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Mestrado e Doutorado em Arqueologia.

7- Conservação do patrimônio no Brasil.

O patrimônio cultural de um povo se compõe de 3 categorias de elementos:1- o meio


ambiente natural e urbanizado, 2- os elementos referentes ao conjunto do conhecimento da
humanidade, ciências, técnicas, o know-how, 3- os elementos fabricados pelo homem, que
englobam objetos e construções obtidas pelas duas categorias anteriores.

Leis de patrimônio variam muito, de país para país. Vários encontros de técnicos
responsáveis por restauração e conservação de monumentos tiveram lugar em vários países
do mundo. Veneza, Quito, Amsterdã. Significaram avanços na teoria da conservação. A
preservação passa a ser considerada como um instrumento que abrange não só as
edificações, mas também seus usuários. O uso de um edifício já é o primeiro fator da sua
conservação garantida. O programa pode mudar, mas a função abrigo permanece.

UNESCO- Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura,


patrocina vários encontros definidores do que preservar, como preservar e porque preservar.
O patrimônio cultural de um povo é bastante diversificado, sofrendo alterações.
Recomendações da UNESCO: Por que preservar? Para não despersonalizar a cultura de um
povo. Preservar não é só guardar algo. É manter este algo vivo. Exemplo: Basílicas
romanas transformadas em templos.

O que preservar? A preocupação com a preservação no Brasil é nova. A primeira


cidade a ser preservada foi Ouro Preto, 1933. Em 1936, houve um projeto de Mário de
Andrade, que se tornou lei em 1937. Agrupava as obras de arte em 8 categorias:
arqueológica, ameríndia, popular, histórica, erudita nacional, erudita estrangeira, artes
aplicadas nacionais e artes aplicadas estrangeiras. Foi um avanço para a época. Em 1937 foi
criado o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Ministro da educação:
Gustavo Capanema.

Como preservar? No processo de preservação, nem tudo é conservado. Há uma


seleção prévia. Entidades como UNESCO, OEA, Conselho da Europa e União Pan-
americana organizam e desenvolvem encontros para se determinarem políticas e normas na
área de preservação e difusão da cultura em geral.

1964- Congresso Internacional de Arquitetos e Técnicos em Monumentos Históricos,


Veneza: Conservação do Patrimônio Monumental e ambiental do mundo. Carta de Veneza
foi o documento publicado deste encontro.

Síntese:
1- o monumento é inseparável do meio ambiente onde se encontra e da história da qual
é testemunho.
2- Conservação e restauração são atividades multidisciplinares.
3- O uso do edifício, quando correto, é fator de conservação.
4- Busca de técnicas modernas para a restauração.
5- Restauração tem caráter excepcional. Apoia-se no respeito á coisa antiga. O
monumento não deve ser falsificado.
6- A contribuição de todas as épocas para a construção de um monumento deve ser
respeitada. A unidade de estilo não é o objetivo a ser alcançado.
7- Remoção total ou parcial de um monumento não é tolerada, salvo em casos
excepcionais. Ex: monumentos do Egito deslocados por causa da represa de Assuã.
8- Preservar monumentos implica em preservar sua moldura. Relação com a área que o
envolve.
9- Ruínas devem ser protegidas e não reconstruídas.
10- Escavações, conservação, restauração devem ser acompanhados de fotos, relatórios,
filmes, documentos, desenhos.

O tombamento guarda e preserva o bem. Este não pode ser destruído e qualquer
intervenção deve ser analisada para ser autorizada. O bem continua com o
proprietário.

Depois da Carta de Veneza, as Normas de Quito, de 1967, como patrocínio da OEA.


Síntese: preocupação com o turismo. O conjunto de monumentos de um país é capital
Semelhante às riquezas materiais do país.

