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Índice

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 2

1.1. Objectivo de estudo ........................................................................................... 2

1.1.1. Geral ........................................................................................................... 2

1.1.2. Específicos .................................................................................................. 2

1.2. Contextualização ................................................................................................ 2

2. METODOLOGIA..................................................................................................... 3

2.1 Metodologia ............................................................................................................ 3

3. SISTEMA FISCAL .................................................................................................. 4

3.1. Conceito ............................................................................................................. 4

4. O SISTEMA FISCAL MOÇAMBICANO PÓS-INDEPENDÊNCIA..................... 4

4.1. A primeira reforma tributária de 1978 ............................................................... 5

4.2. A segunda reforma de 1987 ............................................................................... 6

4.3. A terceira reforma de 2002 ................................................................................ 8

4.4. Actual Sistema Tributário .................................................................................. 9

4.5. O sistema tributário em 2009 ........................................................................... 10

5. PRINCÍPIOS DA TRIBUTAÇÃO ......................................................................... 11

5.1. Características desejáveis de um sistema fiscal ............................................... 12

6. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 14

7. BIBLIOGRAFIA .................................................................................................... 15
1. INTRODUÇÃO
No presente trabalho, o grupo fala sobre as características desejáveis de um sistema
financeira. É fundamental para a compreensão desse trabalho que se conheça o conceito
de impostos: é o financiamento que o sector público extrai do sector privado sob a forma
coerciva, como meio de contribuir para o financiamento geral da actividade pública.
O sistema fiscal versa em prol desses impostos, é uma forma de financiamento do Estado.
Estado pode ainda recorrer ao endividamento como forma de financiar a sua actividade.
Apesar de existirem outras formas de financiamento, o financiamento pelos impostos é a
principal fonte de receita estatal.
Fizemos nesse trabalho um breve passeio histórico em prol do sistema fiscal
moçambicano, por obviamente ser o nosso país. Torna-se importante fazer isso pela falta
de conhecimento da população nesse quesito.

1.1. Objectivo de estudo


O seguinte trabalho foi elaborado considerando os seguintes objectivos:
1.1.1. Geral
 Compreender as características desejáveis de um sistema fiscal.

1.1.2. Específicos
 Indicar os principais conceitos de um sistema fiscal;
 Expor as várias reformas fiscais ocorridas em Moçambique;
 Descrever de forma sucinta o sistema fiscal moçambicano.

1.2. Contextualização
O Sistema fiscal levou a que historicamente sempre existissem preocupações sobre as
características que o mesmo deveria revestir.
Já em 1776, na obra “O Inquérito sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações”,
Adam Smith identificava as quatro máximas a que devem obedecer os impostos, a
saber/recordar:
Máxima I: Os súbditos de todos os Estados devem contribuir para a manutenção do
governo, tanto quanto possível em proporção das respectivas capacidades.
Máxima II: O imposto que todo o indivíduo é obrigado a pagar deve ser certo e não
arbitrário. O tempo de pagamento, o modo de pagamento, o quantitativo a ser pago, tudo
deve ser claro e simples para o contribuinte e para todas as outras pessoas.
Máxima III: Todo o imposto deve ser lançado no tempo ou modo mais provável de ser
conveniente para o contribuinte o pagar.
Máxima IV: Todo o imposto deve ser arquitectado tão bem que tire o mínimo possível
do bolso das pessoas para além do que traz para o erário público. Ainda que marcadas
pelo tempo estas máximas que modernamente designaríamos por requisitos de justiça,
certeza e baixos custos de cumprimento e de administração, continuam a integrar qualquer
sistemática de características desejáveis de um bom sistema fiscal.

2. METODOLOGIA

Neste capítulo iremos descrever as opções metodológicas adoptadas para a concretização


do trabalho desenvolvido. No dizer de Quivy e Campenhoudt (2008):
“Importa, acima de tudo, que o investigador seja capaz de conhecer e de pôr em
prática um dispositivo para a elucidação do real, isto é, no seu sentido mais lato,
um método de trabalho. Este nunca se apresentará como uma simples soma de
técnicas que se trataria de aplicar tal e qual se apresentam, mas sim como um
percurso global do espírito que exige ser reinventado para cada trabalho”

