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PATOS DE MINAS
2017
ANDRÉ FONTEBASSI AMORIM SILVA
JEFFERSON MICHAEL DE OLIVEIRA
PATOS DE MINAS
2017
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE PATOS DE MINAS-UNINPAM
________________________________________
Prof. Dr. Diego Alves de Moro Martins
________________________________________
Prof. Me. Eduardo Pains de Morais
________________________________________
Prof. Esp. Murilo Pereira Borges
________________________________________
Prof. Esp. Andrea de Freitas Avelar
Aos meus pais João e Maria Rita
André
À minha família
Jefferson
AGRADECIMENTOS
“Mais cedo ou mais tarde, a teoria sempre acaba assassinada pela experiência” Albert Einstein
Jefferson
RESUMO: Visto a grande quantidade de ocorrências de descolamento de revestimento
cerâmico, foi observado maior ocorrência desse fenômeno em placas cerâmicas produzidas
por processo de preparação de massas por via seca. Com base nisso, viu-se a necessidade de
uma pesquisa que analise os fatores causadores desse tipo de patologia entre as cerâmicas
produzidas por via seca e úmida, com o objetivo de avaliar se existem propriedades inerentes
à manifestação patológica e que estejam presentes em tais amostras. Portanto foi realizado um
estudo para se analisar a porosidade, rugosidade e expansão por umidade do tardoz de quatro
amostras de placas cerâmicas, sendo duas produzidas por via seca e outras duas por via
úmida, com a finalidade de relacionar os resultados com o potencial de aderência observado
através de ensaios de aderência por tração a um substrato padrão. Com base nos resultados
obtidos foi possível concluir que as propriedades das placas cerâmicas produzidas utilizando a
mesma tecnologia de preparação de massas muitas vezes se mostraram próximas, assim como
a porosidade, a rugosidade microgeométrica, a expansão por umidade e a tensão de aderência
a tração (apenas para via seca) e independente do processo de mistura de massas, a área de
ranhura presente no tardoz das placas cerâmicas é uma propriedade bastante relevante e
merece destaque, ainda que foi demonstrado que a majoração da área específica de ranhuras
proporciona uma acréscimo no valor de aderência. Concluiu-se também que as placas
cerâmicas produzidas por via seca apresentaram tensão de aderência próxima, sendo essa
aderência menor que a aderência observada na amostra C e maior que a observada na amostra
D, ambas produzidas por via úmida. Ainda é válido observar que quanto à grande ocorrência
de desplacamentos cerâmicos ocorridos em via seca, podem ser relacionados com perda de
resistência da argamassa, devido à sucção causada pela alta absorção de água e a diminuta
quantidade de ranhuras, visto a rugosidade microgeométrica baixa apresentada por esse tipo
de amostra.
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 14
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................... 16
2.1 UTILIZAÇÃO DAS PLACAS CERÂMICAS ..................................................... 16
2.2 PRODUÇÃO DAS PLACAS CERÂMICAS ........................................................ 17
2.3 ELEMENTOS DO REVESTIMENTO CERÂMICO ........................................... 20
2.4 ADERÊNCIA MECÂNICA DAS PLACAS CERÂMICAS ................................ 24
2.4.1 Agentes degradadores e tensões nos revestimentos............................................... 25
2.4.2 Características dos revestimentos cerâmicos inerentes à aderência ...................... 28
2.4.2.1 Absorção de água das placas cerâmicas ............................................................... 28
2.4.2.2 Expansão por umidade das placas cerâmicas ....................................................... 29
2.4.2.3 Rugosidade superficial das placas cerâmicas ....................................................... 30
2.4.2.4 Argamassas colantes industrializadas................................................................... 32
2.5 ENSAIOS E NORMATIZAÇÕES ........................................................................ 34
2.5.1 Teste de absorção de água ..................................................................................... 34
2.5.2 Ensaio de expansão por umidade ........................................................................... 34
2.5.3 Determinação da resistência de aderência á tração................................................ 35
2.5.3.1 Moldagem do substrato padrão ............................................................................. 35
2.5.3.2 Ensaio de aderência por tração ............................................................................ 36
3 METODOLOGIA ................................................................................................ 40
3.1 DETERMINAÇÃO DA ABSORÇÃO DE ÁGUA DAS PLACAS ..................... 43
3.2 DETERMINAÇÃO DA EXPANSÃO POR UMIDADE DAS PLACAS ............ 46
3.3 ANÁLISE DA RUGOSIDADE SUPERFICIAL DAS PLACAS CERÂMICAS 48
3.4 ANÁLISE DA ADERÊNCIA DAS PLACAS CERÂMICAS AO SUBSTRATO 51
3.4.1 Preparação do substrato padrão ............................................................................. 51
3.4.2 Ensaio mecânico de aderência à tração ................................................................. 54
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO......................................................................... 60
4.1 DETERMINAÇÃO DA ABSORÇÃO DE ÁGUA DAS PLACAS ..................... 60
4.2 DETERMINAÇÃO DA EXPANSÃO POR UMIDADE DAS PLACAS ............ 61
4.3 ANÁLISE DA RUGOSIDADE SUPERFICIAL DAS PLACAS CERÂMICAS 64
4.4 ANÁLISE DA ADERÊNCIA DAS PLACAS CERÂMICAS AO SUBSTRATO 67
4.5 ANÁLISE COMPARATIVA DOS RESULTADOS OBTIDOS.......................... 72
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 77
REFERÊNCIAS .................................................................................................. 79
APÊNDICE I - MEDIDAS PARA CÁLCULO DA EXPANSÃO POR
UMIDADE ............................................................................................................................... 82
APÊNDICE II – PARÂMETROS DE RUGOSIDADE: RA, RQ E RZ ......... 83
APÊNDICE III – LEVANTAMENTO DE DIMENSÕES DE RANHURA .. 90
APÊNDICE IV– DADOS DO ENSAIO DE ADERÊNCIA A TRAÇÃO ...... 91
14
1 INTRODUÇÃO
ocupantes oferecendo risco de acidentes com a queda do material, desta forma não estando de
acordo com a norma de desempenho de edifícios ABNT NBR 15575/2013.
