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Espadas, fé, armaduras e magia pouco são sem uma causa pro trás delas uma causa pela

qual se impunha uma espada, fortalece a espada. A causa a ser defendida pela armadura
também a fortalecerá. É preciso ter uma causa para se ter fé ou ter fé em uma causa, pois é como
dizem por aí: “a fé move montanhas” até a magia se fortalece com uma causa.
Desderot, um mundo de espadas e armaduras, fé e magia... E causas. Sim, muitas causas.
Um mundo de fantasia sombrio fortemente inspirado na Europa da idade das trevas. Um
mundo novo descobrindo a si mesmo repleto de ignorância e superstição. Um mundo onde os
monstros se escondem na escuridão. Na escuridão das florestas noturnas, cavernas profundas e
masmorras profanas e abandonadas. Um mundo onde os monstros se escondem na escuridão.
Até mesmo na escuridão da alma, corpo mente e coração dos humanos.
Desderot, um mundo onde espadas lutam por causas nobres e causas injustas, a fé pode
corromper-se ou abençoar, um mundo de armaduras sagradas e pecaminosas. Um mundo onde a
magia pode ser altruísta e vingativa também. Um mundo de fantasia medieval onde o maior
vilão realiza uma busca pela sua redenção e os maiores heróis caem nas trevas para tornarem-se
os piores algozes da danação.
Desderot, um mundo de reis ambiciosos que por pouco ainda não escravizaram seu próprio
povo. Um mundo de sacerdotes egoístas que usa de sua influencia para ensejos pessoais. Um
mundo onde os Maegus já cansados de tortuosa perseguição praticam agora atos indizíveis
alegando justa retaliação. Um mundo onde os pobres camponeses se cansam do abuso e da
miséria e abraçam a pratica de atividades ilícitas com fervor crescente.
Bem vindo a Desderot e veja até onde vai o seu herói em seu caminho rumo à honra.
Bem vindo a Desderot e escolha uma nação que alimente ainda mais a xenofobia existente.
Bem vindo a Desderot, um mundo ardil e egoísta forjado no desespero ansiando devorar
você.
Sim, bem vindo a Desderot e nos diga o que defende sua armadura, o que ergue a sua
espada, onde deposita a sua fé e para o que serve a sua magia.
Sim, seja bem vindo!

O Autor
Agradecimentos
-Ao Fernando Simões por me introduzir neste hobby inebriante ao qual devo tantos anos de diversão

-Ao meu primeiro grupo de RPG formado apenas por mim, pelo Fernando e seu primo Leal Neto e o meu grande amigo Daniel Victor.

-Ao meu segundo grupo de RPG que me influenciou a voltar a jogar (esse agradecimento é pra galera da Rua Padre Guerra)

-As minhas irmãs por concederem-me tanto material de pesquisa quanto foi possível em seus livros

-E por ultimo e não menos importante, eu deixo aqui um agradecimento enorme a toda galera por trás da revista Dragão Brasil, Devir
editora e Jambô editora. Vocês não fazem à menor ideia do quão importante foram na minha vida.

Adaptação de Desderot para o sistema +2d6 por M. Vianna


Todos os Direitos de Sistema + 2d6 Reservado Newton “Tio Nitro” Rocha

Todos os Direitos de Desderot Reservado Mateus Viana de Sousa.


Hoje ao sair de casa me deparei com os restos de uma cadela morta na rua do padeiro e as
marcas de contusões levaram-me a crer em pedradas e pauladas, realmente paus e pedras
podem me ferir, não fui o único a notar tal animal. Essa já é a terceira ou quarta? Não sei, mas
sei que a anterior apareceu a menos de dois dias atrás. O Sagrado sacerdócio já havia me dito
uma vez que a violência é rotineira em Bihoradi, a violência é rotineira em toda Dragasani. O
ventre rasgado, sangue seco, olhar vítreo e crianças rindo. Eu sei que ela era só uma meretriz
abandonada pela fortuna. Eu acho que fomos todos abandonados pela fortuna em Desderot.
Este nosso querido mundo meio que nos prepara para sermos mais animais que certos animais
reais.
Quando cheguei neste antro de indulgencias ouvi rumores que as cidades por aqui põem
medo em seus esporádicos visitantes, mas comigo não. Eu sou velho demais para temer
Bihoradi e sua política de recrutamento militar infanto-juvenil. Eu sou experiente demais para
temer o Comércio Grageônico Dragasano e seus líderes criminosos. Eu sou ébrio demais para
temer qualquer coisa que esta merda de cidade jogue em mim. Na medida em que os dias
passam enquanto eu estou aqui já é correto afirmar que hoje essa droga de cidade é que tem
medo de mim, pois eu vi sua verdadeira face, eu a olhei nos olhos até que ela piscou e virou a
cara.

As ruas são valas alargadas cheias de sangue, fezes, urina e vermes, eu fico aqui esperando
uma torrente purificadora vinda do céu que ira afogar todos em sua própria imundice. Os
ofensores e os ofendidos, os camponeses honrados em sua labuta e os nobres desmoralizados
em suas cobiças. E eu aqui ansioso para ver o resultado do castigo divino, que tarda a chegar,
caindo sobre as cabeças dos sacerdotes corruptos e suas concubinas, dos nobres viciados em
sua riqueza e suas cortesãs, dos cavaleiros pirados caçadores de sangue e putas, sem falar nos
sacerdotes pervertidos e suas “parentes distantes”.

Vejo a sujeira de todos os homens e mulheres dessa porra de cidade, por vezes eu até
participo desse chiqueiro. O sexo, a jogatina e as drogas subindo como a água de uma
enchente. A pergunta é. Quando que essa porcaria vai invadir a boca e violar a garganta de
meretrizes sórdidas, cavaleiros maníacos, monarcas egoístas e sacerdotes ambiciosos? Estes,
presos em suas tentativas tolas para salvar o próprio rabo vão olhar para cima procurando a
benção de Todos os Dires e gritaram "salve-nos de nossa danação"... Eu sei que vou rir quando
a resposta de nossos Criadores-Guardiões chegarem num aterrorizante e ensurdecedor "NÃO,
não há salvação para vocês aqui!".
Eles afirmaram que não tiveram escolha e que todos estes anos enfurnados em devassidão
e mentiras foram resultados de injustiças impostas a eles por nossa própria Desderot.

Eles dizem ser vitimas da própria sociedade. Bom, eu digo bobagem.


Todos eles podiam ter seguido os passos de homens honrados como meu santo pai que
nem esfomeado roubou sequer um pedaço de pão ou o santo pai de meu pai que morreu ainda
com enxada em mãos trabalhando para seu Agaro. Homens decentes, que acreditavam no suor
do trabalho honesto, na fé em Todos os Dires e justiça do Sagrado Sacerdócio. Mas eles
seguiram os excrementos de desgraçados e Maegus sem perceber que a trilha levava a um
precipício até ser tarde demais. Então não digam que não tiveram escolha, não para mim.

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Eu que mendiguei aos nobres com fome quando meu pai morreu. Eu que vivi nas ruas com
medo do meu futuro. Eu que dormi nas escadarias dos templos com frio antes dos sacerdotes
me adotarem. A fome hoje saciada com novos ideais me leva longe no caminho da salvação. O
medo me mantém desperto e atento contra o mal, a maldade e os malditos. E o frio já se foi há
muito tempo quando eu tive o prazer de ser tocado pela Manifestação da Origem.

Não caí nos vícios desse mundo impiedoso, não escolhi a saída dos fracos me entregando
a corrupção de princípios e alma eu escolhi fazer o bem e carregar o peso desse mundo
completamente doente em minhas costas. Eu escolhi salvar o máximo de merecedores comigo
em minha cruzada. Eu escolhi fazer parte dos faxineiros e não da sujeira a ser removida. Sim,
esta sujeira toda será um dia removido.

Agora o que eu vejo é que o nosso mundo todo está marchando rumo a um assombroso
abismo embasbacado contemplando o Palácio Maldito de Grageon com o Dire Profano
sorrindo de braços abertos a espera do fim de todos nós e atrás dos impuros vamos nós,
inquisidores, paladinos, sacerdotes. Homens de boa índole e senso de justiça inabalável e com
eles é claro, vou eu. Vamos apreçando o passo desses sórdidos contribuintes da vilania
desenfreada e da injuria desmedida.
Eles seguem chorando lágrimas capciosas e nós cientes disso repetimos com nossas vozes
fortes e imparciais... Já vão tarde.

