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iMiiipraâgSts ^ eram sugeridas
Gilberto Bercovici
e-mail: berco@uol.com.br
Jacinto Nelson de Miranda Coutinho
e-mail: jnmc@uol.com.br e coutinho@avalon.sul.com.br
José Joaquim Gomes Canotilho
e-mail: jjcanot@fd.uc.pt
Lenio Luiz Streck
e-mail: lenios@globo.com Apresentação
Luis Miguel Justo da Silva
e-mail: lmjustos@uol.com.br
Luiz Alberto David Araujo
e-mail: ladalO@uol.com.br Corria o III Simpósio Nacional de Direito Constitucional, patro-
cinado pela Academia Brasileira de Direito Constitucional, durante os
Luiz Alberto Machado feriados de meados de outubro de 2001, quando um grande número
e-mail: machado@mps.com.br de alunos e professores, particularmente de Direito Constitucional,
Luiz Edson Fachin começou a questionar sobre a veracidade da posição — sustentada
e-mail: fachin@mps.com.br com ardor por alguns dos participantes do dito Simpósio — de que a
Constituição Dirigente, nos moldes traçados pelo Professor José
Luís Roberto Barroso Joaquim Gomes Canotilho, da Faculdade de Direito da Universidade
e-mail: lrbarroso@uol.com.br; lrbarroso@montreal.com.br de Coimbra, havia morrido. Segundo o que se disse no tal conclave, o
Marçal Justen Filho
Professor Canotilho teria abandonado sua tese e isso ficara claro em
e-mail: marcal@justen.com.br
um encontro por ele mantido com professores brasileiros em Coim-
bra.
Marco Aurélio Marrafon A questão não estava tranquila. Não se sabia, afinal, até que ponto
e-mail: mamarrafon@uol.com.br aquilo era verdadeiro, embora as pessoas que sustentassem tais asser-
Menelick de Carvalho Netto tivas fossem dignas de respeito e devessem ser levadas em considera-
e-mail: flavia_albuquerque@terra.com.br e ção, pelo menos para efeito de investigação e análise.
menelickcarvalhonetto@yahoo.com Começou-se, assim, uma longa conversação com os colegas de
Coimbra, dos quais despontavam o Professor António José Avelãs
Néviton Guedes Nunes, uma espécie muito especial de "Embaixador" dos estudantes
e-mail: nevitonguedes@hotmail.com brasileiros na precitada Universidade, e um doutorando brasileiro que
lá estava justamente sob a orientação do Prof. Canotilho, Néviton
Saio de Carvalho Guedes. Delas resultou uma preocupação — o que, afinal, estavam a
e-mail: salodc@uol.com.br e escritório@direitocriminal.adv.br entender sobre a posição adotada pelo Prof. Canotilho no Brasil? — e
um começo de resolução dos problemas quando se fez chegar em
terras tupiniquins, devidamente autorizado pelo professor, fotocópias
do Prefácio da 2^ edição de seu Constituição Dirigente e Vinculação
do Legislador (Coimbra : Coimbra Editora, 2 0 0 1 ) , • flm de que a do Prof. Canotilho está com uma larga vantagem, mormente se a
matéria fosse estudada e entendida. matéria tem aplicação direta no direito brasileiro.