Esta pesquisa teve como objetivo geral comparar a aderência de placas cerâmicas
ao substrato, quando estas são produzidas através da tecnologia de preparação da massa por
via seca e por via úmida, além de analisar as propriedades causadoras dessa aderência.
Já nos objetivos específicos buscou-se determinar experimentalmente as tensões
médias suportadas por placas cerâmicas ligadas ao substrato por argamassas colantes dos
tipos ACI, ACII e ACIII através do ensaio de aderência por tração. Além disso, para encontrar
as propriedades que interferem na aderência desse material, foram analisadas algumas
propriedades físicas dessas placas, que estão relacionadas com casos típicos de descolamento
cerâmico, por meio de testes que determinaram a porosidade através do ensaio de absorção de
água, a expansão por umidade e a rugosidade superficial do tardoz. Com base nesses estudos,
os resultados obtidos pelos ensaios realizados nas placas produzidas por tecnologia de
preparação da massa por via seca e por via úmida foram comparados.
16
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
sofrem bastante desgaste em uma edificação. O uso massivo desse material é ocasionado
pelas características apresentadas por Gastaldini e Sichieri (2010), sendo elas, a grande
adequação ao clima brasileiro, a facilidade de limpeza, a diversa possibilidade de decoração e
design, além de excelente durabilidade, desde que seja bem especificado o local de uso e
tenha um assentamento feito com qualidade.
Visto a grande produção desse material no país, é de grande importância a
fiscalização e gerenciamento da qualidade dessa produção, para que a qualidade das
edificações brasileiras seja zelada. De acordo com Gastaldini e Sichieri (2010, p. 589):
Portanto, uma parcela da produção dessas placas cerâmicas ainda não possui a
certificação de qualidade citada anteriormente. Dessa forma, o comprador de materiais deve
estar atento para que o material comprado tenha a certificação de qualidade para que não sofra
com problemas posteriores.
Segundo a ABNT NBR 13816 (1997) placas cerâmicas para revestimento são
definidas como material composto de argila e outras matérias-primas inorgânicas, geralmente
utilizadas para revestir pisos e paredes sendo conformadas por extrusão, prensagem ou outros
processos, são secadas e queimadas a temperatura de sinterização, podem ser esmaltadas (GL)
ou não esmaltadas (UGL), são incombustíveis e não são alteradas pela luz.
A produção desse material envolve uma série de processos, conforme descrito por
Verçosa (2011). Segundo este, a preparação dos materiais cerâmicos obedece às seguintes
fases: extração do barro, preparo da matéria prima, moldagem, secagem, esmaltação e
queima. Esse processo está esquematizado através do fluxograma representado pela Figura 1.
18
a produção dos esmaltes utilizam-se compostos minerais que constituem seus três
componentes básicos: elementos fundentes, elementos opacificadores e elementos vítreos.
“As características reológicas ótimas de um esmalte padrão tradicional, no caso de
aplicação a campana, são: densidade elevada, limite de escoamento ou escorrimento mínimo,
viscosidade constante e valores tixotrópicos muito baixos”. (OLIVEIRA, 2000, p. 45)
O processo que dá sequência à produção é o de queima, e pode ocorrer por dois
processos diferentes, sendo esses a monoqueima e a biqueima. Segundo Gastaldini e Sichieri
(2010), no processo de monoqueima a placa cerâmica passa apenas uma vez pelo forno, a
temperaturas em torno de 1100° C, onde a base de argila e o esmalte são queimados ao
mesmo tempo. Ainda segundo os autores supracitados no processo de biqueima a base é
queimada em temperaturas em torno de 980°C, onde ocorrem as reações que conferem
resistência e estabilidade ao produto, só após isso a peça é esmaltada e retorna para o forno.
Após o processo de queima, está finalizada a produção das placas cerâmica e elas
são, então, preparadas para a comercialização. Além dos processos já citados, antes do
processo de preparação para comercialização, esse produto pode ainda receber um polimento
com intenção de proporcionar um acabamento com estética valorizada. Segundo Melchiades
(2011, p. 20):
Deve ser evidenciado que a distinção entre os tipos de placas cerâmicas se dá por
diferenciações nos processos citados ou até mesmo a exclusão de alguns.
colante; a argamassa colante é responsável por promover a ligação da placa cerâmica com o
substrato; a placa cerâmica é o material de revestimento com o corpo poroso e uma das
superfícies esmaltadas e, por fim, o rejunte que é uma argamassa de preenchimento das juntas
de assentamento. Essas camadas são elucidadas pela Figura 2.
Nos últimos anos a durabilidade dos revestimentos foi questionada, pois foi
observada uma quantidade massiva de manifestações patológicas de descolamento cerâmico.
Barboza et al (2016), cita que em uma pesquisa encomendada a Neoway Criactive em julho
de 2016 pelo SindusCon-SP, a anomalia foi encontrada em 66 obras de 19 construtoras de
médio e grande porte, totalizando 510 mil m² de desplacamento, sendo que em 81,8% dos
casos, o estufamento do revestimento surgiu até o segundo ano após a aplicação da cerâmica.
A Figura 3 exemplifica um tipo de desplacamento cerâmico encontrado na fachada exterior de
um edifício.
degradação já citados, causam tensões entre a argamassa colante e o tardoz da placa cerâmica.
