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Trombone em Jazz
2013/2016
Curso Profissional de Instrumentista de Sopros e Percussão
Trombone em Jazz
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David Filipe de Paiva Coelho
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Orientador: Prof. Gonçalo Dias
2013/2016
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Índice
Agradecimentos ..................................................................................................................................... 3
Introdução.............................................................................................................................................. 4
Capítulo I ............................................................................................................................................... 5
1. Jazz, como tudo começou?........................................................................................................ 5
1.1- Tabela representativa dos mais importantes géneros e subgéneros do Jazz.................... 6
1.2- New Orleans: a “Terra dos Sonhos”.................................................................................... 7
1.3- O nascimento das Big Band’s ............................................................................................... 8
1.4- A improvisação ...................................................................................................................... 9
Capítulo II ............................................................................................................................................ 10
2. O trombone no Jazz ................................................................................................................ 10
2.1- Trombonistas a evidenciar desde 1900 ate aos dias de hoje ............................................ 10
George Brunies (1902-1974) ....................................................................................................... 10
Tommy Dorsey (1905-1956)........................................................................................................ 12
J.J.Johnson (1924-2001).............................................................................................................. 15
Albert Mangelsdorff (1928-2005) ............................................................................................... 17
Wycliffe Gordon (1967) .............................................................................................................. 18
Ray Anderson (1952)................................................................................................................... 20
Marshall Gilkes (1978) ................................................................................................................ 21
Conclusão ............................................................................................................................................. 23
Bibliografia .......................................................................................................................................... 24
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Agradecimentos
Em primeiro lugar, quero agradecer a todo o corpo docente da Academia de Música de Costa
Cabral pelo apoio e incentivo que me proporcionaram ao longo destes três anos. Quero
também agradecer a algumas pessoas que se tornaram importantes ao longo destes três anos.
Ao Professor Francisco Ferreira pela oportunidade que me deu ao ingressar na Academia, à
Professora Carla Lopes pela disponibilidade e abertura que sempre mostrou a todo o momento,
ao Professor Ricardo Moreira que me corrigiu e me apoiou para este trabalho tendo sido
incansável, ao Professor Paulo Perfeito pela entrevista realizada no dia 10/02/2016 e pela
disponibilidade que sempre mostrou, ao Professor Miguel Oliveira e por último, mas não
menos importante ao meu professor Gonçalo Dias. Foi para mim um exemplo, pois
transmitiu-me sempre imensos ensinamentos, nomeadamente a nível escolar. Permitiu-me
continuar a evoluir enquanto músico.
A toda a turma, que me acompanhou incansavelmente nos melhores e nos piores momentos.
Por fim, uma palavra de grande apreço e carinho para os meus pais. Nunca se cansaram de me
apoiar, de transmitir valores e este trabalho também é deles.
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Introdução
Esta dissertação tem como principal objetivo desenvolver os meus conhecimentos numa área
musical, o Jazz, na qual não tenho muito conhecimento, abrindo assim os meus horizontes e
outras possibilidades e recursos relacionados com o meu instrumento. Pretende-se perceber a
interação entre um género musical e um instrumento num pleno ambiente de grande simbiose.
Capítulo I
1- Jazz, como tudo começou?
1.1- Cronologia de alguns dos mais importantes géneros e subgéneros do
Jazz;
1.2- New Orleans: a “Terra dos Sonhos”;
1.3- O nascimento das Big Band’s;
1.4- A improvisação.
Neste capítulo, pretendo falar sobre o início do Jazz, como nasceu, onde nasceu e
quem o criou, com o objetivo de contextualizar este género musical, na medida em que
este género musical é um elemento nuclear do meu trabalho de pesquisa.
Capítulo II
2- Trombone no Jazz
2.1- Trombonistas a evidenciar desde 1900 ate aos dias de hoje;
Neste capítulo, pretendo falar sobre os vários estilos e subgéneros do jazz, nos quais o
trombone se destacou e alguns nomes de trombonistas e personalidades ligadas ao Jazz.
Com esta separação temporal, pretende-se balizar de forma clara os diferentes
momentos na utilização do trombone e os instrumentistas mais relevantes.
