitos legais, ao respectiva entidade de administração ou liga desportiva; (Redação
FRQVXPLGRUQRVWHUPRVGRDUWGD/HLQGHGHVHWHPEUR GDGDSHOD/HLQGH
GH II - apresentar suas contas juntamente com os relatórios da audi-
toria de que trata o inciso I ao Conselho Nacional do Esporte - CNE,
$UWeYHGDGDDSDUWLFLSDomRHPFRPSHWLo}HVGHVSRUWLYDV VHPSUHTXHIRUHPEHQH¿FLiULDVGHUHFXUVRVS~EOLFRVQDIRUPDGR
SUR¿VVLRQDLVGHDWOHWDVQmRSUR¿VVLRQDLVFRPLGDGHVXSHULRUDYLQWH regulamento.
anos. Sem prejuízo da aplicação das penalidades previstas na le-
gislação tributária, trabalhista, previdenciária, cambial, e das conse-
$UWeYHGDGDDSUiWLFDGRSUR¿VVLRQDOLVPRHPTXDOTXHU qüentes responsabilidades civil e penal, a infringência a este artigo
modalidade, quando se tratar de: implicará:
I - desporto educacional, seja nos estabelecimentos escolares de I - para as entidades de administração do desporto e ligas des-
HJUDXVRXVXSHULRUHV portivas, a inelegibilidade, por dez anos, de seus dirigentes para o
II - desporto militar; desempenho de cargos ou funções eletivas ou de livre nomeação,
HPTXDLVTXHUGDVHQWLGDGHVRXyUJmRVUHIHULGRVQRSDUiJUDIR~QLFR
III - menores até a idade de dezesseis anos completos.
GRDUWGHVWD/HL
II - para as entidades de prática desportiva, a inelegibilidade,
$UW$VHQWLGDGHVGHSUiWLFDGHVSRUWLYDVmRREULJDGDVDFRQ-
por cinco anos, de seus dirigentes para cargos ou funções eletivas
tratar seguro de vida e de acidentes pessoais, vinculado à atividade
ou de livre nomeação em qualquer entidade ou empresa direta ou
GHVSRUWLYDSDUDRVDWOHWDVSUR¿VVLRQDLVFRPRREMHWLYRGHFREULURV
LQGLUHWDPHQWHYLQFXODGDjVFRPSHWLo}HVSUR¿VVLRQDLVGDUHVSHFWLYD
ULVFRVDTXHHOHVHVWmRVXMHLWRV5HGDomRGDGDSHOD/HLQ
modalidade desportiva.
GH
§ 2º $V HQWLGDGHV TXH YLRODUHP R GLVSRVWR QHVWH DUWLJR ¿FDP
$LPSRUWkQFLDVHJXUDGDGHYHJDUDQWLUDRDWOHWDSUR¿VVLRQDO ainda sujeitas:
RXDREHQH¿FLiULRSRUHOHLQGLFDGRQRFRQWUDWRGHVHJXURRGLUHLWRD I - ao afastamento de seus dirigentes; e
indenização mínima correspondente ao valor anual da remuneração II - à nulidade de todos os atos praticados por seus dirigentes
pactuada. ,QFOXtGRSHOD/HLQGH em nome da entidade, após a prática da infração, respeitado o direito
§ 2º A entidade de prática desportiva é responsável pelas GHWHUFHLURVGHERDIp5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH
despesas médico-hospitalares e de medicamentos necessários Os dirigentes de que trata o § 2º serão sempre:
DR UHVWDEHOHFLPHQWR GR DWOHWD HQTXDQWR D VHJXUDGRUD QmR ¿]HU R I - o presidente da entidade, ou aquele que lhe faça as vezes; e
SDJDPHQWRGDLQGHQL]DomRDTXHVHUHIHUHR deste artigo. (In- II - o dirigente que praticou a infração ainda que por omissão.
FOXtGRSHOD/HLQGH ,QFOXtGRHYHWDGRSHOD/HLQGH
$UW$RHVWUDQJHLURDWOHWDSUR¿VVLRQDOGHPRGDOLGDGHGHV- CAPÍTULO VI
SRUWLYDUHIHULGRQRLQFLVR9GRDUWGD/HLQGHGH DA ORDEM DESPORTIVA
DJRVWRGHSRGHUiVHUFRQFHGLGRYLVWRREVHUYDGDVDVH[LJrQ-
FLDVGDOHJLVODomRHVSHFt¿FDSRUSUD]RQmRH[FHGHQWHDFLQFR $UW1RkPELWRGHVXDVDWULEXLo}HVRV&RPLWrV2OtPSLFRH
DQRVHFRUUHVSRQGHQWHjGXUDomR¿[DGDQRUHVSHFWLYRFRQWUDWRHVSH- Paraolímpico Brasileiros e as entidades nacionais de administração
FLDOGHWUDEDOKRGHVSRUWLYRSHUPLWLGDXPD~QLFDUHQRYDomR5HGD- do desporto têm competência para decidir, de ofício ou quando lhes
omRGDGDSHOD/HLQGH IRUHPVXEPHWLGDVSHORVVHXV¿OLDGRVDVTXHVW}HVUHODWLYDVDRFXP-
e YHGDGD D SDUWLFLSDomR GH DWOHWD GH QDFLRQDOLGDGH primento das normas e regras de prática desportiva.
estrangeira como integrante de equipe de competição de entidade de
SUiWLFDGHVSRUWLYDQDFLRQDOQRVFDPSHRQDWRVR¿FLDLVTXDQGRRYLVWR $UW&RPRREMHWLYRGHPDQWHUDRUGHPGHVSRUWLYDRUHV-
de trabalho temporário recair na hipótese do LQFLVR,,,GRDUWGD peito aos atos emanados de seus poderes internos, poderão ser apli-
/HLQGHGHDJRVWRGH5HGDomRGDGDSHOD/HLQ cadas, pelas entidades de administração do desporto e de prática
GH desportiva, as seguintes sanções:
§ 2º A entidade de administração do desporto será obrigada a I - advertência;
exigir da entidade de prática desportiva o comprovante do visto de II - censura escrita;
trabalho do atleta de nacionalidade estrangeira fornecido pelo Mi- III - multa;
nistério do Trabalho e Emprego, sob pena de cancelamento da ins- IV - suspensão;
FULomRGHVSRUWLYD5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH 9GHV¿OLDomRRXGHVYLQFXODomR
Didatismo e Conhecimento 22
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
A aplicação das sanções previstas neste artigo não prescin- $UW1R6XSHULRU7ULEXQDOGH-XVWLoD'HVSRUWLYDSDUDMXO-
de do processo administrativo no qual sejam assegurados o contra- gamento envolvendo competições interestaduais ou nacionais, e
ditório e a ampla defesa. nos Tribunais de Justiça Desportiva, funcionarão tantas Comissões
§ 2º As penalidades de que tratam os incisos IV e V deste arti- 'LVFLSOLQDUHVTXDQWDVVH¿]HUHPQHFHVViULDVFRPSRVWDVFDGDTXDO
JRVRPHQWHSRGHUmRVHUDSOLFDGDVDSyVGHFLVmRGH¿QLWLYDGD-XVWLoD GHFLQFRPHPEURVTXHQmRSHUWHQoDPDRVUHIHULGRVyUJmRVMXGL-
Desportiva. cantes, mas sejam por estes escolhidos. (Redação dada pela Lei nº
GH
CAPÍTULO VII (VETADO)
DA JUSTIÇA DESPORTIVA § 2º A Comissão Disciplinar aplicará sanções em procedimento
sumário, assegurados a ampla defesa e o contraditório.
$UW$-XVWLoD'HVSRUWLYDDTXHVHUHIHUHPRVe 2o do Das decisões da Comissão Disciplinar caberá recurso ao
DUWGD&RQVWLWXLomR)HGHUDOHRDUWGD/HLQo GHGH Tribunal de Justiça Desportiva e deste ao Superior Tribunal de Jus-
DEULOGHUHJXODVHSHODVGLVSRVLo}HVGHVWH&DStWXOR tiça Desportiva, nas hipóteses previstas nos respectivos Códigos de
Justiça Desportiva.
$UW$RUJDQL]DomRRIXQFLRQDPHQWRHDVDWULEXLo}HVGD O recurso ao qual se refere o parágrafo anterior será recebi-
Justiça Desportiva, limitadas ao processo e julgamento das infra- do e processado com efeito suspensivo quando a penalidade exceder
o}HVGLVFLSOLQDUHVHjVFRPSHWLo}HVGHVSRUWLYDVVHUmRGH¿QLGRVQRV de duas partidas consecutivas ou quinze dias.
Códigos de Justiça Desportiva, facultando-se às ligas constituir seus
próprios órgãos judicantes desportivos, com atuação restrita às suas $UW 2 PHPEUR GR7ULEXQDO GH -XVWLoD 'HVSRUWLYD H[HUFH
FRPSHWLo}HV5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH IXQomRFRQVLGHUDGDGHUHOHYDQWHLQWHUHVVHS~EOLFRHVHQGRVHUYLGRU
As transgressões relativas à disciplina e às competições S~EOLFRWHUiDERQDGDVVXDVIDOWDVFRPSXWDQGRVHFRPRGHHIHWLYR
desportivas sujeitam o infrator a: exercício a participação nas respectivas sessões.
I - advertência;
II - eliminação; $UW 2 6XSHULRU 7ULEXQDO GH -XVWLoD 'HVSRUWLYD H RV 7UL-
III - exclusão de campeonato ou torneio;
bunais de Justiça Desportiva serão compostos por nove membros,
IV - indenização;
sendo:
V - interdição de praça de desportos;
I - dois indicados pela entidade de administração do desporto;
VI - multa;
II - dois indicados pelas entidades de prática desportiva que par-
VII - perda do mando do campo;
WLFLSHPGHFRPSHWLo}HVR¿FLDLVGDGLYLVmRSULQFLSDO
VIII - perda de pontos;
III - dois advogados com notório saber jurídico desportivo, in-
IX - perda de renda;
dicados pela Ordem dos Advogados do Brasil;
X - suspensão por partida;
XI - suspensão por prazo. ,9XPUHSUHVHQWDQWHGRViUELWURVLQGLFDGRSHODUHVSHFWLYD
§ 2º As penas disciplinares não serão aplicadas aos menores de HQWLGDGHGHFODVVH5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH
quatorze anos. V - 2 (dois) representantes dos atletas, indicados pelas respecti-
As penas pecuniárias não serão aplicadas a atletas não- YDVHQWLGDGHVVLQGLFDLV5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH
SUR¿VVLRQDLV (Revogado).
Compete às entidades de administração do desporto pro- § 2º O mandato dos membros dos Tribunais de Justiça Des-
mover o custeio do funcionamento dos órgãos da Justiça Desportiva portiva terá duração máxima de quatro anos, permitida apenas uma
que funcionem junto a si. recondução.
e YHGDGR DRV GLULJHQWHV GHVSRUWLYRV GDV HQWLGDGHV GH
$UW2GLVSRVWRQHVWD/HLVREUH-XVWLoD'HVSRUWLYDQmRVH administração e das entidades de prática o exercício de cargo ou
aplica aos Comitês Olímpico e Paraolímpico Brasileiros. função na Justiça Desportiva, exceção feita aos membros dos
conselhos deliberativos das entidades de prática desportiva.
$UW2VyUJmRVLQWHJUDQWHVGD-XVWLoD'HVSRUWLYDVmRDXW{QR- Os membros dos Tribunais de Justiça Desportiva poderão
mos e independentes das entidades de administração do desporto de ser bacharéis em Direito ou pessoas de notório saber jurídico, e de
cada sistema, compondo-se do Superior Tribunal de Justiça Despor- conduta ilibada.
tiva, funcionando junto às entidades nacionais de administração do 9(7$'2,QFOXtGRSHOD/HLQGH
desporto; dos Tribunais de Justiça Desportiva, funcionando junto às
entidades regionais da administração do desporto, e das Comissões CAPÍTULO VIII
Disciplinares, com competência para processar e julgar as questões DOS RECURSOS PARA O DESPORTO
previstas nos Códigos de Justiça Desportiva, sempre assegurados a
ampla defesa e o contraditório. $UW2VUHFXUVRVQHFHVViULRVDRIRPHQWRGDVSUiWLFDVGHV-
6HPSUHMXt]RGRGLVSRVWRQHVWHDUWLJRDVGHFLV}HV¿QDLV SRUWLYDVIRUPDLVHQmRIRUPDLVDTXHVHUHIHUHRDUWGD&RQVWL-
dos Tribunais de Justiça Desportiva são impugnáveis nos termos tuição Federal serão assegurados em programas de trabalho especí-
gerais do direito, respeitados os pressupostos processuais estabele- ¿FRVFRQVWDQWHVGRVRUoDPHQWRVGD8QLmRGRV(VWDGRVGR'LVWULWR
cidos nos HGRDUWGD&RQVWLWXLomR)HGHUDO. Federal e dos Municípios, além dos provenientes de:
§ 2º O recurso ao Poder Judiciário não prejudicará os efeitos I - fundos desportivos;
desportivos validamente produzidos em conseqüência da decisão II - receitas oriundas de concursos de prognósticos;
proferida pelos Tribunais de Justiça Desportiva. III - doações, patrocínios e legados;
Didatismo e Conhecimento 23
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
IV - prêmios de concursos de prognósticos da Loteria Esportiva ,RVSURJUDPDVHSURMHWRVGHVHQYROYLGRVSRUHQWLGDGHEHQH¿-
Federal não reclamados nos prazos regulamentares; FLDGD,QFOXtGRSHOD/HLQGH
9LQFHQWLYRV¿VFDLVSUHYLVWRVHPOHL ,,RVYDORUHVJDVWRV,QFOXtGRSHOD/HLQGH
VI – dois por cento da arrecadação bruta dos concursos de prog- ,,,RVFULWpULRVGHHVFROKDGHFDGDEHQH¿FLiULRHVXDUHVSHFWLYD
nósticos e loterias federais e similares cuja realização estiver sujeita SUHVWDomRGHFRQWDV,QFOXtGRSHOD/HLQGH
a autorização federal, deduzindo-se este valor do montante destina- 2VUHFXUVRVFLWDGRVQRVHUmRJHULGRVGLUHWDPHQWHSHOR
GRDRVSUrPLRV9LGH'HFUHWRQGH Comitê Olímpico Brasileiro - COB e pelo Comitê Paraolímpico
9,,RXWUDVIRQWHV5HQXPHUDGRSHOD/DLQGH Brasileiro - CPB, ou de forma descentralizada em conjunto com as
9,,,XPVH[WRGRVUHFXUVRVGHVWLQDGRVDR0LQLVWpULRGRV entidades nacionais de administração ou de prática do desporto. (In-
(VSRUWHVDTXHVHUHIHUHRLQFLVR,,GRDUWGHVWD/HLFDOFXODGR FOXtGRSHOD/HLQGH
após deduzida a fração prevista no § 2º do referido artigo. (Incluído 2VUHFXUVRV¿QDQFHLURVGHTXHWUDWDRLQFLVR9,,,VHUmR
SHOD/HLQGH repassados à Confederação Brasileira de Clubes - CBC e destinados
'RWRWDOGHUHFXUVRV¿QDQFHLURVUHVXOWDQWHVGRSHUFHQWXDOGH ~QLFD H H[FOXVLYDPHQWH SDUD D IRUPDomR GH DWOHWDV ROtPSLFRV H
TXHWUDWDRLQFLVR9,GRFDSXWRLWHQWDHFLQFRSRUFHQWRVHUmR paraolímpicos, devendo ser observado o conjunto de normas
GHVWLQDGRV DR &RPLWr 2OtPSLFR %UDVLOHLUR &2% H TXLQ]H aplicáveis à celebração de convênios pela União. (Incluído pela Lei
por cento) ao Comitê Paraolímpico Brasileiro - CPB, devendo ser QGH
observado, em ambos os casos, o conjunto de normas aplicáveis $UW$eFRQGLomRSDUDRUHFHELPHQWRGRVUHFXUVRVS~EOL-
à celebração de convênios pela União. (Redação dada pela Lei nº cos federais que as entidades nominadas nos incisos I, II e III do pa-
GH UiJUDIR~QLFRGRDUWGHVWD/HLFHOHEUHPFRQWUDWRGHGHVHPSHQKR
§ 2º Dos totais dos recursos correspondentes ao Comitê com o Ministério do Esporte, na forma do regulamento. (Incluído
Olímpico Brasileiro - COB, ao Comitê Paraolímpico Brasileiro - SHOD/HLQGH
CPB e à Confederação Brasileira de Clubes - CBC: (Redação dada (QWHQGHVH SRU FRQWUDWR GH GHVHPSHQKR R LQVWUXPHQWR
SHOD/HLQGH ¿UPDGRHQWUHR0LQLVWpULRGR(VSRUWHHDVHQWLGDGHVGHTXHWUDWDR
,GH]SRUFHQWRVHUmRGHVWLQDGRVDRGHVSRUWRHVFRODU FDSXWFRPYLVWDVQRIRPHQWRS~EOLFRHQDH[HFXomRGHDWLYLGDGHV
relacionadas ao Plano Nacional do Desporto, mediante cumprimento
HPSURJUDPDomRGH¿QLGDFRQMXQWDPHQWHFRPD&RQIHGHUDomR%UD-
de metas de desempenho. ,QFOXtGRSHOD/HLQGH
sileira do Desporto Escolar - CBDE;
§ 2º São cláusulas essenciais do contrato de desempenho: (In-
,,FLQFRSRUFHQWRVHUmRGHVWLQDGRVDRGHVSRUWRXQLYHUVL-
FOXtGRSHOD/HLQGH
WiULRHPSURJUDPDomRGH¿QLGDFRQMXQWDPHQWHFRPD&RQIHGHUDomR
,DGRREMHWRTXHFRQWHUiDHVSHFL¿FDomRGRSURJUDPDGHWUD-
Brasileira do Desporto Universitário - CBDU.
EDOKRSURSRVWRSHODHQWLGDGH,QFOXtGRSHOD/HLQGH
2V UHFXUVRV D TXH VH UHIHUH R LQFLVR 9, VHUmR H[FOXVLYD
II - a de estipulação das metas e dos resultados a serem atingi-
e integralmente aplicados em programas e projetos de fomento,
dos e dos respectivos prazos de execução ou cronograma; (Incluído
desenvolvimento e manutenção do desporto, de formação de
SHOD/HLQGH
recursos humanos, de preparação técnica, manutenção e locomoção III - a de previsão expressa dos critérios objetivos de avaliação
de atletas, bem como sua participação em eventos desportivos. (Re- de desempenho a serem utilizados, mediante indicadores de resulta-
GDomRGDGDSHOD/HLQGH GR,QFOXtGRSHOD/HLQGH
,5HYRJDGRSHOD/HLQGH IV - a que estabelece as obrigações da entidade, entre as quais
,,5HYRJDGRSHOD/HLQGH a de apresentar ao Ministério do Esporte, ao término de cada exercí-
2VUHFXUVRVGHTXHWUDWDRVHUmRGLVSRQLEL]DGRVDRV cio, relatório sobre a execução do seu objeto, contendo comparativo
EHQH¿FLiULRV QR SUD]R GH GH] GLDV ~WHLV D FRQWDU GD GDWD GH HVSHFt¿FRGDVPHWDVSURSRVWDVFRPRVUHVXOWDGRVDOFDQoDGRVDFRP-
ocorrência de cada sorteio, conforme disposto em regulamento. (Re- panhado de prestação de contas dos gastos e receitas efetivamente
GDomRGDGDSHOD/HLQGH UHDOL]DGRV,QFOXtGRSHOD/HLQGH
'RV SURJUDPDV H SURMHWRV UHIHULGRV QR VHUi GDGD V - a que estabelece a obrigatoriedade de apresentação de regu-
ciência ao Ministério da Educação e ao Ministério do Esporte. (Re- lamento próprio contendo os procedimentos que adotará para a con-
GDomRGDGDSHOD/HLQGH tratação de obras e serviços, bem como para compras com emprego
&DEHDR7ULEXQDOGH&RQWDVGD8QLmR¿VFDOL]DUDDSOLFDomR GHUHFXUVRVSURYHQLHQWHVGRSRGHUS~EOLFRREVHUYDGRVRVSULQFtSLRV
dos recursos repassados ao Comitê Olímpico Brasileiro - COB, ao HVWDEHOHFLGRVQRLQFLVR,GRDUW%GHVWD/HL,QFOXtGRSHOD/HL
Comitê Paraolímpico Brasileiro - CPB e à Confederação Brasileira QGH
de Clubes - CBC em decorrência desta Lei. (Redação dada pela Lei 9,DGHSXEOLFDomRQR'LiULR2¿FLDOGD8QLmRGHVHXH[WUDWRH
QGH GHGHPRQVWUDWLYRGDVXDH[HFXomRItVLFDH¿QDQFHLUDFRQIRUPHPR-
20LQLVWpULRGR(VSRUWHGHYHUiDFRPSDQKDURVSURJUDPDV GHORVLPSOL¿FDGRHVWDEHOHFLGRQRUHJXODPHQWRGHVWD/HLFRQWHQGR
H SURMHWRV UHIHULGRV QR GHVWH DUWLJR H DSUHVHQWDU DQXDOPHQWH os dados principais da documentação obrigatória referida no inciso
relatório da aplicação dos recursos, que deverá ser aprovado pelo V, sob pena de não liberação dos recursos nele previstos. (Incluído
&RQVHOKR1DFLRQDOGR(VSRUWHVRESHQDGHDHQWLGDGHEHQH¿FLDGD SHOD/HLQGH
não receber os recursos no ano subsequente. (Incluído pela Lei nº $ FHOHEUDomR GR FRQWUDWR GH GHVHPSHQKR FRQGLFLRQDVH
GH à aprovação do Ministério do Esporte quanto ao alinhamento e à
2UHODWyULRDTXHVHUHIHUHRGHVWHDUWLJRVHUiSXEOLFDGR compatibilidade entre o programa de trabalho apresentado pela
no sítio do Ministério do Esporte na internet, do qual constarão: (In- entidade e o Plano Nacional do Desporto. (Incluído pela Lei nº
FOXtGRSHOD/HLQGH GH
Didatismo e Conhecimento 24
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
2 FRQWUDWR GH GHVHPSHQKR VHUi DFRPSDQKDGR GH SODQR $UW&$VHQWLGDGHVLQWHUHVVDGDVHP¿UPDURFRQWUDWRGH
estratégico de aplicação de recursos, considerando o ciclo olímpico desempenho deverão formular requerimento escrito ao Ministério
RXSDUDROtPSLFRGHTXDWURDQRVHPTXHGHYHUmRconstar a estra- do Esporte, instruído com cópias autenticadas dos seguintes docu-
tégia de base, as diretrizes, os objetivos, os indicadores e as metas a PHQWRV,QFOXtGRSHOD/HLQGH
VHUHPDWLQJLGDV,QFOXtGRSHOD/HLQGH ,HVWDWXWRUHJLVWUDGRHPFDUWyULR,QFOXtGRSHOD/HLQ
3DUD HIHLWR GHVWD /HL FLFOR ROtPSLFR H SDUDROtPSLFR p R GH
SHUtRGR GH TXDWUR DQRV FRPSUHHQGLGR HQWUH D UHDOL]DomR GH II - ata de eleição de sua atual diretoria; (Incluído pela Lei nº
(dois) Jogos Olímpicos ou 2 (dois) Jogos Paraolímpicos, de verão GH
ou de inverno, ou o que restar até a realização dos próximos Jogos III - balanço patrimonial e demonstração do resultado do exer-
Olímpicos ou Jogos Paraolímpicos. ,QFOXtGRSHOD/HLQGH FtFLR,QFOXtGRSHOD/HLQGH
,9LQVFULomRQR&DGDVWUR*HUDOGH&RQWULEXLQWHVH,QFOXtGR
$YHUL¿FDomRGRFXPSULPHQWRGRVWHUPRVGRFRQWUDWRGH SHOD/HLQGH
desempenho será de responsabilidade do Ministério do Esporte. (In- 9 FRPSURYDomR GD UHJXODULGDGH MXUtGLFD H ¿VFDO ,QFOXtGR
FOXtGRSHOD/HLQGH SHOD/HLQGH
20LQLVWpULRGR(VSRUWHSRGHUiGHVLJQDUFRPLVVmRWpFQLFD $UW&RQVWLWXLUmRUHFXUVRVSDUDDDVVLVWrQFLDVRFLDOHHGX-
de acompanhamento e avaliação do cumprimento dos termos do FDFLRQDODRVDWOHWDVSUR¿VVLRQDLVDRVH[DWOHWDVHDRVDWOHWDVHPIRU-
contrato de desempenho, que emitirá parecer sobre os resultados PDomRRVUHFROKLGRV5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH
DOFDQoDGRVHPVXEVtGLRDRVSURFHVVRVGH¿VFDOL]DomRHSUHVWDomRGH I - diretamente para a federação das associações de atletas pro-
contas dos resultados do contrato sob sua responsabilidade perante ¿VVLRQDLV)$$3HTXLYDOHQWHVD5HGDomRGDGDSHOD/HLQ
os órgãos de controle interno e externo do Poder Executivo. (Incluí- GH
GRSHOD/HLQGH DFLQFRGpFLPRVSRUFHQWRGRYDORUFRUUHVSRQGHQWHj
2GHVFXPSULPHQWRLQMXVWL¿FDGRGDVFOiXVXODVGRFRQWUDWR parcela ou parcelas que compõem o salário mensal, nos termos do
de desempenho é condição para a sua rescisão por parte do Ministério FRQWUDWRGRDWOHWDSUR¿VVLRQDOSHUWHQFHQWHDR6LVWHPD%UDVLOHLURGR
do Esporte, sem prejuízo das medidas administrativas cabíveis. (In- Desporto, a serem pagos mensalmente pela entidade de prática des-
FOXtGRSHOD/HLQGH
SRUWLYDFRQWUDWDQWHH,QFOXtGRSHOD/HLQGH
&ySLDVDXWrQWLFDVLQWHJUDLVGRVFRQWUDWRVGHGHVHPSHQKR
ERLWRGpFLPRVSRUFHQWRGRYDORUFRUUHVSRQGHQWHjV
celebrados entre o Ministério do Esporte e as entidades nominadas
transferências nacionais e internacionais, a serem pagos pela enti-
QRVLQFLVRV,,,H,,,GRSDUiJUDIR~QLFRGRDUWGHVWD/HLVHUmR
GDGHGHSUiWLFDGHVSRUWLYDFHGHQWHH,QFOXtGRSHOD/HLQ
GLVSRQLELOL]DGDVQDSiJLQDHOHWU{QLFDR¿FLDOGDTXHOH0LQLVWpULR(In-
GH
FOXtGRSHOD/HLQGH
,,GLUHWDPHQWHSDUDD)HGHUDomR1DFLRQDOGRV$WOHWDV3UR¿V-
$UW%6HPSUHMXt]RGHRXWUDVQRUPDVDSOLFiYHLVDUHSDV-
VLRQDLVGH)XWHERO)(1$3$)HTXLYDOHQWHVDGRLVGpFLPRV
se de recursos para a assinatura do contrato de desempenho será
H[LJLGRGDVHQWLGDGHVEHQH¿FLDGDVTXHVHMDPUHJLGDVSRUHVWDWXWRV por cento) do valor correspondente às transferências nacionais e in-
cujas normas disponham expressamente sobre: (Incluído pela Lei nº ternacionais de atletas da modalidade de futebol, a serem pagos no
GH ato do recebimento pela entidade de prática desportiva cedente; (Re-
, REVHUYkQFLD GRV SULQFtSLRV GD OHJDOLGDGH LPSHVVRDOLGDGH GDomRGDGDSHOD/HLQGH
PRUDOLGDGHSXEOLFLGDGHHFRQRPLFLGDGHHGDH¿FLrQFLD,QFOXtGR ,,,5HYRJDGRSHOD/HLQGH
SHOD/HLQGH ,95HYRJDGRSHOD/HLQGH
II - adoção de práticas de gestão administrativa, necessárias e $ HQWLGDGH UHVSRQViYHO SHOR UHJLVWUR GH WUDQVIHUrQFLDV
VX¿FLHQWHVDFRLELUDREWHQomRGHIRUPDLQGLYLGXDORXFROHWLYDGH GH DWOHWD SUR¿VVLRQDO GH HQWLGDGH GH SUiWLFD GHVSRUWLYD SDUD RXWUD
benefícios ou vantagens pessoais, em decorrência da participação deverá exigir, sob pena de sua não efetivação, além dos documentos
QRUHVSHFWLYRSURFHVVRGHFLVyULR,QFOXtGRSHOD/HLQGH QHFHVViULRV R FRPSURYDQWH GR UHFROKLPHQWR GRV YDORUHV ¿[DGRV
neste artigo. ,QFOXtGRSHOD/HLQGH
,,,FRQVWLWXLomRGHFRQVHOKR¿VFDORXyUJmRHTXLYDOHQWHGRWD- § 2º Os recursos de que trata este artigo serão integralmente
do de competência para opinar sobre os relatórios de desempenho aplicados em conformidade com programa de assistência social e
¿QDQFHLURHFRQWiELOHVREUHDVRSHUDo}HVSDWULPRQLDLVUHDOL]DGDV educacional, previamente aprovado pelas entidades de que tratam
emitindo pareceres para os organismos superiores da entidade; (In- os incisos I e II deste artigo, nos termos dos seus estatutos. (Incluído
FOXtGRSHOD/HLQGH SHOD/HLQGH
IV - prestação de contas a serem observadas pela entidade, que
GHWHUPLQDUmRQRPtQLPR,QFOXtGRSHOD/HLQGH $UW9(7$'2
D D REVHUYkQFLD GRV SULQFtSLRV IXQGDPHQWDLV GH FRQWDELOLGD-
de e das normas brasileiras de contabilidade; (Incluído pela Lei nº CAPÍTULO IX
GH DO BINGO
ETXHVHGrSXEOLFLGDGHSRUTXDOTXHUPHLRH¿FD]QRHQFHUUD-
PHQWRGRH[HUFtFLR¿VFDODRUHODWyULRGHDWLYLGDGHVHGDVGHPRQV- $UW5HYRJDGR
WUDo}HV¿QDQFHLUDVGDHQWLGDGHLQFOXLQGRVHDVFHUWLG}HVQHJDWLYDV $UW5HYRJDGR
de débitos com o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS e com $UW5HYRJDGR
R)XQGRGH*DUDQWLDGR7HPSRGH6HUYLoR)*76FRORFDQGRRVj $UW5HYRJDGR
disposição para exame de qualquer cidadão. (Incluído pela Lei nº $UW5HYRJDGR
GH $UW5HYRJDGR
Didatismo e Conhecimento 25
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
$UW5HYRJDGR 3DUiJUDIR~QLFR$VHPSUHVDVGHWHOHYLVmRGHFRPXPDFRUGR
$UW5HYRJDGR ou por rodízio, ou por arbitramento, resolverão como cumprir o dis-
$UW5HYRJDGR posto neste artigo, caso nenhuma delas se interesse pela transmis-
$UW5HYRJDGR são. O órgão competente fará o arbitramento.
$UW5HYRJDGR
$UW5HYRJDGR $UW2VVLVWHPDVGHHQVLQRGD8QLmRGRV(VWDGRVGR'LV-
$UW5HYRJDGR trito Federal e dos Municípios, bem como as instituições de ensino
$UW5HYRJDGR VXSHULRUGH¿QLUmRQRUPDVHVSHFt¿FDVSDUDYHUL¿FDomRGRUHQGLPHQ-
$UW5HYRJDGR to e o controle de freqüência dos estudantes que integrarem repre-
$UW5HYRJDGR sentação desportiva nacional, de forma a harmonizar a atividade
$UW5HYRJDGR desportiva com os interesses relacionados ao aproveitamento e à
$UW5HYRJDGR promoção escolar.
$UW5HYRJDGR
$UW5HYRJDGR $UWeLQVWLWXtGRR'LDGR'HVSRUWRDVHUFRPHPRUDGRQR
$UW5HYRJDGR GLDGHMXQKR'LD0XQGLDOGR'HVSRUWR2OtPSLFR
$UW5HYRJDGR
$UW5HYRJDGR $UW $ GHQRPLQDomR H RV VtPERORV GH HQWLGDGH GH DGPL-
nistração do desporto ou prática desportiva, bem como o nome ou
CAPÍTULO X DSHOLGRGHVSRUWLYRGRDWOHWDSUR¿VVLRQDOVmRGHSURSULHGDGHH[FOX-
DISPOSIÇÕES GERAIS siva dos mesmos, contando com a proteção legal, válida para todo
o território nacional, por tempo indeterminado, sem necessidade de
$UW2VGLULJHQWHVXQLGDGHVRXyUJmRVGHHQWLGDGHVGHDG- registro ou averbação no órgão competente.
ministração do desporto, inscritas ou não no registro de comércio, 3DUiJUDIR~QLFR$JDUDQWLDOHJDORXWRUJDGDjVHQWLGDGHVHDRV
QmRH[HUFHPIXQomRGHOHJDGDSHOR3RGHU3~EOLFRQHPVmRFRQVLGH- atletas referidos neste artigo permite-lhes o uso comercial de sua
UDGDVDXWRULGDGHVS~EOLFDVSDUDRVHIHLWRVGHVWD/HL denominação, símbolos, nomes e apelidos.
$UW$$VHQWLGDGHVGHSUiWLFDGHVSRUWLYDGHSDUWLFLSDomR $UW$2GLUHLWRDRXVRGDLPDJHPGRDWOHWDSRGHVHUSRU
RX GH UHQGLPHQWR SUR¿VVLRQDO RX QmR SUR¿VVLRQDO SURPRYHUmR ele cedido ou explorado, mediante ajuste contratual de natureza ci-
REULJDWRULDPHQWHH[DPHVSHULyGLFRVSDUDDYDOLDUDVD~GHGRVDWOH- YLO H FRP ¿[DomR GH GLUHLWRV GHYHUHV H FRQGLo}HV LQFRQIXQGtYHLV
WDVQRVWHUPRVGDUHJXODPHQWDomR,QFOXtGRSHOD/HLQGH com o contrato especial de trabalho desportivo. (Incluído pela Lei
QGH
$UW$VHQWLGDGHVGHVSRUWLYDVLQWHUQDFLRQDLVFRPVHGHSHU- $UW2ViUELWURVHDX[LOLDUHVGHDUELWUDJHPSRGHUmRFRQVWL-
PDQHQWH RX WHPSRUiULD QR 3DtV UHFHEHUmR GRV SRGHUHV S~EOLFRV R tuir entidades nacionais, estaduais e do Distrito Federal, por moda-
mesmo tratamento dispensado às entidades nacionais de adminis- lidade desportiva ou grupo de modalidades, objetivando o recruta-
tração do desporto. mento, a formação e a prestação de serviços às entidades de admi-
QLVWUDomRGRGHVSRUWR5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH
$UW 6HUi FRQVLGHUDGR FRPR HIHWLYR H[HUFtFLR SDUD WRGRV 3DUiJUDIR~QLFR,QGHSHQGHQWHPHQWHGDFRQVWLWXLomRGHVRFLH-
RV HIHLWRV OHJDLV R SHUtRGR HP TXH R DWOHWD VHUYLGRU S~EOLFR FLYLO dade ou entidades, os árbitros e seus auxiliares não terão qualquer
RXPLOLWDUGD$GPLQLVWUDomR3~EOLFDGLUHWDLQGLUHWDDXWiUTXLFDRX vínculo empregatício com as entidades desportivas diretivas onde
fundacional, estiver convocado para integrar representação nacional atuarem, e sua remuneração como autônomos exonera tais entida-
em treinamento ou competição desportiva no País ou no exterior. des de quaisquer outras responsabilidades trabalhistas, securitárias
2 SHUtRGR GH FRQYRFDomR VHUi GH¿QLGR SHOD HQWLGDGH e previdenciárias.
nacional de administração da respectiva modalidade desportiva,
cabendo a esta ou aos Comitês Olímpico ou Paraolímpico Brasileiros $UW (P FDPSHRQDWRV RX WRUQHLRV UHJXODUHV FRP PDLV GH
fazer a devida comunicação e solicitar ao Ministério do Esporte a uma divisão, as entidades de administração do desporto determi-
competente liberação do afastamento do atleta, árbitro e assistente, narão em seus regulamentos o princípio do acesso e do descenso,
cabendo ao referido Ministério comunicar a ocorrência ao órgão de observado sempre o critério técnico.
origem do servidor ou militar. 5HGDomRGDGDSHOD/HLQ
GH $UW$$VHQWLGDGHVUHVSRQViYHLVSHODRUJDQL]DomRGHFRP-
§ 2º 2GLVSRVWRQHVWHDUWLJRDSOLFDVHWDPEpPDRVSUR¿VVLRQDLV SHWLo}HV GHVSRUWLYDV SUR¿VVLRQDLV GHYHUmR GLVSRQLELOL]DU HTXLSHV
especializados e dirigentes, quando indispensáveis à composição da para atendimento de emergências entre árbitros e atletas, nos termos
delegação. GDUHJXODPHQWDomR,QFOXtGRSHOD/HLQGH
$UW$7RGRVRVMRJRVGDVVHOHo}HVEUDVLOHLUDVGHIXWHERO $UWeYHGDGRDRVDGPLQLVWUDGRUHVHPHPEURVGHFRQVHOKR
HPFRPSHWLo}HVR¿FLDLVGHYHUmRVHUH[LELGRVSHORPHQRVHPXPD ¿VFDOGHHQWLGDGHGHSUiWLFDGHVSRUWLYDRH[HUFtFLRGHFDUJRRXIXQ-
rede nacional de televisão aberta, com transmissão ao vivo, inclu- ção em entidade de administração do desporto.
sive para as cidades brasileiras nas quais os mesmos estejam sendo
realizados. $UW$,QFOXtGRHYHWDGRSHOD/HLQGH
Didatismo e Conhecimento 26
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
$UW%,QFOXtGRHYHWDGRSHOD/HLQGH $UW6mRUHYRJDGRVDSDUWLUGDYLJrQFLDGRGLVSRVWRQR§
2 o GRDUWGHVWD/HLRVLQFLVRV,,H9HRVHGRDUW
$UW&$VSDUWHVLQWHUHVVDGDVSRGHUmRYDOHUVHGDDUELWUD- RVDUWVHR§ 2ºGRDUWRSDUiJUDIR~QLFRGRDUW
gem para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponí- HRVDUWVHGD/HLQo GHGHVHWHPEURGHVmR
veis, vedada a apreciação de matéria referente à disciplina e à com- revogadas, a partir da data de publicação desta Lei, as Leis noV
SHWLomRGHVSRUWLYD,QFOXtGRSHOD/HLQGH GHGHMXOKRGHHGHGHGH]HPEURGH
3DUiJUDIR~QLFR$DUELWUDJHPGHYHUiHVWDUSUHYLVWDHPDFRUGR %UDVtOLDGHPDUoRGHo GD,QGHSHQGrQFLDHo da
ou convenção coletiva de trabalho e só poderá ser instituída após a 5HS~EOLFD
FRQFRUGkQFLDH[SUHVVDGHDPEDVDVSDUWHVPHGLDQWHFOiXVXODFRP- FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
SURPLVVyULDRXFRPSURPLVVRDUELWUDO,QFOXtGRSHOD/HLQ Iris Rezende
GH Pedro Malan
Paulo Renato Souza
$UW'2VDWOHWDVSUR¿VVLRQDLVSRGHUmRVHUUHSUHVHQWDGRV Paulo Paiva
em juízo por suas entidades sindicais em ações relativas aos contra- Reinhold Stephanes
tos especiais de trabalho desportivo mantidos com as entidades de Edson Arantes do Nascimento
SUiWLFDGHVSRUWLYD,QFOXtGRSHOD/HLQGH (VWHWH[WRQmRVXEVWLWXLRSXEOLFDGRQR'28GH
$UW2GLVSRVWRQVDUWV$$ $UW2HQVLQRVHUiPLQLVWUDGRFRPEDVHQRVVHJXLQWHVSULQ-
HQGRDUWGHVWD/HLVHUiREULJDWyULRH[FOXVLYDPHQWHSDUD cípios:
DWOHWDV H HQWLGDGHV GH SUiWLFD SUR¿VVLRQDO GD PRGDOLGDGH GH IXWH- I - igualdade de condições para o acesso e permanência na es-
bol. 5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH cola;
3DUiJUDIR~QLFReIDFXOWDGRjVGHPDLVPRGDOLGDGHVGHVSRUWL- II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultu-
vas adotar os preceitos constantes dos dispositivos referidos no ca- ra, o pensamento, a arte e o saber;
put deste artigo. III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
,9UHVSHLWRjOLEHUGDGHHDSUHoRjWROHUkQFLD
$UW$23RGHU([HFXWLYRUHJXODPHQWDUiRGLVSRVWRQHVWD 9FRH[LVWrQFLDGHLQVWLWXLo}HVS~EOLFDVHSULYDGDVGHHQVLQR
Lei, inclusive a distribuição dos recursos, gradação das multas e os 9,JUDWXLGDGHGRHQVLQRS~EOLFRHPHVWDEHOHFLPHQWRVR¿FLDLV
procedimentos de sua aplicação. 9,,YDORUL]DomRGRSUR¿VVLRQDOGDHGXFDomRHVFRODU
9,,,JHVWmRGHPRFUiWLFDGRHQVLQRS~EOLFRQDIRUPDGHVWD/HL
$UW(VWD/HLHQWUDHPYLJRUQDGDWDGHVXDSXEOLFDomR e da legislação dos sistemas de ensino;
Didatismo e Conhecimento 27
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
IX - garantia de padrão de qualidade; ,,ID]HUOKHVDFKDPDGDS~EOLFD
X - valorização da experiência extra-escolar; III - zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à es-
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práti- cola.
cas sociais. (P WRGDV DV HVIHUDV DGPLQLVWUDWLYDV R 3RGHU 3~EOLFR
XII - consideração com a diversidade étnico-racial. (Incluído assegurará em primeiro lugar o acesso ao ensino obrigatório, nos
SHOD/HLQGH termos deste artigo, contemplando em seguida os demais níveis e
modalidades de ensino, conforme as prioridades constitucionais e
TÍTULO III legais.
DO DIREITO À EDUCAÇÃO E DO DEVER DE EDUCAR 4XDOTXHUGDVSDUWHVPHQFLRQDGDVQRcaput deste artigo tem
legitimidade para peticionar no Poder Judiciário, na hipótese do § 2º
$UW2GHYHUGR(VWDGRFRPHGXFDomRHVFRODUS~EOLFDVHUi GRDUWGD&RQVWLWXLomR)HGHUDO, sendo gratuita e de rito sumário
efetivado mediante a garantia de: a ação judicial correspondente.
,HGXFDomREiVLFDREULJDWyULDHJUDWXLWDGRVTXDWURDRV &RPSURYDGD D QHJOLJrQFLD GD DXWRULGDGH FRPSHWHQWH
(dezessete) anos de idade, organizada da seguinte forma: (Redação para garantir o oferecimento do ensino obrigatório, poderá ela ser
GDGDSHOD/HLQGH imputada por crime de responsabilidade.
DSUpHVFROD,QFOXtGRSHOD/HLQGH 3DUDJDUDQWLURFXPSULPHQWRGDREULJDWRULHGDGHGHHQVLQR
EHQVLQRIXQGDPHQWDO,QFOXtGRSHOD/HLQGH R3RGHU3~EOLFRFULDUiIRUPDVDOWHUQDWLYDVGHDFHVVRDRVGLIHUHQWHV
FHQVLQRPpGLR,QFOXtGRSHOD/HLQGH níveis de ensino, independentemente da escolarização anterior.
,,HGXFDomRLQIDQWLOJUDWXLWDjVFULDQoDVGHDWpFLQFRDQRV
GHLGDGH5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH $UW É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula
III - atendimento educacional especializado gratuito aos edu- GDV FULDQoDV QD HGXFDomR EiVLFD D SDUWLU GRV TXDWUR DQRV GH
FDQGRV FRP GH¿FLrQFLD WUDQVWRUQRV JOREDLV GR GHVHQYROYLPHQWR idade. 5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH
e altas habilidades ou superdotação, transversal a todos os níveis,
etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensi- $UW2HQVLQRpOLYUHjLQLFLDWLYDSULYDGDDWHQGLGDVDVVHJXLQ-
QR5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH tes condições:
,9DFHVVRS~EOLFRHJUDWXLWRDRVHQVLQRVIXQGDPHQWDOHPpGLR I - cumprimento das normas gerais da educação nacional e do
para todos os que não os concluíram na idade própria; (Redação respectivo sistema de ensino;
GDGDSHOD/HLQGH II - autorização de funcionamento e avaliação de qualidade pelo
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da 3RGHU3~EOLFR
criação artística, segundo a capacidade de cada um; ,,, FDSDFLGDGH GH DXWR¿QDQFLDPHQWR UHVVDOYDGR R SUHYLVWR
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições QRDUWGD&RQVWLWXLomR)HGHUDO
do educando;
VII - oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, TÍTULO IV
com características e modalidades adequadas às suas necessidades e DA ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO NACIONAL
disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as con-
dições de acesso e permanência na escola; $UW$8QLmRRV(VWDGRVR'LVWULWR)HGHUDOHRV0XQLFtSLRV
VIII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educa- organizarão, em regime de colaboração, os respectivos sistemas de
ção básica, por meio de programas suplementares de material didá- ensino.
WLFRHVFRODUWUDQVSRUWHDOLPHQWDomRHDVVLVWrQFLDjVD~GH5HGDomR &DEHUi j 8QLmR D FRRUGHQDomR GD SROtWLFD QDFLRQDO GH
GDGDSHOD/HLQGH educação, articulando os diferentes níveis e sistemas e exercendo
,;SDGU}HVPtQLPRVGHTXDOLGDGHGHHQVLQRGH¿QLGRVFRPRD função normativa, redistributiva e supletiva em relação às demais
variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensá- LQVWkQFLDVHGXFDFLRQDLV
veis ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem. § 2º Os sistemas de ensino terão liberdade de organização nos
;±YDJDQDHVFRODS~EOLFDGHHGXFDomRLQIDQWLORXGHHQVLQR termos desta Lei.
fundamental mais próxima de sua residência a toda criança a partir
GRGLDHPTXHFRPSOHWDUTXDWURDQRVGHLGDGH,QFOXtGRSHOD/HL $UW$8QLmRLQFXPELUVHiGH
QGH I - elaborar o Plano Nacional de Educação, em colaboração com
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
$UW2DFHVVRjHGXFDomREiVLFDREULJDWyULDpGLUHLWRS~EOLFR ,,RUJDQL]DUPDQWHUHGHVHQYROYHURVyUJmRVHLQVWLWXLo}HVR¿-
subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação ciais do sistema federal de ensino e o dos Territórios;
comunitária, organização sindical, entidade de classe ou outra ,,,SUHVWDUDVVLVWrQFLDWpFQLFDH¿QDQFHLUDDRV(VWDGRVDR'LV-
OHJDOPHQWH FRQVWLWXtGD H DLQGD R 0LQLVWpULR 3~EOLFR DFLRQDU R trito Federal e aos Municípios para o desenvolvimento de seus siste-
SRGHUS~EOLFRSDUDH[LJLOR5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH mas de ensino e o atendimento prioritário à escolaridade obrigatória,
exercendo sua função redistributiva e supletiva;
2SRGHUS~EOLFRQDHVIHUDGHVXDFRPSHWrQFLDIHGHUDWLYD IV - estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Fe-
deverá: 5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH deral e os Municípios, competências e diretrizes para a educação
I - recensear anualmente as crianças e adolescentes em idade es- infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, que nortearão os
colar, bem como os jovens e adultos que não concluíram a educação FXUUtFXORVHVHXVFRQWH~GRVPtQLPRVGHPRGRDDVVHJXUDUIRUPDomR
EiVLFD5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH básica comum;
Didatismo e Conhecimento 28
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
V - coletar, analisar e disseminar informações sobre a educação; mente as necessidades de sua área de competência e com recursos
VI - assegurar processo nacional de avaliação do rendimento acima dos percentuais mínimos vinculados pela Constituição Fe-
escolar no ensino fundamental, médio e superior, em colaboração deral à manutenção e desenvolvimento do ensino.
FRPRVVLVWHPDVGHHQVLQRREMHWLYDQGRDGH¿QLomRGHSULRULGDGHVH VI - assumir o transporte escolar dos alunos da rede munici-
a melhoria da qualidade do ensino; pal.
VII - baixar normas gerais sobre cursos de graduação e pós- 3DUiJUDIR~QLFR2V0XQLFtSLRVSRGHUmRRSWDUDLQGDSRUVH
-graduação; integrar ao sistema estadual de ensino ou compor com ele um sis-
VIII - assegurar processo nacional de avaliação das instituições WHPD~QLFRGHHGXFDomREiVLFD
de educação superior, com a cooperação dos sistemas que tiverem
responsabilidade sobre este nível de ensino; $UW2VHVWDEHOHFLPHQWRVGHHQVLQRUHVSHLWDGDVDVQRUPDV
IX - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de:
respectivamente, os cursos das instituições de educação superior e I - elaborar e executar sua proposta pedagógica;
os estabelecimentos do seu sistema de ensino. (Vide Lei nº
,,DGPLQLVWUDUVHXSHVVRDOHVHXVUHFXUVRVPDWHULDLVH¿QDQ-
GH
ceiros;
1DHVWUXWXUDHGXFDFLRQDOKDYHUiXP&RQVHOKR1DFLRQDO
III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula
de Educação, com funções normativas e de supervisão e atividade
estabelecidas;
permanente, criado por lei.
§ 2° Para o cumprimento do disposto nos incisos V a IX, a IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada
União terá acesso a todos os dados e informações necessários de docente;
todos os estabelecimentos e órgãos educacionais. V - prover meios para a recuperação dos alunos de menor ren-
$V DWULEXLo}HV FRQVWDQWHV GR LQFLVR ,; SRGHUmR VHU dimento;
delegadas aos Estados e ao Distrito Federal, desde que mantenham VI - articular-se com as famílias e a comunidade, criando pro-
instituições de educação superior. cessos de integração da sociedade com a escola;
9,, LQIRUPDU SDL H PmH FRQYLYHQWHV RX QmR FRP VHXV ¿-
$UW2V(VWDGRVLQFXPELUVHmRGH lhos, e, se for o caso, os responsáveis legais, sobre a frequência e
,RUJDQL]DUPDQWHUHGHVHQYROYHURVyUJmRVHLQVWLWXLo}HVR¿- rendimento dos alunos, bem como sobre a execução da proposta
ciais dos seus sistemas de ensino; pedagógica da escola;
,,GH¿QLUFRPRV0XQLFtSLRVIRUPDVGHFRODERUDomRQDRIHUWD 9,,, ± QRWL¿FDU DR &RQVHOKR 7XWHODU GR 0XQLFtSLR DR MXL]
do ensino fundamental, as quais devem assegurar a distribuição pro- competente da Comarca e ao respectivo representante do Minis-
porcional das responsabilidades, de acordo com a população a ser WpULR3~EOLFRDUHODomRGRVDOXQRVTXHDSUHVHQWHPTXDQWLGDGHGH
DWHQGLGDHRVUHFXUVRV¿QDQFHLURVGLVSRQtYHLVHPFDGDXPDGHVVDV faltas acima de cinqüenta por cento do percentual permitido em lei.
HVIHUDVGR3RGHU3~EOLFR
III - elaborar e executar políticas e planos educacionais, em $UW2VGRFHQWHVLQFXPELUVHmRGH
FRQVRQkQFLDFRPDVGLUHWUL]HVHSODQRVQDFLRQDLVGHHGXFDomRLQWH- I - participar da elaboração da proposta pedagógica do estabe-
grando e coordenando as suas ações e as dos seus Municípios; lecimento de ensino;
IV - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta
respectivamente, os cursos das instituições de educação superior e pedagógica do estabelecimento de ensino;
os estabelecimentos do seu sistema de ensino; III - zelar pela aprendizagem dos alunos;
V - baixar normas complementares para o seu sistema de en- IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de
sino; menor rendimento;
VI - assegurar o ensino fundamental e oferecer, com prioridade, V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além
o ensino médio a todos que o demandarem, respeitado o disposto no
de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamen-
DUWGHVWD/HL
WRjDYDOLDomRHDRGHVHQYROYLPHQWRSUR¿VVLRQDO
VII - assumir o transporte escolar dos alunos da rede estadual.
VI - colaborar com as atividades de articulação da escola com
3DUiJUDIR~QLFR$R'LVWULWR)HGHUDODSOLFDUVHmRDVFRPSHWrQ-
as famílias e a comunidade.
cias referentes aos Estados e aos Municípios.
$UW2V0XQLFtSLRVLQFXPELUVHmRGH $UW2VVLVWHPDVGHHQVLQRGH¿QLUmRDVQRUPDVGDJHVWmR
,RUJDQL]DUPDQWHUHGHVHQYROYHURVyUJmRVHLQVWLWXLo}HVR¿- GHPRFUiWLFDGRHQVLQRS~EOLFRQDHGXFDomREiVLFDGHDFRUGRFRP
ciais dos seus sistemas de ensino, integrando-os às políticas e planos as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
educacionais da União e dos Estados; ,SDUWLFLSDomRGRVSUR¿VVLRQDLVGDHGXFDomRQDHODERUDomR
II - exercer ação redistributiva em relação às suas escolas; do projeto pedagógico da escola;
III - baixar normas complementares para o seu sistema de en- II - participação das comunidades escolar e local em conse-
sino; lhos escolares ou equivalentes.
IV - autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos
do seu sistema de ensino; $UW2VVLVWHPDVGHHQVLQRDVVHJXUDUmRjVXQLGDGHVHVFR-
V - oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, e, ODUHV S~EOLFDV GH HGXFDomR EiVLFD TXH RV LQWHJUDP SURJUHVVLYRV
com prioridade, o ensino fundamental, permitida a atuação em ou- JUDXVGHDXWRQRPLDSHGDJyJLFDHDGPLQLVWUDWLYDHGHJHVWmR¿QDQ-
tros níveis de ensino somente quando estiverem atendidas plena- FHLUDREVHUYDGDVDVQRUPDVJHUDLVGHGLUHLWR¿QDQFHLURS~EOLFR
Didatismo e Conhecimento 29
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
$UW2VLVWHPDIHGHUDOGHHQVLQRFRPSUHHQGH CAPÍTULO II
I - as instituições de ensino mantidas pela União; DA EDUCAÇÃO BÁSICA
II - as instituições de educação superior criadas e mantidas pela
iniciativa privada; SEÇÃO I
III - os órgãos federais de educação. DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
$UW2VVLVWHPDVGHHQVLQRGRV(VWDGRVHGR'LVWULWR)HGHUDO $UW$HGXFDomREiVLFDWHPSRU¿QDOLGDGHVGHVHQYROYHUR
compreendem: educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o
I - as instituições de ensino mantidas, respectivamente, pelo Po- exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no traba-
GHU3~EOLFRHVWDGXDOHSHOR'LVWULWR)HGHUDO lho e em estudos posteriores.
II - as instituições de educação superior mantidas pelo Poder
3~EOLFRPXQLFLSDO
$UW $ HGXFDomR EiVLFD SRGHUi RUJDQL]DUVH HP VpULHV
III - as instituições de ensino fundamental e médio criadas e
mantidas pela iniciativa privada; DQXDLVSHUtRGRVVHPHVWUDLVFLFORVDOWHUQkQFLDUHJXODUGHSHUtRGRV
IV - os órgãos de educação estaduais e do Distrito Federal, res- de estudos, grupos não-seriados, com base na idade, na competência
pectivamente. e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre
3DUiJUDIR~QLFR1R'LVWULWR)HGHUDODVLQVWLWXLo}HVGHHGXFD- que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar.
ção infantil, criadas e mantidas pela iniciativa privada, integram seu $HVFRODSRGHUiUHFODVVL¿FDURVDOXQRVLQFOXVLYHTXDQGRVH
sistema de ensino. tratar de transferências entre estabelecimentos situados no País e no
exterior, tendo como base as normas curriculares gerais.
$UW2VVLVWHPDVPXQLFLSDLVGHHQVLQRFRPSUHHQGHP § 2º O calendário escolar deverá adequar-se às peculiaridades
I - as instituições do ensino fundamental, médio e de educação locais, inclusive climáticas e econômicas, a critério do respectivo
LQIDQWLOPDQWLGDVSHOR3RGHU3~EOLFRPXQLFLSDO VLVWHPDGHHQVLQRVHPFRPLVVRUHGX]LURQ~PHURGHKRUDVOHWLYDV
II - as instituições de educação infantil criadas e mantidas pela previsto nesta Lei.
iniciativa privada;
III – os órgãos municipais de educação. $UW $ HGXFDomR EiVLFD QRV QtYHLV IXQGDPHQWDO H PpGLR
será organizada de acordo com as seguintes regras comuns:
$UW$VLQVWLWXLo}HVGHHQVLQRGRVGLIHUHQWHVQtYHLVFODVVL¿- I - a carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distri-
cam-se nas seguintes categorias administrativas:
buídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar,
,S~EOLFDVDVVLPHQWHQGLGDVDVFULDGDVRXLQFRUSRUDGDVPDQ-
H[FOXtGRRWHPSRUHVHUYDGRDRVH[DPHV¿QDLVTXDQGRKRXYHU
WLGDVHDGPLQLVWUDGDVSHOR3RGHU3~EOLFR
II - privadas, assim entendidas as mantidas e administradas por ,,DFODVVL¿FDomRHPTXDOTXHUVpULHRXHWDSDH[FHWRDSULPHLUD
pessoas físicas ou jurídicas de direito privado. do ensino fundamental, pode ser feita:
a) por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamen-
$UW$VLQVWLWXLo}HVSULYDGDVGHHQVLQRVHHQTXDGUDUmRQDV to, a série ou fase anterior, na própria escola;
seguintes categorias: b) por transferência, para candidatos procedentes de outras es-
I - particulares em sentido estrito, assim entendidas as que são colas;
instituídas e mantidas por uma ou mais pessoas físicas ou jurídicas c) independentemente de escolarização anterior, mediante ava-
de direito privado que não apresentem as características dos incisos OLDomRIHLWDSHODHVFRODTXHGH¿QDRJUDXGHGHVHQYROYLPHQWRHH[-
abaixo; periência do candidato e permita sua inscrição na série ou etapa ade-
II - comunitárias, assim entendidas as que são instituídas por quada, conforme regulamentação do respectivo sistema de ensino;
grupos de pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurídicas, in- III - nos estabelecimentos que adotam a progressão regular por
FOXVLYHFRRSHUDWLYDVHGXFDFLRQDLVVHP¿QVOXFUDWLYRVTXHLQFOXDP série, o regimento escolar pode admitir formas de progressão par-
na sua entidade mantenedora representantes da comunidade; cial, desde que preservada a seqüência do currículo, observadas as
III - confessionais, assim entendidas as que são instituídas por normas do respectivo sistema de ensino;
grupos de pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurídicas que IV - poderão organizar-se classes, ou turmas, com alunos de sé-
DWHQGHPDRULHQWDomRFRQIHVVLRQDOHLGHRORJLDHVSHFt¿FDVHDRGLV- ries distintas, com níveis equivalentes de adiantamento na matéria,
posto no inciso anterior;
para o ensino de línguas estrangeiras, artes, ou outros componentes
,9¿ODQWUySLFDVQDIRUPDGDOHL
curriculares;
TÍTULO V 9DYHUL¿FDomRGRUHQGLPHQWRHVFRODUREVHUYDUiRVVHJXLQWHV
DOS NÍVEIS E DAS MODALIDADES DE EDUCAÇÃO critérios:
E ENSINO a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno,
com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e
CAPÍTULO I dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas
DA COMPOSIÇÃO DOS NÍVEIS ESCOLARES ¿QDLV
b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atra-
$UW$HGXFDomRHVFRODUFRPS}HVHGH so escolar;
I - educação básica, formada pela educação infantil, ensino fun- c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante ve-
damental e ensino médio; UL¿FDomRGRDSUHQGL]DGR
II - educação superior. d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;
Didatismo e Conhecimento 30
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência $UW$1RVHVWDEHOHFLPHQWRVGHHQVLQRIXQGDPHQWDOHGH
paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento es- HQVLQRPpGLRS~EOLFRVHSULYDGRVWRUQDVHREULJDWyULRRHVWXGRGD
colar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus história e cultura afro-brasileira e indígena.
regimentos; 2 FRQWH~GR SURJUDPiWLFR D TXH VH UHIHUH HVWH DUWLJR
9,RFRQWUROHGHIUHTrQFLD¿FDDFDUJRGDHVFRODFRQIRUPH incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a
o disposto no seu regimento e nas normas do respectivo sistema de formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos,
ensino, exigida a freqüência mínima de setenta e cinco por cento do tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos
total de horas letivas para aprovação; negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena
VII - cabe a cada instituição de ensino expedir históricos esco- brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional,
ODUHVGHFODUDo}HVGHFRQFOXVmRGHVpULHHGLSORPDVRXFHUWL¿FDGRV resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e
GHFRQFOXVmRGHFXUVRVFRPDVHVSHFL¿FDo}HVFDEtYHLV política, pertinentes à história do Brasil.
