Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
EXPEDIENTE Nº 2019/9301000474
ATO ORDINATÓRIO - 29
0003462-12.2016.4.03.6328 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/9301026541
RECORRIDO: LUCIANA SANCHEZ MARQUES (SP286169 - HEVELINE SANCHEZ MARQUES)
III – ACÓRDÃODecide a Décima Quinta Turma Recursal do Juizado Especial Federal Cível da Terceira Região – Seção Judiciária de São
Paulo, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração da parte ré, nos termos do voto do Sr. Juiz Federal Relator. Participaram do
julgamento os Senhores Juízes Federais: Renato de carvalho Vianna, Luciana Jacó Braga e Rodrigo Oliva Monteiro. São Paulo, 12 de março
de 2019 (data do julgamento). JUIZ(A) FEDERAL: RODRIGO OLIVA MONTEIRO
EXPEDIENTE Nº 2019/9301000475
Republicação do acórdão para o réu Banco do Brasil, em cumprimento a determinação judicial termo n. 9301070626/ 2019.TERMO Nr:
9301026754/2019PROCESSO Nr: 0000353-90.2016.4.03.6327 AUTUADO EM 04/02/2016ASSUNTO: 021902 - ATOS ADIMPLEMENTO
E EXTINCAO - OBRIGACOESCLASSE: 16 - RECURSO INOMINADORECTE: CARLOS ALBERTO DA
SILVAADVOGADO(A)/DEFENSOR(A) PÚBLICO(A): SP165836 - GABRIELA LIMA DOS SANTOS OLIVEIRARECDO: FUNDO
NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCACAO E OUTROSADVOGADO(A): SP999999 - SEM
ADVOGADODISTRIBUIÇÃO POR SORTEIO EM 06/04/2017 15:17:27[#VOTO-EMENTACIVIL. FINANCIAMENTO
ESTUDANTIL. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA. RECURSO DA PARTE AUTORA.1. Requer "que a ETEP permita que o
requerente frequente as aulas independentemente de pagamento de taxa de matrícula ou dívidas de mensalidades que julga em atraso, e ao
final, o cancelamento de quaisquer dívidas para com a ETEP e a regularização definitiva do financiamento estudantil sendo admitidos os
aditamentos passados e permitindo osaditamentos futuros”.2. Sentença de improcedência lançada nos seguintes termos:“(...)II -
FUNDAMENTAÇÃOPetição anexada aos autos em (arquivo de nº 33): Indefiro a designação de audiência de instrução e julgamento, tendo
em vista que os documentos anexados aos autos são suficientes ao julgamento da lide, sendo desnecessária a produção de prova oral.Indefiro
ainda a impugnação à assistência judiciária gratuita (arquivo de nº 27).É pacífico o entendimento do Tribunal Regional Federal da Terceira
Região segundo o qual, para a concessão das isenções legais da assistência judiciária, basta somente a afirmação da parte, de não poder arcar
com as custas e despesas processuais sem privar-se dos meios indispensáveis à subsistência. Para que seja concedido o benefício da justiça
gratuita, não é necessário comprovar a miserabilidade absoluta do requerente. Exige o Tribunal que sejam apresentados fatos concretos
demonstrando que, e razão do pagamento das custas e despesas processuais, a parte não seja prejudicada na alimentação, educação, lazer,
saúde etc. Neste sentido:DE IMPUGNAÇÃO À ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. DECLARAÇÃODO ESTADO DE
NECESSIDADE. CONCESSÃO DA BENESSE. 1. A concessão da assistência judiciária gratuita não está atrelada à comprovação de
miserabilidade absoluta do postulante, mas sim à impossibilidade deste arcar com custas do processo e verba honorária, sem prejuízo ao
atendimento de suas necessidades básicas e de sua família. 2.Apelação da parte autora provida. (TRF3. AC 00029545020124036120 AC -
APELAÇÃO CÍVEL – 1831934. RELATOR(A): DESEMBARGADORA FEDERAL LUCIA URSAIA. ÓRGÃO JULGADOR:
DÉVIMA TURMA. FONTE: e-DJF3 Judicial1 DATA:29/05/2013. DATA DA DECISÃO: 21/05/2013).Neste caso, o corréu Banco do
Brasil não trouxe provas concretas sobre tais fatos.1. PreliminaresAfasto a preliminar de ilegitimidade passiva alegada pelos corréus FNDE e
Banco do Brasil, tendo em vista a relação triangular firmada entre a instituição de ensino superior, o agente financiador (credor) e o aluno
(devedor). Ademais, a gestão bancária, a execução do contrato, bem como a celebração de todos os negócios jurídicos relativos ao mesmo
são de responsabilidade do agente financeiro, conforme a legislação regente (Lei n.º 10.260/2001), que dispõe: Art. 1o É instituído, nos termos
desta Lei, o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), de natureza contábil, destinado à concessão de financiamento a estudantes
regularmente matriculados em cursos superiores não gratuitos e com avaliação positiva nos processos conduzidos pelo Ministério da
Educação, de acordo com regulamentação própria. (Redação dada pela Lei nº 12.513, de 2011)[...]§ 5o A participação da União no Fies dar-
se-á exclusivamente mediante contribuições ao Fundo instituído por esta Lei,ressalvado o disposto nos arts. 10 e 16. (Redação dada pela Lei nº
12.202, de 2010).Já a preliminar de falta de interesse de agir confunde-se com o mérito, e com ele será analisada.2. MéritoA fundamentação
exposta na decisão que indeferiu a antecipação da tutela é suficiente ao julgamento do feito.Conforme disposto pelo o artigo 6º da Lei nº.
9.870, de 23 de novembro de 1999, que dispõe sobre o valor total das anuidades escolares e dá outras providências, “São proibidas a
suspensão de provas escolares, a retenção de documentos escolares ou a aplicação de quaisquer outras penalidades pedagógicas por motivo
de inadimplemento,sujeitando-se o contratante, no que couber, às sanções legais e administrativas, compatíveis com o Código de Defesa do
Consumidor, e com os arts. 177 e 1.092 do Código Civil Brasileiro, caso a inadimplência perdure por mais de noventa dias”.O artigo 5º da
mesma Lei nº. 9.870, de 23 de novembro de 1999, dispõe que “Os alunos já matriculados, salvo quando inadimplentes, terão direito à
renovação das matrículas, observado o calendário escolar da instituição, o regimento da escola ou cláusula contratual”.Cumpre consignar que
o credor não é obrigado a aceitar, nos termos do artigo 313 do Código Civil, pagamento do débito em forma diversa do pactuado (“Art. 313. O
credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa”). O devedor, assim, só se desonera da
obrigação após entregar ao credor exatamente o objeto que prometeu dar, ou realizar o ato a que se comprometeu, ou se abster da prestação,
nas obrigações de não fazer.Logo, o parcelamento de dívida não é direito potestativo do credor (cf. STJ, REsp 1264272/RJ, Rel. Ministro
LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 15/05/2012, DJe 22/06/2012), devendo ser lembrado que, nos contratos
bilaterais, nenhum dos contraentes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro (artigo 476 do Código Civil).
Nesse sentido:“ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. ENSINO SUPERIOR. RENOVAÇÃO DE MATRÍCULA -
NEGATIVA FACE À INADIMPLÊNCIA DE PERÍODO ANTERIOR - POSSIBILIDADE. 1. Não se obriga o estabelecimento particular
de ensino superior a renovar, para novo período curricular, a matrícula de aluno inadimplente com encargos financeirosde período anterior.2.
Ausente prova pré-constituída de frequência e notas por parte da impetrante, não se há de impor à instituição de ensino o lançamento em
histórico escolar.3. Presente a teoria do fato consumado, fica assegurada a produção de atividades acadêmicas exercidas pelo aluno ao abrigo
de comando judicial.”(AMS 200372000143591, RELATOR AMAURY CHAVES DE ATHAYDE, TRF4, QUARTA TURMA, DJ
12/04/2006, PÁGINA 104) Pela documentação dos autos verifica-se que o não aditamento do contrato de financiamento estudantil (FIES), de
responsabilidade exclusiva do autor, importou na ausência de pagamentos à instituição de ensino.Como se sabe, a manutenção de contratação
de crédito pelo FIES, com base na Lei nº10.260/2001, depende do aditamento do contrato inicial, semestralmente, por ocasião da matrícula
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 2/1770
para o período estudantil a ser cursado.Consoante os documentos anexados aos autos, observo que o ato que se pretende ilidir por meio desta
ação (vedação à rematrícula do autor) encontra-se assentado também em inadimplência. O não aditamento do contrato de financiamento
estudantil (FIES), de responsabilidade exclusiva do autor, importou na ausência de pagamentos à instituição de ensino.Vê-se, portanto, que não
restou comprovada de forma inequívoca a situação de adimplemento do estudante, tampouco que tenha atendido às exigências da Comissão
Permanente de Supervisão e Avaliação (CPSA) e realizado os aditamentos ao contrário do alegado na petição inicial, razão pela qual é lícita a
atitude da ETEP- Faculdade de Tecnologia de São José dos Campos consistente em impedir sua rematrícula para o primeiro semestre de
2016. Nosdocumentos apresentados consta apenas o contrato inicial, firmado em 14/09/2011 (fls. 09/30 do arquivo do arquivo de nº 02), e
comunicado do MEC- Ministério da Educação- de que há pendências de aditamentos dos períodos 01/2013, 02/2013, 01/2014, 02/2014,
01/2015 e 02/2015.Não se está diante de uma "sanção de natureza pedagógica", mas simplesmente contratual, admitida pela ordem jurídica
vigente como meio de restabelecer um certo equilíbrio entre os contraentes e de afastar a difícil situação em que se encontrariam as
instituições de ensino se compelidas a arcar com as despesas de educação de um sem-número de alunos inadimplentes.O indeferimento da
rematrícula, no caso em concreto, constitui restrição ao direito à educação ditada pela própria estrutura dada pela Constituição aos sistemas de
ensino, que não assegura a gratuidade do ensino superior - ao contrário, admite a iniciativa privada e, obviamente, a prestação dos serviços
educacionais mediante contrapartida em pecúnia. Nesse sentido:“ADMINISTRATIVO. ENSINO SUPERIOR. INSTITUIÇÃO
PARTICULAR. INADIMPLÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE DE RENOVAÇÃO DE MATRÍCULA. 1. O art. 5.º da Lei n.º 9.870/99, ao
assegurar o direito da rematrícula aos alunos que matriculados em determinada instituição de ensino, exclui os inadimplentes. 2. Dessa forma,
nenhuma norma é descumprida caso a universidade particular resolva não mais prestar serviços educacionais os estudantes em talsituação,
uma vez que decorre de relação contratual. 3. Recurso especial provido.” (STJ, REsp. 364295 / SP, rel. Ministro Castro Meira, T2 – Segunda
Turma, DJ 16/08/2004, p. 169).“PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. ENSINO SUPERIOR. INSTITUIÇÃO PARTICULAR.
INADIMPLÊNCIA. EFETIVAÇÃO DE MATRÍCULA. ARTS. 5º E 6º DA LEI 9.870/99. EXEGESE. PROVIMENTO LIMINAR.
TEORIA DO FATO CONSUMADO. 1. Os alunos já matriculados, salvo quando inadimplentes, terão direito à renovação das matrículas,
observado o calendário escolar da instituição, o regimento da escola ou cláusula contratual. (Art. 5.º da Lei 9.870/99). 2. Deveras, são
proibidas a suspensão de provas escolares, a retenção de documentos escolares ou aaplicação de quaisquer outras penalidades pedagógicas
por motivo de inadimplemento, sujeitando-se o contratante, no que couber, às sanções legais e administrativas, compatíveis com o Código de
Defesa do Consumidor, e com os arts. 177 e 1.092 do Código Civil Brasileiro, caso a inadimplência perdure por mais de noventa dias. (Art. 6.º
da Lei 9.870/99). 3. A exegese dos dispositivos legais supramencionados revela a proibição da aplicação de penalidadespedagógicas, tais como
a suspensão de provas escolares ou retenção de documentos escolares, inclusive, para efeitos de transferência para outra instituição de ensino,
em decorrência do inadimplemento das mensalidades escolares. 4. A proibição da aplicação de penalidade como forma de coibir o aluno ao
pagamento da mensalidade escolar, conduziu olegislador, objetivando impedir abusos e preservar a viabilidade financeira das instituições
particulares de ensino, a excluir do direito à renovação da matrícula ou rematrícula os alunos inadimplentes. (...) 8. Recurso Especial
desprovido”. (STJ, REsp 780563 / PR, rel. Ministro Luiz Fux, T1 Primeira Turma, DJ 24/05/2007, p. 315). “MANDADO DE SEGURANÇA
– PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. ALUNA INADIMPLENTE. RENOVAÇÃO DE MATRÍCULA.IMPOSSIBILIDADE. OFENSA A
DIREITO LÍQUIDO E CERTO. NÃO OCORRÊNCIA. SEGURANÇA DENEGADA.APELO NÃO PROVIDO. Sendo a impetrante
confessadamente inadimplente, não tem direito à rematrícula pleiteada, vez que a Lei n.º 9.870/99, em seu artigo 5.º, regente da matéria,
somente assegura tal direito aos alunos quites com suas obrigações contratuais, excluindo os inadimplentes, não havendo, pois, que se falar em
ofensa a direito líquido e certo, aser amparado pela via mandamental.” (TJSP – Apelação n.º 0007749 -53.2009.8.26.0196. Rel. Paulo Ayrosa
– Franca – 31.ªCâmara de Direito Privado j. 27/09/2011)III – DISPOSITIVODiante do exposto, JULGO IMPROCEDENTE O PEDIDO e
resolvo o mérito, nos termos do artigo 487, inciso I, do NCPC.(...)”.3. Recurso da parte autora, em que requer que seja permitido fazer os
aditamentos passados e, assim, manter o seu financiamento e que sejam canceladas quaisquer dívidas geradas pela ETEP.4. Não há
comprovação nos autos de que tenham sido realizados os aditamentos alegados pelo autor junto ao FIES, o que importou no cancelamento do
financiamento (fls. 31/34 do evento 02, 2 do evento 22). Mesmo no recurso o autor o admite, ao afirmar que “em 2013 foi impedido de realizar
os aditamentos por problemas técnicos da ETEP e permaneceu sem realizá-los até 2016”. Tais aditamentos são de responsabilidade legal do
próprio autor, não sendo caso de imputá-los à corré CETEC: conforme documentos já citados, o cancelamento foi ocasionado por “decurso de
prazo do estudante”.5. Não há qualquer justificativa legal para que os aditamentos sejam feitos de modo extemporâneo. Assim, inadimplente o
autor perante a faculdade em razão de ter sido cancelado seu financiamento, é legal a vedação à rematrícula, nos termos dos fundamentos já
mencionados na sentença.6. RECURSO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.7. Recorrente vencida condenada ao pagamento de honorários
advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da causa, limitados a seis salários-mínimos. Na hipótese de ser beneficiária de assistência
judiciária gratuita, o pagamento dos valores mencionados ficará suspenso nos termos do § 3º do artigo 98 do CPC.8. É o voto.<#
ACÓRDÃOVisto, relatado e discutido este processo, em que são partes as acima indicadas, decide a Décima Primeira Turma Recursal do
Juizado Especial Federal Cível da Terceira Região - Seção Judiciária de São Paulo, por unanimidade, negar provimento ao recurso, nos termos
do voto da Juíza Federal Relatora. Participaram do julgamento os Senhores JuízesFederais: Ana Aguiar dos Santos Neves, Lin Pei Jeng e
Luciana Melchiori Bezerra.São Paulo, 14 de fevereiro de 2019. #>#]#}JUIZ(A) FEDERAL: ANA AGUIAR DOS SANTOS
NEVESAssinado digitalmente por ANA AGUIAR DOS SANTOS NEVES:10440Documento Nº 2019/930100270247-56407Consulte a
autenticidade em http://web.trf3.jus.br/autenticacaojefAssinado digitalmente
EXPEDIENTE Nº 2019/9301000476
Trata-se de pedido de atualização de saldo em conta poupança com aplicação dos expurgos inflacionários oriundos de Planos Econômicos.
Em sede recursal, peticiona a Caixa Econômica Federal, informando que a parte autora aderiu ao acordo de Pagamento de Planos
Econômicos da Poupança, conforme habilitação nº HAB-104-20180927-00102988 no Portal de Acordo Planos Econômicos, comprovando o
respectivo pagamento, que foi aceito pela parte autora (eventos-19/20).
Posto isso, homologo, para que produza efeitos legais, o acordo celebrado entre as partes, motivo pelo qual julgo extinto o processo, com
resolução do mérito, nos termos do artigo 487, inciso III, alinea “b”, do Código de Processo Civil.
Considerando a renúncia expressa acerca de interposição de recurso e ou sucedâneos recursais, bem como dos já interpostos nos presentes
autos, a presente decisão é considerada transitada em julgado neste ato.
Dê-se baixa dos autos destas Turmas Recursais, observadas as formalidades legais e as cautelas de estilo.
Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.
1. Trata-se de recurso de medida cautelar interposto pelo INSS contra decisão que antecipou a tutela para determinar o restabelecimento do
benefício de auxílio doença em favor do autor a contar da cessação ocorrida em 08.01.2019.
2. De acordo com o art. 2º, da lei n. 10.259/01, compete a este Juizado Especial Federal Cível processar e julgar os feitos da competência da
Justiça Federal, que por sua vez está esculpida no art. 109, da Constituição Federal. Este, em seu inciso primeiro, estabelece que aos juízes
federais compete julgar as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas, na qualidade de
autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de acidente do trabalho e as sujeitas às jurisdições especiais, como as causas eleitorais e
trabalhistas.
4. Entendimento consolidado na Súmula nº 15 do Superior Tribunal de Justiça e Súmula nº 501 do Supremo Tribunal Federal, ambas fixando na
justiça ordinária estadual a competência para processar e julgar os litígios decorrentes de acidente do trabalho.
5. Com efeito, no caso dos autos, o autor sofre de sequelas de ferimento de membro superior, decorrente de acidente de trabalho, quando
perdeu parte de seu dedo indicador em máquina de corte em 23.08.2018, conforme se comprova da leitura do CAT juntado às fls. 33/35 do
evento 02 dos autos principais.
6. Logo, em se tratando de benefício de natureza acidentária (doença e incapacidade decorrente de acidente do trabalho), não há como afastar
a regra excepcional do inciso I do art. 109 da Lei Maior, a qual estabeleceu a competência do Juízo Estadual para processar e julgar os feitos
relativos a acidente de trabalho. Incidência da Súmula n. 15/STJ. (AGRCC 201001302092, AGRCC - AGRAVO REGIMENTAL NO
CONFLITO DE COMPETÊNCIA – 113187 Relator JORGE MUSSI TERCEIRA SEÇÃO Fonte DJE DATA:05/04/2011).
8. Desse modo, dou provimento ao recurso de medida cautelar interposto pelo INSS para revogar a tutela antecipada concedida nos autos do
processo n. 0000551-03.2019.4.03.6302 e julgar extinto o feito sem resolução do mérito, por incompetência absoluta do Juizado Especial
Federal, nos termos do inciso III do art. 51 da Lei n. 9.099/95.
9. Não sendo possível a remessa ao juízo competente, tendo em vista que os autos neste Juizado são virtuais, o gera incompatibilidade prática
da aludida remessa, comunique-se o juízo do processo de origem para promover a baixa do feito.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 36/1770
10. Intimem-se.
- Ante a concordância manifestada pela parte autora, homologo, para que surtam os efeitos jurídicos, nos termos do artigo 487, inciso III,
alínea b, e 998, do Código de Processo Civil, a transação firmada pelas partes.
- Certifique-se o trânsito em julgado e baixe-se o processo ao Juizado Especial Federal de origem, ao qual caberá adotar eventuais
providências quanto à regularização da representação processual das partes, à extinção da execução e ao levantamento de depósitos, se
realizados à ordem da Justiça Federal. A resolução de eventual levantamento de valores depositados à ordem da Justiça Federal e o decreto
de extinção da execução competem ao Juizado Especial Federal de origem. O cumprimento do título executivo e demais atos relacionados,
incluída a extinção da execução, são realizados no Juizado Especial Federal de origem. A cabeça do artigo 52 da Lei 9.099/1995 é expressa
nesse sentido: “Art. 52 A execução da sentença processar-se-á no próprio Juizado, aplicando-se, no que couber, o disposto no Código de
Processo Civil, com as seguintes alterações: (...)”.
Intimem-se.
Homologo o pedido de desistência formulado, diante da inércia do INSS, bem como da petição apresentada pela parte autora (anexo 87), nos
termos do artigo 487, III, “c” (“a renúncia à pretensão formulada na ação”), extinguindo o feito com resolução do mérito.
Aguarde-se o trânsito em julgado, após o qual o processo deverá ser devolvido ao JEF de origem, com baixa no sistema da Turma Recursal.
Cumpra-se. Int.
Do exame dos autos, verifica-se que a parte autora interpôs recurso extraordinário da sentença nos presentes autos.
Verifica-se, da leitura das razões recursais, que houve erro na interposição do recurso, pois não houve julgamento de recurso inominado pelas
Turmas Recursais nos presentes autos.
Nos termos do art. 932 do CPC, "incumbe ao relator: (...) III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha
impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida".
No caso, o recurso interposto revela-se inadmissível. Outrossim, não é possível seu processamento como recurso inominado.
Isso posto, com fundamento no art. 932, III, do CPC, não conheço do recurso interposto nos presentes autos.
Sem condenação em honorários advocatícios.
Publique-se. Intimem-se
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 38/1770
0003771-46.2018.4.03.6301 - 6ª VARA GABINETE - DECISÃO MONOCRÁTICA TERMINATIVA Nr. 2019/9301072353
RECORRENTE: LUIS CARLOS FERREIRA LIMA (SP196382 - VANIA REGINA RINALDO CASTAGNA) ANA MEIRE BORGES
FERREIRA LIMA (SP196382 - VANIA REGINA RINALDO CASTAGNA)
RECORRIDO: CAIXA ECONOMICA FEDERAL (SP169001 - CLAUDIO YOSHIHITO NAKAMOTO)
Tendo em vista que a parte autora não requereu na inicial, nem em sede recursal, a concessão dos benefícios da justiça gratuita, foi-lhe
concedido o prazo de 5 (cinco) dias, para o recolhimento das custas processuais.
Tendo em vista o decurso do prazo, sem o cumprimento da determinação judicial, reputo deserto o recurso interposto, nos termos do artigo
1.007, § 4º, do Código de Processo Civil.
Certifique-se o trânsito em julgado, dando-se baixa dos autos, observadas as formalidade legais.
Intimem-se.
Trata-se de recurso interposto pela parte autora em face de sentença que julgou improcedente o pedido de alteração do índice de correção
monetária dos saldos das contas vinculadas ao FGTS, substituindo-se a TR por outro que melhor reflita a variação de preços.
É o relatório. Decido.
Conforme se nota do recurso inominado acostado aos autos (evento 11), não foram apresentadas razões recursais para confrontar a decisão
impugnada. Considerando que o recorrente não discute os fundamentos adotados na sentença, resta inviável o conhecimento do recurso, uma
vez que, conforme artigo 1.010, III, do Código de Processo Civil, compete à recorrente expor os fundamentos de fato e de direito por meio dos
quais postula a reforma da decisão recorrida.
Ante o exposto, não conheço do recurso, com fundamento no art. 932, III, do CPC.
Fixo os honorários advocatícios em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação (ou da causa, na ausência daquela), limitados a 06 (seis)
salários mínimos, devidos pela parte recorrente vencida. A parte ré ficará dispensada desse pagamento se a parte autora não for assistida por
advogado ou for assistida pela DPU (Súmula 421 STJ). Na hipótese de a parte autora ser beneficiária de assistência judiciária gratuita e
recorrente vencida, o pagamento dos valores mencionados ficará suspenso nos termos do § 3º do art. 98 do CPC – Lei nº 13.105/15.
Intimem-se.
Vistos etc.
Trata-se de Agravo de Instrumento, processado neste Juizado Especial Federal como Recurso de Medida Cautelar, interposto pelo Banco Pan
S/A contra decisão que deferiu o pedido de antecipação dos efeitos da tutela nos autos da ação principal.
Decido.
Considerando que houve a prolação da sentença de mérito, as tutelas de urgência deverão ser apreciadas pelo Relator do recurso inominado
de sentença, nos termos do art. 4º da Lei nº 10.259/2001.
Logo, restou prejudicada a apreciação do presente recurso por esta Turma Recursal.
Destaco ser possível apreciar o recurso monocraticamente, conforme Enunciado 37 destas Turmas Recursais:
“Enunciado 37- É possível ao relator negar seguimento ou não conhecer de recurso manifestamente inadmissível, prejudicado, improcedente
ou em confronto com a jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça, Turma Nacional de
Uniformização de Jurisprudência dos Juizados Especiais Federais, Turma Regional de Uniformização de Jurisprudência dos Juizados Especiais
Federais e de Enunciados destas Turmas Recursais.”
Ante o exposto, nego seguimento ao recurso de medida cautelar.
Após as formalidades legais, dê-se baixa no sistema.
Publique-se. Intime-se.
Do exame dos autos nos quais foi proferida a decisão recorrida, observa-se que sobreveio sentença, julgando improcedente o pedido.
Diante disso, o presente recurso perdeu seu objeto.
Isso posto, com fundamento no art. 932, III, do CPC, julgo prejudicado o recurso.
Sem condenação em honorários advocatícios.
Determino a retirada do presente feito da pauta do dia 09.04.2019
Publique-se. Intimem-se
Vistos.
Trata-se de pedido de revisão de benefício previdenciário para conversão da aposentadoria por tempo de contribuição em aposentadoria
especial.
Foi prolatada sentença de improcedência, diante do reconhecimento da constitucionalidade da utilização do fator previdenciário.
Em sentença de embargos, verificou-se que, na realidade, diante do pedido de conversão da aposentadoria percebida pela parte autora em
aposentadoria especial, o douto causídico requereu, também, a exclusão do fator previdenciário, motivo pelo qual, depreende-se que a sentença
foi anulada e o julgamento foi convertido em diligência para que fosse carreado ao processo o procedimento administrativo.
Houve recurso do INSS totalmente dissociado da sentença de embargos, visto que a autarquia se irresigna com suposta sentença de
procedência.
Ora, não houve sentença prolatada neste feito, motivo pelo qual, sendo o recurso totalmente dissociado, não merece ser recebido.
Retornem os autos ao JEF de origem para prosseguimento da ação.
Int. Cumpra-se.
EXPEDIENTE Nº 2019/9301000477
DESPACHO TR/TRU - 17
5001526-51.2017.4.03.6126 - 1ª VARA GABINETE - DESPACHO TR/TRU Nr. 2019/9301072259
RECORRENTE: UNIAO FEDERAL (AGU)
RECORRIDO: CLARISSE BARROS IROSKI (SP376918 - VANESSA AZEVEDO PACCHIONI)
Nos termos do artigo 1023, §2º do CPC, intime-se a parte embargada para, querendo, manifestar-se sobre os embargos de declaração opostos
pela parte autora no prazo de 05 dias, em especial sobre a proposta de acordo formulada.
Vistos etc.
Petição da Parte Autora (evento 15): Concedo prazo de 10(dez) dias para que a parte autora informe a este juízo se aderiu ao acordo de
Pagamento de Planos Econômicos da Poupança no Portal de Acordo Planos Econômicos.
Em caso positivo, intime-se a CEF para cumprimento.
Intimem-se.
A matéria dos autos é objeto de exame pelo STJ - Tema 979 (Devolução ou não de valores recebidos de boa-fé, a título de benefício
previdenciário, por força de interpretação errônea, má aplicação da lei ou erro da Administração da Previdência Social), tendo havido
determinação de suspensão nacional nos termos do art. 1.035, § 5º do Código de Processo Civil (REsp 1381734/RN).
Assim, necessário o sobrestamento do feito até decisão ulterior.
Aguarde-se em pasta própria.
Int.
Vistos.
Requer a parte autora celeridade/prioridade no prosseguimento do feito, com o julgamento do recurso apresentado.
A prioridade de tramitação nos Juizados Especiais Federais será aplicada em razão da idade e também diante da gravidade dos quadros
apresentados, tendo em vista que a maioria dos feitos aqui distribuídos envolvem idosos, enfermos ou portadores de deficiência. Somente em
casos de comprovada gravidade e extrema urgência é que se justifica a antecipação da ordem cronológica dos processos.
Sendo assim, não havendo prova da urgência no caso concreto, a inclusão em pauta de julgamento será atendida respeitando-se a ordem
cronológica de entrada do recurso nesta Turma Recursal.
Esclareço, no entanto, que, todos os recursos distribuídos a esta Turma Recursal em 2016, como é o caso presente, deverão ser julgados até o
final deste ano de 2019, de acordo com a Meta 002/2019 do CNJ.
Intime-se a parte autora e, após, retornem à pasta Meta 2.
Defiro a dilação do prazo, por mais 30(trinta) dias, para que a parte providencie a juntada, na integra, dos documentos especificados na
decisão constante do evento-64.
Com a juntada do(s) documento(s), promova-se vista a autarquia-ré, pelo prazo de 05 (cinco) dias.
Após, retornem os autos conclusos.
Intime-se.
Anexo n. 61: Questões referentes à execução do julgado, inclusive referentes a honorários advocatícios serão apreciadas em sede de
execução, pelo juízo de Origem.
Aguarde-se a interposição de recurso pelas partes.
Decorrido o prazo supra sem manifestação, certifique-se o trânsito em julgado, baixando-se os autos ao Juízo de Origem.
Publique-se. Intime-se. Cumpra-se.
A matéria dos autos é objeto de exame pelo STJ - Tema 692 (devolução dos valores recebidos pelo litigante beneficiário do Regime Geral da
Previdência Social - RGPS em virtude de decisão judicial precária, que venha a ser posteriormente revogada), tendo havido determinação de
suspensão nacional nos termos do art. 1.035, § 5º do Código de Processo Civil (questão de ordem nos REsps n. 1.734.627/SP, 1.734.641/SP,
1.734.647/SP, 1.734.656/SP, 1.734.685/SP E 1.734.698/SP).
Assim, necessário o sobrestamento do feito até decisão ulterior.
Aguarde-se em pasta própria.
Int.
Anexo n. 127: Nada a deliberar, em razão do v. acórdão prolatado nos presentes autos - Anexo n. 126.
Aguarde-se a interposição de recurso pelas partes.
Decorrido o prazo supra sem manifestação, certifique-se o trânsito em julgado, baixando-se os autos ao Juízo de Origem.
Publique-se. Intime-se. Cumpra-se.
Fica o INSS intimado para apresentar contrarrazões aos embargos de declaração, no prazo de 5 (cinco) dias (artigo 1.023, § 2º, do CPC).
Trata-se de petição da parte autora solicitando o andamento do feito e a baixa dos autos para execução.
Os pedidos de uniformização regional e nacional interpostos pela parte autora foram julgados, não admitidos, sob o fundamento de que o
acórdão julgou em consonância com o entendimento da TNU ao julgar o Tema 134.
Verifico que os autos estavam sobrestados, contudo, não há decisão para o sobrestamento e não há recurso pendente de julgamento.
Dessa feita, certifique-se o trânsito em julgado e baixem os autos para execução.
Publique-se. Intime-se. Cumpra-se.
Anexo n. 54: Dê-se ciência à parte autora acerca do informado pela autarquia previdenciária.
Após, inclua-se o presente feito em pauta para julgamento dos Embargos de Declaração opostos pelo INSS.
Publique-se. Intime-se. Cumpra-se.
O autor foi instado a juntar o laudo técnico que dá suporte ao PPP de fls. 53/55 (anexo 2), deixando de cumprir a providência,
justificadamente, diante da inércia da sua ex-empregadora, que deixou de atender a sua solicitação.
Diante do exposto, oficie-se à empresa Alstom Indústria Ltda., requisitando o envio de cópia do laudo técnico que dá suporte ao PPP juntado
aos autos, no prazo de 15 dias, sob pena de desobediência. Instrua-se o ofício com cópia do PPP (anexo 02, fls. 53/55).
Intimem-se e cumpra-se.
O enquadramento de períodos de trabalho como tempo de serviço especial em decorrência da exposição ao agente físico ruído está
condicionado à comprovação técnica mediante apresentação de Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP emitido pelo empregador, nos
termos definidos nos §§ 3º, 5º, 9º e 12 do artigo 68 do Decreto n.º 3.048, de 06 de maio de 1999, com a redação dada pelo Decreto n.º
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 47/1770
8.123/2013.
O Decreto n.º 4.882, de 18 de novembro de 2003, promoveu alterações no Regulamento da Previdência Social, de modo que os §§ 7º e 11 do
artigo 68 Decreto n.º 3.048/99 passaram a estabelecer que o laudo técnico de condições ambientais do trabalho deverá ser elaborado com
observância das normas editadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego e os atos normativos expedidos pelo INSS, e que as avaliações
deverão considerar a classificação dos agentes nocivos e os limites estabelecidos pela legislação trabalhista, vem como a metodologia e os
procedimentos de avaliação estabelecidos pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho –
FUNDACENTRO.
Atualmente, o § 12 do artigo 68 do Decreto n.º 3.048/99, incluído pelo Decreto n.º 8.123/2013, estabelece que “nas avaliações ambientais
deverão ser considerados, além do disposto no Anexo IV, a metodologia e os procedimentos de avaliação estabelecidos pela Fundação Jorge
Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho – FUNDACENTRO”.
Dessa forma, tratando-se de período de trabalho posterior a 01.01.2004, ainda que o Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP ateste como
fator de risco a presença de ruídos superiores a 85 dB, o tempo de serviço somente será classificado como especial se a metodologia utilizada
na apuração da intensidade da exposição for aquela estabelecida na NHO-01 da FUNDACENTRO. Assim dispõe o artigo 239 da Instrução
Normativa INSS/PRES n.º 45/2010. Vejamos:
Art. 239. A exposição ocupacional a ruído dará ensejo à aposentadoria especial quando os níveis de pressão sonora estiverem acima de
oitenta dB(A), noventa dB(A) ou oitenta e cinco dB(A), conforme o caso, observado o seguinte:
I - até 5 de março de 1997, véspera da publicação do Decreto nº 2.172, de 1997, será efetuado o enquadramento quando a exposição for
superior a oitenta dB(A), devendo ser informados os valores medidos;
II - de 6 de março de 1997, data da publicação do Decreto nº 2.172, de 1997, até 10 de outubro de 2001, véspera da publicação da Instrução
Normativa INSS/DC nº 57, de 10 de outubro de 2001, será efetuado o enquadramento quando a exposição for superior a noventa dB(A),
devendo ser informados os valores medidos;
III - de 11 de outubro de 2001, data da publicação da Instrução Normativa nº 57, de 2001, até 18 de novembro de 2003, véspera da publicação
do Decreto nº 4.882, de 18 de novembro de 2003, será efetuado o enquadramento quando a exposição for superior a noventa dB(A), devendo
ser anexado o histograma ou memória de cálculos; e
IV - a partir de 19 de novembro de 2003, data da publicação do Decreto nº 4.882, de 18 de novembro de 2003, será efetuado o enquadramento
quando o Nível de Exposição Normalizado - NEN se situar acima de oitenta e cinco dB(A) ou for ultrapassada a dose unitária, aplicando:
a) os limites de tolerância definidos no Quadro Anexo I da NR-15 do MTE; e
b) as metodologias e os procedimentos definidos nas NHO-01 da FUNDACENTRO.
Posteriormente, foi editada a Instrução Normativa INSS/PRES n.º 77, de 21 de janeiro de 2015, que estabelece os seguintes parâmetros:
Art. 280. A exposição ocupacional a ruído dará ensejo a caracterização de atividade exercida em condições especiais quando os níveis de
pressão sonora estiverem acima de oitenta dB (A), noventa dB (A) ou 85 (oitenta e cinco) dB (A), conforme o caso, observado o seguinte:
I - até 5 de março de 1997, véspera da publicação do Decreto nº 2.172, de 5 de março de 1997, será efetuado o enquadramento quando a
exposição for superior a oitenta dB (A), devendo ser informados os valores medidos;
II - de 6 de março de 1997, data da publicação do Decreto nº 2.172, de 5 de março de 1997, até 10 de outubro de 2001, véspera da publicação
da Instrução Normativa INSS/DC nº 57, de 10 de outubro de 2001, será efetuado o enquadramento quando a exposição for superior a noventa
dB (A), devendo ser informados os valores medidos;
III - de 11 de outubro de 2001, data da publicação da Instrução Normativa INSS/DC nº 57, de 10 de outubro de 2001, véspera da publicação
do Decreto nº 4.882, de 18 de novembro de 2003, será efetuado o enquadramento quando a exposição for superior a noventa dB (A), devendo
ser anexado o histograma ou memória de cálculos; e
IV - a partir de 01 de janeiro de 2004, será efetuado o enquadramento quando o Nível de Exposição Normalizado - NEN se situar acima de 85
(oitenta e cinco) dB (A) ou for ultrapassada a dose unitária, conforme NHO 1 da FUNDACENTRO, sendo facultado à empresa a sua
utilização a partir de 19 de novembro de 2003, data da publicação do Decreto nº 4.882, de 2003, aplicando:
a) os limites de tolerância definidos no Quadro do Anexo I da NR-15 do MTE; e
b) as metodologias e os procedimentos definidos nas NHO-01 da FUNDACENTRO.”
A TNU – Turma Nacional de Uniformização de Jurisprudência dos Juizados Especiais Federais, no julgamento do PEDILEF n.º 0505614-
83.2017.4.05.8300, realizado em 21.11.2018, sob a sistemática dos recursos repetitivos (Tema 174), firmou a seguinte tese: “(a) a partir de 01
de janeiro de 2004, é obrigatória a utilização da NHO-01 da FUNDACENTRO como metodologia de aferição do agente nocivo ruído no
ambiente de trabalho, devendo tal técnica ser informada no PPP, com a respectiva indicação do Nível de Exposição Normalizado (NEN); (b)
em caso de omissão, no período supracitado, na indicação da metodologia empregada para aferição do agente nocivo ruído, no Perfil
Profissiográfico Profissional, esse documento não deve ser admitido como prova da especialidade do trabalho para o agente nocivo em apreço,
devendo ser apresentado o respectivo laudo técnico (LTCAT), para fins de demonstrar a técnica utilizada na respectiva medição.”
Diante do exposto, tendo em vista que a controvérsia a ser dirimida por esta Turma Recursal passa pela possibilidade de enquadramento dos
períodos de trabalho de 04.12.1998 a 31.12.2002 (Metalúrgica Mococa S.A.) e de 19.11.2003 a 14.05.2012 (Metalúrgica Mococa S.A.) como
tempo de serviço especial, e considerando, ainda, a alegação do INSS de que os responsáveis pelos registros ambientais indicados no PPP são
Técnicos de Segurança do Trabalho, categoria profissional que não tem legitimidade para emissão de laudo ambiental para fins previdenciários,
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 48/1770
nos termos do 68 do Decreto n.º 3.048/1999, converto o julgamento em diligência para determinar à parte autora, a quem compete o ônus da
prova dos fatos constitutivos do direito reclamado na petição inicial, que traga aos autos cópia integral do(s) “LTCAT – Laudo Técnico das
Condições do Ambiente de Trabalho” produzido(s) pelos profissionais responsáveis pelos registros ambientais indicados no respectivo Perfil
Profissiográfico Previdenciário (fls. 05/06 do arquivo n.º 2, de 28.09.2016), sob pena de não admissão do PPP como prova da natureza
especial do trabalho. Prazo: 30 (trinta) dias corridos.
Intimem-se.
EXPEDIENTE Nº 2019/9301000478
DECISÃO TR/TRU - 16
APLICA-SE AOS PROCESSOS ABAIXO O SEGUINTE DISPOSITIVO:
Considerando o Acordo firmado entre as partes e já homologado judicialmente, julgando o processo extinto, com resolução do
mérito, com fundamento no artigo 487, III, “b”, do Código de Processo Civil, certifique-se o trânsito em julgado. Cumpridas as
formalidades legais, baixem os autos ao Juízo de origem. Questões referentes à execução do acordo, inclusive referentes a
honorários advocatícios serão apreciadas em sede de execução, pelo juízo de origem. Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.
0067024-57.2008.4.03.6301 - - DECISÃO TR/TRU Nr. 2019/9301071783
RECORRENTE: CAIXA ECONOMICA FEDERAL
RECORRIDO: LAURA TEODORA DOS SANTOS (SP265953 - VANESSA DA COSTA PEREIRA RAMOS)
0009922-43.2009.4.03.6301 - - DECISÃO TR/TRU Nr. 2019/9301071785
RECORRENTE: CAIXA ECONOMICA FEDERAL
RECORRIDO: SANTINA LOPES PIQUEIRA (SP247248 - PRISCILA MOLENA DE AZEVEDO)
0003314-05.2009.4.03.6309 - - DECISÃO TR/TRU Nr. 2019/9301071789
RECORRENTE: OSWALDO GENNARI (SP239036 - FABIO NUNES ALBINO)
RECORRIDO: CAIXA ECONOMICA FEDERAL (SP169001 - CLAUDIO YOSHIHITO NAKAMOTO)
FIM.
APLICA-SE AOS PROCESSOS ABAIXO O SEGUINTE DISPOSITIVO:
Vistos. Trata-se de ação ajuizada em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS, objetivando a concessão
de aposentadoria por idade híbrida, ou seja, com o cômputo de períodos de labor rural e urbano, para fins de tempo de
contribuição e carência. Tendo em vista do teor acórdão publicado em 22/03/2019, que determinou a suspensão da tramitação
das ações relacionadas ao assunto tratado nestes autos, qual seja, possibilidade de concessão de aposentadoria híbrida, prevista
no art. 48, § 3º, da Lei 8.213/1991, mediante o cômputo de período de trabalho rural remoto, exercido antes de 1991, sem
necessidade de recolhimentos, ainda que não haja comprovação de atividade rural no período imediatamente anterior ao
requerimento administrativo - (Tema 1007 STJ), de rigor o sobrestamento da presente demanda até ulterior decisão do referido
Tribunal. Assim, em cumprimento à determinação supra, determino o sobrestamento do feito até fixação da jurisprudência pelos
Tribunais Superiores. Intimem-se.
0001982-48.2016.4.03.6344 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO TR/TRU Nr. 2019/9301070180
RECORRENTE/RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID)
RECORRIDO/RECORRENTE: APARECIDA ZITA ALVES MAZZETTI (SP263069 - JOSE MARTINI JUNIOR)
0002393-17.2016.4.03.6304 - 2ª VARA GABINETE - DECISÃO TR/TRU Nr. 2019/9301070181
RECORRENTE: NEUSA DE MORAES DE FARIA (SP350899 - SIMONE DA SILVEIRA)
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - MARCELO HENRIQUE DE OLIVEIRA)
FIM.
Insurge-se o recorrente, alegando que estão presentes os requisitos para o deferimento da tutela pretendida.
No caso em tela, não há elementos que evidenciem a probabilidade do direito afirmado na peça vestibular, tendo em vista que a parte autora
deixou de comprovar de forma segura a alegada incapacidade.
Além disso, considerando a presunção de legitimidade que milita em favor do ato administrativo que indeferiu o benefício postulado, torna-se
imprescindível a realização de perícia médica judicial para aferir o atual estado de saúde da parte autora.
Ante o exposto, indefiro a tutela de urgência.
Intime-se o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS para, querendo, manifestar-se no prazo de 10 dias.
Oportunamente, inclua-se em pauta.
Cumpra-se. Intimem-se.
Do exame dos autos nos quais foi proferida a decisão recorrida e do ofício acostado ao presente, observa-se que sobreveio sentença, julgando
extinto o processo, sem resolução do mérito.
Diante disso, o presente recurso perdeu seu objeto.
Isso posto, com fundamento no art. 932, III, do CPC, julgo prejudicado o recurso.
Sem condenação em honorários advocatícios.
Publique-se. Intimem-se
Vistos etc.
Trata-se de ação contra o INSS, visando, em apertada síntese, ao acréscimo de 25% previsto no artigo 45 da Lei nº 8213/1991, sobre o valor
do benefício da aposentadoria por tempo de contribuição.
Foi julgado procedente o pedido.
Recorre o INSS.
O Supremo Tribunal Federal nos autos nº 0083552-41.2018.1.00.0000 determinou a suspensão do processamento de todos os processos,
individuais e coletivos, em qualquer fase e em todo o território nacional que versem sobre a matéria:
“Decisão: A Turma, por unanimidade, deu provimento ao agravo regimental, na forma do artigo 1021, § 2º, do CPC/2015, para suspender
todos os processos, individuais e coletivos, em qualquer fase e em todo o território nacional, que versem sobre a extensão do “auxílio
acompanhante”, previsto no art. 45 da Lei nº 8213/1991 para os segurados aposentados por invalidez, às demais espécies de aposentadoria do
Regime Geral da Previdência Social, nos termos do voto do Relator. Falou o Dr. Vitor Fernando Gonçalves Córdola, Procurador do Instituto
Nacional de Seguro Social, pelo agravante. Presidência do Ministro Luiz Fux. Primeira Turma, 12.03.2019.”
Assim, observo estar a questão colhida nestes autos pendente de julgamento em Instância Superior e, nessas circunstâncias, em conformidade
com os artigos 927, 1036 e seguintes do Código de Processo Civil e a Questão de Ordem n. 23 da Turma Nacional de Uniformização, o feito
deverá ser sobrestado até o julgamento do tema afetado.
Ante o exposto, em cumprimento à decisão do Supremo tribunal de Justiça (STF), determino o sobrestamento do feito até julgamento do tema
afetado.
Diante da decisão de sobrestamento e do fato de a parte autora já perceber renda oriunda da aposentadoria, suspendo, de ofício, os efeitos da
tutela antecipada deferida em primeiro grau. Oficie-se o INSS para cumprimento.
Acautelem-se os autos em pasta própria.
Intimem-se. Cumpra-se.
Trata-se de recurso(s) interposto(s) pela ASSOCIAÇÃO UNIFICADA PAULISTA DE ENSINO RENOVADO OBJETIVO –
ASSUPERO em face de sentença que julgou procedente o pedido de aditamento do financiamento estudantil da parte autora, bem como no
caso específico da ASSOCIAÇÃO UNIFICADA PAULISTA DE ENSINO RENOVADO OBJETIVO – ASSUPERO abster-se de cobrar
as parcelas referentes aos cursos em que a parte autora se matriculou. Recorre a corré – ASSUPERO.
Em seu recurso, a corré ASSUPERO alega a existência de prestações vencidas anteriores à formalização do contrato do FIES.
Antes de adentrar à análise do mérito propriamente dito, determino, nos termos do artigo 10 do Código de Processo Civil, a intimação da parte
autora para que se manifeste, no prazo de 10 (dez) dias, sobre a eventual incompetência absoluta do juízo, por se tratar de litígio entre
particulares.
Após, aguarde-se oportuna inclusão em pauta de julgamento.
Intime-se.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 51/1770
0002341-78.2018.4.03.6327 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO TR/TRU Nr. 2019/9301069724
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID)
RECORRIDO: RUY COSTA DE OLIVEIRA JUNIOR (SP358420 - POLIANA GRACE PEDRO)
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, nos autos da PET 8002, em sessão de julgamento realizada em 12.03.2019, determinou a
suspensão de todos os processos, individuais ou coletivos, em qualquer fase e em todo o território nacional, que versem sobre a extensão do
acréscimo de 25%, previsto no artigo 45 da Lei n.º 8.213/1991 para os segurados aposentados por invalidez, às demais modalidades de
aposentadoria do Regime Geral de Previdência Social – RGPS.
Reputo impositivo, portanto, o sobrestamento deste feito, até que seja fixado pela jurisprudência do STF o posicionamento a ser adotado no
caso pelas instâncias inferiores do Poder Judiciário.
Posto isso, determino o sobrestamento desta ação.
Até ulterior deliberação, acautelem-se estes autos virtuais em pasta própria.
Dê-se ciência às partes.
Int.
Vistos.
Trata-se de embargos de declaração opostos pela parte autora, alegando vícios de acórdão que, mantendo a sentença de 1o grau, negou
provimento ao seu recurso, julgando improcedente pedido de concessão do adicional de 25% previsto no artigo 45 da Lei 8.213/1991 para
titulares de aposentadoria que não a de invalidez.
Decido.
Considerando a decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal nos autos do Agravo Regimental na Petição nº 8002, que determinou a
suspensão da tramitação das ações que versem sobre a “a extensão do ‘auxílio acompanhante’, previsto no art. 45 da lei nº 8.213/1991 para os
segurados aposentados por invalidez, às demais espécies de aposentadoria do Regime Geral da Previdência Social”, determino o
sobrestamento do presente feito nos termos do art. 1.037, II do Código de Processo Civil.
Publique-se. Cumpra-se.
“Recurso extraordinário em que se discute, à luz dos arts. 102, caput, l, e 195, § 5º, da Constituição Federal, a validade, ou não, da correção
monetária e dos juros moratórios incidentes sobre condenações impostas à Fazenda Pública segundo os índices oficiais de remuneração básica
da caderneta de poupança (Taxa Referencial – TR), conforme determina o art. 1º-F da Lei 9.494/1997, com a redação dada pela Lei
11.960/2009.”
É de se destacar que já houve julgamento do mérito do referido recurso, no qual foi fixada a seguinte tese:
“1) O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, na parte em que disciplina os juros moratórios aplicáveis a
condenações da Fazenda Pública, é inconstitucional ao incidir sobre débitos oriundos de relação jurídico-tributária, aos quais devem ser
aplicados os mesmos juros de mora pelos quais a Fazenda Pública remunera seu crédito tributário, em respeito ao princípio constitucional da
isonomia (CRFB, art. 5º, caput); quanto às condenações oriundas de relação jurídica não-tributária, a fixação dos juros moratórios segundo o
índice de remuneração da caderneta de poupança é constitucional, permanecendo hígido, nesta extensão, o disposto no art. 1º-F da Lei nº
9.494/97 com a redação dada pela Lei nº 11.960/09; e 2) O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, na parte
em que disciplina a atualização monetária das condenações impostas à Fazenda Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de
poupança, revela-se inconstitucional ao impor restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se
qualifica como medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo inidônea a promover os fins a que se destina.”
Em regra, publicado o acórdão, é possível, desde logo, a aplicação da tese firmada, consoante inteligência do artigo 1.040 do Código de
Processo Civil. Todavia, o Ministro Luiz Fux, relator do caso, concedeu efeito suspensivo aos embargos de declaração apresentados naqueles
autos, nos termos do artigo 1.026, §1º, do CPC. Destarte, a fim de dar pleno cumprimento à r. decisão, é imperioso que o presente feito
permaneça sobrestado, até que haja DECISÃO FINAL EM EVENTUAL MODULAÇÃO.
Relativamente ao recurso extraordinário interposto em duplicidade com os mesmos fundamentos já apreciados e, mais, tendo em vista que a
jurisprudência é pacífica no sentido de que “(...) A interposição de dois recursos pela mesma parte e contra a mesma decisão impede o
conhecimento do segundo recurso, haja vista a preclusão consumativa e o princípio da unirrecorribilidade das decisões. (...)” (AgInt no AREsp
1192514/MS, Rel. Ministro Marco Buzzi, Quarta Turma, julgado em 02/10/2018, DJe 10/10/2018), não se pode conhecer do recurso.
Ante o exposto, com fulcro no artigo 1.030, III, do Código de Processo Civil, determino o SOBRESTAMENTO do feito até o julgamento em
definitivo do recurso afetado e NÃO CONHEÇO do segundo recurso extraordinário interposto, com fundamento no artigo 932, III, do CPC.
Publique-se. Intime-se. Cumpra-se.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 53/1770
0000709-68.2014.4.03.6323 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO TR/TRU Nr. 2019/9301072048
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID)
RECORRIDO: AURO BERNARDINO DE SOUZA (SP317951 - LEANDRO TOALHARES VIDAL DOS SANTOS)
Vistos, nos termos da Resolução n. 3/2016 CJF3R.
Trata-se de agravo interno apresentado pela parte autora contra decisão que não admitiu pedido de uniformização de interpretação de lei
federal interposto contra acórdão proferido por Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária de São Paulo.
DECIDO.
Nos termos do artigo 10, §1º, da Resolução n. 3/2016 do Conselho da Justiça Federal da 3ª Região, inadmitido o recurso extraordinário ou o
pedido de uniformização, nos termos do inciso I desse artigo, ou do art. 7º, inciso IX, a parte poderá, no prazo de quinze dias úteis a contar da
publicação da decisão, interpor agravo nos próprios autos a ser dirigido ao Supremo Tribunal Federal, respeitadas as regras processuais
pertinentes, à Turma Nacional de Uniformização ou à Turma Regional de Uniformização, conforme o caso, observada a necessidade de
indicação do equívoco da decisão recorrida.
No caso concreto, a decisão agravada resolveu a questio iuris nos seguintes termos:
“DECISÃO-EMENTA
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE. ART. 10, INCISO I, DA RESOLUÇÃO Nº 3, DE 23 DE AGOSTO DE 2016, DO CONSELHO DA
JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO. AFIRMAÇÃO DE QUE HÁ PROVA DOS FATOS ALEGADOS. REEXAME FÁTICO-
PROBATÓRIO. SÚMULA Nº 42 DA TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO. SÚMULA Nº 279 DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.
1. Recurso(s) apresentado(s) contra acórdão de Turma Recursal no âmbito dos Juizados Especiais Federais.
2. O(s) recurso(s) não comporta(m) admissão.
3. Em verdade, pretende a parte recorrente rediscussão sobre a prova de efetiva exposição a agentes nocivos.
4. As decisões das instâncias ordinárias são soberanas na análise dos fatos e provas constantes dos autos.
5. Para reforma do julgado sob o fundamento de haver, nos autos, prova dos fatos alegados, é imprescindível desconsiderar a moldura fática
delineada pela decisão recorrida e reexaminar o conjunto fático-probatório que compõe a lide. Procedimento incabível em sede de pedido de
uniformização à vista do óbice contido na súmula nº 42, da Turma Nacional de Uniformização, verbis: “Não se conhece de incidente de
uniformização que implique reexame de matéria de fato”.
6. Jurisprudência da Turma Nacional de Uniformização uníssona nesse sentido. Confira-se:
“PREVIDENCIÁRIO. INÍCIO RAZOÁVEL DE PROVA MATERIAL APRESENTADO, PONDERADO E REJEITADO.
VALORAÇÃO DA FORÇA DA PROVA. ASPECTOS SUBJETIVOS DO JULGADO NÃO SUBMETIDOS À UNIFORMIZAÇÃO.
(...) O papel uniformizador da TNU se dá pela indicação, por exemplo, de que a certidão de casamento pode ser admitida como início razoável
de prova material, quando traz informações na qualificação dos noivos, que auxiliam na busca da verdade real no caso concreto dos autos.
Mas não é papel da TNU dizer que essa ou aquela prova dos autos era suficiente ou não a caracterizar a verdade real, o que está dentro da
valoração subjetiva pelo julgador, na busca de um juízo de convencimento pessoal, o que não se confunde com o papel uniformizador, mas
antes de concreção do direito abstratamente posto. (...) Ademais, para conferir às provas apresentadas novo valor, necessário seria nos
debruçarmos sobre os aspectos fáticos do caso para dizer se a ponderação se mostra adequada, o que equivale a reexaminar a matéria de fato
da lide. Aqui incidiria a Súmula 42 da TNU (...)” (destacou-se)
(PEDILEF 00139766120104014300, Rel. Juiz Federal Luiz Claudio Fores da Cunha, DOU 23/08/2013)
7. Por outro lado, não há similitude fática entre os julgados confrontados, na medida em que a convicção dos Órgãos Julgadores decorre da
análise das provas e das peculiaridades de cada litígio. O pedido de uniformização não é a via adequada para analise do possível acerto ou
desacerto do acórdão recorrido quanto à apreciação das provas. Seu propósito é apenas resolver o dissídio de teses jurídicas, a fim de
uniformizar a interpretação da lei federal.
8. Incidência do óbice contido na Súmula nº 279, do Supremo Tribunal Federal, verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário”.
9. Hipótese em que o apelo extremo não pode ser analisado sem o prévio exame da legislação infraconstitucional. Inviabilidade do recurso,
pois, se ocorresse ofensa à Constituição Federal, esta seria indireta. À guisa de ilustração, cite-se o AI 810972, Relator: Min. DIAS
TOFFOLI, julgado em 19/05/2011, publicado em PROCESSO ELETRÔNICO DJe-107 DIVULG 03/06/2011 PUBLIC 06/06/2011.
10. Estando o(s) apelo(s) em descompasso com as normas procedimentais aplicáveis à espécie, nos termos do art. 15 do RITNU c/c art.
1.030 do CPC, NEGO SEGUIMENTO ao(s) recurso(s) apresentado(s). Oportunamente, à origem, certificando-se.”
Verifico que o juízo de inadmissibilidade do recurso não se fundamentou em precedente obrigatório descrito no artigo 1.030, I e III, CPC ou no
art. 10º, II, Res. n. 3/2016 CJF3R, de maneira que o recurso cabível é o agravo nos próprios autos, que será julgado pelo Juízo ad quem.
Muito embora a parte tenha apresentado agravo interno, entendo que é possível recebê-lo como agravo nos próprios autos, por aplicação do
princípio da fungibilidade recursal, de especial relevância no Juizado Especial Federal, cujo procedimento é notadamente mais simples e
informal, considerando as circunstâncias excepcionais do caso concreto. Nesse sentido:
“RECLAMAÇÃO Nº 0000137-09.2018.4.90.0000/DF
RELATOR: JUIZ FEDERAL BIANOR ARRUDA BEZERRA NETO
RECLAMANTE: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
RECLAMADO: JUÍZO FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE MINAS GERAIS
RELATÓRIO
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 54/1770
Trata-se de reclamação, ajuizada pelo ente público com base no art. 45 do RITNU, através da qual afirma que a TR/MG (Juiz de Fora), nos
autos do Processo n.º 0012665-77.2010.4.01.3801, teria convertido “agravo nos próprios autos”, interposto contra decisão do seu respectivo
presidente, que não admitira incidente de uniformização, em “agravo interno”.
(...)
VOTO
A controvérsia foca-se na seguinte questão processual: o presidente de Turma Recursal pode converter “agravo nos próprios autos”,
apresentado, nos termos do art. 15, §1.º, do RITU, contra decisão que não conhece pedido de uniformização, em “agravo interno”, previsto no
art. 15, §2.º, do citado regimento?
A resposta é positiva, desde que o acórdão recorrido tenha sido posto no mesmo sentido da jurisprudência da TNU em “representativo de
controvérsia” ou em “enunciado de súmula”.
É o caso dos autos, uma vez que a demanda foi julgada pelo acórdão recorrido em consonância com o enunciado da Súmula n.º 57 deste
Colegiado Nacional.
Em tais termos, mantendo a compreensão exposta quando da decisão que apreciou o pedido liminar, voto no sentido de JULGAR
IMPROCEDENTE a presente reclamação.”
“Ementa
RECLAMÇÃO. CONVERSÃO DE "AGRAVO NOS PRÓPRIOS AUTOS", APRESENTADO, NOS TERMOS DO ART. 15, §1.º, DO
RITU, EM "AGRAVO INTERNO", PREVISTO NO ART. 15, §2.º. POSSIBILIDADE. DECISÃO RECORRIDA NO MESMO
SENTIDO DE "REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA" OU DE "ENUNCIADO DE SÚMULA" DA TNU. PRETENSÃO
DENEGADA.
(RECLAM nº 0000137-09.2018.4.90.0000, Relator(a) BIANOR ARRUDA BEZERRA NETO, Órgão julgador TNU, Data 26/10/2018, Data
da publicação 09/11/2018)
“RECLAMAÇÃO Nº 0000135-39.2018.4.90.0000/DF
RELATORA: JUÍZA FEDERAL LUISA HICKEL GAMBA
RECLAMANTE: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
RECLAMADO: JUÍZO FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE MINAS GERAIS
RELATÓRIO
Trata-se de reclamação ajuizada pelo INSS contra acórdão da 1ª Turma Recursal de Juiz de Fora, relatado pelo Presidente daquela Turma,
em que se conheceu de agravo nos próprios autos dirigido a esta Turma Nacional (art. 15, § 1º, do RI) como agravo interno dirigido à Turma
Recursal de origem (art. 15, § 2º, do RI), negando-se-lhe provimento.
O reclamante alega que o acórdão reclamado usurpou competência desta Turma Nacional, a quem caberia julgar o agravo por ele interposto
contra a decisão de inadmissão do incidente de uniformização nacional.
É o breve relato.
VOTO
A reclamação, disposta no Regimento Interno nos arts. 45 a 50, é cabível nesta Turma Nacional em duas hipóteses: (1) para preservar
sua competência e (2) para garantir a autoridade de suas decisões. O prazo para o ajuizamento é de quinze dias, contados da intimação da
decisão nos autos de origem.
A questão de ordem 16, editada em 2005, cuidava da matéria antes da existência de disposição regimental e foi cancelada na sessão de
22/02/2018.
De início, registro que o reclamante comprovou a tempestividade da reclamação.
Não obstante, a pretensão deve ser rejeitada.
Com efeito, não se pode falar em usurpação de competência desta Turma Nacional, pois o acórdão reclamado foi proferido estritamente
conforme a competência regimentalmente fixada.
Nesse sentido, consta do art. 15 do Regimento Interno, com a redação dada pela Resolução CJF 392/2016:
§ 1º Inadmitido na origem o pedido de uniformização, a parte poderá, no prazo de quinze dias a contar da publicação da decisão, interpor
agravo nos próprios autos a ser dirigido à Turma Nacional de Uniformização, observados a necessidade de indicação do equívoco da decisão
recorrida de inadmissão e o disposto no § 2º deste artigo.
§ 2º Contra decisão de inadmissão de pedido de uniformização fundada em representativo de controvérsia ou súmula da Turma Nacional de
Uniformização, caberá agravo interno, no prazo de quinze dias a contar da respectiva publicação, o qual, após o decurso de igual prazo para
contrarrazões, será julgado pela Turma Recursal ou Regional, conforme o caso, mediante decisão irrecorrível.
Assim, é lícita a conversão do agravo dirigido a esta Turma Nacional (§ 1º) em agravo interno (§ 2º), quando este for o agravo adequado pelo
conteúdo da decisão de inadmissão do incidente de uniformização nacional. A análise a ser realizada na presente reclamação, portanto, é se a
decisão de conversão do agravo foi correta.
(...)
Dessa forma, a atuação da Turma Recursal de origem deu-se nos termos regimentalmente fixados, não havendo motivo para sua cassação.
Ante o exposto, voto por JULGAR IMPROCEDENTE A RECLAMAÇÃO.”
“Ementa
RECLAMAÇÃO. USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA. IMPUGNAÇÃO DE DECISÃO QUE CONVERTEU O AGRAVO PARA A
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 55/1770
TNU EM AGRAVO INTERNO PARA A TURMA RECURSAL. OBSERVÂNCIA DA COMPETÊNCIA REGIMENTALMENTE
FIXADA. IMPROCEDÊNCIA.
(RECLAM – RECLAMAÇÃO nº 0000135-39.2018.4.90.0000, Relator(a) LUÍSA HICKEL GAMBA, Órgão julgador: TNU, Data da
publicação: 23/08/2018)”
“AGRAVO INTERNO NO RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA. AGRAVO NOS PRÓPRIOS AUTOS. RECEBIMENTO.
PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE. FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO. ART. 1.021, §
1º, DO CPC/2015. SÚMULA Nº 182 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA.
1. Recurso ordinário interposto contra acórdão publicado na vigência do Código de Processo Civil de 2015 (Enunciados Administrativos nºs 2 e
3/STJ).
2. Agravo nos próprios autos recebidos como agravo interno, com base nos princípios da fungibilidade e da economia processual.
3. Não pode ser conhecido o recurso que não infirma especificamente os fundamentos da decisão agravada, haja vista o disposto no art. 1.021,
§ 1º, do Código de Processo Civil de 2015. O conteúdo normativo do referido dispositivo legal já estava cristalizado no entendimento
jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça na redação da Súmula nº 182/STJ.
4. Agravo interno não conhecido.
(AgInt no RMS 56.953/SP, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 03/09/2018, DJe
13/09/2018)
Nesse sentido também se encontra o enunciado nº 104 do Fórum Permanente de Processualistas Civis (FPPC), in verbis: (art. 1.024, § 3º) O
princípio da fungibilidade recursal é compatível com o CPC e alcança todos os recursos, sendo aplicável de ofício. (Grupo: Ordem dos
Processos no Tribunal, Teoria Geral dos Recursos, Apelação e Agravo)”.
Desse modo, diante do agravo nos próprios autos interposto, torno sem efeito a distribuição de agravo interno, processo nº 0000064-
91.2018.4.03.9301, devendo o processo apenso ser remetido ao arquivo.
Ante o exposto, (i) torno sem efeito a distribuição do agravo interno de nº 0000064-91.2018.4.03.9301; e (ii) com fulcro no artigo 10, §1º, da
Resolução n. 3/2016 CJF3R, recebo o recurso como agravo nos próprios autos.
Encarte-se a petição do agravo nestes autos e translade-se cópia dessa decisão no processo apenso (0000064-91.2018.4.03.9301), remetendo-
o ao arquivo.
Por fim, considero que as razões expendidas são insuficientes para a reconsideração do decisum. Desse modo, deixo de exercer o juízo de
retratação.
Intime-se a parte recorrida para que apresente contrarrazões ao recurso, no prazo de 15 (quinze) dias.
Após, remetam-se os autos à Turma Nacional de Uniformização, com as homenagens de estilo.
Cumpra-se. Intime-se. Cumpra-se.
Verifico que o juízo de inadmissibilidade dos recursos (pedido de uniformização dirigido à Turma Regional de Uniformização, do pedido de
uniformização dirigido à Turma Nacional de Uniformização e do recurso extraordinário) não se fundamentou em precedente obrigatório
descrito no artigo 1.030, I e III, CPC ou no art. 10º, II, Res. n. 3/2016 CJF3R, de maneira que o recurso cabível é o agravo nos próprios autos,
que será julgado pelo respectivo Juízo ad quem.
Com efeito, diante dos agravos nos próprios autos interpostos, torno sem efeito a distribuição de agravo interno, processo nº0000198-
21.2018.4.03.9301, eis que realizada por equívoco, devendo o processo apenso ser remetido ao arquivo.
Por outro lado, no que concerne ao agravo contra a parte da decisão proferida pelo Presidente da Turma Recursal que não admitiu
reclamação dirigida ao Superior Tribunal de Justiça, saliento que desta decisão não cabe o aludido recurso de agravo, ante a falta de previsão
nas normas regimentais de vigência (Res. 3/2016 do CJF3Re Res. 345/2015do CJF).
Ademais, havendo procedimento específico e meio próprio de impugnação para se insurgir contra acórdão de Turma Recursal de Juizado
Especial Federal e da respectiva inadmissão de recursos excepcionais oriunda de presidência de Turma Recursal, nos termos da Lei
10.259/01, art. 14 e seguintes, e demais normas regimentais, não é cabível o ajuizamento da reclamação no caso dos autos, tratando-se de
inadequação da via eleita. Nesse sentido:
“PREVIDENCIÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. ACÓRDÃO PROFERIDO POR TURMA RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL
FEDERAL. NÃO CABIMENTO DA RECLAMAÇÃO. SUCEDÂNEO RECURSAL. IMPOSSIBILIDADE.
1. A teor dos arts. 187 do RISTJ e 988, IV, § 5º, II, do CPC/2015, é inadmissível a reclamação proposta para garantir a observância de
acórdão de recurso extraordinário com repercussão geral reconhecida ou de acórdão proferido em julgamento de recursos extraordinário ou
especial repetitivos, quando não esgotadas as instâncias ordinárias.
2. No âmbito dos Juizados Especiais Federais, não é cabível reclamação diretamente contra acórdão de turma recursal ou de decisão
monocrática proferida pela Presidência da TNU, pois há previsão expressa de recurso a ser examinado pela TNU, a teor do art. 14 da Lei n.
10.259/2001. Com efeito, a reclamação não deve ser utilizada como sucedâneo recursal.
3. Agravo interno a que se nega provimento.
(AgInt na Rcl 34.403/DF, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 26/09/2018, DJe 03/10/2018)”
“(...) Não se admite a utilização do instituto da reclamação contra acórdão de Turma Recursal do Juizado Federal diante da previsão expressa
de recursos no artigo 14 da Lei n. 10.259/2001. (...)
(STJ. 1ª Seção. AgRg na Rcl 7.764/SP, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 24/10/2012)”
Revogo o despacho que determinou a remessa dos autos à Contadoria. Aguarde-se o julgamento do feito na sessão de 23.04.2019.
Trata-se de ação que tem por objeto pedido de revisão da RMI do benefício de aposentadoria, mediante a aplicação da regra
permanente prevista no art. 29, inc. I, da Lei nº 8.213/1991, com a redação conferida com a Lei n. 9.876/1999, em detrimento da regra de
transição preconizada no art. 3º da Lei nº.9.876/1999.
Em decisão proferida nos autos dos Recursos Especiais 1554596/SC e 1596203/PR, foi determinada a suspensão da tramitação das ações
que versem sobre a “Possibilidade de aplicação da regra definitiva prevista no art. 29, I e II da Lei 8.213/1991, na apuração do salário de
benefício, quando mais favorável do que a regra de transição contida no art. 3º da Lei 9.876/1999, aos Segurados que ingressaram no sistema
antes de 26.11.1999 (data de edição da Lei 9.876/1999)”.
Assim, em cumprimento à determinação supra, determino o sobrestamento do feito até fixação da jurisprudência pelos Tribunais Superiores.
Intimem-se.
1. O sistema informatizado do INSS mostra a cessação do benefício de titularidade da parte autora em decorrência de óbito:
2. Nos termos do art. 112 da Lei nº 8.213/91, “o valor não recebido em vida pelo segurado só será pago aos seus dependentes habilitados à
pensão por morte ou, na falta deles, aos seus sucessores na forma da lei civil, independentemente de inventário ou arrolamento” (grifo nosso).
3. A habilitação dos sucessores processuais requer, portanto, a apresentação dos seguintes documentos:
a) certidão de óbito da parte autora;
b) certidão de existência ou inexistência de dependentes habilitados à pensão por morte fornecida pelo próprio INSS;
c) carta de concessão da pensão por morte ou provas da condição de sucessores na ordem civil (certidão de casamento, instrumento público
ou sentença que comprove união estável, certidão de nascimento, cópias das peças do processo de inventário ou arrolamento, etc.), conforme
o caso;
d) cópias do RG, CPF e comprovante de endereço com CEP de todos os habilitandos, ainda que menores.
4. Diante do exposto, suspendo o processo por 60 (sessenta) dias, para que sejam providenciados os documentos necessários à habilitação
do(s) sucessor(es) processual(is).
Verifico que o juízo de inadmissibilidade do recurso não se fundamentou em precedente obrigatório descrito no artigo 1.030, I e III, CPC ou no
art. 10º, II, Res. n. 3/2016 CJF3R, de maneira que o recurso cabível é o agravo nos próprios autos, que será julgado pelo Juízo ad quem.
Muito embora a parte tenha apresentado agravo interno, entendo que é possível recebê-lo como agravo nos próprios autos, por aplicação do
princípio da fungibilidade recursal, de especial relevância no Juizado Especial Federal, cujo procedimento é notadamente mais simples e
informal, considerando as circunstâncias excepcionais do caso concreto. Nesse sentido:
“RECLAMAÇÃO Nº 0000137-09.2018.4.90.0000/DF
RELATOR: JUIZ FEDERAL BIANOR ARRUDA BEZERRA NETO
RECLAMANTE: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
RECLAMADO: JUÍZO FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE MINAS GERAIS
RELATÓRIO
Trata-se de reclamação, ajuizada pelo ente público com base no art. 45 do RITNU, através da qual afirma que a TR/MG (Juiz de Fora), nos
autos do Processo n.º 0012665-77.2010.4.01.3801, teria convertido “agravo nos próprios autos”, interposto contra decisão do seu respectivo
presidente, que não admitira incidente de uniformização, em “agravo interno”.
(...)
VOTO
A controvérsia foca-se na seguinte questão processual: o presidente de Turma Recursal pode converter “agravo nos próprios autos”,
apresentado, nos termos do art. 15, §1.º, do RITU, contra decisão que não conhece pedido de uniformização, em “agravo interno”, previsto no
art. 15, §2.º, do citado regimento?
A resposta é positiva, desde que o acórdão recorrido tenha sido posto no mesmo sentido da jurisprudência da TNU em “representativo de
controvérsia” ou em “enunciado de súmula”.
É o caso dos autos, uma vez que a demanda foi julgada pelo acórdão recorrido em consonância com o enunciado da Súmula n.º 57 deste
Colegiado Nacional.
Em tais termos, mantendo a compreensão exposta quando da decisão que apreciou o pedido liminar, voto no sentido de JULGAR
IMPROCEDENTE a presente reclamação.”
“RECLAMAÇÃO Nº 0000135-39.2018.4.90.0000/DF
RELATORA: JUÍZA FEDERAL LUISA HICKEL GAMBA
RECLAMANTE: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
RECLAMADO: JUÍZO FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE MINAS GERAIS
RELATÓRIO
Trata-se de reclamação ajuizada pelo INSS contra acórdão da 1ª Turma Recursal de Juiz de Fora, relatado pelo Presidente daquela Turma,
em que se conheceu de agravo nos próprios autos dirigido a esta Turma Nacional (art. 15, § 1º, do RI) como agravo interno dirigido à Turma
Recursal de origem (art. 15, § 2º, do RI), negando-se-lhe provimento.
O reclamante alega que o acórdão reclamado usurpou competência desta Turma Nacional, a quem caberia julgar o agravo por ele interposto
contra a decisão de inadmissão do incidente de uniformização nacional.
É o breve relato.
VOTO
A reclamação, disposta no Regimento Interno nos arts. 45 a 50, é cabível nesta Turma Nacional em duas hipóteses: (1) para preservar
sua competência e (2) para garantir a autoridade de suas decisões. O prazo para o ajuizamento é de quinze dias, contados da intimação da
decisão nos autos de origem.
A questão de ordem 16, editada em 2005, cuidava da matéria antes da existência de disposição regimental e foi cancelada na sessão de
22/02/2018.
De início, registro que o reclamante comprovou a tempestividade da reclamação.
Não obstante, a pretensão deve ser rejeitada.
Com efeito, não se pode falar em usurpação de competência desta Turma Nacional, pois o acórdão reclamado foi proferido estritamente
conforme a competência regimentalmente fixada.
Nesse sentido, consta do art. 15 do Regimento Interno, com a redação dada pela Resolução CJF 392/2016:
§ 1º Inadmitido na origem o pedido de uniformização, a parte poderá, no prazo de quinze dias a contar da publicação da decisão, interpor
agravo nos próprios autos a ser dirigido à Turma Nacional de Uniformização, observados a necessidade de indicação do equívoco da decisão
recorrida de inadmissão e o disposto no § 2º deste artigo.
§ 2º Contra decisão de inadmissão de pedido de uniformização fundada em representativo de controvérsia ou súmula da Turma Nacional de
Uniformização, caberá agravo interno, no prazo de quinze dias a contar da respectiva publicação, o qual, após o decurso de igual prazo para
contrarrazões, será julgado pela Turma Recursal ou Regional, conforme o caso, mediante decisão irrecorrível.
Assim, é lícita a conversão do agravo dirigido a esta Turma Nacional (§ 1º) em agravo interno (§ 2º), quando este for o agravo adequado pelo
conteúdo da decisão de inadmissão do incidente de uniformização nacional. A análise a ser realizada na presente reclamação, portanto, é se a
decisão de conversão do agravo foi correta.
(...)
Dessa forma, a atuação da Turma Recursal de origem deu-se nos termos regimentalmente fixados, não havendo motivo para sua cassação.
Ante o exposto, voto por JULGAR IMPROCEDENTE A RECLAMAÇÃO.”
“Ementa
RECLAMAÇÃO. USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA. IMPUGNAÇÃO DE DECISÃO QUE CONVERTEU O AGRAVO PARA A
TNU EM AGRAVO INTERNO PARA A TURMA RECURSAL. OBSERVÂNCIA DA COMPETÊNCIA REGIMENTALMENTE
FIXADA. IMPROCEDÊNCIA.
(RECLAM – RECLAMAÇÃO nº 0000135-39.2018.4.90.0000, Relator(a) LUÍSA HICKEL GAMBA, Órgão julgador: TNU, Data da
publicação: 23/08/2018)”
“AGRAVO INTERNO NO RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA. AGRAVO NOS PRÓPRIOS AUTOS. RECEBIMENTO.
PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE. FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO. ART. 1.021, §
1º, DO CPC/2015. SÚMULA Nº 182 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA.
1. Recurso ordinário interposto contra acórdão publicado na vigência do Código de Processo Civil de 2015 (Enunciados Administrativos nºs 2 e
3/STJ).
2. Agravo nos próprios autos recebidos como agravo interno, com base nos princípios da fungibilidade e da economia processual.
3. Não pode ser conhecido o recurso que não infirma especificamente os fundamentos da decisão agravada, haja vista o disposto no art. 1.021,
§ 1º, do Código de Processo Civil de 2015. O conteúdo normativo do referido dispositivo legal já estava cristalizado no entendimento
jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça na redação da Súmula nº 182/STJ.
4. Agravo interno não conhecido.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 63/1770
(AgInt no RMS 56.953/SP, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 03/09/2018, DJe
13/09/2018)
Nesse sentido também se encontra o enunciado nº 104 do Fórum Permanente de Processualistas Civis (FPPC), in verbis: (art. 1.024, § 3º) O
princípio da fungibilidade recursal é compatível com o CPC e alcança todos os recursos, sendo aplicável de ofício. (Grupo: Ordem dos
Processos no Tribunal, Teoria Geral dos Recursos, Apelação e Agravo)”.
Por fim, diante do agravo nos próprios autos interposto, torno sem efeito a distribuição de agravo interno, processo nº 0000529-
03.2018.4.03.9301, devendo o processo apenso ser remetido ao arquivo.
Ante o exposto, (i) torno sem efeito a distribuição do agravo interno de nº 0000529-03.2018.4.03.9301, caso já realizada; e (ii) com fulcro no
artigo 10, §1º, da Resolução n. 3/2016 CJF3R, recebo o recurso como agravo nos próprios autos.
Encarte-se a petição do agravo nestes autos translade-se cópia dessa decisão no processo apenso (0000529-03.2018.4.03.9301), remetendo-o
ao arquivo.
Por fim, considero que as razões expendidas são insuficientes para a reconsideração do decisum. Desse modo, deixo de exercer o juízo de
retratação.
Intime-se a parte recorrida para que apresente contrarrazões ao recurso, no prazo de 15 (quinze) dias.
Após, remetam-se os autos à Turma Nacional de Uniformização, com as homenagens de estilo.
Cumpra-se. Intime-se. Cumpra-se.
Logo, a tese que embasou o julgamento foi que o delito de desobediência é, de fato, subsidiário, sendo típica a conduta apenas quando
expressamente prevista a cumulação da sanção extrapenal com a criminal.
O Acórdão paradigma (AREsp 1175205), fincado na mesma tese, diga-se, deixa de considerar a conduta lá apurada como típica porque o 1º,
inc. XIV, do Decreto-lei 201/67 não dispõe pela cumulação.
Ora, diante de situações de fato diversas, não poderiam a Turma Recursal e o Superior Tribunal de Justiça aplicar o direito de modo
equivalente. Ressalte-se que as teses são idênticas, o que muda é a subsunção do fato à norma, pois são circunstâncias diferentes.
Por conseguinte, impõe-se a aplicação do disposto na Questão de Ordem nº 22 da Turma Nacional de Uniformização:
“É possível o não-conhecimento do pedido de uniformização por decisão monocrática quando o acórdão recorrido não guarda similitude fática
e jurídica com o acórdão paradigma.”
Ante o exposto, (i) retifico a decisão anterior (evento n. 41); e (ii) com fulcro no artigo 10, I, “a”, da Resolução n. 3/2016 CJF3R, NÃO
ADMITO o pedido de uniformização nacional.
Aguarde-se o prazo recursal referente a esta decisão. Após, tornem os autos conclusos antes da intimação da parte contrária para
contrarrazoar o agravo já interposto (evento n. 44).
Publique-se. Intime-se. Cumpra-se.
EXPEDIENTE Nº 2019/9201000094
Nos termos do artigo 932 do Código de Processo Civil, o Relator está autorizado, mediante decisão monocrática, a não conhecer de recurso
inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida.
No caso dos autos, verifico que o recurso interposto se enquadra na situação descrita na parte final do dispositivo mencionado.
Ora, o magistrado de origem extinguiu o processo, sem resolução do mérito, por vislumbrar a existência de coisa julgada.
Em seu recurso, no entanto, a parte se restringe ao mérito da causa, sustentando seu direito à aposentadoria pleiteada na inicial, sem impugnar
os fundamentos que lastreiam o decisum combatido.
Desse modo, é evidente na hipótese a ausência de pressuposto de admissibilidade a impor o não conhecimento do recurso, qual seja a falta de
impugnação específica dos fundamentos da decisão recorrida (regularidade formal), inexistindo dialeticidade e congruência entre o decisum
combatido e as razões recursais.
Ressalte-se, por derradeiro, que o vício mencionado não é sanável, nos termos do parágrafo único do artigo 932 do Código de Processo Civil,
conforme já decido nas instâncias superiores:
AGRAVO INTERNO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE BENEFÍCIO.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 83/1770
PRAZO DECADENCIAL. BENEFÍCIOS CONCEDIDOS ANTERIORMENTE À VIGÊNCIA DA MEDIDA PROVISÓRIA Nº
1.523/1997. AGRAVO INTERNO QUE NÃO ATACA OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA 283/STF.
INCIDÊNCIA. RECURSO INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. APLICAÇÃO DE NOVA
SUCUMBÊNCIA. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO.
(ARE 953221 AgR, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 07/06/2016, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-164 DIVULG
04-08-2016 PUBLIC 05-08-2016) grifou-se
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA AOS
FUNDAMENTOS DA DECISÃO PROFERIDA PELO TRIBUNAL DE ORIGEM. PRINCIPIO DA DIALETICIDADE. ART. 932, III,
DO CPC DE 2.015. INSUFICIÊNCIA DE ALEGAÇÃO GENÉRICA. 1. À luz do princípio da dialeticidade, que norteia os recursos,
compete à parte agravante, sob pena de não conhecimento do agravo em recurso especial, infirmar especificamente os fundamentos adotados
pelo Tribunal de origem para negar seguimento ao reclamo. 2. O agravo que objetiva conferir trânsito ao recurso especial obstado na origem
reclama, como requisito objetivo de admissibilidade, a impugnação específica aos fundamentos utilizados para a negativa de seguimento do
apelo extremo, consoante expressa previsão contida no art. 932, III, do CPC de 2.015 e art. 253, I, do RISTJ, ônus da qual não se desincumbiu
a parte insurgente, sendo insuficiente alegações genéricas de não aplicabilidade do óbice invocado. 3. Esta Corte, ao interpretar o previsto no
art. 932, parágrafo único, do CPC/2015 (o qual traz disposição similar ao § 3º do art. 1.029 do do mesmo Código de Ritos), firmou o
entendimento de que este dispositivo só se aplica para os casos de regularização de vício estritamente formal, não se prestando para
complementar a fundamentação de recurso já interposto. 4. Agravo interno não provido.
(AgInt no AREsp 1039553/PR, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 23/05/2017, DJe 26/05/2017)
grifou-se
Ante o exposto, deixo de conhecer do recurso interposto, com fulcro no artigo 932, III, do Código de Processo Civil, nos termos da
fundamentação.
Retire-se o processo da pauta de julgamentos 9201000006/2019, a se realizar no dia 28 de março de 2018.
Condeno a parte recorrente ao pagamento de custas e honorários advocatícios, estes fixados em 10% (dez por cento) do valor atualizado da
causa, nos termos do artigo 55, segunda parte, da Lei n. 9.099/95.
Oportunamente, providencie-se a baixa pertinente.
Intimem-se. Viabilize-se.
DECISÃO TR - 16
APLICA-SE AOS PROCESSOS ABAIXO O SEGUINTE DISPOSITIVO:
Vistos. Autos baixados da Turma Nacional de Uniformização com determinação para que “se aguarde o julgamento do PUIL
60/PR, afetado como repetitivo pelo Superior Tribunal de Justiça, de forma que promovam a posterior confirmação do acórdão
recorrido ou sua adaptação à decisão que vier a ser proferida no recurso indicado.”. Decido. Atuo na forma preconizada pela
Resolução nº 3/2016, alterada pela Resolução nº 30/2017, ambas do CJF3ª Região. No presente caso, o objeto do recurso
corresponde à controvérsia a ser apreciada no PUIL 60/RN (2017/0093560-6), em trâmite no STJ, nos seguintes termos:
“Saber se a VPNI, instituída pela Lei n. 10.698/2003, no importe de R$59,87 constituiu revisão geral anual.” Tema 132/TNU
Processo PEDILEF 0512117-46.2014.4.05.8100 Decisão de afetação: 21/03/2016 Relator (a) Juiz Federal Gerson Luiz Rocha
Julgado em 16/06/2016 Acórdãos publicados em 22/06/2016 e 23/09/2016 Trânsito em julgado 18/08/2017 (conforme certificado
pelo STJ) com decisão para baixar peças à origem para aguardar julgamento do PUIL 60/RN Pelo exposto, proceda-se ao
SOBRESTAMENTO dos presentes autos até o julgamento em definitivo da controvérsia. Viabilize-se.
0003858-16.2015.4.03.6201 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO TR Nr. 2019/9201003408
RECORRENTE: ELOIZA DINIZ DE OLIVEIRA TEIXEIRA (MS018270 - JOSE NICODEMOS DE ARAUJO JUNIOR)
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (OUTROS)
0005468-19.2015.4.03.6201 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO TR Nr. 2019/9201003401
RECORRENTE: FLOILDO GOMES TEIXEIRA (MS018270 - JOSE NICODEMOS DE ARAUJO JUNIOR)
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL (AGU)
0002178-93.2015.4.03.6201 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO TR Nr. 2019/9201003410
RECORRENTE: VERE LUCE DE OLIVEIRA (MS018270 - JOSE NICODEMOS DE ARAUJO JUNIOR)
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL (AGU)
0001821-79.2016.4.03.6201 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO TR Nr. 2019/9201003412
RECORRENTE: FRANCISCA MODESTO DA SILVA (MS018270 - JOSE NICODEMOS DE ARAUJO JUNIOR)
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL (AGU)
0005113-09.2015.4.03.6201 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO TR Nr. 2019/9201003403
RECORRENTE: JOAQUIM CANDIDO TEODORO DE CARVALHO (MS018270 - JOSE NICODEMOS DE ARAUJO JUNIOR)
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (OUTROS)
Vistos.
Compulsando os autos, verifico que houve pedido de sustentação oral formulado no presente feito. No entanto, por lapso, houve o lançamento
de acórdão no Sistema Processual.
Desse modo, torno sem efeito o acórdão lançado e determino se aguarde o julgamento do feito em sessão presencial a ser realizada no dia
28/3/2019, às 14h30, conforme certidão lançada nos autos (anexo 042).
Intimem-se.
Diante do exposto, determino o sobrestamento do feito até o julgamento definitivo do TEMA nº 810 pelo E.STF.
Viabilize-se.
Vistos.
Trata-se de recurso(s) excepcional(is) interposto(s) pela parte autora contra acórdão proferido por Turma Recursal dos Juizados Especiais
Federais da Seção Judiciária de Mato Grosso do Sul.
Alega, em suma, ser indevido o recolhimento de contribuição para o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (FUNRURAL) sobre a
receita bruta proveneiente da comercialização da produção rural de empregadores pessoas físicas.
Decido.
Atuo na forma preconizada pela Resolução nº 3/2016, alterada pela Resolução nº 30/2017, ambas do CJF3ª Região.
O(s) recurso(s) não merece(m) seguimento.
A discussão trazida no presente recurso refere-se ao tema 669 da repercussão geral, julgado pelo Supremo Tribunal Federal, sob a sistemática
dos recursos repetitivos, RE 718874/RS.
