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Aula 09

Biologia p/ SEDUC-CE (Professor - Biologia) - Pós-Edital

Wagner Luiz Heleno Marcus Bertolini

11644521776 - Bruno Nogueira de Barros


Wagner Luiz Heleno Marcus Bertolini BIOLÓGICAS
Aula 09
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Prof. WAGNER BERTOLINI

AULA: GENÉTICA. PRIMEIRA LEI DE MENDEL. PROBABILIDADE


GENÉTICA. ÁRVORE GENEALÓGICA. GENES LETAIS. HERANÇA SEM
DOMINÂNCIA.

CONTEUDO PROGRAMÁTICO página


1. Conversa com o concursando 01
2. Genética. Conceitos iniciais 02
3. Primeira Lei de Mendell 06
4. Tipos de dominância 12
5. Genes Letais 1131594 15
6. Árvore Genealógica (Heredograma) 18
7. Questões 25
8. Simuladinho 39

1. CONVERSA COM O CONCURSANDO


Olá meu caro aluno
O assunto de hoje é bem longo, cheio de detalhes, mas de forma geral bem
tranquilo de se estudar.
Abordarei os temas da aula da forma mais simples o possível, porém, como nos
demais assuntos já estudados, o suficiente para responder à grande maioria das
questões da banca.

Os destaques devem ser muito bem observados. De uma maneira geral não
temos decorebas neta aula. Aliás, na Genética você deverá tirar conclusões por
conta própria, decorrentes do aprendizado e aplicação teórica das Leis de
Mendell.
A parte de heredograma (Árvore Genealógica) será muito explorada na próxima
aula também, pois, teremos a Segunda Lei de Mendell e doenças relacionadas,
influenciadas ou restritas ao sexo e aí, sim, teremos muito que ficar atentos para
resolver as probabilidades genéticas.

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Nesta aula introduzi aspectos iniciais a serem trabalhados em heredogramas.
Então, chega de papo e mãos à obra!!!!!

2. GENÉTICA. PRIMEIRA LEI DE MENDEL. PROBABILIDADE GENÉTICA.


ÁRVORE GENEALÓGICA. GENES LETAIS. HERANÇA SEM DOMINÂNCIA.
Colocarei alguns conceitos iniciais que não precisam ser decorados. Apenas
entendidos. Depois, com a resolução das questões você acabará se
familiarizando com eles.

Genética - Ciência que estuda a hereditariedade-transmissão das características


de uma espécie, de geração para geração. As características, ou caracteres,
estão contidos nos genes.

Genes: é um trecho da molécula de DNA que pode ser transcrito em uma


molécula de RNA. Cada gene é normalmente representado por uma letra
distinta. Corresponde a segmentos do cromossomo responsáveis pela
determinação de características hereditárias. Cada característica é determinada
por, pelo menos, um par de genes.

Alelos são genes que determinam um mesmo caráter. Estão localizados em um


mesmo locus (ocupam uma posição específica em determinado ponto da
extensão do cromossomo). Par de genes situados em dois cromossomos
homólogos, em um mesmo local, ou lócus.

Cromossomo: estrutura que carrega os genes, localizada no núcleo da célula. O


ser humano possui 46 cromossomos, sendo 23 de origem materna e 23 de
origem paterna.

Cromossomo homólogos: dois cromossomos correspondentes, um vindo da


mãe, outro do pai. São aqueles cromossomos que carregam os mesmos locos,
mas não necessariamente os mesmos alelos destes.

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Em organismos diploides (2n) e normais, cada um dos dois cromossomos
homólogos provém de um de seus progenitores.
Em organismos diploides (2n) e normais, os cromossomos homólogos são
encontrados aos pares dentro das células somáticas e em unidades individuais
nos gametas (n).
Por exemplo, na célula somática diploide (2n) abaixo representada, existem dois
pares de cromossomos homólogos, o primeiro representado em vermelho e, o
segundo, em azul. Em seus gametas haploides (n), são encontrados apenas um
cromossomo de cada par de homólogos.

Cromossomos não homólogos: correspondem aos cromossomos que


carregam locus diferentes.
O conjunto de cromossomos não homólogos forma o genoma de uma espécie.
Por exemplo, o genoma humano está distribuído em 23 cromossomos diferentes
e, o da vaca, em 30 cromossomos diferentes.
As células somáticas desses dois organismos costumam conter 2 cópias
completas (2n) do genoma.
Assim, as células somáticas de humanos possuem 2n = 23 pares de
cromossomos e, as da vaca, 2n = 30 pares.
Por outro lado, os gametas normais desses dois organismos contêm apenas uma
cópia completa do genoma.

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Assim, gametas humanos possuem n = 23 cromossomos diferentes e, gametas
bovinos, n = 30 cromossomos diferentes.

Homozigoto: (homo: iguais) Indivíduo que apresenta dois alelos idênticos. Os


homozigotos produzem apenas um tipo de gameta. São exemplo de
homozigotos, os indivíduos com alelos AA ou aa.

Heterozigoto ou híbrido: (hetero = diferentes) Indivíduo que apresenta dois


alelos diferentes de um caráter. Um indivíduo heterozigoto apresenta alelos Aa.

Alelo dominante: alelo que determina um caráter específico, mesmo estando


em dose simples no par de alelos. É representado por uma letra maiúscula: Aa;
Pp; AA; PP

Alelo recessivo: alelo que determina um caráter específico somente quando


aparece em dose dupla. É representado por duas letras minúsculas: aa; pp.

Genótipo e Fenótipo:
Exemplos:
Genótipo: potencial genético de um indivíduo, Fenótipo: expressão exterior do genótipo.
ou seja, os genes que ele carrega.
Pele normal
AA
pele normal
Aa
pele albina
Aa

Muitos relacionam o fenótipo do indivíduo com o meio ambiente. Porém, o


conceito de fenótipo não restringe apenas à morfologia ou aspecto exterior do
indivíduo, como muitos pensam. Está, também, relacionado ao metabolismo, à
fisiologia, aos processos bioquímicos, comportamentais, imunológicos, etc.

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LEIS DE MENDELL
As leis de Mendel cumprem-se em todos os seres vivos dotados de reprodução
sexuada e nos quais se formam células reprodutoras especiais. Em muitos
casos, porém, as proporções previstas segundo essas leis não ocorrem, em
virtude da intervenção de uma série de fatores que mascaram os resultados
previstos. Assim, muitos caracteres não dependem apenas de um par de genes,
mas de dois ou mais, de forma que, para que o caráter se torne patente e o
produto final se elabore, é necessário que todos os genes funcionem
normalmente. Se algum deles sofrer alteração, a proporção será afetada.
Muitas vezes, certos caracteres não se transmitem de forma independente
porque os genes que os codificam estão próximos um do outro num mesmo
cromossomo, no que se denomina grupo de ligação. Dessa forma, por exemplo,
se em estudos genéticos realizados em espécimes da mosca-do-vinagre os
alelos codificadores de caracteres como "corpo negro" ou "asa curva" se
encontrarem localizados no mesmo par de cromossomos homólogos, caberia
esperar que um espécime de corpo negro apresentasse sempre asas curvas. Tal
fenômeno, no entanto, não ocorre, por força do chamado crossing-over ou
sobrecruzamento.