1970: Compromisso de Brasília: Encontro de governadores brasileiros. Orientação


para serem criados órgãos estaduais e municipais, dividindo responsabilidades com o
Governo Federal. Criação de cursos de especialização. O primeiro foi na FAUUSP, 1974.
Dado pelo técnico da UNESCO, Hughes de Varine-Bohan. Inclusão no currículo das
escolas de matérias a respeito das riquezas materiais e patrimônio histórico. Formação de
museus. Participação de intelectuais, entrosamento com o clero e os militares, por causa dos
fortes e das igrejas e conventos. Recomendação da criação das Casas de Cultura. Controle
do comércio de obras de arte.

Conferência da UNESCO, 1972, Paris. Sobre o patrimônio natural e cultural.


Patrimônio cultural são monumentos, esculturas, inscrições, cavernas, grupos de edifícios,
sítios que podem combinar ação do homem e ação da natureza. Patrimônio natural são
formações físicas, geológicas e áreas naturais. Com valor de beleza. A convenção se
organizou no sentido de conservar, preservar e transmitir o patrimônio natural e cultural
para as futuras gerações. A proteção ao patrimônio mundial deve fazer parte de um sistema
de cooperação internacional. Serão adotadas regras de procedimentos.

O patrimônio de cada país pertence a todos os habitantes do planeta. A convenção da


UNESCO de 1972 foi estabelecida com a missão primordial de identificar e proteger sítios
culturais e naturais em todo o globo terrestre, consideradas como tendo excepcional valor
universal. A destruição ou descaracterização de um destes bens provocaria uma perda
irreparável para a humanidade. A convenção entrou em vigor em 1975, em 1976 foi criado
o Comitê do Patrimônio Mundial. O Brasil aderiu à convenção em 1977. Hoje a convenção
conta com 167 estados-parte e 721 sítios inscritos na Lista do patrimônio mundial. No
Brasil, são 17 bens inscritos. Capazes de representar a notável diversidade cultural e natural
do país. 10 sítios culturais e 7 naturais. Cinco novos sítios foram inscritos entre 2000 e
2002. Ação coordenada entre os ministérios da cultura e do meio ambiente. Visando a
valorização e proteção dos sítios brasileiros inscritos. Isto só foi possível porque o país foi
capaz de dotá-los de uma política de manejo e de proteção. Preservação sustentada, onde
natureza, cultura e desenvolvimento são reconciliados. Também a valorização do
patrimônio imaterial ou intangível das populações onde se encontram estes sítios, que são
os ritos, as festas, as práticas religiosas. Preservação dos conhecimentos indígenas, do
artesanato.

Carta de Mar del Plata, 1997 sobre o patrimônio intangível. Este se materializa nas
diversas manifestações culturais dos povos. Aceita a pluralidade das culturas. Deve ser
registrado de maneira documental. São manifestações culturais próprias de cada país, suas
tradições. É também chamado de patrimônio cultural imaterial. Memórias e manifestações
culturais. Folclore, línguas, saber, festas, coisas transmitidas oralmente. Para as minorias, é
uma fonte de identidade e carrega sua própria história. A revitalização assegura a
sobrevivência.

1989- UNESCO- Recomendação sobre a salvaguarda da cultura tradicional e popular.


Isto pode ser aplicado em todo o mundo. Cria-se um título internacional.

Patrimônio Mundial no Brasil:1980- Ouro Preto; 1982- Olinda. 1983- São Miguel
das Missões. 1985- centro histórico de Salvador e Bom Jesus do Matosinhos. 1986- Parque
Nacional do Iguaçu. 1987- Plano Piloto de Brasília. Este foi o primeiro bem cultural não
histórico declarado patrimônio da humanidade. 1991- Parque nacional Serra da Capivara.
1997- centro histórico de São Luís. 1999- Reservas de mata Atlântica da Costa do
descobrimento.1999- centro histórico de Diamantina. 2000- complexo da Amazônia e
Pantanal. 2001- ilhas atlânticas de Fernando de Noronha e Atol das Rocas, Chapada dos
Veadeiros e Parque nacional das Emas e Goiás Velho.