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Introdução
O QUE É DESDEROT?
Desderot é um mundo de Desderot é mais um mundo de fantasia medieval com sua inspiração
vinda da Europa do sec. IX ao XV voltado para alta fantasia sombria de baixa magia, ou seja, Desderot
se passa numa outra realidade medieval com suas próprias leis físicas. Não somente isso, mas também
possui fauna, flora, geografia própria e muitas outras peculiaridades somente suas ou não, onde há sim
magia, mas abordada de um jeito diferente.
Não há raças de humanóides inteligentes além dos próprios humanos e eu sei que isso pode limitar
um pouco as opções dos jogadores e dos desafios que o mundo pode proporcionar, mas a verdade é
que tudo no nosso mundo foi feito ou idealizado por simples seres humanos. Vemos muito disso em
Sherlock Holmes, Drácula, Zumbis Haitianos etc., todos inspirados em humanos “normais”. Mesmo se
tratando de uma Fantasia Sombria, não é preciso muitos enfeites para criar um clima de horror e somos
todos nós em nossas raízes um pouco dantescos. Pelo menos o suficiente para assustarmos amigos
mais próximos.
Há governantes ambiciosos tramando novas formas de expansão territorial como seqüestros,
assassinatos, pactos com Maegus e isso só para começar.
Que tal um grupo de Sacerdotes fanáticos promovendo perseguições contra possíveis hereges que
não passavam de inimigos pessoais? Ou uma plebe criativa que acabou de desenvolver outros meios
econômicos? Talvez algo lícito como se tornar aventureiro ou ilícito entrando para o crime organizado.
Maegus cansados de se esconderem perante a força do Sagrado Sacerdócio planejando retaliação
brutal? Possibilidades infinitas assim como no nosso mundo real.
A cosmologia de Desderot é constituía pelo mesclar de varias mitologias, mas sem foco na parte
quimérica do mito e sim no apelo religioso dos devotos.
Mas é claro que sabendo a vontade de soltar bolas de fogo pelas mãos e exorcizar Poltergeist
violentos é enorme e por isso ampliei a extensão da magia Arcana e Divina para agradar o máximo de
jogadores.
Neste mundo encontraremos desafios interessantes como a politicagem do Sacerdócio com a
Monarquia, invasões do Rei Bárbaro de Dromish e seus guerreiros bestiais, feras quiméricas vindas de
outros planos depositadas aqui por experiências de Ars Maegi e a crescente organização criminosa
chamada de Comércio Grageônico. Onde heróis complexos nascem e tomar caminhos próprios na
formação de seus caracteres.
Desderot é sim mais um mundo de fantasia medieval sombria e como todos os jogos desse gênero,
Desderot é um mundo que tem seus mistérios, encantos e desafios próprios que serão apresentados aos
jogadores mais a frente. Mas antes de começarmos a explicar detalhadamente tudo sobre Desderot
vamos primeiro nos atentar sobre DESDEROT RPG e DESDEROT ROMANCE.
É bem verdade que o RPG influenciou muito a minha vida. Eu era de fato muito novo quando
conheci o Role-Playing e me viciei nele. Foi por meio dele que Desderot nasceu. Eu lembro que
quando criança meus amigos (Fernando e Daniel) me “pediram” para ser o narrador e voilà.
No primeiro rascunho, na minha primeira narração com o meu primeiro grupo encontra-se a
gênese de Desderot. Puro, sem forma, sem história, mas lá.
Uma década se passa e o antes infantil narrador de primeira viagem cresce e amplia sua cultura,
seu raciocínio e desenvolve a sua personalidade. Graças ao RPG eu tive o prazer de conhecer novos
amigos e cultura própria. Com RPG veio os animes, HQs, mitologia e claro, livros. Muitos e muitos
livros. Um mundo absorvido após o outro e hoje finalmente tomei coragem para escrever. Graças aos
meus amigos que tanto me apóiam e graças o RPG que me deu todos estes amigos. Assim eu juntei
anos de narrativas, pesquisei geografias para da uma forma física ao mundo e fiz um mix de todas as
mitologias que me fascinavam (incluindo o criacionismo monoteísta judeu, cristão e mulçumano) e
assim concretizei Desderot.
Mas há uma diferença simples de Desderot RPG e Desderot Romance, essa diferença encontra-se
no sobrenatural.
No RPG a magia querendo ao não se manifesta muito na sua natureza fantástica enquanto nos
romances eu busquei diminuí-la o máximo que pude. Se existe vampiro no mundo fictício foi no
mundo real que ele foi criado (como no caso Drácula/Vlad Tepes). Eu espero impressionar nesse meio
com esta ramificação da fantasia que até então eu não encontrei por aí.

O QUE É RPG?
RPG é a sigla inglesa de Role-Playing Game, que em português significa "jogo de interpretação de
personagens".
Consiste em um jogo no qual os participantes desempenham o papel de um personagem em um
cenário fictício deixando todo o resto para um jogador especial que se chama geralmente de Narrador
ou Mestre.
O Mestre tem a responsabilidade de criar a história, o cenário e a época, introduzir personagens
secundários e julgar as ações dos personagens principais, de acordo com o sistema de jogo. Que nesse
caso será o Sistema +2d6.
O +2d6 foi criado com o objetivo de ser um sistema de fácil assimilação pelos jogadores, ser
customizável pelo Mestre para a aventura que ele quer narrar (por isso deixo aqui um agradecimento
muito especial ao Tio Nitro (Newton Rocha) criador do Sistema +2d6).
Então, o que exatamente isso quer dizer? Isso que dizer que um grupo de amigos optou por um
jogo diferente onde os Jogadores são como atores em um filme e o Narrador é o diretor desse filme e
mesmo que o narrador tenha o roteiro nas mãos os jogadores vão mesmo é improvisar.
Para quem nunca jogou RPG antes eu vou sugerir que comecem por um sistema de jogo mais
simples para se habituarem ao ritmo do jogo. (https://newtonrocha.wordpress.com/) neste site vocês
terão a chance de conhecer melhor o Sistema +2d6 e outros suplementos para ele.

O SISTEMA +2D6
O +2d6 foi criado com o objetivo de ser um sistema de fácil assimilação pelos jogadores, ser
customizável pelo mestre para a aventura que ele quer mestrar, ser livre e gratuito para a criação de
aventuras e material por qualquer pessoa, e possuir elementos constantes de diversos sistemas para
facilitar a adaptação de material de outros sistemas de RPG.
O +2d6 foi influenciado pelos elementos comuns a diversos sistemas, como GURPS, Savage
Worlds, d20, CODA, Tri-Stat, Daemon, 3d&t entre outros. Para facilitar o uso e tornar o sistema mais
intuitivo tanto para mestres e jogadores veteranos quanto para novatos, os termos dos elementos do
sistema foram escolhidos pela sua familiaridade. É um sistema simples e convencional, mas bem
divertido e rápido, além de ser fácil utilizar e adaptar materiais, monstros, aventuras e cenários de
outros sistemas.
O +2d6 é um sistema customizável e intuitivo para jogos de RPG de qualquer estilo. O sistema
usa somente dados de 6 faces e foi criado para ser intuitivo, familiar e fácil de aprender, mestrar e
adaptar material de outros sistemas.
Existem dois tipos de testes para as tarefas ou ações do jogo os TESTES OPOSTOS:
Atributo+Perícia+2d6 de um personagem versus Atributo+Perícia+2d6 de outro personagem, o
resultado maior vence o teste e os TESTES NORMAIS: Atributo+Perícia+2d6 de um personagem
contra um número alvo, chamado de Classe de Dificuldade (CD), determinada pelo Mestre do Jogo.
Se o resultado for igual ou maior que a classe de dificuldade (CD), o teste foi bem sucedido.
Os níveis de dificuldade (CD) variam de 2 (facílimo) até 30 (dificílimo). Testes de dificuldade
comuns tem CDs que variam de 6 até 12.
Como base, as Classes de Desafio (CD) são as seguintes:
Testes Fáceis – Classe de Desafio 8
Testes Normais - Classe de Desafio de 10
Testes Difíceis - Classe de Desafio de 14
Testes Impossíveis - Classe de Desafio acima de 14
Um resultado de “6” e “6” na rolagem de 2d6+Atributo+Perícia significa um Acerto Crítico. Um
resultado de “1” e “1” na rolagem de 2d6+Atributo+Perícia causa uma Falha Crítica. O Mestre
determina o que ocorreu em seguida, por exemplo, um Acerto Crítico pode causar o dobro do dano,
enquanto uma falha crítica pode quebrar a arma utilizada ou causar dano em um aliado.