Na oportunidade, firmou-se a seguinte tese:
“É constitucional formal e materialmente a contribuição social do empregador rural pessoa física, instituída pela Lei 10.256/2001, incidente
sobre a receita bruta obtida com a comercialização de sua produção”.
Ementa: TRIBUTÁRIO. EC 20/98. NOVA REDAÇÃ O AO ARTIGO 195, I DA CF. POSSIBILIDADE DE EDIÇÃO DE LEI
ORDINÁRIA PARA INSTITUIÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO DE EMPREGADORES RURAIS PESSOAS FÍSICAS INCIDENTE
SOBRE A COMERCIALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO RURAL. CONSTITUCIONALIDADE DA LEI 10.256/2001. 1.A declaração
incidental de inconstitucionalidade no julgamento do RE 596.177 aplica-se, por força do regime de repercussão geral, a todos os casos
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 87/1770
idênticos para aquela determinada situação, não retirando do ordenamento jurídico, entretanto, o texto legal do artigo 25, que, manteve vigência
e eficácia para as demais hipóteses. 2.A Lei 10.256, de 9 de julho de 2001 alterou o artigo 25 da Lei 8.212/91, reintroduziu o empregador rural
como sujeito passivo da contribuição, com a alíquota de 2% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção; espécie da base
de cálculo receita, autorizada pelo novo texto da EC 20/98. 3. Recurso extraordinário provido, com afirmação de tese segundo a qual É
constitucional formal e materialmente a contribuição social do empregador rural pessoa física, instituída pela Lei 10.256/01, incidente sobre a
receita bruta obtida com a comercialização de sua produção.
Desta forma, o acórdão guerreado encontra-se em perfeita sintonia com a tese fixada pela Corte Suprema na sistemática dos recursos
repetitivos, sendo medida de rigor o não prosseguimento do recurso.
Pelo exposto, NEGO SEGUIMENTO ao(s) recurso(s) excepcional(is).
Viabilize-se.
Vistos.
Trata-se de recurso extraordinário interposto pela parte ré contra acórdão proferido Turma Recursal da Seção Judiciária de Mato Grosso do
Sul.
Decido.
Atuo na forma preconizada pela Resolução nº 3/2016, alterada pela Resolução nº 30/2017, ambas do CJF3ª Região.
O recurso não merece seguimento.
Discute-se, em síntese, alegada ofensa direta à Constituição Federal, em razão de violação a princípios e direitos constitucionais.
No entanto, o recorrente não apresentou preliminar formal de repercussão geral, nos termos do art. 1.035 do Código de Processo Civil,
requisito exigível para os acórdãos cuja intimação ocorreu após 03 de maio de 2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de
abril de 2007, conforme já decidido pelo Supremo Tribunal Federal (AI 664567 QO, Relator: Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, Tribunal
Pleno, julgado em 18-06-2007, DJe-096 DIVULG 05-09-2007 PUBLIC 06-09-2007).
Assim, tendo em vista que o acórdão recorrido foi publicado após a vigência da citada Emenda Regimental, o presente recurso não pode ser
admitido em razão da ausência de pressuposto de admissibilidade recursal. Confira-se:
AGRAVO INTERNO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. FUNDAMENTAÇÃO A RESPEITO DA REPERCUSSÃO
GERAL. INSUFICIÊNCIA. JULGADO RECORRIDO DE ACORDO COM O ENTENDIMENTO FIXADO NO AI 791.292-QO-RG/PE
(Rel. Min. GILMAR MENDES, TEMA 339). EXAME DE DIREITO LOCAL. INVIABILIDADE. SÚMULA 280/STF. 1. Os recursos
extraordinários somente serão conhecidos e julgados, quando essenciais e relevantes as questões constitucionais a serem analisadas, sendo
imprescindível ao recorrente, em sua petição de interposição de recurso, a apresentação formal e motivada da repercussão geral, que
demonstre, perante o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, a existência de acentuado interesse geral na solução das questões constitucionais
discutidas no processo, que transcenda a defesa puramente de interesses subjetivos e particulares. 2. A obrigação do recorrente em
apresentar formal e motivadamente a preliminar de repercussão geral, que demonstre sob o ponto de vista econômico, político, social ou
jurídico, a relevância da questão constitucional debatida que ultrapasse os interesses subjetivos da causa, conforme exigência constitucional e
legal (art. 102, § 3º, da CF/88, c/c art. 1.035, § 2º, do CPC/2015), não se confunde com meras invocações desacompanhadas de sólidos
fundamentos no sentido de que o tema controvertido é portador de ampla repercussão e de suma importância para o cenário econômico,
político, social ou jurídico, ou que não interessa única e simplesmente às partes envolvidas na lide, muito menos ainda divagações de que a
jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL é incontroversa no tocante à causa debatida, entre outras de igual patamar
argumentativo. 3. Em relação ao art. 93, IX, da Carta Magna, o Juízo de origem não destoou do entendimento firmado por esta Corte no
julgamento do AI 791.292-QO-RG/PE (Rel. Min. GILMAR MENDES, Tema 339). 4. A solução da controvérsia depende da análise da
legislação local, o que é incabível em sede de recurso extraordinário, conforme consubstanciado na Súmula 280/STF (Por ofensa a direito local
não cabe recurso extraordinário). 5. Agravo interno a que se nega provimento. Fixam-se honorários advocatícios adicionais equivalentes a
10% (dez por cento) do valor a esse título arbitrado nas instâncias ordinárias (CPC/2015, art. 85, § 11). (RE 1.081.884 AgR, Rel. Min.
Alexandre de Moraes, DJe 28/02/2018)
Ademais, no mérito, a discussão refere-se à pretensão autoral de auferir pagamento do adicional de serviço extraordinário, nos termos do art.
73 da Lei nº 8.112/90, alegando que o regime de plantão de 24 por 72 horas extrapola o limite semanal de 40 (quarenta) horas previsto na Lei
nº 8.112/90.
Destaque-se, no entanto, ter o Supremo Tribunal Federal pacificado entendimento no sentido de que a questão atinente à jornada de trabalho
de servidor público circunscreve-se ao âmbito infraconstitucional, tornando oblíqua e reflexa eventual ofensa, circunstância que inviabiliza o
processamento do recurso extraordinário.
Para melhor ilustrar, vejamos:
DIREITO ADMINISTRATIVO. AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL. ADICIONAL DE HORAS EXTRAS. REGIME DE
PLANTÃO. ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. EVENTUAL OFENSA REFLEXA NÃO VIABILIZA O
MANEJO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ART. 102 DA LEI MAIOR. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 23.10.2013.
A controvérsia, a teor do que já asseverado na decisão guerreada, não alcança estatura constitucional. Não há falar, nesse compasso, em
afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto compreender de modo diverso exigiria análise da legislação
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 88/1770
infraconstitucional encampada na decisão prolatada pela Corte de origem, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto,
de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa
jurisprudência desta Corte. As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão
agravada. Agravo regimental conhecido e não provido. ( RE 809.254 / RN, Rel. Min. ROSA WEBER, DJe 17/12/2014)
Assim sendo, nos termos do artigo 1.030, inciso I, alínea “a”, do Código de Processo Civil, NEGO SEGUIMENTO ao recurso extraordinário.
Viabilize-se.
Vistos.
Trata-se de recursos excepcionais interpostos pela parte autora contra acórdão proferido por Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais
da Seção Judiciária de Mato Grosso do Sul.
Alega, em suma, ser indevido o recolhimento de contribuição para o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (FUNRURAL) sobre a
receita bruta proveneiente da comercialização da produção rural de empregadores pessoas físicas.
Decido.
Atuo na forma preconizada pela Resolução nº 3/2016, alterada pela Resolução nº 30/2017, ambas do CJF3ª Região.
O(s) recurso(s) não merece(m) seguimento.
I – Do Recurso Especial
Nesses casos, entendo ser incabível a interposição de REsp, seja pela ausência de previsão legal, bem como pelo expresso entendimento
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 91/1770
firmado no E. STJ, nos termos da Súmula nº 203. Transcrevo:
Não cabe recurso especial contra decisão proferida por órgão de segundo grau dos Juizados Especiais.(*)
(*) A Corte Especial, na sessão extraordinária de 23 de maio de 2002, julgando o AgRg no Ag 400.076 -BA, deliberou pela ALTERAÇÃO do
enunciado da Súmula n. 203. REDAÇÃO ANTERIOR (decisão de 04/02/1998, DJ 12/02/1998, PG: 35): NÃO CABE RECURSO
ESPECIAL CONTRA DECISÃO PROFERIDA, NOS LIMITES DE SUA COMPETÊNCIA, POR ÓRGÃO DE SEGUNDO GRAU DOS
JUIZADOS ESPECIAIS.
II – Do Recurso Extraordinário
A discussão trazida no presente recurso refere-se ao tema 669 da repercussão geral, julgado pelo Supremo Tribunal Federal, sob a sistemática
dos recursos repetitivos, RE 718874/RS.
Na oportunidade, firmou-se a seguinte tese:
“É constitucional formal e materialmente a contribuição social do empregador rural pessoa física, instituída pela Lei 10.256/2001, incidente
sobre a receita bruta obtida com a comercialização de sua produção”.
Ementa: TRIBUTÁRIO. EC 20/98. NOVA REDAÇÃO AO ARTIGO 195, I DA CF. POSSIBILIDADE DE EDIÇÃO DE LEI
ORDINÁRIA PARA INSTITUIÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO DE EMPREGADORES RURAIS PESSOAS FÍSICAS INCIDENTE
SOBRE A COMERCIALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO RURAL. CONSTITUCIONALIDADE DA LEI 10.256/2001. 1.A declaração
incidental de inconstitucionalidade no julgamento do RE 596.177 aplica-se, por força do regime de repercussão geral, a todos os casos
idênticos para aquela determinada situação, não retirando do ordenamento jurídico, entretanto, o texto legal do artigo 25, que, manteve vigência
e eficácia para as demais hipóteses. 2.A Lei 10.256, de 9 de julho de 2001 alterou o artigo 25 da Lei 8.212/91, reintroduziu o empregador rural
como sujeito passivo da contribuição, com a alíquota de 2% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção; espécie da base
de cálculo receita, autorizada pelo novo texto da EC 20/98. 3. Recurso extraordinário provido, com afirmação de tese segundo a qual É
constitucional formal e materialmente a contribuição social do empregador rural pessoa física, instituída pela Lei 10.256/01, incidente sobre a
receita bruta obtida com a comercialização de sua produção.
Desta forma, o acórdão guerreado encontra-se em perfeita sintonia com a tese fixada pela Corte Suprema na sistemática dos recursos
repetitivos, sendo medida de rigor o não prosseguimento do recurso.
Pelo exposto, DEIXO DE CONHECER do Recurso Especial e NEGO SEGUIMENTO ao Recurso Extraordinário, nos termos da
fundamentação.
Viabilize-se.
DESPACHO TR - 17
APLICA-SE AOS PROCESSOS ABAIXO O SEGUINTE DISPOSITIVO:
Tendo em vista que a Caixa Econômica Federal noticia a adesão da parte autora ao acordo coletivo homologado perante o STF,
intime-se a parte autora para, no prazo de 10 (dez) dias, informar se desiste do recurso interposto no presente feito.
0000328-14.2009.4.03.6201 - - DESPACHO TR Nr. 2019/9201004120
RECORRENTE: IRACEMA D AVILA (MS002521 - RUI BARBOSA DOS SANTOS)
RECORRIDO: CAIXA ECONOMICA FEDERAL (MS005181 - TOMAS BARBOSA RANGEL NETO)
0004264-81.2008.4.03.6201 - - DESPACHO TR Nr. 2019/9201004130
RECORRENTE: ANTONIO RODRIGUES (MS002521 - RUI BARBOSA DOS SANTOS)
RECORRIDO: CAIXA ECONOMICA FEDERAL (MS005181 - TOMAS BARBOSA RANGEL NETO)
0004102-86.2008.4.03.6201 - - DESPACHO TR Nr. 2019/9201004124
RECORRENTE: FABIO TOMOYOSE KANASHIRO (MS002521 - RUI BARBOSA DOS SANTOS)
RECORRIDO: CAIXA ECONOMICA FEDERAL (MS005181 - TOMAS BARBOSA RANGEL NETO)
FIM.
0003425-75.2016.4.03.6201 - 1ª VARA GABINETE - DESPACHO TR Nr. 2019/9201004133
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID)
RECORRIDO: JOAO PEDRO DOS SANTOS GUILHEN (MS022142 - RODRIGO PERINI)
Vistos.
Anote-se no Sistema Processual a alteração do(s) advogado(s) para os devidos fins, observando que as intimações e/ou publicações deverão
ser realizadas em nome da Dr. Rodrigo Perini, OAB/MS nº 22.142.
No mais, aguarde-se o julgamento do(s) recurso(s).
Viabilize-se.
Vistos.
Tendo em vista a informação de substabelecimento sem reservas de poderes (doc. eletrônico n. 73/74), providencie a secretaria à retirada do
nome da Dra. Renata Maria Ruban Moldes Saes, OAB/SP 233.796 do Sistema Processual, bem como anote-se que as intimações e/ou
publicações deverão ser realizadas exclusivamente em nome do Dr. Anderson Macohin, OAB/SP 284.549.
No mais, aguarde-se o julgamento do(s) recurso(s).
Viabilize-se.
Intime-se a Caixa para informar, no prazo de 10 (dez) dias, se concorda com o pedido do autor para expedição de alvará sobre o valor
incontroverso da condenação arbitrada na sentença (depositado pela ré), sem a desistência do recurso da autora que pugna pela majoração da
condenação por danos morais.
Tendo em vista que não foi anexada nos autos a procuração da nova advogada, intime-se a advogada Daniela Garcia Tavora Menegaz para,
no prazo de 10 (dez) dias, anexar nos autos a procuração outorgada pela autora para exercer o múnus no presente feito, conforme requerido
no evento n. 75.
Intime-se e Viabilize-se.
ATO ORDINATÓRIO - 29
APLICA-SE AOS PROCESSOS ABAIXO O SEGUINTE DISPOSITIVO:
Fica a parte contrária intimada a apresentar contrarrazões aos embargos de declaração, no prazo legal.
TERMOS REGISTRADOS PELOS JUÍZES DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CÍVEL SÃO PAULO
EXPEDIENTE Nº 2019/6301000114
Ressalto que não há óbice à homologação do acordo pactuado pelas partes após o proferimento de sentença condenatória, o que se coaduna
com o que dispõe o art. 139, inc. V, do Codex supramencionado, que prevê a possibilidade da autocomposição a qualquer tempo e fase
processual, além do que a composição amigável é a melhor forma de pôr termo à lide submetida ao Poder Judiciário, em prestígio aos
princípios da instrumentalidade, da celeridade, da informalidade e da efetividade do processo que norteiam os feitos que tramitam perante os
Juizados Especiais Federais.
Sem custas processuais ou honorários advocatícios nesta instância judicial.
Defiro à parte autora os benefícios da gratuidade processual.
Certifique-se o trânsito em julgado, tendo em vista o disposto no art. 41, caput, da Lei nº 9.099/95, combinado com o art. 1º da Lei nº
10.259/2001.
Expeça-se ofício ao INSS para que cumpra os termos do acordo, com a implantação/restabelecimento do benefício previdenciário objeto da
avença.
Após, comprovado o cumprimento, remetam-se os autos à Contadoria Judicial para apuração dos atrasados, nos moldes propostos pela
autarquia ré, com aplicação da correção monetária e juros de mora previstos no art. 1º-F da Lei nº 9.494/1997.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
Vistos.
Afasto a irregularidade apontada em certidão, uma vez que os dados omitidos na petição inicial constam da documentação anexada ao feito.
Não constato a ocorrência de litispendência ou coisa julgada em relação ao(s) processo(s) indicados(s) no termo de prevenção, pois são
distintas as causas de pedir, tendo em vista que os fundamentos são diversos e/ou os pedidos são diferentes.
FUNDAMENTO E DECIDO.
A parte autora ajuizou a presente ação em face do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, objetivando a revisão da renda mensal
inicial de sua aposentadoria por tempo de contribuição, com base no artigo 29, inciso I, da Lei nº 8.213/1991. Em síntese, pleiteia o afastamento
da regra imposta pelo artigo 3º da Lei nº 9.876/1999, atinente à limitação do período básico de cálculo, para que seja considerada a totalidade
de seu período contributivo.
Inicialmente, rejeito a preliminar aduzida genericamente pela ré, atinente à incompetência absoluta, porquanto não restou demonstrado que o
valor da causa ultrapassou o valor de alçada na data do ajuizamento da ação.
Rejeito ainda a preliminar de ausência do interesse de agir, em razão da inexistência de requerimento administrativo prévio, porquanto
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 98/1770
dispensada sua comprovação nas hipóteses de ajuizamento de demanda revisional (RE 631.240/ STF).
Por meio de e-mail do NUGEP do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, a Presidência do TRF informou que a Primeira Seção do Superior
Tribunal de Justiça decidiu afetar os Recursos Especiais n. 1.554.596/SC e n. 1.596.203/PR (Relator Ministro Napoleão Nunes Maia Filho), na
forma do art. 1.036, §5º, do Código de Processo Civil, a implicar a suspensão do trâmite de todos os processos pendentes, individuais ou
coletivos, que tramitem no território nacional (acórdão publicado no DJE de 05/11/2018).
A questão de direito consiste na “possibilidade de aplicação da regra definitiva prevista no art. 29, I e I da Lei 8.213/1991, na apuração do
salário de benefício, quando mais favorável do que a regra de transição contida no art. 3º da Lei 9.876/1999, aos Segurados que ingressaram
no sistema antes de 26.11.1999 (data de edição da Lei 9.876/1999)”.
No entanto, observa-se que no caso dos autos existe questão prejudicial, cuja análise antecede o julgamento do mérito propriamente dito, razão
pela qual deixo de determinar o sobrestamento do feito, em virtude do reconhecimento da decadência.
Em sua redação original, o art. 103 da Lei 8.213/91 dispunha ao seguinte: Sem prejuízo do direito ao benefício, prescreve em 5 (cinco) anos o
direito às prestações não pagas nem reclamadas na época própria, resguardados os direitos dos menores dependentes, dos incapazes ou dos
ausentes.
A Medida Provisória 1.523-9/1997, publicada em 28 de junho de 1997, convertida na Lei 9.528/1997, alterou a redação do dispositivo,
passando a prever, ao lado do prazo prescricional, o prazo decadencial:
Art. 103. É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do segurado ou beneficiário para a revisão do ato de
concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em
que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo.
Parágrafo único. Prescreve em cinco anos, a contar da data em que deveriam ter sido pagas, toda e qualquer ação para haver prestações
vencidas ou quaisquer restituições ou diferenças devidas pela Previdência Social, salvo o direito dos menores, incapazes e ausentes, na forma
do Código Civil.
Posteriormente, o prazo decadencial foi reduzido para cinco anos pela Medida Provisória 1.663-15/1998, publicada em 23.10.1998 e convertida
na Lei 9.711/1998, sendo que houve o restabelecimento do prazo decenal pela Medida Provisória 138/2003, convertida na Lei 10.839/2004.
A lei que criou o prazo decadencial não pode ter efeitos retrospectivos, de forma a fulminar, pelo simples fato de sua edição, o direito
potestativo então existente pela contagem do prazo legalmente previsto a partir do ato de concessão do benefício. Contudo, criado o prazo
extintivo, em razão dos efeitos prospectivos próprios da lei, a partir de sua edição inicia—se o curso do prazo de extinção.
Não há que se falar em direito adquirido à inexistência de prazos extintivos de direitos potestativos ou de pretensões. A estabilização das
relações jurídicas, públicas ou privadas, justifica a criação de prazos para o exercício do direito e a incorporação do direito ao patrimônio
jurídico do seu titular somente gera a proteção contra a irretroatividade da lei. Deste modo, o direito ao próprio benefício previdenciário, dado
seu cunho essencialmente social, não está sujeito a prazo extintivo, o qual pode colher, pela passagem do tempo, as prestações vencidas, mas a
revisão do ato concessivo, que toca ao regime jurídico, pode estar sujeito ao prazo decadencial.
A seu turno, outro argumento sustenta a exegese no sentido da aplicação do novo prazo decadencial também para os benefícios concedidos
antes da edição da lei que o criou. Com efeito, seria atentatória à isonomia a existência de duas espécies de benefícios previdenciários: os
sujeitos à revisão sem qualquer limitação de ordem temporal e aqueles outros sujeitos ao prazo decadencial criado pela Medida Provisória
1.523-9/1997. O critério de discriminação entre os benefícios – o momento da concessão – não se mostra razoável para autorizar o tratamento
dessemelhante entre eles.
Conseguintemente, deve-se aplicar, também aos benefícios concedidos antes da edição das referidas normas, o novel prazo decadencial, mas,
impedindo que a lei tenha efeitos retrospectivos, mormente sem intenção legislativa clara, e preservando a segurança jurídica, nestes casos o
termo inicial da fluência do prazo será o da vigência da 1.523-9/1997, convertida na Lei 9.528/97.
O Supremo Tribunal Federal também, no julgamento do Recurso Extraordinário 626.489, Rel. Ministro Roberto Barroso, ainda pendente de
publicação, solidificou o entendimento no mesmo sentido, de que, inexistindo direito adquirido à inexistência de prazos extintivos do direito,
sejam prescricionais ou decadenciais, e negando efeitos retroativos à lei que institui novos prazos de extinção, para aqueles benefícios
concedidos antes da edição da Lei 9.528/97, e a medida provisória que a antecedeu, o prazo decadencial decenal tem início a partir da sua
edição.
No caso em testilha, pretendendo o autor a revisão da RMI de benefício concedido em data posterior à Lei 9.528/97 (DIB 04/08/2006), tem-se
que a contagem do prazo decenal se iniciou no dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação (19/12/2006 – cf.
arquivo 07), isto é, em 01/01/2007.
Assim, dado o ajuizamento da presente demanda somente em março/2019, constata-se que a decadência fulminou a pretensão revisional.
Diante do exposto, EXTINGO O PROCESSO, COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, nos termos do art. 487, II, do Código de Processo Civil.
Sem custas e honorários (artigos 54 e 55 da Lei 9.099/95). Defiro os benefícios da justiça gratuita.
0049611-79.2018.4.03.6301 - 14ª VARA GABINETE - SENTENÇA COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO Nr. 2019/6301059764
AUTOR: CELCO SANTIAGO EVANGELISTA DE ANDRADE (SP390088 - AMANDA DIAS ARAUJO)
RÉU: CAIXA ECONOMICA FEDERAL (SP215219 - ZORA YONARA MARIA DOS SANTOS CARVALHO PALAZZIN)
HOMOLOGO o acordo celebrado entre as partes, pelo que EXTINGO o processo, com resolução do mérito, com fundamento no art. 487,
inciso III, do Código de Processo Civil.
Sem custas e honorários.
Certifique-se o trânsito em julgado, tendo em vista o disposto no art. 41, caput, da Lei nº 9.099/95, combinado com o art. 1º da Lei nº
10.259/2001.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
0018091-24.2006.4.03.6301 - 12ª VARA GABINETE - SENTENÇA COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO Nr. 2019/6301059303
AUTOR: ADAO FERREIRA DE ARAUJO (SP099858 - WILSON MIGUEL)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 100/1770
Relatório dispensado nos termos do art. 38 da Lei nº 9.099/95.
Tendo em vista que o réu comprovou o cumprimento da obrigação de fazer e considerando o depósito do montante objeto de RPV/Precatório,
JULGO EXTINTA A EXECUÇÃO, nos termos do art. 924, inciso II, do novo Código de Processo Civil.
Friso ser desnecessário aguardar a comprovação do levantamento dos valores depositados, porque os saques, em regra, independem de
intervenção judicial (arts. 40, §1º e 50, caput, ambos da Resolução nº 458/2017, do E. Conselho da Justiça Federal).
FUNDAMENTO E DECIDO.
Trata-se de ação de repetição de indébito, em que a parte autora pleiteia a concessão de provimento jurisdicional que determine a restituição
de todos os valores recolhidos a título de contribuição incidente sobre a remuneração auferida em razão de atividade laboral, em período
posterior à concessão de aposentadoria assim como a declaração de inexigibilidade de contribuições previdenciárias sobre sua folha de salários
e rendimentos.
No tocante à alegação de prescrição, faz-se mister tecer algumas considerações acerca da evolução da interpretação do Superior Tribunal de
Justiça a respeito da questão, para, ao final, alinhar-me ao novo posicionamento daquela Corte.
Com efeito, inicialmente, o Superior Tribunal de Justiça entendia que para a compensação dos tributos sujeitos a lançamento por
homologação, se não houver homologação expressa, contam-se mais cinco anos, a partir da data em que o Fisco poderia ter lançado
(lançamento tácito), data da extinção do crédito tributário (art. 150, § 4º, c.c 168, I, do CTN), para a ocorrência da prescrição. Em havendo
homologação expressa, o prazo de cinco anos inicia-se da data da homologação.
Posteriormente, foi editada a Lei Complementar 108, de 9 de fevereiro de 2005, que dispõe em seu art. 3º que “para efeito de interpretação
do inciso I do art. 168 da Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966 – Código Tributário Nacional, a extinção do crédito tributário ocorre, no caso
de tributo sujeito a lançamento por homologação, no momento do pagamento antecipado de que trata o § 1o do art. 150 da referida Lei.”
Todavia, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, entendendo que a lei não poderia ter efeitos retroativos, porquanto não se tratava
simplesmente de lei interpretativa, pois dava à matéria sentido e alcance diferentes daquele conferido pelo Poder Judiciário, passou a aplicá-la
tão-somente para aqueles casos que as ações tivessem sido ajuizadas após a entrada em vigor da Lei Complementar 118/05, que se deu em 9
de junho de 2005.
Posteriormente, no julgamento do Incidente de Inconstitucionalidade nos Embargos de Divergência no Recurso Especial nº 644.736/PE, Rel.
Ministro Teori Albino Zavascki, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça considerou inconstitucional o art. 4º, segunda parte, do art. 4º
da Lei Complementar 188/05, que determinava a aplicação retroativa da nova regulamentação.
Por conseguinte, segundo a nova interpretação dada à questão pelo Superior Tribunal de Justiça, órgão de cúpula na exegese da legislação
No entanto, o Supremo Tribunal Federal, no julgamento do Recurso Extraordinário 566.621/RS, Rel. Ministra Helen Gracie, adotou o
entendimento no sentido de que o prazo estabelecido na Lei Complementar 118/05 somente poderia ser aplicado às ações ajuizadas após o
decurso da vacatio legis de 120 dias da edição do ato legislativo, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005.
A partir do referido julgamento, tanto o Supremo Tribunal Federal quanto o Superior Tribunal de Justiça passaram a decidir, por
conseguinte, que para as ações ajuizadas a partir de 9 de junho de 2005, o prazo prescricional para a restituição do indébito tributário será de
cinco anos, contados a partir do efetivo pagamento.
No caso em testilha, a parte autora pleiteia a restituição de valores relativos à contribuição previdenciária decorrente do exercício de
atividade vinculada ao RGPS. Reconhece-se, assim, a ocorrência de prescrição em relação aos recolhimentos ocorridos em período
imediatamente anterior ao quinquênio que antecedeu o ajuizamento da presente ação.
Inicialmente, observe-se que o pecúlio previsto no inciso II do artigo 81 da Lei nº 8.213/91, foi revogado pela Lei nº 8.870/94. Consistia, em
síntese, em benefício de pagamento único, correspondente ao valor das contribuições do segurado que, aposentado por idade ou por tempo de
serviço, retornasse ao trabalho vinculado ao Regime Geral da Previdência Social. O seu pagamento ocorria, pois, quando dele se afastasse
definitivamente. Frise-se que, após a extinção do instituto, foi prevista a "não incidência" de contribuições ao aposentado que voltasse a
exercer atividade como trabalhador avulso ou empregado, situação esta que foi alterada pela Lei nº 9.032/95.
De acordo com o disposto no artigo 195, inciso II, da Constituição Federal, os trabalhadores serão responsáveis pelo custeio da Seguridade
Social. O aposentado que retorna a exercer atividade laborativa, é, por conseguinte, um trabalhador e, em consequência, não pode se isentar
do pagamento da respectiva contribuição previdenciária.
Enfatize-se que vigora, precipuamente em matéria previdenciária, o princípio da solidariedade social, onde o fato de recolher contribuição
previdenciária não significa que a parte autora esteja contribuindo para seu benefício específico, mas para a seguridade como um todo. Assim,
não há que se falar em enriquecimento indevido nem em devolução das contribuições pagas por desobediência ao princípio da contrapartida. O
postulado citado foi reafirmado por ocasião do julgamento do Supremo Tribunal Federal que negou a possibilidade de “desaposentação” (RE
661.256, Relator: Min. ROBERTO BARROSO, Relator p/ Acórdão: Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 26/10/2016).
Nesse sentido, dispõe o artigo 18, § 2º, da Lei 8.213/91: “o aposentado pelo regime geral de previdência social que permanecer em atividade
sujeita a este regime, ou a ele retornar, não fará jus a prestação alguma da Previdência Social em decorrência do exercício dessa atividade,
exceto salário família e à reabilitação profissional, quando empregado.”.
Reitere-se que as contribuições previdenciárias são destinadas à Seguridade Social como um todo, que engloba a saúde, previdência social e
assistência social. As contribuições vertidas pelos aposentados são, portanto, também repassadas para a saúde e assistência social, visto que
os aposentados continuam a usufruir dos postos de saúde, dos benefícios de assistência social, além de outros benefícios previdenciários (e.g.
reabilitação profissional).
Logo, não se reconhece o direito da parte autora à devolução das contribuições recolhidas em período posterior à sua aposentadoria assim
como, a inexigibilidade de cobrança de contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento.
Sem condenação em custas e honorários. Indefiro os benefícios da justiça gratuita, tendo em vista a soma dos valores relativos ao gozo do
benefício previdenciário e ao salário decorrente da atividade laboral.
0045849-55.2018.4.03.6301 - 13ª VARA GABINETE - SENTENÇA COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO Nr. 2019/6301058980
AUTOR: MARIA LURDES ALVES DE OLIVEIRA (SP218034 - VIVIANE ARAUJO BITTAR)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
Diante de todo exposto, com fundamento no artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil, resolvo o mérito e JULGO IMPROCEDENTE o
pedido.
Defiro à parte autora os benefícios da gratuidade judicial, conforme arts. 98 e seguintes da lei processual.
Sem condenação em custas e honorários nesta instância, nos termos do art. 55 da Lei nº 9.099/95.
Registre-se. Publique-se. Intimem-se.
0033291-51.2018.4.03.6301 - 11ª VARA GABINETE - SENTENÇA COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO Nr. 2019/6301053323
AUTOR: HIGOR GONCALVES DA SILVA (SP385689 - DENIS COSTA DE PAULA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
Ante o exposto, JULGO IMPROCEDENTE o pedido formulado pela parte autora, extinguindo o processo com resolução de mérito, nos
termos do artigo 487, I, do CPC.
Sem condenação em custas e honorários de sucumbência, na forma da lei.
Defiro a gratuidade de Justiça.
Intimem-se as partes.
Caso não tenha advogado, fica a parte autora ciente do direito de recorrer desta sentença, podendo opor embargos de declaração no prazo
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 117/1770
máximo de 5 dias úteis ou interpor recurso de sentença no prazo máximo de 10 dias úteis, devendo, para tanto, contratar advogado da sua
confiança ou procurar a Defensoria Pública da União, situada nesta Capital, Rua Teixeira da Silva, 217, Paraíso, São Paulo-SP, tel. (11) 3627-
3400, com a antecedência necessária para cumprir os prazos acima.
Dispensado o relatório.
FUNDAMENTO E DECIDO.
Trata-se de ação ajuizada pelo menor YURI APRÍGIO DE LUZ - representados pela sua genitora, DIANA APARECIDA DA LUZ - em
face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, pleiteando a concessão do benefício de auxílio-reclusão, em virtude do
encarceramento de LEONARDO APRÍGIO DOS SANTOS, ocorrido em 10/08/2018 (fls. 24/26 do evento 11).
Inicialmente, rejeito a preliminar aduzida genericamente pela ré, atinente à incompetência absoluta em razão do valor da causa, uma vez não
ultrapassado o valor de alçada na data do ajuizamento da ação.
A Constituição Federal prevê, em seu art. 201, IV, com redação determinada pela Emenda Constitucional 20/98, que a previdência social será
organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio
financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: ( ...) IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa
renda.
Verifica-se, conseguintemente, que os beneficiários do auxílio-reclusão são os dependentes do segurado recluso, e somente aqueles
segurados considerados de baixa renda, segundo definição legal ou regulamentar. A renda para a determinação da baixa renda deve ser
aquela percebida pelo segurado e não pelo dependente, segundo a dicção do próprio dispositivo constitucional.
O art. 116 do Regulamento da Previdência Social – Decreto 3.048/99, estabelece que o auxílio-reclusão será devido, nas mesmas
condições da pensão por morte, aos dependentes do segurado recolhido à prisão que não receber remuneração da empresa nem estiver em
gozo de auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência em serviço, desde que o seu último salário-de-contribuição seja inferior ou
igual a R$ 360,00 (trezentos e sessenta reais).
O valor fixado no artigo acima citado determinou, objetivamente, para o fim específico da percepção do auxílio-reclusão, quais devem ser
considerados segurados de baixa renda, para que seus dependentes passem a receber o benefício. À evidência que, inexistindo salário de
contribuição anterior ao efetivo recolhimento à prisão, também será devido o benefício (art. 116, § 1º).
Os valores nominalmente referidos sofreram sucessivas alterações por portarias do Ministério da Previdência Social, de forma que se deve
verificar a data do efetivo recolhimento do segurado à prisão e o valor do último salário de contribuição.
Solucionando as discussões que surgiram acerca do benefício em questão – notadamente o veículo legislativo que introduziu o valor do
salário de contribuição, bem como a dúvida levantada sobre de quem deveria ser a renda para se aferir o direito ao benefício -, o Supremo
Tribunal Federal considerou constitucional o dispositivo em comento:
"Segundo decorre do art. 201, IV, da Constituição, a renda do segurado preso é que a deve ser utilizada como parâmetro para a concessão do
benefício e não a de seus dependentes. Tal compreensão se extrai da redação dada ao referido dispositivo pela EC 20/1998, que restringiu o
universo daqueles alcançados pelo auxílio-reclusão, a qual adotou o critério da seletividade para apurar a efetiva necessidade dos beneficiários.
Diante disso, o art. 116 do Decreto 3.048/1999 não padece do vício da inconstitucionalidade." (RE 587.365 Rel. Min. Ricardo Lewandowski,
julgamento em 25-3-2009, Plenário, DJE de 8-5-2009).
O benefício de auxílio-reclusão, tal qual a pensão por morte, será devido ao conjunto de dependentes do falecido segurado da Previdência
Social, independentemente de cumprimento de carência, nos termos dos arts. 74 e seguintes, 80 e 26, I, da Lei 8.213/91.
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido;
Portanto, para a concessão do auxílio-reclusão aos filhos menores, a legislação de regência presume a dependência econômica art. 16, §4º).
Por conseguinte, para a obtenção do benefício, faz-se mister a observância cumulativa dos seguintes requisitos: qualidade de segurado no
momento do recolhimento, a qualificação como segurado de baixa renda e a comprovação da qualidade de dependente.
No caso dos autos, verifica-se que o INSS indeferiu o benefício, sob o argumento de que LEONARDO APRÍGIO DOS SANTOS o último
salário de contribuição recebido pelo segurado era superior ao previsto na legislação.
De fato, note-se que à época da prisão vigorava a Portaria Interministerial MPS/MF nº 15/2018, que previa como limite do salário de
contribuição o valor de R$ 1.319,18. No entanto, verifica-se do CNIS do segurado que o salário de contribuição, relativo ao último mês em que
trabalhou integralmente antes do encarceramento - isto é, julho/2018 - atingiu a importância de R$ 1.576,27 (arquivo 12), valor superior,
destarte, ao limite previsto.
Por conseguinte, tem-se que o recluso não pode ser considerado segurado de baixa renda, motivo pelo qual o autor não faz jus ao benefício de
auxílio-reclusão.
Sem condenação em custas e honorários, nos termos do art. 55 da Lei 9.099/95. Defiro os benefícios da assistência judiciária gratuita.
P.R.I.
0033834-54.2018.4.03.6301 - 10ª VARA GABINETE - SENTENÇA COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO Nr. 2019/6301058483
AUTOR: ROMI DA CUNHA (SP201673 - CLAUDIA FREIRE CREMONEZI, SP411482 - MAYRA FREIRE CREMONEZI)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
SENTENÇA
Vistos, em sentença.
Trata-se de ação proposta por ROMI DA CUNHA em face do Instituto Nacional de Seguro Social – INSS, o qual postula a tutela
jurisdicional para obter a revisão da renda mensal inicial de seu benefício, ao argumento de que o INSS não computou corretamente as
parcelas do salário-de-contribuição, bem como a revisão dos índices de reajuste aplicado no benefício.
Narra em sua inicial que percebe o benefício de aposentadoria por tempo de contribuição NB 42/147.187.897-7, desde 09/04/2008.
Citado o INSS apresentou contestação, arguindo preliminares e o mérito, requer a improcedência do pedido.
É o relatório. Decido.
Conheço do processo em seu estado, para julgar antecipadamente o mérito, nos termos do artigo 355, I, do CPC/2015, diante da
desnecessidade de produção de outras provas, em audiência ou fora dela, para a formação da convicção deste Juízo.
Afasto a preliminar de incompetência pelo valor da causa, posto que não restou demonstrado a ultrapassagem do limite estabelecido para
determinação da competência do JEF.
Quanto à prescrição, apenas devem ser atingidas as parcelas anteriores ao período de cinco anos que antecedeu a propositura da presente
ação.
Cumpre notar que o benefício da parte autora foi concedido em 09/04/2008, tendo seu período básico de cálculo no interstício de julho de 1994
até a data do requerimento administrativo da média aritmética dos maiores salários de contribuição do mencionado período, conforme dispõe o
artigo 3º, da Lei 9.876/1999:
Art. 3o Para o segurado filiado à Previdência Social até o dia anterior à data de publicação desta Lei, que vier a cumprir as condições exigidas
para a concessão dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, no cálculo do salário-de-benefício será considerada a média
aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição, correspondentes a, no mínimo, oitenta por cento de todo o período contributivo
decorrido desde a competência julho de 1994, observado o disposto nos incisos I e II do caput do art. 29 da Lei no 8.213, de 1991, com a
redação dada por esta Lei.
§ 1o Quando se tratar de segurado especial, no cálculo do salário-de-benefício serão considerados um treze avos da média aritmética simples
dos maiores valores sobre os quais incidiu a sua contribuição anual, correspondentes a, no mínimo, oitenta por cento de todo o período
contributivo decorrido desde a competência julho de 1994, observado o disposto nos incisos I e II do § 6o do art. 29 da Lei no 8.213, de 1991,
com a redação dada por esta Lei.
§ 2o No caso das aposentadorias de que tratam as alíneas b, c e d do inciso I do art. 18, o divisor considerado no cálculo da média a que se
refere o caput e o § 1o não poderá ser inferior a sessenta por cento do período decorrido da competência julho de 1994 até a data de início do
benefício, limitado a cem por cento de todo o período contributivo.
Art. 29. O salário-de-benefício consiste: (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)
I - para os benefícios de que tratam as alíneas b e c do inciso I do art. 18, na média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição
correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo, multiplicada pelo fator previdenciário; (Incluído pela Lei nº 9.876, de
26.11.99)
II - para os benefícios de que tratam as alíneas a, d, e e h do inciso I do art. 18, na média aritmética simples dos maiores salários-de-
contribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo. (Incluído pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)
(...)
Já no que atine o questionamento acerca dos índices de correção aplicados nos reajustes do benefício.
Bem se vê, daí, que o próprio legislador constituinte outorgou ao legislador ordinário competência para estabelecer os critérios de reajuste dos
benefícios, desde que seja preservado o seu valor real.
Neste sentido, foi editada a Lei nº 8.213/91 dispondo, em seus artigos 41 e 41-A, que:
Art. 41-A. O valor dos benefícios em manutenção será reajustado, anualmente, na mesma data do reajuste do salário mínimo, pro rata, de
acordo com suas respectivas datas de início ou do último reajustamento, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC,
apurado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. (Vide Medida Provisória nº 316, de 2006) (Vide Lei nº 12.254,
de 2010) (Incluído pela Lei nº 11.430, de 2006)
§ 1o Nenhum benefício reajustado poderá exceder o limite máximo do salário-de-benefício na data do reajustamento, respeitados os direitos
adquiridos.
§ 2o Os benefícios com renda mensal superior a um salário mínimo serão pagos do primeiro ao quinto dia útil do mês subseqüente ao de sua
competência, observada a distribuição proporcional do número de beneficiários por dia de pagamento. (Redação dada pelo Lei nº
11.665, de 2008).
§ 3o Os benefícios com renda mensal no valor de até um salário mínimo serão pagos no período compreendido entre o quinto dia útil que
anteceder o final do mês de sua competência e o quinto dia útil do mês subseqüente, observada a distribuição proporcional dos beneficiários
por dia de pagamento. (Redação dada pelo Lei nº 11.665, de 2008).
§ 4o Para os efeitos dos §§ 2o e 3o deste artigo, considera-se dia útil aquele de expediente bancário com horário normal de atendimento.
(Redação dada pelo Lei nº 11.665, de 2008).
§ 5o O primeiro pagamento do benefício será efetuado até quarenta e cinco dias após a data da apresentação, pelo segurado, da
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 120/1770
documentação necessária a sua concessão. (Incluído pelo Lei nº 11.665, de 2008).
§ 6o Para os benefícios que tenham sido majorados devido à elevação do salário mínimo, o referido aumento deverá ser compensado no
momento da aplicação do disposto no caput deste artigo, de acordo com normas a serem baixadas pelo Ministério da Previdência Social".
Com o advento da Lei 8.213 de 24/07/91, houve a desvinculação do salário mínimo do valor dos benefícios previdenciários superiores ao piso
salarial, os quais a partir desta data teriam que ser reajustados de acordo com o valor do INPC.
Assim, no que se refere à alteração dos índices utilizados para a correção dos benefícios e dos salários de benefícios, importante ser
esclarecido que não compete ao Poder Judiciário substituir-se ao legislador e adotar os critérios vindicados ou os que entender adequados.
Com o advento da Constituição Federal de 1988, assegurou-se em favor dos beneficiários do Regime Geral de Previdência Social o
reajustamento dos benefícios (e dos salários de benefícios) para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios
definidos em lei.
Atribuiu-se à lei, portanto, a tarefa de estabelecer os índices a serem aplicados aos benefícios, de modo a preservar-lhes o poder de compra.
Assim sendo, a fórmula de reajuste dos benefícios (e dos salários de benefícios a serem considerados quando da concessão de benefícios)
mantidos pela Previdência Social obedece a critérios fixados estritamente em leis infraconstitucionais.
Sobre o assunto, o STF, Tribunal Supremo do Poder Judiciário, já se pronunciou a respeito, concluindo que a adoção de índice previsto em lei,
para a atualização dos benefícios previdenciários, não ofende as garantias da irredutibilidade do valor dos benefícios e da preservação do seu
valor real, por ter a respectiva legislação criado mecanismos para essa preservação (RE 231.412/RS, DJ 25-9-98, relator Min. Sepúlveda
Pertence).
E, ainda:
“EMENTA: Previdenciário: reajuste inicial de benefício concedido nos termos do art. 202, caput, da Constituição Federal: constitucionalidade
do disposto no art. 41, II, da L. 8213/91. Ao determinar que "os valores dos benefícios em manutenção serão reajustados, de acordo com as
suas respectivas datas, com base na variação integral do INPC", o art. 41, II, da L. 8213/91 (posteriormente revogado pela L. 8542/92), não
infringiu o disposto nos arts. 194, IV, e 201, § 2 , CF, que asseguram, respectivamente, a irredutibilidade do valor dos benefícios e a
preservação do seu valor real: se na fixação da renda mensal inicial já se leva em conta o valor atualizado da média dos trinta e seis últimos
salários de contribuição (CF, art. 202, caput), não há justificativa para que se continue a aplicar o critério previsto na Súmula 260 do extinto
Tribunal Federal de Recursos ("no primeiro reajuste do benefício previdenciário, deve-se aplicar o índice integral do aumento verificado,
independentemente do mês de concessão"). RE 231395 / RS - RIO GRANDE DO SUL RECURSO EXTRAORDINÁRIO Relator(a):
Min. SEPÚLVEDA PERTENCE Julgamento: 25/08/1998 Órgão Julgador: Primeira Turma Publicação DJ 18-09-1998 PP-00026
EMENT VOL-01923-09 PP-01907Parte(s) RECTE. : OLAVO STRATE ADVDOS. : DAISSON SILVA PORTANOVA E OUTROS
RECDO. : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS ADVDA. : THEREZINHA DE JESUS ALVES BUARQUE”
As Leis 8.542/92 e 8.700/93, por sua vez, determinaram a substituição do INPC pelo IRSM de janeiro a dezembro de 1993.
Em janeiro e fevereiro de 1994, a correção se deu pelo Fator de Atualização Salarial, por força da Lei 8.700/93. Depois, e até maio de 1995,
fazendo-se a conversão em URV e pelo IPC-r, de acordo com as Leis 8.880/94 e 9.032/95.
A partir de maio de 1996, o reajuste ocorreu pela variação acumulada do IGP-DI nos 12 meses anteriores, em razão da Medida Provisória
1.415/96 e Lei 9.711/98. A Lei 9.711/98 determinou, ainda, que os reajustes ocorreriam, a partir de 1997, em todo mês de junho, sendo 7,76%
para aquele ano e 4,81% para 1998.
Em junho de 1999, houve reajuste de 4,61%, de acordo com a Lei 9.971/00, oriunda da Medida Provisória 1.824/99. Em junho de 2000, de
5,81%, por força da Medida Provisória 2.022-17/00, hoje Medida Provisória 2.187-13/01. E em junho de 2001, 7,66%, conforme previsto no
Decreto 3.826/01, editado de acordo com os incisos do art. 41 da Lei 8.213/91, com redação dada pela Lei 10.699/2003.
A respeito, destaco que houve cancelamento da Súmula n.º 03 da TNU conforme trago à colação:
“RECURSO CONTRA SENTENÇA DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CÍVEL SEÇÃO JUDICIÁRIA DA BAHIA.
RECORRENTE: EVANDRO CORREIA REGO ADVOGADO : JOEL PORTUGAL DE JESUS RECORRIDO : INSTITUTO
NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS SÚMULA PARA JULGAMENTO 1. Reconhecimento da prescrição qüinqüenal, no que atine
às parcelas vencidas antes do qüinqüênio anterior à propositura da ação, nos termos da Súmula nº 85 do STJ. 2. Cancelamento da Súmula nº
03, da Turma de Uniformização e Jurisprudência, com a edição da Súmula nº 08, que preconiza a inaplicabilidade do IGP- DI no reajuste dos
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 121/1770
benefícios de prestação continuada da Previdência Social, atinente aos períodos de 1997, 1998, 1999, 2000 e 2001. 3. Firmou-se o
entendimento de que o INPC, medido pelo IBGE, seria o índice que refletiria a variação de preços da parcela da sociedade mais próxima dos
beneficiários do INSS, ao contrário do IGP-DI, que leva em conta a variação dos preços dos bens de produção. 4. Os percentuais adotados
para reajuste dos benefícios de prestação continuada, nos períodos de 1997 (7,76%), 1998 (4,81), 1999 (4,61%), 2000 (5,81%) e 2001 (7,66%),
foram superiores aos do INPC, com a única exceção referente ao período de 2001, cuja diferença foi de apenas 0.07% e, portanto,
desprezível. 5. Na medida em que se tratam de institutos de natureza diversa, não há quebra do princípio da igualdade na adoção, pelo INSS,
de índices diversos para o reajuste dos salários de contribuição e dos benefícios. 6. Sentença que se mantém, pelos seus próprios fundamentos.
7. Acórdão integrativo proferido nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95, e art. 40 da Resolução nº 10/2002, da Presidência do TRF/1ª
Região. Sem condenação em honorários advocatícios, em face do deferimento da assistência judiciária gratuita. Processo RECURSO
200433007246041 RECURSO CÍVE Relator(a) JUÍZA FEDERAL CYNTHIA DE ARAÚJO LIMA LOPES Órgão julgador Turma
Nacional de Uniformização Decisão Decide a Turma Recursal do Juizado Especial Federal Cível da Seção Judiciária do Estado da Bahia, à
unanimidade, negar provimento ao recurso, nos termos da Súmula de Julgamento. Salvado/Ba, 24 de setembro de 2004. CYNTHIA DE
ARAÚJO LIMA LOPES JUÍZA RELATORA Ementa JUIZADOS ESPECIAIS. REAJUSTE DOS BENEFÍCIOS DE PRESTAÇÃO
CONTINUADA: 1996, 1997, 1998, 1999, 2000, 2001 E 2002. CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ART. 201, § 4º. PRESCRIÇÃO
QUINQUENAL. INAPLICABILIDADE DO IGP ¿ DI. SÚMULA Nº 08 DA TURMA DE UNIFORMIZAÇÃO E JURISPRUDÊNCIA.
Data da Decisão 24/09/2004 Objeto do Processo REVISÃO DE BENEFÍCIO. SÚMULA Nº 8 DA TURMA DE UNIFORMIZAÇÃO
NACIONAL.”
Por fim, nos meses de junho/2002, junho/2003, maio/2004 e maio/2005 foram aplicados, respectivamente, os índices de 9,20% (Decreto n°
4249/2002), 19,71% (Decreto 4709/2003), 4,53% (Decreto 5061/2004) e 6,36% (Decreto 5443/2005). Da mesma maneira, procedeu a
administração aos demais índices subseqüentes, considerando tanto a política inflacionária do período quanto as demais variações de mercado,
assim como a periodicidade de levantamento e aplicação.
Considerando o julgamento pelo Tribunal Supremo do País, temos que o papel do Judiciário foi cumprido naquela manifestação.
Por outro lado, os direitos sociais, descritos na inicial, não possuem, como única forma de cumprimento, os benefícios previdenciários, havendo
outras políticas de atendimento à população, em programas titularizados pelo Executivo, escolhidos como prioridades pela Política
Governamental eleita por período.
Não há, portanto, direito a reajuste de acordo com o índice pleiteado, mas, sim, de acordo com a forma e os índices previstos em lei, os quais
foram corretamente aplicados pela autarquia-ré.
Se o juiz pudesse substituir-se ao legislador, para conceder ao segurado índice diverso daquele estabelecido em lei, atentaria contra o princípio
constitucional que consagra a separação dos Poderes, além de gerar uma situação de desigualdade, na medida em que, existindo vários índices
que se propõem a medir a inflação, cada segurado cuidaria então de pleitear em juízo o indexador que melhor lhe aprouvesse.
E, admitindo-se que cada juiz adotasse então, na sentença, o critério de atualização que lhe parecesse mais adequado, o valor dos benefícios
tornar-se-ia flutuante, variável, cambiante, comprometendo assim o equilíbrio financeiro e atuarial da Previdência Social, preconizado no art.
201 da CF/88.
Na realidade, não existe indexador que permita a determinação exata da perda do poder aquisitivo da moeda, daí a existência de inúmeros
índices de inflação, oficiais e extra-oficiais, cada qual com seus critérios de aferição específicos. Mas o certo é que nenhum deles capta, com
absoluta fidelidade, a inflação verificada no País.
Por sua vez, o custeio da Previdência Social foi tratado por outra lei, a Lei nº 8.212/91, cujo artigo 20, parágrafo primeiro (com a redação dada
pela Lei nº 8.620/93):
A regra acima transcrita refere-se à correção do salário-de-contribuição na mesma época e com os mesmos índices utilizados para o
reajustamento dos benefícios. O que a parte autora pleiteia é exatamente o inverso. A se pensar de outro modo, a Lei nº 8.213/91, que trata
dos reajustes em manutenção, seria desprovida de qualquer eficácia.
A tese veiculada nesta demanda pretende substituir os critérios de reajustamento legalmente previstos. No entanto, cabe ao INSS zelar pela
correção mensal dos benefícios, a fim de preservar-lhes o valor real, segundo critérios previstos em lei.
Veja-se que a legislação infraconstitucional define que será feito anualmente o reajuste dos benefícios previdenciários, não havendo
fundamento legal para os reajustes mensais pleiteados.
É defeso ao Juiz substituir os indexadores escolhidos pelo legislador para a atualização dos benefícios previdenciários, por outros que o
segurado considera mais adequados. Agindo assim, estaria o Judiciário usurpando função que a Constituição reservou ao legislador, em
afronta ao princípio constitucional da tripartição dos Poderes.
Ademais, estar-se-ia majorando um benefício previdenciário com violação ao princípio da preexistência ou regra da contrapartida, insculpido
no artigo 195, parágrafo 5º da Magna Carta e artigo 125, da Lei nº 8.213/91 combinado com o artigo 152 do Decreto nº 3.048/99.
Conclui-se, portanto, que o princípio da preservação do valor real do benefício (art. 201, §4º da Constituição Federal) tem seus parâmetros
definidos em lei, inexistindo norma que ampare a pretensão da parte autora, presumida a legalidade do ato de reajustamento da autarquia.
Não há que se falar, assim, na aplicação dos índices pretendidos pela parte autora tampouco em reconhecimento de inconstitucionalidade ou
apuração de novos valores por perícia técnica, sendo improcedente, portanto, o pedido formulado na inicial.
Neste caso presente, a contadoria judicial (arq.mov. 32/35) procedeu ao recálculo da renda mensal inicial do benefício, com base nas provas
apresentadas, e apurou o valor consistente com a renda mensal inicial apurada pelo INSS, mesmo alterando os salários de contribuição dos
meses postulados na inicial, vale dizer, de 03/1996, 03/1997 e 11/1998, não se altera a renda mensal apurada e paga pelo INSS.
A contadoria também procedeu à evolução da renda mensal inicial até os dias atuais - aplicando os índices legais de reajustamento - o que
resultou numa renda mensal consistente com a que vem sendo paga pelo INSS, conforme dados extraídos do sistema DATAPREV.
DISPOSITIVO:
Ante o exposto, julgo IMPROCEDENTE a demanda encerrando o processo com a resolução de seu mérito, nos termos do artigo 487, inciso I,
do Código de Processo Civil de 2015 (Lei n.º 13.105 e alterações posteriores), combinado com as leis regentes dos Juizados Especiais
Federais, Lei n.º 10.259/2001 e Lei n.º 9.099/1995. Nos termos da mesma legislação, não há condenação em custas processuais e honorários
advocatícios, bem como o prazo recursal resta fixado em 10 dias, fazendo-se necessária a representação por advogado para tanto. Defiro o
pedido de gratuidade da Justiça. Com o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com baixa na distribuição.
Em face do exposto, extingo o processo com resolução de mérito, com fundamento no art. 487, inciso I, do Código de Processo Civil, e julgo
improcedente o pedido.
Sem custas e honorários nesta instância, nos termos da lei.
Concedo os benefícios da assistência judiciária gratuita.
Após o trânsito em julgado, e cumpridas as formalidades legais, arquivem-se os autos.
P.R.I.
0060958-46.2017.4.03.6301 - 10ª VARA GABINETE - SENTENÇA COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO Nr. 2019/6301059634
AUTOR: MARIA DE FATIMA HERCULINO VARELA LIMA
RÉU: IARA MARTINS FERREIRA DE LIMA (SP393592 - CLAUDIO ALVES DA CRUZ) MARIA DO SOCORRO MARTINS DA
SILVA (SP393592 - CLAUDIO ALVES DA CRUZ) INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114
- HERMES ARRAIS ALENCAR)
Vistos, etc.
Trata-se de ação proposta por MARIA DE FATIMA HERCULANO VARELA LIMA em face do INSS, de Iara Martins Ferreira de Lima
e de Maria do Socorro Martins da Silva, na qual postula o provimento jurisdicional para que seja concedido o benefício de pensão por morte,
em face do falecimento de Josias Ferreira de Lima, em 22.07.2013.
Narra em sua exordial que requereu a concessão do benefício NB 21/182.971.857-3, na esfera administrativa em 25.09.2017, o qual foi
indeferido ante a falta de qualidade de dependente.
Citado, o INSS apresentou contestação, pugnando preliminarmente pela incompetência desde Juizado em razão do valor de alçada, como
prejudicial de mérito aduz a ocorrência da prescrição quinquenal e a decadência do direito. No mérito, requer a improcedência do pedido.
Incluídas Iara Martins Ferreira de Lima e Maria do Socorro Martins da Silva no polo passivo, na qualidade de litisconsortes necessárias, dado
serem as atuais beneficiárias do segurado.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 124/1770
Citadas as corrés, estas apresentaram contestação, pleiteando pela improcedência da demanda.
Afasto as preliminares suscitadas pelo INSS. Refuto a preliminar de incompetência pelo valor da causa, posto que não restou demonstrada a
ultrapassagem do limite estabelecido para determinação da competência do JEF. Afasto também a prejudicial de mérito de prescrição
quinquenal, já que conforme se denota a parte autora requereu a concessão do benefício em 25.09.2017 e ajuizou a presente ação em
15.12.2017. Portanto, não transcorreu o prazo quinquenal.
No mérito.
O pedido do benefício pensão por morte encontra respaldo legal nos artigos 74 e seguintes da Lei nº 8.213 de 24 de julho de 1991, que assim
prevê, entre outros: “Art. 74. A pensão por morte será devido ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a
contar: I - do óbito, quando requerida até trinta dias depois deste; II - do requerimento, quando requerida após o prazo previsto no inciso
anterior; III - da decisão judicial, no caso de morte presumida.”
O artigo 16 da aludida Lei elenca como dependentes: “Art. 16. São beneficiários do Regime Geral da Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e
um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado
judicialmente; II - os pais; III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha
deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente; (...) § 4º A dependência
econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada.”
Para a concessão do benefício de pensão por morte é necessária a qualidade de segurado do de cujus por ocasião do óbito ou havendo a perda
dessa condição, que tenha ele implementado os requisitos para obtenção de aposentadoria, à luz do artigo 102, da Lei 8.213/91, abaixo
transcrito: “Art. 102. A perda da qualidade de segurado importa em caducidade dos direitos inerentes a essa qualidade. § 1º A perda da
qualidade de segurado não prejudica o direito à aposentadoria para cuja concessão tenham sido preenchidos todos os requisitos, segundo a
legislação em vigor à época em que estes requisitos foram atendidos. § 2º Não será concedida pensão por morte aos dependentes do segurado
que falecer após a perda desta qualidade, nos termos do art. 15 desta Lei, salvo se preenchidos os requisitos para obtenção da aposentadoria
na forma do parágrafo anterior.”
Assim sendo, os pressupostos para obtenção do benefício de pensão por morte pela Lei nº 8.213/91 são: 1) óbito do instituidor; 2) ser o
falecido segurado da Previdência Social ou aposentado; se houver perda de qualidade de segurado, deverá comprovar que o falecido tinha
preenchido os requisitos para a obtenção da aposentadoria (§ 2° do artigo 102); 3) ser dependente do falecido, devendo os pais e irmãos
comprovar a dependência econômica nos termos do artigo 16.
O conceito de união estável é determinado pelo Código Civil, que exige a convivência pública, contínua e duradoura, estabelecida com o
objetivo de constituição de família: Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada
na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família. § 1o A união estável não se constituirá
se ocorrerem os impedimentos do art. 1.521; não se aplicando a incidência do inciso VI no caso de a pessoa casada se achar separada de fato
ou judicialmente. § 2o As causas suspensivas do art. 1.523 não impedirão a caracterização da união estável. (...) Art. 1.727. As relações não
eventuais entre o homem e a mulher, impedidos de casar, constituem concubinato.
A Constituição Federal, em seu artigo 226 reconheceu a família como entidade merecedora de proteção do Estado, incluindo aí a união
estável, por força de seu parágrafo 3º. Atendendo a este mandamento, a legislação previdenciária conferiu aos companheiros o mesmo
tratamento conferido aos cônjuges. Presumindo relativamente a dependência econômica entre companheiros, assegura-lhes, reciprocamente, o
direito à pensão por morte, consoante disposto no artigo 16, inciso I, §§ 3º e 4º. Assim, a concessão do benefício em tela é condicionada à
comprovação da relação protegida. O Regulamento da Previdência Social em seu artigo 19, §3º, estabelece um rol exemplificativo de
documentos que podem ser utilizados como meio de prova. Não se trata de um conjunto de provas cuja apresentação é obrigatória. A
exigência varia conforme o caso, consoante redação do próprio dispositivo. Vige aí o princípio da livre convicção do juiz. Ainda que fosse
exigível por lei prova documental, não poderia o Decreto especificar - como já asseverado - a quantidade e a espécie de forma taxativa, pois
cada situação particular exige solução específica.
Bem como, está condicionada à não existência de prova que derrube a presunção relativa de haver dependência econômica entre os
envolvidos. Verifico que a Lei 8.213/91 apenas prescreve que a dependência econômica deve ser comprovada nos casos dos incisos II e III,
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 125/1770
exceto com relação ao inciso I do art. 16, na qual a dependência é presumida pela própria lei no § 4º : “A dependência econômica das
pessoas indicadas no inciso I é presumida e as demais deve ser comprovada.” Só que, esta dependência tem de ser observada com cuidado.
Vale dizer, demonstrada a união estável, a dependência econômica é presumida, nos termos do artigo 16, § 4º., da Lei nº 8.213/91. Ocorre que
está presunção legal é MERAMENTE RELATIVA. O que implica em considerar que, independentemente de quais das partes produz a
prova, se autora ou réu, o fato é carreado aos autos para a formação da convicção do Juízo; e assim, pode a parte fazer prova em seu próprio
desfavor. Sendo relativa a presunção legal, havendo prova em contrário, o Juízo NÃO TEM AUTORIZAÇÃO LEGAL PARA IGNORÁ-
LA, até porque feriria todos os princípios da previdência social e do processo civil. Sucintamente, a parte não precisa provar sua dependência
econômica do falecido, nos casos do inciso I, do artigo 16, da LPB, porém havendo prova em contrário, suficiente para derrubar a presunção,
esta não mais se mantém para aquele fim.
No tocante à morte do segurado, restou esta demonstrada pela certidão de óbito acostada aos autos (fl. 02 – arquivo 07), constando o
falecimento em 27.07.2013. O mesmo se diga da qualidade de segurado do de cujus, visto que, conforme pesquisa no sistema PLENUS e
CNIS (anexada em 22/03/2019 – arquivos 98 a 102), o segurado manteve vínculo empregatício até a data do óbito.
Pretende a autora ver reconhecida a manutenção da união conjugal até a data do óbito, entre ela e o de cujus, para fim de configuração da
relação de dependência entre ambos, e consequente obtenção da pensão por morte ora pretendida. Na tentativa de comprovar a aludida união,
foram colacionados os seguintes documentos:
• Certidão de óbito de Josias Pereira de Lima. Tinha o estado civil de casado. Faleceu aos 54 anos de idade, em 27.07.2013. Informado como
sendo seu endereço o constante à Rua Maria Teresa, n. 179 –São Paulo– SP. Causa mortis: insuficiência respiratória aguda, hematoma fossa
posterior (cerebelar), hipertensão arterial sistêmica. Foi declarante a corré Maria do Socorro Martins da Silva. Ao final da referida certidão
restou consignado que o falecido era casado com a autora (anotação à caneta informando divórcio); deixou a filha Bruna Aparecida, e vivia
em união estável com Maria do Socorro Martins da Silva; deixou a filha Iara, menor e idade e não deixou bens (fl.02);
• Escritura pública declaratória lavrada pela autora, a qual declarou-se cozinheira e residente na Rua Raimundo Nina Rodrigues, n. 137 – Ap.
24 – Jardim São Savério e pela corré Maria do Socorro Martins da Silva, sendo declarado por esta ser do lar e residir na Rua Maria Teresa, n.
179 – Cidade Júlia, em 10.01.2014, onde concordaram com o rateio da indenização paga do Seguro de Vida deixado pelo falecido (fls.08/09);
• Certidão de casamento entre a autora e o falecido realizado em 27.12.1986 (fl.10);
• Certidão de casamento religioso entre a autora e o falecido (fl.11);
• Conta de energia elétrica emitida em nome da autora, remetida para a Rua Raimundo Nina Rodrigues, n. 137- Ap. 24 –SP, com vencimento
em 27.01.2016 (fl.12);
• Extrato DATAPREV INFBEN em nome de Maria do Socorro M da Silva, constando pensão por morte previdenciária NB 165.780.514-7
com DIB em 22.07.2013 (fl.13);
• Declaração firmada pela autora em 20.10.2017, onde atestou ter sido casada com o segurado até a data de seu falecimento. Afirma que a
“outra” não tem documentos que provem que fossem casados, e que o falecido tinha uma filha registrada com a autora. Indagou sobre a
possibilidade do recebimento do benefício, já que era casada com o falecido. Mencionou ter ciência sobre a corré Maria do Socorro Marins da
Silva estar recebendo a pensão juntamente com a filha que ela teve com o falecido. Ao final de referida declaração, afirmou que o falecido
sempre vinha à sua casa para ver sua filha, e que ele estava mais com ela do que com a “outra” (fl.23);
• Certidão de nascimento de Bruna Aparecida de Lima, filha do falecido e da autora, nascida em 10.03.1993 (fl.24);
• Recibo em nome do falecido referente ao pagamento da 1ª parcela de uma máquina de fabricação de velas, assinado em 01.07.1999 (fl.25);
• Livro de registro de empregados em nome do falecido, foi admitido em 01.06.2006 como ajudante geral, anotação de falecimento, rescisão
contratual e homologação realizada em 07.10.2013 assinada pela corré Maria do Socorro Martins da Silva (fls.28/29);
• Declaração da empresa RIMOBLOCO dizendo que o falecido trabalhou na empresa no período de 01.06.2006 a 19.07.2013 na função de
encarregado de obra, com o falecimento em 22.07.2013 (fl.30);
• Conta de energia elétrica em nome da autora, remetida para a Rua Raimundo Nina Rodrigues, n.137 –Ap.24 –São Paulo –SP, com data de
emissão em 14.10.2012 (fl.31);
• Conta de energia elétrica em nome da autora, remetida para a Rua Raimundo Nina Rodrigues, n.137 –Ap. 24 –São Paulo –SP, com data de
emissão em 14.10.2013 (fl.32);
• Conta de energia elétrica em nome da autora, remetida para a Rua Raimundo Nina Rodrigues, n.137 –Ap. 24 –São Paulo –SP, com data de
emissão em 13.12.2014 (fl.33);
• Conta de energia elétrica em nome da autora, remetida para a Rua Raimundo Nina Rodrigues, n.137 –Ap. 24 –São Paulo –SP, com data de
emissão em 27.10.2015 (fl.34);
• Carta de exigência do INSS requerendo documentos do falecido e 3 comprovações da união estável (fl.35);
• Comprovante de atualização de cadastro INSS em nome do falecido, informado como endereço Rua Sebastião Afonso, n.33 –Jd. Miriam –
São Paulo –SP (fls.38/39);
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 126/1770
• Comunicação de indeferimento do benefício (fl. 47).
Apresentada a contestação pelas corrés Iara Martins Ferreira de Lima e Maria do Socorro Martins da Silva, foram apresentados os seguintes
documentos (ARQUIVO N. 108):
- fatura do cartão Marisa tendo como titular o falecido, com data de vencimento para 10.02.2013, remetida para a Rua Maria Teresa, n. 179 –
A C. Julia – São Paulo – SP (fl. 06);
- nota fiscal eletrônica em nome da corré Maria do Socorro Martins da Silva, referente ao pagamento das taxas de velório e sepultamento do
segurado (fl. 07);
- nota fiscal de assistência funerária emitida em nome da parte autora (fl. 08);
- termo de rescisão de contrato de trabalho do falecido, subscrita pela corré Maria do Socorro Martins da Silva (fls. 11);
- processo administrativo referente ao benefício de pensão por morte concedido às corrés (NB 165.780.514-7). Dentre os documentos
apresentados na via administrativa destacam-se:
• Cópia de conta telefônica emitida em nome da corré Maria do Socorro Martins da Silva, em 30.01.2012, remetida para a Rua Maria Teresa,
n. 179 – Cidade Julia – São Paulo – SP (fl. 22);
• Correspondência enviada pela empresa Marisa e destinada ao falecido, remetida para a Rua Maria Teresa, n. 179 – A Cidade Julia – São
Paulo – SP (fl. 23);
• Cartões Marisa emitidos em nome do falecido e da corré Maria S. M. Silva (fl. 24);
• Cartão agenda da família em que constam como componentes o segurado e as corrés (fl. 25);
• Carta de concessão do benefício (fls. 47/48).
A estes documentos materiais seguiu-se a prova oral, colhida em audiência pela Magistrada, consubstanciada no depoimento pessoal da autora
e da corré Maria do Socorro Martins da Silva, e na oitiva de testemunhas, arroladas pela autora e pelas corrés.
No que se refere ao depoimento pessoal da parte autora, esta foi questionada sobre elementos básicos acerca de sua situação civil com o
falecido e a pretensão dos autos. Conforme o seu relato, a presente demanda foi ajuizada com a finalidade de obter o benefício de pensão por
morte, por ter sido casada com o segurado até o óbito do mesmo; nunca tendo deixado de ser casada com ele. Afirmou que já estava
separada de Josias, mas alegou que ele vinha à sua casa, em razão da filha em comum que tiveram durante o casamento. Inicialmente alegou
que não sabia quando tinham se separado, nem aproximadamente o ano. Posteriormente, instada sobre a questão, lembrou do ano, declarando
a separação de fato por volta de 2000, quando ele se envolveu com outra pessoa; quem saiu de casa foi a autora. Relatou ter mantido contato
com o segurado; teve uma filha em comum com ele, chamada Bruna, que nasceu em 1983. Ele visitava a casa da autora para ver a filha;
reconheceu que já nos últimos anos ele vivia com a corré Maria do Socorro e que tiveram uma filha, chamada Iara. O segurado veio a óbito
porque tinha problemas relacionados ao diabetes, pressão alta, problemas respiratórios. Quem avisou a autora sobre o falecimento foi a corré
Maria do Socorro. Perguntada sobre o pagamento das custas do velório, a autora disse que havia “liberado tudo”; foi para acertar os valores,
mas a sobrinha da corré se prontificou para passar o cartão. Afirmou que a seguradora ligou para informa-la que o seguro de vida estava
somente em seu nome; recebeu o valor e acertou as despesas com a Maria do Socorro, com a Iara, e sua filha Bruna. Quem declarou o óbito
foi a Maria do Socorro. Sobre os termos de referida declaração, a autora inicialmente disse que ela teria feito constar apenas o nome de Iara;
questionada sobre tal dado, já que a corré teria informado o nome da filha do segurado com a autora em referido documento, a autora mudou
sua declaração para fazer declarando que dissera que também a sua filha Bruna fora descrita na certidão de óbito. Informou que o endereço
constante da certidão de óbito é o mesmo de Maria do Socorro, e que esta declarou o estado civil de Josias como companheiro da corré.
Novamente reiterada esta pergunta por mais de uma vez, continuo afirmando que a corré fez constar somente a união estável. De fato
concordou com o rateio do seguro de vida com a corré, porque ela era a companheira do segurado; as filhas do segurado também receberam
parte da indenização do seguro. Declarando que assim o fez porque como a corré morava com o falecido achou de direito dividir o valor, o que
foi realizado da seguinte forma, dividido entra a corré, a filha da corré Iara e a filha da autora Bruna; dando a entender que a autora mesmo
não teria ficado com parte alguma dos valores, agindo com total despreendimento.
Em relação ao depoimento pessoal da corré Maria do Socorro Martins da Silva, esta narrou ter vivido com o Sr. Josias por onze anos, como
marido e mulher. Quando iniciaram o relacionamento, o falecido já não mais residia com a autora, ele vivia só. Sua filha havida com o falecido
nasceu em 2006; a corré foi morar com ele, e daí por diante mantiveram um relacionamento constante; moravam juntos. Todas as despesas
eram divididas entre a corré e o falecido, para o sustento do lar. O segurado foi presente na educação de Iara. Ele visitava a casa da mãe de
Bruna; a separação deles não foi amigável. A depoente viu a autora apenas no aniversário da filha dela, no velório e posteriormente para
resolver a documentação. A corré estava presente no momento do falecimento do segurado; ela foi o contato informado no hospital quando
ele foi internado. O segurado morreu em decorrência de A.V.C.. Confirmou os dados da certidão de óbito, inclusive sobre a existência das
duas filhas, do casamento anterior do segurado e da união estável. O seguro de vida não estava em nome da autora; não estava em benefício
de ninguém; o seguro havia sido feito há pouco tempo. A seguradora contatou a corré para o recebimento do seguro de vida. Confirmou ter
assinado a rescisão do contrato de trabalho do segurado, após o falecimento. Quem decidiu dividir o seguro de vida entre a autora e a corré foi
a empresa. Afirmou ter residido com o Josias na Rua Airton Senna, n. 40 – Cidade Julia; o endereço constante à Rua Maria Teresa, 179 é
utilizado para receber correspondências. Desconhece o endereço da Rua Sebastião Afonso. Citou o nome da última empregadora do falecido.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 127/1770
O óbito foi repentino, o segurado ficou hospitalizado somente por um dia antes de falecer.
Quanto ao depoimento da testemunha arrolada pela parte autora, Ana Paula Franco Gouveia, esta narrou ser amiga da parte autora desde
1997. Declarou que a autora foi casada legalmente com o Sr. Josias; eles tiveram problemas e se separaram de fato entre 2000 e 2002; o
relacionamento foi rompido entre ambos. Afirmou que eles tiveram vida independente após a separação, entretanto ele ia no serviço da autora
para visitá-la, ocasionalmente. Desconhece os relacionamentos havidos pelo segurado após a separação, inclusive quanto ao relacionamento
com a corré Maria do Socorro. O falecido trabalhou para a depoente entre 1998 e 1999. Indagada pelo advogado das corrés, a depoente
afirmou que a autora não teve outros relacionamentos posteriores, mesmo na época do óbito do segurado. A depoente trabalhava com a
Fátima e disse que o falecido ia ao trabalho delas para vê-la.
No que concerne ao depoimento da testemunha arrolada pelas corrés Joelma Conceição de Brito, esta narrou ser vizinha da corré. Conhece a
corré desde 2005, há aproximadamente treze anos. Conhece as filhas da corré, Flavia, Grazielle e Iara, sendo esta filha em comum com o
segurado. Conheceu o Sr. Josias, ele morava com a Sra. Maria do Socorro, como se casados fossem. A corré sempre se reportava ao
falecido como seu marido, e este à corré como sua esposa. Moravam juntos na mesma casa. A filha da autora frequentava a casa das corrés.
Não conheceu a mãe da Bruna. Eles permaneceram juntos até o falecimento. Foi a corré quem acompanhou o segurado na época do
falecimento. As providências atinentes ao sepultamento foram tomadas pela corré Maria do Socorro. O Sr. Josias não tinha outra família, a
depoente costumava vê-los diariamente, porque era sua vizinha. Ambos moravam na Rua Airton Senna, o carteiro não entra lá, por isso é
informada a Rua Maria Teresa, para fins de recebimento de correspondências. A depoente não foi ao velório.
Considerando as provas dos autos, não restou suficientemente demonstrada tanto a manutenção da união conjugal havida entre a autora e o
segurado até o óbito, quanto a relação de dependência estabelecida entre ambos. O conjunto probatório aponta realidade diversa.
A autora não apresentou uma prova sequer que demonstrasse a residência comum com o falecido em data pretérita e próxima ao óbito. A
autora apresentou escritura pública declaratória onde ela e a corré concordaram com o rateio do seguro de vida entre ambas. Além disso, a
autora anexa uma declaração feita no bojo dos autos do processo administrativo, onde acredita fazer jus ao benefício, simplesmente por não
ter se separado judicialmente do segurado. Ora, tal sorte de argumento não pode prosperar por si só, vez que, para fins de obtenção do
benefício é mister a comprovação da continuidade da união conjugal com o segurado até o falecimento, bem como a relação de dependência
econômica ao tempo do óbito.
No que toca à manutenção do casamento até a data do óbito do segurado, a própria autora já afastou esta alegação em seu depoimento
pessoal, quando reconheceu a efetiva existência do convívio marital entre a corré Maria do Socorro Martins da Silva e o segurado após a
separação de fato ocorrida em meados de 2000. O que a autora reiterou diversas vezes, até mesmo demonstrando uma conduta hostil quando
questionada sobre o fato da separação, é que nunca se separara juridicamente, permanecendo até o óbito na qualidade de casada com o
falecido. Ficou claro para a Magistrada que a argumentação e entendimento da parte autora, quanto a ter direito sobre a pensão, localiza-se
precipuamente no fato de ter mantido juridicamente o estado civil de casada, independentemente de o falecido já estar por mais de uma
década em relacionado lídimo de companherismo com a corré.
Ainda que de modo leigo o raciocínio da autora, talvez com muita benevolência, pudesse ser compreendido; é fato que não guarda relação
alguma com o ordenamento jurídico e até mesmo com o cenário bem delineado nos autos, de indubitável existência de união estável.
O mesmo sucede em relação à dependência econômica, pois, conforme se afere dos extratos previdenciários anexados aos autos, a autora é
pessoa economicamente ativa, portanto apta a prover a própria subsistência, seja ao tempo do falecimento do segurado, seja nos dias atuais.
Segundo consta dos autos, o segurado manteve vínculo empregatício até o óbito, e seu último salário foi de R$ 1.121,78. Já a autora, a seu
turno, possui vínculo empregatício formal desde 01.07.2004. Quando do falecimento de Josias o salário da autora era de R$ 1.491,98.
Constata-se, assim, que desde muito tempo a autora auferia renda própria e não poderia ser considerada dependente do segurado para prover
sua subsistência. Ademais, não foi carreada aos autos qualquer prova documental que demonstrasse o segurado como responsável pelo
sustento da autora. Restando certo dos autos, a partir das provas e depoimentos, que a autora e até mesmo a filha em comum, não gozavam
de qualquer ajuda financeira do segurado ao tempo do óbito.
A prova oral também foi clara ao evidenciar que o falecido de fato não era responsável pelo sustento da autora, já que havia constituído novo
núcleo familiar e em nenhum momento no decorrer da instrução foi relatado que ele prestasse alguma colaboração de cunho material à parte
autora. Desta forma, não vejo presente o requisito da dependência econômica para ensejar a concessão do benefício almejado.
As corrés, a seu turno, apresentaram prova documental robusta a demonstrar que o falecido convivia efetivamente com a Sra. Maria do
Socorro Martins da Silva, tais como o documento pessoal da filha que teve em comum com o segurado (fl. 20/21 - arquivo 108); as
correspondências enviadas para o endereço comum (fl. 06, 22/23 – arquivo 108); a certidão de óbito, em que a corré foi a declarante e fez
consignar a existência de união estável com o falecido (fl. 05 – arquivo 108); a rescisão do contrato de trabalho, subscrita pela corré, e a folha
de registro de empregados, em que há a menção à corré na qualidade de esposa do falecido (fls. 28/29 - arquivo 07 e fls. 11/12 - arquivo 108);
as notas fiscais referentes ao sepultamento do segurado, emitidas em nome da corré Maria do Socorro Martins da Silva (fls. 07/08 – arquivo
108); a escritura pública declaratória, em que a autora anuiu com o rateio do pagamento da indenização do seguro de vida (fls. 08/09 – arquivo
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 128/1770
07), entre outras. De fato, as provas são tão contundentes, que fizeram com que o INSS concedesse o benefício de pensão por morte à Sra.
Maria do Socorro Martins da Silva, na qualidade de companheira do segurado, fato este que se contrapõe à alegação de que a autora
mantivesse a união conjugal com o Sr. Josias até o momento do óbito.
A prova oral, por sua vez, convergiu para o mesmo entendimento, deixando clara a separação de fato ocorrida entre a parte autora e o
segurado há muito tempo. Os depoimentos coligidos em Juízo demonstraram que o falecido residia efetivamente com a corré, seja pelo
depoimento pessoal da autora e da corré Maria do Socorro, seja pela oitiva das testemunhas. Tanto as outras provas, quanto a falta delas,
somando-se a presença constante na sua família de fato, a segunda formada, após a separação de fato da autora, deixa certo não se tratar de
modo algum de continuidade de qualquer espécie de relacionamento amoroso entre a autora e o falecido.
De fato, é evidente que o segurado constituiu novo núcleo familiar com a Sra. Maria do Socorro Martins da Silva, e que referida união
perdurou até a data do óbito do instituidor. De acordo com o relato prestado pela testemunha arrolada pela parte autora, esta não presenciou
os fatos recentes ao óbito do segurado; nada soube relatar a respeito dos fatos posteriores à separação de fato, especialmente no que se
refere aos relacionamentos posteriores de Josias, inclusive o mantido com a corré Maria do Socorro Martins da Silva; conforme sua narrativa,
as visitas feitas no local de trabalho da parte autora ocorreram em época remota, entre 1999 e 2000; assim, referido depoimento não se
reveste de força probante suficiente a comprovar as alegações da parte autos. Por outro lado, os depoimentos prestados pela corré e por sua
testemunha foram uníssonos em demonstrar a existência da união estável, pois informaram de forma minudente acerca da manutenção do
convívio marital, além das providências efetuadas pela família para o sepultamento do segurado, o que demonstra a união pública, duradoura e
ininterrupta entre a Sra. Maria do Socorro Martins da Silva e Josias Ferreira de Lima até o óbito.
A dependência econômica da corré em relação ao segurado também se fez presente, vez que ambos se responsabilizavam de forma
concomitante pelo sustento do lar, sendo a renda do segurado de significativa importância para a regular subsistência de Maria do Socorro e
da filha Iara Martins Ferreira de Lima. Sendo assim e diante de tais elementos, entendo presente a dependência econômica da corré em
relação ao segurado instituidor, devendo ser mantida a concessão do benefício de pensão por morte em prol das corrés.
Portanto, conquanto esteja clara a qualidade de segurado do falecido ao tempo do óbito, não se afiguraram presentes os requisitos da
manutenção da união conjugal entre a autora e o segurado instituidor até o óbito, bem como a aludida dependência econômica. Tudo
considerado, portanto, a improcedência da demanda é medida que se impõe.
Ante o exposto, JULGO IMPROCEDENTE a demanda, encerrando o processo com a resolução de seu mérito, nos termos do artigo 487,
inciso I, do código de processo civil de 2015 (lei nº. 13.105 e alterações posteriores), combinado com as leis regentes dos juizados especiais
federais, lei nº. 10.259/2001 e lei nº. 9.099/1995, restando deferidos os benefícios da Justiça Gratuita. Sem custas processuais e honorários
advocatícios. Prazo recursal de 10 dias, igualmente nos termos da mesma legislação, fazendo-se necessário a representação por advogado
para tanto.
P.R.I.
Posto isso:
1 - JULGO IMPROCEDENTE o pedido de concessão de pensão por morte e julgo extinto o processo, com exame do mérito, nos termos do
inciso I do artigo 487 do novo Código de Processo Civil.
2 - Sem condenação em custas e honorários nesta Instância.
3 - Defiro a assistência judiciária gratuita.
4 - Sentença registrada eletronicamente.
5 - Publique-se.
6 - Intimem-se.
Diante do exposto,
1 - JULGO IMPROCEDENTE o pedido formulado, extinguindo o feito com resolução do mérito, nos termos do artigo 487, inciso I, do Código
de Processo Civil.
2 - Sem custas e sem honorários advocatícios.
3 - Concedo o benefício da assistência judiciária gratuita à parte autora.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 129/1770
4 - Publicada e registrada neste ato.
5 - Intimem-se.
Diante do exposto, resolvo o mérito, nos termos do artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil, e JULGO IMPROCEDENTE o pedido
formulado na petição inicial.
Sem custas e sem honorários.
Publique-se. Registre-se. Intime-se.
0051144-73.2018.4.03.6301 - 12ª VARA GABINETE - SENTENÇA COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO Nr. 2019/6301059003
AUTOR: MANOEL JOAQUIM (SP165099 - KEILA ZIBORDI MORAES CARVALHO)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
Ante o exposto, julgo IMPROCEDENTE o pedido formulado pela parte autora, extinguindo o processo com resolução do mérito, nos termos
do artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil.
Não há condenação em custas processuais ou em honorários de advogado no âmbito dos Juizados Especiais Federais, nos termos do artigo 55,
caput, da Lei n. 9.099/1995, combinado com o art. 1º da Lei n. 10.259/2001.
0041602-31.2018.4.03.6301 - 10ª VARA GABINETE - SENTENÇA COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO Nr. 2019/6301051529
AUTOR: VALERIA ORTEGA RODRIGUES DA SILVA (SP206647 - DAILTON RODRIGUES DA SILVA)
RÉU: CAIXA ECONOMICA FEDERAL (SP215219 - ZORA YONARA MARIA DOS SANTOS CARVALHO PALAZZIN)
Vistos, em sentença.
A parte autora alega que é titular da conta nº0121703-3, agência nº1934, sendo que no dia 31/08/2018 dirigiu-se ao caixa eletrônico localizado
no Supermercado Dia para efetuar saque. Após, realizar a transação bancária, sem ter se deslocado do terminal de atendimento, foi alertada
por um desconhecido de que havia uma mensagem na tela do visor, solicitando que introduzisse novamente o cartão para atualizar os dados.
Aduz que decidiu não proceder a operação, mesmo após introduzir o cartão, cancelando o pedido que constava na tela, sendo que neste
momento teve o cartão subtraído e substituído por cartão idêntico.
Salienta que no dia 02/09/2018 ao tentar realizar uma compra, utilizando o cartão magnético para pagamento, verificou que o cartão era de
outra pessoa, percebendo que havia sido vítima de um golpe. Sustenta que entrou em contato imediatamente com o SAC da CEF, protocolo de
atendimento nº201800171372661 - solicitando o bloqueio do cartão, sendo informado pelo funcionário que não estava conseguindo efetuar o
bloqueio por meio da conta corrente, esclarecendo que bloquearia todos os cartões.
No dia 03/09/2018 compareceu a agência bancária e conversou com o gerente da CEF que lhe informou o bloqueio do cartão automático em
razão de movimentações estranhas ocorridas no dia 31/08/2018. Aduz que os saques e transferências realizadas em sua conta perfazem o
montante de R$10.754,00, tendo sido realizado uma transferência para a conta 013-24269-6, agência 0326 em nome de Caio Ferraz Coutinho,
no valor de R$ 1.500,00 e a outra transferência para a conta 013-18551-1, agencia 0330, em nome de Geovane Silva Santos, no valor de R$
1.500,00, e diversas compras, no valor aproximado de R$500,00 cada. Salienta que realizou contestação administrativa e, após análise pela
CEF concluiu-se pela inexistência de fraude, contudo, não reconhece as transações realizadas. Insurge-se contra as alegações da CEF, tendo
sofrido diversos prejuízos e transtornos.
Citada a CEF apresentou contestação 23/11/2018, impugnando as alegações diante da culpa exclusiva da parte autora, inexistência de falha na
prestação de serviços, bem como o fato da senha e o cartão serem para uso pessoal, pugnando pela improcedência da ação.
Conheço do processo em seu estado, para julgar antecipadamente a lide, nos termos do artigo 355, inciso I, do CPC/2015, diante da
desnecessidade de mais provas.
A abordagem de do tema danos materiais e morais implica em responsabilidade civil, pois esta obrigação legal reconhece a indenização diante
daqueles prejuízos. A responsabilidade civil é a obrigação gerada para o causador de ato lesivo à esfera jurídica de outrem, tendo de arcar
com a reparação pecuniária a fim de repor as coisas ao status quo ante. Assim define o professor Carlos Alberto Bittar, in “Responsabilidade
Civil, Teoria e Prática”: “Uma das mais importantes medidas de defesa do patrimônio, em caso de lesão, é a ação de reparação de danos, por
via da qual o titular do direito violado (lesado ou vítima) busca, em juízo, a respectiva recomposição, frente a prejuízos, de cunho pecuniário,
pessoal ou moral, decorrentes de fato de outrem (ou, ainda, de animal, ou de coisa, relacionados à outra pessoa).” Conclui-se que diante da
conduta lesiva de alguém, conduta esta que representará o fato gerador da obrigação civil de indenização, seja por dolo ou mesmo culpa,
quando então bastará a negligência, imprudência ou imperícia, seja por ação ou mesmo omissão, quando tiver a obrigação legal de agir, o
prejudicado por esta conduta poderá voltar-se em face daquele que lhe causou o prejuízo, ainda que este seja moral, pleiteando que, por meio
de pecúnia, recomponha a situação ao que antes estava.