2.1 Metodologia
A postura metodológica adoptada na realização deste trabalho, como forma de garantir a
confiabilidade das informações apresentadas, para estruturação de um estudo de caso cujo
objectivo é evidenciar as características desejáveis de um sistema fiscal, são eles:
cientifico investigatório e Dedutivo.
3. SISTEMA FISCAL
3.1. Conceito
São vários conceitos que precisamos entender antes de definir Sistema fiscal:

O primeiro e mais importante conceito é o de Imposto, que é um tributo cobrado pelo


governo, sem um fim específico pré-definido (como contrapartida). Exemplo: O governo
arrecada o imposto de renda sem assumir compromisso específico em usar os recursos
para financiar um projeto A ou B. Compõe uma “grande conta” que financia as mais
diversas formas de gasto público.

Contribuições: são figuras legais que concedem às partes tributadas o direito a alguma
contrapartida. Ou seja, o governo só poderia utilizar essa arrecadação para um fim
específico.

Segundo Adam Smith (1776), sistema fiscal é, entendido de forma simples, como o
conjunto de impostos vigentes num determinado país ou espaço geográfico.

4. O SISTEMA FISCAL MOÇAMBICANO PÓS-INDEPENDÊNCIA


A adopção do socialismo em 1997, depois da proclamação da Independência total e
completa de Moçambique trouxe uma grande virada para o sistema fiscal que se pretendia
de justiça social.

No entanto, contrariva o sistema fiscal anterior (do governo português) que não se apoiava
na justiça social, tal situação implicava pesadas tributações sobre os rendimentos de
trabalho, cujas taxas eram consideravelmente elevadas. Até à data da independência, as
estatísticas mostram que 82% do valor das despesas era financiado pelas receitas fiscais.

A saída dos portugueses originou um declínio na Administração fiscal em termos de


pessoal qualificado, queda na produção de bens, sabotagem nas empresas privadas e
indústrias ora existentes e um assalto às propriedades privadas. Em resultado desta
situação nefasta, os impostos vindos ou que dependiam destes organismos ficaram de
certo modo inexistentes, porquanto estes mesmos impostos dependiam de lucros das
indústrias e sociedades ou empresas comerciais. Assim, a queda da produção industrial
causou igualmente a queda nas cobranças em impostos de produção e de consumo, daí a
impossibilidade de manter as receitas ora atingidas (entenda-se no tempo colonial, ou
antes da independência).
4.1. A primeira reforma tributária de 1978
Havia necessidade de garantir o funcionamento dos sectores sociais, nomeadamente a
saúde e a educação trouxe para o Estado moçambicano a problemática dos meios para
assegurar a realização das receitas para os objectivos de justiça social traçados (os
supracitados), cuja exequibilidade não passa de simples sonho, mas de concretização.
Desde logo, o sistema clamava por uma Reforma. Reforma que se concretizou em
Fevereiro de 1978, que se basearia nos princípios de política fiscal definidos na Resolução
5/77 da Assembleia Popular (AP) que incluía taxas progressivas e outras medidas que
visavam a prossecução da justiça social.

Objectivos da reforma
Os objectivos que a Reforma visava assentavam, em suma, na arrecadação de receitas
com base numa fórmula que fizesse face às exigências orçamentais. Analiticamente
destaca-se:
 Simplificação do processo de captação do rendimento das empresas, retendo-o
no processo de circulação de mercadorias e facturação de serviços;
 Manutenção da contribuição industrial e do Imposto Complementar apenas
como impostos correctivos;
 Fusão das diversas formas de tributação do Rendimento do Trabalho num só
imposto, estabelecendo-se taxas progressivas nos termos da Constituição
vigente.
 Agravamento das taxas dos impostos sobre o lucro das empresas;
 Simplificação da legislação fiscal em vigor.

A Reforma foi materializada pelos Decretos do Conselho de Ministros. Todavia, esta