POR QUE O SISTEMA +2D6?


Como dito pelo próprio criador do Sistema +2d6 este foi criado com regras voltadas para rápida
assimilação e “customizavel”.
Eu não encontrei um sistema que me permitisse simular minhas idéias para o mundo, claro que
referencias e conceitos foram encontrados em outros sistemas, mas não me era possível agregar todas
as minhas intenções como o +2d6. Isso e também minha incapacidade de criar um sistema próprio para
meu mundo. (por incapacidade eu quero dizer preguiça mesmo, só o romance esta me cansando muito)
Assim eu espero que vocês apreciem o resultado deste net book tanto quanto eu.

História
Olhei para trás, olhei atentamente para o nosso passado. Se não foi capaz de ver o
que eu vi e duvida, ouça. Ouça as minhas palavras.
Ódio, segregação e guerra. Isso é a história de Desderot, a história de nossos
ancestrais que repercute em nós. O Sagrado Sacerdócio nos explica o porquê de tanto
ódio em nossos corações, mas não se engane, é a Ars Maegi que nos alude sobre sua
causa.
Sim eu sei que a palavra de um Maegus herege não vale nada, mas também sei que
o Sagrado Sacerdócio nos esconde algo. Algo muito importante para todos nós, talvez
algo que mude nosso mundo novamente e não saber isso é o que me frustrou no inicio.
Por que há tanta xenofobia em nosso mundo? O que foi que nos separou? O que nos
torna tão intolerantes para com os nossos semelhantes vindos de outros reinos?

Há algo que o Sagrado Sacerdócio nos esconde, sim esconde de todos nós e na
medida em que o tempo passa mais eu quero saber. Por isso abandonei meus votos e
recorri aos Nefandos. Eles podem até proferir mentiras, mas eles ao menos não me
negam respostas.
Não repita meus erros e nem venha a me idolatrar, ou algo desse gênero. Eu sou um
déspota, um negligente e se duvidar... Um Herege. Minhas duvidas me levaram a um
caminho obscuro sem volta e mesmo assim não me abdico de nele prosseguir. Não
atribuo minha queda a outro se não a mim mesmo. Eu tive minha revelação, eu fui
tocada e não me satisfaço somente com esta bênção de Todos os Dires.

Existe algo a mais em nossa história. Mais que guerra, ódio e segregação. Eu sei
também que a resposta se encontra no passado. N a história a nós negada pelo Sagrado
Sacerdócio. Na nossa história.
Illeani Maegus, outrora Illeani Dornei princesa de Dornei e
Sacerdotisa de Todos os Dires
UMA BREVE OLHADA NO PASSADO
A história de Desderot ainda é cheia de lacunas preenchidas somente por teorias, os maiores
estudiosos do Sagrado Sacerdócio. Ainda há guardado nos Templos dedicados a Todos os Dires tomos
não divulgados e o Sagrado Sacerdócio persegue autores não autorizados que venham a publicar algo
não oficial sobre o passado de nosso mundo, por isso qualquer compêndio não autorizado é um
simples resumo pobre baseado naquilo que o Sagrado Sacerdócio provavelmente esconde da massa.
Graças a Todos os Dires, este pequeno detalhe não impossibilita que interessados abastados
tenham acesso a historia de Desderot. Vale ressaltar aqui que, esta história só desrespeita ao Ponto
Corpo, Mente e Coração devido à inacessibilidade do Ponto Alma e que os Maegus serão sempre
retratados como antagonistas, pois o Dirismo é a religião predominante em Desderot.
Em toda a história de nosso mundo, em todas as eras, no presente e no passado, há algo que
sempre se repete. No caso de Desderot este algo é a guerra.
Em toda a história de Desderot os seres humanos disputam por algo que não possuem. Território e
comida, riqueza e controle, felicidade e poder, teologia e fé, sempre haverá algo que leve os povos a
batalhar.
Sempre que civilizações convergem de opinião uma nova guerra resulta em Desderot, e nada de
bom vem com a guerra. Nada!
A seguir veremos a atual divisão da historia de Desderot divulgada pelo Sagrado Sacerdócio e
acolhida pela maioria das nações.

INCENDIULUICE, A ERA DAS GUERRAS INFINITAS

A Incediuluice, ou era de Bellian, ou era do fogo, foi marcada por suas características bélicas e
governo tribal. Nesse período as prioridades dos homens eram segurança, alimentação e água, por isso
este período foi marcado por guerras tribais.
Amostras do armamento desta época revelam traços sutis de uma arte semelhante à forja, só que
mais rústica e os armamentos a base de ossos também eram muito famosos nesse período.
Foi confirmado pelo Sagrado Sacerdócio que muitos de nossos atuais governantes são
descendentes de grandes líderes tribais famosos como Dragdaia e Aradrag os fundadores do que hoje é
o Grande Reino Dragasani e seus generais.
Claro que estas pesquisas promovidas pelo Sagrado Sacerdócio foram financiadas por vários Reis
e demais membros da Nobreza, mas isso não influenciou em nada as descobertas feitas sobre esta era.

ODELLIE PAMANTULUICE, A ERA DAS COLHEITAS

A Pamantuluice, ou era de Agara, ou era da Terra, foi marcada pelo sedentarismo do povo desta
era. A descoberta agrícola possibilitou a estagnação das maiores e mais fortes tribos em terrenos que
futuramente seriam chamados de Reinos Selvagens. Atualmente ainda a dois Grandes Reinos-
Selvagens em Desderot que confirmam esse fato além do Sagrado Sacerdócio.
Este período também foi marcado por alianças entre tribos para garantirem melhores condições
para seus membros e obviamente ampliar seus territórios.
Muitas tribos antigas foram eliminadas aqui, mas um Sacerdote afirma que na verdade estas
migraram para o que seria hoje o Ponto Alma formando seus principais Reinos Místicos, Rovinari,
Carei e Calafat.

DUHDINAERULUICE, A ERA DA INVENTIVIDADE

A Duhdinaeruluice, ou era de Cerin, ou era do Ar, foi conhecida com a era do engenho e foi
marcada pelo avanço mental e criativo dos homens e também pela atual distribuição territorial que
conhecemos hoje em dia. Isto quer dizer que, os reinos civilizados de Desderot oficializaram-se nesta
era.
O idioma comum foi criado nessa época o que permitiu a troca de informações precisas entre
Nações fortalecendo laços, ampliando o comércio e também aumentando a cobiça.
O avanço de áreas como a matemática e filosofia fez com que outras áreas já existentes também
evoluíssem, áreas como arte, arquitetura e é claro, o progresso bélico.
Verdade seja dita, a Incediuluice foi o período das guerras infinitas, mas foi na Duhdinaerului que
as guerras mudaram a historia de Desderot.
A criação de novos armamentos e aperfeiçoamento de antigas armas e armaduras fez desta época
um mar de sangue inimaginável. Acredita-se que tal avanço proporcionou a morte de mais de um terço
da população mundial, com exceção do Ponto Alma que foi marcado por suas próprias guerras.

Um ponto marcante na historia de Desderot ocorrido nessa era foi o pacto dos cinco reis.