O crossing-over ocorre no processo de divisão celular ou meiose quando dois


fragmentos cromossômicos (cromátides), cada um pertencente a um membro do
mesmo par de cromossomos, unem-se momentaneamente para mais tarde se
romperem e permutarem fragmentos. Nos casos em que se registram crossing-
over, duas cromátides com genes AB e ab passam a apresentar uma dotação
genética da forma Ab e aB. Em geral, esse tipo de inter-relação constitui o que
se denomina recombinação genética.

Alelos múltiplos e mutações. Nas experiências genéticas observou-se que,


nos alelos originais, pode produzir-se uma sucessão de alterações ou mutações
que originam os chamados alelos múltiplos. Nessas ocasiões, um gene A pode
produzir, por sucessão de mutações ao longo da evolução de uma espécie, uma
gradação de alelos aa, ab, ac e outros, com a consequente possibilidade de

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emparelhamentos aaA, abA, acA. Em cada caso, a expressão desses alelos
depende do modelo de dominância que se estabelecer.
Nesse particular, as mutações se associam às repentinas mudanças produzidas
no fenótipo de um espécime, originadas por modificações genotípicas e,
consequentemente, transmissíveis por hereditariedade. Entre as muitas
modalidades de mutação cabe citar as que produzem diminuição ou aumento da
dotação cromossômica, as que geram mudanças quantitativas num par e as que
geram perdas de fragmentos cromossômicos, ou deleções.

3. PRIMEIRA LEI DE MENDELL


Veja o que Mendell fez com diferentes linhagens puras de mesma espécie:

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GERAÇÃO F2
GENÓTIPO: 1; 2; 1.
FENÓTIPO: 3; 1.
Observe que na geração parental temos indivíduos monozigotos puros do tipo
VV ou vv.
A primeira geração passa a apresentar apenas um fenótipo e também apenas
um genótipo:
Fenótipo: sementes amarelas
Genótipo: Vv
Ocorre o que pode ser chamado de silenciamento do caráter verde das sementes
na filiação F1, mesmo tendo a presença do gameta v. Porém, este caráter passa
a se expressar novamente na filiação F2.
Observe que na filiação F2 temos diferenças marcantes:
Fenótipo: sementes amarelas e verdes
Genótipo: AMARELAS: VV ou Vv
VERDES: vv.
E estes guardam a seguinte relação:
GENÓTIPO: 1; 2; 1. (1 VV, 2 Vv, 1 vv)
FENÓTIPO: 3: 1 (3 amarelas e 1 verde)
Guarde esta relação, pois, esta pode agilizar a resoluções de questões
envolvendo a 1º Lei de Mendell. E isto economiza tempo na sua prova.

1ª Lei de Mendel: Lei da Segregação dos Fatores


“Cada característica é determinada por dois fatores que se separam na
formação dos gametas, onde ocorrem em dose simples”, isto é, para cada
gameta masculino ou feminino encaminha-se apenas um fator.

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Mendel chegou às seguintes conclusões:


 Cada característica é condicionada por um par de "fatores" alternativos.
Quanto à cor das flores, um "fator" determina flores purpuras, o outro determina
flores brancas.
Cada "fator" de um par vem de um dos genitores.
 Quando dois "fatores" são diferentes, apenas um (chamado dominante) se
manifesta; o outro (recessivo) permanece “encoberto”, sem que se manifeste no
fenótipo.
Os dois "fatores" separam-se na formação dos gametas, que são sempre
puros; ou seja, cada gameta contém apenas "um fator" de cada par.
Essas conclusões integram a primeira lei de Mendel, também conhecida como
Lei da pureza dos gametas ou Lei da Segregação de fatores: "cada característica
é determinada por um par de fatores, que se segregam durante a formação dos
gametas, os quais são sempre puros".
Atualmente esses "fatores" são chamados de alelos. As plantas que Mendel
chamou de "puras" são homozigotas, isto é, possuem um par de alelos iguais.
As plantas que Mendel chamou de "híbridas" são heterozigotas, ou seja,
possuem um par de alelos diferentes.

Abaixo temos o Quadro de Punett, (que alguns chamam de chiqueirinho) que


auxilia a determinar a relação genotípica e, indiretamente, a fenotípica. Neste
diagrama são colocados em linhas e colunas os gametas das espécies que
realizam a fecundação.

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Na sua construção deve-se estabelecer na primeira coluna a segregação
dos gametas de um dos parentais e, na primeira linha, a segregação dos
gametas do outro parental.

CUIDADO:
O quadro de Punnet dá a probabilidade de ocorrência de genótipos. Porém, a
ocorrência do fenótipo vai depender da interação entre os alelos, se existe uma
relação de dominância/recessividade ou de co-dominância.
Exemplo: fecundação a partir de indivíduos heterozigotos.
Na coluna vertical estão os gametas produzidos pelo indivíduo A e na
coluna horizontal os do indivíduo B.

B b
B BB Bb
b Bb bb

O quadro faz o levantamento das possíveis combinações entre os gametas


dos indivíduos, para um dado caráter.
Genótipo:
25% BB
50% Bb
25% bb
Proporção: 1:2:1

Fenótipo:
75% flores purpúreas
25% flores brancas
Proporção: 3:1

Exercício Resolvido

Em determinada raça de gatos, a pelagem preta uniforme é condicionada por


alelo (gene) dominante B e a pelagem branca uniforme, pelo seu alelo recessivo

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b. Do cruzamento de um casal de gatos pretos, ambos heterozigotos, qual o
resultado esperado em termos de genótipos e fenótipos?
1º passo: fazer uma associação entre genótipos e fenótipos.
A cor preta é dominante e a cor branca é recessiva. Utilizaremos a letra b
(lembre-se que é a inicial do caráter recessivo). Como a cor preta é dominante,
os genótipos BB e Bb determinarão pelagem preta, enquanto os gatos bb serão
brancos.
BB – gatos pretos (homozigotos dominantes)
Bb – gatos pretos (heterozigotos)
bb – gatos brancos (homozigotos recessivos)

2º passo: fazer o cruzamento dos genes.


Conforme o exercício, o cruzamento se deu entre um casal de gatos pretos
heterozigotos:
Bb X Bb
Utilizando um quadro, fica fácil fazer o cruzamento:

B b
B BB Bb
b Bb bb

3º passo: fazer a estatística.


De cada quatro descendentes, encontramos três pretos (BB, Bb e Bb) e apenas
um branco (bb), portanto nossa resposta fica assim:

Genótipos fenotipos proporção


BB pretos ¼ (25%)
Bb pretos ½ (50%)
bb brancos ¼ (25%)
Note que quando se cruza dois heterozigotos o resultado sempre será ¾ (75%)
para o dominante e ¼ (25%) para o recessivo.