2VFRQWH~GRVUHIHUHQWHVjKLVWyULDHFXOWXUDDIUREUDVLOHLUD
$UW6HUiREMHWLYRSHUPDQHQWHGDVDXWRULGDGHVUHVSRQViYHLV H GRV SRYRV LQGtJHQDV EUDVLOHLURV VHUmR PLQLVWUDGRV QR kPELWR GH
DOFDQoDUUHODomRDGHTXDGDHQWUHRQ~PHURGHDOXQRVHRSURIHVVRUD todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística
carga horária e as condições materiais do estabelecimento. e de literatura e história brasileiras.
3DUiJUDIR~QLFR&DEHDRUHVSHFWLYRVLVWHPDGHHQVLQRjYLVWD
das condições disponíveis e das características regionais e locais, $UW2VFRQWH~GRVFXUULFXODUHVGDHGXFDomREiVLFDREVHUYD-
HVWDEHOHFHUSDUkPHWURSDUDDWHQGLPHQWRGRGLVSRVWRQHVWHDUWLJR rão, ainda, as seguintes diretrizes:
I - a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos di-
$UW2VFXUUtFXORVGDHGXFDomRLQIDQWLOGRHQVLQRIXQGD- reitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem
mental e do ensino médio devem ter base nacional comum, a ser democrática;
complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabeleci- II - consideração das condições de escolaridade dos alunos em
PHQWRHVFRODUSRUXPDSDUWHGLYHUVL¿FDGDH[LJLGDSHODVFDUDFWHUtV- cada estabelecimento;
ticas regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos III - orientação para o trabalho;
HGXFDQGRV5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH IV - promoção do desporto educacional e apoio às práticas des-
2V FXUUtFXORV D TXH VH UHIHUH R caput devem abranger, portivas não-formais.
obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e da matemática,
o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e $UW1DRIHUWDGHHGXFDomREiVLFDSDUDDSRSXODomRUXUDO
política, especialmente do Brasil. os sistemas de ensino promoverão as adaptações necessárias à sua
§ 2º O ensino da arte, especialmente em suas expressões adequação às peculiaridades da vida rural e de cada região, espe-
regionais, constituirá componente curricular obrigatório nos diversos cialmente:
níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento ,FRQWH~GRVFXUULFXODUHVHPHWRGRORJLDVDSURSULDGDVjVUHDLV
cultural dos alunos. 5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH necessidades e interesses dos alunos da zona rural;
A educação física, integrada à proposta pedagógica da es- II - organização escolar própria, incluindo adequação do calen-
cola, é componente curricular obrigatório da educação básica, sendo dário escolar às fases do ciclo agrícola e às condições climáticas;
sua prática facultativa ao aluno: III - adequação à natureza do trabalho na zona rural.
I – que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis ho-
ras; SEÇÃO II
II – maior de trinta anos de idade; DA EDUCAÇÃO INFANTIL
III – que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em
situação similar, estiver obrigado à prática da educação física; $UW$HGXFDomRLQIDQWLOSULPHLUDHWDSDGDHGXFDomREiVL-
IV – amparado pelo Decreto-Lei no GHGHRXWXEURGH FDWHPFRPR¿QDOLGDGHRGHVHQYROYLPHQWRLQWHJUDOGDFULDQoDGH
DWpFLQFRDQRVHPVHXVDVSHFWRVItVLFRSVLFROyJLFRLQWHOHFWXDO
V – (VETADO) e social, complementando a ação da família e da comunidade. (Re-
VI – que tenha prole. GDomRGDGDSHOD/HLQGH
2 HQVLQR GD +LVWyULD GR %UDVLO OHYDUi HP FRQWD DV
contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do $UW$HGXFDomRLQIDQWLOVHUiRIHUHFLGDHP
povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três
européia. anos de idade;
1D SDUWH GLYHUVL¿FDGD GR FXUUtFXOR VHUi LQFOXtGR ,,SUpHVFRODVSDUDDVFULDQoDVGHTXDWURDFLQFRDQRV
obrigatoriamente, a partir da quinta série, o ensino de pelo menos GHLGDGH5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH
XPD OtQJXD HVWUDQJHLUD PRGHUQD FXMD HVFROKD ¿FDUi D FDUJR GD
comunidade escolar, dentro das possibilidades da instituição. $UW $ HGXFDomR LQIDQWLO VHUi RUJDQL]DGD GH DFRUGR FRP
$ P~VLFD GHYHUi VHU FRQWH~GR REULJDWyULR PDV QmR DVVHJXLQWHVUHJUDVFRPXQV5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH
exclusivo, do componente curricular de que trata o § 2º deste artigo.
2VFXUUtFXORVGRHQVLQRIXQGDPHQWDOHPpGLRGHYHPLQFOXLU I - avaliação mediante acompanhamento e registro do desen-
os princípios da proteção e defesa civil e a educação ambiental de volvimento das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para
IRUPDLQWHJUDGDDRVFRQWH~GRVREULJDWyULRV(Incluído pela Lei nº R DFHVVR DR HQVLQR IXQGDPHQWDO ,QFOXtGR SHOD /HL Q GH
GH
Didatismo e Conhecimento 31
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
,,FDUJDKRUiULDPtQLPDDQXDOGHRLWRFHQWDVKRUDVGLVWUL- 2VVLVWHPDVGHHQVLQRUHJXODPHQWDUmRRVSURFHGLPHQWRV
EXtGDSRUXPPtQLPRGHGX]HQWRVGLDVGHWUDEDOKRHGXFDFLR- SDUDDGH¿QLomRGRVFRQWH~GRVGRHQVLQRUHOLJLRVRHHVWDEHOHFHUmRDV
QDO,QFOXtGRSHOD/HLQGH normas para a habilitação e admissão dos professores.
,,, DWHQGLPHQWR j FULDQoD GH QR PtQLPR TXDWUR KRUDV § 2º Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída
GLiULDVSDUDRWXUQRSDUFLDOHGHVHWHKRUDVSDUDDMRUQDGDLQWH- SHODV GLIHUHQWHV GHQRPLQDo}HV UHOLJLRVDV SDUD D GH¿QLomR GRV
JUDO,QFOXtGRSHOD/HLQGH FRQWH~GRVGRHQVLQRUHOLJLRVRª
IV - controle de frequência pela instituição de educação pré-
HVFRODUH[LJLGDDIUHTXrQFLDPtQLPDGHVHVVHQWDSRUFHQWR $UW$MRUQDGDHVFRODUQRHQVLQRIXQGDPHQWDOLQFOXLUiSHOR
GRWRWDOGHKRUDV,QFOXtGRSHOD/HLQGH menos quatro horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo pro-
V - expedição de documentação que permita atestar os proces- gressivamente ampliado o período de permanência na escola.
sos de desenvolvimento e aprendizagem da criança. (Incluído pela 6mRUHVVDOYDGRVRVFDVRVGRHQVLQRQRWXUQRHGDVIRUPDV
/HLQGH alternativas de organização autorizadas nesta Lei.
§ 2º O ensino fundamental será ministrado progressivamente
em tempo integral, a critério dos sistemas de ensino.
SEÇÃO III
DO ENSINO FUNDAMENTAL
SEÇÃO IV
DO ENSINO MÉDIO
$UW2HQVLQRIXQGDPHQWDOREULJDWyULRFRPGXUDomRGH
QRYHDQRVJUDWXLWRQDHVFRODS~EOLFDLQLFLDQGRVHDRVVHLVDQRV $UW2HQVLQRPpGLRHWDSD¿QDOGDHGXFDomREiVLFDFRP
de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante: GXUDomRPtQLPDGHWUrVDQRVWHUiFRPR¿QDOLGDGHV
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos ad-
meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; quiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema po- estudos;
lítico, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educan-
a sociedade; do, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo FRP ÀH[LELOLGDGH D QRYDV FRQGLo}HV GH RFXSDomR RX DSHUIHLoRD-
em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação mento posteriores;
de atitudes e valores; III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, in-
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de so- cluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelec-
OLGDULHGDGHKXPDQDHGHWROHUkQFLDUHFtSURFDHPTXHVHDVVHQWDD tual e do pensamento crítico;
vida social. ,9 D FRPSUHHQVmR GRV IXQGDPHQWRV FLHQWt¿FRWHFQROyJLFRV
e IDFXOWDGR DRV VLVWHPDV GH HQVLQR GHVGREUDU R HQVLQR dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no
fundamental em ciclos. ensino de cada disciplina.
§ 2º Os estabelecimentos que utilizam progressão regular por
série podem adotar no ensino fundamental o regime de progressão $UW2FXUUtFXORGRHQVLQRPpGLRREVHUYDUiRGLVSRVWRQD
continuada, sem prejuízo da avaliação do processo de ensino- Seção I deste Capítulo e as seguintes diretrizes:
aprendizagem, observadas as normas do respectivo sistema de I - destacará a educação tecnológica básica, a compreensão do
ensino. VLJQL¿FDGRGDFLrQFLDGDVOHWUDVHGDVDUWHVRSURFHVVRKLVWyULFRGH
2HQVLQRIXQGDPHQWDOUHJXODUVHUiPLQLVWUDGRHPOtQJXD transformação da sociedade e da cultura; a língua portuguesa como
portuguesa, assegurada às comunidades indígenas a utilização de instrumento de comunicação, acesso ao conhecimento e exercício
suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem. da cidadania;
2 HQVLQR IXQGDPHQWDO VHUi SUHVHQFLDO VHQGR R HQVLQR D II - adotará metodologias de ensino e de avaliação que estimu-
lem a iniciativa dos estudantes;
GLVWkQFLDXWLOL]DGRFRPRFRPSOHPHQWDomRGDDSUHQGL]DJHPRXHP
III - será incluída uma língua estrangeira moderna, como disci-
situações emergenciais.
plina obrigatória, escolhida pela comunidade escolar, e uma segun-
2FXUUtFXORGRHQVLQRIXQGDPHQWDOLQFOXLUiREULJDWRULD-
da, em caráter optativo, dentro das disponibilidades da instituição.
PHQWH FRQWH~GR TXH WUDWH GRV GLUHLWRV GDV FULDQoDV H GRV DGROHV-
,9±VHUmRLQFOXtGDVD)LORVR¿DHD6RFLRORJLDFRPRGLVFLSOLQDV
FHQWHVWHQGRFRPRGLUHWUL]D/HLQRGHGHMXOKRGH obrigatórias em todas as séries do ensino médio.
que institui o Estatuto da Criança e do Adolescente, observada a 2VFRQWH~GRVDVPHWRGRORJLDVHDVIRUPDVGHDYDOLDomR
produção e distribuição de material didático adequado. VHUmR RUJDQL]DGRV GH WDO IRUPD TXH DR ¿QDO GR HQVLQR PpGLR R
2HVWXGRVREUHRVVtPERORVQDFLRQDLVVHUiLQFOXtGRFRPR educando demonstre:
tema transversal nos currículos do ensino fundamental. (Incluído ,GRPtQLRGRVSULQFtSLRVFLHQWt¿FRVHWHFQROyJLFRVTXHSUHVL-
SHOD/HLQGH dem a produção moderna;
,,FRQKHFLPHQWRGDVIRUPDVFRQWHPSRUkQHDVGHOLQJXDJHP
$UW2HQVLQRUHOLJLRVRGHPDWUtFXODIDFXOWDWLYDpSDUWHLQ- III (Revogado)
tegrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos § 2º (Revogado)
KRUiULRVQRUPDLVGDVHVFRODVS~EOLFDVGHHQVLQRIXQGDPHQWDODVVH- 2V FXUVRV GR HQVLQR PpGLR WHUmR HTXLYDOrQFLD OHJDO H
gurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas habilitarão ao prosseguimento de estudos.
quaisquer formas de proselitismo. 5HYRgado)
Didatismo e Conhecimento 32
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
SEÇÃO IV-A 2VVLVWHPDVGHHQVLQRDVVHJXUDUmRJUDWXLWDPHQWHDRVMR-
DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE vens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade
NÍVEL MÉDIO regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as
características do alunado, seus interesses, condições de vida e de
$UW$6HPSUHMXt]RGRGLVSRVWRQD6HomR,9GHVWH&DStWX- trabalho, mediante cursos e exames.
lo, o ensino médio, atendida a formação geral do educando, poderá 23RGHU3~EOLFRYLDELOL]DUiHHVWLPXODUiRDFHVVRHDSHU-
SUHSDUiORSDUDRH[HUFtFLRGHSUR¿VV}HVWpFQLFDV manência do trabalhador na escola, mediante ações integradas e
3DUiJUDIR~QLFR$SUHSDUDomRJHUDOSDUDRWUDEDOKRHIDFXOWD- complementares entre si.
WLYDPHQWHDKDELOLWDomRSUR¿VVLRQDOSRGHUmRVHUGHVHQYROYLGDVQRV $HGXFDomRGHMRYHQVHDGXOWRVGHYHUiDUWLFXODUVHSUH-
próprios estabelecimentos de ensino médio ou em cooperação com IHUHQFLDOPHQWHFRPDHGXFDomRSUR¿VVLRQDOQDIRUPDGRUHJXOD-
LQVWLWXLo}HVHVSHFLDOL]DGDVHPHGXFDomRSUR¿VVLRQDO mento.
$UW%$HGXFDomRSUR¿VVLRQDOWpFQLFDGHQtYHOPpGLRVHUi $UW2VVLVWHPDVGHHQVLQRPDQWHUmRFXUVRVHH[DPHVVX-
desenvolvida nas seguintes formas: pletivos, que compreenderão a base nacional comum do currículo,
I - articulada com o ensino médio; habilitando ao prosseguimento de estudos em caráter regular.
II - subseqüente, em cursos destinados a quem já tenha concluí- 2VH[DPHVDTXHVHUHIHUHHVWHDUWLJRUHDOL]DUVHmR
do o ensino médio. I - no nível de conclusão do ensino fundamental, para os maio-
3DUiJUDIR~QLFR$HGXFDomRSUR¿VVLRQDOWpFQLFDGHQtYHOPp- res de quinze anos;
dio deverá observar: II - no nível de conclusão do ensino médio, para os maiores de
,RVREMHWLYRVHGH¿QLo}HVFRQWLGRVQDVGLUHWUL]HVFXUULFXODUHV dezoito anos.
nacionais estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação; § 2º Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos
II - as normas complementares dos respectivos sistemas de en- por meios informais serão aferidos e reconhecidos mediante exames.
sino;
III - as exigências de cada instituição de ensino, nos termos de CAPÍTULO III
seu projeto pedagógico. DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
$UW&$HGXFDomRSUR¿VVLRQDOWpFQLFDGHQtYHOPpGLRDU-
ticulada, prevista no inciso I do caput GRDUW%GHVWD/HLVHUi $UW $ HGXFDomR SUR¿VVLRQDO H WHFQROyJLFD QR FXPSUL-
desenvolvida de forma: mento dos objetivos da educação nacional, integra-se aos diferentes
I - integrada, oferecida somente a quem já tenha concluído o níveis e modalidades de educação e às dimensões do trabalho, da
ensino fundamental, sendo o curso planejado de modo a conduzir ciência e da tecnologia.
RDOXQRjKDELOLWDomRSUR¿VVLRQDOWpFQLFDGHQtYHOPpGLRQDPHVPD 2VFXUVRVGHHGXFDomRSUR¿VVLRQDOHWHFQROyJLFDSRGHUmR
LQVWLWXLomRGHHQVLQRHIHWXDQGRVHPDWUtFXOD~QLFDSDUDFDGDDOXQR ser organizados por eixos tecnológicos, possibilitando a construção
II - concomitante, oferecida a quem ingresse no ensino médio de diferentes itinerários formativos, observadas as normas do
ou já o esteja cursando, efetuando-se matrículas distintas para cada respectivo sistema e nível de ensino.
curso, e podendo ocorrer: $ HGXFDomR SUR¿VVLRQDO H WHFQROyJLFD DEUDQJHUi RV
a) na mesma instituição de ensino, aproveitando-se as oportuni- seguintes cursos:
dades educacionais disponíveis; ,±GHIRUPDomRLQLFLDOHFRQWLQXDGDRXTXDOL¿FDomRSUR¿VVLR-
b) em instituições de ensino distintas, aproveitando-se as opor- nal;
tunidades educacionais disponíveis; ,,±GHHGXFDomRSUR¿VVLRQDOWpFQLFDGHQtYHOPpGLR
c) em instituições de ensino distintas, mediante convênios de ,,,±GHHGXFDomRSUR¿VVLRQDOWHFQROyJLFDGHJUDGXDomRHSyV-
intercomplementaridade, visando ao planejamento e ao desenvolvi- -graduação.
PHQWRGHSURMHWRSHGDJyJLFRXQL¿FDGR 2V FXUVRV GH HGXFDomR SUR¿VVLRQDO WHFQROyJLFD GH
graduação e pós-graduação organizar-se-ão, no que concerne a
$UW'2VGLSORPDVGHFXUVRVGHHGXFDomRSUR¿VVLRQDOWpF- objetivos, características e duração, de acordo com as diretrizes
nica de nível médio, quando registrados, terão validade nacional e curriculares nacionais estabelecidas pelo Conselho Nacional de
habilitarão ao prosseguimento de estudos na educação superior. Educação.
3DUiJUDIR ~QLFR 2V FXUVRV GH HGXFDomR SUR¿VVLRQDO WpFQLFD
de nível médio, nas formas articulada concomitante e subseqüente, $UW$HGXFDomRSUR¿VVLRQDOVHUiGHVHQYROYLGDHPDUWLFXOD-
quando estruturados e organizados em etapas com terminalidade, ção com o ensino regular ou por diferentes estratégias de educação
SRVVLELOLWDUmRDREWHQomRGHFHUWL¿FDGRVGHTXDOL¿FDomRSDUDRWUD- continuada, em instituições especializadas ou no ambiente de tra-
balho após a conclusão, com aproveitamento, de cada etapa que ca- balho.
UDFWHUL]HXPDTXDOL¿FDomRSDUDRWUDEDOKR $UW2FRQKHFLPHQWRDGTXLULGRQDHGXFDomRSUR¿VVLRQDOH
tecnológica, inclusive no trabalho, poderá ser objeto de avaliação,
SEÇÃO V UHFRQKHFLPHQWRHFHUWL¿FDomRSDUDSURVVHJXLPHQWRRXFRQFOXVmRGH
DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS estudos.
$UW$VLQVWLWXLo}HVGHHGXFDomRSUR¿VVLRQDOHWHFQROyJLFD
$UW$HGXFDomRGHMRYHQVHDGXOWRVVHUiGHVWLQDGDjTXHOHV além dos seus cursos regulares, oferecerão cursos especiais, abertos
que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino funda- à comunidade, condicionada a matrícula à capacidade de aproveita-
mental e médio na idade própria. mento e não necessariamente ao nível de escolaridade.
Didatismo e Conhecimento 33
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
CAPÍTULO IV $SyV XP SUD]R SDUD VDQHDPHQWR GH GH¿FLrQFLDV
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR HYHQWXDOPHQWH LGHQWL¿FDGDV SHOD DYDOLDomR D TXH VH UHIHUH HVWH
artigo, haverá reavaliação, que poderá resultar, conforme o caso, em
$UW$HGXFDomRVXSHULRUWHPSRU¿QDOLGDGH desativação de cursos e habilitações, em intervenção na instituição,
I - estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito em suspensão temporária de prerrogativas da autonomia, ou em des
FLHQWt¿FRHGRSHQVDPHQWRUHÀH[LYR credenciamento. 9LGH/HLQGH
II - formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, 1R FDVR GH LQVWLWXLomR S~EOLFD R 3RGHU ([HFXWLYR
DSWRVSDUDDLQVHUomRHPVHWRUHVSUR¿VVLRQDLVHSDUDDSDUWLFLSDomR responsável por sua manutenção acompanhará o processo de
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua for- saneamento e fornecerá recursos adicionais, se necessários, para a
mação contínua; VXSHUDomRGDVGH¿FLrQFLDV
,,,LQFHQWLYDURWUDEDOKRGHSHVTXLVDHLQYHVWLJDomRFLHQWt¿FD
visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação $UW1DHGXFDomRVXSHULRURDQROHWLYRUHJXODULQGHSHQGHQ-
e difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do
te do ano civil, tem, no mínimo, duzentos dias de trabalho acadêmi-
homem e do meio em que vive;
FRHIHWLYRH[FOXtGRRWHPSRUHVHUYDGRDRVH[DPHV¿QDLVTXDQGR
IV - promover a divulgação de conhecimentos culturais, cientí-
houver.
¿FRVHWpFQLFRVTXHFRQVWLWXHPSDWULP{QLRGDKXPDQLGDGHHFRPX-
nicar o saber através do ensino, de publicações ou de outras formas $VLQVWLWXLo}HVLQIRUPDUmRDRVLQWHUHVVDGRVDQWHVGHFDGD
de comunicação; período letivo, os programas dos cursos e demais componentes
V - suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e FXUULFXODUHV VXD GXUDomR UHTXLVLWRV TXDOL¿FDomR GRV SURIHVVRUHV
SUR¿VVLRQDOHSRVVLELOLWDUDFRUUHVSRQGHQWHFRQFUHWL]DomRLQWHJUDQ- recursos disponíveis e critérios de avaliação, obrigando-se a cumprir
do os conhecimentos que vão sendo adquiridos numa estrutura inte- as respectivas condições.
lectual sistematizadora do conhecimento de cada geração; § 2º Os alunos que tenham extraordinário aproveitamento nos
VI - estimular o conhecimento dos problemas do mundo pre- estudos, demonstrado por meio de provas e outros instrumentos de
sente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços es- DYDOLDomR HVSHFt¿FRV DSOLFDGRV SRU EDQFD H[DPLQDGRUD HVSHFLDO
pecializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de poderão ter abreviada a duração dos seus cursos, de acordo com as
reciprocidade; normas dos sistemas de ensino.
VII - promover a extensão, aberta à participação da população, eREULJDWyULDDIUHTrQFLDGHDOXQRVHSURIHVVRUHVVDOYR
visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação QRVSURJUDPDVGHHGXFDomRDGLVWkQFLD
FXOWXUDOHGDSHVTXLVDFLHQWt¿FDHWHFQROyJLFDJHUDGDVQDLQVWLWXLomR $VLQVWLWXLo}HVGHHGXFDomRVXSHULRURIHUHFHUmRQRSHUtRGR
noturno, cursos de graduação nos mesmos padrões de qualidade
$UW$HGXFDomRVXSHULRUDEUDQJHUiRVVHJXLQWHVFXUVRVH mantidos no período diurno, sendo obrigatória a oferta noturna nas
programas: LQVWLWXLo}HVS~EOLFDVJDUDQWLGDDQHFHVViULDSUHYLVmRRUoDPHQWiULD
I - cursos seqüenciais por campo de saber, de diferentes níveis
de abrangência, abertos a candidatos que atendam aos requisitos es- $UW2VGLSORPDVGHFXUVRVVXSHULRUHVUHFRQKHFLGRVTXDQ-
tabelecidos pelas instituições de ensino, desde que tenham concluí- do registrados, terão validade nacional como prova da formação re-
do o ensino médio ou equivalente; cebida por seu titular.
II - de graduação, abertos a candidatos que tenham concluído 2V GLSORPDV H[SHGLGRV SHODV XQLYHUVLGDGHV VHUmR SRU
RHQVLQRPpGLRRXHTXLYDOHQWHHWHQKDPVLGRFODVVL¿FDGRVHPSUR- elas próprias registrados, e aqueles conferidos por instituições não-
cesso seletivo; universitárias serão registrados em universidades indicadas pelo
III - de pós-graduação, compreendendo programas de mestra-
Conselho Nacional de Educação.
do e doutorado, cursos de especialização, aperfeiçoamento e outros,
§ 2º Os diplomas de graduação expedidos por universidades
abertos a candidatos diplomados em cursos de graduação e que aten-
HVWUDQJHLUDV VHUmR UHYDOLGDGRV SRU XQLYHUVLGDGHV S~EOLFDV TXH
dam às exigências das instituições de ensino;
IV - de extensão, abertos a candidatos que atendam aos requisi- tenham curso do mesmo nível e área ou equivalente, respeitando-se
tos estabelecidos em cada caso pelas instituições de ensino. os acordos internacionais de reciprocidade ou equiparação.
3DUiJUDIR~QLFR2VUHVXOWDGRVGRSURFHVVRVHOHWLYRUHIHULGRQR 2V GLSORPDV GH 0HVWUDGR H GH 'RXWRUDGR H[SHGLGRV
inciso II do caputGHVWHDUWLJRVHUmRWRUQDGRVS~EOLFRVSHODVLQVWLWXL- por universidades estrangeiras só poderão ser reconhecidos por
ções de ensino superior, sendo obrigatória a divulgação da relação universidades que possuam cursos de pós-graduação reconhecidos
QRPLQDOGRVFODVVL¿FDGRVDUHVSHFWLYDRUGHPGHFODVVL¿FDomREHP e avaliados, na mesma área de conhecimento e em nível equivalente
como do cronograma das chamadas para matrícula, de acordo com ou superior.
os critérios para preenchimento das vagas constantes do respectivo
edital. $UW$VLQVWLWXLo}HVGHHGXFDomRVXSHULRUDFHLWDUmRDWUDQV-
IHUrQFLDGHDOXQRVUHJXODUHVSDUDFXUVRVD¿QVQDKLSyWHVHGHH[LV-
$UW$HGXFDomRVXSHULRUVHUiPLQLVWUDGDHPLQVWLWXLo}HVGH tência de vagas, e mediante processo seletivo.
HQVLQRVXSHULRUS~EOLFDVRXSULYDGDVFRPYDULDGRVJUDXVGHDEUDQ- 3DUiJUDIR~QLFR$VWUDQVIHUrQFLDVH[RI¿FLR dar-se-ão na forma
gência ou especialização. da lei.
$UW$DXWRUL]DomRHRUHFRQKHFLPHQWRGHFXUVRVEHPFRPR $UW$VLQVWLWXLo}HVGHHGXFDomRVXSHULRUTXDQGRGDRFRU-
o credenciamento de instituições de educação superior, terão prazos rência de vagas, abrirão matrícula nas disciplinas de seus cursos a
limitados, sendo renovados, periodicamente, após processo regular alunos não regulares que demonstrarem capacidade de cursá-las
de avaliação. 9LGH/HLQGH com proveito, mediante processo seletivo prévio.
Didatismo e Conhecimento 34
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
$UW $V LQVWLWXLo}HV GH HGXFDomR VXSHULRU FUHGHQFLDGDV 1R H[HUFtFLR GD VXD DXWRQRPLD DOpP GDV DWULEXLo}HV
como universidades, ao deliberar sobre critérios e normas de sele- DVVHJXUDGDV SHOR DUWLJR DQWHULRU DV XQLYHUVLGDGHV S~EOLFDV
ção e admissão de estudantes, levarão em conta os efeitos desses poderão:
critérios sobre a orientação do ensino médio, articulando-se com I - propor o seu quadro de pessoal docente, técnico e adminis-
os órgãos normativos dos sistemas de ensino. trativo, assim como um plano de cargos e salários, atendidas as nor-
mas gerais pertinentes e os recursos disponíveis;
$UW$VXQLYHUVLGDGHVVmRLQVWLWXLo}HVSOXULGLVFLSOLQDUHVGH II - elaborar o regulamento de seu pessoal em conformidade
IRUPDomRGRVTXDGURVSUR¿VVLRQDLVGHQtYHOVXSHULRUGHSHVTXLVD com as normas gerais concernentes;
de extensão e de domínio e cultivo do saber humano, que se ca- III - aprovar e executar planos, programas e projetos de investi-
racterizam por: mentos referentes a obras, serviços e aquisições em geral, de acordo
I - produção intelectual institucionalizada mediante o estudo com os recursos alocados pelo respectivo Poder mantenedor;
sistemático dos temas e problemas mais relevantes, tanto do ponto IV - elaborar seus orçamentos anuais e plurianuais;
GHYLVWDFLHQWt¿FRHFXOWXUDOTXDQWRUHJLRQDOHQDFLRQDO 9DGRWDUUHJLPH¿QDQFHLURHFRQWiELOTXHDWHQGDjVVXDVSHFX-
II - um terço do corpo docente, pelo menos, com titulação liaridades de organização e funcionamento;
acadêmica de mestrado ou doutorado; 9, UHDOL]DU RSHUDo}HV GH FUpGLWR RX GH ¿QDQFLDPHQWR FRP
III - um terço do corpo docente em regime de tempo integral. aprovação do Poder competente, para aquisição de bens imóveis,
3DUiJUDIR~QLFReIDFXOWDGDDFULDomRGHXQLYHUVLGDGHVHVSH- instalações e equipamentos;
cializadas por campo do saber. VII - efetuar transferências, quitações e tomar outras providên-
FLDVGHRUGHPRUoDPHQWiULD¿QDQFHLUDHSDWULPRQLDOQHFHVViULDVDR
$UW 1R H[HUFtFLR GH VXD DXWRQRPLD VmR DVVHJXUDGDV jV seu bom desempenho.
universidades, sem prejuízo de outras, as seguintes atribuições: § 2º Atribuições de autonomia universitária poderão ser
I - criar, organizar e extinguir, em sua sede, cursos e progra- HVWHQGLGDV D LQVWLWXLo}HV TXH FRPSURYHP DOWD TXDOL¿FDomR SDUD R
mas de educação superior previstos nesta Lei, obedecendo às nor- ensino ou para a pesquisa, com base em avaliação realizada pelo
mas gerais da União e, quando for o caso, do respectivo sistema 3RGHU3~EOLFR
de ensino;
,,¿[DURVFXUUtFXORVGRVVHXVFXUVRVHSURJUDPDVREVHUYD- $UW&DEHUij8QLmRDVVHJXUDUDQXDOPHQWHHPVHX2UoD-
das as diretrizes gerais pertinentes; PHQWR *HUDO UHFXUVRV VX¿FLHQWHV SDUD PDQXWHQomR H GHVHQYROYL-
III - estabelecer planos, programas e projetos de pesquisa mento das instituições de educação superior por ela mantidas.
FLHQWt¿FDSURGXomRDUWtVWLFDHDWLYLGDGHVGHH[WHQVmR
,9 ¿[DU R Q~PHUR GH YDJDV GH DFRUGR FRP D FDSDFLGDGH $UW$VLQVWLWXLo}HVS~EOLFDVGHHGXFDomRVXSHULRUREHGHFH-
institucional e as exigências do seu meio; rão ao princípio da gestão democrática, assegurada a existência de
V - elaborar e reformar os seus estatutos e regimentos em con- órgãos colegiados deliberativos, de que participarão os segmentos
VRQkQFLDFRPDVQRUPDVJHUDLVDWLQHQWHV da comunidade institucional, local e regional.
VI - conferir graus, diplomas e outros títulos; 3DUiJUDIR~QLFR(PTXDOTXHUFDVRRVGRFHQWHVRFXSDUmRVH-
9,,¿UPDUFRQWUDWRVDFRUGRVHFRQYrQLRV tenta por cento dos assentos em cada órgão colegiado e comissão,
VIII - aprovar e executar planos, programas e projetos de LQFOXVLYHQRVTXHWUDWDUHPGDHODERUDomRHPRGL¿FDo}HVHVWDWXWiULDV
investimentos referentes a obras, serviços e aquisições em geral, e regimentais, bem como da escolha de dirigentes.
bem como administrar rendimentos conforme dispositivos insti-
tucionais; $UW1DVLQVWLWXLo}HVS~EOLFDVGHHGXFDomRVXSHULRURSUR-
IX - administrar os rendimentos e deles dispor na forma pre- IHVVRU¿FDUiREULJDGRDRPtQLPRGHRLWRKRUDVVHPDQDLVGHDXODV
vista no ato de constituição, nas leis e nos respectivos estatutos;
X - receber subvenções, doações, heranças, legados e coope- CAPÍTULO V
UDomR¿QDQFHLUDUHVXOWDQWHGHFRQYrQLRVFRPHQWLGDGHVS~EOLFDVH DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
privadas.
3DUiJUDIR~QLFR3DUDJDUDQWLUDDXWRQRPLDGLGiWLFRFLHQWt¿FD $UW(QWHQGHVHSRUHGXFDomRHVSHFLDOSDUDRVHIHLWRVGHVWD
das universidades, caberá aos seus colegiados de ensino e pesquisa Lei, a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente
decidir, dentro dos recursos orçamentários disponíveis, sobre: QDUHGHUHJXODUGHHQVLQRSDUDHGXFDQGRVFRPGH¿FLrQFLDWUDQVWRU-
,FULDomRH[SDQVmRPRGL¿FDomRHH[WLQomRGHFXUVRV nos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdota-
II - ampliação e diminuição de vagas; omR5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH
III - elaboração da programação dos cursos; +DYHUiTXDQGRQHFHVViULRVHUYLoRVGHDSRLRHVSHFLDOL]DGR
IV - programação das pesquisas e das atividades de extensão; na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de
V - contratação e dispensa de professores; educação especial.
VI - planos de carreira docente. § 2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas
ou serviços especializados, sempre que, em função das condições
$UW$VXQLYHUVLGDGHVPDQWLGDVSHOR3RGHU3~EOLFRJR]D- HVSHFt¿FDVGRVDOXQRVQmRIRUSRVVtYHODVXDLQWHJUDomRQDVFODVVHV
rão, na forma da lei, de estatuto jurídico especial para atender às comuns de ensino regular.
SHFXOLDULGDGHVGHVXDHVWUXWXUDRUJDQL]DomRH¿QDQFLDPHQWRSHOR $ RIHUWD GH HGXFDomR HVSHFLDO GHYHU FRQVWLWXFLRQDO GR
3RGHU3~EOLFRDVVLPFRPRGRVVHXVSODQRVGHFDUUHLUDHGRUHJLPH Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a
jurídico do seu pessoal. educação infantil.
Didatismo e Conhecimento 35
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
$UW2VVLVWHPDVGHHQVLQRDVVHJXUDUmRDRVHGXFDQGRVFRP $UW$IRUPDomRGHGRFHQWHVSDUDDWXDUQDHGXFDomREiVLFD
de¿FLrQFLDWUDQVWRUQRVJOREDLVGRGHVHQYROYLPHQWRHDOWDVKDELOLGD- far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação
GHVRXVXSHUGRWDomR5HGDomRGDGDSHOD/HLQGH plena, em universidades e institutos superiores de educação, admiti-
I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organi- da, como formação mínima para o exercício do magistério na edu-
]DomRHVSHFt¿FRVSDUDDWHQGHUjVVXDVQHFHVVLGDGHV FDomRLQIDQWLOHQRVFLQFRSULPHLURVDQRVGRHQVLQRIXQGDPHQWDO
,, WHUPLQDOLGDGH HVSHFt¿FD SDUD DTXHOHV TXH QmR SXGHUHP a oferecida em nível médio na modalidade normal. (Redação dada
atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em SHOD/HLQGH
YLUWXGHGHVXDVGH¿FLrQFLDVHDFHOHUDomRSDUDFRQFOXLUHPPHQRU º A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios,
tempo o programa escolar para os superdotados; em regime de colaboração, deverão promover a formação inicial, a
III - professores com especialização adequada em nível médio FRQWLQXDGDHDFDSDFLWDomRGRVSUR¿VVLRQDLVGHPDJLVWpULR
ou superior, para atendimento especializado, bem como professores § 2º$IRUPDomRFRQWLQXDGDHDFDSDFLWDomRGRVSUR¿VVLRQDLV
do ensino regular capacitados para a integração desses educandos de magistério poderão utilizar recursos e tecnologias de educação a
nas classes comuns; GLVWkQFLD
IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva in- º $ IRUPDomR LQLFLDO GH SUR¿VVLRQDLV GH PDJLVWpULR GDUi
tegração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para preferência ao ensino presencial, subsidiariamente fazendo uso de
os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competi- UHFXUVRVHWHFQRORJLDVGHHGXFDomRDGLVWkQFLD
WLYRPHGLDQWHDUWLFXODomRFRPRVyUJmRVR¿FLDLVD¿QVEHPFRPR $8QLmRR'LVWULWR)HGHUDORV(VWDGRVHRV0XQLFtSLRV
para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas ar- adotarão mecanismos facilitadores de acesso e permanência em
tística, intelectual ou psicomotora; cursos de formação de docentes em nível superior para atuar na
V - acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais su- HGXFDomREiVLFDS~EOLFD,QFOXtGRSHOD/HLQGH
plementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular. $8QLmRR'LVWULWR)HGHUDORV(VWDGRVHRV0XQLFtSLRV
LQFHQWLYDUmR D IRUPDomR GH SUR¿VVLRQDLV GR PDJLVWpULR SDUD DWXDU
$UW2VyUJmRVQRUPDWLYRVGRVVLVWHPDVGHHQVLQRHVWDEH- QD HGXFDomR EiVLFD S~EOLFD PHGLDQWH SURJUDPD LQVWLWXFLRQDO GH
OHFHUmRFULWpULRVGHFDUDFWHUL]DomRGDVLQVWLWXLo}HVSULYDGDVVHP¿QV bolsa de iniciação à docência a estudantes matriculados em cursos
de licenciatura, de graduação plena, nas instituições de educação
lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em educação es-
superior. ,QFOXtGRSHOD/HLQGH
SHFLDOSDUD¿QVGHDSRLRWpFQLFRH¿QDQFHLURSHOR3RGHU3~EOLFR
20LQLVWpULRGD(GXFDomRSRGHUiHVWDEHOHFHUQRWDPtQLPD
3DUiJUDIR ~QLFR 2 SRGHU S~EOLFR DGRWDUi FRPR DOWHUQDWLYD
em exame nacional aplicado aos concluintes do ensino médio como
SUHIHUHQFLDODDPSOLDomRGRDWHQGLPHQWRDRVHGXFDQGRVFRPGH¿-
pré-requisito para o ingresso em cursos de graduação para formação
ciência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades
de docentes, ouvido o Conselho Nacional de Educação - CNE. (In-
RXVXSHUGRWDomRQDSUySULDUHGHS~EOLFDUHJXODUGHHQVLQRLQGHSHQ-
FOXtGRSHOD/HLQGH
dentemente do apoio às instituições previstas neste artigo. (Redação
9(7$'2,QFOXtGRSHOD/HLQGH
GDGDSHOD/HLQGH
$UW$$IRUPDomRGRVSUR¿VVLRQDLVDTXHVHUHIHUHRLQFLVR
TÍTULO VI ,,,GRDUWIDUVHiSRUPHLRGHFXUVRVGHFRQWH~GRWpFQLFRSHGD-
DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO gógico, em nível médio ou superior, incluindo habilitações tecnoló-
JLFDV,QFOXtGRSHOD/HLQGH
$UW&RQVLGHUDPVHSUR¿VVLRQDLVGDHGXFDomRHVFRODUEiVL- 3DUiJUDIR ~QLFR *DUDQWLUVHi IRUPDomR FRQWLQXDGD SDUD RV
ca os que, nela estando em efetivo exercício e tendo sido formados SUR¿VVLRQDLVDTXHVHUHIHUHRFDSXWQRORFDOGHWUDEDOKRRXHPLQVWL-
em cursos reconhecidos, são: tuições de educação básica e superior, incluindo cursos de educação
I – professores habilitados em nível médio ou superior para a SUR¿VVLRQDOFXUVRVVXSHULRUHVGHJUDGXDomRSOHQDRXWHFQROyJLFRVH
docência na educação infantil e nos ensinos fundamental e médio; GHSyVJUDGXDomR,QFOXtGRSHOD/HLQGH
II – trabalhadores em educação portadores de diploma de peda-
gogia, com habilitação em administração, planejamento, supervisão, $UW2VLQVWLWXWRVVXSHULRUHVGHHGXFDomRPDQWHUmR
inspeção e orientação educacional, bem como com títulos de mes- ,FXUVRVIRUPDGRUHVGHSUR¿VVLRQDLVSDUDDHGXFDomREiVLFD
trado ou doutorado nas mesmas áreas; inclusive o curso normal superior, destinado à formação de docentes
III – trabalhadores em educação, portadores de diploma de cur- para a educação infantil e para as primeiras séries do ensino funda-
VRWpFQLFRRXVXSHULRUHPiUHDSHGDJyJLFDRXD¿P mental;
3DUiJUDIR~QLFR$IRUPDomRGRVSUR¿VVLRQDLVGDHGXFDomRGH II - programas de formação pedagógica para portadores de di-
PRGRDDWHQGHUjVHVSHFL¿FLGDGHVGRH[HUFtFLRGHVXDVDWLYLGDGHV plomas de educação superior que queiram se dedicar à educação
bem como aos objetivos das diferentes etapas e modalidades da edu- básica;
cação básica, terá como fundamentos: ,,,SURJUDPDVGHHGXFDomRFRQWLQXDGDSDUDRVSUR¿VVLRQDLVGH
I – a presença de sólida formação básica, que propicie o conhe- educação dos diversos níveis.
FLPHQWRGRVIXQGDPHQWRVFLHQWt¿FRVHVRFLDLVGHVXDVFRPSHWrQFLDV
de trabalho; $UW$IRUPDomRGHSUR¿VVLRQDLVGHHGXFDomRSDUDDGPLQLV-
II – a associação entre teorias e práticas, mediante estágios su- tração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional
pervisionados e capacitação em serviço; para a educação básica, será feita em cursos de graduação em pe-
III – o aproveitamento da formação e experiências anteriores, dagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de
em instituições de ensino e em outras atividades. ensino, garantida, nesta formação, a base comum nacional.
Didatismo e Conhecimento 36
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
$UW$IRUPDomRGRFHQWHH[FHWRSDUDDHGXFDomRVXSHULRU $SDUFHODGDDUUHFDGDomRGHLPSRVWRVWUDQVIHULGDSHOD8QLmR
incluirá prática de ensino de, no mínimo, trezentas horas. aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos Estados
aos respectivos Municípios, não será considerada, para efeito do cál-
$UW$SUHSDUDomRSDUDRH[HUFtFLRGRPDJLVWpULRVXSHULRU culo previsto neste artigo, receita do governo que a transferir.
far-se-á em nível de pós-graduação, prioritariamente em programas § 2º Serão consideradas excluídas das receitas de impostos men-
de mestrado e doutorado. cionadas neste artigo as operações de crédito por antecipação de recei-
3DUiJUDIR~QLFR2QRWyULRVDEHUUHFRQKHFLGRSRUXQLYHUVLGDGH ta orçamentária de impostos.
FRPFXUVRGHGRXWRUDGRHPiUHDD¿PSRGHUiVXSULUDH[LJrQFLDGH 3DUD¿[DomRLQLFLDOGRVYDORUHVFRUUHVSRQGHQWHVDRVPtQL-
título acadêmico. mos estatuídos neste artigo, será considerada a receita estimada na lei
do orçamento anual, ajustada, quando for o caso, por lei que autorizar
$UW2VVLVWHPDVGHHQVLQRSURPRYHUmRDYDORUL]DomRGRV a abertura de créditos adicionais, com base no eventual excesso de
SUR¿VVLRQDLV GD HGXFDomR DVVHJXUDQGROKHV LQFOXVLYH QRV WHUPRV arrecadação.
$VGLIHUHQoDVHQWUHDUHFHLWDHDGHVSHVDSUHYLVWDVHDVHIHWL-
GRVHVWDWXWRVHGRVSODQRVGHFDUUHLUDGRPDJLVWpULRS~EOLFR
vamente realizadas, que resultem no não atendimento dos percentuais
,LQJUHVVRH[FOXVLYDPHQWHSRUFRQFXUVRS~EOLFRGHSURYDVH
mínimos obrigatórios, serão apuradas e corrigidas a cada trimestre do
títulos;
H[HUFtFLR¿QDQFHLUR
,,DSHUIHLoRDPHQWRSUR¿VVLRQDOFRQWLQXDGRLQFOXVLYHFRPOL-
2 UHSDVVH GRV YDORUHV UHIHULGRV QHVWH DUWLJR GR FDL[D GD
FHQFLDPHQWRSHULyGLFRUHPXQHUDGRSDUDHVVH¿P União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios ocorrerá
,,,SLVRVDODULDOSUR¿VVLRQDO imediatamente ao órgão responsável pela educação, observados os
IV - progressão funcional baseada na titulação ou habilitação, e seguintes prazos:
na avaliação do desempenho; I - recursos arrecadados do primeiro ao décimo dia de cada mês,
V - período reservado a estudos, planejamento e avaliação, in- até o vigésimo dia;
cluído na carga de trabalho; II - recursos arrecadados do décimo primeiro ao vigésimo dia de
VI - condições adequadas de trabalho. cada mês, até o trigésimo dia;
A experiência docente é pré-requisito para o exercício pro- ,,,UHFXUVRVDUUHFDGDGRVGRYLJpVLPRSULPHLURGLDDR¿QDOGH
¿VVLRQDOGHTXDLVTXHURXWUDVIXQo}HVGHPDJLVWpULRQRVWHUPRVGDV cada mês, até o décimo dia do mês subseqüente.
normas de cada sistema de ensino. 2DWUDVRGDOLEHUDomRVXMHLWDUiRVUHFXUVRVDFRUUHomRPR-
3DUDRVHIHLWRVGRGLVSRVWRQRGRDUW e no do netária e à responsabilização civil e criminal das autoridades compe-
DUWGD&RQVWLWXLomR)HGHUDOVmRFRQVLGHUDGDVIXQo}HVGHPD- tentes.
gistério as exercidas por professores e especialistas em educação no
desempenho de atividades educativas, quando exercidas em esta- $UW&RQVLGHUDUVHmRFRPRGHPDQXWHQomRHGHVHQYROYL-
belecimento de educação básica em seus diversos níveis e moda- mento do ensino as despesas realizadas com vistas à consecução dos
lidades, incluídas, além do exercício da docência, as de direção de objetivos básicos das instituições educacionais de todos os níveis,
unidade escolar e as de coordenação e assessoramento pedagógico. compreendendo as que se destinam a:
$8QLmRSUHVWDUiDVVLVWrQFLDWpFQLFDDRV(VWDGRVDR'LVWULWR I - remuneração e aperfeiçoamento do pessoal docente e demais
)HGHUDOHDRV0XQLFtSLRVQDHODERUDomRGHFRQFXUVRVS~EOLFRVSDUD SUR¿VVLRQDLVGDHGXFDomR
SURYLPHQWRGHFDUJRVGRVSUR¿VVLRQDLVGDHGXFDomR(Incluído pela II - aquisição, manutenção, construção e conservação de insta-
/HLQGH lações e equipamentos necessários ao ensino;
III – uso e manutenção de bens e serviços vinculados ao ensino;
TÍTULO VII IV - levantamentos estatísticos, estudos e pesquisas visando
precipuamente ao aprimoramento da qualidade e à expansão do en-
DOS RECURSOS FINANCEIROS
sino;
V - realização de atividades-meio necessárias ao funcionamen-
$UW6HUmRUHFXUVRVS~EOLFRVGHVWLQDGRVjHGXFDomRRVRUL-
to dos sistemas de ensino;
ginários de:
9,FRQFHVVmRGHEROVDVGHHVWXGRDDOXQRVGHHVFRODVS~EOLFDV
I - receita de impostos próprios da União, dos Estados, do Dis- e privadas;
trito Federal e dos Municípios; VII - amortização e custeio de operações de crédito destinadas
II - receita de transferências constitucionais e outras transfe- a atender ao disposto nos incisos deste artigo;
rências; VIII - aquisição de material didático-escolar e manutenção de
III - receita do salário-educação e de outras contribuições so- programas de transporte escolar.
ciais;
,9UHFHLWDGHLQFHQWLYRV¿VFDLV $UW1mRFRQVWLWXLUmRGHVSHVDVGHPDQXWHQomRHGHVHQYROYL-
V - outros recursos previstos em lei. mento do ensino aquelas realizadas com:
I - pesquisa, quando não vinculada às instituições de ensino, ou,
$UW$8QLmRDSOLFDUiDQXDOPHQWHQXQFDPHQRVGHGH]RLWR quando efetivada fora dos sistemas de ensino, que não vise, preci-
e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, vinte e cinco por puamente, ao aprimoramento de sua qualidade ou à sua expansão;
FHQWRRXRTXHFRQVWDQDVUHVSHFWLYDV&RQVWLWXLo}HVRX/HLV2UJkQL- ,,VXEYHQomRDLQVWLWXLo}HVS~EOLFDVRXSULYDGDVGHFDUiWHUDV-
cas, da receita resultante de impostos, compreendidas as transferên- sistencial, desportivo ou cultural;
cias constitucionais, na manutenção e desenvolvimento do ensino ,,,IRUPDomRGHTXDGURVHVSHFLDLVSDUDDDGPLQLVWUDomRS~EOL-
S~EOLFR ca, sejam militares ou civis, inclusive diplomáticos;
Didatismo e Conhecimento 37
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
IV - programas suplementares de alimentação, assistência mé- ,FRPSURYHP¿QDOLGDGHQmROXFUDWLYDHQmRGLVWULEXDPUHVXO-
dico-odontológica, farmacêutica e psicológica, e outras formas de tadosGLYLGHQGRVERQL¿FDo}HVSDUWLFLSDo}HVRXSDUFHODGHVHXSD-
assistência social; trimônio sob nenhuma forma ou pretexto;
9REUDVGHLQIUDHVWUXWXUDDLQGDTXHUHDOL]DGDVSDUDEHQH¿FLDU ,,DSOLTXHPVHXVH[FHGHQWHV¿QDQFHLURVHPHGXFDomR
direta ou indiretamente a rede escolar; III - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola
VI - pessoal docente e demais trabalhadores da educação, quan- FRPXQLWiULD¿ODQWUySLFDRXFRQIHVVLRQDORXDR3RGHU3~EOLFRQR
do em desvio de função ou em atividade alheia à manutenção e de- caso de encerramento de suas atividades;
senvolvimento do ensino. ,9SUHVWHPFRQWDVDR3RGHU3~EOLFRGRVUHFXUVRVUHFHELGRV
2VUHFXUVRVGHTXHWUDWDHVWHDUWLJRSRGHUmRVHUGHVWLQDGRV
$UW$VUHFHLWDVHGHVSHVDVFRPPDQXWHQomRHGHVHQYROYL- a bolsas de estudo para a educação básica, na forma da lei, para os
mento do ensino serão apuradas e publicadas nos balanços do Poder TXHGHPRQVWUDUHPLQVX¿FLrQFLDGHUHFXUVRVTXDQGRKRXYHUIDOWDGH
3~EOLFRDVVLPFRPRQRVUHODWyULRVDTXHVHUHIHUHRGRDUW YDJDVHFXUVRVUHJXODUHVGDUHGHS~EOLFDGHGRPLFtOLRGRHGXFDQGR
da Constituição Federal. ¿FDQGR R 3RGHU 3~EOLFR REULJDGR D LQYHVWLU SULRULWDULDPHQWH QD
expansão da sua rede local.
$UW2VyUJmRV¿VFDOL]DGRUHVH[DPLQDUmRSULRULWDULDPHQWH § 2º As atividades universitárias de pesquisa e extensão poderão
QDSUHVWDomRGHFRQWDVGHUHFXUVRVS~EOLFRVRFXPSULPHQWRGRGLV- UHFHEHU DSRLR ¿QDQFHLUR GR 3RGHU 3~EOLFR LQFOXVLYH PHGLDQWH
SRVWRQRDUWGD&RQVWLWXLomR)HGHUDOQRDUWGR$WRGDV'LV- bolsas de estudo.
posições Constitucionais Transitórias e na legislação concernente.
TÍTULO VIII
$UW$8QLmRHPFRODERUDomRFRPRV(VWDGRVR'LVWULWR DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Federal e os Municípios, estabelecerá padrão mínimo de oportuni-
dades educacionais para o ensino fundamental, baseado no cálculo $UW26LVWHPDGH(QVLQRGD8QLmRFRPDFRODERUDomRGDV
do custo mínimo por aluno, capaz de assegurar ensino de qualidade. agências federais de fomento à cultura e de assistência aos índios,
3DUiJUDIR~QLFR2FXVWRPtQLPRGHTXHWUDWDHVWHDUWLJRVHUi desenvolverá programas integrados de ensino e pesquisa, para oferta
FDOFXODGRSHOD8QLmRDR¿QDOGHFDGDDQRFRPYDOLGDGHSDUDRDQR de educação escolar bilingüe e intercultural aos povos indígenas,
com os seguintes objetivos:
subseqüente, considerando variações regionais no custo dos insu-
I - proporcionar aos índios, suas comunidades e povos, a recu-
mos e as diversas modalidades de ensino.
SHUDomRGHVXDVPHPyULDVKLVWyULFDVDUHD¿UPDomRGHVXDVLGHQWLGD-
des étnicas; a valorização de suas línguas e ciências;
$UW$DomRVXSOHWLYDHUHGLVWULEXWLYDGD8QLmRHGRV(VWDGRV
II - garantir aos índios, suas comunidades e povos, o acesso
será exercida de modo a corrigir, progressivamente, as disparidades
jVLQIRUPDo}HVFRQKHFLPHQWRVWpFQLFRVHFLHQWt¿FRVGDVRFLHGDGH
de acesso e garantir o padrão mínimo de qualidade de ensino.
nacional e demais sociedades indígenas e não-índias.
$DomRDTXHVHUHIHUHHVWHDUWLJRREHGHFHUiDIyUPXODGH
GRPtQLRS~EOLFRTXHLQFOXDDFDSDFLGDGHGHDWHQGLPHQWRHDPHGLGD
$UW$8QLmRDSRLDUiWpFQLFDH¿QDQFHLUDPHQWHRVVLVWHPDV
GR HVIRUoR ¿VFDO GR UHVSHFWLYR (VWDGR GR 'LVWULWR )HGHUDO RX GR
de ensino no provimento da educação intercultural às comunidades
Município em favor da manutenção e do desenvolvimento do ensino. indígenas, desenvolvendo programas integrados de ensino e pesqui-
$FDSDFLGDGHGHDWHQGLPHQWRGHFDGDJRYHUQRVHUiGH¿QLGD sa.
pela razão entre os recursos de uso constitucionalmente obrigatório 2V SURJUDPDV VHUmR SODQHMDGRV FRP DXGLrQFLD GDV
na manutenção e desenvolvimento do ensino e o custo anual do comunidades indígenas.
aluno, relativo ao padrão mínimo de qualidade. § 2º Os programas a que se refere este artigo, incluídos nos
&RP EDVH QRV FULWpULRV HVWDEHOHFLGRV QRV H Planos Nacionais de Educação, terão os seguintes objetivos:
a União poderá fazer a transferência direta de recursos a cada I - fortalecer as práticas sócio-culturais e a língua materna de
HVWDEHOHFLPHQWR GH HQVLQR FRQVLGHUDGR R Q~PHUR GH DOXQRV TXH cada comunidade indígena;
efetivamente freqüentam a escola. II - manter programas de formação de pessoal especializado,
$DomRVXSOHWLYDHUHGLVWULEXWLYDQmRSRGHUiVHUH[HUFLGD destinado à educação escolar nas comunidades indígenas;
em favor do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios se ,,,GHVHQYROYHUFXUUtFXORVHSURJUDPDVHVSHFt¿FRVQHOHVLQ-
estes oferecerem vagas, na área de ensino de sua responsabilidade, FOXLQGR RV FRQWH~GRV FXOWXUDLV FRUUHVSRQGHQWHV jV UHVSHFWLYDV FR-
FRQIRUPHRLQFLVR9,GRDUWHRLQFLVR9GRDUWGHVWD/HLHP munidades;
Q~PHURLQIHULRUjVXDFDSDFLGDGHGHDWHQGLPHQWR IV - elaborar e publicar sistematicamente material didático es-
SHFt¿FRHGLIHUHQFLDGR
$UW$DomRVXSOHWLYDHUHGLVWULEXWLYDSUHYLVWDQRDUWLJRDQ- No que se refere à educação superior, sem prejuízo de
WHULRU ¿FDUi FRQGLFLRQDGD DR HIHWLYR FXPSULPHQWR SHORV (VWDGRV outras ações, o atendimento aos povos indígenas efetivar-se-á, nas
Distrito Federal e Municípios do disposto nesta Lei, sem prejuízo de XQLYHUVLGDGHVS~EOLFDVHSULYDGDVPHGLDQWHDRIHUWDGHHQVLQRHGH
outras prescrições legais. assistência estudantil, assim como de estímulo à pesquisa e desen-
volvimento de programas especiais. ,QFOXtGR SHOD /HL Q
$UW2VUHFXUVRVS~EOLFRVVHUmRGHVWLQDGRVjVHVFRODVS~EOL- GH
cas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou
¿ODQWUySLFDVTXH $UW$9(7$'2
Didatismo e Conhecimento 38
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
$UW%2FDOHQGiULRHVFRODULQFOXLUiRGLDGHQRYHPEUR TÍTULO IX
como ‘Dia Nacional da Consciência Negra’. DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
$UW23RGHU3~EOLFRLQFHQWLYDUiRGHVHQYROYLPHQWRHD $UWeLQVWLWXtGDD'pFDGDGD(GXFDomRDLQLFLDUVHXP
YHLFXODomRGHSURJUDPDVGHHQVLQRDGLVWkQFLDHPWRGRVRVQtYHLV ano a partir da publicação desta Lei.
e modalidades de ensino, e de educação continuada. $8QLmRQRSUD]RGHXPDQRDSDUWLUGDSXEOLFDomRGHVWD
$ HGXFDomR D GLVWkQFLD RUJDQL]DGD FRP DEHUWXUD H Lei, encaminhará, ao Congresso Nacional, o Plano Nacional de
UHJLPH HVSHFLDLV VHUi RIHUHFLGD SRU LQVWLWXLo}HV HVSHFL¿FDPHQWH Educação, com diretrizes e metas para os dez anos seguintes, em
credenciadas pela União. sintonia com a Declaração Mundial sobre Educação para Todos.
§ 2º A União regulamentará os requisitos para a realização 5HYRJDGRSHODOHLQGH
de exames e registro de diploma relativos a cursos de educação a 2 'LVWULWR )HGHUDO FDGD (VWDGR H 0XQLFtSLR H
GLVWkQFLD supletivamente, a União, devem:
$V QRUPDV SDUD SURGXomR FRQWUROH H DYDOLDomR GH I 5HYRJDGRSHODOHLQGH
SURJUDPDV GH HGXFDomR D GLVWkQFLD H D DXWRUL]DomR SDUD VXD a) (Revogado)
implementação, caberão aos respectivos sistemas de ensino, b) (Revogado)
podendo haver cooperação e integração entre os diferentes c) (Revogado)
sistemas. ,,SURYHUFXUVRVSUHVHQFLDLVRXDGLVWkQFLDDRVMRYHQVHDGXO-
$HGXFDomRDGLVWkQFLDJR]DUiGHWUDWDPHQWRGLIHUHQFLDGR WRVLQVX¿FLHQWHPHQWHHVFRODUL]DGRV
que incluirá: III - realizar programas de capacitação para todos os profes-
I - custos de transmissão reduzidos em canais comerciais de sores em exercício, utilizando também, para isto, os recursos da
radiodifusão sonora e de sons e imagens; HGXFDomRDGLVWkQFLD
I - custos de transmissão reduzidos em canais comerciais de IV - integrar todos os estabelecimentos de ensino fundamental
radiodifusão sonora e de sons e imagens e em outros meios de do seu território ao sistema nacional de avaliação do rendimento
comunicação que sejam explorados mediante autorização, conces- escolar.
