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Curso de

Plantas Medicinais

MÓDULO IV

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para
este Programa de Educação Continuada, é proibida qualquer forma de comercialização do
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados a seus respectivos autores descritos
na Bibliografia Consultada.
MÓDULO IV
Neste módulo estudaremos as Plantas Tóxicas e algumas fórmulas farmacêuticas
com drogas vegetais e plantas medicinais.

PLANTAS TÓXICAS

Introdução
As plantas tóxicas estão intimamente ligadas ao aparecimento do homem na Terra,
pois eles buscavam nos vegetais a sua alimentação, como não as conheciam, os
acidentes eram normais, os vegetais que ocasionavam morte eram separados e não mais
comidos.
Em outra fase do seu desenvolvimento as plantas tóxicas apareceram quando se
iniciou a procura de medicamentos, como só existiam os obtidos dos vegetais, as plantas
eram testadas em pessoas capturadas nas guerras, que eram comuns naquela época.
Quando se buscava um medicamento, testava-se em homens que eram capturados
nas guerras, a maneira feita era administrando-se macerados, tinturas ou mesmo o
vegetal puro, quando causavam a morte era separada, e usada na execução de presos e
prisioneiros, desta maneira nasceram os medicamentos.
Com o aparecimento dos vegetais tóxicos e os medicamentos vegetais, apareceram
as intoxicações, que até hoje são um grande problema para a medicina.
As intoxicações podem ser divididas em 4 tipos;
1 – Intoxicação aguda: provocada quase sempre por ingestão acidental de uma
planta, muitas vezes por parte dos vegetais, isto ocorre geralmente com crianças.
2 – Intoxicação crônica: com a conseqüente ingestão continuada, acidental ou
proposital dos vegetais tóxicos, estes acidentes geralmente são muito graves,
ocasionando lesões no fígado. Citam-se casos de crianças que mastigam certas
sementes, caso comum da mamona.
3 – Exposição continua: esta se manifesta pelo contato direto e sistemático com
vegetais, caso característico as pessoas têm atividade industriais ou agrícola.
4 – Utilização continuada: certos vegetais, tanto na forma de pós para inalações,
fumos ou infusões, querendo ou não efeitos alucinógenos.

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No Brasil estes acidentes atingem aproximadamente 10% da população, nos
Estados Unidos, que serve de comparação para os dados mundiais, atingem 5%.
Hospitais recebem em São Paulo pelo menos um paciente, geralmente crianças, por
dia, o problema é tão grave que se criou um centro de atendimento, via telefone para
orientação dos intoxicados.
Para que não ocorram acidentes, algumas regras básicas:
1 – Conhecer as plantas tóxicas da região, casa, quintal ou mesmo nos jardins
públicos.
2 – Conhecê-las pelo nome popular, e pelo seu aspecto.
3 – Não devemos comer qualquer planta que não conhecemos, tais como,
cogumelos, sementes, frutas ou raízes.
4 – Manter sempre as plantas não conhecidas longe das crianças.
5 – Ensinar as crianças à não por na boca plantas ou parte delas, alertá-las do
perigo que correm ao fazê-las.
6 – Não permitir as crianças o hábito de chupar ou mascar folhas, sementes ou outra
parte qualquer de vegetais desconhecidos.
7 – Identificar o vegetal antes de comer os seus frutos
8 – Os animais não servem como parâmetro para identificar se um vegetal e tóxico
ou não.
9 – Lembre-se que o aquecimento ou cozimento destrói as substâncias tóxicas.
10 – Armazenar sempre qualquer parte de vegetais e mantê-los longe das crianças.
11 – Nunca tomar qualquer medicamento caseiro ou, sem uma orientação segura.
12 – Não existem testes ou regras básicas para identificar um vegetal tóxico ou não.
13 – Quando houver queima de um vegetal evite sempre exposição com a fumaça
produzida.

Tratamento em caso de acidentes provocados por vegetais tóxicos


Trata-se de noções apenas, nunca tentar qualquer dos tratamentos citados, isto é de
exclusividade medica.
Qualquer acidente de intoxicação por vegetal deve ser seguido de regras básicas:

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1 – Retirar o acidentado do ambiente que sofreu a intoxicação, para um ambiente
mais arejado.
2 – Eliminar o vegetal que provocou o acidente.
3 – Administrar um antídoto.
4 – Tratamento geral e sintomático.
Uma das características do intoxicado é o vômito, quando temos um vegetal de
toxidade relativa o vômito aparece normalmente, mas quando o acidente é provocado por
vegetal muito tóxico se faz necessário à aplicação de substâncias que provoquem o
vômito. Geralmente são aplicadas medidas emergenciais para diminuir a ação da
substância tóxica.
A primeira delas é provocar o vômito, colocando o paciente em posição adequada
para o líquido expelido não volte, tomando sempre cuidado de eliminar qualquer
fragmento de tamanho maior que possa enroscar na garganta, seguindo a administração
de um copo com leite.
Para a eliminação total das substâncias existentes no estômago, são necessários o
uso de alguns medicamentos, tais como, xarope de ipeca e injeção subcutânea de
apomorfina, ou então uma lavagem gástrica feita através de sonda.

Plantas tóxicas que produzem alterações gastrintestinais

Em quase todos os acidentes de intoxicação por vegetais, ocorrem vômitos e


diarréias, podendo às vezes aparecer cólicas abdominais.
Os problemas tornam-se mais graves quando aparece comprometimento hepático
(fígado), sendo que na maioria dos casos se faz necessário à internação em hospitais.
Acidentes são comuns com plantas que usamos dentro de nossas casas como
enfeites, e que são compradas com facilidade em Floriculturas, assim sendo temos:

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Amaryllis belladona L. chamada de cebola brava, mas
compramos como Amarilis, outra muito comum é as do
gênero Hippeastrum, conhecida com o nome de Açucena. A
primeira apresenta um alcalóide chamado Licorina e a
segunda apresenta substâncias cáusticas e irritantes a
mucosa gástrica.
Para um melhor entendimento podemos dividi-las em
quatro grupos de substâncias tóxicas:

Proteínas tóxicas: Aparecem principalmente nos vegetais que segregam látex, neste
grupo encontramos as espécies, um grande gênero as Euphorbiaceas, entre ela a
Asclepia curassavica (erva de rato), Euphorbia pulcherrima (rabo de arara ou bico de
papagaio), Euphorbia milii (coroa de cristo ou cochão de noiva), Euphorbia
gymnoclada (avelós ou cega olho).
Estes quando em contato com a pele podem provocar queimaduras, quando levado
ao olho, geralmente provocam lesões de córnea, dando assim o nome popular de “cega
olho”.

Como agem estas substâncias: Geralmente o látex é irritante ou cáustico, até o


momento não se sabe qual a substância que provoca este acidente. Sabemos que os
látex destas plantas apresentam um componente chamado Euforbona, que é co-
cancerígeno, ou seja, pode provocar câncer de pele, atualmente os cientistas trabalham
com ela para produzir medicamentos para o tratamento de câncer de pele. Apresenta
uma resina que chamada de fitotoxinas, mas também não é o responsável pela ação
irritante.
A mastigação e ingestão destas plantas provocam uma grave irritação na mucosa
oral, aparecendo lesão irritativa nos lábios e língua.
O contato do látex com os olhos mesmo quando manuseado ao fazer as podas,
dependendo da quantidade de látex em contato pode ocasionar uma simples conjuntivite,
até a perda total da visão.