A diminuição do comprimento das peças, conforme a Figura 4 (a), provoca tensões de
cisalhamento na interface que causam o afastamento entre as peças, já o aumento desse
comprimento causa o rompimento da interface diretamente por tração com as peças se
destacando em forma de “V” invertido, conforme a Figura 4 (b). O aumento de comprimento
também pode provocar forças de compressão entre as peças, causando um esforço tracionante
na interface com a argamassa, devido a flambagem das peças, até o rompimento, conforme a
Figura 4 (c). (FIORITO, 2009)
Outro fator que deve se ter bastante atenção nas placas cerâmicas quando se é
analisado o seu descolamento é a expansão por umidade. De acordo com Fiorito (2009, p.
142), essa expansão:
Para avaliar a rugosidade são necessários alguns critérios, onde através desses
critérios são definidos parâmetros que são entregues pelo rugosímetro, após realizar a
medição. Segundo Silva Neto (2012), o sistema utilizado no Brasil para medir a rugosidade
superficial é o da linha média M, regida pelas normas ABNT NBR ISO 4287 (2002) e NBR
8404 (1984). A linha média é a linha que divide o perfil de superfícies, conforme a Figura 6,
de tal modo que a soma das áreas superiores a essa linha deve ser semelhante à soma das
áreas inferiores a ela. Os parâmetros de rugosidade mais conhecidos são: Ra, Rq, Ry, Rt e Rz.
31
“Para uma adequada medição da rugosidade esta deve ser separada das
ondulações e desvios através de uma filtragem. Esta filtragem é realizada através do cutoff, ou
comprimento de onda, determinando o que deve ou não passar através da frequência emitida”.
(STOLZ apud PALMA, 2011, p. 49) Pode ser observado através do esquema da Figura 7 o
significado da aplicação da filtragem necessária para a realização da medição da rugosidade.
A rugosidade total (Rt) corresponde à distância vertical entre o pico mais alto e o
vale mais profundo no comprimento de avaliação e a rugosidade máxima (Rz) é representada
pelo maior valor das rugosidades parciais (Zi) que se apresenta no curso de medição.
Portanto, é correspondente a soma da altura máxima dos picos do perfil Zp e a maior das
profundidades dos vales do perfil Zv, no comprimento de amostragem, conforme a Figura 8.
(ABNT NBR ISO 4287, 2002)
Com base nas definições acima, existirá um parâmetro com maior relevância para
cada caso de estudo, e, portanto, deve-se realizar a análise de quais parâmetros serão mais
importantes para o estudo de placas cerâmicas. Neste sentido, é de grande importância a
análise da rugosidade de placas cerâmicas para que se possa encontrar o grau das
microfissuras presentes em seu tardoz e relacionar essa característica à sua aderência.
Ainda conforme a ABNT NBR 1408-4 (2015), o conjunto descrito deve sofrer um
período de cura de 28 dias, sendo no mínimo 24 horas na posição horizontal e podendo
finalizar o período de cura na posição vertical, em condições ambientes de laboratório. A
partir de 72 horas antes da data do arrancamento, deverá ser colada em cada placa cerâmica
uma peça metálica de arrancamento utilizando adesivo. Finalmente, deverá ser aguardado o
instante do ensaio de arrancamento por tração simples e realizado com aparelho de tração
manual, aplicando uma carga com velocidade de 250 N/s até a ruptura e registrar a carga
máxima e atentando para o local de ruptura de cada placa ensaiada conforme a Figura 10.
Os resultados de acordo com a ABNT NBR 14081-4 (2012) são expressos através
do cálculo da tensão de ruptura, dividindo-se a força de arrancamento de cada corpo de prova
pela área da placa cerâmica. Com base nessas tensões é realizada a média dos valores e são
descartados os resultados que se distanciarem mais de 20% (média maior que 0,3 MPa) ou
0,06 (média menor que 0,3 MPa) da média. Após o descarte deveram restar no mínimo cinco
valores, e caso não seja cumprido esse requisito o ensaio deve ser repetido uma única vez.
Deverá ser realizado também um levantamento percentual dos tipos de ruptura ocorridos.
40
3 METODOLOGIA
Com esse fim, foram ensaiadas quatro amostras, sendo duas produzidas por via
seca e outras duas produzidas por via úmida, contendo cada amostra cinco unidades de placas
cerâmicas obtidas por meio de recurso próprio e por doação da WCT Construtora. Essas
amostras receberam uma identificação como amostras A, B, C e D e as suas especificações
contidas na embalagem estão descritas a seguir:
Amostra A: placa cerâmica produzida por via seca da marca “Embramaco”, de
referência 51500, de lote 438, de qualidade A, de PEI 4, fabricada dia 21/08/2016 às 13:53,
com tamanho 50x50 cm, espessura 7,2 mm e grupo de absorção BIIb. Na Figura 12 está
aparente partes dessa amostra onde pode-se perceber as características visuais tanto da frente
quanto do verso dessas placas cerâmicas.
41
Também foram cortados, utilizando o mesmo método, cinco corpos de prova para
cada amostra com dimensões retangulares de 3,5x10 cm, com variação de 1 mm, totalizando-
se 20 corpos de provas para esse fim. Esse material foi utilizado para realizar o procedimento
que determina a expansão por umidade das amostras e que será citado em uma subseção
específica adiante.
Nas subseções a seguir é descrito o procedimento adotado para a realização dos
ensaios e medições necessários para a determinação de cada uma das propriedades já citadas.
é de 50 gramas, sendo assim a massa total das placas não pode ser inferior a 500 gramas.
Consequentemente foi medida a massa das três unidades de placas de cada amostra e feito
uma média entre elas, resultando em um valor de 3,720, 3,370, 5,455 e 3,948 quilogramas
para as amostras A, B, C e D respectivamente. O valor observador apresentou bastante maior
que o mínimo exigido para todas as amostras e, portanto, foi concluído que não houve
relevância na diminuição da quantidade de placas ensaiadas.
O procedimento experimental teve início com a exposição das placas cerâmicas à
temperatura de 120º C, em estufa, até que atingissem massa constante. O tempo necessário
para esse fenômeno foi de 24 horas. O procedimento descrito está ilustrado através da Figura
17.