VmRRXSHUPLVVmRGRSRGHUS~EOLFR5HGDomRGDGDSHOD/HLQ 5HYRJDGRSHODOHLQGH
GH
6HUmR FRQMXJDGRV WRGRV RV HVIRUoRV REMHWLYDQGR D
,,FRQFHVVmRGHFDQDLVFRP¿QDOLGDGHVH[FOXVLYDPHQWHHGX-
SURJUHVVmR GDV UHGHV HVFRODUHV S~EOLFDV XUEDQDV GH HQVLQR
cativas;
fundamental para o regime de escolas de tempo integral.
,,,UHVHUYDGHWHPSRPtQLPRVHP{QXVSDUDR3RGHU3~EOLFR
$DVVLVWrQFLD¿QDQFHLUDGD8QLmRDRV(VWDGRVDR'LVWULWR
pelos concessionários de canais comerciais.
Federal e aos Municípios, bem como a dos Estados aos seus
$UWeSHUPLWLGDDRUJDQL]DomRGHFXUVRVRXLQVWLWXLo}HVGH
0XQLFtSLRV¿FDPFRQGLFLRQDGDVDRFXPSULPHQWRGRDUWGD
ensino experimentais, desde que obedecidas as disposições desta
Constituição Federal e dispositivos legais pertinentes pelos gover-
Lei.
QRVEHQH¿FLDGRV
$UW2VVLVWHPDVGHHQVLQRHVWDEHOHFHUmRDVQRUPDVGH
realização de estágio em sua jurisdição, observada a lei federal $UW$9(7$'2,QFOXtGRSHODOHLQGH
sobre a matéria.
$UW$8QLmRRV(VWDGRVR'LVWULWR)HGHUDOHRV0XQLFt-
$UW2HQVLQRPLOLWDUpUHJXODGRHPOHLHVSHFt¿FDDGPL- pios adaptarão sua legislação educacional e de ensino às disposi-
WLGDDHTXLYDOrQFLDGHHVWXGRVGHDFRUGRFRPDVQRUPDV¿[DGDV ções desta Lei no prazo máximo de um ano, a partir da data de sua
pelos sistemas de ensino. publicação.
$UW2VGLVFHQWHVGDHGXFDomRVXSHULRUSRGHUmRVHUDSUR- $V LQVWLWXLo}HV HGXFDFLRQDLV DGDSWDUmR VHXV HVWDWXWRV H
veitados em tarefas de ensino e pesquisa pelas respectivas institui- regimentos aos dispositivos desta Lei e às normas dos respectivos
ções, exercendo funções de monitoria, de acordo com seu rendi- sistemas de ensino, nos prazos por estes estabelecidos.
mento e seu plano de estudos. § 2º O prazo para que as universidades cumpram o disposto
QRVLQFLVRV,,H,,,GRDUWpGHRLWRDQRV
$UW4XDOTXHUFLGDGmRKDELOLWDGRFRPDWLWXODomRSUySULD
SRGHUi H[LJLU D DEHUWXUD GH FRQFXUVR S~EOLFR GH SURYDV H WtWXORV $UW$VFUHFKHVHSUpHVFRODVH[LVWHQWHVRXTXHYHQKDPD
SDUD FDUJR GH GRFHQWH GH LQVWLWXLomR S~EOLFD GH HQVLQR TXH HVWL- ser criadas deverão, no prazo de três anos, a contar da publicação
ver sendo ocupado por professor não concursado, por mais de seis desta Lei, integrar-se ao respectivo sistema de ensino.
DQRVUHVVDOYDGRVRVGLUHLWRVDVVHJXUDGRVSHORVDUWVGD&RQVWL-
WXLomR)HGHUDOHGR$WRGDV'LVSRVLo}HV&RQVWLWXFLRQDLV7UDQ- $UW $V TXHVW}HV VXVFLWDGDV QD WUDQVLomR HQWUH R UHJLPH
sitórias. anterior e o que se institui nesta Lei serão resolvidas pelo Con-
selho Nacional de Educação ou, mediante delegação deste, pelos
$UW $V LQVWLWXLo}HV GH HGXFDomR VXSHULRU FRQVWLWXtGDV órgãos normativos dos sistemas de ensino, preservada a autonomia
como universidades integrar-se-ão, também, na sua condição de universitária.
instituições de pesquisa, ao Sistema Nacional de Ciência e Tecno-
ORJLDQRVWHUPRVGDOHJLVODomRHVSHFt¿FD $UW(VWD/HLHQWUDHPYLJRUQDGDWDGHVXDSXEOLFDomR
Didatismo e Conhecimento 39
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
$UW5HYRJDPVHDVGLVSRVLo}HVGDV/HLVQVGH $UW1DLQWHUSUHWDomRGHVWD/HLOHYDUVHmRHPFRQWDRV
dHGH]HPEURGHHGHGHQRYHPEURGHQmR ¿QVsociais e a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os
DOWHUDGDVSHODV/HLVQVGHGHQRYHPEURGHH direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da
GHGHGH]HPEURGHHDLQGDDV/HLVQVGHGH criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento.
DJRVWRGHHGHGHRXWXEURGHHDVGHPDLVOHLV
HGHFUHWRVOHLTXHDVPRGL¿FDUDPHTXDLVTXHURXWUDVGLVSRVLo}HV TÍTULO II - DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
em contrário. CAPÍTULO I - DO DIRIETO À VIDA E À SAÚDE
%UDVtOLDGHGH]HPEURGHGD,QGHSHQGrQFLDH
GD5HS~EOLFD $UW$FULDQoDHRDGROHVFHQWHWrPGLUHLWRDSURWHomRjYLGD
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO HjVD~GHPHGLDQWHDHIHWLYDomRGHSROtWLFDVVRFLDLVS~EOLFDVTXH
Paulo Renato Souza permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso,
(VWHWH[WRQmRVXEVWLWXLRSXEOLFDGRQR'28GH em condições dignas de existência.
$UW1HQKXPDFULDQoDRXDGROHVFHQWHVHUiREMHWRGHTXDO- $UW2VHVWDEHOHFLPHQWRVGHDWHQGLPHQWRjVD~GHGHYHUmR
quer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, proporcionar condições para a permanência em tempo integral de
crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, um dos pais ou responsável, nos casos de internação de criança ou
por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. adolescente.
Didatismo e Conhecimento 40
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
$UW 2V FDVRV GH VXVSHLWD RX FRQ¿UPDomR GH PDXVWUDWRV Art. 22 - Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e edu-
contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados FDomRGRV¿OKRVPHQRUHVFDEHQGROKHVDLQGDQRLQWHUHVVHGHVWHV
ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais.
providências legais.
$UW$IDOWDRXDFDUrQFLDGHUHFXUVRVPDWHULDLVQmRFRQV-
$UW26LVWHPDÒQLFRGH6D~GHSURPRYHUiSURJUDPDVGH WLWXLPRWLYRVX¿FLHQWHSDUDDSHUGDRXDVXVSHQVmRGRSiWULRSRGHU
assistência médica e odontolóógica para a prevenção das enfermida- Parágrafo Único - Não existindo outro motivo que por si só
des que ordinariamente afetam a população infantil, e campanhas de autorize a decretação da medida, a criança ou o adolescente será
educação sanitária para pais, educadores e alunos. PDQWLGRHPVXDIDPÀLDGHRULJHPDTXDOGHYHUiREULJDWRULDPHQWH
Parágrafo Único - É obrigatória a vacinação das crianças nos ca- VHULQFOXtGDHPSURJUDPDVR¿FLDLVGHDX[tOLR
sos recomendados pelas autoridades sanitárias.
$UW$SHUGDHDVXVSHQVmRGRSiWULRSRGHUVHUmRGHFUHWDGDV
judicialmente, em procedimento contraditório, nos casos previstos
CAPÍTULO II - DO DIREITO À LIBERDADE, AO RESPEITO
na legislação civil, bem como na hipótese de descumprimento injus-
E À DIGNIDADE
WL¿FDGRGRVGHYHUHVHREULJDo}HVDTXHDOXGHRDUW
$UW$FULDQoDHRDGROHVFHQWHWrPGLUHLWRjOLEHUGDGHDR
SEÇÃO II - DA FAMÍLIA NATURAL
respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de de-
senvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais $UW(QWHQGHVHSRUIDPtOLDQDWXUDODFRPXQLGDGHIRUPDGD
garantidos na Constituição e nas leis. pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes.
$UW2GLUHLWRjOLEHUGDGHFRPSUHHQGHRVVHJXLQWHVDVSHFWRV $UW2V¿OKRVKDYLGRVIRUDGRFDVDPHQWRSRGHUmRVHUUHFR-
,LUYLUHHVWDUQRVORJUDGRXURVS~EOLFRVHHVSDoRVFRPXQLWiULRV nhecidos pelos pais, conjunta ou separadamente, no próprio termo
ressalvadas as restrições legais; de nascimento. Por testamento, mediante escritura ou outro docu-
II - opinião e expressão;> PHQWRS~EOLFRTXDOTXHUTXHVHMDDRULJHPGD¿OLDomR
III - crença e culto religioso; Parágrafo Único - O reconhecimento pode preceder o nasci-
IV - brincar, praticar esportes e divertir--se; PHQWRGR¿OKRRXVXFHGHUOKHDRIDOHFLPHQWRVHGHL[DUGHVFHQGHQ-
V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação; tes.
VI - participar da vida política, na forma da lei;
9,,EXVFDUUHI~JLRDX[LOLRHRULHQWDomR $UW2UHFRQKHFLPHQWRGRHVWDGRGH¿OLDomRpGLUHLWRSHU-
sonalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo ser exercitado
$UW2GLUHLWRDRUHVSHLWRFRQVLVWHQDLQYLRODELOLGDGHGDLQ- contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer restrição, observado
sanidade física, psíquica e moralda criança e do adolescente, abran- o segredo de Justiça.
gendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos
valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos pessoais. SEÇÃO III - DA FAMÍLIA SUBSTITUTA
SUBSEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS
$UW(GHYHUGHWRGRVYHODUSHODGLJQLGDGHGDFULDQoDHGR
adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, vio- $UW$FRORFDomRHPIDPtOLDVXEVWLWXWDIDUVHiPHGLDQWH
lento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor. guarda, tutela ou adoção, independentemente da situação jurídica da
criança ou adolescente, nos termos desta Lei.
6HPSUHTXHSRVVtYHODFULDQoDRXDGROHVFHQWHGHYHUiVHU
CAPÍTULO III - DO DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR
previamente ouvido e a sua opinião devidamente considerada.
E COMUNITÁRIA
§ 2° - Na apreciação do pedido levar-se-á em conta o grau de
SDUHQWHVFRHDUHODomRGDD¿QLGDGHRXGHDIHWLYLGDGHD¿PGHHYLWDU
SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS
ou minorar as conseqüências decorrentes da medida.
$UW7RGDFULDQoDRXDGROHVFHQWHWHPGLUHLWRDVHUFULDGRH $UW1mRVHGHIHULUiFRORFDomRHPIDPtOLDVXEVWLWXWDDSHV-
educado no seio da sua família e excepcionalmente, em família substi- soa que revele, por qualquer modo, incompatibilidade com a nature-
tuta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente li- za da medida ou não ofereça ambiente familiar adequada.
YUHGDSUHVHQoDGHSHVVRDVGHSHQGHQWHVGHVXEVWkQFLDVHQWRUSHFHQWHV
$UW$FRORFDomRHPIDPtOLDVXEVWLWXWDQmRDGPLWLUiWUDQV-
$UW2V¿OKRVKDYLGRVRXQmRGDUHODomRGRFDVDPHQWRRX ferência da criança ou adolescente a terceiros ou a entidades gover-
SRUDGRomRWHUmRRVPHVPRVGLUHLWRVHTXDOL¿FDo}HVSURLELGDVTXDLV- namentais ou não-governamentais, sem autorização judicial.
TXHUGHVLJQDo}HVGLVFULPLQDWyULDVUHODWLYDVj¿OLDomR
$UW$FRORFDomRHPIDPÀLDVXEVWLWXWDHVWUDQJHLUDFRQVWLWXL
$UW2SiWULRSRGHUVHUiH[HUFLGRHPLJXDOGDGHGHFRQGL- medida excepcional, somente admissível na modalidade de adoção.
ções, pelo pai e pela mãe, na forma do que dispuser a legislação civil,
assegurado a qualquer deles o direito de, em caso de discorGkQFLD $UW$RDVVXPLUDJXDUGDRXDWXWHODRUHVSRQViYHOSUHVWDUi
recorrer à autoridade judiciária competente para a solução da diver- FRPSURPLVVRGHEHPH¿HOPHQWHGHVHPSHQKDURHQFDUJRPHGLDQWH
gência. termo nos autos.
Didatismo e Conhecimento 41
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
SUBSEÇÃO II - DA GUARDA § 2° - É recíproco o direito sucessório entre o adotado, seus des-
cendentes, o adotante, seus ascendentes, descendentes e colaterais
$UW$JXDUGDREULJDjSUHVWDomRGHDVVLVWrQFLDPDWHULDO DWpRJUDXREVHUYDGDDRUGHPGHYRFDomRKHUHGLWiULD
moral e educacional à criança ou adolescente, conferindo a seu de-
tentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais. $UW3RGHPDGRWDURVPDLRUHVGHYLQWHHXPDQRVLQGHSHQ-
$JXDUGDGHVWLQDVHDUHJXODUL]DUDSRVVHGHIDWRSRGHQGR dentemente de estado civil.
ser deferida, liminar ou incidentaimente, nos procedimentos de 1mR SRGHP DGRWDU RV DVFHQGHQWHV H RV LUPmRV GR
tutela e adoção, exceto no de adoção por estrangeiros. adotando.
§ 2° - Excepcionalmente, deferir-se-á a guarda, fora dos casos § 2° - A adoção por ambos os cônjuges ou concubinos poderá
de tutela e adoção, para atender a situações peculiares ou suprir a ser formalizada, desde que um deles tenha completado vinte e um
falta eventual dos pais ou responsável, podendo ser deferido o anos de idade, comprovada a estabilidade da família.
direito de representação para a prática de atos determinados. 2DGRWDQWHKiGHVHUSHORPHQRVGH]HVVHLVDQRVPDLV
$ JXDUGD FRQIHUH j FULDQoD RX DGROHVFHQWH D FRQGLomR velho do que o adotando.
GH GHSHQGHQWH SDUD WRGRV RV ¿QV H HIHLWRV GH GLUHLWR LQFOXVLYH 2V GLYRUFLDGRV H RV MXGLFLDOPHQWH VHSDUDGRV SRGHUmR
previdenciários. adotar conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o
regime de visitas, e desde que o estágio de convivência tenha sido
$UW23RGHU3~EOLFRHVWLPXODUiDWUDYpVGHDVVLVWrQFLDMX- LQLFLDGRQDFRQVWkQFLDGDVRFLHGDGHFRQMXJDO
UtGLFDLQFHQWLYRV¿VFDLVHVXEVtGLRVRDFROKLPHQWRVREDIRUPDGH $ DGRomR SRGHUi VHU GHIHULGD DR DGRWDQWH TXH DSyV
guarda, de criança ou adolescente órfão ou abandonado. inequívoca manifestação de vontade, vier a falecer no curso do
procedimento, antes de prolatada a sentença.
$UW$JXDUGDSRGHUiVHUUHYRJDGDDTXDOTXHUWHPSRPH-
GLDQWHDWRMXGLFLDOIXQGDPHQWDGRRXYLGRR0LQLVWpULR3~EOLFR $UW$DGRomRVHUiGHIHULGDTXDQGRDSUHVHQWDUUHDLVYDQWD-
gens para o adotando e fundar-se em motivos legítimos.
SUBSEÇÃO III - DA TUTELA
$UW(QTXDQWRQmRGHUFRQWDGHVXDDGPLQLVWUDomRHVDOGDU
$UW$WXWHODVHUiGHIHULGDQRVWHPRVGDOHLFLYLODSHVVRD o seu alcance, não pode o tutor ou o curador adotar o pupilo ou o
de até vinte e um anos incompletos. curatelado.
Parágrafo Único - O deferimento da tutel pressupäe a prévia
decretação da Perda ou suspensão do pátrio poder e implica neces- $UW$DGRomRGHSHQGHGRFRQVHQWLPHQWRGRVSDLVRXGR
sariamente o dever de guarda. representante legal do adotando.
2FRQVHQWLPHQWRVHUiGLVSHQVDGRHPUHODomRjFULDQoD
$UW $ HVSHFLDOL]DomR GH KLSRWHFD OHJDO VHUi GLVSHQVDGD ou adolescente cujos pais sejam desconhecidos ou tenham sido
sempre que o tutelado não possuir bens ou rendimentos ou por qual- destituídos do pátrio poder.
quer outro motivo relevante. § 2° - Em se tratando de adotando maior de doze anos de idade,
Parágrafo Único - A especialização de hipoteca legal será tam- será também necessário o seu consentimento.
bém dispensada se os bens, porventura existentes em nome do tute-
ODGRFRQVWDUHPGHLQVWUXPHQWRS~EOLFRGHYLGDPHQWHUHJLVWUDGRQR $UW $ DGRomR VHUi SUHFHGLGD GH HVWiJLR GH FRQYLYrQFLD
UHJLVWURGHLPyYHLVRXVHRVUHQGLPHQWRVIRUHPVX¿FLHQWHVDSHQDV com a criança ou adolescente, pelo prazo que a autoridade judiciária
SDUDDPDQWHQoDGRWXWHODGRQmRKDYHQGRVREUDVLJQL¿FDWLYDRXSUR- ¿[DUREVHUYDGDVDVSHFXOLDULGDGHVGRFDVR
vável. 2 HVWiJLR GH FRQYLYrQFLD SRGHUi VHU GLVSHQVDGR VH R
adotando não tiver mais de um ano de idade ou se, qualquer que
$UW$SOLFDVHjGHVWLWXLomRGDWXWHODRGLVSRVWRQRDUW seja a sua idade, já estiver na companhia do adotante durante tempo
SUBSEÇÃO IV - DA ADOÇÃO VX¿FLHQWHSDUDVHSRGHUDYDOLDUDFRQYHQLrQFLDGDFRQVWLWXLomRGR
vínculo.
$UW$DGRomRGHFULDQoDHGHDGROHVFHQWHUHJHUVHiVHJXQ- § 2° - Em caso de adoção por estrangeiro residente ou
do o disposto, nesta Lei. domiciliado fora do País, o estágio de convivência, cumprido no
Parágrafo Único - E vedada a adoção por procuração. território nacional, será de no mínimo quinze dias para crianças de
até dois anos de idade, e de no mínimo trinta dias quando se tratar de
$UW2DGRWDQGRGHYHFRQWDUFRPQRPi[LPRGH]RLWRDQRV adotando acima de dois anos de idade.
à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda ou tutela dos ado-
tantes. $UW2YtQFXORGDDGRomRFRQVWLWXLVHSRUVHQWHQoDMXGLFLDO
que será inscrita no registro civil mediante mandado do qual não se
$UW$DGRomRDWULEXLXDFRQGLomRGH¿OKRDRDGRWDGRFRP fornecerá certidão.
os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o $LQVFULomRFRQVLJQDUiRQRPHGRVDGRWDQWHVFRPRSDLV
de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos bem como o nome de seus ascendentes.
matrimoniais. § 2° - O mandado judicial, que será arquivado, cancelará o
6HXPGRVF{QMXJHVRXFRQFXELQRVDGRWDR¿OKRGRRXWUR registro original do adotado.
PDQWrPVHRVYtQFXORVGH¿OLDomRHQWUHRDGRWDGRHRFyQMXJHRX 1HQKXPD REVHUYDomR VREUH D RULJHP GR DWR SRGHUi
concubino do adotante e os respectivos parentes. constar nas certidões do registro.
Didatismo e Conhecimento 42
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
$FULWpULRGDDXWRULGDGHMXGLFLiULDSRGHUiVHUIRUQHFLGD III - direito de contestar critérios avaliattivos, podendo recorrer
certidão para a salvaguarda de direitos. jVLQVWkQFLDVHVFRODUHVVXSHULRUHV
$VHQWHQoDFRQIHULUiDRDGRWDGRRQRPHGRDGRWDQWHHD IV - direito de organização e participação em entidades estu-
SHGLGRGHVWHSRGHUiGHWHUPLQDUDPRGL¿FDomRGRSUHQRPH dantis;
$ DGRomR SURGX] VHXV HIHLWRV D SDUWLU GR WUkQVLWR HP 9DFHVVRDHVFRODS~EOLFDHJUDWXLWDSUy[LPDGHVXDUHVLGrQFLD
MXOJDGR GD VHQWHQoD H[FHWR QD KLSyWHVH SUHYLVWD QR DUW Parágrafo Único - É direito dos pais ou responsáveis ter ciência
caso em que terá força retroativa à data do óbito. GRSURFHVVRSHGDJyJLFREHPFRPRSDUWLFLSDUGDGH¿QLomRGDVSUR-
postas educacionais.
$UW$DGRomRpLUUHYRJiYHO
$UW e GHYHU GR (VWDGR DVVHJXUDU j FULDQoD H DR DGROHV-
$UW$PRUWHGRVDGRWDQWHVQmRUHVWDEHOHFHRSiWULRSRGHU cente:
dos pais naturais. I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os
que a ele não tiveram acesso na idade própria;
$UW$DXWRULGDGHMXGLFLiULDPDQWHUiHPFDGDFRPDUFDRX II - progressiva extensão da obrigatoriedadde e gratuidade ao
foro regional, um registro de crianças e adolescentes em condições ensino médio;
de serem adotados e outro de pessoas interessadas na adoção. III - atendimento educacional especializado aos portadores de
2GHIHULPHQWRGDLQVFULomRGDUVHiDSyVSUpYLDFRQVXOWD GH¿FLrQFLDSUHIHUHQFLDOPHQWHQDUHGHUHJXODUGHHQVLQR
DRVyUJmRVWpFQLFRVGR-XL]DGRRXYLGRR0LQLVWpULR3~EOLFR IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a
§ 2° - Não será deferida a inscrição se o interessado não seis anos de idade;
VDWLVID]HURVUHTXLVLWRVOHJDLVRXYHUL¿FDGDTXDOTXHUGDVKLSyWHVHV V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da
SUHYLVWDVQRDUW criação artística, segundo a capacidade de cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adeqquado às condições
$UW&XLGDQGRVHGHSHGLGRGHDGRomRIRUPXODGRSRUHV- do adolescente trabalhador;
trangeiro residente ou domiciliado fora do País, observar-se-á o dis- VII - atendimento no ensino fundamental, atrravés de progra-
mas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimen-
SRVWRQRDUW
WDomRHDVVLVWrQFLDjVD~GH
2 FDQGLGDWR GHYHUi FRPSURYDU PHGLDQWH GRFXPHQWR
2DFHVVRDRHQVLQRREULJDWyULRHJUDWXLWRpGLUHLWRS~EOLFR
expedido pela autoridade competente do respectivo domicílio, estar
subjetivo.
devidamente habilitado à adoção, consoante as leis do seu país,
§ 2° - O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder
bem como apresentar estudo psicossocial elaborado por agência
3~EOLFR RX VXD RIHUWD LUUHJXODU LPSRUWD UHVSRQVDELOLGDGH GD
especializada e credenciada no país de origem.
autoridade competente.
§ 2° - A autoridade judiciária, de ofício ou a requerimento
&RPSHWH DR 3RGHU 3~EOLFR UHFHQVHDU RV HGXFDQGRV QR
GR 0LQLVWpULR 3~EOLFR SRGHUi GHWHUPLQDU D DSUHVHQWDomR GR WH[WR
ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou
pertinente à legislação estrangeira, acompanhado de prova da responsável, pela freqüência à escola.
respectiva vigência.
2V GRFXPHQWRV HP OtQJXD HVWUDQJHLUD VHUmR MXQWDGRV $UW2VSDLVRXUHVSRQViYHOWrPDREULJDomRGHPDWULFXODU
aos autos, devidamente autenticados pela autoridade consular, VHXV¿OKRVRXSXSLORVQDUHGHUHJXODUGHHQVLQR
observados os tratados e convenções internacionais, e acompanhados
GDUHVSHFWLYDWUDGXomRSRUWUDGXWRUS~EOLFRMXUDPHQWDGR $UW 2V GLULJHQWHV GH HVWDEHOHFLPHQWRV GH HQVLQR IXQGD-
$QWHVGHFRQVXPDGDDDGRomRQmRVHUiSHUPLWLGDDVDtGD mental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de:
do adotando do território nacional. I - maus-tratos envolvendo seus alunos;
,,UHLWHUDomRGHIDOWDVLQMXVWL¿FDGDVHGHHYDVmRHVFRODUHVJR-
$UW$DGRomRLQWHUQDFLRQDOSRGHUiVHUFRQGLFLRQDGDDHVWX- tados os recursos escolares;
do prévio e análise de uma comissão estadual judiciária de adoção, III - elevados níveis de repetêntia.
que fornecerá o respectivo laudo de habilitação para instruir o pro-
cesso competente. $UW 2 3RGHU 3~EOLFR HVWLPXODUi SHVTXLVDV H[SHULrQFLDV
Parágrafo Único - Competirá à comissão manter registro cen- e novas propostas relativas a calendário, serração, currículo, meto-
tralizado de interessados estrangeiros em adoção. dologia, didática e avaliação, com vistas à inserção de crianças e
adolescentes excluídos do ensino fundamental obrigatório.
CAPÍTULO IV - DO DIREITO À EDUCAÇÃO, À CULTURA,
AO ESPORTE E AO LAZER $UW 1R SURFHVVR HGXFDFLRQDO UHVSHLWDUVHmR RV YDORUHV
culturais, artísticos e históricos próprios do contexto social da crian-
$UW $ FULDQoD H R DGROHVFHQWH WrP GLUHLWR j HGXFDomR ça e do adolescente, garantindo-se a estes a liberdade de criação e o
visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o acesso às fontes de cultura.
H[HUFtFLRGDFLGDGDQLDHTXDOL¿FDomRSDUDRWUDEDOKRDVVHJXUDQGR-
-se-lhes: $UW2V0XQLFtSLRVFRPDSRLRGRV(VWDGRVHGD8QLmR
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na es- estimularão e facilitarão a destinação de recursos e espaços para pro-
cola; JUDPDo}HVFXOWXUDLVHVSRUWLYDVHGHOD]HUYROWDGDVSDUDDLQIkQFLDH
II - direito de ser respeitado por seus eduucadores; a juventude.
Didatismo e Conhecimento 43
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
CAPÍTULO V - DO DIREITO À PROFISSIONALIZAÇÃO E TÍTULO III - DA PREVENÇÃO
À PROTEÇÃO NO TRABALHO
CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS
$UWeSURLELGRTXDOTXHUWUDEDOKRDPHQRUHVGHTXDWRU]H
anos de idade, salvo na condição de aprendiz. $UWeGHYHUGHWRGRVSUHYHQLUDRFRUUrQFLDGHDPHDoDRX
violação dos direitos da criança e do adolescente.
$UW$SURWHomRDRWUDEDOKRGRVDGROHVFHQWHVpUHJXODGD
por legislação especial, sem prejuízo do disposto nesta Lei. $UW$FULDQoDHRDGROHVFHQWHWrPGLUHLWRDLQIRUPDomRFXO-
tura, lazer, esportes, diversões, espetáculos e produtos e serviços que
$UW&RQVLGHUDVHDSUHQGL]DJHPDIRUPDomRWpFQLFRSUR- respeitem sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.
¿VVLRQDOPLQLVWUDGDVHJXQGRDVGLUHWUL]HVHEDVHVGDOHJLVODomRGH
educação em vigor. $UW$VREULJDo}HVSUHYLVWDVQHVWD/HLQmRH[FOXHPGDSUH-
venção especial outras decorrentes dos princípios por ela adorados.
$UW $ IRUPDomR WpFQLFRSUR¿VVLRQDO REHGHFHUi DRV VH-
guintes princípios: $UW$LQREVHUYkQFLDGDVQRUPDVGHSUHYHQomRLPSRUWDUiHP
I - garantia de acesso e freqüência obrigatória ao ensino re- UHVSRQVDELOLGDGHGDSHVVRD¿VLFDRXMXUtGLFDQRVWHUPRVGHVWD/HL
gular;
II - atividade compatível com o desenvolvimmento do ado- CAPÍTULO II - DA PREVENÇÃO ESPECIAL
lescente;
III - horário especial para o exercício das atividades. SEÇÃO I - DA INFORMAÇÃO, CULTURA, LAZER, ESPOR-
TES, DIVERSÕES E ESPETÁCULOS
$UW$RDGROHVFHQWHDWpTXDWRU]HDQRVGHLGDGHpDVVHJX-
rada bolsa de aprendizagem. $UW23RGHU3~EOLFRDWUDYpVGRyUJmRFRPSHWHQWHUHJXODUi
DVGLYHUV}HVHHVSHWiFXORVS~EOLFRVLQIRUPDQGRVREUHDQDWXUH]DGH-
$UW$RDGROHVFHQWHDSUHQGL]PDLRUGHTXDWRU]HDQRVVmR
les, as faixas etárias a que não se recomendem, locais e horário em que
assegurados os direitos trabalhistas e previdenciários.
sua apresentação se mostre inadequada.
Parágrafo Único - Os responsáveis pelas diversões e espetáculos
$UW$RDGROHVFHQWHSRUWDGRUGHGH¿FLrQFLDpDVVHJXUDGR
S~EOLFRVGHYHUmRD¿[DUHPOXJDUYLVtYHOHGHIiFLODFHVVRjHQWUDGD
trabalho protegido.
do local de exibição, informação destacada sobre a natureza do es-
SHWiFXORHDIDL[DHWiULDHVSHFL¿FDGDQRFHUWL¿FDGRGHFODVVL¿FDomR
$UW$RDGROHVFHQWHHPSUHJDGRDSUHQGL]HPUHJLPHID-
miliar de trabalho, aluno de escola técnica, assistido em entidade
$UW7RGDFULDQoDRXDGROHVFHQWHWHUiDFHVVRjVGLYHUV}HVH
governamental ou não-governamental, é vedado trabalho:
I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e HVSHWiFXORVS~EOLFRVFODVVL¿FDGRVFRPRDGHTXDGRVjVXDIDL[DHWiULD
as cinco horas do dia seguinte; Parágrafo Único - As crianças menores de dez anos somente po-
II - perigoso, insalubre ou penoso; derão ingressar e permanecer nos locais de apresentação ou exibição
III - realizado em locais prejudiciais à suaa formação e ao seu quando acompanhadas dos pais ou responsável.
desenvolvimento físico, psíquico, moral e social;
IV - realizado em horários e locais que nãoo permitam a fre- $UW$VHPLVVRUDVGHUiGLRHWHOHYLVmRVRPHQWHH[LELUmRQR
qüência à escola. KRUiULRUHFRPHQGDGRSDUDRS~EOLFRLQIDQWRMXYHQLOSURJUDPDVFRP
¿QDOLGDGHVHGXFDWLYDVDUWtVWLFDVFXOWXUDLVHLQIRUPDWLYDV
$UW2SURJUDPDVRFLDOTXHWHQKDSRUEDVHRWUDEDOKRHGX- Parágrafo Único - Nenhum espetáculo será apresentado ou anun-
cativo, sob responsabilidade de entidade governamental ou não- FLDGRVHPDYLVRGHVXDFODVVL¿FDomRDQWHVGHVXDWUDQVPLVVmRDSUH-
JRYHUQDPHQWDO VHP ¿QV OXFUDWLYRV GHYHUi DVVHJXUDU DR DGROHV- sentação ou exibição.
cente que dele participe condições de capacitação para o exercício
de atividade regular remunerada. $UW2VSURSULHWiULRVGLUHWRUHVJHUHQWHVHIXQFLRQiULRVGH
(QWHQGHVHSRUWUDEDOKRHGXFDWLYRDDWLYLGDGHODERUDO HPSUHVDVTXHH[SORUHPDYHQGDRXDOXJXHOGH¿WDVGHSURJUDPDo}HV
em que as exigências pedagógicas relativas ao desenvolvimento em vídeo cuidarão para que não haja venda ou locação em desacordo
pessoal e social do educando prevalecem sobre o aspecto produtivo. FRPDFODVVL¿FDomRDWULEXtGDSHORyUJmRFRPSHWHQWH
§ 2° - A remuneração que o adolescente recebe pelo trabalho 3DUiJUDIRÒQLFR$V¿WDVDTXHDOXGHHVWHDUWLJRGHYHUmRH[tELU
efetuado ou a participação na venda dos produtos de seu trabalho no invólucro, informação sobre a natureza da obra e a faixa etária a
QmRGHV¿JXUDRFDUiWHUHGXFDWLYR que se destinam.
Didatismo e Conhecimento 44
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
$UW $V UHYLVWDV H SXEOLFDo}HV GHVWLQDGDV DR S~EOLFR LQ- LIVRO II - PARTE ESPECIAL
fantoMXYHQLOQmRSRGHUmRFRQWHULOXVWUDo}HVIRWRJUD¿DVOHJHQGDV TÍTULO I - DA POLÍTICA DE ATENDIMENTO
FU{QLFDVRXDQ~QFLRVGHEHELGDVDOFRyOLFDVWDEDFRDUPDVHPX- CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS
nições, e deverão respeitar os valores éticos e sociais da pessoa e
da família. $UW $ SROtWLFD GH DWHQGLPHQWR GRV GLUHLWRV GD FULDQoD H
do adolescente far-se-á através de um conjunto articulado de ações
$UW2VUHVSRQViYHLVSRUHVWDEHOHFLPHQWRVTXHH[SORUHP governamentais e não-governamentais, da União, dos Estados, do
comercialmente bilhar, sinuca ou congênere ou por casas de jogos, Distrito Federal e dos Municípios.
assim entendidas as que realizem apostas, ainda que eventualmen-
te, cuidarão para que não seja permitida a entrada e a permanência $UW6mROLQKDVGHDomRGDSROtWLFDGHDWHQGLPHQWR
GHFULDQoDVHDGROHVFHQWHVQRORFDOD¿[DQGRDYLVRSDUDRULHQWDomR I - políticas sociais básicas;
GRS~EOLFR II - políticas e programas de assistência ssocial, em caráter su-
pletivo, para aqueles que deles necessitem;
III - serviços especiais de prevenção e atenndimento médico
SEÇÃO II - DOS PRODUTOS E SERVIÇOS
e psicossocial às vítimas de negligência, maus-tratos, exploração,
abuso, crueldade e opressão;
$UWe3URLELGDDYHQGDjFULDQoDRXDRDGROHVFHQWHGH
,9VHUYLoRGHLGHQWL¿FDomRHORFDOL]DomRRGHSDLVUHVSRQVi-
I - armas, munições e explosivos;
vel, crianças e adolescentes desaparecidos;
II - bebidas alcoólicas;< V - proteção jurídico-social por entidades de defesa dos direitos
III - produtos cujos componentes possam caussar dependência da criança e do adolescente.
física ou psíquica ainda que por utilização indevida;
IV - fogos de estampido e de artifício, excceto aqueles que $UW6mRGLUHWUL]HVGDSROtWLFDGHDWHQGLPHQWR
pelo seu reduzido potencial sejam incapazes de provocar qualquer I - municipalização do atendimento;
dano físico em caso de utilização indevida; II - criação de conselhos municipais, estadduais e nacional dos
9UHYLVWDVHSXEOLFDo}HVDTXHDOXGHRDUW direitos da criança e do adolescente, orgãos deliberativos e controla-
VI - bilhetes lotéricos e equivalentes. dores das ações em todos os níveis, assegurada a participação popu-
lar paritária por meio de organizações representativas, segundo leis
$UWeSURLELGDDKRVSHGDJHPGHFULDQoDRXDGROHVFHQWH federal, estaduais e municipais;
em hotel, motel, pensão ou estabelecimento congênere, salvo se ,,,FULDomRHPDQXWHQomRGHSURJUDPDVHVSHHFt¿FRVREVHUYD-
autorizado ou acompanhado pelos pais ou responsável. da a descentralização político-administrativa;
IV - manutenção de fundos nacional, estaduaais e municipais
SEÇÃO III - DA AUTORIZAÇÃO PARA VIAJAR vinculados aos respectivos conselhos dos direitos da criança e do,
adolescente;
$UW1HQKXPDFULDQoDSRGHUiYLDMDUSDUDIRUDGDFRPDUFD V - integração operacional de órgãos do Judiciário, Ministério
onde reside, desacompanhada dos pais ou responsável, sem ex- 3~EOLFR 'HIHQVRULD 6HJXUDQoD 3~EOLFD H$VVLVWrQWLD 6RFLDO SUH-
pressa autorização judicial. ferencialmente em um mesmo local, para efeito de agilização do
$DXWRUL]DomRQmRVHUiH[LJLGDTXDQGR atendimento inicial a adolescente a quem se atribua autoria de ato
a) tratar-se de comarca contígua à da residência da criança, infracional;
se na mesma unidade da Federação, ou incluída na mesma região 9,PRELOL]DomRGDRSLQLmRS~EOLFDQRVHQWWLGRGDLQGLVSHQVi-
metropolitana; vel participação dos diversos segmentos da sociedade.
b) a criança estiver acompanhada:
$UW $ IXQomR GH PHPEUR GR &RQVHOKR 1DFLRQDO H GRV
GHDVFHQGHQWHRXFRODWHUDOPDLRUDWpRWHUFHLURJUDXFRP-
conselhos estaduais e municipais dos direitos da criança e do ado-
provado documentalmente o parentesco;
OHVFHQWHpFRQVLGHUDGDGHLQWHUHVVHS~EOLFRUHOHYDQWHHQmRVHUiUH-
2) de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mãe
munerada.
ou responsável.
§ 2° - A autoridade judiciária poderá, a pedido dos pais ou CAPÍTULO II - DAS ENTIDADES DE ATENDIMENTO
responsável. conceder autorização válida por dois anos.
SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS
$UW4XDQGRVHWUDWDUGHYLDJHPDRH[WHULRUDDXWRUL]DomR
é dispensável, se a criança ou adolescente: $UW $V HQWLGDGHV GH DWHQGLPHQWR VmR UHVSRQViYHLV SHOD
I - estiver acompanhado de ambos os pais ou responsável; manutenção das próprias unidades, assim como pelo planejamento e
II - viajar na companhia de um dos pais, auutorizado expres- execução de programas de proteção e sócio-educativos destinados a
VDPHQWHSHORRXWURDWUDYpVGHGRFXPHQWRFRP¿UPDUHFRQKHFLGD crianças e adolescentes, em regime de:
I - orientação e apoio sócio-familiar;
$UW6HPSUpYLDHH[SUHVVDDXWRUL]DomRMXGLFLDOQHQKXPD II - apoio sócio-educativo em meio aberto;<
criança ou adolescente nascido em território nacional poderá sair III - colocação familiar;<
do País em companhia de estrangeiro residente ou domiciliado no IV - abrigo;
exterior. V - liberdade assistida;
Didatismo e Conhecimento 45
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
VI - semiliberdade; VII - oferecer instalações físicas em condiçções adequadas de
VII - internação, habitabilidade, higiene, salubridade e segurança e os objetos neces-
Parágrafo Único - As entidades govemamentais e não-gover- sários à higiene pessoal;
namentais deverão proceder a inscrição de seus programas, especi- 9,,,RIHUHFHUYHVWXiULRHDOLPHQWDomRVX¿FFLHQWHVHDGHTXDGRV
¿FDQGRRVUHJLPHVGHDWHQGLPHQWRQDIRUPDGH¿QLGDQHVWHDUWLJR à faixa etária dos adolescentes atendidos;
junto ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adoles- IX - oferecer cuidados médicos, psicológicoos, odontológicos
cente, o qual manterá registro das inscrições e de suas alterações, do e farmacêuticos;
que fará comunicação ao Conselho Tutelar e à autoridade judiciária. ;SURSLFLDUHVFRODUL]DomRHSUR¿VVLRQDOL]DomR
XI - propiciar atividades culturais, esporttivas e de lazer;
$UW $V HQWLGDGHV QmRJRYHPDPHQWDLV VRPHQWH SRGHUmR XII - propiciar assistência religiosa àquelees que desejarem, de
funcionar depois de registradas no Conselho Municipal dos Direi- acordo com suas crenças;
tos da Criança e do Adolescente, o qual comunicará o registro ao XIII - proceder a estudo social e pessoal de cada caso;
Conselho Tutelar e à autoridade judiciária da respectiva localidade. XIV - reavaliar periodicamente cada caso, coom intervalo má-
Parágrafo Único - Será negado o registro à entidade que: ximo de seis meses, dando ciência dos resultados à autoridade com-
a) não ofereça instalações físicas em condições adequadas de petente;
habitabilidade, higiene, salubridade e segurança; XV - informar, periodicamente, o adolescentte internado sobre
b) não apresente plano de trabalho compatível com os princí- sua situação processual;
pios desta Lei; XVI - comunicar às autoridades competentes ttodos os casos de
c) esteja irregularmente constituída; adolescente portadores de moléstias infecto-contagiosas;
d) tenha em seus quadros pessoas inidôneas, XVII - fornecer comprovante de depósito dos ppertences dos
adolescentes;
$UW$VHQWLGDGHVTXHGHVHQYROYDPSURJUDPDVGHDEULJR XVIII - manter programas destinados ao apoio ee acompanha-
deverão adotar os seguintes princípios: mento de egressos;
I - preservação dos vínculos familiares; XIX - providenciar os documentos necessárioss ao exercício da
II - integração em família substituta, quanndo esgotados os re- cidadania àqueles que não os tiverem;
cursos de manutenção na família de origem; XX - manter arquivo de anotações onde consttem data e cir-
III - atendimento personalizado e em pequenoos grupos;
FXQVWkQFLDVGRDWHQGLPHQWRQRPHGRDGROHVFHQWHVHXVSDLVRXUHV-
IV - desenvolvimento de atividades em regimme de co-educa-
ponsável, parentes, endereços, sexo, idade, acompanhamento da sua
ção;
formação, relação de seus pertences e demais dados que possibili-
V - não-desmembramento de grupos de irmãos;
WHPVXDLGHQWL¿FDomRHDLQGLYLGXDOL]DomRGRDWHQGLPHQWR
VI - evitar, sempre que possível, a transfeerência para outras
$SOLFDPVH QR TXH FRXEHU DV REULJDo}HV FRQVWDQWHV
entidades de crianças e adolescentes abrigados;
deste artigo às entidades que mantêm programa de abrigo.
VII - participação na vida da comunidade loccal;
§ 2° - No cumprimento das obrigações a que alude este artigo as
VIII - preparação gradativa para o desligamennto;
entidades utilizarão preferencialmente os recursos da comunidade.
IX - participação de pessoas da comunidade no processo edu-
cativo,
Parágrafo Único - O dirigente de entidade de abrigo é equipara- SEÇÃO II - DA FISCALIZAÇÃO DAS ENTIDADES
do ao guardião, para todos os efeitos de direito.
$UW$VHQWLGDGHVJRYHUQDPHQWDLVHQmRJRYHUQDPHQWDLV
$UW $V HQWLGDGHV TXH PDQWHQKDP SURJUDPD GH DEULJR UHIHULGDVQRDUWVHUmR¿VFDOL]DGDVSHOR-XGLFLiULRSHOR0LQLVWp-
poderão, em caráter excepcional e de urgência, abrigar crianças e ULR3~EOLFRHSHORV&RQVHOKRV7XWHODUHV
adolescentes sem prévia determinação da autoridade competente,
ID]HQGRFRPXQLFDomRGRIDWRDWpRGLD~WLOLPHGLDWR $UW2VSODQRVGHDSOLFDomRHDVSUHVWDo}HVGHFRQWDVVHUmR
apresentados ao Estado ou ao Município, conforme a origem das
$UW$VHQWLGDGHVTXHGHVHQYROYHPSURJUDPDVGHLQWHUQD- dotações orçamentárias.
ção têm as seguintes obrigações, entre outras:
I - observar os direitos e garantias de que são titulares os ado- $UW0HGLGDVDSOLFiYHLVjVHQWLGDGHVGHDWHQGLPHQWRTXH
lescentes; GHVFXPSULUHPREULJDomRFRQVWDQWHGRDUWVHPSUHMXt]RGDUHV-
II - não restringir nenhum direito que não tenha sido objeto de ponsabilidade civil e criminal de seus dirigentes ou prepostos:
restrição na decisão de internação; I - às entidades governamentais:
III - oferecer atendimento personalizado, emm pequenas unida- a) advertência;
des e grupos reduzidos; b) afastamento provisório de seus dirigentes;
IV - preservar a identidade e oferecer ambiiente de respeito e FDIDVWDPHQWRGH¿QLWLYRGHVHXVGLULJHQWHV
dignidade ao adolescente; d) fechamento de unidade ou interdição de programa;
V - diligenciar no sentido do restabelecimento e da preservação II - às entidades não-governamentais:<
dos vínculos familiares; a) advertência;
VI - comunicar à autoridade judiciária, perriodicamente, os EVXVSHQVmRWRWDORXSDUFLDOGRUHSDVVHGHYHUEDVS~EOLFDV
casos em que se mostre inviável ou impossível o reatamento dos c) interdição de unidades ou suspensão de programa;
vínculos familiares; d) cassação do registro.
Didatismo e Conhecimento 46
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
Parágrafo Único - Em caso de reiteradas infrações cometidas TÍTULO III - DA PRÁTICA DE ATO INFRACIONAL
por entidades de atendimento, que coloquem em risco os direitos CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS
assegurados nesta Lei, deverá ser o fato comunicado ao Ministério
3~EOLFRRXUHSUHVHQWDGRSHUDQWHDXWRULGDGHMXGLFLiULDFRPSHWHQWH $UW&RQVLGHUDVHDWRLQIUDFLRQDODFRQGXWDGHVFULWDFRPR
para as providências cabíveis, inclusive suspensão das atividades crime ou contravenção penal.
ou dissolução da entidade.
$UW6mRSHQDOPHQWHLQLPSXWiYHLVRVPHQRUHVGHGH]RLWR
TÍTULO II - DAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO anos, sujeitos às medidas previstas nesta Lei.
Parágrafo Único - Para os efeitos desta Lei, deve ser considera-
CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS da a idade do adolescente à data do fato.
$UW$VPHGLGDVGHSURWHomRjFULDQoDHDRDGROHVFHQWH $UW$RDWRLQIUDFLRQDOSUDWLFDGRSRUFULDQoDFRUUHVSRQGH-
UmRDVPHGLGDVSUHYLVWDVQRDUW
são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem
ameaçados ou violados:
CAPÍTULO II - DOS DIREITOS INDIVIDUAIS
I - por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;
II - por falta, omissão ou abuso dos pais oou responsável; $UW1HQKXPDGROHVFHQWHVHUiSULYDGRGHVXDOLEHUGDGH
III - em razão de sua conduta. VHQmRHPÀDJUDQWHGHDWRLQIUDFLRQDORXSRURUGHPHVFULWDHIXQGD-
mentada da autoridade judiciária competente.
CAPÍTULO II - DAS MEDIDAS ESPECÍE;FICAS D 3DUiJUDIRÒQLFR2DGROHVFHQWHWHPGLUHLWRjLGHQWL¿FDomRGRV
E PROTEÇÃO responsáveis pela sua apreensão, devendo ser informado acerca de
seus direitos.
$UW $V PHGLGDV SUHYLVWDV QHVWH &DStWXOR SRGHUmR VHU
aplicadas isolada ou cumulativamente, bem como substituidas a $UW$DSUHHQVmRGHTXDOTXHUDGROHVFHQWHHRORFDORQGH
qualquer tempo. se encontra recolhido serão incontinente comunicados à autoridade
judiciária competente e à família do apreendido ou à pessoa por ele
$UW1DDSOLFDomRGDVPHGLGDVOHYDUVHmRHPFRQWDDV indicada.
necessidades pedagógicas, preferindo-se aquelas que visem ao for- Parágrafo Único - Examinar-se-á, desde logo e sob pena de res-
talecimento dos vínculos familiares e comunitários. ponsabilidade, a possibilidade de liberação imediata.
$UW9HUL¿FDGDTXDOTXHUGDVKLSyWHVHVSUHYLVWDVQRDUW $UW$LQWHUQDomRDQWHVGDVHQWHQoDSRGHVHUGHWHUPLQDGD
DDXWRULGDGHFRPSHWHQWHSRGHUiGHWHUPLQDUGHQWUHRXWUDVDV pelo prazo máximo de quarenta e cinco dias.
seguintes medidas: Parágrafo Único - A decisão deverá ser fundamentada e basear-
I - encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo VHHPLQGtFLRVVX¿FLHQWHVGHDXWRULDHPDWHULDOLGDGHGHPRQVWUDGD
de responsabilidade; a necessidade imperiosa da medida.
II - orientação, apoio e acompanhamento temmporários;
III - matrícula e freqüência obrigatórias emm estabelecimento $UW2DGROHVFHQWHFLYLOPHQWHLGHQWL¿FDGRQmRVHUiVXE-
R¿FLDOGHHQVLQRIXQGDPHQWDO PHWLGRDLGHQWL¿FDomRFRPSXOVyULDSHORVyUJmRVSROLFLDLVGHSURWH-
,9LQFOXVmRHPSURJUDPDFRPXQLWiULRRXRI¿FLDOGHDX[tOLR omRHMXGLFLDLVVDOYRSDUDHIHLWRGHFRQIURQWDomRKDYHQGRG~YLGD
à família, à criança e ao adolescente; fundada.
V - requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiá-
CAPÍTULO III - DAS GARANTIAS PROCESSUAIS
trico, em regime hospitalar ou ambulatorial;
9,LQFOXVmRHPSURJUDPDR¿FLDORXFRPXQLLWiULRGHDX[tOLR
$UW1HQKXPDGROHVFHQWHVHUiSULYDGRGHVXDOLEHUGDGH
orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos; sem o devido processo legal.
VII - abrigo em entidade;<
VIII - colocação em família substituta. > $UW6mRDVVHJXUDGDVDRDGROHVFHQWHHQWUHRXWUDVDVVH-
Parágrafo Único - O abrigo é medida provisória e excepcio- guintes garantias:
nal, utilizável como forma de transição para a colocação em famí- I - pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracio-
lia substituta, não implicando privação de liberdade. nal, mediante citação ou meio equivalente;
II - igualdade na relação processual, podenndo conf’rontar-se
$UW$VPHGLGDVGHSURWHomRGHTXHWUDWDHVWH&DStWXOR com vítimas e testemunhas e produzir todas as provas necessárias
serão acompanhadas da regularização do registro civil. à sua defesa;
9HUL¿FDGDDLQH[LVWrQFLDGHUHJLVWURDQWHULRURDVVHQWR III - defesa técnica por advogado;
de nascimento da criança ou adolescente será feito à vista dos IV - assistência judiciária gratuita e inteegral aos necessitados,
elementos disponíveis, mediante requisição da autoridade na forma da lei;
judiciária. V - direito de ser ouvido pessoalmente pela autoridade com-
§ 2° - Os registros e certidões necessárias à regularização de petente;
que trata este artigo são isentos de multas, custas e emolumentos, VI - direito de solicitar a presença de seuus pais ou responsável
gozando de absoluta prioridade. em qualquer fase do procedimento.
Didatismo e Conhecimento 47
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
CAPÍTULO IV - DAS MEDIDAS SÓCIO-EDUCATIVAS SEÇÃO V - DA LIBERDADE ASSISTIDA
Didatismo e Conhecimento 48
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
$UW $ PHGLGD GH LQWHUQDomR Vy SRGHUi VHU DSOLFDGD CAPÍTULO V - DA REMISSÃO
quando:
I - tratar-se de ato infracional cometido mediante grave amea- $UW $QWHV GH LQLFLDGR R SURFHGLPHQWR MXGLFLDO SDUD
ça ou violência a pessoa; DSXUDomRGHDWRLQIUDFLRQDORUHSUHVHQWDQWHGR0LQLVWpULR3~EOLFR
II - por reiteração no cometimento de outraas infrações gra- poderá conceder a remissão, como forma de exclusão do processo,
ves; DWHQGHQGR jV FLUFXQVWkQFLDV H FRQVHTrQFLDV GR IDWR DR FRQWH[WR
,,,SRUGHVFXPSULPHQWRUHLWHUDGRHLQMXVWLL¿FiYHOGDPHGLGD social, bem como à personalidade do adolescente e sua maior ou
anteriormente imposta. menor participação no ato infracional.
2SUD]RGHLQWHUQDomRQDKLSyWHVHGRLQFLVR,,,GHVWH Parágrafo Único - Iniciado o procedimento, a concessão da re-
artigo não poderá ser superior a três meses. missão pela autoridade judiciária importará na suspensão ou extin-
§ 2° - Em nenhuma hipótese será aplicada a internação, ção do processo.
havendo outra medida adequada.
$UW$UHPLVVmRQmRLPSOLFDQHFHVVDULDPHQWHRUHFRQKH-
cimento ou comprovação da responsabilidade, nem prevalece para
$UW$LQWHUQDomRGHYHUiVHUFXPSULGDHPHQWLGDGHH[-
efeito de antecedentes, podendo incluir eventualmente a aplicação
clusiva para adolescentes, em local distinto daquele destinado ao
de qualquer das medidas previstas em lei, exceto a colocação em
abrigo, obedecida rigorosa separação por critérios de idade, com-
regime de semiliberdade e a internação.
pleição física e gravidade da infração.
Parágrafo Único - Durante o período de internação, inclusive $UW$PHGLGDDSOLFDGDSRUIRUoDGDUHPLVVmRSRGHUiVHU
provisória, serão obrigatórias atividades pedagógicas. revista judicialmente, a qualquer tempo, mediante pedido expresso
GRDGROHVFHQWHRXGHVHXUHSUHVHQWDQWHOHJDORXGR0LQLVWpULR3~-
$UW6mRGLUHLWRVGRDGROHVFHQWHSULYDGRGHOLEHUGDGH blico.
entre outros os seguintes:
I - entrevistar-se pessoalmente com o representante do Minis- TÍTULO IV - DAS MEDIDAS PERTINENTES AOS PAIS
WpULR3~EOLFR OU RESPONSÁVEL
II - peticionar diretamente a qualquer autooridade;
lll - avistar-se reservadamente com seu defeensor; $UW6mRPHGLGDVDSOLFiYHLVDRVSDLVRXUHVSRQViYHO
IV - ser informado de sua situação processuual, sempre que ,HQFDPLQKDPHQWRDSURJUDPDR¿FLDORXFRPXQLWiULRGHSUR-
solicitada; moção à família;
V - ser tratado com respeito e dignidade; ,, LQFOXVmR HP SURJUDPD R¿FLDO RX FRPXQLLWiULR GH DX[LOLR
VI - permanecer internado na mesma localidaade ou naquela orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos;
mais próxima ao domicílio de seus pais ou responsável; III - encaminhamento a tratamento psicológicco ou psiquiátri-
VII - receber visitas, ao menos semanalmentee; co;
VIII - corresponder-se com seus familiares e amigos; IV - encaminhamento a cursos ou programas dde orientação;
IX - ter acesso aos objetos necessários à hhigiene e asseio pes- 9REULJDomRGHPDWULFXODUR¿OKRRXSXSLORHDFRPSDQKDUVXD
soal; freqüência e aproveitamento escolar;
X - habitar alojamento em condições adequadas de higiene e VI - obrigação de encaminhar a criança ou aadolescente a tra-
salubridade; tamento especializado;
;,UHFHEHUHVFRODUL]DomRHSUR¿VVLRQDOL]]DomR VII - advertência;
XII - realizar atividades culturais, esportiivas e de lazer; VIII - perda da guarda;
XIII - ter acesso aos meios de comunicação soocial; >
IX - destituição da tutela;
XIV - receber assistência religiosa, segundoo a sua crença, e
X - suspensão ou destituição do pátrio poder.
desde que assim o deseje;
Parágrafo Único - Na aplicação das medidas previstas nos in-
XV - manter a posse de seus objetos pessoaiis e dispor de local
FLVRV,;H;GHVWHDUWLJRREVHUYDUVHiRGLVSRVWRQRVDUWVH
seguro para guardá-los, recebendo comprovante daqueles porven-
tura depositados em poder da entidade; $UW 9HUL¿FDGD D KLSyWHVH GH PDXVWUDWRV RSUHVVmR RX
XVI - receber, quando de sua desinternação, os documentos abuso sexual impostos pelos pais ou responsável, a autoridade ju-
pessoais indispensáveis à vida em sociedade. diciária poderá determinar, como medida cautelar, o afastamento do
(PQHQKXPFDVRKDYHUiLQFRPXQLFDELOLGDGH agressor da moradia comum.
§ 2° - A autoridade judiciária poderá suspender
temporariamente a visita, inclusive de pais ou responsável, se TÍTULO V - DO CONSELHO TUTELAR
existirem motivos sérios e fundados de sua prejudicialidade aos
interesses do adolescente. CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS
$UW e GHYHU GR (VWDGR ]HODU SHOD LQWHJULGDGH ItVLFD H $UW2&RQVHOKR7XWHODUpyUJmRSHUPDQHQWHHDXW{QRPR
mental dos internos, cabendo-lhe adotar as medidas adequadas de não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumpri-
contenção e segurança. PHQWRGRVGLUHLWRVGDFULDQoDHGRDGROHVFHQWHGH¿QLGRVQHVWD/HL
Didatismo e Conhecimento 49
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
$UW(PFDGD0XQLFtSLRKDYHUiQRPtQLPRXP&RQVH- CAPÍTULO III - DA COMPETÊNCIA
lho Tutelar composto de cinco membros, escolhido pela comuni-
dade local para mandato de três anos, permitida uma recondução ( $UW$SOLFDVHDR&RQVHOKR7XWHODUDUHJUDGHFRPSHWrQ-
Nova redação conforme Lei Federal 8.242/91, de 12/10/91) FLDFRQVWDQWHGRDUW
Didatismo e Conhecimento 50
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
CAPÍTULO LI - DA JUSTIÇA DA INFÂNCIA E GFRQKHFHUGHSHGLGRVEDVHDGRVHPGLVFRUGkQFLDSDWHUQDRX
DA JUVENTUDE materna, em relação ao exercício do pátrio poder;
e) conceder a emancipação nos termos da lei civil, quando fal-
SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS tarem os pais;
f) designar curador especial em casos de apresentação de quei-
$UW2V(VWDGRVHR'LVWULWR)HGHUDOSRGHUmRFULDUYDUDV xa ou representação, ou de outros procedimentos judiciais ou extra-
HVSHFLDOL]DGDVHH[FOXVLYDVGDLQIkQFLDHGDMXYHQWXGHFDEHQGRDR judiciais em que haja interesses de criança ou adolescente;
3RGHU-XGLFLiULRHVWDEHOHFHUVXDSURSRUFLRQDOLGDGHSRUQ~PHURGH g) conhecer de ações de alimentos;
habitantes, dotá-las de infra-estrutura e dispor sobre o atendimento, KGHWHUPLQDURFDQFHODPHQWRDUHWL¿FDomRHRVXSULPHQWRGRV
inclusive em plantões. registros de nascimento e óbito.