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4. TIPOS DE DOMINÂNCIA

A) DOMINÂNCIA COMPLETA
Neste exemplo acima e outros semelhantes temos o que chamamos de
DOMINÂNCIA COMPLETA.
Por que chamamos assim? Porque, basta ter um dos gametas que ele irá
dominar o outro. Vamos numa linguagem bem simples:
Com genótipo BB dá fenótipo flor púrpura.
Com genótipo Bb dá fenótipo flor purpura.
Então, B sempre se manifesta mesmo na presença de b. Logo, b não se
manifesta e é dominado pelo B.
Observe que com genótipo bb, portanto, sem a presença de B, teremos a
expressão de b e flores com fenótipo flor branca. Logo, este é denominado de
recessivo (dose dupla, homozigoto recessivo).

B) DOMINÂNCIA INCOMPLETA
“Mistura” (característica intermediária) dos fenótipos analisados
Flor Branca (BB) X Flor Vermelha (VV)
F1 = 100% VB (flores cor-de-rosa)

PROPORÇÃO FENOTÍPICA: 1: 2: 1
DICA: você percebe que a cores das flores homozigotas puras são
BRANCA E VERMELHA. Porém, após a primeira geração aparecem flores
com cor PINK (róseas). Ora, esta cor não existia nos indivíduos da geração
parietal. O que ocorreu, então?
Muito importante: a cor rosa é decorrente da cor vermelha se expressando
concomitantemente com a cor branca. Ou seja: ambas se expressam sem

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uma dominância completa. Logo, ambas “dominam” a outra parcialmente.
Pode-se entender como uma mescla das cores. O rosa é decorrente da
mescla da cor vermelha com a branca.
Observe que na F1 da dominância completa aparece uma das cores que JÁ
EXISTE na linhagem parietal. Aqui aparece apenas uma cor, porém, esta
NÃO EXISTE na geração parietal.
CRUZAMENTO DE DUAS HETEROZIGOTAS (COR ROSA)
F2 = Genótipos: 1/4 VV, 1/2 VB, 1/4 BB.
Fenótipo:
1/4 plantas com flores vermelhas
2/4 plantas com flores cor-de-rosa
1/4 plantas com flores brancas
Observe que voltamos a ter uma nova relação fenotípica, agora, com uma
característica diferente da que existia na geração parietal.

C) CO-DOMINÂNCIA
PROPORÇÃO FENOTÍPICA: 1: 2: 1
DIFERENÇA: OS DOIS ALELOS SE MANIFESTAM
NÃO TERIAMOS “MISTURA DE CORES” COMO NA PLANTA ACIMA, mas as
duas características na mesma espécie gerada.
Neste tipo de caso, nós teríamos ambos os alelos se manifestando
completamente. Vou dar um exemplo fácil de diferenciar dominância incompleta
e Codominância:
INCOMPLETA:

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- Do cruzamento de vacas monozigotas de cor branca com boi monozigoto de
cor preta nasceriam bezerros de cor acinzentados (mescla da cor) na geração
F1.
Na imagem temos o fato acima mencionado, porem, com cores vermelha e
branca.

CODOMINÂNCIA
- Do cruzamento de vacas monozigotas de cor branca com boi monozigoto de
cor preta nasceriam bezerros malhados com cor branca e preta (não ocorre
mescla das cores, ambas se expressariam) na geração F1.
Olha a cara da vaquinha abaixo. Olha o ânimo da bichinha. Parece com
concursanda no sábado à noite, kkkk. (sem ofensas às mulheres, viu? Só
questiono a disposição dela).

CARACTERÍSTICAS DOMINANTES

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Covinha
Dedo mínimo dobrado para
Cabelos convergindo ou linha no
dentro, se a mão está em queixo
para um ponto na testa
repouso

Presença de sardas Capacidade de enrolar a língua

Ausência de dentes incisivos laterais

CARACTERÍSTICAS RECESSIVAS

Cílios curtos, com


Ausência de pelos no
menos de 1 cm.
segmento médio dos dedos Cera de orelha cinzenta e
(falanginha) quebradiça, em relação à
cera castanha e úmida e
pegajosa. Lobo da orelha
preso, em relação
Nariz pequeno, reto em
ao lobo solto
relação ao nariz grande e
convexo

Deslocamento da última falange do polegar em


ângulo superior a 30º em relação à segunda
falange

Estudaremos um tipo de codominância muito importante para seu concurso: o


sistema ABO. Este é um caso de polialeia. Iremos estudar isto futuramente, na
próxima aula.

RESUMINDO:
A Figura abaixo procura explicar de uma maneira simplificada
como interpretar esses diferentes tipos de interações alélicas:

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5. GENES LETAIS
MODIFICAÇÕES DAS PROPORÇÕES FENOTÍPICAS DA LEI DE MENDELL
Quando nos referimos à primeira Lei de Mendell temos fixa a proporção
fenotípica de 3:1. Mas, em alguns casos não observamos tal situação.
Um dos casos se refere aos genes LETAIS ou ALELOS LETAIS.
Para resumir esta situação guarde as características abaixo
ALELOS LETAIS
MODIFICA A PROPORÇÃO FENOTÍPICA:
CRUZAMENTO HETEROZIGOTO
HOMOZIGOTO DOMINANTE NÃO SE DESENVOLVE.
Ou seja: o homozigoto dominante vem a óbito, não mantendo, então, a
proporção 3:1, que passa a ser de 2:1.
PROPORÇÃO FENOTÍPICA ALTERADA POR ALELOS LETAIS 2: 1

Alguns destes genes letais se manifestam em humanos após o nascimento.


Outros podem se manifestar durante a infância e outros apenas na idade
adulta.
Dentre as que se manifestam na infância podemos citar os casos de fibrose
cística e distrofia muscular de Duchenne (anomalia que acarreta a degeneração
da bainha de mielina nos nervos).

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Podemos citar casos que se manifestam na fase adulta: doença de Huntington,
em que há a deterioração do tecido nervoso, com perda de células do cérebro,
acarretando perda de memória, movimentos involuntários e desequilíbrio
emocional.

Temos alguns exemplos em humanos:


Nos humanos alguns genes letais provocam a morte do feto. É o caso dos genes
para acondroplasia, por exemplo. Trata-se de uma anomalia provocada por
gene dominante que, em dose dupla, acarreta a morte do feto, mas em dose
simples ocasiona um tipo de nanismo, entre outras alterações.

Anemia Falciforme – Doença hereditária que causa a malformação das


hemácias, que assumem forma semelhante a foices (de onde vem o nome da
doença), com maior ou menor severidade de acordo com o caso, o que causa
deficiência do transporte de oxigênio nos indivíduos acometidos pela doença. Os
indivíduos que costumam apresentar esta doença são originários do Continente
Africano, na Europa Mediterrânea, Oriente Médio e certas regiões da Índia.
A expectativa média de devida fica entre 42 e 48 anos, em indivíduos masculinos
e femininos, respectivamente.
A morte prematura decorre de complicações relacionadas à anemias, entre estas
podemos citar megaesôfago, cardiomiopatia restritiva, sepse, doenças das vias
biliares e câncer no intestino.