CINCI REGULUS PACTULUI

Por anos todo conhecimento dos homens foi destinado à guerra que devastava o mundo. Os Cofres
Reais esvaziavam-se rapidamente. A população ia diminuindo tragicamente e nem um dos lados queria
ceder para o outro. Foram anos terríveis da história e se nada fosse feito o mundo teria encontrado seu
fim.
A última Grande Guerra de Desderot foi encabeçada por Dragasani juntamente com Lupeni,
Doromani, Dornei e Basarabi com mercenários de Dromish contratados por todos os Reinos
Civilizados. Ambos querendo expansão territorial controle de rotas comerciais e vassalagem dos reinos
vizinhos.
Era evidente que nenhum reino cederia às vontades dos outros e o fim da Grande Guerra parecia
utópico até que os Príncipes-Mores deram um golpe em seus patriarcas.
Em uma reunião secreta conhecida atualmente como o Pacto dos Cinco Reis ou Cinci Regulus
Pactului, os futuros reis das nações envolvidas na guerra decidiram findá-la antes que seus pais
acabacem de vez com suas heranças. Após muito planejarem os futuros governantes cometeram o
parricídio dando cabo de seus pais, enviaram os membros mais próximos a estes na corte para os
outros reinos como uma oferta de paz e, além disso, trocaram a liberdade de prisioneiros importantes.
O resultado destra traição foi a paz há muito tempo sonhada pelo povo o que fez com que a
população ficasse nada menos que agradecida aos novos regentes e seu novo sistema de liderança.
O único objetivo do Cinci Regulus Pactului é preservar a paz entre os reinos para que não se repita
o holocausto passado. Todos os Reis são livres para reger da maneira que melhor lhe convier e os
demais regente são proibidos apenas de formarem alianças matrimoniais não consentidas pelos atuais
Regentes. Isso quer dizer que é preciso à concepção dos atuais Reis para os casamentos entre membros
da monarquia.

DINAMAREAPALUICE, A ERA DA FÉ

A Dinamareapaluice ou, era de Eylona, ou era da Água, é nada mais nada menos que a era atual de
Desderot. Ela é marcada em seu inicio pelo fenômeno não natural conhecido com a Manifestação da
Origem e o surgimento do Sagrado Sacerdócio e dos Maegus. Mas o que é exatamente a Manifestação
da Origem?
Como antes dito, a Manifestação da Origem é um fenômeno não natural que ocorre em áreas
especificas aparentemente sem uma explicação exata e causa certos incômodos comuns e incomuns
aos indivíduos mais sensíveis.
Estes incômodos ocorrem apenas em pessoas realmente especiais que se aproximem de locais
onde a Manifestação da Origem é forte e duram somente no inicio do contato, geralmente uma semana,
com exceção do leve controle sobre os elementos que acompanham o Tocado por toda a sua vida.
INCÔMODOS COMUNS SÃO:
Dores de cabeça, febre alta, enjôos e uma leve mudança na cor de um dos olhos.
INCÔMODOS INCOMUNS SÃO:
Levitação leve, sonhos proféticos, alucinação auditiva verbal e por fim a manipulação de um ou
mais elementos da natureza.

A CARAVANA ABDUZIDA

O primeiro relato sobre a Manifestação da Origem marca o início da era Duhdinaeruluice, e seu
registro encontra-se na Biblioteca Dornêica do Sagrado Sacerdócio dentro do Templo do Corpo. Local
este que é a primeira construção religiosa de Desderot.
Seria impossível transmitir esse registro palavra por palavra nesse compendio por isso é relatado
aqui somente o que é ensinado pelos Sacerdotes. Para maior detalhe será anexo nesse apanhado o
conto de Pierrot chamado A Caravana Dornêica.
Poucas Passagens após o Cinci Regulus Pactului, uma caravana partia de Dornei rumo a
Doromani. Uma rara multidão sem igual. Nessa caravana ia à rainha Mihaela Dornei e sua filha Illeani
com quase toda a sua corte e serviçais, iam também artistas para o entretenimento dos nobres,
cavaleiros reais, soldados e escudeiros para a proteção das monarcas além de muitos outros plebeus e
comerciantes que visavam melhores condições em outro reino e que se aproveitavam da caravana para
se protegerem de eventuais ladinos.
Um êxodo incomum tanto como em quantidade nunca antes vista quanto na miscigenação social
em todos os níveis. Monarcas, nobres, cavaleiros, servos, comerciantes e plebeus. Todos desaparecidos
por quase uma Passagem completa.
O sumiço da extraordinária caravana quase resultou em outra guerra em Desderot. Houve até um
conselho dos Cinci Regulus para determinar as regras de tal embate entre Dornei e Doromani.
As poucas passagens de paz logo seria na história somente uma pausa, um recesso por assim dizer,
para as guerras. O único motivo para a guerra não estourar no mundo foi o depoimento de um dos
filhos de uma serviçal, Rachid.
Ele era deficiente de uma das pernas e ao que parece se distanciou sem ser notado, para sua
felicidade ou infelicidade, e declarava sumiço de toda a caravana. Até então não havia nada de
sobrenatural no mundo. Pessoas não sumiam do nada e seqüestrar toda aquela caravana era impossível.
O tempo ia passando e a multidão desaparecida ia sendo dada como assassinadas, o prefácio
perfeito para a guerra. Mas assim como tudo que sobe desce. Todos que somem aparecem. Bom, nem
todos claro, mas quase isso nesse caso.
A maior parte da caravana abduzida retornou para casa. Foi um espanto milagroso o que se
sucedeu. A guerra foi mais uma vez adiada e Dornei teve que sanar Doromani por todas as acusações,
fornecendo a guarda de Illeani aos monarcas dormonanos, mas o mais milagroso e fenomenal
acontecimento veio semanas após o retorno dos envolvidos.

A CRIAÇÃO DO SAGRADO SACERDÓCIO

Poucos dias após o retorno dos envolvidos na caravana uma doença misteriosa caiu sobre eles.
Todos sofriam os mesmo males e ninguém sabia o que fazer. O pior ocorreu quando os doentes
revelaram os primeiros sintomas incomuns. Foi pavoroso para os familiares e até um genocídio contra
os doentes foi cogitado, mas a palavra do Rei Dagan Dornei V manteve todos os combalidos sobe
vigilância da Guarda Real até que melhorassem ou morressem.
Não pensem que foi por clemência para com os convalescidos, mas sim por que a rainha e sua
filha eram vitimas dos mesmos sintomas que os demais.
Acontece que para surpresa geral da nação dornêica, a doença encontrou um fim. Ao passar de
uma semana, mais ou menos, todos melhoraram, mas eles haviam mudado. Todos eram capazes de
feitos incríveis em relação aos fenômenos naturais, não havia ainda palavra para o que eles se
tornaram.
Eles sofreram preconceito por parte dos ignorantes, mas somente por tempo suficiente para
explicarem ao povo no que se transformaram e a troco de que realmente regressaram. Para a maravilha
do povo e do Rei, os envolvidos na abdução sobrenatural voltaram com uma revelação avassaladora e
promessas de um futuro melhor. Eles retornaram enfim para trazer mensagens dos Criadores de
Desderot.
Que fique esclarecido aqui que, antes da Manifestação da Origem a fé era depositada somente nas
capacidades dos homens. Ninguém recorria a divindades ou coisas parecidas, muito menos
executavam os feitos que os regressos agora realizavam. Mas tudo isso mudou com as boas novas dos
agora auto proclamados Sacerdotes de Todos os Dires.
Além da manipulação dos fenômenos naturais os Sacerdotes de Todos os Dires, Sacerdotes
doravante para facilidade de escrita, alegavam terem se comunicado direto com os Dires (pronuncia-
se Daires e quer dizer Criadores) e que estes revelaram a gênese de Desderot e que por isso
mereciam total adoração de suas criaturas. Essa novidade deu ao povo novas concepções sobre algo
que a muito ignoravam. Concepções como a fé e o milagre.
E foi a partir disso que se ergueu o primeiro templo de adoração a Todos os Dires, o Templo do
Corpo em Dornei. Os cuidados do Templo foram designados aos Sacerdotes, que nesta época incluíam
somente os membros da antiga caravana abduzida, nascendo assim a Ordem do Sagrado Sacerdócio.