Assim que retiradas da estufa, as amostras tiveram sua massa medida. Não foi
possível deixá-las em repouso em dessecador até temperatura ambiente devido a grande
dimensão das placas visto o volume reduzido do dessecador disponível no laboratório
utilizado. Esse procedimento pode ser observado pela Figura 18.
Equação 1 - Cálculo de Ra
Equação 2 - Cálculo de Rq
Foi analisada também a forma geométrica do tardoz das amostras, para observar
as ranhuras presentes nesse. Para isso, foi utilizado um paquímetro, com a intenção de medir a
forma dessas ranhuras, segundo os seguintes critérios: Geometria, altura da ranhura e
espessura da ranhura. Na Figura 27 podem ser identificadas as dimensões que foram
utilizadas para realizar as medidas das ranhuras.
O processo de aferição de medidas está ilustrado pela Figura 28, onde foram
realizadas seis aferições para cada dimensão para que ao final pudesse ser calculada a média
das medidas realizadas.
51
Com base nesse levantamento será calculada a área específica de ranhuras para
cada amostra.
Nessa subseção será abordado sobre o ensaio mecânico de aderência por tração.
Estes ensaios foram realizados no Laboratório de Tecnologia dos Materiais do Centro
Universitário de Patos de Minas – UNIPAM. Os procedimentos adotados para a realização
desses testes estão descritos adiante.
laboratório não possuía mesa vibratória conforme era especificado pela norma. Esses passos
estão ilustrados na Figura 31.
Os corpos moldados foram deixados em repouso por 24 horas para que então
fossem colocados em quarto úmido, com o intuito de sofrerem a cura. Todavia, de acordo
com a norma citada, eles foram deixados por sete dias no quarto úmido e por 21 dias em
condições ambientais, totalizando 28 dias de cura.
54
medida especificada pela normatização. Foi atentado para que o tempo em aberto da
argamassa não fosse ultrapassado durante a execução dos procedimentos. O procedimento de
imprimação do substrato é descrito pela Figura 37 (a) e a formação dos cordões de argamassa
é descrito pela Figura 37 (b).
Ainda de acordo com a norma citada, após a secagem da cola, as placas cerâmicas
foram arrancadas por meio de ensaio de tração manual a uma velocidade de (250 ± 50) N/s até
a ruptura. Na Figura 42 evidencia a execução do ensaio de tração manual.
59
Após rompimento foi anotado a força máxima para ruptura em kgf e foi
observado também quanto ao tipo de ruptura conforme observado na Figura 43.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os fatores que influenciam nos erros dos valores medidos devem ser de
conhecimento do operador, tais como: condições ambientais que impliquem
em correções para comparação com valores normalizados; métodos indiretos
de medida que envolvam operações matemáticas; arredondamentos;
conversões de unidades; leituras estimadas e instrumentos envolvidos.
Com base nesses dados, o valor para absorção de água, em porcentagem, para as
placas cerâmicas foi obtido através da ABNT NBR 13818 (1997) - Anexo B.
Portanto o valor para absorção de água das amostras ensaiadas foi de: 5% para a
amostra A, 8,2% para a amostra B, 1,04% para a amostra C e 0,94% para a amostra D. O
Gráfico 1 ilustra esse resultado de forma comparativa.
61
9%
8%
7%
6%
5%
4%
3%
2%
1%
0%
A B C D
Amostras cerâmicas
se refere à média dos resultados para comprimento inicial e final dos corpos cerâmicos
ensaiados estão dispostos na Tabela 3, visto que, a totalidade dos dados obtidos está
apresentada no Apêndice I – Medidas para cálculo de expansão por umidade.
O cálculo da expansão por umidade é dado pela ABNT NBR 13818 (1997) -
Anexo J, visto que o resultado é dado em mm/m. Os resultados obtidos estão dispostos na
Tabela 4.
4.5
4
3.5
EPU em mm/m
3
2.5
2
1.5
1
0.5
0
A B C D
Amostras cerâmicas
Da pesquisa, 2017
Portanto as placas cerâmicas produzidas por via úmida apresentam maior valor de
expansão, o que favoreceria maiores tensões atuantes na interface de aderência. Todavia,
todas as amostras demonstraram valores abaixo do máximo recomendado, conforme já citado
anteriormente por Bauer e Rago.
Além disso, essa propriedade não deve ser descartada e deve-se comparar o
potencial de expansão, visto que ainda segundo Bauer e Rago (2000) o método especificado
na NBR 13818, atualmente em vigor no Brasil, não representa realmente a EPU potencial da
placa cerâmica visto que ao longo do tempo os materiais cerâmicos podem apresentar valores
de EPU efetiva maiores e que podem ser medidos por outras metodologias.
Com base no exposto, é possível concluir que as placas cerâmicas produzidas por
via seca apresentaram um valor menor de expansão por umidade e consequentemente
apresentam um potencial menor de aumento dessa EPU ao longo dos anos.
64
Com base nesses valores foi realizado um tratamento estatístico através do critério
de Chauvenet para eliminar possíveis erros de medição e obter os resultados de medição com
95,45% de confiabilidade para cada amostra. De acordo com Schneider (2007, p. 14):
dmax
O parâmetro é tabelado em função da amostra de n eventos, visto que, no
σ
dmax
presente caso, a amostra é constituída por 100 eventos e o parâmetro assumiu o valor de
σ
2,81. Após a aplicação desse critério o resultado de medição foi dado por R.M.= x ±2.σ e
disposto na Tabela 6.