Os elementos essenciais compõem esta obrigação, quais seja, a conduta lesiva de outrem, a culpa ou o dolo (em regra, ao menos), o resultado
lesivo e o nexo causal entre a primeira e o último, de modo a atribuir-se ao autor da conduta o dano sofrido pela vítima. O dano, vale dizer, o
prejuízo, que a pessoa vem a sofrer pode ser de ordem material ou moral, naquele caso atinge-se o patrimônio da pessoa, diminuindo-o, neste
último atinge-se diretamente a pessoa. Ambos são igualmente indenizáveis como há muito pacificado em nossa jurisprudência e melhor
doutrina, e como expressamente se constata da nova disposição civil, já que o Código Civil de 2003 passou a dispor que ainda em se tratando
exclusivamente de dano moral haverá ato ilícito e indenização (artigos 186, 927 e seguintes).
No que se refere aos danos morais, o que aqui alegado, tem-se que estes são os danos que, conquanto não causem prejuízos econômicos
igualmente se mostram indenizáveis por atingirem, devido a um fato injusto causado por terceiro, a integridade da pessoa. Assim, diz respeito à
valoração intrínseca da pessoa, bem como sua projeção na sociedade, atingindo sua honra, reputação, manifestações do intelecto, causando-
lhe mais que mero incômodo ou aborrecimento, mas sim verdadeira dor, sofrimento, humilhação, tristeza etc. Tanto quanto os danos materiais,
os danos morais necessitam da indicação e prova dos pressupostos geradores do direito à reparação, vale dizer: o dano, isto é, o resultado
lesivo experimentado por aquele que alega tal direito; que este seja injusto, isto é, não autorizado pelo direito; que decorra de fato de outrem;
que haja nexo causal entre o evento e a ação deste terceiro. Assim, mesmo não sendo necessária a comprovação do elemento objetivo, vale
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 131/1770
dizer, a culpa ou dolo do administrador, será imprescindível a prova dos demais elementos suprarreferidos, pois a responsabilidade civil
encontra-se no campo das obrigações, requerendo, consequentemente, a comprovação dos elementos caracterizadores de liame jurídico entre
as partes.
Percebe-se a relevância para a caracterização da responsabilização civil e do dano lesivo do nexo causal entre a conduta do agente e o
resultado. Sem este ligação não há que se discorrer sobre responsabilidade civil, seja por prejuízos materiais suportados pela pretensa vítima
seja por prejuízos morais. E isto porque o nexo causal é o liame entre a conduta lesiva e o resultado, a ligação entre estes dois elementos
necessários à obrigação civil de reparação. De modo a comprovar que quem responderá pelo dano realmente lhe deu causal, sendo por ele
responsável.
A indenização decorrente do reconhecimento da obrigação de indenizar deverá ter como parâmetro a ideia de que o ressarcimento deve
obedecer uma relação de proporcionalidade, com vistas a desestimular a ocorrência de repetição da prática lesiva, sem, contudo, ser
inexpressivo, ou elevada a cifra enriquecedora. E ao mesmo tempo servir para confortar a vítima pelos dissabores sofridos. Quanto à fixação
de indenização, os danos materiais não trazem maiores problemas, posto que a indenização deverá corresponder ao valor injustamente
despendido pela parte credora, com as devidas atuações e correções. Já versando sobre danos morais, por não haver correspondência entre o
dano sofrido pela vítima e a forma de recomposição, uma vez que valores econômicos não têm o poder de reverter a situação fática, toma-se
como guia a noção de que o ressarcimento deve obedecer uma relação de proporcionalidade, com vistas a desestimular a ocorrência de
repetição da prática lesiva, sem, contudo, ser inexpressivo. E ao mesmo tempo, assim como o montante não deve ser inexpressivo, até porque
nada atuaria para a ponderação pela ré sobre o desestimulo da conduta lesiva impugnada, igualmente não deve servir como elevada a cifra
enriquecedora. Destarte, ao mesmo tempo a indenização arbitrada diante dos danos e circunstâncias ora citadas, deve também servir para
confortar a vítima pelos dissabores sofridos, mas sem que isto importe em enriquecimento ilícito. O que se teria ao ultrapassar o bom senso no
exame dos elementos descritos diante da realidade vivenciada. Assim, se não versa, como nos danos materiais, de efetivamente estabelecer o
status quo ante, e sim de confortar a vítima, tais critérios é que se toma em conta.
Criou-se, então, a teoria da responsabilidade civil, possuindo esta várias especificações. Uma que se pode denominar de regra, é a
responsabilidade subjetiva, ou aquiliana, em que os elementos suprarreferidos têm de ser constatados, por conseguinte, devem fazer-se
presentes: o ato lesivo, o dano, o liame entre eles, e a culpa lato sensu do sujeito. Há ainda a responsabilidade civil em que se dispensa a
aferição do elemento subjetivo, pois não se requer à atuação dolosa ou culposa para a existência da responsabilidade do agente por sua
conduta, bastando neste caso à conduta lesiva, o dano e o nexo entre aquele e este, é o que se denomina de responsabilidade objetiva. Outras
ainda, como aquelas dispostas para peculiares relações jurídicas, como a consumerista.
Nesta esteira, a prestação de serviços bancários estabelece entre os bancos e seus clientes, e aqueles que utilizam de seus serviços, relação
de consumo, nos termos do art. 3º, §2º, da Lei 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor). Disciplina referido dispositivo: “Serviço é qualquer
atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancárias, financeiras, de crédito e securitárias,
salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.”
Versa certa relação jurídica de relação de consumo, denominada consumerista, quando se tem presentes todos os requisitos necessários a
caracterizá-la, nos termos dos artigos 2º, caput, e 3º, caput, do Código de Defesa do Consumidor, pois é atividade fornecida no mercado de
consumo mediante remuneração. Mas, para não restarem dúvidas, trouxe a lei disposição exclusiva a incluir entre as atividades sujeitas à
disciplina do CDC as bancárias e de instituições financeiras, conforme seu artigo 3º, §2º, supramencionado. E, ainda, mais recentemente, a
súmula 297 do Egrégio Superior Tribunal de Justiça, nos seguintes termos: “O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições
financeiras.” Por conseguinte, aplica-se à espécie o disposto no artigo 14 dessa lei, segundo o qual “o fornecedor de serviços responde,
independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos
serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua função e riscos”. Trata-se de defeito na prestação do serviço,
pois é vício exógeno, isto é, de qualidade que se agrega ao serviço prestado, gerando efetivo dano à integridade psíquica da pessoa.
A responsabilidade civil das instituições financeiras por danos causados a seus clientes, ou a terceiros, que sofram prejuízos em decorrência de
sua atuação, é de natureza objetiva, prescindindo, portanto, da existência de dolo ou culpa. Basta a comprovação do ato lesivo, do dano e do
nexo causal entre um e outro. Precisamente nos termos alhures já observados, em que se ressalva a desnecessidade da consideração sobre o
elemento subjetivo para a formação da obrigação legal de responsabilização em razão de danos causados à vítima, no caso, consumidor.
No que diz respeito à possibilidade de inversão do ônus da prova, observe-se algumas ressalvas imprescindíveis. Primeiro, é uma possibilidade
conferida ao Juiz, posto que somente aplicável diante dos elementos legais no caso concreto. Segundo, os elementos legais são imprescindíveis
para a inversão, não havendo direito imediato a inversão. Terceiro, a possibilidade de ocorrência de inversão do ônus da prova é disciplinada
em lei, CDC, artigo 6º, por conseguinte, a parte ré já sabe de antemão que este instituto legal poderá ser aplicado quando da sentença; até
porque, nos termos da Lei de Introdução ao Código Civil, a lei é conhecida por todos.
Já no que diz respeito aos cadastros de proteção ao crédito têm por finalidade proteger relações de crédito contra maus pagadores, fornecendo
às empresas a eles vinculados, informações relativas à existência de passivos em nome de potenciais clientes, de modo a reduzir riscos, trazer
maior segurança às relações negociais e persuadir os devedores a quitar suas dívidas. A partir do momento em que esta inscrição é efetivada
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 132/1770
surgem consequências importantes, sendo a principal delas a criação de restrições de acesso ao crédito para estes devedores. Vivendo em
uma economia capitalista de produção, qualquer pessoa necessita, a todo momento, realizar atos de consumo. Obstar a prática desses atos,
atribuindo a uma pessoa a pecha de mau pagador, significa privá-lo de meios de acesso aos bens necessários a sua subsistência e expô-lo a
situações constrangedoras. Portanto, sem justa causa, não se pode macular a honra do cidadão que nada deve.
No caso em tela. A parte autora pretende a condenação da parte ré ao pagamento de indenização por danos materiais no montante de
R$10.957,48 e danos morais no valor de R$9.540,00. Acostou aos autos: boletim de ocorrência lavrado em 06/09/2018 (fls. 02/03 – anexo 2),
protocolo de contestação administrativa realizada em 03/09/2018(fls. 04/07 – anexo 2), resposta ofício da CEF (fl. 08 – anexo 2), contrato de
crédito consignado CEF nº21.1934.110.0001049-76, com valor inicial contrato de R$14.758,90, contratado em 13/09/2018, para pagamento em
45 parcelas no valor de R$459,83 (fls. 10/17), comprovante de depósito realizado em 17/09/2018 no valor de R$3.000,00 (fl. 09 – anexo 2),
cópia do cartão da CEF em nome de Irene Maria Teixeira (fl. 18 – anexo 2), extratos bancários da conta nº21703-3 – agência 1934 período de
junho/2018 a agosto/2018 (fls. 19/24 e fls. 28 – anexo 2), comprovante de registro de demanda perante o Banco Central (fl. 25 – anexo 2),
cópia do tev no valor de R$ 1.500,00, enviado em 31/08/2018 para Caio Ferraz Coutinho (fl. 26 – anexo 2), cópia do tev no valor de R$
1.500,00, enviado em 31/08/2018 para Geovane Silva Santos (fl. 27 – anexo 2), consulta da conta por meio de celular (fl. 29 – anexo 2),
jurisprudência do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (fls. 30/44 – anexo 2), objetivando comprovar suas alegações.
Em sua defesa a CEF impugnou as alegações da parte autora, suscitando culpa exclusiva da mesma, posto que a senha e o cartão são de uso
exclusivo do cliente.
Analisando as provas apresentadas não levam ao fim pretendido, uma vez que não restaram corroboradas as alegações da parte autora quanto
a falha na prestação do serviço pela CEF. Na petição inicial há uma narrativa detalhada da ocorrência, constando que a parte autora utilizou o
caixa eletrônico do Banco 24h instalado no Supermercado Dia e, após utilizá-lo, aproximou-se um desconhecido informando que havia uma
mensagem na tela do visor, solicitando que introduzisse novamente o cartão para atualizar os dados. Aduz que introduziu o cartão para
proceder o cancelamento da operação, sendo que neste momento teve o cartão subtraído e substituído por cartão idêntico.
Alega que a constatação da troca do cartão só foi verificada no dia 02/09/2018 após a tentativa de utilizar o cartão em uma compra. Salienta
ter adotados todas as medidas para bloqueio do cartão e, no dia seguinte compareceu a agência para realizar a contestação administrativa dos
valores sacados já que havia sido vítima de um “golpe”, o qual foi confirmado diante das operações bancárias realizadas totalizando
R$10.754,00.
Nada obstante, mesmo esta prova não serve ao pretendido, vez que o que resta certo é a evidente negligência na aceitação de auxílio de
terceiro (caso este tenha efetivamente ocorrido). Isto porque foi abordado por terceiro, sendo induzida a acreditar que deveria realizar a
atualização, o qual alega não ter realizado.
Veja, a questão nem bem se localiza exclusivamente no emprestimo do cartão e senha para o conjuge, algo, hoje em dia, compatível com as
necessidades e dificuldades da cidade de São Paulo e dos tempos modernos. A grande questão efetiva localiza se na negligência perpetrada
ao assumir que terceiro passasse a assessora-la. Pessoa desconhecida; não representante da instituição financeira (já que se tratava de caixa
24 horas localizado no interior de supermercado); sem conferência do cartão recebido posteriormente.
A negligência e a inocência com que agiu no caso não são condutas oponíveis à parte ré, a qual de forma alguma tem como ser
responsabilizada por tais atitudes do correntista, e ainda mais, como no presente caso, quem agiu como se correntista o fosse. Não foi a ré por
meio de um de seus agentes, ou de terceiro que fraudulentamente agisse dentro do estabelecimento bancário (agência da CEF) fazendo-se
passar por funcionário da ré, que atuou para enganar a parte autora e muito menos para imprimir-lhe a conduta indevida, com o descuido e a
credulidade infelizmente incompatíveis com a sociedade atual.
A tentativa de responsabilizar a ré é inconcebível no cenário posto. Claro que a parte teria direito a ter seu patrimônio recomposto, mas no
caso pelo causador do dano, tal como previsto não só pela lei civil, como também pela lei criminal. Então neste caso pelo estelionatário, sem
qualquer relação com a ré.
Sem perder de vista que toda esta conclusão da negligência e credulidade incompatíveis da parte autora, presume que a narração dos fatos
seja verídica, o que nem mesmo se pode afirmar. Isto porque o único documento existente sobre os fatos é o “boletim de ocorrência”. Ocorre
que este documento pouco serve para a prova das alegações da parte autora, uma vez que é lavrado pela descrição unilateral da “vítima”
(depoente), sobre os fatos e a forma como se concretizaram, sem a presença durante o acontecimento criminoso de qualquer autoridade
policial, nem mesmo qualquer investigação prévia à sua confecção; vale dizer, seu conteúdo restringe-se às declarações dadas pelo
interessado, consequentemente diante do boletim de ocorrência tão somente, sem outras provas robustas a corroborá-lo, não é possível saber
se os fatos descritos pelo interessado efetivamente sobrevieram e nem mesmo o modo como ocorreram.
Como dito, neste documento tem-se a narração de um só indivíduo, ou ao menos um deles, não de todos aqueles envolvidos nos supostos fatos,
como a parte ex adversa, que em nada participa da lavratura do B.O. Em outros termos a mesma coisa, é um documento unilateral, e tem de
ser sopesado no conjunto probatório com ressalva desta sua expressiva característica. De se ver, nesta esteira, não ser prova suficiente para a
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 133/1770
comprovação dos acontecimentos alegados.
Ainda que a atitude da parte autora discutida nos autos, embasadora de seu prejuízo, esteja fundada em um estelionato, como também já dito
por esta Magistrada em processos idênticos e similares, o direito civil brasileiro não é casualista, de modo que para a legalidade dos atos
jurídicos - salvo exceções expressas em lei -, a causa que os desencadeou não tem relevo algum. De modo que, o ato jurídico realizado, ainda
que decorrente de causa criminosa, não se torna por isso necessariamente inválido, sendo seus atos jurídicos mantidos.
Nada ampara, por conseguinte o pleito da parte autora, ao mesmo em face das condutas da CEF, que unicamente se limitou à concretização
de sua atividade, de acordo com o que lhe cabe e até onde tem autorização legal para agir. Não se nega que a parte autora teve prejuízo,
entrementes a conduta geradora do prejuízo decorreu da própria parte autora e do fraudador; faltando tanto ato atribuível à CEF, como ainda
faltou nexo causal entre eventual conduta sua e o dano, não havendo configuração de responsabilidade civil, portanto, na patente falta de
elementos jurídicos essências para tanto.
Ante o exposto, JULGO IMPROCEDENTE a demanda, encerrando o processo com a resolução de seu mérito, nos termos do artigo 487,
inciso I, do código de processo civil de 2015 (lei nº. 13.105 e alterações posteriores), combinado com as leis regentes dos juizados especiais
federais, lei nº. 10.259/2001 e lei nº. 9.099/1995. Sem custas processuais e honorários advocatícios, conforme as leis regentes dos juizados
especiais. Prazo recursal de 10 dias, igualmente nos termos da mesma legislação, fazendo-se necessário a representação por advogado para
tanto. Defiro os benefícios da Justiça Gratuita.
Ante o exposto, nos termos do artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil, JULGO IMPROCEDENTE o pedido deduzido por Meire
Cabrera em face do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS.
Defiro à parte autora a gratuidade de justiça.
Sem custas e honorários nesta fase do processo.
Sobrevindo o trânsito, arquive-se.
Publicada e registrada eletronicamente.
Intimem-se.
As autoras, Evani de Souza Jardim e Jaqueline Maria Jardim de Jesus pretendem concessão de aposentadoria por idade pos mortem de seu
marido e genitor, respectivamente, bem como pagamento dos reflexos na pensão por morte atualmente ativa das partes autoras.
Esclarecem que quando em vida, o falecido requereu benefício de aposentadoria por idade, aos 18/03/2010, que restou indeferida pelo INSS,
computando ao falecido o tempo de 11 anos e 15 dias, correspondente a 136 contribuições.
Após o falecimento do segurado, as autoras ingressaram com pedido administrativo de pensão por morte, NB 184.475.656-1 o qual restou
concedido com o tempo de com 18 anos, 09 meses e 26 dias, correspondente a 232 contribuições.
Assim, tendo em vista o tempo apurado quando da concessão da pensão por morte, requerem as autoras a concessão do benefício de
aposentaoria por idade pos mortem do segurado, com pagamento dos valores atrasados.
Inicialmente, ressalta-se que é caso de ilegitimidade de parte ao pedido de concessão do benefício pos mortem.
O pensionista não possui legitimidade ativa para pleitear, em nome próprio, os atrasados do benefício de aposentadoria do instituidor da pensão,
tendo em vista se tratar tal benefício personalíssimo, apenas podendo sucedê-lo, como herdeira, em ação judicial intentada por este, quando o
falecimento se dá no curso da demanda.
Isto porque, ainda que fosse concedida a aposentadoria por idade pos mortem às autoras com pagamento dos atrasados e, assim, utilizado tal
benefício como base de cálculo à pensão por morte concedida, apurou-se pela contadoria deste Juizado, que não haveria diferenças a serem
calculadas a favor das autoras para a pensão por morte derivada, tendo em vista a RMI paga no valor de um salário-mínimo, idêntica à da
aposentadoria por idade originária, caso concedida.
Isso posto, EXTINGO O FEITO, SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO, nos termos do art. 485, VI, do CPC no que se refere ao
reconhecimento de aposentadoria por idade e pagamento dos atrasados e JULGO IMPROCEDENTE O PEDIDO no que se refere ao pedido
de revisão da pensão por morte NB 184.475.656-1 extinguindo o feito com resolução de mérito, nos termos do art. 487, I, do CPC.
FUNDAMENTO E DECIDO.
Trata-se de ação proposta em face do Instituto Nacional do Seguro Social em que a parte autora pleiteia a concessão de benefício por
incapacidade.
Os benefícios previdenciários têm por escopo a cobertura de determinadas contingências sociais. Visam, assim, ao atendimento do cidadão
que não pode prover as necessidades próprias e de seus familiares de maneira digna e autônoma em razão da ocorrência de certas
contingências sociais determinadas pelo sistema normativo.
Os benefícios por incapacidade – gênero no qual podem ser incluídos o auxílio-doença, o auxílio-acidente e a aposentadoria por invalidez –
destinam-se à substituição ou complementação da remuneração do segurado considerado incapaz, definitiva ou temporariamente, para o
exercício de seu trabalho ou atividade habitual. Por conseguinte, faz-se mister a verificação e comprovação da incapacidade, nos termos e na
forma determinada pela legislação de regência. Persistindo a capacidade para o trabalho ou atividades habituais, inexiste a necessidade de
auxílio estatal para a subsistência do segurado e de sua família.
O art. 42 da Lei 8.213/91 estabelece que a aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será devida
ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de
atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.
Conseguintemente, são requisitos necessariamente cumulativos para a percepção do benefício de auxílio-doença: I-) a qualidade de segurado;
II-) o cumprimento do período de carência, quando for o caso; III-) incapacidade provisória para o exercício de atividade que lhe garanta a
subsistência.
No que se refere ao primeiro requisito, concernente à qualidade de segurado para a percepção do benefício, constitui decorrência do
caráter contributivo do regime previdenciário tal como foi desenhado pela Constituição Federal e pelas normas infraconstitucionais. Assim,
deve o cidadão estar filiado ao Regime Geral da Previdência Social e ter cumprido o período de carência, isto é, possuir o número mínimo de
contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício.
O benefício de aposentadoria por invalidez requer, para a sua concessão, do cumprimento do período de carência correspondente a 12 (doze)
contribuições mensais, nos termos do art. 25, I, da Lei 8.213/91. Contudo, o mesmo diploma legal, em seu art. 26, II, dispensa o cumprimento
do período de carência nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de
segurado que, após filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em lista
Constitui, outrossim, condição inafastável para a concessão da aposentadoria por invalidez incapacidade total e permanente para o exercício de
atividade que lhe garanta a subsistência. Por incapacidade deve reconhecer-se a impossibilidade de exercer atividade laborativa em virtude da
enfermidade que acomete o segurado, o que demanda, à evidência, produção de prova pericial. Se é certo que o disposto no art. 42, § 1º, da
Lei 8.213/91 determina, no âmbito administrativo, a produção de prova pericial a cargo do Instituto Nacional do Seguro Social, também e de se
reconhecer que mesmo no bojo do processo judicial o reconhecimento da impossibilidade do exercício de atividade laborativa depende da
produção de prova pericial.
Analiso o requisito da comprovação da invalidez, mediante a apreciação do conjunto probatório colhido durante a instrução.
Em relação à incapacidade, a perícia médica realizada em juízo, concluiu que o autor é portador de sequelas de fraturas em membros
inferiores, submetido a tratamento cirúrgico, moléstia que lhe acarreta incapacidade laborativa total e temporária desde 11/10/2013 a
10/08/2016 e, incapacidade laborativa parcial e permanente desde 11/08/2016, conforme relatório médico. E ainda, relata que o autor poderá
exercer a mesma atividade com maior grau de dificuldade.
Deste modo, da análise do conjunto probatório, especialmente do CNIS (anexado aos autos), infere-se que o autor recolheu como contribuinte
individual desde 01/05/2009 até 28/02/2011, vindo a perder a qualidade de segurado em 28/04/2012. Assim, de acordo com laudo médico –
baseado em relatórios médicos - a data da instalação da incapacidade total e temporária se deu a partir 11/10/2013, quando não tinha qualidade
de segurado, nos termos do art. 15, II, da Lei 8.213/91.
Ademais, quanto à incapacidade parcial e permanente com data de início em 11/08/2016, o segurado é filiado ao Regime Geral da Previdência
Social anteriormente à data do início da incapacidade, conforme comprova o extrato do Cadastro Nacional de Informações Sociais anexado
aos autos, uma vez que o autor, após perder a qualidade de segurado em 28/04/2012, somente retornou ao sistema previdenciário quando
contribuiu como contribuinte individual desde 01/04/2014 até 30/06/2015, 15/08/2016 a 15/08/2016 e manteve vínculo empregatício com a
empresa AGV Logística desde 01/09/2016 até 31/01/2017.
Assim, em relação à incapacidade parcial e permanente desde 11/08/2016, verifique-se que, embora tenha o autor mantido sua qualidade de
segurado junto a Autarquia Previdenciária, este não faz jus à concessão do benefício auxílio-acidente, uma vez que não se enquadra nas
hipóteses previstas no Art. 18, § 1º, da Lei 8.213/91.
Nesse contexto, necessário ponderar que a interpretação sistemática dos arts. 42 e 59 da Lei 8.213/91 leva à conclusão de que, embora haja
incapacidade permanente para a atividade habitual, mas não estando o segurado incapacitado total e permanente para toda e qualquer
atividade que lhe garanta a subsistência, ou seja, havendo possibilidade de reabilitação para outra profissão, não é cabível a concessão de
aposentadoria por invalidez nem de auxílio-doença.
Ante o exposto, nos termos do artigo 487, inciso I, do CPC, JULGO IMPROCEDENTE o pedido deduzido por Hercílio Honorato em face do
Instituto Nacional do Seguro Social – INSS.
INDEFIRO, por fim, o requerimento de gratuidade judiciária formulado pelo autor, haja vista que se trata de segurado beneficiário de
aposentadoria desde 1996, sendo o seu valor atual da ordem de R$ 3.004,18 (vide extrato TERA cuja juntada ora determino), ou seja, superior
a três salários-mínimos mensais. Tal renda constitui indicativo claro e consistente de que o autor possui capacidade econômica suficiente para
o custeio das reduzidas despesas deste processo, sem prejuízo de sua subsistência.
Sem custas ou honorários nesta instância.
Sobrevindo o trânsito em julgado, arquive-se.
Publicada e registrada eletronicamente.
Intimem-se.
Diante do exposto, resolvo o mérito da controvérsia na forma do artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil, e JULGO
IMPROCEDENTES OS PEDIDOS formulados na inicial.
Não há condenação em custas processuais ou em honorários de advogado no âmbito dos Juizados Especiais Federais, nos termos do artigo 55,
caput, da Lei n. 9.099/1995, combinado com o art. 1º da Lei n. 10.259/2001.
0010451-18.2016.4.03.6301 - 14ª VARA GABINETE - SENTENÇA COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO Nr. 2019/6301057183
AUTOR: JOAO DE SANTANA FILHO (SP170578 - CONCEICAO APARECIDA PINHEIRO FERREIRA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
Diante do exposto, JULGO IMPROCEDENTE os pedidos, nos termos do artigo 487, I, do CPC.
Sem custas e honorários advocatícios nesta instância, a teor do art. 1º da Lei nº. 10.259/01 c.c. o art. 55, caput da Lei nº. 9.099/95.
Concedo à parte autora os benefícios da justiça gratuita, nos termos do artigo 98 do CPC.
Registrada e publicada nesta data. Int.
0047172-95.2018.4.03.6301 - 14ª VARA GABINETE - SENTENÇA COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO Nr. 2019/6301058465
AUTOR: GILVANE NASCIMENTO MENEZES (SP254710 - IVETE QUEIROZ DIDI)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
Diante do exposto, dou por resolvido o mérito, com fundamento no artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil, e JULGO
IMPROCEDENTE o pedido inicial.
Sem condenação em custas e honorários, nos termos dos artigos 55 da Lei nº 9.099/95 e 1º da Lei nº 10.259/01.
Defiro a gratuidade da justiça.
P.R.I.
0047631-97.2018.4.03.6301 - 10ª VARA GABINETE - SENTENÇA COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO Nr. 2019/6301046150
AUTOR: NYIAMEGEM PETER ELEBORYI (SP138058 - RICARDO AURELIO DE MORAES SALGADO JUNIOR)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
SENTENÇA.
Vistos, em sentença.
A parte autora pleiteia a concessão do benefício de auxílio-doença ou, acaso preenchidos os requisitos necessários, da aposentadoria por
invalidez. Requer, ainda, a condenação do INSS ao pagamento das diferenças apuradas, corrigidas monetariamente e acrescidas de juros
moratórios.
A parte autora se manifestou acerca do laudo médico pericial, requerendo a procedência do pedido.
É o relatório. DECIDO.
Inicialmente, indefiro o postulado no dia 19/02/2019 (arquivo 25), quanto a realização de nova perícia, uma vez que o perito Judicial designado
é profissional habilitado para realização da perícia médica indicada, que consiste não somente em analisar os exames e relatórios médicos
apresentados pela parte, como também validar, pelo exame clínico, os resultados e impressões dos médicos da parte autora em conjunto com a
profissão por ela exercida. Ademais, conforme laudo pericial arquivo 22), o expert analisou todos os documentos anexados aos autos, bem
como os exames apresentados em perícia. Além disso, não há que se falar em análise das condições sociais, tendo em vista que a parte autora
não apresenta incapacidade laborativa, sendo esta um dos requisitos necessários para a concessão do benefício, não sendo cabível a alegação
de avaliação das condições sociais
No tocante à preliminar de incompetência absoluta do Juízo, verifica-se pelos documentos apresentados pela parte autora que sua residência
se encontra abrangida pela jurisdição deste Juizado Especial Federal, logo este Juízo é competente para processar e julgar o presente feito.
Igualmente, cumpre o afastamento da preliminar quanto à matéria, considerando que o pedido da parte autora funda-se em benefício
previdenciário cuja natureza não é acidentária.
Em relação à falta de interesse de agir por ausência de pedido administrativo, não merece acolhimento, pois constata-se que a parte autora
requereu junto ao INSS a concessão do benefício, sendo este indeferido.
Afasto a preliminar de incompetência pelo valor da causa, posto que não restou demonstrada a ultrapassagem do limite estabelecido para
determinação da competência do JEF. Ademais, ressalta-se que é possível a renúncia aos valores excedentes à competência deste juizado,
desde que realizada na petição inicial, pois a renúncia em momento posterior ao ajuizamento da ação caracterizaria escolha do Juízo. Nesse
sentido, temos o Enunciado nº 17 do Fórum Nacional dos Juizados Especiais Federais: “Não cabe renúncia sobre parcelas vincendas para fins
de fixação da competência nos Juizados Especiais Federais”.
Quanto à análise de impossibilidade de cumulação de benefício, referida questão não é objeto dos autos.
Por fim, afasto também a prejudicial de mérito de prescrição quinquenal, já que, conforme se denota, a parte autora pretende a concessão do
benefício NB 31/623.558.611-0, cujo requerimento ocorreu em 14/06/2018 e ajuizamento a presente ação em 24/10/2018. Portanto, não
transcorreu o prazo quinquenal.
A concessão do benefício previdenciário de auxílio-doença exige, nos termos da legislação específica (Lei 8.213/1991, art. 59 e ss.), a
Já para a concessão da aposentadoria por invalidez se exige, além dos referidos requisitos previstos, que a incapacidade seja total e
permanente, insuscetível de reabilitação do segurado para atividade diversa que lhe garanta a sobrevivência, nos termos do que dispõem os art.
42 e ss. da Lei 8.213/1991.
Incapacidade total indica que o segurado não tem condições de exercer qualquer atividade laboral; incapacidade permanente denota que não
há prognóstico de que o segurado possa recuperar a capacidade de trabalho para a mesma ou outra atividade. Afere-se, portanto, dos
dispositivos legais que, enquanto o auxílio-doença exige a incapacidade para o trabalho que o segurado realizava, a aposentadoria por invalidez
exige-a para todo e qualquer trabalho. Bem como, enquanto naquele a incapacidade deverá ser, conquanto total, temporária, na última deverá
ser permanente.
Nesta linha de raciocínio, observando detidamente que a aposentadoria por invalidez requer a incapacidade total e permanente, por
conseguinte tem lugar este benefício quando o segurado esta incapacitado para o exercício não só de sua atividade habitual, mas para o
exercício de qualquer atividade que lhe garanta a subsistência; enquanto que o auxílio-doença requer a incapacidade total e temporária, de
modo que o segurado esteja incapacitado, naquele momento, de exercer sua atividade habitual; em se configurando incapacidade parcial,
porém permanente, ainda que não advinda de acidente de qualquer natureza, somente terá lugar a concessão de auxílio-acidente, a título de
indenização ao trabalhador que, não mais podendo exercer, em definitivo, sua atividade habitual, poderá exercer outras de naturezas distintas.
Então falemos do auxílio-acidente, benefício neste caso subsidiário, que tem sua identificação a partir de elementos próprios.
O benefício de auxílio-acidente é concedido “como pagamento de indenização mensal, quando, após a consolidação das lesões decorrentes de
acidente de qualquer natureza, resultar sequelas que impliquem a redução da capacidade de labor do segurado” (Comentários à Lei de
Benefícios da Previdência Social, Daniel Machado da Rocha e José Paulo Baltazar Junior, Livraria do Advogado, 2ª edição, Porto Alegre,
2002, p. 255).
O artigo 86 da Lei nº 8.213 de 24 de julho de 1991 disciplina o seguinte: “Art. 86. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao
segurado quando, após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas que impliquem redução da
capacidade para o trabalho que habitualmente exercia.” Outrossim, o auxílio-acidente é benefício que dispensa carência por força do art. 26,
inciso I, da Lei nº 8.213/91.
Registre-se, por conseguinte, que aquela concepção supramencionada, tendo a “aplicação subsidiária” para a incapacidade parcial e
permanente do auxílio-acidente, não é aleatória, posto que se interpreta aí os termos legais "acidente de qualquer natureza" como
açambarcador de doenças que instalem em definitivo uma incapacidade parcial.
Adverte-se, no entanto, que nesta configuração do auxílio-acidente, como previamente se estará a tratar de auxílio-doença ou aposentadoria
por invalidez, então se deverá constatar o cumprimento da carência legal, em princípio especificada para estes benefícios.
No tocante ao laudo, é desnecessária a realização de nova perícia, visto que o documento em questão se encontra suficientemente
fundamentado e convincente em suas assertivas, não havendo contradições e imprecisões que justifiquem a realização de nova perícia, não
havendo, por conseguinte, alegações suficientes para infirmar as conclusões exaradas pelo expert judicial, profissional habilitado e equidistante
das partes, sem interesse pessoal na causa.
Registre-se que impugnações trilhadas unicamente em inconformismo diante do resultado apresentado pela perícia não logram êxito em
reapreciações. Faz-se imprescindível para tanto que eventuais discordâncias da parte interessada em afastar a conclusão pericial apresentem-
se corroboradas de elementos suficientes para tal desiderato, o que impede a reiteração de argumentos já sopesados. Do contrário, merece
total acolhida o laudo pericial.
Como cediço, os requisitos exigidos por lei para o benefício deverão fazer-se integralmente, e sem ressalvas, presentes para a concessão
pretendida, inviabilizando, a falta de qualquer deles, o deferimento do pleito.
Em análise aos elementos constantes dos autos, é de se reconhecer que a parte autora comprovou ter vertido contribuições previdenciárias,
laborou ou gozou de benefício, consoante Cadastro Nacional Inscrição Social - CNIS, a parte autora laborou na empresa REDE CIDADA, no
período de 13/03/2017 a 06/2018 (arquivo 13).
Passo a analisar o requisito legal, atinente à comprovação da sua incapacidade laboral. Para dirimir esta questão, a prova pericial era
indispensável e foi requerida pelas partes e deferida pelo juízo.
Impugnações oferecidas não possuem o condão de afastar o laudo pericial, em se tratando de meras reiterações dos posicionamentos e
interesses anteriormente já narrados e apreciados. E assim o é seja para a desconsideração do laudo apresentado, a realização de nova
perícia, ou ainda o retorno dos autos ao perito para resposta aos quesitos apresentados.
A perícia médica tem por escopo não somente analisar os exames e relatórios médicos apresentados pela parte, como também validar, pelo
exame clínico, os resultados e impressões dos médicos do periciando, tudo a partir dos conhecimentos técnicos do perito judicial.
Deve se ter em vista que a discordância quanto à conclusão do perito judicial ou porque este apresenta conclusão diversa dos médicos da
autora que o laudo deve ser afastado. O perito judicial elabora o laudo é imparcial e de confiança deste Juízo e o laudo por ele elaborado
encontra-se claro e bem fundamentado no sentido de não haver incapacidade laborativa da autora, razão pela qual o acolho.
A presença de doença, lesão ou deformidade não é sinônimo de incapacidade, como ficou atestado. Pode-se apresentar doença, que até
dificulte a vida do periciando, e ainda assim não se chegar a ter a incapacidade em termos legais para a proteção da previdência social. Isto
porque há um escalonamento entre a doença em si, suas consequências e a efetiva incapacitação.
Daí resultar não se mostrar possível reconhecer a incapacidade da parte autora para exercer atividades laborativas, de forma que pudesse vir
a ter direito ao benefício pleiteado neste quesito.
DISPOSITIVO:
Ante o exposto, JULGO IMPROCEDENTE a demanda, encerrando o processo com a resolução de seu mérito, nos termos do artigo 487,
inciso I, do NCPC, combinado com as leis regentes dos Juizados Especiais Federais, lei nº. 10.259/2001 e lei nº. 9.099/1995. Defiro os
benefícios da Justiça Gratuita. Sem custas processuais e honorários advocatícios, conforme as leis regentes dos Juizados Especiais. Prazo
recursal de 10 dias, igualmente nos termos da mesma legislação, fazendo-se necessária a representação por advogado para tanto.
A parte autora pleiteia a concessão do benefício de auxílio-doença ou, acaso preenchidos os requisitos necessários, da aposentadoria por
invalidez. Requer, ainda, a condenação do INSS ao pagamento das diferenças apuradas, corrigidas monetariamente e acrescidas de juros
moratórios.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 141/1770
Foram encontradas irregularidades na petição, havendo aditamento da inicial.
A parte autora se manifestou acerca do laudo médico pericial, requerendo a procedência do pedido.
É o relatório. DECIDO.
Inicialmente, indefiro o postulado no dia 20/02/2019 (arquivo 30), haja vista que os quesitos complementares contêm questionamentos
irrelevantes ao caso e já amplamente respondidos nos laudos periciais, que se encontra bastante claro e coerente em sua conclusão. Indefiro,
ainda, a realização de nova perícia, uma vez que o perito Judicial designado é profissional habilitado para realização da perícia médica indicada,
que consiste não somente em analisar os exames e relatórios médicos apresentados pela parte, como também validar, pelo exame clínico, os
resultados e impressões dos médicos da parte autora em conjunto com a profissão por ela exercida.
No tocante à preliminar de incompetência absoluta do Juízo, verifica-se pelos documentos apresentados pela parte autora que sua residência
se encontra abrangida pela jurisdição deste Juizado Especial Federal, logo este Juízo é competente para processar e julgar o presente feito.
Igualmente, cumpre o afastamento da preliminar quanto à matéria, considerando que o pedido da parte autora funda-se em benefício
previdenciário cuja natureza não é acidentária.
Em relação à falta de interesse de agir por ausência de pedido administrativo, não merece acolhimento, pois constata-se que a parte autora
requereu junto ao INSS a concessão do benefício, sendo este indeferido.
Afasto a preliminar de incompetência pelo valor da causa, posto que não restou demonstrada a ultrapassagem do limite estabelecido para
determinação da competência do JEF. Ademais, ressalta-se que é possível a renúncia aos valores excedentes à competência deste juizado,
desde que realizada na petição inicial, pois a renúncia em momento posterior ao ajuizamento da ação caracterizaria escolha do Juízo. Nesse
sentido, temos o Enunciado nº 17 do Fórum Nacional dos Juizados Especiais Federais: “Não cabe renúncia sobre parcelas vincendas para fins
de fixação da competência nos Juizados Especiais Federais”.
Quanto à análise de impossibilidade de cumulação de benefício, referida questão não é objeto dos autos.
Por fim, afasto também a prejudicial de mérito de prescrição quinquenal, já que, conforme se denota, a parte autora pretende a concessão do
benefício NB 31/620.883.802-2, cujo requerimento ocorreu em 13/11/2017 e ajuizamento a presente ação em 05/11/2018. Portanto, não
transcorreu o prazo quinquenal.
A concessão do benefício previdenciário de auxílio-doença exige, nos termos da legislação específica (Lei 8.213/1991, art. 59 e ss.), a
presença dos seguintes requisitos: (i) incapacidade laborativa temporária superior a 15 (quinze) dias; (ii) prova da condição de segurado e sua
manutenção à época do início da incapacidade; (iii) que a doença incapacitante não seja preexistente à filiação do segurado ao RGPS, exceto
nos casos de progressão e agravamento, e (iv) carência de 12 contribuições mensais (à exceção de algumas hipóteses).
Já para a concessão da aposentadoria por invalidez se exige, além dos referidos requisitos previstos, que a incapacidade seja total e
permanente, insuscetível de reabilitação do segurado para atividade diversa que lhe garanta a sobrevivência, nos termos do que dispõem os art.
42 e ss. da Lei 8.213/1991.
Incapacidade total indica que o segurado não tem condições de exercer qualquer atividade laboral; incapacidade permanente denota que não
há prognóstico de que o segurado possa recuperar a capacidade de trabalho para a mesma ou outra atividade. Afere-se, portanto, dos
dispositivos legais que, enquanto o auxílio-doença exige a incapacidade para o trabalho que o segurado realizava, a aposentadoria por invalidez
exige-a para todo e qualquer trabalho. Bem como, enquanto naquele a incapacidade deverá ser, conquanto total, temporária, na última deverá
ser permanente.
Nesta linha de raciocínio, observando detidamente que a aposentadoria por invalidez requer a incapacidade total e permanente, por
conseguinte tem lugar este benefício quando o segurado esta incapacitado para o exercício não só de sua atividade habitual, mas para o
exercício de qualquer atividade que lhe garanta a subsistência; enquanto que o auxílio-doença requer a incapacidade total e temporária, de
modo que o segurado esteja incapacitado, naquele momento, de exercer sua atividade habitual; em se configurando incapacidade parcial,
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 142/1770
porém permanente, ainda que não advinda de acidente de qualquer natureza, somente terá lugar a concessão de auxílio-acidente, a título de
indenização ao trabalhador que, não mais podendo exercer, em definitivo, sua atividade habitual, poderá exercer outras de naturezas distintas.
Então falemos do auxílio-acidente, benefício neste caso subsidiário, que tem sua identificação a partir de elementos próprios.
O benefício de auxílio-acidente é concedido “como pagamento de indenização mensal, quando, após a consolidação das lesões decorrentes de
acidente de qualquer natureza, resultar sequelas que impliquem a redução da capacidade de labor do segurado” (Comentários à Lei de
Benefícios da Previdência Social, Daniel Machado da Rocha e José Paulo Baltazar Junior, Livraria do Advogado, 2ª edição, Porto Alegre,
2002, p. 255).
O artigo 86 da Lei nº 8.213 de 24 de julho de 1991 disciplina o seguinte: “Art. 86. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao
segurado quando, após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas que impliquem redução da
capacidade para o trabalho que habitualmente exercia.” Outrossim, o auxílio-acidente é benefício que dispensa carência por força do art. 26,
inciso I, da Lei nº 8.213/91.
Registre-se, por conseguinte, que aquela concepção supramencionada, tendo a “aplicação subsidiária” para a incapacidade parcial e
permanente do auxílio-acidente, não é aleatória, posto que se interpreta aí os termos legais "acidente de qualquer natureza" como
açambarcador de doenças que instalem em definitivo uma incapacidade parcial.
Adverte-se, no entanto, que nesta configuração do auxílio-acidente, como previamente se estará a tratar de auxílio-doença ou aposentadoria
por invalidez, então se deverá constatar o cumprimento da carência legal, em princípio especificada para estes benefícios.
No tocante ao laudo, é desnecessária a realização de nova perícia, visto que o documento em questão se encontra suficientemente
fundamentado e convincente em suas assertivas, não havendo contradições e imprecisões que justifiquem a realização de nova perícia, não
havendo, por conseguinte, alegações suficientes para infirmar as conclusões exaradas pelo expert judicial, profissional habilitado e equidistante
das partes, sem interesse pessoal na causa.
Registre-se que impugnações trilhadas unicamente em inconformismo diante do resultado apresentado pela perícia não logram êxito em
reapreciações. Faz-se imprescindível para tanto que eventuais discordâncias da parte interessada em afastar a conclusão pericial apresentem-
se corroboradas de elementos suficientes para tal desiderato, o que impede a reiteração de argumentos já sopesados. Do contrário, merece
total acolhida o laudo pericial.
Como cediço, os requisitos exigidos por lei para o benefício deverão fazer-se integralmente, e sem ressalvas, presentes para a concessão
pretendida, inviabilizando, a falta de qualquer deles, o deferimento do pleito.
Em análise aos elementos constantes dos autos, é de se reconhecer que a parte autora comprovou ter vertido contribuições previdenciárias,
laborou ou gozou de benefício, consoante Cadastro Nacional Inscrição Social - CNIS, a parte autora facultativamente no período de
01/09/2016 a 30/06/2018 (arquivo 20).
Passo a analisar o requisito legal, atinente à comprovação da sua incapacidade laboral. Para dirimir esta questão, a prova pericial era
indispensável e foi requerida pelas partes e deferida pelo juízo.
No caso concreto, o laudo médico pericial atesta que a parte autora é portadora de patologia que não a incapacita para a vida independente
nem para exercer atividades laborativas, consoante laudo pericial apresentado em 30/01/2019 (arquivo 27): “A autora refere apresentar quadro
de redução da força de preensão das mãos decorrente de ferimentos cortocontusos em face volar dos punhos D e E ocorridos na infância O
exame clínico especializado detectou discreta redução da força de preensão da mão E, porém com funcionalidade de pinça e de preensão
preservadas. Não foram detectados sinais e sintomas pelo exame clínico atual que justificassem a existência de quadro de incapacidade
laborativa habitual sob o enfoque ortopédico. VI. COM BASE NOS ELEMENTOS E FATOS EXPOSTOS E ANALISADOS, CONCLUI-
SE: NÃO FOI CARACTERIZADA SITUAÇÃO DE INCAPACIDADE LABORATIVA ATUAL, SOB ÓTICA ORTOPÉDICA.”
Impugnações oferecidas não possuem o condão de afastar o laudo pericial, em se tratando de meras reiterações dos posicionamentos e
interesses anteriormente já narrados e apreciados. E assim o é seja para a desconsideração do laudo apresentado, a realização de nova
perícia, ou ainda o retorno dos autos ao perito para resposta aos quesitos apresentados.
A perícia médica tem por escopo não somente analisar os exames e relatórios médicos apresentados pela parte, como também validar, pelo
exame clínico, os resultados e impressões dos médicos do periciando, tudo a partir dos conhecimentos técnicos do perito judicial.
Deve se ter em vista que a discordância quanto à conclusão do perito judicial ou porque este apresenta conclusão diversa dos médicos da
autora que o laudo deve ser afastado. O perito judicial elabora o laudo é imparcial e de confiança deste Juízo e o laudo por ele elaborado
encontra-se claro e bem fundamentado no sentido de não haver incapacidade laborativa da autora, razão pela qual o acolho.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 143/1770
A presença de doença, lesão ou deformidade não é sinônimo de incapacidade, como ficou atestado. Pode-se apresentar doença, que até
dificulte a vida do periciando, e ainda assim não se chegar a ter a incapacidade em termos legais para a proteção da previdência social. Isto
porque há um escalonamento entre a doença em si, suas consequências e a efetiva incapacitação.
Daí resultar não se mostrar possível reconhecer a incapacidade da parte autora para exercer atividades laborativas, de forma que pudesse vir
a ter direito ao benefício pleiteado neste quesito.
DISPOSITIVO:
Ante o exposto, JULGO IMPROCEDENTE a demanda, encerrando o processo com a resolução de seu mérito, nos termos do artigo 487,
inciso I, do NCPC, combinado com as leis regentes dos Juizados Especiais Federais, lei nº. 10.259/2001 e lei nº. 9.099/1995. Defiro os
benefícios da Justiça Gratuita. Sem custas processuais e honorários advocatícios, conforme as leis regentes dos Juizados Especiais. Prazo
recursal de 10 dias, igualmente nos termos da mesma legislação, fazendo-se necessária a representação por advogado para tanto.
Isto posto, resolvo o mérito, nos termos do artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil, e JULGO IMPROCEDENTES os pedidos
formulados por FERNANDO ALVES MOURAO na inicial.
Sem custas e honorários.
P.R.I.
SENTENÇA.
Vistos, em sentença.
A parte autora pleiteia o restabelecimento do benefício de auxílio-doença ou, acaso preenchidos os requisitos necessários, da aposentadoria
por invalidez. Requer, ainda, a condenação do INSS ao pagamento das diferenças apuradas, corrigidas monetariamente e acrescidas de juros
moratórios.
A parte autora se manifestou acerca do laudo médico pericial, requerendo a procedência do pedido.
É o relatório. DECIDO.
Inicialmente, indefiro o postulado pela parte autora no dia 31/10/2018 (arquivo 38), haja vista que foi realizado programa de reabilitação e as
funções exercidas pela parte autora estão descritas em relatório médico da empresa em que o requerente trabalha (arquivo 39 – fls.04/05).
Além disso, indefiro, o pedido do INSS (arquivo 47), quanto a expedição de oficio para o empregador Itaú Unibanco S.A, para que preste
informações referentes ao exercício de atividade laborativa adaptada às restrições visuais do autor, como também a possibilidade de o autor
ser readaptado para o exercício de função compatível com a restrição descrita pela perícia judicial, tendo em vista que a referida Autarquia
pode prestar diligências requerendo tais informações, cabendo-lhe, assim, juntar eventuais provas que sejam contrárias às informações
presentes nos autos.
No tocante à preliminar de incompetência absoluta do Juízo, verifica-se pelos documentos apresentados pela parte autora que sua residência
se encontra abrangida pela jurisdição deste Juizado Especial Federal, logo este Juízo é competente para processar e julgar o presente feito.
Igualmente, cumpre o afastamento da preliminar quanto à matéria, considerando que o pedido da parte autora funda-se em benefício
previdenciário cuja natureza não é acidentária.
Em relação à falta de interesse de agir por ausência de pedido administrativo, não merece acolhimento, pois constata-se que a parte autora
requereu junto ao INSS a concessão do benefício, sendo este indeferido.
Afasto a preliminar de incompetência pelo valor da causa, posto que não restou demonstrada a ultrapassagem do limite estabelecido para
determinação da competência do JEF. Ademais, ressalta-se que é possível a renúncia aos valores excedentes à competência deste juizado,
desde que realizada na petição inicial, pois a renúncia em momento posterior ao ajuizamento da ação caracterizaria escolha do Juízo. Nesse
sentido, temos o Enunciado nº 17 do Fórum Nacional dos Juizados Especiais Federais: “Não cabe renúncia sobre parcelas vincendas para fins
de fixação da competência nos Juizados Especiais Federais”.
Quanto à análise de impossibilidade de cumulação de benefício, referida questão não é objeto dos autos.
Por fim, afasto também a prejudicial de mérito de prescrição quinquenal, já que, conforme se denota, a parte autora pretende o
restabelecimento do benefício NB 31/611.347.977-7, cuja cessação ocorreu em 02/02/2018 e ajuizamento a presente ação em 06/02/2018.
Portanto, não transcorreu o prazo quinquenal.
A concessão do benefício previdenciário de auxílio-doença exige, nos termos da legislação específica (Lei 8.213/1991, art. 59 e ss.), a
presença dos seguintes requisitos: (i) incapacidade laborativa temporária superior a 15 (quinze) dias; (ii) prova da condição de segurado e sua
manutenção à época do início da incapacidade; (iii) que a doença incapacitante não seja preexistente à filiação do segurado ao RGPS, exceto
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 145/1770
nos casos de progressão e agravamento, e (iv) carência de 12 contribuições mensais (à exceção de algumas hipóteses).
Já para a concessão da aposentadoria por invalidez se exige, além dos referidos requisitos previstos, que a incapacidade seja total e
permanente, insuscetível de reabilitação do segurado para atividade diversa que lhe garanta a sobrevivência, nos termos do que dispõem os art.
42 e ss. da Lei 8.213/1991.
Incapacidade total indica que o segurado não tem condições de exercer qualquer atividade laboral; incapacidade permanente denota que não
há prognóstico de que o segurado possa recuperar a capacidade de trabalho para a mesma ou outra atividade. Afere-se, portanto, dos
dispositivos legais que, enquanto o auxílio-doença exige a incapacidade para o trabalho que o segurado realizava, a aposentadoria por invalidez
exige-a para todo e qualquer trabalho. Bem como, enquanto naquele a incapacidade deverá ser, conquanto total, temporária, na última deverá
ser permanente.
Nesta linha de raciocínio, observando detidamente que a aposentadoria por invalidez requer a incapacidade total e permanente, por
conseguinte tem lugar este benefício quando o segurado esta incapacitado para o exercício não só de sua atividade habitual, mas para o
exercício de qualquer atividade que lhe garanta a subsistência; enquanto que o auxílio-doença requer a incapacidade total e temporária, de
modo que o segurado esteja incapacitado, naquele momento, de exercer sua atividade habitual; em se configurando incapacidade parcial,
porém permanente, ainda que não advinda de acidente de qualquer natureza, somente terá lugar a concessão de auxílio-acidente, a título de
indenização ao trabalhador que, não mais podendo exercer, em definitivo, sua atividade habitual, poderá exercer outras de naturezas distintas.
Então falemos do auxílio-acidente, benefício neste caso subsidiário, que tem sua identificação a partir de elementos próprios.
O benefício de auxílio-acidente é concedido “como pagamento de indenização mensal, quando, após a consolidação das lesões decorrentes de
acidente de qualquer natureza, resultar sequelas que impliquem a redução da capacidade de labor do segurado” (Comentários à Lei de
Benefícios da Previdência Social, Daniel Machado da Rocha e José Paulo Baltazar Junior, Livraria do Advogado, 2ª edição, Porto Alegre,
2002, p. 255).
O artigo 86 da Lei nº 8.213 de 24 de julho de 1991 disciplina o seguinte: “Art. 86. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao
segurado quando, após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas que impliquem redução da
capacidade para o trabalho que habitualmente exercia.” Outrossim, o auxílio-acidente é benefício que dispensa carência por força do art. 26,
inciso I, da Lei nº 8.213/91.
Registre-se, por conseguinte, que aquela concepção supramencionada, tendo a “aplicação subsidiária” para a incapacidade parcial e
permanente do auxílio-acidente, não é aleatória, posto que se interpreta aí os termos legais "acidente de qualquer natureza" como
açambarcador de doenças que instalem em definitivo uma incapacidade parcial.
Adverte-se, no entanto, que nesta configuração do auxílio-acidente, como previamente se estará a tratar de auxílio-doença ou aposentadoria
por invalidez, então se deverá constatar o cumprimento da carência legal, em princípio especificada para estes benefícios.
No tocante ao laudo, é desnecessária a realização de nova perícia, visto que o documento em questão se encontra suficientemente
fundamentado e convincente em suas assertivas, não havendo contradições e imprecisões que justifiquem a realização de nova perícia, não
havendo, por conseguinte, alegações suficientes para infirmar as conclusões exaradas pelo expert judicial, profissional habilitado e equidistante
das partes, sem interesse pessoal na causa.
Registre-se que impugnações trilhadas unicamente em inconformismo diante do resultado apresentado pela perícia não logram êxito em
reapreciações. Faz-se imprescindível para tanto que eventuais discordâncias da parte interessada em afastar a conclusão pericial apresentem-
se corroboradas de elementos suficientes para tal desiderato, o que impede a reiteração de argumentos já sopesados. Do contrário, merece
total acolhida o laudo pericial.
Como cediço, os requisitos exigidos por lei para o benefício deverão fazer-se integralmente, e sem ressalvas, presentes para a concessão
pretendida, inviabilizando, a falta de qualquer deles, o deferimento do pleito.
Em análise aos elementos constantes dos autos, é de se reconhecer que a parte autora comprovou ter vertido contribuições previdenciárias,
laborou ou gozou de benefício, consoante Cadastro Nacional Inscrição Social - CNIS, a parte autora labora na empresa ITAU UNIBANCO
S.A., desde 06/05/2013 e tendo sua última remuneração em 07/2018, bem como gozou do benefício auxílio-doença, NB 31/611.347.977-7, no
período de 01/08/2015 a 02/02/2018 (arquivo 43).
Passo a analisar o requisito legal, atinente à comprovação da sua incapacidade laboral. Para dirimir esta questão, a prova pericial era
indispensável e foi requerida pelas partes e deferida pelo juízo.
No caso concreto, o laudo médico pericial atesta que a parte autora é portadora de patologia que reduz a capacidade para exercer atividades
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 146/1770
laborativas, tendo informado o expert em sua conclusão que restou caracterizada situação de redução da capacidade laborativa, consoante
laudo pericial apresentado em 04/06/2018 (arquivo 28): “O autor tem o diagnóstico confirmado pelo eletrooculograma, retinografia,
angiofluoresceinografia e pelos relatórios de especialistas, com achados confirmados pelo exame pericial. A acuidade visual era estável até
2014 (20/60, 20/70), mas nos exames de 2017 encontramos uma acuidade visual bem pior. Esta evolução é natural da doença, ao atingir a fase
atrófica, e não há na literatura dados sugerindo que seja influenciada por fatores externos, como iluminação, leitura ou esforço visual. O autor
tem dificuldades em atividades que exijam boa visão central. Por este motivo, foi recomendado pelo serviço de reabilitação do INSS que fosse
alocado em setores em que uma boa acuidade visual não fosse imprescindível, já que isto prejudicaria seu desempenho laboral, e não porque
este trabalho pudesse prejudicar a evolução da doença. A expectativa para o autor, baseado na literatura, é que não haja maior perda visual
central, a menos que tenha uma complicação chamada membrana neovascular subretiniana, quando vasos anormais crescem sob a mácula,
causando uma perda da visão central ainda maior. A visão periférica, no entanto, costuma ficar incólume, o que o permite não ter muitas
dificuldades com o deslocamento. Para a avaliação do percentual de visão remanescente, é inadequada a simples transposição da fração da
acuidade visual dada pela tabela de Snellen, pois esta avalia apenas a visão central (macular), e ignora o campo visual remanescente, de suma
importância para a função visual. Assim, utilizamos o conceito de eficiência visual. A EFICIÊNCIA VISUAL (EV), conforme Tabela
SNELL-STERLING da Associação Médica Americana (AMA), é a conjugação da Visão Central com a Periférica, medida em cada olho
separadamente e avaliada por meio de três funções: Acuidade Visual, Campo Visual e Motilidade Ocular (medida do campo de diplopia e
binocular). Mostra os percentuais úteis de visão, auxiliando assim na avaliação da Incapacidade Visual. No caso do autor, sua motilidade
ocular e campo visual periférico está preservado. Assim, sua eficiência visual seria de 20%, conforme tabela que será anexada ao laudo
pericial. O autor foi encaminhado para reabilitação, com tentativa de treinamento com adequação das atividades, mas relata insegurança de
que o esforço visual possa agravar seu quadro clínico. Não existe, no entanto, na literatura menção ao potencial agravamento de sua patologia
específica, ou outra semelhante pelas condições laborais a que o autor está exposto. Inclusive sua acuidade visual aferida no exame pericial é
semelhante a acuidade visual aferida em 2017, antes de sua tentativa de reabilitação. Assim, o autor apresenta uma acuidade visual limítrofe,
que já pode enquadrá-lo como deficiente visual, com comprometimento da visão central. Pode ser enquadrado como incapacitado para as
atividades laborais desde 2017, mas devido a sua idade e boa escolaridade, é um bom candidato a reabilitação profissional.”
O expert atestou a incapacidade parcial e permanente da parte autora em 26/05/2017, com base em relatório médico e indicou que o autor
fosse encaminhado para programa de reabilitação.
Outrossim, verifica-se conforme documentos carreados ao processo (arquivo 02 – fls. 42/51 e arquivo 39 – fls.03/04), que a parte autora
participou de programa de reabilitação junto ao INSS em 2017, tendo sido readaptado para nova função perante a empresa Itaú Unibanco,
conforme relatório com data em 30/10/2018.
Portanto, não é possível encaminhar a parte autora para reabilitação, haja vista que tal procedimento já fora adotado, bem como não é cabível
a concessão de benefício auxílio-acidente, posto que, sua redução não tem gênese em algum acidente, mas sim em face de doença
degenerativa. Não se trata, no caso, de qualquer evento abrupto, de origem traumática e por exposição a agentes exógenos, que tenha
causado a redução da capacidade laborativa.
Impugnações oferecidas não possuem o condão de afastar o laudo pericial, em se tratando de meras reiterações dos posicionamentos e
interesses anteriormente já narrados e apreciados. E assim o é seja para a desconsideração do laudo apresentado, a realização de nova
perícia, ou ainda o retorno dos autos ao perito para resposta aos quesitos apresentados.
A perícia médica tem por escopo não somente analisar os exames e relatórios médicos apresentados pela parte, como também validar, pelo
exame clínico, os resultados e impressões dos médicos do periciando, tudo a partir dos conhecimentos técnicos do perito judicial.
Deve se ter em vista que a discordância quanto à conclusão do perito judicial ou porque este apresenta conclusão diversa dos médicos da
autora que o laudo deve ser afastado. O perito judicial elabora o laudo é imparcial e de confiança deste Juízo e o laudo por ele elaborado
encontra-se claro e bem fundamentado no sentido de não haver incapacidade laborativa da autora, razão pela qual o acolho.
A presença de doença, lesão ou deformidade não é sinônimo de incapacidade, como ficou atestado. Pode-se apresentar doença, que até
dificulte a vida do periciando, e ainda assim não se chegar a ter a incapacidade em termos legais para a proteção da previdência social. Isto
porque há um escalonamento entre a doença em si, suas consequências e a efetiva incapacitação.
Daí resultar não se mostrar possível reconhecer a incapacidade da parte autora para exercer atividades laborativas, pois a parte autora
participou de programa de reabilitação junto ao empregador.
DISPOSITIVO:
Ante o exposto, JULGO IMPROCEDENTE a demanda, encerrando o processo com a resolução de seu mérito, nos termos do artigo 487,
inciso I, do NCPC, combinado com as leis regentes dos Juizados Especiais Federais, lei nº. 10.259/2001 e lei nº. 9.099/1995. Defiro os
benefícios da Justiça Gratuita. Sem custas processuais e honorários advocatícios, conforme as leis regentes dos Juizados Especiais. Prazo
recursal de 10 dias, igualmente nos termos da mesma legislação, fazendo-se necessária a representação por advogado para tanto.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 147/1770
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
0049233-26.2018.4.03.6301 - 10ª VARA GABINETE - SENTENÇA COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO Nr. 2019/6301058795
AUTOR: LIVIA GOMES SILVEIRA SANTOS (SP267446 - GENIVALDO ALVES BATISTA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
SENTENÇA.
Vistos, em sentença.
A parte autora pleiteia o restabelecimento do benefício de auxílio-doença ou, acaso preenchidos os requisitos necessários, da aposentadoria
por invalidez. Requer, ainda, a condenação do INSS ao pagamento das diferenças apuradas, corrigidas monetariamente e acrescidas de juros
moratórios.
A parte autora se manifestou acerca do laudo médico pericial, requerendo a procedência do pedido.
É o relatório. DECIDO.
Inicialmente, indefiro a realização de perícia médica na especialidade de psiquiatria, haja vista que a parte autora não narrou qualquer
enfermidade na seara de psiquiátrica em sua petição inicial, bem como não postulou qualquer benefício por incapacidade decorrente de
problemas na seara de psiquiátrica, conforme se denota dos laudos médicos realizados na esfera administrativo (arq. 10). Além disso, verifico
de todos os documentos médicos carreados aos autos, que não há ser quer um documento na seara de psiquiátrica. Portanto, suposta
enfermidade incapacitante deve ser primeiramente analisada na esfera administrativa, para se for o caso, ser judicializada.
No tocante à preliminar de incompetência absoluta do Juízo, verifica-se pelos documentos apresentados pela parte autora que sua residência
se encontra abrangida pela jurisdição deste Juizado Especial Federal, logo este Juízo é competente para processar e julgar o presente feito.
Igualmente, cumpre o afastamento da preliminar quanto à matéria, considerando que o pedido da parte autora funda-se em benefício
previdenciário cuja natureza não é acidentária.
Em relação à falta de interesse de agir por ausência de pedido administrativo, não merece acolhimento, pois constata-se que a parte autora
requereu junto ao INSS a concessão do benefício, sendo este indeferido.
Afasto a preliminar de incompetência pelo valor da causa, posto que não restou demonstrada a ultrapassagem do limite estabelecido para
determinação da competência do JEF. Ademais, ressalta-se que é possível a renúncia aos valores excedentes à competência deste juizado,
desde que realizada na petição inicial, pois a renúncia em momento posterior ao ajuizamento da ação caracterizaria escolha do Juízo. Nesse
sentido, temos o Enunciado nº 17 do Fórum Nacional dos Juizados Especiais Federais: “Não cabe renúncia sobre parcelas vincendas para fins
de fixação da competência nos Juizados Especiais Federais”.
Quanto à análise de impossibilidade de cumulação de benefício, referida questão não é objeto dos autos.
Por fim, afasto também a prejudicial de mérito de prescrição quinquenal, já que, conforme se denota, a parte autora pretende restabelecer o
benefício NB 31/617.861.343-5, cujo requerimento ocorreu em 15/03/2017, com cessação em 04/05/2017 e ajuizamento a presente ação em
02/11/2018. Portanto, não transcorreu o prazo quinquenal.
A concessão do benefício previdenciário de auxílio-doença exige, nos termos da legislação específica (Lei 8.213/1991, art. 59 e ss.), a
presença dos seguintes requisitos: (i) incapacidade laborativa temporária superior a 15 (quinze) dias; (ii) prova da condição de segurado e sua
manutenção à época do início da incapacidade; (iii) que a doença incapacitante não seja preexistente à filiação do segurado ao RGPS, exceto
nos casos de progressão e agravamento, e (iv) carência de 12 contribuições mensais (à exceção de algumas hipóteses).
Já para a concessão da aposentadoria por invalidez se exige, além dos referidos requisitos previstos, que a incapacidade seja total e
permanente, insuscetível de reabilitação do segurado para atividade diversa que lhe garanta a sobrevivência, nos termos do que dispõem os art.
42 e ss. da Lei 8.213/1991.
Nesta linha de raciocínio, observando detidamente que a aposentadoria por invalidez requer a incapacidade total e permanente, por
conseguinte tem lugar este benefício quando o segurado esta incapacitado para o exercício não só de sua atividade habitual, mas para o
exercício de qualquer atividade que lhe garanta a subsistência; enquanto que o auxílio-doença requer a incapacidade total e temporária, de
modo que o segurado esteja incapacitado, naquele momento, de exercer sua atividade habitual; em se configurando incapacidade parcial,
porém permanente, ainda que não advinda de acidente de qualquer natureza, somente terá lugar a concessão de auxílio-acidente, a título de
indenização ao trabalhador que, não mais podendo exercer, em definitivo, sua atividade habitual, poderá exercer outras de naturezas distintas.
Então falemos do auxílio-acidente, benefício neste caso subsidiário, que tem sua identificação a partir de elementos próprios.
O benefício de auxílio-acidente é concedido “como pagamento de indenização mensal, quando, após a consolidação das lesões decorrentes de
acidente de qualquer natureza, resultar sequelas que impliquem a redução da capacidade de labor do segurado” (Comentários à Lei de
Benefícios da Previdência Social, Daniel Machado da Rocha e José Paulo Baltazar Junior, Livraria do Advogado, 2ª edição, Porto Alegre,
2002, p. 255).
O artigo 86 da Lei nº 8.213 de 24 de julho de 1991 disciplina o seguinte: “Art. 86. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao
segurado quando, após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas que impliquem redução da
capacidade para o trabalho que habitualmente exercia.” Outrossim, o auxílio-acidente é benefício que dispensa carência por força do art. 26,
inciso I, da Lei nº 8.213/91.
Registre-se, por conseguinte, que aquela concepção supramencionada, tendo a “aplicação subsidiária” para a incapacidade parcial e
permanente do auxílio-acidente, não é aleatória, posto que se interpreta aí os termos legais "acidente de qualquer natureza" como
açambarcador de doenças que instalem em definitivo uma incapacidade parcial.
Adverte-se, no entanto, que nesta configuração do auxílio-acidente, como previamente se estará a tratar de auxílio-doença ou aposentadoria
por invalidez, então se deverá constatar o cumprimento da carência legal, em princípio especificada para estes benefícios.
No tocante ao laudo, é desnecessária a realização de nova perícia, visto que o documento em questão se encontra suficientemente
fundamentado e convincente em suas assertivas, não havendo contradições e imprecisões que justifiquem a realização de nova perícia, não
havendo, por conseguinte, alegações suficientes para infirmar as conclusões exaradas pelo expert judicial, profissional habilitado e equidistante
das partes, sem interesse pessoal na causa.
Registre-se que impugnações trilhadas unicamente em inconformismo diante do resultado apresentado pela perícia não logram êxito em
reapreciações. Faz-se imprescindível para tanto que eventuais discordâncias da parte interessada em afastar a conclusão pericial apresentem-
se corroboradas de elementos suficientes para tal desiderato, o que impede a reiteração de argumentos já sopesados. Do contrário, merece
total acolhida o laudo pericial.
Como cediço, os requisitos exigidos por lei para o benefício deverão fazer-se integralmente, e sem ressalvas, presentes para a concessão
pretendida, inviabilizando, a falta de qualquer deles, o deferimento do pleito.
Em análise aos elementos constantes dos autos, é de se reconhecer que a parte autora comprovou ter vertido contribuições previdenciárias,
laborou ou gozou de benefício, consoante Cadastro Nacional Inscrição Social - CNIS, a parte autora labora na empresa QUALITY IMPORT
ELETRÔNICOS LTDA., desde 21/11/2015, bem como gozou do benefício de auxílio-doença NB 31/617.861.343-5, no período de 15/03/2017
a 04/05/2017 (arquivo 10).
Passo a analisar o requisito legal, atinente à comprovação da sua incapacidade laboral. Para dirimir esta questão, a prova pericial era
indispensável e foi requerida pelas partes e deferida pelo juízo.
No caso concreto, o laudo médico pericial atesta que a parte autora é portadora de patologia que não a incapacita para a vida independente
nem para exercer atividades laborativas, consoante laudo pericial apresentado em 04/02/2019 (arquivo 12): “ Trata-se de pericianda com 37
anos de idade, que referiu ter exercido as funções de auxiliar de montagem, auxiliar de coordenação, vendedora e auxiliar administrativo.
Último trabalho com registro de contrato em carteira profissional desde 18/07/2016 como vendedora na “Quality Import Eletrônicos Ltda”.
Teve benefício previdenciário (Auxílio Doença) concedido no período de 15/03/2017 a 04/05/2017. Foi caracterizado que devido insuficiência
renal crônica manifesta desde 1997, em 29/10/2003 foi submetida a transplante renal. Em decorrência da necessária imunossupressão para
prevenção da rejeição do implante renal, apresenta infecção viral pelo HPV (manifestação genital e anal), com necessidade de tratamento
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 149/1770
periódico, além de infecções urinárias e relato de ocorrência de doença óssea (osteoporose). Consta que evolui com doença renal crônica do
rim transplantado e progressiva repercussão na função do mesmo. A avaliação pericial revelou estar em bom estado geral, sem sinais
manifestações clínicas de repercussão por descompensação das doenças. Do visto a pericianda evolui com manifestações de complicações da
imunossupressão, especificamente de infecções urinárias e infecção pelo HPV. Ainda com parcial perda da função renal, mas ainda em
estágio dito laboratorial (estágio III). No contexto do quadro, situação prévia ao ingresso ao mercado de trabalho, com insuficiência renal
crônica / transplante renal / imunossupressão, não se caracteriza que tenha ocorrido significativa repercussão aponto de limitá-la para o
desempenho dos afazeres habituais. Deve manter o seguimento para detecção precoce de agravamento do quadro que eventualmente poderá
gerar repercussão mais significativa e repercutir no desempenho dos afazeres habituais. VI. Com base nos elementos e fatos expostos e
analisados, conclui-se: Indicado que a pericianda seja avaliada por perito especialista em psiquiatria. Não caracterizada situação de
incapacidade para o desempenho dos afazeres habituais, inclusive trabalho.”
Impugnações oferecidas não possuem o condão de afastar o laudo pericial, em se tratando de meras reiterações dos posicionamentos e
interesses anteriormente já narrados e apreciados. E assim o é seja para a desconsideração do laudo apresentado, a realização de nova
perícia, ou ainda o retorno dos autos ao perito para resposta aos quesitos apresentados.
A perícia médica tem por escopo não somente analisar os exames e relatórios médicos apresentados pela parte, como também validar, pelo
exame clínico, os resultados e impressões dos médicos do periciando, tudo a partir dos conhecimentos técnicos do perito judicial.
Deve se ter em vista que a discordância quanto à conclusão do perito judicial ou porque este apresenta conclusão diversa dos médicos da
autora que o laudo deve ser afastado. O perito judicial elabora o laudo é imparcial e de confiança deste Juízo e o laudo por ele elaborado
encontra-se claro e bem fundamentado no sentido de não haver incapacidade laborativa da autora, razão pela qual o acolho.
A presença de doença, lesão ou deformidade não é sinônimo de incapacidade, como ficou atestado. Pode-se apresentar doença, que até
dificulte a vida do periciando, e ainda assim não se chegar a ter a incapacidade em termos legais para a proteção da previdência social. Isto
porque há um escalonamento entre a doença em si, suas consequências e a efetiva incapacitação.
Daí resultar não se mostrar possível reconhecer a incapacidade da parte autora para exercer atividades laborativas, de forma que pudesse vir
a ter direito ao benefício pleiteado neste quesito.
DISPOSITIVO:
Ante o exposto, JULGO IMPROCEDENTE a demanda, encerrando o processo com a resolução de seu mérito, nos termos do artigo 487,
inciso I, do NCPC, combinado com as leis regentes dos Juizados Especiais Federais, lei nº. 10.259/2001 e lei nº. 9.099/1995. Defiro os
benefícios da Justiça Gratuita. Sem custas processuais e honorários advocatícios, conforme as leis regentes dos Juizados Especiais. Prazo
recursal de 10 dias, igualmente nos termos da mesma legislação, fazendo-se necessária a representação por advogado para tanto.
Diante do exposto, resolvo o mérito na forma do artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil e JULGO IMPROCEDENTES todos os
pedidos formulados.
Sem condenação em custas processuais e em honorários.
Concedo os benefícios da Justiça Gratuita.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
Trata-se de ação ajuizada por JURANDI NUNES LEITE em face da CEF, objetivando a declaração da inexigibilidade do saldo devedor
referente à conta corrente nº00024532-9 - agência nº2902, bem como a condenação da CEF em danos morais no valor de R$10.000,00.
Em síntese, alega a parte autora que foi correntista da CEF, onde manteve contrato de abertura e manutenção de conta corrente nº00024532-9
- agência nº2902, em razão de seu emprego. Afirma que foi desligado da empresa e deixou um pequeno saldo na conta, não movimentando
mais. Sustenta que foi surpreendido com a notificação do SERASA acerca de um débito no valor de R$1.339,40 referente a conta bancária
nº00024532-9 - agência nº2902. Salienta que a CEF deliberadamente sem qualquer aviso ou autorização, concedeu-lhe limite de crédito,
passando a debitar as tarifas de manutenção da conta.
Citada a CEF apresentou contestação em 04/12/2018, alegando que a parte autora reconheceu que havia um saldo na conta bancária
nº00024532-9 - agência nº2902, mas não colacionou qualquer pedido termo de encerramento de conta, a justificar a manutenção indevida da
conta e as cobranças respectivas decorrentes. Aduz que a gestão das contas obedece à regulamentação do Banco Central, de forma que a
CEF segue os procedimentos pertinentes, assim não há que se falar em manutenção de uma conta, sem a respectiva contraprestação de
tarifas bancárias. Ressalta que a parte autora está inscrita nos órgãos restritivos de crédito não só pela CEF, mas por outra pessoa jurídica
também. No mérito, pugna pela improcedência da ação, pois a autora firmou o contrato de conta corrente e não solicitou o encerramento
como devido, estando ativo o contrato, gerando encargos. Alega a inexistência de falha na prestação do serviço e, inocorrência de dano
passível de indenização.
Conheço do processo em seu estado, para julgar antecipadamente o mérito, nos termos do artigo 355, I, do CPC/2015, diante da
desnecessidade de produção de outras provas, em audiência ou fora dela, para a formação da convicção deste Juízo.
A abordagem de do tema danos materiais e morais implica em responsabilidade civil, pois esta obrigação legal reconhece a indenização diante
daqueles prejuízos. A responsabilidade civil é a obrigação gerada para o causador de ato lesivo à esfera jurídica de outrem, tendo de arcar
com a reparação pecuniária a fim de repor as coisas ao status quo ante. Assim define o professor Carlos Alberto Bittar, in “Responsabilidade
Civil, Teoria e Prática”: “Uma das mais importantes medidas de defesa do patrimônio, em caso de lesão, é a ação de reparação de danos, por
via da qual o titular do direito violado (lesado ou vítima) busca, em juízo, a respectiva recomposição, frente a prejuízos, de cunho pecuniário,
pessoal ou moral, decorrentes de fato de outrem (ou, ainda, de animal, ou de coisa, relacionados à outra pessoa).” Conclui-se que diante da
conduta lesiva de alguém, conduta esta que representará o fato gerador da obrigação civil de indenização, seja por dolo ou mesmo culpa,
quando então bastará a negligência, imprudência ou imperícia, seja por ação ou mesmo omissão, quando tiver a obrigação legal de agir, o
prejudicado por esta conduta poderá voltar-se em face daquele que lhe causou o prejuízo, ainda que este seja moral, pleiteando que, por meio
de pecúnia, recomponha a situação ao que antes estava.
Os elementos essenciais compõem esta obrigação, quais seja, a conduta lesiva de outrem, a culpa ou o dolo (em regra, ao menos), o resultado
lesivo e o nexo causal entre a primeira e o último, de modo a atribuir-se ao autor da conduta o dano sofrido pela vítima. O dano, vale dizer, o
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 151/1770
prejuízo, que a pessoa vem a sofrer pode ser de ordem material ou moral, naquele caso atinge-se o patrimônio da pessoa, diminuindo-o, neste
último atinge-se diretamente a pessoa. Ambos são igualmente indenizáveis como há muito pacificado em nossa jurisprudência e melhor
doutrina, e como expressamente se constata da nova disposição civil, já que o Código Civil de 2003 passou a dispor que ainda em se tratando
exclusivamente de dano moral haverá ato ilícito e indenização (artigos 186, 927 e seguintes).
No que se refere aos danos morais, o que aqui alegado, tem-se que estes são os danos que, conquanto não causem prejuízos econômicos
igualmente se mostram indenizáveis por atingirem, devido a um fato injusto causado por terceiro, a integridade da pessoa. Assim, diz respeito à
valoração intrínseca da pessoa, bem como sua projeção na sociedade, atingindo sua honra, reputação, manifestações do intelecto, causando-
lhe mais que mero incômodo ou aborrecimento, mas sim verdadeira dor, sofrimento, humilhação, tristeza etc. Tanto quanto os danos materiais,
os danos morais necessitam da indicação e prova dos pressupostos geradores do direito à reparação, vale dizer: o dano, isto é, o resultado
lesivo experimentado por aquele que alega tal direito; que este seja injusto, isto é, não autorizado pelo direito; que decorra de fato de outrem;
que haja nexo causal entre o evento e a ação deste terceiro. Assim, mesmo não sendo necessária a comprovação do elemento objetivo, vale
dizer, a culpa ou dolo do administrador, será imprescindível a prova dos demais elementos suprarreferidos, pois a responsabilidade civil
encontra-se no campo das obrigações, requerendo, consequentemente, a comprovação dos elementos caracterizadores de liame jurídico entre
as partes.
Percebe-se a relevância para a caracterização da responsabilização civil e do dano lesivo do nexo causal entre a conduta do agente e o
resultado. Sem este ligação não há que se discorrer sobre responsabilidade civil, seja por prejuízos materiais suportados pela pretensa vítima
seja por prejuízos morais. E isto porque o nexo causal é o liame entre a conduta lesiva e o resultado, a ligação entre estes dois elementos
necessários à obrigação civil de reparação. De modo a comprovar que quem responderá pelo dano realmente lhe deu causal, sendo por ele
responsável.
A indenização decorrente do reconhecimento da obrigação de indenizar deverá ter como parâmetro a ideia de que o ressarcimento deve
obedecer uma relação de proporcionalidade, com vistas a desestimular a ocorrência de repetição da prática lesiva, sem, contudo, ser
inexpressivo, ou elevada a cifra enriquecedora. E ao mesmo tempo servir para confortar a vítima pelos dissabores sofridos. Quanto à fixação
de indenização, os danos materiais não trazem maiores problemas, posto que a indenização deverá corresponder ao valor injustamente
despendido pela parte credora, com as devidas atuações e correções. Já versando sobre danos morais, por não haver correspondência entre o
dano sofrido pela vítima e a forma de recomposição, uma vez que valores econômicos não têm o poder de reverter a situação fática, toma-se
como guia a noção de que o ressarcimento deve obedecer uma relação de proporcionalidade, com vistas a desestimular a ocorrência de
repetição da prática lesiva, sem, contudo, ser inexpressivo. E ao mesmo tempo, assim como o montante não deve ser inexpressivo, até porque
nada atuaria para a ponderação pela ré sobre o desestimulo da conduta lesiva impugnada, igualmente não deve servir como elevada a cifra
enriquecedora. Destarte, ao mesmo tempo a indenização arbitrada diante dos danos e circunstâncias ora citadas, deve também servir para
confortar a vítima pelos dissabores sofridos, mas sem que isto importe em enriquecimento ilícito. O que se teria ao ultrapassar o bom senso no
exame dos elementos descritos diante da realidade vivenciada. Assim, se não versa, como nos danos materiais, de efetivamente estabelecer o
status quo ante, e sim de confortar a vítima, tais critérios é que se toma em conta.
Criou-se, então, a teoria da responsabilidade civil, possuindo esta várias especificações. Uma que se pode denominar de regra, é a
responsabilidade subjetiva, ou aquiliana, em que os elementos suprarreferidos têm de ser constatados, por conseguinte, devem fazer-se
presentes: o ato lesivo, o dano, o liame entre eles, e a culpa lato sensu do sujeito. Há ainda a responsabilidade civil em que se dispensa a
aferição do elemento subjetivo, pois não se requer à atuação dolosa ou culposa para a existência da responsabilidade do agente por sua
conduta, bastando neste caso à conduta lesiva, o dano e o nexo entre aquele e este, é o que se denomina de responsabilidade objetiva. Outras
ainda, como aquelas dispostas para peculiares relações jurídicas, como a consumerista.
Nesta esteira, a prestação de serviços bancários estabelece entre os bancos e seus clientes, e aqueles que utilizam de seus serviços, relação
de consumo, nos termos do art. 3º, §2º, da Lei 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor). Disciplina referido dispositivo: “Serviço é qualquer
atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancárias, financeiras, de crédito e securitárias,
salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.”
Versa certa relação jurídica de relação de consumo, denominada consumerista, quando se tem presentes todos os requisitos necessários a
caracterizá-la, nos termos dos artigos 2º, caput, e 3º, caput, do Código de Defesa do Consumidor, pois é atividade fornecida no mercado de
consumo mediante remuneração. Mas, para não restarem dúvidas, trouxe a lei disposição exclusiva a incluir entre as atividades sujeitas à
disciplina do CDC as bancárias e de instituições financeiras, conforme seu artigo 3º, §2º, supramencionado. E, ainda, mais recentemente, a
súmula 297 do Egrégio Superior Tribunal de Justiça, nos seguintes termos: “O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições
financeiras.” Por conseguinte, aplica-se à espécie o disposto no artigo 14 dessa lei, segundo o qual “o fornecedor de serviços responde,
independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos
serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua função e riscos”. Trata-se de defeito na prestação do serviço,
pois é vício exógeno, isto é, de qualidade que se agrega ao serviço prestado, gerando efetivo dano à integridade psíquica da pessoa.
A responsabilidade civil das instituições financeiras por danos causados a seus clientes, ou a terceiros, que sofram prejuízos em decorrência de
sua atuação, é de natureza objetiva, prescindindo, portanto, da existência de dolo ou culpa. Basta a comprovação do ato lesivo, do dano e do
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 152/1770
nexo causal entre um e outro. Precisamente nos termos alhures já observados, em que se ressalva a desnecessidade da consideração sobre o
elemento subjetivo para a formação da obrigação legal de responsabilização em razão de danos causados à vítima, no caso, consumidor.
Já no que diz respeito aos cadastros de proteção ao crédito têm por finalidade proteger relações de crédito contra maus pagadores, fornecendo
às empresas a eles vinculados, informações relativas à existência de passivos em nome de potenciais clientes, de modo a reduzir riscos, trazer
maior segurança às relações negociais e persuadir os devedores a quitar suas dívidas. A partir do momento em que esta inscrição é efetivada
surgem consequências importantes, sendo a principal delas a criação de restrições de acesso ao crédito para estes devedores. Vivendo em
uma economia capitalista de produção, qualquer pessoa necessita, a todo momento, realizar atos de consumo. Obstar a prática desses atos,
atribuindo a uma pessoa a pecha de mau pagador, significa privá-lo de meios de acesso aos bens necessários a sua subsistência e expô-lo a
situações constrangedoras. Portanto, sem justa causa, não se pode macular a honra do cidadão que nada deve.
Prosseguindo.
A Resolução Bacen nº. 2025/1993, alterada em 2000 pela Resolução nº. 2747, traz as normas relativas à abertura, manutenção e
movimentação de contas de depósitos, estabelecendo o procedimento para encerramento de conta:
“Art. 12. Cabe à instituição financeira esclarecer ao depositante acerca das condições exigidas para a rescisão do contrato de conta de
depósitos à vista por iniciativa de qualquer das partes, devendo ser incluídas na ficha-proposta as seguintes disposições mínimas:
I - comunicação prévia, por escrito, da intenção de rescindir o contrato;
II - prazo para adoção das providências relacionadas à rescisão do contrato;
III - devolução, à instituição financeira, das folhas de cheque em poder do correntista, ou de apresentação de declaração, por esse último, de
que as inutilizou;
IV - manutenção de fundos suficientes, por parte do correntista, para o pagamento de compromissos assumidos com a instituição financeira ou
decorrentes de disposições legais;
V - expedição de aviso da instituição financeira ao correntista, admitida a utilização de meio eletrônico, com a data do efetivo encerramento da
conta de depósitos à vista. (Incluído pela Resolução nº 2.747, de 28/6/2000.)
Parágrafo 1º A instituição financeira deve manter registro da ocorrência relativa ao encerramento da conta de depósitos à vista. (Incluído pela
Resolução nº 2.747, de 28/6/2000.)
Parágrafo 2º O pedido de encerramento de conta de depósitos deve ser acatado mesmo na hipótese de existência de cheques sustados,
revogados ou cancelados por qualquer causa, os quais, se apresentados dentro do prazo de prescrição, deverão ser devolvidos pelos
respectivos motivos, mesmo após o encerramento da conta, não eximindo o emitente de suas obrigações legais. (Incluído pela Resolução nº
2.747, de 28/6/2000.)
Art. 13. A instituição financeira deverá encerrar conta de depósito em relação à qual verificar irregularidades nas informações prestadas,
julgadas de natureza grave, comunicando o fato, de imediato, ao Banco Central do Brasil.”
Averígua-se que o Banco Central dispôs sobre o procedimento a ser observado na hipótese de rescisão do contrato de conta de depósito, não
se tratando, por conseguinte, de mera liberalidade da instituição financeira. O parágrafo único do artigo 2º da Resolução, o qual definia conta
inativa como aquela conta não movimentada por mais de 06 (seis) meses, foi revogado pela Resolução nº. 2.303, de 25/7/1996, inexistindo
legislação atual que tenha substituído referido dispositivo no mesmo sentido. Hoje em dia a direção adotada pelo Bacen vem no sentido de ser
imprescindível o requerimento do correntista para o encerramento da conta bancária, não devendo a instituição financeira por si só decidir
quanto a este ato. Como se afere pelo simples cotejo das normas, atualmente a conduta a ser adotada pela instituição financeira é em sentido
divergente do anterior.
A necessidade desta regulamentação no atual sentido, decorre de observação empírica, já que, antes dela, muitas vezes quando as instituições
financeiras declaravam contas inativas, na época relacionadas àquelas contas sem movimentação há mais de seis meses, pondo fim a elas,
muitos correntistas acabavam por reclamar junto ao Banco Central. Assim, diante das divergentes posições de cada qual dos interessados, o
Bacen traçou a regra acima. No entanto, ainda que o Bacen não o tivesse feito, não é difícil perceber que o correntista tem de ter diligência
quanto a por fim na relação jurídica que estabelece com a instituição financeira ao abrir uma conta bancária, seja esta corrente ou poupança, e
seja como opção exclusiva do indivíduo ou como necessidade diante de financiamentos ou para recebimento de salário.