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Encontramos ainda uma planta muito comum entre nos, a Ricinus comunis
(mamona), a vê-la não passa de um planta comum nos terrenos abandonados, mas o
perigo que as crianças correm não é percebido.
As suas sementes quando mastigadas liberam uma substância chamada ricina, que
provoca grave irritação gastrintestinal, na qual aparecem somente após algumas horas
após a ingestão, provocando vômitos intensos, seguidos de diarréia mucosanguinolenta.
Só para termos uma idéia da ação tóxica da substância ricina, quando extraída e
purificada, uma quantidade mínima quando inalada pode provocar à morte, atualmente
ocorreram nos Estados Unidos tentativas de contaminação de pessoas pela substância.
Existem ainda mais duas espécies de vegetal tóxico que não pertence à família
Euforbiáceas, ou seja, Jatropha curcas (pinhão paraguaio), apresentando frutos de
coloração verde muito atrativo para as crianças, apresentam três sementes oleaginosas,
estas provocam uma diarréia intensa, podendo levar à morte.
A substância que provoca a intoxicação é a curcina, e sua ação é semelhante a da
ricina, logo se devendo tomar os mesmos cuidados.
Outro vegetal e o Abrus precatorius (olho de cabra, também chamado de olho de
pomba), estas são sementes muito usadas na confecção de pulseiras e colares, pois de
coloração vermelha e preta, logo muito vistosos, e atraindo pela coloração as crianças
para mastigá-las, ou simplesmente coloca-las na boca. A substância que provoca a
intoxicação é a abrina, esta causa gastrenterites com diarréia sanguinolenta, vômitos
também com sangue, pois destrói a mucosa do estômago.

Solaninas: Aparecem principalmente como o próprio nome diz, no gênero, Solanáceas, o


exemplar que todos nos conhecemos é a batata (Solanum tuberosum), e por incrível
que possa parecer, esta espécie tem substâncias venenosas, nos seus brotos que saem
dos olhos da batata, estes quando crus, apresentam uma substância tóxica chamada
solanina, substância que provocou inúmeros acidentes, quase sempre mortais, durante a
2ª Guerra Mundial. Como é se sabe os alemães comem muita batata, passando aos
prisioneiros as cascas, estes esfomeados as comiam, provocando terríveis cólicas e
diarréias incontroláveis, como não eram tratados, morriam de desidratação isto porque

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nestes casos, seriam necessárias aplicações de antiestamínicos, pois outro tipo de
medicamento como os antidiarréicos comuns não funcionam.
Outros vegetais da mesma família como a Solanum aculeatissimo (arrebenta
cavalo), também conhecido em alguns estados brasileiros como maçã do diabo, devido a
sua grande ação tóxica recebeu este nome, pois eram muito comuns animais como
cavalo comê-las provocando a sua morte, dai o nome de arrebenta cavalo, e maçã do
diabo por apresentarem frutos de coloração amarelos avermelhado, atraindo com
freqüência animais e crianças.
A intoxicação é provocada pela solanina, que apresenta o mesmo sintoma da
espécie Solanum tuberosum acima citada.
Uma espécie bem característica é a Solanum pseudocapsicum (juá), aqui o
problema é bem maior, pois temos espécies comestíveis, caso do juá manço e o juá
bravo que é altamente tóxico.
Como diferencia-los, é muito difícil ambas são idênticas, a única diferença que pode
ser notada é que o juá manço amadurece mais facilmente que o bravo, apresentando-se
uma coloração verde com manchas brancas, mas por precaução não comê-los em
hipótese nenhuma. Ambos possuem uma substância chamada solanocapsina, que pode
matar por parada cárdiaca, além dos mesmos problemas causados pelas espécies
anteriores, mas só que estes são acidentes mortais.

Saponinas: Saponina é nome de substância que dificilmente são absorvidas pelo


organismo, quando ingeridas provocam irritação na mucosa gástrica, provando vômitos
sanguinolentos, e se passarem para a circulação provocam hemólise sanguínea,
aparecendo em alguns vegetais.
A espécie mais comum e a Sapindus saponaria (saboeira ou sabão de soldado), onde
foi por muito tempo usada para pesca pelo seu efeito ictiotóxico, ou seja, de matar peixes,
usado também para lavar roupa, pois quando esfregada em água provoca o aparecimento
de espuma, dai seu nome sapos (do grego) = sabão.
Outra espécie bem comum é a Hedera helix (hera trepadeira), muito comum
aparecendo como proteção em muros, particularmente o fruto e as folhas, apresentam
também saponina, logo provocando também acidentes.

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Outro vegetal muito comum é a Bucha (Luffa cylindrica Roem.), aquela que usada
para tomar banho, as suas sementes verdes ou secas também contém saponina, que
podem ocasionar os mesmos acidentes, ou seja, altamente hemolítica.
Antigamente se usava para matar peixes, pois as saponinas impedem a troca de
oxigênio pelas guelras dos peixes.

A irmã desta a Bucha de Purga ou Buchinha (Luffa operculata L.) também


provoca os mesmos acidentes, esta é muito comum no uso indevido nos tratamentos de
sinusites, onde são fervidas e colocadas no nariz, provocando uma intensa irritação nasal.

Resinas: São substâncias complexas, geralmente umas misturas de vários componentes.


Embora o seu efeito irritante sobre o trato gastrintestinal seja muito grande, tem também
uma ação muito marcante como neuropsíquico, o caso mais conhecido é o da resina da
Cannabis sativa (maconha), pois seus tetrahidrocanabinois provocam alteração no
sistema nervoso central.
Existe uma outra espécie a Daphnopsis brasiliensis (imbira), muito comum nos
sertões brasileiros, pois sua resina esta presente em todo vegetal, principalmente nos
frutos, podendo ocasionar acidentes tóxicos terríveis, onde o mais comum é a diarréia,
que em caso de crianças pode ocasionar a morte.

Plantas tóxicas que podem ocasionar distúrbios cutâneos e na mucosa


Os distúrbios mais comuns produzidos pelos vegetais são a dermatite (inflamação
da pele), sendo que em muitos casos a produção do mecanismo seja mista, e neste caso
comumente reconhece-se o vegetal que ocasionou a lesão, estas podem ser identificadas
por:
Traumas mecânicos: As dermatites ocasionadas pelo contato direto com os órgãos de
defesa do vegetal, ou seja, espinhos, pêlos, bordas cortantes ou serrilhadas das folhas.
É muito comum o acidente provocado por lesão mecânica, quem nunca se cortou com
uma folha de cana de açúcar ou espetou-se com um acúleo (espinho) de roseira, espinho
de laranjeira ou limoeiro, mas quando se trata de espinhos de plantas das famílias das

