Cremona nos coloca necessariamente uma pergunta: porque SAMZ escolheu São Paulo como Padroeiro, Guia e Mestre? A primeira resposta imediata deduzimos de suas próprias palavras: Paulo é modelo de perfeição e de caridade: “Tanto este amor é necessário que Paulo desejava ser anátema para seus irmãos”. “O douto Paulo é vivo exemplo de Cristo, e como uma coluna e como aquele que tem quase o principado do apostolado”. As palavras dos Sermões e da Carta IX, são eloquentes de por se e são justificativas também o ardor da Carta II dirigida ao Ferrari e ao Morigia. Antônio compreendeu totalmente a doutrina de Paulo (estudou sem dúvidas na preparação à ordenação sacerdotal), que em seus escritos nomeia Cristo e Croce aproximadamente 280 vezes e 353 de Paulo. Além disso 947 vezes cita o Novo Testamente, 834 são das cartas paulinas. Cita explicitamente a Bíblia em latim 82 vezes, dos quais 61 do NT, 21 do AT, e 35 do Corpus Paulino. O fato é impressionante porque além de ser percebido um componente paulino na sua linguagem, denota um estúdio aprofundado das cartas do Apostolo, faz uma releitura de sua doutrina. Resulta agora mais evidente si pensássemos que seus Escritos são poucos e muitos foram perdidos. Resta assim expor verossimilmente as afirmações de seu secretário Giambattista Soresina (1512-1601) que na entrevista oferecida em 1597 ao padre Benedetto Corte afirma: “Era muito devoto e grande imitador do Apostolo São Paolo. Continuamente tinha na mão suas Epistolas, e lendo sentia um grande gosto. E quando escrevia as suas Cartas tinha um similar estilo como aquele de São Paulo. Seus discursos eram fundados e tecidos com doutrina do mesmo Paulo., e, portanto, perante a sua morte, como ele disse estando enfermo em cama ao P. Soresina, apareceu-lhe, convidando-lhe se queria ir com ele, e o Padre responde, que voluntariamente, e assim de aquela doença foi morto. Era desejoso de escrever sobre São Paulo, pero as continuas tarefas e a rápida morte foram impedimentos”. Por: Cristóbal Ávalos Rojas