Sítios urbanos tombados pelo IPHAN não são só as cidades e centros históricos, mas
trechos de cidades, ruas e praças. Ao longo de mais de 60 anos de atividades, são 59 sítios
urbanos tombados.
- Pará- trechos da cidade de Belém.
- Maranhão: trechos de São Luís e a cidade de Alcântara.
- Ceará- cidades de Icó e Sobral, trechos.
- Pernambuco- conjunto de Igarassu, Olinda, Pátio de São Pedro e bairro do Recife.
- Rio de janeiro: Angra dos Reis, Cabo Frio, Nova Friburgo, Parati, Petrópolis,
Morro do Valongo, Catete, área central, trechos de Vassouras.
- Bahia: trechos de Andaraí, Itaparica, Cachoeira, Lençóis, Mucugê, Porto Seguro,
Rio de Contas e Salvador, Santa Cruz e Cabrália.
- Sergipe: Laranjeiras e São Cristóvão.
- Alagoas: Penedo.
- São Paulo: Carapicuíba.
- Mato Grosso do Sul: Corumbá.
- Paraná: Lapa.
- Santa Catarina: Laguna e São Francisco do Sul.
- Rio Grande do Sul: Antônio Prado.
- Minas Gerais: Belo Horizonte, Cataguases, Congonhas, Diamantina, Itaverava,
Mariana, Nova Era, Ouro Preto, Sabará, São João del Rei, Serro e Tiradentes.
- Goiás: Goiás Velho, Pilar de Goiás, Pirenópolis.
- Mato Grosso: Cuiabá.
- Tocantins: Natividade.
- Distrito Federal: Brasília.

Todos de valor econômico para o turismo. Tombamento de áreas urbanas para


enfrentar a pressão imobiliária. A Constituição de 1988 ampliou as possibilidades de
preservação e a noção de patrimônio. Espaços ecológicos constituem sempre uma grande
herança.

No Brasil, a Lei nº 3924, de 1961, dispõe sobre os monumentos arqueológicos e pré-


históricos. A propriedade de superfície não inclui as jazidas arqueológicas ou pré-históricas,
em os objetos nelas incorporados.

Teoria do restauro de Camillo Boito: arquiteto, crítico e historiador de arte. Figura de


destaque na restauração, século XIX. Posição entre Viollet-le-Duc e John Ruskin. Restauro
filológico. Ênfase no valor monumental da obra de arte. “É melhor consolidar do que
reparar, reparar do que restaurar, restaurar do que refazer, refazer do que embelezar, em
nenhum caso se deve acrescentar e sobretudo, nada suprimir”. Considera diversa a
conservação e a restauração. Restauração é encarada como um mal necessário. Esta é
classificada em 3 diferentes tipos: 1- arqueológica. 2- pictórica. 3- arquitetônica. De acordo
com as características do edifício, deve-se respeitar: a importância arqueológica para os
monumentos da antiguidade, as características pictóricas para os edifícios medievais e a
beleza arquitetônica para os edifícios do Renascimento em diante. Sobre as restaurações
arquitetônicas: deve-se conservar no monumento o seu velho aspecto artístico e pitoresco.
Se for acrescentar complementos, estas devem ser obras de hoje e não antigas.

Ação antrópica: feita pelo homem, para obter alimentos, materiais de construção,
matéria-prima para indústrias. Na região do Parque Nacional são as seguintes:
- desmatamento de espécies nobres, aumentando as áreas sem cobertura, portanto
sujeitas à ação violenta dos raios do sol.
- Desmatamento da caatinga para plantio de capim. A área vira um areal.
- Corte de madeira para combustível.
- Caça desenfreada
- Eliminação de espécies predadoras de insetos e conseqüente aumento destes,
causando grande impacto sobre a vegetação.
- Eliminação de roedores e aumento de algumas espécies de animais, como os ratos,
com quebra do equilíbrio ecológico.

