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PLANO DE CARREIRA E
REMUNERAÇÃO DO
MAGISTÉRIO PÚBLICO
FUNDESCOLA /MEC
FUNDESCOLA
EQUIPE TECNICA
Monica Giogo
GERENTE DE CAPACITAÇÃO DE AGENTES DIRETOS DO FUNDESCOLA/ME
Eliane de Carvalho
TECNICA DA GERENCIA DE CAPACITAÇÃO DE AGENTES DIRETOS DO FUNDESCOLA/ME
EDIÇÃO DE TEXTO
PROJETO GRÁFICO
Francisco Villela
EDIÇÃO GRÁFICA
Cecilia Olheira
CAPA E ABERTURAS
Alexandre Dunguel
IMPRESSO NO BRASIL
PREFÁCIO
Desde 1988, com a promulgação da Constituição Federal, sopram novos
ventos no Brasil que direcionam o país para a descentralização dos recursos e
serviços públicos, e encaminham a sociedade brasileira para maior controle
social e participação no debate sobre o papel do Estado e as competências dos
entes federados. Produto de um longo processo histórico, o federalismo brasileiro
passou por períodos de centralização e descentralização, o que resultou em
relacionamentos hierárquicos e não racionais entre os entes federados. Esses
novos ventos, soprados pela Constituição Federal de 1988, buscam
institucionalizar a descentralização, de forma a se consolidar um processo
irreversível na organização do Estado brasileiro. Não obstante tenham-se
implantado mecanismos como o FUNDEP e o SUS, muito ainda há que ser feito
para que o aumento de responsabilidade dos municípios no provimento dos
serviços públicos seja acompanhado da adequada distribuição dos recursos
financeiros, possibilitando assim o atendimento à população com serviços de
qualidade.
As áreas sociais fundamentais - saúde e educação - têm sido crescentemente
providas pelas prefeituras municipais. A Constituição de 1988, ao transferir mais
encargos aos municípios, tinha por objetivo melhorar a eficiência do serviço
público. A própria Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 1996, ao
definir com clareza as competências dos entes federados no provimento da
educação escolar, institucionaliza essa política de descentralização para o setor, e
avança no sentido de reconhecer e garantir a autonomia financeira, pedagógica e
administrativa da escola.
Vale ressaltar ainda que, nos últimos três anos, em razão da implementação
do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de
Valorização do Magistério (FUNDEF) e da adoção de políticas de municipalização
em diversos estados, as redes municipais registraram crescimento de 29,9% nas
matrículas do ensino fundamental, enquanto se nota que as redes estaduais vêm
gradativamente reduzindo a sua participação nesse nível de ensino. Resultados de
Censo Escolar de 99 indicam que as matrículas públicas do ensino fundamental
estão praticamente distribuídas igualmente entre as redes estaduais e municipais:
50% e 49%, respectivamente. Nas regiões Norte e Nordeste, essa distribuição é
ainda mais favorável à educação municipal: 50% e 64%, respectivamente. A
região Centro-Oeste apresenta um percentual bem inferior, 34%, mas com taxas
de crescimento que apontam para a mesma tendência de municipalização do
ensino fundamental em todo o país.
O fortalecimento da educação municipal, hoje responsável por tão significativa
parcela das matrículas do ensino fundamental e pela educação infantil, passa
necessariamente pelo fortalecimento da gestão educacional no âmbito das
secretarias municipais de Educação.
E nesse contexto que o Programa de Apoio aos Secretários Municipais de
Educação - PRASEM, promovido pelo Fundo de Fortalecimento da Escola -
FUNDESCOLA do Ministério da Educação, vem capacitando dirigentes municipais
nas questões relacionadas à gestão educacional. Destaca-se, entre essas questões,
a dimensão da gestão dos recursos humanos, e, em conseqüência, a elaboração
do Plano de Carreira e Remuneração do Magistério Público.
Em cumprimento aos artigos 211 da CF e 9º da Lei nº 9 394/96 (LDB), que
dispõe sobre a prestação de assistência técnica aos municípios por parte da
União, o Ministério da Educação, por meio do Fundescola, elaborou esse
documento com o objetivo de auxiliar os municípios brasileiros na criação c
implantação dos novos planos de carreira e remuneração do magistério público
municipal.
Baseado na legislação federal vigente, o presente documento não pretende
ser exaustivo sobre a matéria, porém constitui importante referencial para
elaboração dos novos planos de carreira, na qual a função de docência e o
desempenho profissional são valorizados. Esse estudo é inovador ao introduzir
nova concepção de carreira, fundamentada nos dispositivos legais, c contribui
para a valorização do magistério acompanhada da melhoria na qualidade da
educação escolar.
O Fundo de Fortalecimento da Escola - FUDESCOLA, do Ministério da
Educação, agradece a contribuição da Câmara de Educação Básica do Conselho
Nacional de Educação, do Conselho de Secretários Estaduais de Educação
(CONSED), da União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação
(UNDIME), da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação e de
todos os técnicos e especialistas que discutiram e ofereceram sugestões para o
aprimoramento do texto. A dedicação, competência, seriedade e empenho da
equipe de elaboração superou as expectativas da Coordenação do PRASEM/
FUNDESCOLA. Registre-se a valiosa contribuição do prof. Adhemar Dutra na
discussão sobre o regime jurídico, e destaquem-se os nomes do prof. Ricardo
Martins c da profa. Sônia Balzano. Menção especial deve ser feita à profa.
Mariza Abreu, pelo empenho e a persistente dedicação.
1. APRESENTAÇÃO ..... 11
2. CONTEXTUALIZAÇÃO .... 15
14. CONCEITOS......201
CAP.1 APRESENTAÇÃO
LANO DE CARREIRA E REMUNERAÇÃO 00 MAGISTERIO PÚBLICO
1
O Grupo de Trabalho do Plano de Carreira do FUNDESCOLA/MEC esteve presente em reunião
da Câmara de Educação Básica do CNE:, realizada em 6 de abril de 1999, e reuniu-se com
técnicos indicados pelo CONSED, Em 31 de maio > e 7 de abril, e pela UNDIME, em 6 de abril do
mesmo ano
PLANO DE CARREIRA E
REMUNERAÇÃO DO
MAGISTÉRIO PÚBLICO
CAP. 2. CONTEXTUALIZAÇÃO
Entre os princípios com base nos quais a educação escolar deve ser ministrada no
país, a Constituição Federal de 1988 (art. 206, V) inscreve a valorização dos
profissionais do ensino, garantindo planos de carreira para o magistério público,
com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso público de
provas e títulos. Esse dispositivo constitucional revela a tomada de consciência
de amplos setores da sociedade sobre a baixa qualidade da escola pública
oferecida à maioria dos brasileiros e a desvalorização profissional vivenciada
pelos professores na segunda metade deste século.
O processo de desvalorização do magistério coincide com a explosão das
matrículas no país. Em 1950, apenas 36% dos brasileiros entre 7 e 14 anos
tinham acesso à escola, pois a exclusão social se dava pela não-absorção da
maioria da população pelos sistemas de ensino. Nas décadas posteriores, a taxa
de escolarização da população brasileira cresceu em ritmo intenso, chegando a
96% em 1998. Esse crescimento é conseqüência da industrialização e
urbanização aceleradas, resultantes da implantação do modelo de
desenvolvimento baseado na produção de bens de consumo duráveis e bens de
capital, e da crescente pressão dos setores populares urbanos por acesso aos
serviços básicos, entre eles a educação.
A escola pública brasileira, que antes atendia basicamente à classe média,
passou a incorporar os setores populares. com uma taxa de escolarização na
década atual de mais de 90%, firmou-se o entendimento de que o principal
problema da educação no país não é mais quantitativo c sim qualitativo. com o
acesso à escola já assegurado para a maioria, trata-se de garantir a permanência
dos matriculados, o regresso dos que se evadiram e o sucesso de todos no ensino
fundamental.
Como a explosão das matrículas verificada nos últimos quarenta anos não
foi acompanhada por crescimento proporcional de recursos públicos
CAPÍTULO 2 — CONTEXTUALIZAÇÃO
Essa redução de recursos financeiros por aluno, facilmente constatada a partir da observação da
realidade educacional brasileira, precisa ser objeto de estudos que permitam sua quantificação, a
partir da analise, desde pelo menos 1940, das relações entre a evolução da arrecadação geral de
impostos, dos impostos vinculados para a educação, da população escolarizável e da matricula na
população de 7 a 14 anos.
3
.OLIVEIRA, João Batista Araújo e. Salário dos Professores — Relatório apresentado ao CONSED
— Conselho de Secretários Estaduais de Educação. Brasília, março de 1997, página 26.
PLANO DE CARREIRA E REMUNERAÇÃO DO MAGISTÉRIO PÚBLICO
5
nº verdade, deve ser considerada tôda a legislação relacionada nº bibliografia, item 16.1, deste
trabalho.
PLANO 0E CARREIRA E REMUNERAÇÃO DO MAGISTERIO PUBLICO
6
' As informações apresentadas neste trabalho, relativas à análise dos planos de carreira, nem sempre
fazem referência à totalidade dos planos estudados (22), pois certos aspectos considerados não
estão presentes em todos eles. Os dados entre parênteses indicam o número de planos de carreira
em que o fato se verifica.
CAPITULO 2 — CONTEXTUALIZAÇÃO
8
OLIVEIRA, João Batista Araújo c. Salário dos Professores - Relatório apresentado ao CONSED -
Conselho dos Secretarios Estaduais de Educação. Brasília, março de 1997, página 10.
PUNO DE CARREIRA E REMUNERAÇÃO DO MAGISTÉRIO PUBLICO
9
Quanto à estabilidade no emprego no regime estatutário, essas condições estão hoje modificadas,
pois, a partir da reforma administrativa, a Constituição Federal prevê a possibilidade de
exoneração de servidor por insuficiência de desempenho.
PLANO DE
CARREIRA. E
REMUNERAÇÃO DO
MAGISTÉRIO PUBLICO
10
No âmbito federal, já se reservava o regime estatutário para as atribuições tidas como peculiares do
Estado, como as pertinentes à diplomacia e à segurança pública. Admitia-se, ademais, a execução
indireta de certas atividades, por meio de contratos, quando inexistentes cargos ou funções no
quadro de pessoal do órgão público para execução dessas tarefas. (p.e., ST|, RIP 30359/RJ, DJ de
28/03/94, p. 6 314)
CAPITULO 3 — REGIME JURÍDICO
"A palavra cargo (ou cargos) nesse texto deve ser entendida com sentido genérico, abrangendo
empregos.
12
A transferência de despesas para o futuro mascara a real situação financeira do município. Essa
alternativa, embora pareça conveniente do ponto de vista imediatista, pode condenar à
inadimplência futura, como já se observa em vários casos em que o poder público se vê incapa/ de
responder aos encargos decorrentes das obrigações com aposentadoria acumuladas no tempo. O
mesmo ocorre quando o município opta pelo regime estatutário apenas como forma de se ver livre
dos encargos devidos ao INSS, de vez que, incapaz de cumprir essa obrigação, deixará igualmente
de recolher os encargos devidos à entidade de previdência local, desequilibrando sua saúde
econômico-financeira.
PLANO DE CARREIRA E REMUNERAÇÃO DO MAGISTERIO PÚBLICO
Insumido por lei (da União, dos estados, do Sujeito a alterações por lei federal.
D i s t r i t o Federal ou dos municípios), em A adoção do regime c determinada por lei
relação ao respectivo servidor. local.
Ingresso por concurso público (.art. 37, II da Ingresso por concurso público (art 37, 11 da
Constituição Constitua
Estabilidade do servidor público após três Direito a:
anos de efetivo exercicio. 1. fundo de garantia (FGTS);
Possibilidades de perda do cargo previstas 2. aviso prévio;
na Constituição Federal.
3. seguro-desemprego.
\ ausencia da estabilidade não submete o
servidor a dispensa imotivada.
Direitos dos servidores, relativos ao trabalho, Direito s dos trabalhadores constantes dos
constantes de quinze incisos do artigo 7º da trinta e quatro incisos do artigo 7º da
Constituição Federal (art. 39, S 3º) Constituiç ã o Federal
13
As relações funcionais sobre os senadores estatutários são da competencia da Justiça comum,
lederai ou estadual, enquanto as pertinentes aos servidores celetistas são da esfera da Justiça
do Trabalho (STF, CJ- 6829/SP, DJ de 14/4/89, p. 05457). " \ I menda Constitucional nº 19/98 incluiu
duas circunstancias em que se pode dar a perda
do cargo de servidor estável: por insuficiência de desempenho (art. 41, § 1º. 111) e quando as
despesas com pessoal ultrapassarem o teto constitucional (art. 169, § 4º).
PUNO DE CARREIRA E REMUNERAÇÃO DO MAGISTÉRIO PÚBLICO
15
São as atividades ditas exclusivas do Estado, por meio das quais se exerce o poder de
regulamentar, fiscalizar e fomentar. O regime estatutário seria mantido apenas para essas
atividades, adotando-se o regime celetista (ou um regime híbrido, ainda não definido) para as
denominadas atividades não exclusivas, ou seja, aquelas que o Estado desenvolve
simultaneamente com outras organizações, públicas não estatais ou privadas. Aqui se
enquadram os serviços de educação ou de saúde, citando-se, como exemplo, as universidades,
os hospitais, os centros de pesquisa e os museus. (Plano Diretor da Reforma do Aparelho do
Estado, Imprensa Nacional, novembro de 1995, pp. 52 e seguintes).
16
"À Administração Pública não é reconhecido o direito potestativo de fazer cessar relação
jurídica mantida com servidor." (STI-. RMS- 21485/DF-, 2a Turma, 01/09/92).
17
A aposentadoria especial do professor é mantida em relação à educação básica (educação infantil e
ensino fundamental e médio), para ambos os regimes jurídicos.
CAPITULO 3 — REGIME JURÍDICO
18
O sistema opera cm razão das contribuições dos segurados, a partir das quais, consideradas outras
variáveis relevantes, como valor e tempo de contribuição, universo de segurados e composição
etária, são tecnicamente estabelecidos os valores de aposentadoria.
19
O parágrafo 15 do artigo 40 da Constituição Federal estabelece que '"a União, os Estados, o
Distrito Federal c os Municípios, desde que instituam regime de previdência complementar para os
seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das
aposentadorias c pensões a serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo
estabelecido para os benefícios do regime geral de previdencia social de que t r a i a • < art. 201".
Nesse contexto, regime previdenciário próprio do servidor titular de cargo efetivo, de caráter
compulsório, ê aquele a que se refere o artigo 40, enquanto regime de previdência complementar é
aquele destinado a permitir que o segurado voluntariamente complemente o valor do benefício de
aposentadoria c pensão do primeiro, segundo as regras peculiares desse sistema complementar.
20
No sistema de repartição simples, o produto da arrecadação com contribuições destina-se
diretamente ao pagamento dos benefícios. A menos que se trate de sistemas ainda novos, quando o
volume de obrigações com benefícios é pequeno, c como não c possível manter-se sempre um
aumento necessário do número de segurados ou dos valores de contribuição, a receita tende a ser
insuficiente, a partir do momento cm que o volume de benefícios passa a ser significativo, para
cobrir as despesas (mesmo quando o poder público cumpre sistematicamente sua obrigação de
recolher os encargos de empregador). Assim é que o Tesouro acaba por ter de assumir a
responsabilidade pelo pagamento dos benefícios.
