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RESUMO DOS INFORMATIVOS - SITE DIZER O DIREITO

DIREITO NOTARIAL E REGISTRAL

Atualizado em 30/03/2019: novos julgados

Pontos atualizados: nº 07 (Info 907); nº 06 (Info 923); nº 03 (Info 932)

1. REGISTRO DE IMÓVEIS
1.1. Alteração dos limites territoriais entre os Estados e reflexo nos títulos de posse e
propriedade – (Info 762)

Em duas ações cíveis originárias estavam sendo discutidos os critérios adotados para a
fixação de divisas (fronteiras) entre os Estados de Minas Gerais, Tocantins, Bahia, Piauí e
Goiás.
O STF decidiu que deveriam prevalecer as linhas divisórias definidas pelo laudo pericial
elaborado pelo Exército brasileiro.
Como havia essa divergência sobre as fronteiras, em alguns casos aconteceu de dois
Cartórios de Estados diferentes fazerem o registro do mesmo imóvel, com diferentes
proprietários (ex: RI da Bahia registrou o imóvel em nome de Paulo; RI de Goiás em nome
de João). Isso porque para o Estado da Bahia, o imóvel estava em seu território; já Goiás
entendia que estava dentro de seu Estado).
Segundo o STF, tendo sido emitido mais de um título sobre o mesmo imóvel, deverão ser
adotadas as seguintes soluções nas ações individuais que discutirem o tema:
1ª) Se dois Estados tiverem emitido título de posse ou de propriedade em relação a uma
mesma área abrangida pela decisão do STF, prevalecerá o título concedido judicialmente.
Logo, se um dos títulos tiver sido expedido por força de decisão judicial e o outro apenas
pela via registral, prevalecerá aquele que foi determinado judicialmente.
2ª) Se os dois títulos tiverem sido concedidos por decisão judicial, prevalecerá o que já
transitou em julgado.
3ª) Se nenhum dos dois já transitou em julgado, prevalecerá o primeiro provimento judicial
oriundo do juízo competente em razão do local (“ratione loci”), segundo o laudo realizado
pelo Exército.
STF. Plenário. ACO 347/BA e ACO 652/PI, Rel. Min. Luiz Fux, j. 8/10/14 (Info 762).

2. PROTESTO DE CDA
2.1. É constitucional o protesto de CDA – (Info 846) – IMPORTANTE!!!

O protesto das certidões de dívida ativa constitui mecanismo constitucional e legítimo por
não restringir de forma desproporcional quaisquer direitos fundamentais garantidos aos
contribuintes e, assim, não constituir sanção política.
STF. Plenário. ADI 5135/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, j. 3 e 9/11/16 (Info 846).

3. RESPONSABILIDADE CIVIL
3.1. O Estado responde, objetivamente, pelos danos causados por notários e registradores
– (Info 932) – IMPORTANTE!!! REPERCUSSÃO GERAL!!!

O Estado responde, objetivamente, pelos atos dos tabeliães e registradores oficiais que, no
exercício de suas funções, causem dano a terceiros, assentado o dever de regresso contra o
responsável, nos casos de dolo ou culpa, sob pena de improbidade administrativa.
O Estado possui responsabilidade civil direta, primária e objetiva pelos danos que notários
e oficiais de registro, no exercício de serviço público por delegação, causem a terceiros.
STF. Plenário. RE 842846/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, j. 27/2/19 (repercussão geral) (Info 932).
4. CONCURSO PÚBLICO
4.1. Decisão do STF que cassou ato do CNJ que havia anulado o concurso de cartório do
TJ/RJ – (Info 882)

CNJ anulou concurso público para cartório no RJ sob o argumento de que o Presidente da
Comissão do concurso possuía relacionamento pessoal com duas candidatas aprovadas que
teriam sido beneficiadas na correção das questões da prova subjetiva.
O STF cassou a decisão do CNJ sob três argumentos principais:
1) CNJ não poderia ter reavaliado os critérios de correção das provas adotados pela comissão;
2) Houve um aditamento no processo administrativo sem que as candidatas tenham tido a
oportunidade de se manifestar sobre ele;
3) Não ficou provado ter havido o alegado favorecimento das candidatas.
STF. 2ª Turma. MS 28775/DF, rel. orig. Min. Dias Toffoli, red. p/ o ac. Min. Ricardo
Lewandowski, j. 17/10/17 (Info 882).

