Sunteți pe pagina 1din 6

Em física, série harmônica é o conjunto de ondas composto da freqüência fundamental

e de todos os múltiplos inteiros desta freqüência. De forma geral, uma série harmônica é
resultado da vibração de algum tipo de oscilador harmônico. Entre estes estão inclusos
os pêndulos, corpos rotativos (tais como motores e geradores elétricos) e a maior parte
dos corpos produtores de som dos instrumentos musicais. As principais aplicações
práticas do estudo das séries harmônicas estão na música e na análise de espectros
eletromagnéticos, tais como ondas de rádio e sistemas de corrente alternada. Em
matemática, o termo série harmônica refere-se a uma série infinita. Também podem ser
utilizadas outras ferramentas de análise matemática para estudar este fenômeno, tais
como as transformadas de Fourier e as séries de Fourier.

Índice
[esconder]

• 1 História
• 2 Os sons da série harmônica
• 3 Aplicações das séries harmônicas na música
o 3.1 Composição das escalas musicais
• 4 Construção de instrumentos musicais
• 5 Mídia
• 6 Referências

• 7 Ver também

[editar] História
Desde a antiguidade, muitas civilizações perceberam que um corpo em vibração produz
sons em diferentes freqüências. Os gregos há mais de seis mil anos já estudavam este
fenômeno através de um instrumento experimental, o monocórdio. Os textos mais
antigos de que se tem conhecimento sobre o assunto foram escritos pelo filósofo e
matemático grego Pitágoras. Aproximadamente na mesma época, os chineses também
realizavam pesquisas com harmônicos através de flautas.
Sobretom, Série harmônica (música)

Pitágoras percebeu que ao colocar uma corda em vibração ela não vibra apenas em sua
extensão total, mas forma também uma série de nós, que a dividem em seções menores,
os ventres, que vibram em frequências mais altas que a fundamental. Se o monocórdio
for longo o suficiente, estes nós e ventres são visíveis. Logo se percebeu que estes nós
se formam em pontos que dividem a corda em duas partes iguais, três partes iguais e
assim sucessivamente. A figura ao lado mostra os nós e ventres das quatro primeiras
freqüências de uma série. Para facilitar a compreensão eles são mostrados
separadamente, mas em uma corda real, todos se sobrepõem, gerando um desenho
complexo, semelhante à forma de onda do instrumento. Se colocarmos o dedo
levemente sobre um dos nós, isso provoca a divisão da corda em seções menores e torna
os ventres mais visíveis. Esta experiência pode ser feita com um violão, ao pousar um
dedo levemente sobre o 12º traste e dedilhar a corda. Isso divide a corda em duas seções
iguais e permite ver dois ventres distintos em vibração.

Pela relação entre os comprimentos das seções e as freqüências produzidas por cada
uma das subdivisões, pode-se facilmente concluir que a corda soa simultaneamente, na
freqüência fundamental (F) e em todas as suas freqüências múltiplas inteiras (2F, 3F,
4F, etc.). Cada uma dessas freqüências é um harmônico. A altura da nota produzida pela
corda é determinada pela freqüência fundamental. As demais freqüências, embora
ouvidas, não são percebidas como alturas discretas, mas sim como parte do timbre
característico da corda.

Devido à limitação da elasticidade da corda, os primeiros harmônicos soam com maior


intensidade que os posteriores e exercem um papel mais importante na determinação da
forma de onda e conseqüentemente, no timbre do instrumento. O mesmo resultado pode
ser obtido ao colocar uma coluna de ar em vibração, embora neste caso não seja
possível ver os nós e ventres da onda.

O conhecimento da série harmônica permitiu à maior parte das civilizações do mundo,