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Euforbiáceas, como cochão de noiva, também chamado de coroa de cristo, o látex
secretado pode ocasionar infecções secundárias na pele, com coceira e irritação.
Irritação química: As plantas muitas vezes produzem substâncias para suas defesas
contra ataques não só do homem, mas também dos animais, quando estes entram
contato principalmente com suas folhas, onde existem os que chamamos de pêlos de
defesa, estes arrebentam e colocam em contato com a pele substâncias irritantes, o caso
mais comum é o da Urtiga dióica (urtiga brava), onde apresentam nas suas folhas pêlos
glandulares cheios de ácido fórmico (ácido das formigas), onde em contato com os pêlos,
arrebentam liberando assim o ácido na pele, provocando queimaduras irritativas, que
podem levar a infecções secundárias, sendo ás vezes necessário tratamento médico
dependendo da extensão da lesão provocada.
Outros exemplos são as cascas do limão e laranja, quando espremidos libera na
pele um óleo que possui componentes como o bercapteno, que produzem queimaduras
na pele, principalmente quando tomamos sol sobre a pele que se encontra o óleo, para
estes acidentes aconselhamos não lavá-los com água e sabão, mas com óleo, que pode
ser até o de cozinha, pois estes são insolúveis em água, mas solúveis nos óleos.
Algumas espécies de crisântemos, muito comuns em floriculturas, apresentam
também em suas folhas e galhos, substâncias irritantes, logo devemos ter muito cuidado
ao pegarmos um vaso com estas flores, sem sabermos a espécie que estamos
comprando.
Existe ainda outra espécie ornamental que podem causar os mesmos problemas, é
o caso das Prímulas, existe no mundo cerca de 150 espécies desta planta, uma delas a
Prímula obconica (não apresenta nome popular, são conhecidas apenas por prímulas), é
a mais comum.
Mesmo as da família Euforbiáceas, o seu látex em contato com a pele provoca
queimaduras com lesões que podem ocasionar infecções secundárias. O caso mais
comum de irritação é o Dieffenbachia picta (comigo ninguém pode), planta comum nas
casas, ornamentando não só os jardins, mas também o interior delas.
Tanto as folhas como o caule deste vegetal, apresenta dentro dele pequenos cristais
em forma de agulhas de oxalato de cálcio, é tão pequeno que só nos é permitido vê-los
ao microscópio. Quando um animal ou homem, principalmente crianças mordem qualquer

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destas partes do vegetal, os micros cristais entram na mucosa (boca e garganta),
provocam uma irritação terrível, estes incham e começam a bloquear a respiração, neste
caso o tratamento deve ser imediato e feito por médico.

Existem outros vegetais da mesma família, caso típico das Aráceas, também
chamadas de jibóias, muito comum em vasos, com água apenas em nossas casas, elas
apresentam também o oxalato de cálcio, e podem ocasionar os mesmos acidentes.
Uma outra planta também muito comum em nossos jardins é o chamado, Copo de
Leite, aqueles que apresentam flores antigamente brancas e hoje com cores variadas.
Também apresenta no seu interior os cristais aciculares de oxalato de cálcio, provocando
os mesmos acidentes do Comigo Ninguém Pode.
Devido a isso, estas plantas não são recomendadas, tanto nos jardins públicos como
dentro de casa.
Às vezes por mais comum que seja o vegetal não notamos que pode ser causador
de acidentes, vejamos o caso do caju, Anacardium occidentale L., esclarecemos que é
um pseudofruto, pois o que comemos nada mais é que o pedúnculo (cabinho onde prende
o fruto ao caule), e a semente leva o nome de castanha (castanha de caju), que quando
não submetida a um processo de torreificação apresenta uma substância oleosa chamada
cardol, que em contato com a pele provoca queimaduras terríveis. A antigamente foi
muito usada para a marcação de escravos, devido às lesões que provocava na pele e não
podiam ser removidas.

Sensibilização alérgica: O histórico de hipersensibilidades provocadas por vegetal é


muito antiga, muitas pessoas tem uma sensibilidade alérgica à parte de vegetais, o mais
comum é o polém das flores, muitas vezes aparecem os problemas com folhas.
Em muitos casos provocados por polém podem aparecer lesões eczematosas, pois
alguns polens apresentam uma substância resinosa que adere a pele provocando estas
lesões.
Estes acidentes são provocados geralmente quando cheiramos uma flor, ou dormimos em
um travesseiro de vegetais, existem alguns vegetais que podem provocar estes acidentes
somente quando passamos por debaixo deles, o caso mais comum é o da Shinus molle

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(aroeira) ou Shinus terembentipholium (aroeira perfumada), o seu polém que é
chamado de “pó de mico” ocasiona acidentes com coceiras, pois este é irritativo a pele.
Existem ainda algumas madeiras que provocam alergia, caso comum da
Aspidiospermum peroba (peroba rosa), que em certas pessoas também ocasionam
problemas de alergia, com coceiras e irritação dos olhos, outra muito comum
Machaerium scleroxylon (caviúna vermelha), cujas madeiras são utilizadas na
fabricação de móveis e tacos para assoalhos, estas possuem um óleo resina muito
irritante, a qual provocam também dermatites, este problema é muito comum em pessoas
que trabalham na confecção de móveis e tacos, isto devido à exposição contínua no
trabalho diário realizado.

Fotossensibilisação: Alguns vegetais apresentam como componentes químicos o que


chamamos de furocumarinas ou furanocumarinas, muito conhecido hoje por serem
substâncias que partimos para a obtenção de medicamentos utilizados no tratamento do
vitiligo, são também conhecidos com o nome de psoralenos.
Os vegetais mais comuns que podem provocar estes acidentes são: Citrus
bergamia (tangerina bergamota), Ruta graveolens (arruda) e Fícus carica (figo), este
último ocasionou inúmeros acidentes quando suas folhas foram incorporadas a
bronzeadores.

Alergias respiratórias provocadas por vegetais: São processos provocados por


alergênos (substâncias que provocam alergia), isto é muito comum em cidades que tem
indústrias que fabricam óleo comestível ou industrial.
Algumas cidades do estado de São Paulo possuem indústrias que produzem óleo de
mamona, na sua purificação elimina-se a substância tóxica, onde são jogadas no ar, e
quando inaladas por algumas pessoas provocam crises de bronquites ou mesmo asma.

Vegetais que podem ocasionar acidentes mortais


Alguns vegetais encontrados principalmente em jardins são perigosíssimos, muitos
deles podem ser encontrados como ornamentais dentro de casas, ou em jardins, os mais
comuns são dois:

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ESPIRRADEIRA = FLOR DE SÃO JOSÉ – Nerium oleander L. Planta muito comum nos
jardins, aparecendo em várias cores, branca,
vermelha e rósea, são arbustos de médio porte,
florescendo praticamente o ano todo.
Muito característico por soltar um látex branco
quando cortamos as suas folhas.
As propriedades tóxicas do vegetal são
conhecidas desde a antiguidade, ou seja, desde
a época dos hebreus e egípcios. Conta-se que
Moisés, transformou as águas doces dos rios em amarga colocando apenas um ramo
desta planta, e os que beberam, morreram. Entre os indígenas americanos era comum a
mulher colorar enfeitando seus vaso com flores da espécie, e quando os seus maridos
acordavam com sede, dava-lhes para beber, assim os matavam sem que conseguisse
descobrir qual a causa, ou seja, era o melhor método de matar o marido.
Conta-se também caso de soldados que sofreram terríveis intoxicações ao comerem
churrasco assados em varas preparadas com o vegetal.
Todo o vegetal é altamente tóxico, o simples contado da flor com a boca, ou mesmo
colocar a folha na boca, isto devido a duas substâncias conhecidas com o nome de
neandrina e oleandrina.
Atualmente isolou-se uma outra substância chamada rosagenina, extraída da casca
do vegetal, que tem ação tóxica semelhante à estricnina.
Os acidentes evoluem em fases muito dolorosas, assim vejamos, manifestações
gastrintestinais, incluindo náuseas, vômitos, cólicas abdominais, evacuações diarréicas
mucosanguinolenta, após então aparecendo os distúrbios neurológicos precedendo os
cardiológicos, com tonturas, alterações do equilíbrio, sonolência, torpor e coma. Vindo o
intoxicado morrer por parada cardíaca.