Os sítios com pinturas rupestres do Parque Nacional Serra da Capivara, como toda
obra de arte exposta ao ar livre, encontram-se em processo permanente de degradação. Em
alguns sítios, os fatores antrópicos aceleram isto. É preciso encontrar meios de neutralizar a
ação dos agentes destruidores, para que se possa prolongar por mais tempo a vida destes
insubstituíveis documentos pré-históricos. Os pigmentos das pinturas são compostos
naturais similares às rochas, por isto, persistem até hoje. Mas passam pela ação da água,
que quando passa, arrasta parte destas substâncias. Alguns insetos, como vespas,
marimbondos e microorganismos e vegetais também provocam a destruição de sítios com
pinturas. Insetos constroem ninhos, com argila, saliva e restos. Com o passar dos tempos,
estes ninhos petrificam e encobrem as pinturas.

O problema mais grave é o suporte, a rocha. Ela é do tipo sedimentar, arenito poroso
e desagrega com facilidade. Sofre as variações bruscas de temperatura, com dias quentes e
noites frias. Plantas também são prejudiciais, destroem as rochas através de substâncias
químicas ou por produzirem resina. Ou por reterem umidade, favorecendo os fungos, as
algas, as bactérias, os líquens. O desenvolvimento de raízes no interior das rochas faz cair
placas. Vegetação baixa, do tipo capoeira, é a maior responsável por focos de incêndio. A
ação do fogo, além de desprendera rocha, cobre as pinturas de fuligem.

O trabalho de proteção é feito em 3 etapas: na primeira, se identificam os problemas


em cada sítio. Colaboram diversos profissionais, como biólogos, químicos, botânicos etc.
Cada sítio deve ser estudado separadamente, por causa das suas especificidades. A segunda
é a intervenção. Realização de ações no sentido de neutralizar os agentes destrutivos.
Limpeza dos painéis pintados, retirada dos diferentes depósitos que as cobrem. Feito por
especialista. A terceira etapa é a pesquisa sistemática. Todas as ações realizadas são
verificadas periodicamente. No Parque nacional, são oferecidos cursos para formar agentes
de conservação. Como os custos são altos, priorizam-se os sítios escolhidos. Preservação
dos sítios com pintura rupestre depende da preservação da fauna e da flora. A maioria dos
agentes causadores de destruição é conseqüência de um desequilíbrio ecológico com quebra
da cadeia alimentar.

Mais da metade dos vestígios arqueológicos existentes no Brasil no início deste


século se perderam para sempre. Relatos de início da colonização mencionam a retirada de
grandes quantidades de conchas de mariscos dos sambaquis do Rio de janeiro para a
confecção de cal.

Ameaça aos sítios arqueológicos: obras de grande porte, como as hidrelétricas.


Aproveitamento econômico de áreas para plantio. Estados com economia rural muito forte.
A última razão é o vandalismo. Ações de salvamento arqueológico tem 2 objetivos básicos:
recuperar a informação fornecida pelo sítio arqueológico e permitir a implantação do
empreendimento, de maneira que não prejudique o ritmo das obras. Em relação a terrenos
de particulares, a ação torna-se mais difícil. Muitas vezes, o achado arqueológico não é
comunicado.

Deve-se esclarecer o público. A educação da sociedade é a resposta mais adequada a


uma situação que se agrava dia após dia. Quando a sociedade passa a encarar o sítio
arqueológico como vestígios de culturas passadas, com os quais o progresso pode conviver
de forma harmoniosa, se dá o primeiro passo. O passado tem que deixar de ser tão obscuro
para o brasileiro. A arqueologia deve ser incluída nos currículos escolares. Deve-se
valorizar as manifestações culturais existentes na região. Deve-se formar uma consciência
do patrimônio como fonte de informação. A sociedade deve ser envolvida neste processo. A
manutenção deste processo é uma tarefa permanente.