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Capítulo I
Não é fácil estabelecer uma data exata para o nascimento do Jazz, atualmente concorda-se de
uma forma geral, que a sua idade ronda os cem/cento e cinquenta anos, embora se tenha de ter
algum cuidado quando se faz esta afirmação (“a sua idade ronda cem/cento e cinquenta anos”)
embora os primórdios do Jazz datem de muito antes, pois realmente o ano de 1865 data o final
da Guerra Civil o que foi uma data importante para o desenvolvimento do Jazz, para termos
uma ideia do que acontecia na música erudita, na Europa Central nesta altura, tinha terminado
o esplendor de Beethoven e Mahler ou Bruckner estavam no auge. Embora os primórdios do
Jazz datem de muito antes, o Jazz nasceu da fusão de várias influências. Com o fim da Guerra
Civil, deu-se a emancipação dos escravos e a abertura das comunidades umas às outras.
O blues sempre foi uma forte influência no Jazz. Jelly Roll Morton afirma-se como inventor
do Jazz, tal muitos outros o fizeram, e ele afirmava que mais importante que o blues era a
música hispânica, música das Caraíbas, seja como for o mais importante é a fusão dos
elementos.
De África vieram influências principalmente rítmicas que se cruzaram com elementos e
influências europeias tais como a afinação temperada, noções de harmonia e principalmente
os instrumentos de afinação temperada. Nas viagens dos navios negreiros de África para os
Estados Unidos, os negros, que não morriam de doenças, eram obrigados a dançar para
manterem a saúde. As danças tradicionais dos senhores brancos eram as polcas e as valsas, e
os negros imitavam-nos com o intuito de os ridicularizar, mas dançavam de acordo com a
visão que tinham da cultura europeia, e misturando um pouco com as danças que conheciam.
Dessa forma, surgiu uma dança que era uma mistura da imitação dos ritmos europeus com os
costumes naturais dos negros.
Em 1740, os tambores foram proibidos no sul dos Estados Unidos para evitar a emancipação
dos negros. Assim, para executar as suas danças, eles foram obrigados a improvisar com
outras formas de som, como palmas, sapateado, e o banjo.
O Jazz mais parecido com o que conhecemos hoje surge mais tarde, com o nome de “Chass”.
A par deste aparecimento do “Chass”, aparecem também as primeiras gravações que se
conhecem. Os primeiros discos são de 1913, de uma banda de brancos chamados “The
Original Dixieland Jazz Band”.
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No início do século XX, as danças afro-americanas começaram a entrar para os salões, e a
sofrer novas influências: do can-can e do charleston, principalmente. Essa dança que se pode
até chamar de “mista”, aos poucos foi tomando conta dos palcos e da Broadway,
transformando-se na conhecida comédia musical. A comédia musical, por sua vez, não é nada
mais que o segundo nome dado à dança mais conhecida como jazz. Explorar o Charleston foi
de tal forma importante que é o ritmo que hoje faz parte do Jazz tradicional, e é aquele ritmo
sincopado que marca este género musical.
Este Charleston está em imensos temas de Jazz tradicional.
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1.2- New Orleans: a “Terra dos Sonhos”
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1.3- O nascimento das Big Band’s
Ainda hoje entusiastas e historiadores de Jazz contestam a validade musical daqueles cinco
homens brancos de New Orleans autointitulados Original Dixieland Jazz Band e que se
proclamavam como os “Criadores do Jazz”.
A opinião geral é que a sua inspiração e criatividade eram muito limitadas, o seu vocabulário
irregular e os temas continuadamente repetidos, contudo, e como aponta o trompetista e autor
inglês Humphrey Lyttelton no seu livro “The best of Jazz”: “Eles esboçaram uma espécie de
padrão do que deveria ser o entrosamento entre o trompete, o clarinete e o trombone, que
originou o florescimento de um Jazz bastante mais criativo no contexto do chamado estilo
“Dixieland”.
Essas sessões de gravação da Original Dixieland Jazz Band foram, realmente, as precursoras
de uma quantidade imensa de gravações de músicos e novas Big Band’s, que os imitavam ao
ponto de usar “Original” no nome, entre as quais, Original New Orleans Band (primeira
banda negra proveniente de New Orleans), Original Menphis Five, The Louisiana Five,
Whiteway Jazz Band infinitamente superiores, originários da Cidade Crescente (New Orleans)
bem como de outras paragens.
A partir dos anos 20, há uma tendência para orquestras maiores segundo o modelo introduzido
por Paul Whiteman conhecido como outro que se autointitulou como o “Rei do Jazz”, um dos
primeiros líderes de bandas, para “refinar” o Jazz com a introdução de arranjos harmonizados
pondo de parte a improvisação a solo.