Didatismo e Conhecimento 51
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
$UW6HDPHGLGDMXGLFLDODVHUDGRWDGDQmRFRUUHVSRQGHUD $ UHTXHULPHQWR GH TXDOTXHU GDV SDUWHV GR 0LQtVWpULR
procedimento previsto nesta ou em outra lei, a autoridade judiciária 3~EOLFR RX GH R¿FLR D DXWRULGDGH MXGLFLiULD SRGHUi GHWHUPLQDU D
poderá investigar os fatos e ordenar de ofício as providências neces- realização de estudo social ou, se possível, de perícia por equipe
ViULDVRXYLGRR0LQLVWpULR3~EOLFR LQWHUSUR¿VVLRQDO
1DDXGLrQFLDSUHVHQWHVDVSDUWHVHR0LQLVWpULR3~EOL-
$UW$SOLFDVHjVPXOWDVRGLVSRVWRQRDUW co, serão ouvidas as testemunhas, colhendo-se oralmente o parecer
técnico, salvo quando apresentado por escrito, manifestando-se su-
SEÇÃO II - DA PEDRA E DA SUSPENSÃO DO FHVVLYDPHQWHRUHTXHUHQWHRUHTXHULGRHR0LQLVWpULR3~EOLFRSHOR
PÁTRIO PODER tempo de vinte minutos cada um, prorrogável por mais dez. A de-
cisão será proferida na audiência, podendo a autoridade judiciária,
$UW2SURFHGLPHQWRSDUDDSHUGDRXDVXVSHQVmRGRSi- excepcionalmente, designar data para sua leitura no prazo máximo
WULRSRGHUWHUiLQtFLRSRUSURYRFDomRGR0LQLVWpULR3~EOLFRRXGH de cinco dias.
quem tenha legítimo interesse.
$UW$VHQWHQoDTXHGHFUHWDUDSHUGDRXDVXVSHQVmRGR
$UW$SHWLomRLQLFLDOLQGLFDUi pátrio poder será averbada à margem do registro de nascimento da
I - a autoridade judiciária a que for dirigida; criança ou adolescente.
,,RQRPHRHVWDGRFLYLODSUR¿VVmRHDUHVLGrQFLDGRUHTXH-
UHQWHHGRUHTXHULGRGLVSHQVDGDDTXDOL¿FDomRHPVHWUDWDQGRGH SEÇÃO III - DA DESTRUIÇÃO DA TUTELA
SHGLGRIRUPXODGRSRUUHSUHVHQWDQWHGR0LQLVWpULR3~EOLFR
III - a exposição sumária do fato e o pedidoo; $UW1DGHVWLWXLomRGDWXWHODREVHUYDUVHiRSURFHGLPHQ-
IV - as provas que serão produzidas, ofereccendo desde logo, o to para a remoção de tutor previsto na lei processual civil e, no que
rol de testemunhas e documentos. couber, ao disposto na seção anterior.
$UW +DYHQGR PRWLYR JUDYH SRGHUi D DXWRULGDGH MXGL- SEÇÃO IV - DA COLOCAÇÃO EM FAMÍLIA SUBSTITUTA
FLiULDRXYLGRR0LQLVWpULR3~EOLFRGHFUHWDUDVXVSHQVmRGRSiWULR
SRGHU OLPLQDU RX LQFLGHQWDOPHQWH DWp R MXOJDPHQWR GH¿QLWLYR GD $UW6mRUHTXLVLWRVSDUDFRQFHVVmRGHSHGLGRVGHFRORFD-
FDXVD¿FDQGRDFULDQoDRXDGROHVFHQWHFRQ¿DGRDSHVVRDLG{QHD ção em família substituta:
mediante termo de responsabilidade. ,TXDOL¿FDomRFRPSOHWDGRUHTXHUHQWHHGHVHXHYHQWXDOF{QMX-
gue, ou companheiro, com expressa anuência deste;
$UW2UHTXHULGRVHUiFLWDGRSDUDQRSUD]RGHGH]GLDV II - indicação de eventual parentesco do requerente e de seu
oferecer resposta escrita, indicando as provas a serem produzidas e F{QMXJXHRXFRPSDQKHLURFRPDFULDQoDRXDGROHVFHQWHHVSHFL¿-
oferecendo desde logo o rol de testemunhas e documentos. cando se tem ou não parente vivo;
Parágrafo Único - Deverão ser esgotados todos os meios para ,,,TXDOL¿FDomRFRPSOHWDGDFULDQoDRXGRDGROHVFHQWHHGH
a citação pessoal. seus pais, se conhecidos;
IV - indicação do cartório onde foi inscrito nascimento, anexan-
$UW6HRUHTXHULGRQmRWLYHUSRVVLELOLGDGHGHFRQVWLWXLU do, se possível, uma cópia da respectiva certidão.
advogado, sem prejuízo do próprio sustento e de sua família, po- V - declaração sobre a existência de bens, direitos ou rendimen-
derá requerer, em cartório, que lhe seja nomeado dativo, ao qual tos relativos à criança ou adolescente.
incumbirá a apresentação de resposta, contando-se o prazo a partir Parágrafo Único - Em se tratando de adoção, observar-se-ão
da intimação do despacho de nomeação. WDPEpPRVUHTXLVLWRVHVSHFt¿FRV
$UW6HQGRQHFHVViULRDDXWRULGDGHMXGLFLiULDUHTXLVLWDUi $UW6HRVSDLVIRUHPIDOHFLGRVWLYHUHPVLGRGHVWLWXtGRV
GH TXDOTXHU UHSDUWLomR RX yUJmR S~EOLFR D DSUHVHQWDomR GH GRFX- ou suspensos do pátrio poder, ou houverem aderido expressamente
mento que interesse à causa, de ofício ou a requerimento das partes ao pedido de colocação em família substituta, este poderá ser formu-
RXGR0LQLVWpULR3~EOLFR lado diretamente em cartório, em petição assinalada pelos própios
requerentes.
$UW1mRVHQGRFRQWHVWDGRRSHGLGRDDXWRULGDGHMXGLFLi- 3DUiJUDIRÒQLFR1DKLSyWHVHGHFRQFRUGkQFLDGRVSDLVHOHV
ULDGDUiYLVWDGRVDXWRVDR0LQLVWpULR3~EOLFRSRUFLQFRGLDVVDOYR serão ouvidos pela autoridade judiciária e pelo representante do Mi-
quando este for o requerente, decidindo em igual prazo. QLVWpULR3~EOLFRWRUQDQGRVHSRUWHUPRDVGHFODUDo}HV
+DYHQGR QHFHVVLGDGH D DXWRULGDGH MXGLLFLiULD SRGHUi
determinar a realização de estudo social ou perícia por equipe $UW$DXWRULGDGHMXGLFLiULDGHRItFLRRXDUHTXHULPHQ-
LQWHUSUR¿VVLRQDOEHPFRPRDRLWLYDGHWHVWHPXQKDV WRGDVSDUWHVRXGR0LQLVWpULR3~EOLFRGHWHUPLQDUiDUHDOL]DomRGH
6H R SHGLGR LPSRUWDU HP PRGL¿FDomR GH JXDUGD VHUi HVWXGR VRFLDO RX VH SRVVtYHO SHUtFLD SRU HTXLSH LQWHUSUR¿VVLRQDO
obrigatória, desde que possível e razoável, a oitiva da criança ou decidindo sobre a concessão de guarda provisória, bem como, no
adolescente. caso de adoção, sobre o estágio de convivência.
Didatismo e Conhecimento 52
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
$UW1DVKLSyWHVHTXHDGHVWLWXLomRGDWXWHODDSHUGDRX $UW6HQGRRDGROHVFHQWHOLEHUDGRDDXWRULGDGHSROLFLDO
a suspensão do pátrio poder constituir presuposto lógico da medida HQFDPLQKDUiLPHGLDWDPHQWHDRUHSUHVHQWDQWHGR0LQLVWpULR3~EOLFR
principal de colocação em famílai substituta, será observado o pro- cópia do auto de apreensão ou boletim de ocorrência.
cedimento contraditório previsto nas seções II e III deste Capítulo.
3DUiJUDIRÒQLFR$SHUGDRXDPRGL¿FDomRGDJXDUGDSRGHUi $UW6HDIDVWDGDDKLSyWHVHGHÀDJUDQWHKRXYHULQGtFLRV
ser decretada nos mesmos autos do procedimento, observado o dis- de participação de adolescente na prática de ato infracional, a auto-
SRVWRQRDUW ULGDGHSROLFLDOHQFDPLQKDUiDRUHSUHVHQWDQWHGR0LQLVWpULR3~EOLFR
relatório das investigações e demais documentos.
$UW&RQFHGLGDDJXDUGDRXDWXWHODREVHUYDUVHiRGLV-
SRVWRQRDUWHTXDQWRjDGRomRRFRQWLGRQRDUW $UW2DGROHVFHQWHDTXHPVHDWULEXDDXWRULDGHDWRLQIUD-
cional não poderá ser conduzido ou transportado em compartimento
SEÇÃO V - DA APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL ATRI- fechado de veículo policial, em condições atentatórias à sua digni-
BUÍDO A ADOLESCENTE dade, ou que impliquem risco à sua integridade física ou mental, sob
pena de responsabilidade.
$UW2DGROHVFHQWHSRUIRUoDGHRUGHPMXGLFLDOVHUiGHVGH
logo, encaminhado à autoridade judiciária. $UW$SUHVHQWDGRRDGROHVFHQWHRUHSUHVHQWDQWHGR0LQLV-
WpULR3~EOLFRQRPHVPRGLDHjYLVWDGRDXWRGHDSUHHQVmREROHWLP
$UW2DGROHVFHQWHDSUHHQGLGRHPÀDJUDQWHGHDWRLQIUD- de ocorrência ou relatório policial, devidamente autuados pelo car-
cional será, desde logo, encaminhado à autoridade policial compe- tório judicial e com informação sobre os antecedentes do adoles-
tente. cente, procederá imediata e informalmente à sua oitiva e, em sendo
Parágrafo Único - Havendo repartição policial especializada possível, de seus pais ou responsável, vítima e testemunhas.
para atendimento de adolescente e em se tratando de ato infracio- Parágrafo Único - Em caso de não-apresentação, o representan-
nal praticado em coautoria com maior, prevalecerá a atribuição da WHGR0LQLVWpULR3~EOLFRQRWL¿FDUiRVSDLVRXUHVSRQViYHOSDUDDSUH-
repartição especializada, que, após as providências necessárias e sentação do adolescente, podendo requisitar o concurso das Polícias
conforme o caso, encaminhará o adulto à repartição policial própria. Civil e Militar.
$UW(PFDVRGHÀDJUDQWHGHDWRLQIUDFLRQDOFRPHWLGRPH- $UW$GRWDGDVDVSURYLGrQFLDVDTXHDOXGHRDUWLJRDQWH-
diante violência ou grave ameaça a pessoa, a autoridade policial, ULRURUHSUHVHQWDQWHGR0LQLVWpULR3~EOLFRSRGHUi
VHPSUHMXt]RGRGLVSRVWRQRVDUWVSDUiJUDIR~QLFRHGH- I - promover o arquivamento dos autos;
verá: II - conceder a remissão;
I - lavrar auto de apreensão, ouvidos as testemunhas e o ado- III - representar à autoridade judiciária para aplicação de medi-
lescente; da não-educativa.
II - apreender o produto e os instrumentos da infração;
III - requisitar os exames ou perícias necessários à comprova- $UW3URPRYLGRRDUTXLYDPHQWRGRVDXWRVRXFRQFHGLGDD
ção da materialidade e autoria da infração. UHPLVVmRSHORUHSUHVHQWDQWHGR0LQLVWpULR3~EOLFRPHGLDQWHWHUPR
3DUiJUDIRÒQLFR1DVGHPDLVKLSyWHVHVGHÀDJUDQWHDODYUDWX- fundamentado, que conterá o resumo dos fatos, os autos serão con-
ra do auto poderá ser substituída por boletim de ocorrência circuns- clusos à autoridade judiciária para homologação.
tanciada. +RPRORJDGRRDUTXLYDPHQWRRXDUHPLVVmRDDXWRULGDGH
judiciária determinará, conforme o caso, cumprimento da medida.
$UW&RPSDUHFHQGRTXDOTXHUGRVSDLVRXUHVSRQViYHOR § 2° - Discordando, a autoridade judiciária fará remessa
adolescente será prontamente liberado pela autoridade policial, sob GRV DXWRV DR 3URFXUDGRU*HUDO GH -XVWLoD PHGLDQWH GHVSDFKR
termo de compromisso e responsabilidade de sua apresentação ao fundamentado, e este oferecerá representação, designará outro
UHSUHVHQWDQWHGR0LQLVWpULR3~EOLFRQRPHVPRGLDRXVHQGRLP- PHPEUR GR 0LQLVWpULR 3~EOLFR SDUD DSUHVHQWiOD RX UDWL¿FDUi
SRVVtYHOQRSULPHLURGLD~WLOLPHGLDWRH[FHWRTXDQGRSHODJUDYL- o arquivamento ou a remissão, que só então estará a autoridade
dade do ato infracional e sua repercussão social, deva o adolescente judiciária obrigada a homologar.
permanecer sob internação para garantia de sua segurança pessoal
RXPDQXWHQomRGDRUGHPS~EOLFD $UW6HSRUTXDOTXHUUD]mRRUHSUHVHQWDQWHGR0LQLVWpULR
3~EOLFRQmRSURPRYHURDUTXLYDPHQWRRXFRQFHGHUDUHPLVVmRRIH-
$UW(PFDVRGHQmROLEHUDomRDDXWRULGDGHSROLFLDOHQ- recerá representação à autoridade judiciária, propondo a instauração
caminhará, desde logo, o adolescente ao representante do Ministério de procedimento para aplicação da medida sócio-educativa que se
3~EOLFRMXQWDPHQWHFRPFySLDGRDXWRGHDSUHHQVmRRXEROHWLPGH D¿JXUDUDPDLVDGHTXDGD
ocorrência. $UHSUHVHQWDomRVHUiRIHUHFLGDSRUSHWLomRTXHFRQWHUiR
6HQGRLPSRVVtYHODDSUHVHQWDomRLPHGLDWDDDXWRULGDGH EUHYHUHVXPRGRVIDWRVHDFODVVL¿FDomRGRDWRLQIUDFLRQDOHTXDQGR
policial encaminhará o adolescente a entidade de atendimento, que necessário, o rol de testemunhas, podendo ser deduzida oralmente,
IDUiDDSUHVHQWDomRDRUHSUHVHQWDQWHGR0LQLVWpULR3~EOLFRQRSUD]R em sessão diária instalada pela autoridade judiciária.
de vinte e quatro horas. § 2° - A representação independe de prova pré-constituída da
§ 2° - Nas localidades onde não houver entidade de atendimento, autoria e materialidade.
a apresentação far-se-á pela autoridade policial. À falta de repartição
policial especializada, o adolescente aguardará a apresentação em $UW2SUD]RPi[LPRHLPSURUURJiYHOSDUDDFRQFOXVmR
dependência separada da destinada a maiores, não podendo, em do procedimento, estando o adolescente internado provisoriamente,
qualquer hipótese, exceder o prazo referido no parágrafo anterior. será de quarenta e cinco dias.
Didatismo e Conhecimento 53
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
$UW2IHUHFLGDDUHSUHVHQWDomRDDXWRULGDGHMXGLFLiULDGH- III - não constituir o fato ato infracional;
signará audiência de apresentação do adolescente, decidindo, desde IV - não existir prova de ter o adolescente concorrido para o ato
logo, sobre a decretação ou manutenção da internação, observado o infracional.
GLVSRVWRQRDUWHSDUiJUDIR Parágrafo Único - Na hipótese deste artigo, estando o adoles-
2DGROHVFHQWHHVHXVSDLVRXUHVSRQViYHOVHUmRFLHQWL¿FD- cente internado, será imediatamente colocado em liberdade.
GRVGRWHRUGDUHSUHVHQWDomRHQRWL¿FDGRVDFRPSDUHFHUjDXGLrQ-
cia, acompanhados de advogados. $UW$LQWLPDomRGDVHQWHQoDTXHDSOLFDUPHGLGDGHLQWH-
§ 2° - Se os pais ou responsável não forem localizados, a auto- mação ou regime de semiliberdade será feita:
ridade judiciária dará curador especial ao adolescente. I - ao adolescente e ao seu defensor;
1mRVHQGRORFDOL]DGRRDGROHVFHQWHDDXWRULGDGHMXGLFLi- II - quando não for encontrado o adolescente, a seus pais ou
ria expedirá mandado de busca e apreensão, determinando o sobres- responsável, sem prejuízo do defensor.
tamento do feito, até a efetiva apresentação. 6HQGR RXWUD D PHGLGD DSOLFDGD D LQWLPDomR IDUVHi
(VWDQGRRDGROHVFHQWHLQWHUQDGRVHUiUHTXLVLWDGDDVXD unicamente na pessoa do defensor.
DSUHVHQWDomRVHPSUHMXt]RGDQRWL¿FDomRGRVSDLVRXUHVSRQViYHO § 2° - Recaindo a intimação na pessoa do adolescente, deverá
este manifestar se deseja ou não recorrer da sentença.
$UW$LQWHUQDomRGHFUHWDGDRXPDQWLGDSHODDXWRULGDGH
judiciária, não poderá ser cumprida em estabelecimento prisional. SEÇÃO VI - DA APURAÇÃO DE IRREGULARIDADE EM
,QH[LVWLQGRQDFRPDUFDHQWLGDGHFRPDVFDUDFWHUtVWLFDV ENTIDADE DE ATENDIMENTO
GH¿QLGDVQRDUWRDGROHVFHQWHGHYHUiVHULPHGLDWDPHQWHWUDQV-
ferido para a localidade próxima. $UW2SURFHGLPHQWRGHDSXUDomRGHLUUHJXODULGDGHHP
§ 2° - Sendo impossível a pronta transferência, o adolescente entidade governamental e não-governamental terá início mediante
aguardará sua remoção em repartição policial, desde que em seção SRUWDULDGDDXWRULGDGHMXGLFLiULDRXUHSUHVHQWDomRGR0LQLVWpULR3~-
isolada dos adultos e com instalações apropriadas, não podendo ul- blico ou do Conselho Tutelar, onde consite, necessariamente, resu-
trapassar o prazo máximo de cinco dias, sob pena de responsabili- mo dos fatos.
dade.
Parágrafo Único - Havendo motivo grave, poderá a autorida-
GHMXGLFLiULDRXYLGRR0LQLVWpULR3~EOLFRGHFUHWDUOLPLQDUPHQWHR
$UW&RPSDUHFHQGRRDGROHVFHQWHVHXVSDLVRXUHVSRQVi-
afastamento provisório do diligente da entidade, mediante decisão
vel, a autoridade judiciára procederá à oitiva dos mesmos, podendo
fundamentada.
VROLFLWDURSLQLmRGHSUR¿VVLRQDOTXDOL¿FDGR
6HDDXWRULGDGHMXGLFLiULDHQWHQGHUDGHTXDGDDUHPLVVmR
$UW2GLULJHQWHGDHQWLGDGHVHUiFLWDGRSDUDQRSUD]R
RXYLUiRUHSUHVHQWDQWHGR0LQLVWpULR3~EOLFRSURIHULQGRGHFLVmR
§ 2° - Sendo o fato grave, passível de aplicação de medida de de dez dias, oferecer resposta escrita, podendo juntar documentos e
internação ou colocação em regime de semiliberdade, a autorida- indicar as provas a produzir.
GH MXGLFLiULD YHUL¿FDQGR TXH R DGROHVFHQWH QmR SRVVXL DGYRJDGR
constituído, nomeará defensor, designando, desde logo, audiência $UW$SUHVHQWDGDRXQmRDUHVSRVWDHVHQGRQHFHVViULRD
em continuação, podendo determinar a realização de diligência e autoridade judiciária designará audiência de instrução e julgamento,
estudo do caso. intimando as partes.
2DGYRJDGRFRQVWLWXtGRRXRGHIHQVRUQRPHDGRQRSUD]R 6DOYRPDQLIHVWDomRHPDXGLrQFLDDVSDUWHVHR0LQLVWpULR
de três dias contado da audiência de apresentação, oferecerá defesa 3~EOLFRWHUmRFLQFRGLDVSDUDRIHUHFHUDOHJDo}HV¿QDLVGHFLGLQGRD
prévia e rol detestemunhas. autoridade judiciária em igual prazo.
1DDXGLrQFLDHPFRQWLQXDomRRXYLGDVDVWHiWHPXQKDV (PVHWUDWDQGRGHDIDVWDPHQWRSURYLVyULRRXGH¿QLWLYRGH
arroladas na representação e na defesa prévia, cumpridas as diligên- GLULJHQWHGHHQWLGDGHJRYHUQDPHQWDODDXWRULGDGHMXGLFLiULDR¿FLDUi
FLDV H MXQWDGR R UHODWyULR GD HTXLSH LQWHUSUR¿VVLRQDO VHUi GDGD D à autoridade administrativa imediatamente superior ao afastado,
SDODYUD DR UHSUHVHQWDQWH GR 0LQLVWpULR 3~EOLFR H DR GHIHQVRU VX- marcando prazo para a substituição.
cessivamente, pelo tempo de vinte minutos para cada um, prorrogá- $QWHV GH DSOLFDU TXDOTXHU GDV PHGLGDV D DXWRULGDGH
vel por mais dez, a critério da autoridade judiciária, que em seguida MXGLFLiULD SRGHUi ¿[DU SUD]R SDUD D UHPRomR GDV LUUHJXODULGDGHV
proferirá decisão. YHUL¿FDGDV6DWLVIHLWDVDVH[LJrQFLDVRSURFHVVRVHUiH[WLQWRVHP
julgamento de mérito.
$UW6HRDGROHVFHQWHGHYLGDPHQWHQRWL¿FDGRQmRFRP- $PXOWDHDDGYHUWrQFLDVHUmRLPSRVWDVDRGLULJHQWHGD
SDUHFHU LQMXVWL¿FDGDPHQWH j DXGLrQFLD GH DSUHVHQWDomR D DXWRUL- entidade ou programa de atendimento.
dade judiciária designará nova data, determinando sua condução
coercitiva. SEÇÃO VLL - DA APURAÇÃO DE INFRAÇÃO ADMINIS-
TRATIVA ÀS NORMAS DE PROTEÇÃO À CRIANÇA E AO
$UW$UHPLVVmRFRPRIRUPDGHH[WLQomRRXVXVSHQVmR ADOLESCENTE
do processo, poderá ser aplicada em qualquer fase do procedimento,
antes da sentença. $UW2SURFHGLPHQWRSDUDLPSRVLomRGHSHQDOLGDGHDG-
ministrativa por infração às normas de proteção à criança e ao ado-
$UW$DXWRULGDGHMXGLFLiULDQmRDSOLFDUiTXDOTXHUPHGLGD OHVFHQWHWHUiLQtFLRSRUUHSUHVHQWDomRGR0LQLVWpULR3~EOLFRRXGR
desde que reconheça na sentença: Conselho Tutelar, ou auto de infração elaborado por servidor efetivo
I - estar provada a inexistência do fato; ou voluntário credenciado, e assinado por duas testemunhas, se pos-
II - não haver prova da existência do fato; sível.
Didatismo e Conhecimento 54
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
1R SURFHGLPHQWR LQLFLDGR FRP R DXWR GH LQIUDomR VIII - mantida decisão apelada ou agravada, o escrivão reme-
SRGHUmRVHUXVDGDVIyUPXODVLPSUHVVDVHVSHFL¿FDQGRVHDQDWXUH]D WHUiRVDXWRVRXRLQVWUXPHQWRjVXSHULRULQVWkQFLDGHQWURGHYLQWH
e as ciUFXQVWkQFLDVGDLQIUDomR e quatro horas, independentemente de novo pedido do recorrente;
6HPSUHTXHSRVVtYHOjYHUL¿FDomRGDLQIUDomRVHJXLU se a reformar, a remessa dos autos dependerá de pedido expresso da
VHi D ODYUDWXUD GR DXWR FHUWL¿FDQGRVH HP FDVR FRQWUiULR GRV SDUWHLQWHUHVVDGDRXGR0LQLVWpULR3~EOLFRQRSUD]RGHFLQFRGLDV
motivos do retardamento. contados da intimação.
$UW2UHTXHULGRWHUiSUD]RGHGH]GLDVSDUDDSUHVHQWD- $UW&RQWUDDVGHFLV}HVSURIHULGDVFRPEDVHQRDUW
ção de defesa, contado da data da intimação, que será feita: caberá recurso de apelação.
I - pelo autuante, no próprio auto, quando este for lavrado na
presença do requerido; CAPÍTULO V - DO MINISTÉRIO PÚBLICO
,,SRUR¿FLDOGHMXVWLoDRXIXQFLRQiULROHJDOPHQWHKDELOLWDGR
que entregará cópia do auto ou da representação ao requerido, ou a $UW$VIXQo}HVGR0LQLVWpULR3~EOLFRSUHYLVWDQHVWD/HL
seu representante legal, lavrando certidão; VHUmRH[HUFLGDVQRVWHUPRVGDUHVSHFWLYD/HL2UJkQLFD
III - por via postal, com aviso de recebimento, se não for en-
contrado o requerido ou seu representante legal; $UW&RPSHWHDR0LQLVWpULR3~EOLFR
IV - por edital, com prazo de trinta dias, se incerto ou não sa- I - conceder a remissão como forma de exclusão do processo;
bido o paradeiro do requerido ou de seu representante legal. II - promover e acompanhar os procedimentos relativos às in-
frações atribuídas a adolescentes;
$UW1mRVHQGRDSUHVHQWDGDDGHIHVDQRSUD]ROHJDOD III - promover e acompanhar as ações de alimentos e os pro-
DXWRULGDGH MXGLFLiULD GDUi YLVWD GRV DXWRV DR 0LQLVWpULR 3~EOLFR cedimentos de suspensão e destituição do pátrio poder, nomeação
por cinco dias, decidindo em igual prazo. HUHPRomRGHWXWRUHVFXUDGRUHVHJXDUGL}HVEHPFRPRR¿FLDUHP
WRGRVRVGHPDLVSURFHGLPHQWRVGDFRPSHWrQFLDGD-XVWLoDGD,QIkQ-
$UW$SUHVHQWDGDDGHIHVDDDXWRULGDGHMXGLFLiULDSUR- cia e da Juventude;
cederá na conformidade do artigo anterior, ou, sendo necessário, ,9SURPRYHUGHR¿FLRRXSRUVROLFLWDomRGRVLQWHUHVVDGRVD
designará audiência de instrução e julgamento. especialização e a inscrição de hipoteca legal e a prestação de contas
Parágrafo Único - Colhida a prova oral, manifestar-se-ão su- dos tutores, curadores e quaisquer administradores de bens de crian-
FHVVLYDPHQWH R 0LQLVWpULR 3~EOLFR H R SURFXUDGRU GR UHTXHULGR oDVHDGROHVFHQWHVQDVKLSyWHVHVGRDUW
pelo tempo de vinte minutos para cada um, prorrogável por mais 9 SURPRYHU R LQTXpULWR FLYLO H D DomR FLYLO S~EOLFD SDUD D
dez, a critério da autoridade judiciária, que em seguida proferirá proteção dos interesses individuais, difusos ou coletivos relativos
sentença. jLQIkQFLDHjDGROHVFrQFLDLQFOXVLYHRVGH¿QLGRVQRDUW
inciso II, da Constituição Federal;
CAPÍTULO IV - DOS RECURSOS VI - instaurar procedimentos administrativos e, para, instruí-
-los:
$UW1RVSURFHGLPHQWRVDIHWRVj-XVWLoDGD,QIkQFLDHGD DH[SHGLUQRWL¿FDo}HVSDUDFROKHUGHSRLPHQWRVRXHVFODUHFL-
-XYHQWXGH¿FDDGRWDGRRVLVWHPDUHFXUVDOGR&yGLJRGH3URFHVVR PHQWRVHHPFDVRGHQmRFRPSDUHFLPHQWRLQMXVWL¿FDGRUHTXLVLWDU
&LYLODSURYDGRSHOD/HLQGHGHMDQHLURGHHVXDV condução coercitiva, inclusive pela polícia civil ou militar;
alterações posteriores, com as seguintes adaptações: b) requisitar informações, exames, perícias e documentos de
I - os recursos serão interpostos independentemente de pre- autoridades municipais, estaduais e federais, da administração direta
paro; ou indireta, bem como promover inspeções e diligências investiga-
II - em todos os recursos, salvo o de agravo de insento e de tórias;
embargos de declaração, o prazo para interpor e para responder c) requisitar informações e documentos a particulares e insti-
será sempre de dez dias; tuições privadas;
III - os recursos terão preferência de julgamento e dispensarão 9,,LQVWDXUDUVLQGLFkQFLDVUHTXLVLWDUGLOLJrQFLDVLQYHVWLJDWy-
revisor; rias e determinar a instauração de inquérito policial, para apuração
IV - o agravo será intimado para, no prazo de cinco dias, ofe- GHLOtFLWRVRXLQIUDo}HVjVQRUPDVGHSURWHomRjLQIkQFLDHjMXYHQ-
recer resposta e indicar as peças a serem trasladadas; tude;
V - será de quarenta e oito horas o prazo para a extração, a VIII - zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais
conferência e o conserto do traslado; assegurados às crianças e adolescentes, promovendo as medidas ju-
VI - a apelação será recebida em seu efeito devolutivo. Será diciais e extrajudiciais cabíveis;
também conferido efeito suspensivo quando interposta contra sen- IX - impetrar mandado de segurança, de injunção e “habeas
tença que deferir a adoção por estrangeiro e, a juízo da autoridade FRUSXV´ HP TXDOTXHU MXt]R LQVWkQFLD RX WULEXQDO QD GHIHVD GRV
judiciária, sempre que houver perigo de dano irreparável ou de interesses sociais e individuais indisponíveis afetos à criança e ao
difícil reparação; adolescente;
VII - antes de determinar a remessa dos autos à superior ins- X - representar ao juízo visando à aplicação de penalidade por
WkQFLDQRFDVRGHDSHODomRRXGRLQVWUXPHQWRQRFDVRGHDJUDYR infrações cometidas contra as normas de proteção à infància e à ju-
a autoridade judiciária proferirá despacho fundamentado, manten- ventude, sem prejuízo da promoção da responsabilidade civil e pe-
do ou reformando a decisão, no prazo de cinco dias; nal do infrator, quando cabível;
Didatismo e Conhecimento 55
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;,LQVSHFLRQDUDVHQWLGDGHVS~EOLFDVHSDUWLFXODUHVGHDWHQ- § 2° - A ausência do defensor não a determinará o adiamento
dimento e os programas de que trata esta Lei, adotando de pronto de nenhum ato do processo, devendo o juiz nomear substituto, ainda
as medidas administrativas ou judiciais necessárias à remoção de que provisoriamente, ou para o só efeito do ato.
LUUHJXODULGDGHVSRUYHQWXUDYHUL¿FDGDV 6HUiGLVSHQVDGDDRXWRUJDGHPDQGDWRTXDQGRVHWUDWDU
XII - requisitar força policial, bem como a colaboração dos de defensor nomeado ou, sido constituído, tiver sido indicado por
serviços médicos, hospitalares, educacionais e de assistência social, ocasião de ato formal com a presença da autoridade judiciária.
S~EOLFRVRXSULYDGRVSDUDRGHVHPSHQKRGHVXDVDWULEXLo}HV
$ OHJLWLPDomR GR 0LQLVWpULR 3~EOLFR SDUD DV Do}HV CAPÍTULO VII - DA PROTEÇÃO JUDICIAL DOS INTERES-
cíveis previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas SES INDIVIDUAIS, DIFUSOS E COLETIVOS
hipóteses, segundo dispuserem a Constituição e esta Lei.
§ 2° - As atribuições constantes deste artigo não excluem outras, $UW 5HJHPVH SHODV GLVSRVLo}HV GHVWD /HL DV Do}HV GH
GHVGHTXHFRPSDWtYHLVFRPD¿QDOLGDGHGR0LQLVWpULR3~EOLFR responsabilidade por ofensa aos direitos assegurados à criança e ao
2UHSUHVHQWDQWHGR0LQLVWpULR3~EOLFRQRH[HUFtFLRGH adolescente, referentes ao não-oferecimento ou oferta irregular:
suas funções, terá livre acesso a todo local onde se encontre criança I - o ensino obrigatório;
ou adolescente. II - de atendimento educacional especializado aos portadores
2UHSUHVHQWDQWHGR0LQLVWpULR3~EOLFRVHUiUHVSRQViYHO GHGH¿FLrQFLD
pelo uso indevido das informações e documentos que requisitar, nas Ill - de atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero
hipóteses legais de sigilo. a seis anos de idade;
3DUDRH[HUFtFLRGDDWULEXLomRGHTXHWUDWDRLQFLVR9,,, IV - de ensino noturno regular, adequado às condições do edu-
GHVWHDUWLJRSRGHUiRUHSUHVHQWDQWHGR0LQLVWpULR3~EOLFR cando;
a) reduzir a termo as declarações do reclamante, instaurando o V - de programas suplementares de oferta de material didático-
competente procedimento, sob sua presidência; HVFRODUWUDQVSRUWHHDVVLVWrQFLDjVD~GHGRHGXFDQGRGRHQVLQRIXQ-
b) entender-se diretamente com a pessoa ou autoridade recla- damental;
PDGDHPGLDORFDOHKRUiULRSUHYLDPHQWHQRWL¿FDGRVRXDFHUWDGRV VI - de serviço de assistência social visando à proteção à famí-
FHIHWXDUUHFRPHQGDo}HVYLVDQGRjPHOKRULDGRVVHUYLoRVS~- OLDjPDWHUQLGDGHjLQIkQFLDHjDGROHVFrQFLDEHPFRPRDRDPSDUR
EOLFRVHGHUHOHYkQFLDS~EOLFDDIHWRVjFULDQoDHDRDGROHVFHQWH¿- às crianças e adolescentes que dele necessitem;
cando prazo razoável para sua perfeita adequação. 9,,GHDFHVVRjVDo}HVHVHUYLoRVGHVD~GH
9,,, GH HVFRODUL]DomR H SUR¿VVLRQDOL]DomR GRV DGROHVFHQWHV
$UW1RVSURFHVVRVHSURFHGLPHQWRVHPTXHQmRIRUSDUWH privados de liberdade.
DWXDUiREULJDWRULDPHQWHR0LQLVWpULR3~EOLFRQDGHIHVDGRVGLUHLWRV Parágrafo Único - As hipóteses previstas neste artigo não ex-
e interesses de que cuida esta Lei, hipótese em que terá vista dos cluem da proteção judicial outros interesses individuais, difusos ou
autos depois das partes, podendo juntar documentos e requerer dili- FROHWLYRV SUySULRV GD LQIkQFLD H GD DGROHVFrQFLD SURWHJLGRV SHOD
gências, usando os recursos cabíveis. Constituição e pela Lei.
$UW$LQWLPDomRGR0LQLVWpULR3~EOLFRHPTXDOTXHUFDVR $UW$VDo}HVSUHYLVWDVQHVWH&DStWXORVHUmRSURSRVWDVQR
será feita pessoalmente. foro local onde ocorreu ou deva ocorrer a ação ou omissão, cujo
$UW$IDOWDGHLQWHUYHQomRGR0LQLVWpULR3~EOLFRDFDUUHWD juízo terá competência absoluta para processar a causa, ressalvadas
DQXOLGDGHGRIHLWRTXHVHUiGHFODUDGDGHR¿FLRSHORMXL]RXDUHTXH- a competência da Justiça Federal e a competência originária dos Tri-
rimento de qualquer interessado. bunais Superiores.
Didatismo e Conhecimento 56
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$UW3DUDGHIHVDGRVGLUHLWRVHLQWHUHVVHVSURWHJLGRVSRU $UW 1DV Do}HV GH TXH WUDWD HVWH &DStWXOR QmR KDYH-
esta Lei, são admissíveis todas as espécies de ações pertinentes. rá adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais e
$SOLFDPVHjVDo}HVSUHYLVWDVQHVWH&DStWXORDVQRUPDV quaisquer outras despesas.
do Código de Processo Civil.
&RQWUD DWRV LOHJDLV RX DEXVLYRV GH DXWRULGDGH S~EOLFD $UW4XDOTXHUSHVVRDSRGHUiHRVHUYLGRUS~EOLFRGHYHUi
ou agente de pessoa jurídica no exercício de arribações do Poder SURYRFDU D LQLFLDWLYD GR 0LQLVWpULR 3~EOLFR SUHVWDQGROKH LQIRU-
3~EOLFRTXHOHVHPGLUHLWROtTXLGRHFHUWRSUHYLVWRQHVWD/HLFDEHUi mações sobre fatos que constituam objeto de ação civil, e indican-
ação mandamental, que se regerá pelas normas da lei do mandado do-lhe os elementos de convicção.
de segurança.
$UW6HQRH[HUFtFLRGHVXDVIXQo}HVRVMXt]HVHWULEX-
$UW1DDomRTXHWHQKDSRUREMHWRRFXPSULPHQWRGHREUL- nais tiverem conhecimento de fatos que possam ensejar a propo-
JDo}HVGHID]HURXQmRID]HURMXL]FRQFHGHUiDWXWHODHVSHFt¿FDGD VLWXUDGHDomRFLYLOUHPHWHUmRSHoDVDR0LQLVWpULR3~EOLFRSDUDDV
obrigação ou determinará providências que assegurem o resultado
providências cabíveis.
prático equivalente ao do adimplemento.
6HQGR UHOHYDQWH R IXQGDPHQWR GD GHPDQGD H KDYHQGR
Art. 222 - Para instruir a petição inicial, o interessado poderá
MXVWL¿FDGRUHFHLRGHLQH¿FiFLDGRSURYLPHQWR¿QDOpOtFLWRDRMXL]
requerer às autoridades competentes as certidões e informações
FRQFHGHUDWXWHODOLPLQDUPHQWHRXDSyVMXVWL¿FDomRSUpYLDFLWDQGR
o réu. que julgar necessárias, que serão fornecidas no prazo de quinze
§ 2° - O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na dias.
sentença, impor multa diária ao réu, independentemente de pedido
GRDXWRUVHIRUVX¿FLHQWHRXFRPSDWtYHOFRPDREULJDomR¿[DQGR $UW20LQLVWpULR3~EOLFRSRGHUiLQVWDXUDUVREVXDSUH-
prazo razoável para o cumprimento do preceito. sidência, inquérito civil, ou requisitar, de qualquer pessoa, orga-
$PXOWDVyVHUiH[LJtYHOGRUpXDSyVRWUiQVLWRHPMXOJDGR QLVPR S~EOLFR RX SDUWLFXODU FHUWLGlHV LQIRUPDo}HV H[DPHV RX
da sentença favorável ao autor, mas será devida desde o dia em que perícias, no prazo que assinalar, o qual não poderá ser inferior a
VHKRXYHUFRQ¿JXUDGRRGHVFXPSULPHQWR GH]GLDV~WHLV
6HRyUJmRGR0LQLVWpULR3~EOLFRHVJRWDGDVWRGDVDV
$UW2VYDORUHVGDVPXOWDVUHYHUWHUmRDRIXQGRJHULGRSHOR diligências, se convencer da inexistência de fundamento para
Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente do respectivo a propositura da ação cível, promoverá o arquivamento dos
município. autos do inquérito civil ou das peças informativas, fazendo-o
$VPXOWDVQmRUHFROKLGDVDWpWULQWDGLDVDSyVRWUkQVLWRHP fundamentadamente.
julgado da decisão serão exigidas através de execução promovida § 2° - Os autos do inquérito civil ou as peças de informação
SHOR0LQLVWpULR3~EOLFRQRVPHVPRVDXWRVIDFXOWDGDLJXDOLQLFLDWLYD arquivados serão remetidos, sob pena de se incorrer em falta grave,
aos demais legitimados. QRSUD]RGHWUrVGLDVDR&RQVHOKR6XSHULRUGR0LQLVWpULR3~EOLFR
§ 2° - Enquanto o fundo não for regulamentado, o dinheiro $WpTXHVHMDKRPRORJDGDRXUHMHLWDGDDSURPRomRGH
¿FDUiGHSRVLWDGRUHPHVWDEHOHFLPHQWRR¿FLDOGHFUpGLWRHPFRQWD arquivamento, em sessão do Conselho Superior do Ministério
com correção monetária. 3~EOLFR SRGHUmR DV DVVRFLDo}HV OHJLWLPDGDV DSUHVHQWDU UD]}HV H
atas ou documentos, que serão juntados aos autos do inquérito ou
$UW2MXL]SRGHUiFRQIHULUHIHLWRVXVSHQVLYRDRVUHFXUVRV anexados às peças de informação.
para evitar dano irreparável à parte. $SURPRomRGHDUTXLYDPHQWRVHUiVXEPHWLGDDH[DPHH
GHOLEHUDomRGR&RQVHOKR6XSHULRUGR0LQLVWpULR3~EOLFRFRQIRUPH
$UW7UDQVLWDGDHPMXOJDGRDVHQWHQoDTXHLPSXVHUFRQ- dispuser o seu Regimento.
GHQDomRDR3RGHU3~EOLFRRMXL]GHWHUPLQDUiDUHPHVVDGHSHoDVj
'HL[DQGR R &RQVHOKR 6XSHULRU GH KRPRORJDU D
autoridade competente, para apuração da responsabilidade civil e
promoção de arquivo, designará, desde logo, outro órgão do
administrativa do agente a que se atribua a ação ou omissão.
0LQLVWpULR3~EOLFRSDUDRDMXL]DPHQWRGDDomR
$UW'HFRUULGRVVHVVHQWDGLDVGRWUkQVLWRHPMXOJDGRGD
sentença condenatória sem que a associação autora lhe promova a $UW$SOLFDPVHVXEVLGLDULDPHQWHQRTXHFRXEHUDVGLV-
H[HFXomRGHYHUiID]rORR0LQLVWpULR3~EOLFRIDFXOWDGDLJXDOLQL- SRVLo}HVGD/HLQGHGHMXOKRGH
ciativa aos demais legitimados.
TÍTULO VII - DOS CRIMES E DAS INFRAÇÕES
$UW2MXL]FRQGHQDUiDDVVRFLDomRDXWRUDDSDJDUDRUpX ADMINISTRATIVAS
RVKRQRUiULRVDGYRFDWtFLRVDUELWUDGRVQDFRQIRUPLGDGHGRGR
DUWGD/HLQGHGHMDQHLURGH&yGLJRGH3UR- CAPÍTULO I - DOS CRIMES
cesso Civil, quando reconhecer que a pretensão é manifestamente
infundada. SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS
3DUiJUDIRÒQLFR(PFDVRGHOLWLJkQFLDGHPiIpDDVVRFLDomR
autora e os diretores responsáveis pela propositura da ação serão $UW(VWH&DStWXORGLVS}HVREUHFULPHVSUDWLFDGRVFRQWUD
solidariamente condenados ao décuplo das custas, sem prejuízo de a criança e o adolescente, por ação ou omissão, sem prejuízo do
responsabilidade por perdas e danos. disposto na legislação penal.
Didatismo e Conhecimento 57
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
$UW$SOLFDPVHDRVFULPHVGH¿QLGRVQHVWD/HLDVQRU- $UW'HL[DUDDXWRULGDGHFRPSHWHQWHVHPMXVWDFDXVD
PDVGD3DUWH*HUDOGR&yGLJR3HQDOHTXDQWRDRSURFHVVRDVSHU- de ordenar a imediata liberação de criança ou adolescente, tão logo
tinentes ao Código de Processo Penal. tenha conhecimento da ilegalidade da apreensão:
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
$UW2VFULPHVGH¿QLGRVQHVWD/HLVmRGHDomRS~EOLFD $UW'HVFXPSULULQMXVWL¿FDGDPHQWHSUD]R¿[DGRQHVWD
incondicionada. Lei em benefício de adolescente privado de liberdade:
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
SEÇÃO II - DOS CRIMES EM ESPÉCIE
$UW,PSHGLURXHPEDUDoDUDDomRGHDXWRULGDGHMXGLFLiULD
PHPEURGR&RQVHOKR7XWHODURXUHSUHVHQWDQWHGR0LQLVWpULR3~EOL-
$UW'HL[DURHQFDUUHJDGRGHVHUYLoRRXRGLULJHQWHGH
co no exercício de função prevista na Lei.
HVWDEHOHFLPHQWRGHDWHQomRjVD~GHGHJHVWDQWHGHPDQWHUUHJLVWUR
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
das atividades desenvolvidas, na forma e prazo referidos no art.
GHVWD /HL EHP FRPR GH IRUQHFHU j SDUWXULHQWH RX D VHX UHV- $UW6XEWUDLUFULDQoDRXDGROHVFHQWHDRSRGHUGHTXHPR
ponsável, por ocasião da alta médica, declaração de nascimento, WHPVREVXDJXDUGDHPYLUWXGHGHOHLRXRUGHPMXGLFLDOFRPR¿P
onde constem as intercorrências do parto e do desenvolvimento de colocação em lar substituto:
do neonato: Pena - reclusão de dois a seis anos, e multa.
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Parágrafo Único - Se o crime é culposo: $UW3URPHWHURXHIHWLYDUDHQWUHJDGH¿OKRRXSXSLORD
Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa. terceiro, mediante paga ou recompensa:
Pena - reclusão de um a quatro anos, e multa.
$UW'HL[DURPpGLFRHQIHUPHLURRXGLULJHQWHGHHVWD- Parágrafo Único - Incide nas mesmas penas quem oferece ou
EHOHFLPHQWRGHDWHQomRjVD~GHGHJHVWDQWHGHLGHQWL¿FDUFRUUHWD- efetiva a paga ou recompensa.
mente o neonato e a parturiente, por ocasião do parto, bem como
GHL[DUGHSURFHGHUDRVH[DPHVUHIHULGRVQRDUWGHVWD/HL $UW3URPRYHURXDX[LOLDUDHIHWLYDomRGHDWRGHVWLQDGRDR
Pena - detenção de seis meses a dois anos. HQYLRGHFULDQoDRXDGROHVFHQWHSDUDRH[WHULRUFRPLQREVHUYkQFLD
Parágrafo Único - Se o crime é culposo: GDVIRUPDOLGDGHVOHJDLVRXFRPR¿WRGHREWHUOXFUR
Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa. Pena - reclusão de quatro a seis anos, e multa.
$UW3URGX]LURXGLULJLUUHSUHVHQWDomRWHDWUDOWHOHYLVLYD
$UW3ULYDUDFULDQoDRXRDGROHVFHQWHGHVXDOLEHUGDGH
RXSHOtFXODFLQHPDWRJUi¿FDXWLOL]DQGRVHGHFULDQoDRXDGROHVFHQWH
SURFHGHQGRjVXDDSUHHQVmRVHPHVWDUHPÀDJUDQWHGHDWRLQIUD-
HPFHQDGHVH[RH[SOtFLWRRXSRUQRJUi¿FD
cional ou inexistindo ordem escrita da autoridade judiciária com-
Pena - reclusão de um a quatro anos, e multa.
petente: Parágrafo Único - Incorre na mesma pena quem, nas condições
Pena - detenção de seis meses a dois anos. referidas neste artigo, contracena com criança ou adolescente.
Parágrafo Único - Incide na mesma pena aquele que procede à
DSUHHQVmRVHPREVHUYkQFLDGDVIRUPDOLGDGHVOHJDLV $UW)RWRJUDIDURXSXEOLFDUFHQDGHVH[RH[SOtFLWRRXSRU-
QRJUi¿FDHQYROYHQGRFULDQoDRXDGROHVFHQWH
$UW 'HL[DU D DXWRULGDGH SROLFLDO UHVSRQViYHO SHOD Pena - reclusão de um a quatro anos.
apreensão de criança ou adolescente de fazer imediata comunica-
ção à autoridade judiciária competente e à família do aprendido ou $UW9HQGHUIRUQHFHUDLQGDTXHJUDWXLWDPHQWHRXHQWUHJDU
à pessoa por ele indicada: de qualquer forma, a criança o ou adolescente arma, munição ou
Pena - detenção de seis meses a dois anos. explosivo:
Pena - detenção de seis meses a dois anos, e multa.
$UW6XEPHWHUFULDQoDRXDGROHVFHQWHVREVXDDXWRULGD-
GHJXDUGDRXYLJLOkQFLDDYH[DPHRXDFRQVWUDQJLPHQWR $UW9HQGHUIRUQHFHUDLQGDTXHJUDWXLWDPHQWHPLQLVWUDU
Pena - detenção de seis meses a dois anos. ou entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente, sem justa
causa, produtos cujos componentes possam causar dependência físi-
$UW6XEPHWHUFULDQoDRXDGROHVFHQWHVREVXDDXWRULGD- ca ou psíquica, ainda que por utilização indevida:
Pena - detenção de seis meses a dois anos, e multa, se o fato não
GHJXDUGDRXYLJLOkQFLDDWRUWXUD
constitui crime mais grave.
Pena - reclusão de um a cinco anos.
6HUHVXOWDUOHVmRFRUSRUDOJUDYH
$UW9HQGHUIRUQHFHUDLQGDTXHJUDWXLWDPHQWHRXHQWUHJDU
Pena - reclusão de dois a oito anos. de qualquer forma, a criança ou adolescente fogos de estampido ou
§ 2° - Se resultar lesão corporal gravíssima: GHDUWL¿FLRH[FHWRDTXHOHVTXHSHORVHXUHGX]LGRSRWHQFLDOVHMDP
Pena - reclusão de quatro a doze anos. incapazes de provocar qualquer dano físico em caso de utilização
6HUHVXOWDUPRUWH indevida:
Pena - reclusão de quinze a trinta anos. Pena - detenção de seis meses a dois anos, e multa.
Didatismo e Conhecimento 58
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
CAPÍTULO II - DAS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS $UW'HL[DURUHVSRQViYHOSRUGLYHUVmRRXHVSHWiFXORS~-
EOLFRGHD¿[DUHPOXJDUYLVtYHOHGHIiFLODFHVVRjHQWUDGDGRORFDO
$UW'HL[DURPpGLFRSURIHVVRURXUHVSRQViYHOSRUHVWD- de exibição, informação destacada sobre a natureza da diversão ou
EHOHFLPHQWRGHDWHQomRjVD~GHHGHHQVLQRIXQGDPHQWDOSUpHVFROD HVSHWiFXORHDIDL[DHWiULDHVSHFL¿FDGDQRFHUWL¿FDGRGHFODVVL¿FD-
ou creche, de comunicar à autoridade competente os casos de que ção:
WHQKDFRQKHFLPHQWRHQYROYHQGRVXVSHLWDRXFRQ¿UPDomRGHPDXV- Pena - multa de três a vinte salários de referência aplicando-se
-tratos contra criança ou adolescente:Pena - muita de três a vinte o dobro em caso de reincidência.
salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de reincidência.
$UW$QXQFLDUVHSHoDVWHDWUDLV¿OPHVRXTXDLVTXHUUHSUH-
$UW,PSHGLURUHVSRQViYHORXIXQFLRQiULRGHHQWLGDGHGH sentações ou espetáculos, sem indicar os limites de idade a que não
atendimento o exercício dos direitos constantes nos incisos II, III, se recomendem:
9,,9,,,H;,GRDUWGHVWD/HL Pena - multa de três a vinte salários de referência, duplicada em
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se caso de reincidência, aplicável, separadamente, à casa de espetáculo
o dobro em caso de reincidência. e aos órgãos de divulgação ou publicidade.
$UW'LYXOJDUWRWDORXSDUFLDOPHQWHVHPDXWRUL]DomRGH- $UW7UDQVPLWLUDWUDYpVGHUiGLRRXWHOHYLVmRHVSHWiFXOR
vida, por qualquer meio de comunicação, nome, ato ou documento HPKRUiULRGLYHUVRGRDXWRUL]DGRRXVHPDYLVRGHVXDFODVVL¿FDomR
de procedimento policial, administrativo ou judicial relativo a crian- Pena - multa de vinte a cem salários de referência; duplicada
ça ou adolescente a que se atribua ato infracional: em caso de reincidência a autoridade judiciária poderá determinar a
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se suspensão da programação da emissora por até dois dias.
o dobro em caso de reincidência.
,QFRUUHQDPHVPDSHQDTXHPH[LEHWRWDORXSDUFLDOPHQWH $UW([LELU¿OPHWUDLOHUSHoDDPRVWUDRXFRQJpQHUHFODV-
IRWRJUD¿DGHFULDQoDRXDGROHVFHQWHHQYROYLGRHPDWRLQIUDFLRQDO VL¿FDGR SHOR yUJmR FRPSHWHQWH FRPR LQDGHTXDGR jV FULDQoDV RX
RXTXDOTXHULOXVWUDomRTXHOKHGLJDUHVSHLWRRXVHUH¿UDDDWRVTXH adolescentes admitidos ao espetáculo:
OKHVHMDPDWULEXtGRVGHIRUPDDSHUPLWLUVXDLGHQWL¿FDUmRGLUHWDRX Pena - multa de vinte a cem salários de referência; na reincidên-
cia, a autoridade poderá determinar a suspensão do espetáculo ou o
indiretamente.
fechamento do estabelecimento por até quinze dias.
§ 2° - Se o fato for praticado por órgão de imprensa ou
emissora de rádio ou televisão, além da pena prevista neste artigo, a
$UW9HQGHURXORFDUDFULDQoDRXDGROHVFHQWH¿WDGHSUR-
autoridade judiciária poderá determinar a apreensão da publicação
JUDPDomR HP YtGHR HP GHVDFRUGR FRP D FODVVL¿FDomR DWULEXtGD
ou a suspensão da programação da emissora até por dois dias, bem
pelo órgão competente:
FRPRGDSXEOLFDomRGRSHULyGLFRDWpSRUGRLVQ~PHURV
Pena - multa de três a vinte salários de referência; em caso de
reincidência, a autoridade judiciária poderá determinar o fechamen-
$UW'HL[DUGHDSUHVHQWDUjDXWRULGDGHMXGLFLiULDGHVHX
to do estabelecimento por até quinze dias.
GRPLFtOLRQRSUD]RGHFLQFRGLDVFRPR¿PGHUHJXODUL]DUDJXDUGD
adolescente trazido de outra comarca para a prestação de serviço $UW 'HVFXPSULU REULJDomR FRQVWDQWH GRV DUWV H
doméstico, mesmo que autorizado pelos pais ou responsável: desta Lei:
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se Pena - multa de três a vinte salários de referência, duplicando-se
o dobro em caso de reincidência, independentemente das despesas a pena em caso de reincidência, sem prejuízo de apreensão da revista
de retorno do adolescente, se for o caso. ou publicação.
$UW'HVFXPSULUGRORVDRXFXOSRVDPHQWHRVGHYHUHVLQH- $UW'HL[DURUHVSRQViYHOSHORHVWDEHOHFLPHQWRRXRHP-
rentes ao pátrío poder ou decorrente de tutela ou guarda, bem assim presário de observar o que dispõe esta lei sobre o acesso de criança
determinação da autoridade judiciária ou Conselho Tutelar: ou adolescente aos locais de diversão, ou sobre sua participação no
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se espetáculo.
o dobro em caso de reincidência. Pena - muita de três a vinte salários de referência; em caso de
reincidência, a autoridade judiciária poderá determinar o fechamen-
$UW+RVSHGDUFULDQoDRXDGROHVFHQWHGHVDFRPSDQKDGR to do estabelecimento por até quinze dias.
dos pais ou responsável ou sem autorização escrita destes, ou da
autoridade judiciária, em hotel, pensão, motel ou congênere: DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRLAS
Pena - multa de dez a cinqüenta salários de referência; em caso
de reincidência, a autoridade judiciária poderá determinar o fecha- $UW$8QLmRQRSUD]RGHQRYHQWDGLDVFRQWDGRVGDSX-
mento do estabelecimento por até quinze dias. blicação deste Estatuto, elaborará projeto de lei dispondo sobre a
criação ou adaptação de seus órgãos às diretrizes da política de aten-
$UW 7UDQVSRUWDU FULDQoD RX DGROHVFHQWH SRU TXDOTXHU GLPHQWR¿[DGDVQRDUWHDRTXHHVWDEHOHFHR7tWXOR9GR/LYUR,,
PHLRFRPLQREVHUYkQFLDGRGLVSRVWRQRVDUWVHGHVWD/HL Parágrafo Único - Compete aos Estados e Municípios promo-
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se verem a adaptação de seus órgãos e programas às diretrizes e princí-
o dobro de reincidência. pios estabelecidos nesta Lei.
Didatismo e Conhecimento 59
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
$UW 2V FRQWULEXLQWHVSRGHUmRGHGX]LUGRLPSRVWRGH- $UW
vido, na declaração do Imposto sobre a Renda, o total das doa- § $XPHQWDVHDSHQDGHXPWHUoRVHRFULPHpSUDWLFDGR
ções feitas aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente contra pessoa menor de catorze anos.
- nacional, estaduais ou municipais - devidamente comprovadas, $UW
obedecidos os limites estabelecidos em Decreto do Presidente da Parágrafo Único - Se a ofendida é menor de catorze anos:
5HS~EOLFD Pena - reclusão de quatro a dez anos.
$VGHGXo}HVDTXHVHUHIHUHHVWHDUWLJRQmRHVWmRVXMHLWDV $UW
a outros limites estabelecidos na legislação do imposto de renda, Parágrafo Único - Se o ofendido é menor de catorze anos:
nem excluem ou reduzem outros benefícios ou abatimentos e Pena - reclusão de três a nove anos.
deduções em vigor, de maneira especial as doações a entidades de
XWLOLGDGHS~EOLFD $UW2DUWGD/HLQGHGHGH]HPEURGH
§ 2° - Os Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional dos ¿FDDFUHVFLGRGRVHJXLQWHLWHP
'LUHLWRVGD&ULDQoDHGR$GROHVFHQWH¿[DUmRFULWpULRVGHXWLOL]DomR $UW
através de planos de aplicação das doações subsidiadas e demais $SHUGDHDVXVSHQVmRGRSiWULRSRGHU
receitas, aplicando necessariamente percentual para incentivo ao
acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente, $UW$,PSUHQVD1DFLRQDOHGHPDLVJUi¿FDVGD8QLmRGD
yUImRRXDEDQGRQDGRQDIRUPDGRGLVSRVWRQRDUW9, administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e
da Constituição Federal. PDQWLGDVSHOR3RGHU3~EOLFR)HGHUDOSURPRYHUmRHGLomRSRSXODU
2'HSDUWDPHQWRGH5HFHLWD)HGHUDOGR0LQLVWpULRGD do texto integral deste Estatuto, que será posto à disposição das
Economia, Fazenda e Planejamento, regulamentará a comprovação escolas e das entidades de atendimento e de defesa dos direitos da
das doações feitas aos Fundos, nos termos deste artigo. (Nova re- criança e do adolescente.
dação conforme Lei Federal n° 8.242/91, de 12/10/91)
2 0LQLVWpULR 3~EOLFR GHWHUPLQDUi HP FDGD FRPDUFD $UW(VWD/HLHQWUDHPYLJRUQRYHQWDGLDVDSyVVXDSX-
D IRUPD GH ¿VFDOL]DomR GD DSOLFDomR SHOR )XQGR 0XQLFLSDO GRV blicação.
'LUHLWRV GD &ULDQoD H GR $GROHVFHQWH GRV LQFHQWLYRV ¿VFDLV 3DUiJUDIRÒQLFR'XUDQWHRSHUtRGRGHYDFkQFLDGHYHUmRVHU
referidos neste artigo. promovidas atividades e campanhas de divulgação e esclarecimen-
to acerca do disposto nesta Lei.
$UW¬IDOWDGRV&RQVHOKRV0XQLFLSDLVGRV'LUHLWRVGD
Criança e do Adolescente, os registros, inscrições e alterações a $UW5HYRJDPVHDV/HLVQVGHHGH
TXHVHUHIHUHRVDUWVSDUiJUDIR~QLFRHGHVWD/HLVHUmRHIH- GHRXWXEURGH&yGLJRGH0HQRUHVHDVGHPDLVGLVSRVL-
tuados perante a autoridade judiciária da comarca a que pertence ções em contrário.
a entidade. %UDVtOLD HP GH MXOKR GH GD ,QGHSHQGrQFLD H
3DUiJUDIRÒQLFR$8QLmR¿FDDXWRUL]DGDDUHSDVVDUDRV(V- GD5HS~EOLFD
tados e Municípios, e os Estados aos Municípios, os recursos re-
ferentes aos programas e atividades previstos nesta Lei, tão logo
estejam criados os Conselhos dos Direitos da Criança e do Adoles-
cente nos seus respectivos níveis.