Doença de Huntington – Distúrbio neurológico hereditário raro que possui uma


prevalência de 3 a 7 casos por 100 000 habitantes. Esta doença tem sido
bastante estudada nas últimas décadas, sendo que em 1993 foi descoberto o
gene causador da doença.

Fenilcetonúria – Doença genética caracterizada pelo defeito ou ausência da


enzima fenilalanina hidroxilase (PAH).

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Hemofilia – Doença genética hereditária que incapacita o corpo de controlar
sangramentos, uma incapacidade conhecida tecnicamente como diátese
hemorrágica.

O QUE É PENETRANCIA?
Alguns genes sempre que estão presentes se manifestam. São chamados de
altamente penetrantes.
Outros genes possuem uma penetrância incompleta, ou seja, apenas uma
parcela dos portadores do genótipo apresenta o fenótipo correspondente.
Observe que o conceito de penetrância está relacionado à expressividade do
gene em um conjunto de indivíduos, normalmente apresentado em
percentagem.
Assim, por exemplo, podemos falar que a penetrância para o gene para a doença
de Huntington é de 100%, o que quer dizer que 100% dos portadores desse gene
apresentam (expressam) o fenótipo correspondente.

Por outro lado, existe uma doença hereditária rara chamada de hipoplasia
ovariana (total ou parcial) que pode levar à infertilidade parcial ou total das vacas
afetadas. Clinicamente, os ovários destes animais são pequenos, consistentes
e lisos. Quando a hipoplasia é parcial, os cios são regulares e muito espaçados.
E, no caso de hipoplasia total e bilateral, os animais apresentam trato reprodutivo
infantil e nunca manifestam cio. Embora essa doença seja de herança recessiva,
nem todas as fêmeas homozigotas recessivas manifestarão esse problema.
Sendo assim, diz-se que esta característica exibe penetrância incompleta.

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Observe no esquema à esquerda que todos os indivíduos de genótipo AA


apresentam um mesmo padrão fenotípico para as manchas vermelhas. Por outro
lado, no esquema à direita, nem todos os indivíduos com um mesmo genótipo
irão expressar o caráter, no caso, as manchas verdes.

6. HEREDOGRAMA OU ARVORE GENEALÓGICA


Heredograma, árvore genealógica ou carta genealógica, é uma representação
gráfica dos indivíduos e suas relações de parentesco.
O heredograma permite o estudo genético das características dos indivíduos,
Além disso, também permite uma avaliação dos riscos de um determinado casal
vir a ter filhos com problemas de origem genética.
As convenções, a seguir, são as mais usadas para se elaborar um heredograma.

Simbologia e seus significados

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A montagem de um heredograma obedece a algumas regras:


1ª) Em cada casal, o homem deve ser colocado à esquerda, e a mulher à direita,
sempre que for possível.
2ª) Os filhos devem ser colocados em ordem de nascimento, da esquerda para
a direita.
3ª) Cada geração que se sucede é indicada por algarismos romanos (I, II, III,
etc.). Dentro de cada geração, os indivíduos são indicados por algarismos
arábicos, da esquerda para a direita. Outra possibilidade é se indicar todos os
indivíduos de um heredograma por algarismos arábicos, começando-se pelo
primeiro da esquerda, da primeira geração.

ASSOCIANDO HEREDOGRAMA E TIPOS DE DOMINÂNCIA


Herança autossômica dominante:
Na herança autossômica dominante clássica, todo indivíduo afetado em um
heredograma possui um genitor afetado, que por sua vez também tem um genitor
afetado, e assim por diante até onde o distúrbio possa ser localizado (o que
depende de quando a genealogia da família começou) ou até o ponto (ancestral)
onde ocorreu a mutação original desse gene.
- A herança autossômica dominante distingue-se facilmente da herança
dominante ligada ao X quando se analisa o seu padrão de transmissão e
expressão entre machos e fêmeas.

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- A maioria das mutações gênicas responsáveis por distúrbios dominantes são
raras na população quando comparadas com os respectivos alelos recessivos
que condicionam o fenótipo normal. Isso ocorre porque, dependendo do grau de
acometimento do distúrbio, a própria seleção natural se encarrega de eliminar os
portadores desses alelos da população.
- Assim, dada a sua raridade, nos acasalamentos que produzam descendentes
com uma doença autossômica dominante, um genitor afetado geralmente é
heterozigótico para a mutação e o outro é homozigótico para o alelo recessivo
normal. Portanto, cada descendente desse casal – quer seja macho ou fêmea –
normalmente tem uma chance de 50% de receber o alelo dominante ou o
recessivo do genitor afetado.

Herança autossômica recessiva:


Os fenótipos autossômicos recessivos são mais raros de serem detectados que
os autossômicos dominantes, tendo em vista que os indivíduos afetados têm que
herdar uma cópia do alelo de cada um de seus genitores. Vale lembrar que o
risco de um descendente receber uma cópia do alelo recessivo de genitores
heterozigotos é 0,5 x 0,5 = 0,25 ou 25%.
Assim, em uma determinada população, a maioria das cópias dos genes
responsáveis pelos distúrbios autossômicos recessivos estará normalmente
presentes nos indivíduos normais heterozigotos. Logo, eles podem ser
transmitidos nas famílias por numerosas gerações sem que sejam detectados,
até que nasça um indivíduo afetado.

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Acredita-se que cada animal de reprodução sexuada possua alguns genes
responsáveis por distúrbios autossômicos recessivos que, se estivessem em
homozigose, seriam intensamente nocivos ou mesmo letais.
Este conjunto de genes prejudiciais mascarados nos genomas dos indivíduos
heterozigotos é conhecido como carga genética. A presença desses genes
recessivos ocultos normalmente não é revelada nos descendentes, a menos que
o portador se acasale por acaso com alguém que possua uma mutação nociva
neste mesmo loco.
O risco de isso acontecer é maior se esses indivíduos forem aparentados, já que
indivíduos não aparentados tem uma chance maior de serem portadores de
alelos recessivos deletérios para locos diferentes.
Assim, a consanguinidade entre genitores normais que produzem um indivíduo
com um determinado distúrbio hereditário é uma forte evidência (embora não
seja garantia absoluta) em favor de que sua herança seja autossômica recessiva.

Qual é um bom procedimento para buscar verificar se é um caso de


herança recessiva?
O primeiro passo é observar todos os casais do heredograma. Veja que temos
um casal, por exemplo, é representado por dois indivíduos normais e uma filha
portadora da doença.

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Neste caso, já é possível determinar se a doença é dominante ou recessiva.
Lembre-se de que apenas indivíduos heterozigotos podem ter um filho com
características diferentes das apresentadas por eles, logo a mãe possui genótipo
Aa e o pai também é Aa. A filha apresenta genótipo aa, assim como todos os
outros indivíduos afetados. Podemos concluir, então, que a doença é
determinada por um alelo recessivo.

Como analisar um heredograma?