A preocupação de todos, por evidente, era procedtntti Afinal, tal Em face disso, fazia-se mister, então, juntar pessoas que tivessem
obra é excepcional e a conclusão haveria de ser, entlO, Compreendida, a compreensão da importância da matéria e, mais, pudessem discutir
no seu devido âmbito, largamente explicada nO tCXtO (produzido, o tema de modo a, se fosse o caso, montar uma resistência coerente,
conforme dito nele mesmo, por sugestão do "nOMO tmi|0 Néviton contra quem quer que fosse. Assim, desde o Programa de Pós-gradua-
Guedes") e ressaltada no final: "Em jeito de COncluilo, dir-ie-ia que ção em Direito da Universidade Federal do Paraná começaram as
a Constituição dirigente está morta se o dirigismo COnStItUCional for articulações para um encontro, em forma de workshop, capaz de
entendido como normativismo constitucional revoluclonárlo capaz aglutinar pessoas que, antes de tudo, fossem amigas e, mais, tivessem,
de, só por si, operar transformações emanclpatôrlas." (p. XXIX). com humildade, interesse em colaborar. Formado o grupo, sempre
A questão, todavia, não ficava restrita nesse espaÇO. Por evidente, por indicações pessoais — eis a razão pela qual não estiveram todos
o Prof. Canotilho é muito maior que qualquer doB seus textos e, que deveriam estar, a começar por um grande "guru" como o Profes-
sozinho, pode produzir mais estragos — como terceiro em um discur- sor Paulo Benavides —, traçou-se um método de trabalho e eleito foi
so — que dezenas de reacionários àquilo que, à maioria, é democrático o local, um Hotel Fazenda (chamado Cainã) localizado no município
na Constituição da República; ou incendiários, COmo Nero, dos seus de São Luís do Purunã, próximo a Curitiba, onde se poderia ter a
preceitos, mormente aqueles que fixam direitos e garantias. Afinal, tranquilidade suficiente para, em duas jornadas, debater-se a questão.
uma coisa é o uso do argumento de que a CR está ultrapassada e Por fim, quando quase tudo estava articulado, veio a grande notícia:
entrava o progresso do país, com seu espírito Dirigente; outra, muito viabilizou-se uma videoconferência, onde se poderia discutir o que
diferente, é sustentar isso a partir de afirmações que teriam sido feitas fosse necessário com o próprio Prof. Canotilho. O evento, como se
pelo Prof. Canotilho, do alto de sua sabedoria e reconhecimento em pode ver, foi um grande sucesso, agora apresentado, em síntese,
terra brasilis. Em suma, formalizar uma defesa contra os conservado- naquilo que foi possível recuperar, neste pequeno livro. Nele, para
res de sempre e seus motivos variados, dos quais saltam fora os preservar a fonte, manteve-se, no texto do ilustres portugueses, a
interesses pessoais e os sintomas psicanalíticos, não é fácil, mas nada língua portuguesa conforme as regras de Portugal e, nas intervenções
que se não possa fazer, mormente porque os argumentos sempre são dos brasileiros, o português que por aqui se segue. Algo do género,
prenhes de vazios e falsas premissas, com facilidade detectáveis. como parece elementar, não enriquece o conteúdo do livro, mas
Outra coisa, porém, muito distinta, é formular dita defesa contra garante a cada um o seu espaço de fala, na forma como projetada.
torpedos discursivos provenientes de gente séria como o Prof. Cano-
O Programa de Pós-graduação em Direito da UFPR, destarte,
tilho, sabidamente responsável pela formação de uma gama imensa de
cumpriu uma de suas missões: seguir na pesquisa de ponta, congre-
jovens professores de Direito Constitucional que, saídos do regime
gando o que há de melhor no mundo jurídico brasileiro. Ademais,
militar, foram nele buscar inspiração, na língua lusa, para começar a,
estreitou-se a vinculação com a Faculdade de Direito da Universidade
junto com tantos outros, dar contornos àquilo que veio a ser o
de Coimbra, com a qual já mantém um convénio muito ativo, agora
pensamento constitucional nacional, mormente após 1988. Não bas-
com um trabalho conjunto e grande marca daquilo que deve ser, no
ta, contudo, isso afirmar; é preciso ir adiante, entendendo que esses
melhor sentido, a inserção internacional dos Programas de Pós-gra-
professores, por sua vez, formaram centenas de outros, desde os
duação.