Paul Whiteman teve mais importância na música clássica do que no Jazz, aliás foi ele que
encomendou a famosa “Rhapsody in Blue” a Gershwin.
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1.4- A improvisação
No início da história do Jazz a improvisação não tinha a dimensão que tem hoje em dia, por
exemplo, nos dias de hoje somos capazes de ir ver um concerto onde um solo (improvisação)
pode durar dez minutos e durante esses dez minutos o solista é o centro das atenções.
A improvisação no início era meramente uma abordagem do tema principal em que cada
pessoa interpretava o tema ao seu gosto, a improvisação estava somente na ornamentação da
melodia principal. Armstrong é o primeiro a fazer solos que começam a fugir da melodia.
A improvisação tem vários aspetos, a parte do solo que é a mais conhecida e a primeira em
que pensamos, se bem que reside ainda na interpretação da melodia. Duas pessoas a
interpretar o mesmo tema, vão interpretá-lo de forma muito diferente e estão só a tocar o tema,
tudo tem o seu lado de improvisação, até quando interpretamos uma parte de secção de Big
Band. Na secção rítmica, há uma improvisação na forma de como é feito o acompanhamento,
não há uma harmonia realizada, ou seja não temos notas escritas mas sim os acordes e cifras e
pode-se fazer imensas combinações com estas coisas; há uma série de facetas que se
escondem debaixo da capota da improvisação.
A improvisação foi um aspeto que desapareceu um pouco da música erudita; agora aquilo que
os músicos de Jazz têm que realmente é novo, é a capacidade que eles têm de moldar tudo, a
capacidade de criar em tempo real, isto mesmo que seja um grupo, isso é a diferença da
improvisação do Jazz.
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Capítulo II
2. O trombone no Jazz
O trombone teve um papel muito importante no jazz quer como instrumento solista, quer
como instrumento de secção em Big Band.
Por muitas vezes o trombone foi visto como um instrumento á parte pelos músicos, pois
possuía uma vara, o que dava alguma desvantagem de rapidez ou articulação em relação a
outros instrumentos de chaves ou pistões. No entanto as suas qualidades versáteis ao nível
sonoro e tímbrico fizeram com que os trombonistas sempre tentassem superar esses
problemas.
2.George Brunies
Foi um trombonista bastante famoso e fez parte do “Dixieland Revival”. Ficou conhecido
como “King of the Tailgate Trombone”.
Tailgate era a linguagem ou método mais usado no Jazz mais tradicional e inicial do início do
século XX. A palavra Tailgate deriva da junção de duas palavras (Tail que significa cauda ou
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traseira) e (Gate que significa porta), esta junção (Tailgate) signfica a porta traseira de uma
carroça. A técnica trombonística adquiriu o nome de Tailgate derivado aos trombonistas
tocarem sempre na parte de trás das carroças e desta forma teriam mais espaço para a sua vara.
George Clarence Brunies nasceu em New Orleans, Louisiana em 6 de fevereiro de 1902 numa
família muito inserida na música. O seu pai liderava uma banda familiar, os seus irmãos (4
irmãos) tornaram-se músicos profissionais muito reconhecidos.
Ele começou a tocar barítono (espécie de eufónio mais pequeno) e só depois mudou para
trombone.
George Brunies nunca aprendeu a ler música, mas rapidamente “apanhava” as coisas de
ouvido.
Na sua época, Brunies não foi batido por nenhum trombonista, sendo a referência mais
evidente da época dele.
Um exemplo disso é que na época dele eram feitas “disputas” entre instrumentistas a
improvisar e inclusive chegou a tocar trombone com o pé na vara em vez da mão com
objetivo de impressionar o público.
Depois dos “Rhythm Kings” (grupo do qual ele fazia parte) partiu de Chicago em 1924, ele
entrou depois para a nacionalmente famosa “Ted Lewis Band”.
Em 1949, Brunies voltou para Chicago para liderar uma banda isto depois de ter dado muito
nas vistas pelas suas capacidades técnicas excecionais e também pelo seu sentido de humor
bizarro.
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Depois de um aviso do numerologista, ele mudou o seu nome para Georg Brunies, nos anos
quarenta, quando estava a tocar no 1111 (eleven- eleven-club Chicago). Ele acreditava que ao
mudar o nome iria aumentar a sua sorte.
O “1111” era muito popular entre os clubes de Jazz todas sextas e sábados à noite pelos
amantes de Jazz vindos do norte dos subúrbios de Chicago.
3.Tommy Dorsey.