60
Valor do parâmetro em µm 50
40
Ra
30 Rq
20 Rz
10
0
A B C D
Amostras cerâmicas
Através desses resultados foi possível observar que, visto a dispersão estabelecida
pelo resultado de medição, as amostras cerâmicas produzidas pelo mesmo processo de mistura
de massas apresentaram valores de parâmetros de rugosidade, Ra, Rq e Rz, bastante
próximos. Ou seja, as amostras A e B apresentaram-se com os resultados bastante próximos e
divergentes dos resultados das amostras C e D que também apresentaram proximidade de
valores entre si. Conclui-se também através desse resultado que as placas cerâmicas
produzidas por via seca apresentaram rugosidade microgeométrica menor que as placas
cerâmicas produzidas por via úmida.
Ainda na subseção 3.3 foi realizado o levantamento geométrico das ranhuras
presentes no tardoz das quatro amostras. Com base no exposto, no Apêndice III –
“Levantamento das dimensões de ranhura” estão expostas as seis medidas realizadas para
cada dimensão e o resultado do valor médio dessas medidas está disposto na Tabela 7.
Tabela 7 – Valor médio das medições de ranhura dos tardozes dos corpos de prova
Amostra Dimensão da forma Espessura Altura
a (mm) b (mm) (mm) (mm)
A 3,99 9,53 1,66 0,39
B 28,15 28,10 2,66 0,29
C (Forma maior) 20,77 20,67 3,14 0,40
C (Forma menor) 9,55 9,53 1,68 0,24
D 6,15 10 2,54 0,24
Fonte: Da pesquisa, 2017
66
Com base nesse levantamento, foi calculado a densidade de ranhuras por corpo de
prova, dividindo-se a área total do corpo de prova pela área de cada ranhura. Além disso, foi
calculado a área específica de ranhuras, multiplicando-se o perímetro da ranhura pela altura
dessa, somando-se à área superficial da ranhura representada pela equação: 𝐴𝑠𝑢𝑝 =
𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑠𝑢𝑟𝑎 ∗ 𝑎 + 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑠𝑢𝑟𝑎 ∗ 𝑏, e dividindo-se o resultado pela área inicial do corpo de
𝑚𝑚²
prova, visto que todas as medidas foram tomadas em milímetro e a unidade resultante foi 𝑚𝑚².
D
Amostras cerâmicas
Gráfico 6 - Comparação de aderência entre via seca e úmida, visto a argamassa utilizada
0.35 0.3225
0.2965 0.3075
0.3
Tensão de tração em MPa
0.25 0.2285
0.1985 0.199
0.2
0.05
0
ACI ACII ACIII
Tipo de argamassa
Foi possível observar que as amostras produzidas por via úmida resultaram uma
aderência pouco superior às produzidas por via seca quando se utilizadas as argamassas ACI e
ACIII. Em contrapartida, com a utilização da argamassa ACII, as amostras produzidas por via
seca apresentaram valores bastante superiores às demais.
Com o objetivo de facilitar a comparação relativa a cada amostra de placa
cerâmica com outras propriedades estudadas, foi realizada uma média entre os valores
encontrados. Esses valores estão presentes na Tabela 10.
70
Foi observado também o local em que ouve a falha no arranque de cada corpo de
prova e, portanto, foi realizada a distribuição percentual desses dados para cada amostra visto
a argamassa utilizada conforme a Tabela 11. A nomenclatura utilizada foi observada de
acordo com o item 6.4.2 da ABNT 14081-4 (2012) onde apenas foram observadas falhas na
interface argamassa e substrato (S/A), na argamassa (A) e na interface placa cerâmica e
argamassa (A/P), visto isso, não houve ocorrência de nenhum tipo de qualquer outra ruptura
citada na norma.
80%
60%
40% S/A
20% A
0% A/P
Com base nesses resultados, pôde-se perceber que a maior parte das rupturas
ocorreu na interface entre a placa cerâmica e a argamassa. Através desses dados pôde-se
concluir a relevância da pesquisa, visto que a aderência entre a placa cerâmica e a argamassa
se mostrou como interface de menor aderência nesse levantamento, principalmente com
utilização da argamassa AC I.
É notória a observação da ruptura apresentada pela amostra A com utilização das
argamassas ACII e ACIII, visto que todas as falhas ocorreram na interface entre a argamassa e
o substrato. Com base nesse fato, conclui-se que a aderência da placa cerâmica, nesse caso,
foi superior às demais, sendo a argamassa o elo mais fraco do conjunto, e não o tardoz da
placa cerâmica.
Através do Gráfico 8 é realizada uma análise do tipo de ruptura visto o processo
de fabricação das amostras.
100%
80%
S/A
60% A
40% A/P
20%
0%
Via seca Via úmida
Com base nos resultados obtidos, nessa subseção foi realizado um estudo
comparativo entre os dados alcançados, de forma a cumprir o objetivo proposto. No Gráfico 9
estão organizadas as propriedades mais relevantes relativas a cada amostra estudada, de forma
a comparar e identificar os principais fatores que promovem a aderência das placas cerâmicas.
ADERÊNCIA MÉDIA À
Amostra cerâmica
TRAÇÃO(kgf/cm²)
C
ÁREA ESPECÍFICA DE RANHURA
(10^1 MM²/MM²)
RUGOSIDADE MÉDIA ( µm)
B
POROSIDADE (%)
Foi possível observar que o valor obtido para aderência para cada tipo de amostra
está diretamente ligado com as propriedades estudadas, visto que a combinação entre essas
variáveis é responsável pelo valor de aderência obtido.
Dentre as propriedades observadas, a que proporcionou maior aumento nos
valores de aderência foi a área específica de ranhuras, como pôde ser observado em dois
casos. No primeiro caso, comparando-se as amostras A e B, foi possível observar que a
amostra A apresentou uma aderência maior, posto que a rugosidade média das peças foi
73
constante, A amostra B apresentou maior valor de absorção de água e a amostra A maior valor
de área específica de ranhuras. No segundo caso, comparando-se as amostras C e D, foi
possível observar que a amostra C apresentou uma aderência maior, de modo que a
rugosidade média das peças foi constante, e a amostra C apresentou valores mais altos de
absorção de água e área específica de ranhuras. Outro fato relevante, foi a amostra D
apresentar o menor valor de resistência dentre todas e também menor valor de área específica
de ranhuras.