Isto porque, quando do encerramento da relação jurídica geradora da conta bancária, o fato que deu causa a sua abertura não é motivo para
negligenciar este ato final da relação, até porque o direito civil brasileiro não é causalista. E mais. O correntista tem ciência de valores que
durante meses foram sendo debitados em sua conta, já que é de sua responsabilidade acompanhar, ainda que eventualmente e de tempos em
tempos, o andamento de sua relação jurídica com a instituição financeira, o que o faz também pela análise dos numerários registrados em sua
conta. Portanto, se quando da utilização da conta incidia tarifas mensais ou anuais, é de se presumir logicamente que o mesmo continuará
ocorrendo ainda que o correntista não movimente sua conta, o que exige a comprovação de efetivo fim à conta bancária antes existente.
Evidencie-se a necessidade de requerimento para o encerramento de conta bancária, consoante a Resolução Bacen 2025/1993, alterada pela
Resolução nº. 2.747/2000, inclusive diante das inúmeras ações ajuizadas em face das instituições financeiras que encerram contas sem pedido
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 153/1770
expresso do cliente ocasionando a indenização por danos morais. Neste sentido, o julgado do E. TRF da 5ª Região:
“CIVIL. RELAÇÃO DE CONSUMO. INSTITUIÇÃO BANCÁRIA. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. CONTA CORRENTE
INATIVA. COBRANÇA DE TAXAS E TRIBUTOS. INCLUSÃO INDEVIDA NO SERASA. DANOS MATERIAIS E MORAIS.
INDENIZAÇÃO. RAZOABILIDADE DO MONTANTE FIXADO NA SENTENÇA. 1. Incidência das regras pertinentes à defesa do
consumidor - Lei nº 8.078/90 -, em face da relação existente entre o banco e o correntista ser tida como relação de consumo. 2. A teor do
artigo 6º, inciso VIII, do Código de Defesa do Consumidor, dá-se a inversão do ônus da prova a favor do consumidor, no processo civil,
quando, a critério do Juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências. 3.
Presença dos pressupostos necessários à configuração da responsabilidade civil objetiva da Caixa, ante a inexistência de provas de culpa
exclusiva do Autor, cabendo-lhe, assim, o ônus de indenizar. 4. Incabível a cobrança de taxa de manutenção e de tributos de conta inativa,
quando houve oportuna solicitação de seu encerramento por parte dos titular(es). 5. Autores que fazem jus à repetição do indébito dos valores
indevidamente descontados em sua conta corrente após o encerramento da mesma, contudo, não em dobro. 6. A inscrição indevida em
cadastros restritivos de crédito implica danos morais, independentemente da prova objetiva do abalo à honra e à reputação. 7. Impossibilidade
de acolher-se a pretensão dos Autores de elevar o quantum da indenização, fixada no Juízo a quo' em R$ 5.000,00 (cinco mil reais), para cada
Autor, porque o critério adotado pelo Juízo foi o adequado para a situação dos autos, e o prejuízo moral, apesar de existente, não foi de grande
vulto. Apelações da CEF e da parte Autora improvidas. 8.” (AC 530678 - Relator Desembargador Federal Geraldo Apoliano; Terceira
Turma; DJE - Data::04/04/2013 - Página::470. d.u.).
No entanto, não deixo de salientar que a existência de conta bancária sem qualquer movimentação ao longo de anos, sem envio de
correspondências ao correntista pela instituição financeira, a fim de informar-lhe sobre a existência da conta e eventuais valores para sua
manutenção, é fato que torna questionável a cobrança de tarifas contínuas, caso se torne em um cenário incongruente com a realidade e a
boa-fé de ambas as partes. Neste caminhar, duas situações diferenciadas devem ser registradas, uma, aquela em que o consumidor correntista
movimenta a conta até certo ponto e, após algum tempo, deixa de usá-la, quando, então, não há qualquer prestação de serviços ao consumidor;
outra, aquela em que o correntista nunca fez uso de sua conta bancária para pagamentos, créditos etc., mantendo-a exclusivamente para ser
fim, como pagamento de financiamento, recebimento de salário mensal. De acordo com o panorama no todo apresentado, até se pode cogitar
ou não da efetiva utilidade que a conta representou para o correntista, com a eventual criação de expectativa de utilização da conta, seja pelo
correntista seja pela instituição financeira.
Por conseguinte, a conta corrente sem movimentação pelo cliente seja saques, depósitos, etc. não se encerra e não elimina a cobrança de
tarifas que o contrato prevê; de modo que, caso o correntista deixe uma conta com saldo no Banco e admita a cobrança de tarifas mensais de
pacote de serviços; repisando-se que assim é até com mais robustez no caso em que o cliente já se utilizou da conta em questão, se terá em
princípio a correta atuação da instituição financeira, posto que esta não tem liberalidade para declarar a conta extinta e muito menos tem
ciência da intenção íntima do correntista. Daí a necessidade de formalização - por pedido escrito - de encerramento de conta bancária,
resguardando com este simples ato ambas as partes atuantes.
No caso em tela, a parte autora alega que a abertura da conta corrente nº00024532-9, agência 2902, decorreu de atividade profissional e, após
seu desligamento da empresa, deixou um pequeno saldo na conta, mas nunca mais a movimentou. Porém, foi surpreendido com a notificação
do SERASA acerca de um débito no valor de R$1.339,40 referente a conta bancária nº00024532-9 - agência nº2902. Salienta que a CEF
deliberadamente sem qualquer aviso ou autorização, concedeu-lhe limite de crédito, passando a debitar as tarifas de manutenção da conta.
É certo que a prova do pedido formal de encerramento da conta bancária é prova que cabe ao correntista fazer, pois não há como exigir do
Banco que prove a não ocorrência do pedido, prova diabólica. Outrossim, longamente explanado acima o porquê deste procedimento e
formalização de acordo com o pretendido pelo correntista. Assim, antes de todo o restante, desde logo caberia ao autor apresentar a cópia do
pedido formal de encerramento da conta bancária, ou um protocolo disponibilizado pela instituição quanto ao pedido em questão efetuado. Mas
o autor não dispõe deste documento, limitando-se a informar que não utilizou mais a conta bancária. Salienta-se que o pedido informal, caso
tenha ocorrido, pois não se tem como saber, não gera obrigações, até porque no caso não poderia um funcionário da instituição financeira
executar o ato sem documento que o respaldasse.
A parte autora não dispõe desta prova, com dito. Já quanto as condutas e alegações da parte autora, temos que, declarou que a abertura da
conta se deu em razão de seu emprego, tendo se desligado da empresa, deixando um pequeno saldo em conta e a CEF deliberadamente lhe
concedeu limite para o desconto da cesta, já que o valor em conta não foi suficiente.
Em que pesem as alegações da parte autora, verifica-se do extrato bancário apresentado às fls. 01/05 – anexo 16, em março/2015 o saldo da
conta da parte autora era R$6,52, tendo sido lançado o valor da cesta R$ 14,11, diante da insuficiência de saldo, a parte autora utilizou o limite
do crédito disponibilizado pela CEF. Posteriormente, a partir de 07/04/2015 foram realizados depósitos e creditados transferência gerando um
saldo positivo na conta que quitou os juros referente ao limite utilizado. Observa-se que ocorreram outras situações em que houve a utilização
do limite pela parte autora, diante da insuficiência de saldo para desconto da cesta bancária.
Ressalta-se que o desconto mensal para manutenção da conta é obrigação assumida pelo correntista quando da celebração do contrato de
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 154/1770
abertura da conta bancária. Ademais, o fato de a parte autora ter utilizado o limite disponibilizado pela instituição bancária gerou encargos, os
quais são de responsabilidade do correntista, ocasionando a incidência de juros, IOF e a cobrança da cesta pela manutenção da conta
bancária.
O processo de encerramento de conta bancária funda-se no pedido escrito, formalizado, portanto pelo preenchimento do formulário devido
pelo interessado (no caso "Termo de Encerramento Conta Pessoa Física - Individual"), com sua entrega ao gerente da CEF, que assina e
carimba o documento, mantendo o correntista uma via com ele e a CEF a outra via; sendo que ao fim e ao cabo do procedimento tem-se o
envio de correspondência para a parte correntista, definitivamente pondo fim à relação jurídica antes existente, normalmente tendo-se um
período de até trinta dias para o encerramento da conta, o que não ocorreu no caso. Porém há mais. O encerramento está sujeito à quitação
ou alteração na forma de pagamento dos débitos pendentes, não havendo o cancelamento automático de contratos de seguro de vida, títulos de
capitalização etc.
Então novamente aqui negligenciou a parte correntista em suas obrigações para vislumbrar definitivamente o encerramento da relação em
questão com a CEF. Isto porque não apresenta anexo que tenha sido submetido à sua apreciação, o que deveria ter exigido caso não lhe tenha
sido ofertado na oportunidade; até como forma de resguardar-se. E as tarifas mensais decorrentes da manutenção da conta bancária são
débitos a serem lançados. De modo a ter validade legal para impedir o encerramento da conta, mantendo o titular obrigado pelo pagamento
dos valores que mês a mês forem se seguindo.
Ante o exposto, JULGO IMPROCEDENTE a demanda, encerrando o processo com a resolução de seu mérito, nos termos do artigo 487,
inciso I, do código de processo civil de 2015 (lei nº. 13.105 e alterações posteriores), combinado com as leis regentes dos juizados especiais
federais, lei nº. 10.259/2001 e lei nº. 9.099/1995. Sem custas processuais e honorários advocatícios, conforme as leis regentes dos juizados
especiais. Prazo recursal de 10 dias, igualmente nos termos da mesma legislação, fazendo-se necessário a representação por advogado para
tanto. Defiro os benefícios da Justiça Gratuita.
P.R.I.
0035355-34.2018.4.03.6301 - 11ª VARA GABINETE - SENTENÇA COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO Nr. 2019/6301058585
AUTOR: FERNANDO JURANDIR DE FREITAS BUENO (SP045683 - MARCIO SILVA COELHO)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
Ante o exposto, julgo improcedente o pedido, extinguindo o processo com resolução de mérito, nos termos do disposto no artigo 487, inciso I do
CPC.
Sem condenação em custas processuais e honorários advocatícios nesta instância, nos termos do art. 55, caput, da Lei 9.099/1995, c/c o art. 1º
da Lei 10.259/2001.
Diante da manifestação da parte autora, defiro os benefícios da Justiça Gratuita, nos termos do artigo 5º, LXXIV, da Constituição Federal e do
artigo 4º da Lei 1.060/50.
Publicada e registrada neste ato.
Intimem-se as partes.
Caso não tenha advogado, fica a parte autora ciente do direito de recorrer desta sentença, podendo opor embargos de declaração no prazo
máximo de 05 dias úteis ou interpor recurso de sentença no prazo máximo de 10 dias úteis, devendo, para tanto, contratar advogado da sua
confiança ou procurar a Defensoria Pública da União, situada nesta Capital, Rua Teixeira da Silva, 217, Paraíso, São Paulo-SP, tel. (11) 3627-
3400, com a antecedência necessária para cumprir os prazos acima.
Diante do exposto, resolvo o mérito, nos termos do artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil e JULGO IMPROCEDENTE o pedido
formulado na petição inicial.
Sem condenação em custas e honorários nesta instância, nos termos do art. 55 da Lei nº 9.099/95.
A parte autora fica ciente do direito de recorrer desta sentença, por meio da oposição de embargos de declaração, em até 05 dias, ou pela
interposição de recurso de sentença, em até 10 dias, ambos contados da juntada aos autos do comprovante de sua intimação. Para tanto,
deverá constituir advogado de sua confiança ou procurar a Defensoria Pública da União (R. Teixeira da Silva, 217 - Paraíso, São Paulo - SP,
04002-030) com a antecedência necessária para cumprir os prazos acima.
P.R.I.
Vistos.
Em apertada síntese, pretende a parte autora que seu benefício previdenciário seja reajustado pelos índices indicados na inicial, com o
consequente pagamento das diferenças apuradas desde então.
O INSS apresentou contestação padrão.
DECIDO.
As preliminares foram arguidas de forma genérica e, portanto, ficam rejeitadas. Os pressupostos processuais encontram-se presentes e
preenchidas as condições da ação.
Ademais, não há que se cogitar a decadência. De fato, não trata a presente demanda de revisão do ato concessório do benefício, mas sim de
mero reajustamento da renda.
Passo à análise do mérito propriamente dito.
A renda inicial do benefício é apurada mediante aplicação de determinado coeficiente sobre o salário-de-benefício, refletindo as contribuições
vertidas à previdência social no período anterior à concessão. O benefício em manutenção, por sua vez, será reajustado nos termos da lei,
conforme os índices apontados pelo legislador. Eventual aumento no teto dos benefícios não tem o condão de majorar as contribuições já
vertidas ao sistema previdenciário, sendo claro que os recolhimentos efetuados pelo autor não foram majorados pelas Emendas Constitucionais
20/98 e 41/03, que cuidaram apenas de elevar, a partir das respectivas promulgações, o teto dos benefícios da Previdência Social e, por
conseguinte, dos salários-de-contribuição, ou seja, para fazer jus ao novo patamar fixado o segurado também há de efetuar recolhimentos
sobre o novo limite, não havendo qualquer vinculação com o reajuste anual dos benefícios já concedidos.
A questão, a propósito, foi detalhadamente analisada por ocasião do julgamento da Apelação Cível 2000.71.00.033686-9/RS, da 5ª Turma do
Tribunal Regional Federal da 4ª Região (DJ 04/02/2004, p. 585), cujo teor transcrevo abaixo:
O limite máximo de salário-de-contribuição constitui igualmente o limite máximo para o salário-de-benefício (§2º do art. 29 da Lei 8.213/91) e
para a renda mensal inicial de benefício previdenciário da Lei 8.212/91. Por outro lado, por força do artigo 28, §5º, da lei 8.212/91, o limite
máximo do salário-de-contribuição deve ser reajustado na mesma época e com os mesmo índices que os do reajustamento dos benefícios de
prestação continuada da Previdência Social. Há, em princípio, por força da sistemática legal, uma simetria entre as alterações que se
processam nas rendas mensais dos benefícios em manutenção e o limite do salário-de-contribuição (Pois ele é, na prática, igual ao limite para
o salário-de-benefício e para a renda mensal).
A paridade do teto de contribuição, no que toca ao salário-de-benefício, à renda mensal inicial e às rendas mensais reajustadas, todavia, tem
por objetivo apenas evitar que a limitação do salário-de-contribuição, seja na concessão do benefício, seja por ocasião dos reajustamentos,
implique redução indevida do benefício, de modo a arrostar a regra constitucional que determina a preservação do valor real dos benefícios
previdenciários. Assim, o limitador, ou seja, o teto do salário-de-benefício e, logo, do salário-de-contribuição, jamais pode ser reajustado em
percentual inferior ao aplicado no reajustamento dos benefícios em manutenção.
Como se vê, para que reste observada a regra que determina a preservação do valor real dos benefícios, em rigor é o teto que está atrelado ao
reajustamento dos benefícios em manutenção. A recíproca, todavia não é necessariamente verdadeira. Será quando se tratar de simples
recomposição para fazer frente ao fenômeno inflacionário. Isso em razão de que para a previdência, a despeito da distinção de índices
inflacionários um único índice deve ser observado. Contudo, quando o teto for alterado com base não no fenômeno inflacionário, mas sim em
critérios políticos, atendendo à discrição de que dispõem o legislador e o administrador em sua ação normativa, não se pode pretender que a
alteração reflita necessariamente nas rendas dos benefícios em manutenção. A alteração, neste caso, não terá a natureza de mero
reajustamento (ou seja, resposta ao processo de desvalorização da moeda), mas sim de definição de novo limite.
O artigo 14 da EC 20/98 determinou a modificação, e não o reajustamento do teto. Assim, não acarretou automático reajuste para os
benefícios previdenciários. Reflexo somente haveria se a emenda assim tivesse determinado, mas tal não se deu. O que a parte pretende com
a manutenção do coeficiente de proporcionalidade entre sua renda mensal e o teto, na prática, é a concessão de um reajuste que a Emenda
Constitucional claramente não concedeu”.
A conclusão se aplica tanto à alteração produzida no limite máximo dos benefícios do regime geral de previdência social pela Emenda
Constitucional nº. 20/1998, quanto àquela implementada pela Emenda nº. 41/2003, ambas regulamentadas posteriormente por portarias editadas
pelo Ministério da Previdência Social. No mesmo sentido:
TRF QUARTA REGIÃO - AC - APELAÇÃO CIVEL - 714673 Processo: 200470000272172 UF: PR Órgão Julgador: QUINTA TURMA
DJU 08/06/2005 Rel. OTÁVIO ROBERTO PAMPLONA
PREVIDENCIÁRIO. REAJUSTAMENTO. BENEFÍCIOS EM MANUTENÇÃO. LEI-8212/91. AUSÊNCIA DE VINCULAÇÃO AOS
SALÁRIOS-DE-CONTRIBUIÇÕES. INDEXADORES LEGAIS. DELEGAÇÃO CONSTITUCIONAL AO LEGISLADOR
ORDINÁRIO. NOVOS TETOS. EC-20/98 E EC-41/2003. PORTARIAS 4.883/98 E 12/2004 DO MPS.(...)
(...)
2. As Portarias nºs 4.883/98 e 12/2004 do Ministério da Previdência Social foram editadas apenas para regularizar os novos tetos vigentes, ou
seja, os valores máximos dos salários-de-contribuições, em razão dos novos tetos de benefícios estipulados pelas Emendas Constitucionais nºs
20/98 (art. 14 - R$1.200,00) e 41/2003 (art. 5º - R$ 2.400,00), adequando o custeio tão-somente quanto aos segurados que têm salários-de-
contribuições superiores ao teto antigo, a fim de viabilizar a futura concessão de benefício com base nos novos limites, sem quaisquer efeitos
sobre os benefícios previdenciários concedidos anteriormente as suas promulgações, até porque inexiste qualquer previsão nos textos
constitucionais para esse efeito retroativo.
3. Não há falar em violação dos princípios constitucionais da irredutibilidade do valor dos proventos (art. 194, parágrafo único, inciso IV, da
CF/88) e da preservação do valor real (art. 201, § 4º, da CF/88) por inexistir regramento que vincule o valor do benefício concedido ao limite
fixado como teto do salário-de-contribuição ou aos valores da tabela de salário-de-contribuição.
4. Não houve qualquer aumento de alíquota da arrecadação ou criação de nova fonte de custeio, mas apenas uma fixação de novos patamares
dos salários-de-contribuições em face dos novos tetos dos benefícios previdenciários. Assim, não se trata de reajuste dos salários-de-
contribuições, mas de reflexo decorrente da elevação do valor-teto, de forma que não houve locupletamento ilícito da Autarquia por ausência
de repasse aos benefícios em vigor, porquanto este não era devido.
5. Apelo improvido.
TRF - QUARTA REGIÃO - APELAÇÃO CIVEL Processo: 200470000279932 UF: PR Órgão Julgador: SEXTA TURMA DJU
08/06/2005 PÁGINA: 1682 Relator LUÍS ALBERTO D AZEVEDO AURVALLE
PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE BENEFÍCIO. PORTARIAS MPAS 4.883/98 E MPS 12/04. ALTERAÇÃO DO TETO. REFLEXO
NOS BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS EM MANUTENÇÃO. IMPROCEDÊNCIA.
1. É necessário dissociar a intenção do legislador e do administrador público quando o objetivo é reajustar - recompor a perda decorrente da
variação inflacionária, ajustar, tornar proporcional à elevação do custo de vida - e quando o critério está ligado a um fator político de alteração
do limite-teto dos benefícios.
(...)
3. As alterações do valor-teto, esculpidas pelas Emendas Constitucionais n º 20/98 e 41/03 não têm a pretensão de alterar os benefícios em
manutenção, mas sim de definir novo limite, não caracterizando recomposição de perdas e, por conseguinte, não sendo aplicada aos benefícios
em manutenção. Tais mudanças somente refletirão sobre os benefícios concedidos após a alteração do teto, pois afetam a relação existente
entre o teto do salário-de-contribuição, do salário-de-benefício e da RMI; enfim, na base de custeio da previdência social.
4. Apelação improvida.
No que se refere à alteração dos índices utilizados para a correção dos benefícios e dos salários de benefícios, importante ser esclarecido que
não compete ao Poder Judiciário substituir-se ao legislador e adotar os critérios vindicados ou os que entender adequados.
Com o advento da Constituição Federal de 1988, assegurou-se em favor dos beneficiários do Regime Geral de Previdência Social o
reajustamento dos benefícios (e dos salários de benefícios) para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios
definidos em lei.
Atribuiu-se à lei, portanto, a tarefa de estabelecer os índices a serem aplicados aos benefícios, de modo a preservar-lhes o poder de compra.
Assim sendo, a fórmula de reajuste dos benefícios (e dos salários de benefícios a serem considerados quando da concessão de benefícios)
mantidos pela Previdência Social obedece a critérios fixados estritamente em leis infraconstitucionais.
Sobre o assunto, o STF já se pronunciou a respeito, concluindo que a adoção de índice previsto em lei, para a atualização dos benefícios
previdenciários, não ofende as garantias da irredutibilidade do valor dos benefícios e da preservação do seu valor real, por ter a respectiva
legislação criado mecanismos para essa preservação (RE 231.412/RS, DJ 25-9-98, relator Min. Sepúlveda Pertence).
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 157/1770
A Lei n.º 8.213/91 determinou a correção pelo INPC.
As Leis 8.542/92 e 8.700/93, por sua vez, determinaram a substituição do INPC pelo IRSM de janeiro a dezembro de 1993.
Em janeiro e fevereiro de 1994, a correção se deu pelo Fator de Atualização Salarial, por força da Lei 8.700/93. Depois, e até maio de 1995,
fazendo-se a conversão em URV e pelo IPC-r, de acordo com as Leis 8.880/94 e 9.032/95.
A partir de maio de 1996, o reajuste ocorreu pela variação acumulada do IGP-DI nos 12 meses anteriores, em razão da Medida Provisória
1.415/96 e Lei 9.711/98. A Lei 9.711/98 determinou, ainda, que os reajustes ocorreriam, a partir de 1997, em todo mês de junho, sendo 7,76%
para aquele ano e 4,81% para 1998.
Em junho de 1999, houve reajuste de 4,61%, de acordo com a Lei 9.971/00, oriunda da Medida Provisória 1.824/99. Em junho de 2000, de
5,81%, por força da Medida Provisória 2.022-17/00, hoje Medida Provisória 2.187-13/01. E em junho de 2001, 7,66%, conforme previsto no
Decreto 3.826/01, editado de acordo com os incisos do art. 41 da Lei 8.213/91, com redação dada pela Lei 10.699/2003.
Por fim, nos meses de junho/2002, junho/2003, maio/2004, maio/2005, abril/2006, abril/2007 e março/2008 foram aplicados, respectivamente, os
índices de 9,20% (Decreto n° 4249/2002), 19,71% (Decreto 4709/2003), 4,53% (Decreto 5061/2004), 6,36% (Decreto 5443/2005), 5,00%
(Decreto 5545/2006), 3,30% (Decreto 6042/2007), 5,00% (MP 421/2008), 5,92% (Decreto 6765/2009), 7,72% (Lei 12254/2010) e 6,47% (MP
407/2011).
Não há, portanto, direito a reajuste de acordo com o índice pleiteado, mas, sim, de acordo com a forma e os índices previstos em lei, os quais
foram corretamente aplicados pela autarquia-ré.
Se o juiz pudesse substituir-se ao legislador, para conceder ao segurado índice diverso daquele estabelecido em lei, atentaria contra o princípio
constitucional que consagra a separação dos Poderes, além de gerar uma situação de desigualdade, na medida em que, existindo vários índices
que se propõem a medir a inflação, cada segurado cuidaria então de pleitear em juízo o indexador que melhor lhe aprouvesse.
E, admitindo-se que cada juiz adotasse então, na sentença, o critério de atualização que lhe parecesse mais adequado, o valor dos benefícios
tornar-se-ia flutuante, variável, cambiante, comprometendo assim o equilíbrio financeiro e atuarial da Previdência Social, preconizado no art.
201 da CF/88.
Na realidade, não existe indexador que permita a determinação exata da perda do poder aquisitivo da moeda, daí a existência de inúmeros
índices de inflação, oficiais e extra-oficiais, cada qual com seus critérios de aferição específicos. Mas o certo é que nenhum deles capta, com
absoluta fidelidade, a inflação verificada no País.
Não há que se falar, assim, na aplicação dos índices pretendidos pela parte autora, sendo improcedente, portanto, o pedido por ela formulado
na inicial.
Isto posto, JULGO IMPROCEDENTES os pedidos formulados na inicial, nos termos do artigo 487, I, do Código de Processo Civil.
Sem custas e honorários (artigos 54 e 55 da Lei nº 9.099/95). Defiro os benefícios da justiça gratuita.
Transitado em julgado e nada sendo requerido, certifique-se e encaminhem os autos ao arquivo com baixa na distribuição.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
Por todo o exposto, JULGO IMPROCEDENTE o pedido, resolvendo o mérito nos termos do artigo 487, I, do Código de Processo Civil.
Sem custas e honorários advocatícios, a teor do art. 1º da Lei nº 10.259/01 c.c. o art. 55, caput, da Lei nº 9.099/95.
Defiro o pedido da parte autora de concessão de justiça gratuita, nos termos do art. 5º, inciso LXXIV, da Constituição Federal e do art. 4º da
Lei nº 1.060/50.
Cumpridas as determinações, arquivem-se os autos, dando-se baixa na distribuição.
Publique-se, registre-se e oficie-se. Intimem-se as partes.
Não há condenação em custas processuais ou em honorários de advogado no âmbito dos Juizados Especiais Federais, nos termos do artigo 55,
caput, da Lei n. 9.099/1995, combinado com o art. 1º da Lei nº 10.259/2001.
SENTENÇA
Vistos, em sentença.
A parte autora se manifestou acerca do laudo médico pericial, requerendo a procedência do pedido.
É o relatório. DECIDO.
No tocante à preliminar de incompetência absoluta do Juízo, verifica-se pelos documentos apresentados pela parte autora que sua residência
se encontra abrangida pela jurisdição deste Juizado Especial Federal, logo este Juízo é competente para processar e julgar o presente feito.
Igualmente, cumpre o afastamento da preliminar quanto à matéria, considerando que o pedido da parte autora funda-se em benefício
previdenciário cuja natureza não é acidentária.
Em relação à falta de interesse de agir por ausência de pedido administrativo, não merece acolhimento, pois constata-se que a parte autora
requereu junto ao INSS a concessão do benefício, sendo este indeferido.
Afasto a preliminar de incompetência pelo valor da causa, posto que não restou demonstrada a ultrapassagem do limite estabelecido para
determinação da competência do JEF. Ademais, ressalta-se que é possível a renúncia aos valores excedentes à competência deste juizado,
desde que realizada na petição inicial, pois a renúncia em momento posterior ao ajuizamento da ação caracterizaria escolha do Juízo. Nesse
sentido, temos o Enunciado nº 17 do Fórum Nacional dos Juizados Especiais Federais: “Não cabe renúncia sobre parcelas vincendas para fins
de fixação da competência nos Juizados Especiais Federais”.
Quanto à análise de impossibilidade de cumulação de benefício, referida questão não é objeto dos autos.
Por fim, afasto também a prejudicial de mérito de prescrição quinquenal, já que, conforme se denota, a parte autora pretende a concessão do
benefício NB 31/621.008.060-3, cujo requerimento ocorreu em 22/11/2017 e ajuizamento a presente ação em 28/06/2018. Portanto, não
transcorreu o prazo quinquenal.
A concessão do benefício previdenciário de auxílio-doença exige, nos termos da legislação específica (Lei 8.213/1991, art. 59 e ss.), a
presença dos seguintes requisitos: (i) incapacidade laborativa temporária superior a 15 (quinze) dias; (ii) prova da condição de segurado e sua
manutenção à época do início da incapacidade; (iii) que a doença incapacitante não seja preexistente à filiação do segurado ao RGPS, exceto
nos casos de progressão e agravamento, e (iv) carência de 12 contribuições mensais (à exceção de algumas hipóteses).
Já para a concessão da aposentadoria por invalidez se exige, além dos referidos requisitos previstos, que a incapacidade seja total e
permanente, insuscetível de reabilitação do segurado para atividade diversa que lhe garanta a sobrevivência, nos termos do que dispõem os art.
42 e ss. da Lei 8.213/1991.
Incapacidade total indica que o segurado não tem condições de exercer qualquer atividade laboral; incapacidade permanente denota que não
há prognóstico de que o segurado possa recuperar a capacidade de trabalho para a mesma ou outra atividade. Afere-se, portanto, dos
dispositivos legais que, enquanto o auxílio-doença exige a incapacidade para o trabalho que o segurado realizava, a aposentadoria por invalidez
exige-a para todo e qualquer trabalho. Bem como, enquanto naquele a incapacidade deverá ser, conquanto total, temporária, na última deverá
ser permanente.
Nesta linha de raciocínio, observando detidamente que a aposentadoria por invalidez requer a incapacidade total e permanente, por
conseguinte tem lugar este benefício quando o segurado esta incapacitado para o exercício não só de sua atividade habitual, mas para o
exercício de qualquer atividade que lhe garanta a subsistência; enquanto que o auxílio-doença requer a incapacidade total e temporária, de
modo que o segurado esteja incapacitado, naquele momento, de exercer sua atividade habitual; em se configurando incapacidade parcial,
porém permanente, ainda que não advinda de acidente de qualquer natureza, somente terá lugar a concessão de auxílio-acidente, a título de
indenização ao trabalhador que, não mais podendo exercer, em definitivo, sua atividade habitual, poderá exercer outras de naturezas distintas.
Então falemos do auxílio-acidente, benefício neste caso subsidiário, que tem sua identificação a partir de elementos próprios.
O artigo 86 da Lei nº 8.213 de 24 de julho de 1991 disciplina o seguinte: “Art. 86. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao
segurado quando, após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas que impliquem redução da
capacidade para o trabalho que habitualmente exercia.” Outrossim, o auxílio-acidente é benefício que dispensa carência por força do art. 26,
inciso I, da Lei nº 8.213/91.
Registre-se, por conseguinte, que aquela concepção supramencionada, tendo a “aplicação subsidiária” para a incapacidade parcial e
permanente do auxílio-acidente, não é aleatória, posto que se interpreta aí os termos legais "acidente de qualquer natureza" como
açambarcador de doenças que instalem em definitivo uma incapacidade parcial.
Adverte-se, no entanto, que nesta configuração do auxílio-acidente, como previamente se estará a tratar de auxílio-doença ou aposentadoria
por invalidez, então se deverá constatar o cumprimento da carência legal, em princípio especificada para estes benefícios.
No tocante ao laudo, é desnecessária a realização de nova perícia, visto que o documento em questão se encontra suficientemente
fundamentado e convincente em suas assertivas, não havendo contradições e imprecisões que justifiquem a realização de nova perícia, não
havendo, por conseguinte, alegações suficientes para infirmar as conclusões exaradas pelo expert judicial, profissional habilitado e equidistante
das partes, sem interesse pessoal na causa.
Registre-se que impugnações trilhadas unicamente em inconformismo diante do resultado apresentado pela perícia não logram êxito em
reapreciações. Faz-se imprescindível para tanto que eventuais discordâncias da parte interessada em afastar a conclusão pericial apresentem-
se corroboradas de elementos suficientes para tal desiderato, o que impede a reiteração de argumentos já sopesados. Do contrário, merece
total acolhida o laudo pericial.
Como cediço, os requisitos exigidos por lei para o benefício deverão fazer-se integralmente, e sem ressalvas, presentes para a concessão
pretendida, inviabilizando, a falta de qualquer deles, o deferimento do pleito.
Em análise aos elementos constantes dos autos, é de se reconhecer que a parte autora comprovou ter vertido contribuições previdenciárias,
laborou ou gozou de benefício, consoante Cadastro Nacional Inscrição Social - CNIS, a parte autora gozou do benefício auxílio-doença NB
31/616.974.748-3, no período de 25/05/2016 a 10/04/2017, bem como contribuiu facultativamente no período de 01/03/2018 a 31/03/2018
(arquivo 12).
Passo a analisar o requisito legal, atinente à comprovação da sua incapacidade laboral. Para dirimir esta questão, a prova pericial era
indispensável e foi requerida pelas partes e deferida pelo juízo.
No caso concreto, o laudo médico pericial na especialidade de ortopedia atesta que a parte autora é portadora de patologia que não a
incapacita para a vida independente nem para exercer atividades laborativas, consoante laudo pericial apresentado em 05/09/2018 (arquivo
16): “ Ao exame clínico apresenta quadro de lombalgia (dor em região da coluna lombar) de caráter crônico. Essa sintomatologia apresenta-se
em cerca de 51% a 84% da população em geral durante algum período no decorrer da vida e tem evolução satisfatória em mais de 90% dos
indivíduos com tratamento clínico adequado. A dor lombar apresentada pelo autor não está associada a sinais limitantes ou de mau prognóstico
como: radiculopatia, alteração de força muscular, alteração de sensibilidade ou limitação da mobilidade osteoarticular. Não foram observadas
alterações de trofismo muscular que indiquem desuso ou limitação nos membros, o que seria esperado para uma pessoa que apresenta queixas
semelhantes de longa data. Não foram constatadas tendinopatias limitantes, processos inflamatórios ativos ou alterações na marcha. O exame
dos demais segmentos osteoarticulares não demonstrou limitações funcionais. I. CONCLUSÃO: Com bases e fatos expostos e analisados,
conclui-se: NÃO CARACTERIZADA INCAPACIDADE PARA ATIVIDADE LABORATIVA ATUAL, DO PONTO DE VISTA
ORTOPÉDICO”.
Além disso, a parte autora também foi periciada na especialidade de neurologia, sendo que o laudo médico pericial atesta que a parte autora é
portadora de patologia que não a incapacita para a vida independente nem para exercer atividades laborativas, consoante laudo pericial
apresentado em (arq.mov.27): “O periciando em questão é portador de Lombalgia (M54.5) secundária a doença degenerativa da coluna
vertebral, provocada pelo envelhecimento dos discos intervertebrais e associada a fatores genéticos e hábitos de vida. O disco intervertebral
poderá abaular em direção ao canal central medular. Nas fases mais avançadas da discopatia este abaulamento torna-se protrusão e numa
fase ainda mais avançada, a protrusão em herniação discal (hérnia de disco), que poderá ou não comprimir as raízes nervosas ou medula
espinhal. As alterações nos exames de imagem são degenerativas e o exame físico não demonstrou sinais de compressão medular ou
radicular. As alterações dos exames complementares necessitam de correlação clínica para serem valorizados. Trata-se de doença crônica e
passível de tratamento. (...) Não há limitação funcional para suas atividades habituais, sendo sua condição plenamente adaptável a rotina
profissional, a despeito das alterações impostas pela doença. Concluindo, este jurisperito considera, do ponto de vista neurológico, que o
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 161/1770
periciando possui capacidade plena para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual”.
Impugnações oferecidas não possuem o condão de afastar o laudo pericial, em se tratando de meras reiterações dos posicionamentos e
interesses anteriormente já narrados e apreciados. E assim o é seja para a desconsideração do laudo apresentado, a realização de nova
perícia, ou ainda o retorno dos autos ao perito para resposta aos quesitos apresentados.
A perícia médica tem por escopo não somente analisar os exames e relatórios médicos apresentados pela parte, como também validar, pelo
exame clínico, os resultados e impressões dos médicos do periciando, tudo a partir dos conhecimentos técnicos do perito judicial.
Deve se ter em vista que a discordância quanto à conclusão do perito judicial ou porque este apresenta conclusão diversa dos médicos da
autora que o laudo deve ser afastado. O perito judicial elabora o laudo é imparcial e de confiança deste Juízo e o laudo por ele elaborado
encontra-se claro e bem fundamentado no sentido de não haver incapacidade laborativa da autora, razão pela qual o acolho.
A presença de doença, lesão ou deformidade não é sinônimo de incapacidade, como ficou atestado. Pode-se apresentar doença, que até
dificulte a vida do periciando, e ainda assim não se chegar a ter a incapacidade em termos legais para a proteção da previdência social. Isto
porque há um escalonamento entre a doença em si, suas consequências e a efetiva incapacitação.
Daí resultar não se mostrar possível reconhecer a incapacidade da parte autora para exercer atividades laborativas, de forma que pudesse vir
a ter direito ao benefício pleiteado neste quesito.
DISPOSITIVO:
Ante o exposto, JULGO IMPROCEDENTE a demanda, encerrando o processo com a resolução de seu mérito, nos termos do artigo 487,
inciso I, do NCPC, combinado com as leis regentes dos Juizados Especiais Federais, lei nº. 10.259/2001 e lei nº. 9.099/1995. Defiro os
benefícios da Justiça Gratuita. Sem custas processuais e honorários advocatícios, conforme as leis regentes dos Juizados Especiais. Prazo
recursal de 10 dias, igualmente nos termos da mesma legislação, fazendo-se necessária a representação por advogado para tanto.
FUNDAMENTO E DECIDO.
Cuida-se de ação proposta por MARLI BENEDITA DE CARVALHO em face do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS,
objetivando a concessão de pensão por morte em razão do falecimento de seu cônjuge, Eraldo Antonio de Souza, ocorrido em 20/10/2018 (fls.
03 do evento 18).
Observa-se do processo administrativo que o requerimento, apresentado em 26/10/2018, foi indeferido pela autarquia em virtude da perda da
qualidade de segurado (NB 21/187.850.379-8).
O benefício de pensão por morte será devido ao conjunto de dependentes do falecido segurado da Previdência Social, independentemente de
cumprimento de carência, nos termos dos arts. 74 e seguintes e 26, I, da Lei 8.213/91.
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido;
II - os pais;
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido;
§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das classes seguintes.
§ 2º .O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que comprovada a dependência econômica
na forma estabelecida no Regulamento.
§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o segurado ou com a segurada, de
acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal.
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada.
Contudo, caso o segurado instituidor tenha perdido a qualidade de segurado, é possível o reconhecimento do direito dos dependentes à pensão
por morte se, em vida, já havia cumprido os requisitos necessários à percepção de qualquer aposentadoria. É nesse sentido a súmula 416 do
Superior Tribunal de Justiça: É devida a pensão por morte aos dependentes do segurado que, apesar de ter perdido essa qualidade, preencheu
os requisitos legais para a obtenção de aposentadoria até a data do seu óbito.
No caso em tela, observa-se que Eraldo já não ostentava a qualidade de segurado por ocasião do falecimento (20/10/2018), visto que a última
contribuição foi recolhida em 18/05/2015, data de cessação do vínculo mantido junto a SPLICE INDUSTRIA COMERCIO E SERVIÇOS
LTDA. (cf. CNIS – evento 05). Assim, ainda que se admitisse a extensão máxima do período de graça (artigo 15, inciso II, §§1º e 2º, da Lei
nº 8.213/1991), o prazo já teria se esgotado na data do falecimento.
Ademais, verifica-se que não completou 35 anos de contribuição, necessários à obtenção de aposentadoria por tempo de contribuição.
Contudo, sustenta a demandante que seu cônjuge fazia jus à aposentadoria por idade, vez que, por ocasião do óbito, já havia preenchido a
carência de 180 contribuições.
Para a obtenção do benefício de aposentadoria por idade faz-se mister a observância concomitante dos seguintes requisitos: I-) idade de 60
(sessenta) anos, se mulher, e 65 (sessenta e cinco), se homem; II-) cumprimento da carência, observada a tabela prevista no art. 142 da Lei
8.213/91.
No entanto, o instituidor faleceu quando ainda contava com 64 (sessenta e quatro) anos e, não tendo cumprido o requisito etário, não faria jus à
aposentadoria por idade. Anote-se, a propósito, o entendimento jurisprudencial consolidado nesse sentido:
“PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. PENSÃO POR MORTE. LEI Nº 8.213/91. PERDA
DA QUALIDADE DE SEGURADO. IMPOSSIBILIDADE DE CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR IDADE. REQUISITO
ETÁRIO. EFEITOS INFRINGENTES.
I - O voto proferido no agravo legal reconheceu que o falecido tinha 22 anos e 7 meses de trabalho anotados em CTPS e que o óbito ocorreu
quando faltavam apenas 21 dias para completar 65 anos. Assim, considerando a situação específica retratada nos autos, foi concedida a
pensão por morte.
II - O último vínculo empregatício encerrou em 09.08.1995 e o óbito ocorreu apenas em 11.05.2003, quando já havia perdido a qualidade de
segurado, ainda que fosse estendido o período de graça por 36 meses, nos termos do art. 15, II e §§1º e 2º, da Lei nº 8.213/91.
III - Na data do óbito, o falecido tinha 64 anos (iria completar 65 anos em 02.06.2003) e, dessa forma, ainda não poderia aposentar-se por
idade.
IV - Ainda que a parte autora tenha alegado que o de cujus sofria de câncer, não foram juntados quaisquer documentos indicando que a
incapacidade iniciou durante o período de graça, sendo relevante destacar que seu último vínculo empregatício encerrou quase oito anos antes
do óbito.
V - Se o falecido não tinha direito a nenhuma cobertura previdenciária, seus dependentes, em consequência, também não o têm.
VI - Embargos de declaração acolhidos. Tutela cassada.” (TRF 3ª Região, NONA TURMA, Ap - APELAÇÃO CÍVEL - 1478001 -
0003274-98.2005.4.03.6103, Rel. DESEMBARGADORA FEDERAL MARISA SANTOS, julgado em 20/02/2019, e-DJF3 Judicial 1
DATA:11/03/2019) – destaquei.
“PROCESSUAL CIVIL. PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO DO ‘DE
CUJUS’. PERÍODO DE GRAÇA PRORROGADO PELO INSS. REQUISITOS PARA APOSENTADORIA POR IDADE NÃO
PREENCHIDOS. AUSÊNCIA DE REQUISITO ETÁRIO. 49 ANOS NA DATA DO ÓBITO. SEXO MASCULINO. APELAÇÃO DA
PARTE AUTORA NÃO PROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
(...)
2 - A pensão por morte é regida pela legislação vigente à época do óbito do segurado, por força do princípio tempus regit actum, encontrando-
se regulamentada nos arts. 74 a 79 da Lei nº 8.213/91. Trata-se de benefício previdenciário devido aos dependentes do segurado falecido,
aposentado ou não.
3 - O benefício independe de carência, sendo percuciente para sua concessão: a) a ocorrência do evento morte; b) a comprovação da
condição de dependente do postulante; e c) a manutenção da qualidade de segurado quando do óbito, salvo na hipótese de o de cujus ter
preenchido em vida os requisitos necessários ao deferimento de qualquer uma das aposentadorias previstas no Regime Geral de Previdência
Social - RGPS.
(...)
6 - A autora sustenta que o de cujus ostentava a qualidade de segurado no momento em que configurado o evento morte (08/04/1998), posto
que esteve incapacitado, por complicações da diabetes entre 1989 até a data do óbito. Requer ainda, o reconhecimento do período trabalhado
08/11/1973 e 30/06/1976, para a empresa João Correa, sem registro em CTPS.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 163/1770
(...)
13 - Como exceção à exigência da qualidade de segurado, prevê o artigo 102 e §§ da LBPS que a perda desta não prejudica o direito à
aposentadoria quando preenchidos todos os requisitos de sua concessão e nem importa em perda do direito à pensão, desde que preenchidos
todos os requisitos para a obtenção da aposentadoria.
14 - Na medida em que o único requisito à pensão por morte é a qualidade de segurado, não se poderia tomar o artigo 102 em contradição
com o artigo 74 da mesma lei. A interpretação sistemática e teleológica que pacificamente foi conferida ao referido dispositivo legal é a de que
a pensão seria devida nas hipóteses em que o de cujus, que perdera a qualidade de segurado, já tivesse implementado todos os demais os
requisitos (carência e, se o caso, idade) para que lhe fosse concedida aposentadoria, seja por idade, por tempo de contribuição ou especial.
15 - Em relação à pensão por morte derivada do reconhecimento de direito à aposentação ao falecido que havia perdido a qualidade de
segurado, houve divergência jurisprudencial sobre a necessidade de implementação do requisito etário quando já atingida a carência
necessária, porém a questão foi pacificada pela 3ª Seção do c. Superior Tribunal de Justiça, em julgamento unânime, datado de 24.10.2007, no
âmbito dos Embargos de Divergência em sede de Recurso Especial, autuado sob n.º 263.005.
(...)
17 - A questão foi objeto de edição do enunciado de Súmula n.º 416 ("É devida a pensão por morte aos dependentes do segurado que, apesar
de ter perdido essa qualidade, preencheu os requisitos legais para a obtenção de aposentadoria até a data do seu óbito." - Dje 16.12.2009), o
qual teve por base, dentre outros, ambos os julgados supracitados, isto é, tomando por base o disposto no artigo 102 da LBPS em sua redação
original e com as alterações promovidas pela Lei n.º 9.528/97.
18 - Quanto à carência necessária, em se tratando de segurado filiado ao Regime Geral de Previdência Social até 24/07/91, deve ser
considerada a tabela progressiva inserta no art. 142 da Lei de Benefícios.
(...)
20 - No entanto, o de cujus, contava com 49 anos de idade quando do passamento, de modo que não preencheu o requisito etário necessário à
aposentadoria por idade, que estabelece a idade de 65 anos para homens e 60 para as mulheres, no caso de empregados urbanos.
21 - O artigo 102, caput da Lei 8.213/91, exige que sejam preenchidos todos os requisitos para a concessão da aposentadoria, para que seja
desconsiderada a perda da qualidade de segurado para a concessão da pensão por morte, no entanto, no caso, não foi implementado o
requisito etário.
22 - Não há que se falar em aposentadoria por invalidez, tendo em vista o lapso temporal entre a data do último reconhecimento da
incapacidade, pela médica perita do INSS, em 02/03/1993 e a data do óbito em 16/04/1998.
(...)
24 - Ausente, portanto, a comprovação de que o falecido mantinha a qualidade de segurado quando do seu óbito, requisito para a concessão do
benefício de pensão por morte, nos termos do artigo 74 caput, e 102, § 2º da lei nº 8.213/91, além de não preencher todos os requisitos
necessários às aposentadorias mencionadas.
25 - Apelação da parte autora não provida. Sentença de improcedência mantida.” (TRF 3ª Região, SÉTIMA TURMA, Ap - APELAÇÃO
CÍVEL - 1326538 - 0031975-16.2008.4.03.9999, Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL CARLOS DELGADO, julgado em 23/10/2017, e-
DJF3 Judicial 1 DATA:08/11/2017 ) – destaquei.
Por conseguinte, também não há que se reconhecer à dependente o direito à pensão por morte.
P.R.I.
Ante o exposto, resolvo o mérito da controvérsia na forma do artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil, e JULGO IMPROCEDENTES
os pedidos formulados na petição inicial.
Não há condenação em custas processuais ou em honorários de advogado no âmbito dos Juizados Especiais Federais, nos termos do artigo 55,
caput, da Lei n. 9.099/1995, combinado com o art. 1º da Lei n. 10.259/2001.
0040241-76.2018.4.03.6301 - 11ª VARA GABINETE - SENTENÇA COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO Nr. 2019/6301058283
AUTOR: SERVITEC SISTEMAS EIRELI ME (AL095777 - DEIVIS CALHEIROS PINHEIRO)
RÉU: UNIAO FEDERAL (PFN) (SP158849 - PAULO EDUARDO ACERBI)
Ante o exposto, julgo improcedente o pedido deduzid, extinguindo o processo com resolução do mérito, nos termos do artigo 487, inciso I, do
Código de Processo Civil.
Sem condenação em custas e honorários nos termos dos artigos 55 da Lei nº 9.099/95 e 1º da Lei nº 10.259/01.
Publique-se. Intimem-se as partes.
0040081-51.2018.4.03.6301 - 10ª VARA GABINETE - SENTENÇA COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO Nr. 2019/6301058966
AUTOR: MARCIO DE FREITAS (SP300676 - JEFERSON OLIVEIRA, SP384824 - IOLANDA BESERRA DE CARVALHO SOUZA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
A parte autora pleiteia o restabelecimento do benefício de auxílio-doença. Requer, ainda, a condenação do INSS ao pagamento das diferenças
apuradas, corrigidas monetariamente e acrescidas de juros moratórios.
A parte autora se manifestou acerca do laudo médico pericial, requerendo a procedência do pedido.
É o relatório. DECIDO.
No tocante à preliminar de incompetência absoluta do Juízo, verifica-se pelos documentos apresentados pela parte autora que sua residência
se encontra abrangida pela jurisdição deste Juizado Especial Federal, logo este Juízo é competente para processar e julgar o presente feito.
Igualmente, cumpre o afastamento da preliminar quanto à matéria, considerando que o pedido da parte autora funda-se em benefício
previdenciário cuja natureza não é acidentária.
Em relação à falta de interesse de agir por ausência de pedido administrativo, não merece acolhimento, pois constata-se que a parte autora
requereu junto ao INSS a concessão do benefício, sendo este indeferido.
Afasto a preliminar de incompetência pelo valor da causa, posto que não restou demonstrada a ultrapassagem do limite estabelecido para
determinação da competência do JEF. Ademais, ressalta-se que é possível a renúncia aos valores excedentes à competência deste juizado,
desde que realizada na petição inicial, pois a renúncia em momento posterior ao ajuizamento da ação caracterizaria escolha do Juízo. Nesse
sentido, temos o Enunciado nº 17 do Fórum Nacional dos Juizados Especiais Federais: “Não cabe renúncia sobre parcelas vincendas para fins
de fixação da competência nos Juizados Especiais Federais”.
Quanto à análise de impossibilidade de cumulação de benefício, referida questão não é objeto dos autos.
Por fim, afasto também a prejudicial de mérito de prescrição quinquenal, já que, conforme se denota, a parte autora pretende restabelecer o
benefício NB 31/529.464.200-6, cujo requerimento ocorreu em 17/03/2008, com cessação em 23/01/2017 e ajuizamento a presente ação em
12/09/2018. Portanto, não transcorreu o prazo quinquenal.
A concessão do benefício previdenciário de auxílio-doença exige, nos termos da legislação específica (Lei 8.213/1991, art. 59 e ss.), a
presença dos seguintes requisitos: (i) incapacidade laborativa temporária superior a 15 (quinze) dias; (ii) prova da condição de segurado e sua
manutenção à época do início da incapacidade; (iii) que a doença incapacitante não seja preexistente à filiação do segurado ao RGPS, exceto
nos casos de progressão e agravamento, e (iv) carência de 12 contribuições mensais (à exceção de algumas hipóteses).
Já para a concessão da aposentadoria por invalidez se exige, além dos referidos requisitos previstos, que a incapacidade seja total e
permanente, insuscetível de reabilitação do segurado para atividade diversa que lhe garanta a sobrevivência, nos termos do que dispõem os art.
42 e ss. da Lei 8.213/1991.
Incapacidade total indica que o segurado não tem condições de exercer qualquer atividade laboral; incapacidade permanente denota que não
há prognóstico de que o segurado possa recuperar a capacidade de trabalho para a mesma ou outra atividade. Afere-se, portanto, dos
dispositivos legais que, enquanto o auxílio-doença exige a incapacidade para o trabalho que o segurado realizava, a aposentadoria por invalidez
exige-a para todo e qualquer trabalho. Bem como, enquanto naquele a incapacidade deverá ser, conquanto total, temporária, na última deverá
ser permanente.
Nesta linha de raciocínio, observando detidamente que a aposentadoria por invalidez requer a incapacidade total e permanente, por
conseguinte tem lugar este benefício quando o segurado esta incapacitado para o exercício não só de sua atividade habitual, mas para o
exercício de qualquer atividade que lhe garanta a subsistência; enquanto que o auxílio-doença requer a incapacidade total e temporária, de
modo que o segurado esteja incapacitado, naquele momento, de exercer sua atividade habitual; em se configurando incapacidade parcial,
porém permanente, ainda que não advinda de acidente de qualquer natureza, somente terá lugar a concessão de auxílio-acidente, a título de
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 166/1770
indenização ao trabalhador que, não mais podendo exercer, em definitivo, sua atividade habitual, poderá exercer outras de naturezas distintas.
Então falemos do auxílio-acidente, benefício neste caso subsidiário, que tem sua identificação a partir de elementos próprios.
O benefício de auxílio-acidente é concedido “como pagamento de indenização mensal, quando, após a consolidação das lesões decorrentes de
acidente de qualquer natureza, resultar sequelas que impliquem a redução da capacidade de labor do segurado” (Comentários à Lei de
Benefícios da Previdência Social, Daniel Machado da Rocha e José Paulo Baltazar Junior, Livraria do Advogado, 2ª edição, Porto Alegre,
2002, p. 255).
O artigo 86 da Lei nº 8.213 de 24 de julho de 1991 disciplina o seguinte: “Art. 86. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao
segurado quando, após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas que impliquem redução da
capacidade para o trabalho que habitualmente exercia.” Outrossim, o auxílio-acidente é benefício que dispensa carência por força do art. 26,
inciso I, da Lei nº 8.213/91.
Registre-se, por conseguinte, que aquela concepção supramencionada, tendo a “aplicação subsidiária” para a incapacidade parcial e
permanente do auxílio-acidente, não é aleatória, posto que se interpreta aí os termos legais "acidente de qualquer natureza" como
açambarcador de doenças que instalem em definitivo uma incapacidade parcial.
Adverte-se, no entanto, que nesta configuração do auxílio-acidente, como previamente se estará a tratar de auxílio-doença ou aposentadoria
por invalidez, então se deverá constatar o cumprimento da carência legal, em princípio especificada para estes benefícios.
No tocante ao laudo, é desnecessária a realização de nova perícia, visto que o documento em questão se encontra suficientemente
fundamentado e convincente em suas assertivas, não havendo contradições e imprecisões que justifiquem a realização de nova perícia, não
havendo, por conseguinte, alegações suficientes para infirmar as conclusões exaradas pelo expert judicial, profissional habilitado e equidistante
das partes, sem interesse pessoal na causa.
Registre-se que impugnações trilhadas unicamente em inconformismo diante do resultado apresentado pela perícia não logram êxito em
reapreciações. Faz-se imprescindível para tanto que eventuais discordâncias da parte interessada em afastar a conclusão pericial apresentem-
se corroboradas de elementos suficientes para tal desiderato, o que impede a reiteração de argumentos já sopesados. Do contrário, merece
total acolhida o laudo pericial.
Como cediço, os requisitos exigidos por lei para o benefício deverão fazer-se integralmente, e sem ressalvas, presentes para a concessão
pretendida, inviabilizando, a falta de qualquer deles, o deferimento do pleito.
Em análise aos elementos constantes dos autos, é de se reconhecer que a parte autora comprovou ter vertido contribuições previdenciárias,
laborou ou gozou de benefício, consoante Cadastro Nacional Inscrição Social - CNIS, a parte autora laborou na empresa M DATA
MATERIAIS PARA TELEINFORMATICA LTDA., no período de 01/02/2005 a 03/2008, bem como gozou do benefício auxílio-doença, NB
31/529.464.200-6, no período de 14/03/2008 a 23/01/2017 (arquivo 14).
Passo a analisar o requisito legal, atinente à comprovação da sua incapacidade laboral. Para dirimir esta questão, a prova pericial era
indispensável e foi requerida pelas partes e deferida pelo juízo.
Neste aspecto, realizada a perícia médica, verifica-se que a parte autora está incapacitada total e permanentemente, para a função de
motorista profissional, com data do início da incapacidade em 14/03/2008, conforme laudo pericial anexado em 06/12/2018 (arquivo 24): “ O
periciando apresenta ao exame: 1. Visão normal no olho esquerdo com acuidade visual de 20/20 com a melhor correção. 2. Cegueira do olho
direito. 3. Atrofia do nervo óptico direito. 4. Exotropia Permanente do olho direito. A cegueira do olho direito é devida à atrofia do nervo óptico
demonstrada pela palidez ao exame de fundo de olho do exame pericial e comprovada por exame de Mapeamento de Retina realizado na
Retina Clinic em 15/01/2018 anexado ao laudo pericial (anexo). A atrofia do nervo óptico é a interrupção das ligações nervosas que unem o
olho ao cérebro. É sinônimo de perda de visão irreversível. Quando chega ao ponto de atrofia, todas as fibras foram afetadas e o nervo óptico
já não transmite os sinais luminosos para o cérebro montar a imagem. Por isso, o diagnóstico precoce e a identificação da causa são
imprescindíveis para o sucesso do tratamento. O tratamento inicial do processo de atrofia do nervo óptico depende da causa. A atrofia do
nervo óptico pode ser derivada de várias causas como as intraoculares (uveítes), intraorbitárias (celulites, sinusites), intracraniana (meningites,
otites), tumores, infecções sistêmicas (sífilis), doenças desmielinizantes (esclerose múltipla), doenças hereditárias (doença de Leber), doenças
circulatórias (neuropatia óptica isquêmica, arterite temporal, insuficiência da carótida interna), traumatismos, doenças metabólicas (diabetes,
tabaco-álcool), causas tóxicas (álcool metílico) e causas desconhecidas. No caso em tela há menção sobre ocorrência de neuropatia óptica
associada a insulto vascular. O exame de Campo Visual realizado em 9/3/2018, igualmente inserido ao laudo pericial, evidencia perda total de
sensibilidade no olho direito compatível com o aspecto do disco óptico no exame de fundoscopia (anexo). A lesão do olho direito está
consolidada e é irreversível. A cegueira do olho direito provocou o desalinhamento dos eixos visuais (estrabismo) com o aparecimento do
desvio divergente (exotropia), passível de correção cirúrgica com fins estéticos. O periciando apresenta visão normal no olho esquerdo não
sendo encontradas, no exame oftalmológico, alterações ou doenças que pudessem interferir com a função visual desse olho, além de discreto
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 167/1770
vício de refração corrigido com o uso dos óculos, apresentando acuidade visual 20/20 nesse olho (100% capacidade visual). Em avaliação na
Oftalmoclinica em 19/4/18 a acuidade visual do olho esquerdo alcançou 20/20, valores concordes com os achados na pericia atual (pg. 12). A
pressão ocular encontra-se dentro dos limites da normalidade. A perda da visão de um olho traz prejuízos para a função da visão binocular a
qual pode acarretar certas dificuldades em manusear objetos, porém estas dificuldades variam de indivíduo para indivíduo e cedem com o
passar do tempo. Na presente situação o Autor tem déficit tanto no campo visual binocular (conjunto de imagens percebidas) como também
na estereopsia (noção de profundidade). Com a cegueira de um olho o periciando é incapaz de exercer atividades que necessitam da visão
binocular. O autor comprova atividade de motorista desde 2005, atividade que necessita da visão binocular não podendo ser exercida com
visão monocular e com a visão atual do periciando. A visão binocular proporciona principalmente a noção de distância, profundidade e
perspectiva (estereopsia) sendo importante em profissões que envolvam segurança no trabalho para a própria pessoa e/ou usuários desse
trabalho como aviadores, motorista profissionais, ou trabalhadores em área de segurança. O autor, após pericia realizada no INSS em
9/5/2008, foi considerado com incapacidade a partir de 14/03/2008 com data estipulada para cessação em 23/01/2017. Consta dos documentos
do processo ter concluído reabilitação profissional. É nosso parecer estar comprovada situação de incapacidade laborativa total e permanente
para a função de motorista profissional com data de inicio em 14/03/2008, data fixada pelo INSS. No entanto, como apresenta visão normal no
olho esquerdo o periciando é capaz de exercer atividades profissionais que lhe garantam sua subsistência. O periciando apresenta condições
de exercer atividades laborativas, nas quais o quadro oftalmológico não acarreta repercussões incapacitantes, não ficando caracterizada
incapacidade laborativa atual, exceto para a função de motorista profissional. COM BASE NOS ELEMENTOS E FATOS EXPOSTOS E
ANALISADOS, CONCLUI-SE: Ficou caracterizada incapacidade total e permanente para a atividade de motorista profissional. Como
apresenta visão normal no olho esquerdo o periciando é capaz de exercer atividades profissionais que lhe garantam sua subsistência. O
periciando apresenta condições de exercer atividades laborativas, nas quais o quadro oftalmológico não acarreta repercussões incapacitantes,
não ficando caracterizada incapacidade laborativa atual, exceto para a função de motorista profissional. “
Impugnações oferecidas não possuem o condão de afastar o laudo pericial, em se tratando de meras reiterações dos posicionamentos e
interesses anteriormente já narrados e apreciados. E assim o é seja para a desconsideração do laudo apresentado, a realização de nova
perícia, ou ainda o retorno dos autos ao perito para resposta aos quesitos apresentados.
A perícia médica tem por escopo não somente analisar os exames e relatórios médicos apresentados pela parte, como também validar, pelo
exame clínico, os resultados e impressões dos médicos do periciando, tudo a partir dos conhecimentos técnicos do perito judicial.
Deve se ter em vista que a discordância quanto à conclusão do perito judicial ou porque este apresenta conclusão diversa dos médicos da
autora que o laudo deve ser afastado. O perito judicial elabora o laudo é imparcial e de confiança deste Juízo e o laudo por ele elaborado
encontra-se claro e bem fundamentado no sentido de não haver incapacidade laborativa da autora, razão pela qual o acolho.
A presença de doença, lesão ou deformidade não é sinônimo de incapacidade, como ficou atestado. Pode-se apresentar doença, que até
dificulte a vida do periciando, e ainda assim não se chegar a ter a incapacidade em termos legais para a proteção da previdência social. Isto
porque há um escalonamento entre a doença em si, suas consequências e a efetiva incapacitação.
Em que pese o expert tenha atestado a incapacidade total e permanente da parte autora, denota-se que o requerente participou de programa
de reabilitação oferecido pelo INSS (arquivo 14 – fls.04/09), bem como está apto a exercer outras atividades laborativas, que não sejam a de
motorista profissional, estando assim habilitado a exercer outra profissão.
Portanto, não há como considerar a inclusão da parte autora em novo programa de reabilitação ou conceder qualquer benefício em
decorrência da incapacidade atestada, pois se encontra apto a exercer outras atividades, como também já passou por programa de
reabilitação.
Daí resultar não se mostrar possível reconhecer a incapacidade da parte autora para exercer atividades laborativas, de forma que pudesse vir
a ter direito ao benefício pleiteado neste quesito.
DISPOSITIVO:
Ante o exposto, JULGO IMPROCEDENTE a demanda, encerrando o processo com a resolução de seu mérito, nos termos do artigo 487,
inciso I, do NCPC, combinado com as leis regentes dos Juizados Especiais Federais, lei nº. 10.259/2001 e lei nº. 9.099/1995. Defiro os
benefícios da Justiça Gratuita. Sem custas processuais e honorários advocatícios, conforme as leis regentes dos Juizados Especiais. Prazo
recursal de 10 dias, igualmente nos termos da mesma legislação, fazendo-se necessária a representação por advogado para tanto.
0062017-69.2017.4.03.6301 - 10ª VARA GABINETE - SENTENÇA COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO Nr. 2019/6301047565
AUTOR: ADAUTINA XAVIER DOS INDIOS (SP283542 - JANE APARECIDA GOMES LUZ MALVEIRA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 168/1770
Vistos, em sentença.
Trata-se de ação proposta por ADAUTINA XAVIER DOS INDIOS em face do Instituto Nacional de Seguro Social – INSS, no qual postula
o provimento jurisdicional para obter a concessão do benefício de aposentadoria por tempo de contribuição híbrida, com reconhecimento de
período comum e período rural.
Aduz que o tempo de serviço do autor é composto por período RURAL e URBANO, e que a Autarquia deixou de considerar o período em
que laborou como doméstica, de 12/12/1983 a 23/12/1988, junto a Cleide Galizio, bem como o período em atividade rurícola, de janeiro de 1970
a janeiro de 1983, em regime de economia familiar nas terras de seus pais, na região rural da Chapada, cidade de Inhambupe/BA.
Narra em sua exordial que requereu a concessão do beneficio NB 42/182.138.582-6 na esfera administrativa em 06/06/2017, o qual foi
indeferido sob a alegação de falta de período de carência, tendo o INSS reconhecido o tempo de 23 anos, 06 meses e 18 dias.
Aduz que o INSS deixou de considerar o período em que laborou como doméstica, de 12/12/1983 a 23/12/1988, junto a Cleide Galizio, bem
como o período em atividade rurícola, janeiro de 1970 a janeiro de 1983.
Citado, o INSS apresentou contestação, alegando preliminarmente a ausência de interesse processual, a incompetência deste Juizado em razão
do valor da causa e a ocorrência de prescrição e decadência, requerendo, no mérito, a improcedência da demanda.
Em 25/09/2018, após realização de audiência de instrução, com oitiva de testemunhas e da parte autora, foi proferida decisão de antecipação
de tutela, reconhecendo os períodos comum de 12/12/1983 a 23/12/1988, junto a Cleide Galizio, e rural de 16/05/1978 a 21/10/1983, com
implantação do benefício de aposentadoria por tempo de contribuição integral com DIB na primeira DER (21/12/2016).
É o relatório. Decido.
Refuto a alegação de ausência de interesse processual, uma vez que a parte autora comprovou o não reconhecimento do pedido pelas vias
administrativas. Afasto a ocorrência de decadência, uma vez que não decorreram dez anos entre a concessão do benefício e o ajuizamento da
ação. No que se refere à preliminar de incompetência do Juizado Especial Federal, rejeito-a, eis que não há indícios nos autos de que o valor
da causa ultrapasse o limite de 60 salários mínimos. Por outro lado, a prejudicial de prescrição, em razão de expressa disposição legal, deve ser
acolhida, ficando desde já ressaltado que, quando da execução de eventuais cálculos, deverão ser excluídas prestações vencidas no quinquênio
anterior ao ajuizamento da ação, em caso de procedência do pedido.
Da Aposentadoria híbrida
O artigo 143 da Lei 8.213/91 dispõe: Art. 143. O trabalhador rural ora enquadrado como segurado obrigatório no Regime Geral de Previdência
Social, na forma da alínea "a" do inciso I, ou do inciso IV ou VII do art. 11 desta Lei, pode requerer aposentadoria por idade, no valor de um
salário mínimo, durante quinze anos, contados a partir da data de vigência desta Lei, desde que comprove o exercício de atividade rural, ainda
que descontínua, no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício, em número de meses idêntico à carência do referido
benefício. Assim, constata-se que esse dispositivo estabelece que a concessão de aposentadoria por idade ao trabalhador rural, sem exigência
de contribuições, depende de seu enquadramento no conceito de trabalhadora rural constante dos artigos 11, inciso I, letra ‘a’, ou inciso IV, da
Lei nº 8.213/91, ao menos durante o período de carência estipulado no artigo 142 da mesma lei, no período imediatamente anterior ao
requerimento do benefício.
No que se refere à contagem de tempo de atividade rural para fins previdenciários, está prevista no artigo 55, §2º da Lei n.º 8.213/91, restando
claro no dispositivo que o cômputo do período será possível independente do recolhimento de contribuições a ele correspondentes, exceto para
efeitos de carência. In verbis:
Art. 55. O tempo de serviço será comprovado na forma estabelecida no Regulamento, compreendendo, além do correspondente às atividades
de qualquer das categorias de segurados de que trata o art. 11 desta Lei, mesmo que anterior à perda da qualidade de segurado:
(....)
§ 2º O tempo de serviço do segurado trabalhador rural, anterior à data de início de vigência desta Lei, será computado independentemente do
recolhimento das contribuições a ele correspondentes, exceto para efeito de carência, conforme dispuser o Regulamento.
Nesse sentido, a TNU dos Juizados Especiais Federais editou a Súmula 24: “O tempo de serviço do trabalhador rural anterior ao advento da
Lei nº 8.213/91, sem o recolhimento de contribuições previdenciárias, pode ser considerado para a concessão de benefício previdenciário do
Regime Geral de Previdência Social (RGPS), exceto para efeito de carência, conforme a regra do art. 55, § 2º, da Lei nº 8.213/91”.
A Lei nº. 11.718 de 2008 acrescentou o parágrafos 3º e 4º ao artigo 48 da Lei nº. 8.213 de 1990, bem como alterou a redação de outros
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 169/1770
parágrafos do dispositivo, prevendo:
Art. 48. A aposentadoria por idade será devida ao segurado que, cumprida a carência exigida nesta Lei, completar 65 (sessenta e cinco) anos
de idade, se homem, e 60 (sessenta), se mulher.
§ 1o Os limites fixados no caput são reduzidos para sessenta e cinquenta e cinco anos no caso de trabalhadores rurais, respectivamente
homens e mulheres, referidos na alínea a do inciso I, na alínea g do inciso V e nos incisos VI e VII do art. 11.
§ 2o Para os efeitos do disposto no § 1o deste artigo, o trabalhador rural deve comprovar o efetivo exercício de atividade rural, ainda que de
forma descontínua, no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício, por tempo igual ao número de meses de contribuição
correspondente à carência do benefício pretendido, computado o período a que se referem os incisos III a VIII do § 9o do art. 11 desta Lei.
(Redação dada pela Lei nº 11,718, de 2008).
§ 3o Os trabalhadores rurais de que trata o § 1o deste artigo que não atendam ao disposto no § 2o deste artigo, mas que satisfaçam essa
condição, se forem considerados períodos de contribuição sob outras categorias do segurado, farão jus ao benefício ao completarem 65
(sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta) anos, se mulher. (Incluído pela Lei nº 11,718, de 2008)
§ 4o Para efeito do § 3o deste artigo, o cálculo da renda mensal do benefício será apurado de acordo com o disposto no inciso II do caput do
art. 29 desta Lei, considerando-se como salário-de-contribuição mensal do período como segurado especial o limite mínimo de salário-de-
contribuição da Previdência Social. (Incluído pela Lei nº 11. 718, de 2008).
Destarte, a nova legislação passou a disciplinar a aposentadoria rural por idade mista ou hibrida autorizando para o preenchimento do requisito
legal de carência, que no caso do trabalho rural em regime de economia familiar considera-se o período mínimo de atividade laboral do
rurícola, o cômputo de eventuais períodos laborado na esfera urbana.
Portanto, quando se fala em aposentadoria híbrida, refere-se unicamente à aposentadoria por idade, não sendo aplicada a forma híbrida à
aposentadoria por tempo de contribuição, cuja concessão deverá obedecer os requisitos próprios desta modalidade, sendo este o caso da parte
autora, conforme pedido inicial e respectiva emenda (arquivo 21).
Nos termos da legislação de regência, a aposentadoria por tempo de contribuição será devida ao segurado que completar 35 anos de
contribuição (se homem) ou 30 anos (se mulher), cumprida a carência de 180 meses (art. 201, § 7º, inciso I, da Constituição Federal de 1988,
com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 16 de dezembro de 1998, combinado com o artigo 25, inciso II, da Lei 8.213/91).
O tempo de serviço já cumprido, considerado pela legislação vigente para efeito de aposentadoria, será computado como tempo de
contribuição, nos termos do art. 4º da Emenda Constitucional nº 20, de 16 de dezembro de 1998. O artigo 9º da citada Emenda Constitucional,
por sua vez, estabelece as regras de transição para acesso à aposentadoria por tempo de contribuição para aqueles que, já filiados ao regime
geral de previdência social, não tinham ainda cumprido todos os requisitos exigidos na data de sua publicação. São as seguintes condições a
serem preenchidas cumulativamente pelos segurados: I - contar com cinquenta e três anos de idade, se homem, e quarenta e oito anos de
idade, se mulher; e II - contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de: a) trinta e cinco anos, se homem, e trinta anos, se mulher; e
b) um período adicional de contribuição equivalente a vinte por cento do tempo que, na data da publicação desta Emenda, faltaria para atingir o
limite de tempo constante da alínea anterior.
Desde que atendido o requisito da idade e observada a possibilidade de contagem de tempo de serviço já cumprido como tempo de
contribuição, é facultada a aposentadoria com valores proporcionais ao tempo da contribuição quando também atendidas as seguintes
condições: I - contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de: a) trinta anos, se homem, e vinte e cinco anos, se mulher; e b) um
período adicional de contribuição equivalente a quarenta por cento do tempo que, na data da publicação desta Emenda, faltaria para atingir o
limite de tempo constante da alínea anterior (EC nº. 20/98, art. 9º, § 1º).
Evidencia-se pelos dispositivos transcritos que o benefício previdenciário de aposentadoria por tempo de contribuição exige os seguintes
requisitos, de forma cumulativa: a) qualidade de segurado; b) a carência de 180 contribuições mensais; c) o decurso do lapso temporal no labor
de, no mínimo, 30 anos de contribuição para os homens e 25 para as mulheres (aposentadoria proporcional), ou de 35 e 30 anos de
contribuição, respectivamente, para homens e mulheres (aposentadoria integral).
No mais, ainda se registra sobre os períodos laborados pelo segurado. O segurado tem direito ao reconhecimento de todos os períodos que
tenha laborado formalmente para dado empregador ou tomador de serviço. Caso existam divergências de sistemas de dados, que podem
apresentar incongruências; bem como em caso de falta de recolhimentos das contribuições previdenciárias pelo empregador ao INSS; ou
divergência de anotações no CNIS, não são situações definitivas. Isto porque sabidamente podem ocorrer enganos em recolhimentos não
lançados ou mesmo falta de registros no CNIS. Sem olvidar-se, ainda, que igualmente pode ter ocorrido do empregador, conquanto
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 170/1770
descontasse o valor referente à contribuição mensal previdenciária do empregado, não a tenha repassado aos cofres públicos.
Todos estes cenários, além de outros similares, não impedem o reconhecimento de período efetivamente laborado pelo interessado. No
entanto, em tais casos, as provas desde logo presumivelmente suficientes para a configuração jurídica do fato alegado não existirá, cabendo ao
interessado produzi-la, a contento. Esta demonstração, conquanto para leigos possa parecer de difícil execução, não o é. Isto porque fatos
ocorridos, quando ocorridos mesmo, deixam marcas, como holerites, declarações de impostos de renda; anotações sem rasuras etc.
Analisando-se os documentos que instruíram a inicial, verifica-se que a parte autora nasceu em 09/02/1962 contando, portanto, com 55 anos de
idade na data do requerimento administrativo (06/06/2017).
A parte autora requer o reconhecimento da especialidade do período em que laborou como doméstica, de 12/12/1983 a 23/12/1988, junto a
Cleide Galizio, bem como o período em atividade rurícola, de janeiro de 1970 a janeiro de 1983.
Do caso concreto
No caso dos autos, a parte autora pretende o reconhecimento do período comum de 12/12/1983 a 23/12/1988, laborado como empregada
doméstica junto a Cleide Galizio, constando dos autos anotação em CTPS (fl. 07, arquivo 2) do cargo de doméstica, em consonância com
demais anotações de alterações de salário (fl. 08), férias (fl. 13) e anotações gerais (fl. 16), sendo de rigor o reconhecimento do período.
A parte autora requer, ainda, o cômputo do período laborado nas lides rurais de janeiro de 1970 a janeiro de 1983, em regime de economia
familiar, tendo apresentado os seguintes documentos para comprovação do alegado:
a) ficha de cadastro no Ministério da Agricultura, emitida em 10/05/1998, em nome do genitor da autora, Teodorio Chavier dos Indios (fl. 18,
arquivo 11);
b) recibo de entrega de declaração para cadastro de imóvel rural emitido em 16/05/1978, em nome de Teodorio Chavier dos Indios, com
informação de produção de mandioca, laranja e banana, no imóvel rural denominado Chapada, na região denominada Lugar Encantado (fls.
19/22, arquivo 11);
c) certidão de nascimento de Teodorio Xavier dos Indios em 04/09/1903, na região do Lugar Encantado, emitida em 10/11/1989 (fl. 23, arquivo
11);
d) certidão de casamento religioso de Teodorio Xavier dos Indios e Maria José da Silva, realizado em 02/02/1951, emitida em 10/02/1979 (fl.
01, arquivo 22);
e) documentos de identificação de Josefa dos Indios Silva, Adauto Xavier dos Indios e Marinalva Xavier de Souza, irmãos da parte autora (fls.
02, arquivo 22)
f) certidão de óbito de Maria José da Silva, genitora da parte autora, onde consta como declarante a irmã da parte autora, Marinalva Xavier de
Souza, lavradora (fl. 05, arquivo 22)
A estes documentos seguiu-se a prova oral, consubstanciada, na hipótese, no depoimento pessoal da parte autora e na oitiva de testemunhas, e
na apresentação de alegações finais da parte autora.
No que toca ao depoimento pessoal, a autora alega que desde criança, entre 08 e 10 anos, trabalhou na terra de seu pai, em região
denominada Chapada, pertencente à cidade de Inhambupe/BA. Que trabalhava apenas nas terras, juntamente com os irmãos, a mãe, e
também o pai, cultivando mandioca, feijão e milho. Que o pai faleceu quando tinha 16 anos. Que utilizavam a produção para o próprio
consumo, e vendiam na cidade o excedente para comprar os demais itens necessários à subsistência. Que não havia empregados na
propriedade, e trocavam dias de trabalho com os vizinhos. Que trabalhou no local até os 21 anos, quando foi para a cidade.
A primeira testemunha Madalena em seu depoimento informou que conheceu a parte autora na Bahia por volta dos 7 anos de idade. Que
nasceu na área rural vizinha à família da parte autora, e que laborava ali desde os 10 anos de idade, assim como a autora. Que os pais da
testemunha e da autora eram vizinhos e amigos, e avistava a parte autora na roça trabalhando, carpindo, semeando, plantando mandioca. Que
juntamente com a autora trabalhavam os pais e irmãos. Que na ocasião do falecimento do pai da autora, esta já havia saído da roça. Que não
haviam empregados, e viviam apenas da produção rural. Que foi para a cidade em 1980 e soube que a autora continuava a trabalhar na roça,
por meio de informações de seus familiares que lá ficaram.
A segunda testemunha José afirmou em seu depoimento que é primo da parte autora, e que trabalhava na roça em lote próximo ao da família
da parte autora, na mesma época. Que iniciaram o labor rural quando tinham por volta de 8 – 9 anos de idade. Que a parte autora trabalhava
com os pais, sem ajuda de empregados, sendo o excedente era vendido na cidade.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 171/1770
Dispensada a oitiva da terceira testemunha, por já serem suficientes as provas obtidas.
Foi concedida antecipação da tutela, com reconhecimento do período comum de 12/12/1983 a 23/12/1988, laborado como doméstica junto a
Cleide Galizio e do período rural de 16/05/1978 a 21/10/1983, com implantação do benefício de aposentadoria por tempo de contribuição
integral com DIB na primeira DER (21/12/2016), sendo deferida a expedição de ofício ao INSS para apresentação de processo administrativo
do benefício da genitora da parte autora.
O referido documento foi anexado aos autos (arquivo), entretanto, trata-se de processo administrativo reconstituído, não contando qualquer
documento que se refira aos fatos do presente feito.
Assim, ante o conjunto probatório dos autos, no que tange à alegada lida rural desempenhada no período de janeiro de 1970 a janeiro de 1983,
as provas apresentadas são absolutamente insuficientes e não se destinam a comprovar o alegado. Os documentos anexados aos autos dizem
respeito aos familiares da parte autora, e ainda assim, apenas de período posterior a 16/05/1978. Não consta qualquer documento em nome da
parte autora, que indique ter iniciado o labor rural aos 8 anos de idade, em 1970, e ali permanecido por todo o período pleiteado.
Assim, vejo que a prova documental, em sua integralidade, em nada comprovou o efetivo exercício de labor rural em atividade de economia
familiar. Dessume-se dos documentos apresentados a ausência de total robustez a corroborar o alegado na petição inicial.
Não bastasse isso, a prova oral colhida em audiência foi frágil. A parte autora não forneceu os elementos necessários que demonstrassem o
seu efetivo labor rurícola. As testemunhas, por sua vez, em nada acrescentaram ao panorama aqui descrito, posto que cingiram-se a declarar
que a autora trabalhava no campo, sem descrever qualquer minúcia acerca deste tempo.
Sendo assim, ante o conjunto probatório produzido, não há como se configurar o labor rurícola da parte autora de janeiro de 1970 a janeiro de
1983, merecendo reconhecimento apenas o período comum de 12/12/1983 a 23/12/1988, laborado como doméstica junto a Cleide Galizio.
Desta sorte, consoante cálculos efetuados pela Contadoria do Juizado Especial, considerando os períodos já averbados pelo INSS e o período
ora reconhecido, apurou-se o tempo total de atividade de 30 anos, 11 meses e 07 dias, insuficientes à concessão do benefício NB
42/182.138.582-6, com DER em 06/06/2017, restando prejudicados os demais pedidos, devendo ser cessado o benefício anteriormente
concedido, pelo Juiz Substituto atuante temporariamente na causa, em sede de tutela antecipada.
DISPOSITIVO
III) NÃO RECONHECER, o pedido de concessão de aposentadoria por tempo de contribuição, pelos fundamentos acima.
IV) CASSAR A TUTELA ANTECIPADA ANTERIORMENTE CONCEDIDA, no que se refere ao reconhecimento do período rural de
16/05/1978 a 21/10/1983 e à concessão do benefício de aposentadoria por tempo de contribuição com DIB em 21/12/2016, devendo o INSS
providenciar sua imediata cessação.
V) Encerrar o processo, resolvendo seu mérito, nos termos do artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil de 2015 (lei nº. 13.105 e
alterações posteriores), combinado com as leis regentes dos Juizados Especiais Federais, lei nº. 10.259/2001 e lei nº. 9.099/1995. Nos termos
da mesma legislação regente dos juizados especiais, não há condenação em custas processuais e honorários advocatícios; bem como o prazo
recursal resta fixado em 10 dias, fazendo-se necessária a representação por advogado para tanto. Defiro o pedido de gratuidade da Justiça.
Desde logo resta assentado que havendo interesse do INSS em cobrar os valores percebidos em tutela antecipado, o que caberá, mantendo-se
o entendimento, com o trânsito em julgado, fazê-lo por meio de ação própria, ação de cobrança/repetição indebito, em autos próprios, de
acordo com a competência da Justiça Federal quanto à atuação da Autarquia como parte autora - Vara Previdenciária.
Ante o exposto, resolvo o mérito da controvérsia na forma do artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil, e JULGO PARCIALMENTE
PROCEDENTE O PEDIDO para o fim de condenar o réu à obrigação de conceder benefício assistencial ao idoso em favor da parte autora,
a partir de 30/10/2018 (DIB), respeitada a prescrição quinquenal.
Outrossim, condeno o INSS a pagar as prestações vencidas a partir da DIB, o que totaliza R$4.001,09, atualizados até 03/2019.
Reconheço a prescrição quinquenal, ou seja, a prescrição das parcelas vencidas no período anterior ao quinquênio que precedeu o ajuizamento
da presente ação (artigo 103, parágrafo único, da Lei nº 8.213/91).
A correção monetária das parcelas vencidas e os juros de mora incidirão nos termos da legislação previdenciária, bem como do Manual de
Orientação de Procedimentos para os cálculos da Justiça Federal, aprovado pelo Conselho da Justiça Federal.
Concedo a tutela de urgência para determinar que o INSS, independentemente do trânsito em julgado, conceda o benefício assistencial à parte
autora, conforme critérios expostos na fundamentação, em até 30 dias. Oficie-se.
Caso a parte autora não pretenda a percepção imediata do benefício, com receio de alteração desta sentença (e eventual determinação de
devolução de valores), poderá se manifestar expressamente nesse sentido no prazo de 5 dias, além de não adotar as providências pertinentes à
ativação e ao saque do benefício.
Sem condenação em custas, tampouco em honorários advocatícios.
Defiro os benefícios da Justiça Gratuita.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Oficie-se.
0040869-65.2018.4.03.6301 - 13ª VARA GABINETE - SENTENÇA COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO Nr. 2019/6301059688
AUTOR: FLAVYO MIRANDA DE JESUS (SP257340 - DEJAIR DE ASSIS SOUZA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
Diante do exposto, com fundamento no art. 487, inciso I, do Código de Processo Civil, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE O
PEDIDO, para condenar o INSS a:
a) implantar o benefício assistencial ao deficiente, desde a data da juntada do laudo social (31/10/2018) em favor de FLAVYO MIRANDA
DE JESUS, no valor de um salário mínimo;
b) após o trânsito em julgado, pagar as prestações vencidas a partir de 31/10/2018, no importe de R$ 4.004,90 (QUATRO MIL, QUATRO
REAIS E NOVENTA CENTAVOS - para março/2019), conforme cálculos anexados aos autos (evento 36), já acrescidos de juros e
correção monetária na forma estipulada no Manual de Cálculos da Justiça Federal (Resolução 267/13 do CJF), com desconto de eventuais
quantias recebidas no período em razão de antecipação dos efeitos da tutela ou, ainda, da concessão do benefício administrativamente,
observada a prescrição quinquenal.
Com a vinda dos cálculos a serem apresentados pelo réu, e caso o valor de condenação seja superior a 60 (sessenta) salários-mínimos, fica a
parte autora facultada a renunciar o excedente, nos termos estabelecidos pelos artigos 3°, caput, e 17, §§ 1° e 4°, da Lei n° 10.259, de
12.07.2001, para que o efetivo pagamento se dê pela via do ofício requisitório.
A manifestação de vontade da parte autora deverá ser feita no prazo de 10 (dez) dias. Em caso de ausência de manifestação ou de recusa à
renúncia, deverá ser expedido, após o trânsito em julgado da sentença, o competente ofício precatório.
Considerando a probabilidade do direito vindicado, conforme acima exposto, a reversibilidade do provimento e o perigo de dano de difícil
reparação, dada a natureza alimentar da verba pleiteada, CONCEDO A ANTECIPAÇÃO DE TUTELA, na forma do art. 4°, da Lei do
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 173/1770
10.259/01, exclusivamente quanto à implantação do benefício assistencial à parte autora, devendo o réu comprovar o cumprimento da presente
sentença no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de aplicação de multa diária em favor da parte autora, que fixo na cifra de R$ 50,00 (cinquenta
reais).
Defiro à parte autora os benefícios da gratuidade judicial, conforme arts. 98 e seguintes da lei processual.
Sem condenação em custas e honorários nesta instância, nos termos do art. 55 da Lei nº 9.099/95.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
Ante o exposto, reconheço a carência da ação, por ausência de interesse de agir, na forma do artigo 485, inciso VI, do Código de Processo
Civil, no que se refere aos períodos já averbados administrativamente.
Quanto aos demais pleitos, resolvo o mérito da controvérsia na forma do artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil, e JULGO
PARCIALMENTE PROCEDENTES OS PEDIDOS apenas para o fim de condenar o réu à obrigação de averbar os períodos de 19/08/1986
a 09/09/2003, 10/11/2011 a 09/03/2018 e as competências 12/2009 e 02/2010.
Julgo improcedentes todos os demais pedidos formulados.
Concedo a tutela de urgência para determinar que o INSS, independentemente do trânsito em julgado, averbe os períodos de 19/08/1986 a
09/09/2003, 10/11/2011 a 09/03/2018 e as competências 12/2009 e 02/2010.
Oficie-se.
Sem condenação em custas, tampouco em honorários advocatícios.
Defiro os benefícios da Justiça Gratuita.
Caso a parte autora não pretenda a averbação imediata dos períodos reconhecidos, com receio de alteração desta sentença (e eventual
determinação de devolução de valores referentes a benefício requerido e implantado antes do trânsito em julgado), poderá se manifestar
expressamente nesse sentido no prazo de 5 dias, além de não adotar providências pertinentes ao aproveitamento dos períodos ora
reconhecidos.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Oficie-se.
Ante o exposto, resolvo o mérito da controvérsia na forma do artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil, e JULGO PARCIALMENTE
PROCEDENTE O PEDIDO para o fim de condenar o réu à obrigação de conceder benefício assistencial ao idoso em favor da parte autora,
a partir de 07/03/2018 (DIB), respeitada a prescrição quinquenal.
Outrossim, condeno o INSS a pagar as prestações vencidas a partir da DIB, o que totaliza R$11.683,82 atualizados até 03/2019.
Reconheço a prescrição quinquenal, ou seja, a prescrição das parcelas vencidas no período anterior ao quinquênio que precedeu o ajuizamento
da presente ação (artigo 103, parágrafo único, da Lei nº 8.213/91).
A correção monetária das parcelas vencidas e os juros de mora incidirão nos termos da legislação previdenciária, bem como do Manual de
Orientação de Procedimentos para os cálculos da Justiça Federal, aprovado pelo Conselho da Justiça Federal.
Concedo a tutela de urgência para determinar que o INSS, independentemente do trânsito em julgado, conceda o benefício assistencial à parte
autora, conforme critérios expostos na fundamentação, em até 30 dias. Oficie-se.