Nesta época (década de trinta), há uma evolução na linguagem musical, cada vez tende a ser
mais ornamentada. O que vem a acontecer durante esta altura com os trombonistas é a
construção de melodias e frases muito rítmicas, muita repetição das mesmas notas, muitos
glissandos e sobretudo arpejos dentro das notas do acorde, esta simplificação da linguagem
era feita pelos trombonistas para tentar colmatar a falta de destreza que o trombone
apresentava em relação aos outros instrumentos.
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sentimental do swing”, ele combinava com êxito os diferentes aspetos do swing. A seu som
notavelmente doce, o seu grande registo, o seu vibrato especial e muito desenvolvido para a
época era o espelho da sua orquestra, cuja orquestra tal como ele marcaram muita gente pois
era mais comercial e conhecido do que por exemplo Glenn Miller, tocou com muitas
personalidades conhecidas (como por exemplo Frank Sinatra), o que lhe deu mais notoriedade
do que outros e assim influenciando um maior leque de pessoas. No entanto ele não era um
improvisador, pelo menos em tempo real, pois tudo o que ele tocava já estava planeado ou
escrito.
Ele, na sua orquestra, combinava o sucesso os estilos diferentes de swing com um misto de
baladas e canções novas. Sua banda foi formada por grandes músicos do jazz
(incluindo Bunny Berigan, Ziggy Elman, Pee Wee Erwin, Max Kaminsky, Buddy Rich,
Charlie Shavers e Dave Tough), arranjadores (incluindo Sy Oliver e Paul Weston) e cantores
(incluindo Frank Sinatra e Jo Stafford), a qual viria a definir a música popular no fim
dos anos 1940 e início dos anos 1950. Ele foi o artista mais vendido da história da RCA
Victor Records, uma das maiores editoras do mundo na altura, até a chegada de Elvis Presley,
o qual se apresentou nacionalmente pela primeira vez no programa de televisão que Dorsey
apresentava com seu irmão Jimmy Dorsey.
Tommy era 21 meses mais novo que Jimmy e, logo, o segundo filho de Thomas Francis
Dorsey, professor de música e diretor de orquestra, e de Theresa Langton Dorsey. Ambos os
irmãos receberam instrução musical de seu pai. Tommy tocou trombone, embora ele também
tocasse trompete, especialmente no início de sua carreira.
O ano de 1942 foi um ano desafiador para Dorsey. Os Estados Unidos entraram na Segunda
Guerra Mundial, em dezembro de 1941, o que pressionou as grandes bandas, particularmente
em termos de mudança de pessoal e de dificuldades de viagem. Em 1 de agosto de 1942, o
sindicato dos músicos dos EUA declarou uma greve que impedia os músicos de entrarem em
estúdios de gravação. Frank Sinatra deixou a banda em setembro, para lançar sua carreira solo,
e os Pied Pipers acabaram no fim do ano. No entanto, Dorsey seguiu em frente, colocando
assim a banda dele em mais um filme, “Ship Ahoy” , lançado em junho, e teve cinco
gravações suas ficando assim entre os dez primeiros lugares de êxito, o que, com os seus
outros êxitos, foi suficiente para colocá-lo em quinto lugar entre os artistas mais vendidos do
ano.
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Morreu por asfixia, aos 51 anos e o seu irmão veio a falecer um ano mais tarde.
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4.J.J.Johnson
J.J.Johnson (1924-2001)
Alguns anos depois de Dorsey, mas já na era do bebop há outro músico que se destaca que é
conhecido como “Jay Jay Johnson”.
Johnson (James Louis Johnson, 22 de Janeiro 1924, Indianápolis, Indiana, E.U.) foi um dos
primeiros trombonistas na era do bebop. Foi considerado como um dos principais
trombonistas da era pós-swing.
J.J.Johnson foi se calhar o trombonista que mais trombonistas de Jazz marcou e influenciou;
mesmo aqueles que não gostem de J.J.Johnson vão acabar por ser influenciados por ele
através de outros trombonistas.
Já no Bebop não era um instrumento tão popular assim, pois como já referi não conseguia
tocar tão rápido como um instrumento de chaves ou pistões, mais adequados para as
passagens rápidas do género Bebop.