escolher, dentre todas as freqüências audíveis, um conjunto reduzido de notas que
soasse agradável ao ouvido. Pitágoras percebeu, por exemplo, que o segundo harmônico
(a nota com o dobro da freqüência da fundamental) soava como se fosse a mesma nota,
apenas mais aguda. Esta relação de frequências (F/2F, ou 2/1 se considerarmos os
comprimentos das cordas), que hoje chamamos de oitava, é percebida como neutra
(nem consonante nem dissonante). O próximo intervalo, entre o segundo e o terceiro
harmônico, (2F/3F ou 3/2) soa fortemente consonante. Este é o intervalo que hoje é
chamado de quinta. Os intervalos seguintes obtidos pela sucessão de freqüências da
série, são os de 4/3 (quarta), 5/4 (terça maior) e 6/5 (terça menor), sucessivamente
menos consonantes. Pitágoras também percebeu que intervalos produzidos por relações
de números muito grandes, como 16/15 (segunda menor) soam fortemente dissonantes.
Todos estes intervalos fazem parte dos modos da música grega e da escala diatônica
moderna. O intervalo de quinta, sobretudo, por ser o mais consonante da série, foi a
base para a construção da maior parte das escalas musicais existentes no mundo.

[editar] Os sons da série harmônica


A série harmônica é uma série infinita, composta de ondas senoidais com todas as
freqüências múltiplas inteiras da freqüência fundamental. Tecnicamente, a freqüência
fundamental é o primeiro harmônico, no entanto, devido a divergências de
nomenclatura, alguns textos apresentam a freqüência 2F como sendo o primeiro
harmônico. Para evitar ambigüidades, consideramos, no âmbito desse artigo, que a
fundamental corresponde ao primeiro harmônico. Não existe uma única série
harmônica, mas sim uma série diferente para cada freqüência fundamental. A Tabela
abaixo mostra dois exemplos de série harmonica. Uma se inicia no Lá1(110 Hz) e a
outra no Do1(132 Hz). A freqüência dá nota Do1 foi arredondada para simplificar a
tabela. Em um sistema temperado as freqüências das notas seriam ligeiramente
diferentes (Ver observações e o texto abaixo). São mostrados os 16 primeiros
harmônicos para cada série.

Lá1 Do1
# Observações
Nota Frequência(Hz) Nota Frequência(Hz)
Freqüência fundamental.
1(F) Lá1 110 Do2 131 Tecnicamente o primeiro
harmônico.
Uma oitava acima da
2 Lá2 220 Do3 262 fundamental. 2º
harmônico
Uma quinta acima do 2º
3 Mi3 330 Sol3 393
harmônico.
Duas oitavas acima da
4 Lá3 440 Do4 524
fundamental.
Todos os harmônicos
ímpares subseqüentes
5 Do#4 550 Mi4 655 soam desafinados em
relação aos equivalentes
temperados
Note que o Sol4 da série
de Do é diferente da
6 Mi4 660 Sol4 786
mesma nota na série de
Lá (linha abaixo)
7 Sol4 770 Sib4 917
Três oitavas acima da
8 Lá4 880 Do5 1048
fundamental
9 Si4 990 Ré5 1179
10 Do#5 1100 Mi5 1310
11 Ré#5 1210 Fa#5 1441
12 Mi5 1320 Sol5 1572
Veja que o Lá 5 é muito
desafinado em relação à
13 Fá#5 1430 Lá5 1703
mesma nota na série de
Lá (última linha)
14 Sol5 1540 Sib5 1834 Estas notas não
pertencem a nenhuma
escala ocidental por
terem intervalo inferior a
um semitom.
15 Sol#5 1650 Si5 1965
Quatro oitavas acima da
16 Lá5 1760 Do6 2096
fundamental

A partitura abaixo mostra as 16 primeiras notas da série iniciada em Do2, mostrada na


tabela acima.

[editar] Aplicações das séries harmônicas na música


[editar] Composição das escalas musicais

Como o intervalo de quinta é o mais consonante de todos, a maior parte das civilizações
o adotou intuitivamente para selecionar as notas que tomariam parte de suas escalas
musicais. Isso inclui além da escala diatônica usada na música ocidental, os modos
gregos e diversas escalas pentatônicas usadas na Ásia, África e por alguns povos
indígenas das Américas.

Se tomarmos por exemplo, a série harmônica cuja fundamental é a nota Do, o segundo
harmônico será o Do repetido uma oitava acima. O terceiro, será uma nota Sol, uma
quinta acima do segundo (ver tabela acima). Basta baixar de uma oitava esta nota para
que o primeiro Do e o Sol estejam a uma quinta de distância. Se, de forma semelhante,
tomarmos agora o Sol como fundamental de uma nova série obtemos, por processo
semelhante, o Ré, uma quinta acima desta nota. Procedendo sucessivamente desta
forma, as quintas vão se suceder na seqüência: Do, Sol, Ré, Lá, Mi, Si, Fá#, Do#, Sol#
Ré#, Lá# e Fá (as doze notas da escala cromática), após o que, o ciclo se repete.