Vejamos um exemplo:

Observe os indivíduos deste heredograma


Os indivíduos pintados de preto possuem uma doença que desejamos saber se
é determinada por um alelo recessivo (a) ou dominante (A).
O primeiro passo é observar todos os casais do heredograma. O primeiro casal,
por exemplo, é representado por dois indivíduos normais e uma filha portadora
da doença.

Observe o primeiro casal com indivíduos normais e a filha portadora


Neste caso, já é possível determinar se a doença é dominante ou recessiva.
Lembre-se de que apenas indivíduos heterozigotos podem ter um filho com
características diferentes das apresentadas por eles, logo a mãe possui genótipo
Aa e o pai também é Aa. A filha apresenta genótipo aa, assim como todos os
outros indivíduos afetados. Podemos concluir, então, que a doença é
determinada por um alelo recessivo.

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Observe agora o segundo casal:

Observe o segundo casal, em que a mulher é afetada e o homem e a filha não é


afetada.
Como a mãe é portadora da doença e apresenta genótipo aa, sua filha deverá
herdar um de seus alelos recessivos. Como a filha é normal, seu genótipo é Aa,
sendo que o alelo a veio de sua mãe. O pai é normal, entretanto é impossível
determinar se ele é AA ou Aa, pois não temos os genótipos de seus pais.
Observe agora o terceiro e último casal:

Observe o terceiro casal, em que o homem é portador, assim como seu filho.
Já sabemos o genótipo do pai, entretanto, a mãe permanece incógnita. Por ser
um indivíduo normal, filha de pais heterozigotos, ela poderia ser AA ou Aa. Mas
observe que seu filho é aa, então um a veio do pai e o outro, da mãe. A mãe é,
portanto, Aa.
Por fim, restou apenas o filho do primeiro casal, que pode ser AA ou Aa, pois é
um indivíduo normal, filho de pais heterozigotos. Esse indivíduo também não terá
seu genótipo informado, pois não possui descendentes. Só podemos concluir
que ele possui um alelo A.

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Assim, finalizamos a análise do heredograma proposto.
Basta treinar um pouco que você conseguirá ficar fera nestas análises.

EXEMPLO:
Em coelhos, o alelo autossômico S para pelo curto é dominante sobre o
alelo s para pelo longo. Analise os heredogramas abaixo e indique os
possíveis genótipos dos indivíduos, bem como a probabilidade de que os
descendentes apontados nasçam com pelos longos:
Em primeiro lugar, devemos tentar estabelecer os genótipos dos indivíduos
envolvidos. Percebemos que, para alguns, o seu genótipo pode ser
correlacionado diretamente com o seu fenótipo (como os indivíduos de pelos
longos, que são ss) ou com o genótipo de seus progenitores (por exemplo, um
indivíduo de pelos curtos que tem um dos progenitores de pelo longo deverá ser
heterozigoto Ss). Para outros, somente teremos certeza que eles carregam ao
menos uma cópia do alelo dominante (S_), já que são normais.

Na situação A, se tem certeza sobre o genótipo de ambos os progenitores. Como


eles certamente são heterozigotos (Ss), a chance de gerarem um filhote de pelos
longos (ss) é 1/4 ou 25%.

Na situação B, se tem certeza apenas do genótipo heterozigoto do macho (Ss).


A fêmea sabemos apenas que ela é normal e que tem uma avó afetada.
Portanto, sua mãe heterozigota, pode ter passado ou não o alelo s para ela.
Então, neste caso, temos um exemplo de probabilidade condicional. Como vimos

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em aulas anteriores, a chance dessa fêmea ser heterozigota sabendo de
antemão que ela é normal será de 2/3. Portanto, temos a probabilidade do macho
ser heterozigoto (1 ou 100%), da fêmea ser heterozigota (2/3 = 66,67%) e,
sabemos que a chance de um casal heterozigoto ter um filhote de pelo longo (ss)
é 1/4 ou 25%. Assim:
P(filhote ter pelos longos) = 1 x 2/3 x 1,4
P(filhote ter pelos longos) = 0,1667 ou 16,67%

Na situação C, não se tem certeza sobre o genótipo tanto do macho como da


fêmea. Ou seja, como ambos têm pelos normais, a chance deles serem
heterozigotos (já que eles têm ancestrais de pelos longos) é 2/3. Assim:
P(filhote ter pelos longos) = 2/3 x 2/3 x 1,4
P(filhote ter pelos longos) = 0,1111 ou 11,11%

7. QUESTÕES
01. (UFRJ). As variações na cor e na forma do fruto de uma espécie diploide de
planta estão relacionadas às variações nas sequências do DNA em duas regiões
específicas, vc e vf.
Duas plantas dessa espécie, uma delas apresentando frutos vermelhos e
redondos (Planta A), outra apresentando frutos brancos e ovais (Planta B),
tiveram essas regiões cromossômicas sequenciadas.
As relações observadas entre o fenótipo da cor e da forma do fruto e as
sequências de pares de nucleotídeos nas regiões vc e vf nessas duas plantas
estão mostradas nos quadros a seguir:

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Identifique as sequências de pares de nucleotídeos das regiões cromossômicas


vc e vf de uma terceira planta resultante do cruzamento entre a Planta A e a
Planta B. Justifique sua resposta.
Resolução:

As plantas “A” e “B” são homozigóticas para as regiões vc e vf, logo, cada uma
delas produzirá apenas um tipo de gameta em relação a essas regiões. A planta
resultante do cruzamento será necessariamente heterozigótica.

02. (UERJ). No início do século XX, a transmissão das informações genéticas


para os descendentes era explicada por algumas hipóteses sobre as leis da
hereditariedade, como a mendeliana e a por mistura.
Observe os esquemas:

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(Adaptado de RIDLEY, Mark. Evolução. Porto Alegre: Artmed, 2006.)

Suponha que, em um indivíduo de uma população com reprodução sexuada,


apareça, por mutação, um gene raro que confira ao seu portador características
vantajosas.
Indique, para cada uma das hipóteses representadas, se há ou não possibilidade
de aumento da frequência do gene mutante na descendência desse indivíduo e
justifique suas respostas.
Resolução:
Hereditariedade mendeliana: há possibilidade, pois os genes são transmitidos
inalteradamente para a próxima geração; pode haver mistura dos fenótipos dos
genitores, mas não dos genes individualmente.
Hereditariedade por mistura: não há possibilidade, pois esta hipótese propõe
uma mescla de genes, não permitindo a seleção do gene mutante.

03. (UFU MG). Na família de Maria existe uma doença hereditária que afetou
alguns membros da família. A primeira manifestação da doença foi em seu avô
Pedro, como demonstra o heredograma a seguir.

Analise o heredograma e responda as questões propostas.