A COSMOLOGIA SEGUNDO O DIRISMO

Segundo o Dirismo todos os seres vivos foram criados a partir da essência dos Dires. O Coração
de Eylona limita o tempo de vida e nos enche de sentimentos, o Corpo de Agara nos permite ter forma,
envelhecer e procriar, a Alma de Bellian trás ambição e coragem e a Mente de Cerin trouxe a
curiosidade e inteligência, por último Gariia proveu a bondade e esperança enquanto Grageon forneceu
o medo e o egoísmo moldando assim a personalidade das criaturas.
A Ordem do Sagrado Sacerdócio difundiu a idéia de que Eylona a Dire da água foi a primeira
dentre os Guardiões Elementais a idealizar a vida em Desderot, ela juntamente com Agara a Dire da
terra criaram a primeira forma de vida. As plantas.
Estas formas de existência já eram consideradas como seres vivos, pois possuíam vida e forma,
ou seja, nasciam e cresciam, reproduziam e morriam. No entanto foram consideradas incompletas
pelas Dires e por isso foram deixadas livres para viverem em qualquer lugar de Desderot sem a
necessidade de observação.
Insatisfeitas e inconformadas as Dires da água e da terra continuaram a experiência formando
variações das plantas. Assim surgiram as árvores e os vegetais. Com o tempo elas atraíram a atenção
de seus irmãos elementais e conseguiram auxilio dos mesmos.
Com as essências de Bellian e Cerin uma nova forma de vida surgiu. Esta além de nascer, crescer,
reproduzir e morrer também possuía de uma forma primitiva de desejos e raciocínio. Estes seres vivos
são o que hoje chamamos de animais, eles eram até satisfatórios, mas ainda assim incompletos.
Faltava-lhes algo que os Guardiões Elementais não sabiam o que exatamente era. Eles continuaram
variando formas e quantidade de essências envolvidas, mas nada além da forma se alterava.
Estes seres vivos rapidamente foram dominando toda Desderot e de fato quase agradaram os
Dires, estes seres precisavam de certa vigília e cuidado especial para não se dizimarem nem
reproduzirem demais. A sabedoria e vigília dos Guardiões Elementais mantém até hoje o equilíbrio
desses seres.
Eras se passam até que uma nova forma de vida seja criada, uma nova forma de vida que só pôde
ser concebida graças a dois Dires diferentes. Grageon e Gariia são Dires que tardaram a participar da
criação dos seres vivos, pois sua atenção era voltada para o molde de Desderot, ou seja, eles visavam
mais o mundo e suas leis praticamente intransponíveis do que as criaturas que o habitariam.
Quando convocados pelos Dires Elementais, Gariia e Grageon inseriram suas essências nos seres
vivos e estes sim vieram para agradar aos Dires.
A nova forma de vida não se portava como os animais, eles não possuíam somente desejo e
instinto. Eles possuíam força de vontade e razão. Estes novos seres logo caíram nas graças dos Dires
por serem tão curiosos e criativos, por serem tão generosos e ao mesmo tempo egoístas. Estes novos
seres rapidamente mostraram-se dominantes sobre todos os outros, regrando o nascimento da flora e
domesticando a fauna em seus territórios e quando estes se provaram em demasia ariscos, foram
expurgados de seus territórios. Essa nova forma de vida foi conquistando cada vez mais Desderot que
hoje formam seus verdadeiros donos. Essa nova forma de vida renomeou todas as outras e decidiram
que não eram só seres vivos. Eles eram seres humanos
A Influência do Dirismo em Desderot
O Dirismo (Dairismo é a pronuncia correta), graças ao Sagrado Sacerdócio veio ganhando
influência cada vez mais forte em Desderot. A repercussão disso pode ser notada em formas na vida de
seu povo. Alguns exemplos mais comuns são:

AS PEQUENAS PASSAGENS
Em Desderot não há a concepção de meses, ao invés disso há os tempos. Cada tempo completo se
chama passagem (com P minúsculo).

Tempo de Eylona:
Esse é o tempo mais florido do ano. Representa a época primeira, antecedendo o tempo de Bellian.
Com o fim do tempo de Eylona os dias voltam a ser mais quentes. Este é também o período em que os
animais se reproduzem e constroem seus ninhos a temperatura não é tão baixa e nem tão alta.

Tempo de Bellian

O Tempo mais quente do ano. Muito calor e dias aparentemente mais longos. As árvores estão verdes e
carregadas de frutas. Neste período a Terra recebe mais chuva o céu tende a ficar nublado com pesadas nuvens.

Tempo de Agara,
Também conhecido como o tempo da colheita, pois é nesta época que ocorrem as grandes
colheitas. Os dias ficam mais curtos e mais frescos. As folhas e frutas, já estão bem maduras e
começam a cair no chão e muitos dos plantios já estão prontos para a ceifa.

Tempo de Cerin,

O tempo hibernal. Associado ao ciclo biológico de alguns animais ao entrar em hibernação e se recolherem
durante o período de frio intenso deste Tempo que sucede o Outono e antecede a Primavera. O tempo de Cerin é
a temporada mais

A GRANDE PASSAGEM
Cada passagem dessa dura em torno de quatro semanas e cada passagem de Eylona marca uma
Passagem (com P maiúsculo) que em Desderot é como se marca o ano.
Segundo a Ordem do Sagrado Coração nós estamos na qüingentésima sexta passagem após a
Manifestação da Origem (506ª Passagem ApM).

OS DIAS DA SEMANA

Dia da Alma O primeiro dia é ofertado a determinação, o dom de Bellian.


Dia do Corpo O segundo dia é dedicado aos recursos naturais, dádiva de Agara.
Dia da Mente O terceiro dia é dado a trabalhos intelectuais e ao presente de Cerin.
Dia do Coração O quarto dia é destinado a espiritualidade e a benção de Eylona.
Dia da Esperança O quinto dia é aplicado a generosidade e a bondade de Gariia.
Dia da Abnegação O sexto dia é reservado ao desapego material e a sina final de Grageon.
Dia de Todos os Dires O Sétimo dia é oferecido a todos os Dires e suas dádivas.

OS PONTOS CARDEAIS

Os pontos cardeais de Desderot também tiveram sua base em homenagem aos Dires Elementais
Ponto Corpo (Leste), Ponto Mente (Norte), Ponto Alma (Oeste) E Ponto Coração (Sul)
AS ERAS DE DESDEROT
Incediuluice A era da Guerra (Bellian), Pamantuluice A era da Colheita (Agara),
Duhdinaeruluice A era da inventividade (Cerin), Dinamareapaluice A era da crença de (Eylona)
AS ÚLTIMAS ERAS
Os membros mais eruditos do Sagrado Sacerdócio foram capazes de ligar uma era a um Dire e
eles já especulam qual será a próxima era da história de Desderot. Os mais otimistas supõem que seja a
era de Grageon, pois a ultima era seria a de Gariia e após isso seremos arrebatados como os membros
da caravana abduzida um dia foram. Outros já acreditam que a próxima era será a de Gariia e por
último a de Grageon, pois nesta era a Fé será testada e só os dignos serão elevados.