Existe um Plano de Manejo para o Parque nacional Serra da Capivara. Problemas de


conservação: a ignorância e a miséria eram os mais graves. Que opções favoráveis a um
desenvolvimento haveria para a região? Desenvolvimento auto-sustentado. O Turismo seria
uma excelente via para alcançar isto. O Parque foi preparado para receber turistas. Recursos
captados em diversos órgãos, como o IBAMA, o BID. Os sítios arqueológicos são, em todo
o mundo, grandes atrativos turísticos. O Brasil é um país onde o turismo é incipiente. O
mundo inteiro está investindo em eco-turismo. Hoje o Parque nacional tem 103 sítios com
pinturas, preparados para receber o turista. São 14 circuitos. Todos os trabalhos foram
seguidos e fiscalizados por uma equipe de arqueólogos e arquitetos.

À medida que surgirem novos recursos, novos circuitos serão abertos. Os sítios
escolhidos foram aqueles já estudados, com história. Todas as paredes pintadas foram
limpas, consolidadas, os cupins retirados. A vegetação foi limpa e o material seco levado
para fora do parque, para evitar incêndios. Foram construídas estradas e trilhas de acesso,
com todo trabalho realizado à mão. Quando existiam árvores bonitas e rochedos, a trilha era
desviada para incorporá-los à paisagem. Todo o cimento foi feito com areia local e foram
utilizados pigmentos para não alterar a cor local. Foi feito o levantamento topográfico dos
sítios. Quando existiam vestígios, como cacos de cerâmica, blocos caídos, material lítico,
estes foram recolhidos. Foram instaladas passarelas para direcionar o fluxo dos visitantes.
Não se toca nas pinturas e não se caminha sobre sedimentos. As passarelas são leves, com
corrimãos. Em locais com camadas arqueológicas profundas, foram feitas passarelas de
pedra. Não se cavaram buracos e nem se usaram pregos. Em casos de sítios muito grandes,
nos quais é aconselhável deixar um testemunho, deixou-se 1/3. Para a proteção, este
testemunho é coberto com plástico grosso e o mesmo é selado com cimento e argamassa
Blocos caídos de paredes também foram limpos e preparados para exposição. Instalação de
lixeiras de concreto perto dos sítios mais espetaculares. Placas indicativas. Material
impresso.

Rotina a ser seguida: continuar buscando recursos para abrir novas trilhas. Retirada
do lixo das lixeiras duas vezes por semana. Executar a manutenção das passarelas,
atentando contra os cupins. Remover ninhos e vegetação das paredes pintadas, executar
uma vez por ano a limpeza. Formação de guias entre as pessoas da comunidade. População
e turistas devem ser incentivados a preservar.

Leis e normas são conquistas sociais importantes. Mecanismos e instrumentos de ação do


estado.
Lei Federal de 26 de Julho de 1961. Lei n. 3.924: sobre os monumentos arqueológicos. São
eles: jazidas- sambaquis, poços, aterros, vestígios das populações de paleo-índios. Grutas,
lapas, abrigos sob rocha. Cemitérios, sepulturas, locais de pouso prolongado ou rápido.
Inscrições rupestres, oficinas líticas e cerâmicas.
Comentário: esta lei nunca foi objeto de atualização. Os autores tinham em mente a
proteção dos sambaquis, que eram utilizados para a fabricação de cal, fato já narrado por
José de Anchieta no século XVII. Independente das suas limitações, esta lei foi importante.
Embora o principal problema seja o cumprimento da lei.
Fala também das escavações arqueológicas realizadas por particulares. Só com permissão
do IPHAN.
Fala também das escavações realizadas por instituições científicas. Comunicar ao IPHAN.
Descobertas fortuitas: a posse do que for descoberto é do estado.
Remessa para o exterior de objetos arqueológicos, históricos ou artísticos. Proibida.
Lei 7.542 de 26 de setembro de 1986.
Fala de bens submersos. Área de interesse da Arqueologia sub-aquática. Compete ao
Ministério da Marinha coordenar e fiscalizar a pesquisa. Não é mais responsabilidade do
IPHAN. Caça ao tesouro: causou grandes perdas, por falta de fiscalização e leis adequadas.