PLANO DE CARREIRA E REMUNERAÇÃO DO MAGISTÉRIO PÚBLICO
21
A CNTC manifestou sua opção pelo regime estatutário para os novos planos de carreira e a
numeração do magistério público (Oficio nº 009/99 SAE, de 12 de maio de 1999).
PLANO DE CARREIRA
E REMUNERAÇÃO DO
MAGISTÉRIO PUBLICO
22
Esses conceitos são apresentados no item 4.3. deste trabalho.
CAPITULO 4 — ABRANGÊNCIA DO NOVO PIANO 0E CARREIRA
23
No caso do Paraná, o documento recebido via UNDIME constitui-se em projeto de lei para
alteração da legislação vigente, não tendo sido possível identificar se se tratava de estatuto e/
ou plano de carreira.
24
Registra-se a ocorrência de estatuto dos servidores públicos do município definido por lei
complementar. Nesse caso, a adequação dos dispositivos que cuidam das características
próprias do magistério exigirá obviamente alteração da lei complementar.
PLANO 0E CARREIRA E REMUNERAÇÃO DO MAGISTÉRIO PÚBLICO
25
Chamada à ação: combatendo o fracasso escolar no Nordeste/Programa de Pesquisa e
Operacionalização de Politicas Educacionais. Brasília: Projeto Nordeste/Banco Mundial/
UNICEF, 1997,p.60.
CAPITULO 4 — ABRANGÊNCIA DO NOVO PLANO DE CARREIRA
26
Terminologia usada no texto da LDB, nos artigos 16, 17 e 18.
CAPITULO 4 — ABRANGÊNCIA 00 NOVO PLANO DE CARREIRA
27
A CNTE, entidade sindical que reúne os sindicatos estaduais representativos dos servidores da
educação básica pública de todo o país, defende plano de carreira que inclua o magistério e os
demais trabalhadores cm educação.
PLANO DE CARREIRA E REMUNERAÇÃO DO MAGISTERIO PÚBLICO
28
A s creches deveriam integrar-se aos respectivos sistemas de ensino no prazo de três anos a
contar da publicação da LDB (art. 89).
29
Como os que constam nos documentos Manual sobre Creches, do Ministério do Trabalho/
Secretaria de Promoção Social, de 1979, elaborado nº vigência do convênio MTB/OMEP, pag.
12, e Manual de Normas para Instalação e Funcionamento de Creches, do Ministério de
Saúde, de 1984, pag. 11.
30
A proposta de um professor para, por exemplo, 6 crianças de 0 a 1 ano consta nº sugestão de
anteprojeto de resolução para fixação de normas para a educação infantil, divulgada no
documento Subsídios para Credenciamento e Funcionamento de Instituições de Educação
Infantil, da SEF/MP.C.
31
Ana Beatriz Cerisara, no artigo "A produção acadêmica nº área da educação infantil a partir
de pareceres sobre o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil: primeiras
aproximações", p. 30. In:. Educação Infantil Pós- LDB: rumos e desafios.
CAPITULO 4 — ABRANGÊNCIA DO NOVO PLANO DE CARREIRA
32
Maria Evelyna Pompeu do Nascimento, no artigo "Os profissionais da educação infantil e a nova
Lei de Diretrizes c Bases da Educação Nacional", página 101. In: Educação Infantil Pós-LDB:
rumos c desafios. A questão em pauta é definir se todas as pessoas que atendem às enancas devem
ser docentes e, portanto, ter o mesmo nível de formação, ou se podem ser pessoas com níveis de
formação diferentes — docentes c auxiliares dos docentes, que trabalhem sob sua supervisão. nº
primeira hipótese, nº perspectiva da LDB (art. 62), todos deveriam vir a ser formados cm nível
superior. nº segunda, nº medida cm que os docentes passassem a ser habilitados cm nível superior,
seria possivel passar a exigir formação de nível médio para as outras pessoas que atendem às
crianças nas creches.
PLANO DE CARREIRA
E REMUNERAÇÃO DO
MAGISTÉRIO PUBLICO
Pré-escola 35.267 16
33
A proposta original de L.DB (art. 72) do senador Darcy Ribeiro, apresentada em 1992 c
posteriormente rejeitada pelo plenário do Senado Federal, era a de estabelecer de forma
explicita a transitoriedade para os cursos normais de nível médio, limitando sua aceitação às
regiões onde não existissem comprovadamente condições para graduar em nível superior a
totalidade dos profissionais da educação.
34
É possível argüir que essa inflexibilidade da lei conduz ao seu descumprimento, se não
existirem professores titulados. Por outro lado, é possível argumentar que a não-redução das
exigências de qualificação mínima para o exercício do magistério justifica-se cm face do
potencial de formação de professores já existente no conjunto do país, suficiente para suprir
as necessidades dos sistemas de ensino. Hoje, a questão central para prover a educação básica
com professores habilitados é garantir adequada remuneração ao magistério.
CAPITULO 5 — A FORMAÇÃO PARA O MAGISTÉRIO E OS PIANOS DE CARREIRA
35
Ministério da Educação e do Desporto. Censo do Professor 1997 - Versão Preliminar. Brasília:
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, 1998, p. 15
PLANO DE CARREIRA E REMUNERAÇÃO DO MAGISTERIO PÚBLICO
Fonte: MEC/lNEP/SEET.
Essa realidade indica que talvez a maneira mais adequada de tratar essa
questão seja a definição de prazos diferenciados. De qualquer forma, as
imprecisões do artigo 87, parágrafo 4a deveriam ser resolvidas com a correção
do texto da LDB; iniciativas legislativas já foram tomadas nesse sentido.
Os novos planos devem, pois, prever exigências de habilitação para
ingresso nº carreira, por concurso público, de acordo com a formação mínima
para o exercício do magistério prevista nº nova LDB. Portanto, devem prever
necessariamente dois níveis de titulação - para atuação nº educação infantil e nos
anos iniciais do ensino fundamental, o candidato ao magistério deve apresentar,
pelo menos até dezembro de 2007, formação em nível médio, modalidade
normal, e, para atuação nos anos finais do ensino fundamental e no ensino
médio, diploma de licenciatura plena. E devem necessariamente eliminar os
níveis intermediários — adicionais e licenciatura curta — previstos nº Lei nº
5.692/71.
CAPITULO 5 — A FORMAÇÃO PARA 0 MAGISTÉRIO E OS PLANOS DE CARREIRA
36
Pareceres das assessorias jurídicas da FAMURS e do Conselho Estadual de Educação do Rio
Grande do Sul.
37
Um professor pode ser habilitado para o exercicio do magistério em uma determinada parte da
educação básica e não habilitado para outra parte. E tanto o caso de um professor com formação
cm nível médio, habilitado para o exercício nas séries iniciais e leigo para atuação nas séries
finais, quanto o caso de um professor com formação em nível superior, com licenciatura para as
séries finais mas não habilitado para as séries iniciais do ensino fundamental.
PLANO DE CARREIRA E REMUNERAÇÃO DO MAGISTÉRIO PÚBLICO
38
Maria Evclyna Pompeu do Nascimento, no artigo "Os profissionais da educação infantil e a nova
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional", página 106. In:. Educação Infantil PÓS-LDB:
rumos e desafios.
39
Como já foi visto, a Lei nº 9.424/96 (arts. 9a e 10) definia o prazo de 30 de junho de 1997 para
apresentação, pelos estados, Distrito Federal e municípios, dos novos planos de carreira e
remuneração do magistério público. Além de materialmente vencido, esse prazo constava de
dispositivos legais cuja vigência foi suspensa por medida liminar do Supremo Tribunal Federal.
CAPITULO 5 — A FORMAÇÃO PARA 0 MAGISTÉRIO E OS PLANOS DE CARREIRA
Por outro lado, a mesma lei (art. 7", parágrafo único) permite a
aplicação de parte dos recursos do FUNDEF destinados à remuneração dos
profissionais do magistério, em efetivo exercício de suas atividades no ensino
fundamental público, nº capacitação dos professores leigos, no prazo de cinco
anos, a contar da publicação da lei, de dezembro de 1996 a dezembro de 2001.
Observam-se, portanto, duas contradições nos prazos definidos pela Lei nº
9.424/96. Em primeiro lugar, verifica-se incompatibilidade entre a possibilidade
de uso dos recursos do FUNDEF, a partir de dezembro de 1996, e a efetiva
implantação desse fundo, em todo o país, apenas a partir de janeiro de 1998
(exceção: Estado do Pará, onde essa implantação foi antecipada para julho de
1997, por lei estadual). Dessa forma, o processo de capacitação dos leigos ficou
comprometido por falta de recursos financeiros, ao menos no primeiro ano, em
parte dos municípios brasileiros. Em segundo lugar, o prazo para capacitação
dos leigos, a contar da implantação do novo plano de carreira, não coincide com
o prazo para a utilização de recursos para esse fim, definido a partir da
publicação da lei ou da implantação do FUNDEF.
Essa indefinição legal pode dificultar tanto o planejamento por parte da
administração pública quanto a definição de critérios para a fiscalização das
despesas com manutenção e desenvolvimento do ensino pelos órgãos de controle
interno e externo.
Para identificar os professores que devem ser capacitados, é preciso ter
claro o conceito de professor leigo. São leigos os professores em exercício no
magistério não habilitados para o nível de ensino em que atuam.
De acordo com a nova LDB, são leigos os docentes em atuação nº educação
infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, que não completaram o
ensino médio, nº modalidade normal (antiga habilitação magistério), ou os que
nao concluíram o ensino superior, em cursos de licenciatura, e atuam nos anos
finais do ensino fundamental, ou no ensino médio. Assim, são leigos os
professores com formação de:
> ensino fundamental completo ou incompleto;40
> ensino médio que não corresponda à habilitação magistério ou curso
normal;
> curso de graduação que não seja de licenciatura.
Além disso, os professores com curso de magistério em nível médio, que
lecionam nos anos finais do ensino fundamental ou no ensino médio,
40
Apesar de pouco freqüente, é provável que ainda existam professores leigos que sequer cursaram
qualquer série do ensino fundamental.
também são leigos para atuar nesses níveis de ensino; devem ser habilitados em
cursos de licenciatura ou devem retornar para atuação nº educação infantil ou
nos anos iniciais do ensino fundamental.
E preciso considerar também a relação entre a licenciatura do professor e a
disciplina em que atua. Mesmo sendo titulados, os professores podem estar
atuando em componentes curriculares para os quais não foram formados. Nesse
caso, o professor deve retornar à sua área de concurso ou ser novamente
habilitado.
Quanto à licenciatura de curta duração, os professores com essa habilitação
nao podem ser considerados leigos, pois possuem titulação de nível superior que,
embora não atenda à exigência mínima da nova LDB para atuação nos anos finais
do ensino fundamental, é reconhecida e registrada no MEC Deve-se, pois,
reconhecer a titulação desses professores, garantindo-se a eles o acesso aos
novos planos de carreira.41 Ao mesmo tempo, a administração pública deve
proporcionar a esses profissionais a complementação da licenciatura plena.
Em decorrência da capacitação dos leigos, diferentes situações poderão se
configurar, quanto a esses professores, que exigirão correto encaminhamento
pelo poder público. Essas situações podem ser assim apresentadas:
> professores leigos nao concursados quando habilitados: deverão realizar concurso
público de provas e títulos para ingresso no quadro permanente do magistério;
> professores leigos concursados, para cargos de auxiliar ou assistente de ensino com
função de docência, quando habilitados: a lei municipal instituidora do novo plano
de carreira deverá dispor sobre a necessidade ou não de novo concurso público
para seu ingresso no quadro permanente do magistério;
> professores leigos estáveis42 e nao habilitados: como esses professores estarão
impedidos de exercer a docência, os cargos ou empregos públicos que ocupam
poderão ser extintos e, no caso de estatutários, os professores ficarão em
disponibilidade até seu aproveitamento em outro cargo; os contratados
41
Consultadas por municípios do Rio Grande do Sul sobre a formação mínima para a docência
nas séries finais do ensino fundamental a ser exigida em concurso realizado nº vigência da
nova LDB, as assessorias jurídicas da FAMURS C do Conselho Estadual de Educação do Rio
Grande do Sul manifestaram a posição segundo a qual, embora essa exigência seja a formação
em licenciatura plena, a administração pública deve aceitar a inscrição de candidatos habilitados
cm licenciatura de curta duração, pois trata-se de uma expectativa de direito desses professores.
42
São estáveis os servidores concursados, após completarem o estágio probatório, ou com cinco
anos de contrato à data da promulgação da Constituição Federal de 1988.
CAPITULO 5 — A FORMAÇÃO PARA 0 MAGISTÉRIO E OS PLANOS DE CARREIRA
• Resolução nº 03/97
Ao fixar as diretrizes para os novos planos de carreira e remuneração do
magistério, a Resolução nº 03/97 da CEB do CNE retoma as exigências de
qualificação mínima para o exercício da docência. Entretanto, ao apresentar essas
exigências em ordem diferente da apresentada nº lei, a resolução deixa de
explicitar o princípio de formação em nível superior para todos os professores da
educação básica, o que mantém coerência com a interpretação da CEB do CNE
acerca da LDB (art. 87, § 4º), segundo a qual não há prazo para os sistemas de
ensino passarem a exigir formação superior para os docentes da educação infantil
e dos anos iniciais do ensino fundamental.43
Ao mesmo tempo, a Resolução nº 03/97 dispõe que, no prazo de cinco anos,
União, estados e municípios colaborarão para universalizar a observância das
exigências mínimas de formação para os docentes já em exercício nº carreira do
magistério. Dessa forma, estende aos professores com licenciatura curta a
necessidade de qualificação nesse prazo.
CAP. 6 CARGOS nº
CARREIRA DO MAGISTÉRIO 6.1.
FUNÇÕES DE MAGISTÉRIO E CARGOS
nº CARREIRA .........64
6.1.1 A LEI Nº 5.692/71 E OS CARGOS
DE PROFESSOR E ESPECIALISTA ....... 64
6.1.2 A NOVA LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL E O
CARGO ÚNICO DE PROFESSOR OU CARGOS DIFERENCIADOS .........65
, 6.1.3 VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS DUAS OPÇÕES .......... 66
6.1.4 DIFICULDADES EM FACE DA NOVA
CONCEPÇÃO DE MAGISTÉRIO ........69
6.2. PRINCIPIO DA REMUNERAÇÃO E CARGOS Nº CARREIRA .......... 70
6.2.1 A LEI Nº 5.692/71 E O PRINCÍPIO DA
REMUNERAÇÃO POR TITULAÇÃO ......70
6.2.2 A NOVA LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL E A AUSÊNCIA DO
PRINCIPIO DE REMUNERAÇÃO ............ 72
6.2.3 CARGOS Nº CARREIRA SEGUNDO OS DIFERENTES PRINCÍPIOS DE REMUNERAÇÃO ........... 74
6.3. EM SÍNTESE, AS POSSIBILIDADES DE CARGOS Nº CARREIRA DO MAGISTÉRIO ........... 79
PLANO DE CARREIRA E REMUNERAÇÃO DO MAGISTÉRIO PÚBLICO
42
Esses índices correspondem à taxa de escolarização líquida, ou seja, ao número de crianças de 7 a
14 anos matriculadas no ensino fundamental. Considerando-se o número de crianças nessa faixa
etária matriculadas em algum nível de ensino, o que inclui algumas que ainda estão nº pré-escola
ou classes de alfabetização e uma parcela reduzida que já ingressou no ensino médio, a taxa de
atendimento da população entre 7 e 14 anos chegou a 96% em 1998.