CONHECIMENTOS DE FISIOLOGIA DO
EXERCÍCIO, TREINAMENTO DESPORTIVO,
DESENVOLVIMENTO MOTOR.
$UW (QTXDQWR QmR LQVWDODGRV RV &RQVHOKRV 7XWHODUHV
as atribuições a eles conferidas serão exercidas pela autoridade
judiciária.
Didatismo e Conhecimento 60
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
Toda e qualquer atividade necessita de normas para uma conduta racional de aplicação. No caso do treinamento desportivo e muscula-
ção particularmente, algumas normas e regras foram sendo criadas ou desenvolvidas com base em princípios relacionados com a constitui-
omRItVLFDKXPDQDHFRPDVUHVSRVWDVRUJkQLFDVDRVHVWtPXORVDSOLFDGRV2VSULQFtSLRVGRWUHLQRGHVSRUWLYRVmREDVLFDPHQWHVHLVHDEDL[R
HVFDORQDGRV+iGLIHUHQFLDo}HVSHVVRDLVGHDXWRUHVTXHOLGDPFRPRWUHLQDPHQWRD¿UPDQGRDLQGDPDLVDQHFHVVLGDGHGHDSURIXQGDPHQWRQRV
meios teóricos para o controle prático dos treinos. É comum o surgimento de subdivisões dentro de algum dos princípios do treinamento, situa-
ção esta que será visualizada em alguns parágrafos abaixo.
3ULQFtSLRGDLQGLYLGXDOLGDGHELROyJLFD
2. Princípio da adaptação
3ULQFtSLRGDVREUHFDUJD
3ULQFtSLRGDFRQWLQXLGDGHUHYHUVLELOLGDGH
3ULQFtSLRGDLQWHUGHSHQGrQFLDYROXPH;LQWHQVLGDGH
3ULQFtSLRGDHVSHFL¿FLGDGHGRVPRYLPHQWRV
3ULQFtSLRVHVSHFt¿FRVGDPXVFXODomRA musculação possui particularidades no momento da aplicação prática dos trabalhos, que estão
sempre vinculadas aos princípios do treinamento desportivo. Os princípios do treino neste caso são singularmente aplicados de maneira mais
TXDOL¿FDGDHHQFDPSDQGREDVLFDPHQWHDLQGLYLGXDOLGDGHELROyJLFDDVREUHFDUJD
HDHVSHFL¿FLGDGHGRVPRYLPHQWRV$HVWUXWXUDomRGDVVH-
quencias de exercícios, tornou-se um conceito paralelo e considerado, como sendo um principio do treinamento exclusivo dos trabalhos contra
resistência.
3ULQFtSLRGDLQGLYLGXDOLGDGHELROyJLFDCada ser humano possui estruturas físicas e psicológicas individualizadas ou diferenciadas dos
GHPDLVVXJHULQGRTXHFDGDXPGHQyVVHMDXPVHU~QLFR2VHUKXPDQRpDXQLmRHQWUHDVFDUDFWHUtVWLFDVGRJHQyWLSRFDUJDJHQpWLFDUHFHELGD
com o fenótipo (carga geral de elementos que são adicionados ao indivíduo após o nascimento) que criam o suporte de individualização huma-
QD$EDL[RQRTXDGURHQFRQWUDVHDOJXPDVFDUDFWHUtVWLFDVGRJHQyWLSRHGRIHQyWLSR
Quadro 01
Genótipo Fenótipo
Estatura Habilidades motoras e esportivas
Biótipo ou estrutura corporal Nível intelectual
Aptidões físicas e intelectuais Consumo máximo de oxigênio e limiar anaeróbio
Força máxima 3HUFHQWXDOGH¿EUDVPXVFXODUHV
Composição corporal
3HUFHQWXDOGRVWLSRVGH¿EUDVPXVFXODUHV
$VUHVSRVWDVDRWUHLQDPHQWRDSOLFDGRVmRGHWHUPLQDGDVSRUFDUDFWHUtVWLFDVKHUHGLWiULDVDVVRFLDGDVjVLQÀXrQFLDVGRPHLRDPELHQWH%XVFD-
PRVFRQWLQXDPHQWHRDSHUIHLoRDPHQWRGDVFDUDFWHUtVWLFDVWpFQLFRHVSRUWLYDVGDIRUPDPDLVHVSHFt¿FDHLQGLYLGXDOL]DGDSRVVtYHO4XDQWRPDLVR
WUHLQRDSUR[LPDUVHGDVFDUDFWHUtVWLFDVSRVLWLYDVGHUHVSRVWDVLQGLYLGXDLVPDLRUHVVHUmRDVSHUIRUPDQFHVDOFDQoDGDV&DGDVHUKXPDQRp~QLFRH
por este motivo necessita de um direcionamento personalizado para o treinamento visando o alto rendimento físico e desportivo. É inadmissível
a padronização de qualquer forma de treinamento, para grupos inteiros de indivíduos. O genótipo caracteriza os potenciais, a predisposição
LQDWDRXDSWLGmR$VKDELOLGDGHVVmRSDUWHGRIHQyWLSRRXGDVFDUDFWHUtVWLFDVSRVVtYHLVGHVHUHPLQFRUSRUDGDVDRLQGLYtGXR2VSUR¿VVLRQDLVGD
Educação físicas são bem familiarizados com os termos Aptidão e habilidade.
Entendemos por aptidão didaticamente expondo, como sendo os potenciais ou as qualidades inatas do homem, que são expressas continua-
mente por meio da predisposição e do talento. Como exemplos citamos a aptidão de força muscular máxima, a aptidão de resistência cardio-
YDVFXODUPi[LPDÀH[LELOLGDGHHYHORFLGDGHPi[LPDDWLQJtYHO³(YLGHQWHPHQWHRWUHLQDPHQWRItVLFRQmRPHOKRUDDFDSDFLGDGHGHGHVHPSHQKR
além daquele limite preestabelecido pelo genótipo”. Hollmann & Hettinger. As habilidades referem-se aos elementos que são adquiridos ou
aprendidos ao longo do tempo de vida, somando-se e formando um quadro de experiências. O ato de jogar ou praticar esportes, são transmitidos
aos indivíduos por meio de treinos e repetições contínuos, e são bons exemplos do que sejam as habilidades. “As condições neuromusculares,
SVLFRFRJQLWLYDVHDQkWRPRELRPHFkQLFDVTXHVmRKHUGDGDVFDUDFWHUL]DPGHXPDIRUPDJHUDODDSWLGmR8PGHVHQYROYLPHQWRPXLWRDFLPDGD
média dessas condições denomina-se talento”. “Pode-se dizer que os potenciais são determinados geneticamente e as capacidades ou habilida-
des expressas são decorrentes do fenótipo”).
3ULQFtSLRGDDGDSWDomRO princípio da adaptação do organismo ao treinamento possui particularidades relacionadas com o nível de estí-
mulo a ele aplicado. Durante a aplicação de estímulos de treinamento sobre o organismo deparamo-nos com o conceito de síndrome de adapta-
omRJHUDO6$*DTXDOSRVVXLIDVHVFRUUHODFLRQDGDVFRPRVHVWtPXORVRXVWUHVVHV2VVWUHVVHVSRGHPVHUGHRUGHPItVLFDELRTXtPLFDHPHQWDO
A síndrome de adaptação geral possui três fases distintas abaixo escalonadas.
Didatismo e Conhecimento 61
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
([FLWDomRRXFKRTXHDSUHVHQWHIDVHSRGHUiSURYRFDUGRUHVHSRUHVWHPRWLYRTXHGDPRPHQWkQHDQRUHQGLPHQWRSURYRFDQGRXPSH-
ríodo de reação de alarme no organismo.
2. Resistência ou adaptação - esta fase tende a provocar uma adaptação ao estímulo aplicado com elevação no rendimento.
([DXVWmRRXFDQVDoRQHVWDIDVHRFRUSRQmRUHVSRQGHSRVLWLYDPHQWHDRVHVWtPXORVSRUMiHVWDUDGDSWDGRSRVVLYHOPHQWHKDYHUiTXHGD
de rendimento nos casos de treinamento excessivo. Há o risco de lesões temporárias ou permanentes.
1RVFDVRVHPTXHRHVWtPXORVHMDPXLWRIUDFRHVWHQmRSURGX]LUiDGDSWDomRVDWLVIDWyULDHVHUiFODVVL¿FDGRFRPRHVWtPXOR'pELO2VHVWtPX-
ORVGHEDL[DLQWHQVLGDGHTXHDSHQDVH[FLWDPRRUJDQLVPRHQmRSURGX]HPDGDSWDo}HVSRVWHULRUHVVmRFODVVL¿FDGRVFRPR0pGLRV2VHVWtPXORV
Fortes são exatamente aqueles que proporcionam as adaptações mais seguras, plenas e prolongadas. Busca-se no treinamento consciente e
organizado, na maior parte do tempo, exatamente a manutenção desta forma de estímulo. Os estímulos Muito Fortes acarretam sensíveis danos
ao organismo e podem seguramente causar lesões, se não forem extremamente controlados por meio de testes periódicos e avaliações genera-
lizadas prévias relacionadas ao estado biológico maturacional e também psicológico do indivíduo.
Os conceitos acima descritos, trazem consigo um alerta e a base para que sejamos cautelosos no momento da aplicação de sobrecargas no
RUJDQLVPRGXUDQWHRVWUHLQDPHQWRV$EXVFDLQFHVVDQWHSRUFRPELQDo}HVLGHDLVGHDOWHUQkQFLDHQWUHRVHVWtPXORV0pGLRVH)RUWHV são a base para
o sucesso do treinamento. Saber em qual momento elevar o estímulo e ou reduzi-lo é a chave para as portas do alto rendimento. A utilização
de estímulos Muito Fortes é necessária para a ultrapassagem das barreiras que surgem no decorrer dos treinamentos dos atletas de alto nível.
Não devemos utilizar treinamentos nesta faixa de estímulo por mais de um ciclo (microciclo de choque), ou seja, mais do que sete dias, e muito
PHQRVXWLOL]iORFRPDWOHWDVRXSUDWLFDQWHVQRYDWRV8PFLFORGHWUHLQDPHQWRGHDDQRVFRQVHFXWLYRVOHLGRVTXDWURDQRVID]VHQHFHVViULR
antes de arriscar estes níveis tão elevados de cargas nos treinos. Não devemos esquecer que grandes performances atléticas são alcançadas após
DDQRVGHWUHLQRVLQWHQVLYRVHVLVWHPiWLFRV$EDL[RQRTXDGURDSUHVHQWDVHXPDSURSRVWDFODVVL¿FDWyULDFRPDVFRQGLo}HVGHLQWHQVLGDGH
e carga adicional referente aos estímulos proveniente do treinamento contra resistência.
Quadro 02
O organismo humano responde de maneira diferenciada a cada estímulo a ele aplicado. O estresse vivido quotidianamente no meio ambien-
te, produz interferências que devem ser consideradas em conjunto aos estímulos do treino. As respostas aos treinamentos podem ser negativas
FDVRKDMDLQÀXrQFLDGRPHLRVHPXPDGHTXDGRFRQWUROHGRWUHLQDGRU$VUHVSRVWDVDRVHVWtPXORVSVtTXLFRVHVRFLDLVVmRUHOHYDQWHVVREUHD
SHUIRUPDQFH$VDWLWXGHVSVLFROyJLFDVQHJDWLYDVFRPRDQVLHGDGHDQJXVWLDFRQ¿DQoDH[FHVVLYDGHSUHVVmRHWFHIDWRUHVVRFLDLVFRPRRDEXVR
de bebidas alcóolicas, festas, excessos sexuais, tabagismo e outros, necessitam estar sob controle do treinador. A individualidade deverá possuir
grande atenção aos períodos de adaptação, como exemplo citamos as crianças e os adolescentes, que possuem um estado de predisposição para
DGDSWDUHPVHPDLVIDFLOPHQWHDRVHVWtPXORVGHWUHLQRFRPSUHGRPLQkQFLDGHYROXPHDOWRFRPLQWHQVLGDGHPRGHUDGDDEDL[D
Em muitos casos surgem quedas sobre o rendimento biológico, sem uma explicação plausível. Quando após uma minuciosa pesquisa dos
hábitos de vida, surge o diagnóstico preciso de excesso de atividades paralelas, que são degradantes sobre as respostas do treinamento. A falta
de repouso adequado e maus hábitos alimentares são exemplos clássicos. O estresse no treinamento é necessário. As situações de estresse no
cotidiano são pouco prováveis de serem eliminadas. Resta ao treinador para que haja uma adaptação plena do organismo de seu educando, con-
centrar esforços e atenção, aos fatores que podem estar conduzindo o organismo a um estado de treinamento excessivo quer sejam eles durante
DVVHVV}HVGHWUHLQRRXGXUDQWHDVKRUDVIRUDGRkPELWRGHFRQWUROHWpFQLFR
3ULQFtSLRGDVREUHFDUJDRelaciona-se à aplicação das cargas de trabalho. O presente princípio está intimamente ligado ao treinamento
diário do indivíduo em sala de aula, assim como possui estreita relação com o princípio da adaptação e com o princípio da continuidade. Após a
aplicação de uma sobrecarga de treinamento o organismo necessita repor novamente a energia utilizada e reconstituir as estruturas desgastadas,
para que no ato da aplicação das sobrecargas futuras o organismo esteja em condições favoráveis para receber um novo estímulo, com intensida-
GHLJXDORXVXSHULRUDRDQWHULRUDSOLFDGR2IHQ{PHQRGDVXSHUFRPSHQVDomRDSOLFDGRDRVPHFDQLVPRVHQHUJpWLFRVRUJkQLFRVFDUDFWHUL]DVHSRU
promover o armazenamento a níveis ligeiramente acima daquele encontrado durante o início do treinamento. As reservas energéticas estarão,
após uma relação equilibrada entre repouso e reposição alimentar adequada, com um superávit ou estoque extra de energia, para ser utilizada
prontamente no próximo treinamento.
Didatismo e Conhecimento 62
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
Sabendo-se da possibilidade da supercompensação, procura-se ampliar a intensidade das cargas de treinamento sempre que possível,
visDQGRSURYRFDUPDLRUHVYROXPHVQRVHVWRTXHVHQHUJpWLFRVSRUPHLRGHWUHLQDPHQWRVSHULyGLFRVFRPFDUDFWHUtVWLFDVHVSHFt¿FDVFRQWtQXDV
crescentes, variadas, assim como exatas. O tempo que levará para o organismo repor energia e estocá-la em suas reservas, esta intimamente
UHODFLRQDGRFRPDVREUHFDUJDLPSRVWDDEDL[RQRTXDGURDHQFRQWUDVHRSHUtRGRSDUDDUHFXSHUDomRGDVIRQWHVHQHUJpWLFDVXWLOL]DGDVGXUDQWH
XPWUHLQDPHQWRPi[LPR1RTXDGUREHQFRQWUDVHXPDFODVVL¿FDomRUHODFLRQDGDjVFDUJDGHWUHLQDPHQWRHPXPDVHVVmR
Quadro 03 a.
Sobrecarga de característica máxima
Quadro 03 b.
Nos trabalhos contra resistência é fundamental a escolha das cargas exatamente dentro dos objetivos predeterminados, ou seja os percen-
tuais de carga devem estar dentro dos padrões relacionados ao desenvolvimento da qualidade física alvo. Cada carga imposta ao organismo
SURGX]UHVSRVWDVPHWDEyOLFDVItVLFDVHSVLFROyJLFDVHVSHFt¿FDVHHPFRPXPDFRUGRFRPDLQWHQVLGDGHLPSRVWD6REUHFDUJDVFRQWUDUHVLVWrQFLD
PXVFXODomR SURGX]HP PRGL¿FDo}HV SULQFLSDOPHQWH VREUH D HVWUXWXUD SURWpLFD H PHWDEROLVPR JOLFROtWLFR RX DQDHUyELR GD ¿EUD PXVFXODU
principalmente as do tipo IIb e IIa, em contrapartida treinos cíclicos e contínuos de baixa e média intensidade, estimulam melhorias sobre os
DVSHFWRVPHWDEyOLFRVDHUyELRVVREUHDV¿EUDVPXVFXODUHVGRWLSR,HVREUHRVLVWHPDFiUGLRSXOPRQDUHFLUFXODWyULR9HUL¿FDVHGHVWDIRUPD
XPDFDUDFWHUtVWLFDEiVLFDSDUDRVXUJLPHQWRGRSULQFtSLRGDFDUJDHVSHFt¿FD
$VVREUHFDUJDVGHWUHLQDPHQWRSRGHPVHUFODVVL¿FDGDVFRPRVREUHFDUJDHVWLPXODQWHVREUHFDUJDGHPDQXWHQomRRXVREUHFDUJDGHGHV-
treinamento. A sobrecarga estimulante é sempre mais elevada que o nível neutro e produz adaptações sobre o organismo. A sobrecarga de
PDQXWHQomRpDTXHODRQGHRQtYHOHVWDGHQWURGD]RQDQHXWUDFRPSUHHQGHVHFRPR]RQDQHXWUDDVREUHFDUJDTXHQmRSURGX]PRGL¿FDo}HV
VLJQL¿FDWLYDVQHPSRVLWLYDVQHPQHJDWLYDVVREUHRRUJDQLVPRGRDWOHWDHSRUHVWHPRWLYRQmRHVWLPXODPHOKRULDVVREUHRRUJDQLVPRKDYHQGR
apenas a manutenção do estado de treinamento. A sobrecarga de destreinamento localiza-se abaixo da zona neutra e impossibilita a manutenção
RXHOHYDomRGHXPHVWDGRGHWUHLQDPHQWRGHVWDIRUPDLGHQWL¿FDVHXPGHFUpVFLPRQRUHQGLPHQWR9HUL¿FDVHXPDTXHGDQDFRQGLomRItVLFD
mais acentuada nos primeiros dias de sobrecargas de destreinamento, quando estas situam-se em limiares próximos aos de repouso.
2FRQFHLWRGHVREUHFDUJDFRQVLGHUDDSHQDVDVFDUJDVGHWUDEDOKRTXHLPS}HPDRVVLVWHPDVRUJkQLFRVHWHFLGRVFRUSRUDLVXPHVWtPXORDFL-
ma daquele limite, ao qual o organismo já esteja acostumado. Neste caso, seguindo-se o conceito proposto no presente parágrafo, os estímulos
TXHSURYRFDPGHVWUHLQDPHQWRQmRVHULDPFODVVL¿FDGRVFRPRVREUHFDUJDVHVLPFRPRHVWtPXORVGpEHLV)RUoRVDPHQWHGHYHPRVHPSUHJDUD
estas condições que propiciam ao estado de destreinamento, o conceito de princípio da reversibilidade. Este princípio será abordado juntamente
FRPRSULQFtSLRGDFRQWLQXLGDGH$EDL[RQRTXDGURHQFRQWUDPVHRVSHUFHQWXDLVGHFDUJDVUHODFLRQDGRVSDUDRWUHLQDPHQWRGDVYDOrQFLDV
físicas.
Quadro 04.
Didatismo e Conhecimento 63
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
Busca-se na aplicação das cargas o momento mais propício e manas consecutivas. Sucessivamente a este período, aplicamos um
exato em que o organismo esteja em seu mais alto nível de recupe- WUDEDOKRFRPFDUJDVGHHVWtPXORPpGLRGXUDQWHVHPDQDVVHJXLGD
ração física e psicológica. Esta forma de aplicação das cargas é uma GH D VHPDQDV FRP HVWtPXOR PXLWR IRUWH QHVWH FDVR DV VpULHV
das variáveis que buscamos freqüentemente para elevar continua- dos exercícios na musculação são repetidas no máximo duas vezes
mente o nível de rendimento. Esta forma de manipulação das cargas na semana). Outra maneira de variação nas cargas de treinamento
é também aceita como um principio de relacionado ao treinamento SDUDLQLFLDQWHVpRWUHLQDPHQWRHPVHPDQDVFRPHVWtPXORVPp-
desportivo e conceituado como princípio da sucessão exata das car- GLRVVHPDQDVFRPHVWtPXORIRUWHHDVVLPFRQWLQXDPHQWHDWpTXH
JDV+iXPDJUDQGHGL¿FXOGDGHHPSUHGHWHUPLQDURH[DWRHVWDGRGH LGHQWL¿TXHVHRLQLFLRGDHVWDELOL]DomRQRUHQGLPHQWRFRPDVFDU-
UHFXSHUDomRRUJkQLFRLQGLYLGXDOSRUHVWHIDWRGHYHPRVHVWDUFRQWL- gas de estímulo forte. A partir deste momento começamos a mesclar
nuamente indagando com os nossos alunos sobre sensações subje- HVWtPXORV PXLWR IRUWH GXUDQWH FLFORV GH WUHLQDPHQWRV FXUWRV GH
WLYDVUHODFLRQDGDVDRHVWDGRGHkQLPRVRQRFDQVDoRRXGRUHVTXH VHPDQDFRPHVWtPXORVIUDFRVRXUHFXSHUDWLYRVGHDVHPDQDV
podem ser de grande ajuda na determinação de uma recuperação Como observado no parágrafo anterior as cargas possuem ca-
plena do organismo. Períodos muito curtos ou prolongados de inati- racterísticas diferenciadas, não sendo iguais mesmo durante o trei-
vidade, podem produzir as reações citadas. no contínuo, pelo fato de os atletas submeterem-se a competições
A recuperação plena do organismo poderá ocorrer em mo- com fases distintas de polimento e destreino programado. Por estes
mentos diferenciados, e em relação direta aos fatores exógenos e motivos expostos surgiu o princípio da carga periódica. As sobre-
LQWHQVLGDGHGRWUHLQDPHQWRYLGHTXDGUREFRPRVRQRDGHTXDGR cargas devem ser programadas com antecedência no plano geral de
DOLPHQWDomR EDODQFHDGD H VX¿FLHQWH YROXPH FDOyULFR HVWtPXOR RX treinamento em ordem direta com as competições alvo, feito isto
sobrecarga muito forte e periódica etc. Para um controle mais ra- saberemos com exatidão os momentos oportunos para a aplicação
cional deve-se fazer uso constante dos testes para a determinação GDV VREUHFDUJDV HVSHFt¿FDV YLVDQGR R GHVHQYROYLPHQWR GD TXDOL-
do estado atual de desempenho, e avaliar a evolução/involução do dade física mais importante para o presente momento. O estado de
mesmo em relação ao estado de desempenho no início de cada me- treinamento ideal deverá ser atingido em comum acordo com prá-
sociclo de treino. A comparação dos resultados pode ser a luz para o ticas de sobrecargas adequadas de treinamento e no período exato
acerto das sobrecargas que visam a elevação máxima da qualidade para a sua utilização. Caso as cargas de treinamento sejam de inten-
física alvo, e principalmente dentro do tempo previsto para o desem- sidade muito forte nos períodos iniciais ou mesmo débil durante a
penho máximo. IDVHFRPSHWLWLYDDVUHVSRVWDVRUJkQLFDVSRVLWLYDVSDUDRVXFHVVRQR
As cargas de trabalho devem ser contínuas e variadas na me- desenvolvimento das mais altas performances não serão atingidas.
dida do possível. A manutenção desta forma de dosagem de cargas
é o princípio da aplicação contínua das cargas. Cargas contínuas Princípio da continuidade/reversibilidade
(estímulo de treino permanente) criam a condição de treinamento
crônico ou prolongado e estão diretamente relacionadas ao acumulo $V PRGL¿FDo}HV LQGX]LGDV SHOR WUHLQDPHQWR VmR WUDQVLWyULDV
de experiências motoras, que após serem assimiladas ao longo dos ou passageiras. Todas as características secundárias adquiridas por
anos, serão perdidas na mesma proporção em que foram adquiridas meio do treino, perdem-se e retornam aos limites iniciais pré treina-
em caso de interrupção do treino, assim como, a recuperação será mento, após determinado período de inatividade. Pelo motivo ex-
mais rápida após a retomada dos trabalhos, mesmo que em condi- posto há sempre a necessidade de manutenção do treinamento em
ções de intensidade inferiores. Durante o período programado de níveis contínuos para a manutenção de um estado de treinamento
transição do treinamento, não deve ser permitido ao atleta excluir-se mais elevado. A perda nos níveis de adaptação adquiridos no treino
dos treinos por longos períodos, é preferível a redução dos trabalhos estão intimamente relacionados ao período de tempo em que foram
em termos de volume, para que não seja atingido o destreinamento, adquiridos. Como regra “quanto mais longo o período de treinamen-
o qual ocorre com longos períodos de inatividade. to mais longo será o período de destreino. Toda aquisição que se
Pelo motivo exposto acima, deve-se programar os treinamentos ganha lentamente e em um tempo prolongado mantém-se com mais
FRPDQWHFHGrQFLDVX¿FLHQWHSDUDTXHVHMDPLQFOXVRVSHUtRGRVPtQL- facilidade e perde-se com mais lentidão do que as aquisições conse-
mos de inatividade durante todo o ciclo de treinamento. A mesma re- guidas rapidamente e em um tempo curto.
gra é válida não só para o período de treinamento competitivo, mas Alguns aspectos morfológicos e funcionais como no caso das
também para todo o ciclo da vida humana. Não devemos manter os adaptações anaeróbias que perdem-se mais rapidamente do que as
percentuais de treinamento em níveis permanentes e muito menos as DGDSWDo}HV DHUyELDV H GH IRUoD Pi[LPD$ KLSHUWUR¿D PXVFXODU p
FDUJDVVHUHP¿[DV$DSOLFDomRGRSULQFtSLRGDVFDUJDVYDULiYHLVRX tanto quanto vagarosa em sua evolução durante o treino quanto no
variadas, é para que não haja uma estabilização e acomodação (que- destreinamento. A redução da força durante o destreino dá-se em
da) e seja um estímulo permanente ao desenvolvimento do estado uma velocidade inferior quando comparada com o tempo para aqui-
de treinamento. Para que o estímulo de cargas torne-se permanente sição no treino. Vale lembrar, que os níveis de força muscular em
e crescente há uma variação entre estímulos fortes, médios, e muito períodos curtos de destreino, permanecem um pouco acima daque-
fortes, este ultimo no caso de atletas de elite. Saber manipular com les encontrados no pré treinamento. Para evitar uma drástica perda
exatidão as cargas de trabalho intenso e recuperativo faz a diferença nos níveis de força alcançados, e criando condições para preservar
QRSURGXWR¿QDOGRWUHLQDPHQWR um declínio mais vagaroso da mesma, deve-se programar períodos
Os ciclos de treinamentos divididos e organizados em micro- curtos de trabalhos contra resistência. A atitude de criar microciclos
ciclos de choque, ordinário e recuperativo, criam as condições para breves de treinamento de força, visando uma manutenção satisfató-
um maior controle e menor erro sobre a aplicação de cargas elevadas ULDGDIRUoDFRPPHQRUSHUGDPRPHQWkQHDID]VHOyJLFDQHFHVViULD
e intermediárias. A utilização de um ciclo de treino ordinário com e econômica, assim como aproveita de maneira otimizada os efeitos
LQWHQVLGDGH GH HVWtPXOR IRUWH p EHP WROHUDGR GXUDQWH D VH- residuais do treinamento.
Didatismo e Conhecimento 64
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
Para a manutenção ou preservação da força durante um breve período de destreino ou manutenção, deve-se trabalhar contra resistência
duas vezes por semana, salientamos que estas cargas de trabalhos possuem baixo volume mas com intensidade elevada nos casos de atletas de
elite e praticantes assíduos. A escolha dos exercícios torna-se valiosa, e é imprescindível a presença dos exercícios principais no caso de atletas
GHHOLWH'iVHSUHIHUrQFLDDRVH[HUFtFLRVPXOWLDUWLFXODUHVHGHJUDQGHVPDVVDVPXVFXODUHVH[FHWRQRVFDVRVHVSHFt¿FRVHVSRUWLYRV
O presente princípio baseia-se na relação ótima de aplicação do volume e da intensidade no treinamento, comumente sempre que o volume
GHWUHLQRHOHYDVHUHGX]VHDLQWHQVLGDGH&RPRUHJUDJHUDOGHVHJXUDQoDGiVHSULRULGDGHDRYROXPHQDVSULPHLUDVPRGL¿FDo}HVGRWUHLQR
HPVHJXLGDHOHYDVHDLQWHQVLGDGH(QWHQGHPRVFRPRYROXPHDTXDQWLGDGHGHWUHLQDPHQWRFDUDFWHUL]DGDSRUWRGDPXGDQoDRXPRGL¿FDomR
UHODFLRQDGDDRQ~PHURGHUHSHWLo}HVSRUVpULHGHH[HUFtFLRVQ~PHURGHH[HUFtFLRVHPFDGDVpULHRXVHTXrQFLDQ~PHURGHJUXSRVQ~PHURGH
treinos diários, semanais e mensais do macrociclo. A intensidade é reconhecida como a qualidade do treinamento, possui estreita relação com
as manipulações sobre a sobrecarga de trabalho(percentual de cargas), intervalos de repouso, velocidade de execução dos gestos etc.
O volume de treinamento na atualidade encontra um lugar de destaque tão alto quanto a intensidade. Em alguns esportes é elemento deter-
minante do sucesso esportivo, e relacionado diretamente com a quantidade de treinamento alcançado no decorrer da preparação do atleta. Como
exemplo os esportes de resistência (maratona, esqui de fundo, triatlon etc.) fazem parte desse seleto grupo.
“Elevar o volume de treinamento é uma necessidade para qualquer desporto ou evento aeróbio”.
“Uma característica adicional de treinamento, importante sob o ponto de vista prático, é o alto volume de treinamento ou a quantidade
total de peso levantado durante uma sessão de treinamento”.
A intensidade do treinamento é prioritária e inerente aos esportes de força e velocidade, por este motivo há uma grande preocupação com
o controle das sobrecargas empregadas no cotidiano. Para que haja um acompanhamento periódico sobre a intensidade aplicada no treinamento
GHIRUoDGHYHPRVXWLOL]DURFDOFXORGRFRH¿FLHQWHGHLQWHQVLGDGHSRUPHLRGDHTXDomR&RH¿FLHQWHGHLQWHQVLGDGHHP PpGLDGHSHVR
OHYDQWDGR.J[6RPDFDUJDVPi[LPDVGRGHVHPSHQKRDWOpWLFR.J%XVFDVHH[FHSFLRQDOPHQWHQRWUHLQDPHQWRDWXDODPDQXWHQomR
dos treinos de atletas de elite, um alto volume associado a uma intensidade também elevada. A presente forma de estímulo só deve ser utilizada
durante períodos breves de treinos, e visam principalmente ultrapassar os limites de estagnação ou estabilização da performance física.
“A elevação contínua do volume de treinamento é provavelmente uma das mais altas prioridades do treinamento contemporâneo”.
1RTXDGURHQFRQWUDVHXPPRGHORLPDJLQiULRGHPHVRFLFORFRPRVPLFURFLFORVGHLQWHQVLGDGHHYROXPHHOHYDGRVGHWUHLQDPHQWR
Quadro 05
0HVRFLFORHVSHFt¿FR3HUFHQWXDOGHFDUJDV
$DSOLFDomRGHXPHVWtPXORGHWUHLQDPHQWRSURYRFDVREUHRRUJDQLVPRXPDUHVSRVWDHVSHFL¿FDHUHODFLRQDGDGLUHWDPHQWHjIRUPDGHH[HU-
FtFLRXWLOL]DGR7UHLQDPHQWRGHIRUoDSURYRFDDGDSWDo}HVVREUHRVPHFDQLVPRVQHXURPXVFXODUHVHVSHFt¿FRVGDV¿EUDVPXVFXODUHVTXHIRUDP
solicitadas nos treinos. Contrariamente, os exercícios de resistência provocam adaptações musculares sobre as mitocôndrias e capilares para
HOHYDUDFDSDFLGDGHGHJHUDUHQHUJLDDHUyELD$SUySULDÀH[LELOLGDGHSRVVXLHOHPHQWRVUHODFLRQDGRVFRPDVUHVSRVWDVHVSHUDGDVGRWUHLQDPHQWR
2WUHLQDPHQWRGHÀH[LELOLGDGHGHYHVHURPDLVSUy[LPRSRVVtYHOGDUHDOLGDGHGRHVSRUWHSUDWLFDGRRXVHMDDSRVLomRGRPRYLPHQWRQRWUHLQR
poderá trazer respostas diferenciadas caso não esteja adequada à posição normalmente utilizada durante a prática esportiva. Os fusos muscula-
res reagem de maneira semelhante àquela já habituada (treinada) e a cada novo processo de utilização diferenciado, este deve ser ajustado ou
regulado mediante a nova exigência motora.
Mesmo nas atividades com a mesma característica de movimento e energética, obtêm-se respostas diferentes, e em comum acordo com
DH[LJrQFLDPRWRUDDSOLFDGD$VPRGL¿FDo}HVLQGX]LGDVSRUWUHLQDPHQWRGHFRUULGDHFLFOLVPRVREUHROLPLDUGHODFWDWRVDQJtQHR)RUDP
FRPSDUDGDVDPRVWUDVSRUPHLRGHWHVWHVUHDOL]DGRVQRLQtFLRHQR¿QDOGRWHPSRGHWUHLQDPHQWR2VWHVWHVIRUDPUHDOL]DGRVHPWDSHWHURODQWHH
ELFLFOHWD5HVSHFWLYDPHQWHRVUHVXOWDGRVIRUDPRWUHLQDPHQWRGHFRUULGDDXPHQWRXHHOHYRXHPRVUHVXOWDGRVGRVWHVWHVQDHVWHLUDH
QDELFLFOHWD2WUHLQDPHQWRGHFLFOLVPRHOHYRXHPRVUHVXOWDGRVQDELFLFOHWDHVHPQHQKXPDPHOKRULDQROLPLDUQDHVWHLUD
Didatismo e Conhecimento 65
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
“A transferência dos ganhos de treinamento pode diferir signi- ¿FDVHRXLQGLFDGDVSDUDFRPDUHDOLGDGHPRPHQWkQHDGRFRQGLcio-
¿FDWLYDPHQWHPHVPRHPH[HUFtFLRVPXLWRVLPLODUHV´ namento ou estado de treinamento do aluno/atleta. Abaixo estarão
enumeradas algumas das possíveis divisões, que podem ser utili-
Há a possibilidade de possibilitarmos melhorias sobre a endu- zadas no ato da confecção das séries ou sequências de exercícios.
rance intensa, quando esta for treinada paralelamente e principal-
mente em dias alternados com a força muscular, neste caso detec- 6HTXrQFLD6LPSOHVRXDOWHUQDGDSRUDUWLFXODomR realiza-
tamos uma transferência positiva da forma de treinamento e não da -se um exercício em uma região articular, o próximo será executa-
HVSHFL¿FLGDGH GR WUHLQR MXVWL¿FDQGR D XWLOL]DomR PRPHQWkQHD GR do em outra região distinta e após repouso predeterminado. Alter-
Cross training neste caso em particular. Necessitamos ainda de mais na-se progressivamente os exercícios durante a realização de toda
pesquisas relacionadas à possível síndrome de transferencia positiva a sequência. Utiliza-se esta forma de treinamento principalmente
para varias atividades de treinamento cruzado ou combinado. Como SDUDRVLQLFLDQWHVREMHWLYDQGRSRUPHLRGDDOWHUQkQFLDGRVJUXSRV
H[HPSOR FOiVVLFR GD HVSHFL¿FLGDGH GR PRYLPHQWR WHPRV QDWXUDO- musculares não elevar demasiadamente o nível de fadiga local. Os
mente uma diferença no desenvolvimento da força, relacionada com
WUHLQDPHQWRVYLVDQGRIRUoDPi[LPDIRUoDH[SORVLYDHIRUoDGLQk-
cada angulo do arco do jogo articular. Por este fato, um treinamento
PLFDVmREHQH¿FLDGRVTXDQGRKiSRXFDRXQHQKXPDIDGLJDDFHQ-
voltado apenas para o desenvolvimento das qualidades físicas espe-
tuada no momento da realização da exigência motora.
Ft¿FDVGRHVSRUWHWRUQDVHSRXFRSURGXWLYRRXSRWHQFLDOPHQWHLQ-
IHULRUFDVRQmRVHMDDVVRFLDGRDRVPRYLPHQWRVHJHVWRVHVSHFt¿FRV
HVSRUWLYRV$ELRPHFkQLFDHVSRUWLYDSRVVXLHOHPHQWRVGHWHUPLQDQ- 6HTXrQFLD%iVLFD dá-se ênfase aos exercícios que envolvam
tes no momento da escolha dos exercícios, para serem introduzidos RV JUDQGHV JUXSRV RX FDGHLDV PXVFXODUHV HVSHFL¿FDPHQWH
e treinados a cada período do programa geral de treinamento . exercícios biarticulares. A inclusão dos exercícios que envolvam
Nadadores devem destinar a maior parte do tempo do treina- RVP~VFXORVGHFDUDFWHUtVWLFDGHVXVWHQWDomRFRUSRUDOFRPRFR[DV
mento, realizando e aperfeiçoando o nado propriamente dito, corre- JO~WHRVORPEDUHVDEGRPLQDLVGRUVDLVVXSHULRUHVHRPEURVGHYHP
dores devem correr e assim logicamente os outros esportes devem sempre estar presentes nesta série, caso não haja impedimentos de
fazer o mesmo, na aplicação dos gestos e das técnicas inerentes ao ordem anatomopatológica, para a inclusão dos mesmos.
esporte. Na escolha dos exercícios para o desenvolvimento dos jo-
YHQVDWOHWDVTXDVHWRGRVRVH[HUFtFLRVVmREHQp¿FRVHSURSRUFLR- 6HTXrQFLD3ULRULWiULD a escolha dos exercícios dá-se fren-
nam melhorias da performance, devendo ser usados na formação WH D XPD H[LJrQFLD HVSHFt¿FD VREUH XP JUXSDPHQWR RX UHJLmR
física de base ou geral durante os primeiros anos de desenvolvimen- muscular previamente selecionado. Neste exemplo os exercícios
to esportivo. À medida que o atleta aproxima-se de seu limite máxi- são aglomerados em função da característica de atuação do mesmo
mo geneticamente determinado, e passa a competir rotineiramente grupo muscular sobre os movimentos.
buscando a superação de recordes, surge a necessidade de otimizar
a escolha dos exercícios, para que os mesmos sejam produtivos na 6HTXrQFLD3DUFHODGD os exercícios são dispostos em se-
elevação do estado de treinamento. ries distintas e divididos ou distribuídos ao longo do dia (manhã,
A complexidade do exercício torna-o cada vez mais estressante. tarde , noite) ou durante a semana de treino. Treinos ao longo do
À medida que os exercícios complexos são introduzidos no treina- GLDVmREDVLFDPHQWHXWLOL]DGRVSRUKDOWHUR¿OLVWDV$IRUPDSDUFHOD-
mento, de forma lenta e gradual passam a ser melhor compreendidos da semanalmente é alvo principal dos culturistas, por proporcionar
e assimilados por parte do organismo do atleta, tornando-se mais maior período de repouso entre as solicitações dos grupos muscu-
plástico e até certo ponto realizado de modo intuitivo. As exigências lares selecionados em cada série. A presente série também poderá
para o treino de alta complexidade técnica são inerentes aos esportes ser utilizada nos trabalhos da musculação atual, nos casos daquelas
competitivos. Os treinamentos técnicos devem ser precedidos por SHVVRDVTXHWUHLQDPDSDUWLUGHGLDVQDVHPDQDGHYHVHGLYLGLUD
período de repouso pleno, para que a assimilação pelo sistema ner- VpULHFRPPXLWDDWHQomRJDUDQWLQGRTXHRVP~VFXORVVHMDPVROLFL-
voso central dos engramas motores dos gestos, seja facilitada e não
tados no mínimo ideal de duas vezes durante a semana.
possua interferências geradas principalmente por cansaço extremo
ou má adaptação.
6HTXrQFLD6HOHWLYD faz-se a seleção de exercícios de carac-
terística biarticular ou multiarticular, com esse treinamento visa-se
“A transferência do ganho de treinamento é baixa em bons
atletas; para iniciantes quase todos exercícios são úteis”. DWLQJLU HVWDGRV GH IDGLJD H[WUHPRV VREUH RV P~VFXORV VHOHFLRQD-
GRV$R¿QDOGDUHDOL]DomRGRQ~PHURGHUHSHWLo}HVSUHGHWHUPLQD-
Os exercícios para desenvolvimento da velocidade de desloca- dos para cada grupo, aplica-se duas contrações de caráter estático
mento, da força explosiva e coordenação motora, devem ser intro- RXLVRPpWULFRHPWRUQRGHDVHJXQGRV(VWDPDQHLUDGHPRQ-
duzidos no início da sessão de treinamento, exceto nos casos em que tagem e execução dos exercícios deve ser encorajada apenas aos
YLVDVHDFDSDFLGDGHGHUHVLVWrQFLDRXPDQXWHQomRGDH¿FLrQFLDGRV DOXQRVH[SHULHQWHVRXHPIDVHGHWUHLQDPHQWRHVSHFt¿FR
gestos sobre estresse ou fadiga competitiva.
6HTXrQFLD$VVRFLDGDjDUWLFXODomRDGMDFHQWH o segundo
3ULQFtSLRGDHVWUXWXUDomRGDVVHTXHQFLDVGHH[HUFtFLRVEsse exercício é composto pela articulação que foi utilizada durante o
princípio é responsável pela criação ou montagem das séries ou se- primeiro exercício, e adicionada a uma articulação próxima ou
quências de exercícios, na forma de aplicação prática durante os trei- DGMDFHQWHYLVDQGRDPDQXWHQomRPi[LPDGRÀX[RVDQJXtQHRQD
nos contra resistência. Em função direta com os períodos ou fases de região articular promovendo uma maior vascularização por meio
treinamento, deve-se selecionar e utilizar as sequências mais especí- de uma elevada hiperemia local.
Didatismo e Conhecimento 66
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
6HTXrQFLD $OWHUQDGD SRU RULJHP H LQVHUomR PXVFXODU Habilidades Motoras Fundamentais
esta forma de ordenação é aplicada utilizando-se os exercícios que Estabilizadoras
envolvem cadeias musculares de característica biarticular. Comu- - É o aspecto mais fundamental do aprendizado de movimentar-
PHQWHKDYHUiDOWHUQkQFLDHQWUHRWUDEDOKRLQLFLDOVHUVREUHDRULJHP -se;
RXDLQVHUomRQmRKDYHQGRXPDUHJUDHVSHFL¿FDGHWHUPLQDQWH - Envolve a disposição de manter em equilíbrio a relação indi-
víduo / força da gravidade.
8. Sequência Continuada, bombeada ou localizada por - Todo movimento envolve um elemento de estabilidade quan-
DUWLFXODomR há uma exploração «máxima» dos movimentos do analisado da perspectiva do equilíbrio;
permitidos por uma articulação. A forma de montagem da série - A estabilidade implica na manutenção do controle corporal em
JHUDOPHQWHXWLOL]DPRYLPHQWRVRXP~VFXORVRSRVWRVVREUHDPHVPD movimentos que favoreçam o equilíbrio;
articulação ou seja agonista/antagonista, podendo-se aplicar ou - Todas as atividades locomotoras e manipulativas são, em par-
excluir os intervalos de recuperação entre os exercícios opostos. A te, movimentos estabilizadores.
característica de manutenção da hiperemia muscular no membro
utilizado é objetivada da mesma forma que a série do parágrafo Locomotoras
anterior. Manipulativas
0RYLPHQWRV $[LDLV Movimentos do tronco ou dos mem-
Os princípios do treinamento desportivo e musculação são bros que direcionam o corpo em posição estacionária. Inclinar-se,
inter-relacionados, e não há a possibilidade de exclusão de algum. esticar-se, virar-se, balançar-se, alcançar, erguer, empurrar, puxar;
Sempre um princípio estará em conformidade com os outros, e caso Frequentemente combinam-se com outros para criar habilidades
não sejam respeitados e dentro de uma lógica ou controle racional, PRWRUDV PDLV HODERUDGDV 'HVHPSHQKRV H¿FLHQWHV HP JLQiVWLFD
cria-se com esta atitude de negligência, as condições exatas para a patinação e dança, incorporam movimentos axiais, bem como mo-
instalação de lesões e ou mesmo, não atingir o maior rendimento vimentos locomotores.
individual predeterminado geneticamente. Conhecer e dominar os
princípios básicos do treinamento desportivo e musculação, assim
como, aplica-los coerentemente, é parte integrante de um conjunto
de situações reais que devem sempre nortear os caminhos de um
treinador.
O professor deve estar preparado e fundamentado nos princí-
SLRVWHyULFRVDFLPDH[SRVWRVSDUDWULOKDUVHJXURHFLHQWL¿FDPHQWH
alicerçado, e assim obter sucesso, por meio do controle sobre os me-
FDQLVPRV¿VLROyJLFRVSVLFROyJLFRVHVRFLDLVTXHLQFLGHPVREUHDV
UHVSRVWDVRUJkQLFDV2FRQWUROHVREUHDVUHVSRVWDVGRRUJDQLVPRDRV
treinos aplicados, é decisivo para elevar de forma segura o estado de
treinamento dos educandos. Sempre que for alcançado um degrau a
mais na escada que conduz ao equilíbrio entre a condição física, psí-
quica, social e espiritual, obteremos por meio deste degrau a certeza
GRFXPSULPHQWRGDWDUHIDWpFQLFRSUR¿VVLRQDOGD(GXFDomR)tVLFD
Didatismo e Conhecimento 67
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
'HVYLRCombinado de movimentos locomotores de deslizar com rápidas alterações de direção, requerendo reações rápidas.
Equilíbrio em um só pé
Caminhada Direcionada
$SRLR,QYHUWLGR onde o corpo assume a posição de cabeça para baixo, por alguns segundos, antes da interrupção do movimento.
Didatismo e Conhecimento 68
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
Movimentos Locomotores Fundamentais
&DPLQKDGD Processo de perder e recuperar equilíbrio continuamente. O desenvolvimento da caminhada independente pode surgir entre
RVHPHVHV$PDWXUDomRGHVWHSDGUmRGHORFRPRomRpDWLQJLGDHQWUHRVHRVDQRV
A Marcha
Desenvolvimento Motor
Didatismo e Conhecimento 69
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
$ &RUULGD Não está associada ao desenvolvimento da
marcha, toda criança que anda, em princípio, corre. O padrão
amadurecido da corrida é fundamental para a participação bem
sucedida nas atividades recreativas, de lazer e desportivas.
- Rolamento de bola
- Arremesso supramanual
- Ato de apanhar
- Chute
- Ato de aparar
6DOWR+RUL]RQWDO É um movimento explosivo que requer o de- - Ato de rebater
sempenho coordenado de todas as partes do corpo. Impulso e pouso - Drible
devem ser feitos com os dois pés. - Voleio
Didatismo e Conhecimento 70
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
Sequência do surgimento das habilidades de estabilidade
$VKDELOLGDGHVPRWRUDVIXQGDPHQWDLVVmRDEDVHGDSVLFRPRWULFLGDGHSDUDDIXWXUDDTXLVLomRGDVKDELOLGDGHVPRWRUDVHVSHFt¿FDVSDUDFDGD
desporto... e o desenvolvimento continua...
$SWLGmR0RWRUD3RGHVHUGH¿QLGDFRPRDVFRQGLo}HVLQWUtQVHFDVjWDUHIDDFHUWRLQGLYtGXRHDRDPELHQWHTXHWRUQDPRGRPtQLRGHXPD
tarefa particular apropriado.
+DELOLGDGHV0RWRUDV(VSHFLDOL]DGDV6mRSDGU}HVPRWRUHVIXQGDPHQWDLVPDGXURVTXHIRUDPUH¿QDGRVHFRPELQDGRVSDUDIRUPDU
KDELOLGDGHVHVSRUWLYDVHVSHFt¿FDVHKDELOLGDGHVPRWRUDVFRPSOH[DV+DELOLGDGHVPRWRUDVHVSHFLDOL]DGDVVmRHVSHFt¿FDVGHWDUHIDV2V
movimentos fundamentais não o são.
Estágio de Transição
3ULPHLUDVWHQWDWLYDVGHFRPELQDUHUH¿QDUSDGU}HVPRWRUHVPDGXURV
- Aumento de interesse nos esportes e nos padrões de desempenho;
$VFULDQoDVQmRVHVHQWHPOLPLWDGDVSRUIDWRUHVDQDW{PLFRV¿VLROyJLFRVRXDPELHQWDLV
- O indivíduo procura “compreender a ideia” de como desempenhar a habilidade esportiva;
- A habilidade e a competência são limitadas.
Estágio de Aplicação
- O indivíduo torna-se mais consciente de seus recursos físicos pessoais;
- A ênfase está na melhora da competência;
- O treino é a chave para o desenvolvimento de níveis superiores de habilidade.
Didatismo e Conhecimento 71
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
- O desenvolvimento motor fundamental maduro é pré-requi- inferiores unidos, com as pontas dos pés dirigidas para frente. Não
sito para a incorporação bem sucedida de habilidades motoras es- LPSRUWDSRUWDQWRTXHRFDGiYHUHVWHMHVREUHDPHVDHPGHF~ELWR
pecializadas. YHQWUDOGHF~ELWRGRUVDORXGHF~ELWRODWHUDODVGHVFULo}HVDQDW{PLFDV
- O desenvolvimento de habilidades motoras especializadas é são feitas considerando o indivíduo em posição anatômica.
altamente dependente de oportunidades para a prática, encorajamen-
to e ensino de qualidade. Planos de Delimitação e Secção do Corpo Humano
Depois que uma criança alcança o estágio maduro de um pa- Na posição anatômica o corpo humano pode ser delimitado por
drão motor fundamental, poucas alterações ocorrem na forma da- planos tangentes á superfície. Estes planos são ditos planos de de-
TXHODKDELOLGDGHPRWRUDQDIDVHPRWRUDHVSHFLDOL]DGD2UH¿QDPHQ- limitação.
to do padrão e variações na forma de estilo ocorrem à medida que
se alcança maior habilidade (precisão, exatidão e controle), porém, Têm-se assim, os seguintes planos:
o padrão básico permanece inalterado. As habilidades motoras es-
pecializadas são movimentos fundamentais maduros que foram -Dois planos verticais, um tangente ao ventre (plano ventral ou
anterior) e outro ao dorso (plano dorsal ou posterior). Estes e outros
DGDSWDGRVjVQHFHVVLGDGHVHVSHFt¿FDVGHXPDDWLYLGDGHHVSRUWLYD
a eles paralelos são também designados como planos frontais, por
recreativa ou do cotidiano.
serem paralelos á “fronte”.
-Dois planos verticais tangentes aos lados do corpo (planos la-
terais direito e esquerdo).
&21&(,726$1$720,$%,20(75,$ -Dois planos horizontais, um tangente á cabeça (plano cranial
BIOMECÂNICA E FISIOLOGIA DO ESFORÇO. ou superior) e outro á planta dos pés (plano podálico ou inferior).
Já os planos de secção são:
-Plano que divide o corpo humano em metades direita e esquer-
da é denominado de mediano. Toda secção do corpo feita por planos
paralelos ao mediano é uma secção sagital (corte sagital) e os planos
Fisiologia:(do grego physis QDWXUH]D IXQomR RX IXQFLRQD- de secção são também chamados sagitais.
mento; e logos SDODYUDRXHVWXGRpRUDPRGDELRORJLDTXHHVWX- -Planos de secção que são paralelos aos planos ventral e dorsal
GDDVP~OWLSODVIXQo}HVPHFkQLFDVItVLFDVHELRTXtPLFDVQRVVHUHV são ditos frontais e a secção é também denominada frontal (corte
YLYRV'HXPDIRUPDPDLVVLQWpWLFDD¿VLRORJLDHVWXGDRIXQFLRQD- frontal).
mento do organismo. -Planos de secção que são paralelos aos planos cranial podálico
e caudal são horizontais. A secção é denominada transversal (corte
Para o entendimento do funcionamento do nosso organismo, e transversal).
necessária a visão de noções básicas de como se dá a inter-relação
entre os sistemas. É disto que trata a Fisiologia. A homeostase de- )LJXUD3ODQRVGHVHFomRGRFRUSRKXPDQR
signa a tendência do organismo vivo em manter constante o meio
interno, em equilíbrio. Quando o organismo não consegue manter a
homeostase ocorre a doença. Quando o corpo é ameaçado ou sofre
um trauma, sua resposta pode envolver mudanças estruturais ou fun-
cionais. Essas mudanças podem ser adaptativas ou mal adaptativas.
Os mecanismos de defesa que o corpo suporta vai determinar a dife-
UHQoDHQWUHVD~GHHGRHQoD
Posição anatômica
Didatismo e Conhecimento 72
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
)LJXUD3ODQRVGHGHOLPLWDomRGRFRUSRKXPDQR Princípios gerais de construção corpórea nos vertebrados
- Antimeria: o plano mediano divide o corpo do indivíduo em
duas metades, direita e esquerda. Estas metades são denominadas
antímeros e são semelhantes, morfológica e funcionalmente, sendo
possível dizer que o homem é construído segundo o princípio da
simetria bilateral.
- Metameria: superposição, no sentido longitudinal, de segmen-
WRV VHPHOKDQWHV FDGD VHJPHQWR FRUUHVSRQGHQGR D XP PHWkPHUR
Exemplo: coluna vertebral (superposição das vértebras), caixa torá-
cica (superposição de costelas).
- Paquimeria: é o princípio segundo o qual o segmento axial do
corpo do indivíduo é constituído, esquematicamente, por dois tubos.
Os tubos, denominados paquímeros, são respectivamente, ventral e
dorsal. O paquímero ventral, maior, contém a maioria das vísceras
e, por esta razão é também denominado paquímero visceral. O pa-
químero dorsal compreende a cavidade craniana e o canal vertebral
e aloja o sistema nervoso central; por esta razão, também é chamada
de paquímero neural.
(VWUDWL¿FDomRRFRUSRVHULDIRUPDGRSRUXPDVpULHGHFDPD-
das, (estratos) superpostas umas as outras. Exemplo: pele, tecido
- Eixos do corpo humano FHOXODUVXEFXWkQLRDSRQHXURVHP~VFXORVSHULW{QLR
São linhas imaginárias traçadas no indivíduo. Os eixos princi-
pais seguem três direções ortogonais: Planos dos movimentos
(L[RVDJLWDOkQWHURSRVWHULRUXQHRFHQWURGRSODQRYHQWUDODR +iSODQRVHVSHFt¿FRVGHPRYLPHQWRQRVTXDLVRVYiULRVPR-
centro do plano dorsal (héteropolar) YLPHQWRVDUWLFXODUHVSRGHPVHUFODVVL¿FDGRV4XDQGRRPRYLPHQWR
(L[RORQJLWXGLQDOFUkQLRFDXGDOXQHRFHQWURGRSODQRFUDQLDO ocorre em um plano, a articulação move-se ou gira em torno de um
ao centro do plano podálico (héteropolar). HL[RTXHWHPXPDUHODomRGHFRPHVVHSODQR
-Eixo transversal, látero-lateral: une o centro do plano lateral - Plano antero-posterior ou sagital: esse plano bisseciona o cor-
direito ao centro do plano lateral esquerdo (homopolar). po da frente para trás, dividindo-o em metades simétricas direita e
x Termos de posição e direção HVTXHUGD'HPRGRJHUDORVPRYLPHQWRVGHÀH[mRHH[WHQVmRWDLV
-Estruturas situadas no plano mediano (linha xy) são denomina- como rosca bíceps, extensões de joelhos e elevações de deitado a
das medianas (a, b, c). Exemplo: coluna vertebral, nariz. sentado (abdominais) ocorrem neste plano.
- As estruturas (d, e , f) são ditas, respectivamente, medial, in- - Plano lateral, frontal ou coronal: ele bisseciona o corpo lateral-
termédia e lateral. Exemplo: o V dedo ( mínimo) é medial em rela- mente de lado a lado, dividindo-o em metades da frente e de trás. Os
ção ao polegar, enquanto este é lateral em relação ao V dedo. movimentos de abdução e adução tais como abdução de quadril e de
- As estruturas (g, h, i) são ditas, respectivamente, dorsal (pos- RPEURHÀH[mRODWHUDOHVSLQKDORFRUUHPQHVWHSODQR
terior), média e ventral (anterior). - Plano transverso ou horizontal: divide o corpo horizontalmen-
$VHVWUXWXUDVHUHSUHVHQWDPDIDFHH[WHUQDHDIDFHLQWHU- te em metade superior e inferior. De maneira geral, os movimentos
na da costela. rotacionais tais como pronação, supinação e rotação espinhal ocor-
- Nos membros empregam-se termos especializados de posi- rem neste plano.
ção. Por exemplo, a mão é distal, o antebraço é médio e o braço é
proximal em relação ao corpo. Termos relativos à posição:
Posição anatômica – o paciente está em pé, ereto, os braços para
baixo ao longo do corpo, as palmas voltadas para frente. “Direita” e
“esquerda” referem-se à direita e esquerda da vítima.
3RVLomRGHGHF~ELWRGRUVDO±RDFLGHQWDGRHVWiGHLWDGRGHFRVWDV
(com a barriga para cima).
3RVLomRGHGHF~ELWRYHQWUDO±RDFLGHQWDGRHVWiGHLWDGRFRPD
barriga para baixo (de bruços).
3RVLomR GH GHF~ELWR ODWHUDO ± R SDFLHQWH HVWi GHLWDGR GH ODGR
(direito ou esquerdo).
Didatismo e Conhecimento 73
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
- Proximal – próximo ao ponto usado como referência. Derme
- Distal – longe do ponto usado como referência.
6XSHU¿FLDO – próximo à superfície. $GHUPHFyULRF~WLVYHUGDGHLUDRXSHOHYHUGDGHLUDpULMDÀH[tYHO
- Profundo – distante da superfície. e elástica. É mais espessa na superfície dorsal do corpo que na ventral
- Interno – do lado de dentro. e na parte lateral mais que na medial dos membros. Nas pálpebras,
- Externo – do lado de fora. HVFURWRHSrQLVpH[FHVVLYDPHQWH¿QDHGHOLFDGD
A pele consiste em um tecido conjuntivo com quantidade variável
GH¿EUDVHOiVWLFDVHQXPHURVRVQHUYRVYDVRVVDQJXtQHRVHOLQIiWLFRV
O tecido conjuntivo se dispõe em duas camadas: uma profunda ou
reticular eDRXWUDVXSHU¿FLDORXSDSLODU
$ FDPDGD UHWLFXODU FRQVLVWH GH WHFLGR FRQMXQWLYR ¿EURHOiVWLFR
composto sobretudo de feixes colágenos. As células desta camada são
SULQFLSDOPHQWH¿EUREODVWRVHKLVWLyFLWRV1DVFDPDGDVPDLVSURIXQ-
GDV GD FDPDGD UHWLFXODU HQFRQWUDPVH JOkQGXODV VXGRUtSDUDV VHEi-
FHDVIROtFXORVGRSrORHSHTXHQRVDF~PXORVGHFpOXODV
A camada papilar consiste em numerosas eminências vasculares
altamente sensitivas, as papilas. As papilas são pequenas eminências
cônicas de extremidades arredondadas ou dilatadas.
7HFLGR6XEFXWkQHR
$GHUPHHVWiVLWXDGDVREUHDWHODVXEFXWkQHD(VWD~OWLPDFDPDGD
não é considerada como pertencente à pele e por isso é chamada de
WHODRXWHFLGRVXEFXWkQHRRXKLSRGHUPH2WHFLGRVXEFXWkQHRpFRP-
posto principalmente por tecido conjuntivo frouxo e tecido adiposo.
Ela desempenha duas funções principais: auxilia a isolar o corpo das
YDULDo}HVH[WUHPDVGRPHLRDPELHQWHH¿[DDSHOHjVHVWUXWXUDVVXEMD-
centes. Poucas áreas do corpo não possuem esse tecido; nestes locais,
Sistema Tegumentar DSHOHHVWi¿[DGDGLUHWDPHQWHQRRVVR$SHOHGDVDUWLFXODo}HVHGRV
O tegumento ou pele cobre a superfície do corpo protegendo-o dedos apresenta dobras e é enrugada porque está aderida ao osso.
