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ALVENARIA

MANUAL DO PROCESSO CONSTRU-


TIVO POLI—ENCOL: BLOCOS E
Liujjimuua
PRÉ-MOLDADOS

r 5 M N I
CONVÊNIO EPUSP/EHCOL Rt. M . Eé/9i

CONVÊNIO EPU8P/CPqDCC - PROJETO


EP/EN-5
Dcsanvolvimento da U« Novo
Procasso Construtivo cm Alvanaria
Estrutural Nlo Armada da Blocos
da Concrato
—-——- •—
Ralatório Técnico R5-Ê6/91

MANUAL DO PROCESSO CONSTRUTIVO


POLX-ENCOL: BL0C08 E PRi-MOLDADOB

OUTUBRO/1991
COWiNIO EPUSP/DCOt Rt.no. U H i Projeto EP/EK-5

SUMARIO

Í. APRESENTAÇÃO 5

2. INTRODUÇÃO 8

3. BLOCOS DE CONCRETO

3.1 PROJETOS DAS INSTALAÇÕES DA USINA


3.1.1 RECOMENDAÇÕES GERAIS
3.1.3 INSTALAÇOES PARA A CURA DE BLOCOS
3.1.8.1 TIPOS DE CURA
3.1.2.2 O USO DO VAPOR NA CURA DE BLOCOS
3.1.2.3 VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS
SISTEMAS DE CURA DE BLOCOS DE
CONCRETO
3.1.2.4 CONDICOES DO VAPOR
3.1.2.5 VELOCIDADE DE SAÍDA DO VAPOR
3.1.2.6 DISPOSIÇÃO E CAPACIDADE DAS
CÂMARAS DE CURA
3.1.2.7 DETALHES CONSTRUTIVOS DAS INSTA-
LAÇÕES DE CURA A VAPOR
3.1.3 LABORATÓRIO DE ENSAIOS DE BLOCOS
3.1.3.1 PROJETO: RECOMENDAÇÕES GERAIS
3.1.4 OBSERVAÇÕES

3.2 PRODUCSO
3.2.1 PROCEDIMENTOS PARA CURA DE BLOCOS
3.2.1.1 CICLO DE CURA NATURAL
3.2.1.2 CICLO DE CURA A VAPOR
3.2.2 ESTOCADEM E TRANSPORTE DE INSUMOS
3.2.2.1 AGREGADOS
3.2.2.2 CIMENTO
3.2.2.3 ADITIVOS
COMHIO EPUSP/DCOL Rt . «o, U m Projeto EP/EN-5

3.8.8.4 ÁGUA 47
3.8.3 TRANSPORTE DE BLOCOS NA USINA 47
3.£.4 DOSAGEM 48
3.8.5 MISTURA 58
3.8.6 MOLDAGEM 53
3.8.7 ESTOCAGEM DE BLOCOS 54
3.8.8 PROBLEMAS E SOLUÇÕES NA CURA DE
BLOCOS DE CONCRETO 58

3.3 CONTROLE DE QUALIDADE 61


3.3.1 CONTROLE DE RECEBIMENTO DE AGREGADOS 61
3.3.1.1 AREIAS 63
3.3.1.8 PEDRISCO (BRITA 0) 65
3.3.1.3 PROCEDIMENTO PARA SELEÇÃO E
ENSAIOS EXPEDITOS 67
3.3.8 CONTROLE DE CURA 69
3.3.3 CONTROLE DE ACEITAÇÃO DE BLOCOS NA USINA 78
3.3.3.1 CLASSIFICAÇÃO DOS BLOCOS 78
3.3.3.8 DEFINIÇÃO DE LOTES E AMOSTRAGEM
DE BLOCOS NA USINA 73
3.3.3.3 DIHENSÕES DOS BLOCOS 76
3.3.3.4 TOLERÂNCIA DIMENSIONAL 76

3.4 ACEITAÇÃO 77

4. MARCO EM ARGAMASSA ARMADA 78

4.1 INSTALAÇÕES DA USINA 78


4.1.1 FASES DA PRODUÇÃO 79
4.1.8 DISPOSIÇÃO DAS ETAPAS DA LINHA DE PRODUÇÃO 80
4.1.3 DEFINIÇÃO DO TAMANHO DA INSTALAÇÕES 88
4.1.3.1 ESTOCAGEM DE MATERIAIS 83
4.1.3.8 PREPARO DA ARMADURA 84
4.1.3.3 PREPARO DAS FÔRMAS 87
4.1 .3.4 ARGAMASSAGEM 87
4.1.3.5 CURA 88
CONViMID EPÜSP/DCOl Rt. w . 86/Vi Projeto EP/EM-5

4.1.3.6 TRATAMENTO SUPERFICIAL 90


4.1.3.7 ESTOCAGEM 91
4.1.4 EQUIPAMENTOS 98
4.1.5 TRANSPORTE 98
4.1.6 FÔRMAS 95
4.1.6.1 MANUSEIO E MANUTENÇÃO DAS FÔRMAS 96

4 . 8 PROJETO 97
4.8.1 DIMENSÕES 99
4 . 8 . 8 PESO iee
4 . 8 . 3 ESPECIFICAÇÕES 101

4.3 PRODUÇÃO 103


4.3.1 MATERIAIS E TRAÇOS 103
4.3.8 PREPARO DA ARMADURA 104
4.3.8.1 CORTE 104
4.3.2.8 DOBRA 104
4.3.8.3 COLOCAÇÃO DOS ESPAÇADORES 108
4.3.8.4 ESTOCAGEM DA TELA PRONTA 109
4.3.3 PREPARO DAS FÔRMAS 109
4.3.4 AR6AMASSAGEM 110
4.3.5 CURA 112
4.3.6 TRATAMENTO SUPERFICIAL 114
4.3.7 PINTURA 114

4.4 CONTROLE DE PRODUÇÃO 115


4.5 TRANSPORTE E ESTOCAGEM 116

5. OUTROS PRÉ-MOLDADOS 117


5.1. DESCRIÇÃO DOS COMPONENTES 117
5.1.1. VERGAS 117
5.1.8. ESCADA "JACARÉ" 183
5.1.3. ESCADA MODULAR EM PRÉ-MOLDADO LEVE 130

3
COWÈHIO EPUSP/DCOL Rt. no. 86/91 Projeto EP/EM-5

5.2. PRODUÇÃO DOS COMPONENTES 134


5.2.1. TRAÇO 134
5.2.2. FÔRMA E DESFORMA 134
5.2.3. CURA 134

6. ADUELAS METÁLICAS ENVOLVENTES 136

7. EQUIPE TÉCNICA 198

ANEXO A - DETALHES CONSTRUTIVOS PARA O PROJETO


DE CÂMARAS DE CURA 139

ANEXO B - EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS PARA A EXECUÇÃO


DOS ENSAIOS DE CONTROLE DOS BLOCOS DE
CONCRETO 156

ANEXO C - EXEMPLO NUMÉRICO DO ESTABELECIMENTO DA DOSA-


GEM PARA A PRODUÇÃO DE BLOCOS DE CONCRETO 161

ANEXO D - DIMENSÕES DOS BLOCOS UTILIZADOS NO PROCESSO


POLI-ENCOL 179

ANEXO E - PROCEDIMENTOS DE ENSAIO PARA O CONTROLE DE


QUALIDADE DOS BLOCOS DE CONCRETO NA USINA 180

ANEXO F - EQUIPAMENTOS EMPREGADOS NA PRODUÇÃO DE


MARCOS EM ARGAMASSA ARMADA 184

4
CONVÊNIO EPÜSP/EHCOL Rt. no. Eé/?i Projeto EP/EN-5

1 APRESENTAÇÃO

O Processo C o n s t r u t i v o Poli-Encol CRI A l v e n a r i a Estrutural


Não Armada de B l o c o s de C o n c r e t o foi desenvolvido no â m b i t o
do c o n v ê n i o de p e s q u i s a c e l e b r a d o entra a Escola Politécnica
d a U n i v e r s i d a d e de S ã o P a u l o e a Encol E n g e n h a r i a Comércio e
Indúst ria S.A..

0 desenvolvimento deste novo processo construtivo veio


atender aos objetivos de substituir o antigo processo
c o n s t r u t i v o em a l v e n a r i a estrutural utilizado pela Encol,
conhecido como Processo Girassol, trazendo em suas
c a r a c t e r í s t i c a s um a u m e n t o da racionalização construtiva,
t a n t o nas fases de p r o j e t o , bem como de execução, aumentando
a produtividade e diminuindo desperdícios e custos. No
desenvolvimento procurou-se respeitar a "tradição
c o n s t r u t i v a " da e m p r e s a em obras de alvenaria estrutural,
incorporando técnicas e d e t a l h e s construtivos desenvolvidos
em cada regional, como também considerando as
c a r a c t e r í s t i c a s e s p e c i f i c a s de cada região.

O u t r o objetivo foi o de possibilitar a aplicação deste


processo a uma maior faixa de empreendimentos, dando a ele
m a i s flexibilidade q u a n t o a tipologia dos edifícios (através
de m e d i d a s como: a u m e n t o do número máximo de pavimentos que
p o d e m ser atingidos, u t i l i z a ç ã o racionalizada de pilotis,
e t c ) , bem como a t r a v é s do aumento da qualidade do produto
final, com a conseqüente eliminação ou diminuição de
problemas patológicos.

No d e s e n v o l v i m e n t o d e s t e p r o j e t o , juntamente com a equipe de


pesquisadores da EPUSP-CPqDCC, contribuíram efetivamente
p a r a a sua e l a b o r a ç ã o d i v e r s o s profissionais da Encol. Pode-
se contar ainda, com a inestimável participação dos
c o n s u l t o r e s técnicos. C o m o resultado final, acredita-se que
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. Projeto EP/EN-5

st t e n h a contribuído efetivamente para o desenvolvimento


t e c n o l ó g i c o da A l v e n a r i a Estrutural n o Pais.

A aplicação deste p r o c e s s o c o n s t r u t i v o fica condicionada ao


respeito das recomendações feitas, neste e nos outros
documentos finais, que englobam desde a fabricação de
c o m p o n e n t e s , até o p r o j e t o e a e x e c u ç ã o dos edifícios.

Com a elaboração do presente manual técnico, procurou-se


consolidar o primeiro estágio de desenvolvimento
tecnológico, o qual deverá ser c o n t i n u a m e n t e aperfeiçoado,
na medida d a aplicação do processo ao longo do tempo,
incorporando os aprimoramentos que venham a ser
desenvolvidos.

Neste documento e nos demais d o c u m e n t o s de consolidação do


processo construtivo, procurai—se-á registrar todas a
i n o v a ç õ e s propostas e p e c u l i a r i d a d e s do Processo Poli-Encol.
Não é, entretanto, objetivo desta série de documentos
c o n s t i t u i r um "manual geral sobre alvenaria estrutural".
A s s i m as informações sobre assuntos relativos a Alvenaria
Estrutural ou Processos Construtivos não contemplados por
estas publicações deverão ser obtidas da bibliografia
t é c n i c a disponível sobre cada assunto.

0 Processo Construtivo Poli-Encol em alvenaria estrutural


e s t a d e s c r i t o nos s e g u i n t e s d o c u m e n t o s básicos-.

- hanual do P r o c e s s o C o n s t r u t i v o Poli-Encol: Projeto;

- Hanual do P r o c e s s o C o n s t r u t i v o Poli-Encol: Execução;

- Manual do Processo C o n s t r u t i v o Poli-Encol: Usina de


B l o c o s de Concreto e Pré-moldados;

6
CONVÊNIO EPÜSP/ENCOL Rt . no. U m Projeto tf/EH-5

- Manual do P r o c e s s o Construtivo Poli-Encol: Projeto


Estrutural.

Os t r ê s primeiros documentos desta série foram elaborados


pela equipe de p e s q u i s a d o r e s da E P U S P / C P q D C C e o último
deles pela Encol e s e u s consultores, s u p e r v i s i o n a d o s pelos
primeiros.

R e c o m e n d a - s e ainda, que sejam o b s e r v a d o s na execução dos


vários sub-sistemas do edifício (tais com r e v e s t i m e n t o s de
parede, revestimentos de piso e contra-piso), os
procedimentos especificados e desenvolvidos pelos demais
projetos de pesquisa executados no âmbito do Convênio
EPUSP/ENCOL.
COWÈHIO EPUSP/DCOL Rt. no. E6/V1 Projeto EP/EK-5

£• INTRQDUC8Q

O presente manual de b l o c o s e p r é - m o l d a d o s , é d e s t i n a d o aos


profissionais envolvidos com a fabricação destes elementos
e m p r e g a d o s no Processo Construtivo Poli/Encol. E l e tem por
o b j e t i v o apresentar detalhadamente as características de
f a b r i c a ç ã o e e s p e c i f i c a ç ã o dos componentes, bem c o m o sugerir
p r o c e d i m e n t o s de p r o d u ç ã o e controle.

As informações foram s e l e c i o n a d a s e apresentadas d a maneira


mais direta possível, sem muitas vezes, relacionar os
procedimentos recomendados com os fundamentos p e l o s quais
foram elaborados. Foi d a d o maior destaque a produção de
b l o c o s de concreto, por ser este o principal c o m p o n e n t e do
processo construtivo, do qual depende a qualidade e
c o n f i a b i l i d a d e do sistema como um todo. É também dado
destaque especial para a produção de contra-marcos de
a r g a m a s s a armada, por ser este um elemento cujo custo é
b a s t a n t e significativo d e n t r o do processo c o n s t r u t i v o e que
p o s s u i maior c o m p l e x i d a d e de produção quando c o m p a r a d o com
os d e m a i s pré-moldados.

A l g u m a s das informações c o n t i d a s neste documento, figuram


t a m b é m nos outros d o i s m a n u a i s (de projeto e de execução),
p o r é m com o enfoque voltado às decisões que devem ser
t o m a d a s na etapa de p r o d u ç ã o dos c o m p o n e n t e s .

Ao longo deste manual, estão indicadas uma série de


d i r e t r i z e s através d a s quais se p r o c u r a dar à p r o d u ç ã o de
blocos e pré-moldados o mesmo nível de racionalização e
p r o d u t i v i d a d e inerentes ao processo construtivo como um
t odo.

8
CONViMIO EPUSP/EWCOl Rt. no. e6/?l Projeto EP/EK-5

Este capítulo refere-se k f a b r i c a d o de blocos de concreto


para o processo P r o c e s s o Poli/Encol, Ele é d e s t i n a d o a todo
pessoal responsável pela produção e qualidade dos
c o m p o n e n t e s , nas u s i n a s d a s regionais da empresa.

Os p r o c e d i m e n t o s aqui a p r e s e n t a d o s visam eliminar o s m é t o d o s


e m p í r i c o s aplicados na maior parte das vezes à p r o d u ç ã o de
b l o c o s de concreto. D e s t a forma, espera-se que as d e c i s õ e s
t o m a d a s dentro da u s i n a sejam, de agora por diante, fruto de
uma a n á l i s e crítica que permita aumentar a qualidade do
p r o d u t o e diminuir os d e s p e r d í c i o s de insumos.

As r e c o m e n d a ç õ e s a serem seguidas são fruto de extensa


pesquisa baseada principalmente em trabalho prático e
e x p e r i ê n c i a de técnicos da própria Encol e da EPUSP.

3 1 P R O J E T O S DAS INSTALAÇÕES DA USINA

S e r ã o abordados neste item os assuntos mais importantes


r e l a t i v o s ao projeto de instalações para produção de b l o c o s
de c o n c r e t o . Será dada ênfase às instalações d e s t i n a d a s a
cura de blocos uma vez que estas representam o maior
i n v e s t i m e n t o na implantação e requerem conhecimento técnico
m a i s específico. P r o c u r a - s e ainda explicar o funcionamento
dos s i s t e m a s de cura, as vantagens e desvantagens das o p ç õ e s
a p r e s e n t a d a s , com o intuito de facilitar a decisão dos
p r o j e t i s t a s envolvidos no processo de escolha.

D e s c r e v e m - s e também, as principais recomendações para a


i n s t a l a ç ã o de um laboratório para ensaios de blocos de
concret o.

9
CtttâMIO EPUSP/DCOL Rt. no. EA/91 Projeto EP/EN-S

3.1.1 REC0MENDAÇBE8 GERAX8

O projeto das i n s t a l a ç õ e s d a u s i n a p r o d u t o r a de b l o c o s deve


ser s u i a d o pelos m e s m o s p r i n c í p i o s n o r t e a d o r e s do P r o c e s s o
Poli/Encol-. melhorar a qualidade com redução de
d e s p e r d í c i o s de materiais, mão-de-obra, tempo e recursos
financeiros.

Assim recomenda-se avaliar criteriosamente as opções


e x i s t e n t e s para o p r o j e t o e e s p e c i f i c a ç ã o de e q u i p a m e n t o s e
m a t e r i a i s passíveis de s e r e m e m p r e g a d o s na instalação da
usina.

0 estudo deve começar pela caracterização topográfica e


g e o l ó g i c a das c o n d i ç õ e s d o terreno onde serão instalados os
e q u i p a m e n t o s de produção e apoio, como: vibro-prensa para
m o l d a g e m dos blocos, p á t e o para m a n o b r a das empilhadeiras,
o f i c i n a s para concerto e m a n u t e n ç ã o das máquinas, depósito
de ferramentas e materiais, sala de máquinas onde ficará o
g e r a d o r de vapor e seus periféricos, câmaras de cura,
depósitos de agregados, laboratório de ensaios e
almoxarifado de materiais. Todos estes equipamentos e
instalações possuem características específicas, o que
obriga o projetista avaliá-los individualmente
p r i n c i p a l m e n t e quanto a sua localização, posicionamento,
f u n d a ç õ e s e proteção.

A localização dos silos de agregados deve facilitar o


r e c e b i m e n t o de c a r r e g a m e n t o s pelos caminhões. Além disso, a
d i s t â n c i a dos silos em r e l a ç ã o ao elevador de agregados ou
correia transportadora deve ser minimizada para evitar
p e r d a s ou atraso no transporte.

iC
CONVÊNIO EPÜSP/EMCOL RI. M . Eé/Ví Projrto EP/EH-5

Os agregados também podem ser estocados em páteos


pavimentados destinados especialmente à secagem dos mesmos.
E s t e s páteos devem f a c i l i t a r o controle de qualidade da
p r o d u ç ã o ninimizando a importante i n f l u ê n c i a que a u m i d a d e
dos materiais possui na m o l d a g e m dos b l o c o s . A v a r i a ç ã o de
u m i d a d e dos m a t e r i a i s tem r e f l e x o s nas c a r a c t e r í s t i c a s dos
blocos produzidos, especialmente na variabi1 idade da
r e s i s t ê n c i a . Uma forma de minimizar a v a r i a ç ã o da u m i d a d e
dos agregados é a t r a v é s da u t i l i z a ç ã o de e s t o q u e s cobertos.
Esta última opção p o r é m , deve ser p o n d e r a d a por u m a a n á l i s e
de c u s t o / b e n e f i c i o . Estes páteos servem ainda como estoque
e x t r a de material

D e v e - s e procurar também m i n i m i z a r a interferência de uma


área de produção com outra. 0 mesmo princípio pode ser
a p l i c a d o para as á r e a s de apoio à produção. Assim, por
e x e m p l o , deve-se d e i x a r livre a área e n t r e a m á q u i n a e as
câmaras de cura. Este espaço deve ser reservado para
manobras da empilhadeira que transporta as gaiolas de
b l o c o s . Recomenda-se também, a demarcação das p l a t a f o r m a s de
c o l o c a ç ã o das gaiolas a serem a b a s t e c i d a s com os blocos
recém-moldados.

P a r a minimizar as distâncias a serem percorridas pelas


e m p i 1 h a d e i r a s , s u g e r e - s e p o s i c i o n a r as a b e r t u r a s das câmaras
de c u r a próximas (frente ou lateral) às plataformas das
gaiolas.

D e v e - s e evitar também i n c l i n a ç õ e s superiores a 5%. R a m p a s


m a i s inclinadas dificultam o transporte dos paletes nas
empilhadeiras, podendo ocasionar quebra de blocos e
ac ident es.

ii
CIWÉKIO EPUST/DCOL Rt. no. Projeto EP/EN-5

As c â m a r a s de c u r a d e v e m p o s s u i r a c e s s o fácil p a r a o p á t e o
onde os blocos d e v e m ser e s t o c a d o s . 6ugere-se criar dois
a c e s s o s localizados n a s e x t r e m i d a d e s da linha de frente d a s
câmaras.

As fundações da m á q u i n a d e v e m ser em placa de concreto


a r m a d o dimensionadas p a r a s u p o r t a r v i b r a ç õ e s e t r a n s m i t i - l a s
ao s o l o sem a ocorrência de recalques, maiores que a
e x i g ê n c i a de nível n e c e s s á r i a (erro máximo de lmm/lm). A
placa deve ser concretada separadamente do resto do
p a v i m e n t o da á r e a de p r o d u ç ã o , p a r a evitar a p r o p a g a ç ã o das
o n d a s de choque t r a n s m i t i d a s p e l a v i b r a ç ã o da vibro-prensa
(pode-se deixar juntas preenchidas com material flexível
e n t r e os limites da placa e do r e s t o do pavimento). Esta
v i b r a ç ã o pode p r o v o c a r o s u r g i m e n t o de fissuras indesejáveis
nos pavimentos e nas p a r e d e s não d i m e n s i o n a d a s para este
fim.

Todas as instalações devem prever a i n d a no p r i m e i r o projeto,


a m p l i a ç ã o futura de modo a e v i t a r m o d i f i c a ç õ e s que a c a r r e t e m
p a r a l i s a ç ã o do s i s t e m a de p r o d u ç ã o ou custos a d i c i o n a i s de
r e f o r m a como: d e m o l i ç ã o , r e d i m e n s i o n a m e n t o de e q u i p a m e n t o s e
instalações obsoletas.

Os d e m a i s critérios de projeto e especificação para as


instalações p r o d u t o r a s de b l o c o s de concreto serão v i s t o s
com d e t a l h e s nos itens subseqüentes.

3.1.S INSTALAÇÕES PARA A CURA DE BLOCOS

Se a umidade não se faz p r e s e n t e no ambiente onde os b l o c o s


de c o n c r e t o estão sendo curados, o p r o c e s s o de hidratação do
cimento é interrompido e p r a t i c a m e n t e todas as p r o p r i e d a d e s

Í2
CONVÊNIO EPUSP/EMCOL Rt. BO. 86/91 Projeto EP/EM-5

destes componentes ficam comprometidas, principalmente a


resistência à compressão.

A s s i m , por exemplo, pode-se p r e s u m i r que e n t r e o s m e s e s de


junho e a g o s t o e m B r a s í l i a (umidade r e l a t i v a d o ar em torno
de 2 0 X ) e em a l g u m a s localidades no sul do país (onde
ocorrem temperaturas inferiores a 5 ° C no i n v e r n o ) os blocos
p o d e m ter suas p r i n c i p a i s p r o p r i e d a d e s comprometidas.

3.1.e.l TIPOS DE CURA

Os s i s t e m a s de c u r a m a i s c o m u m e n t e s e m p r e g a d o s p a r a o caso
dos b l o c o s de c o n c r e t o são a cura natural e a c u r a a vapor.

A cura natural tem se tornado u m a opção pouco usada na


p r o d u ç ã o de b l o c o s e s t r u t u r a i s de c o n c r e t o . A n e c e s s i d a d e de
p r o d u z i r sempre mais e melhor tem e x i g i d o dos p r o d u t o r e s a
a d o ç ã o de s i s t e m a s que permitam c u m p r i r r e q u i s i t o s c a d a vez
mais arrojados, s e n d o a p r e f e r ê n c i a dada n e s t a s s i t u a ç õ e s à
cura a vapor. Contudo, a cura natural continua sendo
empregada, p r i n c i p a l m e n t e em s i t u a ç õ e s onde os requisitos
são m e n o r e s e a s c o n d i ç õ e s c l i m á t i c a s favorecem (regiões de
c l i m a quente e tímido onde as m é d i a s a n u a i s da t e m p e r a t u r a e
da u m i d a d e r e l a t i v a do ar se s i t u a m a c i m a dos 22 °C e 65%
respectivamente). C a b e ressaltar que m e s m o n e s t a s condições,
os b l o c o s devem ser m a n t i d o s ú m i d o s , p r o t e g i d o s do vento e
da insolação direta, pelo menos durante os 07 (sete)
primeiros dias p a r a evitar-se a evaporação excessiva de
água .

A cura a vapor é o sistema de cura mais empregado na


indústria de b l o c o s de concreto em todo mundo devido às
enormes vantagens que oferece. Este sistema é normalmente

13
CONVÊNIO EPÜSP/ENCOL Rt. no. £6/91 Projeto EP/EN-5

e m p r e g a d o pelos p r o d u t o r e s de b l o c o s que exigem de seus


c o m p o n e n t e s melhor qualidade e r e s i s t ê n c i a mais elevada à
curtas idades.

0 vapor é o e l e m e n t o que p e r m i t e a e f i c i ê n c i a do sistema.


Por i s s o mesmo é fundamental estabelecer corretamente os
p a r â m e t r o s n e c e s s á r i o s à s u a p r o d u ç ã o e aplicação.

Para produzir o vapor empregam-se caldeiras ou geradores


industriais especialmente d i m e n s i o n a d o s para este fim. A
partir das caldeiras, o vapor é conduzido por tubulação
isolada termicamente até ser finalmente introduzido no
i n t e r i o r de a m b i e n t e s e s p e c i a i s d e n o m i n a d o s câmaras de c u r a .
0 vapor é então injetado através de saídas de pequeno
diâmetro posicionadas na p a r t e s u p e r i o r frontal d a s c â m a r a s
com v e l o c i d a d e e pressão s u f i c i e n t e s para proporcionar uma
dist r i b u i ç ã o .

S e j a qual for o tipo de cura a ser usado, o técnico


responsável pela escolha deve saber projetar o s i s t e m a de
forma a c o m p a t i b i l i z a - l o c o m a p r o d u t i v i d a d e das m á q u i n a s de
b l o c o s , sem limitar a c a p a c i d a d e de p r o d u ç ã o da u s i n a .

3,1,6.8 0 U80 DO VAPOR NA CURA DE BL0C08

A combinação de calor e umidade pode ser muito vantajosa


para curar blocos de concreto, desde que empregada
corretamente. Ressalta-se entretanto, que curar b l o c o s de
concreto empregando vapor não é uma simples questão de
elevação de temperatura para acelerar o processo de
e n d u r e c i m e n t o do c i m e n t o , é p r e c i s o garantir as quantidades
c e r t a s de calor e u m i d a d e .

14
COWtHlO EPUSP/DCOL w. M . um Projeto EP/EN-5

C o m p a r a d a com a c u r a de o u t r o s a r t e f a t o s de cimento, a c u r a
de b l o c o s é especialmente delicada devido as condiçSes
l i m i t e s em que e s t a s u n i d a d e s s ã o dosadas. Empregam-se para
f a b r i c a r blocos, q u a n t i d a d e s m í n i m a s de cimento e água. Isto
faz c o m que s e j a e x i g i d a a c o n s t a n t e presença de água com o
o b j e t i v o de g a r a n t i r que as r e a ç õ e s do cimento e x i s t e n t e na
mistura ocorram completamente.

0 o b j e t i v o principal da a p l i c a ç ã o do vapor consiste em fazer


com que a umidade seja forcada a penetrar no interior da
m a s s a do bloco, a t r a v é s do d i f e r e n c i a l de pressão c r i a d o no
ar s a t u r a d o c o n t i d o no interior d a câmara.

A figura 3.1 a b a i x o m o s t r a e s q u e m a t i c a m e n t e como a c o n t e c e a


m o v i m e n t a ç ã o de v a p o r e u m i d a d e d u r a n t e a cura de blocos.

L±JL I •
MOVIMENTO AGUA
i n r r
I L. PRESSÃO DE VAPOR

1 I 1 L

TT Mi Mi

SEÇÃO bloco - temperatura até o ponto


SEM *ESCALA
de equilíbrio

F i g u r a 3.1. M o v i m e n t a ç ã o de u m i d a d e e vapor durante a c u r a


de b l o c o s de c o n c r e t o em ambiente saturado

15
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. ÍA/?1 Projeto EP/EN-5

Caso a câmara nao e s t e j a s a t u r a d a (unidade relativa abaixo


de 1 6 0 X ) o processo se r e v e r t e e o bloco p a s s a a perder
unidade para o ar, ao i n v é s de g a n h a r . Este fato pode fazer
c o n que os blocos sequem muito rápido superficialmente,
fissurem, fiquem q u e b r a d i ç o s e p e r c a m resistência.

A figura 3.2 abaixo mostra a inversão do processo de


m o v i m e n t a ç ã o de u m i d a d e e vapor quando o interior da câmara
de c u r a é insaturado.

T~n. MOVIMENTO AG'JA

i i- PRESSÃO CE MkPOR

t
SEÇÃO bloco - temperatura aama do
SEV ESCALA , ... .
ponto de equilíbrio

F i g u r a 3.2. M o v i m e n t a ç ã o de umidade e vapor durante a cura


de b l o c o s de c o n c r e t o em ambiente insaturado

Ao e n t r a r na c â m a r a de cura, o vapor causa um rápido


a q u e c i m e n t o do ar c o n t i d o em seu interior. 0 ar da câmara se
a q u e c e mais r a p i d a m e n t e que os blocos criando um diferencial
de temperatura.

Esta diferença de t e m p e r a t u r a provoca a condensação do


v a p o r nas s u p e r f í c i e s d o s blocos. Esta umidade passa então a

í 6
CONVÊNIO EPUSP/EMCOL Rt. no. U / f i Projeto EP/EN-5

•cr a b s o r v i d a p e l a p o r o s i d a d e do c o n c r e t o dos blocos até que


os n e s m o s fiquem c o m p l e t a m e n t e saturados.

0 vapor deve ser então a p l i c a d o até que a t e m p e r a t u r a de


e q u i l í b r i o seja atingida. Esta temperatura representa o
p o n t o em que ocorre a saturação dos blocos no interior da
câmara.

A p a r t i r do ponto de s a t u r a ç ã o (temperatura do bloco igual a


t e m p e r a t u r a do ar da c â m a r a ) a aplicação de vapor deve ser
interrompida para impedir o superaquecimento do ar no
i n t e r i o r da câmara invertendo o processo e provocando a
c o n s e q ü e n t e perda de u m i d a d e do bloco. Este aspecto indica a
i m p o r t â n c i a de determinar o momento adequado em que a
a p l i c a ç ã o do vapor deve ser i n t e r r o m p i d a (ver figura 3.3).

F i g u r a 3.3. Temperatura de equilíbrio em que ocorre a


saturação dos blocos e o ponto no qual a
a p l i c a ç ã o do v a p o r deve ser interrompida

i 7
COfcfcüü DW/DCOL Rt. no. M H i Projeto EP/EN-5

A t e m p e r a t u r a de e q u i l í b r i o e n t r e os b l o c o s e o ar d a c â m a r a
pode variar muito dependendo do tipo de b l o c o (dosagem e
tipo de agregado) e do p r o j e t o da câmara (capacidade e
c o n d i ç õ e s de isolamento). Entretanto os v a l o r e s situam-se
g e r a l m e n t e entre 6 5 e 8 5 ®C.

3.1.8.3 VANTAGEN8 E DESVANTAGENS D08 8XSTEHAS DE


CURA DE BLOCOS DE CONCRETO

P a r a facilitar a e s c o l h a do t i p o de cura m a i s a d e q u a d o para


c a d a situação, resumem-se abaixo as p r i n c i p a i s v a n t a g e n s e
desvantagens dos s i s t e m a s de c u r a natural e a vapor dos
b l o c o s de c o n c r e t o :

A. CURA NATURAL

VANTAGENS:

- Economia de e n e r g i a e combustível;
- Eliminação de custos de aquisição, m a n u t e n ç ã o e
operação de i n s t a l a ç õ e s como: caldeiras, g e r a d o r e s de
vapor, t u b u l a ç õ e s de vapor e câmaras de cura.

