Sunteți pe pagina 1din 13

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

ALLAN BRUCE PAIVA DE MORAES


CAROLINE MASCARENHAS RIBEIRO

RELATÓRIO: EXPERIMENTO PARA MEDIÇÃO DE VELOCIDADE

BELÉM
ABRIL/2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

ALLAN BRUCE PAIVA DE MORAES


CAROLINE MASCARENHAS RIBEIRO

RELATÓRIO: EXPERIMENTO PARA MEDIÇÃO DE VELOCIDADE

Relatório apresentado ao Curso de Pós-


graduação em Engenharia Civil da
Universidade Federal do Pará (UFPA) como
avaliação na disciplina Instrumentação em
saneamento ambiental, orientada pelo
professor Hélio Da Silva Almeida.

BELÉM
ABRIL/2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

1. INTRODUÇÃO

Obter o conhecimento de parâmetros hidrológicos é essencial para a gestão dos


recursos hídricos contribuindo com sugestões mitigadoras de impactos ambientais, na
estimativa de volume de água para abastecimento humano, alem da possibilidade de previsão
e prevenção de inundações e enchentes (BONIFÁCIO e FREIRE, 2013).
Leopold e Maddock (1953) destacaram três parâmetros chave para se conhecer as
características de um canal fluvial, que são: largura, profundidade e velocidade de fluxo. Estas
são facilmente obtidas a partir do regime de fluxo, descarga (vazão), declividade dentre outros
( Lewin, 1978; Bridge, 2003).
Existem vários métodos para se medir a vazão como por flutuador, método acústico e
molinete. Os critérios para a escolha do melhor método pra cada situação estão muitas vezes
ligados á disponibilidade dos equipamentos (custos) e ao tempo de coleta de informações
necessárias (BONIFÁCIO e FREIRE, 2013).
No caso do método pelo molinete, considerado tradicional nas medições de vazões,
este age por meio da rotação de uma hélice em relação ao fluxo da água, podendo ser
utilizado tanto para rios de porte pequeno como pra médios e grandes portes. As medições
são feitas de modo manual no local ou, em especificas situações, com o auxilio de um barco.
Antes é preciso calcular a seção transversal do corpo hídrico e dependendo das suas medições,
no caso de grande porte, são necessárias no mínimo 20 medições individuais ao longo da
seção, ocasionando em medições que levam tempo (RICARDO et al., 2008).

2. OBJETIVO

O relatório tem como objetivo descrever o ensaio de medição de velocidade e medição


de nível realizado no Laboratório de Hidráulica da Faculdade de Engenharia Sanitária e
Ambiental.
a) Calcular a vazão a partir do método do molinete em um canal de protótipo de um
sistema hidráulico.
b) Calcular a altura manométrica do sistema hidráulico.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

3. MATERIAIS E MÉTODOS

Os ensaios foram realizados no Laboratório de Hidráulica da Faculdade de Engenharia


Sanitária e Ambiental, da Universidade Federal do Pará. Para realização do experimento foram
utilizados os materiais e procedimentos descritos a segui:

3.1 DESCRIÇÃO DOS MATERIAIS


 Sistema Hidráulico
O ensaio foi realizado em um protótipo de bancada utilizado para medir a energia
elétrica gerada por uma turbina, conforme mostra a Figura 1.

Figura 1 – Sistema Hidráulico utilizado no experimento.

Fonte: Autores, 2019.


 Molinete
. Os molinetes são instrumentos feitos para girar em diferentes velocidades de acordo
com o fluxo da água. A relação da velocidade de água com a velocidade do molinete é o que
compõe a equação do molinete, fornecida pelo fabricante, porem deve ser verificado
frequentemente, pois poderá haver desgaste das peças.
No rio a velocidade da água é maior no centro do que nas margens, da mesma maneira
a velocidade se torna mais baixa no fundo do que junto a superfície, por isso é necessário
serem feitas varias medições verticais e ao longo da seção para se obter a melhor estimativa.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

Figura 2 – (a) Molinete utilizado no ensaio; (b) Ilustração do conjunto de


equipamentos que compõem o sensor caudal.

Fonte: Autores, 2019; Vernier, 2018.

Este sensor mede a velocidade da água no estudo de descarga, dos padrões de fluxo e
dos transportes de sedimentos. O sensor de vazão possui três hastes de subida que permitem
que o impulsor possa ser colocado em profundidades fixas. Alem disso, possui um cabo de 5
metros para que o seu equipamento possa ser fixado em terra. As especificações do
equipamento são:

 Faixa: 0 a 4,0 m / s (0 a 13 pés / s)


 Precisão: ± 1% da leitura em escala real
 Resolução Típica: 0,0012 m / s
 Tempo de resposta:
 98% da leitura em escala total em 5 segundos
 100% de escala total em 15 segundos
 Faixa de temperatura (pode ser colocada): 0 a 70 ° C

 LabQuest2
O Labquest2 é um dispositivo utilizado para coletar dados a apartir de um sensor
adaptável ao molinete (Figura 2). Possui as seguintes características abaixo:

 Interface de sensor standalone e computador com tela sensível ao toque


 Compatível com todos os sensores da Vernier
 Tela grande e de alta resolução com orientações retrato e paisagem
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

 Coleta de dados rápida


 Bateria recarregável de alta capacidade
 Compatível com computadores Windows e Macintosh
 Coleta, analisa e compartilha dados do sensor sem fio com o iPad, dispositivos Android e
Chromebooks
 Atualizações gratuitas de software

Figura 2: (a) LabQuest2 utilizado no ensaio; (b) Ilustração do Labquest2.