Depois uns anos de 1940 a 1950, “Jay Jay” mostrou que a sua vara poderia ser rápida ao
ponto de se adaptar ao “Bebop Style”, embora a importância de “Jay Jay” não resida
propriamente na rapidez da sua vara, mas reside sim na sua originalidade ao criar uma série de
técnicas alternativas que fazem com que os trombonistas não necessitem de mexer a vara
muito depressa. “Doodle Tonguing”, é uma dessas técnicas que consiste num stacatto um
bocadinho diferente que facilita a articulação de muitas notas rapidamente, Agaist The Grain,
que consiste em “tocar contra a vara” ou seja tocar por exemplo uma escala no sentido
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ascendente e mexer a vara no sentido descendente o que proporciona uma mudança de
harmónicos sem o trombonista usar qualquer tipo de articulação. J.J. Johnson desenvolveu
métodos para tornar o trombone mais ágil e assim adaptá-lo ao Bebop Style.
Johnson era o trombonista mais desenvolvido em termos harmónicos, tendo vindo a perceber
melhor do que os colegas dele como tocar mais do que as notas dos arpejos e percebeu muito
melhor do que Charlie Parker e Dizzy Gillespe a tensão dos acordes.
O som dele era rico e cheio, pois curiosamente ele tocava com um trombone relativamente
grande ao nível da tubagem.
No Jazz foi pioneiro na formação 2 trombones + secção rítmica na parceria com Kay Winding,
mais tarde imitada por muitos outros como Jim Pugh/Dave Taylor; Conrad Henring/Steve
Davis; Michael Davis/Bill Reichenbach.
Foi também muito importante como compositor ficando alguns dos seu temas na história do
Jazz tais como Wee Doot, Lament, Inigma.
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5.Albert Mangelsdorff
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6.Wycliffe Gordon
Gordon nasceu em Waynesboro, Georgia num ambiente religioso e musical que o influenciou
desde cedo em direção à música.
O seu pai, Lucius Gordon (1936-1997) foi um organista em várias igrejas em Burke County,
Georgia assim como um pianista e professor.
Tocou na cidade de Nova Iorque fazendo parte da banda americana da escola da fundação
McDonalds.
Os seus primeiros trabalhos como profissional foram com Wynton Marsalis. Posteriormente
foi para além do swing e experimentou novos instrumentos. O grande exemplo disto foi a
obra “The Search” onde ele tocou “Didgeridoo” e fez “covers” de músicas de Thelonious
Monk. E também interpretou música do estilo Gospel.
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Em 1995, arranjou e orquestrou o tema “All things considered” para a Radio Nacional Pública
de Washington, e a terceira versão de uma melodia conhecida de Donald Joseph Voegeli.
O seu desejo pelo controlo completo artístico levou à fundação, em 2006, do Laboratório
Americano Independente de Jazz, nomeado “Blues Back Record” que coincidiu com o
lançamento do seu álbum “Rhythm on my mind” em colaboração com o violoncelista Jay
Leonhart.
Esta colaboração deu-se enquanto Gordon compunha “I want my blues back” que levou ao
surgimento do nome do seu estúdio de gravação. Esta companhia tornou-se inativa em 2011.
Ao longo da sua carreira, fez diversas colaborações com distintos músicos como por exemplo
Joseph Alessi (primeiro trombone da orquestra sinfónica de Nova York), Mnozil Brass
(septeto de metais), Aaron Diehl (pianista) e Ben Williams (contrabaixista), entre muitos
outros.
Uma vez que Gordon sempre foi um revivalista ou seja, o seu discurso musical está cheio de
elementos musicais do passado, ele usa elementos como o “Growl” e também o estilo
“Jungle”, que consiste em utilizar bastante a surdina “Plunger” ou, por vezes, fazendo
multifónicos e outros sons no trombone de forma a imitar uma voz humana. Técnicas estas
utilizadas nos anos 20s e 30s. à semelhança de Tricky Sam Nanton (Trombonista da Duke
Ellington Orquestra nos anos 20s/30s) pioneiro neste tipo de linguagem.
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7.Ray Anderson
Depois de passar tempo de estudo na Califórnia, ele mudou-se para Nova Iorque em 1973
como freelancer. Em 1977, Anderson entrou para o quarteto de Anthony Braxton
(substituindo George Lewis) e começou a trabalhar com o grupo de Barry Altschul. Daí em
diante, ele começou a aparecer no ranking mais elevado e tornou-se influente no Jazz. Além
de liderar seus próprios grupos, desde final dos anos 70 (incluindo o funk-oriented
Slickaphonics), Anderson trabalhou com George Gruntz Concert Jazz Band. Nos anos 90, ele
começou ocasionalmente a cantar durante um espetáculo no qual ele mostra a capacidade de
cantar duas notas ao mesmo tempo (um intervalo de terceira menor).