Reforma funcionou eficazmente até 1983 com reflexo no PIB que passou de 9% em 1976
para 16% em 1983. Porém, em 1984, o PIB baixou para 13%, o que demonstrou a
inadequação do sistema adoptado à realidade da época. Tal situação deveu-se porque o
sistema estava concebido para vigorar num ambiente de paz e segurança social onde o
mercado oficial fosse controlado pelo Estado. A não ser assim, dos estudos feitos em
1986, notou-se que o estado detinha 30% do controlo tributário em detrimento dos 70%
que escapavam, debilitando deste modo a economia nacional e tornando o sistema fiscal
cada vez mais ineficaz.
Aliás, houve muita indiferença nos contribuintes para com o fisco, pois a cobrança não
incidia sobre o mercado paralelo, vulgo “candonga”, daí os prejuízos enunciados, que não
satisfaziam os objectivos preconizados na Resolução 5/77. Ainda, o agravamento das
receitas públicas e a inadaptação das receitas fiscais à economia prejudicou o Estado na
aceleração progressiva do PIB. Quer dizer, a redução da distribuição das riquezas pelo
Estado por via dos impostos era notável por seguintes causas:

 Graves distorções na estrutura económica e comercial;


 Inadequação do sistema tributário que não incidia sobre o mercado paralelo;
 Progressiva deterioração da economia por causa da guerra.

As consequências deste sistema não tardaram, pois dificultavam a captação de excedentes


gerados pelos agentes económicos, factor que fez com que do lado da procura aumentasse
cada vez mais o dinheiro e do lado da oferta, os preços oficiais não correspondessem o
valor da oferta. Por conseguinte, assistiu-se ao nascimento da candonga.
Neste período, importa referir a queda da matéria colectável e o crescimento excessivo
dos lucros, rendimentos de transacção tributáveis das pessoas singulares no mercado
oficial. De todo o exposto, em função das situações demonstradas, impunha-se nos fins
de 1986, a alteração do sistema tributário e a moralização do Direito fiscal, sendo este
instrumento fundamental do conjunto das normas do Direito Financeiro e a reactivação
das leis universais da economia que se circunscreviam no domínio dos preços, câmbios,
salários, créditos e outros. Desta feita, uma nova Reforma se exigia para repor a situação
à normalidade.

4.2. A segunda reforma de 1987


Dadas as circunstâncias da guerra e a preocupação em minimizar os seus efeitos para
melhorar o estado da economia nacional foi lançado em 1987 o Programa de Reabilitação
Económica (PRE). Este programa consistia numa série de acções nas áreas de formação
dos preços, de taxa de câmbio, alteração da política e legislação fiscal e outras estruturais
e administrativas, visando melhorar a eficiência dos agentes económicos, aumentar o
abastecimento e a produção e ajudar a restabelecer o equilíbrio financeiro. Por assim
dizer, a Reforma implicava a revogação da Resolução 5/77, cujos princípios já não
solucionavam os problemas da altura, pela Lei 3/87 que fixava novos princípios em que
deveria assentar o sistema fiscal de modo a:
 Aumentar a elasticidade das receitas em relação ao crescimento do PIB;
 Alargar a base tributária.

Porém, mantiveram-se os seguintes Impostos: sobre o Rendimento de Trabalho, sobre


Lucro de Empresas, sobre as Transacções e sobre o Consumo e Importação, e alterou-se:

 A amplitude e a base de incidência dos impostos sobre o consumo e importação,


com objectivo de captar para o Estado de forma selectiva os proveitos anormais
que em condições de novos preços e salários se encontravam nas mãos de um
número reduzido de cidadãos;
 A gravosidade do imposto sobre transacções – imposto de circulação –
repercutindo sobre o consumidor, obrigou a partilhar com o Estado uma porção
maior dos lucros realizados pelo sector comercial;
 A redistribuição da tributação dos rendimentos do trabalho fazendo com que: os
trabalhadores do estado ficassem isentos, a adaptação das taxas não desvirtuasse
o significado do aumento salarial;
 O imposto complementar que passou a incidir sobre os rendimentos de trabalho;
 A sujeição das empresas estatais ao regime geral dos impostos;
 O IRN, passando a designar-se Imposto de capitação e;

 Criou-se o calendário fiscal que introduziu o sistema de cobranças antecipadas em


lugar de sistemas de correcção. Em 1988, completou-se a Reforma adoptando-se
algumas medidas adicionais no domínio aduaneiro. (DC 20/78).

Objectivos da reforma
Em concordância com os objectivos da elasticidade das receitas em relação ao
crescimento do PIB, o nível da fiscalidade alterou a situação até então existente,
passando-se da tributação que abrangia os produtos transaccionados no mercado não
oficial. Assim, os impostos de consumo passaram a ter relevância deveras decisiva e
eficaz. Contudo, os mesmos significavam maior sacrifício do rendimento das populações.