CAPITULO 6 — CARGOS NA CARREIRA DO MAGISTÉRIO
45
No documento "Referenciais para Formação de Professores Polivalentes — Propostas para
Organização Curricular e Institucional", a Secretaria de Educação Fundamental do MEC - está
propondo a existência de professores-formadores que, sem deixar a docência, devem atuar no
acompanhamento de estagiários c professores iniciantes.
PLANO DE CARREIRA E REMUNERAÇÃO DO MAGISTERIO PÚBLICO
47
Informação, a partir de pesquisa recente (Brzezinski, Veiga e Damis, 1996), presente no documento
elaborado pela Comissão de Especialistas de Ensino de Pedagogia. Brasília, mimeo, 1998.
CAPÍTULO 6 — CARGOS NA CARREIRA DO MAGISTÉRIO
48
OLIVEIRA, João Batista Araújo e. Salário dos Professores - Relatório apresentado ao CONSED -
Conselho de Secretários Estaduais de Educação. Brasília, março de 1997.
CAPITULO 6 — CARGOS NA CARREIRA DO MAGISTERIO
Nível de
Escolarizaç
ão
1º grau menor
1º grau maior 2º
grau magistério 2º
grau outros 3º
grau licenc. 3º
grad.
49
Ministério da Educação e do Desporto. Relatório do 2º Ciclo do Sistema Nacional de Avaliação da
Educação Básica - SAEB - 1993. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais,
maio de 1995. Mimeo, p. 69, tabela P6.
PIANO DE CARREIRA E REMUNERAÇÃO DO MAGISTÉRIO PÚBLICO
50
De acordo com a Resolução nº 03/97 (art. 6º, VIII) e admitido o exercício, a título precário,
do professor fora de sua área de concurso, desde que habilitado, c apenas quando indispensável
para o atendimento à necessidade do serviço. A CDB (art. 85) sinaliza o período máximo para
esse exercício a tirulo precário, ao dispor que qualquer cidadão habilitado pode exigir abertura
de concurso quando um cargo de docente em instituição pública estiver sendo ocupado por
professor não concursado, por mais de seis anos.
51
Nessa concepção de magistério, o nível de titulação é de caráter pessoal, pois corresponde à
habilitação do profissional da educação. Em conseqüência, a mudança de nível não depende
da existência de vaga, e o professor conserva seu nível nas demais progressões nº carreira.
PLANO 0E CARREIRA E REMUNERAÇÃO DO MAGISTERIO PÚBLICO
52
A expressão cargo de atuação, não utilizada no direito administrativo, é uma inovação da cr» do
CNE.
CAPITULO 6 — CARGOS NA CARREIRA DO MAGISTÉRIO
53
É o caso dos novos planos de carreira dos estados de São Paulo, Espírito Santo e Pernambuco.
CAPITULO 6 — CARGOS NA CARREIRA DO MAGISTERIO
54
A CNTE manifestou, pelo Ofício nº 009/99 SAE, datado de 12 de maio de 1999, sua opção pelo
cargo único de professor.
CAPITULO 6 — CARGOS NA CARREIRA DO MAGISTERIO
55
No Plano de Carreira do Rio de Janeiro, de 1990, e no Estatuto do Magistério de Alagoas, de
1993, existem dois cargos de professor c vários de especialistas. No Plano do Estado do
Espírito Santo de 1998, existem três cargos diferentes de professor nº carreira do magistério,
sendo os dois primeiros correspondentes à função de docência, com formação de nível médio
c nível superior, c o terceiro, correspondente às funções de suporte pedagógico à docência.
56
No Estatuto do Magistério do Estado de São Paulo, de 1985, existiam três diferentes cargos
de professor, por área de atuação e nível de formação, c seis cargos de especialista: orientador,
coordenador pedagógico, diretor c supervisor (cargos efetivos), e assistente de diretor e
delegado de ensino (cargos em comissão). No plano de carreira de 1997, existem os cargos de
professor de educação básica I e II e os cargos de diretor de escola e de supervisor de ensino,
providos por concurso público de provas e títulos, e ainda o cargo em comissão de dirigente
regional de ensino. Em relação ao plano anterior, foram suprimidos os cargos efetivos de
orientador educacional e coordenador pedagógico c o cargo em comissão de assistente de
diretor de escola, e, ao mesmo tempo, as atribuições dos dois últimos passaram a constituir
funções dos cargos de professor.
PIANO DE CARREIRA E REMUNERAÇÃO DO MAGISTÉRIO PÚBLICO
57
Plano de Carreira do Amazonas, de 1996, utiliza a denominação de pedagogo para o cargo
correspondente às funções dos especialistas em educação. Entre os 17 planos referidos no texto, 12
contemplam um cargo de professor e 1 de especialista, enquanto 5 possuem vários cargos de
especialistas ao lado de um único cargo de professor. Nos novos planos de carreira, enquanto no
do Rio Grande do Sul (1998) manteve-se um cargo de professor e outro de especialista, no da
Bahia (1997, alterado em 1998), ao lado do cargo de professor, existem dois cargos relativos às
funções de apoio à docência: coordenador pedagógico e administrador escolar.
—
CAPITULO 6 CARGOS NA CARREIRA DO MAGISTERIO
40 30 10 32 8
20 15 5 16 4
25 — — 20 S
A jornada de 25 horas semanais não foi desdobrada nº proporção de 25% de horas-atividade por duas
razões: primeiro, porque esse desdobramento contem frações de hora (18 horas e 45
PLANO DE CARREIRA E REMUNERAÇÃO DO MAGISTERIO PÚBLICO
59
Chamada ã ação: combatendo o fracasso escolar no Nordeste/Programa de Pesquisa e
Operacionalização de Políticas Educacionais. Brasília: Projeto Nordeste/Banco Mundial/ UNICEF,
1997, p. 45.
PLANO DE CARREIRA E REMUNERAÇÃO DO MAGISTERIO PÚBLICO
60
Trata-se do voto da conselheira Guiomar Namo de Mello.
CAPITULO 7 — JORNADA DE TRABALHO
''' Segundo a Lei nº 3.999/61, que "altera o salário mínimo de médicos e cirurgiões dentistas", a
duração normal do trabalho será. para medicos, no mínimo de duas horas c no máximo de quatre
horas diárias.
62
No caso dos servidores da União, a Lei nº 8.112/90 (art. 19) dispõe que a fixação da jornada
de trabalho deve respeitar a duração máxima do trabalho semanal de quarenta horas e
observar os limites mínimo c máximo de seis horas e oito horas diárias, respectivamente.
63
Dessa forma tratava-se do assunto no Estatuto c Plano de Carreira do Magisterio Público do
Rio Cirande do Sul, Lei nº 6.672/74 (art. 117). E relevante registrar que não se deve
confundir a possibilidade de acumulação de dois cargos ou de um cargo e uma função, essa
última entendida como outro emprego público, com a possibilidade do exercicio de diferentes
funções de magistério (docência e atividades de apoio pedagógico), de forma concomitante
ou alternada, em um mesmo cargo de professor.
PLANO DE CARREIRA E REMUNERAÇÃO DO MAGISTÉRIO PUBLICO
64
A LDB (art. 26, § 5º) dispõe que "nº parte diversificada do currículo seni incluído,
obrigatoriamente, a partir da quinta série, o ensino de pelo menos uma língua estrangeira moderna,
cuja escolha ficará a cargo da comunidade escolar, dentro das possibilidades da instituição".
PLANO DE CARREIRA E REMUNERAÇÃO DO MAGISTÉRIO PÚBLICO
65
Convém lembrar que, de acordo com o Parecer nº 12/97 da CBB da CNE, as aulas de ensino
religioso, disciplina de matrícula facultativa no ensino fundamental, segundo a Constituição
Federal, não podem ser incluídas no mínimo de 4 horas diárias e 800 horas letivas anuais.
CAPITULO 7 — JORNADA DE TRABALHO
66
Sergipe (1989), Piauí (1988), Amapá (1991) e Roraima (1995).
CAPITULO 7 — JORNADA DE TRABALHO
T
rata-se, agora, de definir as diferentes possibilidades de estrutura basica para a
carreira, que podem ser adotadas em qualquer uma das opções de organização da
carreira relativas aos cargos de magistério. A estrutura básica da carreira
corresponde à sua linha de progressão, com a definição de posicionamentos
escalonados e das condições de mudança de uma para outra dessas posições.
A organização de carreiras no serviço público implica tradicionalmente a
distribuição dos cargos efetivos, referentes a uma determinada atividade
profissional, em classes. Por sua vez, as classes constituem degraus nº carreira,
correspondentes a conjuntos de cargos iguais em responsabilidades e
vencimentos. A passagem de uma classe para outra constitui-se em uma forma
de progressão conhecida como promoção nº carreira. A promoção deve ocorrer
periodicamente, podendo ser, por exemplo, anual ou a cada dois anos, o que
deve ser definido no plano de carreira e nao se confunde com o interstício, o
qual, como já se viu, corresponde ao tempo mínimo de permanência dos
membros do magistério em cada classe para poder concorrer à promoção para a
classe seguinte.
Nos planos do magistério anteriores a 1996, as posições correspondentes à
linha de progressão nº carreira eram denominadas classes ou referências e, de
torma menos freqüente, graus ou padrões.
Além da progressão, quando for o caso, por alteração do nível de titulação,
a estrutura básica da carreira do magistério deve corresponder ao tratamento a
ser dado aos incentivos de progressão por qualificação do trabalho docente,
previstos nº Resolução nº 03/97 (art. 6º, VI), a saber:
(a) a dedicação exclusiva ao cargo no sistema de ensino;
—
CAPÍTULO 8 ESTRUTURA BASICA DA CARREIRA
67
A proposta de Plano Nacional de Educação, apresentada pelo Executivo ao Con. Nacional, nº parte
relativa à formação de professores c valorização do magistério, contém a meta ••institucionalizar,
no prazo de cinco anos, sistemas de avaliação do desempenho dos docentes, integrados à avaliação
das escolas".
PLANO DE CARREIRA E REMUNERAÇÃO DO MAGISTÉRIO PÚBLICO
68
Ministério da Educação e do Desporto. Relatório do 2º Ciclo do Sistema Nacional de Avaliação da
Educação Bàsica - SAEB - 1993. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais,
maio de 1995. Mimeo, p. 161.
PLANO DE CARREIRA E REMUNERAÇÃO DO MAGISTÉRIO PÚBLICO
(Em porcentagem)
Rio Grande do Sul/74» Rio Grande do Nortc/86 Mato Grosso do Sul/88
A - 38 A - 21 A - 40
B - 28 B - 16 B - 25
C-17 C - 13 C - 20
D- 9 D - 11 D - 10
E- 6 E- 9 E - 4
P- 2 F- 8G F - 1
- 7H-
6
I- 5
J- 4
69
Dispositivo revogado ainda em 1974.
PLANO DE CARREIRA E REMUNERAÇÃO DO MAGISTÉRIO PÚBLICO
70
Na estrutura linear de carreira, o número de vagas nas classes é definido após o processo de
avaliação e classificação dos integrantes da [espectiva categoria profissional.
CAPITULO 8 — ESTRUTURA BASICA DA CARREIRA
71
A Emenda Constitucional nº 19/98 alterou a duração do estágio probatório de dois para três anos,
para os servidores que ingressarem no serviço público após a sua promulgação. Entretanto, para os
servidores que se encontravam em estágio probatório, à data da promulgação da emenda, a
duração do estágio continuou sendo de dois anos.
PLANO DE CARREIRA
E REMUNERAÇÃO DO
MAGlSTÉRIO PÚBLICO
9.1. ADICIONAIS
9.2. GRATIFICAÇÕES
No Estado do Rio Grande do Sul, foi instituída, em 1988, gratificação de unidocência (um único
professor por turma de alunos, responsável pelo desenvolvimento de todos os componentes do
currículo) correspondente a 50% do vencimento básico da carreira do magistério. Na época, com o
objetivo de compensar as diferenças do exercício da docência na mesma jornada de trabalho entre
a pré-escola e séries iniciais e as séries finais do ensino fundamental e o ensino médio, estava em
discussão também a alternativa de convocação automática dos professores unidocentes para o
regime de 30 horas semanais.
CAPITULO 9 — VANTAGENS NA CARREIRA DO MAGISTÉRIO
73
A proposta de Plano Nacional de Educação, elaborada sob a coordenação do MEC, contém metas
relativas ao ensino fundamental para "substituir classes isoladas unidocentes por escolas de, pelo
menos, quatro séries, de forma a reduzir em 50% o número de estabelecimentos desse upo
existentes" e "associar as classes isoladas unidocentes remanescentes a escolas de, pelo menos,
quatro séries compteras".
PLANO DE CARREIRA E REMUNERAÇÃO DO MAGISTERIO PÚBLICO
Texto "Padrões mínimos de funcionamento das escolas: uma estratégia para a eqüidade no ensino
fundamental brasileiro", Antônio Carlos da R. Xavier, David Plank e José Amaral Sobrinho,
publicado no Guia de Consulta do PRASEM — Programa de Apoio aos Secretários Municipais de
Educação.
CAPITULO 9 — VANTAGENS NA CARREIRA DO MAGISTÉRIO
9.3. INDENIZAÇÕES
75
Trata-se do voto contrário à proposta de resolução apresentado pelo conselheiro João Antônio
Cabral de Monlevade (indicado pela CNTE para integrar a CEB e relator do Parecer nº 02/97)
c acompanhado pelas conselheiras Edla de Araújo Lira Soares c Hermengarda Alves Ludke.
76
Emenda nº 1.164, oferecida em plenário ao Projeto de LDB nº 1.258/88, em 22 de maio de
1991, pelo deputado Jose Serra (PSDB/SP).
PLANO DE CARREIRA E REMUNERAÇÃO DO MAGISTÉRIO PUBLICO
A Constituição Federal (ADCT, art. 60, § 5º, com a redação da EC nº 14/ 96)
estabeleceu subvinculação de no mínimo 60% dos recursos do FUNDEF para o
pagamento dos professores em efetivo exercício no ensino fundamental. A Lei nº
9.424/96 (art. 7º) alargou a destinação desses recursos, ao referir-se à
remuneração dos profissionais do magistério do ensino fundamental no exercício
de suas atividades, incluindo a docência e o apoio pedagógico. A Resolução nº
03/97 da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação
consolidou o entendimento de que os recursos do FUNDEF podem ser utilizados
para o pagamento dos profissionais da educação envolvidos com o suporte
pedagógico à docência (direção e administração escolar, planejamento, inspeção,
supervisão e orientação educacional).