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CHAPÉU DE NAPOLEÃO = NOZ DE COBRA – Thevetia
nerifolia Jussieu. Planta que também aparece comumente
em jardins públicos ou mesmo nas casas, como planta
ornamental, pois apresentam flores de uma coloração
amarelada muito bonita, também apresenta como
característica liberar um látex de coloração branca quando
cortamos suas folhas, este também tem uma ação cáustica acentuada quando em contato
com a pele.
Tem este nome por apresentar uma semente que tem a forma do chapéu do celebre
general francês Napoleão Bonaparte, que foi um grande imperador e grande guerreiro.
Também conhecida desde há muito tempo, onde foi muito usada para sacrificar
prisioneiros, práticas criminosas ou mesmo em tentativas de suicídios.
A sua ação tóxica é idêntica ao da espirradeira, seus componentes a tevetina e
tevetoxina, agem também no coração, podendo matar por parada cardíaca.
A evolução para a morte também é idêntica, provocando ainda o bloqueio
atrioventricular (bloqueio das válvulas que bombeiam o sangue no coração).
Quando de qualquer intoxicação, requer um tratamento imediato, com conseqüente
internação em unidade de terapia intensiva (UTI) e monitorização do paciente.
Mais uma vez o aviso, verifique bem os jardins onde suas crianças brincam, pois um
acidente deste tipo pode ser fatal.
Existe ainda uma espécie de vegetal que também pode ocasionar acidentes mortais
que pouco se fala, pois somente tem utilidade na fabricação de farinhas, é a Mandioca
Brava (Manihot utilíssima Pohl), é a mesma espécie da comestível.
O seu plantio é feito única e exclusivamente para a obtenção de farinha, pois produz
um número maior de raízes e de tamanho maior que a normal. Apresenta como
componente de intoxicação o ácido cianídrico, ou seja, o mesmo usado nas câmaras de
gás de prisões americanas para a execução da pena de morte para os condenados.
Como se trata de um ácido que é destruído com facilidade, quando a mandioca é
torrada ele desaparece, logo a farinha que consumimos não apresenta esta substância, o
perigo corre quem come a mandioca apenas com o cozimento ou crua.

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A diferenciação é feita através das folhas que se apresenta em forma palmada
(forma de mão), com cinco folíolos, a mandioca mansa, apresenta sete folíolos, a sua raiz
externamente e branca e lisa, enquanto a outra e rugosa e coloração da terra.

Plantas alucinógenas

Trata-se de um grupo muito grande de vegetais distribuídos pelo mundo inteiro, no


Brasil encontramos algumas, mas para que conheçam praticamente todas, citaremos
outras encontradas em outros países:

MACONHA – Cannabis sativa L. Vegetal encontrado em


todo Brasil, principalmente em estados do nordeste e centro
oeste. Foi trazida pelos africanos para o nosso país quando
do período escravagista. Devido aos sofrimentos durante as
viagens, fome e sede, os mais comuns, fazia-se necessário
o uso dela para que conseguissem fazer a viagem. Mesmo
depois de aqui aportados plantavam para seu uso pessoal
para resistirem o trabalho sem água e sem comida, além do longo período acorrentados e
açoitados, logo o uso fazia com que pudessem suportar tudo.
O seu uso tornou-se comum entre os colonizadores, apenas com um método de
satisfação. Este processo chegou aos nossos dias, através principalmente dos escravos
que chegaram à Bahia, os frutos (chamado de sementes) vieram com os viajantes.
A maconha, também chamada de cânhamo, tem uma história muito interessante de
como foi descoberto o seu efeito alucinógeno, sabemos que seus ramos eram usados
para a fabricação de tecidos.
Os egípcios usavam os seus escravos para que dentro de tanques com água e
usando os pés comprimissem até a obtenção das fibras, o problema é que após um certo
tempo, estes começavam a ter crises de alucinação, pois os componentes do vegetal,
além de penetrarem pela sola do pé, eram inalados.
Buscou-se então o que causava as alucinações, chegando-se a uma resina
chamada de haxixe, que posteriormente foi usada pelos Árabes em seus famosos

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narguiles para fumarem, este uso era para poderem resistir temperaturas do deserto, que
variam ao dia de 50º C e a noite -10º C, além de longas caminhadas.
Este nome ficou muito marcado, pois, haxixe, gerou o que conhecemos hoje como
assassino, ou seja, haxaxino (homem que faz uso do haxixe), pois as pessoas que faziam
uso da resina em crises de alucinação matavam outras sem qualquer motivo.
Hoje se tornou um problema social, o consumo é amplo em todas as classes sociais.
Em nosso país um grande número de pessoas usa ou usaram a maconha, encontrando-
se muito em uso nas escolas e presídios.
A substância encontrada na resina é o tretahidrocanabinol, esta substância não é
encontrada na variedade chamada de macho, estas não apresentam flores, logo não
terão frutos.
Estes frutos por muito tempo também foram usados como alimento para pássaros,
isto fazia que estes cantassem por muito tempo.

PARICÁ: Pitadenia peregrina Benthan. É uma árvore de grande porte, encontrada no


Brasil, conhecida pelos nossos índios como cohoba, estes usam suas sementes para os
seus rituais religiosos.
Os índios da região do Orinoco, ao sul da Amazônia, realizam todo ano a famosa
festa do Paricá, no mês de setembro, é quando as meninas têm a sua menarca (primeira
menstruação) e os meninos têm a sua primeira espermatoréia (ejaculam pela primeira
vez), isto prova que eles estão aptos casarem e constituírem uma família.
Para tanto devem passar por uma prova que comprovem estarem aptos, ou seja,
para os meninos, são introduzidos uns tipos de formiga chamados de tapicú dentro de
uma cabaça, onde estes devem introduzir o seu pênis, para as meninas estas formigas
são colocadas em uma esteira e levada ao encontro dos seus seios.
O mais crítico, não deve gritar e nem reclamar da dor provocada pelas ferroadas das
formigas.
Os pais para que seus filhos não o façam, usam de um artefato comum na tribo, as
sementes do paricá, são pulverizadas e colocadas nas narinas e no ânus de seus filhos
através de canela de Ema (ave brasileira), este trabalho começa no dia anterior a festa,
no dia seguinte todos eles encontram-se dopados por uma substância bufotenina, esta

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substância também é encontrada nos sapos (Buffo marinus), dai o seu nome.
Esclarecemos ainda que esta substância que também aparece no sapo principalmente na
cabeça e em umas bolsas especiais, apresenta efeito paralisante nos animais quando
mordem o mesmo, isto é um meio de defesa do animal.
Existe ainda uma outra espécie do mesmo gênero, a Pitadenia macrocarpa
Bentham, que suas sementes trituradas produzem um rapé alucinógeno, muito usado
pelos pagés em seus rituais de cura.
Não conhecemos o nome popular, somente o indígena, ou seja, kurupa.
O efeito alucinógeno das duas espécies pode variar de pessoa para pessoa, mas
quando acaba o seu efeito, geralmente ocasiona, cefaléia (dor de cabeça), tontura, fala
trêmula e perda da visão.
Podemos dizer que seu efeito é um grande bloqueador dos impulsos de dor,
logo não sentirão nada e ás vezes tornarem-se agressivos, podendo até matar sem
saber o que estão fazendo.
Não sabemos qual a substância que provoca a intoxicação, possivelmente seja a
bufotenina.