Lei de Crimes Ambientais n. 9.605 de 1998.


Crimes contra o ordenamento urbano e o patrimônio cultural. Esta lei amplia a proteção ao
patrimônio Ed pune com maior rigor aos danos contra o patrimônio protegido.

Caracterização do patrimônio arqueológico:


1 – sambaquis: sítios costeiros, no litoral, próximos ao mar, mangues e desembocaduras de
rios. Acúmulo de conchas de moluscos e restos alimentares. São encontrados vestígios de
fogueiras, zoólitos, adornos e enterramentos.

2 – casas subterrâneas: peculiares a grandes altitudes. Sulcos abertos no solo, variando


entre 2 a 20 metros de diâmetro. Podem alcançar até 6 metros de profundidade.
Encontradas em Santa Catarina, Paraná e São Paulo.

3 – sinalizações rupestres: encontrados com relativa freqüência em todos os continentes.


Gravuras ou pinturas feitas na rocha.

4 - abrigos sob rocha: parede alta saliente, projetada para fora, onde se encontram
fogueiras, fogões, restos de alimentação, sepultamento e pinturas e gravuras rupestres.

5 – sítios líticos: onde se preparavam e aperfeiçoavam instrumentos de caça, pesca e coleta.


Encontradas com freqüência no litoral e as ferramentas feitas de rochas muito duras.
Encontram-se também oficinas de lascamento.

6 – aldeias: manchas escuras no solo, com carvão, objetos de pedra, cerâmica, restos de
construção e existência de postes. Formas circulares, variando entre 20 e 100 metros de
diâmetro.

7 – acampamentos e paradeiros: áreas de ocupação temporária. Menores que 20 metros de


diâmetro. Ausência de material lito-cerâmico ou pouca presença deste. Menores que os
sambaquis, encontram-se conchas e restos alimentares e são mais recentes que estes.

8 – sítios históricos: sítios arqueológicos pré-históricos, encontrados em cidades e campos,


estão protegidos pela lei 3924/61. Estes sítios históricos estão na portaria IPHAN 230/02 e
na portaria 07/88.

EIARIMA: estudo do impacto ambiental, relatório do impacto sobre o meio ambiente.


Licenciamento ambiental para empreendimentos que possam causar danos ao patrimônio.
Ver a resolução do CONAMA 001/86. Para salvaguardar o ambiente de impactos
desastrosos de grandes e médios empreendimentos potencialmente poluidores.

Portaria do IPHAN 007/88: as permissões para arqueologia só serão renovadas se os


resultados forem publicados. Relatórios técnicos tem que ser divulgados. Comentários: esta
portaria regulamenta a preservação, controle e proteção de pesquisas arqueológicas. Pode
ser melhorada, com a diminuição dos prazos de entrega dos relatórios.

Portaria do IHAN 230/02: disciplina os procedimentos arqueológicos a serem executados


por qualquer requerente que deseje realizar empreendimentos que possam causar danos ao
patrimônio. Obtenção de licenças ambientais.

Portaria 28/03: contempla o que ficou de fora da outra portaria sobre empreendimentos de
hidro-elétricas.

Portaria Interministerial 69/89: para arqueologia sub-aquática. Bens arqueológicos


submersos. Ministério da Marinha e Ministério da cultura.

Resolução SMA 34/03: também sobre o EIARIMA.

Procedimentos de segurança para trabalhos arqueológicos de campo:


1- conhecimento prévio da área a ser prospectada
2- consentimento dos proprietários da área a ser prospectada
3- prevenção contra patologias locais e acidentes de trabalho

as equipes contratadas para os trabalhos de campo devem ter seguro de vida e contra as
doenças contraídas durante o trabalho.