4.2. Serventias judiciais disponíveis, mas que estejam “sub judice” – (Info 793)

Nos concursos de cartório, o TJ deverá incluir no edital do certame como vagas as serventias
extrajudiciaisque estão “sub judice”?
SIM. O TJ deverá incluir no concurso público as serventias consideradas disponíveis, mas
que estejam “sub judice”, devendo, no entanto, ser cumpridas duas cautelas:
 O edital do certame deverá informar que as serventias estão “sub judice”;
 Tais serventias não poderão ser providas até o trânsito em julgado dos processos
judiciais.
STF. 1ª Turma.MS 31228/DF, Rel. Min. Luiz Fux, j. 4/8/2015 (Info 793).

4.3. Critério de desempate em concursos de remoção de serventias notariais e registrais –


(Info 777)

A lei estadual do Estado “X” prevê que, em caso de empate entre os candidatos em concurso
de remoção para serventias notariais e registrais, o primeiro critério de desempate é o maior
tempo de serviço público.
Ocorre que a Lei Federal 10.741/2003 (Estatuto do Idoso) determina que o primeiro critério
de desempate em concurso público será a idade, dando-se preferência ao de idade mais
elevada (art. 27, parágrafo único).
Qual das duas legislações deverá prevalecer no caso?
A legislação estadual. O Estatuto do Idoso, por ser lei geral, não se aplica como critério de
desempate, no concurso público de remoção para outorga de delegação notarial e de
registro, quando existir lei estadual específica que regule o certame e traga regras aplicáveis
em caso de empate. Desse modo, em nosso exemplo, a vaga deve ficar com o candidato que
tiver maior tempo de serviço público (e não necessariamente com o mais idoso).
STF. 1ª Turma. MS 33046/PR, Rel. Min. Luiz Fux, j. 10/3/2015 (Info 777).

4.4. Vacância de uma serventia extrajudicial: competência do Presidente do TJ – (Info 745)

A autoridade competente para declarar a vacância de uma serventia extrajudicial é o


Presidente do Tribunal de Justiça.
STF. 1ª Turma. RE 336739/SC, Rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Luiz Fux,
j. 6/5/2014 (Info 745)

5. APOSENTADORIA
5.1. Lei estadual não pode incluir os titulares de serventias extrajudiciais no regime próprio
de Previdência Social – (Info 777)

Duas Leis estaduais incluíram no regime próprio de Previdência Social os titulares de


serventias extrajudiciais (notários e registradores).
Tais leis foram declaradas inconstitucionais.
Os titulares de serventias notariais e registrais exercem atividade estatal, entretanto não são
titulares de cargo público efetivo, tampouco ocupam cargo público. Não são servidores
públicos. Logo, a eles não se aplica o regime próprio de Previdência Social previsto para os
servidores públicos (art. 40 da CF/88).
Desse modo, a lei estadual não poderia tê-los incluído no regime próprio de previdência
social. As leis estaduais acima desviaram-se do modelo previsto na CF/88 e usurparam a
competência da União para legislar sobre o tema.
STF. Plenário. ADI 4639/GO e ADI 4641/SC, Rel. Min. Teori Zavascki, j. 11/3/15 (Info 777).