Entretanto, alguns tribunais de Contas, interpretando literalmente a emenda
constitucional, só estão admitindo o pagamento com os 60% dos recursos do
FUNDEF de professores em atividade de docência. Portanto, cada administração
pública deve conhecer as deliberações do tribunal responsável pela apreciação
de suas contas .
79
Lei Estadual nº 6.672, de 22 de abril de 1974, que estabelecia o "Estatuto e Plano de Carreira
do Magistério Público do Rio Grande do Sul", art. 67, VII.
CAPITULO
Essa ultima proposta esta em desacordo com a Resoluçao nº 03/97 (art. 6º,
I). A CEB do CNE dispos que "nao serão incluídos benefícios que impliquem
afastamento da escola, tais como faltas abonadas, justificadas ou licenças não
previstas na Constituição Federal". Podem permanecer, portanto, somente
licenças previstas no texto constitucional, como a licença-gestante, a licença-
paieinidade e a licença-saúde, e, no caso do regime estatutário, podem também ser
mantidas as licenças concedidas aos demais servidores públicos, como a licença
para tratar de interesses particulares e para acompanhar cônjuge.
Por fim, a LDB (art. 60) prevé que os sistemas de ensino estabelecerão
"critérios de caracterização das instituições privadas sem fins lucrativos,
especializadas e com atuação exclusiva em educação especial, para fins de apoio
técnico e financeiro pelo Poder Público". Trata-se, por exemplo, das APAE e
Instituições Pestalozzi, para as quais poderão continuar sendo cedidos
professores com ônus para o poder público.
11.3. FÉRIAS
80
Na legislação estadual anterior à nova LDB, as ferias dos membros do magisterio em exercicio
nas escolas eram de 60 dias, por exemplo, nos estados de Alagoas. Amapá. Minas Gerais, Piauí, Rio
Grande do Sul. Santa Catarina e Sergipe, e de 45 dias nos estados do Mato Grosso
do Sul e Rio Grandi d« > Norte, onde correspondiam a 30 dias mais recesso escolar. No Pará e no
Maranhão, as férias eram de 45 dias para todo o magistério. Em Goiás e Tocantins, correspondiam
a 30 dias anuais para todos, sendo gozadas no mês de julho. Em Roraima, os docentes tinham
direito a férias de 45 dias c os não docentes, de 30 dias. Na Paraíba, os regentes de classe
gozavam férias de 60 dias, os não regentes, de 30 dias, e os especialistas, de 45 dias. Em São
Paulo, as ferias dos professores correspondiam ao calendário escolar c,
enquanto os especialistas em exercício nas escolas tinham direito a 30 dias de férias mais 10 de
recesso, os que atuavam nos órgãos da educação gozavam férias de 30 dias.
10 a 15 dias entre o primeiro e o segundo semestre letivo. Dessa forma, na
prática, somam-se férias e recesso.
Em geral, a duração das ferias era maior para os profissionais da educação,
professores e especialistas, lotados nas escolas, em exercício de suas respectivas
funções de magistério ou em desvio de função, por exemplo, em atuação na
secretaria da escola, no setor de audiovisual, na biblioteca, etc. Para os
profissionais lotados nos órgãos dos sistemas de ensino, as férias eram de 30
dias anuais.
Embora a Lei nº 9.394/96 não contenha dispositivos relativos às férias dos
professores, a Resolução nº 03/97 (art. 6º, 111) dispõe que "aos docentes em
exercício de regência de classe nas unidades escolares deverão ser assegurados
45 (quarenta e cinco) dias de férias anuais, distribuídos nos periodos de recesso,
conforme o interesse da escola, fazendo jus os demais integrantes do magistério
a 30 (trinta) dias por ano".
Portanto, no caso de a legislação anterior estabelecer férias com duração
maior, o novo plano de carreira do magistério deve reduzir as férias dos docentes
para 45 dias anuais, sendo essas férias acima de 30 dias um direito apenas dos
professores em regência de classe. Dessa forma, valoriza-se o exercício da
docência em relação ao exercício das demais funções de magistério, o que antes
não acontecia, pois valorizava-se tôda atividade profissional desenvolvida no
ambiente escolar, em relação àquela exercida nos órgãos do sistema. Portanto,
no caso da organização da carreira com cargo único de professor, ao qual
correspondem todas as funções de magistério, o professor terá direito a férias
com durações diferentes, conforme a função que estiver exercendo.81
A implementação da diretriz da CEB do CNE relativa às férias do magistério
implica um novo princípio, segundo o qual as atividades dos professores não
devem se restringir ao atendimento direto ao aluno, mesmo sendo este o centro
de todas as outras atividades dos profissionais da educação. As férias dos
membros do magistério, embora ocorram no período de férias escolares, terão
sempre menor duração que as férias dos alunos.
81
Alguns outros benefícios também poderão alcançar de forma diversa os profissionais da educação,
ocupantes de cargo único de professor, de acordo com a função de magistério por eles exercida.
Poderá ser o caso, por exemplo, da aposentadoria especial, conforme sobre ela vier a se manifestar
o STF após a nova LDB, pois essa lei (art. 67, paràgrafo único) explicita que funções de
magistério correspondem à docência e às atividades de suporte pedagógico direto à docência.
CAPITULO 11 — MATÉRIA ESTATUTARIA NO PLANO DE CARREIRA
82
Na gestão dos recursos humanos da educação, a definição do número de profissionais necessários
deve considerar, além de outros fatores, o atendimento às substituições temporárias e às aulas de
recuperação paralela ao periodo letivo. Essa previsão deve ser feita com base em percentuais que
correspondam à média das substituições c aulas ele recuperação verificadas nos últimos anos.
81
Enquanto investe em formação inicial, a administração pública precisará enfrentar a necessidade
de professores por meio de contratações temporárias, com exigência de formação mínima segundo
critérios a serem definidos, por exemplo, pelo conselho municipal de educação ou comissão de
gestão do plano de carreira.
CAPITULO 11 — MATÉRIA ESTATUTARIA NO PLANO DE CARREIRA
11. 5. APOSENTADORIAS
A Resolução nº 03/97 da CEB/CNE dispõe que "os planos a serem instituídos com
observância destas diretrizes incluirão normas reguladoras da transição entre o
regime anterior e o que será instituído".
A instituição de um novo plano de carreira para os profissionais da
educação, no âmbito do município, implica diferentes situações conforme a
natureza e a profundidade das inovações introduzidas em relação à situação
existente.
Até então, a atividade profissional do magistério poderia estar associada a
um simples plano de cargos e salários, com definição de postos permanentes de
trabalho, denominados cargos ou empregos, em função do regime jurídico
vigente, que contemplassem ou não gratificações e adicionais. Entretanto, essa
situação não configura uma carreira, que implica a existência de classes com
progressão, e conseqüente melhoria de remuneração, de acordo com fatores
relacionados com melhor desempenho profissional.
A transição entre o antigo e o novo regime dependerá inicialmente da
existência ou não de plano de carreira anterior. Na inexistência de plano de
carreira anterior, todos os profissionais do magistério que preencherem os
requisitos necessários (concurso e habilitação) deverão ser enquadrados na nova
carreira, de forma automática c compulsória.
Na existência de plano de carreira, colocam-se duas possibilidades para a
transição entre o regime anterior e o instituído pela nova lei municipal:
> extinção do plano atual e enquadramento automático e compulsório de
seus integrantes no novo plano de carreira e remuneração do magistério;
> convivência de dois planos de carreira, em conseqüência da manutenção
do plano atual, em extinção, e da implantação do novo plano.
CAPITULO 12 — TRANSIÇÃO ENTRE O REGIME ANTERIOR E O INSTITUIDO PELO NOVO PLANO DE CARREIRA
habilitação não poderiam ter prestado concurso para cargo que, mesmo com
outra denominação, como auxiliar ou assistente de ensino, correspondesse à
função de docência. Esse servidor, concursado e estável, pode habilitar-se ou não
no prazo previsto. Se não habilitado, não deve mais desempenhar funções de
magistério mas, como não é passível de exoneração, seu cargo poderá:
> ser declarado em extinção (isto é, extinto quando da vacância), sendo o
servidor aproveitado para funções compatíveis com sua situação;
> ser extinto ou declarado desnecessário, sendo o servidor posto em
disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço até seu
adequado aproveitamento em outro cargo (CF, art. 41, § 3a).
Se esse servidor habilitar-se, há controvérsia sobre a necessidade ou não da
realização de novo concurso para ingresso no quadro permanente do magistério.
Essa controvérsia decorre de diferentes interpretações do que é essencial na
caracterização de cargo público. Considerando-se que um cargo público
caracteriza-se menos por sua denominação (por exemplo, professor, professor
assistente ou auxiliar de ensino) e mais por outros requisitos, configuram-se duas
posições:
> se for considerada essencial a formação exigida para a caracterização do
cargo, o servidor concursado, uma vez habilitado, deverá prestar novo concurso
por tratar-se de acesso a outro cargo público; de acordo com essa interpretação, o
acesso sem novo concurso a cargo com requisito de escolaridade que o servidor
não possuía, quando da realização do concurso anterior, pode ser interpretado
como ascensão funcional, considerada inconstitucional pelo STF,
> se forem consideradas as atribuições como elemento essencial para a
caracterização do cargo, o servidor concursado, uma vez habilitado, poderá
ingressar no plano de carreira, sem outro concurso, por não se tratar de novo
cargo; de acordo com essa interpretação, a coexistência de cargos idênticos em
atribuições, sem o direito do titular de um integrar-se no outro, desde que
satisfeitos os requisitos legais de ingresso por concurso e habilitação, poderia
motivar a garantia judicial desse direito.
Quanto aos servidores não concursados, duas situações podem se
configurar:
> se não estável: ser demitido imediatamente, se isso for possível sem
prejuízo da atividade escolar, ou quando cesse a razão que determinou a
contratação temporária, se for o caso, ou, afinal, quando da admissão de
concursado que supra a necessidade do profissional;
PLANO DE CARREIRA E REMUNERAÇÃO DO MAGISTERIO PUBLICO
84
O artigo 19 do ABCT considerou estáveis, na data da promulgação da Constituição (5 de outubro
de 1988), os servidores em exercício naquela data, há no minimo cinco anos continuados, que não
tivessem sido admitidos por concurso público. O parágrafo lº daquele artigo determinou que o
tempo de serviço desses servidores seria contado como título, "quando se submeterem a concurso
para fins de efetivação, na forma da lei". Tais servidores, enquanto não aprovados em concurso,
são estáveis sem serem efetivados, o que lhes dá as prerrogativas da estabilidade, sem lhes
conferir os direitos decorrentes da efetivação (p.e., ocupação de cargos efetivos e mesmo a
aposentadoria, cuja concretização depende da ocupação de cargo efetivo) (Dallari, op. cit., p. 85).
—
CAPITULO 12 TRANSIÇÃO ENTRE O REGIME ANTERIOR E O INSTITUIDO PELO NOVO PLANO DE CARREIRA
85
No regime estatutário, quando da extinção do plano de carreira vigente, os proventos clos
inativos do magisterio deverão ser revisados de acordo com o disposto pela CF (art. 40, §4º):
"Os proventos da aposentadoria serão revistos, na mesma proporção e na mesma data,
sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo também esrendidos
aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em
atividade, inclusive quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou
função em que se deu a aposentadoria, na forma da lei".
PLANO DE CARREIRA E REMUNERAÇÃO DO MAGISTÉRIO PÚBLICO
ANEXOS
CAP. 13 ANTEPROJETOS DE LEI ...... 163
CAP. 14 CONCEITOS ..... 201
CAP. 15 SIGLAS ...... 223
CAP. 16 BIBLIOGRAFIA ..... 225
PLANO DE CARREIRA E
REMUNERAÇÃO DO E
MAGISTÉRIO PÚBLICO
m
PIANO DE CARREIRA E REMUNERAÇÃO DO MAGISTÉRIO PÚBLICO
ANTEPROJETO DE LEI
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Seção II
Da estrutura da carreira
Subseção I
Disposições gerais
Subseção II Das
classes e dos níveis
2
A definição da forma de distribuição dos cargos depende, no primeiro momento, da própria
distribuição dos cargos pelas classes que resultar do primeiro provimento para a implantação do
plano. Após isso, pode-se adotar uma forma mais rigida, como a piramidal, em que não há
obrigatoriamente vaga para todos os candidatos, mesmo habilitados, ou uma forma linear, mais
flexível, em que inexiste restrição de vagas. Nesse último caso, os parágrafos 1º e 2º devem ser
suprimidos.
Nível 2— formação em nível de pós-graduação, em cursos na área de
educação, com duração mínima de trezentos e sessenta horas.
§ lº A mudança de nível é automática e vigorará no exercício seguinte
àquele em que o interessado apresentar o comprovante da nova habilitação.3
§ 2º O nível é pessoal e não se altera com a promoção.
Seção III Da
promoção
3
Para assegurar a vinculação do exercício profissional à área de atuação para a qual o titular de
cargo de professor prestou concurso público, c possível introduzir o seguinte parágrafo: "O titular
de cargo de professor, concursado para a educação infantil e/ou anos iniciais do ensino
fundamental, somente terá direito a alteração para o Nível 2 da carreira em virtude de habilitação
em licenciatura específica para essa área de atuação."
4
A existência de número definido de vagas implica a admissão de concorrência no processo de
promoção ou, em outros termos, a possibilidade de inexistência de vagas para todos os
candidatos habilitados a ela. Se o município optar pela forma de não-concorrência, o parágrafo
deve adotar a redação seguinte:
"§ lº A promoção será concedida ao titular de cargo de professor que tenha cumprido o interstício
de três anos de efetivo exercício, incluído o mínimo de um ano de docência, e alcançado o número
de pontos estabelecido."
5
Os intervalos de tempo são apresentados como sugestão, podendo variar segundo a realidade
de cada município.
CAPITULO 13 — ANTEPROJETOS DE LEI
Seção IV Da
qualificação profissional
6
Os intervalos de tempo são apresentados como sugestão, fundamentada na nº 9.527/97, que
substituiu a licença-prêmio pela licença para qualificação profissional para os servidores civis da
União.
Seção V Da
jornada de trabalho
Art. 12. O titular de cargo de professor em jornada parcial, que não esteja
em acumulação de cargo, emprego ou função públicos, poderá ser convocado
para prestar serviço:
I — em regime suplementar, até o máximo de mais quinze horas semanais,
para substituição temporária de professores em função docente, em seus
impedimentos legais, e nos casos de designação para o exercício de outras
funções de magistério, de forma concomitante com a docência;
II — em regime de quarenta horas semanais, por necessidade do ensino, e
enquanto persistir esta necessidade.
Parágrafo único. Na convocação de que trata o caput deste artigo deverá ser
resguardada a proporção entre horas de aula e horas de atividade quando para o
exercício da docência.
Seção VI Da
remuneração
Subseção I Do
vencimento
8
Pode ser considerada a inclusão de outros órgãos colegiados nesse processo, como o Conselho
Escolar e/ou o Conselho Municipal de Educação.