GDVLQÀXrQFLDVDPELHQWDLVGDQRVDV&RPRDSHOHpIDFLOPHQWHDFHV-
sível, ela é importante nos exames físicos. A pele propicia: Anexos da Pele
- Proteção do corpo contra o meio ambiente, abrasões, perda de 2VDQH[RVGDSHOHVmRDVXQKDVRVSrORVHDVJOkQGXODVVXGRUtSD-
OtTXLGRVXEVWkQFLDVQRFLYDVHPLFURRUJDQLVPRVLQYDVRUHV ras e sebáceas com seus respectivos ductos.
5HJXODomRGRFDORUDWUDYpVGDVJOkQGXODVVXGRUtSDUDVHYDVRV - Unhas: são estruturas achatadas, elásticas, de textura córnea,
sanguíneos. aplicadas sobre a superfície dorsal das falanges distais. Cada unha está
6HQVLELOLGDGHSRUPHLRGRVQHUYRVVXSHU¿FLDLVHVXDVWHUPL- implantada por uma porção chamada raiz em um sulco da pele; a por-
nações sensitivas. ção exposta é denominada corpo e a extremidade distal, borda livre.
$XQKDp¿UPHPHQWHDGHUHQWHDRFyULRHH[DWDPHQWHPROGDGD
A pele forma um envoltório para as estruturas do corpo e subs- sobre a superfície; a parte de baixo do corpo e da raiz da unha é
WkQFLDVYLWDLVOtTXLGRVIRUPDQGRDVVLPRPDLRUyUJmRGRFRUSR chamada matriz da unha porque é esta que a produz. Próximo a raiz
A pele é composta de: GDXQKDRWHFLGRQmRHVWi¿UPHPHQWHDGHULGRDRWHFLGRFRQMXQWLYR
(SLGHUPHFDPDGDFHOXODUVXSHU¿FLDO mas apenas em contato com o mesmo; por isso esta porção da unha é
Derme: camada de tecido conectivo profunda. esbranquiçada e chDPDGDO~QXODGHYLGRDVXDIRUPD
Pelos: são encontrados em quase toda superfície do corpo. Va-
Epiderme riam muito em comprimento, espessura e cor nas diferentes partes do
A epiderme, ou cutícula, não é vascularizada, consiste de epi- corpo e nas várias raças humanas. Um pêlo consiste em raiz (a parte
WpOLRHVWUDWL¿FDGRDPROGDVHSHUIHLWDPHQWHVREUHDFDPDGDSDSLODU implantada na pele) e haste (a porção que se projeta da superfície).
da derme, e varia de espessura em diferentes partes. Em alguns lu- A raiz do pelo termina no bulbo do pelo que é mais esbranquiça-
gares como na palma da mão e planta dos pés, ela é espessa, dura do e de textura mais mole do que a haste e está alojado em um canalí-
HGHWH[WXUDFyUQHD2HSLWpOLRHVWUDWL¿FDGRGDHSLGHUPHFRPS}HVH culo da epiderme que o envolve, chamado folículo do pelo. No fundo
de várias camadas denominadas de acordo com diversas categorias, de cada folículo encontra-se uma pequena eminência cônica vascular
tais como o aspecto das células, textura, composição e posição. Es- ou papila. Ela é contínua com a camada dérmica do folículo e supri-
VDVFDPDGDVVmRGHVXSHU¿FLDOSDUDSURIXQGRHVWUDWRFyUQHRHVWUDWR GDFRP¿EULODVQHUYRVDV2IROtFXORSLORVRFRQVLVWHHPGXDVW~QLFDV
O~FLGRHVWUDWRJUDQXORVRHVWUDWRHVSLQKRVRHHVWUDWREDVDO2HVWUDWR externa e interna ou epidérmica. O bulbo piloso é moldado sobre a
FyUQHRpUHPDQHVFHQWHGDVFpOXODVTXHFRQWpPXPDSURWHtQD¿EURVD papila e compõe-se de células epiteliais poliédricas que, ao passarem
a queratina. para o interior da raiz do pêlo, se alongam, tornando-se fusiformes.
Didatismo e Conhecimento 74
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
A haste do pelo consiste, de dentro para fora, de três partes: a - Terminações Nervosas Encapsuladas
medula, o córtex e a cutícula. A medula em geral está ausente em &RUS~VFXORV7iWHLV0HLVVQHU(QFRQWUDGRVQDVSDSLODVGpU-
delgados pêlos que cobrem a superfície do corpo e comumente nos micas da mão e do pé, parte anterior do antebraço, lábios, pálpe-
GD FDEHoD &RPS}HVH GH ¿OHLUDV GH FpOXODV SROLpGULFDV FRQWHQGR bra e língua. Tem forma cilíndrica e possui uma cápsula de tecido
JUkQXORV GH HOHLGLQD H IUHTXHQWHPHQWH HVSDoRV DpUHRV 2 FyUWH[ FRQMXQWLYRHXPFHUQHFHQWUDOFRP¿EUDVQHUYRVDVPLHOtQLFDV6mR
constitui a parte da haste; suas células são alongadas e unidas para mecanorreceptores de adaptação rápida, fornecendo informações a
IRUPDU¿EUDVIXVLIRUPHVDDFKDWDGDVFRQWHQGRJUkQXORVGHSLJPHQWR UHVSHLWRGDVIRUoDVPHFkQLFDVUDSLGDPHQWHÀXWXDQWHV
em pêlos escuros e ar nos brancos. A cutícula compõe-se de uma *UDQGHV&RUS~VFXORV/DPHODGRVGH9DWHU3DFFLQL(QFRQWUDGRV
simples camada de escamas achatadas que se sobrepõem da profun- nas faces ventrais da mão e do pé, órgãos genitais, braço, pescoço,
didade para a superfície. papila mamária, periósteo e próximos à articulações. São ovóides,
Correlacionado aos folículos pilosos há um conjunto de HVIpULFRVHHVSLUDODGRVHFDGDXPSRVVXLXPDFiSVXODODPHODV
SHTXHQLQRV IHL[HV GH ¿EUDV PXVFXODUHV OLVDV LQYROXQWiULDV XPD ]RQD GH FUHVFLPHQWR LQWHUPHGLiULD H XP FHUQH FHQWUDO
GHQRPLQDGDVHUHWRUHVGRVSrORV(PHUJHPGDFDPDGDVXSHU¿FLDOGD ODPHODV TXH FRQWpP XP WHUPLQDO D[{QLFR &DGD FRUS~VFXOR p
derme e se inserem no folículo. Colocam-se do lado para onde o suprido por uma ou, raramente, duDV¿EUDVPLHOLQL]DGDV$DOID
pêlo se inclina, e pela sua ação diminuem a obliqüidade do folículo, (VVD¿EUDSHUGHDEDLQKDGHPLHOLQDHQDMXQomRFRPDFHUQH
tornando-o reto. perde a célula de Schwann. São mecanoceptores de adaptação muito
*OkQGXODV6XGRUtSDUDV*OGRVXRUVmRHQFRQWUDGDVHPTXD- UiSLGDUHVSRQGHQGRVRPHQWHDGLVW~UELRVUHSHQWLQRVHHVSHFLDOPHQ-
se toda a parte da pele. Consistem de um simples tubo cuja a parte WHVHQVtYHLVjYLEUDomR3RGHPFKHJDUDXPFRPSULPHQWRGHD
profunda constitui uma bolsa esférica ou oval chamada corpo da PPYLVtYHLVDROKRQ~FRPRFRUSRVEUDQFRVRYDODGRV$RFRUWH
JOkQGXODHQTXDQWRDSRUomRVXSHULRURXGXFWRDWUDYHVVDDGHUPHH microscopicamente, tem o aspecto de uma cebola.
a epiderme, abrindo-se na superfície da pele por uma abertura afu- $UUDQMRV&XWkQHRV(VSHFLDLV$UUDQMRVTXHLQIRUPDPRHVWD-
QLODGD1DVFDPDGDVVXSHU¿FLDLVGDGHUPHRGXFWRpUHWLOtQHRPDV GRPHFkQLFRHWpUPLFRGDVXSHUItFLHGRFRUSRLQFOXVLYHHVWtPXORV
nas camadas profundas o ducto é enrolado ou mesmo retorcido. São nocivos.
muito abundantes na palma das mãos e planta dos pés. São subdivididos em: mecanoceptores, termoceptores e noci-
*OkQGXODV6HEiFHDVVmRyUJmRVJODQGXODUHVSHTXHQRVHVDFX-
FHSWRUHV$DWLYLGDGHGH¿EUDVQHUYRVDVVHQVLWLYDVLVRODGDVpDWLYDGD
liformes alojados na derme, encontradas em muitas partes da pele,
somente por certos tipos de estímulos aplicados à área da pele que
PDV HP DEXQGkQFLD QR FRXUR FDEHOXGR H QD IDFH &DGD JOkQGXOD
HODLQHUYDRTXHPRVWUDRVHXDOWRJUDXGHHVSHFL¿FLGDGHWRUQDQGR
consiste de um simples ducto que emerge de um agrupamento ova-
difícil uma correlação estreita entre morfologia e função.
lado ou em forma de garrafa – os alvéolos, que são em geral de dois
a cinco, podendo chegar, em alguns casos, até vinte. Cada alvéolo é
composto de uma membrana basal transparente contendo um certo
Q~PHURGHFpOXODVHSLWHOLDLV
Didatismo e Conhecimento 75
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
Esquema resumido dos receptores sensitivos encontrados na pele:
Sistema Esquelético
Conceito de Ossos: Ossos são órgãos esbranquiçados, muito duros, que unindos-se aos outros, por intermédio das junturas ou articula-
ções constituem o esqueleto. É uma forma especializada de tecido conjuntivo cuja a principal característica é a mineralização (cálcio) de sua
PDWUL]yVVHD¿EUDVFROiJHQDVHSURWHRJOLFDQDV
2RVVRpXPWHFLGRYLYRFRPSOH[RHGLQkPLFR8PDIRUPDVyOLGDGHWHFLGRFRQMXQWLYRDOWDPHQWHHVSHFLDOL]DGRTXHIRUPDDPDLRU
SDUWHGRHVTXHOHWRHpRSULQFLSDOWHFLGRGHDSRLRGRFRUSR2WHFLGRyVVHRSDUWLFLSDGHXPFRQWtQXRSURFHVVRGHUHPRGHODPHQWRGLQkPLFR
produzindo osso novo e degradando osso velho.
O osso é formado por vários tecidos diferentes: tecido ósseo, cartilaginoso, conjuntivo denso, epitelial, adiposo, nervoso e vários tecidos
formadores de sangue.
Quanto a irrigação do osso, temos os canais de Volkman e os canais de Havers. O tecido ósseo não apresenta vasos linfáticos, apenas o
tecido periósteo tem drenagem linfática.
Canais de Havers-VmRXPDVpULHGHWXERVHPWRUQRGHHVWUHLWRVFDQDLVIRUPDGRVSRUODPHODVFRQFrQWULFDVGH¿EUDVFROiJHQDV(VWDUHJLmR
pGHQRPLQDGDRVVRFRPSDFWRRXGLi¿VH9DVRVVDQJtQHRVHFpOXODVQHUYRVDVHPWRGRRRVVRFRPXQLFDPVHSRURVWHyFLWRVTXHHPLWHP
expansões citoplasmáticas que põem em contato um osteócito com o outro) em lacunas (espaços dentro da matriz óssea densa que contêm
células ósseas). Este arranjo original é propício ao depósito de sal mineral, o que dá resistência ao tecido ósseo. Deve-se ainda ressaltar
que esses canais percorrem o osso no sentido longitudinal levando dentro de sua luz, vasos sanguíneos e nervos que são responsáveis pela
nutrição do tecido ósseo. Ele faz que os vasos sanguínios passem pelo tecido ósseo.
Canais de Volkmann são canais microscópicos encontrados no osso compacto, são perpendiculares aos Canais de Havers, e são um dos
componentes do sistema de Haversian. Os canais de Volkmann também podem transportar pequenas artérias em todo o osso. Os canais de
Volkmann não apresentam lamelas concêntricas.
2LQWHULRUGDPDWUL]yVVHDH[LVWHHVSDoRVFKDPDGRVODFXQDVTXHFRQWrPFpOXODVyVVHDVFKDPDGDVRVWHyFLWRV&DGDRVWHy¿WRSRVVXLSUR-
longamentos chamados canalículos, que se estendem a partir das lacunas e se unem aos canalículos das lacunas vizinhas, formando assim,
uma rede de canalículos e lacunas em toda a massa de tecido mineralizado.
Conceito de Cartilagem: É uma forma elástica de tecido conectivo semirígido - forma partes do esqueleto nas quais ocorre movimento.
A cartilagem não possui suprimento sangüíneo próprio; conseqüentemente, suas células obtêm oxigênio e nutrientes por difusão de longo
alcance.
Didatismo e Conhecimento 76
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
1~PHURGH2VVRVGR&RUSR+XPDQR
eFOiVVLFRDGPLWLURQ~PHURGHRVVRV
Divisão do Esqueleto:
&ODVVL¿FDomRGRV2VVRV
2VRVVRVVmRFODVVL¿FDGRVGHDFRUGRFRPDVXDIRUPDHP
Ossos Longos: Tem o comprimento maior que a largura e são constituídos por um corpo e duas extremidades. Eles são um pouco encur-
YDGRVRTXHOKHVJDUDQWHPDLRUUHVLVWrQFLD2RVVRXPSRXFRHQFXUYDGRDEVRUYHRHVWUHVVHPHFkQLFRGRSHVRGRFRUSRHPYiULRVSRQWRVGH
WDOIRUPDTXHKiPHOKRUGLVWULEXLomRGRPHVPR2VRVVRVORQJRVWrPVXDVGLi¿VHVIRUPDGDVSRUWHFLGRyVVHRFRPSDFWRHDSUHVHQWDPJUDQGH
TXDQWLGDGHGHWHFLGRyVVHRHVSRQMRVRHPVXDVHSt¿VHV([HPSOR)rPXU
Ossos Curtos: São parecidos com um cubo, tendo seus comprimentos praticamente iguais às suas larguras. Eles são compostos por osso
HVSRQMRVRH[FHWRQDVXSHUItFLHRQGHKi¿QDFDPDGDGHWHFLGRyVVHRFRPSDFWR([HPSOR2VVRVGR&DUSR
2VVRV/DPLQDUHV3ODQRV6mRRVVRV¿QRVHFRPSRVWRVSRUGXDVOkPLQDVSDUDOHODVGHWHFLGRyVVHRFRPSDFWRFRPFDPDGDGHRVVRHVSRQ-
MRVRHQWUHHODV2VRVVRVSODQRVJDUDQWHPFRQVLGHUiYHOSURWHomRHJHUDPJUDQGHViUHDVSDUDLQVHUomRGHP~VFXORV([HPSORV)URQWDOH3DULHWDO
$OpPGHVVHVWUrVJUXSRVEiVLFRVEHPGH¿QLGRVKiRXWURVLQWHUPHGLiULRVTXHSRGHPVHUGLVWULEXtGRHPJUXSRV
Ossos Alongados: São ossos longos, porém achatados e não apresentam canal central. Exemplo: Costelas.
Ossos Pneumáticos: São osso ocos, com cavidades cheias de ar e revestidas por mucosa (seios), apresentando pequeno peso em relação ao
seu volume. Exemplo: Esfenóide.
Ossos Irregulares: Apresentam formas complexas e não podem ser agrupados em nenhuma das categorias prévias. Eles têm quantidades
variáveis de osso esponjoso e de osso compacto. Exemplo: Vértebras.
Ossos Sesamóides: Estão presentes no interior de alguns tendões em que há considerável fricção, tensão e estresse físico, como as palmas
HSODQWDV(OHVSRGHPYDULDUGHWDPDQKRHQ~PHURGHSHVVRDSDUDSHVVRDQmRVmRVHPSUHFRPSOHWDPHQWHRVVL¿FDGRVQRUPDOPHQWHPHGHP
DSHQDVDOJXQVPLOtPHWURVGHGLkPHWUR([FHo}HVQRWiYHLVVmRDVGXDVSDWHODVTXHVmRJUDQGHVRVVRVVHVDPyLGHVSUHVHQWHVHPTXDVHWRGRVRV
seres humanos.
2VVRV6XWXUDLV6mRSHTXHQRVRVVRVORFDOL]DGRVGHQWURGHDUWLFXODo}HVFKDPDGDVGHVXWXUDVHQWUHDOJXQVRVVRVGRFUkQLR6HXQ~PHUR
varia muito de pessoa para pessoa.
A disposição dos tecidos ósseos compactos e esponjoso em um osso longo é responsável por sua resistência. Os ossos longos contém locais
de crescimento e remodelação, e estruturas associadas às articulações. As partes de um osso longo são as seguintes:
'Li¿VH: é a haste longa do osso. Ele é constituída principalmente de tecido ósseo compacto, proporcionando, considerável resistência ao
osso longo.
Didatismo e Conhecimento 77
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
(St¿VHDVH[WUHPLGDGHVDODUJDGDVGHXPRVVRORQJR$HSt¿VHGHXPRVVRRDUWLFXODRXXQHDXPVHJXQGRRVVRHPXPDDUWLFXODomR
&DGDHSt¿VHFRQVLVWHGHXPD¿QDFDPDGDGHRVVRFRPSDFWRTXHUHYHVWHRRVVRHVSRQMRVRHUHFREHUWRVSRUFDUWLODJHP
0HWi¿VHSDUWHGLODWDGDGDGLi¿VHPDLVSUy[LPDGDHSt¿VH
&RQ¿JXUDomR([WHUQDGRV2VVRV
SALIÊNCIAS ÓSSEAS
Articulares Não Articulares
- Processos
- Tubérculos
- Cabeça 7URFkQWHU
- Côndilo - Espinha
- Faceta - Eminência
/kPLQDV
- Cristas
Didatismo e Conhecimento 78
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
&RQ¿JXUDomR,QWHUQDGRV2VVRV
$VGLIHUHQoDVHQWUHRVGRLVWLSRVGHRVVRFRPSDFWRHHVSRQMRVRRXUHWLFXODUGHSHQGHPGDTXDQWLGDGHUHODWLYDGHVXEVWkQFLDVVyOLGDVHGD
TXDQWLGDGHHWDPDQKRGRVHVSDoRVTXHHOHVFRQWpP7RGRVRVRVVRVWHPXPD¿QDOkPLQDVXSHU¿FLDOGHRVVRFRPSDFWRHPWRUQRGHXPDPDVVD
FHQWUDOGHRVVRHVSRQMRVRH[FHWRRQGHR~OWLPRpVXEVWLWXtGRSRUXPDFDYLGDGHPHGXODU
2RVVRFRPSDFWRGRFRUSRRXGLi¿VHTXHHQYROYHDFDYLGDGHPHGXODUpDVXEVWkQFLDFRUWLFDO$DUTXLWHWXUDGRRVVRHVSRQMRVRHFRPSDFWR
varia de acordo com a função. O osso compacto fornece força para sustentar o peso.
1RVRVVRVORQJRVSODQHMDGRVSDUDULJLGH]HLQVHUomRGHP~VFXORVHOLJDPHQWRVDTXDQWLGDGHGHRVVRFRPSDFWRpPi[LPDSUy[LPRGRPHLR
GRFRUSRRQGHHOHHVWiVXMHLWRDFXUYDUVH2VRVVRVSRVVXHPDOJXPDHODVWLFLGDGHÀH[LELOLGDGHHJUDQGHULJLGH]
Periósteo e Endósteo:
O PeriósteopXPDPHPEUDQDGHWHFLGRFRQMXQWLYRGHQVRPXLWR¿EURVRTXHUHYHVWHDVXSHUItFLHH[WHUQDGDGLi¿VH¿[DQGRVH¿UPHPHQWH
DWRGDDVXSHUItFLHH[WHUQDGRRVVRH[FHWRjFDUWLODJHPDUWLFXODU3URWHJHRRVVRHVHUYHFRPRSRQWRGH¿[DomRSDUDRVP~VFXORVHFRQWpPRV
vasos sanguíneos que nutrem o osso subjacente.
O Endósteo se encontra no interior da cavidade medular do osso, revestido por tecido conjuntivo.
Ossos da Cabeça
2FUkQLRpRHVTXHOHWRGDFDEHoDYiULRVRVVRVIRUPDPVXDVGXDVSDUWHVR1HXURFUkQLRHR(VTXHOHWRGD)DFH2QHXURFUkQLRIRUQHFHR
LQYyOXFURSDUDRFpUHEURHDVPHQLQJHVHQFHIiOLFDVSDUWHVSUR[LPDLVGRVQHUYRVFUDQLDQRVHYDVRVVDQJtQHRV2FUkQLRSRVVXLXPWHWRVHPH-
OKDQWHDXPDDEyEDGD±DFDOYiULD±HXPDVVRDOKRRXEDVHGRFUkQLRTXHpFRPSRVWDGRHWPyLGHHSDUWHVGRRFFLSLWDOHGRWHPSRUDO2HVTXHOHWR
da face consiste em ossos que circundam a boca e o nariz e contribuem para as órbitas.
Tórax
É uma caixa osteocartilagínea que contém os principais órgãos da respiração e circulação e cobre parte dos órgãos abdominais.
A face dorsal é formado pelas doze vértebras torácicas, e a parte dorsal das doze costelas. A face ventral é constituída pelo esterno e car-
tilagens costais. As faces laterais são compostas pelas costelas e separadas umas das outras pelos onze espaços intercostais, ocupados pelos
P~VFXORVHPHPEUDQDVLQWHUFRVWDLV
Coluna Vertebral
$FROXQDYHUWHEUDOWDPEpPFKDPDGDGHHVSLQKDGRUVDOHVWHQGHVHGRFUkQLRDWpDSHOYH(ODpUHVSRQViYHOSRUGRLVTXLQWRVGRSHVR
corporal total e é composta por tecido conjuntivo e por uma série de ossos, chamados vértebras, as quais estão sobrepostas em forma de uma
FROXQDGDtRWHUPRFROXQDYHUWHEUDO$FROXQDYHUWHEUDOpFRQVWLWXtGDSRUYpUWHEUDVVDFURFyFFL[HFRQVWLWXLMXQWRFRPDFDEHoDHVWHUQR
e costelas, o esqueleto axial.
Membro Superior
Membro Inferior
O membro inferior tem função de sustentação do peso corporal, locomoção, tem a capacidade de mover-se de um lugar para outro e manter
o equilíbrio. Os membros inferiores são conectados ao tronco pelo cíngulo do membro inferior (ossos do quadril e sacro).
Didatismo e Conhecimento 79
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
$EDVHGRHVTXHOHWRGRPHPEURLQIHULRUpIRUPDGRSHORVGRLVRVVRVGRTXDGULOTXHVmRXQLGRVSHODVtQ¿VHS~ELFDHSHORVDFUR2FtQJXOR
do membro inferior e o sacro juntos formam a PELVE ÓSSEA.
Os ossos dos membros inferiores podem ser divididos em quatro segmentos:
São estruturas individualizadas que cruzam uma ou mais articulações e pela sua contração são capazes de transmitir-lhes movimento. Este
pHIHWXDGRSRUFpOXODVHVSHFLDOL]DGDVGHQRPLQDGDV¿EUDVPXVFXODUHVFXMDHQHUJLDODWHQWHpRXSRGHVHUFRQWURODGDSHORVLVWHPDQHUYRVR2V
P~VFXORVVmRFDSD]HVGHWUDQVIRUPDUHQHUJLDTXtPLFDHPHQHUJLDPHFkQLFD
2P~VFXORYLYRpGHFRUYHUPHOKD(VVDFRORUDomRGHQRWDDH[LVWrQFLDGHSLJPHQWRVHGHJUDQGHTXDQWLGDGHGHVDQJXHQDV¿EUDVPXVFX-
lares.
2VP~VFXORVUHSUHVHQWDPGRSHVRFRUSRUDOWRWDO
)XQo}HVGRV0~VFXORV
a) Produção dos movimentos corporais: Movimentos globais do corpo, como andar e correr.
E(VWDELOL]DomRGDV3RVLo}HV&RUSRUDLV$FRQWUDomRGRVP~VFXORVHVTXHOpWLFRVHVWDELOL]DPDVDUWLFXODo}HVHSDUWLFLSDPGDPDQXWHQomR
GDVSRVLo}HVFRUSRUDLVFRPRDGH¿FDUHPSpRXVHQWDU
F5HJXODomRGR9ROXPHGRVÏUJmRV$FRQWUDomRVXVWHQWDGDGDVIDL[DVDQHODUHVGRVP~VFXORVOLVRVHVItQFWHUHVSRGHLPSHGLUDVDtGDGR
FRQWH~GRGHXPyUJmRRFR
G0RYLPHQWRGH6XEVWkQFLDVGHQWURGR&RUSR$VFRQWUDo}HVGRVP~VFXORVOLVRVGDVSDUHGHVYDVRVVDQJtQHRVUHJXODPDLQWHQVLGDGHGR
ÀX[R2VP~VFXORVOLVRVWDPEpPSRGHPPRYHUDOLPHQWRVXULQDHJDPHWDVGRVLVWHPDUHSURGXWLYR2VP~VFXORVHVTXHOpWLFRVSURPRYHPRÀX[R
de linfa e o retorno do sangue para o coração.
H3URGXomRGH&DORU4XDQGRRWHFLGRPXVFXODUVHFRQWUDLHOHSURGX]FDORUHJUDQGHSDUWHGHVVHFDORUOLEHUDGRSHORP~VFXORpXVDGRQD
manutenção da temperatura corporal.
*UXSRV0XVFXODUHV
(PQ~PHURGHQRYH6mRHOHV
a) Cabeça
b) Pescoço
c) Tórax
d) Abdome
e) Região posterior do tronco
f) Membros superiores
g) Membros inferiores
h) Órgãos dos sentidos
i) Períneo
&ODVVL¿FDomRGRV0~VFXORV
Quanto a Situação:
D6XSHU¿FLDLVRX&XWkQHRV(VWmRORJRDEDL[RGDSHOHHDSUHVHQWDPQRPtQLPRXPDGHVXDVLQVHUo}HVQD
FDPDGDSURIXQGDGDGHUPH(VWmRORFDOL]DGRVQDFDEHoDFUkQLRHIDFHSHVFRoRHQDPmRUHJLmRKLSRWHQDU
Exemplo: Platisma.
Didatismo e Conhecimento 80
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
E3URIXQGRVRX6XEDSRQHXUyWLFRV6mRP~VFXORVTXHQmRDSUHVHQWDPLQVHUo}HVQDFDPDGDSURIXQGDGD
GHUPHHQDPDLRULDGDVYH]HVVHLQVHUHPHPRVVRV(VWmRORFDOL]DGRVDEDL[RGDIiVFLDVXSHU¿FLDO([HPSOR
Pronador quadrado.
Quanto à Forma:
D/RQJRV6mRHQFRQWUDGRVHVSHFLDOPHQWHQRVPHPEURV2VPDLVVXSHU¿FLDLVVmRRVPDLVORQJRVSRGHQGR
passar duas ou mais articulações. Exemplo: Bíceps braquial.
b) Curtos: Encontram-se nas articulações cujos movimentos tem pouca amplitude, o que não exclui força
QHPHVSHFLDOL]DomR([HPSOR0~VFXORV da mão.
c) Largos: Caracterizam-se por serem laminares. São encontrados nas paredes das grandes cavidades (tórax
e abdome). Exemplo: Diafragma.
Didatismo e Conhecimento 81
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
Quanto à Disposição da Fibra: 7LSRVGH0~VFXORV:
Quanto à Função:
D$JRQLVWDV6mRRVP~VFXORVSULQFLSDLVTXHDWLYDPXPPR-
YLPHQWRHVSHFt¿FRGRFRUSRHOHVVHFRQWUDHPDWLYDPHQWHSDUDSUR-
duzir um movimento desejado. Ex: Pegar uma chave sobre a mesa,
DJRQLVWDVVmRRVÀH[RUHVGRVGHGRV
E$QWDJRQLVWDV0~VFXORVTXHVHRS}HPjDomRGRVDJRQLVWDV
quando o agonista se contrai, o antagonista relaxa progressivamente,
produzindo um movimento suave. Ex: idem anterior, porém os anta- E0~VFXORV/LVRV/RFDOL]DGRQRVYDVRVVDQJtQHRVYLDVDp-
gonistas são os extensores dos dedos. reas e maioria dos órgãos da cavidade abdômino-pélvica. Ação in-
c) Sinergistas: São aqueles que participam estabilizando as arti- voluntária controlada pelo sistema nervoso autônomo.
culações para que não ocorram movimentos indesejáveis durante a
ação principal. Ex: idem anterior, os sinergistas são estabilizadores F0~VFXOR(VWULDGR&DUGtDFR5HSUHVHQWDDDUTXLWHWXUDFDUGtD-
do punho, cotovelo e ombro.
FDeXPP~VFXORHVWULDGRSRUpPLQYROXQWiULR±$8725,70,&,-
d) Fixadores: Estabilizam a origem do agonista de modo que
DADE.
HOHSRVVDDJLUPDLVH¿FLHQWHPHQWH(VWDELOL]DPDSDUWHSUR[LPDOGR
membro quando move-se a parte distal.
Quanto à Nomenclatura:
2QRPHGDGRDRVP~VFXORVpGHULYDGRGHYiULRVIDWRUHVHQWUH &RPSRQHQWHV$QDW{PLFRVGRV0~VFXORV(VWULDGRV:
HOHVR¿VLROyJLFRHRWRSRJUi¿FR
a) Ação: Extensor dos dedos. D9HQWUH0XVFXODUpDSRUomRFRQWUiWLOGRP~VFXORFRQVWLWXtGD
b) Ação Associada à Forma: Pronador redondo e pronador qua- SRU¿EUDVPXVFXODUHVTXHVHFRQWUDHP&RQVWLWXLRFRUSRGRP~VFX-
drado. lo (porção carnosa).
F$omR$VVRFLDGDj/RFDOL]DomR)OH[RUVXSHU¿FLDOGRVGHGRV E7HQGmRpXPHOHPHQWRGHWHFLGRFRQMXQWLYRULFRVHP¿EUDV
G)RUPD0~VFXOR'HOWyLGHOHWUDJUHJDGHOWD FROiJHQDVHTXHVHUYHSDUD¿[DomRGRYHQWUHHPRVVRVQRWHFLGR
e) Localização: Tibial anterior. VXEFXWkQHRHHPFiSVXODVDUWLFXODUHV3RVVXHPDVSHFWRPRUIROyJLFR
I1~PHURGH2ULJHP%tFHSVIHPRUDOHWUtFHSVEUDTXLDO GH¿WDVRXGHFLOLQGURV
Didatismo e Conhecimento 82
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
Componentes Anatômicos do Tecido Conjuntivo:
D)iVFLD6XSHU¿FLDOVHSDUDRVP~VFXORVGDSHOH
E)iVFLD0XVFXODUpXPDOkPLQDRXIDL[DODUJDGHWHFLGRFRQ-
MXQWLYR¿EURVRTXHDEDL[RGDSHOHFLUFXQGDRVP~VFXORVHRXWURV
órgãos do corpo.
c) Epimísio é a camada mais externa de tecido conjuntivo, cir-
FXQGDWRGRRP~VFXOR
G3HULPtVLRFLUFXQGDJUXSRVGHDRXPDLV¿EUDVPXVFX-
lares individuais, separando-as em feixes chamados fascículos. Os
fascículos podem ser vistos a olho nu.
H(QGRPtVLRpXP¿QRUHYHVWLPHQWRGHWHFLGRFRQMXQWLYRTXH
SHQHWUDQRLQWHULRUGHFDGDIDVFtFXORHVHSDUDDV¿EUDVPXVFXODUHV
individuais de seus vizinhos.
Tipos de Contrações:
2QRPHGDGRDRVP~VFXORVpGHULYDGRGHYiULRVIDWRUHVHQWUH
HOHVR¿VLROyJLFRHRWRSRJUi¿FR
D&RQWUDomR&RQFrQWULFDRP~VFXORVHHQFXUWDHWUDFLRQDRXWUD
Sistema Circulatório
HVWUXWXUDFRPRXPWHQGmRUHGX]LQGRRkQJXORGHXPDDUWLFXODomR
Ex: Trazer um livro que estava sobre a mesa ao encontro da cabeça. O sistema circulatório é formado por dois sistemas de transpor-
b) Contração Excêntrica: quando aumenta o comprimento total te principais: o sistema cardiovascular, que compreende o coração,
GRP~VFXORGXUDQWHDFRQWUDomR([LGHPDQWHULRUSRUpPTXDQGR vasos sanguíneos e sangue, com o objetivo de carregar oxigênio e
recolocamos o livro sobre mesa. nutrientes para as células do corpo e transportar os resíduos das célu-
c) Contração Isométrica: servem para estabilizar as articulações las corporais para os rins. O sistema linfático fornece drenagem para
HQTXDQWR RXWUDV VmR PRYLGDV *HUD WHQVmR PXVFXODU VHP UHDOL]DU o líquido dos tecidos, denominado linfa.
movimentos. É responsável pela postura e sustentação de objetos
HPSRVLomR¿[D([LGHPDQWHULRUSRUpPTXDQGRROLYURpVXVWHQ- Funções do sistema cardiovascular
WDGRHPDEGXomRGH
x transporte de gases: os pulmões, responsáveis pela
Anatomia Microscópica da Fibra Muscular: obtenção de oxigênio e pela eliminação de dióxido de carbono,
comunicam-se com os demais tecidos do corpo por meio do sangue.
O tecido muscular consiste de células contráteis especializadas, x transporte de nutrientes: no tubo digestório, os nutrientes
RX¿EUDVPXVFXODUHVTXHVmRDJUXSDGDVHGLVSRVWDVGHIRUPDDOWD- UHVXOWDQWHVGDGLJHVWmRSDVVDPDWUDYpVGHXP¿QRHSLWpOLRHDOFDQ-
PHQWHRUJDQL]DGD&DGD¿EUDGHP~VFXORHVTXHOpWLFRDSUHVHQWDGRLV çam o sangue. Por essa verdadeira “auto-estrada”, os nutrientes são
WLSRVGHHVWUXWXUDV¿OLIRUPHVPXLWRGHOJDGDVFKDPDGDVPLR¿ODPHQ- levados aos tecidos do corpo, nos quais se difundem para o líquido
WRVJURVVRVPLRVLQDH¿QRVDFWLQD intersticial que banha as células.
x transporte de resíduos metabólicos: a atividade metabóli-
ca das células do corpo origina resíduos, mas apenas alguns órgãos
podem eliminá-los para o meio externo. O transporte dessas subs-
WkQFLDVGHRQGHVmRIRUPDGDVDWpRVyUJmRVGHH[FUHomRpIHLWRSHOR
sangue.
x WUDQVSRUWH GH KRUP{QLRV KRUP{QLRV VmR VXEVWkQFLDV VH-
cretadas por certos órgãos, distribuídas pelo sangue e capazes de
PRGL¿FDURIXQFLRQDPHQWRGHRXWURVyUJmRVGRFRUSR$FROHFLVWR-
cinina, por exemplo, é produzida pelo duodeno, durante a passagem
do alimento, e lançada no sangue. Um de seus efeitos é estimular a
contração da vesícula biliar e a liberação da bile no duodeno.
Didatismo e Conhecimento 83
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
x LQWHUFkPELRGHPDWHULDLVDOJXPDVVXEVWkQFLDVVmRSURGX- coração, os impulsos originados dele espalham-se para os átrios e
zidas ou armazenadas em uma parte do corpo e utilizadas em outra ventrículos, estimulando essas áreas tão rapidamente, de modo que
parte. Células do fígado, por exemplo, armazenam moléculas de o ritmo do nódulo SA torna-se o ritmo de todo o coração; por isso é
glicogênio, que, ao serem quebradas, liberam glicose, que o sangue chamado marcapasso.
leva para outras células do corpo. x Sistema De Purkinje ou fascículo átrio-ventricular: embo-
x transporte de calor: o sangue também é utilizado na dis- UDRLPSXOVRFDUGtDFRSRVVDSHUFRUUHUSHUIHLWDPHQWHWRGDVDV¿EUDV
tribuição homogênea de calor pelas diversas partes do organismo, musculares cardíacas, o coração possui um sistema especial de con-
colaborando na manutenção de uma temperatura adequada em todas dução denominado sistema de Purkinje ou fascículo átrio-ventri-
as regiões; permite ainda levar calor até a superfície corporal, onde FXODU FRPSRVWR GH ¿EUDV PXVFXODUHV FDUGtDFDV HVSHFLDOL]DGDV RX
pode ser dissipado. ¿EUDVGH3XUNLQMH)HL[HGH+LVVRXPLyFLWRViWULRYHQWULFXODUHV
x distribuição de mecanismos de defesa: pelo sangue circu- que transmitem os impulsos com uma velocidade aproximadamente
lam anticorpos e células fagocitárias, componentes da defesa contra YH]HVPDLRUGRTXHRP~VFXORFDUGtDFRQRUPDOFHUFDGHPSRU
agentes infecciosos. VHJXQGRHPFRQWUDVWHFRPPSRUVHJXQGRQRP~VFXORFDUGtDFR
x coagulação sanguínea: pelo sangue circulam as plaquetas,
pedaços de um tipo celular da medula óssea (megacariócito), com b- Controle Nervoso do Coração
função na coagulação sanguínea. O sangue contém ainda fatores de O sistema nervoso é conectado com o coração através de dois
coagulação, capazes de bloquear eventuais vazamentos em caso de grupos diferentes de nervos do sistema nervoso autônomo: paras-
rompimento de um vaso sanguíneo. simpáticos e simpáticos. A estimulação dos nervos parassimpáticos
FDXVDRVVHJXLQWHVHIHLWRVVREUHRFRUDomRGLPLQXLomRGDIUH-
x O coração é um órgão muscular oco que se localiza no quência dos batimentos cardíacos; (2) diminuição da força de con-
meio do peito, sob o osso esterno, ligeiramente deslocado para a WUDomRGRP~VFXORDWULDOGLPLQXLomRQDYHORFLGDGHGHFRQGXomR
esquerda. Ele contrai e relaxa alternadamente para bombear os pul- dos impulsos através do nódulo AV (átrio-ventricular), aumentando
mões (onde ocorre a oxigenação) e depois para a vasta rede de vasos RSHUtRGRGHUHWDUGRHQWUHDFRQWUDomRDWULDOHDYHQWULFXODUH
sanguíneos. As artérias e arteríolas carregam o sangue oxigenado do GLPLQXLomR GR ÀX[R VDQJXtQHR DWUDYpV GRV YDVRV FRURQiULRV TXH
coração para as células do corpo. A troca de líquido, oxigênio e gás PDQWrPDQXWULomRGRSUySULRP~VFXORFDUGtDFR
carbônico entre o sangue e as células dos tecidos ocorre através dos x Todos esses efeitos podem ser resumidos, dizendo-se que
capilares. As vênulas e veias carregam o sangue pobre em oxigênio a estimulação parassimpática diminui todas as atividades do cora-
de volta para o coração, onde o ciclo recomeça. ção. Usualmente, a função cardíaca é reduzida pelo parassimpático
x Cada vez que o coração contrai, a corrente sanguínea pode durante o período de repouso, juntamente com o restante do corpo.
ser sentida, na forma de pulsação, em qualquer lugar onde uma ar- Isso talvez ajude a preservar os recursos do coração, pois durante
téria passa próxima a superfície da pele. As principais localizações os períodos de repouso, indubitavelmente há um menor desgaste do
onde podem ser sentidas o pulso são: no punho, na virilha e no pes- órgão.
coço. x A estimulação dos nervos simpáticos apresenta efeitos
x As emergências envolvendo o sistema circulatório ocor- H[DWDPHQWHRSRVWRVVREUHRFRUDomRDXPHQWRGDIUHTXrQFLDFDU-
rem quando há sangramento descontrolado, comprometimento da GtDFDDXPHQWRGDIRUoDGHFRQWUDomRHDXPHQWRGRÀX[R
circulação ou quando o coração perde sua capacidade de bombear. sanguíneo através dos vasos coronários visando a suprir o aumento
x O coração humano, como o dos demais mamíferos, apre- GDQXWULomRGRP~VFXORFDUGtDFR(VVHVHIHLWRVSRGHPVHUUHVXPL-
senta quatro cavidades: duas superiores, denominadas átrios e duas dos, dizendo-se que a estimulação simpática aumenta a atividade
inferiores, denominadas ventrículos. O átrio direito comunica-se cardíaca como bomba, algumas vezes aumentando a capacidade
FRPRYHQWUtFXORGLUHLWRDWUDYpVGDYiOYXODWULF~VSLGH2iWULRHV- GH ERPEHDU VDQJXH HP DWp SRU FHQWR (VVH HIHLWR p QHFHVVi-
querdo, por sua vez, comunica-se com o ventrículo esquerdo através rio quando um indivíduo é submetido a situações de estresse, tais
GDYiOYXODELF~VSLGHRXPLWUDO$IXQomRGDVYiOYXODVFDUGtDFDVp como exercício, doença, calor excessivo, ou outras condições que
JDUDQWLUTXHRVDQJXHVLJDXPD~QLFDGLUHomRVHPSUHGRViWULRVSDUD H[LJHPXPUiSLGRÀX[RVDQJXtQHRDWUDYpVGRVLVWHPDFLUFXODWyULR
os ventrículos. Por conseguinte, os efeitos simpáticos sobre o coração constituem
x $V FkPDUDV FDUGtDFDV FRQWUDHPVH H GLODWDPVH o mecanismo de auxílio utilizado numa emergência, tornando mais
DOWHUQDGDPHQWH YH]HV SRU PLQXWR HP PpGLD 2 SURFHVVR GH forte o batimento cardíaco quando necessário.
FRQWUDomRGHFDGDFkPDUDGRPLRFiUGLRP~VFXORFDUGtDFRGHQR- x Os neurônios pós-ganglionares do sistema nervoso sim-
mina-se sístole. O relaxamento, que acontece entre uma sístole e a pático secretam principalmente noradrenalina, razão pela qual são
seguinte, é a diástole. denominados neurônios adrenérgicos. A estimulação simpática do
a- A atividade elétrica do coração FpUHEURWDPEpPSURPRYHDVHFUHomRGHDGUHQDOLQDSHODVJOkQGXODV
x Nódulo sinoatrial (SA) ou marcapasso ou nó sino-atrial: adrenais ou supra-renais. A adrenalina é responsável pela taquicar-
região especial do coração, que controla a frequência cardíaca. Lo- dia (batimento cardíaco acelerado), aumento da pressão arterial e
caliza-se perto da junção entre o átrio direito e a veia cava superior da frequência respiratória, aumento da secreção do suor, da glicose
e é constituído por um aglomerado de células musculares especia- sangüínea e da atividade mental, além da constrição dos vasos san-
OL]DGDV$IUHTXrQFLDUtWPLFDGHVVDV¿EUDVPXVFXODUHVpGHDSUR[L- guíneos da pele.
PDGDPHQWHFRQWUDo}HVSRUPLQXWRHQTXDQWRRP~VFXORDWULDOVH x O neurotransmissor secretado pelos neurônios pós-gan-
FRQWUDLFHUFDGHYH]HVSRUPLQXWRHRP~VFXORYHQWULFXODUFHUFD glionares do sistema nervoso parassimpático é a acetilcolina, razão
GHYH]HVSRUPLQXWR'HYLGRDRIDWRGRQyGXORVLQRDWULDOSRVVXLU pela qual são denominados colinérgicos, geralmente com efeitos an-
uma frequência rítmica mais rápida em relação às outras partes do tagônicos aos neurônios adrenérgicos. Dessa forma, a estimulação
Didatismo e Conhecimento 84
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
parassimpática do cérebro promove bradicardia (redução dos bati- - O transporte, no sangue e nos líquidos corporais, do oxigênio
mentos cardíacos), diminuição da pressão arterial e da frequência (dos pulmões para as células) e do dióxido de carbono (das células
respiratória, relaxamento muscular e outros efeitos antagônicos aos para os pulmões).
da adrenalina. - A regulação da ventilação e de outros aspectos da respiração.
x Em geral, a estimulação do hipotálamo posterior aumenta São exemplos de doenças do sistema respiratórias a DPOC
a pressão arterial e a frequência cardíaca, enquanto que a estimulação GRHQoD SXOPRQDU REVWUXWLYD FU{QLFD TXH QHOD LQFOXL R HQ¿VHPD
da área pré-óptica, na porção anterior do hipotálamo, acarreta efeitos pulmonar e a bronquite crônica; embolia pulmonar; síndrome do
opostos, determinando notável diminuição da frequência cardíaca e desconforto respiratório agudo (SDRA); edema agudo de pulmão
da pressão arterial. Esses efeitos são transmitidos através dos centros ($3 SQHXPRQLD LQIHFo}HV LQVX¿FLrQFLD UHVSLUDWyULD DJXGD
de controle cardiovascular da porção inferior do tronco cerebral, e (IRA); dentre outras.
daí passam a ser transmitidos através do sistema nervoso autônomo. A inspiração, que promove a entrada de ar nos pulmões, dá-se
SHODFRQWUDomRGDPXVFXODWXUDGRGLDIUDJPDHGRVP~VFXORVLQWHU-
Sistema Respiratório costais. O diafragma abaixa e as costelas elevam-se, promovendo
O corpo depende de um suprimento constante de oxigênio, que o aumento da caixa torácica, com consequente redução da pressão
é disponibilizado para o sangue pelo sistema respiratório, que com- interna (em relação à externa), forçando o ar a entrar nos pulmões. A
preende as cavidades nasais, faringe, laringe, traquéia e os pulmões. expiração, que promove a saída de ar dos pulmões, dá-se pelo rela-
A passagem do ar para dentro e para fora dos pulmões é deno- [DPHQWRGDPXVFXODWXUDGRGLDIUDJPDHGRVP~VFXORVLQWHUFRVWDLV
minada respiração. Durante a inspiração, o ar entra através do na- O diafragma eleva-se e as costelas abaixam, o que diminui o volume
riz chegando até os pulmões. Estes se expandem para preencher a da caixa torácica, com conseqüente aumento da pressão interna, for-
cavidade torácica, o sangue que circula nos pulmões é oxigenado. çando o ar a sair dos pulmões.
'XUDQWHDH[SLUDomRRVP~VFXORVGRSHLWRUHOD[DPOLEHUDQGRRDU
dos pulmões, o ar exalado carrega com ele gás carbônico. Cinética do movimento inspiratório com elevação das costelas
$IUHTXrQFLDUHVSLUDWyULDQRUPDOHPUHSRXVRPHGLGDSHORQ~- e abaixamento do diafragma.
PHURGHUHVSLUDo}HVSRUPLQXWRpGHDHPDGXOWRVGHD O transporte de gás oxigênio está a cargo da hemoglobina,
HPFULDQoDVHGHDHPEHErV
proteína presente nas hemácias. Cada molécula de hemoglobina
As emergências envolvendo o sistema respiratório incluem a
FRPELQDVH FRP PROpFXODV GH JiV R[LJrQLR IRUPDQGR D R[L
REVWUXomRDV¿[LDGL¿FXOGDGHSDUDUHVSLUDUHSDUDGDUHVSLUDWyULD
hemoglobina. Nos alvéolos pulmonares o gás oxigênio do ar
difunde-se para os capilares sangüíneos e penetra nas hemácias,
onde se combina com a hemoglobina, enquanto o gás carbônico
(CO2) é liberado para o ar. Nos tecidos ocorrem um processo in-
verso: o gás oxigênio dissocia-se da hemoglobina e difunde-se pelo
líquido tissular, atingindo as células.
(PUHSRXVRDIUHTXrQFLDUHVSLUDWyULD)5pGDRUGHPGHDWp
movimentos por minuto. A respiração é controlada automaticamen-
te por um centro nervoso localizado no bulbo. Desse centro partem
RV QHUYRV UHVSRQViYHLV SHOD FRQWUDomR GRV P~VFXORV UHVSLUDWyULRV
GLDIUDJPDHP~VFXORVLQWHUFRVWDLV
Os sinais nervosos são transmitidos desse centro através da co-
OXQD HVSLQKDO SDUD RV P~VFXORV GD UHVSLUDomR 2 PDLV LPSRUWDQWH
P~VFXORGDUHVSLUDomRRGLDIUDJPDUHFHEHRVVLQDLVUHVSLUDWyULRV
através de um nervo especial, o nervo frênico, que deixa a medula
espinhal na metade superior do pescoço e dirige-se para baixo, atra-
vés do tórax até o diafragma.
$UHVSLUDomRpRLQWHUFkPELRGHJDVHVHQWUHXPRUJDQLVPRHR 2V VLQDLV SDUD RV P~VFXORV H[SLUDWyULRV HVSHFLDOPHQWH RV
PHLRQRTXDOHVVHRUJDQLVPRYLYH0DLVHVSHFL¿FDPHQWHWUDWDVHGD P~VFXORV DEGRPLQDLV VmR WUDQVPLWLGRV SDUD D SRUomR EDL[D GD
absorção de oxigênio, sua utilização nos tecidos e a eliminação de PHGXODHVSLQKDOSDUDRVQHUYRVHVSLQKDLVTXHLQHUYDPRVP~VFXORV
dióxido de carbono pelo organismo. Existem algumas ocasiões em que a concentração de oxigênio
Para o diagnóstico e o tratamento da maioria das doenças respi- nos alvéolos cai a valores muito baixos. Isso ocorre especialmente
UDWyULDVpQHFHVViULRFRPSUHHQGHURVSULQFtSLRVGD¿VLRORJLDUHVSL- em locais de grande altitude ou quando uma pessoa contrai pneumo-
ratória e das trocas gasosas. Algumas doenças respiratórias resultam nia, por exemplo.
de ventilação inadequada, ao passo que outras resultam de anorma-
lidades na difusão através da membrana pulmonar ou no transporte PULMÕES
de gases dos pulmões para os tecidos.
Podemos dividir a respiração em quatro grandes eventos, do Os pulmões são órgãos essenciais na respiração. São duas vís-
ponto de vista funcional: ceras situadas uma de cada lado, no interior do tórax e onde se dá
- A ventilação pulmonar, que é a remoção cíclica do gás alveo- o encontro do ar atmosférico com o sangue circulante, ocorrendo
lar pelo ar atmosférico. então, as trocas gasosas (HEMATOSE). Eles estendem-se do dia-
- A difusão do oxigênio e do dióxido de carbono entre os alvéo- fragma até um pouco acima das clavículas e estão justapostos às
los e o sangue. costelas.
Didatismo e Conhecimento 85
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
O pulmão direito é o mais espesso e mais largo que o esquerdo. Ele também é um pouco mais curto pois o diafragma é mais alto no lado
direito para acomodar o fígado. O pulmão esquerdo tem uma concavidade que é a incisura cardíaca.
&DGDSXOPmRWrPXPDIRUPDTXHOHPEUDXPDSLUkPLGHFRPXPiSLFHXPDEDVHWUrVERUGDVHWUrVIDFHV
Ápice do Pulmão: Está voltado cranialmente e tem forma levemente arredondada. Apresenta um sulco percorrido pela artéria subclávia,
denominado sulco da artéria subclávia. No corpo, o ápice do pulmão atinge o nível da articulação esterno-clavicular.
Base do Pulmão: A base do pulmão apresenta uma forma côncava, apoiando-se sobre a face superior do diafragma. A concavidade da base
do pulmão direito é mais profunda que a do esquerdo (devido à presença do fígado).
Margens do Pulmão: Os pulmões apresentam três margens: uma anterior, uma posterior e uma inferior. A borda anterior é delgada e
estende-se à face ventral do coração. A borda anterior do pulmão esquerdo apresenta uma incisura produzida pelo coração, a incisura cardíaca. A
ERUGDSRVWHULRUpURPEDHSURMHWDVHQDVXSHUItFLHSRVWHULRUGDFDYLGDGHWRUiFLFD$ERUGDLQIHULRUDSUHVHQWDGXDVSRUo}HVXPDTXHpGHOJDGD
e projeta-se no recesso costofrênico e (2) outra que é mais arredondada e projeta-se no mediastino.
3HVR2VSXOP}HVWHPHPPpGLDRSHVRGHJUDPDV
$OWXUD2VSXOP}HVWHPHPPpGLDDDOWXUDGHFHQWtPHWURV
Faces: O pulmão apresenta três faces:
a) Face Costal (face lateral): é a face relativamente lisa e convexa, voltada para a superfície interna da cavidade torácica.
E)DFH'LDIUDJPiWLFDIDFHLQIHULRUpDIDFHF{QFDYDTXHDVVHQWDVREUHDF~SXODGLDIUDJPiWLFD
c) Face Mediastínica (face medial): é a face que possui uma região côncava onde se acomoda o coração. Dorsalmente encontra-se a região
denominada hilo ou raiz do pulmão. Pulmonar.
Pulmão Direito
/RER6XSHULRUDSLFDODQWHULRUHSRVWHULRU
/RER0pGLRPHGLDOHODWHUDO
/RER,QIHULRUDSLFDOVXSHULRUEDVDODQWHULRUEDVDOSRVWHULRUEDVDOPHGLDOHEDVDOODWHUDO
Pulmão Esquerdo
/RER6XSHULRU$SLFRSRVWHULRUDQWHULRUOLQJXODUVXSHULRUHOLQJXODULQIHULRU
/RER,QIHULRUDSLFDOVXSHULRUEDVDODQWHULRUEDVDOSRVWHULRUEDVDOPHGLDOHEDVDOODWHUDO
),6,2/2*,$'$5(63,5$d2
Ventilação pulmonar
$LQVSLUDomRTXHSURPRYHDHQWUDGDGHDUQRVSXOP}HVGiVHSHODFRQWUDomRGDPXVFXODWXUDGRGLDIUDJPDHGRVP~VFXORVLQWHUFRVWDLV2
diafragma abaixa e as costelas elevam-se, promovendo o aumento da caixa torácica, com consequente redução da pressão interna (em relação
à externa), forçando o ar a entrar nos pulmões.
Didatismo e Conhecimento 86
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
FDGDVHJXQGRVXPLPSXOVRQHUYRVRTXHHVWLPXODDFRQWUDomRGD
musculatura torácica e do diafragma, fazendo-nos inspirar. O CR é
capaz de aumentar e de diminuir tanto a frequência como a ampli-
tude dos movimentos respiratórios, pois possui quimiorreceptores
que são bastante sensíveis ao pH do plasma. Essa capacidade permi-
te que os tecidos recebam a quantidade de oxigênio que necessitam,
além de remover adequadamente o gás carbônico. Quando o sangue
torna-se mais ácido devido ao aumento do gás carbônico, o centro
respiratório induz a aceleração dos movimentos respiratórios. Dessa
forma, tanto a frequência quanto a amplitude da respiração tornam-
-se aumentadas devido à excitação do CR.
Em situação contrária, com a depressão do CR, ocorre diminui-
ção da frequência e amplitude respiratórias.
A respiração é ainda o principal mecanismo de controle do pH
do sangue.
Didatismo e Conhecimento 87
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
A capacidade e os volumes respiratórios
2VLVWHPDUHVSLUDWyULRKXPDQRFRPSRUWDXPYROXPHWRWDOGHDSUR[LPDGDPHQWHOLWURVGHDU±DFDSDFLGDGHSXOPRQDUWRWDO'HVVHYROXPH
apenas meio litro é renovado em cada respiração tranqüila, de repouso. Esse volume renovado é o volume corrente.
6HQR¿QDOGHXPDLQVSLUDomRIRUoDGDH[HFXWDUPRVXPDH[SLUDomRIRUoDGDFRQVHJXLUHPRVUHWLUDUGRVSXOP}HVXPDTXDQWLGDGHGHDSUR[L-
PDGDPHQWHOLWURVGHDURTXHFRUUHVSRQGHjFDSDFLGDGHYLWDOHpGHQWURGHVHXVOLPLWHVTXHDUHVSLUDoão pode acontecer.
0HVPRQR¿QDOGHXPDH[SLUDomRIRUoDGDUHVWDQDVYLDVDpUHDVFHUFDGHOLWURGHDURYROXPHUHVLGXDO
1XQFDVHFRQVHJXHHQFKHURVSXOP}HVFRPDUFRPSOHWDPHQWHUHQRYDGRMiTXHPHVPRQR¿QDOGHXPDH[SLUDomRIRUoDGDRYROXPHUHVLGXDO
permanece no sistema respiratório. A ventilação pulmonar, portanto, dilui esse ar residual no ar renovado, colocado em seu interior
O volume de ar renovado por minuto (ou volume-minuto respiratório) é obtido pelo produto da frequência respiratória (FR) pelo volume
FRUUHQWH9&905 )5[9&
Sistema Digestório
O trato digestório e os órgãos anexos constituem o sistema digestório. O trato digestório é um tubo oco que se estende da cavidade bucal
DRkQXVVHQGRWDPEpPFKDPDGRGHFDQDODOLPHQWDURXWUDWRJDVWULQWHVWLQDO$VHVWUXWXUDVGRWUDWRGLJHVWyULRLQFOXHPERFDIDULQJHHV{IDJR
HVW{PDJRLQWHVWLQRGHOJDGRLQWHVWLQRJURVVRUHWRHkQXV
2FRPSULPHQWRGRWUDWRJDVWULQWHVWLQDOPHGLGRQRFDGiYHUpGHFHUFDGHP1DSHVVRDYLYDpPHQRUSRUTXHRVP~VFXORVDRORQJRGDV
paredes dos órgãos do trato gastrintestinal mantém o tônus.
2VyUJmRVGLJHVWyULRDFHVVyULRVVmRRVGHQWHVDOtQJXDDVJOkQGXODVVDOLYDUHVRItJDGRYHVtFXODELOLDUHRSkQFUHDV2VGHQWHVDX[LOLDP
no rompimento físico do alimento e a língua auxilia na mastigação e na deglutição. Os outros órgãos digestórios acessórios, nunca entram em
contato direto com o alimento. Produzem ou armazenam secreções que passam para o trato gastrintestinal e auxiliam na decomposição química
do alimento.
2WUDWRJDVWURLQWHVWLQDOpXPWXERORQJRHVLQXRVRGHDPHWURVGHFRPSULPHQWRGHVGHDH[WUHPLGDGHFHIiOLFDFDYLGDGHRUDODWpD
caudal (kQXV.
FUNÇÕES
1- 'HVWLQDVHDRDSURYHLWDPHQWRSHORRUJDQLVPRGHVXEVWkQFLDVHVWUDQKDVGLWDVDOLPHQWDUHVTXHDVVHJXUDPDPDQXWHQomRGHVHXVSUR-
cessos vitais.
2- 7UDQVIRUPDomRPHFkQLFDHTXtPLFDGDVPDFURPyOpFXODVDOLPHQWDUHVLQJHULGDVSURWHtQDVFDUERKLGUDWRVHWFHPPROpFXODVGHWDPD-
nhos e formas adequadas para serem absorvidas pelo intestino.
3- Transporte de alimentos digeridos, água e sais minerais da luz intestinal para os capilares sangüíneos da mucosa do intestino.
