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1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................................ 4
2. OBJETIVOS ...................................................................................................................... 11
3. METODOLOGIA ............................................................................................................... 12
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................................... 16
5. CONCLUSÃO ................................................................................................................... 22
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 23
RESUMO
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
De acordo com Matias [1], o transistor nada mais é do que “um componente
eletrônico semicondutor com várias funções”, já que possui a capacidade de operar
como um amplificador de sinal de tensão ou corrente elétrica, comutador de circuitos e
regulador de corrente. Além disso, a termo transistor é oriunda da junção das palavras
“transfer” e “resistor”, ou seja, resistência de transferência, já que o transistor “pode ser
considerado como uma resistência fixa ou variável inserida entre a carga e o gerador”
[1].
Atualmente são encontrados no mercado dois principais tipos de transistores, o
transistor bipolar – ou BJT; e o unipolar – este último também conhecido como FET. O
objeto de estudo deste trabalho é o transistor bipolar ou BJT, que é o tipo de transistor
mais comum justamente pela sua capacidade de polarização e durabilidade.
O transistor bipolar foi nomeado desta maneira devido o seu processo de condução,
que pode ser efetuado com carga positiva e com carga negativa. De acordo com o site
MecaWeb [2], o transistor BJT é constituído por duas “pastilhas de material
semicondutor de mesmo tipo, entre as quais é colocada uma terceira pastilha mais fina
e de um material condutor diferente”. Como consequência desta estrutura do BJT é
possível dividir este transistor em dois tipos diferentes: NPN e PNP.
Estas pastilhas que constituem o transistor possuem terminais, os quais tem a
finalidade de serem conectados aos circuitos onde o transistor irá atuar. A pastilha do
centro é conhecida como base (B), as pastilhas das extremidades são denominadas de
coletor (C) e emissor (E). A configuração do transistor consta na Figura 1.
Na base do transistor BJT circula uma corrente de base (IB), gerada caso uma tensão
(VBE) efetuada entre a base e o emissor. No coletor, por sua vez, pode vir a existir uma
corrente elétrica, mais conhecida como corrente de coletor (IC), originada através das
lacunas que atingem o coletor – as quais são oriundas do emissor, que não se
recombinam, passando pela base e chegando ao coletor. Já no emissor, havendo uma
corrente que circule na base e no coletor, transitará uma corrente elétrica, a corrente de
emissor, dada por:
𝐼𝐸 = 𝐼𝐵 + 𝐼𝐶
𝐼𝐶
𝛽=
𝐼𝐵
𝐼𝐶 = 𝛽 ∗ 𝐼𝐵
𝐼𝐶
𝐼𝐵 =
𝛽
Onde VCC é a tensão aplicada no circuito, VBE é a tensão base-emissor que equivale
a 0,7V, IB é a corrente na base e RB é a resistência de base. Analisando a malha entre
o coletor-emissor da Figura 2, temos que:
𝑉𝐶𝐸 = 𝑉𝐶𝐶 − 𝑅𝐶 ∗ 𝐼𝐶
𝛽 ∗ (𝑉𝐶𝐶 − 0,7)
𝐼𝐶 =
𝑅𝐵
𝑉𝐶𝐶 − 𝑉𝐵𝐸
𝐼𝐵 =
𝑅𝐵 + (𝛽 + 1) ∗ 𝑅𝐸
Já a corrente no coletor:
𝐼𝐶 = 𝛽 ∗ 𝐼𝐵
A polarização por divisor de tensão, por sua vez, é a mais comum de todas as
formas de polarização, o que se deve principalmente pela sua baixa sensibilidade a
variações do ganho β de um transistor para o outro em um mesmo lote [4]. Este tipo de
polarização, além de prover estabilidade de saída devido ao resistor de emissor RE, faz
com que o pronto quiescente permaneça constante, ou seja, independente de variações
do ganho β. A representação deste circuito consta na Figura 4.