Decreto 72.312/73: medidas a serem adotadas para impedir e proibir importação e


exportação e transfer6encia ilícita de bens culturais.

Recomendações internacionais:
1956: carta de Nova Dehli
1990: carta de Lausanne
1996: carta de Sofia
2001: convenção da UNESCO em Paris para proteção do patrimônio cultural sub-aquático

Carta de Nova Dehli: define os princípios internacionais a serem aplicados em matéria de


pesquisas arqueológicas. Fala também sobre o comércio de antiguidades.
Carta de Lausanne, ICOMOS: proteção e gestão do patrimônio arqueológico.
Declaração de Sofia, ICOMOS: sobre o pluralismo cultural. Patrimônio cultural X desafio
econômico. Atividades turísticas. Missão do ICOMOS: assessoria científica, centro de
reflexão e órgão difusor da tecnologia e da metodologia contemporâneas.
Convenção sobre a proteção do patrimônio cultural sub-aquático. Paris. Patrimônio sub-
aquático é ameaçado por atividades não-autorizadas. Dever do estado a proteção.
UNESCO: organização das Nações Unidas para educação, ciência e cultura. Patrimônio
subaquático não será objeto de exploração comercial.

Código Penal Brasileiro:


Art. 165: destruir, inutilizar ou deteriorar coisa tombada pelo patrimônio.
Lei 7347/85: responsabilidades por danos causados ao meio ambiente.
Lei 9605/98: condutas e atividades lesivas ao meio ambiente.
Decreto 3179/99: condutas e atividades lesivas ao meio ambiente.

Termos de referência em arqueologia:


1 – peritagem: perícia a ser realizada em área arqueológica que sofreu impacto recente ou
não, visando levantar danos ocasionados e possibilidade de salvamento nos estratos ou
depósitos arqueológicos remanescentes.
2 – salvamento arqueológico: projetos relacionados a arqueologia preventiva ou de
contrato.
3 – diagnóstico arqueológico: deve permitir um planejamento que se compatibilize com as
fases de licenciamento ambiental.
4 – prospecções arqueológicas: deve resultar num relatório que ofereça elementos para um
programa de resgate arqueológico.
5 – programa de resgate arqueológico: relatório com todas as atividades desenvolvidas em
campo, que acrescente informações sobre o modo de vida das sociedades pretéritas.
6 – gerenciamento de bens arqueológicos: ações educativas devem acompanhar todo o
processo da pesquisa arqueológica.
7 – monitoramento arqueológico: é acompanhamento. Documentações escritas, fotografias,
vídeos.

Cartas e Moções:
Carta de Santos, 2004: II encontro Nacional do Ministério Público na defesa do patrimônio
Cultural.
Moção arqueológica sub-aquática: em Santa Catarina, 2004. Pede mudança na legislação
para o licenciamento de pesquisas sub-aquáticas.
Moção em prol da portaria 230/02, 2004. Apoio ao IPHAN.

Bibliografia:
- Comunicações da 1a. Reunião da Associação Brasileira de Arte Rupestre, Revista
FUMDHAMENTOS, Vol. II.
- Convention concerning the protection of the world cultural and natural heritage.
- Inventário Nacional dos bens imóveis- sítios urbanos- manual de preenchimento.
INBI-SU, 2001.
- O que é patrimônio histórico.
- Parque Nacional Serra da Capivara, Piauí, Brasil.
- Patrimônio mundial no Brasil, 2a. ed. Brasília, UNESCO/Caixa econômica, 2002.
- TENÓRIO, Maria Cristina- Pré-história da Terra Brasilis.
- BASTOS, R. et alii (orgs)- Normas e Gerenciamento do Patrimônio Arqueológico,
IPHAN, 2005

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