Subseção II
Das vantagens
9
As gratificações e os adicionais referidos são apresentados como sugestões.
10
Pode ser adotado o critério de módulos proposto no texto "Padrões mínimos de funcionamento
das escolas: uma estratégia para a eqüidade no ensino fundamental brasileiro", de Antônio
Xavier, David Plank e José Amaral Sobrinho, publicado no Guia de Consulta do PRASEM 1,
1997. Pode considerar-se, por exemplo, a utilização de três módulos: até 60 alunos, de 60 a
360 e acima de 360.
CAPITULO 13 — ANTEPROJETOS DE LEI
Art. 20. O adicional por tempo de serviço será equivalente a.................. por
cento do ...................(vencimento básico da carreira ou do vencimento do
profissional do magistério) por................. anos de efetivo exercício, observado
o limite de trinta e cinco por cento.12
11
A gratificação pelo exercício cm escola de dificil acesso ou provimento poderá ser substituída por
indenização de transporte, se o fator determinante for o difícil acesso.
12
O período referente à vantagem e o percentual a ser atribuído poderão variar segundo a perspectiva
de cada município, p.e., por qüinqüênio, quadriênio ou triênio. No âmbito federal, o adicional por
tempo de serviço, previsto no artigo 67 da Lei nº 8.112/90 como anuênio (um por cento por ano),
passou a qüinqüênio (cinco por cento por cinco anos), nos termos da Lei nº 9.527/97, e, afinal, foi
extinto (art. 4º da Medida Provisória nº 1.815-1, de 6 de abril de 1999).
Seção VII
Das férias
Seção VIII Da
cedência ou cessão
Art. 24. Cedência ou cessão é o ato pelo qual o titular de cargo de professor
é posto à disposição de entidade ou órgão nao integrante da rede municipal de
ensino.
§ 1ª A cedência ou cessão será sem ônus para o ensino municipal e será
concedida pelo prazo máximo de um ano, renovável anualmente segundo a
necessidade e a possibilidade das partes.
§ 2a Em casos excepcionais, a cedência ou cessão poderá dar-se com ônus
para o ensino municipal:
I — quando se tratar de instituições privadas sem fins lucrativos,
especializadas e com atuação exclusiva em educação especial; ou
II — quando a entidade ou órgão solicitante compensar a rede municipal de
ensino com um serviço de valor equivalente ao custo anual do cedido.
§ 3º A cedência ou cessão para exercicio de atividades estranhas ao
magistério interrompe o interstício para a promoção.
Seção IX Da Comissão de
Gestão do Plano de Carreira
CAPÍTULO III
DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
Seção I
Da implantação do Plano de Carreira
13
Quando se adotar a alternativa de implantação do novo plano segundo opção dos atuais
integrantes do magistério, a redação dos artigos 26 e 27 será a seguinte:
"Art 26 — O número de cargos da Carreira do Magistério Público Municipal e sua distribuição
por classes serão definidos por lei, até trinta dias após encerrado o prazo de opção"
"Art. 27 — O primeiro provimento dos cargos da Carreira do Magistério Público Municipal
dar-se-á com os titulares de cargos efetivos de profissionais da educação que optarem pelo ingresso
no Plano de Carreira, atendida a exigência mínima de habilitação específica de nível médio, obtida
em três séries.
§ 1º Os optantes serão distribuídos nas classes com observância da posição relativa ocupada
no plano de carreira vigente.
§ 2º Se a nova remuneração decorrente do provimento no Plano de Carreira for inferior à
remuneração até então percebida pelo optante, ser-lhe-á assegurada a diferença, como vantagem
pessoal, sobre a qual incidirão os reajustes futuros.
§ 3º A opção de que trata o caput do artigo deverá realizar-se no prazo de sessenta dias a
contar da publicação desta lei e produzirá efeitos financeiros a partir dos sessenta dias seguintes."
14
Se o regime jurídico vigente for o celetista, a expressão "titulares de cargos efetivos" deve ser
substituída por "ocupantes de empregos".
intermediàrio entre o Nível Especial 1 e o Nível 1 da Carreira do Magistério
Público Municipal.
§ 2a Os profissionais do magistério serão distribuídos nas classes com
observância da posição relativa ocupada no plano de carreira vigente.I5
§ 3º Se a nova remuneração decorrente do provimento no Plano de Carreira
for inferior à remuneração até então percebida pelo profissional do magistério,
ser-lhe-á assegurada a diferença, como vantagem pessoal, sobre a qual incidirão
os reajustes futuros.
Seção II Das
disposições finais
Art. 29. Os integrantes do quadro a que se refere o artigo anterior que, por
ocasião do primeiro provimento, não atenderem ao requisito de habilitação
necessário, poderão ser enquadrados no novo plano, atendido o requisito, no
prazo de cinco anos da publicação desta lei. 17
15
Caso inexista plano de carreira ou não se deseje tomá-lo em consideração para o provimento dos
cargos do novo plano, pode-se adotar regra alternativa, substituindo-se o parágrafo pelo seguinte: "§
1º Os profissionais do magistério serão distribuídos nas classes A, B e C do Plano de Carreira, no
nível de habilitação correspondente a cada caso, observado o seguinte:
I - para a classe A, os que possuírem até dez anos de exercício no Magistério Público
Municipal;
II - para a classe B, os que possuírem mais de dez e até vinte anos de exercicio no
Magistério Público Municipal;
III - para a classe C, os que possuírem mais de vinte anos de exercício no Magistério
Público Municipal." Os intervalos de tempo são apresentados como sugestão.
16
Se o regime jurídico adotado pelo quadro vigente for o celetista, substitua-se a remissão a
"cargos", no capute no parágrafo único, por "empregos".
17
Na hipótese de adoção da alternativa de implantação do novo plano segundo opção, a redação
do artigo será:
"Art. 29 — Os integrantes do quadro a que se refere o artigo anterior que, por ocasião do primeiro
provimento, não atenderem ao requisito de habilitação necessário à opção, poderão exercê-la,
atendido o requisito, no prazo de cinco anos da publicação desta lei."
CAPÍTULO 13 — ANTEPROJETOS DE LEI
Art. 31. A lei disporá sobre a contratação por tempo determinado para
atender às necessidades de substituição temporária do titular de cargo de
professor na função docente, quando excedida a capacidade de atendimento com
a adoção do disposto no art. 22.
Art. 37. As disposições desta lei aplicam-se, no que não for peculiar da
Carreira por ela instituída, aos integrantes do magistério público municipal nela
não incluídos.
Art. 39. As despesas decorrentes da aplicação desta lei correrão à conta dos
recursos consignados no orçamento.
DENOMINAÇÃO DO CARGO
Professor
FORMA DE PROVIMENTO
Ingresso por concurso público de provas e tirulos, realizado por área de atuação, sendo a área 1 correspondente
à educação infantil c/ou anos iniciais do ensino fundamental, c a área 2. aos anos finais do ensino fundamental
e/ou ensino médio.
ATRIBUIÇÕES
1. Docência na educação básica, incluindo, entre outras, as seguintes atribuições:
1.1. Participar da elaboração da proposta pedagógica da escola;
1.2. Elaborar c cumprir plano de trabalho segundo a proposta pedagógica da escola;
1.3. Zelar pela aprendizagem dos alunos;
1.4. Estabelecer e implementar estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento;
1.5. Ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos;
1.6. Participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao
desenvolvimento profissional;
1.7. Colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade.
1.8. Desincumbir-se das demais tarefas indispensáveis ao atingimento dos fins educacionais da escola c ao
processo de ensino-aprendizagem.
ANTEPROJETO DE LEI
CAPÍTULO 1
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO II DA CARREIRA DO
MAGISTÉRIO PÚBLICO MUNICIPAL
Seção I Dos
princípios básicos
Seção II
Da estrutura da carreira
Subseção I
Disposições gerais
1 Se o município adotar esse modelo sem o cargo de pedagogo, o artigo deve ser acrescido dos
seguintes parágrafos:
"§ 7º O exercício profissional do titular do cargo de professor será vinculado à área de atuação
para a qual tenha prestado concurso público, ressalvado o exercicio, a título precário, quando
indispensável para o atendimento de necessidade do serviço em outra área de atuação.
§ 8º O titular de cargo de professor poderá exercer, de forma alternada ou concomitante com a
docência, outras funções de magistério, atendidos os seguintes requisitos:
I - formação em pedagogia ou outra licenciatura com pós-graduacão especifica;
II - experiência de, no mínimo, dois anos de docência."
§ lº Cargo é o lugar na organização do serviço público correspondente a um
conjunto de atribuições com estipendio específico, denominação própria,
número certo e remuneração pelo poder público, nos termos da lei.
§ 2º Classe é o agrupamento de cargos genericamente semelhantes em que
se estrutura a Carreira.
§ 3° A Carreira do Magistério Público Municipal abrange o ensino
fundamental e a educação infantil.2
§ 4º Constitui requisito para ingresso na Carreira, a formação:
I — em nível superior, em curso de licenciatura plena ou curso normal
superior, admitida como formação mínima a obtida em nível médio, na
modalidade normal, para o cargo de Professor 1;
II — em nível superior, em curso de licenciatura plena ou outra
graduação correspondente a áreas do conhecimento específicas do currículo,
com formação pedagógica, nos termos da legislação vigente, para o cargo de
Professor II;
III — em nível superior, em curso de graduacão plena em pedagogia
ou outra licenciatura e pós-graduacão específica, para o cargo de Pedagogo.
§ 5º Constitui requisito adicional para ingresso na Carreira, no cargo de
Pedagogo, a experiência de dois anos de docência.
§ 6º O ingresso na Carreira dar-se-á na classe inicial de cada cargo da
Carreira, no nível correspondente à habilitação do candidato aprovado.
Subseção II Das
classes e dos níveis
A abrangência do plano de carreira depende da realidade de cada municipio. Regra geral, alcança
a educação infantil e o ensino fundamental, mas pode incluir também o ensino médio ou
restringir-se ao ensino fundamental ou a parte dele. No caso da inclusão do ensino médio, deverá
ser adequado o texto do artigo 2º, inciso IV deste modelo.
CAPITULO 13 — ANTEPROJETOS DE LEI
3
A definição da forma de distribuição dos cargos depende, no primeiro momento, da própria
distribuição dos cargos pelas classes que resultar do primeiro provimento para a implantação do
plano. Após isso, pode-se adotar uma tórma mais rígida, como a piramidal, em que não há
obrigatoriamente vaga para todos os candidatos, mesmo habilitados, ou uma forma linear, mais
flexível, em que inexiste restrição de vagas. Neste ultimo caso, os parágrafos lº e 2º devem ser
suprimidos.
4 É. possivel substituir pela seguinte redação: "Nível 1 — formação em nível superior, em curso de
licenciatura plena específica para atuação na educação infantil e/ou anos iniciais do ensino
fundamental."
Seção III Da
promoção
Seção IV Da
qualificação profissional
Seção V Da jornada
de trabalho
7
Os intervalos de tempo são apresentados como sugestão, fundamentada na Lei nº 9.527/97, que
substituiu a licença-prêmio pela licença para qualificação profissional para os servidores civis da
União.
I — vinte e cinco horas semanais;
II — quarenta horas semanais.
§ lº A jornada de trabalho do professor em função docente inclui uma parte
de horas de aula e uma parte de horas de atividades, destinadas, de acordo com a
proposta pedagógica da escola, a preparação e avaliação do trabalho didático, a
colaboração com a administração da escola, a reuniões pedagógicas, a
articulação com a comunidade e ao aperfeiçoamento profissional, de acordo com
a proposta pedagógica da escola.
§ 2" A jornada de vinte e cinco horas semanais do professor em função
docente inclui vinte horas de aula e cinco horas de atividades, das quais o
mínimo de ......horas serão destinadas a trabalho coletivo.
§ 3º A jornada de quarenta horas semanais do professor em função docente
inclui trinta horas de aula e cinco horas de atividades, das quais o mínimo de ....
horas serão destinadas a trabalho coletivo.
§ 4º O número de cargos a serem preenchidos para cada uma das jornadas
será definido no respectivo edital de concurso público.
Art. 12. O titular de cargo da Carreira em jornada parcial, que não esteja em
acumulação de cargo, emprego ou função públicos, poderá ser convocado para
prestar serviço:
I — em regime suplementar, até o máximo de mais quinze horas semanais,
para substituição temporária de professores em função docente, nos seus
impedimentos legais;8
II — em regime de quarenta horas semanais, por necessidade do ensino, e
enquanto persistir esta necessidade.
Parágrafo único. Na convocação de que trata o caput deste artigo deverá ser
resguardada a proporção entre horas de aula e horas de atividade quando para o
exercício da docência.
No caso da eliminação do cargo de pedagogo, é possível dar a esse inciso a mesma redação
apresentada no Modelo 1.
CAPÍTULO 13 — ANTEPROJETOS DE LEl
Seção VI Da
remuneração
Subseção 1
Do vencimento
Subseção II
Das vantagens
9
Pode ser considerada a inclusão de outros órgãos colegiados nesse processo, como o Conselho
Escolar c/ou o Conselho Municipal de Educação.
II - adicionais:
a) por tempo de serviço;
b) pelo trabalho em regime de dedicação exclusiva.1" § lº
As gratificações não são cumulativas.
§ 2º A incorporação do adicional pelo trabalho em regime de dedicação
exclusiva dar-se-á na proporção de um trinta avós, se homem, e de um vinte e
cinco avós, se mulher, por ano de percepção da vantagem.
10
As gratificações e os adicionais referidos são apresentados como sugestões.
11
Pode ser adotado o critério de módulos proposto no texto "Padrões mínimos de funcionamento
das escolas: uma estratégia para a eqüidade no ensino fundamental brasileiro", de Antônio
Xavier, David Plank e José Amaral Sobrinho, publicado no Guia de Consulta do PRASEM I.
1997. Pode considerar-se, por exemplo, a utilização de três módulos: até 60 alunos, de 60 a
360 c acima de 360. 12 A gratificação pelo exercício em escola de difícil acesso ou provimento
poderá ser substituída
por indenização de transporte, se o fator determinante for o difícil acesso.
CAPITULO 13 — ANTEPROJETOS DE LEI
Seção VII
Das férias
Art. 23. O período de ferias anuais do titular de cargo da Carreira será de:
I — quarenta e cinco dias, para titular de cargo de professor em função
docente;
II — trinta dias, para titular de cargo de professor no exercício de outras
funções e para titular de cargo de pedagogo.
Parágrafo único. As férias do titular de cargo da Carreira em exercício nas
unidades escolares serão concedidas nos períodos de férias e recessos escolares,
de acordo com calendários anuais, de forma a atender às necessidades didáticas
e administrativas do estabelecimento.
13
periodo referente à vantagem e o percentual a ser atribuído poderão variar segundo a
perspectiva de cada município, p.e., por qüinqüênio , quadriênio ou triênio. Nu âmbito federal, o
adicional por tempo de serviço, previsto no artigo 67 da Lei nº 8.112/90 como anuênio (um por
cento por ano), passou a qüinqüênio (cinco por cento por cinco anos), nos termos da Lei nº
9.527/97, c, afinal, foi extinto (art. 4º da Medida Provisória nº 1.815-1, de 6 de abril de 1999).