Entretanto, a adequação do sistema de liquidação e cobrança e a correcção do calendário


fiscal como antecipação da cobrança da Contribuição Industrial através da tributação das
mais-valias nas exportações e da Contribuição Industrial provisória possibilitaram a
arrecadação em tempo útil dos impostos devidos, atestando os resultados benéficos de
uma escalonação dos impostos no tempo e no espaço dada a pontualidade com que as
obrigações fiscais passaram a ser cumpridas. Isto atenuou o índice de evasão e contribuiu
para a correcção monetária da dívida fiscal, permitiu uma maior eficácia das cobranças e
elevou as receitas dos orçamentos provinciais.

Em jeito de conclusão, extrai-se que a lei 3/87 contribuiu para o aumento das receitas
fiscais e para a reposição de alguns princípios que orientam as leis do mercado. Dado que
as posições divergem em função da preferência de um ou outro sistema, não nos cabe
aqui tomar posições sobre a perfeição ou não de um sistema.
Este sistema vigorou até 31 de Dezembro de 2002, altura em que começou a funcionar o
novo sistema aprovado pela Lei 15/2002 de 26 de Junho, conhecida pela sigla LBST.

4.3. A terceira reforma de 2002


A terceira Reforma teve como prenúncio a introdução do IVA como substituição do
imposto de circulação que apesar de ter constituído grande fonte de receita para os cofres
do Estado fomentava o mercado informal e aumento dos preços dos produtos produzidos
internamente; e introdução do Imposto de Consumo de Produtos Específicos (ICE) que
substituía o Imposto de Consumo, que pelas características dava azo ao contrabando e
evasão fiscal.

Estes novos impostos visavam alargar da base tributária, reduzir a carga fiscal no conjunto
da tributação directa, aumentar o nível das receitas fiscais, modernizar o sistema de
impostos e racionalizar o sistema de benefícios fiscais.

Como ficou dito, nem toda a legislação fiscal colonial foi revogada, restando para tal tudo
o que não fosse contrário à Constituição de 1975. Por assim dizer, assistiu-se a uma
reformulação da tributação, substituindo também a matéria do Código dos Impostos sobre
o Rendimento de 1987.

Nesta reforma de 2002, estabeleceram-se as bases para a implementação do novo sistema


de tributação do rendimento (Imposto sobre Rendimento de Pessoas Singulares - IRPS e
Imposto sobre Rendimento de Pessoas Colectivas - IRPC) com carácter progressivo.
Ainda, foram constituídos os princípios de organização tributária no país, as garantias e
as obrigações tributárias dos contribuintes e da Administração fiscal, os procedimentos
básicos de liquidação e cobrança de impostos, o regime geral de infracções tributárias,
introduz-se a tributação das empresas pelo seu rendimento real.

O sistema tributário de 2002

A última Reforma introduz alterações profundas na estrutura dos impostos e coloca


princípios que foram deixados à parte pelas duas anteriores Reformas designadamente de
1978 e 1987 de forma a alcançar melhor eficiência de execução face à realidade da época
quer quanto `a capacidade técnica do pessoal administrativo quer dos contribuintes.
A lei 15/2002 introduz técnicas modernas de tributação e consagra os princípios de
generalidade, da justiça material, da eficiência e simplicidade do sistema, requisitos
necessários para um sistema fiscal ideal. Ainda, revoga a Lei 3/87 de 19 de Janeiro e a
Lei 8/88 de 21 de Dezembro.

Uma outra inovação consistiu na materialização dos princípios e na fixação de regras de


interpretação e integração de lacunas da mesma, no tratamento dos elementos da relação
jurídico tributária, conceituação de substituição fiscal e de retenção na fonte, garantias
dos contribuintes, apresentação das formas de extinção da responsabilidade tributária, das
modalidades de cobrança dos impostos e do conceito de infracção tributária (arts. 5, 6, 11
e 12, 17, 32, 37 e 41 todos da LBST).

Ainda mais, introduz uma alteração na tributação directa, passando do clássico modelo
cedular para um modelo de tributação de Rendimentos.