A HERESIA MAEGUS

Após mais ou menos vinte Passagens em Desderot e a influência da Ordem do Sagrado Sacerdócio
já havia aumentado extraordinariamente. Templos são erguidos em todos os Pontos de Desderot e a fé
do povo, tanto nobre quando plebeu, serviu para fixar a tradições implantadas pela Ordem do Sagrado
Sacerdócio e tudo corria bem até que os membros restantes da velha caravana abduzida retornaram.
Eles estavam mais velhos com o corpo esquálido de vestes corroídas pelo tempo, mas mesmo
assim não passavam uma imagem de vulnerabilidade. Muito pelo contrário, só pelo olhar destes já era
possível ver a altivez em suas mentes e assim como os Sacerdotes eles também tinham influência sobre
os fenômenos naturais de Desderot.
Eles logo foram tidos como novos Sacerdotes e aumentariam ainda mais a o poder do Sagrado
Sacerdócio, mas um detalhe impossibilitou este acontecimento. Eles negaram o Dirismo e o poder de
Todos os Dires e, além disso, alegaram a existência de três entidades superiores chamadas de Forças
Primordiais e que estes sim haviam criado tudo em Desderot, incluindo os Guardiões Elementais e os
Guardiões da Dualidade.
A Ordem do Sagrado Sacerdócio não aceitou tamanha heresia e proclamou de imediato os novos
Tocados pela Manifestação da Origem como Negligentes e Deturpadores do caminho correto.
O povo que a muito tinham adotado os ideais do Dirismo ficou revoltado e juntaram-se aos
Sacerdotes contra os Negligentes. A história dita que os Nefandos muito lutaram para se manterem e
propagarem sua crença, mas no fim a Ordem do Sagrado Sacerdócio os expurgou para longe. Este
longe é o Ponto Alma e há quem diga que os Nefandos não deram tudo o que tinham e tanta peleja
levou da Ordem do Sagrado Sacerdócio a princesa de Dornei e Sacerdotisa Illeani. As mas línguas de
Doromani afirmam que esta sucumbiu aos encantos de um Maegus famoso criador de Chimeras.
É sabido também que muitos dos monstros que assolam Desderot somente o fazem por influência
dos experimentos dos Maegus que os criaram ou trouxeram no intuído de auxilio a contenda contra a
Ordem do Sagrado Sacerdócio.
Estes monstros podem ser associados de alguma forma a um Maegus muito poderoso como no
caso de Alexander Chimera criador de diversas formas de animais selvagens fundidos num só
espécime ou Alegora Manticora que adotou a procedimento de Alexander, mas criou vários
experimentos seguindo a mesma fórmula cabeça de homem, corpo e patas leoninas e cauda de
escorpião. Curiosamente esta subespécie de Chimeras é capaz de reproduzir.
Os feitos dos Maegus foram devastadores e encantadores em Desderot, seus rituais eram capazes
de ate mesmo reanimar cadáveres e arrancar deles quaisquer informações que quisessem além de fazê-
los lutarem em seus exércitos.
Definitivamente os Maegus foram e ainda são os maiores desafios de heróis em Desderot, mas
isso não quer dizer que todos os Maegus são ruins, atualmente há um grupo de ex Maegus que
adotaram o Dirismo e são autorizados pela Ordem do Sagrado Sacerdócio a praticarem a Ars Maegi
contanto que ajudem a combater os demais Nefandos.

Capítulo Dois: Reinos


– Éramosnós a sermos os lideres de Desderot. A fé deveria ser depositada
na Ars Maegi e nas Forças Primordiais. Mas nosso mundo não é assim.
Dromish é um Reino de Bárbaros ignóbeis que desconhecem a força
de seu próprio Reino, pois é liderado por ignorantes.
Doromani é um reino viciado em bens materiais e sentimentos
superficiais repleto de mercadores ambiciosos e ladrões diversos, também
liderados por ignorantes.
Lupeni possui um povo de ligação poderosa com seus cavalos e ainda
sim negam a influencia da Ars Maegi que há nisso, culpa de seus lideres
ignorantes.
Saragota possui um sistema de coexistência entre seus Sacerdotes e
Maegus que hoje funciona, mas amanhã cairá, pois não é a toa que eles
são chamados de selvagens. São selvagens, pois todos nesse vasto Reino
Florestal repleto de Ars Maegi são ignorantes.
Basarabi passa por dificuldades geradas pela ignorância de seus
antigos líderes há muito assassinados, eu bem que vi o potencial dessa
revolução. Enganei-me, pois seus novos líderes também são ignorantes.
A única coisa boa que posso falar de Dragasani é o seu sistema
militarista, aprecio-o tanto que o adotei, mas seus líderes são nada mais
que ignorantes.
Eu não odeio a ignorância deles, esta pode muito bem ser superada
como foi por nós. Por nós e pela nossa contra parte. A ignorância deles é
que origina todo o meu ódio. Meu ódio por eles, Sacerdotes malditos e pelo
seu Reino Sagrado, Dornei. Eles são ignorantes de propósito e foi esta
ignorância que nos levou a queda. É esta ignorância a que eu não perdôo.
Abdul Nashar podia não saber, mas essa seria a última tentativa de
seu pai de pôr-lhe algo na cabeça. Nashar Osharid já estava exausto e foi
assim que terminou a conversa, a mesma conversa tantas vezes tida.
Nashar Osharid havia levado o seu filho para as forjas naquela noite
para mais uma jornada perdida, se dependesse daquele garoto tudo estaria
perdido. De nada valeria seus esforços em ter tornado Carei o Reino forte
e grandioso que é hoje. Algo precisava ser feito em relação a isso. Se ao
menos o jovem Abdul tivesse as chamas de Almad.
Almad querido filho tido como exilado, o filho forte, o filho
determinado, o filho que deveria se chamar Abdul Nashar, o filho
incompleto. Sua maior decepção não era o filho ser incapaz de se tornar
Maegus, mas sim a capacidade de seu filho fraco o ser. Ele não entendia
como as Forças Primordiais o castigavam tanto.
Se não fosse por esse detalhe ele já poderia descansar em paz e se
tornar parte da Ars Maegi que alimentará seus descendentes e todos os
Maegus que virão amanhã. Ele cumpriria de bom grado a senda que todos
nós estamos destinados.
O Rei de Carei, um dos três Reis Maegus Iluminados, não entendia
como os filhos podiam ser tão parecidos com ele e tão diferentes. Se a Ars
Maegi de Abdul pertencesse a Almad tudo seria tão fácil, do mesmo jeito
que se a consciência de Almad habitasse o corpo de Abdul Nashar.
Infelizmente nada podia ser feito quanto a isso. Não ainda.

Ooo
Abdul Nashar sabia que a muito a Ars Maegi havia levado seu pai,
não de forma literal, mas sim o melhor da alma de seu pai. O que em sua
opinião era irônico, pois seu pai era o Rei do maior Reino da Tríplice
Alma. Ele sabia disto desde que seu pai exilou seu irmão mais velho
Anahurah Almad e o fez primogênito somente por que Almad era incapaz
de ser Maegus.
A lembrança do exílio de seu irmão martelava em sua cabeça mais que
as forjas de Carei que nunca paravam de trabalhar. A cena de seu irmão
querido expulso habitava o fundo de seu subconsciente e voltava sempre
que seu pai lhe levava para aprender mais sobre a Ars Maegi nas forjas
infernais de seu Reino como acontecia agora. O trauma foi tanto que
pensou em fugir dois dias antes de sua Urur Batini, a passagem mística.
A Urur Batini era uma tradição em Alentkhan Useiff, capital de Carei,
ele sabia que esta tradição era respectiva aos batismos dos Sacerdotes na
Tríplice Corpo e redondezas. No dia de sua décima Passagem o iniciado
era enviado a um ponto onde ocorria a Manifestação da Origem e
retornava após ser tocado por ela. Quando seu irmão retornou sem ter sido
tocado Amir Nashar e a fúria de seu pai até hoje não foi mensurável.
Abdul Nashar odiava aquilo tudo, odiava o exílio do irmão, odiava as
forjas incessantes de Alentkhan Useiff e acima de tudo odiava o ódio de
seu pai o próprio ódio que este lhe causava. Seu pai não sabia, mas um dia
seria ele, Abdul Nashar que um dia acabaria com tudo isso. Com tudo
isso!
Texto retirado de Desderot: Histórias Carregadas Pelo Ar.

Desde sua criação Desderot não passar de um continente gigante. Um monte de terra com cerca de
10.200.000 km² dividido em nove Grandes Reinos. Cada Reino possui uma gama de variedades que
faz de seus nativos diferentes quase que drasticamente uns dos outros. Os Seres Humanos em Dromish
não serão nunca confundidos com os Seres Humanos de Calafat, ou os Seres Humanos de Dragasani
serão confundidos com os Seres Humanos de Dornei.
Os Reinos que consiste os Grandes Reinos são:

OS REINOS CIVILIZADOS OS REINOS BRUTOS


Doromani: A capital Saragota: A reserva
econômica do nosso Mundo florestal abençoada de
Conhecido. Desderot.

Dornei: O lar de adoração a Dromish: O Reino Glacial


Todos os Dires de Desderot. dos abomináveis homens
das neves.

Dragasani: A morada que Rovinari: O primeiro


forja exércitos disciplinados. refúgio dos Maegus.
Basarabi: A soberania Calafat: O recanto da Ars
popular do povo, pelo povo, Maegi bélica.
para o povo.

Lupeni: O recanto dos Carei: A casa dos Maegus


místicos eqüinos magníficos. Iluminados.