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𝑅2
𝑉𝑇𝐻 = 𝑉𝑅2 = ∗𝑉
𝑅1 + 𝑅2 𝐶𝐶
Onde VCC é a tensão aplicada no circuito e VR2 é a tensão no resistor R2. Tendo os
valores da tensão e resistência de Thévenin é possível calcular a corrente na base IB e
a corrente no coletor IC, que são, respectivamente:
𝑉𝑇𝐻 − 𝑉𝐵𝐸
𝐼𝐵 =
𝑅𝑇𝐻 + (𝛽 + 1) ∗ 𝑅𝐸
𝐼𝐶 = 𝛽 ∗ 𝐼𝐵
𝑉𝐶𝐸 = 𝑉𝐶𝐶 − 𝑅𝐶 ∗ 𝐼𝐶 − 𝑅𝐸 ∗ 𝐼𝐸
Neste ponto onde IB é igual a zero a corrente de base equivale a zero, e a corrente
no coletor IC é pequena, conforme a Figura 5. O ponto ou região de saturação, por sua
vez, é onde existe a interseção da reta de carga e a curva onde a corrente de base é
igual à corrente de base de saturação, que é onde a corrente de coletor é caracterizada
como máxima. Deste modo, o ponto de operação deve alternar entre a região de corte
e a região de saturação, sendo que, conforme a Figura 6, o chaveamento ou comutação
ocorre a partir de uma entrada externa.
𝑉𝐶𝐶 − 𝑉𝐶𝐸𝑆𝐴𝑇
𝐼𝐶𝑆𝐴𝑇 =
𝑅𝐶
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𝐼𝐶𝑆𝐴𝑇
𝐼𝐵 ≥
𝛽
𝑉𝑖 − 0,7
𝑅𝐵 ≤
𝐼𝐵
2. OBJETIVOS
Este trabalho tem como objetivos estudar os princípios dos transistores BJT de
forma a analisar diferentes formas de polarização CC do transistor BJT, verificar o
funcionamento do transistor operando como chave, efetuar as medições solicitadas de
tensões, correntes e ganho do transistor através de multímetro e do medidor de ganho
para o transistor e realizar os devidos cálculos afim de comparar os resultados medidos
e calculados, bem como os fatores que têm influência sobre cada um dos itens acima
descritos.
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3. METODOLOGIA
𝐼𝑐 = 𝛽. 𝐼𝐵
𝑉𝐶𝐶 − 𝑉𝐵𝐸
𝐼𝐵𝑄 =
𝑅𝐵
𝑉𝐶𝐶 − 𝑉𝐶𝐸𝑄
𝑅𝐶 =
𝐼𝐶𝑄
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Para que o transistor opere como chave deve ser assegurado que a corrente IB
seja suficiente para que IC seja igual a corrente de saturação de do transistor ICsat, de
forma que VCE seja igual a VCEsat.
𝑉𝐶𝐶
𝐼𝐶𝑠𝑎𝑡 =
𝑅𝐶
𝐼𝐶𝑠𝑎𝑡
𝐼𝐵𝑚𝑎𝑥 =
𝛽
𝑉𝑖 − 𝑉𝐵𝐸
𝐼𝐵 =
𝑅𝐵
Na Figura 10 foi exibido o circuito montado para a realização das medições. Para a
realização das medições para efeitos de segurança foi retirado a alimentação da carga
de 220Vac, somente o relé acionava mas sem a carga acoplada.
Nesta ocasião foi calculado o valor do resistor de base RB, que mostrado na etapa
de Resultados e Discussões.