4.4. Actual Sistema Tributário


As principais características da legislação fiscal prevalecente em 2009 são essencialmente
as mesmas que o sistema de base de 2005 apresentado no capítulo anterior. Esta análise
apresenta mais detalhes e actualiza a informação para 2009.
Particular atenção é dada ao Imposto Simplificado para os Pequenos Contribuintes de
2009 (ISPC) e ao Código dos Benefícios Fiscais de 2009 (CBF). O capítulo examina
igualmente a posição do sistema tributário de Moçambique na classificação do relatório
Doing Business do Banco Mundial. A secção final contém um resumo dos planos da
Autoridade Tributária de introduzir mais reformas com vista a modernizar a
administração tributária.
4.5. O sistema tributário em 2009

O actual sistema tributário em vigor em Moçambique encontra-se, em termos gerais, em


conformidade com os padrões internacionais de boas práticas nos países em
desenvolvimento, com as principais fontes de receitas provenientes do imposto sobre o
valor acrescentado (IVA) e dos impostos modernos sobre os rendimentos de pessoas
colectivas e singulares (IRPC e IRPS, respectivamente) e com os impostos sobre o
comércio a perderem importância.
Em 2008, o total da receita atingiu cerca de 16,0 por cento do PIB, com as receitas fiscais
em 13,5 por cento do PIB. Estes dois valores representam um aumento em mais de dois
pontos percentuais relativamente ao PIB entre 2005 e 2008, apesar das reduções
registadas na taxa máxima dos direitos aduaneiros, da implementação do comércio
preferencial da SADC, dos limites mais elevados para se entrar na rede fiscal para o IVA
e para o imposto sobre os rendimentos e o adiamento temporário do imposto sobre o
combustível em 2008 com o objectivo de amainar os efeitos dos preços mundiais
exorbitantes do petróleo. Estes factos indicam que os esforços do governo com vista a
melhorar a administração tributária e a alargar a base tributária têm vindo a produzir
frutos.

Os principais impostos em Moçambique


Imposto sobre o rendimento de pessoas colectivas
 Regras de Incidência
 Transparência fiscal
 Isenções
 Taxas Aplicáveis
 Determinação do Rendimento das Matéria colectável

Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (irps)


 Regras de Incidência.
 Determinação do Rendimento Colectável.
 Taxas Aplicáveis.

Imposto simplificado para pequenos contribuintes (ISPC)


 Regras de Incidência.
 Isenções.
 Determinação do Rendimento Colectável.
 Taxas Aplicáveis.

Imposto sobre o valor acrescentado (IVA)


 Regras de Incidência.
 Isenções.
 Valor Tributável.
 Taxa de Imposto.
 Direito de Dedução.
 Pedidos de Reembolso.

Outros impostos sobre a despesa


 Imposto sobre Consumos Específicos.
 Direitos Aduaneiros.
 Taxa sobre os Combustíveis.

Impostos sobre a Transmissão da Propriedade


 Imposto sobre as Sucessões e Doações.
 Sisa.

Outros impostos do estado


 Imposto sobre veículos.
 Imposto do selo.
 Imposto de Reconstrução Nacional.

Regimes Tributários Especiais


 Imposto Especial sobre o Jogo.
 Impostos específicos da actividade mineira.
 Imposto sobre a Produção Mineira.
 Imposto específico da actividade petrolífera.

5. PRINCÍPIOS DA TRIBUTAÇÃO
Os elementos básicos que configuram qualquer figura tributária são os seguintes:
 Acto tributável: entende-se por acto tributável a circunstância cuja realização,
de acordo com a lei, origina a obrigação tributária. São actos tributáveis a
detenção ou imputação de rendimento nos impostos sobre o rendimento, a
propriedade de bens e a titularidade de direitos económicos nos impostos sobre
o património; a aquisição de bens e direitos por herança ou por doação nos
impostos de sucessões e doações ; a entrega de bens e a prestação de serviços
nos impostos sobre as vendas.
 Sujeito passivo: entende-se por sujeito passivo a pessoa natural ou jurídica que
está obrigada por lei ao cumprimento das prestações tributárias. Distingue-se
entre contribuinte, a que a lei impõe a carga tributária e o retentor, aquele que
retém o imposto e o entrega ao Estado;
 Base tributável: é a quantificação e valorização do acto tributável. Existem dois
métodos para determinar a base do imposto : o método directo que exige a
elaboração de cálculos apoiados em documentos e dados contabilísticos e o
método objectivo ou indiciário que utiliza sinais externos ou índices para
estimar a base tributável;
 Taxa tributária: é a quantidade que se aplica à matéria colectável.

