Diante da tragédia do domingo passado, Quando perplexos assistimos impotentes, Aquilo que se previa como resultado.
Quase a tudo consumiu, o fogo faminto e ora fortuito,
História milenar destruiu, sendo apenas este o seu intuito. Que outra missão teria ele? Elemento ardente sob pressão, Diante de tanta historia largada, alimentando-lhe a combustão?
Trouxe ao coração brasileiro tristeza, frustração, quase um luto,
Memória pulverizada, ciência que se esvai como num surto. O Museu que trazia na história lembranças de tantas famílias, Agora esfria cinzento, rescaldo total entre as vias.
Este evento tão lamentável demanda de nós reflexão:
Descaso de autoridades, desmandos de uma nação… Que despreza sua história, não valoriza sua cultura A deixam na mão de algozes, comprometem uma geração futura.
Ocorre que na essência o problema, na minha visão, é religioso,
Pois todo homem diverge ou converge a um coração piedoso Já que na alma há um vazio, condição fatal vinda do pecado, Não enxerga a missão do Eterno, na cultura o seu santo mandado.
Fazem do trabalho fonte iníqua, de vil enriquecimento.
Desprezam a benção de Deus, não reconhecem do Céu o sustento. Almas rebeldes e corrompidas, usura ao leu descarada, Pensam, falam, agem e zombam, como se o Justo Juiz fosse um nada.
Mas há solução nessa história se dispostos olharmos pra dentro
E honestamente aceitarmos que nos falta com Deus um momento De voltarmos à antiga amizade, que outrora no paraíso gozávamos E que agora nos é concedida, em Cristo Jesus, restaurados.
Nos resta uma mudança de mente, inconformada transformação
Entendendo que fomos chamados, a uma vida de santa ação De viver o evangelho de Cristo, que transforma o mundo e a sociedade Encarnando a ética do amor, do serviço, do respeito e da liberdade.
Talvez outros incêndios virão, enquanto nós cristãos acanhados
Insistirmos em viver nossa fé nos nossos mundinhos privados, Deixando de ser sal e luz, num mundo que carece de exemplos. Nos posicionemos sob a Cruz e haveremos de transformar o momento.