Caso a parte autora não pretenda a percepção imediata do benefício, com receio de alteração desta sentença (e eventual determinação de
devolução de valores), poderá se manifestar expressamente nesse sentido no prazo de 5 dias, além de não adotar as providências pertinentes à
ativação e ao saque do benefício.
Sem condenação em custas, tampouco em honorários advocatícios.
Defiro os benefícios da Justiça Gratuita.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Oficie-se.
0031696-17.2018.4.03.6301 - 10ª VARA GABINETE - SENTENÇA COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO Nr. 2019/6301058869
AUTOR: CARDOZO DANTAS DE ARAUJO (SP197399 - JAIR RODRIGUES VIEIRA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
Vistos, etc.
Trata-se de ação proposta por CARDOZO DANTAS DE ARAUJO em face do INSS, em que requer a revisão da renda mensal inicial de
sua aposentadoria, com pagamento de atrasados desde a DER e retificação de dados do CNIS.
Narra em sua inicial que recebe o benefício de aposentadoria por tempo de contribuição NB 42/143.872.714-0, desde 01/12/2007.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 174/1770
Aduz que o INSS não utilizou os corretos salários-de-contribuição do período de 01/1999 a 12/2003, laborado na Empresa Auto Viação
Taboão Ltda., para o cálculo da renda mensal de seu benefício.
Citado, o INSS apresentou contestação, alegando preliminarmente a incompetência deste Juizado em razão do valor da causa e a ocorrência
de prescrição e decadência, requerendo, no mérito, a improcedência da demanda.
É o relatório. DECIDO.
Afasto a ocorrência de decadência, uma vez que a parte autora apresentou requerimento administrativo de revisão de 09/11/2017, não tendo
decorrido dez anos desde a concessão do benefício. No que se refere à preliminar de incompetência do Juizado Especial Federal, rejeito-a, eis
que não há indícios nos autos de que o valor da causa ultrapasse o limite de 60 salários mínimos. Por outro lado, a prejudicial de prescrição, em
razão de expressa disposição legal, deve ser acolhida, ficando desde já ressaltado que, quando da execução de eventuais cálculos, deverão ser
excluídas prestações vencidas no quinquênio anterior ao ajuizamento da ação, em caso de procedência do pedido.
O benefício da parte autora foi concedido em 01/12/2007, tendo seu período básico de cálculo no interstício de julho de 1994 até a data do
requerimento administrativo da média aritmética dos maiores salários de contribuição do mencionado período, conforme dispõe o artigo 3º, da
Lei 9876/1999:
Art. 3o Para o segurado filiado à Previdência Social até o dia anterior à data de publicação desta Lei, que vier a cumprir as condições exigidas
para a concessão dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, no cálculo do salário-de-benefício será considerada a média
aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição, correspondentes a, no mínimo, oitenta por cento de todo o período contributivo
decorrido desde a competência julho de 1994, observado o disposto nos incisos I e II do caput do art. 29 da Lei no 8.213, de 1991, com a
redação dada por esta Lei.
§ 1o Quando se tratar de segurado especial, no cálculo do salário-de-benefício serão considerados um treze avos da média aritmética simples
dos maiores valores sobre os quais incidiu a sua contribuição anual, correspondentes a, no mínimo, oitenta por cento de todo o período
contributivo decorrido desde a competência julho de 1994, observado o disposto nos incisos I e II do § 6o do art. 29 da Lei no 8.213, de 1991,
com a redação dada por esta Lei.
§ 2o No caso das aposentadorias de que tratam as alíneas b, c e d do inciso I do art. 18, o divisor considerado no cálculo da média a que se
refere o caput e o § 1o não poderá ser inferior a sessenta por cento do período decorrido da competência julho de 1994 até a data de início do
benefício, limitado a cem por cento de todo o período contributivo.
Art. 29. O salário-de-benefício consiste:
I - para os benefícios de que tratam as alíneas b e c do inciso I do art. 18, na média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição
correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo, multiplicada pelo fator previdenciário;
II - para os benefícios de que tratam as alíneas a, d, e e h do inciso I do art. 18, na média aritmética simples dos maiores salários-de-
contribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9876.htm
No caso presente, a parte autora aduz que o INSS deixou de computar, no cálculo da renda mensal do benefício de aposentadoria, as
remunerações mensais corretas do período de 01/1999 a 12/2003, laborado na Empresa Auto Viação Taboão Ltda..
Verifico que a parte autora juntou aos autos cópia da carta de concessão e memória de cálculo do benefício (fls. 07/09, arquivo 2), bem como
os demonstrativos de pagamento de salário do período questionado (arquivo 8), comprovando a dissonância entre os valores efetivamente
recebidos e os considerados pelo INSS.
Portanto, consoante os documentos apresentados e pelo relatado no parecer da contadoria judicial (arquivo 29), a parte autora tem direito à
retificação dos dados do CNIS relativos aos salários-de-contribuição, e ao recálculo do valor da renda mensal inicial do seu benefício.
Desse modo, da análise dos dispositivos legais aplicáveis à espécie, o INSS deve proceder ao recálculo da renda mensal inicial do benefício da
parte autora, utilizando-se os corretos valores recebidos no período de 01/1999 a 12/2003, laborado na Empresa Auto Viação Taboão Ltda..
Quanto ao pedido de medida antecipatória formulado pela parte autora, verifico não se acharem presentes os pressupostos necessários à sua
concessão, sobretudo porque não vislumbro o fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação, já a parte autora se encontra em gozo
do benefício de aposentadoria por tempo de contribuição desde 01/12/2007, restando indeferido o pedido.
DISPOSITIVO:
I) RECONHECER os salários-de-contribuição do período de 01/1999 a 12/2003, laborado na Empresa Auto Viação Taboão Ltda., conforme
cálculos que fazem parte integrante desta sentença.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 175/1770
II) NÃO RECONHECER o pedido de antecipação da tutela, pelos fundamentos acima.
III) CONDENAR O INSS a proceder a inclusão de tais valores no extrato do CNIS da parte autora, e a majorar a renda mensal inicial (RMI)
do benefício NB 42/143.872.714-0, DIB 01/12/2007, para R$ 1.666,23 (UM MIL SEISCENTOS E SESSENTA E SEIS REAIS E VINTE E
TRêS CENTAVOS) e a renda mensal atual (RMA) para R$ 3.271,77 (TRêS MIL DUZENTOS E SETENTA E UM REAIS E SETENTA
E SETE CENTAVOS) , atualizada para fevereiro/2019, além do pagamento dos valores em atraso que totalizam R$ 12.498,62 (DOZE MIL
QUATROCENTOS E NOVENTA E OITO REAIS E SESSENTA E DOIS CENTAVOS) , para março/2019, já descontados os valores
recebidos mensalmente a título de aposentadoria, conforme cálculos elaborados pela contadoria judicial;
IV) Encerrar o processo, resolvendo seu mérito, nos termos do artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil de 2015 (lei nº. 13.105 e
alterações posteriores), combinado com as leis regentes dos Juizados Especiais Federais, lei nº. 10.259/2001 e lei nº. 9.099/1995. Nos termos
da mesma legislação regente dos juizados especiais, não há condenação em custas processuais e honorários advocatícios, bem como o prazo
recursal resta fixado em 10 dias, fazendo-se necessária a representação por advogado para tanto. Defiro o pedido de gratuidade da Justiça.
Ante o exposto, nos termos do artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil;
- JULGO IMPROCEDENTE o pedido deduzido por Escola Infantil Bilingue Pacaembu Ltda em face da União Federal, consistente na
declaração da inexistência de relação jurídica tributária que autorize a inclusão do ISSQN na base de cálculo das contribuições PIS e
COFINS;
- JULGO PROCEDENTE o pedido deduzido por Escola Infantil Bilingue Pacaembu Ltda em face da União Federal, consistente na
declaração da inexistência de relação jurídica tributária que autorize a inclusão do ICMS na base de cálculo das contribuições PIS e COFINS,
condenando a ré, por consequência, a restituir à autora os créditos de ICMS incidentes sobre o PIS/COFINS, corrigidos pela SELIC,
observada a prescrição quinquenal retroativamente ao ajuizamento desta ação, condicionado o início do procedimento compensatório ao
trânsito em julgado desta sentença, o qual observará o trâmite previsto no artigo 74 da Lei nº 9.430/96.
Ratifico, expressamente, a decisão que deferiu em parte a tutela provisória, o que faço para "(...) com fundamento no artigo 151, inc. V, do
CTN, suspender a exigibilidade do crédito tributário relativo ao ICMS incidente sobre a base de cálculo das contribuições PIS e COFINS a
serem recolhidas pela autora, determinando à União que se abstenha da prática de qualquer ato tendente a exigir da parte autora referido
crédito ou negar-lhe certidões por conta de eventual não-recolhimento dele" (evento 13).
Sem custas ou honorários nesta instância.
Publicada e registrada eletronicamente.
Intimem-se.
Diante do exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido, apenas para condenar o INSS a implantar em favor da parte
autora o benefício de auxílio-doença NB 31/621.456.840-6 a partir de 02/01/2018; e pagar as prestações em atraso, acrescidas dos
consectários legais. E JULGO IMPROCEDENTE o pedido de indenização por danos morais.
Considerando que o perito sugeriu a reavaliação das condições de saúde da parte autora em 12 (doze) meses, contados do exame pericial
realizado em 27/08/2018, fixo, desde já, a data de cessação do auxílio-doença em 27/08/2019 (DCB).
Nada obstante, ressalto que, antes de esgotado o prazo previsto para a cessação do benefício, caso ainda não se sinta capaz de retornar a
exercer sua atividade laborativa habitual, poderá a parte autora formular requerimento perante o próprio INSS para prorrogação do benefício,
em até 15 (quinze) dias antes da data de cessação acima fixada.
Nessa hipótese, o INSS deverá manter o benefício concedido nestes autos, até que a parte autora seja reavaliada, administrativamente, em
perícia agendada e realizada pelo INSS para este fim específico.
Por outro lado, caso ultrapassada a data fixada para a cessação do auxílio-doença, a parte autora poderá, se for o caso, formular novo
requerimento administrativo para concessão de benefício por incapacidade, também perante o INSS.
Considerando a natureza alimentar do benefício, concedo tutela específica para determinar a implantação do benefício independentemente do
trânsito em julgado.
Caso o INSS, em cumprimento desta sentença, implante o auxílio-doença em data na qual a parte autora não mais detenha tempo hábil para
requerer a sua prorrogação na forma acima explicitada, o benefício deverá ser implantado com o prazo de 30 (trinta) dias para cessação por
alta médica programada (DCB), contados a partir da efetiva implantação, tempo que reputo suficiente para que seja possível a formulação de
eventual requerimento de prorrogação pela parte autora.
Intime-se, com urgência, o INSS para dar cumprimento à tutela antecipada, mediante comprovação nos autos, no prazo de 30 (trinta) dias a
contar da intimação.
Com o trânsito em julgado, desde que informado o cumprimento da obrigação de fazer, remetam-se os autos à Contadoria Judicial para apurar
os atrasados vencidos desde a data de início do benefício até a DIP, com atualização monetária e juros de mora calculados nos termos do
Manual de Orientação de Procedimentos para os Cálculos na Justiça Federal.
No cálculo dos atrasados deverão ser descontados os valores provenientes de eventuais outros benefícios inacumuláveis percebidos pela parte
autora.
Sem custas e honorários.
Defiro a gratuidade de justiça.
O INSS reembolsará à União os honorários periciais, nos termos do art. 12, § 1º, da Lei n.º 10.259/2001.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
FUNDAMENTO E DECIDO.
Cuida-se de ação proposta por JOSENEIDE ETIENE ALVES em face da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL visando à declaração da
inexigibilidade do valor R$ 6.000,00 (seis mil reais), originado de empréstimo, e à condenação da ré para que desbloqueie a conta nº
4047.001.24253-0, bem como efetue o pagamento de danos materiais e morais em seu favor.
A preliminar de ilegitimidade passiva “ad causam” aventada pela CEF confunde-se com o próprio mérito e com ele será examinada.
De acordo com o artigo 173, § 1º, inciso II, da Constituição Federal, a Caixa Econômica Federal, empresa pública de personalidade jurídica de
Direito Privado, instituição financeira em questão, fica sujeita ao regime jurídico das empresas privadas, devendo, por conseguinte, se submeter
às disposições da Lei nº. 8.078/90, que dispõe sobre proteção ao consumidor.
Sendo objetiva a responsabilidade da CEF, responde pelos danos que eventualmente causar pela prestação de seus serviços,
independentemente de culpa, observando-se o princípio da inversão do ônus da prova em favor do consumidor e a presunção de veracidade
dos fatos narrados. Tal premissa processual encontra fundamento legal no artigo 6º, inciso VIII, da Lei 8.078/90, uma vez que o consumidor é
considerado vulnerável perante o fornecedor de produtos e/ou serviços. Vale transcrever o dispositivo referido, que prevê como direito do
consumidor “a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a
“Direito processual civil. Ação de indenização. Saques sucessivos em conta corrente. Negativa de autoria do correntista. Inversão do ônus da
prova. É plenamente viável a inversão do ônus da prova (art. 333, II do CPC) na ocorrência de saques indevidos de contas-correntes,
competindo ao banco (réu da ação de indenização) o ônus de provar os fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito do autor.
Incumbe ao banco demonstrar, por meios idôneos, a inexistência ou impossibilidade de fraude, tendo em vista a notoriedade do reconhecimento
da possibilidade de violação do sistema eletrônico de saque por meio de cartão bancário e/ou senha. Se foi o cliente que retirou o dinheiro,
compete ao banco estar munido de instrumentos tecnológicos seguros para provar de forma inegável tal ocorrência. Recurso especial
parcialmente conhecido, mas não provido’’ (REsp 727.843/SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em
15.12.2005, DJ 01.02.2006 p. 553).
Narra a autora, em síntese, que é titular da conta-corrente nº 00024253-0 e que, no dia 20/12/2018, observou movimentações financeiras que
por ela não foram realizadas, nem mediante autorização de terceiros, sendo elas: a) 01 (um) empréstimo no valor de R$ 6.000,00 (seis mil
reais) e b) 03 (três) transferências (a primeira de R$ 500,00, a segunda de R$ 1.199,66 e a terceira de R$ 989,66). Sustenta, ainda, que, no dia
21/12/2018, recebeu ligação telefônica da Caixa Econômica Federal de Guarulhos/SP, cuja funcionária lhe indagou se havia feito empréstimo,
sendo que, com a resposta negativa, procedeu a CEF imediatamente ao bloqueio da conta e do cartão.
No caso em testilha, verifica-se, pela análise da contestação apresentada pela Caixa Econômica Federal, que o banco teria celebrado contrato
de empréstimo com a autora, em 20/12/2018, sob o número 214047400000405729 e no valor de R$ 6.000,00. A pactuação, por sua vez,
ocorreu mediante a apresentação de documentos pessoais, os quais, para a ré, não tinham indícios de falsificação que justificasse a rejeição ou
a recusa do financiamento.
Do exame dos autos, constata-se que a ré CEF não confirmou o alegado bloqueio sustentado pela demandante e não trouxe elementos
concretos visando à impugnação do pleito. Ademais, não juntou aos autos os supostos documentos da autora utilizados para a transação nem
cópia do contrato, por meio do qual se poderia analisar a autenticidade da assinatura. Observe-se, ainda, que, quanto ao saque no valor de R$
500,00, também não foi juntada gravação do circuito interno da agência em que ocorreu o levantamento (20/12/2018, às 17h17). Cabia, por
conseguinte, ao banco, nos termos do art. 373, II, do Código de Processo Civil, demonstrar, documentalmente, fatos modificativos ou
impeditivos à pretensão formulada.
É evidente que houve falha no serviço, uma vez que é de incumbência da CEF a manutenção de um sistema efetivo de proteção de contas,
com fornecimento de segurança ao cliente, frisando-se que eventual fraude em conta-corrente decorre de risco inerente à atividade
econômica desenvolvida pela ré e por ela deve ser assumido. Ressalte-se, ainda, que a autora formalizou boletim de ocorrência e protocolou a
contestação das movimentações em sua conta junto à sua agência. Adotou, assim, as providências cabíveis para elucidação do caso.
Acrescente-se que, subsumindo-se a relação jurídica de direito material ao Código de Defesa do Consumidor, a responsabilidade da ré,
fornecedora de serviços, é objetiva, vale dizer, basta, para que acarrete a obrigação de indenizar, a conduta, sem que seja necessário falar-se
em culpa, e que dessa conduta decorra dano ao consumidor.
Acolhe-se, portanto, o pedido de declaração de inexigibilidade do empréstimo, no valor de R$ 6.000,00. Frise-se, outrossim, que é possível
vislumbrar a boa-fé objetiva da demandante, visto que a própria requerente se posicionou no sentido de que a CEF proceda ao estorno do valor
remanescente na sua conta, a título do empréstimo, de R$ 3.310,68 (três mil, trezentos e dez reais e sessenta e oito centavos). Trata-se de
medida necessária a se evitar o enriquecimento ilícito, consoante definido no caput do art. 884 do Código Civil. Reforce-se que o montante de
R$ 2.689,32 (dois mil, seiscentos e oitenta e nove reais e trinta e dois centavos), concernente ao empréstimo, foram objeto de movimentações
efetuadas por terceiros e devem ser arcados pela própria Caixa Econômica Federal.
Segundo o disposto no art. 187 do Código Civil, também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os
limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes, o que demonstra a igual gravidade do descumprimento
dos deveres contratuais e dos intitulados “deveres satelitários ou laterais”, estes independentes da manifestação de vontade. A restrição destes
direitos subjetivos pelos deveres acessórios, atrelados à boa-fé objetiva, decorre, em parte, da justa expectativa, presente nas relações sociais,
de se lidar com pessoas íntegras, assegurando-se, dentre outros aspectos, a transparência e a plena informação quanto aos termos do contrato,
bem como a lealdade entre as partes envolvidas.
Frise-se que a CEF não demonstrou, por meio de documentos, as razões pelas quais o bloqueio da conta-corrente nº 00024253-0 perdura.
Entende-se, no caso, inconcebível impedir a movimentação de conta-corrente, por uma de suas correntistas, injustificadamente, por mais de 02
(dois) meses. Deve, portanto, a conta em questão ser imediatamente desbloqueada pela CEF
Para a configuração dos danos morais, não basta o aborrecimento ordinário, diuturnamente suportado por todas as pessoas. Impõe-se que o
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 178/1770
sofrimento infligido à vítima seja de tal forma grave, invulgar, justifique a obrigação de indenizar do causador do dano e lhe fira, intensamente,
qualquer direito da personalidade. Nesse sentido, veja-se o magistério de Sérgio Cavalieri Filho: “Nessa linha de princípio, só deve ser reputado
dano moral a dor, vexame, sofrimento ou humilhação que, fugindo à normalidade, interfira intensamente no comportamento psicológico do
indivíduo, causando-lhe aflições, angústia e desequilíbrio em seu bem-estar. Mero dissabor, aborrecimento, mágoa, irritação ou sensibilidade
exacerbada estão fora da órbita do dano moral, porquanto, além de fazerem parte da normalidade do nosso dia-a-dia, no trabalho, no trânsito,
entre os amigos e até no ambiente familiar, tais situações não são intensas e duradouras, a ponto de romper o equilíbrio psicológico do
indivíduo”. (Programa de Responsabilidade Civil, Malheiros Editores, 4ª edição, 2003, p. 99).
Confira-se, a esse respeito, o seguinte julgado proferido pelo C. Superior Tribunal de Justiça:
“INDENIZAÇÃO. DANO MORAL. QUEDA EM COLETIVO. O mero receio ou dissabor não pode ser alçado ao patamar do dano moral,
mas somente aquela agressão que exacerba a naturalidade dos fatos da vida, causando fundadas aflições ou angústias no espírito de quem ela
se dirige. "O valor da indenização por dano moral não pode escapar ao controle do Superior Tribunal de Justiça" (REsp n. 53.321/RJ, Min.
Nilson Naves). Na estipulação do valor do dano moral deve-se observar os limites dos bons princípios e da igualdade que regem as relações
de direito, para que não importe em um prêmio indevido ao ofendido, indo muito além da recompensa ao desconforto, ao desagrado, aos efeitos
do gravame suportado. Recurso especial conhecido e provido” (STJ - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA - Classe: RESP - RECURSO
ESPECIAL – 337771 - Processo: 200101057940 UF: RJ Órgão Julgador: QUARTA TURMA - Data da decisão: 16/04/2002 - DJ
DATA:19/08/2002 PÁGINA:175 RNDJ VOL.:00034 PÁGINA:140 RSTJ VOL.:00163 PÁGINA:400 Relator(a) CESAR ASFOR ROCHA)
Ressalte-se que a autora não comprovou que houve efetivos danos à sua honra objetiva ou qualquer tipo de grave repercussão prejudicial à
sua dignidade em razão do alegado bloqueio do numerário, o que ensejaria esta indenização.
Diante do exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE O PEDIDO para condenar a Caixa Econômica Federal a proceder ao
desbloqueio da conta-corrente nº 00024253-0, de titularidade da autora JOSENEIDE ETIENE ALVES (CPF nº 724.908.704-59), e declarar a
inexigibilidade do valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais), relativo ao contrato de empréstimo nº 21.4047.400.0004057.29, devendo, porém, a CEF
proceder ao estorno, em seu favor, do valor de R$ 3.310,68, da conta da autora.
Defiro a tutela de urgência, nos termos do art. 300 do Código de Processo Civil, para que a ré dê cumprimento à decisão no prazo de 15
(quinze) dias, sob pena de fixação de multa diária. Oficie-se.
Sem condenação em custas e honorários. Defiro os benefícios da justiça gratuita em favor da autora.
Vistos etc.
Trata-se de ação ajuizada por EXPEDITA DE SOUZA ALVES em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL,
objetivando a concessão de aposentadoria por idade, mediante averbação de períodos de atividade comum no Cadastro Nacional de
Informações Sociais - CNIS, que não foram considerados pela autarquia na esfera administrativa.
Dispõe o art. 48 da Lei n.º 8.213/91 que a aposentadoria por idade é devida ao trabalhador urbano que, cumprida a carência legal do benefício,
complete 65 anos de idade, se homem, ou 60 anos, se mulher.
A carência legal, em regra, é de 180 (cento e oitenta) meses, nos termos do art. 25, inciso II, da Lei n.º 8.213/91.
Todavia, o art. 142 da mesma lei reduz o prazo em questão, para os trabalhadores inscritos na Previdência Social Urbana até 24/07/1991, de
acordo com a seguinte tabela:
1991 60 meses
1992 60 meses
1993 66 meses
1994 72 meses
1995 78 meses
1996 90 meses
1997 96 meses
A carência a ser considerada é a do ano em que o trabalhador completou a idade mínima, nos termos da Súmula n.º 44 da Turma Nacional de
Uniformização:
“Para efeito de aposentadoria urbana por idade, a tabela progressiva de carência prevista no art. 142 da Lei n.º 8.213/91 deve ser aplicada em
função do ano em que o segurado completa a idade mínima para concessão do benefício, ainda que o período de carência só seja preenchido
posteriormente.”
Além disso, a partir do advento da Lei n.º 10.666/2003, não se exige mais a manutenção da qualidade de segurado para a obtenção do
benefício, “desde que o segurado conte com, no mínimo, o tempo de contribuição correspondente ao exigido para efeito de carência na data do
requerimento do benefício” (art. 3º, § 1º).
No caso concreto, a autora completou 60 anos de idade em 24/08/2009, data em que já se exigia carência de 168 meses. Formulou pedido
administrativo de aposentadoria por idade em 20/06/2018 (DER), ocasião em que alega que somente foram reconhecidos 67 contribuições
previdenciárias.
Inicialmente, ressalte-se que os períodos de período de 14/07/1976 a 19/11/1976, 03/10/1977 a 28/02/1978, 23/09/1984 a 21/12/1984,
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 180/1770
31/01/1985 a 30/06/1988, 15/08/1988 a 12/11/1988, 21/02/1989 a 10/03/1989, 04/12/1989 a 15/12/1989, 01/08/1990 a 07/08/1990 e 01/04/1993 a
16/04/1993 foram reconhecidos pela autarquia previdenciária, tornando tais períodos incontroversos.
Quanto aos períodos de 01/03/1972 a 17/09/1974 (Associação Maternidade São Paulo – fl.40, evento 02), 08/10/1974 a 29/10/1975 (Lahud
Construtora e Incorporadora Ltda – fl.40, evento 02) e 16/03/1976 a 02/06/1976 (Assoc. Benef. Hosp. Sorocabana – fl.41, evento 02), é de
rigor seu reconhecimento uma vez que referidos vínculos estão anotados nas CTPS juntadas aos autos, documentos sem rasuras ou máculas
que demonstram que os mencionados vínculos empregatícios foram registrados em ordem cronológica.
A anotação do vínculo em Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS goza de presunção relativa quanto à veracidade do que nela se
contém. Com efeito, não se pode exigir do segurado empregado mais do que a exibição de sua CTPS para a comprovação dos vínculos
empregatícios, atuais ou pretéritos, ainda que tais vínculos não constem do CNIS. Ao se negar valor probatório à CTPS, ante a ausência de
contribuições ou de referência no CNIS, o INSS parte do princípio de que o segurado age de má-fé, utilizando documentos fraudulentamente
preenchidos para a obtenção do benefício previdenciário.
À evidência, se se constar a existência de fraude, a autarquia pode e deve apontar tal fato para, concretamente, descontruir o documento
como fonte de prova do tempo de serviço. Contudo, negar o reconhecimento do vínculo empregatício anotado em CTPS, tout court, é recusar
o efeito que lhe é próprio de comprovar o tempo de serviço e demais termos do contrato de trabalho.
No mesmo sentido, confira-se a súmula nº 75 da Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais: A Carteira de Trabalho e
Previdência Social (CTPS) em relação à qual não se aponta defeito formal que lhe comprometa a fidedignidade goza de presunção relativa de
veracidade, formando prova suficiente de tempo de serviço para fins previdenciários, ainda que a anotação de vínculo de emprego não conste
no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS).
Ainda que não existam datas de encerramento dos referidos vínculos empregatícios no CNIS do autor, reconheço os períodos como atividade
comum, que efetivamente devem ser computados para fins de carência.
Ademais, há de se ressaltar, que o recolhimento das contribuições são de responsabilidade do empregador, não podendo ser o prejudicado o
empregado pela desídia daquele em fazê-lo no momento oportuno. Portanto, há que se ponderar que o empregado não é o responsável pelo
recolhimento de suas contribuições, mas sim o seu empregador.
Este rigor da norma deve ser devidamente abrandado pelo Juiz quando o segurado efetivamente comprova o seu vínculo empregatício, não
obstante não haver contribuições recolhidas ou ainda de havê-las, mas em atraso, já que cabe ao empregador recolhê-las, e ao INSS fiscalizar
e exigir o cumprimento da referida obrigação.
Quanto ao período laborado junto à Secretaria de Estado da Saúde, é de rigor o reconhecimento do período 27/12/1991 a 21/06/2001, conforme
certidão de tempo de contribuição expedida pelo Governo do Estado de São Paulo – evento 26.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 181/1770
Nos termos do artigo 373, inciso I, do Código de Processo Civil, cabe à parte autora demonstrar os fatos constitutivos de seu direito. Todavia,
em relação ao vínculo na empresa Casa Anglo Brasileira no período de 29/08/1976 a 28/02/1978 não consta das CTPS anexadas ao feito, está
registrado com irregularidade no CNIS e não resta comprovado por nenhum outro documento.
Do exposto, julgo PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido para condenar ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS a: (1)
reconhecer e averbar os períodos de 01/03/1972 a 17/09/1974, 08/10/1974 a 29/10/1975, 16/03/1976 a 02/06/1976 e 27/12/1991 a 21/06/2001
como tempo de serviço comum e (2) conceder à parte autora o benefício da aposentadoria por idade, com DIB na data do requerimento
administrativo (20/06/2018), com RMI de R$ 972,17 e RMA de R$ 998,00 (02/2019).
Condeno o INSS, ainda, ao pagamento das parcelas vencidas desde a DIB no valor de R$ 8.810,65, para 03/2019, conforme cálculo elaborado
pela Contadoria desse Juizado, com DIP em 01/03/2019, acrescidas de correção monetária e juros moratórios calculados de acordo com o
Manual de Orientação de Procedimentos para os Cálculos na Justiça Federal, aprovado pela Resolução 267/2013 do CJF.
Declaro extinto o processo, com resolução do mérito, nos termos do artigo 487, I, do Código de Processo Civil.
Oficie-se, por meio eletrônico, à Equipe de Atendimento de Demandas Judiciais nesta cidade, a fim de que seja cumprida a presente decisão.
Tendo em vista o caráter alimentar do benefício, antecipo os efeitos da tutela, determinando ao INSS que informe cumprimento da sentença,
no prazo de 30 (trinta) dias.
FUNDAMENTO E DECIDO.
Cuida-se de ação proposta por RODOLFO MONTAGNINI em face da Caixa Econômica Federal visando à declaração de inexigibilidade dos
débitos, em virtude compras realizadas por cartão de crédito de final 6690, e à condenação da Ré em danos morais, no valor de 20 (vinte)
salários mínimos.
De acordo com o artigo 173, § 1º, inciso II, da Constituição Federal, a Caixa Econômica Federal, empresa pública de personalidade jurídica de
Direito Privado, instituição financeira em questão, fica sujeita ao regime jurídico das empresas privadas, devendo, por conseguinte, se submeter
às disposições da Lei nº. 8.078/90, que dispõe sobre proteção ao consumidor.
Sendo objetiva a responsabilidade da CEF, responde pelos danos que eventualmente causar pela prestação de seus serviços,
independentemente de culpa, observando-se o princípio da inversão do ônus da prova em favor do consumidor e a presunção de veracidade
dos fatos narrados. Tal premissa processual encontra fundamento legal no artigo 6º, inciso VIII, da Lei 8.078/90, uma vez que o consumidor é
considerado vulnerável perante o fornecedor de produtos e/ou serviços. Vale transcrever o dispositivo referido, que prevê como direito do
consumidor “a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a
critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências”.
Narra o autor que é correntista da Caixa Econômica Federal e que, em 06/12/2017, recebeu em sua residência cartão de crédito n° 5067 4100
7247 6690, sem tê-lo solicitado. Aduz que, em 14/01/2018, recebeu uma fatura de cobrança referente ao cartão nº 5067 4100 7247 6690, com
compras que desconhecia, ainda mais por não o ter desbloqueado. Relata que procurou solucionar a questão diretamente com a ré, mas sem
resultado. Narra que, em 03/2018, recebeu a notificação do Serasa que o não pagamento de seu débito geraria a inclusão do seu nome no
sistema de débito e, mesmo após ter novamente entrado em contato com a ré, teve seu nome inscrito nos órgãos de proteção ao crédito,
devido a um débito no valor de R$ 1.511,82.
Logo, o ônus da prova era da Caixa Econômica Federal, consoante o disposto no art. 373, II, do CPC, uma vez que deveria ter demonstrado
de que houve culpa do autor. A sua responsabilidade unicamente poderia ser afastada se houvesse ausência de nexo causal, culpa exclusiva
da vítima ou fato exclusivo de terceiro, sendo que nenhuma circunstância excludente foi comprovada.
É evidente que houve falha no serviço, uma vez que é de incumbência da CEF a manutenção de um sistema efetivo de proteção de contas,
com fornecimento de segurança ao cliente, frisando-se que eventual fraude no cartão de crédito decorre de risco inerente à atividade
econômica desenvolvida pela ré e por ela deve ser assumido. Ressalte-se, ainda, que a parte requerente ligou na central de atendimento da ré
e pediu o bloqueio do cartão (número de ocorrência 18010613020). Adotou, portanto, as providências cabíveis para elucidação do caso.
Acrescente-se que, subsumindo-se a relação jurídica de direito material ao Código de Defesa do Consumidor, a responsabilidade da ré,
fornecedora de serviços, é objetiva, vale dizer, basta, para que acarrete a obrigação de indenizar, a conduta, sem que seja necessário falar-se
em culpa, e que dessa conduta decorra dano ao consumidor.
O dano moral, no caso, prescinde de prova, uma vez que exsurge do próprio ato ilícito praticado pelo ofensor, ante a impossibilidade de se
provar e mensurar o abalo psíquico a que foi submetido o autor. A esse respeito, vale conferir a posição da doutrina, no que é seguida pela
jurisprudência: “O prejuízo moral que alguém diz ter sofrido, é provado in re ipsa. Acredita que ele existe porque houve a ocorrência do ato
ilícito. Quando a vítima sofre um dano, que pela sua dimensão, é impossível ao homem comum não imaginar que o prejuízo aconteceu.
Ninguém, em sã consciência, dirá que a perda do pai ou de um filho, não gera desgosto e mal-estar, tanto físico como espiritual, ou que alguém
que teve a perna ou um braço amputado não vá passar o resto da vida sofrendo por essa diminuição física. A só consumação do ilícito que faz
surgir fatos desta natureza, mostra o prejuízo, a prova é in re ipsa. (...) Se cuida de damnun ex facto ou in re ipsa.” (ANTONIO JEOVÁ
SANTOS, Dano Moral Indenizável, 2ª Edição, Editora Legis).
Também, assim, Carlos Alberto Bittar: “De outro lado, quanto aos danos morais, a reparação constitui compensação ao lesado pelo
constrangimento, dor, ou aflição, ou outro sentimento negativo decorrente do fato lesivo e como sua conseqüência inelutável, pois natural
(damnum re ipsa). O dano deflui do próprio fato violador, representando, de outra parte, sanção para o lesante, pelo sacrifício injusto causado
ou imposto ao lesado.” (Reparação Civil por Danos Morais, 3a. ed., 1998, RT, p. 256).
Enfim, a matéria não comporta maiores dúvidas, pois não é outro o entendimento da jurisprudência, conforme a ementa do Superior Tribunal
de Justiça a seguir transcrita:
“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO (ART. 544 DO CPC) - AÇÃO INDENIZATÓRIA - DECISÃO MONOCRÁTICA QUE
DEU PROVIMENTO AO RECURSO ESPECIAL - INSURGÊNCIA DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. 1. O envio de cartão de crédito
sem solicitação prévia configura prática comercial abusiva, dando ensejo à responsabilização civil por dano moral. Precedentes. 2. A ausência
de inscrição do nome do consumidor em cadastro de inadimplentes não afasta a responsabilidade do fornecedor de produtos e serviços, porque
o dano, nessa hipótese, é presumido. 3. Restabelecido o quantum indenizatório fixado na sentença, por mostrar-se adequado e conforme os
parâmetros estabelecidos pelo STJ para casos semelhantes. 4. Agravo regimental desprovido.” (AGARESP 201202701168, MARCO BUZZI
- QUARTA TURMA, DJE DATA:29/04/2014 ..DTPB:.)
Deve-se ressaltar que, no caso em testilha, é possível vislumbrar a existência de danos morais “in re ipsa” tanto pela emissão indevida de
cartões pela CEF, sem a solicitação do autor (Súmula nº 532 do STJ), quanto pela inclusão indevida do seu nome em órgão de proteção ao
crédito, a contrário sensu do disposto na Súmula nº 385 do STJ.
O valor arbitrado para reparar o prejuízo deve respeitar a equidade e a razoabilidade de modo que não seja exagerada nem irrisória. Destarte,
atento ao princípio da proporcionalidade, tenho por bem fixá-los em R$ 5.000,00 (cinco mil reais), em vista das circunstâncias fáticas, como a
idade do autor (65 anos).
Diante do exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido para DECLARAR a inexigibilidade dos débitos no valor total de R$
1.511,82 (um mil quinhentos e onze reais e oitenta e dois centavos), e CONDENAR a Ré a pagar ao autor, a título de danos morais, o
montante de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), atualizados a partir desta data e com juros de mora a partir da citação, nos termos do Manual de
Cálculos da Justiça Federal.
0043179-78.2017.4.03.6301 - 11ª VARA GABINETE - SENTENÇA COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO Nr. 2019/6301053299
AUTOR: WELITON DOS SANTOS FERREIRA (SP323001 - EDMILSON DA COSTA RAMOS)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
Ante o exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido, resolvendo o mérito com amparo no artigo 487, I, do Código de
Processo Civil, para condenar o INSS a:
a) implantar o benefício assistencial de prestação continuada em favor de WELITON DOS SANTOS FERREIRA, no valor de um salário
mínimo, com data de início (DIB) no dia 27/10/2018;
b) pagar as prestações vencidas a partir da DIB fixada até a competência anterior à prolação desta sentença, respeitada a prescrição
quinquenal, atualizadas na forma do art. 1º-F, da Lei 9.494/97, na redação da Lei 11.960/2009, com desconto de eventuais quantias recebidas
no período em razão de antecipação dos efeitos da tutela ou, ainda, da concessão do benefício administrativamente. O valor da condenação
será apurado pela D. Contadoria Judicial, para fins de expedição de ofício requisitório / precatório, após o trânsito em julgado.
Considerando a natureza alimentar do benefício, concedo tutela específica para determinar a implantação do benefício independentemente do
trânsito em julgado.
Intime-se, com urgência, o INSS para dar cumprimento à tutela antecipada, mediante comprovação nos autos, no prazo de 30 (trinta) dias a
contar da intimação.
Sem condenação em custas e honorários nesta instância, nos termos do art. 55 da Lei nº 9.099/95.
Diante da manifestação da parte autora, defiro os benefícios da Justiça Gratuita, nos termos do artigo 5º, LXXIV, da Constituição Federal e do
artigo 4º da Lei 1.060/50.
Publicada e registrada neste ato.
Intimem-se. Cumpra-se.
Pretende a parte autora, em síntese, a cobrança de valores, por meio de ação ordinária, devidos a título de atrasados (aposentadoria por tempo
de contribuição – NB 150.677.592-3), em relação ao ínterim de 13/02/2012 a 01/07/2012, concedidos, pelo Juízo da 1ª Vara Federal da
Subseção de Santo André/SP, no mandado de segurança nº 0002259-78.2012.4.03.6126.
Com efeito, segundo sólido entendimento jurisprudencial, consolidado na súmula 269 do Supremo Tribunal Federal, o mandado de segurança
não é substitutivo de ação de cobrança. Na verdade, o mandado de segurança é garantia constitucional que visa à correção imediata de ato
ilegal ou abuso de poder por parte de autoridade pública e não para a cobrança de tributos pagos indevidamente.
Acerca da impossibilidade da utilização do Mandado de Segurança para a cobrança de dívidas, veja-se o magistério de Hely Lopes Meireles:
“O que negamos, de início, é a utilização da segurança para a reparação de danos patrimoniais, dado que o seu objetivo próprio é a invalidação
de atos de autoridades ofensivos de direito individual líquido e certo.” (Mandado de Segurança, Malheiros Editores, 25ª edição, 2003, p. 98/99).
Observe-se, inclusive, que, nos termos da Súmula nº 271 do STF, a concessão de mandado de segurança não produz efeitos patrimoniais em
relação a período preté rito, os quais devem ser reclamados administrativamente ou pela via judicial própria. No tocante aos atrasados, é, pois,
incabível a via do “mandamus” para a cobrança de valores anteriores à impetração, não obstante a importância reconhecida após a data do
ajuizamento poder ser executada nos próprios autos do “writ” constitucional, por meio da sistemática de precatório (art. 100, § 1º, da CF).
Todavia, ressalve-se o caso, visto que o Juiz da 1ª Vara Federal da Subseção de Santo André/SP estabeleceu, expressamente, que a totalidade
dos atrasados seria paga por meio de ação própria (fl. 66, ev. 02).
Verifica-se a existência de período de atrasados anterior à data da impetração e, assim, a presença do interesse de agir (binômio necessidade-
adequação). A execução de sentença concessiva da segurança que implicar em pagamento de atrasados, deve ser feita no juízo que
processou a causa no primeiro grau de jurisdição, nos termos do art. 516, I, do Código de Processo Civil. Contudo, por se tratar de ação
cobrança, recordando-se que cabe ao credor a opção pela via - ainda que menos célere - para a obtenção de seu crédito, entendo ser aplicável
a regra do domicílio do autor.
Razão assiste à parte autora em relação ao direito aos atrasados derivados do reconhecimento em seu favor, no mandado de segurança nº
0002259-78.2012.4.03.6126, de aposentadoria por tempo de contribuição (nº 150.677.592-3), considerando-se o período entre 13/02/2012 a
30/06/2012. Frise-se que a existência do crédito em questão foi expressamente constatada na r. sentença transitada em julgado (18/11/2016),
proferida no Juízo da 1ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Santo André. Assim, reitere-se que, ao conceder a aposentadoria por tempo
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 184/1770
de contribuição a partir da DER (13/02/2012), o magistrado consignou que os atrasados anteriores ao ajuizamento teriam que ser cobrados por
meio de ação própria.
Afasto a alegação da ré de prescrição dos valores anteriores a 21/02/2014. Inobstante o disposto no parágrafo único do artigo 103 da Lei nº
8.213/91, o marco inaugural para contagem da prescrição, no caso em testilha, é o do trânsito em julgado do mandado de segurança nº
0002259-78.2012.4.03.6126, em 18/11/2016 (fl. 116, ev. 2), porquanto, naquela data, foi reconhecido o direito do autor aos valores
correspondentes aos atrasados do NB 150.677.592-3. Reconheço o direito ao pagamento dos atrasados de 13/02/2012 a 30/06/2012, visto que
o período de 01/07/2012 a 31/07/2012 foi pago administrativamente.
Diante do exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido para o fim de condenar o Instituto Nacional do Seguro Social ao
pagamento das prestações vencidas (NB 150.677.592-3), relativa ao período de 13/02/2012 a 30/06/2012, monetariamente atualizadas e com
acréscimo de juros de mora, nos termos do Manual de Cálculos da Justiça Federal, no valor de R$ 14.968,68, atualizado para março de 2019.
Indefiro o pedido de concessão dos benefícios da justiça gratuita, tendo em vista o valor da remuneração mensal do benefício (evento 13).
Publique-se. Registre-se. Intime-se.
0046687-95.2018.4.03.6301 - 12ª VARA GABINETE - SENTENÇA COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO Nr. 2019/6301058998
AUTOR: ISABEL CRISTINA DE OLIVEIRA GONCALVES (SP307686 - SILVANA SANTOS DE SOUZA SARTORI)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
Ante o exposto, resolvo o mérito da controvérsia na forma do artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil, e JULGO PARCIALMENTE
PROCEDENTES os pedidos formulados na inicial, para condenar o INSS a:
averbar na contagem de tempo da parte autora, como tempo especial, devidamente convertido em comum, os períodos de atividade
compreendidos entre 16.04.1991 a 05.03.1997 e de 19.11.2003 a 31.12.2003 (“MANIKRAFT”), para todos os fins de direito;
b) revisar a renda mensal da aposentadoria por tempo de contribuição objeto destes autos (NB 42/ 177.983.565-2) desde a data de início do
benefício, que deve ser fixada em 26.07.2016 (data de entrada do requerimento, sem reafirmação da DER, vez que com o acréscimo de
tempo resultante da presente decisão a autora passa a contar com tempo suficiente à concessão do benefício desde a data original do pedido
administrativo).
c) pagar os atrasados devidos desde a DIB, em importe a ser calculado pela contadoria deste Juízo, uma vez transitada em julgado a decisão,
respeitada a prescrição das parcelas que precederam o quinquênio anterior ao ajuizamento da presente ação.
A correção monetária das parcelas vencidas e os juros de mora incidirão nos termos da legislação previdenciária, bem como do Manual de
Orientação de Procedimentos para os cálculos da Justiça Federal, aprovado pelo Conselho da Justiça Federal.
Consigno que a sentença contendo os parâmetros para a elaboração dos cálculos de liquidação atende ao disposto no artigo 38, parágrafo
único, da Lei n. 9.099/1995, nos termos do Enunciado n. 32 do FONAJEF e do Enunciado n. 318 da Súmula do Superior Tribunal de Justiça.
Não há condenação em custas processuais ou em honorários de advogado no âmbito dos Juizados Especiais Federais, nos termos do artigo 55,
caput, da Lei n. 9.099/1995, combinado com o art. 1º da Lei n. 10.259/2001.
FUNDAMENTO E DECIDO.
Trata-se de ação proposta por NELSON DE SOUZA em face da Caixa Econômica Federal – CEF, objetivando o ressarcimento dos danos
morais e materiais sofridos, em virtude do roubo de joias oferecidas à ré como garantia pignoratícia dos contratos de mútuo nº
4134.213.00008501-9, 4134.213.00009333-0, 4134.213.00010425-0.
“(...)Nobre Julgador o Autor fechou contrato de penhor junto a Ré, utilizando suas joias de família como garantia de empréstimo realizado na
data de 19/08/2017. (...)
Conforme demonstrado anteriormente o valor da avaliação das joias totaliza o importe de R$ 9.033,00, que foi utilizada como garantia do
empréstimo do valor de R$7.678,05. Ocorre que a agencia a qual foi realizada o penhor e que as joias ficaram guardadas foi vítima de crime
contra o patrimônio, e com isso a Ré efetuou um pagamento indenizatório no valor de R$ 5.530,00 (cinco mil, quinhentos e trinta reais). Nota-
se Excelência que o valor pago a título de indenização foi muito a quem do valor real das joias e, insta salientar que a instituição bancária Ré
realizou avaliação dos bens muito abaixo do valor do mercado, ou seja, a perda do Autor foi ainda maior. Outrossim, as joias penhoradas, em
sua grande parte, são joias de família e outras foram presentes únicos, portanto, são bens de valor inestimável ao Autor, que por uma falha na
segurança da Autora foram perdidas, e aquilo que era único para o Autor jamais poderá retornará a vida do mesmo. (...)
Portando, levando-se em consideração o que o Autor já recebeu, requer a condenação da Autora para realizar o pagamento do valor de
comércio das joias e a indenização pelo imenso dano moral sofrido pelo Autor”.
Regularmente citada, a CEF apresentou contestação, alegando que os valores atribuídos às joias são idôneos, porquanto fixados em atenção
aos materiais brutos utilizados. No mais, sustenta que a autora estava ciente dos referidos valores desde a contratação e que os serviços
bancários foram prestados sem qualquer irregularidade. Por fim, aduziu que o suposto valor sentimental das joias não restou demonstrado.
Nos termos do art. 2o, "e", do Decreto-lei 759/69, a CEF possui, dentre outras finalidades, o exercício do monopólio das operações sobre
penhores civis, com caráter permanente e de continuidade.
Trata-se de empréstimo de dinheiro, consubstanciado em contratos de mútuo, garantidos por meio da entrega de joias e de outros artigos com
ouro ou brilhantes.
Na verdade, não se trata de um serviço público, mas sim de uma atividade econômica privada. Nos termos do artigo 173 da Constituição de
1988, o Poder Público intervém na atividade econômica com relevante interesse coletivo, como é o caso. Nas operações sobre penhores civis,
como já referido, a CEF detém o monopólio nos termo da lei.
Assim, o fundamento de validade da responsabilidade objetiva não é encontrado no art. 37, § 6º, da Constituição Federal, mas sim no art. 14,
do Código de Defesa do Consumidor, in verbis:
"Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos
consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e
riscos."
Esta cláusula não pode prevalecer. Extinto o contrato de mútuo com o pagamento da obrigação pelo devedor, cabível ao credor, de posse da
coisa dada em penhor, restituí-la ao devedor imediatamente. Não tendo como reaver o bem, cabível ao devedor que satisfez a obrigação exigir
uma indenização em decorrência da perda ou deterioração da coisa, nos exatos termos do art. 774, IV, do antigo Código Civil em vigor na
época dos fatos.
O depositário deve empregar todo o zelo e cuidado na guarda da coisa, atividade núcleo do depósito. Ao final do contrato, se não puder
restituir a coisa, deverá substituir o seu valor pelo equivalente em dinheiro.
Anoto precedente do Superior Tribunal de Justiça, Recurso Especial n. 83.717, relatado pelo Ministro Sálvio de Figueiredo Teixeira, com a
seguinte ementa:
"RECURSO ESPECIAL Nº 83.717 - M.G. CIVIL. PENHOR. EXTRAVIO DA GARANTIA. CLÁUSULA LIMITATIVA DA
RESPONSABILIDADE DO CREDOR PIGNORATÍCIO INOPERANTE APÓS A EXTINÇÃO DO CONTRATO PRINCIPAL DE
MÚTUO. INDENIZAÇÃO REGIDA PELO ART. 774. IV, CC. RECURSO PROVIDO.
I- O contrato de penhor, acessório ao contrato de mútuo, extinguindo-se na espécie pelo implemento da prestação do mutuário, não subsistindo
a cláusula limitativa da responsabilidade do credor, de sorte que o extravio do bem empenhado, no período em que o credor pignoratício
detinha o bem na qualidade de simples depositário, impõe a indenização ampla determinada pelo art. 774,IV, CC.
II- A regra geral da convivência humana, á qual o Direito deve proteção, é em que a indenização pela reparação deve ser a mais completa
possível, a fazer justiça no caso concreto. Somente nos casos ressalvados ou autorizados por lei se mostra admissível a limitação da
responsabilidade.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos
e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, conhecer do recurso e dar-lhe provimento. Votaram com o Relator os Ministros Barros
Monteiro, César Asfor Rocha, Ruy Rosado de Aguiar e Fontes de Alencar. Brasília, 12 de novembro de 1996 (data do julgamento)" (grifei)
"CIVIL. COMERCIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. CONTRATO DE MÚTUO COM
GARANTIA PIGNORATÍCIA. ROUBO DE JOIAS. APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. OPERAÇÃO
BANCÁRIA. ANULAÇÃO DE CLAÚSULA. INDENIZAÇÃO MATERIAL PELO VALOR DE MERCADO DAS JOIAS.
1. Consoante entendimento da melhor doutrina e precedentes jurisprudenciais do eg. STJ, não há como se negar a aplicação das regras
protetivas do CDC à atividade bancária e suas operações. 2. Cláusula que prevê indenização de 1,5 (um inteiro e cinco décimos) vezes o valor
da avaliação da jóia, em casos de extravio ou danos, é considerada abusiva, devendo, portanto, ser anulada, para que a indenização seja feita
pelo valor de mercado das joias, a fim de que se restabeleça o equilíbrio contratual. 3. Nos termos gerais em que está redigida a cláusula
contratual, não se pode afastar o dever de indenizar, mesmo quando o extravio ou os danos derivarem de força maior ou caso fortuito (arts.
1.277 c/c art. 1.058, parágrafo único do Código Civil). 4. A obrigação de indenizar da CEF, in casu, se impõe também em face da
previsibilidade e evitabilidade do evento danoso.
5. ...
6....
7. Apelação improvida."
(TRF1ªRegião, APELAÇÃO CIVEL - 01000756651, Processo: 200001000756651, UF: PA, Órgão Julgador: QUINTA TURMA, Fonte DJ
DATA: 16/11/2001, pág: 248. Relator(a) JUÍZA SELENE MARIA DE ALMEIDA).(grifei)
A atividade-fim de um banco é assegurar os recursos e bens dos clientes, que estejam sob sua guarda. A violação desta garantia constitui
inefastável falha contratual, em face do qual a instituição deve responder objetivamente pela teoria do risco do negócio.
A fixação no contrato de uma indenização pelo valor de uma vez e meia a avaliação contraria o espírito do penhor como direito real sobre
coisa alheia de garantia. O devedor que entrega o bem possui o direito de reavê-lo tão logo pague a dívida, direito este componente do feixe
inerente da propriedade, particularmente a seqüela.
Não se trata de uma violação de cláusula contratual de restituir a coisa. A CEF, ao não restituir o bem, deixa de cumprir cláusula do contrato,
mas também viola direito real da pessoa. Logo, a indenização há que ser no valor da coisa não restituída a fim de se preservar o patrimônio do
indivíduo.
"Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produto e serviços que:
I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do fornecedor por vícios de qualquer natureza dos produtos e serviços ou
impliquem renúncia ou disposição de direitos. Nas relações de consumo entre fornecedor e o consumidor - pessoa jurídica, a indenização
poderá ser limitada, em situações justificáveis;"
Na relação da instituição financeira com seus clientes aplica-se a Lei 8.078/90 por dois motivos: primeiro, pelo fato da defesa do consumidor
ser princípio da ordem econômica, previsto no art. 170, V, da Constituição; segundo, por ser a defesa do consumidor garantia individual e
coletiva dos cidadãos, previsto no art. 5o., XXXII, também da Constituição. Não se pode admitir, a partir destes preceitos, interpretação que
torne alguma atividade econômica, profissionalmente desenvolvida no país, imune às normas de proteção do consumidor.
Pelo Código de Defesa do Consumidor, art. 51, I, bem como art. 774, IV, do antigo Código Civil, a cláusula do contrato que atenua a
responsabilidade da Caixa Econômica Federal é inaplicável. Ademais, faz prevalecer a avaliação unilateral que leva em consideração apenas
o valor bruto do metal, desconsiderando o valor artesanal a ele agregado.
O STJ sufragou o entendimento em prol da aplicação das normas do Código de Defesa do Consumidor nas relações entre os bancos e seus
clientes.
No caso dos autos, verifica-se da documentação anexada à petição inicial que a CEF avaliou as joias empenhadas, respectivamente nos
contratos 4134.213.00008501-9, 4134.213.00009333-0, 4134.213.00010425-0, nos valores de R$ 3.902,00, R$ 3.547,00 e de R$ 1.584,00 (fls.
10/14 do arquivo 18), totalizando o montante de R$ 9.033,00.
A título de indenização pelo roubo das joias, ocorrido em 19/08/2017, note-se que a ré efetuou pagamento administrativo, em favor da autora,
aplicando o multiplicador de 1,5 aos citados valores de avaliação, resultante em R$ 5.853,00, R$ 5.320,50 e R$ 2.376,00 - vide arquivo 18, fls.
06/08).
Outrossim, uma vez determinada a realização de perícia judicial, conduzida por gemólogo de confiança deste juízo e equidistante das partes,
constatou-se que a avaliação efetuada pela CEF não traduz o real valor das joias, avaliadas pelo perito no montante total de R$ 19.404,64, para
agosto/2017 (arquivo 53).
Evidente, portanto, que o critério de avaliação da requerida é inadequado para que se possa afirmar, com segurança, que os valores dados às
peças fornecidas em garantia correspondem à realidade.
Essa conclusão também desautoriza que se aceite como suficiente a indenização prevista nos contratos de penhor, pois se há subavaliação no
momento do contrato, por certo que a indenização, mesmo que com algum acréscimo sobre o valor atribuído à garantia, restará também
insuficiente, como decorrência lógica.
Ao realizar a avaliação das joias, como se verificou nos laudos (arquivos 30, 37 e 53), o perito valeu-se das informações constantes das
respectivas cautelas, bem como da cotação do ouro vigente no primeiro dia útil após o assalto (21/08/2017), uma vez inexistente cotação para
o dia 19/08/2017.
Com efeito, dada a inexistência de informações mais detalhadas nos contratos a respeito das características de cada peça, tem-se que os
critérios utilizados se mostraram razoáveis à apuração do quantum indenizatório mais próximo possível da realidade, dadas as limitações
práticas indicadas no laudo.
Assim, faz jus a demandante a indenização calculada com base na avaliação judicial das joias, totalizando o montante de R$ 25.318,55 para os
três contratos, atualizado para março/2019 e já descontado das indenizações pagas administrativamente pela ré.
Outrossim, razão não assiste à demandante quanto aos alegados danos morais.
De fato, para sua configuração, não basta o aborrecimento ordinário. Impõe-se que o sofrimento infligido seja de tal forma grave e invulgar
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 188/1770
que justifique a obrigação de indenizar do causador do dano, porque feriu, intensamente, qualquer direito da personalidade da vítima. Nesse
sentido, veja-se o magistério de Sérgio Cavalieri Filho: “Nessa linha de princípio, só deve ser reputado dano moral a dor, vexame, sofrimento
ou humilhação que, fugindo à normalidade, interfira intensamente no comportamento psicológico do indivíduo, causando-lhe aflições, angústia e
desequilíbrio em seu bem-estar. Mero dissabor, aborrecimento, mágoa, irritação ou sensibilidade exacerbada estão fora da órbita do dano
moral, porquanto, além de fazerem parte da normalidade do nosso dia-a-dia, no trabalho, no trânsito, entre os amigos e até no ambiente
familiar, tais situações não são intensas e duradouras, a ponto de romper o equilíbrio pscicológico do indivíduo”. (Programa de
Responsabilidade Civil, Malheiros Editores, 4ª edição, 2003, p. 99).
Em que pese incontestável o dissabor experimentado, verifico que a autora se limitou a juntar fotografias e afirmar o valor sentimental das
peças, sem qualquer comprovação de suas alegações.
Desse modo, observa-se que a demandante não se desvencilhou satisfatoriamente do ônus que lhe cabia por força do artigo 373, inciso I, do
Código de Processo Civil, deixando de comprovar grave violação a direito de personalidade. Não faz jus, destarte, ao ressarcimento
pretendido.
Ante o exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE a ação para condenar a Caixa Econômica Federal a indenizar a parte autora da
perda das joias dadas em penhor (contratos nº 4134.213.00008501-9, 4134.213.00009333-0, 4134.213.00010425-0), no valor total de R$
25.318,55, para março/19, monetariamente atualizados a partir da data do roubo (19/08/2017) e acrescidos de juros de mora desde a citação,
nos termos do Manual de Cálculos da Justiça Federal vigente.
Sem custas e sem honorários, haja vista o disposto nos artigos 54 e 55 da Lei nº 9.099/1995. Defiro os benefícios da assistência judiciária
gratuita.
P.R.I.
FUNDAMENTO E DECIDO.
Cuida-se de ação proposta por DORIVALDO CREPALDO em face CAIXA ECONÔMICA FEDERAL visando à declaração de
inexigibilidade do débito, originado de contrato de empréstimo firmado em seu nome e sem a sua anuência, e à condenação da CEF em danos
materiais e morais por ele sofridos.
Inicialmente, da análise dos autos, verifica-se que, na decisão de 18/12/2018, foi reconhecida a ilegitimidade do INSS para figurar no polo
passivo do feito, pois não participou da pactuação entre o autor e a CEF nem pode ser responsabilizado por eventuais danos sofridos, pelo
requerente, em razão de fraude.
Rejeita-se a preliminar de falta de interesse processual, visto que, inobstante o pagamento efetuado, pela CEF, em favor do autor, no valor de
R$ 2.002,21, é possível constatar, pelo HISCREWEB (ev. 35), que os descontos ocorreram entre as competências de 08/2017 a 09/2018, no
valor de R$ 511,50 mensal, subsistindo, ainda, portanto, montante a ser restituído.
A preliminar de ilegitimidade passiva aventada pela CEF confunde-se com o próprio mérito e com ele será examinada.
De acordo com o artigo 173, § 1º, inciso II, da Constituição Federal, a Caixa Econômica Federal, empresa pública de personalidade jurídica de
Direito Privado, instituição financeira em questão, fica sujeita ao regime jurídico das empresas privadas, devendo, por conseguinte, se submeter
às disposições da Lei nº. 8.078/90, que dispõe sobre proteção ao consumidor.
Sendo objetiva a responsabilidade da CEF, responde pelos danos que eventualmente causar pela prestação de seus serviços,
independentemente de culpa, observando-se o princípio da inversão do ônus da prova em favor do consumidor e a presunção de veracidade
dos fatos narrados. Tal premissa processual encontra fundamento legal no artigo 6º, inciso VIII, da Lei 8.078/90, uma vez que o consumidor é
considerado vulnerável perante o fornecedor de produtos e/ou serviços. Vale transcrever o dispositivo referido, que prevê como direito do
consumidor “a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a
critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências”.
Logo, o ônus da prova era da Caixa Econômica Federal, consoante o disposto no art. 373, II, do CPC, uma vez que deveria ter demonstrado
de que houve culpa do autor. A sua responsabilidade unicamente poderia ser afastada se houvesse ausência de nexo causal, culpa exclusiva
da vítima ou fato exclusivo de terceiro, sendo que nenhuma excludente foi comprovada.
Cabia à ré comprovar que o contrato foi firmado regularmente com o autor, providenciando, assim, a juntada de sua cópia e dos documentos
pessoais utilizados para formalização, inclusive para verificação da autenticidade da assinatura. Observe-se, porém, que a própria requerida,
apesar de alegar a inexistência de indícios de falsificação, concluiu pela existência de irregularidades e procedeu ao encerramento da conta,
em 14/08/2017 (evento 3, fl. 32), restituindo ao autor o valor de R$ 2.002,21 e absorvendo o prejuízo remanescente causado pelo fraudador.
É evidente que houve falha no serviço, uma vez que é de incumbência da CEF a manutenção de um sistema efetivo de proteção de contas,
com fornecimento de segurança ao cliente, frisando-se que eventual fraude em conta decorre de risco inerente à atividade econômica
desenvolvida pela ré e por ela deve ser assumido. Ressalte-se, ainda, que a parte requerente entrou em contato com a ré e efetuou boletim de
ocorrência, adotando, portanto, as providências cabíveis para elucidação do caso.
Acolhem-se os pedidos de declaração de inexigibilidade das parcelas relativas ao contrato nº 21.4154.110.0006812-11 e de devolução dos
valores descontados no benefício previdenciário, devendo-se, porém, diminuir da importância a ser restituída o valor já pago pela CEF, no total
de R$ 2.002,21.
Quanto aos alegados danos morais, importa destacar que a falha na prestação dos serviços, por si só, não tem o condão de causar danos aos
direitos da personalidade. Em outras palavras, tem-se que a prestação defeituosa do serviço não se convola, automaticamente, em fato capaz
de gerar ofensa ao direito da personalidade e consequente indenização.
Para a configuração dos danos morais, não basta o aborrecimento ordinário, diuturnamente suportado por todas as pessoas. Impõe-se que o
sofrimento infligido à vítima seja de tal forma grave, invulgar, justifique a obrigação de indenizar do causador do dano e lhe fira, intensamente,
qualquer direito da personalidade. Nesse sentido, veja-se o magistério de Sérgio Cavalieri Filho: “Nessa linha de princípio, só deve ser reputado
dano moral a dor, vexame, sofrimento ou humilhação que, fugindo à normalidade, interfira intensamente no comportamento psicológico do
indivíduo, causando-lhe aflições, angústia e desequilíbrio em seu bem-estar. Mero dissabor, aborrecimento, mágoa, irritação ou sensibilidade
exacerbada estão fora da órbita do dano moral, porquanto, além de fazerem parte da normalidade do nosso dia-a-dia, no trabalho, no trânsito,
entre os amigos e até no ambiente familiar, tais situações não são intensas e duradouras, a ponto de romper o equilíbrio pscicológico do
indivíduo”. (Programa de Responsabilidade Civil, Malheiros Editores, 4ª edição, 2003, p. 99).
A parte autora não se desincumbiu, no tocante aos danos morais, de comprovar o fato constitutivo do seu direito, de modo que é incabível o
referido pleito ressarcitório. Não demonstrou, no caso em testilha, grave ofensa à sua honra ou repercussão prejudicial à sua dignidade, sendo
que o próprio art. 373, I, do CPC expõe, de forma clara, que lhe cabia provar os fatos constitutivos do seu direito.
Diante do exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido para declarar a inexigibilidade do débito originado do contrato nº
21.4154.110.0006812-11 e condenar a Ré a pagar ao Autor, a título de danos materiais, o montante de R$ 5.373,70 (atualizado para março de
2019), monetariamente atualizados a partir da data de cada desconto (já reduzido o valor pago pela CEF de R$ 2.002,21) e com acréscimo de
juros de mora, nos termos do Manual de Cálculos da Justiça Federal, aprovado pela Resolução 267/2013 do CJF.
Isto posto, resolvo o mérito nos termos do artigo 487, inciso I, do Novo Código de Processo Civil, JULGO PARCIALMENTE
PROCEDENTE o pedido, e condeno a CEF a pagar à autora, JUAREZ NERY, a título de restituição, o valor de R$ 8.986,66, corrigidos
monetariamente e com juros de mora, desde a data da movimentação indevida (03.02.2018 e 04.02.2018, conforme fls. 08/09 do evento nº 02)
até o efetivo pagamento, nos termos da Resolução do CJF vigente e da Súmula 54 do STJ, no prazo de 60 (sessenta) dias após o trânsito em
julgado.
FUNDAMENTO E DECIDO.
Trata-se de ação proposta por MARCIO ALEXANDRE RUIZ, em face do Instituto Nacional do Seguro Social, pleiteando o pagamento do
auxílio doença, a partir da data 16 de agosto de 2014 até 14 de dezembro de 2014, e o pagamento de dano material, no valor de R$ 6.994,00.
Os benefícios previdenciários têm por escopo a cobertura de determinadas contingências sociais. Visam, assim, ao atendimento do cidadão
que não pode prover as necessidades próprias e de seus familiares de maneira digna e autônoma em razão da ocorrência de certas
contingências sociais determinadas pelo sistema normativo.
Os benefícios por incapacidade - gênero no qual podem ser incluídos o auxílio-doença, o auxílio-acidente e a aposentadoria por invalidez -
destinam-se à substituição ou complementação da remuneração do segurado considerado incapaz, definitiva ou temporariamente, para o
exercício de seu trabalho ou atividade habitual. Por conseguinte, faz-se mister a verificação e comprovação da incapacidade, nos termos e na
forma determinada pela legislação de regência. Persistindo a capacidade para o trabalho ou atividades habituais, inexiste a necessidade de
auxílio estatal para a subsistência do segurado e de sua família.
O art. 42 da Lei 8.213/91 estabelece que a aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será devida
ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de
atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.
Por sua vez, o art. 59 do mesmo diploma legal estabelece que o auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o
caso, o período de carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze)
dias consecutivos.
Conseguintemente, são requisitos necessariamente cumulativos para a percepção do benefício de aposentadoria por invalidez: I-) a qualidade
de segurado; II-) o cumprimento do período de carência, quando for o caso; III-) incapacidade total e permanente para o exercício de
atividade que lhe garanta a subsistência.
Em relação ao benefício de auxílio-doença, os requisitos da qualidade de segurado e do cumprimento do período de carência são os mesmos,
sendo que, no tocante à incapacidade, esta deverá ser provisória.
No que se refere ao primeiro requisito, concernente à qualidade de segurado para a percepção dos benefícios, constitui decorrência do caráter
contributivo do regime previdenciário tal como foi desenhado pela Constituição Federal e pelas normas infraconstitucionais. Assim, deve o
cidadão estar filiado ao Regime Geral da Previdência Social e ter cumprido o período de carência, isto é, possuir o número mínimo de
contribuições mensais indispensáveis para que faça jus ao benefício.
Quanto à carência, os benefícios de aposentadoria por invalidez e de auxílio-doença requerem o cumprimento do período de carência
correspondente a 12 (doze) contribuições mensais, nos termos do art. 25, I, da Lei 8.213/91. Contudo, o mesmo diploma legal, em seu art. 26,
II, dispensa o cumprimento do período de carência nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do
trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social, for acometido de alguma das doenças e
afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e do Trabalho e da Previdência Social a cada três anos, de acordo com
os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência, ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento
particularizado.
Constitui, outrossim, condição inafastável para a concessão dos benefícios em questão a incapacidade do segurado para o exercício de
atividade que lhe garanta a subsistência. Por incapacidade deve reconhecer-se a impossibilidade de exercer atividade laborativa em virtude da
enfermidade que acomete o segurado, o que demanda, à evidência, produção de prova pericial. Se é certo que o disposto no art. 42, § 1º, da
Lei 8.213/91 determina, no âmbito administrativo, a produção de prova pericial a cargo do Instituto Nacional do Seguro Social, também é de se
reconhecer que mesmo no bojo do processo judicial o reconhecimento da impossibilidade do exercício de atividade laborativa depende da
produção de prova pericial.
As perícias realizadas em juízo concluíram pela existência de incapacidade em período pretérito de 16/08/2014 a 03/12/2014 de incapacidade
total e temporária, período em que o autor ficou internado.
Comprovada, por conseguinte, a qualidade de segurado, bem como a incapacidade total e temporária em período pretérito é de reconhecer-se
ao requerente o direito à percepção das parcelas atrasadas referentes ao benefício de auxílio-doença NB 607.987.636-5 desde 02/10/2014,
data de entrada do requerimento administrativo, até 03/12/2014, data da incapacidade constatada pelo perito.
Quanto ao pedido de danos materiais, não assiste razão a parte autora, pois, apesar da alegação de que sucedeu ao empréstimo em
decorrência da cessação do benefício, não há nexo de causalidade entre a cessação do benefício e a contratação do empréstimo, por esta
última se tratar de liberalidade da parte autora. Ademais, a correção monetária e os juros moratórios calculados sobre o período pretérito de
benefício devido ao autor, já se configuram como indenização, pela não disponibilidade dos valores do benefício ao autor à época devida. Por
fim, o INSS não pode ser obrigado ao pagamento de valores dos quais não participou da sua composição e determinação, se tratando de
encargos estabelecidos e firmados somente entre a instituição financeira e o autor.
Isso posto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE O PEDIDO, para condenar o INSS - Instituto Nacional do Seguro Social - a pagar
as parcelas em atraso em favor da parte autora do benefício de auxílio-doença previdenciário NB 607.987.636-5 desde 02/10/2014, data de
entrada do requerimento administrativo, até 03/12/2014, data da incapacidade constatada pelo perito, no valor total de R$ 10.939,84,
monetariamente atualizadas e com acréscimo de juros de mora, nos termos do Manual de Cálculos da Justiça Federal, aprovado pela
Resolução 267/2013 do CJF.
Declaro extinto o processo, com resolução do mérito, nos termos do artigo 487, I, do Código de Processo Civil.
Por oportuno, caso o montante do valor da condenação ultrapasse o limite de 60 salários mínimos, a parte autora deverá, no prazo de 10 (dez)
dias, manifestar-se acerca do recebimento por meio de ofício precatório ou por requisição de pequeno valor. Assevero que, na hipótese de
ausência de manifestação, será expedido ofício precatório.
Sem custas e sem honorários (artigos 54 e 55 da Lei nº 9.099/95). Defiro os benefícios da assistência judiciária gratuita.
Oficie-se ao INSS, por meio eletrônico dirigido à Equipe de Atendimento de Demandas Judiciais nesta cidade, a fim de que seja cumprida a
presente decisão.
FUNDAMENTO E DECIDO.
Trata-se de ação proposta por FABIO DOS SANTOS em face do Instituto Nacional do Seguro Social, pleiteando a concessão de
aposentadoria por invalidez, subsidiariamente, a concessão de auxílio-doença.
Os benefícios previdenciários têm por escopo a cobertura de determinadas contingências sociais. Visam, assim, ao atendimento do cidadão
que não pode prover as necessidades próprias e de seus familiares de maneira digna e autônoma em razão da ocorrência de certas
contingências sociais determinadas pelo sistema normativo.
Os benefícios por incapacidade - gênero no qual podem ser incluídos o auxílio-doença, o auxílio-acidente e a aposentadoria por invalidez -
destinam-se à substituição ou complementação da remuneração do segurado considerado incapaz, definitiva ou temporariamente, para o
exercício de seu trabalho ou atividade habitual. Por conseguinte, faz-se mister a verificação e comprovação da incapacidade, nos termos e na
Para a obtenção do benefício de aposentadoria por invalidez, ou de auxílio-doença, previstos nos artigos 42 e 59, da Lei nº 8.231/91, é
necessário que o requerente tenha cumprido a carência mínima necessária, detenha a qualidade de segurado e esteja incapacitado para o
trabalho por mais de quinze dias, de forma total e irreversível para o primeiro caso, e de forma total e provisória, no segundo caso.
Outrossim, destaco os requisitos exigidos para a concessão do benefício auxílio acidente, nos termos dos artigos art. 86 da Lei nº 8.213/91: “O
auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer
natureza, resultarem sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia”.
Assim, o benefício de auxílio acidente tem previsão legal no artigo 18, I, h e § 1º, sendo concedido, apenas aos segurados empregados, avulsos
e especiais, como indenização, ao segurado que, após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, permanecer com
sequelas que impliquem na redução da capacidade para o trabalho que anteriormente exercia. Para fazer jus a este benefício é necessária a
qualidade de segurado, não existindo, no entanto, qualquer carência a ser cumprida (art. 26, I da Lei 8.213/91).
Quanto à data de início do recebimento do auxílio-acidente e a possibilidade de sua cumulação com outros rendimentos, inclusive outros
benefícios previdenciários, estabelece o § 2º do art. 86 da Lei de Benefícios que “será devido a partir do dia seguinte ao da cessação do
auxílio-doença, independentemente de qualquer remuneração ou rendimento auferido pelo acidentado vedada sua acumulação com qualquer
aposentadoria”. Por sua vez, dispõe o § 3º do mesmo dispositivo que o “recebimento de salário ou concessão de outro benefício, exceto de
aposentadoria (...), não prejudicará a continuidade do recebimento do auxílio-acidente”.
Por acidente de qualquer natureza, a teor da norma do art. 30, parágrafo único, do Decreto nº 3.048/99, deve-se entender “(...) aquele de
origem traumática e por exposição a agentes exógenos (físicos, químicos e biológicos), que acarrete lesão corporal ou perturbação funcional
que cause a morte, a perda, ou a redução permanente ou temporária da capacidade laborativa”.
No caso em testilha, o segurado é filiado ao Regime Geral da Previdência Social anteriormente a data da incapacidade (29/07/2008), conforme
comprova o extrato do Cadastro Nacional de Informações Sociais anexado aos autos, uma vez que manteve vínculo empregatício com a
empresa Unileste Engenharia LTDA, desde 01/08/2006 até 11/2011 e, também, esteve em gozo dos benefícios NB 531.765.829-9, desde
12/08/2008 até 17/06/2011, e NB 547.079.281-8, desde 18/07/2011 até 13/03/2017.
Assim, passa-se a analisar o requisito da comprovação da redução de capacidade para o labor que habitualmente exercia, mediante a
apreciação do conjunto probatório colhido durante a instrução.
Verifica-se que a perícia médica realizada em juízo, constatou que o autor é portador de sequelas de tratamento cirúrgico de fratura complexa
de fêmur (refere-se atropelamento em julho de 2008 e queda de escada em 2009), moléstia que lhe acarretam a incapacidade laborativa
parcial e permanente a partir de 29/07/2008, conforme documentos médicos. E ainda que, o autor não pode realizar a mesma atividade
profissional, mas pode desempenhar funções que não exijam esforça físico.
Nesse contexto, necessário ponderar que a interpretação sistemática dos arts. 42 e 59 da Lei 8.213/91 leva à conclusão de que, embora haja
incapacidade permanente para a atividade habitual, mas não estando o segurado incapacitado total e permanente para toda e qualquer
atividade que lhe garanta a subsistência, ou seja, no presente caso o autor poderá exercer a mesma atividade laborativa como operadora de
caixa, porém com redução da incapacidade, não é cabível a concessão de aposentadoria por invalidez nem de auxílio-doença.
Comprova, por conseguinte, a qualidade de segurado e, com base na perícia médica realizada em Juízo, conclui-se que se encontra presente os
requisitos para a concessão do benefício pretendido pela parte autora, quais sejam, sequelas que impliquem redução da capacidade para o
trabalho que habitualmente exercia é de reconhecer-se à parte autora o direito à percepção do benefício de auxílio acidente.
Por outro lado, a impugnação oferecida pelo Instituto Nacional Seguro Social não merece prosperar, uma vez que foi constatado no laudo
pericial a incapacidade parcial e permanente com sequelas consolidadas, o que força a concessão do benefício, ora cabível. O perito médico
esclareceu que o autor não possui condições de realizar qualquer uma das atividades anteriormente exercidas, além de somente ser possível a
reinserção ao mercado de trabalho em atividade que não demande esforço físico.
Ressalto que, diante da relevância da questão social que envolve os benefícios previdenciários decorrentes de incapacidade, o pedido contido
na inicial deve ser analisado com certa flexibilidade, sendo lícito ao juiz, de ofício, enquadrar a hipótese fática ao benefício cabível. Portanto,
não há que se falar em sentença extra petita, conforme entendimento pacífico do E. STJ (REsp nº 1.087.684/RS, Rel. Min. NILSON NAVES,
22/04/2009)
Tal posicionamento, além de ser consonante com o art. 493 do NCPC, observe-se os princípios que norteiam os Juizados Especiais, de
celeridade, simplicidade, informalidade e economia processual, adequando-se, ademais, aos desideratos da Previdência Social, de solidariedade
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 193/1770
e inclusão social.
Quanto ao termo inicial do benefício, há de ser fixado no dia posterior a data da cessação do benefício NB 547.079.281-8 em 14/03/2017.
Diante do exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE O PEDIDO, para condenar o INSS - Instituto Nacional do Seguro Social –
a conceder em favor da parte autora o benefício auxílio-acidente no dia posterior à cessação de auxílio-doença NB 547.079.281-8, com data
de início (DIB) em 14/03/2017, com RMI de R$ 468,50 e RMA de R$ 499,00(02/2019).
Conseguintemente, condeno o INSS ao pagamento das diferenças, no valor total de R$ 12.760,32, com DIP em 01/03/2019 monetariamente
atualizadas e com acréscimo de juros de mora, nos termos do Manual de Cálculos da Justiça Federal, aprovado pela Resolução 267/2013 do
CJF.
Declaro extinto o processo, com resolução do mérito, nos termos do artigo 487, I, do Código de Processo Civil.
Concedo, demais disso, a tutela de urgência para a implantação do benefício no prazo de 30 (trinta) dias a contar da intimação da presente
decisão.
Por oportuno, caso o montante do valor da condenação ultrapasse o limite de 60 salários mínimos, a parte autora deverá, no prazo de 10 (dez)
dias, manifestar-se acerca do recebimento por meio de ofício precatório ou por requisição de pequeno valor. Assevero que, na hipótese de
ausência de manifestação, será expedido ofício precatório.
Sem custas e sem honorários (artigos 54 e 55 da Lei nº 9.099/95). Defiro os benefícios da assistência judiciária gratuita.
Oficie-se ao INSS, por meio eletrônico dirigido à Equipe de Atendimento de Demandas Judiciais nesta cidade, a fim de que seja cumprida a
presente decisão.
FUNDAMENTO E DECIDO.
Trata-se de ação ajuizada pela parte autora em face do Instituto Nacional do Seguro Social, pleiteando a concessão de benefício assistencial
de prestação continuada.
O Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social está lastreado no inciso V do artigo 203 da Constituição Federal, cuja
regulamentação se deu pela Lei 8.742/1993 (Lei Orgânica da Assistência Social), nos artigos 20 a 21-A.
Referido benefício tem por finalidade precípua garantir aos idosos e às pessoas com deficiência condições mínimas a uma vida digna, desde
que comprovem não possuir meios de prover sua própria manutenção ou de tê-la provida por sua família. É o que dispõe o artigo 20, caput, da
LOAS - O benefício de prestação continuada é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta
e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família.
No mesmo sentido, preceitua o artigo 34, caput, da Lei 10.741/2003 (Estatuto do Idoso), ser assegurado ao idoso, a partir de 65 (sessenta e
cinco) anos, o benefício mensal de um salário-mínimo vigente, nos termos da LOAS.
Por sua vez, as leis 12.435/2011 e 12.470/2011 consideram: pessoa com deficiência - aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza
física, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em
igualdade de condições com as demais pessoas; impedimentos de longo prazo - aqueles que incapacitam a pessoa com deficiência para a vida
independente e para o trabalho pelo prazo mínimo de 2 (dois) anos.
A incapacidade exigida para fins de concessão do benefício assistencial em questão, portanto, diverge daquela que se exige para fins de
concessão de aposentadoria por invalidez ou auxílio-doença; o conceito de “pessoa com deficiência”, para a LOAS, deve ser entendido de
Em relação ao requisito da miserabilidade, o § 3º do artigo 20 da Lei 8.742/93 exige que, para a concessão do benefício, a renda per capita da
família seja inferior a ¼ do salário mínimo. Trata-se, todavia, de critério objetivo recentemente considerado inconstitucional pelo plenário do
STF, no julgamento dos Recursos Extraordinários 567.985/MS e 580.963/PR, com repercussão geral reconhecida. Nessas decisões,
considerando que, nos últimos anos, houve uma proliferação de “leis que estabeleceram critérios mais elásticos para a concessão de outros
benefícios assistenciais, tais como: a Lei 10.836/2004, que criou o Bolsa Família; a Lei 10.689/2003, que instituiu o Programa Nacional de
Acesso à Alimentação; a Lei 10.219/01, que criou o Bolsa Escola; a Lei 9.533/97, que autoriza o Poder Executivo a conceder apoio financeiro
a municípios que instituírem programas de garantia de renda mínima associados a ações socioeducativas”, o STF indicou a utilização do
critério objetivo da renda familiar no valor de ½ salário mínimo per capita como referência na análise do requisito da hipossuficiência
econômica, a ser analisado em conjunto com as peculiaridades do caso concreto.
Ressalte-se, ademais, que, para fins de aferição da renda per capita familiar, revela-se possível a subtração dos benefícios previdenciários ou
assistenciais no valor de até um salário mínimo eventualmente percebidos por qualquer membro do núcleo familiar, por aplicação analógica do
parágrafo único do artigo 34 do Estatuto do Idoso.
Cumpre esclarecer que a definição de referida miserabilidade no caso concreto jamais será estrita, uma vez que há inúmeras variantes a
influenciar tal julgamento, desde eventuais peculiaridades do grupo familiar (por exemplo, enfermidades, despesas mensais extraordinárias
etc.), até o ambiente social, econômico e político no qual o grupo está inserido. Em outras palavras, embora o critério renda seja importante,
ante sua objetividade, não é suficiente para atestar ou excluir a miserabilidade.
Eis a razão pela qual deve ser considerada relativa a presunção de existência ou ausência de miserabilidade derivada do enquadramento da
renda do grupo familiar no limite de ½ salário mínimo per capita, vez que é possível a produção de prova em contrário em relação à situação
de miserabilidade, seja para atestá-la, seja para excluí-la.
Dessa forma, se, no caso concreto, ainda que superado o critério objetivo indicado, restar evidenciada a hipossuficiência econômica da família
para prover a manutenção do deficiente ou idoso, a miserabilidade estará suficientemente comprovada. Por outro lado, caso se verifique que
as condições de habitação da família ou as despesas realizadas são incompatíveis com a miserabilidade alegada, sinalizando a existência de
renda não declarada ou de capacidade econômica da família para prover a manutenção do requerente, não haverá que se falar em concessão
do benefício.
Oportuno transcrever as recentes súmulas da Turma Regional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais da 3ª Região:
Súmula nº 21 - Na concessão do benefício assistencial, deverá ser observado como critério objetivo a renda per capita de ½ salário mínimo
gerando presunção relativa de miserabilidade, a qual poderá ser infirmada por critérios subjetivos em caso de renda superior ou inferior a ½
salário mínimo.
Súmula nº 23 - O benefício de prestação continuada (LOAS) é subsidiário e para sua concessão não se prescinde da análise do dever legal de
prestar alimentos previsto no Código Civil.
Por fim, no que pertine à composição do grupo familiar, o § 1º do art. 20 da LOAS estabelece que compõem o grupo familiar: o requerente, o
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 195/1770
cônjuge ou companheiro, os pais e, na ausência de um deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os
menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto.
Assim, os familiares que constituíram nova família – assim como suas respectivas rendas - não devem ser considerados na análise da
composição do grupo familiar. No entanto, o dispositivo em comento deve ser interpretado à luz do art. 229 da CF, que cuida do dever de
sustento entre pais e filhos, bem como dos arts. 1.694 e seguintes do Código Civil, que tratam do dever de alimentos, de modo que, repita-se,
havendo sinais de capacidade econômica dos familiares, não haverá que se falar em concessão do benefício assistencial.
Nesses termos, dois são os requisitos necessários à obtenção do benefício assistencial ora vindicado: 1) idade mínima de 65 (sessenta e cinco)
anos ou deficiência de longo prazo, física ou mental, que incapacite a parte autora para o trabalho e vida independente; e 2) miserabilidade.
No caso em testilha, verifica-se o cumprimento do primeiro requisito, vez que o autor nasceu em 21/12/1946 e encontrava-se com 70 anos de
idade na data do requerimento administrativo (09/05/2017).
Passo a analisar o requisito de miserabilidade. De acordo com a perícia socioeconômica produzida em juízo, a família em questão é composta
somente pelo autor, Sebastião Geraldo (72 anos, separado, 2 filhos). Os filhos Jorge Gerônimo Bondezan Ferreira (casado), e Joice Aparecida
Bondezan Ferreira, moram em outros endereços e constituíram outros grupos familiares.
De acordo com o estudo socioeconômico, o autor reside há mais de 31 anos no imóvel, trata-se casa própria construída pelo autor em terreno
que comprou com a ex-esposa, sendo um sobrado, composto por cozinha, área de serviço, garagem, dois dormitórios e banheiro, mas que o
autor se utiliza somente do piso inferior, pois o superior seria da ex-esposa do autor.
A residência foi descrita pela perita nos seguintes termos: “A moradia onde o autor habita é composta por 03 cômodos, construído em
alvenaria, piso de cerâmica, coberto por laje e paredes rebocadas com a pintura antiga, em bom estado de conservação. O banheiro é piso de
cerâmica, com revestimento de azulejo. ”
Conforme laudo socioeconômico, a renda mensal declarada do autor provém do trabalho eventual de pintor e aluguel da sua garagem com
renda mensal de R$ 380,00 (trezentos e oitenta reais).
Foram declaradas as seguintes despesas mensais: Água: R$ 51,81; Luz: R$ 40,97; Gás: R$ 65,00; Telefone: R$ 69,24; Alimentação: R$
150,00.
Em seu estudo, a perita concluiu que “... autor Sebastião Geraldo vive em situação de pobreza. ”
Diante do contexto descrito, evidencia-se que a parte autora carece de condições mínimas para uma vida digna, carência que não vem sendo
suprida por sua família. Justifica-se, pois, a intervenção assistencial do Estado.
Assim, preenchidos os requisitos legais, forçoso reconhecer o direito da parte autora ao benefício assistencial pleiteado, com DIB na data do
ajuizamento (27/09/2018). Cabe esclarecer que, neste caso concreto, o conjunto probatório constante dos autos não autoriza a fixação da DIB
na data do requerimento administrativo (09/05/2017), conforme requerido, pois não há como presumir que a situação fática ora constatada já
tivesse se estabelecido naquela data.
Diante do exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido, para o fim de condenar o Instituto Nacional do Seguro Social a
conceder à parte autora o benefício assistencial de prestação continuada ao idoso NB 703.118.759-2, com DIB em 27/09/2018, RMI de R$
954,00 e RMA de R$ 998,00 (valor do salário mínimo em cada data).
Conseguintemente, condeno o INSS ao pagamento das diferenças, no valor total de R$ 5.087,42, com DIP em 01/03/2018 monetariamente
atualizadas e com acréscimo de juros de mora, nos termos do Manual de Cálculos da Justiça Federal, aprovado pela Resolução 267/2013 do
CJF.
Tendo em vista o caráter alimentar do benefício, antecipo os efeitos da tutela, determinando ao INSS que informe cumprimento da sentença,
no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de multa.
Declaro extinto o processo, com resolução do mérito, nos termos do artigo 487, I, do Código de Processo Civil.
Por oportuno, caso o montante do valor da condenação ultrapasse o limite de 60 salários mínimos, a parte autora deverá, no prazo de 10 (dez)
dias, manifestar-se acerca do recebimento por meio de ofício precatório ou por requisição de pequeno valor. Assevero que, na hipótese de
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 196/1770
ausência de manifestação, será expedido ofício precatório.
Sem custas e sem honorários (artigos 54 e 55 da Lei nº 9.099/95). Defiro os benefícios da assistência judiciária gratuita.
Oficie-se ao INSS, por meio eletrônico dirigido à Equipe de Atendimento de Demandas Judiciais nesta cidade, a fim de que seja cumprida a
presente decisão.
0041939-20.2018.4.03.6301 - 11ª VARA GABINETE - SENTENÇA COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO Nr. 2019/6301058288
AUTOR: INALDO RODRIGUES DE MELO (SP319819 - ROGERIO SOBRAL DE OLIVEIRA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
Ante o exposto, julgo parcialmente procedente o pedido para reconhecer como tempo de serviço especial o período de 20/11/2012 a
01/01/2018 (Aplicadora Master Ltda.). Julgo improcedente o pedido de aposentadoria.
