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QUEREMOS QUE CRISTO REINE

– Instaurar todas as coisas em Cristo.

– A não aceitação de Cristo.

– Propagar o reinado de Cristo.

I. JESUS ESTAVA PERTO de Jerusalém e isso fez muitas pessoas


pensarem que estaria iminente a chegada do Reino de Deus, um reino –
conforme essa falsa opinião – de carácter temporal. O Senhor, imaginavam,
entraria triunfalmente na cidade depois de vencer o poder romano, e eles
teriam um lugar privilegiado quando chegasse esse momento. Esses sonhos,
tão afastados da realidade, eram uma prolongação da mentalidade existente
em muitos círculos judeus da época. Para corrigir a fundo essa mentalidade,
Jesus expôs a parábola que o Evangelho da Missa de hoje nos relata1.

Um homem de origem nobre partiu para um país longínquo a fim de receber


a investidura real. Era costume que os reis de territórios dependentes do
Império Romano recebessem o poder real das mãos do Imperador, e às vezes
tinham até que ir a Roma. Na parábola, este personagem ilustre deixou a
administração do seu território nas mãos de dez homens da sua confiança e
partiu para receber a investidura. Deu-lhes dez minas, um pequeno tesouro,
para que o fizessem render: Negociai com eles até eu voltar. Esses homens
cumpriram o encargo: emprestaram a juros, compraram e venderam.
Trabalharam bem para o seu senhor por uma longa temporada...

Ora, é isso o que a Igreja continua a fazer desde o dia em que recebeu o
imenso Dom do Espírito Santo – enviado por Cristo – e, com Ele, a infalível
palavra de Deus, a força dos sacramentos, as indulgências... “Em vinte
séculos, trabalhou-se muito; não me parece nem objectivo nem honesto –
comentava o Bem-aventurado Josemaría Escrivá – a ânsia com que alguns
querem menosprezar a tarefa dos que nos precederam. Em vinte séculos
realizou-se um grande trabalho e, com frequência, realizou-se muito bem. Em
certas épocas, houve desacertos, recuos, como também hoje há retrocessos,
medo, timidez, ao mesmo tempo que não faltam atitudes de valentia e
generosidade. Mas a família humana renova-se constantemente; em cada
geração é necessário continuar com o empenho de ajudar o homem a
descobrir a grandeza da sua vocação de filho de Deus, e inculcar-lhe o
mandamento do amor ao Criador e ao próximo”2. A vida é um tempo para fazer
frutificar os bens divinos.

Corresponde-nos a cada um, a cada cristão, fazer render agora o tesouro de


graças que o Senhor deposita nas nossas mãos, enquanto “vivificados e
congregados no seu Espírito, caminhamos para a consumação da história
humana, que coincide plenamente com o seu desígnio de amor: Restaurar
todas as coisas em Cristo, as que estão nos céus e as que estão na terra (Ef 1,
10)”3. Esta é a nossa tarefa até o momento em que o Senhor volte para cada
um, isto é, até o momento da nossa morte: procurar com empenho que o
Senhor esteja presente em todas as realidades humanas. Nada é alheio a
Deus, pois todas as coisas foram criadas por Ele, e para Ele se dirigem, dentro
da autonomia própria de cada uma: os negócios, a política, a família, o
desporto, o ensino...

Eis que venho depressa – diz hoje o Senhor –, e a minha recompensa está
comigo, para retribuir a cada um segundo as suas obras. Eu sou o Alfa e o
Ómega, o primeiro e o último, o princípio e o fim 4. Só n’Ele os nossos afazeres
aqui na terra encontram o seu sentido. A Igreja inteira é depositária do tesouro
de Cristo: quando cada um de nós luta por ser fiel aos seus deveres, aos
compromissos que adquiriu como cidadão e como cristão, a santidade de Deus
cresce no mundo.

II. ENQUANTO aqueles administradores fiéis procuravam com empenho


fazer render o tesouro do seu senhor, muitos dos seus
concidadãos aborreciam-no; e enviaram atrás dele uma embaixada
encarregada de dizer: Não queremos que ele reine sobre nós. O Senhor deve
ter introduzido com muita pena estas palavras no meio do relato, pois fala de Si
mesmo: Ele é o homem ilustre que partiu para terras longínquas. Jesus via nos
olhos de muitos fariseus um ódio crescente e a rejeição mais completa. Quanto
maior era a sua bondade e maiores as provas de misericórdia que dava, mais
crescia a incompreensão que se podia notar em muitos rostos. Essa rejeição
tão frontal, que pouco tempo depois atingiria o seu ponto culminante na Paixão,
deve ter sido muito dura para o Mestre.