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a) A doença em questão é mais provavelmente de caráter dominante ou
recessivo? Justifique.
b) A doença é uma herança ligada ao sexo? Justifique.
c) Os indivíduos de números 1 e 2 são homozigotos ou heterozigotos para a
doença?
d) Caso Maria se case com o indivíduo 2, qual a probabilidade de o casal ter
uma criança afetada pela doença?
Resolução:
a) Considerando que uma mutação em um dos gametas que originaram o
Sr. Pedro é um evento que apresenta menor probabilidade de ocorrência do que
a aquisição de caracteres já existentes nos progenitores, a doença é mais
provavelmente de caráter recessivo. Assim, como a primeira manifestação da
doença foi observada no Sr. Pedro, pode-se inferir que seus genitores eram
normais para o caráter considerado. De fato, quando pais não manifestam a
doença e um de seus descendentes apresenta a anomalia, o genótipo dos
genitores é heterozigoto e a doença é condicionada por um alelo recessivo.
b) A doença em questão não é uma herança ligada ao sexo. De fato, se fosse
ligada ao cromossomo X, todos os irmãos do sexo masculino de Maria
apresentariam a anomalia, visto que a mãe de Maria possui caráter afetado.
c) Considerando a doença de caráter recessivo, os indivíduos 1 e 2 serão
homozigotos.
d) A probabilidade de o casal ter um filho afetado pela doença é de 50%.

04. (UFPA). Analise o heredograma a seguir, que demonstra a segregação de


uma característica hereditária considerada em indivíduos afetados:

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Considerada a análise, é correto afirmar:


a) A característica das fêmeas e macho afetados é recessiva.
b) A característica dos indivíduos afetados é dominante ligada ao sexo.
c) Os indivíduos 2 e 4 são heterozigotos.
d) Os indivíduos enumerados de 5 a 8 são homozigotos dominantes e os
indivíduos de 9 a 11 são heterozigotos.
e) Os indivíduos 12 a 14 são homozigotos recessivos portadores letais.
Resolução: A.
Observe que temos casal normal (8 e 9) com filho afetado (13). Logo, trata-se de
um caso de herança recessiva.

05. (UNIMONTES MG/2007). O heredograma abaixo representa uma família


com alguns indivíduos acometidos por uma doença causada por um gene com
segregação independente. Analise-o e responda às questões a seguir.

a) CITE o nome do tipo de herança envolvida.


b) CITE o grau de parentesco entre os seguintes indivíduos:

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III.1 e III.2 :
II.2 e II.3 :
c) Se o casal II.3 e II.4 tiver outro filho, qual a probabilidade de esse filho não
apresentar a doença?
Deixe expressos os cálculos efetuados.
Resolução:
a) herança autossômica dominante.
Veja a resolução do heredograma:

b) III 1 e III 2: primos


II 2 e II 3: cunhados
c) 50%

06. (UFRJ). A anemia falciforme é causada por uma mutação que produz uma
alteração na sequência de aminoácidos da hemoglobina. Essa alteração pode
ser detectada pela técnica da eletroforese.
O diagrama abaixo mostra o resultado do fracionamento por eletroforese da
hemoglobina extraída de três indivíduos: A, normal, e B e C com anemia
falciforme. Cada banda representa uma hemoglobina, alterada ou não.

Explique por que o indivíduo B apresenta os dois tipos de hemoglobina.

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Resolução:
Porque o indivíduo B é um heterozigoto, portador do alelo para anemia falciforme
e do alelo normal, e por isso produz as duas formas de hemoglobina.

07. (UNICAMP SP). A herança da cor do olho na espécie humana geralmente é


representada simplificadamente como um par de alelos, A (dominante,
determinando cor castanha) e a (recessivo, determinando cor azul). Baseando-
se nessa explicação, analise as afirmações abaixo, proferidas por casais em
relação à cor dos olhos de seu bebê, verificando se elas têm fundamento.
Justifique sua resposta.
a) Afirmação de um casal de olhos azuis: “nosso bebê poderá ter olhos
castanhos porque as avós têm olhos castanhos”.
b) Afirmação de um casal de olhos castanhos: “nosso bebê poderá ter olhos
azuis porque o avô paterno tem olhos azuis”.
Resolução:
a) Essa afirmação é falsa. Tendo o casal olhos azuis, o genótipo de ambos
é aa e não poderão ter filhos de olhos castanhos (A).
b) Essa afirmação também é falsa. O fato de o avô paterno ter olhos azuis
garante que o pai da criança possui o gene a. Isso, no entanto, não é condição
suficiente para o nascimento de uma criança de olhos azuis (aa). O gene a,
afinal, não está necessariamente presente no genótipo da mãe da criança.

08. (UFRJ). Alguns centros de pesquisa na Inglaterra estão realizando um


programa de triagem populacional para detectar a fibrose cística, uma doença
autossômica recessiva grave particularmente comum em caucasianos.
Toda pessoa na qual o alelo recessivo é detectado recebe orientação a respeito
dos riscos de vir a ter um descendente com a anomalia. Um inglês heterozigoto
para essa característica é casado com uma mulher normal, filha de pais normais,
mas cujo irmão morreu na infância, vítima de fibrose cística.
Calcule a probabilidade de que esse casal venha a ter uma criança com fibrose
cística. Justifique sua resposta.
Resolução:
A probabilidade de o homem ser heterozigoto é igual a 1,0 (certeza).

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A mulher é normal e tem um irmão afetado. Considerando “A” o alelo normal e
“a” o alelo que determina a fibrose cística, os pais são necessariamente
heterozigotos ( Aa ) e ela pode ser AA, Aa, ou aA, com igual probabilidade para
cada genótipo. Logo, a probabilidade de que ela seja heterozigota é igual a 2/3.
A probabilidade de que um casal heterozigoto tenha um filho homozigoto
recessivo é igual a ¼.
Logo, a probabilidade de o casal ter um filho com a doença é: 1,0.(2/3).(1/4) =
2/12 = 1/6

09. (UFRJ). O gráfico representa a taxa de pares de alelos em heterozigose em


três espécies diferentes de animais.


seres humanos

cães


chitas

0 2 4 6 8 10 12
Pares de alelos em heterozigose
(em porcentagem)

Qual das três espécies terá menor probabilidade de sobreviver se o ambiente


em que vive for alterado?
Justifique sua resposta.
Resolução:
Os chitas ou guepardos, pois sua baixa heterozigose indica reduzida
variabilidade genética. Essa reduzida variabilidade pode dificultar a adaptação a
um novo ambiente

10. (EFEI MG). Em algumas espécies caprinas existe um gene autossômico


responsável pela característica de possuir chifres ou não. O gene dominante (A)
caracteriza os caprinos sem chifres. Entretanto, o indivíduo sem chifres
homozigoto (AA) não chega a se desenvolver embriologicamente, e, quando
chega a nascer, o filhote é hermafrodita e estéril. Nos dois casos seguintes,
caracterize os genes dos pais relativo a esta característica (Aa ou aa).
a) Pai com chifre e filhote sem chifre

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b) Filhote hermafrodita
c) Se você fosse criador de cabras, qual a regra prática que adotaria nos
cruzamentos para evitar o nascimento de filhotes hermafroditas e estéreis?
Resolução:
a) Pai – aa; Mãe – Aa; Filhote - Aa
b) Pai – Aa; Mãe – Aa; Filhote – AA
c) Para evitar AA, não podemos cruzar Aa com Aa (ambos sem chifres).
Portanto, a regra prática será "não cruzar sem chifre com sem chifre".