O Gráfico 10 realiza uma comparação entre os tipos de ruptura ocorridos durante
o ensaio de aderência por tração, separadamente para cada amostra.
80%
70%
60%
50% S/A
40% A
30% A/P
20%
10%
0%
A B C D
Amostra cerâmica
ADERÊNCIA MÉDIA À
TRAÇÃO(kgf/cm²)
VIA ÚMIDA
ÁREA ESPECÍFICA DE
RANHURA (10^1
MM²/MM²)
RUGOSIDADE MÉDIA (
µm)
A 0,204
B 0,208
C 0,225
D 0,164
Fonte: Da pesquisa, 2017
Através dos dados gerados, foi realizada a comparação desse parâmetro com a
rugosidade média, com o objetivo de analisar separadamente a superfície microgeométrica,
sem a influência das ranhuras. Essa comparação pode ser analisada através do Gráfico 12.
Gráfico 12 - Comparação entre a rugosidade média e a aderência da área efetiva das placas
cerâmicas
11.598
10.194
A B C D
Amostra cerâmica
permaneceu com a amostra C, visto também que o valor de rugosidade para essa amostra se
demonstrou também superior às demais. As amostras A e B apresentaram uma discrepância
mínima nos valores de aderência, dado que também, tecnicamente, apresentaram valores
iguais de rugosidade. Também pode ser observada a pequena dispersão nos resultados de
aderência, visto que também a dispersão nos resultados de rugosidade microgeométrica foi
bastante pequena.
Através do Gráfico 13 pode ser observada a influência que a área específica de
ranhuras causa na aderência das placas cerâmicas.
5
ADERÊNCIA MÉDIA
4 EFETIVA (kgf/cm²)
3
ADERÊNCIA MÉDIA À
TRAÇÃO(kgf/cm²)
2
ÁREA ESPECÍFICA DE
1
RANHURA (10^1
MM²/MM²)
0
A B C D
Amostra cerâmica
Com base na observação desse gráfico, é notório que quanto maior o valor da área
específica de ranhuras, maior é a variação da aderência, podendo ser observado nas amostras
A e C um aumento significativo na aderência, e nas amostras B e D, um aumento
insignificante.
77
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BARBOZA, N. et al. O pato a ser pago. Téchne. São Paulo, ed. 234, p. 18-26, set. 2016.
BAUER, R. J. F.; RAGO, F. Expansão por umidade de placas cerâmicas para revestimento.
Cerâmica Industrial. Água Branca, v. 5, n. 3, p. 41-45, maio/jun. 2000. Disponível em:
<http://www.ceramicaindustrial.org.br/pdf/v05n03/v5n3_7.pdf>. Acesso em: 08 out. 2017.
‘
FIORITO, A. J. S. I. Manual da argamassas e revestimentos: Estudos e procedimentos de
execução. 2. ed. São Paulo: Pini, 2009.
GIRIBOLA, M. Revestimento cerâmico em paredes. Equipe de obra. São Paulo, ed. 59, p.
28-32, mai. 2013.
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Paulo: Érica, 2013. cap. 4, p. 63-108.
MELCHIADES, F. C. Estudo comparativo entre as tecnologias via úmida e via seca para
a preparação de massas de porcelanatos. 2011. 186 f. Tese (Doutor em Ciência e
Engenharia de Materiais) – Programa de Pós-graduação em Ciência e Engenharia de
Materiais, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, nov. 2011. Disponível em:
<https://repositorio.ufscar.br/bitstream/handle/ufscar/684/3927.pdf?sequence=1>. Acesso em:
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YAZIGI, W. Revestimento. In:______. A técnica de edificar. 14. ed. São Paulo: Pini, 2014.
cap. 12, p. 621-661.
82
Amostra A
Nº do corpo Nº da
de prova medida l0 01 l0 02 l0 03 lf 01 lf 02 lf 03
01 98,98 99,02 98,71 99,02 99,4 99,37
02 98,13 97,75 97,97 98,42 98,08 98,43
03 99,53 99,09 99,07 99,78 99,53 99,47
04 99,17 99,73 99,8 99,75 99,91 99,51
05 99,5 99,79 99,48 99,73 99,84 99,85
Amostra B
Nº do corpo Nº da
de prova medida l0 01 l0 02 l0 03 lf 01 lf 02 lf 03
1 100,41 100 99,18 100,06 100,13 100,08
2 99,92 100,09 100,27 100,64 100,46 100,4
3 101,62 101,7 101,54 102,18 101,92 101,59
4 100,33 100,49 99,63 100,63 100,44 100,25
5 101,84 101,85 101,86 101,95 101,97 102
Amostra C
Nº do corpo Nº da
de prova medida l0 01 l0 02 l0 03 lf 01 lf 02 lf 03
1 101,35 101,31 101,02 101,81 101,63 101,37
2 100,65 100,43 100,25 100,98 100,73 100,63
3 101,22 101,42 101,21 101,63 101,67 101,68
4 100,8 100,96 101,1 101,31 101,49 101,55