4- Eliminação de resíduos alimentares não digeridos e não absorvidos juntamente com restos de células descamadas da parte do trato
JDVWURLQWHVWLQDOHVXEVWkQFLDVVHFUHWDGDVQDOX]GRLQWHVWLQR
Didatismo e Conhecimento 88
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
Órgãos Anexos: A porção seguinte do intestino grosso é o cólon, segmento que
*/È81'8/$66$/9$5(6VmRUHSUHVHQWDGDVSRUSDUHV VHSURORQJDGRFHFRDWpRkQXV
que são as parótidas, submandibulares e sublinguais. Cólon Ascendente - Cólon Transverso - Cólon Descendente -
*/Æ1'8/$63$5Ï7,'$6DPDLRUGDVWUrVHVLWXDVHQD Cólon Sigmóide
parte lateral da face, abaixo e adiante do pavilhão da orelha. Irrigada Colo Ascendente – é a segunda parte do intestino grosso. Passa
por ramos da artéria carótida externa. Inervada pelo nervo auriculo- para cima do lado direito do abdome a partir do ceco para o lobo
temporal, glossofaríngeo e facial. GLUHLWRGRItJDGRRQGHVHFXUYDSDUDDHVTXHUGDQDÀH[XUDGLUHLWDGR
*/Æ1'8/$6 68%0$1',%8/$5(6 p DUUHGRQGDGD H FRORÀH[XUDKHSiWLFD
VLWXDVHQRWULkQJXORVXEPDQGLEXODUeLUULJDGDSRUUDPRVGDDUWpULD Colo Transverso – é a parte mais larga e mais móvel do intesti-
IDFLDOHOLQJXDO2VQHUYRVVHFUHWRPRWRUHVGHULYDPGH¿EUDVSDUDV- QRJURVVR(OHFUX]DRDEGRPHDSDUWLUGDÀH[XUDGLUHLWDGRFRORDWpD
VLPSiWLFDVFUDQLDLVGRIDFLDODV¿EUDVVLPSiWLFDVSURYrPGRJkQJOLR ÀH[XUDHVTXHUGDGRFRORRQGHFXUYDVHLQIHULRUPHQWHSDUDWRUQDUVH
cervical superior. FROR GHVFHQGHQWH$ ÀH[XUD HVTXHUGD GR FROR ÀH[XUD HVSOrQLFD
*/Æ1'8/$668%/,1*8$,6pDPHQRUGDVWUrVHORFDOL- normalmente mais superior, mais aguda e menos móvel do que a
za-se abaixo da mucosa do assoalho da boca. É irrigada pelas arté- ÀH[XUDGLUHLWDGRFROR
rias sublinguais e submentonianas. Os nervos derivam de maneira &ROR'HVFHQGHQWH±SDVVDUHWURSHULWRQHDOPHQWHDSDUWLUGDÀH-
LGrQWLFDDRVGDJOkQGXODVXEPDQGLEXODU xura esquerda do colo para a fossa ilíaca esquerda, onde ele é contí-
)Ë*$'22ItJDGRpDPDLRUJOkQGXODGRRUJDQLVPRHpWDP- nuo com o colo sigmóide.
bém a mais volumosa víscera abdominal. Sua localização é na re- Colo Sigmóide – é caracterizado pela sua alça em forma de “S”,
JLmRVXSHULRUGRDEG{PHQORJRDEDL[RGRGLDIUDJPD¿FDQGRPDLV de comprimento variável. O colo sigmóide une o colo descendente
DGLUHLWDLVWRpQRUPDOPHQWHGHVHXYROXPHHVWmRDGLUHLWDGD DRUHWR$WHUPLQDomRGDVWrQLDVGRFRORDSUR[LPDGDPHQWHDFP
OLQKDPHGLDQDHjHVTXHUGD3HVDFHUFDGHJHUHVSRQGHSRU GRkQXVLQGLFDDMXQomRUHWRVLJPyLGH
DSUR[LPDGDPHQWHGRSHVRGRFRUSRDGXOWR O reto recebe este nome por ser quase retilíneo. Este segmento
3Æ1&5($6 2 SkQFUHDV SURGX] DWUDYpV GH XPD VHFUHomR GRLQWHVWLQRJURVVRWHUPLQDDRSHUIXUDURGLDIUDJPDGDSHOYHP~V-
exócrina o suco pancreático que entra no duodeno através dos duc- FXORVOHYDQWDGRUHVGRkQXVSDVVDQGRDVHFKDPDUGHFDQDODQDO
tos pancreáticos, uma secreção endócrina produz glucagon e insu-
2FDQDODQDODSHVDUGHEDVWDQWHFXUWRFHQWtPHWURVGHFRPSUL-
OLQD TXH HQWUDP QR VDQJXH 2 SkQFUHDV SURGX] GLDULDPHQWH
mento) é importante por apresentar algumas formações essenciais
±POGHVXFRSDQFUHático.
SDUD R IXQFLRQDPHQWR LQWHVWLQDO GDV TXDLV FLWDPRV RV HV¿QFWHUHV
anais.
,17(67,12*52662
O esfíncter anal interno é o mais profundo, e resulta de um es-
SHVVDPHQWRGH¿EUDVPXVFXODUHVOLVDVFLUFXODUHVVHQGRFRQVHTHQ-
O intestino grosso pode ser comparado com uma ferradura,
WHPHQWHLQYROXQWiULR2HVItQFWHUDQDOH[WHUQRpFRQVWLWXtGRSRU¿-
DEHUWDSDUDEDL[RPHGHFHUFDGHFHQWtPHWURVGHGLkPHWURH
PHWURVGHFRPSULPHQWR(OHVHHVWHQGHGRtOHRDWpRkQXVHHVWi¿[R bras musculares estriadas que se dispõem circularmente em torno do
à parede posterior do abdômen pelo mesecolo. esfíncter anal interno, sendo este voluntário. Ambos os esfíncteres
O intestino grosso absorve a água com tanta rapidez que, em devem relaxar antes que a defecação possa ocorrer.
FHUFDGHKRUDVRPDWHULDODOLPHQWDUWRPDDFRQVLVWrQFLDWtSLFD
do bolo fecal. )XQo}HVGR,QWHVWLQR*URVVR
O intestino grosso apresenta algumas diferenças em relação ao
intestino delgado: o calíbre, as tênias, os haustros e os apêndices - Absorção de água e de certos eletrólitos;
epiplóicos. - Síntese de determinadas vitaminas pelas bactérias intestinais;
O intestino grosso é mais calibroso que o intestino delgado, por - Armazenagem temporária dos resíduos (fezes);
isso recebe o nome de intestino grosso. A calibre vai gradativamente - Eliminação de resíduos do corpo (defecação).
D¿QDQGRFRQIRUPHYDLFKHJDQGRQRFDQDODQDO
$VWrQLDVGRFyORQ¿WDVORQJLWXGLQDLVVmRWUrVIDL[DVGHDSUR- PERITÔNIO
[PDGDPHQWH FHQWtPHWUR GH ODUJXUD H TXH SHUFRUUHP R LQWHVWLQR
grosso em toda sua extensão. São mais evidentes no ceco e no cólon O peritônio é a mais extensa membrana serosa do corpo. A parte
ascendente. que reveste a parede abdominal é denominada peritônio parietal e a
Os haustros do cólon (saculações) são abaulamentos ampulares TXHVHUHÀHWHVREUHDVYtVFHUDVFRQVWLWXLRSHULW{QLRYLVFHUDO2HV-
separados por sulcos transversais. paço entre os folhetos parietal e visceral do peritônio é denominada
Os apêndices epiplóicos são pequenos pingentes amarelados cavidade peritoneal.
constituídos por tecido conjuntivo rico em gordura. Aparecem prin- Determinadas vísceras abdominais são completamente envol-
cipalmente no cólon sigmóide. YLGDVSRUSHULW{QLRHVXVSHQVDVQDSDUHGHSRUXPDGHOJDGDOkPLQD
2LQWHVWLQRJURVVRpGLYLGLGRHPSDUWHVSULQFLSDLVFHFRFH- ¿QDGHWHFLGRFRQMXQWLYRUHYHVWLGDSHODVHURVDFRQWHQGRRVYDVRV
cum), cólon (ascendente, transverso, descendente e sigmóide), reto sangüíneos. A estas pregas é dado o nome geral de mesentério.
HkQXV Os mesentérios são: o mesentério propriamente dito, o meso-
A primeira é o ceco, segmento de maior calibre, que se comu- cólon transverso e o mesocólon sigmóide. Em adição a estes, estão
QLFDFRPRtOHR3DUDLPSHGLURUHÀX[RGRPDWHULDOSURYHQLHQWHGR presentes, algumas vezes, um mesocólon ascendente e um descen-
intestino delgado, existe uma válvula localizada na junção do íleo dente.
com o ceco - válvula ileocecal (iliocólica). No fundo do ceco, en- O mesentério propriamente dito – tem origem nas estruturas
contramos o Apêndice Vermiforme. ventrais da coluna vertebral e mantém suspenso o intestino delgado.
Didatismo e Conhecimento 89
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
O mesocólon transverso – prende o cólon transverso à parede O néfron é formado por dois componentes principais:
posterior do abdome.
O mesocólon sigmóide – mantém o cólon sigmóide em cone- &RUS~VFXOR5HQDO
xão com a parede pélvica. &iSVXOD*ORPHUXODUGH%RZPDQ
O mesocólon ascendente e descendente – ligam o cólon ascen- *ORPpUXOR±UHGHGHFDSLODUHVVDQJtQHRVHQRYHODGRVGHQWUR
dente a descendente à parede posterior do abdome. da cápsula glomerular
O peritônio apresenta dois omentos: o maior e o menor.
O omento maior é um delgado avental que pende sobre o cólon 7~EXOR5HQDO
transverso e as alças do intestino delgado. Está inserido ao longo 7~EXORFRQWRUFLGRSUR[LPDO
da curvatura maior do estômago e da primeira porção do duodeno. - Alça do Néfron (de Henle);
O omento menor estende-se da curvatura menor do estômago e da 7~EXORFRQWRUFLGRGLVWDO
porção inicial do duodeno até o fígado. 7~EXORFROHWRU.
Apêndices Epiplóicos – são pequenas bolsas de peritônio cheias
de gordura, situadas ao longo do cólon e parte superior do reto. Funções dos Rins
Os rins realizam o trabalho principal do sistema urinário, com
Sistema Urinário as outras partes do sistema atuando, principalmente, como vias de
SDVVDJHPHiUHDVGHDUPD]HQDPHQWR&RPD¿OWUDomRGRVD:=Q-
O sistema urinário é constituído pelos órgãos uropoéticos, isto gue e a formação da urina, os rins contribuem para a homeostasia
é, incumbidos de elaborar a urina e armazená-la temporariamente dos líquidos do corpo de várias maneiras. As funções dos rins in-
até a oportunidade de ser eliminada para o exterior. Na urina encon- cluem:
WUDPRViFLGR~ULFRXUHLDVyGLRSRWiVVLRELFDUERQDWRHWF - Regulação da composição iônica do sangue;
Este aparelho pode ser dividido em órgãos secretores - que pro- - Manutenção da osmolaridade do sangue;
duzem a urina - e órgãos excretores - que são encarregados de pro- - Regulação do volume sangüíneo;
cessar a drenagem da urina para fora do corpo. - Regulação da pressão arterial;
- Regulação do pH do sangue;
Os órgãos urinários compreendem os rins (2), que produzem
- Liberação de hormônios;
a urina, os ureteres (2) ou ductos, que transportam a urina para a
- Regulação do nível de glicose no sangue;
EH[LJDRQGH¿FDUHWLGDSRUDOJXPWHPSRHDXUHWUDDWUDYpV
([FUHomRGHUHVtGXRVHVXEVWkQFLDVHVWUDQKDV
da qual é expelida do corpo.
Além dos rins, as estruturas restantes do sistema urinário fun-
*OkQGXODV6XSUDUHQDLV
cionam como um encanamento constituindo as vias do trato uriná-
$VJOkQGXODVVXSUDUHQDLVDGUHQDLVHVWmRORFDOL]DGDVHQWUHDV
ULR(VVDVHVWUXWXUDV±XUHWHUHVEH[LJDHXUHWUD±QmRPRGL¿FDPD
IDFHVVXSHURPHGLDLVGRVULQVHRGLDIUDJPD&DGDJOkQGXODVXSUD-
urina ao longo do caminho, ao contrário, elas armazenam e condu- UHQDOHQYROYLGDSRUXPDFiSVXOD¿EURVDHXPFR[LPGHJRUGXUD
zem a urina do rim para o meio externo. possui duas partes: o córtex e a medula supra-renal, ambas produ-
zindo diferentes hormônios.
RIM O córtex secreta hormônios essenciais à vida, enquanto que os
hormônios medulares não são essenciais para a vida. A medula da
Os rins são órgãos pares, em forma de grão de feijão, localiza- supra-renal pode ser removida, sem causar efeitos que comprome-
dos logo acima da cintura, entre o peritônio e a parede posterior do tem a vida.
abdome. Sua coloração é vermelho-parda. A medula supra-renal secreta dois hormônios: epinefrina (adre-
Os rins estão situados de cada lado da coluna vertebral, por dian- nalina) e norepinefrina. Já o córtex supra-renal secreta os esteróides.
te da região superior da parede posterior do abdome, estendendo-se
HQWUHDFRVWHODHRSURFHVVRWUDQVYHUVRGDYpUWHEUDORPEDU6mR Sistema Nervoso
descritos como órgãos retroperiotoneais, por estarem posicionados
por trás do peritônio da cavidade abdominal. O sistema nervoso é responsável por controlar a maioria das
Os rins são recobertos pelo peritônio e circundados por uma funções de um organismo, coordenando e regulando as atividades
massa de gordura e de tecido areolar frouxo. Cada rim tem cerca de corporais. O neurônio é a unidade funcional deste sistema.
FPGHFRPSULPHQWRDFPGHODUJXUDHXPSRXFRPDLV Neurônio
TXHFPGHHVSHVVXUD2HVTXHUGRpXPSRXFRPDLVFRPSULGRH Os neurônios comunicam-se através de sinapses; por eles pro-
mais estreito do que o direito. O peso do rim do homem adulto varia pagam-se os impulsos nervosos.
HQWUHDJQDPXOKHUDGXOWDHQWUHDJ2ULPGLUHLWR O neurônio é a unidade funcional do sistema nervoso formado
normalmente situa-se ligeiramente abaixo do rim esquerdo devido por: dendrito, corpo celular e axônio. A transmissão ocorre apenas
ao grande tamanho do lobo direito do fígado. no sentido do dendrito ao axônio.
Os dendritosVmRSURORQJDPHQWRVJHUDOPHQWHPXLWRUDPL¿FDGRV
Néfrons e que atuam como receptores de estímulos, funcionando portanto,
como “antenas” para o neurônio.
O néfron é a unidade morfofuncional ou a unidade produtora de Os axônios são prolongamentos longos que atuam como condu-
XULQDGRULP&DGDULPFRQWpPFHUFDGHPLOKmRGHQpIURQV WRUHVGRVLPSXOVRVQHUYRVRV2VD[{QLRVSRGHPVHUDPL¿FDUHHVVDV
A forma do néfron é peculiar, inconfundível, e admiravelmente UDPL¿FDo}HVVmRFKDPDGDVGHcolaterais. Todos os axônios têm um
adequada para sua função de produzir urina. início (cone de implantação), um meio (o axônio propriamente dito)
Didatismo e Conhecimento 90
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
H XP ¿P WHUPLQDO D[RQDO RX ERWmR WHUPLQDO 2 WHUPLQDO D[RQDO Cerebelo
é o local onde o axônio entra em contato com outros neurônios e/ O cerebelo é responsável pelo controle motor. A organização
ou outras células e passa a informação (impulso nervoso) para eles. básica do cerebelo é praticamente a mesma em todos os vertebra-
A região de passagem do impulso nervoso de um neurônio para a GRVGLIHULQGRDSHQDVQRQ~PHURGHFpOXODVHJUDXGHHQUXJDPHQWR
célula adjacente chama-se sinapse. Às vezes os axônios têm muitas Pesquisas recentes sugerem que a principal função do cerebelo seja
UDPL¿FDo}HV HP VXDV UHJL}HV WHUPLQDLV H FDGD UDPL¿FDomR IRUPD a coordenação sensorial e não só o controle motor.
XPDVLQDSVHFRPRXWURVGHQGULWRVRXFRUSRVFHOXODUHV(VWDVUDPL¿-
cações são chamadas coletivamente de arborização terminal. Funções:
Os corpos celulares dos neurônios são geralmente encontrados x Movimento
em áreas restritas do sistema nervoso, que formam o Sistema Ner- x Equilíbrio
YRVR&HQWUDO61&RXQRVJkQJOLRVQHUYRVRVORFDOL]DGRVSUy[LPR x Postura
da coluna vertebral. x Tônus muscular
Do sistema nervoso central partem os prolongamentos dos neu-
Tronco Encefálico
rônios, formando feixes chamados nervos, que constituem o Siste-
Funções:
ma Nervoso Periférico (SNP).
x Respiração
O axônio está envolvido por um dos tipos celulares se- x Ritmo dos batimentos cardíacos
guintes: célula de Schwann (encontrada apenas no SNP)ou x Pressão Arterial
oligodendrócito(encontrado apenas no SNC) Em muitos axônios,
esses tipos celulares determinam a formação da bainha de mielina Mesencéfalo
- invólucro principalmente lipídico (também possui como consti-
tuinte a chamada proteína básica da mielina) que atua como isolante Funções:
térmico e facilita a transmissão do impulso nervoso. Em axônios x Visão
mielinizados existem regiões de descontinuidade da bainha de mie- x Audição
lina, que acarretam a existência de uma constrição (estrangulamen- x Movimento dos Olhos
to) denominada nódulo de Ranvier. No caso dos axônios mieliniza- x Movimento do corpo
dos envolvidos pelas células de Schwann, a parte celular da bainha
GHPLHOLQDRQGHHVWmRRFLWRSODVPDHRQ~FOHRGHVWDFpOXODFRQVWLWXL Ponte
o chamado neurilema. A função da ponte é transmitir as informações da medula e do
Sistema nervoso central - divide-se em encéfalo e medula. O bulbo até o córtex cerebral. Faz conexão com centros hierarquica-
encéfalo corresponde ao telencéfalo (hemisférios cerebrais), diencé- mente superiores.
falo (tálamo e hipotálamo), cerebelo, e tronco cefálico, que se divide O córtex sensorial coordena os estímulos vindos de várias par-
em: BULBO, situado caudalmente; MESENCÉFALO, situado cra- tes do sistema nervoso. O córtex motor é responsável pelas ações
nialmente; e PONTE, situada entre ambos. voluntárias e o córtex de associação está relacionado com o armaze-
namento da memória.
Medula espinhal
A medula espinhal é o centro dos DUFRVUHÀH[RV. Encontra-se Principais divisões do Sistema Nervoso Periférico
organizada em segmentos (região cervical, lombar, sacral, caudal, O SNP pode ser divido em voluntário e autônomo.
raiz dorsal e ventral). É uma estrutura subordinada ao cérebro, po-
rem pode agir independente dele. Sistema Nervoso Voluntário
Está relacionado com os movimentos voluntários. Os neurônios
levam a informação do SNC aos P~VFXORVHVTXHOpWLFRV, inervando-
Cérebro
-os diretamente. Pode haver movimentos involuntários.
O cérebro está relacionado com a maioria das funções:
Córtex Cerebral Sistema Nervoso Autônomo
(VWi UHODFLRQDGR FRP RV PRYLPHQWRV LQYROXQWiULRV GRV P~V-
Funções: culos como não-estriado e estriado cardíaco, sistema endócrino e
x Pensamento respiratório.
x Movimento voluntário É divido em simpático e parassimpático. Eles têm função
x Linguagem antagônica sobre o outro. São controlados pelo SNC, principalmente
x Julgamento pelo hipotálamo e atuam por meio da adrenalina e da acetilcolina. O
x Percepção mediador químico do SNA simpático é a acetilcolina e a adrenalina,
enquanto do parassimpático é apenas a acetilconlina.
O encéfalo dos mamíferos é dividido em: telencéfalo (cérebro), Os DWRV UHÀH[RV são reações involuntárias que envolvem
diencéfalo (tálamo e hipotálamo), mesencéfalo (teto), metencéfalo impulsos nervosos, percorrendo um caminho chamDGRDUFRUHÀH[R
(ponte e cerebelo) e mielencéfalo (bulbo). 8PH[HPSORPXLWRFRQKHFLGRGHDUFRUHÀH[RpRUHÀH[RSD-
telar. O tendão do joelho é o órgão receptor do estímulo. Quando
Bulbo ou medula oblonga UHFHEHRHVWtPXORH[XPDSDQFDGDRVGHQGULWRVGRVQHXU{QLRV¿-
O bulbo tem a função relacionada com a respiração e é consi- cam excitados. O impulso é transmitido aos neurônios associativos
GHUDGRXPFHQWURYLWDO7DPEpPHVWiUHODFLRQDGRFRPRVUHÀH[RV por meio de sinapses, que por sua vez transmitem o impulso aos
cardiovasculares e transmissão de informações sensoriais e motoras. neurônios motores.
Didatismo e Conhecimento 91
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
2VQHXU{QLRVDVVRFLDWLYRVOHYDPDLQIRUPDomRDRHQFpIDORHRVQHXU{QLRVPRWRUHVH[FLWDPRVP~VFXORVGDFR[DID]HQGRFRPTXHDSHUQD
se movimente.
1R61&H[LVWHPDVFKDPDGDVVXEVWkQFLDVFLQ]HQWDHEUDQFD$VXEVWkQFLDFLQ]HQWDpIRUPDGDSHORVFRUSRVGRVQHXU{QLRVHDEUDQFDSRU
VHXVSURORQJDPHQWRV&RPH[FHomRGREXOERHGDPHGXODDVXEVWkQFLDFLQ]HQWDRFRUUHPDLVH[WHUQDPHQWHHDVXEVWkQFLDEUDQFDPDLVLQWHU-
namente.
Os órgãos do SNC são protegidos por estruturas esqueléticas (caixa craniana, protegendo o encéfalo; e coluna vertebral, protegendo a
medula - também denominada raque) e por membranas denominadas meninges, situadas sob a proteção esquelética: dura-máter (a externa),
aracnóide (a do meio) e pia-máter (a interna). Entre as meninges aracnóide e pia-máter há um espaço preenchido por um líquido denominado
líquido cefalorraquidiano ou líquor.
O impulso nervoso
O telencéfalo compreende uma parte mediana, da qual se envagina duas porções laterais, as vesículas telencefálicas laterais. A parte media-
na é fechada anteriormente por uma lamina que constitui a porção mais cranial do sistema nervoso e se denomina lamina terminal. As vesículas
telencéfalicas laterais crescem muito para formar os hemisférios cerebrais e escondem quase completamente a parte mediana e o diencéfalo.
O diencéfalo apresenta quatro pequenos divertículos: dois laterais, as vesículas ópticas, que formam a retina; um dorsal, que forma a
JOkQGXODSLQHDOHXPYHQWUDORLQIXQGtEXORTXHIRUPDDQHXURKLSy¿VH
Cavidade do tubo neuralDOX]GRWXERQHXUDOSHUPDQHFHQRVLVWHPDQHUYRVRGRDGXOWRVRIUHQGRHPDOJXPDVSDUWHVYDULDVPRGL¿FDo}HV
A luz da medula primitiva forma, no adulto, o canal central da medula. A cavidade dilatada do rombencéfalo forma o IV ventrículo. A cavidade
do diencéfalo e a da parte mediana do telencéfalo forma o III ventrículo.
A luz do mesencéfalo permanece estreita e constitui o aqueduto cerebral que une o III ao IV ventrículo. A luz das vesículas telencéfalicas
laterais forma, de cada lado, os ventrículos laterais, unidos ao III ventrículo pelos dois forames interventriculares. Todas as cavidades são
revestidas por um epitélio cuboidal denominado epêndima e, com exceção do canal central da medula, contêm um liquido cérebro-espinhal,
ou líquor.
FlexurasGXUDQWHRGHVHQYROYLPHQWRGDVGLYHUVDVSDUWHVGRDUTXHQFpIDORDSDUHFHPÀH[XUDVRXFXUYDWXUDVQRVHXWHWRRXDVVRDOKRGHYLGDV
SULQFLSDOPHQWHDULWPRVGHFUHVFLPHQWRGLIHUHQWHV$SULPHLUDÀH[XUDDDSDUHFHUpDÀH[XUDFHIiOLFDTXHVXUJHQDUHJLmRHQWUHRPHVHQFpIDOR
HRSURVHQFpIDOR/RJRVXUJHHQWUHDPHGXODSULPLWLYDHRDUTXHQFpIDORXPDVHJXQGDÀH[XUDGHQRPLQDÀH[XUDFHUYLFDO(ODpGHWHUPLQDGD
SRUXPDÀH[mRYHQWUDOGHWRGDDFDEHoDGRHPEULmRQDUHJLmRGRIXWXURSHVFRoR)LQDOPHQWHDSDUHFHXPDWHUFHLUDÀH[XUDGHGLUHomRFRQWUDULD
DVGXDVSULPHLUDVQRSRQWRGHXQLmRHQWUHRPHWDHRPLHOHQFpIDORDÀH[XUDSRQWLQD&RPRGHVHQYROYLPHQWRDVGXDVÀH[XUDVFDXGDLVVH
GHVID]HPHSUDWLFDPHQWHGHVDSDUHFHP(QWUHWDQWRDÀH[XUDFHIiOLFDSHUPDQHFHGHWHUPLQDGRQRHQFpIDORGRKRPHPDGXOWRXPkQJXORHQWUH
o cérebro, derivando do prosencéfalo, e o resto do neuro-eixo.
Didatismo e Conhecimento 92
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
Divisão do sistema nervoso com base em critérios anatômicos +LSy¿VH
e funcionais
$KLSyWHVHpXPDSHTXHQDJOkQGXODXPFRUSRRYyLGHFRPWD-
PDQKRVHPHOKDQWHGHXPDHUYLOKDWDPEpPFRQKHFLGDFRPRJOkQ-
dula pituitária. Tem coloração cinza-avermelhado, medindo cerca
GHPPGHGLkPHWURWUDQVYHUVRHPPGHGLkPHWURDQWHURSRVWH-
ULRUHSHVDQGRDSUR[LPDGDPHQWHPJ$KLSy¿VHHVWiORFDOL]DGD
abaixo do hipotálamo, posteriormente ao quiasma óptico, em uma
depressão em forma de sela do osso esfenóide, denominada fossa
KLSR¿ViULDeFREHUWDVXSHULRUPHQWHSHORGLDIUDJPDGDVHODFLU-
FXODUGDGXUDPiWHU$KLSy¿VHHVWi¿[DGDjVXSHUItFLHLQIHULRUGR
hipotálamo, por uma curta haste denominada infundíbulo. Ela pos-
VXLGXDVSDUWHVXPDDQWHULRUDDGHQRKLSy¿VHHRXWUDSRVWHULRUD
QHXURKLSy¿VH$KLSy¿VHVHFUHWDRLWRKRUP{QLRVHSRUWDQWRDIHWD
quase todas as funções do corpo.
$GHQRKLSy¿VH
$SDUWHDQWHULRUGDKLSy¿VHDDGHQRKLSy¿VHpFRPSRVWDGH
tecido epitelial glandular e é altamente vascular e constituída de
células epiteliais de tamanho e forma variados, dispostas em cor-
dões ou folículos irregulares. Sintetiza e libera pelo menos oito
hormônios importantes:
- Somatotropina (STH), envolvida no controle do crescimento
SISTEMA ENDÓCRINO do corpo;
- Mamotropina (LTH), que estimula o crescimento e a secre-
2VLVWHPDQHUYRVRHDVJOkQGXODVHQGyFULQDVVmRRVGRLVSULQ- ção da mama feminina;
cipais mecanismos de comunicação e coordenação do corpo hu- - Adrenocorticotropina (ACTH), que controla a secreção de
PDQR (OHV UHJXODP TXDVH WRGRV RV VLVWHPDV RUJkQLFRV (PERUD DOJXQVKRUP{QLRVFRUWLFDLVGDJOkQGXODVXSUDUHQDO
o sistema nervoso e o sistema endócrino trabalham intimamente 7LURWURSLQD76+TXHHVWLPXODDDWLYLGDGHGDJOkQGXODWL-
associados, eles possuem várias diferenças. reóide;
O sistema nervoso comunica-se através de sinais elétricos - Hormônio estimulador do folículo (FSH), que estimula o
chamados impulsos nervosos, que transmitem a informação crescimento e a secreção de estrógenos nos folículos ováricos e a
rapidamente e, geralmente, realizam efeitos de curta duração. espermatogênese nos testículos;
No sistema endócrino, ao contrário, a comunicação se faz por - Hormônio das células intersticiais (ICSH), que ativa a secre-
VLQDLV TXtPLFRV DWUDYpV GH VXEVWkQFLDV FKDPDGDV KRUP{QLRV 2 ção de andrógenos através do testículo;
sistema endócrino responde mais lentamente e normalmente causa - Hormônio Luteinizante (LH), que induz a secreção de pro-
efeitos mais duradouros. JHVWHURQDSHORFRUSRO~WHR
2VLVWHPDHQGyFULQRpIRUPDGRSRUJOkQGXODVHQGyFULQDVTXH - Hormônio estimulador de melanócitos (MSH), que aumenta
produzem hormônios e estão amplamente distribuídas pelo cor- DSLJPHQWDomRFXWkQHD
SR$VJOkQGXODVHQGyFULQDVVmRJOkQGXODVVHPGXFWRVLVWRpHODV
secretam hormônios diretamente no interior de capilares (sanguí-
1HXURKLSy¿VH
neos).
2ORERSRVWHULRUGDKLSy¿VHpXPDHYDJLQDomRGHVFHQGHQWHGR
O sistema endócrino produz seus efeitos por meio da secreção
de hormônios. Os hormônios são mensageiros químicos que in- DVVRDOKRGRGLHQFpIDOR$SRUomRSRVWHULRUGDKLSy¿VHpFRPSRVWD
ÀXHQFLDPRXFRQWURODPDVDWLYLGDGHVGHRXWURVWHFLGRVRXyUJmRV SRUWHFLGRQHUYRVRHSRUWDQWRpFKDPDGDGHQHXURKLSy¿VH6LQWH-
A maioria dos hormônios é transportada pelo sangue a outras par- tiza dois hormônios:
tes do corpo, exercendo efeitos em tecidos mais distantes. - Vasopressina (ADH), antidiurético, que controla a absorção
$VSULQFLSDLVJOkQGXODVHQGyFULQDVVmR GHiJXDDWUDYpVGRW~EXORVUHQDLV
±+LSy¿VH 2FLWRFLQDTXHSURPRYHDFRQWUDomRGRP~VFXORQmRHVWULDGR
±*OkQGXOD7LUHyLGH GR~WHURHGDPDPD
±*OkQGXODV3DUDWLUHyLGHV
±*OkQGXODV6XSUDUHQDLV 2VGRLVKRUP{QLRVGDQHXURKLSy¿VHVmRSURGX]LGRVQRKLSR-
±3kQFUHDV WiODPRHWUDQVSRUWDGRVQRLQWHULRUGRLQIXQGtEXORKDVWHKLSR¿Vi-
±*{QDGDV2YiULRVH7HVWtFXORV ULDHDUPD]HQDGRVQDJOkQGXODDWpVHUHPXWLOL]DGRV2VLPSXOVRV
±7LPR nervosos para o hipotálamo estimulam a liberação dos hormônios
±*OkQGXOD3LQHDO GDQHXURKLSy¿VH
Didatismo e Conhecimento 93
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
*OkQGXOD7LUHyLGH Córtex Supra-renal
Didatismo e Conhecimento 94
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
Ação do glucagon: esse hormônio aumenta a glicose sanguínea O timo situa-se na parte superior da cavidade torácica, poste-
GHGXDVPDQHLUDVHVWLPXODQGRDFRQYHUVmRGHJOLFRJrQLRHPJOL- riormente ao esterno e das quatro cartilagens costais superiores, in-
cose no fígado; 2) estimulando a conversão de proteínas em glicose. IHULRUPHQWHjJOkQGXODWLUHyLGH(DQWHULRUPHQWHDRSHULFiUGLRDUFR
da aorta e seus ramos. Sendo mais preciso, o timo localiza-se nos
*{QDGDV2YiULRVH7HVWtFXORV mediastinos superior e inferior anterior, estendendo-se inferiormen-
WHDWpDTXDUWDFDUWLODJHPFRVWDOFRPVXDVSDUWHVVXSHULRUHVD¿ODQ-
$VJ{QDGDVVmRJOkQGXODVVH[XDLVTXHFRQVWLWXHPQRVRYiULRV do-se em direção ao pescoço e, algumas vezes, alcançando os pólos
(mulheres) e testículos (homens). Essas gônadas, além de produzi- LQIHULRUHVGDJOkQGXODWLUHRLGH
rem os gametas (óvulos e espermatozóides), também secretam hor- 2WLPRWHPDIXQomRGHSURGX]LUGLYHUVDVVXEVWkQFLDVLQFOXVLYH
mônios, que serão descritos abaixo. hormônios) que regulam a produção de linfócitos, a diferenciação e
DVDWLYLGDGHVQRWLPR(VVDVVXEVWkQFLDVLQFOXHPTXDWURSROLSHSWt-
Ovários: existem dois ovários localizados um de cada lado da deos principais quimicamente bem distribuídos: timulina, timopoe-
cavidade pélvica. tina, timosina alfa I e timosina beta IV.
A timulina é produzida dentro do timo e precisa da presença
Os ovários produzem dois hormônios sexuais femininos: o
de zinco para a atividade funcional (reage exclusivamente com as
estrógeno e a progesterona. Esses hormônios participam do desen-
FpOXODV7$WLPRSRHWLQDLQWHQVL¿FDGLYHUVDVIXQo}HVGDFpOXOD7$
volvimento e do funcionamento dos órgãos genitais femininos e da
timulina e a timopoetina agem sistematicamente para dar regulação
expressão das características sexuais femininas, sendo que tais ca-
imune perfeitamente ajustadas das células T, auxiliando a manuten-
racterísticas desenvolvem-se principalmente em resposta ao estró- ção do equilíbrio entre as atividades de seus diferentes subconjuntos.
geno. Elas incluem: As atividades da timosina alfa I e beta IV não são bem claras. Sabe-
- Desenvolvimento das mamas; -se que as timosinas promovem maturação dos linfócitos no interior
- Distribuição da gordura nos quadris, coxas e mamas; do timo e também estimulam o desenvolvimento e a atividade dos
'LVWULEXLomRGHSHORVHPiUHDVHVSHFt¿FDVGRFRUSR linfócitos no desempenho de suas funções linfáticas por todo corpo.
- Maturação de órgãos genitais;
)HFKDPHQWRGDVFDUWLODJHQVHSL¿VLDLVGRVRVVRVORQJRV &RUSR*OkQGXOD3LQHDO
Tanto o estrógeno como a progesterona são controlados por
hormônios de liberação no hipotálamo, e pelas gonadotropinas da 2FRUSRSLQHDORXHSt¿VHGRFpUHEURpXPSHTXHQRyUJmRSLUL-
DGHQRKLSy¿VH forme, cinza-avermelhado, que ocupa uma depressão entre os co-
lículos superiores. Está inferiormente ao esplênio do corpo caloso,
Testículos: estão localizados dentro do escroto separado deste pela tela corióidea do terceiro ventrículo. O corpo
O principal hormônio secretado pelos testículos é a testostero- PHGHDSUR[LPDGDPHQWHPPGHFRPSULPHQWR6XDEDVHHVWiSUHVD
na, um esteróide produzido por suas células intersticiais. O estímulo SRUXPSHG~QFXORTXHVHGLYLGHHPOkPLQDVLQIHULRUHVXSHULRUVH-
para secreção da testosterona é o hormônio luteinizante (LH), pro- paradas pelo recesso pineal do terceiro ventrículo. E contendo, res-
YHQLHQWHGDDGHQRKLSy¿VH SHFWLYDPHQWHDVFRPLVVXUDVHSLWDOkPLFDVHGDKDErQXOD
A testosterona auxilia na maturação dos espermatozóides e é O corpo pineal contém cordões e folículos de pinealócitos e cé-
responsável pelas características sexuais masculinas, tais como: OXODVGDQHXURJOLDHQWUHDVTXDLVVHUDPL¿FDPPXLWRVYDVRVVDQJXt-
- Crescimento e desenvolvimento dos órgãos genitais neos e nervos. Septos se estendem até o corpo a partir da pia-máter
masculinos; adjacente.
- Crescimento musculoesquelético; 2FRUSRSLQHDOPRGL¿FDDDWLYLGDGHGDDGHQRKLSy¿VHQHXURKL-
- Crescimento e distribuição dos pêlos; Sy¿VHSkQFUHDVHQGyFULQRSDUDWLUHyLGHVFyUWH[HPHGXODGDJOkQ-
- Aumento da laringe, acompanhado por alterações da voz. dula supra-renal e gônadas. As secreções pineais podem alcançar
suas células-alvo via líquido cérebro-espinal ou através da corrente
A secreção da testosterona é controlada por hormônios de libe-
sanguínea.
ração produzidos no hipotálamo, e pelos hormônios luteinizantes da
$JOkQGXODSLQHDOVHFUHWDDPHODWRQLQDXPKRUP{QLRTXHDOWHUD
DGHQRKLSy¿VH
RFLFORUHSURGXWLYRLQÀXHQFLDQGRDVHFUHomRGHKRUP{QLRVGHOLEH-
ração do hipotálamo. Acredita-se também que a melatonina esteja
Timo relacionada com ciclo sono/vigília, possuindo um efeito tranqüili-
zante. Ela tem sido chamada de “relógio biológico do corpo”, con-
O timo possui determinadas funções secretoras hormonais e lin- trolando a maioria dos biorritmos.
fáticas (produzindo linfócitos T). Ele varia de tamanho e atividade,
GHSHQGHQGRGDLGDGHGRHQoDHGRHVWDGR¿VLROyJLFRPDVSHUPDQH- OUTROS HORMÔNIOS
FHDWLYRPHVPRQDLGDGHDYDQoDGD$RQDVFLPHQWRSHVDFHUFDGH
DJFUHVFHQGRDWpDSXEHUGDGHTXDQGRHOHSHVDGHDJPRX +RUP{QLRV$VVRFLDGRVD6LVWHPD2UJkQLFRV(VSHFt¿FRV
seja, apresenta-se muito maior na criança do que no adulto, sendo
TXHDSyVDSXEHUGDGHDJOkQGXODLQYROXLRXVHWRUQDPHQRUVHQGR Esses hormônios normalmente controlam as atividades de um
substituído por tecido conjuntivo a adiposo. No início da vida, ele é yUJmR HVSHFt¿FR 3RU H[HPSOR FpOXODV SURGXWRUDV GH KRUP{QLRV
GHFRUFLQ]DUy]HRPROHH¿QDPHQWHOREXODGRFRQVWLWXtGRHPGRLV presentes no trato digestório secretam colecistoquinina, gastrina e
lobos piramidais iguais, unidos por tecido conectivo frouxo. Após a secretina. Esses hormônios ajudam a regular a digestão. Os rins se-
meia idade, o timo torna-se amarelado devido à sua gradual substi- cretam eritropoietina, que auxilia a regular a produção de glóbulos
tuição por tecido adiposo. vermelhos do sangue.
Didatismo e Conhecimento 95
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
Prostaglandinas
5HVXPRGDV*OkQGXODV(QGyFULQDVH+RUP{QLRV
*OkQGXOD
Hormônio Tecidos/Órgãos Alvo Ação Principal do Hormônio
Endócrina
Hormônio do
Promove crescimento de todos os tecidos
FUHVFLPHQWR*+ Ossos e tecidos moles
(somatopropina)
Estimula a produção de leite
Prolactina (PRL) *OkQGXODVPDPiULDV
(VWLPXODDSURGXomRGH7H7
Tireoestimulante *OkQGXODWLUHyLGH
(TSH e Tireotropina)
$GHQRKLSy¿VH Estimula a secreção de hormônios do córtex
Adrenocorticotrópico Córtex da supra-renal
da supra-renal, principalmente o cortisol
(ACTH)
Estimula o desenvolvimento dos óvulos/
*RQDGRWUR¿QDV Ovários e testículos
espermatozóides e estrógeno nas mulheres
- Folículo-estimulante
(FSH)
Provoca a ovulação; estimula secreção
de progesterona na mulher e testosterona nos
Ovários e testículos
homens
- Luteinizante (LH)
Didatismo e Conhecimento 96
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
Diversos tecidos,
*OkQGXOD
Epinefrina (em pequena especialmente coração e Estimula na elevação dos níveis de glicose e
Supra-renal
TXDQWLGDGHDQRUH¿QHIULQD vasos sanguíneos participa da resposta ao estresse.
Medula
Timo Linfócitos T
Timosina Estimula a maturação dos linfócitos T
*OkQGXOD
Diversos tecidos Auxilia a ajustar o biorritmo e controla o
Pineal Melatonina
sono
Legislação do Esporte
Dispõe sobre incentivos e benefícios para fomentar as atividades de caráter desportivo e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO I
DOS INCENTIVOS AO DESPORTO
$UW$SDUWLUGRDQRFDOHQGiULRGHHDWpRDQRFDOHQGiULRGHLQFOXVLYHSRGHUmRVHUGHGX]LGRVGRLPSRVWRGHUHQGDGHYLGRapura-
do na Declaração de Ajuste Anual pelas pessoas físicas ou em cada período de apuração, trimestral ou anual, pela pessoa jurídica tributada com
base no lucro real os valores despendidos a título de patrocínio ou doação, no apoio direto a projetos desportivos e paradesportivos previamente
aprovados pelo Ministério do Esporte.
Didatismo e Conhecimento 97
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
$V GHGXo}HV GH TXH WUDWD R FDSXW GHVWH DUWLJR ¿FDP II - doação:
limitadas: DDWUDQVIHUrQFLDJUDWXLWDHPFDUiWHUGH¿QLWLYRDRSURSRQHQWH
,UHODWLYDPHQWHjSHVVRDMXUtGLFDDXPSRUFHQWRGRLP- de que trata o inciso V do caput deste artigo de numerário, bens ou
posto devido, observado o disposto no GR$UWGD/HLQo serviços para a realização de projetos desportivos e paradesportivos,
GHGHGH]HPEURGH, em cada período de apuração; desde que não empregados em publicidade, ainda que para divulga-
,,UHODWLYDPHQWHjSHVVRDItVLFDDVHLVSRUFHQWRGRLP- ção das atividades objeto do respectivo projeto;
posto devido na Declaração de Ajuste Anual, conjuntamente com as b) a distribuição gratuita de ingressos para eventos de caráter
deduções de que trata o art. 22 da Lei noGHGHGH]HPEUR desportivo e paradesportivo por pessoa jurídica a empregados e seus
GH. dependentes legais ou a integrantes de comunidades de vulnerabili-
§ 2º As pessoas jurídicas não poderão deduzir os valores de dade social;
TXHWUDWDRFDSXWGHVWHDUWLJRSDUD¿QVGHGHWHUPLQDomRGROXFURUHDO III - patrocinador: a pessoa física ou jurídica, contribuinte do
e da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido imposto de renda, que apóie projetos aprovados pelo Ministério do
- CSLL. Esporte nos termos do inciso I do caput deste artigo;
2V EHQHItFLRV GH TXH WUDWD HVWH DUWLJR QmR H[FOXHP RX IV - doador: a pessoa física ou jurídica, contribuinte do imposto
UHGX]HPRXWURVEHQHItFLRV¿VFDLVHGHGXo}HVHPYLJRU de renda, que apóie projetos aprovados pelo Ministério do Esporte
1mRVmRGHGXWtYHLVRVYDORUHVGHVWLQDGRVDSDWURFtQLRRX nos termos do inciso II do caput deste artigo;
GRDomRHPIDYRUGHSURMHWRVTXHEHQH¿FLHPGLUHWDRXLQGLUHWDPHQWH 9SURSRQHQWHDSHVVRDMXUtGLFDGHGLUHLWRS~EOLFRRXGHGL-
pessoa física ou jurídica vinculada ao doador ou patrocinador. UHLWRSULYDGRFRP¿QVQmRHFRQ{PLFRVGHQDWXUH]DHVSRUWLYDTXH
&RQVLGHUDPVHYLQFXODGRVDRSDWURFLQDGRURXDRGRDGRU tenha projetos aprovados nos termos desta Lei.
I - a pessoa jurídica da qual o patrocinador ou o doador seja ti-
tular, administrador, gerente, acionista ou sócio, na data da operação $UW$DYDOLDomRHDDSURYDomRGRHQTXDGUDPHQWRGRVSURMH-
RXQRVGR]HPHVHVDQWHULRUHV WRVDSUHVHQWDGRVQDIRUPDSUHYLVWDQR$UWGHVWD/HLFDEHPDXPD
,,RF{QMXJHRVSDUHQWHVDWpRWHUFHLURJUDXLQFOXVLYHRVD¿QV Comissão Técnica vinculada ao Ministério do Esporte, garantindo-
e os dependentes do patrocinador, do doador ou dos titulares, ad- -se a participação de representantes governamentais, designados
ministradores, acionistas ou sócios de pessoa jurídica vinculada ao pelo Ministro do Esporte, e representantes do setor desportivo, indi-
patrocinador ou ao doador, nos termos do inciso I deste parágrafo; cados pelo Conselho Nacional de Esporte.
III - a pessoa jurídica coligada, controladora ou controlada, ou 3DUiJUDIR~QLFR$FRPSRVLomRDRUJDQL]DomRHRIXQFLRQD-
que tenha como titulares, administradores acionistas ou sócios algu- PHQWRGDFRPLVVmRVHUmRHVWLSXODGRVHGH¿QLGRVHPUHJXODPHQWR
ma das pessoas a que se refere o inciso II deste parágrafo.
Art. 2º Os projetos desportivos e paradesportivos, em cujo fa- $UW2VSURMHWRVGHVSRUWLYRVHSDUDGHVSRUWLYRVGHTXHWUD-
vor serão captados e direcionados os recursos oriundos dos incenti- WD R$UW GHVWD /HL VHUmR VXEPHWLGRV DR 0LQLVWpULR GR (VSRUWH
vos previstos nesta Lei, atenderão a pelo menos uma das seguintes acompanhados da documentação estabelecida em regulamento e de
PDQLIHVWDo}HVQRVWHUPRVHFRQGLo}HVGH¿QLGDVHPUHJXODPHQWR orçamento analítico.
I - desporto educacional; $DSURYDomRGRVSURMHWRVGHTXHWUDWDRFDSXWGHVWHDUWLJR
II - desporto de participação; VRPHQWH WHUi H¿FiFLD DSyV D SXEOLFDomR GH DWR R¿FLDO FRQWHQGR
III - desporto de rendimento. o título do projeto aprovado, a instituição responsável, o valor
3RGHUmR UHFHEHU RV UHFXUVRV RULXQGRV GRV LQFHQWLYRV autorizado para captação e o prazo de validade da autorização.
previstos nesta Lei os projetos desportivos destinados a promover § 2º Os projetos aprovados e executados com recursos desta
a inclusão social por meio do esporte, preferencialmente em Lei serão acompanhados e avaliados pelo Ministério do Esporte.
comunidades de vulnerabilidade social.
§ 2º É vedada a utilização dos recursos oriundos dos incentivos CAPÍTULO II
previstos nesta Lei para o pagamento de remuneração de atletas DISPOSIÇÕES GERAIS
SUR¿VVLRQDLVQRVWHUPRVGDLei noGHGHPDUoRGH,
em qualquer modalidade desportiva. $UW $ GLYXOJDomR GDV DWLYLGDGHV EHQV RX VHUYLoRV UHVXO-
2SURSRQHQWHQmRSRGHUiFDSWDUSDUDFDGDSURMHWRHQWUH WDQWHV GRV SURMHWRV GHVSRUWLYRV H SDUDGHVSRUWLYRV ¿QDQFLDGRV QRV
patrocínio e doação, valor superior ao aprovado pelo Ministério do termos desta Lei mencionará o apoio institucional, com inserção da
Esporte, na forma do $UWGHVWD/HL Bandeira Nacional, nos termos da Lei noGHo de setembro
GH.
$UW3DUD¿QVGRGLVSRVWRQHVWD/HLFRQVLGHUDVH
I - patrocínio: $UW$SUHVWDomRGHFRQWDVGRVSURMHWRVEHQH¿FLDGRVSHORV
DDWUDQVIHUrQFLDJUDWXLWDHPFDUiWHUGH¿QLWLYRDRSURSRQHQWH LQFHQWLYRV SUHYLVWRV QHVWD /HL ¿FD D FDUJR GR SURSRQHQWH H VHUi
de que trata o inciso V do caput deste artigo de numerário para a apresentada ao Ministério do Esporte, na forma estabelecida pelo
UHDOL]DomRGHSURMHWRVGHVSRUWLYRVHSDUDGHVSRUWLYRVFRP¿QDOLGDGH regulamento.
promocional e institucional de publicidade;
b) a cobertura de gastos ou a utilização de bens, móveis ou imó- $UW20LQLVWpULRGR(VSRUWHLQIRUPDUij6HFUHWDULDGD5H-
veis, do patrocinador, sem transferência de domínio, para a realiza- FHLWD)HGHUDODWpR~OWLPRGLD~WLOGRPrVGHPDUoRRVYDORUHVFRU-
ção de projetos desportivos e paradesportivos pelo proponente de respondentes a doação ou patrocínio, destinados ao apoio direto a
que trata o inciso V do caput deste artigo; projetos desportivos e paradesportivos, no ano-calendário anterior.
Didatismo e Conhecimento 98
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
3DUiJUDIR~QLFR$VLQIRUPDo}HVGHTXHWUDWDHVWHDUWLJRVHUmR $UW%$GLYXOJDomRGDVDWLYLGDGHVEHQVRXVHUYLoRVUH-
prestadas na forma e condições a serem estabelecidas pela Secre- sultantes de projetos desportivos e paradesportivos, culturais e de
taria da Receita Federal. SURGXomR DXGLRYLVXDO H DUWtVWLFD ¿QDQFLDGRV FRP UHFXUVRV S~EOL-
cos mencionará o apoio institucional com a inserção da Bandeira
$UW&RPSHWHj6HFUHWDULDGD5HFHLWD)HGHUDOQRkPELWRGH Nacional, nos termos da Lei noGHoGHVHWHPEURGH.
VXDVDWULEXLo}HVD¿VFDOL]DomRGRVLQFHQWLYRVSUHYLVWRVQHVWD/HL $UW&6HPSUHMXt]RGRGLVSRVWRQRDUWGD&RQVWLWXL-
ção Federal, os Ministérios da Cultura e do Esporte encaminharão
$UW&RQVWLWXHPLQIUDomRDRVGLVSRVLWLYRVGHVWD/HL ao Congresso Nacional relatórios detalhados acerca da destinação
I - o recebimento pelo patrocinador ou doador de qualquer e regular aplicação dos recursos provenientes das deduções e be-
YDQWDJHP¿QDQFHLUDRXPDWHULDOHPGHFRUUrQFLDGRSDWURFtQLRRX QHItFLRV¿VFDLVSUHYLVWRVQDV/HLVQosGHGHGH]HPEURGH
da doação que com base nela efetuar; HGHGHGH]HPEURGHSDUD¿QVGHDFRP-
II - agir o patrocinador, o doador ou o proponente com dolo, SDQKDPHQWRH¿VFDOL]DomRRUoDPHQWiULDGDVRSHUDo}HVUHDOL]DGDV
fraude ou simulação para utilizar incentivo nela previsto; $UW(VWD/HLHQWUDHPYLJRUQDGDWDGHVXDSXEOLFDomR
,,,GHVYLDUSDUD¿QDOLGDGHGLYHUVDGD¿[DGDQRVUHVSHFWLYRV %UDVtOLDGHGH]HPEURGHo da Independência
projetos dos recursos, bens, valores ou benefícios com base nela HoGD5HS~EOLFD
obtidos;
IV - adiar, antecipar ou cancelar, sem justa causa, atividade LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
GHVSRUWLYDEHQH¿FLDGDSHORVLQFHQWLYRVQHODSUHYLVWRV Orlando Silva de Jesus Júnior
V - o descumprimento de qualquer das suas disposições ou
das estabelecidas em sua regulamentação. - LEGISLAÇÃO ESTADUAL
Didatismo e Conhecimento 99
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Técnico Desportivo
$UW)LFDFULDGRR)XQGRGH,QFHQWLYRDR(VSRUWHH/D]HUGR IV - os controles necessários à execução orçamentária do Fun-
Estado do Espírito Santo, doravante denominado PRÓ-ESPORTE, do;
que será regido pelas normas estabelecidas nesta Lei e pelo seu re- V - as prestações de contas ao grupo coordenador;
gulamento. VI - a forma de liquidação e a destinação a ser dada ao patrimô-
nio do Fundo na hipótese de sua liquidação ou extinção.
$UW&RQVWLWXLUmRUHFXUVRVGR35Ï(63257(
I - dotação consignada no orçamento anual do Estado do Espí- $UW&RPRyUJmRJHVWRUGR35Ï(63257(FRPSHWHj6(6-
rito Santo; PORT:
II - doações, auxílios e transferências de entidades nacionais, I - cumprir e zelar pelo cumprimento do Regulamento do Fun-
internacionais, governamentais e não governamentais; do;
,,,HPSUpVWLPRVHRXWUDVFRQWULEXLo}HV¿QDQFHLUDVGHHQWLGD- II - estabelecer normas e critérios gerais que devem ser atendi-
des nacionais e internacionais; dos pelos programas, projetos e ações passíveis de serem custeados
IV - recursos de transferências negociadas e não onerosas, junto com recursos do Fundo;
a organismos nacionais e internacionais de apoio e fomento; ,,,RUJDQL]DURFURQRJUDPD¿QDQFHLURGHUHFHLWDHGHVSHVDGR
V - recursos oriundos da amortização, correção, juros e multas Fundo e acompanhar sua execução;
GRV¿QDQFLDPHQWRVHIHWXDGRVSHORSUySULR)XQGR IV - conduzir o processo de seleção dos projetos inscritos nos
VI - recursos patrimoniais; editais de incentivo ao esporte;
VII - outros recursos, créditos e rendas adicionais ou extraordi- V - apreciar e deliberar sobre a criação e condições operacio-
nárias que, por sua natureza, lhe possam ser destinadas. QDLVGHOLQKDVGH¿QDQFLDPHQWR
VI - analisar e decidir sobre o mérito de projetos que busquem
$UW2VUHFXUVRVGR35Ï(63257(VHUmRDSOLFDGRVHPFRQ- ¿QDQFLDPHQWRV GLVSRQLELOL]DGRV FRP UHFXUVRV GR )XQGR MXQWR DR
VRQkQFLDFRPRGLVSRVWRQRDUWLJRGHVWD/HLHFRPRVSULQFtSLRV DJHQWH¿QDQFHLURUHFRPHQGDQGRRVRXQmR
da preservação da integridade patrimonial do Fundo e da maximiza- VII - acompanhar e avaliar, por meio de relatórios periódicos,
ção dos resultados e da cooperação sob os aspectos esportivo, social, DVRSHUDo}HVGH¿QDQFLDPHQWRFRPULVFRRSHUDFLRQDOGDLQVWLWXLomR
DPELHQWDOHHFRQ{PLFRWHQGRDLQGDDVVHJXLQWHV¿QDOLGDGHV ¿QDQFHLUD
I - o treinamento e a participação de atletas e equipes esportivas VIII - responsabilizar-se pelo acompanhamento do cronograma
em competições; físico dos projetos que receberam recursos do Fundo, exceto para a
II - a criação de prêmios, inclusive em espécie, para reconheci- PRGDOLGDGH UHHPEROViYHO FRP ULVFR GD LQVWLWXLomR ¿QDQFHLUD TXH
mento de boas práticas do esporte e do lazer no Estado; será responsável pelo procedimento;
III - a concessão de Bolsa-Atleta destinada a atletas praticantes IX - deliberar sobre a elaboração dos editais;
do desporto de rendimento, em todas as suas formas de expressão. X - editar instruções normativas e resolutivas;
XI - avaliar e aprovar a criação de subcontas para melhor con-
$UW1DDSOLFDomRGRVUHFXUVRVGR35Ï(63257(D6(6- trole e acompanhamento dos recursos do Fundo;
3257REVHUYDGRVRVSUD]RVGH¿QLGRVHPUHJXODPHQWRSXEOLFDUi XII - outras ações e iniciativas que lhe sejam cometidas pelo
anualmente, um ou mais editais de incentivo ao esporte e ao lazer, Regulamento do Fundo.
FXMRVEHQH¿FLiULRVVHUmRDVSHVVRDVItVLFDVHMXUtGLFDVGHGLUHLWRSUL-
YDGRFRPRXVHP¿QVOXFUDWLYRVGHFDUiWHUHVWULWDPHQWHHVSRUWLYR $UW 2 yUJmR FRQVXOWLYR GR 35Ï(63257( p R *UXSR
6HUmRGH¿QLGRVSHORVHGLWDLVGHLQFHQWLYRDRHVSRUWH Coordenador, a quem competirá:
I - os requisitos e as condições de inscrição de projetos candida- I - estabelecer as diretrizes e as prioridades para a aplicação dos
WRVjREWHQomRGHDSRLR¿QDQFHLURGR)XQGR recursos do Fundo;
II - as hipóteses de vedação à participação no processo seletivo; II - orientar e aprovar a captação e a aplicação dos recursos do
III - os critérios para a seleção e a aprovação dos projetos ins- Fundo;
critos; III - propor normas e procedimentos visando à melhoria opera-
,9RXWUDVGHWHUPLQDo}HVTXHVH¿]HUHPQHFHVViULDV cional do Fundo;
§ 2º A SESPORT designará, na forma do regulamento, um ou IV - acompanhar e propor , quando necessário, ajustes na regu-
mais especialistas de notório saber da sociedade civil para atuação lamentação do Fundo;
nos processos de análise, seleção e julgamento de mérito dos projetos V - analisar as propostas de programação orçamentárias anuais
inscritos, no termos dos editais de incentivo ao esporte. do Fundo;
VI - acompanhar a aplicação dos recursos do Fundo;
$UW2VUHFXUVRVGR)XQGRVHUmRDSOLFDGRVPHGLDQWHSUHPLD- VII - avaliar as atividades desenvolvidas e os resultados obtidos
ção, acordos, contratos, termos de compromisso, convênios, ajustes, com a aplicação dos recursos do Fundo, consubstanciados em rela-
protocolos e patrocínios. tórios, no que concerne ao cumprimento das diretrizes e prioridades
estabelecidas.
$UW235Ï(63257(VHUiDGPLQLVWUDGRSHOD6(63257D
TXHPFRPSHWHHODERUDUR5HJXODPHQWRGHVWD/HLQRSUD]RGHDWp $UW&RPS}HR*UXSR&RRUGHQDGRUGR35Ï(63257(XP
(noventa) dias, contados de sua publicação, no qual se disciplinará, integrante de cada um dos seguintes órgãos e entidade:
dentre outras, as seguintes matérias: I - Secretaria de Estado de Esportes e Lazer, que o presidirá;
I - a elaboração do Plano de Aplicações do Fundo; II - Secretaria de Estado de Economia e Planejamento;
II - as modalidades de aplicação dos recursos do Fundo; III - Secretaria de Estado da Fazenda;
III - as demonstrações de receita e despesas; IV - Conselho Estadual de Esportes e Lazer.
3DUiJUDIR~QLFR$VHQWLGDGHVUHIHULGDVQR³FDSXW´GHVWHDUWLJR $UW&DEHDR&RQVHOKR(VWDGXDOGH(VSRUWHVH/D]HUSHULR-
para efeito de recebimento do apoio do Programa, só poderão reali- GLFDPHQWH UDWL¿FDU RX VXVSHQGHU R EHQHItFLR PHQVDO FRQFHGLGR
zar atividades previstas no seu Estatuto. diante do recebimento de relatórios encaminhados pelas federações
correspondentes, atestando resultados e dedicação de seus atletas
$UW23RGHU([HFXWLYRSRGHUiLPSOHPHQWDUR3URJUDPD(V- EHQH¿FLiULRV
tadual de Incentivo à Realização de Competições Esportivas, atra-
vés do seu órgão competente, facultando-lhe, ainda, a realização de $UW$%ROVD$WOHWD&DSL[DEDVHUiFRQFHGLGDSHORSUD]RGH
FRQYrQLRV FRP DV DGPLQLVWUDo}HV S~EOLFDV PXQLFLSDLV H SDUFHULDV XPXPDQRFRQ¿JXUDQGRGR]HUHFHELPHQWRVPHQVDLVSRGHQ-
com a iniciativa privada, para que os objetivos contidos no artigo 2º do ser renovada por iguais períodos.
desta Lei sejam alcançados.
$UW$FRQFHVVmRGD%ROVD$WOHWD&DSL[DEDQmRJHUDTXDO-
3DUiJUDIR~QLFR9(7$'2 TXHUYtQFXORHQWUHRVDWOHWDVEHQH¿FLDGRVHDDGPLQLVWUDomRS~EOLFD
estadual.