O Senhor também quis aludir à recusa de que seria objecto ao longo dos
séculos. Acaso é menor a que hoje se dá? São menores o ódio e a
indiferença? Na literatura, na arte, na ciência..., nas famílias..., parece ouvir-se
um alarido gigantesco: Nolumus hunc regnare super nos!, não queremos que
Ele reine sobre nós! Ele, “que é o autor do universo e de cada uma das
criaturas, e que não se impõe com atitudes de domínio, mas mendiga um
pouco de amor, mostrando-nos em silêncio as suas mãos chagadas.

“Como é possível, então, que tantos o ignorem? Por que se ouve ainda esse
protesto cruel: Nolumus hunc regnare super nos (Lc 19, 14), não queremos que
Ele reine sobre nós? Há na terra milhões de homens que se defrontam assim
com Jesus Cristo, ou melhor, com a sombra de Jesus Cristo, porque, na
realidade, o verdadeiro Cristo, não o conhecem, nem viram a beleza do seu
rosto, nem perceberam a maravilha da sua doutrina.

“Diante desse triste espectáculo, sinto-me inclinado a desagravar o Senhor.


Ao escutar esse clamor que não cessa, e que se compõe não tanto de palavras
como de obras pouco nobres, experimento a necessidade de gritar bem
alto: Oportet illum regnare! (1 Cor 15, 25), convém que Ele reine [...]. O Senhor
impeliu-me a repetir, desde há muito tempo, um grito silencioso: Serviam!,
servirei. Que Ele nos aumente as ânsias de entrega, de fidelidade à sua
chamada divina – com naturalidade, sem ostentação, sem ruído –, no meio da
rua. Agradeçamos-lhe do fundo do coração. Elevemos uma oração de súbitos,
de filhos!, e a nossa língua e o nosso paladar experimentarão o gosto do leite e
do mel, e nos saberá a favo cuidar do reino de Deus, que é um reino de
liberdade, da liberdade que Ele nos conquistou (cfr. Gal 4, 31)”5.

Pôr-nos-emos a serviço de Cristo como nosso Rei e Senhor que é, como


Salvador da Humanidade inteira e de cada um de nós. Serviam!, servirei,
Senhor, é o que dizemos na intimidade da nossa oração.

III. DEPOIS DE ALGUM TEMPO, aquele senhor voltou com a investidura


real e recompensou generosamente os servos que tinham trabalhado por fazer
render o que haviam recebido; mas castigou duramente os que na sua
ausência o tinham rejeitado, e sobretudo um dos administradores que havia
perdido o tempo e não fizera render a mina que recebera. “O mau servo não se
aplicou e nada devolveu; não honrou o seu amo e foi castigado. Glorificar a
Deus é, pelo contrário, dedicar as faculdades que Ele me deu para conhecê-lo,
amá-lo e servi-lo, e assim devolver-lhe todo o meu ser”6.

Este é o fim da nossa vida: dar glória a Deus aqui na terra pelo bom uso de
todas as coisas que recebemos, e depois na eternidade, com a Virgem, os
anjos e os santos. Se o tivermos sempre presente, que bons administradores
seremos dos dons que o Senhor nos quis dar para com eles ganharmos o Céu!

“Nunca vos arrependereis de tê-Lo amado”, costumava dizer Santo


Agostinho7. O Senhor é bom pagador já nesta vida quando somos fiéis. Que
será no Céu! Agora temos que propagar o reinado de Cristo na terra, no meio
da sociedade em que nos movemos; sentir-nos permanentemente
responsáveis por dilatá-lo no ambiente em que nos desenvolvemos, a começar
pela nossa família: “Não abandoneis os vossos pequenos; contribuí para a
salvação do vosso lar com todo o esmero”8, aconselhava vivamente o santo
bispo de Hipona.

Nestes dias, enquanto esperamos a Solenidade de Cristo Rei, podemos


preparar-nos para ela repetindo algumas jaculatórias que venham a
dizer: Regnare Christum volumus!, queremos que Cristo reine! E que esse
reinado seja uma realidade em primeiro lugar na nossa inteligência, na nossa
vontade, no nosso coração, em todo o nosso ser9. Por isso pedimos: “Meu
Senhor Jesus: faz que eu sinta e secunde de tal modo a tua graça, que esvazie
o meu coração..., para que o preenchas Tu, meu Amigo, meu Irmão, meu Rei,
meu Deus, meu Amor!”10

(1) Lc 19, 11-28; (2) São Josemaría Escrivá, É Cristo que passa, n. 121; (3) Concílio Vaticano
II, Constituição Gaudium et spes, 45; (4) Apoc 22, 12-13; (5) São Josemaría Escrivá, É Cristo
que passa, n. 179; (6) Joseph Tissot, La vida interior, pág. 102; (7) cfr. Santo
Agostinho, Sermão 51, 2; (8) Santo Agostinho, Sermão 94; (9) cfr. Pio XI, Carta Encíclica Quas
primas, 11.12.25; (10) São Josemaría Escrivá, Forja, n. 913.
(Fonte: Website de Francisco Fernández Carvajal AQUI)

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