JUREMA BRANCA – Mimosa verucosa Bentham. É


um arbusto muito comum na Amazônia e nordeste do
país, onde se prepara uma bebida aluc inógena.
O seu efeito aparece entre 2 e 5 minutos,
provocando alucinações visuais e corporais estranhas, o
que característico é que o seu efeito só é mostrado
quando preparamos a bebida, as parte dos vegetal não
ocasionam qualquer alteração. Muito conhecido por fazer
parte de uma bebida chamada “Santo Daime”.
O seu efeito alucinógeno é dado por uma substância chamada triptamina.

CAAPI – Banisteria caapi (Spruce) Morton. É uma planta encontrada desde o México até
a Argentina, mas ficou muito conhecido em nosso país pela bebida tomada por muitos
artistas em rituais religiosos, sendo esta associada à jurema branca.

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A preparação envolvia todo um ritual místico, desde a colheita dos vegetais até sua
preparação.
O nome Santo Daime vem da hora do consumo da bebida, pois todos ao tomarem
diziam em voz alta, Santos dêem me força, Santo dai me paz, Santo dai me luz, por isso o
nome do chá muito famoso.
A intoxicação provoca visões coloridas, principalmente azuis, por isso também
conhecido como yagé = sonho azul.
A substância que provoca alucinações é a harmina e harmalina, estas substâncias
chamadas de alcalóide podem estar presentes em folhas de alguns maracujás.
Logo muito cuidado ao tomar chá feito com folhas de maracujá não identificado, pois
o principio ativo calmante está nas folhas e não nas sementes.

TROMBETEIRA = SAIA BRANCA. Datura suaveolens L. Arbusto muito


conhecido no Estado de São Paulo, aparecendo em muitas casas com
planta ornamental, mas é uma das plantas que maiores intoxicações
causam em nossas crianças, pois sempre gostam de brincar com suas
folhas, que como o próprio nome diz parece uma trombeta, e o simples
ato de colorarem as flores na boca pode causar intoxicações que sempre
vem acompanhada de alucinações.
A intoxicação é provocada por uma substância chamada de escopolamina, esta
promove os casos de alucinações, outra substância que apesar de existir em pequena
quantidade a atropina, leva ao diagnóstico da intoxicação, provocando midríase
(dilatação da pupila), esta por muito tempo foi usada pelos oftalmololgistas para dilatar a
pupila dos pacientes, para que fosse possível fazer um exame detalhado do fundo do
olho, hoje se usam derivados sintéticos da substância.

TROMBETEIRA ROXA = SAIA ROXA. Datura metel L.


Idêntica a anterior, diferenciando-se apenas por apresentar
flores roxas, os sintomas são idênticos, a intoxicação e o
diagnóstico.

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FIGUEIRA DO INFERNO. Datura stramonium L. Esta planta também é conhecida no
Brasil com os nomes de Erva do Diabo, Erva dos
Mágicos e Erva dos Feiticeiros.
Planta trazida pelos africanos para a realização de
seus rituais religiosos e até hoje é conservado por alguns
brasileiros, principalmente no nordeste.
A substância principal que provoca as alucinações
é a escopolamina, substância esta que também foi muito
usada na 2ª Guerra Mundial, pelos alemães como “Soro da Verdade”. O processo era
bem simples, torturava-se o prisioneiro até um limite crítico, quando não agüentavam
mais, ai sim se injetava escopolamina fazendo com isto a liberação total da mente do
mesmo, então contava tudo que sabia.
Esta substância também foi testada em desodorantes, como anti transpirante, mas
foi rapidamente retirada do comércio.

OUTROS VEGETAIS ALUCINÓGENOS: Estes mesmo não existindo no Brasil, chegam


de várias maneiras provocando sérios acidentes de intoxicação que devem ser relatados.

COCA – Erythroxylum coca Lamarck. Embora não sendo encontrada no Brasil, pois é
nativa no Peru e Bolívia, onde são comuns seus
habitantes mascarem as folhas misturadas a cinzas
ou pedras de cal, pois este é o meio de liberarem a
cocaína alcalóide muito potente, fazendo os
mascadores não sentirem fome e sede.
Um derivado impuro da cocaína é o craking, são
pedras de mistura de cocaína com substâncias
usadas para a sua obtenção, estas geralmente são acompanhadas de bicarbonato de
sódio, ou então mais perigoso, ácidos, como ácido sulfúrico, nítrico ou clorídrico que
quando aspirados levam a destruição dos pulmões.

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É uma droga euforizante, quando passa o efeito, é levado à depressão, logo se faz
necessário uma nova dose, isto é chamado do ciclo da cocaína, este se torna cada vez
curto, levando ao viciado a consumir cada vez mais droga para o seu prazer, o momento
mais crítico é quando passa injetar nas veias a droga, neste caso o retorno a uma vida
normal é trabalhoso e problemático.
Uma pergunta sempre nos é feita, os refrigerantes com nome derivado de coca
apresentam cocaína?
Esclarecemos que, inicialmente este foi feito como remédio para as debilidades e
cansaço, apresentavam em sua composição os derivados de coca. Com a venda da
fórmula para a indústria de refrigerantes, esta passou a ter em sua composição mais um
componente a noz de cola, semente africana muito usada em rituais religiosos, que deu a
fórmula uma coloração marrom quase negra, pois inicialmente esta se apresentava
branca esverdeada.
Logo se tinha na fórmula dois componentes altamente potentes para os casos de
debilidade, ou seja, a cocaína das folhas de coca e a cafeína das sementes de noz de
cola. Hoje não é permitida em hipótese nenhuma esta componente em refrigerantes.
Os refrigerantes derivados do nome coca, apresentar esta coloração pela adição de
caramelo.

PEYOTE – Lophophora williamsii Lamarck. É um cacto encontrado no México,


encontrando-se algumas espécies no Brasil, principalmente nas
regiões nordestinas, com efeitos semelhantes ao mexicano.
Era usado no período pré-colombiano, pelos índios
mexicanos para cerimônias religiosas.
A substância que provoca alucinações é a mescalina, que
possui efeitos semelhantes ao LSD.
Este cacto seco produz uma bebida chamada mescal com um efeito alucinógeno de ação
prolongada com visões colorida e de efeito descontínuo, ou seja, o viciado para de ter
visões por certo tempo, mas a qualquer momento as alucinações retornam.

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NOZ MOSCADA – Myristica fragans Houltuyn. Sim a nossa famosa noz moscada,
apresenta princípios alucinógenos, comprovou-se que a
administração de um chá preparado com uma colher de sopa do pó
da semente em um copo com água provoca alucinações.
Este fato é muito característico em determinadas mães que
administram chás feitos com a semente para seus filhos dormirem e
não às incomodarem.
A substância que provoca alucinações é a miristicina que tem ação
semelhante a mescalina (aquela do peyote).

