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CONTROLE DE
CONSTITUCIONALIDADE
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
2-TIPOS DE INCOSTITUCIONALIDADE
b) FORMAL (nomodinâmica):
OBJETIVA: também conhecida como vício de rito
ou de procedimento, caracteriza-se por uma
desobediência do rito legislativo constitucional.
Ex: desobediência ao art. 60, § 2º.
SUBJETIVA: também chamada de vício de iniciativa
ou de competência, quando um dos dois é
desrespeitado. Ex: desobediência ao art. 61§1º,
caput, CF.
3- ESPÉCIES DE CONTROLE:
a) CONTROLE DIFUSO
ORIGEM:
Histórico
CONCEITO:
O controle de constitucionalidade em apreço é chamado de difuso em razão de o
poder de realizá-lo estar espalhado, esparramado, difundido por todo o Poder Judiciário.
Qualquer juiz, em qualquer grau de jurisdição, tem competência para realizar controle
de constitucionalidade, desde que o faça no julgamento de um caso concreto.
Vale ressaltar que o STF também faz controle difuso, principalmente quando
julga recursos extraordinários, mandados de segurança, habeas corpus, mandado de
injunção etc.
DEMAIS DENOMINAÇÕES:
No controle difuso as decisões são inter partes, isto é, vinculam apenas as partes
que litigaram em juízo.
Difere do processo:
a) finalidade de eliminar a norma inconstitucional do sistema
jurídico e não de resolver um conflito de interesses.
b) legitimação restrita.
c) ausência de partes contrapostas, já que é um processo objetivo.
ESPÉCIES:
- Ação Direta de Inconstitucionalidade Genérica, Art. 102, I, “a”, CF e Lei n° 9868/99.
- Ação Declaratória de Consttucionalidade, Art. 102, I, “a”, última parte, CF e Lei n° 9868/99.
AÇÕES DIRETAS
1. ADI (ou ADIN) – É impetrada quando se quer mostrar que uma norma é
inconstitucional. É dividida em 3 tipos:
Observações:
1- Meios para o controle abstrato
O controle de constitucionalidade em abstrato se faz apenas através destas 3
ações, ou seja, não há possibilidade de se verificar a constitucionalidade de uma
lei em tese (seu teor abstrato) que não seja no uso de alguma destas 3 ações. Assim
decidiu o STF:
Ação civil pública não é instrumento idôneo para se discutir instituição
inconstitucional de tributo (pois assim, estaria analisando em tese a lei
instituidora, e não os casos concretos advindos dela).
Não cabe mandado de segurança contra lei em tese (STF- Súmula 266).
O Poder Legislativo não está autorizado a aprovar lei em cujos dispositivos se
declarem nulas e de nenhuma eficácia, por serem inconstitucionais, outras
leis de sua autoria (uma lei não é instrumento hábil para fazer controle de
constitucionalidade).
a) COMPETÊNCIA
Se o conflito tem como objeto lei ou ato normativo federal ou estadual que
contraria a CF, a competência é do STF, art. 102, I, “a”. Se o conflito é sobre a
constitucionalidade de uma lei ou de ato normativo estadual ou municipal frente
a uma Constituição Estadual, cabe ao TJ de cada Estado. Ambas as situações
obedecem ao art. 97, CF.
b) OBJETO
Segundo Clèmerson Merlin Clève, podem ser objeto de uma ação direta de
inconstitucionalidade: as emendas constitucionais, atos normativos
formalmente legislativos (leis complementares, ordinárias, medidas
provisórias, leis delegadas, decretos legislativos e tratados internacionais, desde
que integrem o ordenamento jurídico atual, leis distritais que tenham como tema
matéria de competência estadual.
OBS: Não cabe ADI de lei ou ato normativo anterior à CF, nem de lei ou ato municipal em face
da CF.
c)LEGITIMAÇÃO ATIVA:
art. 103, I a IX, CF
LEGITIMADOS ATIVOS UNIVERSAIS (art. 103, I, II, III, VI, VII,
VIII): pela posição institucional que ocupam não precisam outro interesse
além da confirmação da constitucionalidade ou inconstitucionalidade da norma.
LEGITIMADOS ATIVOS ESPECIAIS (art. 103, IV, V, IX): necessária a
demonstração da relação entre o objeto da ação e o interesse que representam, ou
seja, deve haver pertinência temática.
f)ADVOGADO GERAL DA UNIÃO (art. 103, § 3º): atua nas ações diretas
como uma espécie de defensor do Princípio da Constitucionalidade das leis. Sua
função na realidade limita-se a lembrar ao STF que toda lei, ao menos em tese,
nasce compatível, material e formalmente com a CF.
O STF entende que nesse processo o AGU não age na sua função
ordinária de representante judicial ou extrajudicial da União (art. 131 da CF), mas
age na defesa da constitucionalidade da norma (competência especial) garantindo
o contraditório.
OBS: Como curador das normas infraconstitucionais, em sede de controle
abstrato, não pode opinar pela inconstitucionalidade da norma. Entretanto,
conforme posicionamento do STF, a seguir esposado, o AGU não é obrigado a
defender norma que a Corte já tenha fixado entendimento pela sua
inconstitucionalidade.
"O munus a que se refere o imperativo constitucional (CF, artigo 103, § 3º) deve
ser entendido com temperamentos. O Advogado-Geral da União não está obrigado
a defender tese jurídica se sobre ela esta Corte já fixou entendimento pela sua
inconstitucionalidade.” (ADI 1.616, Rel. Min. Maurício Corrêa, DJ 24/08/01)
Características gerais
CF, 102, §1º e L. 9.882/99.
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da
Constituição, cabendo-lhe:
§ 1.º A arguição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta
Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei.
1) Natureza
1.1) Lei;
1.2) Ato normativo;
1.3) Qualquer ato do poder público (não pode particular, mas no caso de
particular equiparável a de PP? Analogia ao caso de MS, por exemplo. Daniel
Sarmento entende que sim, STF não se manifestou).
Aspecto temporal
2.1) Posterior CF/88;
2.2) Anterior CF/88
Aspecto espacial
3.1) Federal;
3.2) Estadual;
3.3) Municipal.
Dica
-ADC “F”
-ADI “F” e “E”
-ADPF “F”, “E” e “M”
Hipóteses de cabimento
1) ADPF AUTÔNOMA (art. 1º caput da Lei): pode ser preventiva, para
prevenir uma lesão a preceito fundamental, ou repressiva, para reparar uma
lesão.
Art. 1o A arguição prevista no § 1o do art. 102 da Constituição Federal será
proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou
reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público.
É autônoma porque não depende de nenhuma condição, é “como se fosse”
uma ADI ou ADC, em termos de autonomia.
2) ADPF INCIDENTAL (art. 1º, § único, I da Lei)
Art. 1º, Parágrafo único. Caberá também arguição de descumprimento de
preceito fundamental:
I - quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei
ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à
Constituição;
A lei admite como objeto não somente lei ou ato normativo, mas admite
também ATO DO PODER PÚBLICO, sendo que este último pode ser:
1) Federal;
2) Estadual;
3) Municipal;
1-Extrema urgência
2-Perigo de lesão grave
3-Em período de recesso.