DESVANTAGENS;

- Obtenção de b a i x a s r e s i s t ê n c i a s a c u r t a s idades;
- Maior consumo de c i m e n t o para liberar o bloco a
curtas i d a d e s (antes dos £8 dias);
- Maior p o t e n c i a l de r e t r a ç ã o na secagem d o s blocos;
- Aumento da variabilidade das características
dos blocos, incluindo a r e s i s t ê n c i a à compressão;

i8
CONVÊNIO EPUSP/DCOL *t. no. í4/?i Projeto EP/Df-5

- Necessidade de g r a n d e n ú m e r o de gaiolas e paletes


(pelo m e n o s p a r a 1,5 d i a de produção);
- Necessidade de espaço adicional protegido para
estoque de b l o c o s d u r a n t e os p r i m e i r o s 7 dias;
- R e t i r a d a manual o b r i g a t ó r i a dos blocos d a s gaiolas;
- Coloração m a i s e s c u r a dos b l o c o s ;
- Possibilidade de maiores perdas por quebra em
t ransport e;
- Maior t r â n s i t o de e m p i l h a d e i r a s , gaiolas e p a l e t e s n a
usina.
- P o s s i b i l i d a d e de o c o r r ê n c i a de e f 1 o r e s c ê n c i a (manchas
brancas r e s u l t a n t e s da dissolução do hidróxido de
cálcio e x i s t e n t e no concreto do bloco) devido à
p e n e t r a ç ã o c o n t i n u a de água em seu interior.
- Heterogeneidade n a cura, causada pelas diferentes
condições a que o s b l o c o s ficam submetidos quando
colocados em diferentes posições das pilhas nos
páteos de cura.

B. CURA A V A P O R

VANTAGENS:

- Menor c o n s u m o de cimento para liberar o bloco a


curtas idades (antes d o s E8 dias);
- Menor potencial de retração na secagem d o s blocos
reduzindo a p o s s i b i l i d a d e de ocorrência de fissuras
na alvenaria;
- Diminuição da variação da r e s i s t ê n c i a à compressão
dos blocos, implicando na necessidade de menores
resistências médias para obtenção da resistência
característica especificada;
- Instalações de fácil construção e dimensionamento;
- Fácil a d e q u a b i l i d a d e à m a i o r i a das usinas de blocos;

i?
CONVÊNIO BW/QCOL Rt . no. EA/91 Projeto EP/EN-5

- C u r a de b l o c o s de t o d o s os t a m a n h o s • formas;
- Fácil a m p l i a ç ã o do n ú m e r o de câmaras;
- U n i f o r m i d a d e de c o l o r a ç ã o d o s blocos;
Possibilidade de implantação de paletização
automát icaj
- Possibilidade de d i m i n u i ç ã o das áreas destinadas à
estoques;
- Henor p e r d a por quebra d u r a n t e o transporte na usina;
- D i m i n u i ç ã o s i g n i f i c a t i v a d a necessidade de e s t o q u e s .

DE8VANTAQEN8

- Exigência de c o n t r o l e do p r o c e s s o para c u m p r i m e n t o
das c o n d i ç õ e s especificadas;
- Exigência de uso de e m p i 1 h a d e i r a s mecânicas p a r a o
r á p i d o t r a n s p o r t e de gaiolas;
- Defeitos na c a l d e i r a ou gerador de vapor implicam em
i n t e r r u p ç ã o c o m p l e t a do s i s t e m a de cura;

3.1.B.4 C0NDXÇ8E8 DO VAPOR

As principais condições a serem controladas durante a


a p l i c a ç ã o do v a p o r p o d e m ser r e s u m i d a s e explicadas assim:

Quant idade: D o t a r o s i s t e m a de c a l d e i r a s capazes de produzir


vapor s u f i c i e n t e p a r a completar o ciclo de cura.

Qual idade: V a p o r s a t u r a d o p o s s u i n d o as quantidade corretas


de calor e u m i d a d e .

Veloc idade: C o n d u t o s d i m e n s i o n a d o s para induzir o vapor com


uma distribuição uniforme no interior das
câmaras.

20
CONVÊNIO EPUSP/DCOL Rt. m. 86/91 Projeto EP/EH-5

Ao p e n e t r a r no i n t e r i o r da câmara através do conduto de


s a í d a , o vapor é n o r m a l m e n t e s u p e r - a q u e c i d o e seco. Quando a
quantidade correta de vapor e n c o n t r a o ar frio do interior
da c â m a r a à velocidade adequada, ocorre o fenômeno de
c o n d e n s a c ã o e o ar t o r n a - s e saturado.

A velocidade do v a p o r no c o n d u t o de saída deve ser de


a p r o x i m a d a m e n t e 600 km/h. Velocidades superiores a esta
p o d e n criar a t m o s f e r a s e x t r e m a m e n t e secas e super-aquecidas
prejudicando a cura.

F i g u r a 3.4. V e l o c i d a d e e p r e s s ã o de saída do vapor-, valores


máximos r e c o m e n d a d o s .

A pressão do vapor no c o n d u t o de saída é determinante da


q u a l i d a d e da cura. A c a l d e i r a deve produzir vapor de forma a
fazer que a pressão de s a í d a não exceda 83 kPa (12 psi). A
e s t a p r e s s ã o , g e r a l m e n t e p o d e - s e obter uniformidade adequada
de d i s t r i b u i ç ã o do v a p o r , além de permitir uma operação

Ei
CONVÉM 10 EPUSP/EHCQL Rt. «o. u m Projeto EP/EM-5

eficiente e econômica d o s i s t e m a . A figura 3.4 resume estas


informações.

3.1.6.3 VELOCIDADE DE 8A4DA DO VAPOR

O modo prático de limitar a v e l o c i d a d e de saída do vapor e


garantir a uniformidade da c u r a é limitar o c o m p r i m e n t o da
c â m a r a de cura.

Na figura 3.5 a seguir mostra-se esquematicamente a


i m p o r t â n c i a do correto tamanho d a câmara para g a r a n t i r a
u n i f o r m i d a d e da d i s t r i b u i ç ã o do vapor.

DETALHE saída do vapor


SEM ESCALA

F i g u r a 3.5. D i s t r i b u i ç ã o do v a p o r em câmaras de tamanho


adequado.

££
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Kt. no. 86/91 Projeto EP/EN-5

3.1.8.6 DZ8P08XC80 E CAPACIDADE DA8 CÂMARAS DE


CURA

As c â m a r a s de c u r a devem ser d i s p o s t a s na u s i n a de modo a


facilitar a produção e permitir eventuais ampliações das
i n s t a l a ç õ e s . Na figura 3.6 abaixo sugere-se um arranjo para
sua localização.

As d i m e n s õ e s da c â m a r a devem p e r m i t i r a c i r c u l a ç ã o adequada
do v a p o r em seu interior. U m a vez bem d i s t r i b u í d o o vapor
facilitará a o b t e n ç ã o de c o n d i ç õ e s uniformes de temperatura
e u m i d a d e para os b l o c o s .

Assim é n e c e s s á r i o prever afastamentos mínimos entre as


g a i o l a s de blocos e as paredes e o teto da câmara. Os
v a l o r e s destes a f a s t a m e n t o s devem ser c o m p a t í v e i s com as
d i m e n s õ e s das m a i o r e s gaiolas e empilhadeiras e encontram-se
d e s c r i t o s na figura 3.7 a seguir.

0 projetista d e v e estar c o n s c i e n t e que a s u p e r - o c u p a c a o das


câmaras representa na verdade uma falsa e c o n o m i a , uma vez
que a l é m de p r e j u d i c a r o desempenho da cura, acarreta um
a c r é s c i m o dos t e m p o s de carregamento e d e s c a r r e g a m e n t o das
mesmas.

23
CONFIO EPÜSP/DCOL Rt. «o. u m Projeto
EP/EN-5

tILO OU OEPOBTO
K CIMENTO

ELEVADOS DC v- ELE VADOR DC


AGREGADO AORE4ADO

1- + ±± |
MditfrM
IWIINrM VMTttrMJI
.vMtiírie i
'lòlrmTrrn
tekor«tório
•fICIM./ »f icii
AREA DE PFLODUCXO


« M M

ACESSO AO
PATEO

CAUMXÂ
CE CUU

PLANTA
SEM ESCALA
DISPOSIÇÃO PROPOSTA PAPA AS AREAS DE PROOUÇK
E C U R A DE B L O C O S DE CONCRETO

F i g u r a 3.6 Disposição proposta para a á r e a de p r o d u ç ã o e


c u r a de b l o c o s de concreto.

£4
CONVÊNIO EPÜSP/EHCOL Rt. no. 86/91 Projeto EP/EK-5

Figura 3.7. Afastamentos necessários para circulação


a d e q u a d a de vapor na câmara de cura.

Para se d e t e r m i n a r a c a p a c i d a d e da câmara, r e c o r r e - s e a duas


regras básicas a p l i c a d a s com sucesso pelos f a b r i c a n t e s de
b1 oco.

1. A primeira regra diz que a c a p a c i d a d e da c â m a r a de cura


deve representar c e r c a de £ h o r a s da p r o d u ç ã o d a m á q u i n a
de blocos. Para a MBX 975 da Montana (a m á q u i n a mais
usada pela Encol) isto e q ü i v a l e à p r o d u ç ã o de 800 a 1000
bloco de 15x20x30 cm por hora (cerca de 6 a 8 das a t u a i s
gaiolas u t i l i z a d a s na regional Goiás).

As e x p e r i ê n c i a s mostraram que câmaras com capacidade


superior a este valor apresentam algumas d i f i c u l d a d e s de
operação como: maior tempo de "pre-set" (tempo que deve
ser r e s p e i t a d o após a fabricação dos b l o c o s e a n t e s do
início da cura a vapor) entre a primeira e última gaiola
de blocos inviabilizando o cumprimento adequado deste

25
CONVÊNIO miSP/DCOL Rt . no. U m Projeto EP/Df-5

parâmetro (máximo de 4 horas); maior tempo para


preenchimento, esvaziamento e elevação da t e m p e r a t u r a da
câmara diminuindo a eficiência do s i s t e m a ; necessidade de
maior produção e pressão de s a í d a de v a p o r - câmaras
muito curtas acarretam invariavelmente superposição na
a p l i c a ç ã o de v a p o r em várias câmaras ao mesmo tempo,
aumentando a p o t ê n c i a n e c e s s á r i a da c a l d e i r a e implicando
em a u m e n t o de c u s t o do sistema

2. A segunda regra refere-se à compatibi1ização das demais


e t a p a s do c i c l o de cura. A s s i m a capacidade da câmara
deve ser também compatível com período de tempo
necessário para aplicar o vapor nos blocos até se
c o n s e g u i r a t e m p e r a t u r a de e q u i l í b r i o : de 2 a 2,5 horas.

As c â m a r a s de c u r a são g e r a l m e n t e concebidas para conter


duas filas de gaiolas. Desta maneira consegue-se
compatibilizar o t a m a n h o das g a i o l a s às dimensões das
câmaras. Notar este detalhe nas figuras mostradas
ant er i orment e .

A s s i m , por exemplo, considerando-se uma produção horária


de 750 blocos e 2 , 5 h o r a s p a r a se a t i n g i r a temperatura
de e q u i l í b r i o , n e s t e caso necessita-se de uma c â m a r a de
cura com capacidade para 1875 b l o c o s . Supondo-se ainda,
uma gaiola com c a p a c i d a d e para 120 blocos (195 x 204 x
110 cm), chega-se a necessidade de acomodação de 15
gaiolas, porém c o m o este n ú m e r o deve ser par, arredonda-
se p a r a 16 g a i o l a s . E s t i m a n d o - s e um a f a s t a m e n t o de 30 cm
entre gaiolas e entre e s t a s e as p a r e d e s , chega-se numa
câmara com 11,5 m de c o m p r i m e n t o por 5,0 m de largura,
com uma a l t u r a de 2,70 m (ver figura 3.8).

2.6
COWiNIO EPUSP/EHCOL Rt.RO.66/91 Projeto EP/EH-5

E B

ES ESPApO P/
PALETES

PLANTA p o I t U t04

PLANTA «aíoia

PLANTA cSfftora

Figura 3.8. E x e m p l o de dimensionamento de uma câmara de


cura: (a) dimensões dos p a l e t e s ; <b> d i m e n s õ e s
d a g a i o l a ; (c) e s q u e m a da c â m a r a d e c u r a

27
CONVÊNIO EPUSP/DCOL Rt. no. 86/91 Projeto EP/EH-5

3.1.6.7 DETALHES CONSTRUTIVOS DAS INSTALAÇÕES DE


CURA A VAPOR

Para sistemas de cura a vapor a baixas pressões, a


construção das câmaras c o n s t i t u e m - s e b a s i c a m e n t e de paredes
de b l o c o s de concreto, p i s o de c o n c r e t o s i m p l e s e laje de
concreto armado. Esta tipologia combina baixo custo de
e x e c u ç ã o e m a n u t e n ç ã o e g r a n d e d u r a b i l i d a d e , e s t e tem sido o
método mais comumente e m p r e g a d o p e l o s p r o d u t o r e s de blocos
p a r a a c o n s t r u ç ã o de câmaras de cura.

No final d e s t e documento (ANEXO A), e n c o n t r a m - s e descritas


as p r i n c i p a i s recomendações e d e t a l h e s c o n s t r u t i v o s para o
p r o j e t o de c â m a r a s de cura.

3.1.3 LABORATÓRIO DE ENSAIOS DE BL0C08

3.1.3.1 PROJETO: RECOMENDAÇÕES GERAIS

A localização do laboratório de e n s a i o s de b l o c o s deverá


p e r m i t i r um r á p i d o acesso à área de p r o d u ç ã o e estoque de
m o d o a f a c i l i t a r a coleta de a m o s t r a s e blocos p a r a ensaios,
sem c o n t u d o interferir no d e s e n v o l v i m e n t o das atividades de
produção. Laboratórios próximos a m á q u i n a de blocos devem
possuir condições de isolamento a c ú s t i c o p r ó p r i a s contra a
p r o p a g a ç ã o de ruídos a é r e o s p r o v o c a d a pela vibro-prensa uma
v e z que a maior parte do t r a b a l h o é intelectual. Recomenda-
se a i n d a p o s i c i o n a r as aberturas (portas e janelas) do
l a b o r a t ó r i o na direção o p o s t a à área em que a máquina esta
instalada.

88
COWêHIO DW/DCOL Rt. m. 86/91 Projeto EP/EK-5

O ambiente reservado para o l a b o r a t ó r i o d e v e ser exclusivo


para atividades comuns a este fim. 0 acesso de pessoas
e s t r a n h a s a o s serviços d e s e n v o l v i d o s no laboratório deve ser
evitado. 0 acesso a informações r e f e r e n t e s a resultados de
ensaios e uso de equipamentos apenas d e v e r á ser permitido
mediante declaração por escrito do e n g e n h e i r o responsável
p e l a p r o d u ç ã o de blocos.

Para permitir o desenvolvimento adequado dos ensaios o


l a b o r a t ó r i o d e v e r á possuir pelo m e n o s o s s e g u i n t e s itens:

. B a n c a d a revestida de azulejo com lavatório e dispensa


na parte inferior, destinada a guarda de
equipamentos;
M e s a s de trabalho para os 1 a b o r a t o r i s t a s e técnicos;
. Base de c o n c r e t o para instalação da prensa para
e n s a i o s de blocos;
. Bancada individual para i n s t a l a ç ã o de equipamentos e
f e r r a m e n t a s para execução de c a p e a m e n t o dos blocos;
. Bancada longa para estoque de b l o c o s recém capeados
com e x t r e m i d a d e s próximas à prensa e bancada de
capeamento;

Na f i g u r a 3.9 mostrada a seguir, são apresentas algumas


proposta para arranjo físico dos equipamentos e mobília
destinado a instalação de um laboratório de blocos de
c o n c r e t o.

£9
CONVÊNIO EPUSP/DCOL Rt. m. E6/?l Projeto EP/Ot-5

F i g u r a 3.9. Disposição de e q u i p a m e n t o s em um laboratório de


ensaios de b l o c o s

Além d a b a n c a d a de t r a b a l h o , as paredes também devem ser


revestidas para facilitar a limpeza e manutenção do
l a b o r a t ó r i o . Para isto p o d e - s e empregar pintura em esmalte
s i n t é t i c o ou tinta acrílica.

0 p i s o do laboratório deve p e r m i t i r fácil limpeza e resistir


ao atrito proveniente do trânsito de equipamentos de
transporte e operários. Neste caso recomenda-se pisos
c i m e n t a d o s com acabamento queimado reforçado como solução
mais econômica.

No A N E X O B é apresentada uma lista de equipamentos e


ferramentas necessárias para a execução dos ensaios de
c o n t r o l e d o s blocos de concreto.

30
CONVÊNIO miSP/ENCOL Rt. no. C6/91 Projeto tt/EN-5

3.1.4 OBSERVAÇÕES

Podes ser resumidas as seguintes conclusões quanto às


i n s t a l a ç õ e s necessárias p a r a a fábrica de p r o d u c i o de blocos
de concreto:

. O a r r a n j o adequado das i n s t a l a ç õ e s de uma usina é


r e q u i s i t o fundamental para se produzir blocos de
q u a l i d a d e com elevada p r o d u t i v i d a d e dos equipamentos.

Detalhes construtivos simples e muitas vezes


desprezados são determinantes para o bom
f u n c i o n a m e n t o das instalações d a u s i n a de blocos.

. A cura é um fator determinante para obtenção de


b l o c o s de concreto de boa qualidade.

. A cura a vapor é o sistema mais a d e q u a d o para usinas


que exigem alta produção de blocos de alta
r e s i s t ê n c i a a curtas idades.

. A cura a vapor permite a obtenção de blocos de


e l e v a d a resistência inicial com menor consumo de
c iment o.

. A c u r a a vapor diminui c o n s i d e r a v e l m e n t e o potencial


de r e t r a ç ã o na secagem dos b l o c o s de concreto.

0 uso de gás combustível e óleo diesel para


a l i m e n t a ç ã o das caldeiras representa em geral uma
p a r c e l a considerável no custo do bloco.

0 cura a vapor exige fiscalização constante e


manutenção periódica das instalações que pode
interromper a produção.

31
axtâmo EPUSP/EHCOl w. w. um Projeto EP/Ot-3

. O tamanho da câmara, A vclocidade e A pressão de


s a í d a do vapor são fatores determinantes para a
u n i f o r m i d a d e das c o n d i ç õ e s de cura.

. A p o t ê n c i a da caldeira é proporcional ao número de


b l o c o s a serem curados s i m u l t a n e a m e n t e e à s condições
d a s c â m a r a s de cura.

3•g PRQDUCSQ

São abordados neste item assuntos relativos a cura,


transporte, d o s a g e m , mistura, moldagem e e s t o c a g e m de blocos
de c o n c r e t o . P a r a facilitar o entendimento d a s recomendações
aqui a p r e s e n t a d a s adota-se a seguinte divisão d o s assuntos.

Procedimentos para cura: descreve-se c o m o proceder


para curar os blocos em condições naturais de
temperatura e pressão e utilizando vapor em câmaras
de c u r a à pressão atmosférica através de um ciclo
básico onde devem ser cumpridas um mínimo de
recomendações.

Estocagem de insumos: apresentam-se os cuidados


necessários para a estocagem de agregados,
aglomerantes e a d i t i v o s destinados a fabricação de
b l o c o s de concreto.

Transporte de blocos na USina: d e s c r e v e - s e como os


blocos devem ser transportados de modo a n ã o causar
d a n o s à s u a integridade. Os cuidados são particulares
tanto para os blocos frescos com para os blocos
e n d u r e c i d o s , após a cura.

Procedimentos para dosagem, mistura £ moldagem


Apresentam-se as principais recomendações para

32
C0HVÔH10 EPUSP/EMCOL Itt. no. E6/91 Projeto EP/EK-S

operação dos equipamentos destinados à produção de


blocos e os c u i d a d o s essenciais para sua correta
confecção.

Estocaqem de b l Q C P S : s u g e r e - s e M a n e i r a s de armazenar
os b l o c o s e liberá-los p a r a as obras de forma a
e v i t a r e n g a n o s na e x p e d i ç ã o e p r e j u í z o s a o s mesmos.

Problemas e s o l u ç õ e s na c u r a de blocos: apresenta-se


u m a lista de p r o b l e m a s c o m u n s que o c o r r e na cura de
b l o c o s de c o n c r e t o e são s u g e r i d o s p r o c e d i m e n t o s para
resolvê-los.

3.8.1 PROCEDIMENTOS PARA CURA DE BLOCOS

3.8.1.1. CICLO DE CURA NATURAL

P a r a curar os blocos nas condições naturais (condições


a m b i e n t a i s de pressão e t e m p e r a t u r a ) , pode-se empregar o
seguinte ciclo:

A. i m e d i a t a m e n t e após a moldagem deve-se proteger as gaiolas


c o m b l o c o s da insolação direta em áreas cobertas. Para se
c o b r i r os blocos p o d e - s e usar lonas plásticas ou têxteis
(tipo v i n i l o n a ) ou a i n d a galpões de estruturas de madeira
ou m e t á l i c a . Os blocos devem permanecer neste local
e n t r e 16 e 84 horas até que possam ser m a n u s e a d o s sem
prejuízo;

B. D e v e - s e r e t i r a r os blocos dos paletes manualmente e


c o n s t r u i r — s e com os m e s m o s pilhas de no máximo 10 b l o c o s
de a l t u r a s e g u i n d o os e s q u e m a s da figura 3.10;

33
CONVÊNIO EFW/EtCOL Rt. «o. u m Projeto EP/EN-5

C. M a n t e m - s e a umidade do estoque de b l o c o s a t r a v é s de um
s i s t e m a de a s p e r s S o de água ou i n t r o d u ç ã o de vapor a
baixa pressão por 7 dias no mínimo. N a f i g u r a 3.11 estes
c u i d a d o s são mostrados;

D. D e v e - s e manter os blocos no estoque o maior tempo


possível e XIA mínimo 14 dias contados a partir da
m o l d a g e m . Este t e m p o mínimo de estoque é essencial para
que a maior p a r c e l a da retração do bloco c a u s a d a pela
hidratacão do cimento ocorra. Se os blocos forem
assentados antes deste período, a possibilidade de
surgimento de fissuras na parede por retração da
a l v e n a r i a será grande.

34
COHVÉHIO EPUSP/DCOL Rt. to. um

• R
14 4 10 > >4 M+ 11 « 15

I n a j j

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1 1 1
114 4-10) 110= 240
14 + 10 • 24 U 9.0
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1
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1 1 1
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1! p n z c i II

1 I 1

I
_ 1
II 1!

Figura 3.10. Esquema p a r a c o n s t r u ç ã o das pilhas para


estocagem e cura natural d o s blocos

35
CONVÊNIO EPÜSP/ENCOL Rt. no. £6/91 Projeto EP/EN-5

LONA PLASTICA

P L A N T A gaiola
KM ESCALA

F i g u r a 3.11. Esquema para aspergir água ou introduzir vapor


na pilha de blocos por meio de nebulizadores

36
CONVÊNIO EPÜSP/ENCOL Rt. no. £6/91 Projeto EP/EN-5

/N
I Z S 4 S C T I 9 I O I I I 2 I 3 I 4

ABRIGO COBRIR

COBRIR
ASPERGIR
m ASPERGIR

CAMARA 1
I
CÂMARA 2
&
CÂMARA 3 V
CÂMARA 4

IO II 13 14 IS 17 18 te 20

COLOCACAO
PRE srr ALMOÇO
M NA CÂMARA

V VAPOR MOLHO

F i g u r a 3.12. Ciclo de cura natural (condiçoes a t m o s f é r i c a s )


recomendado p a r a b l o c o s de c o n c r e t o

37
CONVÊNIO EPÜSP/ENCOL Rt. no 26/91 Projeto EF/EM-5

3.8.1.E CICLO DE CURA A VAPOR

O ciclo ideal de cura a vapor d e v e durar c e r c a de 16 horas


assim distribuídas:

A. A p ó s a colocação do ú l t i m o bloco na câmara, deve-se


e s p e r a r no m í n i m o 2 (duas> h o r a s . Este tempo de e s p e r a é
c o n h e c i d o c o m o "pre-set" ou t e m p o de p r é - e n d u r e c i m e n t o . 0
"pre-set" é limitado num m á x i m o de 4 (quatro) horas,
contadas a partir da colocação do primeiro bloco na
câmara. Deve-se c u i d a r também p a r a que o intervalo de
tempo entre a c o l o c a ç ã o dos b l o c o s na gaiola e o momento
em que e l a é c o l o c a d a n a c â m a r a não e x c e d a os 15 minutos.
Caso este intervalo de tempo seja maior que 15 minutos
d e v e - s e d e s c o n t á - l o do tempo de "pre-set".

A s s i m , por exemplo, se o intervalo de tempo entre a


c o l o c a ç ã o do p r i m e i r o palete na gaiola e sua chegada à
câmara exceder 30 minutos, o s t e m p o s de pre-set mínimo e
máximo passarão a ser de i hora e 30 m i n u t o s (2 horas
m e n o s 30 m i n u t o s ) e 3 h o r a s e 30 minutos respectivamente.

Cabe ressaltar que qualquer b l o c o que receber vapor e


tiver sua temperatura elevada rapidamente antes de 2
h o r a s ou d e p o i s de 4 h o r a s a p ó s a moldagem e s t a r á sujeito
a sofrer reações de e x p a n s ã o e r e t r a ç ã o que t r a r á danos
irreversíveis e prejuízo à resistência.

B. L i b e r a - s e o vapor para o interior da câmara, após o


c u m p r i m e n t o do tempo de pre-set, até que os blocos
atinjam a t e m p e r a t u r a de e q u i l í b r i o . Este intervalo de
t e m p o se situa normalmente em torno de 2 (duas) horas,
com o gerador ou caldeira operando na pressão de
trabalho, è importante r e s s a l t a r que a t e m p e r a t u r a não
d e v e se e l e v a r a uma razão s u p e r i o r a 35 ° C por hora;

38
CONVÊNIO EPÜSP/ENCOL Rt. no. £6/91 Projeto EP/EN-5

A t e m p e r a t u r a de e q u i l í b r i o deve ficar entre 6 5 e Bg °r m

não v a r i a r de u m a c â m a r a p a r a o u t r a mais que 5 °C.

C. D e i x a - s e o bloco de m o l h o (em repouso sobre o palete no


interior da c â m a r a ) por Pelfl wenQS 4 horas

Q u a n t o m a i s t e m p o o s b l o c o s permanecerem de m o l h o , melhor
será a q u a l i d a d e da cura. Obviamente este tempo será
l i m i t a d o p e l o s p a r â m e t r o s de operacional idade d a usina em
b u s c a da m e l h o r r e l a ç ã o p r o d u t i v i d a d e x q u a l i d a d e .

N a figura 3.13 apresenta-se o ciclo de cura a vapor


n o r m a l m e n t e o b e d e c i d o em u s i n a s de blocos de concreto.

N a s figuras 3.14 e 3 . 1 5 são mostrados c i c l o s quando as


c â m a r a s de c u r a não são bem dimensionadas (verificar
também, no diagrama abaixo das figuras, a potência
r e q u e r i d a da c a l d e i r a p a r a cada caso).

39
CONVÊNIO EPUSP/EMCOL Rt. BO. 86/91 Projeto EP/EM-5

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II 12 13 M
HORAS

F i g u r a 3.13. C i c l o de c u r a a vapor n o r m a l m e n t e seguido


quando as câmaras de cura slo de tamanho
apropriados

40
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COWlKIO OW/EHCOL fct .no. Projeto EP/EM-5
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F i g u r a 3.14 Ciclo de c u r a à vapor em câmaras de c u r a s u p e r -
dimensionadas
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41

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CONVÊNIO EPUSP/DCOL Rt. m. E6/?l Projeto EP/Ot-5

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HORAS

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«TERVALO ALMOÇO jgrj

POTÊNCIA REQUERIDA
DA CALDEIRA
(BHP)
175

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es

CO
DE CARGA

F i g u r a 3.15. Ciclo de cura à vapor em câmaras de


cura sub-dimensionadas

42
CONVÊNIO EPÜSP/ENCOL Rt. no. £6/91 Projeto EP/EN-5

3.6.8 ESTOCAGEM E TRANSPORTE DE XNSUM08

3.6.6.1 AGREGADOS

Os agregados d e v e m ser e s t o c a d o s em locais p r o t e g i d o s da


chuva para evitar variações b r u s c a s no teor de u m i d a d e . A
área onde s e r á feita o estoque de agregados deverá ser
preferencialmente pavimentada impedindo a contaminação com
terra, lama ou pó. U m a medida alternativa é c o n s t r u i r um
l a s t r o de a g r e g a d o g r a ú d o na á r e a p a r a e s t o q u e da a r e i a e um
l a s t r o de a r e i a na á r e a r e s e r v a d a para o e s t o q u e da brita.
Neste caso deve-se deixar uma c a m a d a de c e r c a de 15 cm
d e s p r e z a d a p a r a uso na parte i n f e r i o r da pilha.

0 pavimento d e s t i n a d o ao e s t o q u e de a g r e g a d o s d e v e permitir
o fácil e s c o a m e n t o da água p r o v e n i e n t e da c h u v a e do p r ó p r i o
m a t e r i a l . P a r a tanto, deve-se p r e v e r inclinações a d e q u a d a s e
rede d e drenos devidamente p r o j e t a d a para captar o volume
escoado. Esta r e c o m e n d a ç ã o também é válida p a r a as áreas
destinadas à estoques intermediários onde geralmente não
existe cobertura nem pavimento, tornando a situação mais
crítica.

Os e s t o q u e s de a g r e g a d o s de d i f e r e n t e s o r i g e n s devem ser
independèntes e p r o j e t a d o s de modo a permitir o manuseio
separado e impedir sua mistura. Caso a usina não possua
silos industriais próprios para este fim, pode-se separar
fisicamente as pilhas destes agregados construindo, por
e x e m p l o , p a r e d e s de c o n t e n ç ã o d e v i d a m e n t e d i m e n s i o n a d a s para
s u p o r t a r o e m p u x o dos materiais.

Uma nova r e m e s s a de material só deve ser m i s t u r a se h o u v e r


i g u a l d a d e de granulometria controlada em ensaio. P a r a isto

43
CWVfWO EPUSP/EHCOL Rt. no. E4/?i Projeto EP/EN-5

sugere-te o uso de estoques intermediários até que o


l a b o r a t ó r i o d e m a t e r i a i s a p r e s e n t e seus resultados.

A partir dos estoques, os agregados são transportados


g e r a l m e n t e a t r a v é s das s e g u i n t e s formas:

- Transporte por caminhão até silos vibratórios


i n t e r m e d i á r i o s de onde são e n c a m i n h a d o s por correias
t r a n s p o r t a d o r a s até os s i l o s dosadores.

- Transporte por pá c a r r e g a d e i r a até s i l o s vibratórios


intermediários de onde seguem através correias
transportadoras/dosadoras até os elevadores de
agregados.

- Transporte por pá carregadeira (carinhos padiolas)


a t é o s e l e v a d o r e s de agregados.

- T r a n s p o r t e por pá de a r r a s t o até os silos dosadores.

As correias transportadoras são consideradas o mais


eficiente e s e g u r o modo de t r a n s p o r t a r a g r e g a d o s na usina.
Neste caso, d e v e - s e ter o cuidado de c o b r i r o trecho de
correia localizado ao ar livre para evitar possíveis
v a r i a ç õ e s do t e o r de umidade quando da o c o r r ê n c i a de chuvas.

S e j a qual for a forma de t r a n s p o r t e , r e c o m e n d a - s e instalar


na e n t r a d a d o s agregados (das e s t e i r a s , dos e l e v a d o r e s ou
d o s s i l o s ) g r e l h a s metálicas que funcionem como peneira para
r e t i r a d a de i m p u r e z a s e grãos de d i â m e t r o s u p e r i o r ao máximo
permitido (ver item 3.3.1).

Mesmos protegidos e proporcionados em peso, os agregados


d e v e m ter s u a umidade c o n t r o l a d a e d o s a g e m corrigida, pois

44
CONVÊNIO EPÜSP/ENCOL Rt. no. £6/91 Projeto EP/EN-5

as variações no teor de unidade destes materiais s8o


inevitáveis • ao mesmo tempo, fundamentais p a r a a moldagem
adequada dos blocos. No caso de utilizado de dosagem
volumétrica deve-se c o r r i g i r também as v a r i a ç õ e s de volume
provenientes do fenômeno de inchamento sofrido pelos
agregados miúdos.

3.&.e.e CXHENTQ

0 c i m e n t o u s a d o n a f a b r i c a ç ã o de blocos pode ser e s t o c a d o de


duas maneiras: a granel e m s i l o s industriais, ou em sacos.
Em qualquer caso o c i m e n t o deve ser e s t o c a d o de forma a
f a c i l i t a r s u a d o s a g e m s e m p r e em peso, nunca em v o l u m e , mesmo
que a d o s a g e m dos a g r e g a d o s seja volumétrica.