Se tomarmos qualquer subconjunto deste ciclo e reordenarmos suas notas de forma que
pertençam todas à mesma oitava, teremos uma escala musical. Por exemplo, se
tomarmos as primeiras cinco notas do ciclo: Do, Sol, Ré, Lá e Mi e a reordenarmos
(transpondo o Ré o o Lá uma oitava abaixo e o Mi em duas oitavas abaixo) teremos uma
seqüência de notas ascendente: Do, Ré, Mi, Sol e Lá, uma escala pentatônica utilizada
na música chinesa.

Se tomarmos a seqüência de 7 notas: Fá, Do, Sol, Ré, Lá, Mi e Si e fizermos uma
reordenação de oitavas semelhante à mostrada acima, teremos a seqüência Do, Ré, Mi,
Fá, Sol, Lá e Si, a escala diatônica maior usada na música tonal.

Escalas microtonais, como as Ragas indianas, podem ser obtidas de forma semelhante, a
partir da série harmônica, mas nem todas as suas notas se baseiam no ciclo das quintas.
Algumas notas com intervalos menores que um tom provêm de relações entre
harmônicos mais altos, que geram ciclos mais longos que o de doze semitons da escala
cromática ocidental.

[editar] Construção de instrumentos musicais


Uma vez que a série harmônica é obtida naturalmente em qualquer oscilador harmônico
os instrumentos musicais com notas determinadas foram inicialmente construídos de
forma a utilizar apenas as notas pertencentes à série. No entanto, esse tipo de construção
gera intervalos ligeiramente desafinados, principalmente nas oitavas mais altas.
Podemos notar isso na tabela acima, comparando a mesma nota em séries diferentes.
Muitas das notas que se repetem nas duas séries possuem freqüências diferentes (como
por exemplo o Sol4 linhas 6 e 7). Isso significa que um instrumento afinado de acordo
com a série de Lá não poderia tocar em conjunto com um outro afinado de acordo com a
série de Do. Para corrigir este problema, os músicos possuíam instrumentos de sopro
afinados em diversas tonalidades diferentes, que eram usados de acordo com a
composição executada. Os instrumentos de cordas precisavam ser reafinados para cada
tonalidade diferente. Para minimizar esse problema, utilizam-se atualmente escalas
temperadas. O sistema de temperamentos, introduzido na época da música barroca,
altera as freqüências de algumas notas para permitir que todos os intervalos de quinta e
oitava sejam consonantes, mesmo que as notas obtidas fiquem ligeiramente diferentes
das notas da série harmônica. Isso permite a afinação em instrumentos polifônicos como
o piano ou o órgão ou entre instrumentos diferentes.
O conhecimento da série harmônica é importante para a construção de instrumentos
musicais, principalmente aqueles baseados na vibração de colunas de ar (instrumentos
de sopro ou aerofones). Nestes instrumentos, o ar vibra dentro de tubos. Cada tubo
possui uma freqüência fundamental derivada do comprimento do tubo. Somente as
notas da série harmônica derivada desta fundamental podem ser executadas em cada
comprimento de tubo. Para permitir a utilização destes instrumentos para executar
músicas em qualquer escala, é preciso utilizar algum meio para alterar a freqüência
fundamental do tubo e possibilitar a execução das notas que faltam na sua tessitura
original, seja através da utilização de orifícios como os da flauta ou alterando o
comprimento do tubo através de válvulas ou pistões, como em um trompete. Outra
forma de aumentar a tessitura de um aerofone é fazer instrumentos compostos de vários
tubos, como por exemplo, a flauta de pan e os órgãos.

Também para os demais instrumentos de altura definida (afináveis), o conhecimento da


série harmônica permite conseguir maior controle sobre a execução ou afinação. Em um
violão, por exemplo, podemos notar que a distância entre os trastes não é constante.
Eles ficam mais próximos na região mais aguda do braço. Esta disposição obedece a
distribuição dos nós na série harmônica da corda.

S-ar putea să vă placă și