Programas de Pós-graduação, grande parte dos quais aparecem, hoje,
nas centenas de Faculdades de Direito existentes no Brasil. A partir Por fim, há que agradecer a paciência e a disponibilidade do Prof.
daí, desconhecer a importância do pensamento — e da palavra — do J. J. Gomes Canotilho, sempre disposto a ouvir, com o que deixou
Prof. Canotilho no Brasil é assumir o lugar de néscio. Não é por outro registrado uma marca de humildade e grandeza. Ademais, sem a
motivo que quem tem uma posição jurídica assentada no pensamento intervenção do extraordinário Prof. António José Avelãs Nunes, te-
riam sido impossíveis todos os contatos e a magia dos momentos por
que todos passaram. Da mesma forma, o Prof. Néviton Guedes teve
participação de ponta, fazendo ver como era importante para nós, no
Brasil, a matéria e, por fim, no âmbito do PPGD-UFPR nada teria
sido, em verdade, realizado, não fosse a participação e colaboração
decisiva da Prof. Aldacy Rachid Coutinho, Vice-coordenadora do
Programa, incansável nas articulações burocráticas e compreensiva da
diferença de todos. Do ponto de vista institucional, há que ressaltar a
valiosa colaboração do Cesec — Centro de Estudos de Engenharia
Civil, da UFPR, por seu Diretor Prof. Sérgio Scheer, que viabilizou,
com esmero e cortesia, a invulgar videoconferência com o Prof.
Canotilho. Por outro lado, todas as gravações do encontro foram
patrocinadas pelo Ibej—Pós-graduação, que há muito tem suportado Resenha do Prefácio da 2^ edição
com singular grandeza várias deficiências do Setor de Ciências Jurídi-
cas da UFPR, por decisão de seu Presidente, o Prof. Manoel Caetano
Ferreira Filho, a quem só cabe agradecer.
Aos participantes das Jornadas, por evidente, que por sua conta e
risco vieram ter no Hotel Fazenda Cainã e em Curitiba, há de ser C A N O T I L H O , Constituição dirigente e vinculação do
dedicado este livro: neles repousa a força democrática do direito legislador, 2" edição: resenha de um prefácio
brasileiro, como já deram inúmeras provas e não se pode duvidar.
A Editora RENOVAR, por certo, dá um grande passo na consoli- Eros Roberto Grau
dação de uma forma trabalhosa — mas gratificante — de se evoluir no
estudo do Direito no Brasil, ou seja, propiciando que todos tenham 01. — Entre os dias 21 e 22 de fevereiro passados', em semi-
acesso àquilo que de melhor discutiu-se nas Jornadas sobre a Consti-
nário promovido pelo Programa de Pós-graduação em Direito da
tuição Dirigente em Canotilho. Oxalá se consiga seguir na mesma
UFPR — "Jornadas sobre a Constituição dirigente em Canoti-
direção, com novas Jornadas e estudos cada vez mais profundos. O
desafio está lançado. lho" — estiveram reunidos, na Pousada Cainã, próxima a Curi-
Embora se deva ler o texto, é preciso concluir com uma passagem tiba, alguns professores de direito. O objetivo desse grupo de
antológica do Prof. Canotilho na videoconferência, a qual pode resu- docentes, reunidos por iniciativa do Professor Jacinto Nelson de
mir bem o que se viu e sentiu: "Portanto, quando coloca essas Miranda Coutinho, foi o de debater o prefácio de José Joaquim
questões da 'morte da constituição dirigente', o importante é averi- Gomes Canotilho à segunda edição do Constituição dirigente e
guar por que é que se ataca o dirigismo constitucional. Uma coisa é vinculação do legislador. Esteve entre nós, t a m b é m , o Professor
dizer que estes princípios não valem e outra é dizer que, afinal de Antonio José Avelãs Nunes, da Faculdade de Direito da Univer-
contas, a Constituição já não serve para nada, já não limita nada. O sidade de Coimbra.
que se pretende é uma coisa completamente diferente da problema- Entendeu-se adequado e oportuno esse debate em razão da
tização que vimos efectuando: é escancarar as portas dessas políticas
afirmação, assumida e apregoada por quem não importa identi-
sociais e económicas a outros esquemas que, muitas vezes, não são
transparentes, não são controláveis. Então eu digo que a constituição ficar ou qualificar, de que Canotilho teria decretado a morte da
dirigente não morreu." (grifos nossos). Constituição dirigente.