Seção VIII Da
cedência ou cessão
Art. 24. Cedência ou cessão é o ato pelo qual o titular de cargo da Carreira
é posto à disposição de entidade ou órgão não integrante da rede municipal de
ensino.
§ lº A cedência ou cessão será sem ônus para o ensino municipal e será
concedida pelo prazo máximo de um ano, renovável anualmente segundo a
necessidade e a possibilidade das partes.
§ 2º Em casos excepcionais, a cedência ou cessão poderá dar-se com ônus
para o ensino municipal:
I — quando se tratar de instituições privadas sem fins lucrativos,
especializadas e com atuação exclusiva em educação especial; ou
II — quando a entidade ou órgão solicitante compensar a rede municipal
de ensino com um serviço de valor equivalente ao custo anual do cedido.
§ 3o A cedência ou cessão para exercício de atividades estranhas ao
magistério interrompe o intersucio para a promoção.
Seção IX Da Comissão de
Gestão do Plano de Carreira
CAPÍTULO III
DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
Seção I
Da implantação do Plano de Carreira
14
Se se adotar a alternativa de implantação do novo plano segundo opção, a redação d« >s artigos
26 c 27 será a seguinte:
"Art. 26 - O número de cargos da Carreira do Magistério Público Municipal e sua distribuição por
classes serão definidos por lei, até trinta dias após encerrado o prazo de opção."
"Art. 27 - O primeiro provimento dos cargos da Carreira do Magistério Publico Municipal dar-
se-á com os titulares de cargos efetivos de profissionais da educação que optarem pelo ingresso no
Plano de Carreira, atendida a exigência mínima de habilitação especifica de nivel médio, obtida em
três séries.
§ 1º Os optantes serão distribuídos nas classes com observância da posição relativa ocupada
no plano de carreira vigente.
§ 2o Se a nova remuneração decorrente do provimento no Plano de Carreira for inferior à
remuneração até então percebida pelo optante, ser-lhe-á assegurada a diferença, como vantagem
pessoal, sobre a qual incidirão os reajustes futuros.
§ 3a A opção de que trata o caput do artigo deverá realizar-se no prazo de sessenta dias a
contar da publicação desta lei e produzirá efeitos financeiros a partir dos sessenta dias
seguintes."
15
Se o regime jurídico vigente for o celetista, a expressão "titulares de cargos efetivos" deve ser
substituída por "ocupantes de empregos".
§ 2º Os profissionais do magistério serão distribuídos nas classes com
observância da posição relativa ocupada no plano de carreira vigente.16
§2º Se a nova remuneração decorrente do provimento no Plano de Carreira
for inferior a renumeração até então percebida pelo profissional do magistério,
ser-lhe-á assegurada a diferença, como vantagem pessoal, sobre a qual incidirão
os reajustes futuros.
Seção II Das
disposições finais
Art. 28. É considerado em extinção o Quadro ........... , criado pela Lei nº....,
ficando desde já extintos os cargos vagos.1
Parágrafo único. Os cargos integrantes do Quadro.... são considerados
extintos à medida que vagarem.
Art. 29. Os integrantes do quadro a que se refere o artigo anterior que, por
ocasião do primeiro provimento, não atenderem ao requisito de habilitação
necessário, poderão ser enquadrados no novo plano, atendido o requisito, no
prazo de cinco anos da publicação desta lei.18
16
Caso inexista plano de carreira ou não se deseje tomá-lo em consideração para o provimento dos
cargos do novo plano, pode-se adotar regra alternativa, substituindo-se o parágrafo pelo seguinte:
"§ 1º Os profissionais do magistério serão distribuídos nas classes A, B e C do Plano de
Carteira, no nível de habilitação correspondente a cada caso, observado o seguinte:
I - para a classe A, os que possuírem até dez anos de exercício no magistério público
municipal;
II - para a classe B, os que possuírem mais de dez e até vinte anos de exercício no
magistério público municipal;
III - para a classe C, os que possuírem mais de vinte anos de exercício no magistério
público municipal."
17
Se o regime jurídico adotado pelo quadro vigente for o celetista, substitua-se a remissão a
"cargos", no caput e no parágrafo único, por "empregos". 18 Na hipótese de adoção da alternativa
de implantação do novo plano segundo opção, a
redação do artigo será: "Art. 29 - Os integrantes do quadro a que se refere o artigo anterior que, por
ocasião do primeiro provimento, nao atenderem ao requisito de habilitação necessário à opção,
poderão exercé-la, atendido o requisito, no prazo de cinco anos da publicação desta lei."
CAPITULO 13 — ANTEPROJETOS DE LEI
Art. 31. A lei disporá sobre a contratação por tempo determinado para
atender às necessidades de substituição temporária do professor na função
docente, quando excedida a capacidade de atendimento com a adoção do
disposto no art. 22.
Art. 37. As disposições desta lei aplicam-se, no que não for peculiar da
Carreira por ela instituída, aos integrantes do magistério público municipal nela
não incluídos.
Art. 39. As despesas decorrentes da aplicação desta lei correrão à conta dos
recursos consignados no orçamento.
DENOMINAÇÃO DO CARGO
Professor I
FORMA DE PROVIMENTO
Ingresso por concurso público de provas e títulos.
DENOMINAÇÃO DO CARGO
Professor II
FORMA DE PROVIMENTO
Ingresso por concurso público de provas e títulos.
FORMA DE PROVIMENTO
Ingresso por concurso público de provas e títulos.
ATRIBUIÇÕES
1. Atividades de suporte pedagógico direto à docência na educação básica, voltadas para planejamento,
administração, supervisão, orientação c inspeção escolar, incluindo, entre outras, as seguintes atribuições:
1.1. Coordenar a elaboração e a execução da proposta pedagógica da escola;
1.2 Administrar o pessoal e os recursos materiais e financeiros da escola, tendo em vista o atingimento de
seus objetiveis pedagógicos;
1.3. Assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidos;
1.4. Velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;
1.5. Prover meios para recuperação dos alunos de menor rendimento;
1.6. Promover a articulação com as familias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade
com a escola;
1.7. Informar os pais c responsáveis sobre a freqüência c o rendimento dos alunos, bem como sobre a
extenção da proposta pedagógica da escola;
1.8. Coordenar, no âmbito da escola, as atividades de planejamento, avaliação c
desenvolvimento profissional;
1.9. Acompanhar o processo de desenvolvimento dos estudantes, em colaboração com os docentes e as
famílias;
1.10. Elaborar estudos, levantamentos qualitativos e quantitativos indispensáveis ao
desenvolvimento do sistema ou rede de ensino ou da escola;
1.11. Elaborar, acompanhar e avaliar os planos, programas c projetos votados para o desenvolvimento do
sistema c/ou rede de ensino e de escola, em relação a aspectos pedagógicos, administrativos,
financeiros, de pessoal e de recursos materiais.
1.12. Acompanhar e supervisionar o funcionamento das escolas, zelando pelo cumprimento da legislação c
normas educacionais e pelo padrão de qualidade «le ensino.
CAPITULO 1 3 — ANTEPROJETOS DE LEI
DENOMINAÇÃO DO CARGO
Professor
DENOMINAÇÃO DO CARGO
Professor I
FORMA DE PROVIMENTO
Ingresso por concurso público de provas e títulos.
ATRIBUIÇÕES
1. Docência na educação infantil e/ou anos iniciais do ensino fundamental, incluindo, entre
outras, as seguintes atribuições:
1.1. Participar na elaboração da proposta pedagógica da escola.
1.2.Elaborar e cumprir plano de trabalho segundo a proposta pedagógica da escola.
1.3. Zelar pela aprendizagem dos alunos.
1.4. Estabelecer e implementar estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento.
1.5. Ministrar os dias letivos c as horas-aula estabelecidos.
1.6. Participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento
profissional.
1.7. Colaborar com as atividades de articulação com as famílias e a comunidade.
1.8. Desincumbir-sc das demais tarefas indispensáveis ao atendimento dos fins educacionais da escola c do
processo de ensino-aprendizagem.
2. Atividades de suporte pedagógico direto à docência na educação infantil e/ou nos anos
iniciais do ensino fundamental, soltadas para a administração, planejamento, inspeção, supervisão
e orientação educacional, incluindo, entre outras, as seguintes atribuições: 2.1. Coordenar a elaboração e
execução da proposta pedagógica da escola. 2.2 Administrar o pessoal e os recursos materiais e financeiros
da escola, tendo em vista o atingimento
de seus objetivos pedagógicos. 23. Assegurar o cumprimento dos dias
letivos c horas-aula estabelecidos.
2.4. Zelar pelo cumprimento do plano de trabalho dos docentes.
2.5. Prover meios para a recuperação dos alun< >s de menor rendimento.
2.6. Promover a articulação com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade
com a escola.
2.7. Informar os pais ou responsáveis sobre a freqüência c o rendimentos dos alunos, bem como
sobre a execução da proposta pedagógica da escola.
Z8. Coordenar, no âmbito da escola, as atividades de planejamento, avaliação e desenvolvimento
profissional. 2.9.. Acompanhar e orientar o processo de desenvolvimento dos estudantes, em
colaboração com os
docentes c as familias. 2. 10 Elaborar estudos, levantamentos qualitativos e quantitativos
indispensáveis ao desenvolvimento
do sistema ou rede de ensino ou da escola.
2.11. Elaborar, implementar, acompanhar e avaliar planos, programas c projetos voltados para o
desenvolvimento do sistema c/ou rede de ensino e da escola, em relação a aspectos pedagógicos,
administrativos, financeiros, de pessoal e de recursos materiais.
2.12. Acompanhar e supervisionar o funcionamento das escolas, zelando pelo cumprimento da legislação e
normas educacionais e pelo padrão de qualidade de ensino.
DENOMINAÇÃO DO CARGO
Professor II
FORMA DE PROVIMENTO
Ingresso por concurso público de provas e títulos.
ATRIBUIÇÕES
1. Docência nos anos finais do ensino fundamental c/ou no ensino médio, incluindo,
entre outras, as seguintes atribuições:
1.1. Participar na elaboração da proposta pedagógica da escola.
1.2. Elaborar e cumprir plano de trabalho segundo a proposta pedagogica da escola.
1.3. Zelar pela aprendizagem dos alunos.
1.4 Estabelecer e implementar estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento.
1.5. Ministraros dias letivos e as horas-aula estabelecidos.
1.6. Participar integralmente dos periódicos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento
profissional.
1.7. Colaborar com as atividades de articulação com as famílias e a comunidade.
1.8. Desincumbir-se das demais tarefas indispensáveis ao atendimento dos fins educacionais da escola e do
processo de ensino-aprendizagem.
2. Atividades de suporte pedagógico direto à docência nos anos finais do ensino
fundamental e/ou no ensino médio, voltadas para a administração, planejamento,
inspeção, supervisão c orientação educacional, incluindo, entre outras, as seguintes
atribuições:
2.1. Coordenar a elaboração e execução da proposta pedagógica da escola.
2.2. Administrar o pessoal c os recursos materiais e financeiros da escola, tendo em vista o atingimento de
seus objetivos pedagógicos.
23. Assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidos.
24. Zelar pelo cumprimento do plano de trabalho dos docentes.
2.5. Prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento.
2.6. Promover a articulação com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade
com a escola.
2.7. Informar os pais ou responsáveis sobre a freqüência e o rendimentos dos alunos, bem como sobre a
execução da proposta pedagógica da escola.
2.8. Coordenar, no àmbito da escola, as atividades de planejamento, avaliação e desenvolvimento
profissional.
29. Acompanhar c orientar o processo de desenvolvimento dos estudantes, em colaboração com os
docentes e as familias.
2.10. Elaborar estudos, levantamentos qualitativos e quantitativos indispensáveis ao desenvolvimento do
sistema ou rede de ensino ou da escola.
2.11. Elaborar, implementar, acompanhar c avaliar planos, programas e projetos voltados para o
desenvolvimento do sistema e/ou rede de ensino c da escola, em relação a aspectos pedagógicos,
administrativos, financeiros, de pessoal c de recursos materiais.
2.12. Acompanhar c supervisionar o funcionamento das escolas, zelando pelo cumprimento da legislação e
normas educacionais e pelo padrão de qualidade de ensino.
PLANO DE CARREIRA
E REMUNERAÇÃO DO
MAGISTÉRIO
PUBLICO
1
Deve cercar-se de atenção a eventual consulta à bibliografia, citada ao final, uma vez que aquelas
obras ainda nao estão atualizadas em relação às últimas alterações constitucionais (em especial a
Emenda Constitucional nº 19/98) e legais (alterações da Lei nº 8.112/90, inclusive pela Lei nº
9.527, de 10 de dezembro de 1997).
CAPITULO 14 — CONCEITOS
estabilidade ...........14.1.23
estágio probatório ............ 14.1.22
estatuto dos servidores públicos...............14.1.1
exercício...........14.1.21
função .......... 14.1.12
funções de magistério ............ 14.2.3.1
gratificação ........... 14.1.38
hora-atividade ........... 14.2.3.6
hora-aula ...........14.2.3.5
indenizações........... 14.1.37
jornada de trabalho............. 14.2.3.4
lotação........... 14.1.33
magistério público municipal................ 14.2.1.3
magistério público municipal.............14.2.2.5
nível .............14.1.31
nomeação ........... 14.1.18
padrão ou referência............. 14.1.32
pedagogo ........... 14.2.2.2
plano de carreira............ 14.1.3
posse e investidura ............14.1.19
professor............14.2.1.1
professor............ 14.2.2.1
progressão e promoção...............14.1.24
provimento ............14.1.17
quadro ...........14.1.4
readaptação............ 14.1.26
regime celetista........... 14.1.6
regime estatutário ............14.1.8
regime jurídico ........... 14.1.5
remuneração............14.1.35
servidor............14.1.15
tempo integral (dedicação integral) e dedicação exclusiva .............. 14.1.41
vantagem ou vantagem pecuniária ............. 14.1.36
vencimento ........... 14.1.34
14.1. CONCEITOS GERAIS
A referência c feita apenas em caráter ilustrativo, uma vez que os entes federados são dotados da
capacidade de dispor sobre sua própria organização, observados os princípios constitucionais (CF,
arts. 25, 29 c 32).
CAPÍTULO 14 — CONCEITOS
5
Na verdade, o qualificativo efetivo refere-se à forma de provimento do cargo e não à natureza do
cargo. Cargo efetivo seria, assim, o cargo permanente de provimento efetivo.
14.1.12. Função
É a atribuição ou o conjunto de atribuições que a administração confere a
cada categoria profissional ou comete individualmente a determinados
servidores para a execução de serviços eventuais (Meirelles, op.cit., p. 356)."
Função distingue-se de cargo na medida em que todo cargo tem função,
mas pode haver função sem cargo. As funções do cargo são definitivas, enquanto
as funções autônomas são, por índole, provisórias, dada a transitoriedade do
serviço a que visam atender. As funções permanentes da administração devem
ser desempenhadas pelos titulares de cargo, e as transitórias, por servidores
designados, admitidos ou contratados precariamente (idem).