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Bargeron e Dave Taylor. Ele também recebeu uma bolsa da National Endowment for the Arts
para além de uma série de concertos de trombone a solo.
Ao querer ser vanguardista, Anderson tem frequentemente voltado ao seu antigo amor de
New Orleans (a sua música de inspiração). A sua Alligatory Band, bem como o seu Pocket
Brass Band, com grande mestre Bob Stewart, estão enraizados na sua tradição.
8.Marshall Gilkes
Marshall Allan Gilkes nasceu em Camp Springs, Maryland numa família musical; sua mãe
era uma cantora clássica e pianista e seu pai era um maestro da Banda da Academia da Força
Aérea. Devido à profissão militar de seu pai, Gilkes teve uma educação bastante itinerante em
Washington, DC, New Hampshire, Nova Jersey, Alabama, Illinois, e Colorado.
Gilkes teve aulas de música desde muito cedo na Interlochen Arts Academy, University of
Northern Colorado, e William Patterson University. Ele tem um grau de Bacharel em Música
pela Juilliard School. Seus professores incluem Joseph Alessi, Conrad Herwig, Bud Baker, Ed
Neumeister, e Wycliffe Gordon.
Em 2003, Marshall Gilkes foi finalista no Concurso Thelonious Monk Jazz International
Competition.
Gilkes toca atualmente na Maria Schneider Orchestra e no David Berger's Sultans of Swing.
Ele também é um membro da Edmar Castañeda Trio, internacionalmente aclamado. Sua
experiência abrange muitos estilos musicais; Ele já tocou com a Orquestra Vanguard Village,
Duke Ellington Orchestra, Stanley Turrentine e Benny Golson. Na comunidade de música
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latina, ele apresentou-se com Machito, Giovanni Hidalgo, Chico O'Farrell, Tito Nieves, Big
Orchestra Palladium, Raulin Rosendo, Ray Sepulveda, Eddie Santiago, José Alberto, e Iroko
La Banda. Além disso, ele tocou nas tours nacionais e japoneses (2000-2001) na Broadway
Show Swing!
Gilkes viajou por toda a Europa, Ásia, América Latina e América do Sul. Compromissos
anteriores incluem o Festival de Jazz de Umbria, Viena Jazz Festival, JVC Jazz Festival,
Festival de Jazz de Telluride, Panamá Jazz Festival, Lincoln Center, em Tóquio Orchard Hall,
e no Conservatório de Moscovo. Em março de 2008, Gilkes foi convidado para tocar com o
baterista de jazz Billy Cobham e a Adelaide Philharmonic no Festival Bank de Artes de
Adelaide, na Austrália. Ele era um artista convidado no International Trombone Festival 28-
31 maio de 2008, em Salt Lake City, Utah.
Com a exceção de uma faixa, Marshall Gilkes compôs todo o material novo original para o
seu disco de 2004 "Edenderry." O álbum recebeu excelentes críticas, da “Jazz Times”, “All
About Jazz”, e do “Trombone Journal”, entre outros.
Em fevereiro de 2015, Marshall Gilkes lançou seu quarto álbum Köln como líder de uma big
band. Este álbum é o ponto culminante do seu tempo como um membro da WDR Big Band.
Köln recebeu duas nomeações para o Grammy 2016 de Maior e Melhor Álbum de Jazz
Ensemble e Melhor Composição Instrumental.
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Conclusão
Após terminar o meu trabalho, penso que consegui realizar o objetivo a que me propus
inicialmente. Foi muito enriquecedor, para mim, elaborar esta dissertação, não só pelo
interesse que me despertou, mas também porque não é um tema abordado no ensino
profissional.
Dei a conhecer grandes nomes do trombone e que marcaram de forma indelével os estudantes
e os professores deste instrumento. Para além disso, conseguiram também a música de uma
forma em geral.
Assim, cumpri os meus próprios objetivos e consegui ultrapassar mais um obstáculo. Para
mim, foi o trabalho que mais me motivou e posso considerar que foi aquele que mais gosto
me deu fazer.
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Bibliografia
http://www.jazzbossa.com/
http://bluelester.no.sapo.pt/jazz/historia.htm
http://jazz.about.com/od/historyjazztimeline/a/JazzByDecade193040.htm
http://www.ejazz.com.br/ojazz/historico.asp
http://pianobar.no.sapo.pt/a%20historia%20do%20jazz.htm
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