6. REGIME JURÍDICO
6.1. TETO CONSTITUCIONAL REMUNERATÓRIO: Os substitutos interinos dos
cartórios extrajudiciais devem receber limitado ao teto do funcionalismo público (art. 37, XI,
da CF/88) – (Info 923)

Incide o teto remuneratório constitucional aos substitutos interinos de serventias


extrajudiciais.
STF. 2ª Turma. MS 29039/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 13/11/18 (Info 923).
OBS: O titular interino não pode ser equiparado ao titular da serventia, considerando que
ele não preenche os requisitos para tanto. Assim, ele está atuando como um preposto do
Poder Público e, nessa condição, deve submeter-se aos limites remuneratórios previstos para
os agentes públicos. Esse é a posição pacífica de ambas as Turmas do STF:
O titular interino não atua como delegado do serviço notarial e de registro porque
não preenche os requisitos para tanto; age, em verdade, como preposto do Poder
Público e, nessa condição, deve-se submeter aos limites remuneratórios previstos
para os agentes estatais, não se lhe aplicando o regime remuneratório previsto
para os delegados do serviço público extrajudicial (art. 28 da Lei nº 8.935/1994).
STF. 1ª Turma. MS 30180 AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 21/10/14.

Aplica-se a quem detém interinamente a serventia extrajudicial a limitação do


teto prevista no art. 37, XI, da Constituição. STF. 2ª Turma. MS 29083 ED-ED-AgR,
Rel. Min. Teori Zavascki, Rel. p/ Acórdão Min. Dias Toffoli, j. 16/5/17.

6.2. Inconstitucionalidade de permuta de serventia sem concurso público após a CF/88 –


(Info 841)

O art. 236, § 3º, da CF é uma norma constitucional autoaplicável. Logo, mesmo antes da
edição da Lei 8.935/94, ela já tinha plena eficácia e o concurso público era obrigatório como
condição não apenas para ingresso na atividade notarial e de registro, como também nos
casos de remoção ou permuta.
As normas estaduais que admitem a remoção na atividade notarial e de registro
independentemente de prévio concurso público são incompatíveis com o art. 236, § 3º, da
Constituição, razão pela qual não foram por essa recepcionadas.
O prazo decadencial de 5 anos, de que trata o art. 54 da Lei nº 9.784/99, não se aplica à revisão
de atos de delegação de serventias extrajudiciais editados após a CF/88, sem o atendimento
das exigências prescritas no seu art. 236. Assim, se uma pessoa assumiu uma serventia
notarial ou registral sem concurso público após a CF/88, este ato poderá ser anulado mesmo
que já se tenham passado mais de 5 anos.
A decisão que anula o ato de investidura em serventia notarial e registral sem concurso
público não viola o direito adquirido nem a segurança jurídica.
STF. 1ª Turma. MS 29415/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Luiz Fux, j.
27/09/16 (Info 841).

7. JUIZ DE PAZ E REMUNERAÇÃO


7.1. Modulação dos efeitos em ADI que julgou inconstitucional lei estadual que destinava
custas da habilitação do casamento para os juízes de paz – (Info 907)

Em 1990, o Estado de Minas Gerais editou uma lei, de iniciativa do Governador,


determinando que as custas cobradas nos processos de habilitação de casamento fossem
destinadas ao juiz de paz.
Em 2011, o STF julgou essa lei inconstitucional por violar a iniciativa privativa do art. 96, II,
“b” e a vedação contida no art. 95, parágrafo único, II, da CF/88.
Em 2018, estes embargos foram julgados e parcialmente acolhidos.
O STF decidiu que o referido acórdão embargado só produz efeitos a partir de 26 de maio
de 2011, data em que foi publicado no Diário de Justiça.
Assim, a declaração de inconstitucionalidade não afeta as situações em que os juízes de paz
tenham exercido suas atribuições até 26/05/2011. Dito de outra forma, os valores que eles
receberam até esta data foram considerados legítimos.
STF. Plenário. ADI 954 ED/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 20/6/18 (Info 907).
OBS:
(...) Os juízes de paz, na qualidade de agentes públicos, ocupam cargo cuja
remuneração deve ocorrer com base em valor fixo e predeterminado, e não por
participação no que é recolhido aos cofres público. Além disso, os juízes de paz
integram o Poder Judiciário e a eles se impõe a vedação prevista no art. 95,
parágrafo único, II, da Constituição, a qual proíbe a percepção, a qualquer título
ou pretexto, de custas ou participação em processo pelos membros do Judiciário.
Inconstitucionalidade material. (...) STF. Plenário. ADI 954, Rel. Min. Gilmar
Mendes, julgado em 24/02/2011.

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