14.1.13. Cargo de chefia e função de direção, chefia e assessoramento
Cargo de chefia é o que se destina à direção dos serviços, podendo ser de
carreira ou isolado, de provimento efetivo ou em comissão, dependendo da lei
que o instituir (Meirelles, op.cit., p. 357).
No âmbito federal, quando se trata de cargo em comissão de provimento
reservado aos servidores de carreira, em contraposição ao cargo de recrutamento
amplo, denomina-se função de direção (níveis mais altos) ou de chefia (níveis
inferiores). Igual tratamento é dado ao cargo de assessoramento, então
denominado função de assessoramento (Lei nº 8.112/90, art. 62).
14.1.14. Contrato temporário
É o contrato por tempo determinado para atender a necessidade temporária
de excepcional interesse público, aplicável aos casos definidos em lei (CF, art.
37, IX). A norma constitucional referida abrange desde a contratação temporária
para serviços comuns (pedreiros, pintores, etc.) até os serviços especializados
(professores e técnicos nacionais e estrangeiros) (Meirelles, op.cit, p. 355)
No âmbito federal, a matéria está regulada pela Lei nº 8.745, de 9 de
dezembro de 1993. Ali estão previstas, entre outras, a contratação temporária de
professor substituto e as normas aplicáveis ao caso, que se sintetizam em adoção
de processo seletivo simplificado, prazo máximo de doze meses, vedação à
contratação de servidores públicos da administração direta ou indireta e de
empregados ou servidores de entidades subsidiárias ou
'' Melhor seria dizer-se a uma categoria de servidores, sem o emprego do qualificativo profissional, a
fim de se evitar correlação com as profissões regulamentadas por lei. como a própria expressão
constitucional indica (contratação), subordina-se ao regime celetista.
CAPITÚLO 14 — CONCEITOS
8
A norma legal federal c citada apenas a título exemplificativo. De acordo com o comando
constitucional, a matéria é da competencia legislativa de cada ente estatal (União, estados, Distrito
Federal e municipios),
9
A compatibilidade de horários pressupõe a possibilidade de atendimento das obrigações de
ambos os cargos (ambos, porque a acumulação permitida refere-se a apenas dois cargos). Se
os cargos envolvidos exigem jornadas de dificil ou impossível atendimento, devido à exagerada
extensão ou à superposição, nao se pode argüir compatibilidade, tendo em vista o evidente
14.1.17. Provimento
E o ato pelo qual se efetua o preenchimento do cargo público, com a
designação de seu titular (Meirelles, op.cit., p. 360). Provimento é um evento
administrativo complexo, iniciado por ato formal próprio (nomeação),
abrangendo a posse (por meio da qual se dá a investidura) e o conseqüente
exercício (Lei nº 8.112/90, arts. 6º,7º,9º, 10,13 e 15). As formas de provimento
são definidas no estatuto, aplicando-se, portanto, aos servidores estatutários.
São várias as formas de provimento, incluindo a nomeação, a promoção
(mudança de classe), readaptação (investidura em cargo de atribuições e
responsabilidades compatíveis com a limitação que o servidor tenha sofrido em
sua capacidade física ou mental), reversão (retorno à atividade de servidor
aposentado por invalidez, quando cessados os motivos da aposentadoria),
aproveitamento (retorno à atividade de servidor em disponibilidade),
reintegração (quando invalidada a demissão por decisão administrativa ou
judicial) e recondução (retorno do servidor estável a cargo antes ocupado) (Lei nº
8.112/90, arts. 8°, 24, 25, 28, 29 e 30).
14.1.18. Nomeação
É o ato administrativo de convocação daquele que deve ser investido em
cargo público, por meio do qual se dá o provimento do cargo (Meirelles, op.cit.,
p. 372). A nomeação para cargo efetivo depende de prévia aprovação em
concurso público, observada a ordem de classificação e o prazo de validade (CF,
art. 37, II e IV, e Lei nº 8.112/90, arts. 9º e 10).
O concurso público não é exigido em relação à nomeação para cargo em
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, isto é, que
pode ser provido por pessoa estranha aos quadros de pessoal, passível
de exoneração a qualquer tempo (CF, art. 37, II).
14.1.19. Posse e investidura
A posse marca o início dos direitos e deveres funcionais. Com ela, dá-se a
investidura no cargo (Lei nº 8.112/90, art. 7º). Antes da posse não há provimento
de cargo, nem pode haver exercício da função pública. E o exercício que marca o
momento em que o servidor passa a desempenhar legalmente suas funções e
adquire direito às vantagens do cargo e à remuneração devida. Com a posse, o
cargo fica provido e não poderá ser ocupado por outrem, mas o provimento só se
completa com a entrada em exercício do nomeado (Meirelles, op.cit, p. 372/3).
14.1.20. Designação
É o ato administrativo por meio do qual se atribui função ou encargo a
alguém. O termo se aplica a várias circunstâncias administrativas, podendo
referir-se a servidor que deve assumir encargo específico (para exercer certa
função, responder pela função de outro ou representar a autoridade em órgão ou
circunstância especial) ou a pessoa estranha à administração que deve assumir
função ou encargo público (p.e., como membro de órgão colegiado ou
representante de entidade externa à administração).
14.1.21. Exercício
E o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da função de
confiança (Lei nº 8,112/90, art. 15).
14.1.22. Estágio probatório
E o período inicial de três anos de efetivo exercício de servidor titular de
cargo de provimento efetivo (CF, art. 41, caput). Dentro do período de estágio
probatório, submete-se o servidor a avaliação especial de desempenho, como
condição para a aquisição de estabilidade ao final do período (idem, § 4º).
14.1.23. Estabilidade
E a garantia constitucional de permanência no serviço público outorgada
ao servidor que, nomeado em caráter efetivo, tenha transposto o estágio
probatório (Meirelles, op.cit., p. 377). Concluído o estágio probatório, o Servidor
tornar-se-á estável, adquirindo o direito de permanência no serviço público,
do qual não poderá ser demitido a menos que cometa alguma infração
disciplinar ou incorra em alguma situação sancionável com a pena de demissão
(Dallari, op.cit., p. 81).'"
14.1.24. Progressão e promoção
Progressão é o termo genérico que indica a evolução na carreira. Pode
ocorrer de duas formas. No primeiro caso, verifica-se a mudança de padrão
(valor) de vencimento, dentro da mesma classe (obviamente apenas quando
adotado mais de um padrão de vencimento para a mesma classe), e, no segundo,
ocorre a promoção, caracterizada como a mudança para classe superior do
mesmo cargo.
As duas formas de progressão recebem, em geral, a denominação de
progressão horizontal e vertical, respectivamente. Ocorre também o uso inverso
dessas denominações.
14.1.25. Ascensão
No sentido tradicional, na administração pública, trata-se de forma derivada
de provimento, pela qual o servidor mudava de cargo, ingressando em carreira
diversa daquela a que pertencia.
Até a promulgação da Constituição de 1988, serviu como mecanismo de
burla ao princípio do concurso público. Qualquer servidor podia ser provido em
qualquer cargo, obviamente de vencimento superior ao que percebia, mediante
mero atendimento de requisitos mínimos, como a conclusão de novo nível de
escolaridade ou a aprovação em concurso interno.
10
A Emenda Constitucional nº 19/98 elevou o período do estagio probatório de dois para três anos,
mantendo, em seu artigo 28, o direito de observância do período de dois anos para os servidores
em estágio probatório na data de sua promulgação. Além disso, alterou o conceito de estabilidade
do servidor em dois pontos. Em primeiro lugar, introduziu no texto da Carta a possibilidade de
perda do cargo em decorrência de insuficiência de desempenho (CF, art. 41. § lº, III). Em segundo
lugar, abriu a hipótese de perda do cargo pelo servidor estável com a finalidade de reduzir as
despesas com pessoal ativo e inativo que ultrapassem os limites estabelecidos em lei
complementar (CF, art. 169, § 4º). A Lei Complementar nº 96/99 estabelece que as despesas com
pessoal ativo, inativo e pensionista dos municípios deverão observar o limite de sessenta por cento
da receita líquida, devendo ajustar-se a esse limite, quando em excesso, em até vinte e quatro
meses, a contar de sua vigência (lº de junho de 1999).
CAPITULO 14 — CONCEITOS
11
Nesse sentido tem-se registrado O reiterado entendimento do Supremo Tribunal Federal—STF
(v. decisões ADI-231/RJ, DJ de 13/11/92, p. 20848; MS 21420/DF-, DJ de 18/6/93, p. 12110;
RI-157538/RJ, DJ de 27/8/93, p. 17027; ADIMC-806/DF, DJ de 11/03/94, p. 4111; ADIMC-
951/sc, DJ de 11/3/94, p. 4.112; ADI-186/PR, DJ de 15/9/95, p. 29505; RF-169226/SC, DJ de
22/11/96, p. 45705; RE-167635/PA, DJ de 7/2/97, p. 1355; ADI-362/AI, DJ de 4/4/97, p.
10518; RE-168117/sc, DJ de 11/4/97, p. 12220; RE;-215635/SC).
14.1.28. Cargo isolado
E o que não se escalona em classes, por ser o único na sua categoria. Os
cargos isolados constituem exceção na administração pública, uma vez que a
hierarquia administrativa exige escalonamento das funções para aprimoramento
do serviço e estímulo aos senadores, pela promoção vertical (Meirelles, op.cit.,
p. 357).
O cargo isolado pode revestir-se de duas formas, quanto ao provimento:
cargo isolado de provimento efetivo e cargo isolado de provimento em
comissão. Este último é o cargo em comissão, que se caracteriza, entre outros
aspectos, por seu provimento de natureza temporária e pelo vínculo apenas
transitório que empresta a seu ocupante. Quanto ao cargo isolado de provimento
efetivo, apesar de referido na Lei nº 8.112/90, não tem sido adotado na
administração federal.
14.1.29. Cargo de carreira
E o que se escalona em classes, para acesso privativo de seus titulares, até o
da mais alta hierarquia profissional (Meirelles, op.cit., p. 357). Cargo de carreira
(ou dinâmico, em oposição ao cargo isolado que c, por natureza, estático) é
aquele em que o servidor, embora desempenhando a mesma espécie de serviço,
tem possibilidade de ascender gradativamente na escala hierárquica (Cretella,
op.cit., p. 427).
14.1.30. Classe
Classe é o agrupamento de cargos da mesma profissão e com idênticas
atribuições, responsabilidades e vencimentos. As classes constituem os degraus
de acesso na carreira (Meirelles, op.cit., p. 357)12 Classe é um conjunto de cargos
públicos rigorosamente semelhantes em direitos, deveres e responsabilidades, de
igual estipêndio (Cretella Jr., op.cit., p. 425).
Do ponto de vista tanto técnico quanto administrativo, a palavra encerra O
sentido de permitir o agrupamento dos cargos de forma a escalonar
hierarquicamente seus titulares, segundo graus crescentes de responsabilidade no
cumprimento das atribuições que lhes sao inerentes, aos quais correspondem
graus crescentes de vencimentos.
Duas observações: primeiro, melhor seria dizer-se categoria, em vez de profissão; segundo, o
fermo acesso é aqui empregado com o sentido de progressão.
CAPÍTULO 14 — CONCEITOS
14.1.31. Nível
Indica quase sempre o requisito de escolaridade exigido para o desempenho
das atribuições dos cargos. O conceito é técnico e se refere a uma particularidade
presente na estrutura das carreiras na realidade administrativa pública brasileira,
qual seja, a tendência de vinculação das estruturas de carreira a níveis de
escolaridade, quase sempre privilegiando a formação acadêmica (graus de
formação ou níveis de titulação).
O termo nível é, por vêzes, usado em relação à retribuição pecuniária
devida pelo exercicio do cargo, como nível de vencimento. Trata-se de uso do
termo com seu sentido vulgar.
14.1.32. Padrão ou referência
Indica o nível (sentido vulgar) de vencimento devido a cena classe, que
pode ser único para tôda a classe ou múltiplo. No âmbito federal, identifica-se o
uso de ambos os termos (padrão ou referência), com predominância do primeiro.
14.1.33. Lotação
E o número de servidores que devem ter exercício em cada repartição ou
serviço. A lotação pode ser numérica ou nominal, correspondendo a primeira aos
cargos e funções atribuídos às várias unidades administrativas, e a segunda, à
distribuição dos servidores para cada repartição, a fim de preencher os claros do
quadro numérico (Meirelles, op.cit., p. 358).
O conceito admite, assim, duas versões: a que se refere aos cargos e funções
(lotação prevista) e a que se refere aos titulares (lotação existente).
14.1.34. Vencimento
É a retribuição pecuniária pelo exercício do cargo público, com valor fixado
em lei (Lei nº 8.112/90). E o valor mensal básico devido ao servidor
úblico pelo exercício das funções inerentes ao cargo que ocupa. O valor
p correspondente ao cargo é indicado pelo respectivo padrão.
14.1.35. Remuneração
É o vencimento do cargo efetivo acrescido das vantagens pecuniárias
permanentes estabelecidas em lei (Lei do RJU, art. 41). No conceito tradicional,
distingue-se de vencimento pela inclusão dos acréscimos pecuniários percebidos
pelo servidor.
14.1.36. Vantagem ou vantagem pecuniária
É o valor acrescido ao vencimento, constituído de indenizações,
gratificações e adicionais (Lei do RJU, art. 49).
14.1.37. Indenizações
São valores devidos ao servidor em virtude de deslocamentos ou viagens a
serviço. A Lei do RJU prevê três espécies de indenização: ajuda de custo,
transporte e diárias. A par da ajuda de custo e das diárias, cujos conceitos são
usualmente conhecidos, a hei do RJU refere-se à indenização de transporte,
concedida ao servidor que realizar despesas com o uso de meio próprio de
locomoção para a execução de serviços externos (art. 60). As indenizações não
se incorporam ao vencimento ou provento (Lei 8.112/90, art. 49, § 1º, e arts. 50
a 60).
14.1.38. Gratificação
São vantagens pecuniárias atribuídas precariamente aos servidores que
estejam prestando serviços próprios da função em condições anormais de
segurança, salubridade ou onerosidade (gratificações de serviços), ou concedidas
como ajuda aos servidores que apresentem os encargos pessoais ou os fatos e
situações individuais que a lei especifica (gratificações pessoais). São de
natureza transitória e não se incorporam automaticamente ao vencimento, nem
geram direito subjetivo à continuidade de sua percepção (Meirelles, op.cit., p.
404 e 405).
As gratificações de serviço sao as relativas a trabalhos realizados com risco
de vida e saúde, a serviços extraordinários, a exercício do magistério, a
representação de gabinete, a exercício em determinadas zonas ou locais, a
execução de trabalho técnico ou científico não decorrente do cargo, a
participação em banca examinadora ou comissão de estudo ou de concurso, a
transferência de sede (ajuda de custo) e a prestação de serviços fora da sede
(diárias). como exemplo de gratificação pessoal, cita-se o salário-família
(Meirelles, op.cit., p. 407).