ALIANÇAS ECONÔMICAS
A Tríplice do Corpo: A tríplice da Alma:
Aliança comercial de Dornei, Aliança comercial entre
Doromani e Dragasani. Rovinari, Carei e Calafat.

Existem ainda outras formas de divisões em Desderot, mas estas são facções, ordens,
fraternidades, guildas e organizações. Elas terão capítulo próprio e por tanto serão abordados mais a
frente. Agora vamos detalhar os Grandes Reinos de Desderot.
O tempo de Cerin sempre foi impiedoso com Dromish, mas devo confessar que este em
particular estava de fato implacável. Bem sei que tempos piores estão por vir no amanhã. No
amanhã que não virá para mim.
Foi Bors Urso Pálido que nos alertou sobre estes ventos congelantes capazes de arrancar
narizes, em minha opinião ele previu, por isso antes que a fome fizesse suas primeiras vítimas,
nossa tribo já estava lá a guerrear.
Tribos vizinhas tão ou mais antigas que a nossa caíram uma por uma. Cada saque bem
sucedido garantia a fartura, a embriaguez e as carcadas. Cada assassinato na neve trazia
consigo a satisfação do dever cumprido. A vida era assim em Dromish, não podíamos nos dar
ao luxo da serenidade. Sempre em luta, sempre em sangue, sempre em morte. Éramos como os
animais que nos cercavam.
Tudo corria bem para a minha tribo, tão bem que parecia estar errado. Há um ditado em
Dromish que diz “se está fácil é porque está errado”. E de fato estava.
Nunca em minha cabeça passou a possibilidade de sermos dizimados por uma tribo mais
nova, menor e mais fraca que a minha. Nunca imaginei perder tudo que conquistei para uma
tribo que até hoje eu desconhecia, a tribo de meu irmão e seu séquito de inconformados. Eu
sempre soube que a morte estava perto, mas nunca imaginei no quão perto ela estava.
Foi na última passagem de Agara, quando me tornei líder de minha tribo, que meu irmão e
seus seguidores duvidaram da sabedoria de Bors Urso Pálido e por amor ao meu irmão eu os
perdoei. Eles cuspiram em nossas tradições e por amor ao meu irmão, eu os permiti que
partissem ilesos. Ledo engano. Dromish é um reino que não tolera o amor.
A prova disso era minha beta Ester Lua Pálida caída e quase soterrada na neve rubra de seu
sangue. Era Bors decapitado numa execução cruel até mesmo para nossos padrões. Era eu
imóvel no chão depois da primeira saraivada de flechas inimigas. Era meu irmão deitado sobre
mim empurrando sua espada bastarda em minha barriga. Era eu retirando furtivamente uma
flecha de minha perna.
“Nunca subestime, A mim, seu irmão” foram suas últimas palavras para mim.
“Nunca subestime, a mim, sua irmã” foram minhas últimas palavras para ele.

Existe em Desderot um Reino capaz de fabricar os mais cruéis e insensíveis guerreiros de


Desderot, guerreiros quase bestiais. Um Reino que aparenta lutar contra seus próprios habitantes. Um
Reino de clima próximo ao glacial repleto de predadores sempre famintos capazes de se camuflar na
neve. Um Reino onde todos os vizinhos são inimigos em potencial. Um Reino calejado pelas
intempéries friamente surreais. Um Reino que petrifica os corações dos que nele fazem moradas.
Existe em Desderot um Reino chamado Dromish.
A história exata de Dromish foi a muito esquecida tornando sua origem desconhecida e atualmente
quimérica e isso se deve ao fato de que Dromish é um Reino Bruto formado por um povo bárbaro. Um
povo que por ignorância não desenvolveu a palavra escrita passando suas lendas, mitos e cultura
através de canções ou narrativas.
Como dito anteriormente, o clima de Dromish é quase glacial devido a sua péssima localização.
Este Reino se encontra oculto atrás das cordilheiras conhecidas como “As Gélidas” desconhecendo o
real por que, pois este ponto de Desderot recebe os ventos mais cruéis de uma frente fria constante.
Acredita-se que talvez Dromish tenha sido o destino dos criminosos exilados ou fugitivos. Por isso a
natureza de seu povo é vil.
A fauna de Dromish é tão escassa quanto peculiar, os herbívoros são robustos peludos armados
com chifres e presas protuberantes afiadíssimos. Em quanto os predadores são leves, ágeis, andam em
bando e são mais violentos que os herbívoros. Mas sem sombra de duvida o que mais chama atenção
nos animais de Dromish não é o temperamento impetuoso e sim a alvura de suas peles.
A flora de Dromish é tão especial quanto a fauna. Nos pontos de menor temperatura existem
imensas florestas de pinheiros e abetos gigantes e as ervas raras variam podendo aliviar a dor,
cicatrizar feridas e até envenenar e entorpecer os sentidos.
Há diversos rios eternamente congelados em Dromish que devem ser diariamente perfurados para
a pesca e outros que correm livres cheios de peixes gordos e seus respectivos predadores, mas a maior
curiosidade de suas águas são as termais. Lagos e lagoas brotam do chão numa temperatura
confortável em Dromish sem explicação e o maior deles é considerado sagrado e cercado por uma das
quatro Grandes Cidades de Dromish.
A economia de Dromish gira em torno de trocas e saques. Simples assim, se não há troca, haverá
roubo. O povo deste Reino não valoriza minérios raros e nem acumulo de bens, muitos ainda são
nômades não fixando sua tribo a um só local. O “comércio” gira em torno de alimentos, vestes e
escravos. Sim, Dromish é um Reino escravocrata. O que piora ainda mais sua relação com os demais
Grandes Reinos.
O idioma falado de Dromish é muito parecido com o dromadon que derivou o doradromo falado
em Doromani, além do comercial falado no mundo todo, aprendido com escravos de Dornei e
Doromani.
As Classes Principais de Desderot são em sua essência voltadas para o combate ou para a
sobrevivência em Dromish elas são: Bárbaro (Guerreiro), Caçador (Especialista), Guia Espiritual
(Sacerdote) e Animalista (Maegus). Essas Classes Principais serão detalhadas em seu próprio capítulo.
Apesar de se tratar de um povo bárbaro onde grande parte ainda são nômades, por opção ou não,
há em Dromish quatro grandes cidades capitais.
A Garganta: As Gélidas são como um labirinto natural que impossibilita a entrada e a saída de
terceiros em Dromish. São tantas passagens, cavernas e fendas que até mesmo os melhores batedores
de Doromani e Dornei ainda não descobriram sua verdadeira entrada.
O que somente os bárbaros de Dromish sabem sobre As Gélidas é de sua fenda principal. Uma
fenda que supostamente foi utilizada pelos primeiros Seres Humanos de Dromish e ao longo dessa
fenda descomunal ergueu-se a primeira cidade deste Reino. A Garganta é um complexo arquitetônico
no mínimo peculiar, pois suas construções se mesclam a própria fenda. Com o passar dos anos a cidade
cresceu e hoje se estende por toda a fenda e sobe por quase cinqüenta metros nas montanhas, claro que
nem dois terços dessa cidade esta habitado, mas as construções ainda estão lá.
A principal função d’A Garganta era proteger a entrada do Reino, mas agora serve mais para
controlar a entrada e saída dos seus “comerciantes”.
O Exílio: Mesmo com todo o treinamento proporcionado por Dromish aos seus habitantes ainda
há tribos que falham em suas empreitadas fora do lar. Graças aos Dires Guardiões muitos
“comerciantes” de Dromish falham em seus negócios e assim não podem pagar pelo seu regresso ao
Reino.
O Exílio foi criado na beira de montanhas nos territórios de Doromani para abrigar os
incompetentes e mantê-los longe das prisões dos seus vizinhos. Atualmente serve como ponto
estratégico de Dromish e funciona como uma fortaleza e que além de abrigar os menos afortunados
também protege a real entrada do Reino.
A maior curiosidade a respeito desta cidade é que sua população varia da noite para o dia,
literalmente, pois grupos de saqueadores se formam constantemente para que eles consigam regressar
ao lar. Assim, os bandos que se formam durante o dia partem durante a noite e se forem bem sucedidos
não retornaram ao Exílio por um bom tempo dando espaço aos próximos que fracassarem.
O Descanso: ao longo do lago Benção de Todos os Dires foi criada também uma cidade que na
sua gênese servia de abrigo aos mais idosos, ou para os que perderam o espírito de luta. Uma
cidadezinha que se recusou a seguir a natureza de Dromish, não é difícil perder a força de vontade em
Dromish. Esta cidadeinha cresceu para hoje se tornar o maior abrigo de paz em todo o Reino.
Não foi fácil, mas foi feito. O Descanso hoje abriga todos que conseguirem alcançá-lo e recebe de
braços abertos quem já não pode ou não deseja mais lutar para sobreviver.
O Cemitério dos Gigantes: outra cidade de origem peculiar em Dromish é o Cemitério dos
Gigantes, esta cidade cresceu dentro de um complexo de ossadas descomunais de animais a muito já
extintos. Animais de proporções tão agigantadas que muitos crânios abrigam mais de uma família.
Muitas termais podem ser encontradas aqui e rios descem as montanhas trazendo peixes gordos e
predadores fáceis de lidar em bando.
A localização desta cidade é um mistério e ainda há quem não acredite nas canções sobre o
Cemitério dos Gigantes. Mas a verdade é que a cidade esta lá, assim como seus habitantes.