COGUMELOS: Algumas espécies de cogumelos também provocam alucinações,


podendo até causar a morte.
Estes são muito problemáticos, pois existem cerca de 15.000 espécies deles
espalhados pelo mundo. O mais tóxico deles é a Amanita muscaria, que tem como
componente alucinógeno a muscarina (aquela do cacto peyote), só que no caso a
quantidade é maior, logo podendo provocar a morte.
Existe um animal que come este cogumelo e não morre, que são os alces. Fato
interessante, é que durante as nevadas para resistirem ao frio intenso, os alces comem os
cogumelos, depois do alimento transformado pelos intestinos, este urina e com ela sai
grande quantidade de muscarina, os outros para aproveitar a substância pura eliminada,
comem o gelo, logo tem o seu efeito alucinógeno mais rápido que as outras que comeram
os cogumelos, pois o organismo do animal já elimina a muscarina purificada.

ALGUMAS FÓRMULAS FARMACÊUTICAS COM DROGAS VEGETAIS E PLANTAS


MEDICINAIS

FÓRMULA - 1
Cânfora.....................................................................................4 g.
Extrato seco de estramônio.....................................................20 g.

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Extrato seco de beladona....................................................... 20 g.
Salicilato de metilo....................................................................12g.
Mentol.........................................................................................4 g.
Óleo mineral.................q.s.p...................................................200 g.

Linimento de uso externo para dores musculares, ciática, lumbago, contusões e entorses.
Aplicar em massagens leves.

FÓRMULA - 2
Extrato seco de Boldo ........................................................ 25 mg.
Extrato seco de Alcachofra ................................................ 20 mg.
Extrato seco de Cardo Santo.............................................. 20 mg.
Extrato seco de Arnica........................................................ 20 mg.
Extrato seco de alcaçuz ......................................................15 mg.
Excipiente.......................q.s.p............................................250 mg.
Colagogo, colerético e diurético.
Tomar três cápsulas ao dia, preferencialmente após as refeições.

FÓRMULA - 3
Tintura de Hortelã.................................................................35 mL.
Tintura de Camomila.............................................................25 mL.
Tintura de Mil Ramas.............................................................15 mL.
Tintura de Badiana.................................................................25 mL.
Excipiente..............................q.s.p........................................200 mL.
Antispasmódico de musculatura ação leve.
Tomar 40 gotas durante os períodos de dolorosos, indicado também em cólicas
menstruais.

FÓRMULA – 4
Tintura de Cabelo de Milho..................................................50 mL.
Tintura de abacate.............................................................. 35 mL.

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Tintura de Hortelã................................................................ 15 mL.
Excipiente...............................q.s.p.................................... 200 mL.
Diurético e antisséptico das vias urinárias.
Tomar 40 gotas três vezes ao dia.

FÓRMULA - 5
Extrato seco de Fucus........................................................ 25 mg.
Spirulina............................................................................ 200 mg.
Goma Guar....................................................................... 275 mg.
Auxiliar no tratamento emagrecedor, onde é associado um laxante brando, um
suplemento protéico e a goma irão absorver toda gordura e açúcar.
Tomar uma cápsula 30 minutos antes das refeições.
Esta fórmula na Europa e preconizada para uso.

FÓRMULA – 6
Tintura de Tussilago............................................................ 20 mL.
Óleo essencial de E. globulus............................................. 0,2 mL.
Tintura de Sabugueiro......................................................... 20 mL.
Tintura de Hortelã.................................................................15 mL.
Tintura de Tomilho................................................................15 mL.
Xarope...........................q.s.p..............................................150 mL.
Excelente xarope para tosse, também emoliente da mucosidade das vias respiratórias.
Dose adulta: uma colher de sopa três vezes ao dia.
Dose infantil: uma colher de chá três vezes ao dia.

FÓRMULA – 7
Tintura de Valeriana............................................................ 16 mL.
Tintura de Tussilago............................................................ 16 mL.
Tintura de Altea.....................................................................20 mL.
Tintura de Pulmonária.......................................................... 16 mL.
Tintura de Melissa................................................................ 16 mL.

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Xarope..............................q.s.p.......................................... 150 mL.
Uma modificação do xarope acima, com vantagem de ser também um sedativo leve, mas
desaconselhável para crianças.
A dose é a mesma.

FÓRMULA – 8
Tintura de Melissa.............................................................. 16 mL.
Tintura de Tília.................................................................... 16 mL.
Tintura de Valeriana........................................................... 16 mL.
Tintura de Camomila........................................................... 8 mL.
Tintura de Maracujá.............................................................. 8 mL.
Tintura de Verbena............................................................... 8 mL.
Veiculo...........................q.s.p............................................. 150 mL.
Fórmula calmante e sedativa leva.
Dose adulta: 40 gotas diluídas em água 30 minutos antes de deitar-se.
Desaconselhável para crianças.
.
FÓRMULA – 9
Cânfora................................................................................... 5 g.
Mentol....................................................................................2,5 g.
Óleo essencial de Pinho...........................................................5 g.
Óleo essencial de E. globulus................................................1,5 g..
Timol.................................................................................... 0,25 g.
Bálsamo do Peru..................................................................0,75 g.
Linimento...................................q.s.p................................. 100 mL.
Linimento de uso externo para dores musculares, entorses e contusões em geral.
Aplicar sobre a parte afetada em massagens leve.

FÓRMULA – 10
Extrato seco de fucus......................................................... 45 mg.
Spirulina.............................................................................. 45 mL.

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Extrato seco de Abacaxi..................................................... 10 mL.
Excelente auxiliar no tratamento do emagrecimento, pois associamos um laxante leve
(fucus), um suplemento protéico (spirulina) e um excelente digestivo de gordura (abacaxi).
Tomar duas cápsulas antes das refeições.

FÓRMULA – 11
Extrato seco de Arnica.......................................................150 mg.
Salicilato de metilo........... .................................................150 mg.
Mentol................................................................................. 35 mg.
Pomada simples..............q.s.p...............................................15 g.
Outro linimento de ação sobre a musculatura, entorses e contusões.

Não foram colocadas fórmulas com Hipérico, Kawa Kawa, Equinácea e outros
vegetais que ainda estão em estudo, pois são vegetais que requerem um certo cuidado
nas preparações, por apresentarem alguns componentes considerados tóxicos ao sistema
hepático.
Mas para fins de curiosidade abaixo estão algumas fórmulas, porém, mas não se sabe se
poderão ser desenvolvidas em farmácias de manipulação, pelo menos por enquanto:
Existem fórmulas facilimas de manipular, como:
Xarope de Alcaçuz: que preparado a 10% de extrato fluído de alcaçuz em xarope
simples, basta adicionar, conservante, pode ser substituido o xarope simples por sorbitol
para uso de diabéticos.
Excellente antisséptico das vias respiratórias.
Xarope de Ameixa: também preparado a 10% de extrato fluído de ameixa em xarope
simples, adicionar também conservante.
Excelente laxante leve.
Xarope de Chicórea: preparado a 10% de extrato fluido de chicórea.
Excelente para as cólicas provocadas por gases intestinais.
Existe ainda uma preparação rápida excelente para rachaduras dos pés e mãos, feita com
cânfora a 10% em glicerina. Esfregar as partes afetadas três vezes ao dia.