11. (UEG GO). A anemia falciforme é uma doença hereditária causada pela
produção da hemoglobina S (HbS). O alelo codante da HbS é mantido na
população, principalmente em indivíduos heterozigotos. Entretanto, os
indivíduos homozigotos recessivos desenvolvem anemia hemolítica devido à
reduzida solubilidade da Hb. Sabendo-se que a HbS confere resistência ao
Plasmodium, qual o genótipo que confere aos humanos uma vantagem
adaptativa em regiões com malária? Justifique.
Resolução:
Genótipo AS, pois o genótipo SS é fatal (a criança morre logo após o nascimento
ou nos primeiros anos de vida) e o genótipo AA é normal.

12. (FUVEST SP). A anemia falciforme é uma doença hereditária que afeta
pessoas homozigóticas para o alelo Hb S do gene que codifica uma das cadeias
da hemoglobina. Sem cuidados médicos adequados, essas pessoas morrem na
infância. Já homens e mulheres heterozigóticos, portadores do alelo normal Hb A
e do alelo HbS, não têm anemia. Ambos são resistentes à forma mais grave de
malária, que causa alta mortalidade entre as pessoas homozigóticas Hb A HbA .
a) Que informações dadas no texto acima permitem concluir que a anemia
falciforme tem herança
1. autossômica ou ligada ao cromossomo X?
2. dominante ou recessiva?
b) A frequência de afetados pela anemia falciforme é alta em regiões da
África onde a malária é endêmica, em comparação com regiões nas quais não

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ocorre malária. Como se explica a alta frequência da anemia falciforme nas
regiões maláricas?
Resolução:
a) 1. O texto cita homens e mulheres heterozigotos. Essa informação permite
concluir que não se trata de herança ligada ao sexo (X), pois o homem só tem
um cromossomo X (é hemizigoto). Assim, só poderá ser herança autossômica.
2. A anemia falciforme tem herança co-dominante , ou seja, ambos os alelos se
expressam no heterozigoto, o qual produz ambos os tipos de hemoglobina
(normal e siclêmica).
b) A alta frequência de anemia falciforme nas regiões maláricas ocorre
devido ao fato de que os indivíduos heterozigotos são favorecidos pela seleção
natural. Os heterozigotos não têm anemia e não são atingidos pela malária, pois
suas hemácias não favorecem a multiplicação do protozoário Plasmodium
falciparum (o mais agressivo nas regiões maláricas da África). Assim, mais
indivíduos heterozigotos crescem e se multiplicam, deixando descendentes. Na
descendência do cruzamento de heterozigotos há 25% de probabilidade de
nascerem indivíduos HbSHbS. Assim, não só não terminam os casos de
indivíduos com anemia falciforme, como sua frequência se mantém alta.

13. (UFC CE/2007). Mendel não acreditava na mistura de caracteres herdados.


De acordo com suas conclusões, a partir dos cruzamentos realizados com
ervilhas do gênero Pisum, as características não se misturam, permanecem
separadas e são transmitidas independentemente.
HENIG, Robin. O monge no jardim. Rio de Janeiro: Rocco, 2001.
a) Considerando as leis de Mendel para a hereditariedade, no momento da
fecundação os cromossomos herdados dos progenitores se juntam, porém os
alelos dos seus genes não se misturam. A partir dessa idéia, qual fenômeno
explicaria a ocorrência de características intermediárias na progênie, que
parecem ser uma mistura daquelas dos progenitores?
b) Posteriormente, estudos de grupos de geneticistas indicaram que pode
haver troca de material genético entre cromossomos homólogos herdados do pai
e da mãe. Em que etapa isso pode ocorrer e como se chama este processo?
Etapa:

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Processo:
Resolução:
a) Realmente, os alelos não se misturam na fecundação, como afirmou
Mendel. Porém, no fenômeno conhecido como dominância incompleta, o
fenótipo do indivíduo heterozigótico é intermediário entre os fenótipos dos dois
indivíduos homozigóticos que lhe deram origem.
b) A troca de material genético entre cromossomos herdados do pai e da
mãe pode ocorrer na gametogênese, durante a meiose, na fase de prófase.
I. O processo é chamado de permutação ou crossing-over

14. (UFRRJ). Uma planta que produz rabanetes redondos foi cruzada com outra
que produzia rabanetes alongados, resultando no surgimento de 100% de
plantas que produziam rabanetes ovais. O cruzamento das plantas que
produziam rabanetes ovais entre si gerou 30 plantas que produziam rabanetes
redondos, 62 plantas que produziam rabanetes ovais e 34 plantas que produziam
rabanetes redondos. Qual o tipo de herança ligada à determinação da forma dos
rabanetes produzidos por essa espécie de planta? Demonstre os cruzamentos
citados e os respectivos genótipos dos indivíduos envolvidos.
Resolução:
Herança sem dominância.
RR – rabanetes redondos
AA – rabanetes alongados
RA – rabanetes ovais
RR x AA
100% RA
RA x RA
25% RR rabanetes redondos
50% RA rabanetes ovais
25% AA rabanetes alongados

15. (UFAL). Numa espécie de planta a cor das flores é determinada por um único
gene. Duas plantas de linhagens puras, uma com flores azuis e a outra com
flores brancas foram cruzadas. A prole (F1) era de coloração azul claro. As

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plantas F1 foram cruzadas entre si, obtendo-se F2, cuja distribuição de cores
das flores está apresentada na tabela abaixo.

a) Quantos alelos estão envolvidos na determinação da cor das flores dessa


espécie?
b) Qual a relação de dominância entre eles? Explique suas conclusões.
Resolução:
a) As plantas parentais azuis e brancas possuem genótipos
homozigóticos (linhagens puras). Os heterozigóticos têm flores de cor
azul claro. Ou seja: ambos e expressaram resultando em mescla da
cor. Logo, trata-se de um caso em que estão envolvidos dois alelos,
que são dominantes INCOMPLETOS.
b) A análise do gráfico mostra proporções fenotípicas de 1 : 2 : 1 (azul : azul
claro : branca) em F2, de acordo com a primeira lei de Mendel.
OU

16. (FUVEST SP). As três cores de pelagem de cães labradores (preta, marrom
e dourada) são condicionadas pela interação de dois genes autossômicos, cada
um deles com dois alelos: Ee e Bb. Os cães homozigóticos recessivos ee não
depositam pigmentos nos pêlos e apresentam, por isso, pelagem dourada. Já os
cães com genótipos EE ou Ee apresentam pigmento nos pêlos, que pode ser
preto ou marrom, dependendo do outro gene: os cães homozigóticos recessivos
bb apresentam pelagem marrom, enquanto os com genótipos BB ou Bb
apresentam pelagem preta. Um labrador macho, com pelagem dourada, foi

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cruzado com uma fêmea preta e com uma fêmea marrom. Em ambos os
cruzamentos, foram produzidos descendentes dourados, pretos e marrons.
a) Qual é o genótipo do macho dourado, quanto aos dois genes
mencionados?
b) Que tipos de gameta e em que proporção esse macho forma?
c) Qual é o genótipo da fêmea preta?
d) Qual é o genótipo da fêmea marrom?
Resolução:
Dados do texto:
ee _ _ dourado
E_B_preto
E_bb marrom
Heredograma:

a) Genótipo do macho dourado: eeBb


b) Gametas formados por esse macho:

c) Genótipo da fêmea preta: EeBb


d) Genótipo da fêmea marrom: Eebb

17. (UFF RJ). Considere uma certa espécie de planta que pode apresentar flores
com três tipos de cor: azul, azul-claro e branca. Estas cores são determinadas
por combinações de dois alelos de um único locus. Na expressão fenotípica de
tais cores não há relação de dominância entre os alelos, sendo que a
manifestação em homozigoze de um dos alelos — aa, cor branca — é letal na
fase adulta.