(a) (b)

Fonte: Autores, 2019; Vernier, 2018.

 Conjunto Motor Bomba (CMB)


O CMB utilizado pra recalcar a água para o sistema hidráulico é da marca Shneider e
corresponde ao modelo BCR – 2000. Este possui as especificações abaixo:

 Bocais com rosca BSP, caracol da bomba de ferro fundido GG-20,


 Rotor fechado de Noryl®, com 30% de fibra de vidro (maior dureza),
 Selo mecânico constituído de aço inox AISI-304 buna N, grafite e cerâmica,
 Motor elétrico IP-21 com flange incorporado,
 Termostato e capacitor permanente,
 2 polos, 60 Hz,
 Voltagem única: 127 V ou 220 V;
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

Figura 3: (a) CMB utilizada no Sistema Hidráulico; (b) Informações no lacre da


bomba.
(a) (b)

Fonte: Autores, 2019; Vernier, 2018.

 Medidor de Nível Solinst


O equipamento é utilizado em serviços para medição do nível d'água. Possui seu foco
de utilização na geohidrologia para medição do nível de lençóis d'água, rebaixamentos por
recalque, águas subterrâneas, cisternas, poços de monitoramento, taludes de barragens, rios e

lagos.

Figura 4: (a) Medidor de nível utilizado em laboratório; (b) Ilustração da parte


frontal do equipamento. .
(a) (b)

Fonte: Autores, 2019; Solinst, 2019.


UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

As especificações do instrumento são:

 Ambos os modos de nível de água estática e rebaixamento em um metro


 Uma alavanca conveniente facilita a troca entre duas funções
 Utiliza fita plana muito durável e com marcação precisa de laser
 Comprimentos de fita de até 5000 pés (1500 m)
 As fitas de substituição são intercambiáveis com outros medidores
 Tem a mesma sonda submersível robusta que o 101 P7 Medidor de nível de água

3.2. ENSAIO EM LABORATÓRIO


 Experimento
O Ensaio foi realizado no período da manhã no Laboratório de Engenharia Sanitária e
Ambiental – LAESA. O motor bomba do sistema hidráulico foi ligado para recalcar água para
a parte superior e assim gerar o fluxo de água na seção. A Figura 5 abaixo ilustra as
particularidades que compõem o sistema.
Logo em seguida, as medidas de velocidades foram identificadas no dispositivo
LabQuest2, onde foram registradas por cada grupo.O professor Helio fez variações verticais e
em outros pontos da seção do sistema para obter diferentes registros de velocidade (Figura 5).

Figura 5: Molinete sendo introduzido na seção do sistema hidráulico.

Fonte: Autores, 2019.


UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

 Ensaio: Medidor de Nível


O professor Giovanni Penner fez uma demonstração com o Medidor de nível da
Solinst, utilizando como exemplo uma situação hipotética de vazamento de combustível
Diesel. Basicamente, o sensor foi depositado no recipiente que continha o diesel e apartir do
momento que ele entrou em contato com o combustível, o equipamento começou a emitir um
bipe. O professor equilibrou o sensor até encontrar o ponto de contato dele (Figura 6), ou seja,
onde seria feita a marcação da profundidade em que o diesel estaria. Isto só ocorre quando o
bipe faz um tipo de som contínuo.

Figura 6: Demonstração utilizando o medidor de nível.

Fonte: Autores, 2019.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

O objetivo do molinete é medir a velocidade e a área da seção transversal por onde flui
o escoamento, a partir dessas informações e da equação 01 abaixo, será possível encontrar o
valor da descarga do fluxo.
Q = v . A (1)
Onde:
V é a velocidade do escoamento em m/s.
A é a área da seção transversal em m².

Primeiro é calculada a área da seção transversal a apartir da equação 02.


UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

A = h. L (2)
Onde:
h é a altura da seção em m.
L é o comprimento da seção em m.

No ensaio foram medidos os valores de h e L que corresponderam respectivamente a 0,109 m


e 0,158 m, que pela formula resultará em uma área de 0,0172 m².

Figura 7: Seção do sistema hidráulico.

L = 0,158 m

h = 0,109 m

Fonte: Autores, 2019.