Os técnicos responsáveis pela produção devem lembrar que


pequenas variações na d o s a g e m de cimento, pode levar a
g r a n d e s v a r i a ç õ e s na r e s i s t ê n c i a à compressão dos blocos. Na
u s i n a de G o i â n i a , por exemplo, antes da implantação do
Processo Poli/Encol, e r r o s de pesagem na d o s a g e m de cimento
devido a i n a d e q u a ç ã o do s i s t e m a de balanças, c o n d u z i r a m a
grandes variações na r e s i s t ê n c i a à compressão do bloco.
Adotando o s i s t e m a de d o s a g e m em saco, as variações da
resistência que eram da ordem de 25% caíram p a r a valores
a b a i x o de 15% .

0 cimento d o s a d o em saco deve ser estocado segundo as


seguintes recomendações:

1. A r m a z e n a r os sacos em depósitos abrigado da umidade


p r o v e n i e n t e do t e r r e n o e do meio externo.

45
COWÈHIO EPUSP/DCOL Rt. no. 86/91 Projeto EP/EM-5

8. N ã o c o l o c a r os sacos diretamente do chão. Usar um


e s t r a d o de madeira que os eleve do piso pelo m e n o s 30 cm.

3. A f a s t a r as pilhas de sacos das paredes e tetos do


d e p ó s i t o em pelo menos 30 cm.

4. As p i l h a s de sacos devem ter no máximo de 10 sacos de


a l t u r a . Caso a armazenamento seja por um tempo inferior a
48 h o r a s , as pilhas poderão ser de até de 15 sacos.

5. P a r a d i f e r e n t e s tipos e classes de cimento devem ser


c o n s t r u í d a s pilhas diferentes em estoques separados.

6. 0 p r a z o de armazenamento máximo do cimento deve ser de 3


meses.

7. 0 depósito deve possuir ventilação adequada e a


a r m a z e n a g e m deve ser feita de forma que se permita o uso
do c i m e n t o segundo a ordem de recebimento, do mais velho
p a r a o mais novo.

Para o c i m e n t o estocado a granel, deve-se observar que os


silos sejam estanques e possuam cantos mortos. Quando
a r m a z e n a d o s por longos períodos (superiores a 3 meses) o
cimento deve ser recirculado no silo antes de sua
utí1ização.

3 . 8 . 8 . 3 ADITIVOS

Os a d i t i v o s para dosagem de blocos são geralmente fornecidos


em latas de 18 litros. Estes recipientes devem ser
a r m a z e n a d o s em depósitos cobertos para assegurar proteção
c o n t r a o calor e a umidade.

46
CONViHIO EPÜSP/EHCOL Rt. no. U m Projeto EP/EM-5

O técnico responsável pela produção deve conferir a data de


validade e as condições da embalagem dos aditivos sempre que
liberar o produto para uso.

3.B.&.4 ÁGUA

A água a ser u s a d a na dosagem dos b l o c o s d e v e ser da rede


p ú b l i c a , p r ó p r i a p a r a o consumo de s e r e s h u m a n o s . Caso outra
fonte de água s e j a utilizada, deve-se r e q u i s i t a r seu exame a
um laboratório especializado para verificação de suas
características físico-químicas. 0 r e s u l t a d o da análise deve
atestar que a á g u a em questão é b o a p a r a beber.

3.&.3 TRANSPORTE DE BLOCOS NA USINA

Logo após sua moldagem, os blocos d e v e m ser transportados


para as c â m a r a s ou abrigos, dependendo do s i s t e m a de cura
e m p r e g a d o . Por o c a s i ã o deste transporte os blocos estão
ainda frescos, podendo ser facilmente danificados por
choques, quedas e vibrações. Por isso o m á x i m o cuidado deve
ser t o m a d o , d e v e n d o os blocos p e r m a n e c e r e m sobre os paletes
onde foram moldados, para serem transportados por
empilhadeiras motorizadas até o local p r ó p r i o p a r a a cura,
em g a i o l a s metálicas.

Para garantir que o transporte dos b l o c o s por empilhadeira


s e j a a d e q u a d o , d e v e - s e garantir as b o a s c o n d i ç õ e s de tráfego
da á r e a p a v i m e n t a d a que se estende do local onde as máquinas
ficam i n s t a l a d a s , até a entrada das c â m a r a s ou abrigos.

Para usinas de p e q u e n a produção, onde as g a i o l a s são de


pequenas dimensões, o transporte dos blocos pode ser

47
CONVÊNIO EPUSP/QCOl Rt.no. £6/?l Projeto EP/EN-5

efetuado por meio de carros porta-gaiolas, semelhantes aos


carros porta-paletes.

Os serviços de transporte devem ser regularmente


a c o m p a n h a d o s para se constatar eventual q u e b r a de blocos e
p e r m i t i r m e l h o r i a s no sistema.

Após a c u r a , os blocos devem ser t r a n s p o r t a d o s p a r a o páteo


de e s t o c a g e m , para então serem d e s p a l e t i z a d o s manualmente.

Com o s b l o c o s retirados das gaiolas deve-se c o n s t r u i r pilhas


sobre estrados de madeira ou lastro de brita, conforme
r e c o m e n d a ç õ e s dos itens anteriores. As p i l h a s de bloco nunca
d e v e m ficar em contacto direto com o solo, p a r a se evitar a
contaminação dos blocos inferiores por material
p u l v e r u l e n t o.

3.8.4 DOSAGEM

Para explicar a dosagem dos materiais destinados a


fabricação de blocos de concreto, recorre-se aqui aos
exemplos práticos, descritos nas próximas p á g i n a s . A medida
que c a d a etapa da dosagem se desenvolve, apresentam-se
e x p l i c a ç õ e s dos parâmetros empregados.

Para efetuar os cálculos corretamente deve-se seguir na


s e q ü ê n c i a , o seguinte procedimento-.

A. De p o s s e dos resultados dos ensaios de c a r a c t e r i z a ç ã o dos


agregados, o técnico deve determinar primeiramente a
adequabi1 idade ou não, de emprego destes materiais para
f a b r i c a ç ã o de blocos de co creto, v e r i f i c a n d o os limites

48
CONVÊNIO EPÜSP/ENCOL Rt. no. £6/91 Projeto EP/EN-5

de qualidade apresentados no item 3.3 Controle de


qual idade.

B. D e t e r m i n a - s e entSo qual o tipo de b l o c o que se d e s e j a


produzir. Existe uma curva g r a n u l o m é t r i c a e um m ó d u l o de
f i n u r a ideal para cada tipo de bloco, determinados em
função do tipo de agregado que se p r e t e n d e empregar.

C. C a l c u l a m - s e as proporções adequadas de cada agregado


necessárias à obtenção do m ó d u l o de f i n u r a d e s e j a d o para
a mistura.

D. D e t e r m i n a m - s e as novas frações de agregados em cada


peneira muitiplicando-se os p e r c e n t u a i s encontrados no
item a n t e r i o r pelos valores resultantes do ensaio de
g r a n u l o m e t ria.

E. T r a ç a - s e o gráfico da mistura de a g r e g a d o s p a r a avaliar


seus limites em relação a curva ideal p a r a o tipo de
bloco desejado. Deve-se sobrepor os gráficos para
f a c i l i t a r e s t a avaliação, è i m p o r t a n t e a i n d a d e t e r m i n a r o
m ó d u l o de finura da mistura p a r a v e r i f i c a r a e x a t i d ã o dos
cálculos efetuados.

F. E f e t u a m - s e as correções p o s s í v e i s p a r a a p r o x i m a r a c u r v a
o b t i d a da c u r v a ideal. A aproximação apenas será válida
se não p r o v o c a r o afastamento de u m a faixa granulométrica
para fora dos limites permitidos, em detrimento do
e n q u a d r a m e n t o de outra faixa. Caso não seja possível
e n q u a d r a r a curva obtida dentro dos l i m i t e s estabelecidos
p a r a a f a b r i c a ç ã o daquele tipo de b l o c o pode-se:

- E s t u d a r a viabilidade t é c n i c o - e c o n ô m i c a de u t i l i z a ç ã o
de o u t r o agregado;

49
COWiNIO EPUSP/EHCOL Rt. RO. 66/91 Projeto EP/EH-5

- Tentar corrigir o agregado disponível através de


peneiramento, mistura, lavagem ou a j u s t e s da p r o d u ç ã o
junto ao fornecedor;
Tentar produzir os blocos com as proporções
calculadas para verificar o desempenho do bloco
segundo os parâmetros de aceitação e custo de
fabricação.

0 técnico responsável deve estar c o n s c i e n t e de que o


emprego de a g r e g a d o s de qualidade inferior geralmente
eleva o c u s t o do b l o c o em c o n s e q ü ê n c i a do aumento do
consumo de c i m e n t o , é importante lembrar que a p a r t i r de
determinados limites granulométricos, pode-se inclusive
inviabilizar a m o l d a g e m dos blocos e p r e j u d i c a r o p r ó p r i o
equipament o.

G. C o n f i r m a n d o - s e as p r o p o r ç õ e s para os a g r e g a d o s , adota-se
um consumo de c i m e n t o de acordo com a resistência à
compressão desejada para o bloco, segundo a tabela
abaixo:

Tabela 3.1. Relação aglomerante : a g r e g a d o em peso seco em


função da r e s i s t ê n c i a à c o m p r e s s ã o m é d i a em MPa
de b l o c o s 1 4 5 x l 9 0 x 2 9 5 m m aos 28 dias de idade
( c o e f i c i e n t e s de variação inferior a 15%)
+ +
I R E S I S T Ê N C I A h C O M P R E S S Ã O (MPa) I
+ + + + +

I 4.5 I 6.0 I 8.0 I 9.0 I

+ + + + + +
i RELACSO I I I I I
I 1 1 : 9 1 1 : 8 1 1 : 7 1 1 : 6 1
I CIMENTO: I I I I I
I I a i a I a I a I
I AGREGADO I I I I |
I I 1 :12 I 1 :10 I 1 : 9 I 1 . 8 I
I (em peso)I I I I I
+ + + + + +

50
CONVÊNIO EPUSP/ENCa Rt. no. 86/91 Projeto tt/EN-5

Os resultados da t a b e l a a c i m a sSo a p e n a s indicativos, pois


foram obtidos sobre a influência dos seguintes
condicionantes: cura a vapor; capeamento com enxofre;
m o l d a g e m em vibro-prensa Montana MBX 975, u t i l i z a n d o areia
n a t u r a l , p e d r i s c o g r a n í t i c o e c i m e n t o CPE Ciplan n a mistura.
Os m a t e r i a i s citados obedecem ainda os limites m í n i m o s de
qualidade apresentados n e s t e manual. A mudança em qualquer
um d e s t e c o n d i c i o n a n t e s p o d e r á a c a r r e t a r mudanças no c o n s u m o
de aglomerante.

H. D e t e r m i n a - s e o t r a ç o u n i t á r i o em peso seco e a quantidade


de á g u a e a d i t i v o a s e r e m e m p r e g a d o s para a m i s t u r a .

A quantidade de á g u a é calculada com base na somatória


d o s m a t e r i a i s s e c o s que serio m i s t u r a d o s de uma só vez. A
m i s t u r a deve possui cerca de 6 a 7,5 % de umidade,
d e p e n d e n d o das c a r a c t e r í s t i c a s do material e do uso ou
não de aditivos. Neste caso, e m p r e g o u - s e como a d i t i v o um
s a b ã o industrial (Supersol da Gessy Lever).

0 c o n s u m o de a d i t i v o hoje empregado na usina de G o i â n i a é


de 50 ml por saco de cimento. Este consumo pode ser maior
ou menor p r i n c i p a l m e n t e em função da granulometria da
mistura e da eficiência do sistema de vibração do
máquina.

I. D e t e r m i n a - s e o traço p i l o t o compatível com a c a p a c i d a d e


útil do m i s t u r a d o r da máquina.

J. D e t e r m i n a - s e a t a b e l a de correção do traço para o uso de


materiais úmidos.

K. I n i c i a - s e a p r o d u ç ã o com o traço piloto para verificação


da textura do bloco, do ciclo de fabricação da m á q u i n a e


COWÈHIO EPUSP/DCOL Rt. no. 86/91 Projeto EP/EM-5

das verdadeiras quantidades de aditivo e água a serem


empregados.

Para facilitar o e n t e n d i m e n t o do método e m p r e g a d o na dosagem


dos b l o c o s de c o n c r e t o , d e s c r e v e - s e no ANEXO C um e x e m p l o
numérico.

3.8.9 MISTURA

0 tempo mínimo de mistura em máquinas de blocos que p o s s u e m


misturadores de eixo horizontal é de 2,5 minutos. A
freqüência de rotação destes m i s t u r a d o r e s deve ser de 14 a
16 r o t a ç õ e s por minuto.

A mistura não deve ser p r o l o n g a d a além dos 5 m i n u t o s para


não p r o v o c a r a s e g r e g a ç ã o do material.

0 misturador deve ser limpo pelo menos duas v e z e s por dia


para evitar a a d e r ê n c i a de material às suas p a r e d e s e pás.

Para garantir que a quantidade de água adequada à mistura,


penetre a d e q u a d a m e n t e no interior do misturador, deve-se
limpar r e g u l a r m e n t e a t u b u l a ç ã o que fica localizada sobre o
misturador. D e v e - s e atentar para a remoção do material que
obstrui os p e q u e n o s furos por onde a água sai.

0 misturador deve ser e s v a z i a d o totalmente após a r e a l i z a ç ã o


de uma mist ura.

No início da o p e r a ç ã o o m i s t u r a d o r deve ser u m e d e c i d o para


evitar a a b s o r ç ã o da água de amassamento p e l a s p a r e d e s do
mist urador.

52
CawêNIO EPUSP/EHCOl tt. no. 84/91 Projeto EP/EM-5

Ao final de cada produção o misturador deve ser lavado para


evitar o endurecimento do material em seu interior.

3.8.6 MOLDAGEM

Durante a moldagem na máquina, o material do bloco sofre


compactação através de vibração e vibro-prensagem. Para
garantir que os blocos obtenham o grau de compactação
pretendido, deve-se r e s p e i t a r os t e m p o s de alimentação e
pré-vibração (recomenda-se a leitura c u i d a d o s a do manual da
máquina para entender esta questão).

Em c o n d i ç o e s normais de moldagem (dosagem adequada dos


materiais, água e aditivo e funcionamento pleno do
equipamento) sugere-se os s e g u i n t e s t e m p o s para o ciclo de
p r o d u ç ã o de b l o c o s do P r o c e s s o Poli/Encol:

. t e m p o de a l i m e n t a ç ã o (ta): As
. t e m p o de p r é - v i b r a ç ã o (tpv): 5s
tempo de d e s f o r m a (td): As

Regulando a m á q u i n a p a r a trabalhar a d e q u a d a m e n t e segundo os


t e m p o s m e n c i o n a d o s , d e v e - s e obter um tempo de ciclo total em
t o r n o de 22 a 24s .

0 t e m p o m a i s importante para se garantir a moldagem adequada


dos b l o c o s é o tempo final. Este tempo não pode ser fixado
d i r e t a m e n t e nos c o n t r o l e da máquina pois depende dos o u t r o s
t e m p o s de alimentação e pré-vibração. Pode-se definir o
t e m p o final como sendo o tempo no qual o bloco atinge a
altura regulada p e l o s e l e t r o d o s localizados nas laterais do
e q u i p a m e n t o , p r ó x i m o s a mesa de vibração.

53
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. U / n Projeto EP/EK-5

O teapo final atesta e x a t a m e n t e e m que condições os b l o c o s


e s t ã o sendo moldados. Q u a l q u e r f a l t a de ajuste no enchimento
do molde (tempo de alimentação e pré-vibração> e na
trabalhabilidade da mistura (granulometria, umidade e
a d i t i v o ) pode ser f a c i l m e n t e n o t a d o verificando-se o t e m p o
final .

Quando o tempo final é excessivo normalmente verificam-se


a l g u n s d e s a j u s t e s nos p a r â m e t r o s mencionados.

Para efeito de p r o d u ç ã o dos blocos do Processo Poli/Encol


s u g e r e - s e valores para o t e m p o final entre 1,5 e 2,5 s.

3,e.7 E8T0CAGEM DE 8L0C08

Os blocos não devem ser e s t o c a d o s diretamente sobre o solo.


A l é m da umidade do t e r r e n o a s c e n d e r aos blocos alterando-lhe
as p r o p r i e d a d e s e levando c o n s i g o resíduos p r e j u d i c i a i s , as
p a r t í c u l a s soltas do s o l o c o n t a m i n a m os blocos, fechando-
Ihes os vazios s u p e r f i c i a i s e s s e n c i a i s no e s t a b e l e c i m e n t o da
a d e r ê n c i a com a a r g a m a s s a quando do seu assentamento.

Para evitar estes problemas, o p á t e o para a estocagem deve


ser p a v i m e n t a d o com um p i s o de c o n c r e t o ou c o b e r t o com uma
c a m a d a de agregado g r a ú d o (gr d u a ç ã o 1 de preferência).

E m p á t e o s pavimentados, d e v e - s e a t e n t a r para a limpeza, pois


o resíduos e poeira acumulados na superfície podem
c o n t a m i n a r os blocos das fiadas inferiores onde as pilhas se
a p o i a m . Os pavimentos d e v e m p o s s u i r ainda inclinação mínima
de 1 X para garantir o e s c o a m e n t o das águas e juntas de
t r a b a l h o para evitar s u a f i s s u r a ç ã o por movimentação higro-
térmica. 0 concreto u s a d o em sua confecção deve ser d o s a d o
CONVÊNIO DUSP/ENCOL Projtto EP/EN-5

para suportar o forte atrito dos pneus em contato com a


areia e para resistir ao tráfego dos caminhões que fazem o
transporte dos blocos.

Os p á t e o s c o b e r t o s c o m l a s t r o de brita devem ser previamente


c o m p a c t a d o s para suportar o tráfego de c a m i n h õ e s e r e c e b e r
inclinação mínima de 2 X de modo a permitir o e s c o a m e n t o das
águas. A camada de b r i t a também deve ser compactada para
impedir sua fácil r e m o ç ã o durante o desenvolvimento dos
trabalhos.

Mesmo com estes c u i d a d o s é recomendável que os b l o c o s sejam


e s t o c a d o s em p i l h a s i n d e p e n d e n t e s sobre estrados de m a d e i r a
para evitar qualquer t i p o de contaminação. Os e s t r a d o s devem
p e r m i t i r ainda que as p i l h a s de bloco sejam e r g u i d a s com
a u x í l i o de empilhadeiras.

Para evitar os c u s t o s d o s c u i d a d o s mencionados a c i m a , alguns


fabricantes de blocos que não utilizam estrados (o
carregamento dos caminhões é feito manualmente) mantém
sempre a ultima fiada de blocos da pilha no e s t o q u e . Esta
p r á t i c a entretanto d e v e ser evitada uma vez que para dar
certo, depende de c o n s t a n t e fiscalização.

0 páteo de estoque de b l o c o s deve permitir fácil acesso e


manobra dos caminhões de transporte e empilhadeiras a
qualquer lote de b l o c o s liberado pelo pessoal de c o n t r o l e .

Os estoque liberados deverão ser identificados com


s i n a l i z a ç ã o que p e r m i t a facilmente sua d i s t i n ç ã o entre os
d e m a i s lotes do e s t o q u e que aguardam liberação. Pode-se
empregar sinalização c o l o r i d a que facilite a visualização
(por exemplo uma bandeirinha verde com uma inscrição
v e r m e l h a m o s t r a n d o a r e s i s t ê n c i a de projeto cumprida).
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. U/n Projeto EP/EK-5

Os lotes nSo liberados p o d e r i o ser identificados seguindo


critérios semelhantes (pode-se empregar neste caso
bandeirinhas vermelhas p r o i b i n d o o transporte para a obra).
O b v i a m e n t e qualquer s i s t e m a de controle criado deverá ser
b a s e a d o num treinamento adequado da mão-de-obra empregada
n a s atividades de p r o d u ç ã o de blocos.

As bandeiras de i d e n t i f i c a ç ã o visual deverão ser colocadas


a p e n a s pelo técnico r e s p o n s á v e l pelo controle de aceitação
de b l o c o s . As b a n d e i r a s d e v e r ã o possuir ainda lacres que
p e r m i t a m sua fixação e impeçam s u a remoção do local onde
foram colocadas. Os l a c r e s p o d e r ã o se prender a uma pilha de
b l o c o s , dificultando a s s i m s u a retirada.

As b a n d e i r a s d e v e r ã o ser de m a d e i r a ou metálicas e pintadas


com t i n t a não r e m o v í v e l . P a r a facilitar a marcação das datas
de fabricação, poderão ser confeccionadas bandeiras com
n u m e r a ç ã o de todos os d i a s do m ê s (de 1 a 31).

0 carregamento dos blocos d e v e r á ser fiscalizado por um


t é c n i c o do laboratório de c o n t r o l e de aceitação de blocos,
d e v i d a m e n t e instruído p a r a retirar os lacres da bandeirinhas
de identificação do lote, a u t o r i z a n d o - o para o transporte. 0
t é c n i c o deverá p e r m a n e c e r no local até a saída do caminhão.

No m o m e n t o da r e t i r a d a do lacre da bandeira, o técnico


d e v e r á entregar ao r e s p o n s á v e l pelo transporte (motorista do
caminhão) o c e r t i f i c a d o de aceitação do lote objeto do
t r a n s p o r t e . Este certificado deverá mostrar claramente a
resistência característica obtida para o lote de blocos em
q u e s t ã o , bem como o n u m e r o de b l o c o s transportados e os
r e s u l t a d o s da inspeção visual e ensaio dimensional.
CONVÊNIO EPUSP/DCOL Rt. «»o. um Projeto EP/EK-5

Além da assinatura do t é c n i c o do laboratório, o c e r t i f i c a d o


d e v e r á ser datado e c o n t e r o visto do engenheiro responsável
pela produção dos b l o c o s . Somente com este certificado o
engenheiro da obra aceitará o carregamento de blocos
p r o v e n i e n t e s da u s i n a de produção.

0 motorista do caminhão assinará listagem de controle


a t e s t a n d o que recebeu o c e r t i f i c a d o de a c e i t a ç ã o do lote.

Caso mais de um tipo de bloco seja transportado no m e s m o


caminhão, deve-se providenciar separação adequada para
e v i t a r mistura de lotes. Neste caso vários certificados de
a c e i t a ç ã o deverão ser e x p e d i d o s e o procedimento de controle
r e p e t i d o . Essa p r á t i c a deve ser evitada para evitar dúvidas
no r e c e b i m e n t o de b l o c o s na obra. 0 engenheiro de obra
d e v e r á arquivar p a r a seu controle, todos os certificados de
a c e i t a ç ã o dos lotes recebidos.

P a r a que o sistema de estocagem de blocos funcione é


n e c e s s á r i o separar fisicamente os lotes fabricados em dias
ou condições diferentes (traços diferentes, blocos
d i f e r e n t e s , máquinas d i f e r e n t e s , m a t e r i a i s diferentes, etc).
A s s i m é recomendável a d i v i s ã o da área destinada ao páteo em
s e t o r e s separados por a r r u a m e n t o s de modo a evitar a mistura
de b l o c o s de d i f e r e n t e s produção em um mesmo lote. L o t e s
d i f e r e n t e s deverão ser e s p a ç a d o s fisicamente um dos outros,
mesmos que estejam no mesmo setor, por uma distância
horizontal mínima de 50 cm. A figura 3.16 mostra
e s q u e m a t i c a m e n t e uma s u g e s t ã o para a organização do páteo de
e s t o c a g e m de blocos.
CONVÊNIO O W / D C O l Rt. no. E 6 m Projeto EP/Bt-5

Figura 3.16. Esquema de organização de um estoque de blocos


de concreto na usina de fabricação.

3.S.8 PROBLEMAS E SOLUCSES NA CURA DE BLOCOS DE


CONCRETO

PROBLEMAS DE PRODUCSO

Este item apresenta os problemas mais comuns ocorridos na


cura de blocos de concreto. Se algum destes problemas
estiver ocorrendo na u s i n a de sua responsabilidade, não se
apavore, veja o próximo item.

58
CONVÊNIO EPÜSP/EHCOL Rt. no. 86/91 Projeto EP/EK-5

- Reações de e x p a n s i b i l i d a d e ocasionando fissuras na


face superior de a s s e n t a m e n t o (topo) dos b l o c o s .

- B a i x a resistência após a cura.

- Blocos quebradicos facilmente d e p o i s da cura.

- B l o c o s muito ú m i d o s d e p o i s da cura.

- C o l o r a ç ã o não u n i f o r m e dos blocos.

- Manchas s u p e r f i c i a i s nas faces dos blocos d e p o i s da


cura.

- B l o c o s muito secos depois da cura.

- Fissuração g e n e r a l i z a d a nas faces dos b l o c o s depois


da cura.

- Lavagem dos a g r e g a d o s das faces dos blocos d u r a n t e a


cura.

- T e m p e r a t u r a ao final do p e r í o d o de molho aproximando-


se r a p i d a m e n t e dos 38 °C.

S0LUÇ8ES PARA OS P R O B L E M A S APRESENTADOS

Como se p e r c e b e os problemas de cura podem ter causas


diversas e m ú l t i p l a s . Para r e s o l v ê - l o s deve-se seguir, na
s e q ü ê n c i a , os s e g u i n t e s p r o c e d i m e n t o s até solucioná-los.

- Checar o tempo de pré-endurecimento (pre-set), nunca


inferior a 2 horas e nunca superior a 5 horas.

59
CONVÊNIO EPÜSP/EHCOL Rt. no. 86/91 Projeto EP/EK-5

Checar razão de e l e v a ç ã o da t e m p e r a t u r a da cimara u s a n d o


de p r e f e r ê n c i a um p o t e n c i ô m e t r o (na falta deste, medir
com auxílio de um cronômetro, o tempo em que a
t e m p e r a t u r a atinge o m á x i m o especificado).

Checar se a t e m p e r a t u r a de e q u i l í b r i o de cura do b l o c o
está sendo obedecida, a t r a v é s da pesagem do bloco no
i n t e r i o r da câmara (veja e s q u e m a s u g e r i d o no item 3.8.1
P r o c e d i m e n t o s para cura de b l o c o s ) .

Checar u m i d a d e de saturação do ar (100X) no interior da


c â m a r a u t i l i z a n d o um h i g r ô m e t r o .

Checar a razão de queda da t e m p e r a t u r a durante o p e r í o d o


de m o l h o .

Verificar se a caldeira foi dimensionada adequadamente,


checar potência em BHP (N2 de b l o c o s a serem c u r a d a s de
u m a só vez multiplicado pelo fator 0,03185 - ver Anexo
A) .

V e r i f i c a r se o transporte dos blocos r e c é m - m o l d a d o s p a r a o


interior das câmaras não e s t á p r o v o c a n d o fissuras d e v i d o
às trepidações.

Verificar se os agregados não apresentam fração de


material a r g i l o s o acima do recomendado.

C h e c a r se o vapor não está sendo a p l i c a d o além do ponto de


equilíbrio.

Verificar d e f i c i ê n c i a de isolamento térmico adequado das


câmaras.

- Verificar a e x i s t ê n c i a de v a z a m e n t o de vapor pelas p o r t a s


das câmaras.

60
CONVÜaO EPUSP/DCOL Rt. no. um Projeto EP/EH-5

Verificar adequação da» saídas de vapor, sua


localização e diâmetro.

V e r i f i c a r super-aquecimento do vapor.

Checar funcionamento a d e q u a d o do sistema de exaustão (se


exist ir >.

Realizar ensaios de resistência à compressão de blocos


coletados na frente, meio e fundo da câmara para
verificar a influência d e s t e s efeitos (consultar o item
3 . 3 . 3 Controle de A c e i t a ç ã o de Blocos na Usina).

Uerificar se o combustível é adequado para gerar o vapor


n e c e s s á r i o às condiçoes de c u r a recomendadas (impedindo
que a caldeira funcione normalmente na pressão de
trabalho).

Verificar a razão de elevação da temperatura do bloco


o
(entre 5 e 15° C).

V e r i f i c a r a existência de impurezas na água de amassamento


da mistura.

3 3 C O N T R O L E DE QUALIDADE

3.3.1 CONTROLE DE RECEBIMENTO DE A0RE0AD08

A qualidade dos agregados é fundamental para a obtenção das


p r o p r i e d a d e s dos blocos de concreto. Suas características
podem interferir na aderência com pastas de cimento
alterando a homogeneidade e resistência do concreto do
b l o c o . Além disso, o agregado é responsável direto pela


CONViMIO EPUSP/ENCOL Rt. no . W/Vi Projeto EP/EN-5

resistência à compressão do b l o c o u m a vez que ocupa a m a i o r


p a r t e do volume dos materiais existente no concreto e
d e t e r m i n a um maior ou m e n o r g r a u de c o m p a c t a ç ã o segundo sua
distribuição granulométrica.

Para garantir que os agregados proporcionem estas


p r o p r i e d a d e s aos b l o c o s de concreto, deve-se estabelecer
limitações para suas características. Na seqüência
a p r e s e n t a m - s e os limites de q u a l i d a d e para as principais
c a r a c t e r í s t i c a s das areias e p e d r i s c o s usados na c o n f e c ç ã o
dos blocos, bem como o c o n t e ú d o das normas b r a s i l e i r a s que
t r a t a m do assunto:

A. A NBR 7211/83 limita o teor de s u b s t â n c i a s nocivas que


podem influenciar a hidratação do cimento e por
c o n s e g u i n t e as p r o p r i e d a d e s dos b l o c o s de concreto.

A quantidade de p a r t í c u l a s finas ( < 0,075 mm) deve ser


l i m i t a d a para impedir o contato adequado entre a p a s t a de
cimento e as p a r t í c u l a s de agregados. Os m a t e r i a i s que
g e r a l m e n t e contêm g r ã o s finos são as argilas, os siltes e
o p ó de pedra resultado da britagem de rochas.

E s t a mesma norma limita ainda o percentual de p a r t í c u l a s


de fraca resistência existente no agregado. São
consideradas assim as partículas de rocha em
d e s i n t e g r a ç ã o , m a t é r i a s c a r b o n o s a s e torrões de argila.

B. A NBR 7817 estabelece os limites g r a n u l o m é t r i c o s para as


areias e pedriscos. E s t a n o r m a diz que os grãos das
a r e i a s devem possuir grãos de diâmetro entre 6.3 e 0.15
mm enquanto os p e d r i s c o s grãos entre 9.5 e 2.4 mm.

C. A NBR 7851 descreve o método obtenção das massas


u n i t á r i a s dos a g r e g a d o s . Este parâmetro é e s p e c i a l m e n t e

Í62
CONViMIO EPUSP/ENCOL Rt. no . W/Vi Projeto EP/EN-5

útil na transformação de t r a ç o s em p e s o para volume e


vice-versa.

D. A NBR 6467 descreve como d e t e r m i n a r a c u r v a de inchamento


dos materiais e encontrar os v a l o r e s p a r a o coeficiente
de inchamento e umidade crítica.

N a t a b e l a 3.2 apresentam-se os limites e s t a b e l e c i d o s p a r a as


principais características de agregados destinados à
p r o d u ç ã o de blocos de concreto.

3.3.1.1 AREIAS

As a r e i a s naturais usadas para a p r o d u ç ã o de blocos devem


p o s s u i r grãos duros, compactos, duráveis e limpos. Estes
a g r e g a d o s devem ser lavados para r e t i r a d a dos excessos de
material fino e matéria orgânica, è r e c o m e n d á v e l o uso de
a r e i a de rio, uma vez que estas são lavadas desde sua
o r i g e m . As areias de cava podem ser a c e i t a s se forem lavadas
p a r a se enquadrarem dentro dos limites pré-estabelecidos.

Q u a n t o mais fina a areia que se u t i l i z a n a produção dos


blocos, mais lisa será sua textura superficial. è
recomendável que os blocos possuam t e x t u r a nem muito lisa
nem muito áspera. Quando a superfície do b l o c o é muito lisa,
pode comprometer a aderência do r e v e s t i m e n t o de argamassa,
exigindo eventualmente a aplicação de chapisco para
p r e p a r a ç ã o da base. Quando muito áspera, p o d e dificultar o
c o n t a t o da argamassa de revestimento com a superfície dos
b l o c o s , diminuindo conseqüentemente a e x t e n s ã o aderida.