"Agora quando está nos tratados internacionais, já toda a 1993:225-227]. Ensina ENRIQUE MARÍ [1993r230]: "Mientras el discurso dei
orden combina predominantemente un repertório de signos de la razón, el
gente vem dizer que é preciso levar a sério, é imperativi- imaginário social teje signos alegóricos y analógicos procedentes tanto de los
dade e normatividade que aponta para igualdade entre fantasmas profanos como de la religión. Pero el entretejido global de estos signos
homens e mulheres. E imperatividade que aponta para a con la fuerza y el discurso dei orden no conforma una operación irracional, es por
el contrario expressión de la más alta racionalidad dei dispositivo dei poder como
igualdade real, é imperatividade que aponta para a coesão condición de reproducción ideológica de la ínfraestructura económica de una
social, é imperatividade agora (...) do Tratado de Ams- fòrmación social". E mais [1993:239]: "Así como el imaginário social es condi-
terdã, que aponta pelos direitos sociais dos trabalhado- ción de reproducción dei discurso dei orden en el dispositivo dei poder, el
dispositivo dei poder, enfocado en su modelo político-jurídico, es condición de
res. O u seja, é nessa perspectiva que eu afirmei existir
reproducción de las formas de producción". Ora, a compreensão disso torna mais
uma certa deslocação; ou seja, a imperatividade desloca- o claro o que escrevi ainda em 1989 [GRAU 2002a-.348-349], embora afirmando
se dos textos constitucionais para os textos internacio- ser, a nossa Constituição de 1.988, uma Constituição dirigente: "Desídia do
Executivo e do Legislativo, no entanto, associada à fragilidade e subserviência do
nais, de organizações supranacionais, mas coloca sempre
Judiciário, poderão, então, no futuro, dar lugar à conclusão de que o novo texto
o problema final, porque esta dimensão normativa, este constitucional não foi produzido senão para propiciar avanço nominal, que terá
programa tem uma maldade congénita quando está numa prosperado apenas para restaurar a ideologia jurídica entre nós. Poderão, ainda,
Constituição nacional, e tem uma bondade natural quan- ensejar a quem a analise, no futuro, a Constituição de 1988, mediante o uso dos
conceitos de efetividade jurídica ou formal, de efetividade material e de eficácia
do está num tratado internacional, porque é bom 'fora âo direito, a seguinte conclusão, que enuncio como se já nesse futuro estivesse
portas' e porque é u m mal 'entre muros'. E é este o pro- sendo escrita: 'Não tinha mais como recusar, o Poder Judiciário, efetividade
blema que eu queria focar quando me referi a esta deslo- jurídica ou formal aos direitos a que nos referimos; por isso lhes era esta [efetivi-
dade formal) conferida; mas lhes era recusada efetividade material e, por isso
cação da diretiva para o terreno internacional". inesmo — porque lhes era negada esta última — resultaram eles dotados de
eficácia; pois é certo que alguns deles foram institucionalizados exclusivamente
11. — As Constituições dirigentes existirão enquanto forem para que não viessem a ser realizados'. Esta, então, a descrição que poderá vir a
ser feita das normas que mais importa, neste ensaio, considerar: normas que,
historicamente necessárias'^, disse C A N O T I L H O respondendo dotadas apenas de efetividade formal, iornam-se plenamente eficazes — isto é,
são adequadas aos fins que visam — porque não são dotadas de efetividade
material. O impacto que tal descrição poderá causar sobre a ideologia jurídica,
18 Não obstante, quero afirmar, neste ponto, não ser ingénuo. Sei perfeitamen- se verdadeiro, este é tema a respeito do qual não arrisco nenhum prognóstico. O
te que o dispositivo de legitimação que sustenta o poder está amparado por um que pretendo, somente, é observar que a nenhum ufanismo social deve conduzir
discurso de ordem e pelo imaginário social, instâncias distintas, mas não inde- a verificação de que a ordem económica na Constituição de 1988 propõe a
pendentes, dele [MARÍ 1993:220]. O discurso da ordem é o lugar da razão, Instalação de uma sociedade de bem-estar — no que, sem dúvida, notável avanço
preenchido fundamentalmente pelo direito, mas também ocupado pela moral, •ocial — mas antes, pelo contrário, à reivindicação responsável, pela sociedade,
pela filosofia política, pela religião. O espaço da lei é o espaço da razão, ao passo plenamente, da soberania popular, reconhecida no artigo 14 do texto constitu-
que o imaginário social interpela as emoções, a vo- ide e os desejos [MARÍ cional".