Andando pelas ruas de Doromani é fácil se distrair, tantas cores, tantos espetáculos e
tantos animais exóticos. Se existe uma palavra que pode definir Doromani essa palavra é
exótico. Animais exóticos, nobres exóticos, guardas exóticos, camponeses exóticos. Tudo
exótico. É tudo maravilhoso, mas cuidado. Existe outra palavra que define Doromani, uma
Doromani oculta dos turistas, uma Doromani mais profunda. Tudo.
Ai você me pergunta, como assim tudo? Vamos, pode perguntar. Tudo, simples assim.
Você nunca parou pra se importar com o peso de uma palavra, por isso parece confuso. Veja
bem, a frase “Isso e possível de se encontrar em Doromani” é diferente da frase “Isso é
encontrado em Doromani”. Agora pegue esse “isso” e mude para “tudo”, percebe agora? Não?
Deixe-me desenhar então.
Essa maldita Doromani exótica que você vê agora é só uma pequena parte da Doromani
real. Não são esses cavaleiros saltando e fazendo truques montados, nem os malabaristas e
prestidigitadores habilidoso, não são os animais raros vindos de Dromish e nem os lutadores
vindos de Dragasani nessa arena. Isso é só a superfície a ser desbravada. “Tudo” é muito mais
que isso.
Existem verdadeiras anomalias e experiência que nem mesmo a palavra, exótico é capaz
de definir. Há arenas onde Maegus lutam até a morte. Isso sim é incrível não? Há Meretrizes
com quatro tetas e isso nem nos aproxima da palavra “tudo”. Estamos chegando quase lá.
Escravos nativos de Dromish? Sim! Espadas sagradas há muito tempo desaparecidas?
Sim! Vamos não seja tão tímido, pergunte-me mais. Substâncias alucinógenas? Sim! É eu sei
que são proibidas, mas tem sim. Agora você esta quase tocando a palavra “tudo”, mas para
tocá-la de fato você tem que ir mais fundo.
Assassinos invisíveis? Sim! A virgindade de uma princesa? Sim! Uma associação de
torturadores? Sim, e com espaço e cobaias para as práticas. Pergaminhos que amaldiçoam seus
leitores? Sim! Bebês recém paridos? Sim! Sim! SIM!
Isso agora sim você entendeu a palavra tudo em Doromani. Por que estou lhe contando
isso? É simples, hoje você vai fazer parte do “tudo”! Não entendeu? Deve ser o efeito desse
sonífero que eu coloquei no seu vinho. É eu sei que você não consegue mais falar.
Taberneiro! Hei taberneiro! Quanto deu aqui? Eu e meu melhor amigo já vamos embora! Isso,
até amanhã Senhor Taberneiro... Até amanhã.
Doromani era é um Reino simples e nada chamativo em sua gênese. Nascido no Ponto Mente de
Desderot com neve as suas costas e planícies á sua frente, não havia nada demais em Doromani. Um
Reino de pessoas comuns e animais comuns. Dornei tem o Sacerdócio em seu quintal, Dragasani tem
soldados caindo do céu, Lupeni tem seus habilidosos cavaleiros montados em cavalos sobrenaturais e
Doromani não tinha nada que lhe destacasse.
Doromani não tinha nada de atrativo e se hoje é o lar de comerciantes, atores, saltimbancos,
bardos, turistas e ladrões (isso mesmo, ladrões), é porque este Reino trabalhou muito em si mesmo. Se
hoje Doromani movimenta praticamente o seu peso em ouro a cada Passagem que segue, muito disso é
devido a Randolf Maegus ou, Randolf di Mortelie patriarca das apresentações na rua.
A origem das apresentações na rua foi ideia de um jovem aprendiz de Maegus em fuga. Por volta
de sua Décima Segunda Passagem, ele e seu mestre se refugiaram em um vilarejo entre Doromani e
Lupeni, nesse vilarejo havia uma competição interessante onde os cavaleiros mais habilidosos
realizavam acrobacias em seus cavalos e o melhor ganhava.
Randolf Maegus terminou seu aprendizado e fez fortuna se arriscando em Desderot para concluir
sua ideia e nunca mais precisar fugir do Sagrado Sacerdócio ou ser obrigado a atravessar Saragota para
chegar ao Ponto Alma.
Em suas andanças por Desderot Randolf já sabia do mal que se assolava em Doromani e ao
perceber que o Reino ainda não possuía atrativo algum, usou de seus “talentos” para participar de uma
conferência com o Rei Ionnut Doromani II e garantiu seu lugar como Conselheiro Real com sua ideia.
Ele transformou uma pequena competição de um vilarejo qualquer no que hoje seria a maior atração de
Doromani. Ao invés de cavaleiros competindo havia acrobatas montados, malabaristas diversos,
prestidigitadores quase acusados de serem Maegus e etc. Todos nas Ruas o dia todo.
Nobres entediados que procuram novas distrações, comerciantes havidos por riqueza, aventureiros
novatos querendo fazer nome nas grandes arenas e aventureiros abastados e cansados querendo um
lugar para se fixar encontraram seu lugar nessa nova Doromani.
Hoje essas apresentações geram fortunas para os melhores artistas e comerciantes fixos, tavernas
vivem lotadas, empreitadas mais ambiciosas como a doma e taxidermia de animais selvagens raros se
tornaram comuns em Doromani fazendo os artistas evoluírem a cada nova apresentação. Fazendo este
Reino se tornar o maior centro de entretenimento de toda a Desderot.
Mas nem tudo são flores em Doromani. A verdadeira intenção de Randolf não era somente
aumentar a reputação de Doromani, era também conseguir estudar sua Ars Maegi sem necessitar temer
o Sagrado Sacerdócio e assim juntamente dos artistas vieram os bandidos.
No inicio eram ladrões fugidos e contrabandistas simples para conseguir matéria prima para o
estudo de Randolf, mas este vendo o potencial do que criara logo cresceu os olhos em uma nova fonte
de renda pessoal e profissional. Randolf não sabia, mas sua ideia gerou o que hoje as autoridades do
mundo todo chamam de Comércio Grageônico.
A economia de Doromani gira em torno do excursionismo diário que nunca para. As portas de
Doromani estão sempre abertas protegidas pelos melhores combatentes que o dinheiro pode comprar.
A fauna e a flora e Doromani é obsoleta se comparado as plantas e aos animais importados de
Reinos distantes. Aqui se encontra desde as temíveis cobras gigantes de Saragota e os Leões-das-
Montanhas de Dromish até Chimeras esquecidas e Repteis de Montaria de Calafat. As plantas
carnívoras são a novidade do momento levando os nobres à loucura quando elas devoram pequenos
roedores.
O idioma oficial em Doromani é o doradromo, mas devido o constante fluxo a linguagem
comercial é a mais falada.
O conceito de Cidade Capital em Doromani é diferente dos demais Reinos de Desderot. Todas as
grandes cidades funcionam como um centro comercial com ruas repletas de atrações e quanto mais
próximas da cidadela de Doromani maior a variedade de seus produtos. As cidades mais procuradas
em Doromani são:

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