Í63
CONViMIO EPUSP/ENCOL Rt. no . W/Vi Projeto EP/EN-5

T A B E L A 3.2. características recomendas para os agregados


d e s t i n a d o s à p r o d u ç ã o de b l o c o s de c o n c r e t o
• + +
TOLERÂNCIAS
CARACTERÍSTICAS
AGREGADO HIÚDO AGREGADO 6RAÚD0

atender uas das atender a faixas


zonas da tab. i granulonétricas
da tab. 2
6RANUL0KETRIA •ódulo de finura diaensão aáxiaa
NBR 7217 variar «ais <?ue característica
1.2 para Material igual a i/2 da
deresiãorigea diiensão da fona

TORRÕES DE
ARGILA < 1,5 X { 1,8 X
NBR 7218

IHPUREZAS
ORGÂNICAS < 3M PPH
NBR 7220

KATERIAL
PULVERULENTO < 5,« X < 1,6 X
NBR 72Í9
+—

P o d e m - s e usar areias artificiais desde que respeitados os


limites mínimos para as características descritas neste
manual, é importante diferenciar as a r e i a s a r t i f i c i a i s dos
r e s í d u o s de britagem denominados pó de p e d r a o u pó misto.
E s t e s m a t e r i a i s d e v e m ser e v i t a d o s pois a l é m de apresentarem
e l e v a d o s teores de m a t e r i a i s finos, p o s s u e m g e r a l m e n t e grlos
a n g u l o s o s de t e x t u r a s u p e r f i c i a l muito á s p e r a . Materiais com
estas características fazem com as m i s t u r a adquiram baixa
t r a b a l K a b 1 1 idade d i f i c u l t a n d o a moldagem, exigindo maior
quantidade de água de amassamento e maior consumo de
c iment o.

0 pó de p e d r a e o pó m i s t o t a m b é m a p r e s e n t a m , na m a i o r i a das
vezes, g r a n d e variabi1 idade g r a n u l o m é t r i c a d e v i d o a falta de
c o n t r o l e no peneiramento após a britagem ainda na pedreira.

Í64
COWiNIO EPUSP/DCOL Rt. m . 86/9i Projeto EP/EN-5

A falta de c o n t i n u i d a d e da d i s t r i b u i ç ã o g r a n u l o m é t r i c a dos
g r ã o s de um agregado p o d e s o z i n h a , c a u s a r g r a n d e s variações
na fabricação, comprometendo de modo irreversível a
q u a l i d a d e d o s blocos.

TABELA 3.3. Limites granulométricos dos agres dos miúdos


destina à produçKo de blocos de conc eto

I PENEIRA I X EH PESO, RETIDA ACUMULADA


I i + +
i (HH) I AREIA FINA I AREIA HÉDIA i AREIA GROSSA

I 9.5 I « I t I •
I 6.3 I •-7 I I-7 I •-7

I 4.8 I • - 11 I • - 11 I • - ie
• 1 1 +-
I 2.4 ! • - 15 I t - 25 I 5 - 4«

I 1.8 I #-25 I 1* - 45 I 3Í - 71
t 1 +

+I 1.6 1I 21-4» I+- 41-65 I 66-85


+

i «.3 I 6« - 88 1 71-92 t 8« - 95
+ 1 +- +

i i.i5 i n -m i 9« - 1M I 9« - m
— + - -

NOTA: Estes valores são indicativos de «ateriais que devei constituir blocos de concreto de deseopenho
satisfatório, não sendo liiitantes ée seu uso na fabricação, até que as suas propriedades sejai
analisadas conforie requisitos de aceitação estabelecidos neste lanual.

Na t a b e l a 3.3 são a p r e s e n t a d o s os limites granulométricos


que d e v e r ã o ser seguidos para a c 1 a s s i f i c a ç ã o de agregados
m i ú d o s d e s t i n a d o s à p r o d u ç ã o de b l o c o s de concreto.

3.3.1.8 PEDRXSCO (BRITA t)

Os a g r e g a d o s devem ser o r i g i n a d o s da britagem de rochas


duras ( c a l c á r i o s d o l o m í t i c o s , b a s á l t i c o s e granitos) que não
possuam sinais de m a t é r i a s f r i á v e i s como a r e n i t o s e micas.

65
COMfrlO EPUSP/QCOL Rt. no. u m Projeto EP/EK-5

Deve-se evitar ainda os calcários moles que possuem teores


de argila.

T A B E L A 3.4. L i m i t e s «rinulomtftrlcot do» a g r e g a d o s graddot


d e s t i n a à p r o d u ç l o da b l o c o s de c o n c r e t o

1 PENEIRA 1 X EH PESO, RETIDA ACUKULADA 1


1 (NO 1 PARA BRITA DE GRADUAÇÃO ZERO 1

1 19 1 |

1 12.S 1 • 1

I 9.5 1 f - il 1

1 6.3 1 |

1 4.8 1 8Í - ÍM 1

1 2.4 1 95 - 1M 1
--+

NOTA: Estes valores são indicativos de nteriais mie devei constituir blocos de concreto de desewenho
satisfatório, não sendo liiitantes de seu uso na fabricação, até que as suas propriedades sejai
analisadas conforte requisitos de aceitação estabelecidos neste sanual.

Das faixas granulométricas citadas pela n o r m a de a g r e g a d o s


g r a ú d o s para concreto - NBR 7217 - apenas a zona de
g r a d u a ç ã o zero d e v e r á ser p e r m i t i d a para uso na produção de
b l o c o s , uma vez que o agregado não pode p o s s u i r grãos com
d i â m e t r o superior a 10 mm (cerca da metade da espessura da
m e n o r parede do b l o c o ) . E s t e cuidado é m u i t o importante e
o b j e t i v a evitar d a n o s a m a t r i z durante a m o l d a g e m na v i b r o -
prensa. A t a b e l a 3.4 a p r e s e n t a os limites granulométricos
que deverão ser s e g u i d o s p a r a a c l a s s i f i c a ç ã o de agregados
g r a ú d o s d e s t i n a d o s à p r o d u ç ã o de blocos de concreto.

66
COMttlO EPUSP/OCX Rt. no. &/?i Projeto EP/EN-5

3.3.1.3 PROCEDIMENTO PARA SELEÇSO E ENSAIOS


EXPEDITOS

A. C h e c a r todos as fontes e jazidas de material que p o s s a


o f e r e c e r alguma c h a n c e ou alternativa técnico-econõmica
de utilização.

B. V e r i f i c a r volume, c a p a c i d a d e e constância dos p o s s í v e i s


fornecedores.

C. S e g u i r as recomendações para as características dos


a g r e g a d o s a p r e s e n t a d a s n o s itens anteriores.

D. R e c o l h e r a m o s t r a s p a r a e n s a i o s dos m a t e r i a i s considerados
economicamente viáveis segundo as seguintes
recomendações:

. coletar p e q u e n a s p o r ç õ e s de 6 a 12 locais diferentes,


d e p e n d e n d o do t a m a n h o da pilha de agregados;
. retirar o material de local abaixo da superfície da
pilha;
a amostra para e n s a i o s deve ter cerca de 5 kg;
. preparar a t r a v é s de quarteamento amostras de 500 a
100 g conforme as n e c e s s i d a d e s dos ensaios.

E. D e t e r m i n a ç ã o e x p e d i t a do teor de impurezas orgânicas:

A g i t a r durante 1 m i n u t o u m a solução de hidróxido de sódio


a 3% (cerca de 200 ml) numa garrafa de vidro (cerca de
3 5 0 ml) com a p r o x i m a d a m e n t e 135 ml do agregado. Após 24
h o r a s de repouso v e r i f i c a r a cor da água em suspensão.
Q u a n t o mais clara a água, menor será a quantidade de
m a t é r i a orgânica e x i s t e n t e na amostra. Agregado bom p a r a
f a b r i c a ç ã o é aquele que p r a t i c a m e n t e não contiver matéria
o r g â n ica.

67
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. ro 84/?1 Projeto EP/Df-5

F. D e t e r m i n a ç ã o e x p e d i t a do teor de a r g i l a :

A g i t a r durante 1 minuto num vidro (cap. 1000 ml) com


c e r c a de 5 cm de a g r e g a d o e preenchido até 750 ml com
á g u a . Após uma h o r a de r e p o u s o v e r i f i c a r camada de a r g i l a
na superfície do m a t e r i a l . Se esta c a m a d a for superior a
3 mm deve-se rejeitar o agregado ou providenciar sua
l a v a g e m antes do uso.

G. D e t e r m i n a ç ã o da dureza:

P e s a r cerca de 200 g da fração do agregado passante na


p e n e i r a 3/8" <9.5 mm). Com uma b r o c a Rockwell B65 a B75
(broca própria para d e t e r m i n a r d u r e z a de rochas, feita de
latão) tentar riscar os g r ã o s do agregado. Se a broca
riscar o grão o a g r e g a d o e c o n s i d e r a d o macio. Se o latão
aderir a partícula do material este é considerado duro e
bom para a produção de blocos.

Os d e m a i s ensaios n e c e s s á r i o s a análise do agregado são o de


granulometria e teor de umidade. Estes ensaios podem ser
e x e c u t a d o s em qualquer laboratório h a b i l i t a d o ao ensaio de
m a t é r i a s para concreto, e x i s t e n t e em todas as cidade onde a
e m p r e s a possui regional.

68
CONViMIO EPUSP/DCOL Itt. M . EA/91 Projeto EP/OW

3.3.8 CONTROLE DA CURA

Para assegurar que os blocos serão curados adequadamente,


d e v e - s e verificar os s e g u i n t e s p a r â m e t r o s , segundo o tipo de
cura:

A. C U R A NATURAL

- Checar se t e m p e r a t u r a do a m b i e n t e é superior a 10 °C. A


produção pode ser interrompida em temperaturas mais
b a i x a s que estas, em d e t r i m e n t o ao comprometimento das
características dos blocos.

- Proteger em a b r i g o c o b e r t o os b l o c o s r e c é m - p r o d u z i d o s por
p e l o menos 24 h o r a s .

- Após a d e s p a l e t i z a ç ã o dos blocos e c o n s t r u ç ã o das pilhas,


v e r i f i c a r se os b l o c o s estão p r o t e g i d o s (lona) no p á t e o
de estocagem.

- Verificar a manutenção da s a t u r a ç ã o (aspersão ou vapor)


d u r a n t e 7 dias.

- G a r a n t i r a m a n u t e n ç ã o dos b l o c o s no estoque por pelo menos


14 dias, mesmo que o lote seja liberado pelo controle de
aceit ação.

Para facilitar o c o n t r o l e da cura natural pode-se preencher


uma t a b e l a como a da figura 3.17, c o n f o r m e o exemplo.

69
CONViMIO EPUSP/ENCOL Rt. no . W/Vi Projeto EP/EN-5

1
4 5 « T • » (O II li IJ Hkoni

COBRIR


ABRIGO

COBRIR
ASPERGIR
ASPBWIR

CAMARA L

CÂMARA 2

CÂMARA 3

CÂMARA 4

CÂMARA 5

CÂMARA 6

7 • • IO II C 13 15 16 17 16 19 20


B
P*£ SET ALMOÇO
• COLOCAÇÃO
NA CÂMARA

VAPOR MOLHO

F i g u r a 3.17. Planilha para o controle da cura natural de


b l o c o s de c o n c r e t o .

Í70
CONViMIO EPUSP/ENCOL Rt. no . W/Vi Projeto EP/EN-5

B. CURA A VAPOR

- Verificar a saturação das câmaras de cura durante a


a p l i c a ç ã o do vapor.

- Determinar a t e m p e r a t u r a de e q u i l í b r i o através da pesagem


d o s b l o c o s durante a a p l i c a ç ã o do vapor.

- Interromper a entrada de vapor no interior da câmara


q u a n d o a t e m p e r a t u r a de e q u i l í b r i o for atingida.

- Verificar se a p r e s s ã o de s a í d a do vapor no manômetro da


t u b u l a ç ã o é inferior a 12 psi (83 k g / c m ® ) .

Para facilitar o c o n t r o l e da c u r a a vapor pode-se preencher


u m a t a b e l a como a da figura 3 . 1 8 abaixo, conforme o exemplo:

N* CÂMARAS
r, ;

fel
7 8 • IO
ÉS
II 12 13 M 15 16 17 16 I» 2C 21
HORAS

CARREGAMENTO

PRE' ENDURECIMENTO O
>»POR d
MOLHO g ]
NTERVALO ALMOÇO r-i

F i g u r a 3.18. T a b e l a p a r a c o n t r o l e da cura a vapor de blocos


de concreto.

Í71
COKfcüO EPUSP/OCOt Rt. ao. EA/91 Projeto EP/EM-5

O t é c n i c o r e s p o n s á v e l pelo c o n t r o l e deve verificar também se


o número de g a i o l a s p r o d u z i d a s até a hora do almoço é
suficiente para permitir i n í c i o d a cura, uma vez que os
b l o c o s não d e v e m ficar aguardando a retomada da produção,
c o m p r o m e t e n d o a s s i m a ciclo r e c o m e n d a d o para a cura.

3.3.3 CONTROLE DE ACEITAÇRO DE BLOCOS NA U8XNA

3.3.3.1 CLASSIFICAÇÃO DOS BLOCOS

Os b l o c o s de concreto são classificados segundo a sua


resistência característica. A NBR 7186 "Blocos vazados de
concreto simples para a l v e n a r i a com função estrutural
m é t o d o de ensaio" classifica os b l o c o s de concreto em d u a s
faixas de resistência: os blocos de resistência
característica (fbk) igual ou superior a 6,0 MPa são
e n q u a d r a d o s como sendo de c l a s s e A, enquanto os blocos de
resistência característica (fbk) igual ou superior a 4,5 M P a
e inferior a 6,0 são d i t o s de classe B. Para efeito de
classificação dos blocos, o P r o c e s s o Poli/Encol pode seguir
as m e s m a s p r e s c r i ç õ e s da n o r m a brasileira. A utilização de
um ou outro bloco deve ser especificada unicamente pelo
calculista da obra, que em função do projeto pode
especificar blocos com resistência característica ainda
superíor.

72
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. ro 84/?1 Projeto EP/Df-5

3.3.3.6 DEFINICRO DE LOTES E AMOSTRAGEM DE BL0C06


NA U8XNA

Para definir um lote de b l o c o s deve-se seguir as seguintes


recomendações:

- Os lotes são formados por c o n j u n t o s de blocos com as


mesmas características produzidos sob condições
constantes (mesma máquina, m e s m o traço e materiais de
m e s m a procedência e características);

- Conjuntos até 10.000 b l o c o s devem constituir apenas um


único lote;

- 0 n ú m e r o máximo de b l o c o s em um lote é 100.000.

No c a s o da definição das amostras, deve-se obedecer o


s e g u i n t e:

- De c a d a lote devem ser r e t i r a d o s blocos inteiros - sem


f r a t u r a s e fissuras v i s í v e i s - que constituirão a amostra
p a r a efeito de ensaio.

- Para realizar a a m o s t r a g e m dos blocos de 145 x 190 x 295


mm quando se emprega s i s t e m a s de cura a vapor, recomenda-
se o seguinte procedimento:

. Escolher no mínimo 01 (uma) e no máximo 03 (três)


gaiolas de blocos de cada câmara após o final do
ciclo de cura (blocos fora da câmara), seguindo a
s e q ü ê n c i a ABC ou 123 do exemplo a seguir (os números
e as letras r e p r e s e n t a m as várias gaiolas de uma
d e t e r m i n a d a câmara de cura:

73
COHViMIO EPUSP/DCOL Rt. m . EA/91 Projeto EP/EM-5

• +
I C I
+ •

+I 3 I
+

I B I
+ +

+I 2 I+

+t A I+

I 1 I
+ +

A seqüência deve ser alternada a cada câmara


amostrada. Assim p o d e - s e e s c o l h e r uma vez as gaiolas
123 e de outra v e z as g a i o l a s ABC (ou somente 1 e 2
ou A e B, c o n f o r m e o n ú m e r o de gaiolas por câmara ou
o número de c â m a r a s existentes).

Escolher 03 (três) paletes de cada gaiola na


seqüência ABC, c o n f o r m e os e x e m p l o s do esquema abaixo
que mostra as g a i o l a s em v i s t a lateral:

+ + + + + + +
I A I I I A I I I
+ + + + + + +
I I B t t I B I I
+ + + + + + +
I C I I t I I C I
+ + + + + + +
I I I I I I I

Retirar 03 (três) exemplares de cada palete na


seqüência ABC ou 123 alternadamente, conforme o
arranjo dos b l o c o s n o s p a l e t e s representados abaixo:

74
COWÊHIO DW/OCOL Rt. m. um Projeto EP/OH5

+.
I
e i
i

i
B I 3
I
-+
I
I c
I
-+

Para realizar a amostragem de meio-blocos


<145xi90xi45mm> e blocos e meio (145xi90x435mm>,
executar o mesmo p r o c e d i m e n t o , alternadamente, para
c a d a um dos tipos de bloco. Isto s i g n i f i c a retirar de
um palete escolhido, uma vez blocos e meio e de outra
v e z meio blocos.

. Guardar os corpos de prova na sombra, dentro do


1aborat ório.

Para lotes de até 10.000 retirar no m í n i m o 60 blocos para


a primeira amostragem d e s t i n a d a a inspeção visual. Isto
na p r á t i c a significa amostrar 60 b l o c o s p a r a cada dia de
p r o d u ç ã o . Para o caso dos blocos e m e i o e meios blocos
t e r - s e - i a 30 exemplares de cada tipo.

Após a inspeção visual, uma nova amostra de 12 blocos


entre os 60 iniciais deve ser constituída. Esta nova
amostra permitirá a realização dos e n s a i o s laboratoriais
com v i s t a s ao controle de qualidade de a c e i t a ç ã o No caso
de m e i o s bloco e b l o c o s e meio, a nova a m o s t r a pode ser
de 6 b l o c o s para cada tipo.

75
COWÊHIO EPUSP/DCOL Rt. M . EA/?i Projeto EP/EM-5

3.3.3.3 DIMENSÕES DOS BLOCOS

As d i m e n s õ e s de t o d o s os c o m p o n e n t e s da linha de blocos
u t i l i z a d o s no PROCESSO Poli-Encol foram d e f i n i d a s tendo-se
em v i s t a tanto a o t i m i z a ç ã o dos requisitos e s t r u t u r a i s , como
do incremento de racionalidade do próprio processo
const rut ivo.

No A N E X O D são a p r e s e n t a d a s de forma d e t a l h a d a , todas as


d i m e n s õ e s dos b l o c o s u t i l i z a d o s no Processo. E s t a s dimensões
d e v e r ã o servir de base para a fabricação das matrizes
u t i l i z a d a s nas v i b r o - p r e n s a s de produção dos componentes.

3.3.3.4 TOLERÂNCIA DIMENSIONAL

As v a r i a ç õ e s máximas permitidas, para mais ou p a r a menos,


i n d i v i d u a l m e n t e p a r a c a d a b l o c o de dimensões r e a i s 145 x 190
x 295 mm, são as seguintes:
. variação na e s p e s s u r a das paredes do bloco: 3 mm
variação na altura-, 3 mm <187 a 193 mm)
. variação na largura: 3 mm (142 a 148 mm)
. variação no c o m p r i m e n t o : 3 mm (292 a 298 mm)

As m é d i a s das v a r i a ç õ e s dos e x e m p l a r e s da a m o s t r a não devem


e x c e d e r ainda os s e g u i n t e s valores.

. variação na e s p e s s u r a das paredes do bloco: 2 mm


. variação na altura: 2 mm (188 a 192 mm)
. variação na largura: 2 mm (143 a 147 mm)
. variação no c o m p r i m e n t o : 2 mm (293 a 297 mm)

E s t a s dimensões devem ser v e r i f i c a d a s com p r e c i s ã o de 0.5


mm. A espessura das p a r e d e s do bloco deve ser c a l c u l a d a a

76
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. ro 84/?1 Projeto EP/Df-5

p a r t i r da m é d i a das medidas de seis b l o c o s t o m a d a s no ponto


mais estreito.

No ANEXO E sSo apresentados r e s u m i d a m e n t e os procedimentos


de e n s a i o para o controle de qualidade dos blocos de
c o n c r e t o n a usina de produção.

3,4 ftCEITftCSQ

P a r a ser a c e i t o o lote deve:

A. R e s p e i t a r as t o l e r â n c i a s d i m e n s i o n a i s prescritas;
B. S a t i s f a z e r a inspeção visual;
C. A p r e s e n t a r resistência c a r a c t e r í s t i c a especificada.

A resistência característica e s p e c i f i c a d a deve ser atingida


com uma idade máxima de 28 d i a s após a p r o d u ç ã o dos blocos,
caso c o n t r á r i o o lote de b l o c o s deve ser r e j e i t a d o . Lotes
e n s a i a d o s com idade inferior a 28 dias p o d e r ã o ser liberados
desde que se respeite os s e g u i n t e s limites p a r a a remessa à
obra :
idade mínima de 14 d i a s para o caso de cura natural
(condições ambientais);
idade mínima de 3 dias p a r a o caso de c u r a a vapor.

Caso mais de 80*/. dos blocos do lote sejam r e j e i t a d o s por


c a u s a de "A" ou "B" o lote deve passar por uma seleção
individual ou ser rejeitado.

Caso "C" não seja cumprido d e v e ser r e t i r a d o do mesmo lote


u m a nova a m o s t r a com o dobro dos e x e m p l a r e s da inicial, para
uma segunda verificação da resistência característica.
R e p e t i n d o - s e o resultado, o lote inteiro deve ser rejeitado.

77
CONViMIO EPUSP/ENCOL Rt. no . W/Vi Projeto EP/EN-5

A MARCO CM A R G A M A S S A ARMADA

A argamassa a r m a d a é u m material c o n s t i t u í d o b a s i c a m e n t e de
uma a r g a m a s s a de c i m e n t o e areia a d e q u a d a m e n t e proporcionada
e reforçada p o r u m a t e l a metálica, que c o n f o r m a d o e curado,
resulta em elementos esbeltos, de peso relativamente
reduzidos, e com propriedades interessantes p a r a o emprego
em obras de c o n s t r u ç ã o civil.

P a r a a t i n g i r e m - s e as p r o p r i e d a d e s p o t e n c i a i s d e s s e material,
é necessário a observância de determinados c u i d a d o s quando
da sua confecção, diferenciando-se, por isso, da produção
das demais p e ç a s de p r é - m o l d a d o s em concreto armado.

Os principais aspectos que merecem atenção e mesmo


desenvolvimento específico apropriado p a r a a situação de
uso, são os seguintes: formas, armadura, traço, cura,
desforma, t r a t a m e n t o s u p e r f i c i a l , e transporte.

Nesse c a p í t u l o são abordadas as principais recomendações


referentes à produção dos contra-marcos de janelas em
argamassa armada.

4 1 INSTALAÇÕES DA USINA

As instalações p a r a a f a b r i c a ç ã o das peças devem a t e n d e r aos


princípios gerais de o r g a n i z a ç ã o de linhas de produção,
disposição e s t r a t é g i c a d a s matérias primas, e q u i p a m e n t o s e
ferramentas e demais elementos necessários, de maneira a
otimizar tanto o uso do espaço, como a seqüência de
produção, p r e v e n d o a ordem de precedência das etapas de
execução que c o n s t i t u e m a linha.

Í78
COKttüO EPUSP/DCQL Kt. M . U/fl Projeto EP/EM-5

C o m o os m a r c o s mm a r g a m a s s a são peças que irão servir de


acabamento para as janelas, é importante que a p r e s e n t e m uma
condicão estética s a t i s f a t ó r i a para esse fim. A l é m disso, a
d u r a b i l i d a d e das pecas d e p e n d e da apropriada montagem e
posicionamento das armaduras, moldagem, cura e tratamento
superficial. Para tanto, são necessárias instalações
adequadas, com condições satisfatórias de trabalho e
ferramentas apropriadas.

Para proporcionar uma melhor condicão de trabalho, é


importante que a área de p r o d u ç ã o seja c o b e r t a , propiciando
a b r i g o de i n t e m p é r i e s e a continuidade das a t i v i d a d e s mesmo
em c o n d i ç õ e s de chuva, bem como o piso seja c i m e n t a d o , pois
a l é m de prover um melhor aspecto da área de trabalho,
contribui para torná-la mais prática e melhorar a
o r g a n i z a ç ã o da a t i v i d a d e produtiva. Isso é importante, por
contribuir para criar um clima de trabalho diferenciado,
buscando acostumar a mão de obra com uma condicão mais
o r g a n i z a d a de produção.

4.1.1 FASES DA P R O D U Ç Ã O

As e t a p a s que c o m p õ e o processo de produção são as que


seguem:

- E s t o c a g e m dos m a t e r i a i s (tela, areia, c i m e n t o , outros)


Preparo da armadura (corte, dobra, colocação dos
espaçadores)
- L i m p e z a e p r e p a r o da fôrma
- H o n t a g e m da a r m a d u r a na fôrma
- P r o p o r c i o n a m e n t o e m i s t u r a dos materiais
- Argamassagem e vibração
- Acabamento superficial

79
COMV&HIO EPUSP/DCOL Rt. M . um Projrto EP/EM-5

- Cura
- Tratamento superficial
- Estocagem

P a r a o p l a n e j a m e n t o da d i s p o s i ç ã o das instalações, devem ser


considerados grupos p r i n c i p a i s de s e r v i ç o s , que aqui são
tratados como etapas. Essas etapas se inter-relacionam
obedecendo a o r d e m de p r e c e d ê n c i a de execução, conforme é
r e p r e s e n t a d o no fluxo a seguir (figura 4.1). Cada uma d a s
etapas é constituída das atividades que estão ali
detalhadas. Os procedimentos e recomendações para essas
a t i v i d a d e s são d e s c r i t a s no item 4.3.

4.i.fi DZ8P08ICS0 DAS ETAPAS DA LINHA DE PRODUCftO

0 arranjo f í s i c o dos espaços e e q u i p a m e n t o s que compõem a


linha de p r o d u ç ã o , a p e s a r de bastante simples, deve p r o c u r a r
otimizar o aproveitamento da área coberta, bem como
contribuir para boa produtividade com a qualidade que é
e s p e r a d a dos componentes.

Para tanto, devem ser observados, principalmente, os


seguintes aspectos:

A. transporte dos materiais e peças, considerando os


e q u i p a m e n t o s com que s e r á feito.

B. boas condições de trabalho, observando adequação


e r g o n o m é t r i c a d a s b a n c a d a s de trabalho e equipamentos.

C. dimensionamento do e s p a ç o de cada etapa, de acordo com a


e s t i m a t i v a de d e m a n d a de peças (ver a c o m p o s i ç ã o da linha
de p r o d u ç ã o exemplo).

80
CONÉHIO EPUSP/DCOL Rt. »o. um Projeto OVBt-5

FLUXO DAS ETAPAS DO PROCESSO DE PRODUÇÃO

INTER RELApXo ENTRE AS ETAPAS


E3TOCA0EN

PREPARO „1"TH
| C*UjH TRATAM.
SURERF.
H E3T0CASEN
ARMADURA

! .
j
PREPARO ESTOOUE
t i
1
I FORMAS FORRAS
1

Figura 4.1. Fluxo das etapas do procasso de produçlo e


interrelaçto entra as etapas

81
COMViMIO EPUSP/DCOL tt. no. ÍA/91 Projeto EP/EK-S

D. e i p r e g o de e q u i p a m e n t o s e ferramentas a d e q u a d o s para c a d a
atividade (cortador de tela, dobrador de tela, bancada
c o m b o r d a de m e t a l , mesa vibratória

E. u t i l i z a ç ã o de i n s t a l a ç õ e s como b a n c a d a s de t r a b a l h o e
prateleiras para m e l h o r a r as condições e organizar a
produção.

F. D e l i m i t a r as á r e a s de trabalho, estocagem, etc, para


melhor aproveitamento do espaço físico e redução de
perdas e transtornos desnecessários.

6. D e f i n i r a maneira c o r r e t a de transporte e e s t o c a g e m das


pecas após desformadas, tomando-se cuidados especiais
l o g o nas p r i m e i r a s idades.

4.1.3 DEFINXÇ80 DO TAMANHO DA INSTALAÇÕES

Recomenda-se que para a definição das instalações da


fábrica, sejam anteriormente dimensionados cada uma das
etapas que compõe o p r o c e s s o em separado. Após a d e f i n i ç ã o
d e s s a s , de a c o r d o com as necessidades e s p e c í f i c a s de c a d a
caso, distribuí-las observando a interrelação entre etapas,
adequando o a r r a n j o físico com o espaço disponível, visando
ot i m i 2 á - l o .

A seguir são descritos os principais aspectos a serem


o b s e r v a d o s p a r a as e t a p a s que compõe a linha de produção.

82
COWÈMO EPUSP/EMCOL Rt. no. Projeto EP/EH-5

4.1.3.1 E8T0CAGEM DE MATERIAIS

Os m a t e r i a i s u t i l i z a d o s são: areia, c i m e n t o e armadura. O


estoque dos m a t e r i a i s deve ter capacidade nSo somente para
aqueles utilizados p a r a a fabricação das p e c a s em argamassa
armada, como também para os materiais utilizados na
fabricação das demais pecas pré-moldadas do processo
const rut ivo.

AGREGADOS

Os d e p ó s i t o s p a r a cada um dos materiais deve ser s e p a r a d o e


d e l i m i t a d o p o r d i v i s ó r i a s como parede de blocos.

É importante que ao menos uma parte da área de estocagem dos


a g r e g a d o s fique a b r i g a d a da chuva, para facilitar o c o n t r o l e
da u m i d a d e . T a m b é m que o piso dessa área seja cimentado,
para evitar m i s t u r a de impurezas, sendo que esse tenha uma
i n c l i n a ç ã o de dentro para fora, de modo a facilitar o
e s c o a m e n t o d a u m i d a d e em excesso.

Deve ser prevista a forma mais adequada de descarga dos


agregados nas áreas cobertas e a maneira de dosar e
transportar até o misturador. Como convencionalmente esse
d e s l o c a m e n t o é feito com carrinho de mão, prever o acesso na
parte coberta.

CIMENTO

0 cimento deve ser, preferencialmente, armazenado em


compartimento i n d i v i d u a l , coberto e fechado. 0 piso deve ser
elevado e deve-se observar cuidadosamente as r e c o m e n d a ç õ e s

83
COHViMIO EPUSP/DCOL Rt. m . EA/91 Projeto EP/EM-5

p a r a o bom uto desse m a t e r i a l , principalmente o c o n t r o l e dos


p r a z o s de u t i l i z a ç ã o , s e n d o conveniente para isso, d i v i d i r o
d e p ó s i t o de c i m e n t o p a r a acondicionar s e p a r a d a m e n t e os lotes
d i s t i n t o s do m a t e r i a l , c o n f o r m e as datas de c h e g a d a .

ARMADURA

A armadura a ser e m p r e g a d a é a tela soldada, que apresenta-


se em rolos de a p r o x i m a d a m e n t e 120 cm de largura e 60 cm de
diâmetro. Esse material deve ser armazenado em local
coberto, abrigado da c h u v a e isolado do solo, e v i t a n d o - s e a
sua c o r r o s ã o e contaminação. Também deve ser p r o t e g i d o de
qualquer outra s u b s t â n c i a como óleos, tintas, etc. Deve-se
a i n d a evitar o a m a s s a m e n t o da tela em rolos.

A p ó s o corte da a r m a d u r a , as partes devem ser a r m a z e n a d a s de


forma adequada, como em prateleiras, de maneira a evitar a
m i s t u r a das p a r t e s das d i f e r e n t e s peças, o que p o d e ocorrer
c o m c e r t a facilidade em função de serem muito parecidas.

4 . 1 . 3 . E P R E P A R O DA ARMADURA

0 p r e p a r o da a r m a d u r a c o n s i s t e em três etapas, c o r t e , dobra,


c o l o c a ç ã o dos e s p a ç a d o r e s , sendo então, cada um dos lados
das peças estocados. A montagem é feita já sobre a fôrma
d e f i n i t i v a , em etapa que precede a argamassagem da peça.
Efetua-se a m o n t a g e m só n e s s a fase, por se t r a t a r de uma
a t i v i d a d e simples e de r á p i d a execução, não j u s t i f i c a n d o uma
etapa especial só para a montagem, que demandaria um
c o n j u n t o de g a b a r i t o s e s p e c í f i c o s para esse fim.

84
COHVÊKIO EPUSP/DCOL Rt. m . g&m Projeto EP/Dt-5

A fixação das q u a t r o p a r t e s de tela entre si, é feita n a


fase de montagem, m e d i a n t e amarração com arame (ver figura
AS). Cuidado especial deve ser tomado nessa fase da
m o n t a g e m , com r e l a ç ã o às p a r t e s da tela que irão formar a
a m a r r a ç ã o nos cantos, b e m c o m o a ancoragem dos fios.