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4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
𝐼𝑐 5𝑚
𝐼𝐵 = = = 17,2𝑢𝐴
𝛽 290
𝑉𝐶𝐶 − 𝑉𝐵𝐸
𝐼𝐵 =
𝑅𝐵
𝑉𝐶𝐸 = 𝑉𝐶𝐶 − 𝑅𝐶 . 𝐼𝐶
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𝑉𝐶𝐶 − 𝑉𝐶𝐸𝑄 12 − 5
𝑅𝐶 = = = 1,4𝑘Ω
𝐼𝐶𝑄 5𝑚
𝐼𝑐 = 𝛽. 𝐼𝐵
𝐼𝑐 5𝑚
𝐼𝐵 = = = 31,2𝑢𝐴
𝛽 160
𝑉𝐶𝐶 − 𝑉𝐵𝐸
𝐼𝐵 =
𝑅𝐵
𝑉𝐶𝐶 − 𝑉𝐵𝐸 12 − 0,7
𝑅𝐵 = = = 362𝑘Ω
𝐼𝐵𝑄 31,2𝑢
IB RB RC β (datasheet)
BC548B 17,2uA 656kΩ 1,4kΩ 290
BC337 31,2uA 362kΩ 1,4kΩ 160
O valor β de ganho, pode ser obtido mais uma vez via cálculo, usando como
referência os valores de corrente medidos:
𝐼𝐶 6,1𝑚
𝛽= = = 363
𝐼𝐵 16,8𝑢
IB IC VCE VBE β
31,8uA 4,28Ma 0,170V 0,627V 258
𝐼𝐶𝑄 4,28𝑚
𝛽= = = 135
𝐼𝐵𝑄 31,8𝑢
O valor de ganho β obtido neste transistor ficou distante pois o ponto quiescente
não ficou no centro da região ativa das curvas do transistor, deste modo, o mesmo ficou
próximo da região de corte. Este fato ocasionou um ganho 𝛽 com um valor menos
elevado do que o medido do transistor, já que este ganho medido foi realizado com um
instrumento de medição que aplica uma corrente que não se sabe o valor sobre o
transistor para obter o valor de β, já que o valor do ganho analisando-se o datasheet é
de 100 a 600.
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IB IC VCE β
BC548B 34,0uA 985uA 60,5mV 290
BC337 34,1uA 987uA 31,4mV 160
Para o circuito com polarização por divisor de tensão, foi montado um circuito
com VCC=12V e os resistores R1=100kΩ, R2=33kΩ, RC= 560Ω e RE=100Ω. As medições
foram realizadas e são apresentadas na Tabela 5, e o circuito foi apresentado na Figura
9 do item 3 deste relatório. Os valores medidos para este caso se encontram na Tabela
5:
IB IC VCE β
BC548B 100,5uA 13,7mA 3,09V 290
BC337 102,7uA 12,15mA 4,12V 160
𝑉𝐶𝐶
𝐼𝐶𝑠𝑎𝑡 =
𝑅𝐶
12
𝐼𝐶𝑠𝑎𝑡 = = 30,69𝑚𝐴
391
𝑉𝑖 − 𝑉𝐵𝐸
𝑅𝐵 =
𝐼B𝑚𝑎𝑥
𝑅𝐵 = 22𝑘𝛺
montagem do circuito quanto a carga que for utilizada, pois no caso de uma carga
indutiva, após o corte do transistor, uma corrente ainda tende a circular pelo indutor
(carga) o que fará com que o transistor possa ter danos. A demonstração de como foi
realizada esta montagem consta na Figura 10.
5. CONCLUSÃO
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] MATIAS, José Vagos Carreira. O que são transistores? Disponível em:
<http://www.josematias.pt/eletr/o-que-sao-transistores/>. Acesso em: 01 de abril de
2019.
[2] AUTOR DESCONHECIDO. Transistores. Disponível em:
<http://www.mecaweb.com.br/eletronica/content/e_transistor_bjt>. Acesso em: 01 de
abril de 2019.
[3] STROSKI, Pedro Ney. Como funciona o transistor BJT? Disponível em:
<http://www.electricalelibrary.com/2017/10/15/como-funciona-o-transistor-bjt/>. Acesso
em: 01 de abril de 2019.
[4] BOYLESTAD, Robert; NASHELESKY, Louis. Dispositivos Eletrônicos e Teoria de
Circuitos. 8° Ed. São Paulo: Pearson, 2011.
[5] AUTOR DESCONHECIDO. Polarização fixa do emissor do BJT. Disponível em:
<https://www.passeidireto.com/arquivo/35913293/07-relatorio-polarizacao-fixa-tbj>.
Acesso em: 01 de abril de 2019.
[5] WENDLING, Marcelo. Transistores II. Disponível em:
<http://www2.feg.unesp.br/Home/PaginasPessoais/ProfMarceloWendling/1---
transistores-ii---v1.0.pdf>. Acesso em: 01 de abril de 2019.