Sem custas e honorários.
Defiro a gratuidade de justiça.
Com o trânsito em julgado, dê-se baixa no sistema processual.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
Trata-se de ação ajuizada por NILDA ALVES VILARINO em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, objetivando a
concessão de aposentadoria por idade, objetivando a concessão de aposentadoria por idade (NB 41/ 186.295.885-5, DER em 12/04/2018).
Dispõe o art. 48 da Lei n.º 8.213/91 que a aposentadoria por idade é devida ao trabalhador urbano que, cumprida a carência legal do benefício,
complete 65 anos de idade, se homem, ou 60 anos, se mulher.
A carência legal, em regra, é de 180 (cento e oitenta) meses, nos termos do art. 25, inciso II, da Lei n.º 8.213/91.
Todavia, o art. 142 da mesma lei reduz o prazo em questão, para os trabalhadores inscritos na Previdência Social Urbana até 24/07/1991, de
acordo com a seguinte tabela:
1992 60 meses
1993 66 meses
1994 72 meses
1995 78 meses
1996 90 meses
1997 96 meses
A carência a ser considerada é a do ano em que o trabalhador completou a idade mínima, nos termos da Súmula n.º 44 da Turma Nacional de
Uniformização:
“Para efeito de aposentadoria urbana por idade, a tabela progressiva de carência prevista no art. 142 da Lei n.º 8.213/91 deve ser aplicada em
função do ano em que o segurado completa a idade mínima para concessão do benefício, ainda que o período de carência só seja preenchido
posteriormente.”
Além disso, a partir do advento da Lei n.º 10.666/2003, não se exige mais a manutenção da qualidade de segurado para a obtenção do
benefício, “desde que o segurado conte com, no mínimo, o tempo de contribuição correspondente ao exigido para efeito de carência na data do
requerimento do benefício” (art. 3º, § 1º).
No caso concreto, a autora completou 60 anos de idade em 21/06/2009, data em que se exigia carência de 168 meses. Formulou pedido
administrativo de aposentadoria por idade em 12/04/2018, ocasião em que alega que somente foram reconhecidos 135 contribuições
previdenciárias.
Requer a parte autora o reconhecimento dos períodos que a autarquia previdenciária não computou como carência necessária
ao benefício pleiteado, quais sejam: os períodos em gozo de benefícios auxílios doenças NB 520.518.345-0 (01/05/2007 a 08/04/2008), NB
551.779.649-0 (01/06/2012 a 08/11/2012) e NB 606.190.930-0 (13/05/2014 a 17/11/2017).
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 199/1770
Deve ser computado o tempo de carência que a parte autora esteve em gozo de benefícios auxílios doenças NB 520.518.345-0 (01/05/2007 a
08/04/2008); NB 551.779.649-0 (01/06/2012 a 08/11/2012) e NB 606.190.930-0 (13/05/2014 a 17/11/2017), uma vez que intercalados entre
períodos de atividade laborativa, com recolhimentos efetuados como contribuinte individual e, por último como contribuinte individual e
facultativo.
Por fim, quanto ao pedido de concessão de aposentadoria por idade, verifica-se que, acrescido o período ora reconhecido ao já considerado
pelo INSS em sede administrativa, a autora preencheu a carência de 168 meses na DER, razão pela qual faz jus ao benefício pleiteado.
Ante o exposto, julgo PROCEDENTE o pedido, apenas para condenar o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS a: (1) reconhecer,
para fins de carência, o período de NB 520.518.345-0 (01/05/2007 a 08/04/2008); NB 551.779.649-0 (01/06/2012 a 08/11/2012) e NB
606.190.930-0 (13/05/2014 a 17/11/2017), para (2) conceder à autora aposentadoria por idade desde a DER (12/04/2018), com RMI de R$
954,00 e RMA de R$ 998,00 (em 02/2019).
Ainda, condeno o INSS ao pagamento das parcelas vencidas desde a DIB, no valor de R$ 11.132,48, conforme cálculo elaborado pela
Contadoria desse Juizado, com DIP em 01/03/2019, acrescido de correção monetária e juros moratórios calculados de acordo com o Manual
de Orientação de Procedimentos para os Cálculos na Justiça Federal.
Declaro extinto o processo, com resolução do mérito, nos termos do artigo 487, I, do Código de Processo Civil.
Tendo em vista o caráter alimentar do benefício, antecipo os efeitos da tutela, determinando ao INSS que informe cumprimento da sentença,
no prazo de 30 (trinta) dias.
Sem custas e honorários (artigos 54 e 55 da Lei 9.099/95). Defiro os benefícios da justiça gratuita.
Malgrado a procedência da presente demanda, deixo de proceder à concessão de tutela antecipada, eis que a autora, na qualidade de genitora
do recebedor da pensão por morte, já dela se beneficia indiretamente, não havendo, pois, urgência no provimento jurisdicional.
P.R.I.
5001115-18.2019.4.03.6100 - 12ª VARA GABINETE - SENTENÇA COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO Nr. 2019/6301059678
AUTOR: NUBIA GUIMARAES LIMA (SP248741 - GUTEMBERG DE SIQUEIRA ROCHA, SP409237 - LUIS FERNANDO CINTRA
DE ARAUJO, SP262837 - PAULA ANDRESSA DE OLIVEIRA, SP371177 - CAIO CESAR KRIZAJ PAZZINI TUFANO)
RÉU: ESTADO DE SAO PAULO UNIAO FEDERAL (AGU) ( - TERCIO ISSAMI TOKANO)
Ante o exposto, julgo PROCEDENTE o pedido formulado na inicial, extinguindo o processo com resolução do mérito, nos termos do artigo
487, inciso I, do Código de Processo Civil, para o fim de condenar a União a assegurar o fornecimento dos medicamentos “Sirolimo 1mg” e
“Sirolimo 2mg” à parte autora, até o final do seu tratamento médico, desde que atendidas as condições previstas na presente sentença.
FUNDAMENTO E DECIDO.
Trata-se de ação ajuizada por DAMIAO FRANCISCO DE LIMA em face da Caixa Econômica federal – CEF, objetivando a restituição de
valor pago administrativamente pelo autor, oriundo de dívida declarada inexigível nos autos do processo nº 0003553-52.2017.4.03.6301.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 201/1770
De fato, note-se que foram analisados na demanda judicial anterior o pedido de declaração de inexigibilidade de débito, relativo ao montante
descontado em conta corrente após seu encerramento, bem como o pleito de ressarcimento dos alegados danos morais sofridos. Ocorre que,
embora deferida a tutela para exclusão do nome do autor dos cadastros de restrição ao crédito, a decisão judicial não foi cumprida a contento,
motivo pelo qual o demandante se viu compelido a efetuar o pagamento do montante anotado para assegurar a efetiva baixa da restrição, no
valor de R$ 2.700,00 (fls. 41/42 do ev. 02).
Em que pese requerida a restituição do citado valor naqueles autos, o pedido foi entendido como aditamento à inicial e rejeitado pelo juízo
sentenciante, visto que a ré já havia apresentado contestação e não concordou com a alteração do pedido naquela fase processual.
Assim, considerada a ilegitimidade indiscutível do débito em questão, analisada por sentença transitada em julgado nos autos nº 0003553-
52.2017.4.03.6301, faz jus o autor ao ressarcimento pretendido, porquanto comprovado seu pagamento indevido em 10/07/2017.
Diante do exposto, JULGO PROCEDENTE a ação para condenar a Caixa Econômica Federal a restituir, em favor do requerente o valor de
R$ 2.877,58 (março/2019), devidamente atualizado e acrescido dos juros de mora, nos termos do Manual de Cálculos da Justiça Federal
vigente.
Sem condenação em custas e honorários (artigos 54 e 55 da Lei nº 9.099/1995). Concedo os benefícios da justiça gratuita à parte autora.
P.R.I.
Diante do exposto, com resolução de mérito com amparo no artigo 487, I, do Novo Código de Processo Civil, JULGO:
1) PROCEDENTE o pedido de implantação de aposentadoria por invalidez, condenando o INSS a:
a) Restabelecer, em favor da parte autora, o benefício de aposentadoria por invalidez NB 32/162.939.779-0, com acréscimo de 25%, a partir
de 01/05/2018;
b)Calcular a RMI/RMA de acordo com os critérios legais;
c)Pagar, após o trânsito em julgado, as prestações vencidas a partir da DIB até a competência anterior à prolação desta sentença,
procedendo à elaboração dos cálculos, no prazo de 60 dias do trânsito em julgado, dos valores das prestações vencidas no sistema
informatizado da DATAPREV, acrescido de correção monetária e, a partir da citação, juros de mora, tudo nos termos da Resolução 267/2013
do CJF, com desconto de eventuais quantias recebidas no período em razão de antecipação dos efeitos da tutela ou de benefício concedido
administrativamente, observada, ainda, a prescrição quinquenal.
O benefício só pode ser cessado mediante realização de perícia médica a cargo do INSS que demonstre o restabelecimento da capacidade ou
caso a parte passe a exercer qualquer atividade remunerada, ainda que informalmente, devendo, nesse caso, requerer junto ao INSS o
cancelamento do benefício, sob pena de responsabilidade e aplicação das cominações legais previstas aos casos de recebimento indevido de
benefício previdenciário.
Tendo em vista a natureza alimentar do benefício e considerando o disposto no art. 43 da Lei n.º 9.099/95 e no art. 497 do Código de Processo
Civil, concedo a antecipação dos efeitos da tutela independentemente do trânsito em julgado.
Com o trânsito em julgado, desde que informado o cumprimento da obrigação de fazer, remetam-se os autos à Contadoria Judicial para apurar
os atrasados vencidos desde a data de início do benefício até a DIP, com atualização monetária e incidência de juros de mora nos termos da
Resolução 267/13, para o fim de expedição de ofício requisitório.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 202/1770
No cálculo dos atrasados deverão ser descontados os valores provenientes de eventuais outros benefícios inacumuláveis percebidos pela parte
autora. A existência de vínculo de emprego ou de contribuições no período não impede, contudo, o cômputo dos atrasados, nos termos da
Súmula n.º 72 da Turma Nacional de Uniformização.
Sem custas e honorários.
O réu reembolsará à União os honorários periciais, nos termos do art. 12, § 1º, da Lei n.º 10.259/2001.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
0055223-95.2018.4.03.6301 - 12ª VARA GABINETE - SENTENÇA COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO Nr. 2019/6301047212
AUTOR: ANTONIO RAMALHO DE OLIVEIRA (SP374988 - MARIA IZABEL DA SILVA CAMPOS)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
Diante do exposto, julgo PROCEDENTES OS PEDIDOS, com fundamento no artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil, para
condenar o INSS a:
a) reconhecer e averbar os períodos comuns de 24/05/1972 a 20/03/1974 (“Serbank S/A Serviços Auxiliares”) e de 01/06/1975 a 01/05/1978
(“Beneficiadora de Papéis Brilho Gráfico Ltda.”).
b) conceder o benefício de aposentadoria por tempo de contribuição, considerando o reconhecimento dos períodos supramencionados, com
DIB em 16/04/2018 (DER), DIP em 01/03/2019, RMI de R$ 1.935,83 e RMA de R$ 1.992,74 (em fevereiro/2019), cessando a partir da DIB
o benefício de auxílio acidente de que é titular o autor, ante a inacumulabilidade dos benefícios.
c) pagar os atrasados devidos, no valor de R$ 22.414,35, atualizados até março/2019, com atualização monetária e juros nos termos do Manual
de Cálculos da Justiça Federal.
Presentes os pressupostos previstos pelo artigo 300 do Código de Processo Civil, antecipo os efeitos da tutela para determinar que o INSS,
independentemente do trânsito em julgado, conceda o benefício de aposentadoria por tempo de contribuição em favor da parte autora,
conforme critérios expostos acima, em até 30 dias. Oficie-se.
0045677-16.2018.4.03.6301 - 14ª VARA GABINETE - SENTENÇA COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO Nr. 2018/6301262580
AUTOR: KETH ROUSBERGUE MACIEL DE MATOS (RN004761 - DAISY BEATRIZ DE MATTOS )
RÉU: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCACAO, CIENCIA E TECNOLOGIA DE SAO PAULO ( - MITSUKO SHIMADA)
DISPOSITIVO
Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO, resolvendo o processo nos termos do art. 487, inciso I, do Código de Processo Civil,
para condenar o réu ao pagamento de diferenças de correção monetária pelo índice IPCA-E sobre o valor recebido pelo demandante a título
de "reconhecimento de saberes e competências - RSC III", incidentes sobre as parcelas devidas a partir de setembro de 2013 até
o pagamento em janeiro de 2018. No mais, aplicam-se os termos do Manual de Orientação de Procedimentos para os cálculos da Justiça
Federal, aprovado pelo Conselho da Justiça Federal.
Com o trânsito em julgado desta sentença, deverá o réu apresentar o demonstrativo dos valores devidos, consoante os parâmetros fixados por
esta decisão. Sem impugnação pelo autor, expeça-se requisição de pagamento, na forma da lei.
Sem custas ou honorários advocatícios por serem incabíveis neste rito especial.
Publique-se. Registre-se. Intime-se.
Diante do exposto, julgo PROCEDENTE o pedido do autor RONALDO LUIZ DE SOUZA, condenando o Instituto Nacional do Seguro
Social – INSS a conceder-lhe o benefício de pensão por morte, desde a data do óbito (29/06/2018) com renda mensal atual fixada no valor de
R$ 2.150,05 (DOIS MIL CENTO E CINQUENTA REAIS E CINCO CENTAVOS) para janeiro de 2019.
Condeno o INSS, ainda, ao pagamento das diferenças vencidas, no importe de R$ 13.070,98 (TREZE MIL SETENTA REAIS E
NOVENTA E OITO CENTAVOS) , atualizado até fevereiro de 2019.
Diante da natureza alimentar do benefício, concedo a antecipação dos efeitos da tutela, para que o benefício seja implantado no prazo de 45
(quarenta e cinco) dias, independentemente do trânsito em julgado. Oficie-se com urgência para cumprimento. A presente medida
antecipatória não inclui o pagamento das diferenças vencidas, que deverá ser feito após o trânsito em julgado.
Sem custas e honorários na forma da lei, deferidos os benefícios da assistência judiciária gratuita.
P.R.I.O.
0007224-49.2018.4.03.6301 - 14ª VARA GABINETE - SENTENÇA COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO Nr. 2019/6301058241
AUTOR: APARECIDO FERREIRA NEVES (SP097708 - PATRICIA SANTOS CESAR)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
Diante do exposto, julgo procedente o pedido, nos termos do artigo 487, I, do Código de Processo Civil, para condenar o INSS a:
1- Considerar os valores de auxílio-acidente recebidos pela autora, na ação judicial nº 0009323.94.2005.8.25.0053, no cálculo da RMI da
aposentadoria por tempo de contribuição NB 42/145.282.419-0;
2- Revisar a Aposentadoria por Tempo de Contribuição, NB 42/145.282.419-0, DIB em 12/11/2007, majorando a RMI para R$ 1.120,89 e a
RMA para R$ 2.136,89 em novembro de 2018;
4- Pagar-lhe os valores em atraso, os quais, de acordo com os cálculos da Contadoria Judicial, que passam a fazer parte da presente,
totalizam R$ 20.754,79, atualizados até novembro de 2018.
Sem custas e honorários advocatícios nesta instância, a teor do art. 1º da Lei nº. 10.259/01 c.c. o art. 55, caput da Lei nº. 9.099/95.
Concedo à parte autora os benefícios da Justiça Gratuita, a teor do artigo 98 do CPC.
Publicada e registrada nesta data. Int.
FUNDAMENTO E DECIDO.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 204/1770
Trata-se de ação proposta pela parte autora em face do Instituto Nacional do Seguro Social, pleiteando o restabelecimento de benefício auxílio
doença ou concessão de aposentadoria por invalidez.
Os benefícios previdenciários têm por escopo a cobertura de determinadas contingências sociais. Visam, assim, ao atendimento do cidadão
que não pode prover as necessidades próprias e de seus familiares de maneira digna e autônoma em razão da ocorrência de certas
contingências sociais determinadas pelo sistema normativo.
Os benefícios por incapacidade - gênero no qual podem ser incluídos o auxílio-doença, o auxílio-acidente e a aposentadoria por invalidez -
destinam-se à substituição ou complementação da remuneração do segurado considerado incapaz, definitiva ou temporariamente, para o
exercício de seu trabalho ou atividade habitual. Por conseguinte, faz-se mister a verificação e comprovação da incapacidade, nos termos e na
forma determinada pela legislação de regência. Persistindo a capacidade para o trabalho ou atividades habituais, inexiste a necessidade de
auxílio estatal para a subsistência do segurado e de sua família.
O art. 42 da Lei 8.213/91 estabelece que a aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será devida
ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de
atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.
Por sua vez, o art. 59 do mesmo diploma legal estabelece que o auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o
caso, o período de carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze)
dias consecutivos.
Conseguintemente, são requisitos necessariamente cumulativos para a percepção do benefício de aposentadoria por invalidez: I-) a qualidade
de segurado; II-) o cumprimento do período de carência, quando for o caso; III-) incapacidade total e permanente para o exercício de
atividade que lhe garanta a subsistência.
Em relação ao benefício de auxílio-doença, os requisitos da qualidade de segurado e do cumprimento do período de carência são os mesmos,
sendo que, no tocante à incapacidade, esta deverá ser provisória.
No que se refere ao primeiro requisito, concernente à qualidade de segurado para a percepção dos benefícios, constitui decorrência do caráter
contributivo do regime previdenciário tal como foi desenhado pela Constituição Federal e pelas normas infraconstitucionais. Assim, deve o
cidadão estar filiado ao Regime Geral da Previdência Social e ter cumprido o período de carência, isto é, possuir o número mínimo de
contribuições mensais indispensáveis para que faça jus ao benefício.
Quanto à carência, os benefícios de aposentadoria por invalidez e de auxílio-doença requerem o cumprimento do período de carência
correspondente a 12 (doze) contribuições mensais, nos termos do art. 25, I, da Lei 8.213/91. Contudo, o mesmo diploma legal, em seu art. 26,
II, dispensa o cumprimento do período de carência nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do
trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social, for acometido de alguma das doenças e
afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e do Trabalho e da Previdência Social a cada três anos, de acordo com
os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência, ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento
particularizado.
Constitui, outrossim, condição inafastável para a concessão dos benefícios em questão a incapacidade do segurado para o exercício de
atividade que lhe garanta a subsistência. Por incapacidade deve reconhecer-se a impossibilidade de exercer atividade laborativa em virtude da
enfermidade que acomete o segurado, o que demanda, à evidência, produção de prova pericial. Se é certo que o disposto no art. 42, § 1º, da
Lei 8.213/91 determina, no âmbito administrativo, a produção de prova pericial a cargo do Instituto Nacional do Seguro Social, também é de se
reconhecer que mesmo no bojo do processo judicial o reconhecimento da impossibilidade do exercício de atividade laborativa depende da
produção de prova pericial.
No caso em testilha, o segurado é filiado ao Regime Geral da Previdência Social e havia cumprido o período de carência anteriormente à data
do início da incapacidade (21/04/2018), conforme comprova o extrato do Cadastro Nacional de Informações Sociais anexado aos autos, uma
vez que, após verter mais de 12 (doze) contribuições previdenciárias em outros vínculos, manteve vínculo empregatício com a empresa Gohy
Soluções em Facilites Eireli desde 04/10/2017, com última remuneração em 08/2018 e, ainda, está em gozo de auxílio doença NB 623.061.634-
7 desde 08/05/2018, com data prevista para cessação em 24/04/2019 (TERA – evento 25).
Em relação à incapacidade, a perícia médica realizada em juízo concluiu que o autor porta bolsa de colostomia e presença de fistula em órgão,
moléstia que lhe acarreta incapacidade laborativa total e temporária desde 21/04/2018, conforme documentos médicos.
Outrossim, observo que o INSS apresentou proposta de acordo (evento 20), em relação à qual o Autor não apresentou concordância.
Ademais, sendo o benefício de auxílio-doença eminentemente temporário, fixa-se o prazo de 12 (doze) meses para a cessação do benefício,
nos termos propostos pelo perito judicial, ou seja, em 13/12/2019. Ao término do prazo, se o segurado ainda se sentir incapaz para o exercício
das atividades laborativas, deverá requerer administrativamente a prorrogação, no prazo de pelo menos 15 (quinze) dias antes da data de
cessação do benefício.
Isso posto, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO, para condenar o INSS - Instituto Nacional do Seguro Social - a manter ativo em favor da
parte autora o benefício de auxílio-doença previdenciário NB 623.061.634-7 e, data da cessação do benefício (DCB) em 12 (doze) meses a
contar da data da realização da pericia, ou seja, em 13/12/2019.
Oficie-se, por meio eletrônico dirigido à Equipe de Atendimento de Demandas Judiciais nesta cidade, a fim de que seja cumprida a presente
decisão.
Extingo o processo, com resolução de mérito, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil.
Sem custas (art. 54 da Lei 9.099/95). Sem honorários. Defiro os benefícios da Justiça Gratuita.
SENTENÇA EM EMBARGOS - 3
0056507-41.2018.4.03.6301 - 2ª VARA GABINETE - SENTENÇA EM EMBARGOS Nr. 2019/6301058925
AUTOR: GILVAL CARDOSO DA CRUZ (SP151943 - LUCIANA VIEIRA DOS SANTOS)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
Diante do exposto, conheço dos embargos de declaração, posto que tempestivos, mas lhes NEGO PROVIMENTO, uma vez que não há
qualquer obscuridade, contradição ou omissão na decisão recorrida.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
Verifica-se, assim, que o recurso de embargos de declaração, tem como finalidade completar a sentença que se apresente omissa, quanto a
algum ponto sobre o qual deveria se pronunciar, fazendo com que o provimento jurisdicional abranja a totalidade da lide.
Em outras hipóteses, têm os embargos declaratórios a finalidade de aclarar a sentença, dissipando qualquer obscuridade ou contradição que
nela venha se verificar.
No mérito, porém, não assiste razão à parte autora. Isto porque, como se observa de seu teor, a sentença fundamentou de forma clara e
inequívoca as questões de fato e de direito trazidas à sua apreciação, não havendo qualquer contradição, omissão, obscuridade, dúvida ou erro
material em seus termos.
No mais, verifique-se que no CNIS juntado aos autos virtuais (evento 14, fls. 6), em que pese o perito judicial concluir pela inexistência de
incapacidade atual, a Autarquia Federal observou o prazo previsto no artigo 47 da Lei 8.213/91, tendo em vista que o benefício de
aposenadoria por invalidez NB 172.246.193-1 em favor do autor está ativo com data prevista para cessação em 29/02/2020 (recebendo
mensalidade de recureração – prazo 18 meses).
Resta claro, portanto, que o autor se insurge quanto o conteúdo do julgado, demonstrando, na verdade, seu inconformismo, o qual pretende ver
satisfeito por meio de embargos de declaração, quando deveria utilizar-se de recurso próprio.
Desta forma, inexistindo qualquer obscuridade, contradição ou omissão a ser sanada, deve ser a mantida a sentença.
Ante o exposto, CONHEÇO DOS PRESENTES EMBARGOS, porque tempestivos, NEGANDO-LHES PROVIMENTO, mantendo a
sentença embargada nos termos em que prolatada.
Vistos.
Vieram os autos conclusos para julgamento de embargos de declaração opostos pela parte autora (anexo nº. 28), insurgindo-se contra o teor
da sentença deste Juízo, sendo apontado o vício de omissão.
DECIDO.
O art. 48 da Lei nº 9.099/1995, aplicável aos Juizados Especiais Federais por força do disposto no art. 1º da Lei nº 10.259/2001, preceitua
serem cabíveis embargos de declaração nos casos previstos no Código de Processo Civil, isto é, para esclarecer obscuridade, eliminar
contradição, suprir omissão ou corrigir erro material, conforme art. 1.022.
A omissão suscetível de impugnação mediante embargos declaratórios é a ausência de apreciação de pedidos expressamente formulados ou
tidos como formulados por força de lei, não a falta de referência a alguma das teses das partes, muito menos a discordância como os
argumentos jurídicos levantados em prol de sua pretensão.
Entretanto, tal fato não se dá nos presentes autos. O julgado trouxe as razões pelas quais entendeu o Magistrado ter sido possível o
reconhecimento do benefício apenas na DER do NB 42/150.924.528-3; de outra banda, o autor não deduziu pedido para que se cogitasse da
implantação em marco temporal distinto da DIB.
Entendo, ademais, que as questões tidas como não apreciadas estão afastadas, como consequência da fundamentação já exposta na sentença,
uma vez que o juiz não está obrigado a responder todas as alegações das partes quando tenha encontrado motivo suficiente para fundamentar
a decisão, nem se obriga a ater-se aos fundamentos indicados por elas e tampouco responder um a um todos os seus argumentos.
Verifico, pois, que a pretensão do Embargante é nitidamente alterar o decidido, devendo, para tanto, interpor o recurso cabível. Como já se
decidiu “os embargos de declaração não se prestam a manifestar o inconformismo do embargante com a decisão embargada” (Emb. Decl.
Em AC nº 36773, Relatora Juíza DIVA MALERBI, publ. Na Ver. Do TRF nº 11, pág. 206).
Pelo exposto, rejeito os embargos declaratórios opostos e mantenho a sentença sem qualquer alteração.
Decorrido o prazo, subam os autos à Turma Recursal.
Publique-se. Registre-se. Intime-se.
1. CONHEÇO e DOU PROVIMENTO aos Embargos de Declaração para constar do quarto parágrafo do dispositivo da sentença a
observância da Resolução nº 267/2013 do CJF (Manual de Cálculos da Justiça Federal);
Int.
Ante o exposto, conheço dos embargos de declaração, porque tempestivos, e, no mérito, lhes dou provimento a fim de, reconhecendo a
contradição existente na fixação da DIB no bojo da r. sentença embargada, fixá-la no dia 14/10/2018.
Ficam mantidos todos os demais termos da r. sentença.
P.R.I.
Cuida-se de embargos de declaração em que se alega a existência de omissão na sentença proferida com relação ao pedido de revisão do
cálculo da RMI, observadas as ponderações dos itens “3.1” e “3.2” da inicial.
A Lei federal nº 9.099/1995, aplicada de forma subsidiária no âmbito do Juizado Especial Federal, prevê expressamente, em seu artigo 48, a
possibilidade de oposição de embargos de declaração, e, sendo tempestivos, os presentes são conhecidos.
Diante da omissão passo a integrar a sentença da seguinte maneira:
“No que toca ao mérito da revisão pretendida, confira-se a redação do artigo 32 da Lei de Benefícios:
Art. 32. O salário-de-benefício do segurado que contribuir em razão de atividades concomitantes será calculado com base na soma dos
salários-de-contribuição das atividades exercidas na data do requerimento ou do óbito, ou no período básico de cálculo, observado o disposto
no art. 29 e as normas seguintes:
I - quando o segurado satisfizer, em relação a cada atividade, as condições do benefício requerido, o salário-de-beneficio será calculado com
base na soma dos respectivos salários-de-contribuição;
II - quando não se verificar a hipótese do inciso anterior, o salário-de-benefício corresponde à soma das seguintes parcelas:
a) o salário-de-benefício calculado com base nos salários-de-contribuição das atividades em relação às quais são atendidas as condições do
benefício requerido;
b) um percentual da média do salário-de-contribuição de cada uma das demais atividades, equivalente à relação entre o número de meses
completo de contribuição e os do período de carência do benefício requerido;
III - quando se tratar de benefício por tempo de serviço, o percentual da alínea "b" do inciso II será o resultante da relação entre os anos
completos de atividade e o número de anos de serviço considerado para a concessão do benefício.
Como se nota, tal disposição normativa tem evidente preocupação atuarial, com a finalidade de manutenção do equilíbrio financeiro do sistema
previdenciário.
Tal preocupação justificava-se quando a renda mensal inicial era calculada a partir da média aritmética simples dos últimos salários-de-
contribuição (36 últimos salários-de-contribuição em período não superior a 48 meses). É que, com tal forma de cálculo, o segurado poderia
majorar artificialmente a renda mensal inicial de seu futuro benefício vertendo contribuições elevadas nos últimos três anos anteriores à
aposentação. Assim, não obstante tenha pago montante inferior durante toda a sua vida contributiva, acabaria, com tal manobra, elevando o
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 209/1770
valor de sua aposentadoria. Daí a previsão legal de que a soma dos salários-de-contribuição ocorreria apenas caso o segurado preenchesse o
tempo de serviço em todas as atividades exercidas (realizando-se uma espécie de média ponderada nas hipóteses diversas).
Ocorre que, com o advento da Lei nº 9.876/99, tal regramento deixou de guardar correlação teleológica com a forma de cálculo da renda
mensal inicial (RMI). Isso porque a RMI passou a ser apurada a partir da média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição
correspondentes a oitenta por cento de toda a vida contributiva do segurado. Ou seja, não é mais possível a majoração artificial da renda
mensal inicial mediante pagamento de contribuições elevadas nos anos anteriores à obtenção do benefício (36 últimos meses).
Como se observa, a nova forma de cálculo da renda mensal inicial eliminou a teleologia do dispositivo legal em discussão.
Nessa esteira de raciocínio, havendo atividades concomitantes, o salário-de-benefício deve ser calculado a partir da somatória dos respectivos
salários-de-contribuição respeitado o teto para todo o período básico de cálculo.
Veja-se o entendimento da TNU sobre o assunto:
INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO. PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE RMI. ARTIGO 32 DA LEI 8.213/91. ATIVIDADES
CONCOMITANTES. DERROGAÇÃO DO ARTIGO 32, DA LEI 8.213/91, A PARTIR DE 01/04/2003 PELA LEI 9.876/99. MP 83/02
(LEI 10.666/03). SOMA DOS SALÁRIOS–DE–CONTRIBUIÇÃO DAS ATIVIDADES CONCOMITANTES, OBSERVADO O TETO.
RECURSO CONHECIDO E NEGADO PROVIMENTO. (...) Todavia, consoante uniformização de entendimento desta Corte, por ocasião
do julgamento do processo nº 3 da pauta (5007723-54.2011.4.04.7112) de hoje, ficou sedimentada a derrogação do art. 32, da Lei 8.213/91, a
partir do dia 1º de abril de 2003, o que com fundamento diverso, mas no mesmo sentido da conclusão da Turma Recursal, que assegurou o
direito à contagem de todas as contribuições vertidas, independentemente de serem em atividades concomitantes diversa ou não. Eis,
resumidamente, os fundamentos do voto condutor, proferido pelo Exmo. Juiz Federal Relator João Batista Lazzari: "(...) entendo que com
relação a atividades exercidas concomitantemente em período posterior a março de 2003 nã o mais se justifica a aplicação do artigo 32 da Lei
8.213/91, que deve ser interpretado como regra de proteção, que objetiva justamente evitar que o segurado, nos últimos anos de contribuição,
passe a recolher valores elevados com o intuito de obter um benefício mais alto. Registro que no regime anterior à Lei 9.876/99, o salário-de-
benefício era calculado com base na média aritmética simples de todos os últimos salários-de-contribuição dos meses imediatamente anteriores
ao do afastamento da atividade ou da data da entrada do requerimento, até o máximo de 36 (trinta e seis), apurados em período não superior a
48 (quarenta e oito) meses. A partir da Lei 9.876/99, que trouxe modificações quanto ao cálculo para apuração do salário-de-benefício,
conferindo nova redação ao artigo 29 da Lei 8.213/91, o recolhimento de contribuições em valores superiores apenas nos últimos anos de
contribuição passou a ter pouca importância para a fixação da renda mensal inicial do benefício. (...) E é isso, na prática, que ocorreria se se
reputasse vigente o disposto no artigo 32 da Lei 8.213/91. A conclusão, portanto, é de que, na linha do que estatui a Lei de Introdução às
Normas do Direito Brasileiro (antiga LICC), ocorreu, a partir de 1º de abril de 2003, a derrogação do artigo 32 das Lei 8.213/91. Deste modo,
assim como o contribuinte individual e o segurado facultativo podem simplesmente passar a recolher pelo teto a partir da competência
abril/2003, a todo segurado que tenha mais de um vínculo deve ser admitida, a partir da competência abril/2003, a soma dos salários-de-
contribuição, respeitado o teto.”. 10. Proponho, assim, a uniformização do entendimento de que somente quando o segurado que contribui em
razão de atividades concomitantes não satisfizer, em relação a cada atividade, as condições do benefício requerido, é que no cálculo da renda
mensal inicial deve ser considerada como atividade principal aquela com salários-de-contribuição economicamente mais vantajosos, exceto
quando a concomitância abranja competências posteriores a abril de 2003, data a partir da qual deve ser admitida a todo segurado que tenha
mais de um vínculo a soma dos salários-de-contribuição, respeitado o teto(...)" (grifou–se). À luz de toda motivação acima, podemos chegar às
seguintes conclusões no que diz respeito ao segurado que não preenche, em relação a cada uma das atividades concomitantes, as condições
do benefício, tal como na hipótese dos autos: 1ª) antes de 1º de abril de 2003, deve–se aplicar a sistemática da proporcionalidade, tal como
prevista no art. 32, II, da Lei 8.213/91, considerando no cálculo da RMI como atividade principal aquela com salários-de-contribuição
economicamente mais vantajosos, ainda que se trate de profissões idênticas ou de labores de mesma natureza; 2ª) a partir de 1º de abril de
2003, considerada a derrogação do art. 32, da Lei 8.213/91, deve–se admitir a soma dos salários–de–contribuição das atividades
concomitantes, respeitado o teto para todo o período básico de cálculo, respeitado o teto. Ante o exposto, voto no sentido de CONHECER e
NEGAR PROVIMENTO ao PEDILEF conforme premissa jurídica acima fixada. Publique-se. Registre-se. Intime-se. (PEDILEF
50101496920114047102 - PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE LEI FEDERAL, DOU 09/10/2015)
Portanto, havendo atividades concomitantes, deve–se admitir a soma dos salários–de–contribuição das atividades concomitantes, respeitado o
teto para todo o período básico de cálculo.
Diante do exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido da parte autora, com fundamento no artigo 487, inciso I, do Código
de Processo Civil. Condeno o INSS a reconhecer e averbar como especiais os períodos de 03.12.1998 a 17.07.2001 e 01.01.2004 a
31.07.2006, e a somar aos demais períodos já reconhecidos administrativamente, a partir da DIB em 13/04/2010, obtendo-se uma RMI de R$
1.607,66 e RMA de R$ 2.558,38 em dezembro/2018, conforme os cálculos da Contadoria Judicial, que passam a fazer parte integrante desta
sentença (arquivo 19).
Condeno, ainda, o INSS a pagar os valores devidos em atraso, os quais, segundo apurado pela Contadoria Judicial, totalizam R$ 11.001,13,
atualizados até janeiro/2019, respeitada a prescrição quinquenal.
Deixo de antecipar os efeitos da sentença, porquanto a parte autora percebe benefício de aposentadoria atualmente.
Sem custas e honorários nesta instância judicial.
Defiro os benefícios da justiça gratuita.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.”
Diante do exposto, conheço dos embargos, visto que tempestivos, e os ACOLHO PARCIALMENTE, na forma exposta. Ficam mantidos os
demais termos da sentença prolatada.
P.R.I.
Assim, conheço dos embargos e acolho-os, para que passe a constar o item "A" do dispositivo com a seguinte redação:
"a) ao ressarcimento do valor de R$ 3.356,00 (três mil, trezentos e cinquenta e seis reais), pertinente às duas parcelas de seguro desemprego
não recebidas pela parte autora, em junho e julho de 2018, com incidência de correção monetária e de juros de mora desde as datas dos
respectivos saques em junho e julho de 2018, respectivamente a cada parcela, segundo a aplicação do Manual de Cálculos vigente, aprovado
pela Resolução do Conselho da Justiça Federal no âmbito desta Justiça Federal;".
P. Retifique-se o registro da sentença, anotando-se.
Intimem-se.
Discorrendo sobre o recurso em questão, o Professor José Carlos Barbosa Moreira, em sua obra “O Novo Processo Civil Brasileiro”, em sua
18ª edição, publicada pela Editora Forense, apresenta as hipóteses que admitem a interposição de embargos de declaração, sendo elas, a
existência de obscuridade ou contradição, bem como a omissão quanto a algum ponto sobre que deveria se pronunciar a sentença.
Verifica-se, assim, que o recurso de embargos de declaração, tem como finalidade completar a sentença que se apresente omissa, quanto a
algum ponto sobre o qual deveria se pronunciar, fazendo com que o provimento jurisdicional abranja a totalidade da lide.
Em outras hipóteses, têm os embargos declaratórios a finalidade de aclarar a sentença, dissipando qualquer obscuridade ou contradição que
nela venha se verificar.
No mérito, porém, não assiste razão à parte autora. Isto porque, a sentença foi bastante objetiva sobre os motivos que levaram à parcial
procedência o pedido. Resta claro, portanto, que o demandante se insurge quanto o conteúdo do julgado, demonstrando, na verdade, seu
inconformismo, o qual pretende ver satisfeito por meio de embargos de declaração, quando deveria utilizar-se de recurso próprio.
Desta forma, inexistindo qualquer obscuridade, contradição ou omissão a ser sanada, deve ser a mantida a sentença.
Ante o exposto, CONHEÇO DOS PRESENTES EMBARGOS, porque tempestivos, NEGANDO-LHES PROVIMENTO, mantendo a
sentença embargada nos termos em que prolatada.
“O montante de R$ 17.914,99 deverá ser atualizado, até seu efetivo pagamento, nos termos da Resolução nº 267/13 do CJF.”
Diante do exposto, conheço dos embargos de declaração, posto que tempestivos, mas lhes NEGO PROVIMENTO, uma vez que não há
qualquer obscuridade, contradição ou omissão na decisão recorrida.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
Chamo o feito à ordem para, de ofício, corrigir erro material encontrado na r. sentença correspondente ao arquivo 42 no tocante à condenação
dos valores em atraso.
O valor corresponde a R$ 831,04, atualizado para o mês de janeiro de 2019, conforme está demonstrado pelos cálculos que se encontram no
arquivo 44.
Ficam mantidos todos os demais termos da r. sentença supra referida.
P.R.I.
Discorrendo sobre o recurso em questão, o Professor José Carlos Barbosa Moreira, em sua obra “O Novo Processo Civil Brasileiro”, em sua
18ª edição, publicada pela Editora Forense, apresenta as hipóteses que admitem a interposição de embargos de declaração, sendo elas, a
existência de obscuridade ou contradição, bem como a omissão quanto a algum ponto sobre que deveria se pronunciar a sentença.
Aponta O INSS a ocorrência de erro material, uma vez que a sentença reconheceu período de atividade especial de 04/05/1994 a 21/06/1995
e 03/06/1999 a 11/06/2018, sendo que no dispositivo da sentença constou o período de 13/08/1991 a 03/05/1994.
Com razão o embargante. De fato, constata-se erro material no dispositivo da sentença.
Dessa forma, CONHEÇO E ACOLHO OS PRESENTES EMBARGOS, para sanar o erro material apontado, bem como para alterar o
dispositivo da sentença a fim de que passe a constar com a seguinte redação:
"Do exposto, julgo PROCEDENTE o pedido para condenar ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS a: (1) reconhecer e averbar os
períodos de 04/05/1994 a 21/06/1995 e 03/06/1999 a 11/06/2018 como períodos laborados em condições especiais;(2) acrescer tais períodos
àqueles eventualmente reconhecidos em sede administrativa; e (3) conceder o benefício de Aposentadoria por tempo de contribuição da
autora desde 21/05/2018, data da DER, DIP em 01/02/2019 com RMI de R$1.246,33 e RMA de R$1.280,23, para março/19.
Conseguintemente, condeno o INSS ao pagamento das prestações vencidas desde o início do benefício (21/05/2018), no valor de R$ 11.257,35
para fevereiro/19, monetariamente atualizadas e com acréscimo de juros de mora, nos termos do Manual de Cálculos da Justiça Federal,
respeitada a prescrição quinquenal".
Mantidos os demais termos da sentença.
Publique-se. Registre-se. Intime-se.
Discorrendo sobre o recurso em questão, o Professor José Carlos Barbosa Moreira, em sua obra “O Novo Processo Civil Brasileiro”, em sua
18ª edição, publicada pela Editora Forense, apresenta as hipóteses que admitem a interposição de embargos de declaração, sendo elas, a
existência de obscuridade ou contradição, bem como a omissão quanto a algum ponto sobre que deveria se pronunciar a sentença.
Verifica-se, assim, que o recurso de embargos de declaração, tem como finalidade completar a decisão que se apresente omissa, quanto a
algum ponto sobre o qual deveria se pronunciar, fazendo com que o provimento jurisdicional abranja a totalidade da lide.
Em outras hipóteses, têm os embargos declaratórios a finalidade de aclarar a decisão, dissipando qualquer obscuridade ou contradição que nela
venha se verificar.
A embargante aponta ocorrência de erro material, vez que, inobstante o pedido formulado na exordial tenha indicado como DIB da pensão por
morte o dia 30/08/2017 (data do protocolo do requerimento), foi fixada na sentença a data da DER que figura no P.A. relativo ao NB
184.575.584-4 (03/11/2017)
Verifica-se, da análise dos documentos acostados à peça inaugural, que a autora de fato protocolou o pedido de pensão por morte no dia
30/08/2017 (requerimento nº 273144822), pela internet (fl. 06 do evento 2). Contudo, observa-se que o INSS fixou a DER em 03/11/2017,
data em que supostamente foi realizado o atendimento presencial (fl. 13 do evento 3).
“Art. 669. Qualquer que seja o canal de atendimento utilizado, será considerada como DER a data de solicitação do agendamento do benefício
ou serviço, ressalvadas as seguintes hipóteses:
I - caso não haja o comparecimento do interessado na data agendada para conclusão do requerimento;
II - nos casos de reagendamento por iniciativa do interessado, exceto se for antecipado o atendimento; ou
III - no caso de incompatibilidade do benefício ou serviço agendado com aquele efetivamente devido, hipótese na qual a DER será
considerada como a data do atendimento.
§ 1º Para fins do disposto no inciso III, a DER será mantida sempre que o benefício requerido e o devido fizerem parte do mesmo grupo
estabelecido em cada inciso a seguir, na forma da Carta de Serviços ao Cidadão:
I - aposentadorias;
II - benefícios por incapacidade;
III - benefícios aos dependentes do segurado;
IV - salário-maternidade; e
V - benefícios assistenciais.
§ 2º A DER será mantida sempre que o INSS não puder atender o solicitante na data agendada.
§ 3º No caso de falecimento do interessado, os dependentes ou herdeiros poderão formalizar o requerimento do benefício, mantida a DER na
data do agendamento inicial, hipótese em que, obrigatoriamente, deverá ser comprovado o óbito e anexado o comprovante do agendamento
eletrônico no processo de benefício.
§ 4º Aplica-se o disposto neste artigo aos casos de requerimento de recurso e revisão.” (sublinhei).
Em vista do exposto, não poderia a ré ter concedido o benefício somente a partir da data do atendimento presencial (03/11/2017), máxime se
considerado que, segundo as provas carreadas ao feito, não houve incompatibilidade do benefício ou serviço agendado com aquele
efetivamente devido (inciso III do artigo 669, acima transcrito).
Ante o exposto, CONHEÇO E ACOLHO OS PRESENTES EMBARGOS, a fim de a fim de sanar o erro material acima apontado,
acrescendo a fundamentação mencionada e modificando o dispositivo da sentença embargada a fim de que onde se lê:
”Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido inicial e declaro o processo extinto com resolução do mérito (art. 487, I, CPC),
condenando o INSS na CONCESSÃO de benefício de pensão por morte à parte autora, nas seguintes condições:
a) instituidor: Marcelo Augusto Rodrigues;
b) DIB: 03/11/2017;
c) duração: 15 anos;
c) RMI e RMA conforme apurado pelo parecer da Contadoria Judicial, eventos 70 e 71, que constitui parte integrante da presente sentença.
Condeno o INSS no pagamento dos atrasados, conforme apurado no parecer da Contadoria Judicial, que serão acrescidos de correção
monetária e, a partir da citação, de juros de mora, tudo nos termos do Manual de Orientação de Procedimentos para os Cálculos na Justiça
Federal aprovado pela Resolução n. 267/2013.”
Leia-se:
”Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido inicial e declaro o processo extinto com resolução do mérito (art. 487, I, CPC),
condenando o INSS na CONCESSÃO de benefício de pensão por morte à parte autora, nas seguintes condições:
a) instituidor: Marcelo Augusto Rodrigues;
b) DIB: 30/08/2017;
c) duração: 15 anos;
c) RMI e RMA conforme apurado pelo parecer da Contadoria Judicial, evento 113, que constitui parte integrante da presente sentença.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 214/1770
Condeno o INSS no pagamento dos atrasados, conforme apurado no parecer da Contadoria Judicial, no valor de R$ 3.499,96 (atualizado para
fevereiro/2019) que serão acrescidos de correção monetária e, a partir da citação, de juros de mora, tudo nos termos do Manual de Orientação
de Procedimentos para os Cálculos na Justiça Federal aprovado pela Resolução n. 267/2013.”
Int.
Nas sedes das subseções judiciárias em que tiverem sido instalados os Juizados Especiais Federais, sua competência para o processamento e
julgamento de feitos com valor de até 60 (sessenta) salários mínimos é absoluta.
Na hipótese de ações que envolvam prestações vincendas, a Lei 10.259/01, em seu art. 3º, § 2º, determina que, para fins de competência do
Juizado Especial, a soma de doze parcelas não poderá exceder o valor de 60 (sessenta) salários mínimos.
Contudo, a leitura isolada do dispositivo legal não permite aferir com precisão qual o proveito econômico a ser obtido pelo demandante por
intermédio da ação, motivo pelo qual deve ser acrescido, ao valor das doze parcelas vincendas, a importância relativa às parcelas vencidas,
nos exatos termos do art. 260 do Código de Processo Civil, que prevê que quando se pedirem prestações vencidas e vincendas, tomar-se-á em
consideração o valor de umas e outras. O valor das prestações vincendas será igual a uma prestação anual, se a obrigação for por tempo
indeterminado, ou por tempo superior a 1 (um) ano; se, por tempo inferior, será igual à soma das prestações.
Permite-se, porém, que o demandante renuncie, de maneira expressa, ao que ultrapassar o valor de (sessenta) salários mínimos, para fins de
determinação da competência do juizado Especial Federal.
A renúncia, contudo, não pode envolver as prestações vincendas, porquanto poderá causar tumultos e discussões no momento da execução e
expedição do precatório ou requisitório, a fim de se determinar o montante renunciado e o valor efetivo do crédito, em contradição aos
princípios da informalidade e celeridade que informam o sistema dos Juizados.
A renúncia, em verdade, somente pode recair sobre o montante existente, efetivamente, até o ajuizamento da ação. As parcelas que vencerem
durante a tramitação do feito podem ser acrescidas ao valor das prestações vencidas – observado o teto de 60 (sessenta) salários mínimos
vigentes no momento do ajuizamento da ação – e até ultrapassar, no momento da execução, a alçada de fixação da competência, mas não
podem ser renunciadas para a específica finalidade de manter o processo em tramitação no Juizado Especial Federal.
PROCESSUAL CIVIL. CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. VARA FEDERAL. JUIZADO ESPECIAL FEDERAL.
VALOR DA CAUSA. ART. 260 CPC C/C ART. 3º, §2º DA LEI 10.259/01. VALOR DAS PRESTAÇÕES VINCENDAS SUPERIOR A
60 SALÁRIOS MÍNIMOS. NÃO CABIMENTO DE RENÚNCIA. ENUNCIADO 17 FONAJEF. 1. A competência do Juizado Especial
Federal Cível é definida, como regra geral, pelo valor da causa, que não pode ultrapassar 60 salários mínimos (art. 3º da Lei 10.259/2001). 2.
Há firme jurisprudência do STJ e deste TRF da 1ª Região no sentido de que para a fixação do conteúdo econômico da demanda, e
consequente determinação da competência do Juizado Especial Federal, incide a regra do art. 260 do Código de Processo Civil c/c art. 3º, §2º
da Lei n.º 10.259/2001, que dispõe que "Quando a pretensão versar sobre obrigações vincendas, para fins de competência do Juizado Especial,
a soma de doze parcelas não poderá exceder o valor referido no art. 3º, caput." 3. Versando a causa sobre prestações vencidas e vincendas e
tendo a contadoria judicial constatado que a soma das doze parcelas vincendas excede o valor de 60 salários mínimos, deve ser afastada a
competência do Juizado Especial para processar e julgar o feito. 4. Conforme Enunciado 17 do Fórum Nacional dos Juizados Especiais
Federais "Não cabe renúncia sobre parcelas vincendas para fins de fixação de competência nos Juizados Especiais Federais." 5. Conflito de
Competência conhecido para declarar competente o Juízo Federal da 2ª Vara da Subseção Judiciária de Juiz de Fora - MG. (CC
00114334520144010000, Rel. Juiz Federal Convocado Carlos Augusto Pires Brandão, Primeira Seção, e-DJF1 23.04.2015).
Da análise do parecer anexado aos autos pela Contadoria Judicial (evento 7), é possível depreender que o benefício econômico pretendido pelo
autor (R$ 118.028,73 – atualizado para março de 2019) supera o valor de alçada.
Na prática forense, o juiz, ao declinar da competência, envia os autos para o juízo competente. No entanto, no caso presente, tal medida de
economia processual apresenta-se impraticável. Não há autos, fisicamente falando, nos Juizados Especiais, permanecendo os documentos
registrados eletronicamente.
Em síntese, com intuito de evitar percalços à parte hipossuficiente, o bom senso aponta para a extinção do processo, sem resolução do mérito,
ficando registrada a orientação para a parte ajuizar nova ação perante o juízo competente (Justiça Federal Previdenciária).
Posto isso, indefiro a petição inicial e JULGO EXTINTO O PROCESSO, sem resolução do mérito, nos termos do artigo 485, inciso IV, do
Código de Processo Civil.
Vistos.
Trata-se de ação que FABIO MARCELINO DA SILVA SANTOS ajuizou em face da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, por meio da
qual pretende a condenação da requerida à restituição de valores que compunham o saldo de conta bancária encerrada, com o pagamento de
indenização por dano moral.
DECIDO.
Nos termos do art. 51, § 1º, da Lei 9.099/95, “a extinção do processo independerá, em qualquer hipótese, de prévia intimação pessoal das
0011431-57.2019.4.03.6301 - 14ª VARA GABINETE - SENTENÇA SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO Nr. 2019/6301058872
AUTOR: MARIA DOS ANJOS ALMEIDA MARQUES (SP364033 - CARLOS EDUARDO GARUTTI JUNIOR)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
Diante do exposto, JULGO EXTINTO o feito, sem resolução do mérito, com fundamento no artigo 485, inciso IV, do Código de Processo
Civil.
Sem condenação em custas, tampouco em honorários advocatícios.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
0030042-92.2018.4.03.6301 - 13ª VARA GABINETE - SENTENÇA SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO Nr. 2019/6301059370
AUTOR: NEIVA SILVA GARCIA (SP350789 - JOSE RAIMUNDO SOUSA)
RÉU: NIKOLLAS RAMON GARCIA INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES
ARRAIS ALENCAR)
Nos termos do art. 51, § 1º, da Lei nº 9.099/95, “a extinção do processo independerá, em qualquer hipótese, de prévia intimação pessoal das
partes”.
Instada a adotar providência considerada essencial à causa, sob pena de extinção do feito sem apreciação do mérito, a parte autora não
cumpriu o que fora determinado pelo juízo, sem apresentar qualquer justificativa plausível.
Ante o exposto, EXTINGO o processo, sem resolução do mérito, com fundamento no art. 485, inciso IV, do Código de Processo Civil,
combinado com o art. 51, caput e § 1º, da Lei nº 9.099/95.
Sem custas e honorários.
Publique-se. Registre-se. Intime-se.
0011394-30.2019.4.03.6301 - 10ª VARA GABINETE - SENTENÇA SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO Nr. 2019/6301058750
REQUERENTE: CESAR COPA TOLA (SP345432 - FELLIPE MOREIRA MATOS, SP338615 - FELIPE DE BRITO ALMEIDA)
REQUERIDO: DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL
Vistos, etc...
Trata-se de Mandado de Segurança, com pedido de medida liminar, impetrado por CÉSAR COPA TOLA em face do DEPARTAMENTO
DE POLÍCIA FEDERAL EM SÃO PAULO, visando, em síntese, que seja determinado à autoridade impetrada que proceda à expedição de
sua Carteira de Registro Nacional Migratório (CRNM), bem como de seu Registro Nacional de Estrangeiro (RNE), para fins de renovação de
sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) junto ao Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN/SP).
Decido.
O artigo 3º da Lei nº 10.259/01 estabelece que:
0010949-12.2019.4.03.6301 - 14ª VARA GABINETE - SENTENÇA SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO Nr. 2019/6301058881
AUTOR: ANA CLEZIA OLIVEIRA MARQUES (SP178154 - DÉBORA NESTLEHNER BONANNO)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
A presente demanda é apenas a reiteração da demanda anterior apontada no termo de prevenção (autos 00101575820194036301).
Naquela demanda a distribuição é mais antiga, tornando prevento o juízo, nos termos do art. 59 do Novo Código de Processo Civil.
Diante do exposto, EXTINGO o processo, sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, inciso V, do Novo Código de Processo Civil.
Sem custas e honorários.
Com o trânsito em julgado, dê-se baixa no sistema processual.
Publicada e registrada neste ato. Intimem-se.
A presente demanda é apenas a reiteração da anterior apontada no termo de prevenção (autos nº. 0029083-24.2018.4.03.6301).
No processo prevento, foram efetuadas perícias médicas nos dias 03/09/2018 (clínica médica) e 22/10/2018 (oftalmologia), nas quais o Srs.
Peritos não constataram incapacidade para o trabalho.
Aquela demanda foi resolvida no mérito por sentença proferida em 05/12/2018, transitada em julgado (trânsito certificado em 04/02/2019).
No presente feito, a parte autora pretende o restabelecimento do mesmo benefício (NB 132.079.794-3) com previsão de cessação em
04/12/2019 (recebendo mensalidades de recuperação por 18 meses), sendo que a matéria já foi analisada no processo anterior.
Diante do exposto, EXTINGO o processo, sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, inciso V, do Novo Código de Processo Civil.
Sem custas e honorários.
Com o trânsito em julgado, dê-se baixa no sistema processual.
Publicada e registrada neste ato. Intimem-se.
0046210-72.2018.4.03.6301 - 10ª VARA GABINETE - SENTENÇA SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO Nr. 2019/6301059445
AUTOR: SANDRA BORGES DE MELO (SP233796 - RENATA MARIA RUBAN MOLDES SAES)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
A parte autora ajuizou a presente demanda visando obter benefício mantido pela seguridade social.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 220/1770
A parte autora não compareceu à perícia médica de 14/03/2019.
Relatório dispensado na forma da lei.
Fundamento e decido.
Nos termos do artigo 51, §1º, da Lei nº. 9.099/95, “a extinção do processo independerá, em qualquer hipótese, de prévia intimação pessoal das
partes”. No caso em pauta, a parte autora faltou à perícia médica agendada neste Juizado para averiguação da possível incapacidade. Diante
disso, configurou-se o abandono da ação.
Portanto, é caso de extinção do feito.
Ante o exposto, extingo o processo sem resolução de mérito, com fulcro na norma do art. 485, inciso III, do Código de Processo Civil. Sem
condenação em custas e honorários, nos termos dos artigos 55 da Lei nº. 9.099/95 e 1º da Lei nº. 10.259/01.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
A parte autora ajuizou a presente demanda visando obter benefício mantido pela seguridade social.
A parte autora não compareceu à perícia médica.
Relatório dispensado na forma da lei.
Fundamento e decido.
Nos termos do artigo 51, §1º, da Lei nº. 9.099/95, “a extinção do processo independerá, em qualquer hipótese, de prévia intimação pessoal das
partes”. No caso em pauta, a parte autora faltou à perícia médica agendada neste Juizado para averiguação da possível incapacidade sem
justificativa razoável devidamente comprovada.
Diante disso, configurou-se a falta de interesse processual superveniente a ensejar a extinção do feito sem resolução do mérito.
Ante o exposto, extingo o processo sem resolução de mérito, com fulcro na norma do artigo 485, inciso VI, do Código de Processo Civil. Sem
condenação em custas e honorários, nos termos dos artigos 55, da Lei nº. 9.099/95 e 1º, da Lei nº. 10.259/01.
Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos, observadas as formalidades legais.
Publique-se, registre-se e intimem-se as partes.
0010139-37.2019.4.03.6301 - 10ª VARA GABINETE - SENTENÇA SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO Nr. 2019/6301058700
AUTOR: GERALDA LOPES DE SOUZA (SP216438 - SHELA DOS SANTOS LIMA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
A presente demanda (NB 626.345.611-0 - DER em 14/01/2019) é apenas a reiteração da demanda anterior apontada no termo de prevenção
(autos nº 0041542.58.2018.4.03.6301 - laudo pericial desfavorável ao autor elaborado em 11/12/2018), em tramitação perante a 4ª Vara-
Gabinete deste Juizado.
Naquela demanda a distribuição é mais antiga, tornando prevento o juízo, nos termos do art. 59 do Novo Código de Processo Civil.
Diante do exposto, EXTINGO o processo, sem resolução do mérito, em virtudede litispendência em face da demanda aanterior, nos termos do
art. 485, inciso V, do Novo Código de Processo Civil.
Sem custas e honorários.
Com o trânsito em julgado, dê-se baixa no sistema processual.
Publicada e registrada neste ato. Intimem-se.
5006009-16.2018.4.03.6183 - 11ª VARA GABINETE - SENTENÇA SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO Nr. 2019/6301058967
AUTOR: DENISE MARIA PEREIRA DA SILVA (SP215793 - JOAO CARLOS GOULART RIBEIRO DA SILVA, SP237366 - MARIA
ISABEL SANCHES KAUMO)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
A parte autora ajuizou a presente demanda visando obter benefício mantido pela seguridade social.
A parte autora não compareceu à perícia médica de 25/02/2019.
Relatório dispensado na forma da lei.
Fundamento e decido.
Nos termos do artigo 51, §1º, da Lei nº. 9.099/95, “a extinção do processo independerá, em qualquer hipótese, de prévia intimação pessoal das
partes”. No caso em pauta, a parte autora faltou à perícia médica agendada neste Juizado para averiguação da possível incapacidade. Diante
disso, configurou-se o abandono da ação.
Portanto, é caso de extinção do feito.
Ante o exposto, extingo o processo sem resolução de mérito, com fulcro na norma do art. 485, inciso III, do Código de Processo Civil. Sem
condenação em custas e honorários, nos termos dos artigos 55 da Lei nº. 9.099/95 e 1º da Lei nº. 10.259/01.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
A presente demanda é apenas a reiteração da demanda anterior apontada no termo de prevenção (autos nº 0019049.58.2016.4.03.6301), em
tramitação perante a 4ª Vara-Gabinete deste Juizado, que se encontra, presentemente, em fase recursal junto à E. Turma Recursal do Juizado
Especial Federal da 3ª Região.
Naquela demanda a distribuição é mais antiga, tornando prevento o juízo, nos termos do art. 59 do Novo Código de Processo Civil.
Diante do exposto, EXTINGO o processo, sem resolução do mérito, em virtude de litispendência em face da demanda anterior, nos termos do
art. 485, inciso V, do Novo Código de Processo Civil.
Sem custas e honorários.
Com o trânsito em julgado, dê-se baixa no sistema processual.
Publicada e registrada neste ato. Intimem-se.
Nos termos do art. 51, § 1º, da Lei nº 9.099/95, “a extinção do processo independerá, em qualquer hipótese, de prévia intimação pessoal das
partes”.
A parte autora foi instada a emendar a petição inicial, apresentando documentação imprescindível ao processamento do feito, sob pena de
extinção. Todavia, não deu integral cumprimento à determinação judicial, não obstante deferido o prazo suplementar requerido.
Ante o exposto, DEIXO DE RESOLVER O MÉRITO do pedido, com fundamento no artigo 485, inciso IV, do Código de Processo Civil,
combinado com o artigo 51, caput e § 1º, da Lei nº 9.099/95.
0004612-07.2019.4.03.6301 - 14ª VARA GABINETE - SENTENÇA SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO Nr. 2019/6301058883
AUTOR: JOAO ANGELO FANTINI (SP248626 - RODRIGO GUEDES CASALI)
RÉU: UNIAO FEDERAL (AGU) ( - TERCIO ISSAMI TOKANO) FUNDACAO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SAO CARLOS
Vistos.
Relatório dispensado nos termos do art. 38 da Lei nº 9.099/95.
Decido.
Nos termos do artigo 51, § 1º, da Lei nº 9.099/95, “a extinção do processo independerá, em qualquer hipótese, de prévia intimação pessoal das
partes”.
No caso em tela, a parte autora foi instada, sob pena de extinção do feito sem apreciação do mérito, a adotar providência considerada
essencial à causa. No entanto, deixou injustificadamente de cumprir a determinação judicial.
Ante o exposto, EXTINGO o processo com fundamento no art. 485, IV, do Novo Código de Processo Civil, combinado com o art. 51, caput e
§1º da Lei nº 9.099/95.
Sem condenação em custas e honorários, nos termos da lei.
P.R.I.
A presente demanda é apenas a reiteração da demanda anterior apontada no termo de prevenção (autos n.º 00008755520174036304).
Aquela demanda foi resolvida no mérito por sentença transitada em julgado.
Diante do exposto, EXTINGO o processo, sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, inciso V, do Novo Código de Processo Civil.
Sem custas e honorários.
Com o trânsito em julgado, dê-se baixa no sistema processual.
Publicada e registrada neste ato. Intimem-se.
0011368-32.2019.4.03.6301 - 13ª VARA GABINETE - SENTENÇA SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO Nr. 2019/6301058696
AUTOR: VICTOR HUGO BISPO PEREIRA (SP312800 - ZIVALSO NUNES DE BRITO)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
Relatório dispensado nos termos do art. 38 da Lei nº 9.099/95.
A parte autora reside em município não abrangido pela circunscrição territorial deste Juizado Especial Federal Cível de São Paulo/Capital; no
caso concreto, na cidade de Osasco/SP, que integra, por seu turno, a jurisdição do Juizado Especial Federal Cível de Osasco/SP.
Nestes termos, reconheço a incompetência territorial, devendo o processo, como consectário, ser extinto sem a apreciação do mérito.
Esse entendimento é respaldado pelo Enunciado nº 24 do FONAJEF, in verbis: “Reconhecida a incompetência do Juizado Especial Federal, é
cabível a extinção do processo, sem julgamento de mérito, nos termos do artigo 1º da Lei nº 10.259/2001 e do artigo 51, III, da Lei nº 9.099/95,
não havendo nisso afronta ao artigo 12, parágrafo 2º, da Lei nº 11.419/2.006”.
Ante o exposto, EXTINGO o processo, sem resolução do mérito, com fundamento no art. 51, inciso III, da Lei nº 9.099/95, combinado com o
art. 1º da Lei nº 10.259/01.
Sem condenação em custas e honorários.
Publicada e registrada neste ato. Intimem-se.
0010533-44.2019.4.03.6301 - 11ª VARA GABINETE - SENTENÇA SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO Nr. 2019/6301058653
AUTOR: RICARDO APARECIDO CAMARGO SANTOS (SP409273 - MARIA DAS GRAÇAS DA SILVA ANANIAS CABRAL)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
Há notícia nos autos de que existe outro processo em tramitação com objeto e fundamento idênticos aos da presente demanda,
processo nº. 0010523-97.2019.4.03.6301.
Nos termos do art. 51, § 1º, da Lei nº 9.099/95, “a extinção do processo independerá, em qualquer hipótese, de prévia intimação pessoal das
partes”.
Ante o exposto, EXTINGO o processo sem resolução do mérito, com fundamento no art. 485, inciso V, do Novo Código de Processo Civil,
combinado com o art. 51, caput e § 1º, da Lei nº 9.099/95, em virtude da litispendência.
Sem custas e honorários.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
0046476-59.2018.4.03.6301 - 14ª VARA GABINETE - SENTENÇA SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO Nr. 2019/6301058547
AUTOR: IVANISE FILOMENO DE VASCONCELOS FILHA (SP310369 - PATRICIA GOMES PAUCIC)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
Diante do exposto:
1. Reconheço a incompetência absoluta deste Juizado Federal Especial.
2. Julgo extinto o feito sem resolução do mérito, com fundamento no art. 485, inciso IV, do Código de Processo Civil, bem como no Enunciado
24 do FONAJEF.
Sem custas e honorários advocatícios.
Publicada e registrada nesta data. Int.
A presente demanda é apenas a reiteração da demanda anterior apontada no termo de prevenção (autos n. º 00292114420184036301).
Aquela demanda foi resolvida no mérito por sentença transitada em julgado. Nesta, não foi trazido qualquer elemento que pudesse mostrar
alteração fática a amparar nova ação.
Diante do exposto, EXTINGO o processo, sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, inciso V, do Novo Código de Processo Civil.
Sem custas e honorários.
Com o trânsito em julgado, dê-se baixa no sistema processual.
Publicada e registrada neste ato. Intimem-se.
0009524-47.2019.4.03.6301 - 10ª VARA GABINETE - SENTENÇA SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO Nr. 2019/6301058657
AUTOR: JUCELIO FARIAS COELHO (SP350022 - VALERIA SCHETTINI LACERDA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
A presente demanda é apenas a reiteração da demanda anterior apontada no termo de prevenção (autos n.º. 0000825-04.2018.4.03.6301).
Aquela demanda foi resolvida no mérito por sentença transitada em julgado.
Na atual propositura o cerne da controvérsia é a cessação do benefício previdenciário nº. 621.739.119-1 em 27.03.2018, observo, entretanto,
que nos autos referidos acima, julgados improcedentes, a perícia médica foi realizada em 04.04.2018, sendo certo que os autos transitaram em
julgado em 30.07.2018.
Diante do exposto, EXTINGO o processo, sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, inciso V, do Novo Código de Processo Civil.
Sem custas e honorários.
Com o trânsito em julgado, dê-se baixa no sistema processual.
Publicada e registrada neste ato. Intimem-se.
Trata-se de ação ajuizada por ANTONIO CLEVES BARBOSA E SILVA em face da UNIÃO FEDERAL, pleiteando a isenção do imposto
de renda sobre proventos de aposentadoria, bem como a restituição dos valores retidos.
Contudo, verifica-se dos autos que a citada aposentadoria não foi concedida ao demandante em sede administrativa, motivo pelo qual ajuizou
ação objetivando não apenas o benefício fiscal, mas também o benefício previdenciário (processo nº 5019014-08.2018.4.03.6183).
Destarte, conclui-se que o autor não possui interesse de agir na presente demanda.
O interesse processual (ou interesse de agir), consubstancia-se no trinômio “utilidade-necessidade-adequação”, segundo o qual deve a parte
que invoca a tutela jurisdicional demonstrar, no momento em que formula a sua pretensão, (i) que o instrumento processual eleito é compatível
e adequando, (ii) que o provimento invocado é materialmente útil e, principalmente, (iii) que a manifestação judicial pretendida é necessária.
Ressalte-se que o interesse processual é condição cuja presença se faz necessária tanto na propositura da ação, quanto no curso da relação
jurídica processual, sendo que a ausência de pelo menos um de seus elementos (utilidade, necessidade ou adequação) implica na extinção
obrigatória do feito.
Por fim, esclareço que inexiste prejuízo ao autor, dado que, na hipótese de obtenção da aposentadoria e eventual indeferimento administrativo
da benesse tributária, poderá valer-se de nova demanda judicial neste Juizado Especial Federal, operando-se inclusive a prevenção deste juízo.
Isso posto, EXTINGO O FEITO, SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO, nos termos do art. 485, VI e §3º do Código de Processo Civil, o qual
aplico subsidiariamente.
Com o trânsito em julgado, certifique-se e encaminhem os autos ao arquivo com baixa na distribuição.
0010626-07.2019.4.03.6301 - 10ª VARA GABINETE - SENTENÇA SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO Nr. 2019/6301059689
AUTOR: WELLINGTON OLIVEIRA SILVA (SP327326 - CAROLINE MEIRELLES LINHARES)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
Ante o exposto:
1. Reconheço a incompetência absoluta deste Juizado Federal Especial.
2. Julgo extinto o feito sem resolução do mérito, com fundamento no art. 485, inciso IV, do Novo Código de Processo Civil, bem como no
Enunciado 24 do FONAJEF.
3. Registre-se. Intime-se.
0006039-39.2019.4.03.6301 - 13ª VARA GABINETE - SENTENÇA SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO Nr. 2019/6301058997
AUTOR: JOSE EVANGELISTA DE PAULA (SP416955 - TIAGO JESUS DE MELO)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
Nos termos do art. 51, § 1º, da Lei nº 9.099/95, “a extinção do processo independerá, em qualquer hipótese, de prévia intimação pessoal das
partes”.
No caso em tela, a parte autora foi instada, sob pena de extinção do feito sem resolução do mérito, a adotar providência considerada essencial
à causa. Apesar disso, manteve-se inerte, deixando de promover a efetiva regularização dos vícios apontados na informação de irregularidades
da inicial.
Ante o exposto, EXTINGO o processo, sem resolução do mérito, com fundamento no art. 485, inciso IV, do novo Código de Processo Civil,
combinado com o art. 51, caput e § 1º, da Lei nº 9.099/95.
Sem custas e honorários.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
0004928-20.2019.4.03.6301 - 13ª VARA GABINETE - SENTENÇA SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO Nr. 2019/6301058996
AUTOR: SERGIO PAGANI CARVALHO (SP339716 - LIVIA MARIA MENEGATTO FINOTTI)
RÉU: CAIXA ECONOMICA FEDERAL (SP215219 - ZORA YONARA MARIA DOS SANTOS CARVALHO PALAZZIN)
Nos termos do art. 51, § 1º, da Lei nº 9.099/95, “a extinção do processo independerá, em qualquer hipótese, de prévia intimação pessoal das
partes”.
No caso em tela, a parte autora foi instada, sob pena de extinção do feito sem resolução do mérito, a adotar providência considerada essencial
à causa. Apesar disso, manteve-se inerte, deixando de promover o efetivo saneamento dos vícios apontados na informação de irregularidades.
Ante o exposto, EXTINGO o processo, sem resolução do mérito, com fundamento no art. 485, inciso IV, do novo Código de Processo Civil,
combinado com o art. 51, caput e § 1º, da Lei nº 9.099/95.
Sem custas e honorários.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
0055499-29.2018.4.03.6301 - 14ª VARA GABINETE - SENTENÇA SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO Nr. 2019/6301058926
AUTOR: CRISTIANE DOS SANTOS TEIXEIRA (SP089472 - ROQUE RIBEIRO DOS SANTOS JUNIOR)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
Diante do exposto, JULGO EXTINTO O PROCESSO, sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, incisos V do Código de Processo
Civil, bem como no Enunciado 24 do FONAJEF.
Dê-se baixa no sistema.
Intime-se.
DESPACHO JEF - 5
0052284-45.2018.4.03.6301 - 2ª VARA GABINETE - DESPACHO JEF Nr. 2019/6301059541
AUTOR: ALEXSANDRO RODRIGUES ALVES (SP216438 - SHELA DOS SANTOS LIMA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
Considerando a duplicidade na anexação do laudo pericial, determino a exclusão e o cancelamento do protocolo eletrônico nº
2019/6301116902, protocolado em 21/03/2019.
Sem prejuízo, manifestem-se as partes, no prazo de 05 (cinco) dias úteis, acerca do laudo médico anexado aos autos e, se o caso, apresente
parecer de assistente técnico, devendo ainda, o réu oferecer proposta de acordo, se assim entender cabível, bem como se manifestar,
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 227/1770
expressamente, quanto aos honorários periciais, nos termos do Art. 33, da Resolução CJF-RES-2014/00305, de 07/10/2014. Caso a parte
autora concorde com o conteúdo do laudo, não há necessidade de manifestação. Nos termos da Resolução GACO nº. 4/2016 e 6/2017, todas
as manifestações de partes sem advogado deverão ser encaminhadas, via internet, preferencialmente pelo Sistema de Atermação Online
(SAO) disponível no endereço eletrônico www. jfsp.jus.br/jef/ (menu: Parte sem Advogado/Instruções/Cartilha).
Intimem-se. Cumpra-se.
Sem prejuízo, manifestem-se as partes, no prazo de 05 (cinco) dias úteis, acerca do laudo médico anexado aos autos e, se o caso, apresente
parecer de assistente técnico, devendo ainda, o réu oferecer proposta de acordo, se assim entender cabível, bem como se manifestar,
expressamente, quanto aos honorários periciais, nos termos do Art. 33, da Resolução CJF-RES-2014/00305, de 07/10/2014. Caso a parte
autora concorde com o conteúdo dos laudos, não há necessidade de manifestação. Nos termos da Resolução GACO nº. 4/2016 e 6/2017,
todas as manifestações de partes sem advogado deverão ser encaminhadas, via internet, preferencialmente pelo Sistema de Atermação Online
(SAO) disponível no endereço eletrônico www. jfsp.jus.br/jef/ (menu: Parte sem Advogado/Instruções/Cartilha).
Intimem-se. Cumpra-se.
Considerando a duplicidade na anexação do laudo pericial, determino a exclusão e o cancelamento do protocolo eletrônico nº
2019/6301116942, protocolado em 21/03/2019.
Sem prejuízo, manifestem-se as partes, no prazo de 05 (cinco) dias úteis, acerca do laudo médico anexado aos autos e, se o caso, apresente
parecer de assistente técnico, devendo ainda, o réu oferecer proposta de acordo, se assim entender cabível, bem como se manifestar,
expressamente, quanto aos honorários periciais, nos termos do Art. 33, da Resolução CJF-RES-2014/00305, de 07/10/2014. Caso a parte
autora concorde com o conteúdo do laudo, não há necessidade de manifestação. Nos termos da Resolução GACO nº. 4/2016 e 6/2017, todas
as manifestações de partes sem advogado deverão ser encaminhadas, via internet, preferencialmente pelo Sistema de Atermação Online
(SAO) disponível no endereço eletrônico www. jfsp.jus.br/jef/ (menu: Parte sem Advogado/Instruções/Cartilha).
Intimem-se. Cumpra-se.
Considerando a duplicidade na anexação do laudo pericial, determino a exclusão e o cancelamento do protocolo eletrônico nº
2019/6301116932, protocolado em 21/03/2019.
Sem prejuízo, manifestem-se as partes, no prazo de 05 (cinco) dias úteis, acerca do laudo médico anexado aos autos e, se o caso, apresente
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 228/1770
parecer de assistente técnico. Nos termos da Resolução GACO nº. 4/2016 e 6/2017, todas as manifestações de partes sem advogado deverão
ser encaminhadas, via internet, preferencialmente pelo Sistema de Atermação Online (SAO) disponível no endereço eletrônico www.
jfsp.jus.br/jef/ (menu: Parte sem Advogado/Instruções/Cartilha).
Intimem-se. Cumpra-se.
Acolho a justificativa apresentada pelo(a) perito(a) médico(a) Dr. Alexandre de Carvalho Galdino (neurologista), em comunicado médico
acostado em 25/03/2019.
Remetam-se os autos à Divisão Médico-Assistencial para as providências necessárias quanto à entrega do laudo no Sistema JEF.
Sem prejuízo, manifestem-se as partes, no prazo de 05 (cinco) dias úteis, acerca do(s) laudo(s) pericial(is) médico(s) anexado(s) aos autos e,
se o caso, apresentem parecer de seus respectivos assistentes técnicos. Nos termos da Resolução GACO nº. 04/2016 e 6/2017, todas as
manifestações de partes sem advogado deverão ser encaminhadas, via internet, preferencialmente pelo Sistema de Atermação Online (SAO)
disponível no endereço eletrônico www. jfsp.jus.br/jef/ (menu: Parte sem Advogado – Instruções/Cartilha).
Após, tornem os autos conclusos a esta Vara-Gabinete.
Intimem-se. Cumpra-se.
Concedo novo prazo improrrogável de 5 (cinco) dias para cumprimento do despacho retro.
Com a juntada da documentação, tornem os autos conclusos.
Decorrido o prazo sem manifestação ou com a juntada da documentação incompleta, para evitar retardamento no exercício do direito do(a)
autor(a) desta demanda, expeça-se requisição de pagamento sem o destacamento pretendido, independentemente de novo despacho.
Intime-se.
Indefiro o pedido do patrono, tendo em vista que a requisição de pagamento deve ser expedida em nome da parte autora e o levantamento
deve seguir a norma bancária, conforme Resolução 458/2017 do CJF.
Aguarde-se a ordem de pagamento.
Intime-se.
I- Intime-se a parte autora para emendar a inicial, no prazo improrrogável de 15 (quinze) dias, sob pena de extinção do feito sem resolução do
mérito, devendo esclarecer e/ou sanar todas as dúvidas e/ou irregularidades apontadas no documento “INFORMAÇÃO DE
IRREGULARIDADE NA INICIAL”, anexado aos autos.
II - No mesmo prazo e sob a mesma pena, tendo em vista a coisa julgada formada no processo nº 00449620820174036301,
apontado no termo de prevenção anexado aos autos, esclareça a diferença entre as demandas, bem como a data desde quando pretende a
concessão do benefício.
Vistos.
Tendo em vista que neste processo o montante do valor da condenação ultrapassa o limite de 60 salários mínimos (vide planilha – ev. 67),
determino a intimação da parte autora para manifestação acerca do recebimento por meio de ofício precatório ou por requisição de pequeno
valor, no prazo de 10 (dez) dias. No silêncio, será expedido ofício precatório.
Caso a parte autora opte por receber os atrasados por requisição de pequeno valor, o pagamento será limitado a 60 salários mínimos e o
recebimento ocorrerá em até 60 dias após a expedição da requisição, que obedece a ordem cronológica.
Caso opte por receber os valores devidos por requisição de precatório, receberá o valor integral calculado pela Contadoria Judicial. Todavia,
seu pagamento será incluso na próxima proposta orçamentária anual em aberto.
Intime-se. Cumpra-se.
A sentença que transitou em julgado determinou ao INSS o restabelecimento do benefício de auxílio-doença, fixando desde já a data de
cessação (DCB).
Em resumo, a sentença previu o direito da parte autora de requerer a prorrogação do benefício, aspecto que deve ser cumprido, sob pena de
violar-se o comando judicial transitado em julgado.
Por tais razões, oficie-se ao INSS para que, no prazo de 10 (dez) dias, restabeleça o auxílio-doença, com data de cessação em no mínimo 30
(trinta) dias, a contar da data de publicação deste despacho.
Com o cumprimento, dê-se ciência à parte autora e, oportunamente, remetam-se os autos à Contadoria Judicial para cálculo das parcelas
vencidas.
Intimem-se.
Intime-se a parte autora para emendar a inicial, no prazo improrrogável de 15 (quinze) dias, sob pena de extinção do feito sem resolução do
mérito.
Observo que a parte autora deve esclarecer e/ou sanar todas as dúvidas e/ou irregularidades apontadas no documento “INFORMAÇÃO DE
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 233/1770
IRREGULARIDADE NA INICIAL”, anexado aos autos.
No mesmo prazo e pena a parte autora deverá aditar a inicial para esclarecer sua pretensão, eis que não deixa claro o marco temporal da
demanda, devendo ainda esclarecer a diferença entre a atual propositura e as anteriores.
Regularizada a inicial, venham conclusos para análise da prevenção.
Defiro o requerido pela parte autora na petição anexada aos autos em 22/03/2019.
Para tanto, compareça a parte autora no Setor de Arquivo do Juizado Especial Federal da 3ª Região, 1ª Subseção Judiciária do Estado de
São Paulo (Av. Paulista, 1345, 1º Subsolo), para retirada dos documentos, no prazo de 10 (dez) dias.
Decorrido o prazo, tornem os autos ao arquivo.
Intime-se.
Intimem-se.
Intimem-se.
O autor informa novamente o descumprimento do julgado pela Caixa Econômica Federal, que teria negado a ele o levantamento do saldo de
seu FGTS apesar de ter ele atendido todas as orientações fornecidas pela ré nestes autos.
Considerando que para efetuar o levantamento deferido no julgado o autor se direcionou todas as vezes para a mesma agência da CEF, oficie-
se à ré para que, no prazo de 10 (dez) dias, diligencie especificamente junto à agência localizada na Avenida Itaberaba nº. 1.270, Freguesia do
Ó, São Paulo para que seus prepostos tenham ciência da execução deste feito e possibilitem ao autor o levantamento do FGTS, ou justifiquem
comprovadamente o descumprimento.
Sem prejuízo do acima determinado, ressalto ao autor que o cumprimento do julgado pode ser realizado perante qualquer agência da Caixa
Econômica Federal desde que apresentada cópia do v. acórdão de 26/04/2018, que deferiu o levantamento do FGTS, e documentos pessoais,
atendidas ademais as instruções contidas nas petições dos anexos nº. 77-78 e 90.
Intimem-se.
PERÍCIA SOCIOECONÔMICA
Determino o agendamento da perícia socioeconômica para o dia 22/04/2019, às 16:00, aos cuidados do(a) perito(a) assistente social MARIA
CABRINE GROSSI SOUZA, a ser realizada na residência da parte autora.
A parte autora deverá apresentar ao(à) perito(a) os documentos pessoais, bem como os comprovantes de rendimentos, gastos e despesas de
todos os membros do seu grupo familiar.
Nos termos do art. 8º, §1º, da Portaria nº.3, de 14 de maio de 2018, publicada no Diário Eletrônico da Justiça Federal da 3ª Região em
13/06/2018, o(a) perito(a) deverá extrair fotos do ambiente residencial, exceto quando a parte autora se recusar. O(a) perito(a) deverá colher
a manifestação expressa sobre a autorização ou recusa quanto às fotos.
Intimem-se as partes.
O autor pretende seja condenado o réu a recalcular os auxílios-doença (B31) sob NB: 117.007.742-8, 117.347.897-0, 127.092.879-9 e
606.221.229-9 e, concedidos anteriormente à aposentadoria por invalidez (B32) sob NB: 612.103.277-8, convertendo-os de B31 em B32, com
apuração das diferenças entre 91% e 100%.
Pois bem. Com os processos administrativos anexados aos autos, determino a realização de perícia médica para averiguar se à época do
recebimento do primeiro benefício de auxílio-doença, a parte já se encontrava apta a aposentar-se por invalidez.
Assim sendo, determino avaliação médica pelo CLÍNICO Dr.JOSE OTAVIO DE FELICE JUNIOR no dia 14/05/2019 às 10:30 min (neste
Juizado Especial).
1 - O perito deverá responder aos quesitos de praxe do Juízo e aos quesitos das partes, indicando se há necessidade de avaliação da parte
autora por médico de outra especialidade.
2 - A parte autora deverá comparecer à perícia munida de todos os documentos MÉDICOS que possuir, atuais e/ou anteriores, para
comprovar sua incapacidade, bem como documento com foto.
3 - Apresentado o laudo, desde logo, determino sejam as partes intimadas para manifestação, em 05 (cinco) dias, sob as penas da lei.
4 - Intimem-se as partes, com urgência.
5 - Tudo cumprido, venham conclusos para sentença.
Tendo em vista a manifestação da parte autora (evento 41), defiro a dilação de prazo por 60 (sessenta) dias.
Após, remetam-se autos à conclusão com brevidade.
Intime-se.
Em razão da liquidez do título judicial transitado em julgado, é desnecessária a remessa dos autos para a Contadoria Judicial.
Ademais, a ferramenta de expedição das requisições de pagamento já adota os parâmetros inseridos na Resolução 458/2017 do Conselho da
Justiça Federal para atualização de valores.
Pelo exposto, remetam-se os autos para a Seção de RPV/Precatórios para expedição da requisição de pagamento.
Intimem-se.
Acolho a justificativa apresentada pelo(a) perito(a) médico(a) Dr. Alexandre de Carvalho Galdino (neurologista), em comunicado médico
acostado em 25/03/2019.
Remetam-se os autos à Divisão Médico-Assistencial para as providências necessárias quanto à entrega do laudo no Sistema JEF.
Sem prejuízo, manifestem-se as partes, no prazo de 05 (cinco) dias úteis, acerca do(s) laudo(s) pericial(is) médico(s) anexado(s) aos autos e,
se o caso, apresentem parecer de seus respectivos assistentes técnicos, devendo ainda, o réu oferecer proposta de acordo, se assim entender
cabível, bem como se manifestar, expressamente, quanto aos honorários periciais, nos termos do Art. 33, da Resolução CJF-RES-2014/00305,
de 07/10/2014. Caso a parte autora concorde com o conteúdo do laudo, não há necessidade de manifestação. Nos termos da Resolução
GACO nº. 04/2016 e 6/2017, todas as manifestações de partes sem advogado deverão ser encaminhadas, via internet, preferencialmente pelo
Sistema de Atermação Online (SAO) disponível no endereço eletrônico www. jfsp.jus.br/jef/ (menu: Parte sem Advogado –
Instruções/Cartilha).
Após, tornem os autos conclusos a esta Vara-Gabinete.
Intimem-se. Cumpra-se.
Tendo em vista que a presente demanda dispensa, em princípio, a realização de prova oral a ser produzida em audiência de instrução e
julgamento, cancelo a audiência designada, mantendo-a no painel apenas para organização dos trabalhos deste Juízo.
Intimem-se.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 238/1770
5031457-46.2018.4.03.6100 - 4ª VARA GABINETE - DESPACHO JEF Nr. 2019/6301058695
AUTOR: JOSE DA SILVA (SP168719 - SELMA DE CAMPOS VALENTE)
RÉU: CAIXA ECONOMICA FEDERAL (SP215219 - ZORA YONARA MARIA DOS SANTOS CARVALHO PALAZZIN)
Cite-se a CEF. No prazo da resposta, o réu deverá providenciar a juntada de extrato analítico do saldo de contas vinculadas ao FGTS em
nome do autor.
Saliento que o feito deverá ser incluído em pauta extra de acompanhamento dos trabalhos do Gabinete que assessora este Juízo, não havendo
necessidade de comparecimento das partes em audiência.
Intimem-se,
Intimem-se a parte autora para manifestação no prazo de 10 (dez) dias. No mesmo prazo, informe número(s) de telefone(s) ativo(s) de uso
pessoal, de familiares ou vizinhos, bem como apresente croqui detalhado e pontos de referências (igrejas, bancos, mercados, praças, posto de
saúde, ruas próximas, fotos da entrada da moradia, entre outros) que facilitem a localização de sua residência.
Intimem-se.
Visto em despacho.
Ciência à Parte Autora da diligência negativa de NÃO LOCALIZAÇÃO e NÃO CITAÇÃO da corré NAOMI JULIA DE OLIVEIRA
SILVA (evento/anexo 37) no endereço presente no banco de dados da RECEITA FEDERAL DO BRASIL – Web Service (evento/anexo
28).
Concedo à parte autora o prazo suplementar de 10 (dez) dias para fornecer endereço atualizado da corré.
Imperiosa a citação da parte para o prosseguimento da lide neste Juizado Especial Federal.
A alternativa de citação por edital não pode ocorrer em sede dos Juizados por expressa vedação legal, devendo o processo ser remetido a uma
das Varas Federais Previdenciárias desta Capital.
Decorrido o prazo, tornem conclusos.
Int.
O advogado da parte autora formula pedido de destacamento de honorários, com fulcro no art. 22, §4º, da Lei nº 8.906/94 (Estatuto da OAB).
Apresenta contrato de honorários com eficácia de título executivo extrajudicial, nos termos do art. 784, inciso III, do novo Código de Processo
Civil, visto estar subscrito pela parte contratante e por duas testemunhas devidamente identificadas.
Além disso, o advogado efetivamente atuou no processo, os honorários não ultrapassam o percentual máximo fixado na tabela em vigor da
OAB/SP e consta dos autos declaração recente da parte autora dando-se por ciente do valor a ser destacado e atestando não ter antecipado,
no todo ou em parte, o pagamento dos honorários contratuais.
Diante do exposto, DEFIRO o destacamento dos honorários nos termos do art. 22, §4º, da Lei nº 8.906/94, no montante de 30% (trinta por
cento), em nome do advogado constante do contrato de honorários e devidamente cadastrado no presente feito.