CORTE

0 corte da tela pode ser feito sobre uma b a n c a d a de corte,


onde está desenhada a c o n f o r m a ç ã o das peças. Dessa forma,
p o d e - s e aumentar a produtividade nesse serviço e evitar o
d e s p e r d í c i o de material por corte incorreto. A d i s t r i b u i ç ã o
dos c o r t e s no perfil de tela deve ser previsto de modo a
o t i m i z a r o a p r o v e i t a m e n t o da tela.

A ferramenta para c o r t e é uma tesoura especial ou m á q u i n a


e s p e c í f i c a para c o r t e de arame e tela.

TELA DA VERSA

TELA DA TELA LATERAIS

PIN6ADEIRJ

FORMA

Figura 4.E Montagem da tela dc aram»

85
COWÈXIO DW/DCOL Rt. M . EA/Vi Projeto EP/EM-5

DOBRA

Os dobramentos dos perfis de tela são realizados com


relativa facilidade, por serem direcionados p e l o s fios d a
tela. No entanto, para garantir uma dobra eficiente sem
provocar ondulações e x c e s s i v a s ao longo d e s s a , o que p o d e
comprometer o r e c o b r i m e n t o da armadura, é recomendado que
seja utilizada uma dobradeira de tela. Esse equipamento é
d e s c r i t o Anexo F no fim do texto.

O u t r a vantagem que r e f o r ç a o emprego da d o b r a d e i r a é o fato


d e s s a reduzir s i g n i f i c a t i v a m e n t e o problema de descolamento
dos pontos de s o l d a da tela. Esse e q u i p a m e n t o é u t i l i z a d o
principalmente para as d o b r a s longitudinais do perfil da
t e l a cortada. As dobras transversais, d a d a a facilidade,
p o d e m ser realizadas manualmente, com o auxílio de um
martelo, nas b o r d a s da b a n c a d a de dobra, que são revestidas
com cantoneiras metálicas nos cantos, prevendo essa
ut ilização.

COLOCACSO DOS ESPACADORES

Para a proteção da a r m a d u r a da argamassa a r m a d a contra a


corrosão, é n e c e s s á r i o o emprego de e l e m e n t o s que mantenham
o recobrimento d a armadura, que é pequeno, d a d a a esbeltez
que é caract e r í st ica desse material. Para isso são
e m p r e g a d o s os espaçadores.

E s s e s devem ser c o l o c a d o s distribuídos na t e l a em posições


previstas, d e v e n d o - s e dar atenção especial p a r a os cantos
das peças, o n d e há a maior tendência do deslocamento da
posição da armadura, em função das amarrações e da
sobreposição.

86
CONVÊNIO EPUSP/DCOL Rt. m . u m Projeto EP/EK-5

O s e s p a ç a d o r e s d e v e m ser colocados após c o n c l u í d o s o corte e


d o b r a da armadura, é recomendado que os e s p a ç a d o r e s sejam
fixados tendo como referência um gabarito da p a r t e da p e c a
que e s t á s e n d o m o n t a d a . Esse gabarito é fixado na b a n c a d a de
d o b r a da t e l a (ver e s q u e m a no Anexo F>.

4.1.3.3 PREPARO DA8 FÔRMAS

Para o preparo das fôrmas necessita-se unicamente de um


espaço para a disposição destas. As o p e r a ç õ e s de preparo
c o n s i s t e m na l i m p e z a da fôrma e aplicação do desmoldante.
Uma vez que e s t a s fôrmas são providas de base que as elevam
p a r a uma p o s i ç ã o de t r a b a l h o em pé, não há n e c e s s i d a d e de um
local e l e v a d o próprio para esse trabalho. Sempre que a
d i s t r i b u i ç ã o das e t a p a s da linha do p r o c e s s o de produção
permitir, é preferível que o espaço de p r e p a r o das formas,
s e j a o mesmo que s e r v e para o estoque das mesmas.

4.1.3.4 AROAMASSAGEM

As i n s t a l a ç õ e s n e c e s s á r i a s para a etapa de argamassagem


consistem num espaço para a betoneira e para a mesa
vibratória, é c o n v e n i e n t e ainda, uma b a n c a d a de trabalho da
a l t u r a da mesa vibratória, situada ao lado dessa. Essa
b a n c a d a pode ser feita em blocos de concreto, tendo a base
de t r a b a l h o cimentada.

Convém observar que a largura dessa mesa deve permitir o


a c e s s o com f a c i l i d a d e aos 3 lados da fôrma. Por isso, a
l a r g u r a pode ser um pouco menor que a m e d i d a da maior das
fôrmas, já que a base das mesmas permite o apoio em
plat a f o r m a s de menor dimensão. A largura total da bancada
COWàNIO EWSP/OCOL Rt. ko. um Projeto EP/EM-5

de p r e p a r o p o d e ser tal que permita a c o l o c a ç ã o de duas


fôrmas lado a lado.

Q u a n d o se u t i l i z a r um pórtico móvel sobre trilhos para


promover o t r a n s p o r t e das fôrmas entre a m e s a v i b r a t ó r i a , a
b a n c a d a de t r a b a l h o e a área de cura, e s s a s três fases devem
estar alinhadas.

4.1.3.9 CURA

A s e g u i r são d e s c r i t a s três possibilidades para a r e a l i z a ç ã o


da cura. Em c a d a caso, a escolha do tipo de c u r a a a d o t a r
d e p e n d e p r i n c i p a l m e n t e dos seguintes fatores:

- I n s t a l a ç õ e s j á existentes, deve-se u t i l i z a r priorita-


r i a m e n t e o s e q u i p a m e n t o s e i n s t a l a ç õ e s já existentes,
como câmaras de cura e caldeira para c u r a a vapor de
b l o c o s de concreto;

- Q u a n t i d a d e de p e c a s a produzir;

- N e c e s s i d a d e de reutilização das fôrmas no m e s m o dia.

CURA A V A P O R

Em t e r m o s q u a l i t a t i v o s , o tipo de c u r a que resulta em melhor


qualidade e p e r m i t e a desforma mais rápida é a c u r a a vapor
feita em câmaras dimensionadas a d e q u a d a m e n t e para as p e ç a s
em q u e s t ã o . Essa instalação consiste de, por e x e m p l o , uma
peça c o n s t r u í d a em b l o c o s de concreto, provida de abertura
em um d o s lados para a colocação das fôrmas, que pode ser
fechada m e d i a n t e u m a lona. 0 gerador de vapor para a c â m a r a

88
CONVÊNIO DUSP/EMCOL Rt. m . u m Projeto EP/Df-5

d e v e ser compatível para fornecer o vapor que m a n t e n h a as


c o n d i ç õ e s de t e m p e r a t u r a e umidade a d e q u a d a s d u r a n t e todo o
t e m p o de cura. N o r m a l m e n t e , a cura a vapor só é viável
quando utiliza-se a m e s m a instalação de vapor da fábrica de
blocos. Para a determinação dos tempos de ciclo de cura
pode-se utilizar como indicação, os mesmos princípios
d e s c r i t o s no c a p í t u l o 3 para a cura dos b l o c o s de concreto.

CURA A VAPOR SEM C&MARA (CURA ÚMIDA)

As instalações p a r a esse tipo de cura c o n s i s t e m num local


o n d e as fôrmas possam ser e n v o l v i d a s com uma lona, que
receberá o vapor de um gerador com capacidade suficiente
p a r a saturar o ar, elevando a t e m p e r a t u r a até níveis que
permitam a desforma no tempo necessário. 0 tempo
convencional para a desforma é de um dia por peça. No caso
de r e d u ç ã o desse tempo, em c o n d i ç õ e s normais, a caldeira
d e v e ser d i m e n s i o n a d a de a c o r d o com a c a p a c i d a d e de vapor
que será demandada para cada caso específico. Cabe
ressaltar, que neste caso a injeção de vapor visa
p r i m o r d i a l m e n t e manter o ambiente saturado.

Uma alternativa é fazer esse tipo de cura utilizando o


p r ó p r i o tanque que também serve para a cura por imersio em
água. Só que em vez de utilizar a água, esse é coberto com
u m a lona, sob a qual é injetado vapor através de tubos.
Certamente dessa forma haverá menor perda de calor,
r e s u l t a n d o em e c o n o m i a de vapor.

89
CONViMIO EPUSP/ENCOL Rt. no . W/Vi Projeto EP/EN-5

TANQUE DE XMERSSO

C o n s t i t u i - s e em um r e s e r v a t ó r i o de água, no qual serão


i m e r s a s as pecas após a moldagem. Pode ser executado em
b l o c o s de concreto e impermeabilizado mediante aplicação de
r e v e s t i m e n t o a r g a m a s s a d o , ou outro s i s t e m a compatível com as
solicitações locais.

á conveniente que o t a n q u e de imersão seja colocado no


prolongamento entre as i n s t a l a ç õ e s da etapa de argamassagem
e bancada de p r e p a r o das fôrmas, quando a d o t a d o o p ó r t i c o
móvel para o transporte.

é necessário prever a s e q ü ê n c i a de manuseio na c o l o c a ç ã o e


r e t i r a d a das p e ç a s do tanque. U m a p r i m e i r a p o s s i b i l i d a d e é
iniciar a cura das peças na própria -fôrma. Quando for
n e c e s s á r i o realizar-se a cura da p e ç a nas p r i m e i r a s idades
d e n t r o da fôrma, a c o l o c a ç ã o deve ser feita mecanicamente
pelo p ó r t i c o móvel. No caso de poder ser e m p r e g a d o o c i m e n t o
ARIE, deve ser e s t u d a d a a p o s s i b i l i d a d e de se r e t i r a r a p e ç a
da fôrma antes da imersao. A c o l o c a ç ã o no tanque, neste
caso, pode ser feita a t r a v é s do pórtico móvel, utilizando-se
um e s t r a d o para a c o l o c a ç ã o de várias peças simultaneamente,
ou e n t ã o manualmente, uma a uma. Nessa última s i t u a ç ã o , a
l a r g u r a do tanque de imersão deve permitir que d u a s pessoas
transportem e p o s i c i o n e m as pecas, estando uma de cada lado
do tanque.

4.1.3.6 T R A T A M E N T O SUPERFICIAL

Para o tratamento superficial, somente é necessário um


s u p o r t e para a colocação das peças, como duas b a n c a d a s de
p o n t a l e t e s de madeira, como a descrita no anexo F. Uma delas

Í90
CONViMIO EPUSP/ENCOL Rt. no . W/Vi Projeto EP/EN-5

s e r v e para as p e c a s que r e c e b e r ã o a a p l i c a ç ã o da n a t a e a
o u t r a para as pecas a serem lixadas. Para uma produção
normal, considera-se de t a m a n h o s u f i c i e n t e que cada u m a das
b a n c a d a s comporte três p e c a s . é c o n v e n i e n t e que essa p a r t e
da linha de p r o d u ç ã o s e j a t a m b é m c o b e r t a , t o r n a n d o o s e r v i ç o
independente das c o n d i ç õ e s do tempo.

4.1,3.7 ESTOCAGEM

A estocagem das peças deve utilizar o m í n i m o de e s p a ç o na


central de produção. P a r a isso é i n t e r e s s a n t e que as p e ç a s
sejam estocadas em pé, sobre cavaletes de madeira,
l o c a l i z a d o s p r ó x i m o s à área de t r a t a m e n t o superficial. Esses
c a v a l e t e s são d e s c r i t o s no anexo F.

é importante prever que as p e ç a s possam ser colocadas e


retiradas intercaladamente, sendo por isso necessário prever
apoios intermediários no cavalete, a intervalos de
aproximadamente 6 em 6 peças. E s s e s apoios intermediários
também, servem para e v i t a r a sobrecarga devido à grande
quantidade de peças.

Cabe ressaltar que quando a cura das peças for c o n c l u í d a no


local de estocagem, os cavaletes devem ser providos de
a s p e r s o r e s de água que mantenham úmidas todas as peças, é
c o n v e n i e n t e adotar essa m e d i d a p a r a qualquer tipo de c u r a
ut i1izada.

Í91
CONVÊNIO EPUSP/DCOL Rt. no. tt/91 ftojeto EP/W-5

4.1.4 EQUIPAMENTOS

Os equipamentos empregados para produção de pecas em


a r g a m a s s a a r m a d a s S o b a s i c a m e n t e os u t i l i z a d o s n a fabricação
de pré-moldados convencionais de concreto armado. No
entanto, dadas as características particulares da argamassa
armada, há n e c e s s i d a d e de melhor adequação, r e g u l a g e m e
m a n u s e i o dos equipamentos.

São os seguintes os equipamentos básicos para o


funcionamento a d e q u a d o d a l i n h a de produção:

. Betoneira;
. Mesa vibratória;
. Carrinhos p a r a t r a n s p o r t e e dosagem de agregados;
. T r a n s p o r t a d o r de fôrmas;
. T r a n s p o r t a d o r de p e ç a s prontas;
. Bancadas d e t r a b a l h o p a r a corte da a r m a d u r a ;
. Bancadas de t r a b a l h o p a r a dobra da a r m a d u r a ;
. Bancadas de t r a b a l h o p a r a tratamento superficial;
. P r a t e l e i r a p a r a e s t o q u e de armadura dobrada;
. Dobrador de tela;

. Cavalete p a r a e s t o q u e de peças prontas.

No ANEXO F são d e s c r i t o s s u m a r i a m e n t e esses equipamentos.

4.1.5 TRANSPORTE

0 deslocamento de m a t e r i a i s e equipamentos e n t r e as etapas


do processo de p r o d u ç ã o d e v e seguir o fluxo e ordem de
precedência estabelecidos a partir de planejamento do
funcionamento da linha. Como regra básica, devem ser
e v i t a d o s ao m á x i m o o s t r a n s p o r t e s d e s n e c e s s á r i o s , eliminando

92
CONVfiNIO EPUSP/DCOL nt. M . um Projeto EP/EM-5

d e s l o c a m e n t o s de fôrmas e peças, que nSo s e j a m os de uma


p a r a outra e t a p a do fluxo.

P a r a isso, d e v e m e s t a r p r e v i s t a s as p o s i ç o e s de c a d a u m a das
fôrmas a serem m o l d a d a s , ou mesmo as que estiverem em
estoque, durante todo o processo, é conveniente, portanto,
que estejam definidas e inclusive m a r c a d o s com tinta ou
outra forma a p o s i ç ã o de t o d a s as fôrmas, p r i n c i p a l m e n t e na
c u r a e no e s p a ç o p a r a estoque.

Na figura 4.3 estão indicados esquematicamente as


a l t e r n a t i v a s de t r a n s p o r t e de materiais, fôrmas e peças
entre as d i v e r s a s e t a p a s do processo de p r o d u ç ã o .

0 fluxo com i n d i c a ç ã o das a l t e r n a t i v a s de t r a n s p o r t e entre


as etapas é auto e x p l i c a t i v o , sendo entretanto necessário
adequa-lo ao t i p o e s p e c í f i c o de situação empregada.

Mostra-se importante observar que quanto maior a a u t o n o m i a


da linha de p r o d u ç ã o em r e l a ç ã o a equipamentos externos à
ela para e f e t u a r os t r a n s p o r t e s das fôrmas e peças, tanto
melhor para o n o r m a l a n d a m e n t o e p l a n e j a m e n t o da p r o d u ç ã o .

Devem ser t o m a d o s c u i d a d o s e s p e c i a i s com as p e ç a s logo após


a desforma nas baixas idades, pois como as peças são
esbeltas e possuem formato de quadro, estas ficam bastante
suceptíveis a fissuras, quando manipuladas e transportadas
inadequadamente.

93
COWÈIUO EPUSP/DCQL Rt. »o. u m Projeto EP/W-5

FLUXO DAS ETAPAS DO PROCESSO DE PROOüÇfc)


( TRANSPORTE I
ESTOCAGEM PREPARO PREPARO
DOS DA DAS
MATERIAIS ARMADURA FORMAS
MANUAL

CARRINHO
DOSADOR ARGAMASSAGEM PÓRTICO MÓVEL
OU E N P I L H A D E I R A

PORTICO IHCVEL
IOU EMPILHADERA

CURA

•ANUAL

TRATAMENTO
SUPERFICIAL

CARRINHO EMPILHADEIRA
MANUAL

ESTOCAGEM

ICARRINHO
MANUAL
EMPILHADEKA (PALLED

^ CAMINHÃO ^
CARRINHO EMPILHADEIM «UXI
MANUAL
^ ELEVADOR J
LOCAL DE
CANTEIRO CARRWHO CARRINHO EMPREGO
EMP1LH. MANUAL

Figura 4.3 Transporte entre as etapas da linha de produçlo

94
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt.ro84/?1 Projeto EP/Df-5

Por isso, em cada e t a p a deve ser observada a forma de


p r o c e d e r ao transporte e ao e m p i l h a m e n t o , c u i d a n d o - s e para:

- Utilizar-se nas p r i m e i r a s idades, s e m p r e que p o s s í -


vel, o t r a n s p o r t e manual;

- Observar-se o e m p i l h a m e n t o máximo de quatro pecas;

- Apoiar-se sempre sobre e s t r a d o ou calco de madeira;

- Colocarem-se t r a v e s s a s de madeira entre duas p e c a s


sobrepostas;

Tomarem-se cuidados especiais no transporte no


guincho em obra;

- Prever-se na obra o local específico para a e s t o c a g e m


das pecas;

- Adotar-se uma forma de identificação e checagem para


evitar a s s e n t a m e n t o de marcos em p o s i ç õ e s trocadas
pelo pedreiro.

4.1.6 FÔRMAS

As formas constituem o molde de todas as pecas. Qualquer


d e f e i t o ou falha que h o u v e r nessa irá ser r e p e t i d o em t o d a s
as p e c a s produzidas. Ao iniciar a produção com fôrmas novas,
convém verificar—se todas elas, fazendo uma moldagem
experimental observando-se os possíveis pontos de fuga de
nata. Outra v e r i f i c a ç ã o a ser feita é na desmoldagem, quando
d e v e ser observado se há locais de difícil desforma, onde
p o d e m surgir fissuras ou m e s m o ocorrer a quebra da peça. De

95
COMV&HIO EPUSP/DCOL Rt. M. um Projrto EP/EM-5

m o d o geral, quando a* fôrmas forem e n v i a d a s para a produção,


já d e v e r ã o estar verificadas e t e s t a d a s .

Em função da pequena e s p e s s u r a d a s p e c a s e do recobrimento


da armadura ser determinante para a durabilidade do
material, a qualidade das pecas será d i r e t a m e n t e ligada à
q u a l i d a d e da fôrma. Os c u i d a d o s b á s i c o s a serem observados
durante a argamassagem e a manutenção das formas são
d e s c r i t o s a seguir.

4.1.6.1 MANUSEIO E M A N U T E N Ç Ã O D A S FÔRMAS

As fôrmas são produzidas visando um grande número de


reutilizações. Para isso são reforçadas e providas de
e l e m e n t o s enrijecedores que tem a função de garantir o bom
d e s e m p e n h o das mesmas. No e n t a n t o , p a r a que tal performance
s e j a a l c a n ç a d a , precisam ser t o m a d o s c e r t o s cuidados básicos
como:

- Não se bater nas formas com m a r t e l o s ou similares;

- Na desforma, usar as alavancas que acompanham a


fôrma, as quais devem ser e m p r e g a d a s simultaneamente
no lado que estiver sendo aberto;

- Aplicar o desmoldante logo após a forma ter sido


limpa, após a desmoldagem, para protegê-la da
corrosão;

- Aplicar também óleo nas p a r t e s e x t e r n a s da fôrma, bem


como graxa nas dobradiças;

96
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. ro 84/?1 Projeto EP/Df-5

Tomar os cuidados necessários para nSo danificar as


fôrmas durante o transporte, elevando-as pelos pontos
previstos para o içamento.

Observar com especial a t e n ç ã o os cuidados com as


borrachas de vedação nas juntas, fazendo a sua
substituição quando t e r m i n a d a a s u a v i d a útil.

Na argamassagem colocar adequadamente a tela,


evitando que as pontas dos fios da tela fiquem
prensados pela borracha, q u a n d o as f o l h a s e x t e r n a s da
fôrma forem fechadas.

Quando for feita a substituição das borrachas,


observar rigorosamente todas os passos do
p r o c e d i m e n t o de colagem e acabamento das novas
borrachas.

4.g PROJETO

0 desenvolvimento d o s c o n t r a - m a r c o s em a r g a m a s s a a r m a d a deve
ser p o n d e r a d o no p r o j e t o de c a d a n o v a obra, p r o c u r a n d o levar
em c o n t a todos os aspectos específicos dessa obra que
possam intervir com esse componente.

Cabe ressaltar entretanto, que devido aos custos


relativamente elevados das fôrmas que irão produzir as
peças, deve-se, s e m p r e que possível, padronizar as peças a
serem utilizadas nas diversas o b r a s de u m a m e s m a Regional,
de m a n e i r a a o t i m i z a r a u t i l i z a ç ã o das fôrmas.

Os d i v e r s o s aspectos que são vantajosos no emprego dos


marcos em argamassa armada e as etapas que são
racionalizadas ou alteradas precisam ser p o n d e r a d o s quando

97
CONViMIO EPUSP/ENCOL Rt. no . W/Vi Projeto EP/EN-5

do d e s e n v o l v i m e n t o e d e f i n i d o d a s d i m e n s õ e s das pecas, tais


como:

- Os t i p o s de revestimentos das p a r e d e s onde se p o s i c i o n a m


as j a n e l a s pois estes interferem n a e s p e s s u r a do marco em
argamassa. No manual de projeto são apresentadas as
s i t u a ç õ e s e as medidas gerais.

- 0 n ú m e r o de fiadas de blocos a s e r e m a s s e n t a d a s sobre o


marco, que pode exigir que sejam adotados reforços na
a r m a d u r a ou mesmo alterações nas d i m e n s õ e s da peça.

Quando houverem deformações excessivas do conjunto,


i n c o m p a t í v e i s com as a d m i s s í v e i s pela esquadria metálica,
podem ser utilizadas escoras ou enrijecedores durante a
execução.

- No i n í c i o da obra pode ser adotado um gabarito para


v e r i f i c a r as dimensões finais i n t e r n a s das peças, após o
assent ament o.

é importante considerar o tipo de a m b i e n t e e c o n d i ç õ e s de


exposição quanto à corrosão da a r m a d u r a . Em r e g i õ e s próximas
ao m a r ou com maiores índices de p o l u i ç ã o do ar, devem ser
e s t u d a d a s medidas para promover m a i o r proteção das peças,
como p o r exemplo a adoção de pinturas especiais. Estas
p i n t u r a s devem ser feitas p r e f e r i v e l m e n t e nas c e n t r a i s de
produção, necessitando-se também neste caso, de medidas
especiais para proteção das peças durante o transporte,
e s t o c a g e m e assentamento.

0 sistema de vedação utilizado a t u a l m e n t e é adequado para o


padrão das obras e as condições climáticas de algumas
r e g i õ e s específicas. Em cidades onde e s s a s c o n d i ç õ e s tiverem

Í98
CONViMIO EPUSP/ENCOL Rt. no . W/Vi Projeto EP/EN-5

significativas alterações devem ser feitas as devidas


a d a p t a ç õ e s . Por exemplo, n a s faces dos montantes laterais
onde o c o r r e o encontro com o topo do quadro da janela, pode
ser e m p r e g a d o um filete de m a s t i q u e , ou então um perfil de
borracha espumosa adequada para aumentar a estanqueidade
nesse ponto. Como esses, outros aspectos devem ser
considerados.

4.8.1 DIMENSÕES

As dimensões das peças são moduladas em projeto, e


coordenadas dimensionalmente com os demais componente com os
quais as p e ç a s tem interfaces.

A medida d a peça no s e n t i d o transversal à parede deve ser


a d e q u a d a aos tipos de r e v e s t i m e n t o s interno e externo.

Deve-se procurar padronizar os tamanhos das fôrmas, e


agrupá-la por tipo e função, buscando com isso maior
r e u t i l i z a ç ã o do mesmo tipo de marco em maior número de
c ô m o d o s . Dessa maneira c o n s e g u e - s e maior reutilização das
fôrmas, com c o n s e q ü e n t e r e d u ç ã o do custo da mesma, bem como
gerando menor variedade de peças distintas a serem
produzidas.

As d i m e n s õ e s internas d o s m a r c o s devem ser compatíveis com


as d o s c a i x i l h o s m e t á l i c o s e precisam atender os limites de
t o l e r â n c i a para imprecisões da esquadria.

Para verificarem-se as medidas internas do marco em


a r g a m a s s a armada, convém a d o t a r - s e um g a b a r i t o metálico para
cada tipo de janela. Esta verificação deverá controlar as
m e d i d a s ao longo do uso da fôrma com um maior número de

Í99
CONVÊNIO EPUSP/DCOL Rt. no. E6/91 Projeto EP/DK5

reutilizações. Esse gabarito também poderá servir para


c o n f e r i r o assentamento d a s p e c a s na obra quanto a p o s s í v e i s
d e f o r m a ç õ e s no esquadro ou f l e x ã o da verga.

As d i m e n s õ e s modulares p a r a os m a r c o s c o n s t a m do manual de
projeto (capítulo 3). A l a r g u r a das pecas é limitada em
f u n ç ã o do peso da peca e para evitai—se fissuracão e
deformação excessiva por flexão, no centro da peca. A
l i m i t a ç ã o atual é de 180 cm de largura.

A utilização de uma e s c o r a de madeira no c e n t r o das p e ç a s


p o d e ser recomendada g e n e r i c a m e n t e para as peças com v ã o s
maiores que 120 cm, p r i n c i p a l m e n t e em obras que utilizarem 2
f i a d a s de blocos acima da janela, para perfazer o pé
direito.

4. 2.8 PESO

0 peso é um limitante p a r a o manuseio no a s s e n t a m e n t o das


p e ç a s . Com o aumento das d i m e n s õ e s das peças, o peso t a m b é m
sofre incrementos. 0 referencial limitante é de um t a m a n h o
tal que permita a peça ser a s s e n t a d a por duas p e s s o a s (cerca
de 80 kg), ü assentamento c o n s i s t e em elevar a peça do nível
do p i s o , e colocá-la na quinta fiada da alvenaria, sendo
e n t ã o nivelada, alinhada e p r u m a d a em relação ao restante da
alvenaria.

0 peso também influi no t r a n s p o r t e das peças nas etapas das


l i n h a de produção onde e s s a é feita manualmente. No entanto,
o peso nessa situação é menos crítico, em função de o
t r a n s p o r t e ser feito em c o n d i ç õ e s favoráveis para tanto.

i 00
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. M . Bò/Vi Projeto EP/EN-S

4.E.3 ESPECXFXCAÇ&E8

O s m a t e r i a i s a serem u t i l i z a d o s na confecção das pecas d e v e m


s e g u i r todas as características que são apresentadas a
seguir.

A. A G L O M E R A N T E :

0 a g l o m e r a n t e u t i l i z a d o é o c i m e n t o . 0 tipo ideal de c i m e n t o
a ser empregado depende do sistema de cura que for
empregado. Quando a cura das p e c a s for feita com vapor, é
preferível o uso de um c i m e n t o portland "AF" (com e s c ó r i a
de alto forno), ou "POZ" (pozolânico). Quando a cura
u t i l i z a d a for por imersao, deve ser dada a p r e f e r ê n c i a a um
c i m e n t o de alta r e s i s t ê n c i a inicial com escória (ARIE).

B. A G R E G A D O

Como agregado é empregada a areia, com diâmetro máximo de


4,8mm. A g r a n u l o m e t r i a deve ser contínua, o que reduzirá o
c o n s u m o de cimento. Q u a n d o só houver disponível um tipo de
areia e a granulometria não for a ideal, pode-se buscar
adequar o traço, m e d i a n t e d o s a g e n s experimentais. Um dos
fatores importantes para a avaliação da dosagem é a
v e r i f i c a ç ã o da v i b r a ç ã o na p r ó p r i a fôrma e equipamento de
v i b r a ç ã o onde as p e ç a s s e r ã o produzidas.

A a r e i a precisa ser limpa, sem matéria orgânica, e p e n e i r a d a


se h o u v e r partículas que e x c e d a m o diâmetro máximo.

i0i
CONVÊNIO EPUSP/DCOL Rt. «o. um htgtto EP/EN-5

C. ARMADURA

A armadura a ser empregada é a tela s o l d a d a em aço CA-60,


com e s p a ç a m e n t o entre os fios da tela de 25 x 56 mm
(longitudinal x t r a n s v e r s a l ) , com fios de 2 , 0 m m de diâmetro
ou s i m i l a r . 0 principal cuidado com relação à tela é a
correta armazenagem dos rolos de tela, e v i t a n d o que sejam
corroídos.

D, DE8M0LDANTE

0 d e s m o l d a n t e a ser a p l i c a d o nas fôrmas a n t e s d a concretagem


é uma m i s t u r a de óleo diesel com oleína na p r o p o r ç ã o de 19:1
em v o l u m e , respectivamente.

E. E S P A Ç A D O R E S PARA ARMADURA

Recomenda-se o e m p r e g a d o de espaçadores de plástico, que


proporcionem recobrimento de 5mm. Estes e s p a ç a d o r e s devem
ter d i â m e t r o interno de 2 mm e o externo de 12 mm.

F. T R A T A M E N T O SUPERFICIAL DA PECA

0 t r a t a m e n t o superficial após a desforma da p e ç a é feito com


a aplicação de pasta de cimento com resina látex, na
p r o p o r ç ã o de 4:i em volume, respectivamente.

Í02
COMVèNIO EPUSP/DCOL Rt. no. W l i Projeto EP/DH5

4,3 PRQDUCfiQ

4.3.1 MATERIAX8 E TRAÇOS

é i m p o r t a n t e c o n t r o l a r a u m i d a d e da areia p a r a a correção da
dosagem, ou então, alternativamente, pode-se optar por
c o b r i r o d e p ó s i t o de a r e i a e c o n s i d e r a r u m a u m i d a d e média, a
p a r t i r de a l g u m a s d e t e r m i n a ç õ e s de umidade p a r a referência.
E s s a ú l t i m a a l t e r n a t i v a tem como vantagem a p o s s i b i l i d a d e de
m a n t e r c o n s t a n t e a q u a n t i d a d e de água a m i s t u r a r .

A p r o p o r ç ã o b á s i c a dos c o n s t i t u i n t e s na a r g a m a s s a é 1:8,5 de
c i m e n t o em relação à areia, em peso. 0 fator água/cimento
(relação entre o peso de água e o peso do c i m e n t o empregado
n a m i s t u r a ) é de 0,4. E s t e s v a l o r e s devem ser a j u s t a d o s para
o t i p o de a r e i a usado.

A c o m p o s i ç ã o a d o t a d a s deve ser tal que, p r o p i c i e um material


fechado após a moldagem, e que permita a vibração da
a r g a m a s s a na fôrma d u r a n t e o tempo n e c e s s á r i o , sem segregar
ou e x s u d a r , d e n t r o d o s n í v e i s n o r m a i s de v i b r a ç ã o .

A escolha do tipo de c i m e n t o deve considerar principalmente


o t i p o de c u r a a ser a d o t a d o , segundo as o b s e r v a ç õ e s do item
4.8.3. Atenção especial deve ser dada ao tempo de validade
do c i m e n t o e â forma de estocagem. Em caso de v e n c i m e n t o ou
p r o b l e m a s no e s t o q u e , ou qualquer outro que deixe dúvida à
q u a l i d a d e do c i m e n t o , d e v e - s e descartar todo o lote.

Os demais materiais e componentes como armadura,


espaçadores, desmoldante, aditivos e pasta para acabamento
devem seguir as e s p e c i f i c a ç õ e s do item 4.8.3 e o modo de
aplicação descritos nas respectivas etapas.

Í03
COWÈMO EPUSP/EMCOL Rt. no. Projeto EP/EH-5

4.3.E PREPARO DA ARMADURA

O preparo da armadura consiste no seu corte, dobra e


c o l o c a ç ã o dos espaçadores.

4.3.2.1 CORTE

0 corte é feito na b a n c a d a de corte (ver Anexo F), mediante


ferramenta apropriada, que pode ser u m a t e s o u r a especial.
Para a u m e n t a r a p r o d u t i v i d a d e e d i m i n u i r a p e r d a de tela por
corte inadequado, é recomendado m o n t a r um g a b a r i t o com a
p r ó p r i a tela, p a r a cada parte da p e c a a ser moldada. Esse
gabarito adequadamente i d e n t i f i c a d o , serve de molde para o
corte. A d i s t r i b u i ç ã o dos c o r t e s no perfil de tela deve ser
p r e v i s t o de modo a otimizar o a p r o v e i t a m e n t o da tela.