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TIPOS DE MEDICINAS ALTERNATIVAS QUE USAM DROGAS VEGETAIS E
PLANTAS MEDICINAIS

HOMEOPATIA
Como se sabe os seus princípios baseiam-se “semelhante cura semelhante”, ou
seja, a doença deve ser tratrada com uma substância capaz de produzir sintomas
semelhantes aos que o paciente apresenta.
O médico grego Hipócrates é considerado o precursor deste principio, pois
considerava a cura das doenças pelas forças naturais e não influência divina.
Ele tinha como base observar atentamente o paciente e seus sintomas para chegar
a um diagnóstico. Acreditava que para escolha do medicamento adequado era preciso
estimulá-lo.
Hipócrates tinha uma coleção de centenas de medicamentos, entre um deles o que
melhor caracteriza este princípio, a raiz do Heloboro branco (Veratrum album) usado no
tratamento da cólera. Em grandes doses é extremamente venenosa, pois provocam
evacuações violentas, levando a desidratação grave, sintoma semelhante aos da cólera.
Porém, a maioria dos tratamentos atuais baseia-se na Lei dos Contrários, que afirma
que devem tratar as efermidades com substâncias de produzir os sintomas opostos numa
pessoa saudável. Tratar a diarréia com uma substância como o hidróxido de alumínio.
Que provoca prisão de ventre, é um exemplo de tratamento que segue os princípios da
Lei dos Contrários.
Theophrastus Bombastus von Hohenheim, que adotou o nome de Paracelsus, em
homenagem a Celsus e também indicando que havia ultrapassado o grau de intelilgência
deste, criou um sistema novo na medicina da época, o Princípio das Assianturas, o
exemplo masis comum era da Celidônia (Chelidonium majus), usado no tratamento do
fígado e vesícula, porque este apresentava um suco de coloração amarela semelhante a
bilis. Este também acreditava que substâncias venenosas que causavam doenças
poderiam curá-las, em pequenas doses, e que os médicos deveriam levar em
consideração a capacidade do corpo humano curar-se. Este foi o primeiro príncipio do

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“semelhante cura semelhante”, este fato levou a um descrédito nos seus colegas, mas
este fato somente foi reconhecido 300 anos depois com o aparecimento da Homeopatia.
Nascido em Meissen, Alemanha, em 1755, Samuel Christian Hahnemann, apesar de sua
origem humilde, estudou química e medicina nas Universidades de Leipzig, Erlangen e
Viena, formando-se em 1779, montou sua clínica em Viena.
Com o baixo rendimento obtido na clínica, resolveu escrever artigos médicos para
complementar a sua renda, neste criticava abertamente os métodos usados na época
para tratamento dos doentes, processos estes drásticos ditos por ele, ou seja, sangria,
purgantes e dose elevadas de substâncias químicas, que mais causavam efeitos
colaterais do que cura.
O princípio por ele preconizado baseava-se em uma alimentação mais saudável,
melhores condições de higiene e de habitação.
Tal fato chocou não só seus colegas, mas também a população, pois nesta época
como ocorre atualmente às clínicas viviam repletas de doentes, e ainda ele preconizava
banhos frequente e roupas de cama limpas.
Desiludido da profissão abandonou-a, começando a trabalhar como tradutor.
No final do século XVIII, a Europa entrou num período de grandes convulsões e
mudanças sociais. Com a chegada da Revolução Industrial, a medicina sofreu grandes
transformações e avanços, com a identificação e extração de princípios ativos de
inúmeros vegetais. A grande descoberta da época foi à morfina, isolada em 1803 na
Alemanha por Friedrich Serturner da resina do ópio retirada de papoulas branca.
Em 1790, quando traduzia o Tratado de Matéria Médica do químico e médico
escocês Wiliam Cullem, notou algo interessante sobre um vegetal chamado Quina, que
viria a mudar totalmente a sua vida. No livro Cullen afirmava que a substância extraída
das suas cascas (quinino), era um bom tratamento para malária devido a sua ação
adstringente. Para Hahnemann isto não fazia sentido, pois conhecia outras espécies mais
adstringestes e não surtia efeito para malária.
Diante do fato começou estudá-la melhor. Durante dias tomou dose de quinino,
registrando as suas reações. Notou que apesar de não estar com malária tinha os
mesmos sintomas, os quais repetiam-se quando ele tomava doses de quinino e os
sistomas duravam algumas horas. Notou também que não tinha os sintomas quando não

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tomava quinino. Seria por isso que curava a malária? Para testar esta ação começou a
dar doses de quinino a algumas pessoas que chamava de “provas” e anotar
ninunciosamenteas reações. Passou então, a repetir o processo utilizando outras
substâncias empregadas como medicamentos na época, como arsênico e beladona.
Suas provas eram realizadas sob um rigor extremo, não permitindo ele que as
pessoas submetidas aos testes não comessem ou bebessem nada que pudesse
confundir os testes, tais como álcool, chá, café ou alimentos salgados ou condimentados.
Ele descrobiu que as reações eram as mais variadas possíveis, algumas reagiam
suavemente às substâncias testadas e outras tinham reações vigorosas.
Dividiu então em três linhas, a primeira mais frequente e relativo a cada substância,
chamamos de primeira linha; os de segunda linha eram menos comuns; e os de terceira
linha eram raros. A combinação dos sintomas chamos de “perfil da droga”.
Hahnemann continuou a realizar suas experiências e provas, testando uma grande
quantidade de fontes naturais. Com isto ele havia redescoberto o princípio da Homeopatia
“semelhante cura semelhante”, sua obra estabeleceu novas bases para a terapia em
medicina.
Esta modalidade hoje é aceita em quase todos países do mundo, aplicando-se
principalmente em atendimento de saúde pública.
No Brasil foi implantado em alguns Postos de Saúde, para um atendimento de custo
mais barato.
A Homeopatia atualmente utiliza em suas formulações aproximadamente 900
espécies vegetais.

AROMATERAPIA
Como o próprio nome bem o diz, é o tratamento usando óleos essenciais como
princípio medicamentoso.
Os óleos essenciais apareceram inicialmente no Egito, considerado o berço da
medicina, perfumaria e farmácia, há mais de 6.000 mil anos.
As plantas aromáticas vinham de todas as partes do mundo, carregadas por
caravanas ou embarcações, o Cedro vinha do Líbano, Rosas da Síria, Mirra, Canela e
Cravo da Babilônia, Etiópia, Somália, Pérsia e Índia.