Dê-se prosseguimento ao feito com a expedição do ofício precatório.
Intimem-se.
Dou por regularizada a inicial, tendo em vista que o benefício objeto da lide (NB 603.743.426-7) foi cessado na esfera administrativa em
14/01/2019 (cf. CNIS – evento 11, pág. 10), devendo o feito, portanto, ter normal prosseguimento.
À Divisão Médico-Assistencial para o agendamento da perícia médica, e por derradeiro tornem os autos conclusos para a apreciação do pleito
de tutela antecipada requerida.
Int.
Petição de 05/02/2019: aguarde-se o decurso do prazo dado à parte ré para cumprimento da obrigação de fazer imposta.
Após, com o cumprimento, dê-se regular prosseguimento ao feito nos termos do despacho retro.
Intimem-se.
Uma vez que ainda não houve a citação do réu, determino a reinclusão do feito em pauta, mantendo-se dispensada a presença das partes.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 242/1770
Int.
Compulsando os autos, verifico que o patrono não possui poderes para representar a parte autora, de vez que não consta procuração nos
autos
Assim, concedo o prazo de 10 (dez) dias para que a parte autora apresente procuração, para regularização da representação processual.
Consigno, ainda, que a procuração deverá apresentar poderes para transigir, em face da composição celebrada nos autos.
Indefiro, outrossim, o pedido do patrono, tendo em vista que a requisição de pagamento deve ser expedida em nome da parte autora e o
levantamento deve seguir a norma bancária, conforme Resolução 458/2017 do CJF.
Decorrido o prazo sem a apresentação do documento, exclua-se o patrono do cadastro do feito e intime-se a parte autora para ratificação do
acordo celebrado nos autos.
Com a apresentação do documento, remetam-se os autos ao setor de RPV/PRC para expedição do necessário.
Intime-se. Cumpra-se.
PERÍCIAS MÉDICAS
Designo a(s) seguinte(s) perícia(s) médica(s):
- 13/05/2019, às 13:00, aos cuidados do(a) perito(a) RONALDO MARCIO GUREVICH (ORTOPEDIA), a ser realizada no endereço
AVENIDA PAULISTA,1345 - 1º SUBSOLO - BELA VISTA - SÃO PAULO
A parte autora deverá comparecer à perícia munida de documento original de identificação com foto (RG, CTPS, Carteira Nacional de
Habilitação válida, carteira profissional do órgão de classe ou passaporte), bem como de atestados e exames médicos que comprovem a
incapacidade alegada.
No prazo de 10 (dez) dias, as partes poderão formular quesitos a serem respondidos pelo(a) perito(a) e indicar assistente técnico, nos termos
do art. 12, §2º, da Lei nº 10.259/2001 e no disposto no art. 6º da Portaria nº.3, de 14 de maio de 2018, publicada no Diário Eletrônico da Justiça
Federal da 3ª Região em 13/06/2018.
A ausência sem justificativa à perícia, no prazo de 05 (cinco) dias, implicará o julgamento do feito nos termos em que se encontra.
Intimem-se as partes.
Acolho a justificativa apresentada pelo(a) perito(a) médico(a) Dr. Alexandre de Carvalho Galdino (neurologista), em comunicado médico
acostado em 21/03/2019.
Remetam-se os autos à Divisão Médico-Assistencial para as providências necessárias quanto à entrega do laudo no Sistema JEF.
Sem prejuízo, manifestem-se as partes, no prazo de 05 (cinco) dias úteis, acerca do(s) laudo(s) pericial(is) médico(s) anexado(s) aos autos e,
se o caso, apresentem parecer de seus respectivos assistentes técnicos. Nos termos da Resolução GACO nº. 04/2016 e 6/2017, todas as
manifestações de partes sem advogado deverão ser encaminhadas, via internet, preferencialmente pelo Sistema de Atermação Online (SAO)
disponível no endereço eletrônico www. jfsp.jus.br/jef/ (menu: Parte sem Advogado – Instruções/Cartilha).
Intimem-se. Cumpra-se.
Vistos.
Petição de 13.02.2019 (eventos 31/32), Petição de 08.03.2019 (eventos 38/39) e Petição de 19.03.2019 (eventos 40/41): Tendo em vista os
termos das manifestações da parte autora, a realização de novos exames, os registros de internações hospitalares no final do ano de 2017, no
ano de 2018 e, por último, no recente período de 07 a 14.03.2019, bem assim a apresentação de novos relatórios médicos, retornem os autos
ao Sr. Perito para complementar o laudo, bem assim se manifestar se, diante desse contexto, há elementos a alterar suas conclusões ou a
exigir nova realização de exame pericial.
Após a manifestação do Perito, retornem os autos à conclusão.
Ante a petição da parte autora de 21.02.2019, oficie-se ao INSS para que cumpra integralmente a obrigação de fazer, uma vez que o campo
“função” da CTC expedida não foi preenchido. Assim, deverá constar a função de professora exercida pela parte autora.
Prazo: 30 (trinta) dias.
Intimem-se.
Evento 48: Cadastre-se o endereço fornecido da corré Maria do Carmo Matias Ferreira e, ato contínuo, expeça-se novo mandado de citação.
Sem prejuízo, DESIGNO a REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO para o dia 23/05/2019 às 13h45min.
Eventuais testemunhas deverão comparecer independente de intimação.
Intimem-se. Cumpra-se.
Ciência às partes do ofício e documentos anexados aos autos, para manifestação em 05 (cinco) dias. Após, aguarde-se o julgamento em data
oportuna. Intimem-se.
O parágrafo 3º do artigo 55 da Lei 8.213/91, dispõe que a comprovação do tempo de serviço para fins previdenciários, inclusive mediante
justificativa administrativa ou judicial, só produzirá efeito quando for baseada em início de prova material contemporânea dos fatos, não
admitida a prova exclusivamente testemunhal.
Em ambos os vínculos a parte autora exercia a função de vendedora de assinaturas de periódicos, sendo que as defesas alegaram que a
autora era autônoma ou prestava serviço para outra empresa. O tempo foi reconhecido pela Justiça do Trabalho com base nos depoimentos
prestados e na defesa escrita das rés.
Contudo, não consta nos presentes autos qualquer documento contemporâneo que comprove a prestação do serviço.
Assim, concedo à parte autora o prazo de 15 (quinze) dias, para que junte aos autos documentos que comprovem os vínculos, tais como:
comprovante de pagamento, crachá, recibos entre outros que entenda pertinentes, sob pena de preclusão.
Com a juntada, dê-se vista ao réu pelo prazo de 5 (cinco) dias.
Após, aguarde-se oportuno julgamento.
Intimem-se.
Em fase de saneamento, a autora apresentou petições e documentos essenciais, dentre os quais as peças mais importantes:
Evento 21 – planilha de cálculo de alçada, com base na renda mensal de um salário mínimo;
Evento 23 – processo administrativo, onde consta a informação de existência de pensão pelo mesmo instituidor em favor de Dalva,
mencionada na Certidão de Óbito (fls. 02/NB21 ativo, fls. 04, fls. 12/CNIS com pensão ativa, fls. 84/88, 98);
Evento 31 – aditamento para inclusão da pensionista Dalva Salina Rosa no pólo passivo da ação, informados os dados para citação;
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 248/1770
Evento 45 – Ação de Nulidade de inventário proposta em face da Dalva Salina Rosa.
Pela ordem, foi determinada a juntada de pesquisa dataprev da pensão de titularidade de Dalva Salina Rosa, onde consta a renda mensal atual
de R$ 4.738,28, revelando o completo equívoco da apuração de valor da alçada com base em um salário mínimo, segundo constante dos
cálculos apresentados pela autora (evento 21).
A documentação revela, ainda, que a autora pretende não o mero desdobramento, mas a exclusão de Dalva Salina Rosa da pensão por morte
pelo mesmo instituidor, para exclusiva concessão em seu favor.
À vista do citado, há necessidade de apresentação de NOVA planilha de cálculos retificada com base nos valores constantes da pesquisa
dataprev evento 55 (valor mensal de R$ 4.738.28, e não o salário mínimo) e o interesse da lide (exclusão da dependente atual).
A parte autora deverá apresentar, portanto, no prazo de 05 (cinco) dias, sob pena de extinção do feito sem análise do mérito, a planilha
retificada nos termos determinados para (i) comprovar que o montante postulado perante este Juizado Especial Federal, que deve refletir a
totalidade do proveito econômico almejado, não ultrapassa o limite de alçada de 60 salários mínimos; OU (ii) apresentar termo de renúncia
expresso aos valores que excederem o limite de 60 salários mínimos. Cumpre ressaltar que, em se tratando o feito de pedido para pagamento
de prestações vencidas e vincendas, no cálculo do valor da causa deve ser computado o montante atrasado acrescido de 12 prestações
mensais, calculado com base no valor mensal do benefício, ou seja, R$ 4.738,28.
Sem prejuízo, ao setor de atendimento 02 para inclusão da pensionista Dalva Salina Rosa no pólo passivo da presente ação (dados petição
evento 31, fls. 87 evento 23 e pesquisa dataprev evento 55).
Int. Cadastre-se a corré. Decorrido o prazo, voltem os autos para demais andamentos.
Esclareça, inicialmente, a parte autora, no prazo improrrogável de 05 (cinco) dias, sob pena de extinção do feito sem resolução do mérito, o
seu interesse processual, visto que a aposentadoria por invalidez foi implantada e o benefício (NB 5501048350) continua ativo.
Int.
Tendo em vista o teor da petição juntada ao arquivo 12 e considerando os interesses indisponíveis dos menores, determino a intimação da
genitora dos menores, Sra Cristiane, no endereço da Rua Gil Martins, 18, Jardim Dom Fernando, São Paulo, CEP: 08160-700, para que ela
compareça na sede deste neste Juizado Especial Federal com cópia dos documentos pessoas (RG, CPF e endereço completo) dos menores
filho do falecido José Bento Gomes e requeira a inclusão deles no presente feito.
Sem prejuízo, determino que o Oficial de Justiça, quando do cumprimento do mandado de intimação, solicite os documentos dos menores para
verificação e anotação dos dados (nome completo, filiação e número de RG e CPF), os quais deverão ser informados na certidão.
O Oficial também deverá advertir a representante legal dos menores que a ausência de comparecimento no prazo acima concedido ensejará a
expedição de ofício ao Ministério Público Federal para o fim de tutelar os interesses dos menores e a adotar as medidas cabíveis.
Por ora, fica mantida a audiência já designada nos autos, até posterior determinação deste Juízo.
Intimem-se. Cumpra-se.
Intime-se.
MARIA ALVES DO NASCIMENTO ajuizou a presente demanda em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL,
pleiteando a concessão do benefício previdenciário por incapacidade.
Denota-se foram efetuados pela demandante recolhimentos, na qualidade de segurado facultativo de baixa renda, que não foram
validados/homologados pela parte ré.
Assentada tal premissa, por ora, intime-se a parte autora para que comprovar em 15 (quinze) dias pertencer à família de baixa renda.
Impende considerar que, nos termos da legislação de regência, considera-se de baixa renda a família inscrita no Cadastro Único para
Programas Sociais do Governo Federal - CadÚnico, cuja renda mensal seja de até 2 (dois) salários mínimos.
Após, retornem os autos conclusos para verificar a necessidade de audiência de instrução.
Intime-se. Cumpra-se.
Diante da decisão proferida pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal nos autos da Pet 8002, que suspendeu, em todo o território
nacional, as ações judiciais individuais ou coletivas e em qualquer fase processual, que tratam sobre a extensão do pagamento do adicional de
25% não relacionada às aposentadorias por invalidez, determino o sobrestamento do feito até ulterior decisão do E. Supremo Tribunal Federal,
com a remessa do feito ao arquivo sobrestado, com lançamento da fase respectiva, para fins estatísticos.
Cancele-se eventual perícia já agendada.
Intime-se e cumpra-se.
Intime-se o(a) herdeiro(a) habilitado(a) sobre a liberação dos valores junto ao Banco do Brasil.
Informe-se também que o levantamento somente poderá ser realizado no posto de atendimento bancário localizado no 13º andar deste prédio,
devendo ser apresentada cópia do ofício encaminhado ao banco autorizando o saque no momento do levantamento dos valores, documento de
identidade, CPF e comprovante de endereço com data de emissão de até 90 dias.
Após, proceda-se à extinção da execução.
Intime-se.
Considerando o quanto pedido e julgado nos autos nº. 0045608-18.2017.4.03.6301, julgados improcedente pela R. Sentença de 23.02.2018,
esclareça a parte autora a eleição nestes autos do benefício nº. 618.765.435-1 como causa de pedir.
Se for o caso, adite a inicial para esclarecimento do benefício objeto da lide, devendo, neste caso, juntar aos autos o respectivo comprovante
de indeferimento ou cessação da causa de pedir.
Prazo: 15 dias improrrogáveis.
Regularizado o feito, venham conclusos para análise de possível ofensa a coisa julgada formada nos autos nº. 0045608-18.2017.4.03.6301.
No silêncio, venham conclusos para extinção.
Intimem-se.
Vistos etc.
Desnecessária, ao menos por ora, a juntada do processo administrativo referente ao benefício vindicado, vez que já constam dos autos os
elementos fáticos necessários ao exame da controvérsia.
Cite-se o INSS.
Após, conclusos para deliberação.
Intime-se.
A ré Caixa Econômica Federal - CEF alega que a parte autora não teria se insurgido contra a compra que teria originado o débito discutido
nestes autos e/ou dado prosseguimento ao processo de contestação de compra, o qual teria sido orientado a realizar.
Por sua vez, o autor narra em sua petição inicial que teria realizado a contestação da compra e orientado a pagar apenas os valores que
entendia como sendo devidos e posteriormente solicitar o cancelamento do cartão de crédito, o que alega ter realizado junto a central de
atendimento da Ré gerando os protocolos de atendimentos registrados sob os nº 20143160173130000 e nº 20152770164230000.
Assim, não tendo a ré carreado aos autos qualquer prova de que tenha sido o autor orientado no sentido de dar prosseguimento ao processo de
contestação da compra, determino a intimação da Caixa Econômica Federal - CEF para que apresente, no prazo de 10 (dez) dias, o(s)
arquivo(s) contendo a gravação do(s) áudio(s) dos atendimentos que geraram os protocolos registrados sob os nº 20143160173130000 e nº
20152770164230000, juntamente com eventuais documentos a eles vinculados.
A não apresentação dos documentos pela CEF será valorada em conformidade com as regras de distribuição do ônus da prova, podendo, no
momento do julgamento, ensejar a aplicação do artigo 6º, VIII, do Código de Defesa do Consumidor.
Apresentados os documentos, dê-se vista a parte autora e a corré para manifestação no prazo comum de 05 (cinco dias).
Cumpra-se. Intimem-se.
Petição de 13/02/2019: aguarde-se o decurso do prazo dado à parte ré para cumprimento da obrigação de fazer imposta.
Após, com o cumprimento, dê-se regular prosseguimento ao feito nos termos do despacho retro.
Intimem-se.
Oficie-se à APS para que, no prazo de 10 (dez) dias, providencie a juntada de cópia integral e legível do processo administrativo relativo ao
NB 168.765.945-9.
Cite-se. Intimem-se.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 253/1770
0039791-36.2018.4.03.6301 - 11ª VARA GABINETE - DESPACHO JEF Nr. 2019/6301058605
AUTOR: JOSEMAR GOMES DA SILVA (SP241326 - RUY MOLINA LACERDA FRANCO JUNIOR)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
O advogado da parte autora formula pedido de destacamento de honorários em nome da sociedade individual de advocacia, com fulcro no art.
22, § 4º, da Lei nº 8.906/94 (Estatuto da OAB).
Apresenta contrato de honorários com eficácia de título executivo extrajudicial, nos termos do art. 784, inciso II, do novo Código de Processo
Civil, visto estar subscrito pelas partes contratantes e por duas testemunhas devidamente identificadas.
Além disso, o advogado efetivamente atuou no processo, os honorários não ultrapassam o percentual máximo fixado na tabela em vigor da
OAB/SP e consta dos autos declaração recente da parte autora dando-se por ciente do valor a ser destacado e atestando não ter antecipado,
no todo ou em parte, o pagamento dos honorários contratuais.
Por fim, o feito está instruído com o contrato de honorários e, conforme se observa dos autos processuais, trata-se de Sociedade Unipessoal
de Advogado, cujo único integrante é o próprio patrono da parte autora.
Diante do exposto, DEFIRO o destacamento dos honorários advocatícios, nos termos do art. 22, §4º, da Lei nº 8.906/94, no montante de 30%
(trinta por cento), em nome de RUY MOLINA SOCIEDADE INDIVIDUAL DE ADVOCACIA, inscrita no CNPJ sob nº 27.391.299/0001-
09.
Intimem-se.
Vistos.
Nos presentes autos, observa-se que, embora a parte autora tenha sido representada pela sua genitora, sra. Michelle Aparecida Lopes Coelho
dos Santos, em fase de conhecimento, não foi promovida a interdição civil do demandante. Por oportuno, embora a decisão exarada em
28.06.2018 (ev. 30) tenha autorizado que fosse subscrito termo de compromisso nos termos do art. 110 da Lei nº 8.213/1991, isto não supre a
necessidade de regularização da representação para fins de expedição de requisições de pagamento perante a Fazenda Pública.
Diante do exposto, concedo o prazo de 60 (sessenta) dias para juntada aos autos de certidão de interdição do autor perante a Justiça Estadual,
bem como de nova procuração e documentos pessoais do curador.
No mesmo prazo acima, ante a irregularidade da situação cadastral do autor junto à Receita Federal (ev. 60), determino à parte autora que
proceda à regularização junto ao órgão competente.
Com a juntada dos documentos, caso seja necessário, providencie o setor competente a alteração do cadastro no sistema informatizado deste
Juizado e prossiga-se com a expedição das requisições de pagamento.
Decorrido o prazo sem o cumprimento, aguarde-se provocação no arquivo.
Ciência ao MPF.
Intime-se. Cumpra-se.
No tocante ao período de 09/04/1987 a 19/11/1987, a parte autora informa que exerceu as funções de “vigilante”. Pretende o reconhecimento
da especialidade com base no enquadramento por categoria profissional. Verifico que a cópia da CTPS juntada à fl. 30 do arquivo 17 não
menciona o cargo ocupado pela parte autora no referido interregno.
Assim, concedo o prazo de 10 dias, sob pena de preclusão, para a parte autora apresentar todos os documentos que entender pertinentes para
a comprovação do exercício da função de vigilante no período de 09/04/1987 a 19/11/1987 (declaração da empresa, ficha registro de
empregados etc.).
No mesmo prazo (10 dias), junte aos autos, também sob pena de preclusão, PPP atualizado no tocante ao período de 12/04/1999 a 10/03/2017
(vínculo com a empresa “Decarto Benvic Ltda”). Isso porque o PPP juntado pela parte autora às fls. 44-46 do arquivo 19, supostamente
comprovaria a exposição a fatores de risco no interregno de 01/01/2004 a 08/07/2015 (data de emissão do PPP).
Com a juntada de documentos pela parte autora, dê-se ciência ao INSS para eventual manifestação no prazo de 5 dias.
Apenas para fins de organização dos trabalhos, reagende-se o feito em pauta, dispensado o comparecimento das partes.
Intimem-se.
Sem prejuízo, remetam-se os autos à Contadoria Judicial para o cálculo dos valores em atraso.
Intimem-se.
Considerando a petição da ré no evento 25, intime-se a parte autora para que, no prazo de 5 dias, apresente cópia das principais peças do
processo que originou a concessão do benefício de auxílio doença 1411053793 (tais como sentença, acórdão e certidão de trânsito em julgado),
na qual houve o reconhecimento de tempo de serviço rural.
Após o anexo das cópias pela parte autora, conceda-se vista ao INSS no prazo de 5 dias, para manifestar-se ou propor acordo.
Int.
No presente feito, a autora busca a revisão da RMI de sua aposentadoria mediante inclusão dos valores recebidos a título de auxílio-acidente.
Em consulta ao sistema HISCREWEB é possível verificar que o benefício acidentário foi deferido por força de decisão judicial, sendo
implantado a partir de 07/2010 (possuindo remunerações somente a partir dessa data).
Dessa forma, concedo à autora o prazo de 30 (trinta) dias para que junte aos autos cópia da ação judicial relativa ao benefíco de auxílio-
acidente, contendo principalmente a discriminação mês a mês de todos os salários recebidos, sob pena de preclusão da prova e elaboração dos
cálculos com base nos valores constantes do sistema.
Int.
Intime-se a parte autora para emendar a inicial, no prazo improrrogável de 15 (quinze) dias, sob pena de extinção do feito sem resolução do
mérito.
Observo que a parte autora deve esclarecer e/ou sanar todas as dúvidas e/ou irregularidades apontadas no documento “INFORMAÇÃO DE
IRREGULARIDADE NA INICIAL”, anexado aos autos.
Regularizada a inicial, venham conclusos para análise da prevenção.
Os honorários podem ser expedidos a favor de quaisquer dos advogados da procuração vigente no momento da prolação do acórdão. Assim,
considerando que já houve a expedição da requisição de pequeno valor no presente feito e que o montante já foi disponibilizado junto à
instituição bancária, expeça-se ofício ao Egrégio Tribunal Regional Federal da Terceira Região solicitando providências com vistas ao estorno
destes valores e cancelamento da requisição já expedida.
Com a resposta do TRF, expeça-se nova requisição de pagamento em nome de Dr. Juliano Prado Quadros de Souza, OAB/SP 216.575,
conforme requerido pela parte, haja vista que o patrono possui procuração nestes autos.
Intime-se.
Intime-se a parte autora, para que no prazo de 5 (cinco) dias, manifeste-se a respeito das ausências nas pericias medica e social, SOB PENA
DE PRECLUSÃO DE PROVA.
Considerando as alegações do INSS, oficie-se a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo para que, no prazo de 15 (quinze) dias, junte aos
autos cópias dos prontuários médicos, exames e atestados da parte autora.
Com a juntada de todos os prontuários médicos e demais documentos requeridos acima, remetam-se os autos ao perito Dr. Vitorino
Secomandi Lagonegro, para que, diante dos documentos juntados, esclareça se ratifica ou retifica o as suas conclusões.
Intimem-se.
Sem prejuízo, manifestem-se as partes, no prazo de 05 (cinco) dias úteis, acerca do laudo médico anexado aos autos e, se o caso, apresente
parecer de assistente técnico, devendo ainda, o réu oferecer proposta de acordo, se assim entender cabível, bem como se manifestar,
expressamente, quanto aos honorários periciais, nos termos do Art. 33, da Resolução CJF-RES-2014/00305, de 07/10/2014. Caso a parte
autora concorde com o conteúdo do laudo, não há necessidade de manifestação. Nos termos da Resolução GACO nº. 4/2016 e 6/2017, todas
as manifestações de partes sem advogado deverão ser encaminhadas, via internet, preferencialmente pelo Sistema de Atermação Online
(SAO) disponível no endereço eletrônico www. jfsp.jus.br/jef/ (menu: Parte sem Advogado/Instruções/Cartilha).
Intimem-se. Cumpra-se.
Vistos em despacho.
Em vista das decisões proferidas pelo C. Superior Tribunal de Justiça, que, nos autos dos Recursos Especiais nº 1.554.596/SC e nº
1.596.203/PR, determinou a suspensão da tramitação das ações relacionadas à não aplicação do art. 3º, da Lei 9.876/99 em todo território
nacional, de rigor o sobrestamento da presente demanda até ulterior decisão do referido Tribunal.
Assim, remeta-se o feito ao arquivo sobrestado, identificado no sistema de gerenciamento de processos deste Juizado pela matéria “01”,
assunto “040201” e complemento do assunto “775”.
Intimem-se. Cumpra-se.
De acordo com o parecer da contadoria judicial (evento 16), em caso de procedência do pedido conforme a petição de emenda à inicial
(evento 47), o valor das prestações vencidas, acrescido de 12 (doze) prestações vincendas, ultrapassaria o limite de alçada deste Juizado
Especial Federal na data do ajuizamento da ação (art. 292, §§1º e 2º do CPC/2015).
Desse modo, concedo ao autor o prazo de 05 (cinco) dias para que se manifeste, esclarecendo se renuncia ao crédito relativo às prestações
atrasadas excedentes ao limite de alçada na data do ajuizamento da ação, de forma que a soma entre as prestações vencidas e 12 (doze)
vincendas não ultrapasse 60 (sessenta) salários mínimos naquela data, sem prejuízo do recebimento das prestações vencidas ao longo do
processo.
A manifestação de renúncia deverá estar acompanhada de declaração de próprio punho do demandante ou por procuração com poder
especial para renunciar outorgada ao representante processual (artigo 105 do CPC), sob pena de ser considerada ineficaz.
O silêncio equivalerá à manifestação de não renúncia.
Em seguida, tornem os autos conclusos.
Intimem-se.
Autos desarquivados.
Ao contrário do alegado, a parte autora não formulou pedido específico, uma vez que a referida petição (sequência 81) veio desacompanhada
de qualquer tipo de fundamentação e, portanto, pedido.
Contudo, em homenagem ao princípio do devido processo legal, concedo à parte autora o prazo de 05 (cinco) dias para a devida regularização.
Decorrido sem manifestação, retornem os autos ao arquivo.
Intime-se.
Remetam-se os autos à Divisão Médico-Assistencial para as providências necessárias quanto à entrega do laudo pericial no Sistema do
Juizado.
Sem prejuízo, manifestem-se as partes, no prazo de 05 (cinco) dias úteis, acerca dos laudos médico e socioeconômico anexados aos autos e,
se o caso, apresentem parecer de seus respectivos assistentes técnicos, devendo ainda, o réu oferecer proposta de acordo, se assim entender
cabível, bem como se manifestar, expressamente, quanto aos honorários periciais, nos termos do Art. 33, da Resolução CJF-RES-2014/00305,
de 07/10/2014. Caso a parte autora concorde com o conteúdo dos laudos, não há necessidade de manifestação. Nos termos da Resolução
GACO nº. 4/2016 e 6/2017, todas as manifestações de partes sem advogado deverão ser encaminhadas, via internet, preferencialmente pelo
Sistema de Atermação Online (SAO) disponível no endereço eletrônico www. jfsp.jus.br/jef/ (menu: Parte sem
Advogado/Instruções/Cartilha).
Cumpra-se.
Dê-se ciência à parte autora sobre o documento juntado pela CEF com a informação de que já cumpriu a obrigação de fazer.
Nada sendo comprovado ao contrário, no prazo de 10 (dez) dias, tornem conclusos para extinção.
Por oportuno, ressalto que o levantamento do valor depositado deve ser realizado diretamente na instituição bancária pela parte autora, sem
necessidade de expedição de ordem ou alvará judicial.
Assevero que, no caso de condenação em honorários sucumbenciais, os valores depositados deverão ser levantados diretamente na instituição
bancária pelo advogado constituído nos autos.
Intimem-se.
Intime-se a parte autora para se manifestar, no prazo de 05 dias, sobre o comunicado social (anexo nº 32), bem como apresentando
documentos que comprovem o período de internação do requerente.
No silêncio, tornem os autos conclusos para extinção.
Int.
Tendo em vista o cumprimento da obrigação de fazer pela parte ré em sede de tutela, remetam-se os autos à Seção de RPV/Precatórios para
a expedição do necessário ao pagamento.
Intimem-se.
Não constato a ocorrência de litispendência ou coisa julgada em relação ao(s) processo(s) apontado(s) no termo de prevenção, pois são
distintas as causas de pedir, tendo em vista que os fundamentos são diversos e/ou os pedidos são diferentes.
Dê-se baixa na prevenção.
Intime-se a parte autora para emendar a inicial, no prazo improrrogável de 15 (quinze) dias, sob pena de extinção do feito sem resolução do
mérito.
Observo que a parte autora deve esclarecer e/ou sanar todas as dúvidas e/ou irregularidades apontadas no documento “INFORMAÇÃO DE
IRREGULARIDADE NA INICIAL”, anexado aos autos.
Regularizada a inicial, proceda a Secretaria da seguinte forma:
a) havendo necessidade de alteração, inclusão ou exclusão de algum dado do cadastro da parte, encaminhem-se os autos à Divisão de
Atendimento;
b) em seguida, em sendo o caso, remetam-se os autos à Divisão de Perícia Médica para designação de data para a realização do exame
pericial;
c) havendo pedido de antecipação dos efeitos da tutela, tornem os autos conclusos;
d) por fim, adotadas todas as providências acima, expeça-se mandado de citação, caso já não tenha sido o réu citado.
O INSS impugna o cálculo da renda mensal reajustada do benefício NB: 086.125.574-7 sob o fundamento de que a Contadoria Judicial
considerou valores de salário-de-benefício que superam o teto.
Não obstante a impugnação apresentada, observa-se que o acórdão de 04/08/2015, o qual reformou integralmente a sentença anteriormente
prolatada e que se manteve inalterado apesar dos recursos posteriormente interpostos, determinou a revisão do benefício da parte autora pela
majoração do teto previdenciário pelas EC 20/98 e 41/03, deixando expressamente consignado que o recálculo da RMI deveria ser realizado
sem a incidência do teto no salário-de-benefício.
Assim, tendo em vista que a pretensão vinculada pelo INSS é contrária à ordem contida no julgado, rejeito a impugnação apresentada e acolho
o cálculo apresentado pela Contadoria Judicial.
Oficie-se ao INSS para que, no prazo de 30 (trinta) dias, promova a readequação da renda mensal do benefício objeto deste feito, conforme os
dados constantes no parecer contábil de 21/11/ 2018, sem gerar diferenças ou consignação na esfera administrativa.
Com o cumprimento, retornem os autos para a Contadoria Judicial para apuração dos atrasados.
Intimem-se.
Petição protocolada no evento 12: Excepcionalmente, concedo à parte autora o prazo suplementar de 10 (dez) dias para integral cumprimento
da determinação anterior, devendo a tal providenciar o seguinte:
– Regularizar o seu nome perante os órgãos competentes e juntar cópias legíveis do CPF e RG com o nome atualizado.
Regularizado o feito, remetam-se os autos à Divisão de Atendimento para que o nome da parte autora seja atualizado no sistema processual.
Decorrido o prazo sem o integral cumprimento, tornem conclusos para extinção.
Intime-se.
Em cumprimento ao determinado no despacho de 20/03/2019, procedeu o Gabinete da 6ª Vara ao cadastramento de GUSTAVO BARBOZA
DE SOUSA no polo ativo.
Designo nova audiência de instrução para o dia 08 de maio de 2019, às 15h00, na sede deste Juizado Especial Federal (Av. Paulista, nº 1345,
9º andar). As testemunhas que as partes pretenderem sejam ouvidas, no número máximo três para cada parte, deverão comparecer à
Intimem-se.
Vistos.
Ante a irregularidade da situação cadastral da coautora Junnifer Oliveira Santos junto à Receita Federal (ev. 49), concedo à parte autora o
prazo de 15 (quinze) dias para que proceda à regularização junto ao órgão competente.
Com a juntada do comprovante de tal correção, caso seja necessário, providencie o setor competente a alteração do cadastro no sistema
informatizado deste Juizado e prossiga-se com a expedição das requisições de pagamento.
Decorrido o prazo sem o cumprimento, aguarde-se provocação no arquivo.
Intime-se. Cumpra-se.
A despeito da manifestação da parte autora (anexos 72/73), verifico que foi constatada a incapacidade civil da parte autora e que o montante
apurado em sede de execução possui valor significativo, que passará a incorporar o patrimônio do(a) beneficiário(a), restando imperioso que,
com relação a tais valores, sejam adotadas medidas preventivas nos moldes do art. 1.754 do Código Civil.
Saliento que o disposto no art. 110 da Lei n.º 8.213/91 é aplicado somente para fins previdenciários, não dispensando o ajuizamento de ação de
Considerando a duplicidade na anexação do mesmo laudo pericial, determino a exclusão e o cancelamento do protocolo eletrônico nº
2019/6301116890 protocolado em 21/03/2019.
Encaminhem-se os autos à Divisão de Atendimento para as providências cabíveis.
Sem prejuízo, manifestem-se as partes sobre o laudo médico anexado em 26/03/2019.
Prazo: 05 (cinco) dias úteis.
Nos termos da Resolução GACO nº. 04/2016 e 6/2017, todas as manifestações de partes sem advogado deverão ser encaminhadas, via
internet, preferencialmente pelo Sistema de Atermação Online (SAO) disponível no endereço eletrônico www. jfsp.jus.br/jef/ (menu: Parte
sem Advogado – Instruções/Cartilha).
Cumpra-se. Intimem-se.
Assim, aguarde-se o decurso do prazo dado à parte ré para cumprimento da obrigação de fazer imposta.
Intimem-se.
Prejudicada a petição da parte autora protocolizada em 26/03/2019, haja vista o esgotamento da atividade jurisdicional.
Petição 19/03/2019: defiro o requerido pela Parte Autora, expeça-se mandado de intimação das testemunhas elencadas, conforme segue:
- RACHEL ALMEIDA SPURO MATTAR, CPF nº 177.150.508-73, residente na Rua de Cachoeira, 65, apto. 104, Vila Nova Conceição,
São Paulo/SP;
- ANA HELENA PEREZ DE MATTOS, CPF nº 272.692.478-62, residente na Rua Pedroso Alvarenga, 345, apto. 172, Itaim Bibi, São
Paulo/SP.
Cumpra-se. Int.
Intime-se o Autor para que se manifeste, em 05 (cinco) dias, a respeito das informações e dos documentos trazidas pelo Réu, na contestação.
Após, tornem os autos conclusos.
Intimem-se. Cumpra-se.
Intime-se a Perita Assistente Social, Sr. SINOME NARUMIA, para que no prazo de 15 (quinze) dias, esclarecer a divergência relacionada ao
Sr. Lucas Silva Dos Santos, tendo em vista que em primeiro momento há relatos que está desempregado, e na renda per capta consta que o
mesmo está trabalhando formalmente como manobrista e ajudando com as despesas.
Concedo o prazo derradeiro de 5 (cinco) dias para cumprimento integral da determinação anterior, devendo juntar:
- Não consta cópia integral e/ou legível dos autos do processo administrativo de concessão do benefício objeto da lide (capa a
capa).
Tendo em vista a necessidade de nova readequação da pauta, cancelo a audiência de instrução agendada para o dia 02/04/2019.
REDESIGNO, pois, a audiência de instrução para o dia 23 de abril de 2019, às 17h00, na sede deste Juizado Especial Federal (Av. Paulista, nº
1345, 9º andar). As testemunhas que as partes pretenderem sejam ouvidas, no número máximo três para cada parte, deverão comparecer à
audiência independentemente de intimação, salvo na hipótese em que esta for requerida, nos termos do art. 34, § 1º, da Lei nº 9.099/95.
Intimem-se.
PERÍCIAS MÉDICAS
Designo a(s) seguinte(s) perícia(s) médica(s):
- 15/05/2019, às 11:00, aos cuidados do(a) perito(a) ELCIO RODRIGUES DA SILVA (CLÍNICA GERAL), a ser realizada no endereço
AVENIDA PAULISTA,1345 - 1º SUBSOLO - BELA VISTA - SÃO PAULO
A parte autora deverá comparecer à perícia munida de documento original de identificação com foto (RG, CTPS, Carteira Nacional de
Habilitação válida, carteira profissional do órgão de classe ou passaporte), bem como de atestados e exames médicos que comprovem a
incapacidade alegada.
No prazo de 10 (dez) dias, as partes poderão formular quesitos a serem respondidos pelo(a) perito(a) e indicar assistente técnico, nos termos
do art. 12, §2º, da Lei nº 10.259/2001 e no disposto no art. 6º da Portaria nº.3, de 14 de maio de 2018, publicada no Diário Eletrônico da Justiça
Federal da 3ª Região em 13/06/2018.
A ausência sem justificativa à perícia, no prazo de 05 (cinco) dias, implicará o julgamento do feito nos termos em que se encontra.
PERÍCIA SOCIOECONÔMICA
Tendo em vista o requerido pela parte autora na sua inicial e os documentos médicos que a instruíram, designo perícia médica, com médico
reumatologia, a ser realizada em 24/05/2019, às 15:00 horas, com o Dr. Artur Pereira Leite, no 1º Subsolo deste Juizado Especial Federal,
oportunidade em que a parte autora deverá apresentar todos os documentos médicos que possua para comprovação da sua incapacidade em
relação à referida especialidade médica, sob pena de preclusão da prova.
A parte autora também deverá comparecer à perícia munida de documento original de identificação com foto.
No prazo de 10 (dez) dias, as partes poderão formular quesitos a serem respondidos pelo perito e indicar assistente técnico, nos termos do art.
12, §2º, da Lei nº 10.259/2001 e no disposto no art. 6º da Portaria nº.7, de 23 de junho de 2017, publicada no Diário Eletrônico da Justiça
Federal da 3ª Região em 28/06/2017.
A ausência sem justificativa à perícia, no prazo de 05 (cinco) dias, implicará o julgamento do feito nos termos em que se encontra.
Intimem-se. Cumpra-se.
Aguarde-se o decurso do prazo dado à parte ré para cumprimento da obrigação de fazer imposta.
Após, com o cumprimento, dê-se regular prosseguimento ao feito nos termos do despacho retro.
Intimem-se.
Intime-se o autor para informar maiores dados sobre seus irmãos Pedro, Antônio e Sebastião, como nome completo, data de nascimento, CPF
e RG, no prazo de 10 dias.
Com a juntada, intimem-se o INSS e o MPF para se manifestarem no prazo comum de 5 dias, tendo em vista a juntada de documentos no ev.
50, no prazo comum de 5 dias.
Após, venham os autos conclusos para sentença.
Intimem-se.
Intimada para juntar documentos médicos recentes, a autora alegou não possuir nenhum (ev. 11 e 15).
Todavia, observo que há nos autos documento médico datado de 08/02/2017, em que consta “Paciente deu entrada neste serviço no dia
15/01/2017, com quadro de agressividade, persecutoriedade com familiares, solilóquios e isolamento social. HD CID 10: F20.0, de longa data,
deveria seguir no CAPS mas não vai ao tratamento nem adere aos medicamentos” (fl. 8 do ev. 2). Ademais, o benefício assistencial foi
indeferido pelo INSS em razão da renda e não da ausência de deficiência (fl. 30 do ev. 2).
Assim, designo perícia médica na especialidade de psiquiatria, para o dia 05/07/2019, às 14h30, aos cuidados do(a) perito(a) médico(a) Dr(a)
Raquel Szterling Nelken, a ser realizada na Sede deste Juizado, Av. Paulista, 1345 – 1º subsolo – Bela Vista - São Paulo/SP.
A parte autora deverá comparecer à perícia munida de documento original de identificação com foto (RG, CTPS, Carteira Nacional de
Habilitação, carteira profissional do órgão de classe ou passaporte), bem como de atestados e exames médicos que comprovem a
incapacidade alegada.
No prazo de 10 (dez) dias, as partes poderão formular quesitos a serem respondidos pelo(a) perito(a) e indicar assistente técnico, nos termos
do art. 12, §2º, da Lei nº 10.259/2001 e no disposto no art. 6º da Portaria nº.7, de 23 de junho de 2017, publicada no Diário Eletrônico da
Justiça Federal da 3ª Região em 28/06/2017.
A ausência sem justificativa à perícia, no prazo de 05 (cinco) dias, implicará o julgamento do feito nos termos em que se encontra.
Intimem-se.
Vistos.
Considerando a necessidade de que seja comprovada a manutenção da qualidade de segurado da Sra. Erci Polessi Rodrigues na data do óbito,
designo perícia médica indireta para o dia 15 de maio de 2019 às 11:30 horas, na especialidade de clínica geral, aos cuidados do perito médico
Dr. Daniel Constantino Yasbek, a ser realizada na Av. Paulista, 1345 – 1º subsolo - Bela Vista - São Paulo/SP.
A parte autora deverá comparecer à perícia médica indireta munida de documento original de identificação com foto (RG., CTPS e/ou carteira
de habilitação) próprio, bem como de todos os exames, atestados e prontuários médicos que comprovem a incapacidade do segurada falecida,
sendo que a ausência sem justificativa à perícia, no prazo de 05 (cinco) dias, implicará o julgamento do feito nos termos em que se encontra.
No prazo de 05 (cinco) dias, as partes poderão formular quesitos a serem respondidos pelo(a) perito(a) e indicar assistente técnico, nos termos
do art. 12, § 2º, da Lei nº 10.259/2001 e no disposto na PORTARIA Nº. 6301000095/2009-JEF/SP, publicada em 28/08/2009.
Intimem-se as partes.
A parte autora também deverá comparecer à perícia munida de documento original de identificação com foto.
No prazo de 10 (dez) dias, as partes poderão formular quesitos a serem respondidos pelo(a) perito(a) e indicar assistente técnico, nos termos
do art. 12, §2º, da Lei nº 10.259/2001 e no disposto no art. 6º da Portaria nº.7, de 23 de junho de 2017, publicada no Diário Eletrônico da Justiça
Federal da 3ª Região em 28/06/2017.
A ausência sem justificativa à perícia, no prazo de 05 (cinco) dias, implicará o julgamento do feito nos termos em que se encontra.
Intimem-se. Cumpra-se.
Diante da designação de perícia médica para o dia 10/05/2019, resta prejudicada a audiência de instrução e julgamento designada para o dia
30/04/2019.
Reinclua-se o feito em pauta para oportuno julgamento, ficando as partes dispensadas do comparecimento.
Int.
Não merece prosperar, em sede de execução, o pedido de aplicação de índices não apreciados pela sentença de mérito, sob o argumento de
se tratar de um aumento real do valor do benefício.
A presente demanda tratou exclusivamente concessão de aposentadoria por tempo de contribuição, com pagamento de atrasados atualizados
conforme Manual de Cálculos da Justiça Federal vigente.
Em relação ao questionamento dos salários de contribuição utilizados pelo INSS para o cálculo da RMI, encaminhem-se os autos à Contadoria
Judicial para análise e cálculo da RMI nos termos do julgado.
Oportunamente, o pedido de destacamento dos honorários contratuais será analisado.
Intimem-se.
Determino novo agendamento da perícia socioeconômica para o dia 12/04/2019, às 08h00min, aos cuidados do(a) perito(a) Assistente Social
Regina Spineli Moura, a ser realizada na residência da parte autora.
A parte autora deverá apresentar ao(à) perito(a) Assistente Social os documentos pessoais, bem como os comprovantes de rendimentos,
gastos e despesas de todos os membros do seu grupo familiar.
Nos termos do art. 8º, §1º, da Portaria nº. 3, de 14 de maio de 2018, publicada no Diário Eletrônico da Justiça Federal da 3ª Região em
13/06/2018, o(a) perito(a) deverá extrair fotos do ambiente residencial, exceto quando a parte autora se recusar. O(a) perito(a) deverá colher
a manifestação expressa sobre a autorização ou recusa quanto às fotos.
A ausência sem justificativa à perícia, no prazo de 05 (cinco) dias, implicará o julgamento do feito nos termos em que se encontra.
Intimem-se.
Considerando o laudo elaborado pelo Dr. Luciano Antonio Nassar Pellegrino, que salientou a necessidade da parte autora submeter-se à
avaliação na especialidade Clínica Geral, e por tratar-se de prova indispensável ao regular processamento da lide, designo perícia médica para
o dia 13/05/2019, às 15h00min, aos cuidados do perito clínico, Dr. Rubens Kenji Aisawa, a ser realizada na Avenida Paulista, 1345 – 1º subsolo
– Bela Vista - São Paulo/SP.
A parte autora deverá comparecer à perícia munida de documento original de identificação com foto (RG, CTPS, Carteira Nacional de
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 286/1770
Habilitação, carteira profissional do órgão de classe ou passaporte), bem como de atestados e exames médicos que comprovem a
incapacidade alegada.
No prazo de 10 (dez) dias, as partes poderão formular quesitos a serem respondidos pelo(a) perito(a) e indicar assistente técnico, nos termos
do art. 12, §2º, da Lei nº 10.259/2001 e o disposto no art. 6º da Portaria nº.3, de 14 de maio de 2018, publicada no Diário Eletrônico da Justiça
Federal da 3ª Região em 13/06/2018.
A ausência sem justificativa à perícia, no prazo de 05 (cinco) dias, implicará preclusão da prova, prosseguindo o processo nos seus demais
termos.
Intimem-se as partes.
Diante da petição da parte autora juntada em 26/03/2019, encaminhem-se os autos à Divisão de Atendimento para que providencie a inclusão
do(s) número(s) de telefone(s) no Sistema do Juizado.
Sem prejuízo, determino o agendamento da perícia socioeconômica para o dia 10/04/2019, às 14h00min, aos cuidados do(a) perito(a)
Assistente Social Marlete Morais Mello Buson, a ser realizada na residência da parte autora.
A parte autora deverá apresentar ao(à) perito(a) Assistente Social os documentos pessoais, bem como os comprovantes de rendimentos,
gastos e despesas de todos os membros do seu grupo familiar.
Nos termos do art. 8º, §1º, da Portaria nº. 3, de 14 de maio de 2018, publicada no Diário Eletrônico da Justiça Federal da 3ª Região em
13/06/2018, o(a) perito(a) deverá extrair fotos do ambiente residencial, exceto quando a parte autora se recusar. O(a) perito(a) deverá colher
a manifestação expressa sobre a autorização ou recusa quanto às fotos.
A ausência sem justificativa à perícia, no prazo de 05 (cinco) dias, implicará o julgamento do feito nos termos em que se encontra.
Intimem-se.
A parte autora deverá apresentar ao(à) perito(a) Assistente Social os documentos pessoais, bem como os comprovantes de rendimentos,
gastos e despesas de todos os membros do seu grupo familiar.
Nos termos do art. 8º, §1º, da Portaria nº. 3, de 14 de maio de 2018, publicada no Diário Eletrônico da Justiça Federal da 3ª Região em
13/06/2018, o(a) perito(a) deverá extrair fotos do ambiente residencial, exceto quando a parte autora se recusar. O(a) perito(a) deverá colher
a manifestação expressa sobre a autorização ou recusa quanto às fotos.
A ausência sem justificativa à perícia, no prazo de 05 (cinco) dias, implicará o julgamento do feito nos termos em que se encontra.
Intimem-se.
Considerando a duplicidade na anexação do mesmo laudo pericial, determino a exclusão e o cancelamento do protocolo eletrônico nº
2019/6301120699 protocolado em 24/03/2019.
Encaminhe-se os autos à Divisão de Atendimento para as providências cabíveis.
Outrossim, considerando o laudo elaborado pelo(a) Dr. Alexandre de Carvalho Galdino (neurologista), que salientou a necessidade da parte
autora submeter-se à avaliação na especialidade em clínica geral, e por tratar-se de prova indispensável ao regular processamento da lide,
designo perícia médica para o dia 13/05/2019, às 14h30min, aos cuidados do(a) Dr. Rubens Kenji Aisawa (clínico geral), a ser realizada na
Sede deste Juizado, Av. Paulista, 1345 – 1º subsolo – Bela Vista - São Paulo/SP.
A parte autora deverá comparecer à perícia munida de documento original de identificação com foto (RG, CTPS, Carteira Nacional de
Habilitação, carteira profissional do órgão de classe ou passaporte), bem como de atestados e exames médicos que comprovem a
incapacidade alegada.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 287/1770
No prazo de 10 (dez) dias, as partes poderão formular quesitos a serem respondidos pelo(a) perito(a) e indicar assistente técnico, nos termos
do art. 12, §2º, da Lei nº 10.259/2001 e o disposto no art. 6º da Portaria nº.3, de 14 de maio de 2018, publicada no Diário Eletrônico da Justiça
Federal da 3ª Região em 13/06/2018.
A ausência sem justificativa à perícia, no prazo de 05 (cinco) dias, implicará preclusão da prova, prosseguindo o processo nos seus demais
termos.
Sem prejuízo, acolho a justificativa apresentada pelo(a) perito(a) médico(a) Dr. Alexandre de Carvalho Galdino (neurologista), em comunicado
médico acostado em 25/03/2019.
Remetam-se os autos à Divisão Médico-Assistencial para as providências necessárias quanto à entrega do laudo no Sistema JEF.
Intimem-se. Cumpra-se.
PERÍCIAS MÉDICAS
Designo a(s) seguinte(s) perícia(s) médica(s):
- 29/05/2019, às 12:30, aos cuidados do(a) perito(a) LUCIANO ANTONIO NASSAR PELLEGRINO (ORTOPEDIA), a ser realizada no
endereço AVENIDA PAULISTA,1345 - 1º SUBSOLO - BELA VISTA - SÃO PAULO
A parte autora deverá comparecer à perícia munida de documento original de identificação com foto (RG, CTPS, Carteira Nacional de
Habilitação válida, carteira profissional do órgão de classe ou passaporte), bem como de atestados e exames médicos que comprovem a
incapacidade alegada.
No prazo de 10 (dez) dias, as partes poderão formular quesitos a serem respondidos pelo(a) perito(a) e indicar assistente técnico, nos termos
do art. 12, §2º, da Lei nº 10.259/2001 e no disposto no art. 6º da Portaria nº.3, de 14 de maio de 2018, publicada no Diário Eletrônico da Justiça
Federal da 3ª Região em 13/06/2018.
A ausência sem justificativa à perícia, no prazo de 05 (cinco) dias, implicará o julgamento do feito nos termos em que se encontra.
Intimem-se as partes.
PERÍCIAS MÉDICAS
Designo a(s) seguinte(s) perícia(s) médica(s):
- 13/05/2019, às 12:30, aos cuidados do(a) perito(a) NANCY SEGALLA ROSA CHAMMAS (CLÍNICA GERAL), a ser realizada no
endereço AVENIDA PAULISTA,1345 - 1º SUBSOLO - BELA VISTA - SÃO PAULO
A parte autora deverá comparecer à perícia munida de documento original de identificação com foto (RG, CTPS, Carteira Nacional de
Habilitação válida, carteira profissional do órgão de classe ou passaporte), bem como de atestados e exames médicos que comprovem a
incapacidade alegada.
No prazo de 10 (dez) dias, as partes poderão formular quesitos a serem respondidos pelo(a) perito(a) e indicar assistente técnico, nos termos
do art. 12, §2º, da Lei nº 10.259/2001 e no disposto no art. 6º da Portaria nº.3, de 14 de maio de 2018, publicada no Diário Eletrônico da Justiça
Federal da 3ª Região em 13/06/2018.
A ausência sem justificativa à perícia, no prazo de 05 (cinco) dias, implicará o julgamento do feito nos termos em que se encontra.
Intimem-se as partes.
Tendo em vista que a presente ação é idêntica à demanda anterior, apontada no termo de prevenção (processo nº 00535333120184036301), a
qual tramitou perante a 3ª Vara Gabinete deste Juizado, tendo sido extinto o processo sem resolução do mérito, promova-se a redistribuição
dos autos, nos termos do art. 286, inciso II, do Código de Processo Civil.
Sem prejuízo, em vista das decisões proferidas pelo C. Superior Tribunal de Justiça, que, nos autos dos Recursos Especiais nº
1.554.596/SC e nº 1.596.203/PR, que determinou a suspensão da tramitação das ações relacionadas à não aplicação do art. 3º, da Lei 9.876/99
em todos território nacional, de rigor o sobrestamento da presente demanda até ulterior decisão do referido Tribunal.
Assim, remeta-se o feito ao arquivo sobrestado, identificado no sistema de gerenciamento de processos deste Juizado pela
matéria “01”, assunto “040201” e complemento do assunto “775”.
Prejudicada a análise de eventual pedido de medida antecipatória.
No silêncio, tornem conclusos para extinção.
Int.
O pedido formulado nos presentes autos é idêntico ao constante na exordial do processo nº 00480545720184036301, o qual foi julgado extinto
sem resolução do mérito. Redistribua-se o feito ao Juízo da 8ª Vara-Gabinete deste Juizado Especial Federal, nos termos do art. 286, II, do
CPC.
Cancele-se a audiência agendada para o dia 08/05/2019.
Intimem-se.
Vistos, em redistribuição.
Tendo em vista que a presente ação é idêntica à demanda anterior, apontada no termo de prevenção (processo nº 00461500220184036301), a
qual tramitou perante a 07ª Vara Gabinete deste Juizado, tendo sido extinto o processo sem resolução do mérito, promova-se nova
redistribuição dos autos, nos termos do art. 286, inciso II, do Novo Código de Processo Civil.
Sem prejuízo, fica desde já a parte autora intimada a emendar a inicial, no prazo improrrogável de 15 (quinze) dias, sob pena de extinção do
feito sem resolução do mérito.
Observo que a parte autora deve esclarecer e/ou sanar todas as dúvidas e/ou irregularidades apontadas no documento “INFORMAÇÃO DE
IRREGULARIDADE NA INICIAL”, anexado aos autos sob evento 16.
Deve, ainda, apresentar declaração de hipossuficiência, sob pena de indeferimento do benefício de gratuidade.
Regularizada a inicial, proceda a Secretaria da seguinte forma:
a) havendo necessidade de alteração, inclusão ou exclusão de algum dado do cadastro da parte, encaminhem-se os autos à Divisão de
Atendimento;
b) em seguida, em sendo o caso, remetam-se os autos à Divisão de Perícia Médica para designação de data para a realização do exame
pericial;
c) havendo pedido de antecipação dos efeitos da tutela, tornem os autos conclusos;
d) por fim, adotadas todas as providências acima, expeça-se mandado de citação, caso já não tenha sido o réu citado.
Tendo em vista que a presente ação é idêntica à demanda anterior, apontada no termo de prevenção (processo nº 0017447-
61.2018.4.03.6301), a qual tramitou perante a 9ª Vara Gabinete deste Juizado, tendo sido extinto o processo sem resolução do mérito,
promova-se a redistribuição dos autos, nos termos do art. 286, inciso II, do Novo Código de Processo Civil.
Não constato a ocorrência de litispendência ou coisa julgada em relação ao(s) outro(s) processo(s) apontado(s) no termo de prevenção, pois
são distintas as causas de pedir, tendo em vista que os fundamentos são diversos e/ou os pedidos são diferentes.
Sem prejuízo, fica desde já a parte autora intimada a emendar a inicial, no prazo improrrogável de 15 (quinze) dias, sob pena de extinção do
feito sem resolução do mérito.
Observo que a parte autora deve esclarecer e/ou sanar todas as dúvidas e/ou irregularidades apontadas no documento “INFORMAÇÃO DE
IRREGULARIDADE NA INICIAL”, anexado aos autos.
Regularizada a inicial, proceda a Secretaria da seguinte forma:
a) havendo necessidade de alteração, inclusão ou exclusão de algum dado do cadastro da parte, encaminhem-se os autos à Divisão de
Atendimento;
b) em seguida, em sendo o caso, remetam-se os autos à Divisão de Perícia Médica para designação de data para a realização do exame
pericial;
c) havendo pedido de antecipação dos efeitos da tutela, tornem os autos conclusos;
d) por fim, adotadas todas as providências acima, expeça-se mandado de citação, caso já não tenha sido o réu citado.
Intimem-se.
Tendo em vista que a presente ação é idêntica às demandas anteriores, apontadas no termo de prevenção (processos nsº
00432374720184036301 e 00488773120184036301), que tramitaram perante a 10ª Vara Gabinete deste Juizado, tendo sido extintos os
processos sem resolução do mérito, promova-se a redistribuição dos autos, nos termos do art. 286, inciso II, do Novo Código de Processo
Civil.
Sem prejuízo, fica desde já a parte autora intimada a emendar a inicial, no prazo improrrogável de 15 (quinze) dias, sob pena de extinção do
feito sem resolução do mérito.
Observo que a parte autora deve esclarecer e/ou sanar todas as dúvidas e/ou irregularidades apontadas no documento “INFORMAÇÃO DE
IRREGULARIDADE NA INICIAL”, anexado aos autos.
Regularizada a inicial, proceda a Secretaria da seguinte forma:
a) havendo necessidade de alteração, inclusão ou exclusão de algum dado do cadastro da parte, encaminhem-se os autos à Divisão de
Atendimento;
b) em seguida, em sendo o caso, remetam-se os autos à Divisão de Perícia Médica para designação de data para a realização do exame
Não constato a ocorrência de litispendência ou coisa julgada em relação aos processos apontados no termo de prevenção, pois as causas de
pedir são distintas, tendo em vista tratarem de pedidos diversos.
Dê-se baixa na prevenção.
Intime-se a parte autora para emendar a inicial, no prazo improrrogável de 15 (quinze) dias, sob pena de extinção do feito sem resolução do
mérito.
Observo que a parte autora deve esclarecer e/ou sanar todas as dúvidas e/ou irregularidades apontadas no documento “INFORMAÇÃO DE
IRREGULARIDADE NA INICIAL”, anexado aos autos.
Regularizada a inicial, proceda a Secretaria da seguinte forma:
a) havendo necessidade de alteração, inclusão ou exclusão de algum dado do cadastro da parte, encaminhem-se os autos à Divisão de
Atendimento;
Verifico que os autos listados no termo de prevenção em anexo foram extintos sem julgamento do mérito, não obstando o prosseguimento do
feito, conforme preceitua o art. 486 do Novo Código de Processo Civil.
Dê-se baixa na prevenção.
Intime-se a parte autora para emendar a inicial, no prazo improrrogável de 15 (quinze) dias, sob pena de extinção do feito sem resolução do
mérito.
Observo que a parte autora deve esclarecer e/ou sanar todas as dúvidas e/ou irregularidades apontadas no documento “INFORMAÇÃO DE
IRREGULARIDADE NA INICIAL”, anexado aos autos.
Regularizada a inicial, proceda a Secretaria da seguinte forma:
a) havendo necessidade de alteração, inclusão ou exclusão de algum dado do cadastro da parte, encaminhem-se os autos à Divisão de
Atendimento;
b) em seguida, em sendo o caso, remetam-se os autos à Divisão de Perícia Médica para designação de data para a realização do exame
pericial;
c) havendo pedido de antecipação dos efeitos da tutela, tornem os autos conclusos;
d) por fim, adotadas todas as providências acima, expeça-se mandado de citação, caso já não tenha sido o réu citado.
Não constato a ocorrência de litispendência ou coisa julgada em relação ao(s) processo(s) apontado(s) no termo de prevenção, pois são
distintas as causas de pedir, tendo em vista tratar(em) de fatos diversos e/ou pedidos diferentes.
Dê-se baixa na prevenção.
Tendo em vista que o número do documento de identidade (RG) da parte autora consignado na inicial diverge daquele que consta do
documento juntado aos autos, intime-se a parte autora para que regularize a inicial no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de extinção do feito
sem resolução do mérito.
Regularizada a inicial, proceda a Secretaria da seguinte forma:
a) havendo necessidade de alteração, inclusão ou exclusão de algum dado do cadastro da parte, encaminhem-se os autos à Divisão de
Atendimento;
b) em seguida, em sendo o caso, remetam-se os autos à Divisão de Perícia Médica para designação de data para a realização do exame
pericial;
c) havendo pedido de antecipação dos efeitos da tutela, tornem os autos conclusos;
d) por fim, adotadas todas as providências acima, expeça-se mandado de citação, caso já não tenha sido o réu citado.
Não constato a ocorrência de litispendência ou coisa julgada em relação ao(s) processo(s) apontado(s) no termo de prevenção, pois são
distintas as causas de pedir, tendo em vista que os fundamentos são diversos e/ou os pedidos são diferentes.
Dê-se baixa na prevenção.
Após, em vista das decisões proferidas pelo C. Superior Tribunal de Justiça, que, nos autos dos Recursos Especiais nº 1.554.596/SC e nº
1.596.203/PR, determinou a suspensão da tramitação das ações relacionadas à não aplicação do art. 3º, da Lei 9.876/99 em todos território
nacional, de rigor o sobrestamento da presente demanda até ulterior decisão do referido Tribunal.
Assim, remeta-se o feito ao arquivo sobrestado, identificado no sistema de gerenciamento de processos deste Juizado pela matéria “01”,
assunto “040201” e complemento do assunto “775”.
Prejudicada a análise de eventual pedido de medida antecipatória.
No silêncio, tornem conclusos para extinção.
Int.
Não constato a ocorrência de litispendência ou coisa julgada em relação aos processos apontados no termo de prevenção, pois as causas de
pedir são distintas, tendo em vista tratarem de pedidos diversos.
Dê-se baixa na prevenção.
Remetam-se os autos ao setor de perícias para o competente agendamento, após, venham conclusos para análise do pedido de antecipação
dos efeitos da tutela.
Intimem-se.
Não constato a ocorrência de litispendência ou coisa julgada em relação aos processos apontados no termo de prevenção, pois são distintas as
causas de pedir, tendo em vista que os fundamentos são diversos e/ou os pedidos são diferentes.
Dê-se baixa, portanto, na prevenção.
Recebo a petição protocolada no evento 10 como aditamento à inicial, dando assim por regularizada a exordial.
À Divisão Médico-Assistencial para o agendamento da perícia médica.
Int.
Não constato a ocorrência de litispendência ou coisa julgada em relação ao processo apontado no termo de prevenção, pois são distintas as
causas de pedir, tendo em vista que os fundamentos são diversos e/ou os pedidos são diferentes.
Dê-se baixa, portanto, na prevenção.
Após, aguarde-se a realização da perícia médica agendada.
Int...
Não constato a ocorrência de litispendência ou coisa julgada em relação ao(s) processo(s) apontado(s) no termo de prevenção, pois são
distintas as causas de pedir, tendo em vista que os fundamentos são diversos e/ou os pedidos são diferentes.
No presente processo o autor pretende o pagamento de atrasados de benefício concedido em fase recursal no Mandado de Segurança
0004990-76.2014.403.6126, valores e benefício constantes de fls. 280 e 284/286/PJE evento 01, não sendo possível a liquidação de valores nos
Não constato a ocorrência de litispendência ou coisa julgada em relação ao(s) processo(s) apontado(s) no termo de prevenção, pois são
distintas as causas de pedir, tendo em vista que os fundamentos são diversos e/ou os pedidos são diferentes.
Dê-se baixa na prevenção.
Cite-se.
Tendo em vista a concordância expressa da parte autora, manifeste-se o réu, no prazo de 10 (dez) dias, sobre os cálculos juntados aos autos.
Eventual impugnação deve atender, sob pena de rejeição sumária, os seguintes requisitos, com base no art. 32, inciso II, da Resolução nº 458,
de 4 de outubro de 2017, do Conselho da Justiça Federal:
a) o requerente deve apontar e especificar claramente quais são as incorreções existentes nos cálculos, discriminando o montante que seria
correto;
b) o defeito nos cálculos deve estar ligado à incorreção material ou à utilização de critério em descompasso com a lei ou com o título executivo
judicial; e
c) o critério legal aplicável ao débito não deve ter sido objeto de debate na fase de conhecimento.
No silêncio, ficarão desde logo acolhidos os cálculos, devendo-se remeter os autos à Seção de RPV/Precatórios para expedição da requisição
de pagamento.
Por oportuno, caso o montante do valor da condenação ultrapasse o limite de 60 salários mínimos, a parte autora deverá, no mesmo prazo,
manifestar-se acerca do recebimento por meio de ofício precatório ou por requisição de pequeno valor. Assevero que, na hipótese de ausência
de manifestação, será expedido ofício precatório.
Intimem-se.
Vistos.
No mais, frise-se que por meio de e-mail do NUGEP do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, a Presidência do TRF informou que a
Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça decidiu afetar os Recursos Especiais n. 1.554.596/SC e n. 1.596.203/PR (Relator Ministro
Napoleão Nunes Maia Filho), na forma do art. 1.036, §5º, do Código de Processo Civil, a implicar a suspensão do trâmite de todos os
processos pendentes, individuais ou coletivos, que tramitem no território nacional (acórdão publicado no DJE de 05/11/2018).
A questão de direito consiste na “possibilidade de aplicação da regra definitiva prevista no art. 29, I e I da Lei 8.213/1991, na apuração do
salário de benefício, quando mais favorável do que a regra de transição contida no art. 3º da Lei 9.876/1999, aos Segurados que ingressaram
no sistema antes de 26.11.1999 (data de edição da Lei 9.876/1999)”.
Por conseguinte, os processos em andamento na primeira instância devem ser suspensos, até que sobrevenha ulterior decisão do E. Superior
Tribunal de Justiça.
Intimem-se. Cumpra-se.
Não constato a ocorrência de litispendência ou coisa julgada em relação ao(s) processo(s) apontado(s) no termo de prevenção, pois são
distintas as causas de pedir, tendo em vista que os fundamentos são diversos e/ou os pedidos são diferentes.
Intime-se a parte autora para emendar a inicial, no prazo improrrogável de 15 (quinze) dias, sob pena de extinção do feito sem resolução do
mérito.
Observo que a parte autora deve esclarecer e/ou sanar todas as dúvidas e/ou irregularidades apontadas no documento “INFORMAÇÃO DE
IRREGULARIDADE NA INICIAL”, anexado aos autos.
Regularizada a inicial, havendo necessidade de alteração, inclusão ou exclusão de algum dado do cadastro da parte, encaminhem-se os autos à
Divisão de Atendimento.
Após, em vista das decisões proferidas pelo C. Superior Tribunal de Justiça, que, nos autos dos Recursos Especiais nº 1.554.596/SC e nº
1.596.203/PR, determinou a suspensão da tramitação das ações relacionadas à não aplicação do art. 3º, da Lei 9.876/99 em todos território
nacional, de rigor o sobrestamento da presente demanda até ulterior decisão do referido Tribunal.
Assim, remeta-se o feito ao arquivo sobrestado, identificado no sistema de gerenciamento de processos deste Juizado pela matéria “01”,
assunto “040201” e complemento do assunto “775”.
Int.
O advogado da parte autora formula pedido de destacamento de honorários em favor da sociedade que integra, com fulcro no art. 22, § 4º, da
Lei nº 8.906/94 (Estatuto da OAB).
Apresenta contrato de honorários com eficácia de título executivo extrajudicial, nos termos do art. 784, inciso II, do novo Código de Processo
Civil, visto estar subscrito pelas partes contratantes e por duas testemunhas devidamente identificadas.
Além disso, o advogado efetivamente atuou no processo, os honorários não ultrapassam o percentual máximo fixado na tabela em vigor da
OAB/SP e consta dos autos declaração recente da parte autora dando-se por ciente do valor a ser destacado e atestando não ter antecipado,
no todo ou em parte, o pagamento dos honorários contratuais.
Por fim, o feito está instruído com o contrato de honorários, apontando a sociedade a que pertence o advogado, pessoa jurídica que consta
também de forma expressa na procuração outorgada pela parte autora.
Diante do exposto, DEFIRO o destacamento dos honorários advocatícios, nos termos do art. 22, §4º, da Lei nº 8.906/94, no montante de 30%
(trinta por cento), em nome da sociedade de advogados FRANK DA SILVA CONSULTORIA JURIDICA, inscrita no CNPJ sob nº
12.997.905/0001-67.
Intime-se.
DECISÃO JEF - 7
0051030-37.2018.4.03.6301 - 6ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6301058953
AUTOR: SANDRA AZZI DE ALMEIDA CAMARGO (SP290383 - LUPERCIO PEREZ JUNIOR)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
Nas sedes das subseções judiciárias em que tiverem sido instalados os Juizados Especiais Federais, sua competência para o processamento e
julgamento de feitos com valor de até 60 (sessenta) salários mínimos é absoluta.
Na hipótese de ações que envolvam prestações vincendas, a Lei 10.259/01, em seu art. 3º, § 2º, determina que, para fins de competência do
Juizado Especial, a soma de doze parcelas não poderá exceder o valor de 60 (sessenta) salários mínimos.
Contudo, a leitura isolada do dispositivo legal não permite aferir com precisão qual o proveito econômico a ser obtido pelo demandante por
intermédio da ação, motivo pelo qual deve ser acrescido, ao valor das doze parcelas vincendas, a importância relativa às parcelas vencidas,
nos exatos termos do art. 260 do Código de Processo Civil, que prevê que quando se pedirem prestações vencidas e vincendas, tomar-se-á em
consideração o valor de umas e outras. O valor das prestações vincendas será igual a uma prestação anual, se a obrigação for por tempo
indeterminado, ou por tempo superior a 1 (um) ano; se, por tempo inferior, será igual à soma das prestações.
Permite-se, porém, que o demandante renuncie, de maneira expressa, ao que ultrapassar o valor de (sessenta) salários mínimos, para fins de
determinação da competência do juizado Especial Federal.
A renúncia, contudo, não pode envolver as prestações vincendas, porquanto poderá causar tumultos e discussões no momento da execução e
expedição do precatório ou requisitório, a fim de se determinar o montante renunciado e o valor efetivo do crédito, em contradição aos
princípios da informalidade e celeridade que informam o sistema dos Juizados.
Em verdade, a renúncia somente pode recair sobre o montante existente, efetivamente, até o ajuizamento da ação. As parcelas que vencerem
durante a tramitação do feito podem ser acrescidas ao valor das prestações vencidas – observado o teto de 60 (sessenta) salários mínimos
vigentes no momento do ajuizamento da ação – e até ultrapassar, no momento da execução, a alçada de fixação da competência, mas não
podem ser renunciadas para a específica finalidade de manter o processo em tramitação no Juizado Especial Federal.
PROCESSUAL CIVIL. CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. VARA FEDERAL. JUIZADO ESPECIAL FEDERAL.
VALOR DA CAUSA. ART. 260 CPC C/C ART. 3º, §2º DA LEI 10.259/01. VALOR DAS PRESTAÇÕES VINCENDAS SUPERIOR A
60 SALÁRIOS MÍNIMOS. NÃO CABIMENTO DE RENÚNCIA. ENUNCIADO 17 FONAJEF. 1. A competência do Juizado Especial
Federal Cível é definida, como regra geral, pelo valor da causa, que não pode ultrapassar 60 salários mínimos (art. 3º da Lei 10.259/2001). 2.
Há firme jurisprudência do STJ e deste TRF da 1ª Região no sentido de que para a fixação do conteúdo econômico da demanda, e
consequente determinação da competência do Juizado Especial Federal, incide a regra do art. 260 do Código de Processo Civil c/c art. 3º, §2º
da Lei n.º 10.259/2001, que dispõe que "Quando a pretensão versar sobre obrigações vincendas, para fins de competência do Juizado Especial,
a soma de doze parcelas não poderá exceder o valor referido no art. 3º, caput." 3. Versando a causa sobre prestações vencidas e vincendas e
tendo a contadoria judicial constatado que a soma das doze parcelas vincendas excede o valor de 60 salários mínimos, deve ser afastada a
competência do Juizado Especial para processar e julgar o feito. 4. Conforme Enunciado 17 do Fórum Nacional dos Juizados Especiais
Federais "Não cabe renúncia sobre parcelas vincendas para fins de fixação de competência nos Juizados Especiais Federais." 5. Conflito de
Competência conhecido para declarar competente o Juízo Federal da 2ª Vara da Subseção Judiciária de Juiz de Fora - MG. (CC
00114334520144010000, Rel. Juiz Federal Convocado Carlos Augusto Pires Brandão, Primeira Seção, e-DJF1 23.04.2015).
Tendo em vista os princípios da economia processual e celeridade, que regem os Juizados Especiais Federais (artigo 2º da Lei nº 9.099/1995),
deixo de extinguir o feito sem resolução de mérito, máxime se considerado que a ré já apresentou contestação.
Por conseguinte, dado o valor encontrado pela contadoria deste Juizado, informando que o valor do benefício econômico, resultado do
somatório das prestações vencidas mais doze vincendas, ultrapassa a importância de 60 (sessenta) salários mínimos vigentes no momento do
ajuizamento da ação, RECONHEÇO A INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA deste juízo e DECLINO DA COMPETÊNCIA para julgamento
do feito em uma das varas previdenciárias.
Após a devida impressão dos arquivos, remetam-se todas as peças que acompanham a inicial, bem como as que se encontram em arquivo
digitalizado, a fim de que seja a presente ação redistribuída ao juízo competente. Todavia, caso se trate de vara em que já tenha havido a
instalação de Processo Judicial Eletrônico - PJe, remetam-se os autos eletronicamente.
Por fim, caso exista(m) carteira(s) de trabalho depositada(s), ou qualquer outra documentação, intime-se a parte autora para que compareça a
este Juizado e a(s) retire no Arquivo (1º subsolo), no prazo de 05 dias úteis.
Nas sedes das subseções judiciárias em que tiverem sido instalados os Juizados Especiais Federais, sua competência para o processamento e
julgamento de feitos com valor de até 60 (sessenta) salários mínimos é absoluta.
Na hipótese de ações que envolvam prestações vincendas, a Lei 10.259/01, em seu art. 3º, § 2º, determina que, para fins de competência do
Juizado Especial, a soma de doze parcelas não poderá exceder o valor de 60 (sessenta) salários mínimos.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 303/1770
Contudo, a leitura isolada do dispositivo legal não permite aferir com precisão qual o proveito econômico a ser obtido pelo demandante por
intermédio da ação, motivo pelo qual deve ser acrescido, ao valor das doze parcelas vincendas, a importância relativa às parcelas vencidas,
nos exatos termos do art. 260 do Código de Processo Civil, que prevê que quando se pedirem prestações vencidas e vincendas, tomar-se-á em
consideração o valor de umas e outras. O valor das prestações vincendas será igual a uma prestação anual, se a obrigação for por tempo
indeterminado, ou por tempo superior a 1 (um) ano; se, por tempo inferior, será igual à soma das prestações.
Permite-se, porém, que o demandante renuncie, de maneira expressa, ao que ultrapassar o valor de (sessenta) salários mínimos, para fins de
determinação da competência do juizado Especial Federal.
A renúncia, contudo, não pode envolver as prestações vincendas, porquanto poderá causar tumultos e discussões no momento da execução e
expedição do precatório ou requisitório, a fim de se determinar o montante renunciado e o valor efetivo do crédito, em contradição aos
princípios da informalidade e celeridade que informam o sistema dos Juizados.
Em verdade, a renúncia somente pode recair sobre o montante existente, efetivamente, até o ajuizamento da ação. As parcelas que vencerem
durante a tramitação do feito podem ser acrescidas ao valor das prestações vencidas – observado o teto de 60 (sessenta) salários mínimos
vigentes no momento do ajuizamento da ação – e até ultrapassar, no momento da execução, a alçada de fixação da competência, mas não
podem ser renunciadas para a específica finalidade de manter o processo em tramitação no Juizado Especial Federal.
PROCESSUAL CIVIL. CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. VARA FEDERAL. JUIZADO ESPECIAL FEDERAL.
VALOR DA CAUSA. ART. 260 CPC C/C ART. 3º, §2º DA LEI 10.259/01. VALOR DAS PRESTAÇÕES VINCENDAS SUPERIOR A
60 SALÁRIOS MÍNIMOS. NÃO CABIMENTO DE RENÚNCIA. ENUNCIADO 17 FONAJEF. 1. A competência do Juizado Especial
Federal Cível é definida, como regra geral, pelo valor da causa, que não pode ultrapassar 60 salários mínimos (art. 3º da Lei 10.259/2001). 2.
Há firme jurisprudência do STJ e deste TRF da 1ª Região no sentido de que para a fixação do conteúdo econômico da demanda, e
consequente determinação da competência do Juizado Especial Federal, incide a regra do art. 260 do Código de Processo Civil c/c art. 3º, §2º
da Lei n.º 10.259/2001, que dispõe que "Quando a pretensão versar sobre obrigações vincendas, para fins de competência do Juizado Especial,
a soma de doze parcelas não poderá exceder o valor referido no art. 3º, caput." 3. Versando a causa sobre prestações vencidas e vincendas e
tendo a contadoria judicial constatado que a soma das doze parcelas vincendas excede o valor de 60 salários mínimos, deve ser afastada a
competência do Juizado Especial para processar e julgar o feito. 4. Conforme Enunciado 17 do Fórum Nacional dos Juizados Especiais
Federais "Não cabe renúncia sobre parcelas vincendas para fins de fixação de competência nos Juizados Especiais Federais." 5. Conflito de
Competência conhecido para declarar competente o Juízo Federal da 2ª Vara da Subseção Judiciária de Juiz de Fora - MG. (CC
00114334520144010000, Rel. Juiz Federal Convocado Carlos Augusto Pires Brandão, Primeira Seção, e-DJF1 23.04.2015).
Tendo em vista os princípios da economia processual e celeridade, que regem os Juizados Especiais Federais (artigo 2º da Lei nº 9.099/1995),
deixo de extinguir o feito sem resolução de mérito, máxime se considerado que a ré já apresentou contestação.
Por conseguinte, dado o valor encontrado pela contadoria deste Juizado, informando que o valor do benefício econômico, resultado do
somatório das prestações vencidas mais doze vincendas, ultrapassa a importância de 60 (sessenta) salários mínimos vigentes no momento do
ajuizamento da ação, RECONHEÇO A INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA deste juízo e DECLINO DA COMPETÊNCIA para julgamento
do feito em uma das varas previdenciárias.
Após a devida impressão dos arquivos, remetam-se todas as peças que acompanham a inicial, bem como as que se encontram em arquivo
digitalizado, a fim de que seja a presente ação redistribuída ao juízo competente. Todavia, caso se trate de vara em que já tenha havido a
instalação de Processo Judicial Eletrônico - PJe, remetam-se os autos eletronicamente.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 304/1770
Por fim, caso exista(m) carteira(s) de trabalho depositada(s), ou qualquer outra documentação, intime-se a parte autora para que compareça a
este Juizado e a(s) retire no Arquivo (1º subsolo), no prazo de 05 dias úteis.
Requer o autor, em sede de cognição sumária, que sejam reconhecidos períodos laborados e condenado o INSS a proceder à implantação de
aposentadoria por tempo de contribuição (NB 180.908.839-6).
Por ocasião da apreciação do pedido de antecipação de tutela, cabe realizar apenas a análise superficial da questão posta, já que a cognição
exauriente ficará diferida para quando da prolação da sentença, devendo ser verificada a concomitante presença de prova inequívoca, da
verossimilhança das alegações apresentadas na inicial, bem como haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação ou fique
caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu.
Não se vislumbram, a esta altura, elementos que evidenciem a probabilidade do direito, fazendo-se mister o parecer da contadoria acerca da
regularidade dos vínculos empregatícios, das contribuições para o sistema e do tempo de serviço ou de contribuição, que é indispensável para a
verificação da existência de elementos suficientes sobre os requisitos legais do benefício pretendido e da existência de prova inequívoca do
alegado. Mostra-se, ainda, consentâneo para a análise de documentos e uma melhor sedimentação da situação fática aguardar a resposta do
réu.
Face ao exposto, INDEFIRO O PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA pleiteado na inicial, sem prejuízo de nova
análise quando da prolação da sentença.
Requer a parte demandante, dentre os pedidos formulados na peça inaugural, o reconhecimento de períodos laborados em atividade rural
(1968 a 1978, 1980 a 1990 e 20/08/1990 a 20/01/1992).
Entende-se que a Declaração de Atividade Rural expedida por Sindicato Rural, se não contar com a homologação do Ministério Público ou do
Instituto Nacional do Seguro Social, não constitui início de prova material para a comprovação do tempo rural. Ademais, saliente-se que a
declaração prestada por terceiro, acerca da atividade rural, não pode ser considerada como início de prova material, pois prestada sem crivo
do contraditório.
Concedo ao requerente o prazo de 15 (quinze) dias para que providencie a juntada de novos documentos para comprovação do tempo rural,
como, por exemplo, cópia de: a) sua declaração de imposto de renda ou de seus genitores/marido, indicativa de renda do comércio da
produção, b) comprovante de pagamento de ITR, c) bloco de nota de produtor rural. Veja-se que a admissão da jurisprudência da extensão
probatória dos documentos familiares se refere ao regime de economia familiar, pela própria característica de atividade em condições de
mútua dependência de colaboração, na forma como descrita no art. 11, VII, da Lei 8.213/91.
Oficie-se à APS para que, no prazo de 10 (dez) dias, providencie a juntada de cópia integral e legível do processo administrativo relativo ao
NB NB 180.908.839-6.
Cite-se. Intimem-se.
Compulsando os autos, denoto que a petição inicial não atende o disposto no artigo 319, do NCPC, já que não indica qual ou quais períodos o
INSS deixou de reconhecer.
Assim, concedo o prazo de 15 (quinze) dias, para que a parte autora emende a petição inicial, especificando um a um os períodos que almeja
ver reconhecido, bem como correlacionando as provas que demonstrem o alegado, sob pena de indeferimento da inicial, nos termos do artigo
321, do CPC.
Intimem-se.
Trata-se de ação ajuizada por MARIA APARECIDA DE SANT ANA em face da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – CEF, visando,
inclusive em sede de tutela provisória, sua exclusão dos cadastros de inadimplentes do SCPC/Serasa.
Aduz que ao tentar realizar compra em crediário, foi impedida em razão da inscrição de seu nome nos referidos cadastros, que desconhece o
motivo da inscrição e que não foi informada pela ré sobre eventual dívida.
A parte requer a concessão de tutela provisória, artigos 294, 300 e seguintes, e ainda 311, novo código de processo civil (lei nº. 13.105/2015),
bosquejados nos seguintes termos: “Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. Parágrafo único. A tutela
provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental.”. Para a tutela de urgência tem-se:
“Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o
risco ao resultado útil do processo. § 1º. Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou
fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente
hipossuficiente não puder oferecê-la. § 2º. A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. § 3º. A tutela de
urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.”.
Já para a de evidência tem-se, artigo 311, inciso IV: “A tutela de evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de
dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do
direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.”. Ou ainda seu inciso II: “as alegações de fato puderem ser
comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em sumula vinculante; ”.
O instituto da tutela provisória debruça-se na possibilidade de atuação jurisdicional por meio do exercício da cognição sumária, cognição não
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 306/1770
exauriente, resultando em decisão que essencialmente virá a ser substituída por outro provimento jurisdicional, proferido após o exercício mais
amplo de cognição, com o aprofundamento no conhecimento da lide, podendo este último provimento ratificar ou não aquele inicial
posicionamento. Destarte, a identificação desta tutela como “provisória” decorre exatamente em oposição ao provimento “definitivo”, sendo
este aquele proferido pelo julgador em caráter final, ao menos no que lhe compete – independentemente de possuir ou não a qualidade da
coisa julgada, visto que será definitivo no âmbito em que o processo naquele momento se encontra; vale dizer, para a primeira instância.
A tutela de urgência nada mais é que a denominada tutela de segurança, em que se fazem imprescindíveis os requisitos da fumaça do bom
direito (fumus boni iuris) e o perigo na demora da proteção do direito da parte (periculum in mora). Aquele tratando de subsídios que indiquem
a probabilidade do direito do interessado e o último versando sobre a demonstração, ainda que precária, de impossibilidade fática de aguardar-
se o final da ação principal ou o julgamento do próprio direito material para se ter a proteção pretendida, sob pena de não ter mais o processo
utilidade por perecimento do objeto que se visava proteger juridicamente. A estes requisitos somando-se ainda o restante do texto legal do
mesmo dispositivo, tal como o parágrafo terceiro, em que se determina a não concessão da tutela de urgência, quando de natureza
antecipatória, diante da possibilidade de irreversibilidade dos efeitos da decisão. Vale dizer, se após a concessão da tutela restar inviabilizado
faticamente o retorno ao status quo anterior, então resta negada a autorização legal para assim agir o Juiz.
Por sua vez a tutela provisória de evidência, explicitamente dita a desnecessidade de observância do perigo da demora, no caput do artigo 311,
no entanto traz nas hipóteses elencadas em seus incisos os casos a ensejarem sua concessão, que nada mais são senão requisitos próprios que
muito se aproximam da fumaça do bom direito; e que são insuperáveis para sua concessão, na medida em que somente em suas presenças
resta autorizada o deferimento da tutela.
Por meio da tutela provisória de evidência entrega-se ao interessado, total ou parcialmente, tão somente com o exercício da cognição
perfunctória, o próprio bem de vida pretendido ou os efeitos daí decorrentes. Encontrando amparo para o recebimento antecipado (ao fim do
processo) do provimento jurisdicional na evidência do direito; evidência está a indicar ao Juiz o improvável sucesso do réu na demanda. Assim,
requisito legal para a concessão da tutela em comento encontra-se na natureza do direito pleiteado, concebido no próprio termo legal
empregado “evidente”; o que importa em estabelecer que o direito do interessado se apresenta no processo como óbvio, certo, indubitável;
como aquele demonstrado de plano, de tal modo que torna improvável o sucesso na demanda pela parte ré.
De se ver que a tutela de evidência traz ínsito em si a “plausibilidade do direito invocado”, manifestada na apresentação de documentos
suficientes dos fatos constitutivos de seu direito; quando diante da hipótese do inciso IV, do artigo 311. Ou ainda na integral comprovação das
alegações com os documentos apresentados de plano, somada a ratificação notória jurisprudencial advinda de sumula ou julgamentos em casos
repetitivos, tal como delineado no inciso II, do artigo 300. Sem olvidar-se que ao estar-se diante das outras hipóteses decorrentes dos demais
incisos deste artigo, a evidência do direito decorrerá de outros contornos, mas sempre nesta mesma linha de fazer-se presente a evidência do
direito por documentos suficientes, somado a outros elementos a depender do caso concreto.
Assim, resta estabelecido que a prova do direito, através ao menos de indícios sólidos de sua existência ao ponto de torna-lo certo para o
momento, autoriza a concessão da tutela provisória, seja em termos de urgência, seja em termos de evidência. E nos moldes em que antes
descritas as medidas, é que se pode concluir que as provas documentais apresentadas não são suficientes por si para a concessão da tutela
provisória neste momento, sendo necessária a dilação probatória, em especial pela parte ré.
Isto porque não ficou demonstrado que a cobrança seria indevida, já que não há qualquer indício de que o contrato indicado na inscrição do
SCPC/Serasa tenha sido realizado mediante fraude, sem autorização da parte autora e por culpa da ré. Tampouco há demonstração de que a
parte autora não tenha sido notificada de eventual dívida, e da consequente inscrição. Por tais motivos, faz-se necessária maior instrução
probatória para esclarecimento dos fatos, especialmente pela parte ré, como a própria parte autora afirma, sem olvidar-se que, em sendo o
caso, a concessão da tutela pode ocorrer até mesmo quando da sentença.
Ante o exposto, INDEFIRO a concessão da tutela provisória, diante da necessidade insuperável, na convicção desta Magistrada, da vinda de
outras provas para o feito.
Intimem-se as partes.
Vistos em decisão.
Cuida-se de ação ajuizada por DAGMAR GABIATTI COELHO em face do INSS visando à implantação de pensão por morte na condição
de companheira de NILTON DE JESUS MOREIRA SILVA.
DECIDO.
A autora postula o recebimento de quota de pensão por morte, atualmente usufruída por LUANNA GABIATTI MOREIRA, MATHEUS
GABIATTI MOREIRA e MURILLO GABIATTI MOREIRA (evento n.º 27, fls. 03).
Assim, a pretensão reflete-se na esfera jurídica dos atuais titulares da pensão por morte ora postulada, razão pela qual há litisconsórcio passivo
necessário, impondo-se que os beneficiários participem do processo e apresentem eventual defesa.
Portanto, velando pela regularidade da formação e do desenvolvimento do processo, concedo à parte autora o prazo de 15 (quinze) dias para
emendar a inicial e promover a inclusão de LUANNA GABIATTI MOREIRA, MATHEUS GABIATTI MOREIRA e MURILLO
GABIATTI MOREIRA, no polo passivo da presente demanda, sob pena de extinção do feito sem resolução de mérito.
Havendo aditamento à inicial dentro do prazo concedido:
a) remeta-se o feito à Divisão de Atendimento, Distribuição e Protocolo para que providencie a alteração do cadastro nos registros
informatizados deste Juizado Especial Federal, para incluir os corréus desta demanda;
b) citem-se os réus;
c) velando pela regularidade do processo e tendo em vista a colidência entre os interesses da parte autora com os corréus, seus filhos, defiro o
pedido formulado e determino que se oficie à Defensoria Pública da União para indicação de defensor público da União, que deverá atuar
como curador especial dos incapazes processuais, LUANNA GABIATTI MOREIRA (12 anos), MATHEUS GABIATTI MOREIRA (16
anos) e MURILLO GABIATTI MOREIRA (17 anos) (CPC, art. 72, inciso I; e art. 4º, XVI, da LC nº 80/94).
Após, tornem os autos conclusos para a apreciação da tutela de urgência.