5 102,41 102,92 102,53 101,31 102,99 103,12
Amostra D
Nº do corpo Nº da
de prova medida l0 01 l0 02 l0 03 lf 01 lf 02 lf 03
1 100,82 100,45 100,31 100,95 101,06 101,48
2 98,76 99,1 99,12 99,47 99,41 99,28
3 100,48 100,25 100,15 100,42 100,71 100,92
4 100,37 100,39 100,48 100,79 100,77 100,85
5 99,75 99,8 100,21 100,16 100,32 100,55
83
Ra para amostra A
Medida: 1 (µm) 2(µm) 3(µm) 4(µm) 5(µm)
6,391 6,682 6,937 6,433 6,749
7,032 9,019 6,996 7,602 7,995
7,451 6,981 5,553 6,835 6,222
7,210 6,491 8,437 6,679 6,225
5,520 5,514 6,321 6,517 6,351
6,560 5,694 6,309 4,481 7,448
7,855 5,287 4,984 5,988 6,853
6,424 6,078 5,496 6,454 5,373
7,347 6,964 5,544 7,954 6,187
7,082 6,226 5,190 6,336 7,435
A
6,393 6,814 5,852 6,434 7,513
7,337 5,077 7,320 7,564 5,039
6,232 7,572 6,550 6,686 6,044
6,230 5,920 5,309 4,914 7,877
7,654 8,225 6,184 5,557 9,393
5,691 6,585 5,524 5,407 6,819
4,407 4,597 7,885 5,433 6,376
5,714 5,300 5,556 7,057 5,323
8,471 5,287 5,756 7,058 7,870
6,93 6,754 6,759 6,362 6,399
Rq para amostra A
Medida: 1 (µm) 2(µm) 3(µm) 4(µm) 5(µm)
7,955 8,313 8,824 7,792 8,193
8,588 11,491 8,711 9,566 9,575
9,333 8,543 7,033 8,601 7,655
9,623 8,258 10,152 7,889 7,705
6,661 6,937 7,736 7,939 8,090
8,237 6,921 7,498 5,719 9,124
A
9,740 6,490 6,281 7,455 8,607
8,054 7,520 6,718 8,190 6,587
8,764 8,836 7,036 10,259 7,837
8,945 7,615 6,306 7,701 9,253
7,706 8,717 7,873 8,317 9,247
9,778 6,200 8,653 9,581 6,638
84
Rz para amostra A
Medida: 1 (µm) 2(µm) 3(µm) 4(µm) 5(µm)
32,360 35,910 38,055 33,380 34,932
35,617 54,031 36,694 40,184 40,439
40,630 38,818 32,567 40,406 32,556
44,759 38,867 41,592 31,603 37,130
27,174 31,907 32,372 33,489 36,392
36,396 30,480 33,366 24,744 36,936
39,628 29,467 28,777 33,891 35,819
37,082 34,027 30,128 38,043 29,612
35,606 38,679 30,989 44,684 36,578
39,611 33,844 28,322 33,771 36,291
A
32,408 41,601 39,561 41,383 39,521
47,038 27,040 37,481 44,225 34,740
32,298 42,274 38,649 39,584 34,952
35,623 33,546 26,431 25,686 41,717
41,472 41,783 31,919 28,999 40,638
29,941 34,218 29,296 36,906 40,345
30,258 22,596 38,968 28,222 33,433
31,618 32,623 29,202 45,720 36,124
47,962 29,444 32,891 38,913 40,579
34,018 37,474 38,067 37,729 33,413
Ra para amostra B
Medida: 1 (µm) 2(µm) 3(µm) 4(µm) 5(µm)
5,599 3,543 5,388 5,395 6,159
5,074 6,912 5,327 4,935 4,663
B 6,810 5,651 4,062 5,664 4,228
5,583 5,387 6,720 6,136 6,406
6,914 5,640 5,236 5,330 7,217
85
Rq para amostra B
Medida: 1 (µm) 2(µm) 3(µm) 4(µm) 5(µm)
7,017 4,393 6,947 6,783 7,798
6,328 8,908 6,579 6,317 5,663
8,551 6,855 5,114 7,379 5,354
7,046 6,773 8,505 7,396 7,767
8,684 7,353 6,417 5,330 8,886
7,024 7,829 5,042 5,343 6,538
9,109 7,957 8,927 7,185 7,508
6,271 7,088 6,757 6,976 7,594
5,957 8,008 7,400 5,687 7,829
6,821 8,355 7,972 6,797 9,579
B
6,603 5,514 7,279 7,716 7,795
7,533 6,878 7,090 7,327 8,291
5,985 5,765 7,539 7,025 6,722
6,155 7,105 6,477 8,247 9,280
6,611 8,112 8,126 5,869 7,143
6,052 8,490 7,449 7,370 7,214
5,941 7,613 7,662 10,040 7,238
6,256 6,886 5,830 8,023 7,175
7,197 8,497 6,340 5,772 8,053
6,236 10,252 6,971 6,556 7,517
86
Rz para amostra B
Medida: 1 (µm) 2(µm) 3(µm) 4(µm) 5(µm)
31,217 21,343 31,330 29,502 33,512
28,867 40,016 28,191 30,385 27,071
36,486 30,634 22,123 33,214 23,561
32,515 31,753 39,095 30,819 32,580
39,357 34,809 28,404 22,559 36,019
31,790 37,415 22,124 23,438 30,033
36,641 33,580 37,597 29,683 32,047
28,218 31,119 31,376 28,190 32,263
28,231 34,291 32,091 27,834 35,799
26,207 38,683 36,780 31,668 39,143
B
32,532 26,125 30,113 30,800 35,626
34,219 30,296 31,640 33,050 35,473
27,229 24,173 32,804 32,235 28,789
28,621 35,909 30,716 36,106 36,808
27,829 33,352 39,500 28,086 30,267
29,795 35,396 31,086 32,575 29,275
25,580 35,118 34,988 42,693 31,939
26,625 29,770 25,392 34,999 29,584
31,418 37,749 29,782 23,871 37,483
29,747 43,172 33,155 32,618 34,836
Ra para amostra C
Medida: 1 (µm) 2(µm) 3(µm) 4(µm) 5(µm)