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Todas as preparações eram supervisionadas por sacerdotes, as quais eram feitas
em templos, onde se liam as fórmulas e entoavam cânticos.
Estas preparações podiam durar dias ou mesmo meses, até atingir a fragrância
desejada, para a utilização em cerimônias.
Estes não eram só usados em cerimônias ritualísticas, mas tinham também a
preocupação com a saúde e higiene, conhecia também o uso para o corpo e a psique.
Muitos destes eram usados tanto pela sua qualidade de fragrância quanto por seu poder
de cura. Havia na época uma fragrância "KEPHI", por exemplo, era usado tanto com anti-
séptico, balsâmico e tranqüilizante, como perfume.
Os Egípcios também praticavam a arte da massagem e eram especialistas em
cuidados com a pele e cosmetologia. Seus produtos eram famosos por todo mundo
civilizado.
Mercadores fenícios exportavam ungüentos, óleos perfumados, cremes e vinhos
aromáticos para todo mundo mediterrâneo e península arábica.
O embalsamamento era um dos principais usos das substâncias aromáticas. Depois
da retirada dos órgãos internos do corpo, introduziam-se perfumes e resinas. O poder
antisséptico dos óleos essenciais é tão grande que os tecidos ainda se apresentam em
bom estado, milhares de anos depois. No século XVII, colocavam-se à venda na Europa
múmias que os médicos destilavam e usavam como ingredientes de inúmeros remédios.
O uso das substâncias aromáticas disseminou-se para Israel, Grécia, Itália e todo
mundo mediterrâneo. Cada cultura e civilização, desde a mais primitiva até a mais
sofisticada, desenvolveu sua própria prática de perfumaria e cosmética.
A Índia é provavelmente o único lugar no mundo que esta tradição não morreu. Com
mais de 10.000 anos de prática contínua, a medicina AYURVÉDICA (Aromoterapia) é a
mais antiga forma de prática médica.
Os Vedas, o livro mais sagrado da Índia e um dos mais antigos que se tem notícia,
mencionam mais de 700 produtos diferentes, como canela, coentro, gengibre, mirra e
sândalo. Os Vedas codifica os usos dos perfumes e substâncias aromáticas para fins
litúrgicos e terapêuticos.

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ALQUIMIA
Na Europa, com o aparecimento do cristianismo e a queda do Império Romano,
marcaram o início de um longo período de barbarismo e um declínio de todas as culturas.
O renascimento ocorreu graças aos povos Árabes. As atividades culturais
floresceram, bem como as artes. A civilização árabe alcançou um grau de refinamento
inigualável.
Os filósofos dedicaram-se a arte da alquimia, cuja origem é atribuída ao deus
TEHUTI. Eles reavivaram o uso das substâncias aromáticas em medicina e perfumaria,
das quais aperfeiçoaram todos os usos.
O grande filósofo AVICENA inventou a serpentina refrigerada, o que foi um grande
avanço na destilação dos óleos essenciais.
A alquimia, provavelmente introduzida na Europa pelos cruzados que voltavam da
Terra Santa, era de fato uma busca espiritual, e as diferentes operações realizadas pelo
adepto simbolizavam os processos que aconteciam dentro dele. A destilação era o
símbolo da purificação e a concentração das forças espirituais
Segundo teoria dos alquimistas da época, tudo na natureza, desde a areia as pedras
até as plantas e as pessoas, eram feitas de um corpo físico, uma alma e um espírito. De
acordo com o princípio básico "solve e coagula" (dissolve e coagula), a arte consistia em
dissolver o corpo físico e condensar a alma e o espírito, continham todo poder curativo,
extraindo assim a sua QUINTESSÊNCIA. O material era destilado diversas vezes com a
finalidade de remover todas as impurezas e os produtos finais eram remédios
poderosíssimos.
Com expansão dessa arte misteriosa, aumentou o número de substâncias tratadas
para a extração das essências. Essas QUINTESSÊNCIAS eram bases da maioria dos
remédios, e durante séculos os óleos essenciais foram os únicos meios de combater as
doenças epidêmicas.

DECLÍNIO E A NOVA EXPANSÃO


Durante o renascimento, o uso de óleos essenciais expandiu-se para a perfumaria e
a cosmética. Com os novos progressos nas áreas da química e destilação, a produção de

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elixires, bálsamos, água de cheiro, óleos aromáticos e ungüentos para uso médico, e
cuidados com a pele floresceu.
NICHOLAS LEMERY, médico particular de LUIZ XIV, descreu vários desses
preparados no seu DICIONAIRE DES DROGUES SIMPLES, alguns sobreviveram até
hoje: a água de melissa e água de colônia, estas fabricadas até hoje.
Com o advento da ciência moderna, no século XIX, houve um grande declínio de
todas estas formas de terapia vegetal. Os cientistas tinham uma visão simplista e
ingênua do mundo.
Quando os primeiros alcalóides foram descobertos, os cientistas acharam melhor
guardar apenas os princípios ativos mais importantes das plantas, para reproduzi-los em
laboratório. Assim eles descobriram e produziram a PENICILINA (a partir de um bolor que
se cria naturalmente no pão), a aspirina (encontrada no Salix, Bétula, Gautéria e na
Ulmaria), antibióticos e outros.
Sem negar o valor óbvio de muitas descobertas científicas, é preciso reconhecer que
a visão muito estreita dos profissionais de medicina moderna levou a alguns abusos.
Os microorganismos se adaptam aos antibióticos com mais rapidez do que o
homem, tornando-os ineficazes e perigosos para o homem. Os corticóides têm efeitos
colaterais terríveis. Soníferos, antidepressivos e anfetaminas causam dependência.
No início deste século, alguns cientistas houveram por bem buscar no antigo
conhecimento acumulado através dos tempos.
Neste desenvolvimento R.M. GATTEFOSSE criou a AROMATERAPIA, tendo esta
evoluída a ponto de médicos NATUROPATAS usarem única e exclusivamente óleos
essenciais em tratamentos de doenças comuns.

COMO USAR OS ÓLEOS ESSENCIAIS


Os óleos essenciais são extratos vegetais altamente concentrados que funcionam
como poderosos medicamentos e, portanto não se deve abusar do seu uso. Cada gota
equivale a aproximadamente 30 gramas de material vegetal. Daí a importância de
respeitarem-se às doses indicadas e lembrar que, na maioria das vezes são potentes em
doses muito pequenas.

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Os óleos essenciais podem ser usados: por ingestão; externamente pela pele
(massagens, banhos e fricções); para cuidar da pele e como cosmético (massagens
faciais, compressas, máscaras, loções e cremes; cuidar dos cabelos; sistema respiratório,
inalações e nebulizações). Também pode ser injetado, mas este uso deve ser
estritamente limitado à prática médica.
Quer usado interno quer externamente, os óleos essenciais difundem-se pela pele e
membranas, penetrando no interior dos tecidos e do sistema circulatório. Por isso a
aplicação externa é de maneira muito eficaz de tratar órgãos específicos. De um modo
geral, indica-se a ingestão para casos de doenças infecciosas e para ação no sistema
digestivo (garganta, estômago, fígado, etc.), embora também seja de grande ajuda à
massagem na região correspondente.
O nebulizador é provavelmente o modo mais conveniente de se beneficiar dos
efeitos dos óleos essenciais. É recomendado para todas as doenças relacionadas com os
pulmões, coração, cérebro e sangue.

USO INTERNO
Os óleos podem ser ingeridos sem diluição prévia misturados há um pouco de
açúcar ou mel. Neste caso, é extremamente importante usar doses exatas. Qualquer óleo
pode ser perigoso em doses elevadas; os mais tóxicos, em ordem decrescente, são:
Arruda, Tuia, Artemísia, Hissopo, Anis e Funcho.
De um modo geral, para todo óleo usado internamente, a dose máxima deve ser
cinco gotas três vezes por dia.
Para um uso interno mais flexível e conveniente, os óleos essenciais podem ser
diluídos em álcool etílico (ou óleo de amêndoa doce para crianças e pessoas que não
toleram álcool).
Procedimento:
Misture 7 g de óleo essencial em 110 ml de álcool etílico 90%. A dose média é de 25
gotas três vezes por dia, ingerida num copo de água morna ou em chá de ervas, entre as
refeições. Dose máxima 150 gotas por dia

--------------- FIM DO MÓDULO IV ---------------

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