5.1. Características desejáveis de um sistema fiscal


O sistema fiscal deve possuir várias características desejáveis:

Não distorção das preferências


O sistema fiscal não deve intervir na aplicação de recursos, não devendo alterar as
escolhas dos agentes (escolhas entre bens e serviços, escolha entre consumo presente e
consumo futuro e escolha entre lazer e trabalho);

Simplicidade administrativa
O sistema fiscal deve ser concebido de forma a minimizar os custos. Existem dois tipos
de custos: custos ligados ao funcionamento do sistema fiscal (cálculo, processamento e
colecta de impostos) ; e custos indirectos, que são custos em que os agentes económicos
incorrem por satisfazer as exigências fiscais.

Flexibilidade
A flexibilidade serve para se adaptar às modificações de conjuntura económica. Os
impostos e as respectivas taxas devem ser manipuláveis de acordo com os objectivos de
política económica e adaptarem-se à evolução da conjuntura. Por exemplo, no período de
recessão a política fiscal deve contribuir para relançar a procura através da redução das
receitas fiscais. Em períodos de expansão a política fiscal deve contribuir para conter a
procura e evitar a inflação através do aumento das receitas fiscais. Um aspecto relevante
é a validade de reacção do sistema fiscal ao ciclo económico.
Se existir um desfasamento entre o ciclo económico e o sistema fiscal, este último pode
agravar a queda da procura ou aumentar a inflação.

Responsabilidade política
O sistema fiscal deve ser transparente, isto é, deve ser concebido de forma a que todos os
indivíduos saibam o montante de impostos a pagar. O sistema fiscal deve reflectir as
preferências individuais manifestadas através de eleições.

Justiça e equidade
O sistema fiscal deve ser justo e equitativo de forma a que cada indivíduo pague a
proporção justa das despesas públicas. A proporção justa obedece a dois princípios:

 Princípio do beneficiador / utilizador pagador - Cada indivíduo paga em termos


fiscais um valor correspondente ao benefício que retira do serviço público. Este
principia é equivalente a uma lógica de mercado, na medida em que se preocupa
com a eficiência;
 Princípio da capacidade de pagar - Cada indivíduo deve contribuir para o
financiamento da despesa pública com as suas reais oportunidades (capacidade de
pagar). A aplicação levanta problemas de implementação já que ao lançar um
imposto com base neste princípio tenho três hipóteses: Incidir o imposto sobre o
salário, Incidir o imposto sobre o rendimento e Incidir o imposto sobre a despesa.
Em cada uma destas decisões tenho resultados diferentes.

É esse naturalmente o “sonho” de qualquer governo e respectivo ministro das finanças,


que aspiram a que os seus concidadãos sintam e digam como o juiz Óliver Holmes (1841-
1935): “Gosto de pagar impostos; graças a eles ofereço a mim próprio a civilização”
6. CONCLUSÃO
Terminado o trabalho, recapitulamos alguns aspectos importantes e trazemos alguma
informação nova, para a complementaridade académica:
Para alguns economistas, as características desejáveis de um sistema financeiro são: não
distorção das preferências, simplicidade administrativa, flexibilidade, Responsabilidade
política, Justiça e equidade.
Para outros destacam-se os seguintes: equidade, progressividade, neutralidade,
simplicidade.
O sistema fiscal moçambicano é uma realidade que tem vindo a evoluir desde os tempos
antigos. Desde já, a evolução por mais que seja boa ou má aos olhos de uns e outros, ela
tende a melhorar qualquer situação social. Segundo, Hegel, o filósofo, a história é uma
contradição ou oposição de forças (tese, antítese e síntese). Desde a Independência até
hoje, vivemos três épocas “fiscais” distintas que pretendiam fins de justiça social. Porém,
bem ou mal, perfeito ou imperfeito era o sistema vigente.
7. BIBLIOGRAFIA

IBRAIMO, I., O Direito e a fiscalidade, Um Contributo para o Direito Fiscal


Moçambicano, Maputo, s.a.

STIGLITZ. Economics of Public Sector – 2nd ed WWNorton fc, NY, 1986

WATY, T. A., Introdução ao Direito Fiscal, W&W Editora, Maputo, 2004

Legislação usada

1. CRPM de 1975
2. CRM de 2004
3. LBST
4. Lei das Finanças autárquicas.

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