As gratificações só devem ser percebidas enquanto o servidor está
prestando o serviço que as enseja, daí porque não se incorporam
automaticamente ao vencimento nem são auferidas na disponibilidade e na
aposentadoria, salvo quando a lei expressamente o determina, por liberalidade
do legislador (idem, p. 405/6).
CAPÍTULO 14 — CONCEITOS
14.1.39. Adicionais
São vantagens pecuniárias que a administração concede aos servidores em
razão do tempo de exercício (adicional de tempo de serviço) ou em face da
natureza peculiar da função que exige conhecimentos especializados ou um
regime próprio de trabalho (adicionais de função). Distingue-se da gratificação
por ser o adicional uma recompensa pelo tempo de serviço do servidor ou uma
retribuição pelo desempenho de funções especiais, enquanto a gratificação é uma
compensação por serviços comuns executados em condições anormais para o
servidor ou uma ajuda pessoal em face de certas situações que agravam o
orçamento do servidor. O adicional se relaciona com o tempo ou com a função; a
gratificação se relaciona com o serviço ou com o servidor. O adicional, em
princípio, adere ao vencimento e, por isso, tem caráter permanente; a gratificação
é autônoma e contingente (Meirelles, op.cit, p. 399).
Os adicionais mais comuns são o adicional por tempo de serviço e o
adicional de função, no qual se incluem o adicional de tempo integral, de
dedicação exclusiva e de nível universitário (idem).13
14.1.40. Desempenho e avaliação de desempenho
No sentido usual, desempenho refere-se à execução de um trabalho ou
a t i v i d a d e que demanda competência e/ou eficiência. A avaliação de
desempenho tem em vista os resultados alcançados, mas também a forma de
execução, muitas vezes condicionantes daqueles, especialmente quando se trata
de atividade em que relações humanas estão mais vivamente presentes.
Em desenvolvimento organizacional, considera-se a existência de duas
variáveis fundamentais que interferem diretamente no desempenho, quais sejam,
a competência específica (representada pelo binômio conhecimento, ou saber, e
capacidade técnica, no caso, capacidade docente) e a competência interpessoal
(capacidade de relacionamento), apreciando-se cada uma delas com igual
atenção, devido aos efeitos da interferência recíproca existente entre as duas
variáveis.
Além delas , a avaliação de desempenho deve considerar o aspecto
funcional, ou seja, o cumprimento das normas que regem o cargo, como
obrigações ou restrições impostas ao titular. Nesse caso, alguns fatores
usualmente considerados na avaliação do desempenho são, p.e., a assiduidade,
13
No âmbito federal, o adicional por tempo de serviço foi extinto com a revogação do artigo 67 da Lei nº
8.112/90 pela Medida Provisória nº 8.115-1, de 6 de abril de 1999.
PIANO DE CARREIRA E REMUNERAÇÃO DO MAGISTERIO PÚBLICO
14.2.1.1. Professor
É o titular de cargo da carreira do magistério.
CAPITULO 14 — CONCEITOS
14.2.2.1. Professor
É o titular de cargo da carreira de magistério com atribuições de docência.
14.2.2.2. Pedagogo
É o titular de cargo da carreira de magistério com atribuições de suporte
pedagógico direto à docência, como as de administração escolar, planejamento,
inspeção, supervisão e orientação educacional.15
14.2.2.3. Cargo de professor
É o cargo da carreira de magistério com a atribuição de docência.
14.2.2.4. Cargo de pedagogo
É o cargo da carreira de magistério com atribuições de suporte pedagógico
direto à docência, aí incluídas as de administração escolar, planejamento,
inspeção, supervisão e orientação educacional.16
14.2.2.5. Magistério público municipal
É o conjunto de profissionais da educação titulares do cargo de professor e
do cargo de pedagogo, no âmbito do ensino público municipal.
14
A direção de escola, como função de chefia, pode e deve ser exercida por titulares de cargo
de magistério, conforme se expôs no item 4.2. deste trabalho.
15
Idem nota anterior.
16
Idem nota 14.
14.2.3. Para as duas alternativas:
17
A Resolução nº 03/97 dispõe que a experiência docente é pré-requisito para O exercício
profissional de quaisquer outras funções de magistério, nos termos de cada sistema de ensino. Daí,
deriva-se que funções do magistério é expressão genérica que inclui a docência e as funções de
suporte que lhe são peculiares.
CAPÍTULO 14 ~ CONCEITOS
CAP. 15 SIGLAS
ADCT — Ato das Disposições Constitucionais Transitórias
APAES - Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais
CEB — Câmara de Educação Básica (do Conselho Nacional de Educação)
CES - Câmara de Educação Superior (do Conselho Nacional de Educação)
CF - Constituição Federal
CFE — Conselho Federal de Educação (extinto em 1994)
CLT - Consolidação das Leis de Trabalho
CMB - Conselho Nacional de Educação
CNTE - Confederação Nacional de Trabalhadores em Educação
CONSED - Conselho Nacional de Secretários de Educação
CRUB - Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras
DE — Dedicação exclusiva
EC — Emenda constitucional
FAMURS — Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul
FGTS — Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
FUNDEF — Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino
Fundamental e de Valorização do Magistério IES -
Institutos superiores de educação
INEP — Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais INSS
- Instituto Nacional de Seguridade Social LDB - Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional MPAS — Ministério da Previdência e
Assistência Social MDE - Manutenção e desenvolvimento do ensino
MEC - Ministério da Educação MTb — Ministério do Trabalho
OMEP - Organização Mundial para a Educação Pré-Escolar PNE
- Plano Nacional de Educação
PRASEM — Programa de Apoio aos Secretários Municipais de Educação
RJU - Regime Jurídico Único
SAEB - Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica SEF -
Secretaria de Educação Fundamental (do MEC) STF — Supremo
Tribunal Federal STJ — Superior Tribunal de Justiça TCE—
Tribunal de Contas do Estado TCM — Tribunal de Contas do
Município TCU — Tribunal de Contas da União
UNDIME - União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação
UNICEF - Fundo das Nações Unidas para a Infância
PLANO DE CARREIRA
E REMUNERAÇÃO DO
MAGISTÉRIO PUBLICO
CAP. 16 BIBLIOGRAFIA
16.1. LEGISLAÇÃO E NORMAS FEDERAIS .......... 226
16.2. LEGISLAÇÃO ESTADUAL ...... 228
16.3. DOCUMENTOS OFICIAIS........ 232
16.4. TEXTOS E LIVROS....... 233
16.1. LEGISLAÇÃO E NORMAS FEDERAIS
Região Sul
Paraná
Projeto de Lei nº 151/96 que altera a Lei nº 6.892, de 20 de julho de 1977.
Santa Catarina
Lei nº 6.844, de 29 de julho de 1986. Dispõe sobre o Estatuto do Magistério
Público Estadual do Estado de Santa Catarina.
Lei nº 1.139, de 28 de outubro de 1992. Dispõe sobre Cargos e Carreira do
Magistério Público Estadual, estabelece nova sistemática de vencimentos,
institui gratificações e dá outras providências.
Região Sudeste
Espirito Santo
Lei 5.580, de 14 de janeiro de 1998. Institui o Plano de Carreira e
Vencimento do Magistério Público Estadual do Espírito Santo.
Minas Gerais
Lei nº 7.109, de 13 de outubro de 1977. Contém o Estatuto do Pessoal do
Magistério Público do Estado de Minas Gerais, e dá outras providências.
Diretrizes Básicas para o Plano de Carreira do Magistério Estadual.
Documento da Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais, de 1998.
São Paulo
Lei Complementar nº 444, de 27 de dezembro de 1985. Dispõe sobre o
Estatuto do Magistério Paulista e dá providências correlatas.
CAPITULO 16 — BIBLIOGRAFIA
Rio de Janeiro
Lei nº 1.614, de 24 de janeiro de 1990. Dispõe sobre o Plano de Carreira do
Magistério Público Estadual e dá outras providências.
Lei nº 1.721, de 25 de outubro de 1990. Dispõe sobre a remuneração do
Magistério Público Estadual.
Região Centro-Oeste
Goiás
Lei nº 12.361, de 25 de maio de 1994. Estatuto do Pessoal do Magistério
Público Estadual.
Mato Grosso
Lei nº 4.566, de 24 de junho de 1983. Dispõe sobre o Estatuto do
Magistério Público Estadual de Primeiro e Segundo Graus.
Lei Complementar nº 50, de 1º de outubro de 1998. Dispõe sobre a Carreira
dos Profissionais da Educação Básica de Mato Grosso.
Região Nordeste
Alagoas
Lei nº 5.465, de 25 de janeiro de 1993. Dispõe sobre o Estatuto do
Magistério Estadual de Primeiro e Segundo Graus e adota providências
correlatas.
Lei nº 5.599, de 07 de janeiro de 1994. Dispõe sobre a Complementação do
Plano de Cargos e Vencimentos do Serviço Civil do Poder Executivo e adota
outras providências.
Bahia
Lei nº 7.250, de 09 de janeiro de 1998. Altera a Carreira do Magistério
Público Estadual, fixa os vencimentos básicos da categoria
Ceará
Lei nº 12.066, de 13 de janeiro de 1993. Aprova a estrutura do Grupo
Ocupacional Magistério de primeiro e Segundo Graus — MAG, institui o
Sistema de Carreiras do Magistério Oficial de primeiro e Segundo Graus do
Estado e dá outras providências.
Lei nº 12.102, de 11 de maio de 1993. Complementa a Lei nº 12.066, de 13
de janeiro de 1993, que aprova a estrutura do Grupo Ocupacional Magistério de
Primeiro e Segundo Graus - MAG e dá outras providências.
Lei nº 12.416, de 17 de março de 1995. Altera as Leis nº 12.066, de 13 de
janeiro de 1993 e nº 12.102, de 11 de maio de 1993 que dispõem sobre o Grupo
Ocupacional Magistério de Primeiro e Segundo Graus — MAG e dá outras
providências.
Lei nº 12.503, de 31 de outubro de 1995. Complementa e altera a Lei nº
12.066, de 13 de janeiro de 1993, que aprova a estrutura do Grupo Ocupacional
Magistério de Primeiro e Segundo Graus — MAG e dá outras providências.
Maranhão
Lei nº 4907, de 23 de dezembro de 1985. Dispõe sobre o Estatuto do
Magistério de Primeiro e Segundo Graus do Estado do Maranhão.
Paraíba
Lei nº 4.907, de 23 de dezembro de 1985. Dispõe sobre o Estatuto do
Magistério Público do Estado da Paraíba.
Pernambuco
Lei nº 11.559, de 10 de junho de 1998. Institui o Plano de Cargos e
Carreiras — PCC, do Quadro Permanente de Pessoal do Sistema Público
Estadual de Educação e Esportes e determina providências pertinentes.
Piauí
Lei nº 4.212, de 05 e julho de 1988. Dispõe sobre o Estatuto do Magistério
Público de Primeiro e Segundo Graus do Estado do Piauí e dá outras
providências.
Projeto de Lei (Sugestão). Dispõe sobre o Estatuto do Magistério Público
de Educação Básica do Estado do Piauí adaptando à Lei Federal nº 9.394, de
CAPITULO 16 — BIBLIOGRAFIA
. Sergipe
Proposta de Estatuto do Magistério Público do Estado de Sergipe, elaborada
por Comissão Especial de Reformulação do Estatuto do Magistério Público do
Estado de Sergipe. De 1989.
Região Norte
Amapá
Lei nº 0320, de 18 de dezembro de 1991. Dispõe sobre o Estatuto do
Magistério Público do Estado do Amapá e dá outras providências.
Amazonas
Lei nº 2.377, de 03 de janeiro de 1996. Dispõe sobre o Plano de Carreiras,
Cargos e Vencimentos da Secretaria de Estado da Educação e dá outras
providências.
Pará
Lei Estadual nº 5.351, de 21 de novembro de 1986. Dispõe sobre o Estatuto
do Magistério Público Estadual do Pará,
Decreto Estadual nº 4.714, de 09 de fevereiro de 1987. Aprova o
regulamento da Lei Estadual nº 5.351, de 21 de novembro de 1986.
Lei nº 5.810, de 24 de janeiro de 1994. Dispõe sobre o Regime Jurídico
Único dos Servidores Públicos Civis da Administração Direta, das Autarquias e
das Fundações Públicas do Estado do Pará.
Rondônia
Lei Complementar nº 67, de 09 de dezembro de 1992. Institui Plano de
Carreira, Cargos e Salários do Pessoal Civil da Administração Direta do Poder
Executivo, Autarquias e Fundações, instituídas ou mantidas pelo Poder Público
Estadual e dá outras providências.
Roraima
Lei nº 110, de 21 de dezembro de 1995. Dispõe sobre a organização da
carreira do Grupo Magistério, conforme disposto na Lei Complementar nº 004,
de 22 de março de 1994, e na Lei nº 068, de 18 de abril de 1994, e dá outras
providências.
Tocantins
Lei nº 351, de 13 de janeiro de 1992. Institui a Carreira do Magistério
Público Estadual do Ensino Fundamental c Médio, e dá outras providências.
Anteprojeto de lei, de 09 de dezembro de 1997. Institui o cargo, a carreira,
os salários e o regime jurídico dos Profissionais da Educação Básica do Estado
do Tocantins, e dá outras providências.
MARIZA ABREU
Formada, pela UFRGS, em história (1972) e direito
(1988) e pós-graduada em história (1977)/78), pela
UNICAMP Professora em escolas particulares (1979/83) e
estaduais do RS (1983/91). Diretora do CPERS/Sindicato
(1987/91) e da CNTE (1989/91). Consultora legislativa da
Câmara dos Deputados (desde 1991) e representante da FAE
no RS (1993/97). Co-autora do livro "A luta dos professores
gaúchos de 1979 a 1981: o difícil aprendizado da democracia"
(Porto Alegre. LPM, 1992) e autora do livro "A organização
da educação nacional na Constituição e na LDB" (Ijuí/RS.
Unijuí. 1998). Consultora do FUNDESCOLA/ MEC (desde
1997).
RICARDO MARTINS
Bacharel em ciências econômicas pela UFRJ (1974) e
mestre em educação pelo IESAEFGV (1981). Professor em
escolas particulares no Rio de Janeiro (1971/80). Pesquisador
no IESAE/FGV (1979/80). Professor na UERJ (1980).
Professor na Universidade Católica de Brasília (1983/ 87).
Coordenador de Avaliação da CAPES/MEC (1985/89).
Diretor de Programas da CAPES/MEC (1990 e 1995/96).
Professor na Universidade de Brasília (desde 1988). Consultor
legislativo da Câmara dos Deputados (desde 1991). Consultor
do FUNDESCOLA/MEC (desde 1997).
SÔNIA BALZANO
Licenciada em história natural (1966) e pós-graduada em
supervisão educacional (1979). Professora em escolas da rede
particular (1965/73): professora, supervisora e diretora em
escolas da rede pública estadual do RS (1967/ 90) e delegada
de educação do RS (1987). Membro do Conselho Geral e da
Comissão de Educação do CPERS/ Sindicato (1988/1992).
Conselheira e presidente do Conselho Estadual de Educação
do RS (1992/98). Consultora do FUNDESCOLA/MEC (desde
1998).