Foram registradas duas velocidades, uma no inicio do procedimento igual a 0,016 m/s e outra
no final correspondendo a 0,101 m/s. Apartir dessas informações aplicamos os valores na
equação 01 abaixo:
Q = v. A (1)
Para a primeira medição de velocidade a vazão foi igual a:
Q = 0,016. 0,0172
Q = 0,00028 m³/

Para a segunda medição de velocidade a vazão foi igual a:


Q = 0,101. 0,0172
Q = 0,00174 m³/s
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

 Perda de Carga na CMB


Para a determinação da perda de carga não foi possível utilizar a formula de Hazen
Willians, pois só é recomendada para tubulações a partir de 50 mm, por isso foi utilizada a
equação de Fair-Whiplle-Hsiao apropriada para tubos menores que 4 polegadas (100 mm).

hf = (4)

Em que:
hf: perda de carga distribuída;
Q: vazão;
D: diâmetro da tubulação;
L: comprimento da tubulação.

Para a determinação da perda de carga das particularidades (Figura 9) do sistema, foi utilizado
o método dos comprimentos equivalente. Na figura abaixo temos as conexões que compõe a
elevatória.

Figura 8: Particularidades do Sistema Hidráulico.

Fonte: Autores, 2019.


UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

A partir das peças foram organizados em uma tabela os comprimentos equivalentes de


cada unidade, conforme mostra tabela 1 abaixo.

Tabela 1: Perda de carga das conexões componentes do sistema hidráulico.


Sucção Nº Leq Leq Total
1 Curva raio longo com flanges PVC Ø 32 mm; 2 0,6 1,2
2 Tubo Soldável PVC Ø 25 mm L = 1,25 m; 1,25 1,25 1,25
Total dos comprimentos equivalentes da Sucção Total 2,45
Recalque Nº Leq Leq Total
1 Curva raio longo com flanges PVC Ø 32 mm; 3 0,6 1,8 3 0,6 1,8
2 Tubo Soldável PVC Ø 50 mm. 1,02 1,02 1,02
Total dos comprimentos equivalentes do Recalque Total 2,82
: Total do sistema 5,27

Após os cálculos dos comprimentos equivalentes totais do sistema hidráulico, o


resultado foi aplicado à equação (4) de Fair-Whiplle-Hsiao para encontrar a perda de carga da
sucção e do recalque. Feito isso, aplicamos na formula da altura manométrica, isto é, a altura
que o liquido precisará vencer para alcançar a o nível do protótipo. Segue abaixo a seguinte
equação:
Hman = Hg + hf (total) (5)
Em que:
Hman: altura manométrica total;
Hg: altura geométrica total;
hf: perda de carga total (distribuída + localizada ).

É importante observar que a altura geométrica nesta situação será igual à zero, pois o nível da
unidade de sucção é o mesmo do recalque.

Tabela 2: Altura manométrica de cada vazão.


Sucção Recalque Altura Manométrica
nº Q (m³/s) DØ (m) Leq (m) Hf nº Q (m³/s) DØ(m) Leq (m) Hf hftotal hg Hman
1 0,00028 0,032 2,45 0,017 1 0,00028 0,032 2,82 0,019 0,0360 0 0,0360
2 0,00174 0,032 2,45 0,410 2 0,00174 0,032 5,27 0,881 1,2910 0 1,2910
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após a descrição do relatório foi possível absorver integralmente os conhecimentos


sobre os métodos de vazão e os instrumentos mais avançados em tecnologia, que tornam cada
vez mais ágil a busca pelas informações necessárias para um trabalho futuramente. Conforme
os resultados, conclui-se que o método pelo molinete é um dos mais avançados, desde que a
coleta dos dados seja feita em vários pontos do rio.

6. REFERENCIAS

BONIFÁCIO, C. M.; FREIRE, R. Comparação de três métodos para a medição da vazão


e velocidade aplicados em dois cursos d’água da Bacia do Ribeirão Maringá. Periódico
Eletrônico Fórum Ambiental da Alta Paulista, 9(2). 2013.

RICARDO, M., VIANA, A. N. C., SILVA, L. F., BERNARDES, M. E. C. Análise e Aplicação


de Perfiladores Acústicos Doppler para Medição de Vazão de Pequenas Centrais
Hidrelétricas. In: VI SIMPÓSIO BRASILEIRO SOBRE PEQUENAS E MÉDIAS CENTRAIS
HIDRELÉTRICAS. Anais... Comitê Brasileiro de Barragens, Belo Horizonte, 2008.

LEWIN, J. Meander development and floodplain sedimentation: a case study from mid-
Wales. Geological Journal, 13:25-36, 1978.

BRIDGE, J. Rivers and Floodplains. Ed. Blackwell Science. 2003. 380p.

LEOPOLD, L.B. & MADDOCK, T. 1953. Hydraulic geometry of stream channels and som
physiographic implications. US Geological Survey. 252p.

S-ar putea să vă placă și