herdade substancial ligando-se ao Estado como à sua essência, éo primeiro e tudo quanto nos disse C A N O T I L H O nessa tarde,
como ao fim e ao produto da sua atividade. Se o Estado é o com a modéstia dos que se abrem para o saber, desenham o
espírito objetivo, então só como seu membro o indivíduo terá perfil do autêntico intelectual social, antípoda do que podere-
objetividade, verdade e moralidade. A associação como tal — mos chamar de "intelectual individualista possessivo". Este não
associação dos indivíduos no Estado — é o verdadeiro conteúdo compartilha suas dúvidas. Seja porque não as tem, seja porque
e o verdadeiro fim [dos indivíduos], e o destino dos indivíduos HiS esconde de si próprio — essas dúvidas que necessariamente
está em participarem de uma vida coletiva; quaisquer outras Jjiâo produzidas pela reflexão — temeroso de que sua aura se
satisfações, atividades e modalidades de comportamento encon- Mesvaneça, o que é, no caso, inevitável.
tram seu ponto de partida neste ato substancial e universal. Tem-se falado, ora para criticar, ora com certa afetuosidade,
Convém relermos o § 260 do Princípios da filosofia do direi- em um " C A N O T I L H O I I " . E bom que seja assim, porque o
to [HEGEL 1959:256-7]: ;verdadeiro intelectual é aquele que se renova saturnianamente,
«ievorando suas próprias ideias, para reconstruí-las incessante e
"Daí provem que nem o universal tem valor e é realizado permanentemente. A pausa na reflexão, ela sim é a morte abso-
sem o interesse, a consciência e a vontade particulares, ita do que se julga sábio. T a m b é m por ser já u m outro C A N O -
nem os indivíduos vivem como pessoas privadas unica- I L H O — e porque há de serem outros, amanhã e depois —
mente orientadas pelo seu interesse e sem relação com a os eles permanecem a nos ensinar.
vontade universal; deste f i m são conscientes em sua ati- [junho, 2002]
vidade individual. O princípio dos Estados modernos
tem esta imensa força e profundidade: permitirem que o
espírito da subjetividade chegue até a extrema autono- ibliografía:
mia da particularidade pessoal ao mesmo tempo que o
reconduz à unidade substancial, assim mantendo esta BERCOVICI, GILBERTO. ^problemática da constituição diri-
unidade no seu próprio princípio". gente: algumas considerações sobre o caso brasileiro, in Re-
vista de Informação Legislativa, ano 36, n. 142, abril/junho
Isso significa que não há espaço para a liberdade individual 1999.
senão no seio do Estado, senão enquanto os indivíduos permane- U C C I , MARIA PAULA D A L L A R I . Direito Administrativo e
çam ligados ao Estado como à sua essência, como ao fim e ao politicas públicas, tese. São Paulo, 2001.
produto da sua atividade individual. C A N O T I L H O , JOSÉ J O A Q U I M GOMES. Constituição diri-
A minimização das responsabUdades políticas empalmadas gente e vinculação do legislador, 7} edição, Coimbra Editora,
pelo Estado em benefício de leis pretensamente naturais, que Coimbra, 2001.
passariam a guiar nossos destinos, conduzirá ao sacrifício ainda ' C A N O T I L H O , J O S É J O A Q U I M GOMES. Direito Constitu-
maior da sociedade e ao surgimento de um "Estado Javert", po- iu cional, 3" edição, Almedina, Coimbra, 1983.
licialesco, autoritário, mesquinho. Í^OMPARATO, FÁBIO KONDER. Ensaio sobre o juízo de consti-
12. — São extremamente ricos, tanto o prefácio quanto a tucionalidade de política públicas, in Estudos em homenagem
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