A figura 4.4 ilustra um e s q u e m a para g a b a r i t o de corte da


tela. Constam indicações sobre: o tipo de janela,
c o m p r i m e n t o total (em metros), largura total (em número de
barras longitudinais), ponto de dobra (para a amarração na
mont a g e m ) .

4.3.S.S DOBRA

A t e l a é d o b r a d a na fase de preparo, após o seu corte, o que


é feito s o b r e a b a n c a d a a p r o p r i a d a (Anexo F). Há duas dobras
a serem feitas no perfil de tela cortado. A primeira é a
longitudinal, para a qual se utiliza um dos equipamentos de
d o b r a d a tela. A s e g u n d a é a t r a n s v e r s a l , feita manualmente,
sobre a própria borda da bancada de dobra, tomando como
r e f e r ê n c i a os fios t r a n s v e r s a i s da tela.

Í<ÒA
CONVÊNIO EPUSP/OCOL Rt. ao. &/W Projeto EP/EN-5

Como a p o s i ç ã o da armadura e o seu r e c o b r i m e n t o dependem


e s s e n c i a l m e n t e do corte a d e q u a d o e da dobra da tela, é
i n t e r e s s a n t e adotar um gabarito como referência para o
e s q u e m a de d o b r a . Esse gabarito, feito p a r a cada parte do
m a r c o d e v e ser d e v i d a m e n t e i d e n t i f i c a d o e pode ser fixado na
própria bancada de dobra. A figura 4.5 a p r e s e n t a um e s q u e m a
p a r a a d o b r a da tela.

i 05
CONVÊNIO 0W/DCOL Rt. no. Projeto EP/O-5

DETALHE 01

DOBRA »0*

DET. 02

DETALHE 02

Figura 4.4 <a> Eaquama para sabarito dt corta da tala


Uataraia) <b> Esquema pira gabarito da corta d»
tala (verga auperior a inferior)

í 06
CONVÊNIO EPUSP/DCOL Kt. m. um Projrto EP/EN-5

PINOADEfRA
VERSA SUPERIOR

T,
REFORÇO
• T • S M

JDTOTAL«C
TOTAL* IO

LATERAIS

ÍCL^

; tf

TOTAL * IO

F i g u r a 4 . 5 . E s q u e m a para d o b r a da tala

í 07
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. E6/?l Píojcto OVO-5

4.3.8.3 COLOCAÇXO DOS E8PAÇAD0RES

Os e s p a n a d o r e s c o n s i s t e m em pastilhas plásticas que devem


ser distribuídos na tela de maneira a garantir o
r e c o b r i m e n t o da a r m a d u r a ao longo de toda a peca. Estes
d e v e m ser colocados nas p o s i ç õ e s p r e v i s t a s , d e v e n d o - s e dar
especial atenção para os c a n t o s das peças, onde há a maior
t e n d ê n c i a do d e s l o c a m e n t o d a p o s i ç ã o da a r m a d u r a , em função
das a m a r r a ç õ e s e da sobreposição.

Na figura 4.6 a seguir apresenta-se um esquema de


d i s t r i b u i ç ã o dos e s p a ç a d o r e s nos p e r f i s laterais e vergas.

VERSA SUPERIOR E
PIN8ADEIRA

Figura 4.6. Distribuição dos espaçadores (pastilhas) na tala

i08
CONVÊNIO EPUSP/DCOL Rt. no. Projeto EP/EM-5

4.3.E.4 ESTOCAGEM DA TELA PRONTA

Após c o n c l u í d o s o corte, dobra e c o l o c a ç ã o d o s espaçadores,


os p e r f i s d a s p e c a s serão estocados, p a r a p o s t e r i o r montagem
da a r m a d u r a n a p r ó p r i a fôrma das r e s p e c t i v a s pecas.

A e s t o c a g e m p o d e ser feita sob a p r ó p r i a b a n c a d a de dobra da


tela, que deve ser compartimentada e devidamente
identificada. Conforme o volume de material e a quantidade
de p e ç a s , deve ser usada uma prateleira separada para
est o c a g e m .

4 . 3 . 3 P R E P A R O DAS FÔRMAS

A etapa de p r e p a r o das fôrmas c o n s i s t e na sua limpeza e


aplicação do desmoldante. é preferível executar estas
tarefas logo a p ó s a desforma das peças, quando a remoção dos
r e s í d u o s e l i m p e z a é facilitada. R e c o m e n d a - s e a a p l i c a ç ã o de
uma p r i m e i r a c a m a d a de desmoldante já nessa fase, logo após
a limpeza, para a proteção da fôrma contra a corrosão
d u r a n t e o i n t e r v a l o entre uma c o n c r e t a g e m e a outra.

A limpeza d e v e ser realizada mediante uso de espátula,


limalha de ferro e estopa. A a p l i c a ç ã o do desmoldante é
feita c o m p i n c e l , trincha ou estopa. Deve-se tomar cuidado
especial quanto ao excesso de desmoldante. Se isso ocorrer,
o excesso deve ser removido com estopa para evitar o
m a n c h a m e n t o da peça e a diminuição da r e s i s t ê n c i a local do
m a t e r i a l , c o m p r o m e t e n d o sua qualidade.

í 09
COWÊHIO EPUSP/EMCa Rt. no. E6/?í ftojeto EP/EN-5

4.3.4 ARGAMASSAGEM

As a t i v i d a d e s que compõem a segunda etapa da produção,


denominada de argamassagem são: montagem da armadura,
proporcionamento e mistura, enchimento, vibração e
acabamento superficial.

Essa etapa é toda d e s e n v o l v i d a com a fôrma colocada sobre a


mesa vibratória.

A. MONTAGEM DA ARMADURA

Consiste na junção das quatro partes da armadura,


p r e v i a m e n t e preparadas. Nessa fase é feita a amarração das
respectivas partes nos cantos, com arame recozido. Como a
tela já e s t a r á com os e s p a ç a d o r e s , após a montagem, a peça
fica p r o n t a p a r a a argamassagem.

Antes da montagem da armadura deve-se reaplicar o


desmoldante, em uma fina camada, sem a c ú m u l o s (o que tende a
acontecer nas partes inferiores). Quando houver excesso,
e s t e deve ser removido.

B. PROPORCIONAMENTO E MISTURA

A dosagem do cimento deve ser em peso, podendo a areia ser


m e d i d a em v o l u m e , c o n s i d e r a n d o a v a r i a ç ã o devido à umidade.
Recomenda-se a seguinte ordem de c o l o c a ç ã o dos materiais na
b e t o n e i r a : em p r i m e i r o lugar a areia, seguida de parte da
água, cimento e por fim o r e s t a n t e da água. 0 tempo de
m i s t u r a deve ser de no mínimo de 5 minutos após a colocação

110
CONVÊNIO EPUSP/DCOL Rt. no. £6/91 Projeto EP/EM-5

do último material. Deve-se constatar visualmente a


h o m o g e n e i d a d e da mistura.

A u m i d a d e da m i s t u r a é de 15 X . Este valor corresponde a um


fator á g u a c i m e n t o de a p r o x i m a d a m e n t e 0,40 , isto é, 400 g
de á g u a por cada kilograma de cimento. A quantidade de água
deve s e r a j u s t a d a para o tipo de areia e cimento, em função
da t r a b a l h a b i 1 idade. Essa deve ser tal, que permita a
v i b r a ç ã o de três camadas de argamassa, sem ocorrer exsudação
da pasta.

C. ENCHIMENTO E VIBRAÇSO:

0 enchimento da forma deve ser feito mediante o uso de


c o l h e r de p e d r e i r o ou similar, em três camadas, intercaladas
por breves períodos de vibração (aproximadamente 10
segundos). A última dessas camadas deve preencher
completamente a fôrma, e receber uma vibração mais
p r o l o n g a d a , sem provocar exsudação. Após esse procedimento,
é feito a complementarão com argamassa dos locais onde se
necessitar, que também pode ser seguida de uma pequena
vibração, se necessário. R e m o v e - s e então os excessos de
argamassa, deixando o topo da peça com a superfície
l i g e i r a m e n t e côncava. A fôrma é então removida até o local
próximo à cura, onde após a p r o x i m a d a m e n t e uma h o r a receberá
o acabamento superficial.

D. ACABAMENTO

0 acabamento consiste em se desempenar a superfície


superior, o que é feito após o início da pega do cimento,
com d e s e m p e n a d e i r a de aço e espuma. Pode-se borrifar um

iii
CONVÊNIO EPUSP/OCOl Rt. «o. um Projeto EP/Df-5

p o u c o de c i m e n t o para melhorar o a c a b a m e n t o . Após concluído


o a c a b a m e n t o , a fôrma é d e s l o c a d a p a r a o local de cura.

4.3.5 CURA

A cura das pecas pode ser feita a vapor em câmara de cura,


ou em t a n q u e s de imersao. A e s c o l h a é função das condições
l o c a i s de c a d a fábrica, sendo o principal condicionante a
n e c e s s i d a d e de reutilização das fôrmas.

Considera-se inicialmente a possibilidade de duas a três


r e u t i l i z a ç õ e s diárias quando a d o t a d a a cura a vapor, e u m a
r e u t i l i z a ç ã o para a cura por imersao.

A. CURA A VAPOR

A peça deve ser submetida ao vapor duas horas após a


argamassagem. Os patamares de e l e v a ç ã o de temperatura devem
s e g u i r os seguintes parâmetros:

- Uma h o r a para elevar até a temperatura de cura


<máximo de 70°C);
- P e r m a n e c e r nessa t e m p e r a t u r a por no mínimo i,5 h;
- Reduzir a temperatura até a ambiente, durante no
m í n i m o uma hora.

As c â m a r a s de cura devem seguir as mesmas recomendações


a d o t a d a s p a r a a fabricação dos b l o c o s de concreto.

ii£
CONVÊNIO EPUSP/DCOL Rt. M . í í / ? i Projeto EP/EM-5

B. CURA POR XHER8S0

A cura por imersão consiste em c o l o c a r a p e c a em tanque de


água, ficando e s t a totalmente c o b e r t a , por no mínimo 48
horas. 0 tempo entre a concretagem e a i m e r s ã o é de duas
horas. Cabe r e s s a l t a r , que nesse procedimento a peca é
imersa quando ainda está dentro da fôrma, d e v e n d o permanecer
assim por 24 h. Em seguida é desformada e passa por um
p e r í o d o de m a i s £4 h imersa no t a n q u e sem a fôrma. Após o
tempo de imersão, a cura da p e c a deve ser c o m p l e t a d a no
local de e s t o c a g e m , mediante a s p e r s ã o de água.

C. DESFORMA

Após o p r i m e i r o período de cura é feita a desforma das


peças. Pelo fato da cura a i n d a não ter sido c o m p l e t a d a , a
d e s f o r m a deve ser feita c u i d a d o s a m e n t e , para e v i t a r fissuras
ou quebra da peça.

A a b e r t u r a da fôrma deve ser feita sem b a t i d a s , u s a n d o - s e as


a l a v a n c a s que acompanham cada fôrma. A b r i n d o - s e primeiro a
parte interna da fôrma, e depois a parte externa.

Após a abertura, o deslocamento da peça deve ser feito


cuidadosamente por duas pessoas, segurando ambas nas
laterais da peça. 0 transporte dessa fase até ser novamente
imersa no tanque e depois até o t r a t a m e n t o s u p e r f i c i a l deve
ser feito m a n u a l m e n t e , para evitar danos às p e ç a s .

i í 3
COWÊKIO EPÜSP/DCOL Rt . B o . W m Projeto EP/tt-5

4.3.6 TRATAMENTO 8UPERFICXAL

O tratamento superficial c o n s i s t e n a a p l i c a ç ã o de u m a pasta


de c i m e n t o e r e s i n a látex (por e x e m p l o c o l a b r a n c a PVA para
a f i x a ç ã o de t a c o s ) n a p r o p o r ç ã o 4.1 em v o l u m e , s o b r e t o d a a
s u p e r f í c i e da peca. Busca-se com a sua a p l i c a ç ã o preencher
os poros e defeitos causados por bolhas durante a
concretagem. 0 tratamento pode ser feito logo após a
d e s f o r m a da p e ç a . Q u a n d o este t r a t a m e n t o é feito m u i t o tempo
após a produção da peça, e s t a d e v e ser molhada para se
a t i n g i r uma a d e r ê n c i a adequada.

A a p l i c a ç ã o da p a s t a é feita com e s p á t u l a , e s p u m a ou estopa,


buscando-se um bom o acabamento. Após a aplicação a
s u p e r f í c i e da peça é lixada, o que p o d e ser feito a p a r t i r
do início d a p e g a da pasta.

4.3.7 PINTURA

As p e ç a s podem receber p i n t u r a s . As restrições quanto ao


tipo de s i s t e m a de p i n t u r a a d o t a d o são as m e s m a s observadas
na pintura sobre concretos e argamassas. A pintura é
recomendada principalmente para regiões com ambientes
agressivos, como as próximas ao mar. Nesses casos, é
recomendado a a p l i c a ç ã o de uma t i n t a que p r o p i c i e o m á x i m o
de i m p e r m e a b i 1 idade, p a r a maior p r o t e ç ã o das peças.

A pintura, quando adotada, deve ser feita quando as peças


estiverem completamente c u r a d a s e secas, ú possível adotar-
se a p i n t u r a na p r ó p r i a central de p r o d u ç ã o dos pré-moldados
e nesse caso as peças são assentadas já completamente
acabadas. Em tal situação devem ser tomadas medidas

i i 4
CONVÊNIO EPUSP/OCOl Rt. no. Projeto EP/EN-5

especiais, adequadas para preservar a pintura durante o


t r a n s p o r t e e e s t o c a g e m das pecas.

4,4 CONTROLE DE PRQDUCfiQ

O controle de p r o d u ç ã o r e s u m e - s e basicamente ao atendimento


das r e c o m e n d a ç õ e s e c o r r e t a e x e c u ç ã o das e t a p a s do processo.
Os p r i n c i p a i s p o n t o s a serem controlados são:

- M a t é r i a s primas-, os m a t e r i a i s estarem de acordo com o


espec i ficado;

- Preparo da A r m a d u r a : corte, dobra, colocação dos


espaçadores e correto posicionamento da tela na
fôrma;

- V e r i f i c a ç ã o da limpeza e aplicação do d e s m o l d a n t e nas


fôrmas ;

Proporcionamento dos materiais com controle de


u m i d a d e d a areia;

- V i b r a ç ã o a d e q u a d a , sem ocorrer exsudação;

- Cura observando os tempos mínimos e temperatura


máxima;

- Desforma na s e q ü ê n c i a correta e sem submeter as


fôrmas a e s f o r ç o s m e c â n i c o s excessivos;

- T r a t a m e n t o superficial molhando p r e v i a m e n t e e peça;

- L i b e r a ç ã o p a r a a o b r a somente após três dias a partir


da desforma.

íí5
COtôMIO EPUSP/DCOL Rt. to. 86/91 Projeto EP/DH5

4 5 TRANSPORTE E ESTQCA6EH

O t r a n s p o r t e n a linha de produção, entre as s u a s etapas, foi


t r a t a d o no item 4 . 1 . 4 . 0 transporte após a liberação das
p e c a s entre o t r a t a m e n t o superficial e a e s t o c a g e m das pecas
p o d e ser feito m a n u a l m e n t e ou mediante o e m p r e g o do carrinho
t ransport ador.

No t r a n s p o r t e p a r a a obra, com caminhão, d e v e - s e empilhar no


máximo 4 pecas (deitadas espaçadas por travessas de
madeira) .

Na o b r a devem ser tomados cuidados e s p e c i a i s no transporte


vertical por e l e v a d o r . Durante este t r a n s p o r t e , as peças
d e v e m estar d e v i d a m e n t e travadas e em n ú m e r o compatível com
a capacidade do m e s m o . 0 transporte no andar em e x e c u ç ã o da
obra feito m a n u a l m e n t e por dois homens tem se mostrado o
mais adequado.

A estocagem das peças na central de produção,


preferencialmente é feita nos cavaletes ( d e s c r i t o s no Anexo
F>, o n d e as p e ç a s ficam em pé, justapostas. Essa disposição
também é a mais favorável para a c o n t i n u i d a d e da cura por
aspersão.

Na obra, a e s t o c a g e m pode
tipo, ou e n t ã o c o m o emp i
máximo 4 peças. Em qual >s, é importante
reservar um local iso as peças fiquem
prot eg id as de b a t i d a s, su etc .

iió
CONVÊNIO DUSP/ENCOL Rt. no. CA/91 Projeto EP/Dt-5

B QüTRQS PRá-HPLPADOS

No P r o c e s s o C o n s t r u t i v o Poli-Encol recomenda-se a u t i l i z a ç ã o
de v á r i a s p e ç a s p r é - m o l d a d a s de concreto armado, que quando
empregadas concorrem para a racionalização das técnicas
construtivas. Estas p e ç a s d e v e m ser fabricadas n a s c e n t r a i s
de p r o d u ç ã o de p r é - m o l d a d o s , nos canteiros c e n t r a i s ou na
p r ó p r i a obra.

0 conjunto destas peças especiais é constituído pelos


seguintes componentes:

- Vergas p a r a b a t e n t e s m e t á l i c o s internos e da sacada;


- Escada "jacaré";
- Escada m o d u l a r em p r é - m o l d a d o leve.
- Tampões dos blocos "jota" e compensador e outros
blocos especiais (por exemplo blocos em "Y"
utilizados na Regional BH).

DESCRIC3Q DQS COMPONENTES

5.1.1. VERGAS

As v e r g a s são reforços pré-moldados de concreto armado


c o l o c a d o s sobre os v ã o s , de m a n e i r a a evitar o s u r g i m e n t o de
fissuras a partir d o s c a n t o s destas aberturas. E s t a s peças
c u m p r e m ainda as f u n ç õ e s de complementar o vão, servir de
a p o i o para as d e m a i s f i a d a s de blocos a serem a s s e n t a d a s e
t a m b é m para a j u s t a r a m o d u l a ç ã o da porta na altura. Seu uso
é recomendado n a s a d u e l a s m e t á l i c a s internas e na esquadria
da sacada.

ii7
CONViMIO EPUSP/ENCOL Rt. no . W/Vi Projeto EP/EN-5

Objetivando reduzir o peso destes elementos, foram


idealizadas vergas que possuem um rebaixo na sua face
superior.

F i g u r a 5.1. V e r g a s para batentes m e t á l i c o s internos

Í118
CONVÊNIO EPUSP/DCa Rt. m . um Projeto EP/EN-5

Nas figuras 5.1 e 5 . 2 , são apresentadas as v e r g a s definidas


para emprego no edifício protótipo (Goiânia), com suas
dimensões (fig. VI, V2, V3, V4) e armadura. Para outros
p r o j e t o s , os d e t a l h e s devem ser revisados, tendo-se em v i s t a
as s u a s particularidades.

F i g u r a 5.2. V e r g a s p a r a batentes metálicos de s a c a d a

0 dimensionamento das vergas deve ser feito para folhas de


p o r t a de 600, 700 e 800 mm, dimensões padronizadas da
empresa.

A dimensão do v ã o interno das vergas deve ser o suficiente


p a r a ser e n v o l v i d o p e l a aduela metálica, além de prever uma
folga p a r a e v e n t u a i s ajustes.

li?
F i g u r a 5.3. Verga p r é - m o l d a d a para acerto da m o d u l a ç ã o na
altura da porta (a) seção transversal; <b>
e l e v a ç ã o ; <c) detalhe.

í 20
COWiHIO EPUSP/DCOL Rt. no. um ftojtto EP/EM-5

A espessura da verga, deve levar em consideração a


n e c e s s i d a d e de se d e i x a r uma folga entre a verga e a a d u e l a
(ver fig 5.3), de f o r m a que exista uma f l e x i b i l i d a d e quanto
a locacão do nível da aduela, para que mesmo tendo-se
diferentes níveis de p i s o acabado em um a p a r t a m e n t o , o v ã o
livre final p a r a t o d a s as portas sejam e x a t a m e n t e o m e s m o (o
que e v i t a que se c o r t e m as portas e permite a i n d a que esta
v e n h a m a c a b a d a s , c o m p i n t u r a da própria fábrica).

Especial atenção d e v e ser dada também, quando em um p r o j e t o


existirem aberturas adjacentes. Neste caso, pode o c o r r e r o
problema de superposição dos apoios das vergas. Dois
procedimentos podem ser adotados para resolver o problema
neste caso: ou c r i a - s e uma boneca no vão, que p e r m i t a uma
maior s e p a r a ç ã o e n t r e as vergas, ou se fabrica uma das
vergas com o comprimento do apoio igual a metade do
c o m p r i m e n t o do m e i o - b l o c o (vide exemplo Vi e figura 5.4), de
forma a c o l o c a r d u a s p e ç a s em vãos a d j a c e n t e s s e p a r a d o s por
um ú n i c o meio bloco.

Se as aberturas adjacentes forem na intersecção de paredes


em "L" (ver figura 5.4), fica condicionada a e x i s t ê n c i a de
b o n e c a em um dos lados do vão para evitar a s u p e r p o s i ç ã o dos
apoios das vergas. Cabe ressaltar que neste caso, a
c o l o c a ç ã o dos b a t e n t e s envolventes no vão só se viabiliza
com a e x i s t ê n c i a das bonecas.

No caso das j a n e l a s , onde é previsto o uso do contra-marco


de argamassa armada, as vergas e contra-vergas são
e x e c u t a d a s com o a s s e n t a m e n t o de blocos canaletas, colocação
de a r m a d u r a e posterior grauteamento, quando for exigido
pelo projeto.

Informações comp1ementares, referentes a modulação e tipos


de e s q u a d r i a s , p a r a o dimensionamento das vergas, podem ser

Í2Í
COWcNIO EPUSP/DCOL Rt. «o. EA/Vi Projeto EP/EK-5

obtidas no Manual do Processo Construtivo Poli-Encol:


Projet o.

SONECA CRUCA
"PARA APOTO DA
VERSA

1
' ' »T :
:
l! IM/2 H/4 I M/4 H/2 !
i
I

i
1 —

F i g u r a 5.4. V e r g a s sobre a b e r t u r a s adjacentes: (a) p a r e d e s


a d j a c e n t e s ; (b) p a r e d e s em "L"

i££
CONViMIO EPUSP/ENCOL Rt. no . W/Vi Projeto EP/EN-5

5.1.8. ESCADA "JACARi"

A escada "jacaré" é c o m p o s t a de elementos p e q u e n o s e leves


que são fixados n a a l v e n a r i a depois desta e das lajes de
piso terem sido e x e c u t a d a s . Os componentes que formam o
e l e m e n t o escada são:

- viga de a p o i o d e n t a d a tipo "jacaré" (fixação);


- degrau e espelho pré-fabriçado, formando um todo
monolítico;
-patamar pré-fabricado;
- outros a p o i o s e a c e s s ó r i o s da escada.

N a s figuras 5 . 5 a 5 . 1 0 é apresentado um d e t a l h a m e n t o destes


componentes através d a s dimensões e a r m a d u r a s e m p r e g a d a s no
edifício protótipo (Goiânia).

Para o d i m e n s i o n a m e n t o dos componentes, deve-se observar


que .

- As espessuras e o dimensionamento de c a d a elemento deve


ser feito p a r a c a d a situação;

- 0 c o m p r i m e n t o do d e g r a u deve prever o vão da escada de


projeto, c o n s i d e r a n d o - s e as tolerâncias construtivas;

- 0 primeiro e o ú l t i m o degrau devem prever a espessura da


c a m a d a de r e v e s t i m e n t o do piso dos andares e do patamar;

- Quando da u t i l i z a ç ã o de rodapés, estes p o d e m ser moldados


em loco ou pré-moldados;

Deve-se dar atenção especial para os patamares das


escadas. N e s t e s m u i t a s vezes existem fatores complicantes
como as p a s s a g e n s de "shafts".

Í23
COWêHIO EPUSP/BCOL Rt. m . U m Projeto EP/EK-5

F i g u r a 5.5. E l e m e n t o s c o n s t i t u i n t e s da escada: v i g a dentada


tipo " j a c a r é "

i 2A
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 86/91 Projeto EP/EN-5

pmturo no cor
do ewomtco

CORTE KK
SEM ESCALA

eonto»*iro

164 6

CORTE A A

PEÇA
comprimento = 11 9 5 rnm f UD
y .

F i g u r a 5.6. E l e m e n t o s c o n s t i t u i n t e s da e s c a d a : Degrau

í 66
CONVÊNIO EPUSP/DCOL Rt . no. 86/91 Projeto EP/EH-5

reboixo
o laje

DETALHE ESCADA
P L A N T A BAIXA

x ESC V 2 0

F i g u r a 5.7. P l a n t a g e r a l de m o n t a g e m da escada

177
E*4*10 EPUSP/DCOL Itt. no. U m Projeto EP/DH5

í 27
COHVêHIO EPUSP/DCOL Rt. «o. uni Projeto EP/EK-5

ms
• 5,0 Cf 15 8.0

Jc
1
«43
lorQuro > 3 c *
PEÇA "1"

-+

26 123 160

160 123 160

5,0 C/15

60

2 to6,0

5,0 C/15

PEÇA "4"
PEÇA " 8 '

-b-4-

- 4-^t
160
p M — — — f
' "••-VM B
"T
6 0
j » 2 0 8,0 C =56

443 /
s 26 160 ,
ui
O 309
O-
9
O
s V
2 0 6,0 C = 117

F i g u r a 5.9. C o m p o n e n t e s da escada "jacaré: patamar pré-


moldado"

128
COW6*IO EPUSP/DCOL Rt. no. C6/?i Projeto EP/Dt-5

PATAMAR

F i g u r a 5.10. M o n t a g e m do p a t a m a r pré-moldado da e s c a d a

C ^
(. - 1S9
t ~
c -
CONVÊNIO EPUSP/DCOL Rt . no. 86/91 Projeto EP/EH-5

5.1.3. ESCADA MODULAR EM PRá-MOLDADO LEVE

Como alternativa a escada "jacaré", p r o p õ e - s e o s i s t e m a de


escada modular em p r é - m o l d a d o leve, que é formado pelos
seguintes elementos (figuras 5.11 a 5.13):

- degrau;
- compensadores;
- patamares;
- apoio do patamar.

Os componentes são pré-moldados e fabricados com


c a r a c t e r í s t i c a s tais que não necessitem de o u t r a s e t a p a s de
a c a b a m e n t o a p ó s a execução.

T o d a s as p e ç a s devem ser leves, permitindo a montagem da


e s c a d a sem a n e c e s s i d a d e de e q u i p a m e n t o s especiais.

é importante observar, que os projetos nos quais este


s i s t e m a de e s c a d a for empregado, devem ser previstas as
p a s s a g e n s de " s h a f t s " pelos patamares, e x i s t i n d o portanto
v a r i a ç õ e s p a r a o patamar da escada.

177
CONV&ÜO DW/EHCa *t. no. um Projeto EP/W-5

F i g u r a 5.11. Escada modular p r é - m o l d a d a : (a) degrau pré-


m o l d a d o ; (b> c o n j u n t o de b l o c o s c o m p e n s a d o r e s .

í 31
COWÉNIO EPUSP/DCOl Rt.no.84m Projeto EP/O-5

VOL = I4027cm3
PESO r 32,3 Kgf

MEDIDAS EM mm

F i g u r a 5 . 1 8 . E s c a d a m o d u l a r p r é - m o l d a d a : (a) p e c a do p a t a m a r
p r é - m o l d a d o ; (b) apoio do p a t a m a r d a e s c a d a

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CONVÊNIO EPUSP/DCOL Rt. M>. 86/91 Projeto EP/EN-5

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CORTE esquemótico

F i g u r a 5.13. E s q u e m a de m o n t a g e m da escada modular

Maiores informações para o projeto dos elementos escada


"jacaré" e escada modular em p r é - m o l d a d o leve, encontram-se
no Manual do P r o c e s s o c o n s t r u t i v o Poli-Encol: Projeto.

í 33
CONVÊNIO EPUSP/EMCOL Rt. no. E6/?l Projeto EP/EN-5

5•g. PRODUCfiQ DQS COMPONENTES

Na seqüência, sao a p r e s e n t a d o s os p r o c e d i m e n t o s recomendados


p a r a a produção d e s t e s pré-moldados.

5.8.1. TRAÇO

O consumo de cimento utilizado no traço de concreto


e m p r e g a d o na m o l d a g e m das p e c a s é da ordem de 350 K g / m s . 0
p r o p o r c i o n a m e n t o e m p r e g a d o entre a r e i a g r o s s a e b r i t a zero é
de 1:8. Esta proporção foi definida para o edifício
protótipo (Goiânia), d e v e n d o sofrer a d a p t a ç õ e s em função dos
m a t e r i a i s disponíveis em c a d a região.

5.8.2. FÔRMA E D E S F O R M A

A moldagem dos c o m p o n e n t e s é feita em fôrmas e x e c u t a d a s com


chapa metálica, que permitem a fácil desmoldagem e a
p r o d u ç ã o de c o m p o n e n t e s com textura e formato finais, não
n e c e s s i t a n d o de a j u s t e s no acabamento.

A desforma é r e a l i z a d a 24 h o r a s após a moldagem, facilitada


pelo emprego de d e s m o l d a n t e nas faces internas.

5.2.3. CURA

P a r a se curar a d e q u a d a m e n t e os c o m p o n e n t e s p o d e - s e usar o
sistema de cura natural, cujo ciclo encontra-se
e x e m p l i f i c a d o a seguir.

í 34
CONVÊNIO DW/ENCOL Rt. no. 24/91 Projeto EP/EH-5

A. I m e d i a t a m e n t e a p ó s a m o l d a g e m deve-se p r o t e g e r as fôrmas
de insolaçao d i r e t a em áreas cobertas. C o n s e r v a - s e neste
local por pelo m e n o s 24 horas;
B. Após a desforma, i n i c i a - s e a cura do c o m p o n e n t e , através
da a s p e r s a o c o n s t a n t e de água, m a n t e n d o a umidade por 3
dias no mínimo.
C. Mantem-se os componentes no estoque o maior tempo
possível e no mínimo 14 dias contados a partir da
moldagem.

i35
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Ht. no. U m frojtto EF/EN-5

£ ADUELAS METÁLICAS ENVOLVENTES

Mantendo os m e s m o s p r i n c í p i o s de r a c i o n a l i z a ç ã o do processo
construtivo, foram desenvolvidas pela Encol Norte (Divin)
aduelas metálicas envolventes. Estas são c o n f e c c i o n a d a s em
c h a p a de aço d o b r a d a (tt 0,91 mm) s e g u n d o uma seção plana
especifica, recebendo um fundo de b e m a g r a f i t e e acabamento
com p i n t u r a em e s m a l t e sintético.

I n f o r m a ç õ e s r e f e r e n t e s a c o l o c a ç ã o , m o d u l a ç ã o na a l t u r a e na
largura e fixação das aduelas metálicas, encontram-se no
Manual do p r o c e s s o c o n s t r u t i v o P o l i - E n c o l . Projeto.

A seguir, n a s f i g u r a s 6.1 a 6 . 5 são a p r e s e n t a d o s o s detalhes


d a s a d u e l a s p a r a e f e i t o s de fabricação:

ALVENARIA

BATENTE METÁLICO

PORTA

Figura 6.1. Lado externo (corte vertical)

i3ó
CONVfiWIO EPUSP/DCQL Rt. ro CA/71 Projeto DVDt-5

*01HA M PORTA

PORTA DE FLOOOO

•ATENTE

F i g u r a 6.8. Lado e x t e r n o (corte horizontal)

VARIAVEL 37

CHAPA S»©!n«

. r t

VARIAVEL
i i
i

F i g u r a 6.3. D e t a l h e de d o b r a do inarci

Í37
COMViNIO DW/ENCOL Rt.no. Projeto 07EH-5

CAIXA

<
TÍSTA

BATENTE ÜETAUCO

[ ^

CAIXA TESTA ^ ^

F i g u r a 6.4. C a i x a testa (chapa de aço H 0,71 »ui)

yf.
o ..

•ATEKTE

-J

F i g u r a 6.5. E l e v a ç ã o (vista externa)

138
CONVÊNIO EPUSP/DCOL Rt . no. 86/91 Projeto EP/EH-5

AHEXQ A

D E T A L H E S C O N S T R U T I V O S P A R A Q P R O J E T O DE C & M A R A S DF CURA

A.l. FUNDAÇÕES E LAJE DE PISO

Nio existe nenhuma recomendação especial para as fundações


das câmaras. Esta parte da construção segue critérios
normais de projeto como as cargas solicitantes e a
capacidade resistente do s o l o em que será assentada.