9,687 10,490 9,377 10,392 11,533
11,700 12,742 13,481 12,255 10,983
9,371 16,391 11,811 9,972 15,505
11,871 11,912 13,632 9,922 10,115
12,251 9,002 9,245 8,699 10,599
10,369 11,105 12,757 9,788 13,389
11,500 10,504 11,557 11,202 11,249
15,387 10,990 9,529 13,816 15,646
C 11,450 11,396 9,156 11,947 13,384
10,162 11,073 10,315 14,497 9,346
13,384 11,932 11,445 9,853 13,903
10,884 13,061 10,642 11,308 14,824
9,776 14,539 9,401 11,788 14,723
12,492 12,715 12,225 11,156 14,051
13,945 10,880 9,225 9,075 11,447
11,944 11,085 11,197 10,725 12,795
11,904 13,375 11,865 12,280 11,096
87
Rq para amostra C
Medida: 1 (µm) 2(µm) 3(µm) 4(µm) 5(µm)
11,985 13,209 11,499 12,472 13,704
14,352 15,391 16,036 14,406 13,814
11,902 19,494 13,838 12,723 18,343
14,977 14,623 16,199 12,488 12,457
14,584 11,398 12,005 10,872 12,657
12,801 13,354 15,763 12,479 16,414
14,185 12,697 14,156 14,226 13,752
18,618 13,434 11,939 17,079 19,563
14,502 13,572 11,578 14,738 16,081
12,068 13,996 13,033 18,393 11,377
C
16,504 14,606 13,640 11,796 16,884
13,157 15,553 13,523 14,237 18,185
12,128 18,309 11,628 14,649 17,456
15,154 15,604 14,479 13,714 16,989
16,586 12,611 11,012 10,637 13,863
14,344 13,508 13,802 8,218 15,883
14,311 16,413 14,218 15,197 13,650
16,214 15,202 14,538 10,172 13,909
13,536 14,078 14,608 13,130 19,812
11,873 16,182 11,869 14,405 13,019
Rz para amostra C
Medida: 1 (µm) 2(µm) 3(µm) 4(µm) 5(µm)
51,511 57,002 48,581 51,928 52,670
56,446 59,427 56,523 53,133 58,250
53,593 75,291 57,495 58,016 73,740
65,385 60,480 64,666 54,814 51,269
56,301 51,586 53,177 48,592 48,648
C
52,157 56,718 58,117 54,029 63,322
60,668 52,688 60,403 61,782 58,158
75,788 54,284 54,051 66,744 78,136
61,216 52,698 51,247 60,229 64,724
48,099 59,866 56,092 79,592 45,740
88
Ra para amostra D
Medida: 1 (µm) 2(µm) 3(µm) 4(µm) 5(µm)
9,519 7,865 11,403 9,480 10,941
12,410 10,040 10,126 8,167 9,242
10,889 8,767 7,390 9,209 10,329
12,703 10,211 10,159 9,556 6,481
8,749 11,530 9,565 10,819 14,896
11,175 7,800 9,053 9,816 9,381
10,664 11,628 9,515 8,578 10,700
12,364 13,623 9,400 8,639 11,393
7,434 10,499 9,648 9,525 9,661
11,763 11,059 8,809 10,352 8,800
D
10,421 9,288 14,864 8,391 8,673
11,191 11,974 9,318 10,055 11,554
11,387 10,298 11,323 13,125 9,561
12,220 10,290 13,642 9,400 11,716
9,632 9,901 10,219 8,331 8,718
10,666 7,876 8,721 10,694 11,683
10,547 10,446 9,578 14,472 11,696
9,703 11,765 11,266 9,123 11,605
11,115 9,105 10,821 8,743 10,839
11,502 11,006 11,444 10,831 10,614
Rq para amostra D
Medida: 1 (µm) 2(µm) 3(µm) 4(µm) 5(µm)
11,926 9,780 13,529 11,361 12,822
D 15,386 12,249 12,592 10,273 11,112
13,650 10,780 9,019 11,147 12,369
89
Rz para amostra D
Medida: 1 (µm) 2(µm) 3(µm) 4(µm) 5(µm)
51,480 43,210 48,289 46,119 47,326
59,801 51,172 51,172 44,884 48,429
59,015 45,413 45,413 45,945 50,093
61,350 54,622 54,622 55,702 33,291
42,705 54,667 54,667 50,084 61,512
58,255 37,797 37,797 51,726 43,374
51,843 55,290 55,290 45,602 53,427
55,665 69,258 69,258 53,245 55,725
41,630 47,217 47,217 50,596 48,920
64,579 55,921 55,921 52,334 47,336
D
51,534 45,754 45,754 45,071 48,677
51,963 58,185 58,185 51,140 59,549
57,782 49,459 49,459 58,002 47,155
57,587 53,007 53,007 48,333 61,579
46,414 50,981 50,981 49,279 40,399
56,107 41,585 41,585 51,261 56,633
49,846 50,342 50,342 64,719 59,612
48,933 60,407 60,407 43,066 61,628
56,957 44,590 44,590 43,163 56,225
58,368 57,598 57,598 54,669 58,189
90
Amostra A
Medição a b Espessura Altura
1 4,04 9,47 1,32 0,38
2 3,93 9,32 1,61 0,44
3 3,85 9,68 1,74 0,31
4 4,12 9,97 2,07 0,50
5 3,85 9,25 1,67 0,32
6 4,17 9,47 1,57 0,39
Amostra B
Medição a b Espessura Altura
1 28,38 28,18 2,67 0,35
2 27,90 27,90 2,62 0,31
3 28,24 28,14 2,76 0,22
4 28,11 28,09 2,7 0,23
5 28,25 28,18 2,7 0,36
6 28,00 28,10 2,51 0,27
Amostra D
Medição Forma(faixas diagonais) Espessura Altura
1 5,89 2,11 0,41
2 5,89 2,46 0,45
3 6,02 2,41 0,43
4 6,4 2,74 0,5
5 6,39 2,27 0,42
6 6,33 2,54 0,24
91