$UW 2 FULWpULR SDUD DV FRPSHWLo}HV UHFHEHUHP R DSRLR GR
Programa deverá ser o da alternatividade das modalidades esporti- $UW$VGHVSHVDVGHFRUUHQWHVGDFRQFHVVmRGD%ROVD$WOHWD
vas e o retorno que as mesmas trarão para o Estado sob o aspecto Capixaba correrão por conta dos recursos orçamentários da Secreta-
turístico, social e econômico. ria de Estado de Esportes e Lazer.
$UW$VGHVSHVDVGHFRUUHQWHVGDDSOLFDomRGHVWD/HLFRUUHUmR $UW2VDWOHWDVEHQH¿FLDGRVSUHVWDUmRFRQWDGRVUHFXUVRV¿-
por conta de dotações orçamentárias próprias, que serão suplemen- QDQFHLURVUHFHELGRVQDIRUPDHQRVSUD]RV¿[DGRVHPUHJXODPHQWR
tadas se necessário.
$UW )LFD R 3RGHU ([HFXWLYR DXWRUL]DGR D DEULU RV FUpGLWRV
$UW9(7$'2 adicionais necessários ao cumprimento desta Lei.
$UW(VWD/HLHQWUDHPYLJRUQDGDWDGHVXDSXEOLFDomR $UW)LFDPDXWRUL]DGDVDVDOWHUDo}HVQR33$SDUDRTXDGULr-
QLRQHFHVViULDVDRFXPSULPHQWRGHVWD/HL
3DOiFLRGD)RQWH*UDQGHHP9LWyULDGHRXWXEURGH
3$8/2&(6$5+$5781**20(6 $UW(VWD/HLVHUiUHJXODPHQWDGDQRSUD]RGHDWpQRYHQ-
*RYHUQDGRUGR(VWDGR ta) dias a contar da data de sua vigência.
&RQVLGHUDo}HV$VHPSUHVDVHVWDWDLVEUDVLOHLUDVGHVGHDGpFD- Ação
GDGHSUHVWDPH[FHOHQWHDSRLRDDOJXQVHVSRUWHVSDWURFLQDQGR 2%UDVLOGHYHGHVHQYROYHUXPGLDJQyVWLFRHVSRUWLYRFRPR
suas entidades de direção nacional nas suas atividades pelo país e levantamento da infra-estrutura e dos recursos humanos, materiais e
no exterior, contribuindo para expressivos resultados esportivos das ¿QDQFHLURVGLYLGLQGRRHPGXDVSDUWHV
representações nacionais; 2(VSRUWH6RFLDODVHUDSOLFDGRQRV(VWDGRVH0XQLFtSLRV
2VSDWURFtQLRVGDVHVWDWDLVHPERUDFRQWULEXtVVHPPXLWRSDUD onde serão analisados o Esporte Educacional, o Esporte Escolar e o
alguns esportes, somente foram conseqüência de um entendimento Esporte-lazer;
das empresas com os dirigentes dos esportes patrocinados, sem ne- R(VSRUWHGH5HQGLPHQWRFRPDQiOLVHHVSHFt¿FDVREUHLQGL-
nhuma participação dos órgãos governamentais responsáveis pelo FDGRUHVGHGHVHQYROYLPHQWRGHFDGDPRGDOLGDGHHVSRUWLYDHDR¿QDO
Esporte; FODVVL¿FDQGRDVHPHVSRUWHVGHVHQYROYLGRVHVSRUWHVHPGHVHQYROYL-
$VHPSUHVDVS~EOLFDVHVWDGXDLVSRXFRFRQWULEXtUDPSDUDR(V- mento e esportes não- desenvolvidos.
porte nos Estados;
Planos, Projetos Plurianuais e Talentos Esportivos
Ações
$VHPSUHVDVHVWDWDLVEUDVLOHLUDVGHYHPFRQWLQXDUDSRLDQGRR Considerações
Esporte brasileiro, aumentando as dotações publicitárias neste sen- 2VJUDQGHVUHVXOWDGRVQDVSULQFLSDLVFRPSHWLo}HVGHDOWRUHQ-
tido; dimento são sempre conseqüências de Planos de Expectativa bem
2. O Ministério do Esporte e Turismo (MET), coordenador do IRUPXODGRVDFUHVFLGRVGHXPDERDSROtWLFDGHLGHQWL¿FDomRHGHVHQ-
esporte brasileiro como questão de Estado, deve participar do pro- volvimento de talentos;
cesso decisório da seleção da distribuição das dotações publicitárias $H[SHFWDWLYDHVSRUWLYDLQWHUQDFLRQDOHEUDVLOHLUDFDVRGRYROHL-
das empresas estatais brasileiras, inclusive, apresentando um plano bol masculino) evidenciam que os Planos de Expectativa no esporte
de distribuição, de acordo com o Plano de Desenvolvimento do Es- de rendimento devem compreender um período de oito anos.
porte Brasileiro; Ações
$V HPSUHVDV HVWDWDLV HVWDGXDLV GHYHP DGHULU DR SDWURFtQLR 2&RPLWr2OtPSLFR%UDVLOHLURGHYHUiFRQWLQXDUSODQHMDQGRRV
GR (VSRUWH QRV kPELWRV HVWDGXDLV DUWLFXODQGR VXDV Do}HV FRP DV esportes dos Jogos Olímpicos com planos de expectativa plurianuais
secretarias estaduais responsáveis pelo Esporte; FRPREMHWLYRVHPHWDVEHPGH¿QLGRV
2. O Comitê Paraolímpico Brasileiro deverá planejar os esportes
O Problema Doping dos Jogos Paraolímpicos com planos de expectativa plurianuais com
REMHWLYRVHPHWDVEHPGH¿QLGRV
Considerações $V HQWLGDGHV GH GLUHomR QDFLRQDO UHVSRQViYHLV SRU HVSRUWHV
2GRSLQJpDWXDOPHQWHFRQVLGHUDGRRJUDQGH³ÀDJHOR´GR(V- não-olímpicos e não-paraolímpicos também deverão elaborar os pla-
porte, pois a “ciência do doping” cresce as vezes mais que a “ciência nos de expectativa plurianuais;
contra o doping”; $VHQWLGDGHVHVSRUWLYDVGHGLUHomRQDFLRQDOGHYHUmRQRVOLPL-
$LPDJHPGRVSDtVHVHGRVDWOHWDV¿FDLUUHYHUVLYHOPHQWHPDQ- tes do regime democrático brasileiro que consagra o direito de ir e vir,
chada quando são constatados casos de doping em competições in- criar e desenvolver um programa de talentos esportivos que permita
ternacionais; ao Brasil chegar ao maior nível em todas as modalidades da cultura
1R%UDVLODOHJLVODomRVREUHGRSLQJHVWiFRPSOHWDPHQWHXO- HVSRUWLYDQDFLRQDOHQDTXHODVHPTXHRSDtVVH¿]HUSUHVHQWH
trapassada e há um consenso internacional de que esta legislação
precisa ser continuamente revista; Bingo
$SHVDUGHH[LVWLUQR%UDVLOFLHQWLVWDVGHUHQRPHLQWHUQDFLRQDO
sobre doping, o Brasil ainda não possui um controle efetivo sobre Considerações
seus atletas de equipes nacionais; 2%LQJRSHODOHJLVODomRDWXDOWHPRVHXFRQWUROHHIHWXDGRSHOD
$o}HV2&RQVHOKR1DFLRQDOGR(VSRUWHGHYHUiVHURyUJmR Caixa Econômica Federal;
que tratará da atualização da normatização contra o doping, podendo 2%LQJRWHPVLGRSDUDDOJXPDVHQWLGDGHVHDVVRFLDo}HVHVpor-
usar assessores ad-hoc entre os especialistas do assunto, e propor WLYDVGRSDtVXPFRPSOHPHQWR¿QDQFHLURTXHWHPFRQWULEXtGRGH
XPDOHJLVODomRHVSHFt¿FDSDUDHVWDTXHVWmR alguma forma para o desenvolvimento de modalidades esportivas.
*/266È5,2
Educação Física: como direito de todas as pessoas, é um pro-
FHVVRGH(GXFDomRVHMDSRUYLDVIRUPDLVRXQmRIRUPDLV4XHDR O ser humano não é biologicamente estático.
,QWHUDJLUFRPDVLQÀXrQFLDVFXOWXUDLVHQDWXUDLViJXDDUVROHWF Desde o momento da concepção até a morte, é por demais co-
nhecida a ocorrência de transformações quantitativas e qualitativas,
GHFDGDUHJLmRHLQVWDODo}HVHHTXLSDPHQWRVDUWL¿FLDLVDGHTXDGRV
quer no sentido evolu- tivo quer no involutivo. Durante as duas pri-
4XHDR8WLOL]DUDWLYLGDGHVItVLFDVQDIRUPDGHH[HUFtFLRVJL-
meiras décadas de vida, a principal atividade do organismo humano
násticos, jogos, esportes, danças, atividades de aventura, relaxa-
p³FUHVFHU´H³GHVHQYROYHUVH´IHQ{PHQRVVLPXOWkQHRVHFRQGLFLR-
mento e outras opções de lazer ativo, com propósitos educativos; nados à maior ou à menor velocidade do processo maturacional e de
4XHDR2EMHWLYDUDSUHQGL]DJHPHGHVHQYROYLPHQWRGHKDEL- sua inte- ração com indicadores do ambiente. Por conta da existência
lidades motoras de crianças, jovens, adultos e idosos, aumentando de forte interação entre o crescimento e o desenvolvimento, muitas
as suas condições pessoais para a aquisição de conhecimentos e vezes ambos os conceitos vêm sendo empregados de forma indiscri-
atitudes favoráveis para a consolidação de hábitos sistemáticos de PLQDGDFRPRPHVPRVLJQL¿FDGR7RGDYLDFUHVFLPHQWRHGHVHQ-
prática física; volvimento referem-se a pro- cessos que, embora indissociáveis e
4XHDR3URPRYHUXPDHGXFDomRHIHWLYDSDUDDVD~GHHRFX- cuja ocorrência isolada é impossível, são fenômenos diferentes que
pação saudável do tempo livre de lazer; VHPSUHGHPRQVWUDPFRUUHVSRQGrQFLDGLUHWDHQWUHVL3RUGH¿QLomR
As proteínas são estruturas formadas por aminoácidos e uma de &RQVXPRH[FHVVLYRGHSURWHtQDVFoi demonstrado que aumen-
suas principais funções é restituir as estruturas corporais, como pele e WDURFRQVXPRGHSURWHtQDGHSDUDJNJPHOKRUDRJDQKRPXV-
P~VFXOR3HODVXDIXQomRSULPRUGLDODVSURWHtQDVVmRPDLVUHFRPHQ- FXODUPDVSDVVDUGHSDUDJNJQmRWURX[HTXDOTXHUEHQHItFLR
dadas para o pós-exercício, mas diversos trabalhos vêm pesquisando com o prejuízo de diminuir proporcionalmente o consumo de CHO e
o seu papel como suplementação durante a atividade, principalmente muitas vezes engordar o atleta. Entre os possíveis prejuízos do consu-
para atividades de várias horas. Existe um mito não penas no mun- mo excessivo de proteínas estão:
do esportivo, mas em nossa sociedade, de que uma dieta boa deve - Normalmente vem acompanhado de alimentos de origem ani-
ser rica em proteínas, quando na verdade o excesso da proteína não mal, ricos em gordura saturada;
traz qualquer benefício, podendo até sobrecarregar o fígado. Embora - Maior chance de problemas hepáticos e gota;
a proteína possibilite o anabolismo, a ingestão por si só não aumenta a - Diminuição do cálcio dos ossos.
PDVVDPXVFXODU$~QLFDPDQHLUDGHKLSHUWUR¿DURP~VFXORpFRPWUHL-
namento de força. Por isso é equivocada a ideia que se tem de ingerir Água
grandes quantidades de proteína e suplementos de aminoácidos como
se isso fosse imprescindível para o aumento muscular. A perda de água é um fator limitante ao desempenho e a melhor
*HUDOPHQWHDVVLWXDo}HVTXHH[LJHPUHDOPHQWHXPDVXSOHPHQ- maneira de se monitorar esta perda é pesando o atleta antes e depois da
tação proteica são com atletas que treinam muitas horas (acima de DWLYLGDGH'HSHQGHQGRGDVLWXDomRRDWOHWDSRGHSHUGHUDWpOLWURVSRU
KRUDVRXTXHSDUWLFLSDPGHSURYDVGHYiULRVGLDVFRPRDVYROWDV hora em atividade. A porcentagem de água corporal é menor nas mu-
ciclísticas. Ambas situações de alto catabolismo. O corpo consome lheres do que nos homens, e quanto maior a porcentagem de gordura
SURWHtQDGXUDQWHRH[HUFtFLRHHVWLPDVHTXHDSyVKRUDVGHDWLYLGDGH corporal, menor será a de água. A sede só é sentida quando se perdeu
DSUR[LPDGDPHQWHGDHQHUJLDSURYHQKDGRVDPLQRiFLGRV4XDQ- GRSHVRFRUSRUDOHPiJXD1HVVDVLWXDomRRUHQGLPHQWRMiHVWi
to menor for a ingestão de CHO em exercício, maior será o uso de FRPSURPHWLGRHXPDWOHWDGHNJSUHFLVDULDLQJHULUOLWURVGHiJXD
aminoácidos. Um dos conceitos que suportam a suplementação com SDUDYROWDUDRHVWDGRGHKLGUDWDomRQRUPDO&RPSHUGDVGHDIRUoD
proteína durante a atividade longa, é que, segundo Newsholme, os pDIHWDGDHDSDUWLUGHVXUJHPDOWHUDo}HV¿VLROyJLFDVJUDYHVFRPR
DPLQRiFLGRVGHFDGHLDUDPL¿FDGDOHXFLQDYDOLQDHLVROHXFLQDVmR DSDWLDY{PLWRVQiXVHDFmLEUDVHWF$SDUWLUGHGHSHUGDDYLGD
consumidos pela musculatura exercitada e têm suas concentrações FRUUHSHULJRFRPSHUGHVHDFDSDFLGDGHGHHQJROLUHDUHSRVLomR
reduzidas. Como estes aminoácidos competem com o triptofano para GHYHVHULQWUDYHQRVD$FLPDGHRULVFRGHPRUWHpLPLQHQWH
passar a barreira hematoencefálica, a produção de serotonina (que é Se a atividade foi feita com uma hidratação satisfatória, não deve
sintetizada a partir do triptofano) seria aumentada. A serotonina age haver diferença entre o peso antes e depois do exercício. O atleta deve
no sistema nervoso central, diminuindo a disposição e dando sensação acostumar-se a beber líquidos antes, durante e depois da atividade,
de fadiga. Este tipo de fadiga (central) ocorre em provas longas como mesmo sem sentir sede. Infelizmente, ainda é prática entre alguns
triathlons e maratonas. atletas o comportamento de beber pouca ou nenhuma água durante a
A suplementação com outros aminoácidos durante a atividade atividade. No alto nível isso praticamente não existe mais, mas mes-
vem sendo estudada também, entre eles ornitina e arginina. Durante mo estes atletas apresentam alguma resistência em adotar a prática.
a atividade, a degradação do ATP e o metabolismo dos aminoácidos No esporte amador muitos têm a crença de que beber pode piorar o
produzem amônia. Estes aminoácidos favoreceriam a conversão de desempenho. A desidratação em exercício leva a um rendimento pre-
amônia em ureia (no fígado) e a ureia é menos tóxica, permitindo o es- judicado, é extremamente perigosa e bem mais comum do que se
forço por mais tempo. Como o aminoácido também provoca descar- imagina. Entre os efeitos da desidratação estão:
A coordenação motora deve ser desenvolvida de modo integrado com o processamento cognitivo, em situações que exijam certo grau de
percepção e decisão referente à solução motora adequada, obviamente, condizente com a capacidade individual da criança. Nessa fase, as cur-
vas de crescimento em estatura e peso corporal mantêm-se relativamente estáveis em ambos os gêneros, com ganhos anuais médios em torno
GHFPHNJUHVSHFWLYDPHQWH(VVHULWPROHQWRGHFUHVFLPHQWR)LJXUDpLPSRUWDQWHSDUDDDTXLVLomRHUHWHQomRGHXPDPSORDFHUYR
PRWRU$OpPGLVVRWDQWRQDLQIkQFLDFRPRQDDGROHVFrQFLDDVIRUoDVPHFkQLFDVJUDYLWDFLRQDLVLPSDFWRHDVFRQWUDo}HVPXVFXODUHVLQHUHQWHV
à atividade física/ esportiva contribuem para um desenvol- vimento saudável do sistema esquelético, proporcionando uma maior densidade mi-
QHUDOyVVHDVHPLQÀXHQFLDUVHXFUHVFLPHQWRORQJLWXGLQDO7DQWRRULWPRGHFUHVFLPHQWRFRPRDHVWDWXUD¿QDOHVWmRYLQFXODGRVSULQFLSDOPHQWH
DIDWRUHVJHQpWLFRVHQXWULFLRQDLVHUHVSHLWDQGRVHRVOLPLWHV¿VLROyJLFRVHHVWUXWXUDLVGDFULDQoDQmRKiULVFRGDDWLYLGDGHItVLFDSUHMXGLFDUR
crescimento. Considerando a composição corporal, crianças e adolescentes ativos tendem a apresentar menores índices de gordura corporal,
fato positivo inclusive para o controle do sobrepeso e obesidade, principalmente quando associado a aspectos nutricionais adequados. Já em re-
ODomRjTXDQWLGDGHGHPDVVDPXVFXODUDDWLYLGDGHItVLFDQmRH[HUFHLQÀXrQFLDPDUFDQWHQDLQIkQFLDSRLVDTXDQWLGDGHGHKRUP{QLRVHVWHURLGHV
é baixa. Como consequência, as atividades direcionadas às crianças devem proporcionar maior ênfase em aspectos coordenativos e cognitivos
(tomada de decisão), ao invés da preocupação com o treinamento de capacidades como força e resistência. Considerando a individualidade da
criança em função de seu ritmo de desenvolvimento biológico e de experiências ambientais, é importante a iniciação esportiva. Idealmente, essa
SDUWLFLSDomRGHYHULDRFRUUHUHPDWLYLGDGHVSUD]HURVDVHGLYHUVL¿FDGDVSRVVLELOLWDQGRDSUiWLFDGHYiULDVKDELOLGDGHVPRWRUDVFRPLPSOLFDo}HV
também para o desenvolvimento cognitivo e social.
Com a realização de medidas trimestrais de peso e estatura, é possível calcular (matematicamente) a taxa de crescimento anual do jovem
HJUD¿FDPHQWHLGHQWL¿FDUDHYROXomRGDFXUYDGHFUHVFLPHQWR$)LJXUDUHSUHVHQWDYDORUHVPpGLRVGDVFXUYDVGHFUHVFLPHQWRHPHVWDWXUDGH
DPERVRVJrQHURV6HULDLGHDOTXHFDGDMRYHPWLYHVVHVHXJUi¿FRLQGLYLGXDOGHFXUYDGHFUHVFLPHQWRIDFLOLWDQGRDYLVXDOL]DomRGRHVWiJLRGH
maturação biológica em que se encontra, especialmente quando utilizado em conjunto com os estágios. Em função do exposto acima, podem
ser destacados quatro itens principais: i) a velocidade de maturação biológica é variável; ii) a maturação biológica favorece o desem- penho
esportivo masculino, principalmente porque está associada ao amadurecimento e ganho de massa muscular, proporcionando uma importante
HYROXomRGDVFDSDFLGDGHVGHIRUoDYHORFLGDGHHUHVLVWrQFLDLLLDLGDGHFURQROyJLFDQmRpXPLQGLFDGRUFRQ¿iYHOGRHVWiJLRGHPDWXUDomR
biológica; e iv) o professor tem melhores condições para a adequação do treinamento se conhecer o estágio de maturação biológica em que seu
aluno se encontra.
*rQHURIHPLQLQR'LIHUHQWHPHQWHGRVPHQLQRVDVPHQLQDVFRPPDWXUDomRELROyJLFDSUHFRFHDQWHVGRVDQRVGHLGDGHQmRDSUHVHQWDP
uma vantagem transitória no desempenho esportivo. Isso ocorre, tal como referimos a seguir, fundamentalmente em função da composição
FRUSRUDO1DVPHQLQDVRSLFRGHFUHVFLPHQWRHPHVWDWXUDRFRUUHSRUYROWDGRVDQRVGHLGDGHHDSUHVHQWDFRQVLGHUiYHLVYDULDo}HVHPUHODomR
jLGDGHFURQROyJLFDSRGHQGRRFRUUHUHQWUHRVHRVDQRV$SyVRSLFRGHFUHVFLPHQWRHPHVWDWXUDRFRUUHDPHQDUFDGLUHWDPHQWHDVVRFLDGD
à elevação da produção de hormônios femininos (estradiol). Entretanto, não há um ganho acentuado de massa muscular, uma vez que não há
HOHYDomRVLJQL¿FDWLYDQDSURGXomRGHWHVWRVWHURQD$VVLPDVPHQLQDVDXPHQWDPRSHUFHQWXDOGHJRUGXUDFRUSRUDOSULQFLSDOPHQWHQDUHJLmR
GRVVHLRVHTXDGULVRTXHQmRIDYRUHFHDH[HFXomRGHKDELOLGDGHVPRWRUDV(YLGHQWHPHQWHLVVRQmRVLJQL¿FDTXHDPHQLQDWHQKDXPDTXHGD
no desempenho após a menarca; é comum (e esperado) observar uma evolução do desempenho motor feminino após o pico de crescimento em
estatura e a menarca, especialmente se houver um envolvimento adequado em atividades físicas/esportivas desde idades anteriores. De qualquer
modo, é importante que o professor esteja atento para o fato de que as meninas que apresentam uma maturação biológica precoce têm certa
GHVYDQWDJHPHPUHODomRjVRXWUDVFRPPDWXUDomRQRUPDOSRUYROWDGRVDQRVRXWDUGLDDSyVRVDQRV(VVDFDUDFWHUtVWLFDIHPLQLQDp
especialmente importante para o processo de aquisição de habilidades motoras, pois caso a menina não tenha uma vivência motora/esportiva
DGHTXDGDGXUDQWHDLQIkQFLDDSUREDELOLGDGHGHHQYROYLPHQWRHHYROXomRGRGHVHPSHQKRHVSRUWLYRDSyVDPHQDUFDpUHGX]LGD$OpPGLVVR
especialmente durante a fase de aceleração do crescimento, o envolvimento adequado com atividades físicas vigorosas tem efeito positivo na
absorção de cálcio pelos ossos (em ambos os gêneros), fato positivo inclusive para a prevenção da osteoporose em idades posteriores. Assim,
pIXQGDPHQWDOTXHH[LVWDPSROtWLFDVS~EOLFDVGHLQFHQWLYRjSDUWLFLSDomRIHPLQLQDQRHVSRUWHHVSHFLDOPHQWHSRUTXHFXOWXUDOPHQWHHVVD
O processo de aquisição de habilidades e capacidades motoras, assim como o desempenho esportivo, emerge em função das interações en-
WUHIDWRUHVELROyJLFRVHDPELHQWDLV3RUWDQWRDLQIkQFLDSRGHVHUFRQVLGHUDGDXPDIDVHGHWHUPLQDQWHGHVVHSURFHVVRWDQWRSHORULWPRDFHOHUDGR
de alterações biológicas, como pela elevada capacidade de adequação aos estímulos ambientais. É provável que a quantidade e a qualidade dos
HVWtPXORVSUHVHQWHVQHVVDIDVHLQÀXHQFLHPGLUHWDPHQWHRGHVHQYROYLPHQWRHPLGDGHVSRVWHULRUHV1DDGROHVFrQFLDRULWPRGHPDWXUDomRELROy-
gica, em conjunto com as experiências anteriores, resulta numa grande variabilidade no desempenho motor. Assim, programas de treinamento
nessa faixa etária devem avaliar ambos os fatores. Idealmente, no período pós-pubertário, o adolescente deveria possuir um excelente padrão
coordenativo e cognitivo (tomada de decisão), para que assim fosse priorizado o treinamento da força, velocidade e resistência, levando-se em
FRQVLGHUDomRDHVSHFL¿FLGDGHGHGHWHUPLQDGDPRGDOLGDGHHVSRUWLYD1HVVDSHUVSHFWLYDDVRSRUWXQLGDGHVDGHTXDGDVGHSUiWLFDPRWRUDQDLQIkQ-
cia e posteriormente o envolvimento com o treinamento esportivo, são estratégias efetivas não somente para a geração de futuros atletas, como
também para a geração de cidadãos que utilizam o esporte como ferramenta de educação, integração social, lazer, entre- tenimento e promoção
GDVD~GH'LDQWHGHVVDUHDOLGDGHHPHVWXGRVIXWXURVpLPSRUWDQWHDDGRomRGHGHOLQHDPHQWRVORQJLWXGLQDLVTXHFRQVLGHUHPDYDULDELOLGDGHGDV
FDUDFWHUtVWLFDVGRFRPSRUWDPHQWRKXPDQRGXUDQWHRFLFORGHYLGDHSHUPLWDPXPPDLRUHQWHQGLPHQWRGDVP~OWLSODVSRVVLELOLGDGHVRIHUHFLGDV
pelo esporte.
)DWRUHVTXHLQÀXHQFLDPRFUHVFLPHQWR 1RFUHVFLPHQWROLQHDU
O crescimento é um processo biológico, de multiplicação e 2FRH¿FLHQWHGHFRUUHODomRHQWUHDVPHGLGDVGHDOWXUDGRVSDLV
aumen- to do tamanho celular, expresso pelo aumento do tamanho HDDOWXUDFRPSULPHQWRGRV¿OKRVHPGLIHUHQWHVLGDGHVDRQDVFHU
corporal. Todo indivíduo nasce com um potencial genético de cres- HVVHFRH¿FLHQWHpGHSRUTXHRFUHVFLPHQWRGRUHFpPQDVFLGR
cimento, que poderá ou não ser atingido, dependendo das condi- UHÀHWHPDLVDVFRQGLo}HVLQWUDXWHULQDVGRTXHRJHQyWLSRIHWDO(VVH
ções de vida a que esteja submetido desde a concepção até a idade FRH¿FLHQWHVHHOHYDUDSLGDPHQWHGHPRGRTXHDRVPHVHVFKHJD
DGXOWD3RUWDQWRSRGHVHGL]HUTXHRFUHVFLPHQWRVRIUHLQÀXrQFLDV DTXHpDSUR[LPDGDPHQWHRYDORUTXHWHUiQDLGDGHDGXOWD'RV
de fatores intrínsecos (genéticos, metabólicos e malformações, DRVDQRVDWpDDGROHVFrQFLDDFRUUHODomRGDDOWXUDSDLVFULDQoD
muitas vezes correlacionados, ou seja, podem ser geneticamente pode ser usada para predizer padrões para a altura de crianças, em
determinadas) e de fatores extrínsecos, dentre os quais destacam- relação a altura de seus pais.
VH D DOLPHQWDomR D VD~GH D KLJLHQH D KDELWDomR H RV FXLGDGRV .
gerais com a criança. 2VFRH¿FLHQWHVGHFRUUHODomRHQWUHDVPHGLGDVGHHVWDWXUDGH
Como conseqüência, as condições em que ocorre o cresci- uma criança em sucessivas idades e sua própria altura na idade adul-
mento, em cada momento da vida da criança, incluindo o perío- ta: essa correlação do compri- mento ao nascer com a altura na idade
do intra-uterino, determinam as suas possibilidades de atingir ou DGXOWDpGHHOHYDQGRVHUDSLGDPHQWHGHPRGRTXHGRVDRV
não seu potencial máximo de crescimento, dotado por sua carga DQRVVHXYDORUpGH$LPSOLFDomRSUiWLFDGHVVDUHODomRpTXHD
genética. altura na idade adulta pode ser estimada preditivamente a partir da
Com relação ao crescimento linear (estatura), pode-se dizer DOWXUDGRVDRVDQRVFRPXPHUURDSUR[LPDGRGHDWpFP1DSX-
TXHDDOWXUD¿QDOGRLQGtYLGXRpRUHVXOWDGRGDLQWHUDomRHQWUHVXD berdade, essa correlação diminui porque algumas crianças maturam
carga genética e os fatores do meio ambiente que permitirão a mais cedo e outras mais tarde, mas se a idade óssea for tomada em
maior ou menor expressão do seu potencial genético. consideração é possível fazer a predicção.
1DVFULDQoDVPHQRUHVGHFLQFRDQRVDLQÀXrQFLDGRVIDWRUHV 2EDL[RFRH¿FLHQWHGHFRUUHODomRREVHUYDGRQRVSULPHLURVDQRV
GHYLGDUHÀHWHSRVVLYHOPHQWHDJUDQGHLQÀXrQFLDTXHRDPELHQWH
ambi- entais é muito mais importante do que a dos fatores gené-
exerce nessa fase do crescimento, minimi- zando a correlação com o
ticos para expressão de seu potencial de crescimento. Os fatores
SRWHQFLDOJHQpWLFR¬PHGLGDTXHDFULDQoD¿FDPDLVYHOKDDWHQXD-
JHQpWLFRVDSUHVHQWDPDVXDLQÀXrQFLDPDUFDGDQDFULDQoDPDLRU
VHDLQÀXrQFLDGRDPELHQWHJDQKDQGRLPSRUWkQFLDRVIDWRUHVJH-
no adolescente e no jovem.
néticos
A herança genética
Crescimento
A herança genética é a propriedade dos seres vivos de transmi-
1DYHORFLGDGHGRFUHVFLPHQWRGDVGLIHUHQWHVSDUWHVGRFRUSR
tirem suas características aos descendentes.
As diversas partes do corpo apresentam diferentes ritmos de
Do ponto de vista do crescimento, a herança genética recebi- crescimento. Assim, é que a cabeça no feto aos 2 meses de vida in-
da do pai e da mãe estabelece um potencial ou alvo que pode ser WUDXWHULQDUHSUHVHQWDSURSRUFLRQDOPHQWHGRFRUSRQRUHFpP-
atingido. QDVFLGRUHSUHVHQWDHQDLGDGHDGXOWD
Poucas funções biológicas dependem tanto do potencial gené-
tico como o crescimento. No entanto, a qualquer momento, desde
a concepção e especialmente nas crianças pequenas, fatores am-
bientais podem perturbar o ritmo e a qualidade deste processo. O
alcance dessa meta biológica depende, na verdade, das condições
do ambiente onde se dá o crescimento da criança sendo sua in-
ÀXência marcante.
Existem grandes variações individuais no potencial de cresci-
mento dado pela herança genética. Observa-se, por exemplo, que
a variação de altura da população adulta, saudável, do sexo mas-
FXOLQRpFHUFDGHFPHQTXDQWRTXHHVWDPHVPDYDULDomRHQWUH
LUPmRVpGHFPHHQWUHJrPHRVKRPR]LJyWLFRVpGHFP
$DQiOLVHGREDQFRGHGDGRVGD3HVTXLVD1DFLRQDOVREUH6D~-
GHH1XWULomR3161UHIHUHQWHjXPDDPRVWUDGHMRYHQVGH Crescimento
DQRVVDXGiYHLVHGHFODVVHPpGLDDOWDWRGRVFRPXPDJUDQGH 1DYHORFLGDGHGRFUHVFLPHQWRGDVGLIHUHQWHVSDUWHVGRFRUSR
probabilidade de terem atingido seu alvo genético de crescimento, As diversas partes do corpo apresentam diferentes ritmos de
mostra uma taxa de variação nas suas alturas, com os mais baixi- crescimento. Assim, é que a cabeça no feto aos 2 meses de vida in-
QKRVSRGHQGRDSUHVHQWDUPpGLDVHPWRUQRGHFPHQTXDQWR WUDXWHULQDUHSUHVHQWDSURSRUFLRQDOPHQWHGRFRUSRQRUHFpP-
RVPDLVDOWRVSRGHUmRWHUFPRXPDLV QDVFLGRUHSUHVHQWDHQDLGDGHDGXOWD)LJXUD
$LQÀXrQFLDGRPHLRDPELHQWH
$LQÀXrQFLDGRPHLRDPELHQWHRFRUUHGHVGHDYLGDLQWUDXWHULQDTXDQGRRFUHVFLPHQWRpOLPLWDGRDSDUWLUGHXPFHUWRPRPHQWRSHORHVSDoR
da cavidade intra-uterina, até a idade adulta.
+DELFKWHP5HIGHPRQVWURXTXHFULDQoDVPHQRUHVGHDQRVGHGLYHUVDVQDFLRQDOLGDGHVFUHVFHPQXPULWPRVHPHOKDQWHD
exce- ção dos orientais e algumas tribos africanas), desde que submetidas a boas condições de vida. O mesmo não acontece com crianças de
mesma nacio- nalidade, porém sob condições socioeconômicas diferentes (as de nível alto crescem de modo similar às crianças de países de-
senvolvidos, enquanto as de baixo nível socioeconômico crescem em ritmo mais lento).
Cada vez mais, existem evidências sobre a uniformidade genética da espécie humana e o peso crescente de outros condicionantes, favo-
recendo ou impedindo a expressão do potencial genético.
7DPEpPVHFRPSURYRXTXH¿OKRVGHLPLJUDQWHVMDSRQHVHVTXHQDVFLDPHYLYLDPQRV(VWDGRV8QLGRVHUDPPDLVDOWRVTXHRVVHXVSDWUtFLRV
que permaneciam vivendo no Japão. Atualmente, com o desenvolvi- mento alcançado pelo Japão, essa diferença desapareceu, evidencian-
GRDVVLPDJUDQGHLQÀXrQFLDTXHRVIDWRUHVDPELHQWDLVH[HUFHPVREUHDWHQGrQFLDVHFXODUGHFUHVFLPHQWRGHJUXSRVSRSXODFLRQDLV
É importante salientar que quanto mais jovem a criança, mais de- pendente e vulnerável é em relação ao ambiente. Isso faz com que
condições favoráveis ao crescimento sejam função, não apenas dos recursos materiais e institucionais com que a criança pode contar (alimen-
WDomRPRUDGLDVDQHDPHQWRVHUYLoRVGHVD~GHFUHFKHVHSUpHVFRODVPDVWDPEpPGRVFXLGDGRVJHUDLVFRPRRWHPSRDDWHQomRRDIHWRTXH
DPmHDIDPtOLDHDVRFLHGDGHFRPRXPWRGROKHGHGLFDP7HPSRDWHQomRHDIHWRGH¿QHPDTXDOLGDGHGRFXLGDGRLQIDQWLOHTXDQGRPD[LPL-
zados, permitem a otimização dos recursos materiais e institucionais de que a criança dispõe.
1XPHVWXGRFRPSDUHVGHJêmeos homozigotos criados separados, e em condições socioeconômicas bem diferentes, observou-se uma
YDULDomRPpGLDGHFPGHDOWXUDTXDQGRDGXOWRVVHQGRTXHRVLQGLYtGXRVFULDGRVHPDPELHQWHVFDUHQWHVHFRPDFHVVROLPLWDGRjVDo}HVGH
VD~GHIRUDPVHPSUHPDLVEDL[RVTXHVHXVLUPmRV
$¿JXUDDEDL[RLOXVWUDDGLIHUHQoDQDDOWXUDPpGLDGHPHQLQRVFRPDQRVGHLGDGHGHSDtVHVGHVHQYROYLGRVHHPGHVHQYROYLPHQWRHGH
HVWUDWRVVRFLRHFRQ{PLFRVDOWRVHEDL[RVRQGHVHSRGHYHUDLQÀXrQFLDGDVFRQGLo}HVGHYLGDH[SUHVVDVDTXLSHORHVWUDWRVRFLRHFRQ{PLFRVREUH
o crescimento dessas crianças. Figura.
Do ponto de vista biológico, o desenvolvimento neurológico Diferentemente das estruturas biológicas, em que os fatores
inicia-se desde a concepção. As interações do indivíduo com o seu congênitos são determinantes, o psiquismo do ser humano se cons-
meio ambiente modelam, ao longo de sua vida (incluindo a intrau- titui no decorrer das relações/trocas realizadas entre a criança e os
terina), tanto a estrutura como o funcionamento do seu sistema ner- RXWURVGHVGHRVSULPyUGLRVGHVXDYLGD(PGHFRUUrQFLDGHVVDD¿U-
voso central (SNC) o qual, por sua vez, cresce e se desenvolve com mação, ganha relevo a participação daqueles que dela cuidam e fa-
grande velocidade, nos primeiros anos de vida. zem parte do mundo da criança, especialmente os pais.
O período de rápida multiplicação celular de um tecido ou ór- Antes mesmo de nascer, o psiquismo de um bebê já está em
gão é chamado de período crítico e, no organismo, varia de um órgão constituição. Seus pais desejam, imaginam, pensam e falam sobre
para outro. No caso do SNC, a maioria das suas células é adquirida ele, antecipando-lhe um lugar determinado no romance familiar. Ao
até os seis meses de vida extrauterina. Como conseqüência, o SNC nascer, é acolhido nesse lugar, tecido com as palavras e com as ima-
é muito vulnerável durante a gestação, o parto, o período pré-natal gens criadas por seus pais. A essa aposta dos pais a respeito desse
e os primeiros anos de vida. Aos 2 anos, o tamanho da cabeça da psiquismo pressuposto, o bebê poderá responder de modo inespera-
criança é praticamente o mesmo que terá na idade adulta. do, não coincidente com a imagem prévia, mas que não deixará de
Do ponto de vista clínico, qualquer evento ambiental nocivo, alimentar o desejo de seus pais em relação a ele. Tudo isso colocará
que ocorra na vida fetal (infecções congênitas, fumo, drogas, etc.), em jogo um circuito de trocas, cujo resultado será um ser humano
durante o parto (anóxia, hemorragias maternas, etc.) e nos primeiros VLQJXODU~QLFRGRWDGRGHXPHXFDSD]GHGLULJLUVHDRVRXWURV(VVH
anos de vida (infecções, desnutrição, etc.), podem lesar o SNC. Mas eu terá a função fundamental de articular todas as funções envolvi-
é preci- so lembrar que esse é um período de grande plasticidade das no processo de desenvolvimento.
cerebral, sendo o cérebro capaz de realizar novas funções, transfor- Assim sendo, devemos sempre considerar que uma família
mando de maneira duradoura e sob pressão do meio ambiente, seja é composta de crianças individuais cujas diferenças não são ape-
nas genéticas, mas também determinadas pela maneira como cada
os elementos que o compõem, seja a rede de conexões que os une.
uma delas se relaciona com seus pais e com aqueles que a cuidam
Quanto mais jovem o indivíduo, mais plástico é o seu cérebro, em-
e como é inserida no contexto das fantasias e crenças de sua famí-
bora também se saiba que essa plasticidade se conserva em certo
lia e dos acontecimentos inesperados. Esse contexto nunca é duas
grau durante toda a vida, mes- mo que na idade adulta seja menor
YH]HV R PHVPR H RULHQWD R GHVHQYROYLPHQWR HPRFLRQDO ~QLFR GH
GRTXHQDLQIkQFLD
cada criança.
Do ponto de vista da maturação, o desenvolvimento neurológi-
co não acontece de maneira arbitrária, mas de acordo com um plano
contido no potencial genético, através de etapas previsíveis e pré-
determinadas, no sentido céfalocaudal e do centro para a periferia. PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO
9HU)LJXUD TREINAMENTO DESPORTIVO.
As estruturas da periodização
A periodização típica envolve três níveis fundamentais: a
macroHVWUXWXUD D PHVRHVWUXWXUD H D PLFURHVWUXWXUD 1HVWD ~OWLPD
considera-se o microciclo, de duração semanal típica, e as sessões
que o constituem. Na meso-estrutura surge o mesociclo, estrutura
intermédia que agrupa vários microciclos, orientando o processo de
WUHLQRGHDFRUGRFRPRVREMHFWLYRVGH¿QLGRVVLVWHPDWL]DQGRDDO-
WHUDomRGDVFRPSRQHQWHVGDFDUJDHGRVFRQWH~GRVGRVH[HUFtFLRV
GHWUHLQR3RU~OWLPRRPDFURFLFORTXHFRQVWLWXLXPWRGRLQWHJUDQ-
do as competições em que o atleta deverá participar e o período de
preparação necessário para que essa intervenção seja bem sucedida.
$VHVVmRGHWUHLQR
A sessão de treino será a unidade mais pequena nesta estrutu-
ração temporal em que consiste o processo de periodização do trei-
no, e nela se organizarão, numa sequência lógica e respeitando os
princípios biológicos e metodológicos do treino, os vários exercícios
seleccionados para promover o desenvolvimento do atleta ou a sua
preparação para a competição.
Como unidade elementar onde qualquer programa de treino é
colocado em interacção concreta com o atleta e as suas característi-
cas, ela é o local da operacionalização e concretização da preparação
com vista à participação em neste sentido, é o bloco básico sobre o
Par-Q
6HX PpGLFR Mi PHQFLRQRX DOJXPD YH] TXH YRFr WHP XPD
condição cardíaca e que você só deve realizar atividade física reco-
mendada por um médico?
( ) Sim ( ) Não
2- Você sente dor no tórax quando realiza atividade física?
( ) Sim ( ) Não
1RPrVSDVVDGRYRFrWHYHGRUWRUiFLFDTXDQGRQmRHVWDYD
7(67('($*,/,'$'('(³6(02´
realizando atividade física?
( ) Sim ( ) Não
Objetivo: medir a agilidade geral do corpo movendo-se para
9RFrSHUGHXRHTXLOtEULRSRUFDXVDGHWRQWXUDRXDOJXPDYH]
frente, para trás e lateralmente.
perdeu a consciência?
Resultado: é computado o melhor resultado das duas tentativas
( ) Sim ( ) Não
executadas pelo testando. Pontos adicionais: o testando não pode
9RFrWHPDOJXPSUREOHPDyVVHRRXGHDUWLFXODomRTXHSR-
deria piorar em conseqüência de uma alteração em sua atividade cruzar os membros inferiores durante a corrida lateral; na corrida
física? ( ) Sim de costas o testando deve permanecer assim até cruzar pelo cone;
( ) Não são dadas tantas tentativas quanto necessárias para que o testando
6HXPpGLFRHVWiSUHVFUHYHQGRPHGLFDPHQWRVSDUDVXDSUHV- execute o teste dentro do padrão estabelecido. É dad a cada testando
são ou condição cardíaca? uma tentativa de prática para familiarização com o teste.
( ) Sim ( ) Não
9RFrFRQKHFHDOJXPDRXWUDUD]mRTXHRLPSHoDGHUHDOL]DU
atividade física?
( ) Sim ( ) Não
7(67(6'($*,/,'$'(
RESISTÊNCIA MUSCULAR
5HVLVWrQFLDPXVFXODUpDFDSDFLGDGHGHXPJUXSRPXVFXODUH[HFXWDUFRQWUDo}HVUHSHWLGDVSRUSHUtRGRGHWHPSRVX¿FLHQWHSDUDFDXVDUD
IDGLJDPXVFXODURXPDQWHUHVWDWLFDPHQWHXPDSHUFHQWDJHPHVSHFt¿FDGH&90SRUXPSHUtRGRGHWHPSRSURORQJDGR
7HVWHGH5HVLVWrQFLD$EGRPLQDO6LWXS(VWHWHVWHpXPWDQWRFRQWURYHUVRSRLVVXDH[HFXomRQmRXWLOL]DVRPHQWHRVP~VFXORVDEGRPLQDLV
PDVWDPEpPRVÀH[RUHVGRTXDGULODLQGDDVVLPHOHpPXLWRXWLOL]DGR
2WHVWHFRQVLVWHHPH[HFXWDURPDLRUQ~PHURGHUHSHWLo}HVHPPLQXWR2DYDOLDGRGHYHGHLWDUHPXPFROFKRQHWHMRHOKRVÀH[LRQDGRV
SpVDSRLDGRVQRVRORDXPDGLVWkQFLDGHDFPGRVJO~WHRVDVPmRDSRLDPDQXFDRXFRWRYHORVÀH[LRQDGRVVREUHRSHLWREUDoRVHP[R
avaliador segura os pés do avaliado. O movimento deve ser completo, até os cotovelos encostarem nas coxas. Só serão validadas as repetições
que foram completas.
7HVWHGR$SRLRGH)UHQWHVREUHR6ROR(VWHWHVWHFRQVLVWHHPH[HFXWDURPDLRUQ~PHURGHUHSHWLo}HVHPPLQXWR
A posição inicial varia para homem e mulher. A mulher pode apoiar os joelhos no solo. Os cotovelos devem estender completamente na
YROWDSDUDDSRVLomRLQLFLDOHGHYHPÀH[LRQDUDWpSUy[LPRDRVROR6yVHUmRYiOLGDVDVUHSHWLo}HVH[HFXWDGDVFRUUHWDPHQWH
(PUHODomRDRVGHVSRUWRVRVSULQFLSDLVHVWXGRVQDiUHDWHPGHPRQVWUDGRDLPSRUWkQFLDGDÀH[LELOLGDGHSDUDRGHVHPSHQKRGDVRXWUDV
capacidades físicas, cooperando para um menor gasto energético quando há uma amplitude de movimento adequada do atleta.
MANIFESTAÇÃO DA FLEXIBILIDADE
$ÀH[LELOLGDGHSRGHVHPDQLIHVWDUGHPDQHLUDDWLYDRXSDVVLYD
ATIVA: A maior amplitude de movimento possível, que o indivíduo pode realizar devido à contração da musculatura agonista.
PASSIVA: A maior amplitude de movimento possível que o indivíduo pode alcançar sob ação de forças externas.
Flexibilidade
RESERVA DE FLEXIBILIDADE
eDGLIHUHQoDHQWUHDÀH[LELOLGDGHSDVVLYDHDDWLYD(ODH[SOLFDDSRVVLELOLGDGHGHPHOKRUDGDÀH[LELOLGDGHDWLYDDWUDYpVGDIRUWDOHFLPHQWR
da musculatura agonista e pela maior capacidade de alongamento dos antagonistas.
3URWRFRORVGH&DPSR
Uma das características mais positivas desses testes é que são
muito fáceis de administrar. Por outro lado, tais testes baseados no 2QGH' GLVWkQFLDHPPHWURV
desempenho têm algumas limitações substanciais. Por exemplo, o ([HPSOR8PLQGLYtGXRFRUUHXPHWURVHPPLQXWRV
nível individual de motivação e capacidade de ritmo pode ter um im-
SDFWRSURIXQGRQRVUHVXOWDGRV1RV~OWLPRVDQRVRWHVWHGH$SWLGmR
SDUD$QGDU8PD0LOKDWHPVHGLIXQGLGRFRPRXPPHLRH¿FD]GH
estimar a capacidade cardiorespiratória. A tarefa primária envolvida
nesse procedimento de avaliação é fazer com que o indivíduo ande
XPDPLOKDPWmRUiSLGRTXDQWRSRVVtYHOGHSUHIHUrQFLDHP
uma trilha ou superfície nivelada. Imediatamente depois de comple- OBSERVAÇÃO:
tada a caminhada, a FC é medida usando-se a técnica palpatória. O Para transformar minutos em segundos, basta aplicar uma regra
consumo de O2 é estimado por uma equação de regressão baseada de três.
em peso, idade, sexo, tempo de caminhada e FC pós- exercício. Ve- PLQXWRVHJXQGRV
remos a seguir alguns protocolos de teste de campo. PLQXWRV[
±7HVWHGH&DPLQKDGDGHNP3RSXODomRDOYRLQGLYtGXRV
GHEDL[DDSWLGmR>92Pi[LQIHULRUDPONJPLQ [ [
1RUPDOPHQWHHQFRQWUDPRVQHVWHJUXSRSHVVRDVLGRVDVREH- [
sas, indivíduos pós cirurgia e pacientes cardíacos. Metodologia: o
indivíduo deverá caminhar sempre no plano horizontal registrando o ±7HVWHGH$QGDUHFRUUHUPLQXWRV&RRSHU
WHPSRQHFHVViULRSDUDFDPLQKDUNP)yUPXOD/HLWH População alvo: pessoas de baixo condicionamento e atletas,
92Pi[PONJPLQ [9NPKPONJPLQ LGDGHHQWUHHDQRVDPERVRVVH[RV0HWRGRORJLDRDYDOLDGR
Exemplo: GHYHFRUUHURXFDPLQKDUVHPLQWHUUXSomRRWHPSRGHPLQXWRV
3HVR NJPXOKHUWHPSRJDVWR PLQXWRV8QLIRUPL]DU VHUiFRPSXWDGRDGLVWkQFLDSHUFRUULGDQHVVHWHPSR2LGHDOpDSOLFDU
Unidades: esse teste em pista já demarcada.
NP P· PPLQ[ · )yUPXODSDUD&RRSHU92Pi[ '' GLVWkQFLD
NPK(PSUHJDUHPRVDIyUPXOD92Pi[PONJPLQ percorrida
[ð PONJPLQ±7HVWHGH&DPLQKDGDGH
GR3RSXODomRDOYRPHVPDFLWDGDQRWHVWHDQWHULRU,GHDOSDUD
quem não faz atividade física há algum tempo.
Metodologia: antes da aplicação do teste deve-se coletar os da-
dos de peso e idade.
$SOLFDomR R WHVWH LQFOXL HP XPD FDPLQKDGD GH PHWURV
com tempo
7HVWHGH&RUULGDGH5LELVO .DFKRGRULDQ3RSXODomRDOYR,QGLYtGXRVFRPDPSORQtYHOGHDSWLGmRItVLFDHIDL[DHWiULDEHPYDULiYHO
pois na fórmula de cálculo de VO2 são levados em consideração a idade e o tempo gasto na realização do teste. Metodologia: Basicamente
LJXDLVDVGRVGRLVWHVWHVDQWHULRUHV(QWUHWDQWRRTXHRGLIHUHQFLDGRVGHPDLVSURWRFRORVUHODFLRQDVHFRPD¿[DomRGDGLVWkQFLDDVHUSHUFRU-
ULGDQRFDVRPFRPRWHPSRJDVWRSDUDDUHDOL]DomRGDWDUHIDUHJLVWUDGRHPVHJXQGRVHSRUOHYDUHPHPFRQVLGHUDomRSDUDRFiOFXORGR
VO2max, o fator idade e o peso corporal. Para isso utiliza-se a fórmula:
92Pi[ ±;±;±;PONJPLQ
Onde:
; WHPSRJDVWRSDUDSHUFRUUHURVPHPVHJXQGRV; ,GDGHHPDQRV; 3HVRFRUSRUDOHPNLORV
([HPSOR,GDGHDQRV3HVRNJ7HPSRPLQ VHJ
92Pi[ ±;±;±;PONJPLQ92Pi[ ±±±
PONJPLQ92Pi[ ±±±92Pi[ PONJPLQ
2%62VUHVXOWDGRVREWLGRVQRVWHVWHVSRGHPVHUFRPSDUDGRVFRPDVWDEHODVGH&ODVVL¿FDomRGH$SWLGmR&DUGLRUHVSLUDWyULDGD$PHULFDQ
Heart Association. Estas tabelas podem ser utilizadas como referência tanto para testes de campo quanto laboratoriais.
3URWRFRORVVXEPi[LPRHPFLFORHUJ{PHWUR3URWRFRORGD<0&$SDUDELFLFOHWDHUJRPpWULFD
Orientações:
$MXVWDUDSULPHLUDWD[DGHWUDEDOKRHPNJPPLQNJDUSP6HD)&QRWHUFHLURPLQXWRGDIDVHIRU"0HQRUTXHDMXVWDU
DVHJXQGDIDVHHPNJPPLQNJDUSP"DMXVWDUDVHJXQGDIDVHHPNJPPLQNJDUSP"DMXVWDUDVHJXQGD
IDVHHPNJPPLQNJDUSP"PDLRUGRTXHDMXVWDUDVHJXQGDIDVHDNJPPLQNJDUSP
$MXVWDUDWHUFHLUDHTXDUWDIDVHVHQHFHVViULRGHDFRUGRFRPDVWD[DVGHWUDEDOKRQDVFROXQDVDEDL[RGDVHJXQGDIDVH
2WHVWHGHVWLQDVHDDXPHQWDUDIUHTXrQFLDFDUGtDFDGHXPHVWDGRHVWiYHOGRLQGLYtGXRSDUDDESPSRUGRLVHVWiJLRVFRQVHFXWLYRV
8PSRQWRLPSRUWDQWHDVHUOHPEUDGRpTXHGXDVPHGLGDVFRQVHFXWLYDVGDIUHTXrQFLDFDUGtDFDGHYHPVHUREWLGDVQDYDULDomRGHDESP
SDUDSUHYHURFRQVXPRPi[LPRGH21RSURWRFRORGD<0&$FDGDWD[DGHWUDEDOKRpUHDOL]DGDSRUPLQXWRVFRP)&UHJLVWUDGDVQRV
HVHJXQGRV¿QDLVGRVHJXQGRHWHUFHLURPLQXWRV6HHVVDV)&VQmRHVWLYHUHPHPEDWLPHQWRVPLQXWRFDGDXPDHQWmRVHPDQWpPDWD[D
GHWUDEDOKRSRUPDLVXPPLQXWR$)&PHGLGDQR~OWLPRPLQXWRGHFDGDIDVHpGHPDUFDGDFRQWUDWD[DGHWUDEDOKR$SUHVVmRDUWHULDOGHYHVHU
PRQLWRUDGDQD~OWLPDHWDSDGHFDGDHVWiJLR
CÁLCULO:
Valor absoluto (ml/min): VO2máx. 60E+5Pi[+5
Onde:
60 7UDEDOKRUHIHUHQWHDR~OWLPRHVWiJLR60 7UDEDOKRUHIHUHQWHDRSHQ~OWLPRHVWiJLR+5 )&DWLQJLGDQRSHQ~OWLPRHVWiJLR
+5 )&DWLQJLGDQR~OWLPRHVWiJLR+5Pi[ LGDGH )&Pi[
$IUHTrQFLDGHSHGDODGDpDMXVWDGDHPUSP"$IUHTrQFLDFDUGtDFDpPHGLGDQRTXLQWRHVH[WRPLQXWRGHWUDEDOKR$PpGLDGDVGXDV
freqüências cardíacas é então usada para estimar o consumo máximo de O2 a partir de um Nomograma. ? O valor encontrado deve então ser
FRUULJLGRSDUDGLIHUHQWHVLGDGHVSULQFLSDOPHQWHDSyVRVDQRVXVDQGRIDWRUHVGHFRUUHomRFRQIRUPHWDEHOD
Para populações que não encontram-se relacionadas na tabela o fator de correção pode ser calculado da seguinte forma:
)DWRUGHFRUUHomR) [LGDGH±3URWRFRORVHP%DQFR
(VWHpXPWLSRGHWHVWHTXHQmRUHTXHUXPFXVWRPXLWRDOWRHSRGHVHUDSOLFDGRQXPDYDVWDSRSXODomRLGDGHVH[RHWF±3URWRFROR
de Banco de Astrand
1HVWHSURWRFRORWDPEpPVHXWLOL]DXP~QLFRHVWiJLRSRUpPGLIHUHQFLDGRVHJXQGRRVH[R3DUDRPDVFXOLQRDDOWXUDGREDQFRGHYHUiVHUGH
FPMiSDUDRIHPLQLQRUHFRPHQGDVHXPEDQFRGHFP$VWUDQGLQGLFDVHXSURWRFRORSDUDDPERVRVVH[RVFRPLGDGHFRPSUHHQGLGDHQWUH
HDQRV2REMHWLYRSULQFLSDOGHVWHWHVWHpLGHQWL¿FDURQtYHOGHDSWLGmRItVLFDGRDYDOLDGRDWUDYpVGR92Pi[FRPRUHVXOWDGRH[SUHVVR
HPOPLQ±
7HVWHVXEPi[LPRHPHVWHLUD
3URWRFRORHPHVWHLUDGH%UXFH
Este protocolo apresenta um alto grau de intensidade por ter
sua sobrecarga aplicada tanto em relação a inclinação quanto a ve-
ORFLGDGH(VWHWHVWHSRVVXLVHLVHVWiJLRVFRPGXUDomRGHWUrV
PLQXWRVFDGDHXPDLQFOLQDomRYDULiYHOLQLFLDQGRVHHPGH]
JUDXVHDXPHQWDQGRGRLVJUDXVDR¿QDOGHFDGDHVWiJLR$YHOR-
FLGDGHWDPEpPVHDOWHUDDR¿QDOGHFDGDHVWiJLRLQLFLDQGRVHHP
PLOKDVKNPKHLQGRDWpPLOKDVKNPK
ANOTAÇÕES ANOTAÇÕES
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————————————————————————— —————————————————————————
INEANTROPOMETRIA HISTÓRICO:
6HPVRPEUDGHG~YLGDRIHQ{PHQRTXHPDLVWHPFDSWDGRDDWHQomRGRVHUKXPDQRDWUDYpVGDVXDKLVWyULDWHPVLGRRSUySULRKRPHPH
tão complexo é analisar sua totalidade que se faz necessário dividi-lo, e uma destas divisões, é a cineantropometria.
D&+LSyFUDWHVID]DVSULPHLUDVUHIHUrQFLDVDRFRQFHLWRGHHVWUXWXUDKXPDQDIRLXPGRVSULPHLURVDFODVVL¿FDURVLQGLYtGXRVVHJXQGR
sua morfologia. - tísicos ou delgados com predomínio do eixo longitudinal. - apopléticos ou musculosos com predomínio do eixo transversal.
VpFXOR;9,,(OVKROW]HPSUHJDSHODYH]RWHUPR³DQWURSRPHWULD´HPXPDVpULHGHHVWXGRVPRUIROyJLFRVUHDOL]DGRVQD8QLYHUVLGDGHGH
3iGXD
GHVHQYROYHVHXP³FRPSDVVR´VLPLODUDXPDSLQoDTXHSHUPLWLDPHGLUDJRUGXUDHPGHWHUPLQDGDVSDUWHVGRFRUSR
SHOD
SULPHLUDYH]XVDVHRWHUPR³FLQHDQWURSRPHWULD´QXPDUWLJRGH:LOOLDQ5RVVQDUHYLVWDFLHQWt¿FDEHOJD.LQDQWKUSRORJLH$FWLYLW\6FLHQFHV´
QR&RQJUHVVR&LHQWt¿FR2OtPSLFRFHOHEUDGRHP4XHEHFSRUPRWLYRGRV-RJRV2OtPSLFRVGH0RQWUHDOHGHQRPLQDGR³,QWHUQDWLRQDO
6HDWHQGHUPRVjVSRVLo}HVGRVGLYHUVRVDXWRUHVTXHQRV~OWLPRVYLQWHDQRVVHWrPGHGLFDGRjSUREOHPiWLFDGD*HVWmRGR'HVSRUWRSR-
GHPRVHQFRQWUDUXPFRQMXQWRGHLQGLFDGRUHVTXHGHWHUPLQDPDVXDH[LVWrQFLDFRPRXPDQRYDiUHDGHLQWHUYHQomRSUR¿VVLRQDO'HIDFWRDR
VLVWHPDWL]DUPRVRVDVSHFWRVPDLVVLJQL¿FDWLYRVSRGHPRVGHVHQKDUHVWDQRYDiUHDGHFRQKHFLPHQWRWHQGRHPDWHQomRXPFRQMXQWRGHVHLV
ideias que passamos a indicar. Em primeiro lugar, o estado de crise do desporto moderno que determina a necessidade de existirem novas men-
WDOLGDGHVQRTXHUHVSHLWDDRGHVHQYROYLPHQWR(PVHJXQGROXJDUDFRPSOH[L¿FDomRGDVSUiWLFDVGHVSRUWLYDVTXHREULJDDXPDVLVWHPDWL]DomR
das teorias da gestão contextualizadas ao mundo do desporto. Em terceiro lugar, o surgimento de várias organizações relacionadas das mais
diversas maneiras, com a gestão do desporto, o que permite a institucionalização não só duma área do conhecimento como, também, de inter-