A s l a j e s de piso d a s c â m a r a s de c u r a devem p o s s u i r espessura


da ordem de 15 cm. E s t a s l a j e s g e r a l m e n t e são de c o n c r e t o e
a r m a d a s nas duas d i r e ç õ e s . Para garantir boa durabilidade e
resistência deve-se empregar concreto de c o n s u m o m í n i m o de
3 0 0 Kg de c i m e n t o por m a . 0 s o l o no qual será executado o
piso deve ser b e m c o m p a c t a d o e r e v e s t i d o por u m a c a m a d a de
pedrisco antes da concretagem. Para se evitar fissuras
devido a expansão volumétrica junto às paredes, deve-se
prever juntas que p e r m i t a m tal movimentação. E s t a laje pode
f i c a r sem revestimento de argamassa (contra-piso) devendo
para isto, ser executado seu desempenamento após a
concretagem. Recomenda-se não d e i x a r a s u p e r f í c i e nem muito
lisa nem áspera, mas com rugosidade suficiente para evitar o
deslizamento dos pneus da empilhadeira e a queda dos
operários durante a manutenção.

177
CONVÊNIO EPUSP/DCOL Rt. fto. U H i
Projeto EP/EN-3

«EVEST UTERNO
< t * f > 2 , 5 cm) «rg
hht +• P I N T U R A
ACRÍLICA OU
TEMPERA

D E T A L H E revestimento
DETALHE junta

DETAL H E
CANALETA

DETALHE ! REVESTWENTO

CORTE transversal câmara de cura

Figura A i . Seção t r a n s v e r s a l de uma câmara de cura a vapor


mostrando dimensões usuais e detalhes
c o n s t r u t i v o s gerais.

Í40
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 86/91 Projeto EP/EN-5

á fundamental a i n d a que seja p r e v i s t a inclinações na laje de


piso para permitir o escoamento da água para o ralo
l o c a l i z a d o no fundo da câmara. No local mais baixo da
s u p e r f í c i e do piso (nas bordas do ralo) o recobrimento
m í n i m o do c o n c r e t o deve ser de £,5 cm. Este mesmo valor de
r e c o b r i m e n t o d e v e ser o b e d e c i d o nas o u t r a s faces da laje que
não forem inclinadas (faces verticais e em contato com o
terreno).

Para a construção dos baldrames, pode-se, ao invés de


u t i l i z a r vigas maciças, e m p r e g a r b l o c o s de concreto para
compor o embasamento, desde que estes tenham dimensões
a d e q u a d a s para este fim e permitam a c o l o c a ç ã o de armadura e
g r a u t e para resistir adequadamente às cargas provenientes
das paredes e lajes. Na figura A l a p r e s e n t a - s e um esquema
geral da c â m a r a de cura.

Notar na figura a extensão existente na largura dos


baldrames com a função de direcionar a entrada da
empilhadeira na câmara e proteger as paredes contra
e v e n t u a i s c h o q u e s das gaiolas.

A.2. LAJE DE COBERTURA

A laje de c o b e r t u r a pode ser moldada no local ou pré-


m o l d a d a . No p r i m e i r o caso deve-se prever a existência de
j u n t a s de t r a b a l h o para prevenir o a p a r e c i m e n t o de fissuras
devido a g r a n d e movimentação h i g r o - t é r m i c a . No segundo caso
as p r ó p r i a s j u n t a s entre as peças podem fazer o papel de
j u n t a de t r a b a l h o desde que não sejam unidas de forma
r í g i d a . Neste ú l t i m o caso entretanto, deve-se atentar para o
a s p e c t o da estanqueidade (ver o item A.8). Para evitar

Í4Í
CONVÊNIO EPUSP/DCOL Rt. mo. B * m Projeto EP/EN-5

fissuração devido à movimentação térmica deve-se armar as


lajes nas d u a s direções.

0 recobrimento m í n i m o da superfície inferior da laje de


cobertura deve ser de 8,5 cm para impedir a corrosão
provocada pelo ambiente a g r e s s i v o do i n t e r i o r das câmaras.
No c a s o de lajes p r é - m o l d a d a s com recobrimento inferior a
2 , 5 cm, pode-se usar revestimento de argamassa. Nestes
casos, a laje não pode ter r e c o b r i m e n t o i n f e r i o r a i,5 cm e
o revestimento e s p e s s u r a deve possuir e s p e s s u r a mínima de
2 , C cm.

A laje de c o b e r t u r a deve ser isolada a p e n a s do lado superior


externo, nunca do lado interno. Para o isolamento pode-se
usar p l a c a s de espuma r í g i d a de p o l i e s t i r e n o extrudado com
p e l í c u l a , tal como a c o n h e c i d a c o m e r c i a l m e n t e c o m o Styrofoam
4
d a Dom Chemical *. M a t e r i a i s g r a n u l a r e s d i f i c i l m e n t e produzem
o m e s m o grau de isolamento mas também são p a s s í v e i s de uso.

Além de serem isoladas termicamente, as câmaras


d e s p r o t e g i d a s de c o b e r t u r a s tipo galpão ( t e l h a d o ) devem ser
impermeabilizadas. Na figura A.i são apresentados os
d e t a l h e s m e n c i o n a d o s para as lajes de cobertura.

A.3. P A R E D E S EXTERIORES

As p a r e d e s e x t e r n a s precisam ser s u f i c i e n t e m e n t e isolantes


p a r a impedir a p e r d a e x c e s s i v a de calor do ar no interior da

* Dow P r o d u t o s F u n c i o n a i s e S e r v i ç o s
Rua A l e x a n d r e Dumas, Í67i
C h á c a r a S a n t o Antônio
0 4 7 i 7 - São Paulo - SP
Tel . : 0ÍÍ 5 4 6 - 9 Í 2 2

i 42
CONVêNIO EPUSP/DCOl Rt. m . Projeto EP/tt-5

câmara. Estas condições p o d e m ser o b t i d a s com o uso de


paredes duplas. 0 espaço e n t r e as p a r e d e s pode ser deixado
vazio o u preenchido com placas isolantes de espuma de
poliestireno expandido ("Isopor") ou extrudado
("Starofoam">. Materiais granulares não são recomendados
para este tipo de aplicação. 0 espaço mínimo entre as
paredes deve ser de 5 cm. A parede i n t e r n a deve possuir
e s p e s s u r a m í n i m a de 10 cm e a parede e x t e r n a 15 cm.

A.4 PAREDES INTERNAS

As p a r e d e s internas que servem de divisórias entre as


câmaras podem ser c o n s t r u í d a s de b l o c o s de concreto com
e s p e s s u r a de 19cm. Estas p a r e d e s não p r e c i s a m de maiores
d e t a l h e s p a r a sua isolação t é r m i c a uma vez que se constituem
separação entre ambientes já c o r r e t a m e n t e p r o t e g i d o s contra
a p e r d a e x c e s s i v a de calor.

A.5 ILUMINAÇ80

Para f a c i l i t a r as o p e r a ç õ e s de r e t i r a d a e colocação das


g a i o l a s p o d e - s e prever a i n s t a l a ç ã o de s i s t e m a de iluminação
nas câmaras.

Caso d e c i d a - s e instalar tal sistema deve-se atentar para


alguns cuidados importantes com o objetivo de impedir a
p e n e t r a ç ã o da umidade nas l u m i n á r i a s e c o n d u t o s elétricos.

Os i n t e r r u p t o r e s devem ser c o l o c a d o s fora das câmaras para


facilitar a manutenção e o controle do sistema. As
luminárias devem ser de v a p o r de mercúrio ou incandescentes
especiais para ambientes s a t u r a d o s . E s t a s luminárias devem

143
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt.fto.E6/?t Projeto EP/EN-5

ser posicionadas de preferência na parte superior das


paredes, longe do alcance das g a i o l a s e das empilhadeiras.

A.6 PORTAS

Câmaras bem construídas devem perder lentamente sua


temperatura interna de forma a permitir o cumprimento de
p e r í o d o de molho (período de necessário deixado após a
i n t e r r u p ç ã o da aplicação do v a p o r ) e s p e c i f i c a d o no ciclo de
cura. A s s i m em condições n o r m a i s de isolamento são previstas
p e r d a s da ordem de 2 a 4 °C por hora.

As p o r t a s das câmaras são locais onde freqüente ocorrem


perdas. A s s i m no projeto da p o r t a s , deve-se atentar para que
as p o s s í v e i s fugas de vapor s e j a m evitadas.

Para evitar a perda de vapor p e l a s portas pode-se usar o


e s q u e m a da figura A.2. As d i m e n s õ e s e o posicionamento do
velcro permite o fechamento da c o r t i n a da câmara. Uma vez
fechada, a c o r t i n a deve ter sua borda inferior presa pela
c u n h a da c a n a l e t a do piso da e n t r a d a da câmara.

A movimentação da cortina é proporcionada pelo sarilho


m e t á l i c o o p e r a d o manualmente a t r a v é s da manivela mostrada na
figura.

í 76
COtâNIO EPUSP/OCOL Rt. no. E6/?i Projeto EP/Df-5

CUNHA DE VIN1LONA
MADEIRA

J.
LAJE PISO T

° «OD

DETALHE canaleta
SEM ESCALA

x
^ /

DETALHE
SEM E S C A L A
genérico vedapõo «l»y*
CANTONE1RA DE PISO

F i g u r a A . 2 . D e t a l h e da c o r t i n a de lona de uma c â m a r a de cura


a vapor

i4í
COMVÉKIO EPUSP/DCOL Rt. no. U m Projeto EP/EN-5

P»WEDE D U M

CKAUSTOK
T - R - I — -T-- --R—TJ
1 ! L J L J
SALDA EXAU5TOF WCU DUTO
I
I

PAREDE
cBnort CTOARA etetri SIMPLES
!

I

3 9

PLANTA exoustõo
SEM ESCALA

F i g u r a A.3. Planta baixa da c â m a r a mostrando detalhe da


extremidade da p a r e d e que permite a instalação
d o s fechos de v e l c r o

As extremidades das p a r e d e s t r a n s v e r s a i s das c â m a r a s d e v e m


possuir largura suficiente para i n s t a l a ç ã o dos fechos de
velcro (ver figura A.3).

Deve-se estudar a possibilidade de p r o j e t o e c o n s t r u ç ã o de


portas especiais de a l u m í n i o com i s o l a m e n t o t é r m i c o p a r a as
câmaras. Apesar de parecer uma alternativa onerosa, as
portas de a l u m í n i o vim sendo cada vez m a i s u s a d a s em todo
mundo, principalmente devido à facilidade de operação e
manutenção, além do e x c e l e n t e d e s e m p e n h o . E s t a s portas são
em g e r a l do tipo de correr e p o s s u e m g a i x e t a s de neoprene.

Os custos das portas das câmaras e os problemas de


manutenção aumentam à medida em que se precisa fechar
aberturas cada vez m a i o r e s . No c a s o de c â m a r a s m u i t o largas
pode-se prever a divisão interna da c â m a r a de modo que se
p o s s a u t i l i z a r duas p o r t a s .

i 46
CONVÊNIO DW/OCOL Rt. M . U H í Projeto EP/EM-5

A. 7. ACABAMENTO

As paredes e tetos das câmaras devem ser revestidas


i n t e r n a m e n t e com argamassa (1:1:6 ou 1:&.4|>) e p i n t a d a s com
tinta acrílica de cor branca. Uma solução econômica e
e f i c i e n t e pode ser conseguida através do uso de u m a mistura
de p a s t a de cal e cola PVA conhecida como t e m p e r a (pode-se
e m p r e g a r a relação 500 g de cola para c a d a 16 kg de pasta de
cal) .

A . 8 JUNTAS DE C O N T R O L E

0 projeto das câmaras deve prever a existência de juntas


e n t r e os d i v e r s o s elementos (piso, paredes e tetos) de modo
a evitar o aparecimento de fissuras provenientes das
movimentações provocadas pelas variações de t e m p e r a t u r a e
u m i d a d e durante o processo de cura dos blocos.

A junta a ser usada entre as lajes de c o b e r t u r a d a s câmaras


e as p a r e d e s de blocos deve ser a indicada na figura A.4.

Esta junta é a mesma empregada no último pavimento dos


e d i f í c i o s c o n s t r u í d o s pelo Processo Poli/Encol".

* Fabricante:
B o r i n d u s - B o r r a c h a s Industriais Comercial Ltda
R u a F l o r i n d o de Abreu, 494
Sao Paulo - SP
CEP 0Í030
Tel.: 0íí - 22Í 4922
Fax: 0íí - 227 9930

Í47
CÜNVÈKIÜ EPUSP/ENCOL Rt. no. um Projeto EP/DH5

P a r a verificar os d e t a l h e s de p r o j e t o e e x e c u ç ã o da j u n t a
acima, o p r o j e t i s t a deve consultar o Manual de E x e c u ç ã o do
Processo Poli\Encol.

P a r a as j u n t a s entre parede/parede e laje de piso/parede


podem ser aplicadas soluções usuais com massas selantes
(elastômeros). Para limitar a p r o f u n d i d a d e do selante na
junta pode-se empregar juntas de retenção tipo "perfil
redondo de polietileno expandido", comercializado pela
Xnducel*. R e c o m e n d a - s e p r o t e g e r estas juntas com argamassa
p a r a evitar o acúmulo de á g u a e resíduos.

© CAMADA DE PEDRA BRITADA (15 - 3 0 - * •)


(2j STYROfOAW R*
<S MEMBRANA IMPERMEABlUZAKTE ( F R I O ASFALTO I
@ LAJE DE COBERTURA

F i g u r a A.A. D e t a l h e s da j u n t a de d i l a t a ç ã o entre a laje de


c o b e r t u r a e as p a r e d e s das câmaras

* Inducel - E s p u m a s Industriais L t d a
Rua Alfredo da Costa Figo, 126
Santa Cândida
C a m p i n a s - SP
Í300Í
Tel.: 0Í92 5 2 - 9 4 0 0

í 48
CONVÊNIO EPUSP/QCOl Rt. *o. 86/91 Projeto 07EM-5

Para locais onde a questão e s t a n q u e i d a d e n ã o é problemática


(junta l a j e / l a j e em cima de parede) pode-se preencher a
junta s i m p l e s m e n t e com argamassa. Caso a s j u n t a s estejam
sobre o v ã o (caso das p r é - m o l d a d o s ) deve-se usar massas
seiant es.

A . 9 T U B U L A Ç S O DE VAPOR

0 isolamento a d e q u a d o dos c o n d u t o s que transportam vapor


p a r a as c â m a r a s de cura pode se c o n s t i t u i r em u m a importante
fonte de e c o n o m i a para o sistema. E v i t a n d o a enorme perda
de calor que pode existir nesta tubulação, economiza-se
grande q u a n t i d a d e de combustível e portanto de recursos.
Além d i s s o a caldeira passa a operar em menor regime,
aumentando sua vida útil e diminuindo os custos de
manut e n ç ã o .

Para o i s o l a m e n t o das tubulações r e c o m e n d a - s e o uso de tubos


de p o l i e t i l e n o expandido flexível de b a i x a d e n s i d a d e como o
c o m e r c i a l i z a d o com o nome de Isoltubo pela Inducel .

Mesmo a t u b u l a ç ã o que fica e n t e r r a d a deve r e c e b e r isolamento


adequado. Para proteger o material isolante pode-se usar
c a m i s a s m e t á l i c a s protetoras e v i t a n d o sua deterioração.

A p a s s a g e m da tubulação de vapor para o i n t e r i o r da câmara é


outro p o n t o que merece detalhamento, devendo obedecer o
detalhe da figura A.5. O b s e r v a - s e a e x i s t ê n c i a de uma luva
de maior diâmetro que atravessa a laje de concreto,
permitindo a livre passagem do referido sub-ramal,
f a c i l i t a n d o a manutenção e e v i t a n d o a f i s s u r a ç ã o do concreto
em seu c o n t o r n o . Para evitar a fuga de v a p o r sugere-se a

149
CONVÊNIO DW/ENCOL Rt. no. 24/91 Projeto EP/EH-5

i n s t a l a ç ã o de uma borracha de v e d a ç ã o presa por meio de


p r e s i l h a s ao tubo.

Para projetos que e m p r e g a m c o n d u t o s de saídas único tipo


"Nozzle" observar sempre o p o s i c i o n a m e n t o da t u b u l a ç ã o de
alimentação na parte frontal das câmaras, impedindo a
agitação d a c o r t i n a de v e d a ç ã o d a a b e r t u r a na p a r t e frontal.

Na figura A.5 mostra-se também com proceder a ligação da


tubulação de v a p o r , desde a caldeira até a entrada na
câmara.

CALDEIRA
l

jj REGISTÍ» GL060

PLANTA instalações vapor


SEM ESCALA ^

F i g u r a A.5. E s q u e m a de ligação da t u b u l a ç ã o de vapor às


c â m a r a s de c u r a

i50
CONVÊNIO EPUSP/DCOL *t. M . £6/91 Projtto EP/EH-5

A partir de e x p e r i ê n c i a s realizadas em diversas u s i n a s de


blocos concluiu-se que o fator de cálculo da potência da
caldeira (potência em BHP r e q u e r i d a por cada bloco colocado
no interior da câmara) é 0.03125. Os fatores de p e r d a de
calor considerados neste fator de cálculo foram os
seguint es:

. peso das gaiolas e p a l e t e s por câmara;


peso total dos b l o c o s incluindo a água c o n t i d a nos
mesmos;
. superfície interior da câmara de cura,
. volume de ar da c â m a r a cheia;
p e r d a por radiação;
calor de h i d r a t a ç ã o do cimento;
temperatura inicial da água de alimentação da
caldeira.

C A L C U L O DA POTÊNCIA DA C A L D E I R A

Para calcular então a p o t ê n c i a da caldeira é suficiente


multiplicar o número de blocos a serem curados
s i m u l t a n e a m e n t e pelo fator 0.03125.

Por e x e m p l o : a potência de uma caldeira para curar 1000


b l o c o s s i m u l t a n e a m e n t e é igual a 31 BHP (1000 x 0.03125).

P R E S S S O DE VAPOR

Caso a p r e s s ã o de vapor da caldeira seja alta pode-se usar


uma válvula de redução na tubulação para e q u i l i b r á - l a no
ponto ideal de entrada na câmara.

155
CONVÊNIO EPUSP/EHCOL Rt. no. 86/91 Projeto EP/EH-5

6NEXQ B

EQUIPAMENTOS E F E R R A M E N T A S PARA A EXECUCSO DOS ENSAIOS DE


C O N T R O L E DOS BLOCOS DE CONCRETO.

A seguir apresenta-se uma lista de equipamentos e


ferramentas para a execução de ensaios necessários ao
controle de aceitação de blocos de concreto. Para cada
equipamento encontra-se especificado também os principais
fabricant es e m o d e l o s dispon íveis, ent ret ant o poderão ser
utilizados equipamentos de outros fabricantes com
características semelhantes.

(
(_
B.i BALANÇAS

( _
caracteristicas: capacidade de 20 kg e precisão de i g.
{ U i Q : pesagem de blocos e determinação da massa unitária de
( materiais.
( f a b r i c a ç ã o : Marte Balanças e Aparelhos de Precisão Ltda.
Av. Miguel Stefano, 752 - Saúde
04301 São PauloCTel.: 011 578-8700)
Fax: 011 275-1572
(
í~
caract eríst i c a s •• capacidade de 1 kg e precisão de 0,1 g.
uso. pesagem de amostras de materiais.
fabricação: Toledo do Brasil - Indústrias de Balanças Ltda
^ Rua Galeno de Castro, 730
( 04696 São Paulo - SP
Tel . : 011 847-7833
Fax: 011 523-2704
U

156
C-
u
CONVÊNIO EPUSP/DCOL Rt. «o. £6/91 Projeto EP/EN-5

B.E RéGUA G R A D U A D A METALICA

caracterist ica: 30 cm de extensão e precisão de 0 , 5 mm.


JJLSJQ: medição de b l o c o s .
representante: Bradoc - Comércio e Representações Ltda
Rua P a u l o Bregaro, 594
Tel.: 914 7935
São Paulo - SP.

B.3 FOGAREIRO E FRIGIDEIRA DE FERRO

caracterist icas: u t e n s í l i o s domésticos de uso comum.


ilâfl: determinação do teor de umidade dos agregados e
c o n c r e t o do bloco fresco.

B.4 PANELA DE FERRO FUNDIDO E CONCHA DE F E R R O

caracteristicas: u t e n s í l i o s domésticos de uso rudimentar.


uso: liquefação da mistura enxofre/pozolana p a r a capeamento
dos blocos

B.5 BICO DE B U N S E N

caract eristica: queimador com regulagem de e n t r a d a de ar que


produz chama azulada própria para aquecimento rápido a altas
t emperat uras.
aquecimento da panela de ferro destina a liquefação da
m i s t u r a enxofre/pozolana empregada no capeamento dos blocos.
representante: Bradoc - Comércio e Representações Ltda
Rua Paulo Bregaro, 594
São Paulo SP
Tel.: 914 7935
CONVÊNIO EPUSP/DCOL Rt. no. E4/?i Projeto EP/EN-5

B.6 E S P Á T U L A S

caracteristica: espátula de laboratório com l â m i n a de aço


inox e cabo de madeira.
uso: mistura das a m o s t r a s de materiais d e s t i n a d a s ao e n s a i o
de teor de u m i d a d e .
representant e: B r a d o c - C o m é r c i o e R e p r e s e n t a ç õ e s Ltda
R u a P a u l o Bregaro, 594
São P a u l o SP
Tel.: 914 7935

B . 7 F Ô R M A S PARA CAPEAMENTO

caracterist icas moldes de aço com base fresada e d o t a d a de


e s p a ç a d o r e s para p o s i c i o n a m e n t o adequado do b l o c o d u r a n t e a
colocação da p a s t a de enxofre/pozolana.
uso: c a p e a m e n t o do b l o c o com pasta de enxofre/pozolana.
fabricacão: Solotest - A p a r e l h o s para M e c â n i c a do Solo Ltda
Rua C o n s e l h e i r o Carrão, 275 - Bela Vista
01328 São Paulo SP

B.8 A P A R E L H O S P E E D M O I S T U R E TEST

caract erist icas: a p a r e l h o especial destinado a d e t e r m i n a ç ã o


do teor de umidade de m a t e r i a i s granulares.
jisji: determinação do teor de umidade de materiais
granulares.
fabricado: Solotest - A p a r e l h o s para Mecânica do Solo Ltda
Rua C o n s e l h e i r o Carrão, 275 - Bela Vista
01328 São Paulo SP

156
CONVÊNIO EPÜSP/DCOL Rt. m. um Projeto EP/EN-5

B . 9 RECIPIENTES METÁLICO

caracterist ica caixa metálica com volume e dimensões


c o n h e c i d a s e v o l u m e m í n i m o de 20 1.
UL&fi: determinação da massa unitária de agregados e
ag1omerant es.

B.i® PRENSA HIDRÁULICA

características: prensa de a c i o n a m e n t o h i d r á u l i c o dotada de


m a n ô m e t r o com p r e c i s ã o de 200 kgf e capacidade de carga
m í n i m a de 100 tf.
uso: ensaio de resistência à compressão de blocos de
concret o.
fabricação: C o n t e n c o / P a v i t e s t - Av. 17 no 1363
J a r d i m Santa Amélia
Belo H o r i z o n t e MG
Tel.: 441 5722
modelos:

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t f com dois m a n ô m e t r o s e d i s p o s i t i v o próprio p a r a ensaio de
b1oc os C-3031.
CONVÊNIO EPUSP/DCOL Rt. M . 84/91 Projeto EP/EN-5

fabricação: Emic - E q u i p a m e n t o s e Sistemas de E n s a i o Ltda


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e dispositivo p r ó p r i o p a r a e n s a i o de blocos.
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tf com dispositivo p r ó p r i o p a r a ensaio de blocos.

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e s t a t í s t i c a para c á l c u l o de d e s v i o padrão.
ÍLSLQ : determinação do desvio padrão para cálculo da
r e s i s t ê n c i a c a r a c t e r í s t i c a do bloco.

160
CONVÊNIO EPUSP/OCOL Rt. no. Uni Projeto EP/EH-5

MEXO C

E X E M P L O NUMÉRICO DO E S T A B E L E C I M E N T O DA DOSAGEM PARA A


P R n n u c s n DE BLOCOS DE CONCRFIO

Descreve-se a seguir a s e q ü ê n c i a de operações matemáticas


para a determinação do proporcionamento de materiais
d e s t i n a d o s à produção de b l o c o s e s t r u t u r a i s de concreto.

C.i VERIFICACSO DA A D E Q U A C S O DOS MATERIAIS

0 primeiro passo é verificar a adequação dos materiais


d i s p o n í v e i s para a fabricação de blocos estruturais. Em
t r a b a l h o prático desenvolvido na Regional da Encol. em Belo
Horizonte, determinou-se as principais características
d e s t e s materiais. A seguir a p r e s e n t a - s e um resumo destas
características:

é importante observar que na falta de laboratórios que


e x e c u t e m os ensaios citados pelas n o r m a s brasileira, pode-se
seguir as recomendações apresentadas neste manual para
d e t e r m i n a ç õ e s expeditas das c a r a c t e r í s t i c a s dos agregados.

i. A r e i a lava de rio - procedência: Engecarga/Pitangui

. dimensão máxima c a r a c t e r í s t i c a (NBR 7211): 2,4 mm


. módulo de finura (NBR 7217): 2,87
. m a s s a unitária (NBR 7251): 1,42 kg/l (seca)
1,18 Kg/l (úmida)
. massa específica (NBR 7254): 2,60 kg/l
. índice de matéria orgânica (NBR 7880): ( 300 ppm
. teor de materiais p u l v e r u l e n t o s (NBR 7819): 0,4 X
. teor de argila em torrões (NBR 7818): 0 %

i6í
CONVÊNIO EPUSP/DCOL Rt. no. E4/?i Projeto EP/EN-5

2. A r e i a lava de rio - p r o c e d ê n c i a : Lupax/Divinópolis

dimensão m á x i m a c a r a c t e r í s t i c a (NBR 7211): 1,2 mm


. módulo de finura (NBR 7217): 2,59
. massa u n i t á r i a (NBR 7251): 1,40 kg/l (seca)
i,15 Kg/l (úmida)
. massa e s p e c í f i c a (NBR 7254): 2,60 kg/l
. índice de m a t é r i a o r g â n i c a (NBR 7220): ( 300 ppm
. teor de m a t e r i a i s p u l v e r u l e n t o s (NBR 7219): 1,6 X
. teor de a r g i l a em t o r r õ e s (NBR 7218): 0 X

3. Pó de pedra g r a n í t i c o - procedência: Engecarga

. dimensão m á x i m a c a r a c t e r í s t i c a (NBR 7211): 4,8 mm


. módulo de finura (NBR 7217): 2,91
. massa u n i t á r i a (NBR 7251): 1,70 kg/l (seca)
1,25 Kg/l (úmida)
. massa e s p e c í f i c a (NBR 7254): 2,72 kg/l
índice de m a t é r i a o r g â n i c a (NBR 7220): ( 300 ppm
. teor de m a t e r i a i s p u l v e r u l e n t o s (NBR 7219): 24 . 7V.
(maior que 5 X)
. teor de a r g i l a em t o r r õ e s (NBR 7218): 0 %

4. Pó de pedra g r a n í t i c o - procedência: leal

. dimensão m á x i m a c a r a c t e r í s t i c a (NBR 7211). 4,8 mm


. módulo de finura (NBR 7217): 2,93
. massa u n i t á r i a (NBR 7251): 1,72 kg/l (seca)
1,30 Kg/l (úmida)
. massa e s p e c í f i c a (NBR 7254): 2,72 kg/l
índice de m a t é r i a o r g â n i c a (NBR 7220): ( 300 ppm
. teor de m a t e r i a i s p u l v e r u l e n t o s (NBR 7219): 30.8%
( m a i o r qiip S y.)

. teor de a r g i l a em t o r r õ e s (NBR 7218): 5 X

160
COWiNIO EPUSP/DCOL Rt. no. 86/?i Projeto B7EK-5

Os m a t e r i a i s dos itens 1 e 2 foram selecionados para a


dosagem por s a t i s f a z e r as características exigidas neste
manual, enquanto que os materiais 3 e 4 foram rejeitados,
por desobedecerem tais característica (teor de material
pulverulento).

5. Brita zero (pedrisco) - p r o c e d ê n c i a : Lapa Vermelha

. dimensão m á x i m a c a r a c t e r í s t i c a (NBR 7211): 9,5 mm


. módulo de finura (NBR 7217): 5,84
. massa u n i t á r i a (NBR 7 2 5 1 ) : 1,43 kg/l (seca)
. massa e s p e c í f i c a (NBR 7254): 8,78 kg/l
índice de m a t é r i a o r g â n i c a (NBR 7220): < 300 ppm
. teor de m a t e r i a i s p u l v e r u l e n t o s (NBR 7 2 1 9 ) : 1,2%
. teor de a r g i l a em t o r r õ e s (NBR 7218): 0,5 X

6. Brita zero (pedrisco) - p r o c e d ê n c i a : Engecarga/Pintangui

. dimensão m á x i m a c a r a c t e r í s t i c a (NBR 7211): 9,5 mm


. módulo de finura (NBR 7817): 5,84
. massa u n i t á r i a (NBR 7251): 1,34 kg/l (seca)
. massa e s p e c í f i c a (NBR 7254): 2,65 kg/l
índice de m a t é r i a o r g â n i c a (NBR 7220): < 300 ppm
. teor de m a t e r i a i s p u l v e r u l e n t o s (NBR 7219): 0 %
. teor de a r g i l a em t o r r õ e s (NBR 7218): 0 X

Estes dois m a t e r i a i s (itens 5 e 6) foram s e l e c i o n a d o s para a


d o s a g e m por s a t i s f a z e r as características exigidas neste
manual.

í 63
CONVÊNIO EPUSP/DCOL Rt . no. 86/91 Projeto EP/EH-5

C . e PROPORCIONAMENTO ENTRE AGREGADOS

O p a s s o seguinte é d e t e r m i n a r a p r o p o r ç ã o entre os agregados


disponíveis, de forma a obter-se a granulometria mais
p r ó x i m a possível daquela i n d i c a d a para o bloco em questão. 0
m é t o d o mais comumente empregado para este fim b a s e i a - s e na
s e g u i n t e equação de proporcionalidade:

A - B
X = i00 .
A - C
onde :
A é o m ó d u l o de f i n u r a do agregado graúdo
B é o m ó d u l o de f i n u r a d e s e j a d o para o bloco
C é o m ó d u l o de f i n u r a do agregado miúdo
X é o percentual de a g r e g a d o miúdo n e c e s s á r i o p a r a a
obtenção do m ó d u l o de finura desejado para a m i s t u r a

P a r a blocos de p e s o e s p e c í f i c o considerado normal (agregados


de m a s s a e s p e c í f i c a p r ó x i m a à da areia natural e do p e d r i s c o
- c e r c a de 2,70 k g / l ) o valor de B é considerado 3,70.

Tomando os agregados selecionados no exemplo de Belo


Horizonte, ter—se-ia o seguinte cálculo:

* A r e i a natural lavada (Lupax) e brita zero (Lapa Vermelha):

A - B
X = i 00 .
A - C

5,84 - 3,70
X = 100 .
5,84 - 2,59

177
CONVÊNIO EPUSP/DCOL Rt. no. E4/?i Projeto EP/EN-5

X = 66 X é o percentual de areia natural a ser usado na


dosagem,

Y = 34 X é o p e r c e n t u a l de b r i t a zero (pedrisco).

C . 3 V E R I F I C A Ç S O DA A D E Q U A Q S O DA GRANULOHETRIA

Uma v e z d e t e r m i n a d a a p r o p o r ç ã o entre os agregados, deve-se


verificar a a d e q u a ç ã o da granulometria obtida, a partir
desta mistura. Para tanto, deve-se multiplicar as
porcentagens retidas acumuladas, determinadas na análise
granulométrica, pelos valores encontrados no
proporcionamento realizado acima.

Este cálculo pode ser observado no trecho da planilha


r e p r o d u z i d a abaixo. A seguir na figura C.i encontra-se
t a m b é m uma p l a n i l h a p a r a ser u t i l i z a d a nas dosagens.

