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História Do Direito
Professor: Felipe Cavalieri
Aluno: Liliane de Sant’Anna
Com a chegada da corte real ao Brasil, vieram, também, os juízes, que eram chamados
de ouvidores do cível e ouvidores do crime (o nome variava conforme a especialidade
que julgavam). Estes juízes formaram o que denominou-se Casa da Justiça da Corte.
Além das Ordenações, as fontes normativas utilizadas pelo judiciário da época eram:
E assim paralela a evolução histórica do país, crescia o conjunto de leis que davam
personalidade jurídica a nação. Assim como, o conjunto de cargos para a aplicação das mesmas.
E o conjunto de formalidades para a aplicação deste tipo de Direito. Ao final do período colonial
existia a seguinte ordenação:
1ª Instância
Juiz de Vintena (Juiz de paz para os lugares com mais de 20 famílias,
decidindo verbalmente pequenas causas cíveis, sem direito a apelação ou agravo
(nomeado por um ano pela Câmara Municipal).
Juiz Ordinário (eleito na localidade, para as causas comuns);
Juiz de fora (substituía o ouvidor da comarca).
2ª Instância
Relação da Bahia (de 1609 a 1758, teve 168 Desembargadores);
Relação do Rio de Janeiro.
3ª Instância
Casa da Suplicação;
Desembargo do Paço;
Nos dias atuais falar-se em importância de ritos pode parecer supervalorizar a forma do
ato, em detrimento do ato em si. Contudo, tentar visualizar uma época na qual esta formalidade
inexista seria o mesmo que tentar conceber um direito desprovido de exequibilidade. Não
importa o quão protegido e bonito pareça um direito quando está escrito na letra morta da lei.
Mas, na prática, quais elementos garantem que tal direito será assegurado? Como pensar em
habeas corpus assegurado, sem que se conceba um local, a data, a hora e as condições
necessárias para se encontrar um juiz que o assine antes que o impetrante sofra o dano? À
medida que ia crescendo o ordenamento jurídico tais lacunas iam sendo preenchidas.
Em 1891 nasceu a segunda Constituição brasileira a mesma foi promulgada, e nela foi
extinto o Poder Moderador. Permaneceu a Constituição dos três poderes, Executivo,
Legislativo, e Judiciário. Definia que o Estado seria laico, ou seja, separado da Igreja e assim
tentava dar aspecto mais imparcial as decisões ali proferidas. Em 1934 nascia a terceira
Constituição Brasileira e a mesma trouxe a novidade da criação da Justiça do Trabalho. Durou
apenas dois anos e em 1937 nascia a quarta Constituição brasileira, a mesma foi outorgada, ou
seja imposta. Depois vieram as Carta Constitucional de 1946, a Carta de 1987 e depois a Carta
de 1988 que é a que vigora até hoje.
Paralelo a estes fatos, caminhava o Direito Processual tanto na esfera Penal, quanto na
esfera Civil. Em 1850 foi publicado o Regulamento 737 e 738 que vigorava junto com matéria
de Direito Comercial.
Seu objetivo era determinar a ordem do juízo no processo comercial. Foi notável
especialmente em relação à economia e simplicidade do procedimento, porém, em
virtude de prolongadas campanhas e críticas em 1871, restabeleciam-se as orientações
do antigo Código de Processo Criminal. O Governo encarregou o Conselheiro
Antônio Joaquim Ribas para reunir todas as normas relativas ao processo civil. Em
1876 a Consolidação das Leis do Processo Civil passou, então, a ter força de lei.
FRANCO, Loren Dutra. PROCESSO CIVIL - Origem e Evolução Histórica.
Disponível em http://intranet.viannajr.edu.br/revista/dir/doc/art_20002.pdf Acessado
em 20/11/2018.
Em 1939 foi idealizada uma comissão para elaborar o primeiro Código de Processo Civil
no Brasil. Este código entrou em vigor através de Decreto. E o mesmo foi reformulado em 1973
dando origem ao que se chamou de Novo Código de Processo Civil. Este código é o que vigora
até os dias atuais. Sendo que desde lá até os dias atuais passou por pequenas reformas que ora
incluíam, Ora excluíam normas e procedimentos.