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Sabe-se que:
– a flor de cor branca nunca se abre;
– em um jardim de plantas com flores de cor azul não nascem plantas com flores
de cor azul-claro.
a) Realizou-se o cruzamento entre as plantas com flores azul-claro e, a partir
das sementes obtidas, formou-se um jardim.
Determine a cor das flores que têm menor possibilidade de se abrirem neste
jardim. Justifique a resposta.
b) Realizaram-se os cruzamentos possíveis entre as plantas com flores das
cores mencionadas, presentes em igual quantidade. A partir das sementes
obtidas, formou-se outro jardim. Determine a cor das flores que têm maior
possibilidade de se abrirem neste jardim. Justifique a resposta.
Resolução:
a) Genótipos: Azul – AA; Azul-Claro – Aa; Branca - aa

AA – 25%
Aa – 50%
aa – 25% de plantas que não apresentam flores abertas.
Neste jardim, as flores que têm menor possibilidade de se abrirem são as de cor
azul.
b) Possibilidades de cruzamentos:
1a : AA x AA – 100% de cor azul
2a : AA x Aa – 50% de cor azul e 50% de cor azul-claro
3a : Aa x Aa – aproximadamente 33,33% azul, 66,66% de cor azul-claro.
Neste jardim, as flores que têm maior possibilidade de se abrirem são as de cor
azul.

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18. (UNESP SP). Nas populações de organismos diploides, alguns caracteres
são determinados por mais de dois tipos de alelos, existindo, portanto, múltiplos
alelos para cada lócus gênico.
Como exemplo, pode-se citar a pelagem em coelhos, que é determinada por
quatro tipos de genes alelos: C, que expressa a cor aguti ou selvagem; Cch, que
expressa a cor chinchila; Ch, a cor himalaia; e Ca, a cor albina. Esses genes
também apresentam relação de dominância entre si, sendo C > Cch > Ch > Ca.
Considerando que a expressão desses genes também obedece à 1.ª Lei de
Mendel, explique de que forma mais de dois alelos podem surgir e qual a
vantagem da existência dos alelos múltiplos para as espécies?
Resolução:
As diferentes versões de um gene, que ocupam o mesmo locus (alelos
múltiplos), surgem por mutações de genes preexistentes. A vantagem evolutiva
desse processo é a ampliação da variabilidade genética e, consequentemente,
maior capacidade de adaptação a ambientes novos.

8. SIMULADINHO
19. O que são genes?

20. Explique a relação existente entre genótipo e fenótipo.

21. O termo genótipo refere-se ao:


a) conjunto de todos os caracteres de um organismo;
b) conjunto de caracteres externos de um organismo;
c) conjunto de caracteres internos de um organismo;
d) conjunto de cromossomos de um organismo;
e) conjunto de genes de um organismo.

22. O fenótipo de um indivíduo é:


a) herdado dos pais;
b) independente do genótipo;

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c) independente do ambiente;
d) o resultado da interação do genótipo com o ambiente;
e) o conjunto de cromossomos.

23. No milho, um gene produz grãos vermelhos se a espiga for exposta à luz,
mas, se as espigas ficarem cobertas, os grãos permanecem brancos. O
fenômeno descrito ilustra:
a) a atuação do meio das mutações;
b) o processo da seleção natural;
c) a influência do ambiente na alteração do genótipo;
==11444a==

d) a interação do genótipo com o meio ambiente;


e) a transmissão dos caracteres adquiridos.

24. Nas ervilhas, a cor vermelha da flor é condicionada por um gene dominante
B e a cor branca, pelo seu alelo recessivo b. Que tipos de gametas produzem as
plantas BB, bb e Bb?

25. Nas cobaias, o gene B para pelagem preta é dominante sobre b, que
condiciona pelagem branca. Duas cobaias pretas heterozigotas são cruzadas.
Calcule:
a) a proporção genotípica;
b) a proporção fenotípica.

26. Que porcentagem dos espermatozóides de um macho Aa conterá o gene


recessivo?
a) 25%
b) 30%
c) 50%
d) 75%
e) 100%

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27. A pelagem das cobaias pode ser arrepiada ou lisa, dependendo da presença
do gene dominante L e do gene recessivo l. O resultado do cruzamento entre um
macho liso com uma fêmea arrepiada heterozigota é:
a) 50% lisos e 50% arrepiados heterozigotos;
b) 50% arrepiados e 50% lisos heterozigotos;
c) 100% arrepiados;
d) 100% lisos;
e) 25% arrepiados, 25% lisos e 50% arrepiados heterozigotos.

28. Em uma raça bovina, animais mochos (M) são dominantes a animais com
cornos (m). Um touro mocho foi cruzado com duas vacas. Com a vaca I, que tem
cornos, produziu um bezerro mocho. Com a vaca II, que é mocha, produziu um
bezerro com cornos. Assinale a alternativa que apresenta corretamente os
genótipos dos animais citados:
TOURO VACA I VACA II
a) Mm mm Mm
b) Mm Mm Mm
c) MM mm Mm
d) MM Mm MM
e) Mm mm MM

29. Quatro famílias em que aparece um mesmo caráter foram analisadas.

Alguém concluiu que o caráter em questão é dominante. A conclusão está:


a) certa
b) errada, devido ao observado na família no 3.
c) errada, devido ao observado na família no 1.

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d) errada, devido ao observado na família de 2.
e) errada, devido ao observado na família de 4.

30. (UEL-PR) O heredograma a seguir representa a herança de um par de


genes entre os quais há dominância. Os símbolos escuros representam
indivíduos que exibem a característica recessiva.

Nesse heredograma não se pode determinar o genótipo do indivíduo:


a) 1
b) 3
c) 5
d) 6
e) 7

GABARITO
19. Genes são segmentos da molécula de DNA, localizados nos cromossomos,
estruturas intranucleares.

20. Genótipo é a constituição genética do indivíduo.


Fenótipo é qualquer aspecto de um organismo resultante da interação do
genótipo com o meio ambiente.

21. E
22. D
23. D

24. Genótipos - Gametas


BB ; B
bb ; b

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Bb ; B eb

25. a) 1/4 BB; 1/2 Bb; 1/4 bb


b) 3/4 pretas; 1/4 brancas
26. C
27. A
28. A
29. B
30. E

BONS ESTUDOS.
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