MATERIAL % 3/8 4 8 i6 30 50 100 FUNDO


Areia 66 0,0 0,7 i,3 7,9 25, 1 23, 1 7,3 0,0
Br it a 34 0,3 88, 9 4, i 0,3 0,3 0,0 0,0 0,0
Mist u r a i 00 0,3 £9,6 5,4 8,2 25,4 23, i 7,3 0,0
% acum. 0,3 29,9 35,5 43,5 68,9 92,0 99,3 0,0
M ó d u l o de Finura: 3,7

Após o cálculo dos n o v o s percentuais, verificou-se que o


m ó d u l o de finura é a q u e l e que se pretendia, isto é 3,7.

Com os percentuais acumulados, traça-se então a curva


g r a n u l o m é t r i c a da m i s t u r a de 66X de areia e 34% de brita
zero, para verificar a sua adequação aos limites da curva
ideal, que é m o s t r a d a n a figura C.2. A p r e s e n t a - s e na figura
C . 3 a c u r v a e n c o n t r a d a p a r a este exemplo.

163
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 86/91 Projeto EP/EN-5

FERCEMTASEti RETIDA CM CADA PENEIRA


MATCftlAl % 4 • 16 30 >0 100 FUNDO MF 3BSCWJÇQCS

S O M AXDRIA

>. ACUMULADA «fc

SOMATÓRIA

% ACUMULADA %

SOMATÓRIA
t

•/. ACLMJLADA K.

SOMATÓRIA |
•%A&*ULADA *

ANÁLISE FEITA POfi VISTO.'

F i g u r a C.l. T a b e l a para a n á l i s e g r a n u l o m é t r i c a das misturas

í 66
COHVêHIO EPUSP/DCOL Rt. AO. um Projeto EP/EK-5

PERCEVTÀGEM

o \
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r — v _

• t
1-4
1-4-
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IS.BC %ao V» tM \J» Qfi Ofl 0.I8FUN00

SU6MI0A GRADUAÇÃO
-LUIITEi PRÁTICOS SU6ERI0* ATUAL

PEKCIRA %> *
ut m* ••fric RETIDA RETO* RETl» RETO*
tr W» ACUM ACUM.
i / t 12.80
S/9
4 4,76 25 26
9 z . » 19 40
e "r» 16 S6
30 16 70
°r6
ao 0,3 16 •6
oo 0,16 10 96
PJNDC PJhCO

ar. a.?© mt

EMSAIO
RCAUZA 00 POR •
VI1T0 ,

F i g u r a C..£. C u r v a de referência para a granulometria da


mistura

i6 7
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. fto. E6/?t Projeto EP/EN-5

'flWfflWBSF
RETtOA

PENEIRA l/t 3/0 4 • oo PUNOO


mm It,® 8,80 \n «MS FUNDO

gRADÜ^AO SUSERIO* GRADUAÇAO


LIMITSS pwrtcot SUSERIDA ATUAL
— — - — PÓ PEDRA m AREIA
NATURAL N*+«>RBCO | PENEKA % *
RETOft RETEA
4g%> 100} RETIQ4 ACUN
I m
l/f It,fl0
s/ê aso
4 4.7» u CS
S 2,3e 15 40
16 1,18 15 65
30 o.e 13 TO
aBtenvfx* AJUSTE REALIZADO 50 19 •6
100 íy5 10 95
NA CURVA ANTERIOR PARA EN-
ruteo KJNOG
QUADRAMENTO NOS UMITES PRA-
MR 3.70 HF.
TiCOS

ENSAIO
REAUZADO KK-
VISTO

Figura C.5. E x e m p l o real de g r a n u l o m e t r i a o b t i d a com m a t e -


riais da Regional Goiânia (GO), a p ó s a j u s t e d a
g r a n u l o m e t r i a (ver curva anterior) através de
m u d a n ç a no p r o p o r c i o n a m e n t o d o s m a t e r i a i s

í 76
CONVÊNIO EPÜSP/EMCOL Rt. no. 26/91 Projeto EP/EN-5

PE RCENTAG EM

mm IMO MO V* •»« OS QieFUNOO

vucu/çk) M C R K M
— LIMITES PRÁTICOS ATUAL
ARBA Xntm • PEDRISCO
30% (BH)

12,80

EXEMPLO REAL DE 6RA-


MJLOMETRIA OBTIDA COM MATERiAL
DE B£LO HORIZONTE
MF 3.77

ENSAIO
REALIZADO POR
VISTO

Figura C . 6 . E x e m p l o real de g r a n u l o m e t r i a o b t i d a com m a t e -


riais da Regional Belo Horizonte (MG),
d i f e r e n t e s do u t i l i z a d o no e x e m p l o n u m é r i c o .

i7i
CONVÊNIO EPUSP/DCOL Rt.no. 86/91 Projeto EP/EN-5

PERCENTAGEM
RETIDA

PENEIRA l/S 3/« 4 ® M 30 SO IOO FUNDO


mm l»,«0 9,50 4,7» C.98 1,10 OA 0,3 0,13 FUNDO

• «RADUAPtO SUaERIDA
LIMITES PAÍTICOS SUfiERIDA ATUAL
AREIA 7 3 * + PEOÜSOO
tl% ( M l PENEIRA K, %
RETK»
RETOÍ tOM

OBssMàçães AJUSTE REALIZADO


WA CURVA ANTERIOR PARA EN-
QUADRAMENTD NOS LIMITES PRA'-
MF 370
TICOS

ENSAIO
REALIZADO POR-
VISTO •

Figura C . 7 . E x e m p l o real de g r a n u l o m e t r i a o b t i d a com m a t e -


riais da Regional Belo Horizonte (MG), após
ajuste da granulometria (ver curva anterior)
através de mudança no proporcionamento dos
materiais

í 72
CONVÊNIO EPUSP/DCOL Rt . no. 86/91 Projeto EP/EH-5

Em a l g u n s casos, é possível se fazer a j u s t e s nas curva para


a p r o x i m á - l a da ideal. Para isto, p o d e - s e r e d u z i r percentuais
de m a t e r i a l ; muito e l e v a d o em a l g u m a s p e n e i r a , desde que
isto n ã o implique em a f a s t a m e n t o s de o u t r o s p o n t o s para fora
da região i n d i c a d a pelos limites p r á t i c o s . P a r a o exemplo
n u m é r i c o em q u e s t ã o não é possível fazer-se este ajuste. Nas
f i g u r a s C.4, C.5, C.6 e C.7 são a p r e s e n t a d a s as curvas da
g r a n u l o m e t r i a de o u t r a s misturas, bem como os ajustes para
l e v a - l a s p r ó x i m a s a curva ideal.

Cabe ressaltar que, p a r a as m i s t u r a s que não se enquadram


nos limites da curva ideal, p o d e - s e optar por corrigir as
granulometrias, por m u d a n ç a s dos m a t e r i a i s ou misturas com
outros materiais, ou ainda, se testar esta dosagem na linha
de p r o d u ç ã o e avaliar dentro de uma análise de custo
b e n e f í c i o se a m e s m a é viável de utilização.

CA D E T E R M I N A Ç Ã O DO CONSUMO DE CIMENTO

Uma vez determinada a p r o p o r ç ã o entre agregados, deve-se


a d o t a r um c o n s u m o de c i m e n t o para se atingir a resistência
pretendida. B a s e a d o s nas s u g e s t õ e s das r e l a ç õ e s aglomerante-
agregado (ver 3.2.4), a d o t a - s e neste exemplo prático o traço
1:5,5 (relação em peso cimento/agregados). Este consumo
considerado elevado, foi adotado para obtenção de
resistências média da ordem de 10 MPa à 14 dias, sem o
e m p r e g o de cura a vapor, em uma situação quer marcava o
i n í c i o de p r o d u ç ã o de u m a u s i n a onde a dosagem dos agregados
era volumétrica. Nesta s i t u a ç ã o e s p e r a v a - s e coeficientes de
variação da ordem de 20 %, considerado elevado e anti-
econômico. Assim, pode-se calcular o traço piloto em peso
un it á r i o :

177
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt . no Um Projeto EP/EN-5

1 : (5,5 x 0,66) : (5,5 x 0,34) , ou seja:

1 : 3,63 : 1,87 (cimento : areia : pedrisco em


peso de m a t e r i a i s secos)

Mui t i p 1 i c a n d o - s e as proporções e n c o n t r a d a s por 100, tem-se o


traço p i l o t o e m relação a dois sacos de c i m e n t o de 50 kg
(caso d a d o s a g e m ser em sacos). Assim, t e m - s e então:

100 363 187 em peso de m a t e r i a i s secos.

Para o b t e r a p r o p o r ç ã o dos agregados em v o l u m e é suficiente


dividir os valores dos traços em peso acima, pela
r e s p e c t i v a s m a s s a s unitárias. Assim, t e m - s e que:

363 187
100: :
1,40 1,34

100 859 140 em litros de material seco (permanecendo


o cimento ainda em peso p a r a permitir a
dosagem em sacos).

Para o caso de se utilizar materiais úmidos, deve-se


corrigir, além da quantidade de água, o v o l u m e de areia a
ser usado, descontando-se o acréscimo de volume deste
material d e v i d o ao fenômeno de inchamento do a g r e g a d o miúdo.
Assim, p a r a um inchamento correspondente a uma u m i d a d e de 4%
tem-se:

• (100 + h)
= x
100

í 74
COWÊXIO EPUSP/DCOL Rt. M . 86/91 Projeto EP/EK-5

859 . 1,40 (100 + 4)


V h . r . l » = X

1,15 100

=
mtm 388 litros de a r e i a úmida

onde :
Vkr.i» e V s . r . i . são os v o l u m e s de areia úmida e seca
respectivamente e
So* e são as massa u n i t á r i a s da areia com umidade
0 % e 4 % respectivamente

Se a umidade do material se mantiver c o n s t a n t e (variações


inferiores a i%), pode-se adotar a u m i d a d e c r í t i c a obtida a
p a r t i r da curva de inchamento e t r a n s f o r m a r o traço em peso
p a r a um traço em volume constante. E s s a p r á t i c a induz a uma
v a r i a ç ã o nas dosagem dos blocos que, d e p e n d e n d o do nível de
c o n t r o l e exercido, pode influenciar na h o m o g e n e i d a d e do lote
p r o d u z ido.

C . 5 D E T E R M I N A Ç Ã O DA QUANTIDADE DE <SGUA

Deve-se determinar a quantidade de á g u a a ser empregada na


m i s t u r a . Para estimar esta quantidade, pode-se basear em
experiências realizadas nas usinas da Encol, onde
determinou-se o teor de umidade ótimo a ser usado em
m i s t u r a s para b l o c o s com e sem a d i t i v o s . Os valores médios
encontrados foram de 7,0 % para misturas sem aditivo
pl ast í f ícante e 6,0 'A para misturas a d i t i v a d a s com 50 ml por
saco de cimento. Obviamente estes valores podem oscilar
conforme a natureza, granulometria e quantidade dos
materiais empregados na dosagem. A p r á t i c a tem demonstrado
entretanto, que estas oscilações são inferiores a 0,5

í 75
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt.fto.E6/?t Projeto EP/EN-5

p o d e n d o os v a l o r e s sugeridos serem a d o t a d o s com u m a p e q u e n a


m a r g e m de erro.

A s s i m , p a r a o e x e m p l o em questão, a q u a n t i d a d e de água a ser


usada na m i s t u r a (A) vale:

A = 0,07 x <100 + 363 + 187) =


= 45,50 Kg de água = 45,50 litros

Supondo que a a r e i a estivesse com um teor de u m i d a d e igual a


4 %, s e r i a n e c e s s á r i o efetuar as d e v i d a s c o r r e ç õ e s , tanto na
q u a n t i d a d e de á g u a a ser u t i l i z a d a na mistura, como no peso
final da areia. Neste caso teria-se:

« i = 0,04 x 363
A.r-.i. = 14,58 litros

e então a quantidade final de água passaria a ser:

^ -f ~ A — A » r * i *

A.p = 45,50 - 14,58


A* = 31 litros de água

Este r a c i o c í n i o deve ser usado na elaboração de t a b e l a s que


facilitem a c o r r e ç ã o do traço. P a r a tanto, basta r e p e t i r os
cálculos efetuados par outros v a l o r e s de teor de u m i d a d e da
areia ou qualquer outro agregado miúdo utilizado da dosagem.

Para d o s a g e n s que empregam a d i t i v o s p 1 a s t i f i c a n t e s , pode-se


u t i l i z a r valores de umidade mais p r ó x i m o s de 6,0 0 uso do
aditivo é recomendado pois as experiências realizadas
demonstram a p o s s i b i l i d a d e de redução no consumo de cimento
a t r a v é s do aumento de eficiência na moldagem, trazendo

í 76
CONVÊNIO EPUSP/DCOL Rt . no. 86/91 Projeto EP/EH-5

grande economia, diminuindo o tempo de c i c l o com o aumento


da p r o d u t i v i d a d e do equipamento e facilidade de limpeza e
m a n u t e n ç ã o das p a r t e s da máquina em c o n t a c t o com o concreto.

C . 6 A D E Q U A Ç Ã O DO TRAÇO AO V O L U M E DO MISTURADOR

Agora passa-se a verificar a compatibilidade do volume de


materiais (V m ) deste traço com a capacidade útil do
m i s t u r a d o r da m á q u i n a de blocos (V„).

Para r e a l i z a r este c á l c u l o é necessário conhecer a massa


u n i t á r i a da m i s t u r a pronta. A e x e c u ç ã o de vários e n s a i o s nas
u s i n a s de bloco da Encol d e m o n s t r o u que 1,35 kg/l é um valor
médio, seguro o suficiente para realizar esta verificação.
A s s i m , t em-se:

peso dos materiais secos + peso da água


Vm
1,35

(100 + 363 + 187) + 45,50


Vm =
1,35

V m = 515 litros de material

Se o volume dos materiais (V m ) for inferior ao volume útil


(Vu,), a m i s t u r a pode ser u t i l i z a d a no misturador em questão.
Caso contrário, será necessário determinar o traço em
r e l a ç ã o a apenas um saco de cimento, ou utilizar o cimento a
g r a n e l , pesado em balança aferida com d i v i s õ e s m í n i m a s de 1
kg .

177
COWÊHIO EPUSP/ENCOL Rt .no. E6/91 Projeto EP/EN-5

C.7 C O N S U M O DE C I M E N T O

P a r a se ter um p a r â m e t r o de c o m p a r a ç ã o de economia entre


dosagens, pode-se calcular o consumo de cimento por metro
cúbico. Para se e f e t u a r este c á l c u l o emprega-se a massa
u n i t á r i a da m i s t u r a (1,35 kg/l) na e x p r e s s ã o abaixo:

1350 kg/m 3

(1 + m) . <100 + h)/100

Assim, tem-se que:

= 1350 kg/m^
Cc

<1 + 5,5) . <100 + 7)/100

Cc = 194 Kg / m a

0 consumo de 194 Kg de cimento por metro cúbico pode ser


considerado muito elevado. Normalmente os valores
e m p r e g a d o s são da ordem de 100 a 150 Kg por metro cúbico
p a r a b l o c o s de r e s i s t ê n c i a caract er íst ica à compressão <fbi<)
ent re 4,5 e 6,0 MPa.

í 78
CONVÊNIO EPÜSP/ENCOL Rt . n o . Um
Projeto EP/EN-5

ANEXQ D

D I M E N S Õ E S DQ5 BI. O C O S UTli T7ftnos Nn professo pni T-r N r n |

í 175
CONVÊNIO EPUSP/DCOL Rt. «o. £6/91 Projeto EP/EN-5

BLOCO HIDRÁULICO

205
4-
«i
• I- ' \ A,- '

V
30 38 30

PLANTA face inferior


205
N
(V I

/ X
e 25 110 25 110 25
<M —

N
N '

1
' • -•*• ' I • - ' " -

PLANTA face superior


bloco hidráulico
M O D A S EM mm.

<95

VISTA frontal VISTA lateral

MEDIDAS EM mm
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. U m Projeto EP/EN-5

BLOCO E MEIO

PLANTA face superior MEDIDAS EM »*


bloco-e- melo

VISTA
COHViHIO EPUSP/ENCOL Rt. m>. um Projeto EP/EN-5

BLOCO

PLANTA face superior


bloco
MEDIDAS EM mm


< 1 i 1
1
I - .1 - •1
*
1 1

1 1 1 , • 1
1 1 1
1
1 l i , 1
1
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1 1 1 -
1 I 1 1
1 « 1
1 - l i - . -1 -

VISTA
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. «o. um Projeto EP/EN-5

ATEIO BLOCO

148 148

r
r
cs es 30, •5

8
PLANTA face superior PLANTA face inferior
meio bioco

1 . ~ 1
1 1
.' I
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1
1 ••• i
i-
i
.1 - i
1 i
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1 i
'1 i •

VISTA
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 8i/?i Projeto OYEN-5

BLOCO CANALETA

146

PLANTA CORTE
bloco conaleta
MEDIDAS EM mm

VISTA
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 86/91 Projeto EP/EN-5

COMPENSADOR PARA O JOTA DE 29

145

PLANTA CORTE
compensador para o jota de 29
MEDIDAS EM nnr>

VISTA
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 84/91 Projeto EP/EN-5

COMPENSADOR PARA O JOTA 21

u
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i

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S

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* i. >/.
-

146 -H > 14? — - * > -

PLANTA CORTE
compensador para o Jota de 21
MEDIDAS EM mm

VISTA
c
r CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 86/91 Projeto EP/EN-5
("
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C-
í ~
('

C BLOCO JOTA 29
r
* tf
«
146

PLANTA 148
bloco jota 29 CORTE

VISTA
CONVÊNIO EPUSP/ENCOl Rt. no. 8é/?i Projeto EP/EN-5

BLOCO JOTA 21

X2

146 146

PLANTA CORTE
bloco jota 21

VISTA
COHVÉHIO EPUSP/DCOL Rt. no. £6/91 Projeto EP/W-5

ftNEXQ E

P R O C E D I M E N T O S DE E N S A I O P A R A O CQNTRfll f DF Q U A I T n A H F DOS
BLOCOS DE C O N C R E T O NA USINA

E . l . INSPEÇÃO VISUAL

O s b l o c o s não d e v e m a p r e s e n t a r rebarbas, fraturas, elementos


estranhos, depressões ou vazios que atestem falha de
produção. Todos estes defeitos são passíveis de
comprometerem a resistência do bloco e seu adequado
a s s e n t a m e n t o pela mão-de-obra.

Os blocos devem e s t a r ainda livre de manchas e fissuras,


possuir arestas vivas, apresentando aspecto uniforme em
t o d a s as suas faces, inclusive internamente.

Se m a i s de 20% dos blocos retirados aleatoriamente na


p r i m e i r a amostragem (60 blocos) apresentar tais falhas,
pode-se:

- Rejeitar todo o lote;


- Selecionar e rejeitar i n d i v i d u a l m e n t e os b l o c o s de-
feituosos .

E.8. DETERMINAÇÃO DO P E S O SECO

Após a amostragem, os b l o c o s d e v e m secar ao sol p e l o m e n o s 2


h o r a s p a r a r e g i õ e s de c l i m a s e c o como B r a s í l i a e G o i â n i a , ou
pelo menos 4 horas para regiões de clima ú m i d o como São
P a u l o e Vitória.

180
COWÈKIO EPUSP/DCOL Rt. no. &/?i Projtto EP/EM-5

Pesar os blocos com p r e c i s ã o de 1 g e anotar os v a l o r e s .


D e i x a r secar por m a i s 30 minutos.

Pesar novamente c a d a bloco, e o b s e r v a r a constância de peso.


Ao se verificar uma v a r i a ç ã o inferior a 10 gramas entre as
pesagens sucessivas passar para o próximo item. Caso
contrário, secar os b l o c o s por mais 1 hora, até que ocorra a
c o n s t â n c i a de peso. A n o t a r na ficha o valor final obtido.

E.3. DETERMINAÇÃO DAS DIMENSÕES

Para determinar as dimensões dos blocos utilizar régua


g r a d u a d a com precisão de 0.5 mm ou paquímetro

Medir a altura, a largura e o comprimento de dois lados


a l t e r n a d o s do bloco no ponto médio, determinando os valores
méd i os.

Não considerar nas medições rebarbas, saliências ou


depressões localizadas. Estes aspectos devem ter sido
verificados previamente durante a realização da inspeção
visual .

Determinar a espessura mínima das paredes dos blocos,


calculando a média das medidas tomadas no ponto mais
estreito.

Í8i
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. DO. 86/91 Projeto EP/EN-5

E.4. DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA fa COMPRESSÃO


CARACTERÍSTICA (FBK)

Utilizar para o ensaio prensa dotada de manômetro com


p r e c i s ã o mínima de 200 kgf e capacidade mínima de 100 tf.

E m p r e g a r para t r a n s m i t i r o carregamento na unidade, p l a c a de


aço com dimensões s u p e r i o r e s às do bloco e e s p e s s u r a mínima
de 30 mm.

P a r a uniformizar o carregamento no bloco, capear com pasta


de p o z o l a n a (fly-ash) e enxofre na relação 1 : 5 em peso
Verificar a qualidade da forma para garantir que o
c a p e a m e n t o possua e s p e s s u r a constante de 1 a 2 mm, p l a n e z a e
e s q u a d r o perfeito em r e l a ç ã o as faces dos blocos

Aplicar o c a r r e g a m e n t o de modo a fazer com que o ensaio


t e n h a duração de 2,0 a 3,0 minutos, ou seja, cerca de 10
t/min para blocos 145x190x295 mm de resistência
c a r a c t e r í s t i c a de 6 MPa.

C a l c u l a r a r e s i s t ê n c i a c a r a c t e r í s t i c a através da expressão:

fbk = fb - t . Sn

Onde :

fbk = resistência característica à c o m p r e s s ã o do bloco


em MPa;
fb = r e s i s t ê n c i a m é d i a à compressão dos blocos em MPa;
Sn = desvio padrão calculado com os exemplares da
amostra em MPa;
n = número de e x e m p l a r e s da amostra;

i 82
CONVÊNIO EPUSP/DCOL Rt.«o.£6/91 Projeto EP/EN-5

ANEXO F

E Q U I P A M E N T O S EMPREGADOS NA P R O D U C g Q DF MARCOS EM ARGAMASSA


ARMADA

F.i. MISTURADOR DE A R G A M A S S A

^ Deve ser empregado um m i s t u r a d o r eficiente, dado que d i s s o


depende a qualidade do pré-moldado. é fundamental que o
^ material para argamassagem e n c o n t r e - s e homogêneo, sob pena
de c o m p r o m e t e r o desempenho da peça, ou até inviabilizar o
seu emprego, é preferível o e m p r e g o de um misturador de e i x o
^ vertical por proporcionar u m a m i s t u r a mais eficiente. No
entanto, podem ser utilizadas betoneiras convencionais,
desde que estas estejam em b o a s c o n d i ç õ e s de uso.

(^
( "
(
•C F.2. MESA VIBRATÓRIA
( _
0 adensamento da peca é feito mediante a colocacão da fôrma
( p r e e n c h i d a sobre uma mesa v i b r a t ó r i a . Esse equipamento deve,
( preferencialmente, ser p r o v i d o de regulagem de amplitude e
( f r e q ü ê n c i a da vibração, além de ter p o t ê n c i a compatível com
( o peso total das fôrmas. A m e s a de apoio também tem de ser
( m a i s larga que as c o n v e n c i o n a i s , em função do tamanho das
C, fôrmas .
u
( _
i _
(-

(_
i84
c-
CONVÊNIO EPUSP/BCOl Rt. «o. £4/91 Projeto EP/EN-5

F.3. CARRINHO D O S A D O R E T R A N S P O R T A D O R DE A G R E G A D O S

Para reduzir a uma só atividade o proporcionamento e


t r a n s p o r t e da areia e sua c o l o c a ç ã o no misturador, podem ser
utilizados carrinhos de mão com caçamba de formato
r e t a n g u l a r . Esses proporcionam mais precisão p a r a a m e d i d a
do volume quando feito o arrasamento de topo, m a n t e n d o os
a s p e c t o s práticos da u t i l i z a ç ã o d e s s e equipamento.

F.4. TRANSPORTADOR DE F Ô R M A S

As fôrmas possuem uma grande rigidez, condição necessária


p a r a se obter por m o l d a g e m e l e m e n t o s com s u f i c i e n t e precisão
dimensional, constância no padrão de acabamento,
durabilidade e qualidade global, mesmo com o g r a n d e número
de r e u t i l i z a ç õ e s da fôrma. E n t r e t a n t o , isto faz com que este
elemento tenha um peso relativamente elevado
(aproximadamente 300 Kg), necessitando portanto de um
e q u i p a m e n t o para o seu transporte.

P a r a isso, pode ser utilizada a empilhadeira mecânica,


q u a n d o esta já existir na empresa sendo empregada em o u t r a s
a t i v i d a d e s , como p r o d u ç ã o de blocos. Nesse caso, devem ser
previstas as vias de acesso da carregadeira entre as
i n s t a l a ç õ e s . Deve ser lembrando ainda, que o espaço a
considerar é o da máquina mais a largura da fôrma
t r a n s p o r t a d a , acrescido do n e c e s s á r i o para as manobras, a
serem feitas com d i s t â n c i a segura dos operários envolvidas
nas demais atividades. Q u a n d o se utiliza a empilhadeira,
t a m b é m devem ser c o n s i d e r a d o s os seus efeitos sobre o piso

No fluxo do processo de p r o d u ç ã o (ver Figura 4.1), as e t a p a s


que n e c e s s i t a m de e q u i p a m e n t o m e c â n i c o para o t r a n s p o r t e são

185
COWÈKIO EPUSP/DCOL Rt. no. 26/91 Projeto EP/EH-5

entre a "S" e "3" ( a r g a m a s s a g e m (--> cura <--> e s t o q u e das


fôrmas).

O equipamento a l t e r n a t i v o r e c o m e n d a d o para o t r a n s p o r t e das


formas é o pórtico metálico com rodas sobre trilhos
(capacidade para i tonelada). Para empregá-lo é n e c e s s á r i o
d i s p o r alinhadas as e t a p a s "2" e "3" da linha de produção.
Esse pórtico móvel p r o v i d o de uma talha, e l e v a a peca na
p o s i ç ã o original d e s l o c a - s e até a etapa seguinte, e abaixa
m e d i a n t e a talha (ver figura F.i).

F i g u r a F.i. Pórtico m e t á l i c o com rodas sobre trilhos

i8ó
CONVÊNIO EPUSP/DICOL Rt.no. E6/9Í Projeto EP/EH-5

Q u a n d o adotada essa a l t e r n a t i v a para o t r a n s p o r t e , devem ser


p r e v i s t o s ganchos na fôrma metálica, d i s p o s t o s de m a n e i r a a
permitir a elevação desta sem e x c e s s i v a inclinação e com
s e g u r a n ç a ao o p e r a d o r .

F.5. TRANSPORTADOR DE PECAS P R O N T A S

0 transporte das pecas até o t r a t a m e n t o superficial após a


cura e a desforma é mais adequadamente feito por duas

O p e s s o a s , manualmente. A partir do t r a t a m e n t o superficial da


peça, o transporte pode também ser feito v i a m a n u a l , ou com
o pórtico, ou com carrinho dirigível. Normalmente, dada a
versatilidade e mesmo o uso para transporte de outros
m a t e r i a i s na fábrica, é preferível o emprego desse último.

F i g u r a F.E. C a r r i n h o para o transporte das peças.

0 carrinho com rodas possui uma base com e s t r u t u r a metálica


leve, provido de duas rodas ou quatro. Nesse último caso,

187
COWÊNIO EPÍJST "'7EHCOL Rt.no. E6/?i Projeto EP/EH-5

sendo ssário que t e n h a duas d e l a s m ó v e i s com direção


(ver fiç&ixrra F.2).

F ã.. B A N C A D A S DE T R A B A L H O PARA C O R T E DA ARMADURA

•A p o s i c i c : da a r m a d u r a nas p e c a s de a r g a m a s s a armada é um dos


tíeterBirrantes da q u a l i d a d e do p r o d u t o . Para se c o n s e g u i r o
PDsicicrsaiiiento a d e q u a d o da armadura é importante que suas
p a r t e s trassrtham d i m e n s õ e s d e n t r o de c e r t o s limites de p r e c i s ã o
e sejam rxiobradas a d e q u a d a m e n t e . Se o corte da a r m a d u r a for
feito sasrre uma b a n c a d a , c o n s e g u e - s e maior produtividade,
» e n o r n±v«?el de erros de corte e menor p e r d a de a r m a d u r a com
ot imiz—irzão da d i s t r i b u i ç ã o do corte no perfil da tela.

BOLO DE TELA

-CORTADA

-T-gura F . . Bancada para corte da t e l a

-és b a n c a c a — i s de trabalho podem ser simples cavaletes de


sissèxjeira, -ãormando uma mesa com uma c h a p a de compensado. Na
- - 5 u r a F. uri- está r e p r e s e n t a d o esquemat icamente um cavalete

í 88
CONVÊNIO EPUSP/ENCOl Kt. ao. E6/?i Projeto B7EN-5

F i g u r a F.5. Dobrador de tela em mesa

F i g u r a F.6. Dobrador de tela a base de perfis metálicos

i9i
CONVÊNIO EPÜSP/ENCOL Rt .no. U m Projeto EP/EN-5

F i g u r a F.7. Dobrador de tela com t r a v e s s a s de madeira

F.8. PRATELEIRA PARA E S T O Q U E DE ARMADURA DOBRADA

Quando o volume de tela cortada e dobrada a ser estocada


exceder a c a p a c i d a d e das bancadas de corte e dobra, é
conveniente que seja -Feita a sua armazenagem de forma
organizada, classificando-as por tipos de janela e partes
dessa, numa prateleira feita de travessas de madeira,
c o n f o r m e ilustra a figura F.8.

F.9. B A N C A D A S DE TRABALHO PARA TRATAMENTO SUPERFICIAL

P a r a o t r a t a m e n t o das pecas é c o n v e n i e n t e o uso de cavaletes


de madeira, pois este as eleva a uma posição confortável de
trabalho (figura F.9).

í 92
COWÉHIO EPÜSP/EMCOL
Rt. no. EA/?1 Projeto B7EN-5

LADO M
M I C LA

F i g u r a F.8. Prateleira de t r a v e s s a s de madeira para estoque


de armadura c o r t a d a e d o b r a d a

Figura F.9.
^ H K ^ e n t " " "Perficia, <„UcacSo

í9:
CONVÊNIO EPUSP/DCOL Rt. no. E4/?i Projeto EP/EN-5

F.10. CAVALETE PARA ESTOQUE DE PEÇAS PRONTAS.

A s p e c a s acabadas devem ser a c o n d i c i o n a d a s convenientemente,


i s o l a d a s do solo e e m p i l h a d a s j u s t a p o s t a s , por d i s p o s i t i v o s
que p e r m i t a m a retirada d e s t a s a l e a t o r i a m e n t e , se assim for
n e c e s s á r i o . No caso da c u r a das p e c a s não estar concluída,
d e v e - s e prever algum d i s p o s i t i v o c o m o aspersor de água, para
m a n t e r a umidade das mesmas.

U m a forma de fazer a estocagem é com estrados, com a p o i o s


transversais intermediários, p a r a permitir a colocação e
r e t i r a d a de peças intermediárias (ver figura F.10)

F i g u r a F.10. Cavalete para e s t o c a g e m de peças

194
CONVÊNIO EPUSP/DCOL Rt. no. E4/?i Projeto EP/EN-5

F.li. ESTRADO PARA TRANSPORTE DE PECAS COM PÓRTICO


MÓVEL

Esse e q u i p a m e n t o pode ser utilizado quando as p e c a s forem


imersas no tanque, após a desforma, através do pórtico
móvel. O estrado é um palete, p r o v i d o de ganchos em posições
a d e q u a d a s para ser suspenso pela talha do pórtico (fig.
F.ii). A quantidade de peças por cada estrado é de
a p r o x i m a d a m e n t e quatro, dependendo do seu tamanho (ver fig.
F.12) .

Este e q u i p a m e n t o mostra-se v a n t a j o s o por facilitar a forma


de c o l o c a ç ã o das peças no tanque de imersão, sem r i s c o s de
d a n i f i c á - l a s . Note-se que o e s p a ç o do estrado, bem com o
tempo de colocação e retirada desse do tanque pode ser
o t i m i z a d o se os marcos menores forem colocados dentro dos
maiores.

0 estrado deve ser provido de ganchos para o içamento


l o c a l i z a d o s adequadamente para e v i t a r o giro e inclinação do
c o n j u n t o . Para isso é conveniente o uso de uma h a s t e com
g a n c h o s que promovam o içamento p e l o s pontos c o r r e t o s (ver
fig. F.13)

195
F i g u r a F.íi. Estrado p a r a imersao das peças no tan
cura

196

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