Intimem-se. Cumpra-se. Ciência ao MPF.
Por tais razões, indefiro por ora a medida antecipatória postulada, sem prejuízo de posterior reanálise.
Intime-se a parte autora para que, no prazo de 15 dias, sob pena de extinção do feito, especifique com precisão quais os períodos cuja
averbação é pretendida (períodos que não foram averbados pelo INSS e que se pretende computar como carência).
Ainda, intime-se a parte autora para que, no prazo de 15 dias, apresente todos os documentos necessários à comprovação dos períodos
pleiteados (cópia integral - capa a capa - e legível das carteiras profissionais, comprovantes de salário, fichas de registro de empregado,
extratos do FGTS, RAIS, guias de recolhimento previdenciário etc.), caso não apresentados. No mesmo prazo, a parte autora deverá
esclarecer se pretende produzir prova testemunhal.
Oficie-se ao INSS para encaminhamento a este Juízo, no prazo de 20 dias, de cópia do processo administrativo referente ao NB
41/181.647.692-4.
Cite-se. Oficie-se. Intimem-se.
1- Pelo exposto, presentes os requisitos legais, bem como o fundado receio de dano irreparável, que resulta do caráter alimentar do benefício
postulado, DEFIRO a antecipação dos efeitos da tutela, com fundamento no artigo 4o da Lei n. 10.259/01,determinando ao INSS que implante,
no prazo de 30 (trinta) dias em prol da parte autora, auxílio-doença, sob pena de imposição das medidas legais cabíveis em caso de
descumprimento.
Oficie-se com urgência.
A presente medida não abrange pagamento de atrasados.
2- Sem prejuízo, determino:
2.1 – A juntada pela autora, no prazo de 10 (dez) dias de novos documentos médicos que possuir, como exames, relatórios médicos, acerca da
cirurgia realizada.
2.2 - A parte autora deverá comunicar a este Juízo, imediatamente, quando tiver alta médica, juntando o respectivo relatório médico.
3 - Com a juntada dos documentos médicos, dê-se vista ao INSS.
4 - Após, tornem os autos conclusos para verificação da pertinência de realização de nova perícia médica.
5 - Intimem-se.
Por fim, determino a juntada aos autos pela parte autora da cópia completa e legível do PA (benefício em análise) contendo principalmente a
contagem de tempo quando do indeferimento, no prazo de 60 (sessenta) dias, sob pena de extinção do feito.
Intime-se. Cite-se o INSS.
Requer a parte autora, em sede de cognição sumária, que sejam reconhecidos períodos laborados em condições insalubres e condenado o
INSS a proceder à implantação de aposentadoria por tempo de contribuição (NB 189.662.117-9).
Por ocasião da apreciação do pedido de antecipação de tutela, cabe realizar apenas a análise superficial da questão posta, já que a cognição
exauriente ficará diferida para quando da prolação da sentença, devendo ser verificada a concomitante presença de prova inequívoca, da
verossimilhança das alegações apresentadas na inicial, bem como haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação ou fique
caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu.
Não se vislumbram, a esta altura, elementos que evidenciem a probabilidade do direito, fazendo-se mister o parecer da contadoria acerca da
regularidade dos vínculos empregatícios, das contribuições para o sistema e do tempo de serviço ou de contribuição, que é indispensável para a
verificação da existência de elementos suficientes sobre os requisitos legais do benefício pretendido e da existência de prova inequívoca do
alegado. Mostra-se, ainda, consentâneo para a análise de documentos e uma melhor sedimentação da situação fática aguardar a resposta do
réu.
Face ao exposto, INDEFIRO O PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA pleiteado na inicial, sem prejuízo de nova
análise quando da prolação da sentença.
Oficie-se à APS para que, no prazo de 10 (dez) dias, providencie a juntada de cópia integral e legível do processo administrativo relativo ao
NB 189.662.117-9.
P.R.I.
Vistos.
Uma vez demonstrado que a perícia administrativa e a cessação do benefício ocorreram na mesma data, não há que se cogitar a exigência do
requerimento de prorrogação, previsto no art. 60, § 9º, da Lei nº 8.213/91 (alteração promovida pela Lei nº 13.457/2017).
No mais, requer a parte autora, em sede de cognição sumária, a concessão de benefício por incapacidade.
Por ocasião da apreciação do pedido de antecipação de tutela, cabe realizar apenas a análise superficial da questão posta, já que a cognição
exauriente ficará diferida para quando da prolação da sentença, devendo ser verificada a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco
ao resultado útil do processo.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 310/1770
Numa análise preliminar, verifica-se que o caso em questão traz circunstâncias fáticas que demandam maior conteúdo probatório. Somente
com a oitiva da parte contrária e, sobretudo, com a realização de perícia médica, é que se poderá verificar se a parte requerente preenche os
requisitos necessários para a concessão de auxílio-doença/aposentadoria por invalidez.
Face ao exposto, INDEFIRO O PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA pleiteado na inicial, sem prejuízo de nova
análise quando da prolação da sentença.
Após a entrega da perícia, vista às partes e, em seguida, façam os autos conclusos para sentença.
Designo perícia médica no dia 08 de abril de 2019, às 11h00, sob os cuidados do Dr. Paulo Vinicius Pinheiro Zugliani
(especialidade Ortopedia), que se realizará na sede deste Juizado Especial (Av. Paulista, nº 1345, 1º subsolo).
O perito deverá elaborar o laudo pericial respondendo aos quesitos depositados em juízo e os eventualmente apresentados pela parte autora.
Por sua vez, deverá o periciando comparecer ao exame munida de documento de identificação pessoal, bem como de toda documentação
médica disponível sobre a sua condição de saúde (exames, receitas, comprovantes de internação, cópias de prontuários etc.). Em caso de
impossibilidade de comparecimento, deverá justificar sua ausência no prazo máximo de 05 (cinco) dias, sob pena de extinção sem resolução do
mérito.
Intimem-se.
Por tais razões, indefiro por ora a medida antecipatória postulada, sem prejuízo de posterior reanálise.
Intime-se a parte autora para que, no prazo de 15 dias, apresente todos os documentos necessários à comprovação dos períodos pleiteados
(cópia integral - capa a capa - e legível das carteiras profissionais, comprovantes de salário, fichas de registro de empregado, extratos do
FGTS, RAIS, guias de recolhimento previdenciário etc.), caso não apresentados. No mesmo prazo, a parte autora deverá esclarecer se
pretende produzir prova testemunhal.
Cite-se. Intimem-se.
Diante do exposto, INDEFIRO A TUTELA PROVISÓRIA, requerida nos termos do artigo 311, inciso IV, do CPC de 2015, por não ter o
direito da autora, neste momento, como evidente.
Cite-se a União.
Remetam-se os autos ao setor de perícias para a designação de perícia médica.
Registre-se e intime-se.
Reconsidero a irregularidade apontada em relação ao endereço, tendo em vista a tela anexada aos autos.
Requer a parte autora, em sede de cognição sumária, o deferimento da tutela de urgência para que lhe seja deferido o benefício de auxílio-
reclusão.
Numa análise preliminar, verifica-se que o caso em questão traz circunstâncias fáticas que demandam maior conteúdo probatório. Todavia, da
análise dos documentos anexados aos autos é possível depreender que o último salário integral percebido pelo segurado Josenilton Ribeiro
Amorim (R$ 1.711,29 – 04/2018) é superior ao patamar estabelecido na Portaria nº 08, de 13/01/2017 do Ministério da Fazenda (R$ 1.292,43 –
a partir de 1º de janeiro de 2018).
Face ao exposto, INDEFIRO O PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA pleiteado na inicial, sem prejuízo de nova
análise quando da prolação da sentença.
Oficie-se à APS para que, no prazo de 10 (dez) dias, providencie a juntada de cópia integral e legível do processo administrativo relativo ao
NB 1879776038.
Providencie, por fim, a autora, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de extinção do feito sem resolução do mérito: a) atestado/certidão de
permanência carcerária recente que abranja o período da prisão e b) procuração com cláusula “ad judicia”, visto que dirigida para resolver
pendências, na seara administrativa, com o INSS.
P.R.I.
Compulsando os autos, denoto que a petição inicial não atende o disposto no artigo 319, do NCPC, já que não indica qual ou quais períodos o
INSS deixou de reconhecer, bem como não apresentou a contagem de tempo de serviço apurada pelo INSS.
Assim, concedo o prazo de 15 (quinze) dias, para que a parte autora emende a petição inicial, especificando um a um os períodos que almeja
ver reconhecido, bem como correlacionando as provas que demonstrem o alegado e apresente cópia legível da contagem de tempo de serviço
apurada no requerimento administrativo NB 41/183.803.380-4, sob pena de indeferimento da inicial, nos termos do artigo 321, do CPC.
Intimem-se.
Trata-se de ação proposta por CARLA DELGADO em face do Instituto Nacional de Seguro Social - INSS, no qual requer, em sede de tutela
provisória, o restabelecimento do benefício de auxílio-doença. Postula, ao final, pela procedência do pedido, mantendo-se o benefício de
auxílio-doença ou, caso preenchidos os requisitos necessários, a concessão do benefício de aposentadoria por invalidez.
Não constato a ocorrência de litispendência ou coisa julgada em relação ao processo apontado no termo de prevenção, pois as causas de pedir
são distintas, tendo em vista tratarem de pedidos diversos.
A parte requer a concessão de tutela provisória, artigos 294, 300 e seguintes, e ainda 311, novo código de processo civil (lei nº. 13.105/2015),
bosquejados nos seguintes termos: “Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. Parágrafo único. A tutela
provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental.”. Para a tutela de urgência tem-se:
“Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o
risco ao resultado útil do processo. § 1º. Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou
fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente
hipossuficiente não puder oferecê-la. § 2º. A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. § 3º. A tutela de
urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.”.
Já para a de evidência tem-se, artigo 311, inciso IV: “A tutela de evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de
dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do
direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.”. Ou ainda seu inciso II: “as alegações de fato puderem ser
comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em sumula vinculante; ”.
O instituto da tutela provisória debruça-se na possibilidade de atuação jurisdicional por meio do exercício da cognição sumária, cognição não
exauriente, resultando em decisão que essencialmente virá a ser substituída por outro provimento jurisdicional, proferido após o exercício mais
amplo de cognição, com o aprofundamento no conhecimento da lide, podendo este último provimento ratificar ou não aquele inicial
posicionamento. Destarte, a identificação desta tutela como “provisória” decorre exatamente em oposição ao provimento “definitivo”, sendo
este aquele proferido pelo julgador em caráter final, ao menos no que lhe compete – independentemente de possuir ou não a qualidade da
coisa julgada, visto que será definitivo no âmbito em que o processo naquele momento se encontra; vale dizer, para a primeira instância.
A tutela de urgência nada mais é que a denominada tutela de segurança, em que se fazem imprescindíveis os requisitos da fumaça do bom
direito (fumus boni iuris) e o perigo na demora da proteção do direito da parte (periculum in mora). Aquele tratando de subsídios que indiquem
a probabilidade do direito do interessado e o último versando sobre a demonstração, ainda que precária, de impossibilidade fática de aguardar-
se o final da ação principal ou o julgamento do próprio direito material para se ter a proteção pretendida, sob pena de não ter mais o processo
utilidade por perecimento do objeto que se visava proteger juridicamente. A estes requisitos somando-se ainda o restante do texto legal do
mesmo dispositivo, tal como o parágrafo terceiro, em que se determina a não concessão da tutela de urgência, quando de natureza
antecipatória, diante da possibilidade de irreversibilidade dos efeitos da decisão. Vale dizer, se após a concessão da tutela restar inviabilizado
faticamente o retorno ao status quo anterior, então resta negada a autorização legal para assim agir o Juiz.
Por sua vez a tutela provisória de evidência, explicitamente dita a desnecessidade de observância do perigo da demora, no caput do artigo 311,
no entanto traz nas hipóteses elencadas em seus incisos os casos a ensejarem sua concessão, que nada mais são senão requisitos próprios que
muito se aproximam da fumaça do bom direito; e que são insuperáveis para sua concessão, na medida em que somente em suas presenças
resta autorizada o deferimento da tutela.
Por meio da tutela provisória de evidência entrega-se ao interessado, total ou parcialmente, tão somente com o exercício da cognição
perfunctória, o próprio bem de vida pretendido ou os efeitos daí decorrentes. Encontrando amparo para o recebimento antecipado (ao fim do
processo) do provimento jurisdicional na evidência do direito; evidência está a indicar ao Juiz o improvável sucesso do réu na demanda. Assim,
requisito legal para a concessão da tutela em comento encontra-se na natureza do direito pleiteado, concebido no próprio termo legal
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 313/1770
empregado “evidente”; o que importa em estabelecer que o direito do interessado se apresenta no processo como óbvio, certo, indubitável;
como aquele demonstrado de plano, de tal modo que torna improvável o sucesso na demanda pela parte ré.
De se ver que a tutela de evidência traz ínsito em si a “plausibilidade do direito invocado”, manifestada na apresentação de documentos
suficientes dos fatos constitutivos de seu direito; quando diante da hipótese do inciso IV, do artigo 311. Ou ainda na integral comprovação das
alegações com os documentos apresentados de plano, somada a ratificação notória jurisprudencial advinda de sumula ou julgamentos em casos
repetitivos, tal como delineado no inciso II, do artigo 300. Sem olvidar-se que ao estar-se diante das outras hipóteses decorrentes dos demais
incisos deste artigo, a evidência do direito decorrerá de outros contornos, mas sempre nesta mesma linha de fazer-se presente a evidência do
direito por documentos suficientes, somado a outros elementos a depender do caso concreto.
Assim, resta estabelecido que a prova do direito, através ao menos de indícios sólidos de sua existência ao ponto de torna-lo certo para o
momento, autoriza a concessão da tutela provisória, seja em termos de urgência, seja em termos de evidência. E nos moldes em que antes
descritas as medidas, é que se pode concluir que as provas documentais apresentadas não são suficientes por si para a concessão da tutela
provisória neste momento. Sem olvidar-se que, em sendo o caso, sua concessão pode ocorrer até mesmo quando da sentença.
Ante o exposto, INDEFIRO a concessão da tutela provisória, diante da necessidade insuperável, na convicção desta Magistrada, da vinda de
outras provas para o feito.
Sem prejuízo, determino a realização de perícia médica para o dia 08/05/2019 às 13h30min, aos cuidados do perito médico ortopedista, Dr.
Paulo Vinicius Pinheiro Zugliani, na Avenida Paulista, 1345 - 1º subsolo - Bela Vista – São Paulo – SP.
A parte autora deverá comparecer à perícia munida de documento original de identificação com foto, bem como de atestados e exames
médicos que comprovem a incapacidade alegada.
A parte autora deverá, ainda, apresentar cópias integrais e legíveis de prontuário médico completo desde a data do início de suas
enfermidades, sob pena de preclusão, até cinco dias anteriores a data da perícia acima agendada.
Em sendo o caso, a parte deverá também apresentar cópia de todas as guias de recolhimentos, sob pena de preclusão, no prazo de 10 (dez)
dias.
Em igual prazo, as partes poderão formular quesitos a serem respondidos pelo perito e indicar assistente técnico, nos termos do art. 12, §2º, da
Lei nº 10.259/2001 e no disposto na Portaria JEF 6301000095/2009, publicada em 28/08/2009.
A ausência injustificada à perícia implicará resolução do feito nos termos do Art. 485, III, do novo CPC de 2015.
Intimem-se as partes.
Compulsando os autos, denoto que a petição inicial não atende o disposto no artigo 319, do NCPC, já que não indica qual ou quais períodos o
INSS deixou de reconhecer.
Assim, concedo o prazo de 15 (quinze) dias, para que a parte autora emende a petição inicial, especificando um a um os períodos que almeja
ver reconhecido, sob pena de indeferimento da inicial, nos termos do artigo 321, do CPC.
Intimem-se.
Reconsidero a irregularidade quanto ao endereço, tendo em vista a tela extraída do banco de dados da Receita Federal (ev. 6). Quanto ao
instrumento de mandato, se formalizado sem prazo determinado, ele permanece válido até a revogação de poderes pelo mandante ou pela
renúncia a eles pelo mandatário.
Requer a parte autora, em sede de cognição sumária, a implantação do benefício de aposentadoria por idade (NB 175.686.358-7).
Por ocasião da apreciação do pedido de antecipação de tutela, cabe realizar apenas a análise superficial da questão posta, já que a cognição
exauriente ficará diferida para quando da prolação da sentença, devendo ser verificada a concomitante presença de prova inequívoca, da
verossimilhança das alegações apresentadas na inicial, bem como haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação ou fique
caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu.
Não se vislumbra, por ora, a prova inequívoca da verossimilhança das alegações, fazendo-se mister a verificação da regularidade dos vínculos
e dos recolhimentos, bem assim com os cálculos pertinentes para a constatação da carência. Nesse passo, em acréscimo, mostra-se
consentâneo para a análise de documentos e uma melhor sedimentação da situação fática aguardar-se a resposta do réu.
Face ao exposto, INDEFIRO O PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA pleiteado na inicial, sem prejuízo de nova
análise quando da prolação da sentença.
Oficie-se à APS para que, no prazo de 10 (dez) dias, providencie a juntada de cópia integral e legível do processo administrativo relativo ao
NB NB 175.686.358-7.
P.R.I.
Em cumprimento à decisão proferida em 04/02/2019 (evento 31), a parte autora informou o local onde esteve internada nos últimos 02 anos,
em razão das crises epilépticas (evento 38).
Com o intuito de assegurar a ampla defesa das partes nestes autos, defiro o requerimento feito pelo INSS (evento 53).
Expeça-se ofício ao Hospital “Next Santo Amaro”, situado na Rua Barão do Rio Branco, 555, Santo Amaro, São Paulo-SP, CEP 04753-000,
telefone (11) 2185-0500, para que, no prazo de 20 dias, sob pena de busca e apreensão, junte aos autos a cópia integral e legível do prontuário
médico da parte autora.
Após, intime-se o perito judicial para que, no prazo de 10 dias, manifeste-se sobre os documentos médicos, ratificando ou retificando a
conclusão do laudo justificadamente.
Intimem-se.
DECISÃO.
Vistos, em decisão.
Compulsando os autos verifico que a parte autora não carreou aos autos cópia integral do processo administrativo.
Assim, concedo o prazo de 15(quinze) dias, para que a parte autora apresente cópia integral e legível do processo administrativo, sob pena de
preclusão.
Petição do evento 31 : Defiro à parte autora o prazo suplementar de 20 dias, improrrogável e sob pena de preclusão, para que traga aos autos
a comprovação quanto aos valores pagos ou vertidos à Previdência Social através do processo n. 0052431.37.2009.826.0053, que tramitou
perante a 6ª Vara da Fazenda Pública do Estado de São Paulo.
Saliento que os valores vertidos deverão vir especificados mês a mês para que possam ser somados aos valores já recolhidos de cada
competência.
Segundo a parte autora, a mesma ingressou com pedido de revisão do seu benefício na data de 09/04/18 – pedido n. 37923.002027/2018-72,
sem resposta até a presente data.
As cópias do processo administrativo juntadas nos eventos 06 e 24 estão incompletas, impedindo uma real análise do deferimento do benefício.
Diante disso, determino a intimação do INSS para que, no mesmo prazo:
nos termos do artigo 11 da Lei n. 10.259/2001, combinado com o disposto no artigo 77, inciso IV, do Código de Processo Civil, promova a
juntada da cópia integral e legível do processo administrativo NB 42-173.691.747-9, especialmente no que concerne à cópia digitalizada da
contagem de tempo de contribuição;
responda expressamente quanto ao pedido de revisão da autora, datado de 09/04/18 (37923.002027/2018-72), se concedeu-lhe ou não o quanto
lá peticionado, justificando os motivos em caso de negativa.
Intimem-se.
Compulsando os autos, denoto que a petição inicial não atende o disposto no artigo 319, do NCPC, já que não indica qual ou quais períodos o
INSS deixou de reconhecer, conforme contagem de tempo de serviço apurada e considerada (arq.mov. 02-fls. 132), bem como não carreou
aos autos cópia do processo administrativo NB 41/186.575.093-7, contendo em especial a contagem de tempo de serviço apurada.
Assim, concedo o prazo de 15 (quinze) dias, para que a parte autora emende a petição inicial, especificando um a um os períodos que almeja
ver reconhecido, bem como correlacionando as provas que demonstrem o alegado e apresente cópia do processo administrativo NB
41/186.575.093-7, sob pena de indeferimento da inicial, nos termos do artigo 321, do CPC.
Intimem-se.
Trata-se de ação proposta por ZENOBIA DE CARVALHO ROSSATTO em face do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, visando à
concessão do benefício previdenciário de pensão por morte, que entende devido em razão do óbito de seu companheiro, Nestor Rossatto,
ocorrido em 16/06/2018.
Em síntese, verifico que a parte autora requereu administrativamente o aludido benefício previdenciário de pensão por morte (NB
186.511.129-2) em 26/06/2018 (fls. 23 e 24 do Evento 01), sendo este indeferido pela falta de comprovação da união estável com o segurado
instituidor.
Inicialmente, verifico que as irregularidades apontadas no documento “INFORMAÇÃO DE IRREGULARIDADE NA INICIAL”, anexo aos
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 318/1770
autos, foram supridas pela parte autora.
Como se sabe, a concessão da tutela de urgência requer a presença conjunta dos requisitos do artigo 300 do Código de Processo Civil
(probabilidade do direito e perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo). Em se tratando de tutela de urgência de natureza antecipada,
não haverá concessão quando se estiver diante de perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão (artigo 300, § 3º).
No caso dos autos, a parte autora pleiteia seja sumariamente concedido o benefício de pensão por morte, indeferido pela autarquia sob a
alegação de falta comprovação de união estável com o segurado instituidor. À primeira vista, a providência jurisdicional pretendida depende de
verificação fático-jurídica que só a instrução, sob o crivo do contraditório, exporá em todos os seus contornos. Não estão presentes, portanto,
os requisitos necessários à concessão inaudita altera parte da tutela requerida, notadamente a verossimilhança do direito alegado.
Int.
Ante o exposto, INDEFIRO o pedido de antecipação dos efeitos da tutela, sem prejuízo de reanálise após oitiva da parte contrária.
Cite-se.
Oficie-se à Receita Federal para juntada de cópia integral do processo administrativo nº 10880.627895/2018-57 (CDA nº 80.1.18.029.796-01),
bem como para apresentação de manifestação específica conclusiva sobre os pedidos formulados, tudo no prazo de 30 dias.
Intimem-se. Cite-se.
Nos termos exarados na decisão de 14/03/2019 dos autos, sobrestem-se o feito, pelo pedido de reafirmação da DER.
Compulsando os autos, denoto que a petição inicial não atende o disposto no artigo 319, do NCPC, já que não indica qual ou quais períodos o
INSS deixou de reconhecer.
Assim, concedo o prazo de 15 (quinze) dias, para que a parte autora emende a petição inicial, especificando um a um os períodos que almeja
ver reconhecido, bem como correlacionando as provas que demonstrem o alegado, sob pena de indeferimento da inicial, nos termos do artigo
321, do CPC.
Designo a audiência de Conciliação, Instrução e julgamento para o dia 11.04.2019, às 15h00, na Primeira Vara Gabinete, independentemente
de intimação por mandado ou quaisquer outros meios que não a publicação.
As partes devem trazer até 3 (três) testemunhas, independentemente de intimação, nos termos do artigo 34 da Lei n. 9.099/95.
Apresente a parte autora, no prazo de 5(cinco) dias, cópia completa (capa a capa), legível e em ordem cronológica de todas as carteiras
profissionais.
Intimem-se. Cite-se.
Trata-se de ação proposta com o intuito de se obter a condenação do INSS a conceder benefício de amparo social ao deficiente, indeferido
administrativamente por não ter o demandante preenchido os requisitos necessários à concessão da prestação.
Como se sabe, a concessão da tutela de urgência requer a presença conjunta dos requisitos do artigo 300 do Código de Processo Civil
(probabilidade do direito e perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo). Em se tratando de tutela de urgência de natureza antecipada,
não haverá concessão quando se estiver diante de perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão (artigo 300, § 3º).
No caso em tela, a parte autora pleiteia seja sumariamente concedido o benefício previdenciário que foi indeferido pelo INSS à míngua do
preenchimento dos seus requisitos. À primeira vista, a providência jurisdicional pretendida depende de verificação fático-jurídica que só a
instrução, sob o crivo do contraditório, exporá em todos os seus contornos. Não estão presentes, portanto, os requisitos necessários à
concessão inaudita altera parte da tutela de urgência, notadamente a verossimilhança do direito alegado.
Intime-se.
Art. 455. Cabe ao advogado da parte informar ou intimar a testemunha por ele arrolada do dia, da hora e do local da audiência designada,
dispensando-se a intimação do juízo.
§ 1o A intimação deverá ser realizada por carta com aviso de recebimento, cumprindo ao advogado juntar aos autos, com antecedência de
pelo menos 3 (três) dias da data da audiência, cópia da correspondência de intimação e do comprovante de recebimento.
§ 2o A parte pode comprometer-se a levar a testemunha à audiência, independentemente da intimação de que trata o § 1o, presumindo-se,
caso a testemunha não compareça, que a parte desistiu de sua inquirição.
§ 3o A inércia na realização da intimação a que se refere o § 1o importa desistência da inquirição da testemunha.
§ 4º A intimação será feita pela via judicial quando:
I - for frustrada a intimação prevista no § 1o deste artigo;
II - sua necessidade for devidamente demonstrada pela parte ao juiz;
III - figurar no rol de testemunhas servidor público ou militar, hipótese em que o juiz o requisitará ao chefe da repartição ou ao comando do
corpo em que servir;
IV - a testemunha houver sido arrolada pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública;
V - a testemunha for uma daquelas previstas no art. 454.
Nesta hipótese, deve a parte apresentar requerimento fundamentado (indicando, p.ex., a recusa da mesma em comparecer ou a frustração da
sua intimação) com no mínimo 10 dias de antecedência.
Noutro giro, ressalte-se que "ninguém se exime do dever de colaborar com o Poder Judiciário para o descobrimento da verdade" (art. 378 do
CPC/2015), de forma que assiste à parte autora o direito de indicar como testemunha qualquer pessoa que tenha conhecimento dos fatos,
podendo a mesma ser conduzida na hipótese de recusa não justificada (art. 455, §5º).
Por fim, ressalto que na hipótese de as testemunhas residirem fora da competência territorial da presente Subseção Judiciária e não poderem
comparecer presencialmente em audiência perante este Juízo, deverá a parte apresentar, querendo, o requerimento de expedição de carta
precatória (art. 453, inc. II do CPC), no prazo de 5 (cinco) dias.
Cite-se. Intimem-se.
Compulsando os autos, denoto que a petição inicial não atende o disposto no artigo 319, do NCPC, já que não indica qual ou quais períodos o
INSS deixou de reconhecer, conforme contagem de tempo de serviço apurada e considerada pelo INSS (arq.mov. 02-fls.54/56).
.
Assim, concedo o prazo de 15 (quinze) dias, para que a parte autora emende a petição inicial, especificando um a um os períodos que almeja
ver reconhecido, bem como correlacionando as provas que demonstrem o alegado, sob pena de indeferimento da inicial, nos termos do artigo
321, do CPC.
Intimem-se.
Reconsidero a irregularidade quanto ao instrumento de mandato, porquanto válido, no caso de formalizado por prazo indeterminado, até a
revogação de poderes pelo mandante ou renúncia a eles pelo mandatário. Ademais, consoante o teor da tela extraída do banco de dados da
Receita Federal, é possível inferir que a demandante tem, de fato, domícilio no Município de São Paulo/SP.
Requer a parte autora, em sede de cognição sumária, que sejam reconhecidos períodos laborados e condenado o INSS a proceder à
implantação de aposentadoria por tempo de contribuição (NB 187.479.879-3).
Por ocasião da apreciação do pedido de antecipação de tutela, cabe realizar apenas a análise superficial da questão posta, já que a cognição
exauriente ficará diferida para quando da prolação da sentença, devendo ser verificada a concomitante presença de prova inequívoca, da
verossimilhança das alegações apresentadas na inicial, bem como haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação ou fique
caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu.
Não se vislumbram, a esta altura, elementos que evidenciem a probabilidade do direito, fazendo-se mister o parecer da contadoria acerca da
regularidade dos vínculos empregatícios, das contribuições para o sistema e do tempo de serviço ou de contribuição, que é indispensável para a
verificação da existência de elementos suficientes sobre os requisitos legais do benefício pretendido e da existência de prova inequívoca do
alegado. Mostra-se, ainda, consentâneo para a análise de documentos e uma melhor sedimentação da situação fática aguardar a resposta do
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 323/1770
réu.
Face ao exposto, INDEFIRO O PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA pleiteado na inicial, sem prejuízo de nova
análise quando da prolação da sentença.
Oficie-se à APS para que providencie, no prazo de 10 (dez) dias, a juntada de cópia integral e legível do processo adminitstrativo relativo ao
NB 187.479.879-3.
Cancele-se a audiência de instrução agendada para o dia 08/05/2019, visto que, por ora, entendo desncessária a produção de prova oral para
solulção da lide. Reagende-se no controle interno.
Contudo, providencie a parte autora, no prazo de 10 (dez) dias úteis, a juntada de cópia das decisões prolatadas na reclamação trabalhista
indicada (sentença, acórdão etc), com a certidão de trânsito em julgado; bem como dos depoimentos colhidos no Juízo Laboral e documentos
comprobatórios do vínculo em questão (janeiro de 1980 a dezembro de 1984), sob pena de preclusão.
P.R.I.
Numa análise preliminar, verifica-se que o caso em questão traz circunstâncias fáticas que demandam maior conteúdo probatório. Depreende-
se do teor do art. 74 da Lei nº 8.213/91 que, para a concessão da pensão por morte, são necessários dois requisitos: qualidade de segurado do
falecido e condição de dependente da parte autora.
Ainda que a parte autora tenha comprovado o requerimento administrativo do benefício e tenha apresentado documentos destinados à prova
da situação de convívio público e dependência econômica, não está presente, neste momento, a plausibilidade do direito alegado. A situação de
união estável entre o requerente e a “de cujus” apenas poderá ser demonstrada após regular instrução processual, em que seja dada às partes
oportunidade para produzirem as provas que entendam cabíveis, sendo necessária, no caso, a oitiva de testemunhas.
Providencie o autor, por fim, no prazo de 15 (quinze) dias, a juntada de outros documentos comprobatórios da união estável, como conta
conjunta, fotografias, vídeos e boletos para pagamento (e.g. luz, gás) na mesma residência (art. 373, I, CPC).
REDESIGNO audiência de instrução do dia 08/05/2019 para o dia 07 de maio de 2019, às 17h00, na sede deste Juizado Especial Federal (Av.
Paulista, nº 1345, 9º andar). As testemunhas que as partes pretenderem sejam ouvidas, no número máximo três para cada parte, deverão
comparecer à audiência independentemente de intimação, salvo na hipótese em que esta for requerida, nos termos do art. 34, § 1º, da Lei nº
9.099/95.
Intimem-se.
P.R.I.
DECISÃO.
Vistos, em decisão.
Compulsando os autos, denoto que a petição inicial não atende o disposto no artigo 319, do NCPC, já que não indica qual ou quais períodos o
INSS deixou de reconhecer, bem como não apresentou cópia do processo administrativo e a contagem de tempo de serviço apurada pelo
INSS.
Assim, concedo o prazo de 15 (quinze) dias, para que a parte autora emende a petição inicial, especificando um a um os períodos que almeja
ver reconhecido, bem como correlacionando as provas que demonstrem o alegado e apresente cópia legível do processo administrativo e a
contagem de tempo de serviço apurada no requerimento administrativo NB 41/187.765.033-9, sob pena de indeferimento da inicial, nos termos
do artigo 321, do CPC.
Intimem-se.
Examinando o pedido de medida antecipatória formulado pela parte autora, verifico não se acharem presentes os pressupostos necessários à
sua concessão sem a realização de perícia médica judicial para aferir a incapacidade.
Ademais, o pedido administrativo foi indeferido e, a despeito da possibilidade de desconstituição do ato administrativo, goza ele de presunção
de legalidade.
Indefiro, por ora, a medida antecipatória postulada.
Designo perícia médica na especialidade de Oftalmologia, para o dia 08/05/2019, às 9h30m, aos cuidados do perito médico Dr. Danilo Andriatti
Paulo, a ser realizada no seguinte endereço: RUA MARANHÃO,584 - CONJ.11 - HIGIENÓPOLIS - METRÔ MACKENZIE - SÃO
PAULO(SP)
A parte deverá comparecer à perícia médica munida de documento original de identificação com foto (RG, CTPS, Carteira Nacional de
Habilitação, carteira profissional do órgão de classe ou passaporte), bem como de atestados e exames médicos que comprovem a
incapacidade alegada.
No prazo de 10 (dez) dias, as partes poderão formular quesitos a serem respondidos pelo(a) perito(a) e indicar assistente técnico, nos termos
do art. 12, §2º, da Lei nº 10.259/2001 e no disposto no art. 6º da Portaria nº.3, de 14 de maio de 2018, publicada no Diário Eletrônico da
Justiça Federal da 3ª Região em 13/06/2018.
A ausência sem justificativa à perícia, no prazo de 05 (cinco) dias, implicará o julgamento do feito nos termos em que se encontra.
Intimem-se.
Intimem-se.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 325/1770
0008473-98.2019.4.03.6301 - 11ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6301057099
AUTOR: LUIS FERNANDES ARAUJO (SP228789 - TATIANE DE VASCONCELOS CANTARELLI)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
Examinando o pedido de medida antecipatória formulado pela parte autora, verifico não se acharem presentes os pressupostos necessários à
sua concessão sem a realização de perícia médica para aferir a incapacidade.
Ademais, o pedido administrativo foi indeferido e, a despeito da possibilidade de desconstituição do ato administrativo, goza ele de presunção
de legalidade.
Indefiro, por ora, a medida antecipatória postulada.
PERÍCIAS MÉDICAS
Designo a(s) seguinte(s) perícia(s) médica(s):
- 09/05/2019, às 12:00, aos cuidados do(a) perito(a) WLADINEY MONTE RUBIO VIEIRA (ORTOPEDIA), a ser realizada no endereço
AVENIDA PAULISTA,1345 - 1º SUBSOLO - BELA VISTA - SÃO PAULO
A parte autora deverá comparecer à perícia munida de documento original de identificação com foto (RG, CTPS, Carteira Nacional de
Habilitação válida, carteira profissional do órgão de classe ou passaporte), bem como de atestados e exames médicos que comprovem a
incapacidade alegada.
No prazo de 10 (dez) dias, as partes poderão formular quesitos a serem respondidos pelo(a) perito(a) e indicar assistente técnico, nos termos
do art. 12, §2º, da Lei nº 10.259/2001 e no disposto no art. 6º da Portaria nº.3, de 14 de maio de 2018, publicada no Diário Eletrônico da Justiça
Federal da 3ª Região em 13/06/2018.
A ausência sem justificativa à perícia, no prazo de 05 (cinco) dias, implicará o julgamento do feito nos termos em que se encontra.
Intimem-se as partes.
Examinando o pedido de medida antecipatória formulado pela parte autora, verifico não se acharem presentes os pressupostos necessários à
sua concessão sem a realização de perícia médica para aferir a incapacidade.
Ademais, o pedido administrativo foi indeferido e, a despeito da possibilidade de desconstituição do ato administrativo, goza ele de presunção
de legalidade.
Indefiro, por ora, a medida antecipatória postulada.
PERÍCIAS MÉDICAS
Designo a(s) seguinte(s) perícia(s) médica(s):
- 04/07/2019, às 11:00, aos cuidados do(a) perito(a) KARINE KEIKO LEITÃO HIGA (PSIQUIATRIA), a ser realizada no endereço
AVENIDA PAULISTA,1345 - 1º SUBSOLO - BELA VISTA - SÃO PAULO
A parte autora deverá comparecer à perícia munida de documento original de identificação com foto (RG, CTPS, Carteira Nacional de
Habilitação válida, carteira profissional do órgão de classe ou passaporte), bem como de atestados e exames médicos que comprovem a
incapacidade alegada.
No prazo de 10 (dez) dias, as partes poderão formular quesitos a serem respondidos pelo(a) perito(a) e indicar assistente técnico, nos termos
do art. 12, §2º, da Lei nº 10.259/2001 e no disposto no art. 6º da Portaria nº.3, de 14 de maio de 2018, publicada no Diário Eletrônico da Justiça
Federal da 3ª Região em 13/06/2018.
A ausência sem justificativa à perícia, no prazo de 05 (cinco) dias, implicará o julgamento do feito nos termos em que se encontra.
Intimem-se as partes.
Examinando o pedido de medida antecipatória formulado pela parte autora, verifico não se acharem presentes os pressupostos necessários à
sua concessão sem a realização de perícia médica para aferir a incapacidade.
Ademais, o pedido administrativo foi indeferido e, a despeito da possibilidade de desconstituição do ato administrativo, goza ele de presunção
de legalidade.
Indefiro, por ora, a medida antecipatória postulada.
PERÍCIAS MÉDICAS
Designo a(s) seguinte(s) perícia(s) médica(s):
- 20/05/2019, às 11:00, aos cuidados do(a) perito(a) ARLETE RITA SINISCALCHI RIGON (CLÍNICA GERAL), a ser realizada no
endereço AVENIDA PAULISTA,1345 - 1º SUBSOLO - BELA VISTA - SÃO PAULO
A parte autora deverá comparecer à perícia munida de documento original de identificação com foto (RG, CTPS, Carteira Nacional de
Habilitação válida, carteira profissional do órgão de classe ou passaporte), bem como de atestados e exames médicos que comprovem a
incapacidade alegada.
No prazo de 10 (dez) dias, as partes poderão formular quesitos a serem respondidos pelo(a) perito(a) e indicar assistente técnico, nos termos
do art. 12, §2º, da Lei nº 10.259/2001 e no disposto no art. 6º da Portaria nº.3, de 14 de maio de 2018, publicada no Diário Eletrônico da Justiça
Federal da 3ª Região em 13/06/2018.
A ausência sem justificativa à perícia, no prazo de 05 (cinco) dias, implicará o julgamento do feito nos termos em que se encontra.
Intimem-se as partes.
Examinando o pedido de medida antecipatória formulado pela parte autora, verifico não se acharem presentes os pressupostos necessários à
sua concessão sem a realização de perícia médica para aferir a incapacidade.
Ademais, o pedido administrativo foi indeferido e, a despeito da possibilidade de desconstituição do ato administrativo, goza ele de presunção
de legalidade.
Indefiro, por ora, a medida antecipatória postulada.
PERÍCIAS MÉDICAS
Designo a(s) seguinte(s) perícia(s) médica(s):
- 12/06/2019, às 12:30, aos cuidados do(a) perito(a) PAULO EDUARDO RIFF (NEUROLOGIA), a ser realizada no endereço AVENIDA
PAULISTA,1345 - 1º SUBSOLO - BELA VISTA - SÃO PAULO
A parte autora deverá comparecer à perícia munida de documento original de identificação com foto (RG, CTPS, Carteira Nacional de
Habilitação válida, carteira profissional do órgão de classe ou passaporte), bem como de atestados e exames médicos que comprovem a
incapacidade alegada.
No prazo de 10 (dez) dias, as partes poderão formular quesitos a serem respondidos pelo(a) perito(a) e indicar assistente técnico, nos termos
do art. 12, §2º, da Lei nº 10.259/2001 e no disposto no art. 6º da Portaria nº.3, de 14 de maio de 2018, publicada no Diário Eletrônico da Justiça
Federal da 3ª Região em 13/06/2018.
A ausência sem justificativa à perícia, no prazo de 05 (cinco) dias, implicará o julgamento do feito nos termos em que se encontra.
Intimem-se as partes.
Vistos, em decisão.
Trata-se de ação proposta por JOSE FAUSTO SOBRINHO REIS em face do Instituto Nacional de Seguro Social - INSS, no qual requer, em
sede de tutela provisória, a concessão do benefício de auxílio-doença. Postula, ao final, pela procedência do pedido, mantendo-se o benefício
de auxílio-doença ou, caso preenchidos os requisitos necessários, a concessão do benefício de aposentadoria por invalidez.
A parte requer a concessão de tutela provisória, artigos 294, 300 e seguintes, e ainda 311, novo código de processo civil (lei nº. 13.105/2015),
bosquejados nos seguintes termos: “Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. Parágrafo único. A tutela
provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental.”. Para a tutela de urgência tem-se:
“Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o
risco ao resultado útil do processo. § 1º. Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou
fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente
hipossuficiente não puder oferecê-la. § 2º. A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. § 3º. A tutela de
urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.”.
Já para a de evidência tem-se, artigo 311, inciso IV: “A tutela de evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de
dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do
direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.”. Ou ainda seu inciso II: “as alegações de fato puderem ser
comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em sumula vinculante; ”.
O instituto da tutela provisória debruça-se na possibilidade de atuação jurisdicional por meio do exercício da cognição sumária, cognição não
exauriente, resultando em decisão que essencialmente virá a ser substituída por outro provimento jurisdicional, proferido após o exercício mais
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 331/1770
amplo de cognição, com o aprofundamento no conhecimento da lide, podendo este último provimento ratificar ou não aquele inicial
posicionamento. Destarte, a identificação desta tutela como “provisória” decorre exatamente em oposição ao provimento “definitivo”, sendo
este aquele proferido pelo julgador em caráter final, ao menos no que lhe compete – independentemente de possuir ou não a qualidade da
coisa julgada, visto que será definitivo no âmbito em que o processo naquele momento se encontra; vale dizer, para a primeira instância.
A tutela de urgência nada mais é que a denominada tutela de segurança, em que se fazem imprescindíveis os requisitos da fumaça do bom
direito (fumus boni iuris) e o perigo na demora da proteção do direito da parte (periculum in mora). Aquele tratando de subsídios que indiquem
a probabilidade do direito do interessado e o último versando sobre a demonstração, ainda que precária, de impossibilidade fática de aguardar-
se o final da ação principal ou o julgamento do próprio direito material para se ter a proteção pretendida, sob pena de não ter mais o processo
utilidade por perecimento do objeto que se visava proteger juridicamente. A estes requisitos somando-se ainda o restante do texto legal do
mesmo dispositivo, tal como o parágrafo terceiro, em que se determina a não concessão da tutela de urgência, quando de natureza
antecipatória, diante da possibilidade de irreversibilidade dos efeitos da decisão. Vale dizer, se após a concessão da tutela restar inviabilizado
faticamente o retorno ao status quo anterior, então resta negada a autorização legal para assim agir o Juiz.
Por sua vez a tutela provisória de evidência, explicitamente dita a desnecessidade de observância do perigo da demora, no caput do artigo 311,
no entanto traz nas hipóteses elencadas em seus incisos os casos a ensejarem sua concessão, que nada mais são senão requisitos próprios que
muito se aproximam da fumaça do bom direito; e que são insuperáveis para sua concessão, na medida em que somente em suas presenças
resta autorizada o deferimento da tutela.
Por meio da tutela provisória de evidência entrega-se ao interessado, total ou parcialmente, tão somente com o exercício da cognição
perfunctória, o próprio bem de vida pretendido ou os efeitos daí decorrentes. Encontrando amparo para o recebimento antecipado (ao fim do
processo) do provimento jurisdicional na evidência do direito; evidência está a indicar ao Juiz o improvável sucesso do réu na demanda. Assim,
requisito legal para a concessão da tutela em comento encontra-se na natureza do direito pleiteado, concebido no próprio termo legal
empregado “evidente”; o que importa em estabelecer que o direito do interessado se apresenta no processo como óbvio, certo, indubitável;
como aquele demonstrado de plano, de tal modo que torna improvável o sucesso na demanda pela parte ré.
De se ver que a tutela de evidência traz ínsito em si a “plausibilidade do direito invocado”, manifestada na apresentação de documentos
suficientes dos fatos constitutivos de seu direito; quando diante da hipótese do inciso IV, do artigo 311. Ou ainda na integral comprovação das
alegações com os documentos apresentados de plano, somada a ratificação notória jurisprudencial advinda de sumula ou julgamentos em casos
repetitivos, tal como delineado no inciso II, do artigo 300. Sem olvidar-se que ao estar-se diante das outras hipóteses decorrentes dos demais
incisos deste artigo, a evidência do direito decorrerá de outros contornos, mas sempre nesta mesma linha de fazer-se presente a evidência do
direito por documentos suficientes, somado a outros elementos a depender do caso concreto.
Assim, resta estabelecido que a prova do direito, através ao menos de indícios sólidos de sua existência ao ponto de torna-lo certo para o
momento, autoriza a concessão da tutela provisória, seja em termos de urgência, seja em termos de evidência. E nos moldes em que antes
descritas as medidas, é que se pode concluir que as provas documentais apresentadas não são suficientes por si para a concessão da tutela
provisória neste momento. Sem olvidar-se que, em sendo o caso, sua concessão pode ocorrer até mesmo quando da sentença.
Ante o exposto, INDEFIRO a concessão da tutela provisória, diante da necessidade insuperável, na convicção desta Magistrada, da vinda de
outras provas para o feito.
Sem prejuízo, determino a realização de perícia médica para o dia 13/05/2019 às 16h00min, aos cuidados da perita médica clínica geral, Dra.
Viviam Paula Lucianelli Spina, na Avenida Paulista, 1345 - 1º subsolo - Bela Vista – São Paulo – SP.
A parte autora deverá comparecer à perícia munida de documento original de identificação com foto, bem como de atestados e exames
médicos que comprovem a incapacidade alegada.
A parte autora deverá, ainda, apresentar cópias integrais e legíveis de prontuário médico completo desde a data do início de suas
enfermidades, sob pena de preclusão, até cinco dias anteriores a data da perícia acima agendada.
Em sendo o caso, a parte deverá também apresentar cópia de todas as guias de recolhimentos, sob pena de preclusão, no prazo de 10 (dez)
dias.
Em igual prazo, as partes poderão formular quesitos a serem respondidos pelo perito e indicar assistente técnico, nos termos do art. 12, §2º, da
Lei nº 10.259/2001 e no disposto na Portaria JEF 6301000095/2009, publicada em 28/08/2009.
A ausência injustificada à perícia implicará resolução do feito nos termos do Art. 485, III, do novo CPC de 2015.
Intimem-se as partes.
Ademais, o pedido administrativo foi indeferido e, a despeito da possibilidade de desconstituição do ato administrativo, goza ele de presunção
de legalidade.
Designo perícia médica na especialidade de Clínica Geral, para o dia 14/05/2019, às 09h30min., aos cuidados do perito médico Dr. José Otávio
De Felice Júnior, a ser realizada na Sede deste Juizado, Av. Paulista, 1345 – 1º subsolo – Bela Vista – São Paulo/SP.
A parte deverá comparecer à perícia médica munida de documento original de identificação com foto (RG, CTPS, Carteira Nacional de
Habilitação válida, carteira profissional do órgão de classe ou passaporte), bem como de atestados e exames médicos que comprovem a
incapacidade alegada.
Sem prejuízo, determino o agendamento da perícia socioeconômica para o dia 16/04/2019, às 16h00min., aos cuidados da perita Assistente
Social Rosângela Cristina Lopes Alvares, a ser realizada na residência da parte autora.
A parte autora deverá apresentar à perita Assistente Social os documentos pessoais, bem como os comprovantes de rendimentos, gastos e
despesas de todos os membros do seu grupo familiar.
Nos termos do art. 8º, §1º, da Portaria nº. 3, de 14 de maio de 2018, publicada no Diário Eletrônico da Justiça Federal da 3ª Região em
13/06/2018, a perita deverá extrair fotos do ambiente residencial, exceto quando a parte autora se recusar. A perita deverá colher a
manifestação expressa sobre a autorização ou recusa quanto às fotos.
No prazo de 10 (dez) dias, as partes poderão formular quesitos a serem respondidos pelo(a) perito(a) e indicar assistente técnico, nos termos
do art. 12, §2º, da Lei nº 10.259/2001 e o disposto no art. 6º da Portaria nº.3, de 14 de maio de 2018, publicada no Diário Eletrônico da Justiça
Federal da 3ª Região em 13/06/2018.
A ausência sem justificativa à perícia, no prazo de 05 (cinco) dias, implicará o julgamento do feito nos termos em que se encontra.
AUDIÊNCIA REDESIGNADA - 15
0055772-08.2018.4.03.6301 - 2ª VARA GABINETE - AUDIÊNCIA REDESIGNADA Nr. 2019/6301059318
AUTOR: MARIA AMELIA DE JESUS FERREIRA (SP295617 - ANDRESA MENDES DE OLIVEIRA)
RÉU: JOARA MARIA LESSA SABBAG INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 -
HERMES ARRAIS ALENCAR)
ATO ORDINATÓRIO - 29
APLICA-SE AOS PROCESSOS ABAIXO O SEGUINTE DISPOSITIVO:
Nos termos do art. 203, § 4º, do novo Código de Processo Civil e Portaria 10/2018 deste Juizado Especial Federal Cível de São
Paulo, encaminho o presente expediente (ato ordinatório) para intimar as partes para se manifestarem, no prazo de 05 (cinco)
dias úteis, acerca do relatório (médico e/ou socioeconômico ou engenharia ou grafotécnico ou gemologia) anexado(s) aos autos,
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 337/1770
apresentando o réu proposta de acordo, se o caso. Caso a parte autora concorde com o conteúdo do laudo, não há necessidade
de manifestação. Nos termos da Resolução GACO nº. 04/2016 e 6/2017, todas as manifestações de partes sem advogado
deverão ser encaminhadas, via internet, preferencialmente pelo Sistema de Atermação Online(SAO) disponível no endereço
eletrônico www.jfsp.jus.br/jef/ (menu: Parte sem Advogado – Instruções/Cartilha).
0044688-10.2018.4.03.6301 - 11ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6301022219
AUTOR: FILOMENA MARIA TEIXEIRA DE ALMEIDA (SP140835 - RINALVA RODRIGUES DE FIGUEIREDO, SP393913 -
RODRIGO DA SILVA ALVES)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
0040257-30.2018.4.03.6301 - 5ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6301022289
AUTOR: MOACIR SILVA SOUZA (SP327569 - MARCUS VINICIUS DO COUTO SANTOS)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
0046940-83.2018.4.03.6301 - 11ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6301022290
AUTOR: LUZIA VAZ DA SILVA (SP346619 - ANDRÉ FERREIRA, SP071441 - MARIA LIMA MACIEL)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
0008979-11.2018.4.03.6301 - 5ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6301022288
AUTOR: CRISTIANO FERREIRA PINHEIRO (SP279818 - ANDRE LUIZ OLIVEIRA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
0050241-38.2018.4.03.6301 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6301022293
AUTOR: MARILEIDE DOS SANTOS DIAS (SP254710 - IVETE QUEIROZ DIDI)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
0050555-81.2018.4.03.6301 - 5ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6301022222
AUTOR: ADELMIR RODRIGUES DELMONDES (SP230110 - MIGUEL JOSE CARAM FILHO)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
0050859-80.2018.4.03.6301 - 14ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6301022294
AUTOR: NILZA SANTANA VENCESLAU (SP357740 - ALESSANDRO LEANDRO DOS SANTOS)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
0049308-65.2018.4.03.6301 - 11ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6301022221
AUTOR: SIRLEIDE RIBEIRO DE LIMA (SP166537 - GLÁUCIO DE ASSIS NATIVIDADE)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
0019297-53.2018.4.03.6301 - 5ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6301022220
AUTOR: JOEL APARECIDO MANOEL (SP207088 - JORGE RODRIGUES CRUZ)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
0026968-30.2018.4.03.6301 - 6ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6301022223
AUTOR: IVANILDO TEIXEIRA DA SILVA (SP377333 - JOSE MACHADO SOBRINHO)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
FIM.
APLICA-SE AOS PROCESSOS ABAIXO O SEGUINTE DISPOSITIVO:
Nos termos do art. 203, § 4º, do novo Código de Processo Civil e Portaria 10/2018 deste Juizado Especial Federal Cível de São
Paulo, encaminho o presente expediente (ato ordinatório) para intimar as partes para manifestarem, no prazo de 05 (cinco) dias
úteis, acerca do(s) laudo(s) pericial(is) (médico e/ou socioeconômico ou engenharia ou grafotécnico ou gemologia) anexado(s)
aos autos e, se o caso, apresentação de parecer de assistente técnico, devendo, ainda, o réu oferecer proposta de acordo, se
assim entender cabível. Caso a parte autora concorde com o conteúdo do laudo, não há necessidade de manifestação. Nos
termos da Resolução GACO nº. 04/2016 e 6/2017, todas as manifestações de partes sem advogado deverão ser encaminhadas,
via internet, preferencialmente pelo Sistema de Atermação Online(SAO) disponível no endereço eletrônico www. jfsp.jus.br/jef/
(menu: Parte sem Advogado – Instruções/Cartilha).
0033870-96.2018.4.03.6301 - 14ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6301022284
AUTOR: EDVAL MANOEL DE OLIVEIRA (SP361908 - SIDNEI XAVIER MARTINS)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
0019453-41.2018.4.03.6301 - 3ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6301022260
AUTOR: JOAO OLIVEIRA DE ARAUJO (SP262333 - ANTONIO CARLOS RODRIGUES)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
0046905-26.2018.4.03.6301 - 11ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6301022126
AUTOR: NEIDE RIBEIRO FRANCISCO (SP251439 - PAULA MOURA DE ALBUQUERQUE)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
FIM.
APLICA-SE AOS PROCESSOS ABAIXO O SEGUINTE DISPOSITIVO:
Nos termos do art. 203, § 4º, do novo Código de Processo Civil e Portaria 10/2018 deste Juizado Especial Federal Cível de São
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 338/1770
Paulo, encaminho o presente expediente (ato ordinatório) para intimar as partes para manifestarem, no prazo de 05 (cinco) dias
úteis, acerca do(s) laudo(s) pericial(is) (médico e/ou socioeconômico ou engenharia ou grafotécnico ou gemologia) anexado(s)
aos autos e, se o caso, apresentação de parecer de assistente técnico, devendo, ainda, o réu oferecer proposta de acordo, se
assim entender cabível. Caso a parte autora concorde com o conteúdo do laudo, não há necessidade de manifestação. Nos
termos da Resolução GACO nº. 04/2016 e 6/2017, todas as manifestações de partes sem advogado deverão ser encaminhadas,
via internet, preferencialmente pelo Sistema de Atermação Online(SAO) disponível no endereço eletrônico www. jfsp.jus.br/jef/
(menu: Parte sem Advogado – Instruções/Cartilha).
0032260-93.2018.4.03.6301 - 10ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6301022282
AUTOR: SONIA JERONIMO DO NASCIMENTO LIMA (SP235540 - FERNANDA PAES DE ALMEIDA, SP235551 - GEOVANA
ANTUNES DE ANDRADE)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
5006127-47.2018.4.03.6100 - 8ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6301022266
AUTOR: GUILHERME SERRA PEREIRA (RJ128686 - RENATA MARIA BAPTISTA CAVALCANTE)
RÉU: ESTADO DE SAO PAULO UNIAO FEDERAL (AGU) ( - TERCIO ISSAMI TOKANO) MUNICIPIO DE SAO PAULO
(SP312567 - RICARDO BUCKER SILVA, SP205795 - ALEX CIOLFI BARRETO VILAS BOAS, SP352387 - MARCELLA MULLER
MIRANDA)
0017720-40.2018.4.03.6301 - 7ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6301022086
AUTOR: CREMILDA DE BRITO MATTOS (SP094932 - VLADIMIR RENATO DE AQUINO LOPES)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
0036942-91.2018.4.03.6301 - 11ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6301022259
AUTOR: JOSE CICERO VIEIRA BARROS (SP242054 - RODRIGO CORREA NASARIO DA SILVA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
0031920-52.2018.4.03.6301 - 10ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6301022258
AUTOR: MARCELINO MARQUES DE AMORIM (SP335699 - JOELMA MARQUES DA SILVA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP172114 - HERMES ARRAIS ALENCAR)
FIM.
APLICA-SE AOS PROCESSOS ABAIXO O SEGUINTE DISPOSITIVO:
Nos termos do art. 203, § 4º, do novo Código de Processo Civil e Portaria 1, de 06 de abril de 2017 desta 4ª Vara-Gabinete do
Juizado Especial Federal Cível de São Paulo, encaminho o presente expediente (ato ordinatório) para manifestação da parte
autora, no prazo improrrogável de 15 (quinze) dias úteis, a fim de esclarecer e/ou sanar as dúvidas e/ou irregularidades, nos
termos da informação de irregularidade da inicial, sob pena de extinção do feito sem resolução do mérito. Nos termos da
Portaria GACO 4/2016, de 19 de abril de 2016, todas as manifestações de partes sem advogado deverão ser encaminhadas, via
internet, preferencialmente pelo Sistema de Atermação Online disponível no endereço eletrônico www.jfsp.jus.br/jef/ (menu “
Parte sem Advogado”).
0011497-37.2019.4.03.6301 - 4ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6301022270
AUTOR: ROSANALIA DOS SANTOS ARAUJO (PR061386 - FABIOLA DA ROCHA LEAL DE LIMA)
0011595-22.2019.4.03.6301 - 4ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6301022272USIEL FELIX DA SILVA (SP238438 -
DANILO ROBERTO DA SILVA)
0011580-53.2019.4.03.6301 - 4ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6301022268ELENICE MEGGIOLARO (SP368027 -
THIAGO POMELLI)
0011594-37.2019.4.03.6301 - 4ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6301022271RAQUEL ALVES DE PASSOS
(SP354337 - ANTONIO JONAILTON DE SOUZA)
0011607-36.2019.4.03.6301 - 4ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6301022269MARCOSUEL FELIX DOS SANTOS
(SP322968 - AUGUSTO DONIZETE BRAGHINI TORRE)
FIM.
APLICA-SE AOS PROCESSOS ABAIXO O SEGUINTE DISPOSITIVO:
Nos termos do artigo 203, §4º, do novo Código de Processo Civil e da Portaria 10/2018 deste Juizado Especial Federal Cível de
São Paulo, encaminho o presente expediente (ato ordinatório) para manifestação expressa da parte autora, no prazo de 5 (cinco)
dias úteis, acerca da proposta de acordo, nos termos em que apresentada pelo INSS. Em caso de aceitação, deverá a ADJ
implantar o benefício e informar a este Juízo, no prazo de 5 (cinco) dias. Com o ofício de cumprimento, os autos serão remetidos
à Contadoria para elaboração dos cálculos, também, no prazo de 5 (cinco) dias.Considerando que a parte ré demonstrou
interesse na conciliação, em caso de não aceitação expressa e inequívoca no prazo assinalado, os autos serão encaminhados à
CECON para agendamento de audiência de conciliação.Nos termos das Resoluções GACO 4/2016 e 6/2017, todas as
manifestações de partes sem advogado deverão ser encaminhadas, via internet, preferencialmente pelo Sistema de Atermação
Online (SAO) disponível no endereço eletrônico www.jfsp.jus.br/jef/ (menu “Parte sem Advogado – Instruções: Cartilha”).
0052747-84.2018.4.03.6301 - 5ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6301022111ALAIDE APARECIDA PINHEIRO
DA COSTA (SP321685 - ONEZIA TEIXEIRA DARIO)
Nos termos do art. 203, § 4º, do novo Código de Processo Civil e Portaria 10/2018 deste Juizado Especial Federal Cível de São Paulo,
encaminho o presente expediente (ato ordinatório) para intimar as partes para manifestarem, no prazo de 05 (cinco) dias úteis, acerca do(s)
laudo(s) pericial(is) (médico e/ou socioeconômico ou engenharia ou grafotécnico ou gemologia) anexado(s) aos autos e, se o caso,
apresentação de parecer de assistente técnico, devendo, ainda, o réu oferecer proposta de acordo, se assim entender cabível. Caso a parte
autora concorde com o conteúdo do laudo, não há necessidade de manifestação. Nos termos da Resolução GACO nº. 04/2016 e 6/2017, todas
as manifestações de partes sem advogado deverão ser encaminhadas, via internet, preferencialmente pelo Sistema de Atermação
Online(SAO) disponível no endereço eletrônico www.jfsp.jus.br/jef/ (menu: Parte sem Advogado – Instruções/Cartilha).
EXPEDIENTE Nº 2019/6303000115
Trata-se de ação ajuizada em face de Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT, por meio da qual a parte autora pleiteia em sede
de tutela antecipada e, posteriormente, em definitivo, o cumprimento da obrigação de fazer entrega de todas as espécies de serviços postais
disponíveis, em seu novo endereço, sob o argumento de tratar-se de área urbana do Município de Valinhos, e não perímetro rural, e por
constituir serviço público de caráter essencial.
A tutela de urgência foi indeferida.
A ECT, em resposta, destaca suas prerrogativas legais, ressalta a impossibilidade legal de conciliação, contesta a pretensão alegada e pugna
pela rejeição do pedido.
É o breve relato (Lei 9.099/1995, art. 38 – c/c – Lei 10.259/2001, art. 1º). Decido.
À União compete, privativamente, legislar sobre serviço postal (CRFB, art. 22, V). De outra via, compete à União, manter o serviço postal e o
correio aéreo nacional.
O serviço postal, consistente em atividade que torna possível o envio de correspondência, ou objeto postal, de um remetente para um endereço
final e determinado, é disponibilizado e prestado pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT, empresa pública, entidade da
Administração Indireta da União, criada pelo Decreto-Lei n. 509/1.969.
A Lei n. 6.538/1978 dispõe sobre os serviços postais. De acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF), a referida norma dispõe não só
acerca do serviço público exercido com monopólio, como também daqueles que não se encontram sob os auspícios da exclusividade, e que não
se enquadram nessa categoria jurídica.
Com efeito, o STF, no julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 46 (ADPF), refere que o serviço postal de
Os períodos reconhecidos administrativamente pelo INSS são considerados incontroversos. Os períodos nos quais a parte autora
percebeu benefício por incapacidade devem ser considerados como de atividade comum, nos termos do inciso II do artigo 55 da Lei
8.213/1991.
Ante o exposto, julgo parcialmente procedente o pedido para, na forma do inciso I do artigo 487 do Código de Processo Civil:
a) reconhecer o exercício de atividade especial de 10/10/1985 a 11/12/1985, 21/01/2010 a 04/09/2012 e 09/10/2012 a 16/04/2013,
determinando ao réu a devida conversão em atividade comum;
Trata-se de ação em que a parte autora pleiteia a concessão do benefício de aposentadoria por idade.
A controvérsia da demanda reside no não reconhecimento pelo INSS do período durante o qual a parte autora teria mantido contrato de
trabalho junto à empregadora Regina Stela Notari Caporossi (sem registro em CTPS), vínculo este objeto da reclamatória trabalhista, autos nº
01385-2009-043-15-00-5, que tramitou pela e. 3ª Vara do Trabalho de Campinas/SP.
Segundo a jurisprudência sedimentada pelo e. Superior Tribunal de Justiça, a sentença trabalhista pode ser considerada como início de prova
material para fins previdenciários, sendo hábil para a determinação do tempo de serviço, desde que fundada em elementos que evidenciem o
exercício da atividade laborativa na função e nos períodos alegados, ainda que o INSS não tenha integrado a respectiva lide, não havendo
ofensa ao artigo 506 do Código de Processo Civil.
Ressalto que a não participação do INSS na lide trabalhista não torna inidônea a prova dela resultante quando não houver impugnação da
veracidade do vínculo empregatício.
Porém, cumpre a este Juízo observar se a reclamatória trabalhista foi ajuizada com desvirtuamento de sua finalidade, ou seja, não visando
dirimir controvérsia entre empregado e empregador, mas sim, com o objetivo de obter direitos junto à Previdência Social, o que configura
simulação de reclamatória.
No caso em tela, a parte autora apresentou com a exordial, além de sua CTPS constando anotação do vínculo de 01/07/2005 a 13/05/2009
(havendo rasura na data de admissão e sem assinatura na data de saída), cópia de peças da reclamação trabalhista, como ata de audiência de
instrução e sentença de mérito, que não decorreu de homologação de acordo ou julgamento à revelia da parte reclamada. Pesquisa ao portal
do e. Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região informa que a sentença transitou em julgado em 04/05/2010 (vide arquivo 32). A sentença
trabalhista reconheceu que a parte autora prestou serviços à ex-empregadora de 17/03/1997 a 30/06/2005. Em sede de execução, houve
inclusive a determinação de penhora de bens da reclamada para pagamento das verbas devidas à autora, sem sucesso.
Trata-se, portanto, de prova material consistente, obtida após relação processaul sujeita ao contraditório exauriente. Não se pode simplesmente
desprezar a reclamação trabalhista como prova do fato constitutivo do direito da parte autora, já que se trata de manifestação cabal de
reconhecimento do direito por parte do Poder Judiciário.
Portanto, reconheço o efetivo exercício de atividade urbana no período de 17/03/1997 a 30/06/2005, interregno este que fora chancelado pela
Justiça do Trabalho.
Em relação ao período de 07/2005 a 13/05/2009, tendo em vista a ausência de assinatura da ex-empregadora na CTPS, no campo relativo à de
data de saída, o que afasta a presunção de veracidade quanto ao momento do término do vínculo, somente é possível reconhecer os períodos
em que há efetivo recolhimento de contribuições, os quais já constam do CNIS. Trata-se dos períodos de 07/2005 a 10/2005, 12/2005 a
É de se ressaltar, ainda, que o cadastro mantido pelo INSS não está livre de falhas. Inúmeros equívocos já foram constatados. Deste modo, as
anotações procedidas na CTPS, não infirmadas por robusta prova em contrário, devem prevalecer como presunção de veracidade.
Conforme entendimento jurisprudencial majoritário, a CTPS, desde que não apresente indícios visíveis de rasura, adulteração ou anotação
extemporânea, vale como prova do vínculo, descabendo a genérica alegação autárquica de que o vínculo é inválido. Conforme a Súmula 12 do
TST, há presunção relativa de validade quanto à anotação em CTPS, cumprindo ao INSS a produção probatória em sentido contrário.
No tocante ao período de 19/01/2007 até 22/03/2012, laborado como empregada doméstica para Paulo Clemente, constato que o réu
considerou o vínculo de 01/07/2009 até 29/02/2012, de acordo com o processo administrativo. Ocorre que o período anotado na CTPS é de
19/01/2007 até 22/03/2012. A anotação na carteira de trabalho encontra-se legível e sem rasuras (fl. 21 do PA), devendo, portanto, prevalecer
à data nela anotada.
Da mesma forma o vínculo empregatício da autora com Antonio Marcos dos Santos, durante o período de 01/11/2005 até 18/01/2007, com
anotação em CTPS legível e sem rasuras (fl. 19 do evento 15), não considerado integralmente pelo INSS na contagem de tempo de
contribuição anexada à fls. 101 do evento 15, deve ser computado para efeitos de carência.
Importante ressaltar que a responsabilidade pelo pagamento das contribuições cabe ao empregador, portanto, reconheço os períodos como de
efetivo exercício de atividade urbana pela autora.
Quanto ao interregno de 01/02/1989 até 31/12/1997, junto ao Município de Olivença/AL, considerando que as anotações efetuadas na CTPS
da parte autora encontram-se legíveis, sem rasuras e em correta ordem cronológica (fls. 19 do PA), considerando-se também a anexação da
folha de pagamento e declaração de vínculo de trabalho por parte do Secretário de Administração e Finanças da prefeitura, (fls. 51/95 do PA),
reconheço o efetivo exercício de atividade urbana pela autora no período.
Assim, somando os períodos ora reconhecidos, com os períodos incontroversos, a parte autora ostenta um total de 223 (duzentas, vinte e três)
contribuições mensais.
Dessa forma, a parte autora computa tempo suficiente de carência na DER – Data de Entrada do Requerimento (15/10/2015), fazendo jus à
concessão do benefício.
Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO, e o faço com julgamento do mérito, nos termos do CPC, 487, I, para o fim de:
1. Declarar os períodos de atividade urbana de 01/02/1989 até 31/12/1997 laborado na Prefeitura de Olivença, de 01/11/2005 até 18/01/2007
laborado na residência de Antonio Marcos dos Santos e o período de 19/01/2007 até 30/06/2009 laborado na residência de Paulo Clemente;
2. Determinar ao réu que conceda a aposentadoria por idade à autora, com DIB em15/10/2015;
3. Condenar o réu a quitar, de uma só vez, todas as parcelas vencidas, corrigidas até a data do pagamento e acrescidas de juros moratórios,
nos termos do Manual de Orientação de Procedimentos para os Cálculos na Justiça Federal.
Antecipo parte dos efeitos da tutela, nos termos do art. 497, do CPC, e determino a imediata implantação do benefício, devendo o INSS apurar
o valor mensal e iniciar o pagamento do benefício no prazo de 15 dias a contar do recebimento da comunicação desta sentença à AADJ, sob
pena de multa diária a ser oportunamente fixada. Deverá o INSS comprovar nos autos o cumprimento desta determinação, no prazo de 05
(cinco) dias após o decurso do prazo acima fixado.
Diante da hipossuficiência da parte autora, concedo os benefícios da justiça gratuita.
Sem custas ou honorários advocatícios neste grau de jurisdição, (art. 55 da Lei n.º 9.099/1995 c/c art. 1.º da Lei n.º 10.259/2001).
Havendo recurso tempestivo, intime-se a parte recorrida para contra-arrazoar no prazo de 10 (dez) dias. Transcorrido o prazo, remetam-se os
autos virtuais à colenda Turma Recursal.
Com o trânsito em julgado da sentença, intime-se o INSS para que, no prazo de 30 (trinta) dias, traga aos autos cálculo das eventuais parcelas
vencidas e apresente o montante que entende devido a esse título, em procedimento de liquidação invertida.
Após, intime-se a parte autora para que, querendo, apresente sua concordância aos cálculos do INSS ou formule seus próprios cálculos de
liquidação.
Havendo controvérsia entre as partes, remetam-se os autos à Contadoria Judicial para que a solucione em parecer contábil sobre a liquidação.
Não havendo controvérsia sobre os cálculos, ou uma vez apresentado o laudo da Contadoria Judicial, venham os autos conclusos para sua
homologação e expedição do requisitório / precatório.
Sendo caso de “liquidação zero”, ou nada mais sendo requerido, proceda-se à baixa e arquivamento destes autos.
Sentença registrada eletronicamente. Publique-se. Intimem-se.
É de se ressaltar, ainda, que o cadastro mantido pelo INSS não está livre de falhas. Inúmeros equívocos já foram constatados. Deste modo, as
anotações procedidas na CTPS, não infirmadas por robusta prova em contrário, devem prevalecer como presunção de veracidade.
Conforme entendimento jurisprudencial majoritário, a CTPS, desde que não apresente indícios visíveis de rasura, adulteração ou anotação
extemporânea, vale como prova do vínculo, descabendo a genérica alegação autárquica de que o vínculo é inválido. Conforme a Súmula 12 do
TST, há presunção relativa de validade quanto à anotação em CTPS, cumprindo ao INSS a produção probatória em sentido contrário.
No tocante aos períodos de 24/07/1973 a 14/09/1973, laborado como empregada doméstica para Edda M. Pareto; de 07/11/1974 a 21/11/1974
laborado para Gottfried Kurd Riecken; de 01/10/1975 a 05/03/1976 laborado para Carmen Cecilia; de 01/05/1996 a 16/08/1996 laborado para
Antoin Abou Kbalil e de 08/01/1977 a 12/07/1983 laborado para Elza Zukas, constato que o réu não considerou nenhum vínculo, de acordo
com os registros do CNIS. As anotações na carteira de trabalho encontram-se legíveis e sem rasuras (fl. 07 - evento 14 e fls. 03/05 – evento
23), devendo, portanto, prevalecer os vínculos nela anotados.
Importante ressaltar que a responsabilidade pelo pagamento das contribuições cabe ao empregador; de qualquer modo, portanto, reconheço os
períodos mencionados como de efetivo exercício de atividade urbana pela autora.
Assim, somando os períodos ora reconhecidos, com os períodos incontroversos, a parte autora completa um total de 216 (duzentas e
dezesseis) contribuições mensais, o que é suficiente para concessão da aposentadoria por idade na DER – Data de Entrada do Requerimento
(12/11/2015).
Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO, e o faço com julgamento do mérito, nos termos do CPC, 487, I, para o fim de:
1. Declarar os períodos de atividade urbana de 24/07/1973 a 14/09/1973 laborado como empregada doméstica para Edda M. Pareto, de
07/11/1974 a 21/11/1974 laborado para Gottfried Kurd Riecken, de 01/10/1975 a 05/03/1976 laborado para Carmen Cecilia, de 08/01/1977 a
12/07/1983 laborado para Elza Zukas e de 01/05/1996 a 16/08/1996 laborado para Antoin Abou Kbalil;
2. Determinar ao réu que conceda a aposentadoria por idade à autora, com DIB em 12/11/2015;
3. Condenar o réu a quitar, de uma só vez, todas as parcelas vencidas, corrigidas até a data do pagamento e acrescidas de juros moratórios,
nos termos do Manual de Orientação de Procedimentos para os Cálculos na Justiça Federal.
Antecipo parte dos efeitos da tutela, nos termos do art. 497, do CPC, e determino a imediata implantação do benefício, devendo o INSS apurar
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 364/1770
o valor mensal e iniciar o pagamento do benefício no prazo de 15 dias a contar do recebimento da comunicação desta sentença à AADJ, sob
pena de multa diária a ser oportunamente fixada. Deverá o INSS comprovar nos autos o cumprimento desta determinação, no prazo de 05
(cinco) dias após o decurso do prazo acima fixado.
Diante da hipossuficiência da parte autora, concedo os benefícios da justiça gratuita.
Sem custas ou honorários advocatícios neste grau de jurisdição, (art. 55 da Lei n.º 9.099/1995 c/c art. 1.º da Lei n.º 10.259/2001).
Havendo recurso tempestivo, intime-se a parte recorrida para contra-arrazoar no prazo de 10 (dez) dias. Transcorrido o prazo, remetam-se os
autos virtuais à colenda Turma Recursal.
Com o trânsito em julgado da sentença, intime-se o INSS para que, no prazo de 30 (trinta) dias, traga aos autos cálculo das eventuais parcelas
vencidas e apresente o montante que entende devido a esse título, em procedimento de liquidação invertida.
Após, intime-se a parte autora para que, querendo, apresente sua concordância aos cálculos do INSS ou formule seus próprios cálculos de
liquidação.
Havendo controvérsia entre as partes, remetam-se os autos à Contadoria Judicial para que a solucione em parecer contábil sobre a liquidação.
Não havendo controvérsia sobre os cálculos, ou uma vez apresentado o laudo da Contadoria Judicial, venham os autos conclusos para sua
homologação e expedição do requisitório / precatório.
Sendo caso de “liquidação zero”, ou nada mais sendo requerido, proceda-se à baixa e arquivamento destes autos.
Sentença registrada eletronicamente. Publique-se. Intimem-se.
Assim, julgo extinto o processo, sem resolução de mérito, nos termos do artigo 485, inciso IV, do Código de Processo Civil.
Cancele-se a audiência designada.
Publique-se. Registre-se. Intime-se.
Transitada em julgado, dê-se baixa no sistema.
Assim, julgo extinto o processo, sem resolução de mérito, nos termos do artigo 485, inciso IV, do Código de Processo Civil.
Publique-se. Registre-se. Intime-se.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 367/1770
Transitada em julgado, dê-se baixa no sistema.
TERMO DE DELIBERAÇÃO:
Pelo MM. Juiz Federal:
Apregoadas as partes verificou-se a ausência da parte autora e do respectivo patrono na audiência para a qual foram devidamente intimados,
o que enseja a extinção do processo sem julgamento do mérito.
Por consequência, julgo EXTINTO O FEITO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO, com base na Lei 9.099/1995, artigo 51, inciso I.
Sem condenação em custas e honorários. Publicada em audiência, sai o INSS intimado. Intime-se a parte autora.
Registro eletrônico.
DESPACHO JEF - 5
0001974-63.2017.4.03.6303 - 1ª VARA GABINETE - DESPACHO JEF Nr. 2019/6303007766
AUTOR: OSCAR FRIGERI (SP359432 - GESIEL DE VASCONCELOS COSTA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP166098 - FÁBIO MUNHOZ)
Decido
INTIME-SE a parte autora para que regularize seu CPF junto àquele órgão, bem como informe o seu cumprimento, no prazo de 15 (quinze)
dias, sob pena de remessa dos autos à baixa arquivo.
Intime-se.
Considerando que o cadastramento realizado junto ao SISJEF da parte autora consta como Aline Ferreira Tavela e os documentos pessoais
apresentados referem-se a Aline da Silva Ferreira, esclareça a parte autora , juntando documento comprobatório a identificar o correto nome
da requerente.
Esclareça ainda a segurada se pretende apenas a reparação por danos morais ou se requer também o recebimento do benefício de auxílio-
doença e por qual período, trazendo aos autos Certidão de Nascimento do filho (a), bem como emendando a petição inicial para acrescer
referido pleito e adequando o valor da causa com a indicação das prestações eventualmente pretendidas e não recebidas de auxílio-doença
junto ao INSS.
Nada sendo requerido quanto a possível aditamento o feito prosseguirá unicamente como pedido de reparação por danos morais.
Intimem-se.
Intime-se.
1) Reitere-se a intimação da parte autora para apresentar comprovante de residência, legível, completo e atualizado,( correspondências; contas
de água, ernergia elétrica, bancos, telefone.), nos termos da INFORMAÇÃO DE IRREGULARIDADE NA INICIAL. Ressalte-se os
devidos esclarecimentos de que a apresentação de comprovante de endereço em nome de terceiro deve vir acompanhada de declaração de
residência pelo terceiro e cópia de seu documento pessoal de identificação, reconhecimento de firma ou documento que comprove o vínculo
com a parte autora.
2) Manifeste-se a parte autora, no prazo de 15 (quinze) dias, acerca dos vícios apontados na informação de irregularidade anexada aos autos,
providenciando o necessário para regularização.
3) Na hipótese do valor da causa não ter sido justificado ou não ter sido apresentada a correspondente planilha de cálculo, deverá a parte
autora, no mesmo prazo, apresentar o valor da renda mensal inicial do benefício pretendido, bem como a planilha de cálculo correspondente à
soma das doze parcelas vincendas, acrescidas das diferenças (vencidas) almejadas entre o requerimento administrativo formalizado junto ao
INSS até o ajuizamento da ação, para fins de averiguação da competência deste Juizado. Saliento ser possível efetuar a simulação da renda
mensal inicial do benefício pretendido através do site da Justiça Federal do Rio Grande do Sul, link http://www2.jfrs.jus.br/?page_id=3403.
4) Observo, por fim, que a parte autora deverá assumir os ônus processuais de eventual omissão no cumprimento deste despacho, inclusive
com a possibilidade de extinção do feito sem resolução do mérito, nos termos previstos pelo parágrafo único do artigo 321 do Código de
Processo Civil.
5) Intime-se.
1) Manifeste-se a parte autora, no prazo de 15 (quinze) dias, acerca dos vícios apontados na informação de irregularidade anexada aos autos,
providenciando o necessário para regularização.
2) Observo que a parte autora deverá assumir os ônus processuais de eventual omissão no cumprimento deste despacho, inclusive com a
possibilidade de extinção do feito sem resolução do mérito, nos termos previstos pelo parágrafo único do artigo 321 do Código de Processo
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 371/1770
Civil.
3) Intime-se.
2) Manifeste-se a parte autora, no prazo de 15 (quinze) dias, acerca dos vícios apontados na informação de irregularidade anexada aos autos,
providenciando o necessário para regularização.
3) Na hipótese do valor da causa não ter sido justificado ou não ter sido apresentada a correspondente planilha de cálculo, deverá a parte
autora, no mesmo prazo, apresentar o valor da renda mensal inicial do benefício pretendido, bem como a planilha de cálculo correspondente à
soma das doze parcelas vincendas, acrescidas das diferenças (vencidas) almejadas entre o requerimento administrativo formalizado junto ao
INSS até o ajuizamento da ação, para fins de averiguação da competência deste Juizado. Saliento ser possível efetuar a simulação da renda
mensal inicial do benefício pretendido através do site da Justiça Federal do Rio Grande do Sul, link http://www2.jfrs.jus.br/?page_id=3403.
4) Observo, por fim, que a parte autora deverá assumir os ônus processuais de eventual omissão no cumprimento deste despacho, inclusive
com a possibilidade de extinção do feito sem resolução do mérito, nos termos previstos pelo parágrafo único do artigo 321 do Código de
Processo Civil.
5) Intime-se.
DECISÃO JEF - 7
0007737-11.2018.4.03.6303 - 2ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6303007839
AUTOR: MARCO ANTONIO QUIRINO DA VEIGA (SP230185 - ELIZABETH CRISTINA NALOTO)
RÉU: UNIAO FEDERAL (AGU) ( - THIAGO SIMÕES DOMENI)
De acordo com o comprovante de endereço juntado aos autos, o autor reside em Sorocaba – SP, município não abrangido pela jurisdição do
Juizado Especial Federal de Campinas, nos termos dos Provimentos CJF-3 283/2007, 394/2013, 395/2013, 399/2013 e 33/2018.
A competência dos Juizados Especiais Federais é absoluta (Lei 10.259/2001, artigo 3°; Lei 9.099/1995, artigo 51, inciso III).
Não obstante a determinação legal para extinção do feito quando constatada a incompetência territorial, para evitar maiores prejuízos às partes
com a demora decorrente da repropositura da ação DECLINO DA COMPETÊNCIA em favor do Juizado Especial Federal de Sorocaba –
SP., ficando autorizada a imediata remessa dos autos virtuais para o juízo territorialmente competente, com as nossas homenagens.
O caput do artigo 3º da Lei nº 10.259/01 estabelece que: “Art. 3º Compete ao Juizado Especial Federal Cível processar, conciliar e julgar
causas de competência da Justiça Federal até o valor de sessenta salários mínimos, bem como executar as suas sentenças.”
Referido montante engloba as parcelas vencidas e vincendas, ilação que é confirmada pelo parágrafo 2º do dispositivo citado acima, segundo o
qual “quando a pretensão versar sobre obrigações vincendas, para fins de competência do Juizado Especial, a soma de doze parcelas não
poderá exceder o valor referido no art. 3o, caput”.
A contrario sensu, se houver pedido de condenação em parcelas vencidas, deverão estas ser consideradas, em consonância com a regra geral
contida no caput.
Neste sentido:
PROCESSO CIVIL. CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. JUÍZO FEDERAL COMUM E JUIZADO ESPECIAL FEDERAL.
PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO. PEDIDO DE CONDENAÇÃO AO
PAGAMENTO DE PRESTAÇÕES VENCIDAS E VINCENDAS. APLICAÇÃO DO ART. 260 DO CPC C/C O ART. 3º, § 2º, DA LEI
10.259/2001 PARA A FIXAÇÃO DO VALOR DA CAUSA E, CONSEQUENTEMENTE, DA COMPETÊNCIA. PRECEDENTES.
COMPETÊNCIA DO JUÍZO COMUM FEDERAL. ANULAÇÃO DE SENTENÇA DE MÉRITO PROFERIDA PELO JUÍZO TIDO
POR INCOMPETENTE. ART. 122, CAPUT, E PARÁGRAFO ÚNICO DO CPC. 1. O art. 3º, caput, da Lei nº 10.259/2001 define a
competência dos juizados especiais federais para toda demanda cujo valor da ação não ultrapasse 60 (sessenta) salários-mínimos. De acordo
com § 2º do dispositivo mencionado, quando a demanda tratar de prestações vincendas, o valor de doze prestações não poderá ser superior ao
limite fixado no caput. 2. Todavia, na hipótese do pedido englobar prestações vencidas e vincendas, há neste Superior Tribunal entendimento
segundo o qual incide a regra do art. 260 do Código de Processo Civil, que interpretado conjuntamente com o mencionado art. 3º, § 2º, da Lei
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 374/1770
10.259/2001, estabelece a soma da prestações vencidas mais doze parcelas vincendas, para a fixação do conteúdo econômico da demanda e,
consequentemente, a determinação da competência do juizado especial federal. 3. De se ressaltar que a 2ª Turma Recursal do Juizado
Especial Federal Cível da Seção Judiciária do Estado de São Paulo, no julgamento da apelação, suscitou o presente conflito de competência,
sem antes anular a sentença de mérito proferida pelo juízo de primeira instância, o que, nos termos da jurisprudência desta Corte, impede o seu
conhecimento. 4. Todavia, a questão posta em debate no presente conflito de competência encontra-se pacificada no âmbito Superior Tribunal
de Justiça. Dessa forma, esta Casa, em respeito ao princípio da celeridade da prestação jurisdicional, tem admitido a anulação, desde logo, dos
atos decisórios proferidos pelo juízo considerado incompetente, remetendo-se os autos ao juízo declarado competente, nos termos do art. 122,
caput, e parágrafo único, do Código de Processo Civil. 5. Conflito conhecido para declarar a competência do Juízo Federal da 2ª Vara
Previdenciária da Seção Judiciária de São Paulo, ora suscitado, anulando-se a sentença de mérito proferida pelo juízo especial federal de
primeira instância. (CC 200702617328, MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, STJ - TERCEIRA SEÇÃO, DJE DATA:26/08/2008 RT
VOL.:00878 PG:00146 ..DTPB:.)
PROCESSUAL CIVIL. PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO LEGAL. ART. 557, § 1º, CPC. CONFLITO DE COMPETÊNCIA. VARA
ESTADUAL. JUIZADO ESPECIAL FEDERAL. ART. 3º, CAPUT, DA LEI Nº 10.259/2001. DECISÃO EM CONSONÂNCIA COM
JURISPRUDÊNCIA CONSOLIDADA DO C. STJ E DESTA E. CORTE. AGRAVO DESPROVIDO. - A decisão agravada está em
consonância com o disposto no artigo 557 do Código de Processo Civil, visto que supedaneada em jurisprudência consolidada do Colendo
Superior Tribunal de Justiça e desta E. Corte. - Em ação previdenciária em que se postula o recebimento de parcelas vencidas e vincendas, o
valor da causa deve ser verificado com base no disposto no art. 260 do Código de Processo Civil, conjugado com a regra do art. 3º, caput, da
Lei nº 10.259/2001, adicionando-se o montante das parcelas vencidas ao resultado da soma de 12 (doze) vincendas. Precedentes. - No caso
em tela, a parte autora objetiva a revisão de benefício previdenciário, atribuindo na petição inicial à causa o valor de R$ 42.028,86. - Contudo,
verifica-se que consoante retificação feita pela parte autora, o valor atribuído à causa de R$ 15.587,64, situa-se dentro do limite legal de alçada
estabelecido para efeito de determinação da competência do Juizado Especial Federal (art. 3º, caput, da Lei nº 10.259/2001). - As razões
recursais não contrapõem tal fundamento a ponto de demonstrar o desacerto do decisum, limitando-se a reproduzir argumento visando a
rediscussão da matéria nele contida. - Agravo desprovido. (AI 00304427020134030000, DESEMBARGADORA FEDERAL DIVA
MALERBI, TRF3 - SÉTIMA TURMA, e-DJF3 Judicial 1 DATA:31/01/2014 ..FONTE_REPUBLICACAO:.)
O parágrafo 4º do artigo 17 da Lei nº 10.259/01 que prevê o pagamento por precatório de montante que ultrapassar a alçada dos Juizados
Especiais Federais refere-se tão-só à hipótese em que o valor da causa não ultrapassava a alçada quando do aforamento da ação, e
posteriormente, pelo decurso do tempo, veio a excedê-lo, desta forma salvaguardando a parte autora dos efeitos da demora que não lhe pode
ser imputada.
No caso em exame, conforme simulação apresentada pela parte Autora, evento 10/11, da consulta de anexos do processo eletrônico; na data
do ajuizamento da ação o valor das parcelas vencidas com 12 (doze) prestações vincendas correspondia a R$ 70.210,71 ( SETENTA MIL,
DUZENTOS E DEZ REAIS E SETENTA E UM CENTAVOS.), ultrapassando a competência deste Juizado.
Ante o exposto, reconhecendo a incompetência absoluta deste Juizado Especial Cível, nos termos previstos pelo parágrafo 2º do artigo 3º da
Lei nº 10.259/01, declino da competência para processar e julgar o pedido, devendo a Secretaria providenciar o necessário para
encaminhamento dos autos para redistribuição à Justiça Federal Comum da Subseção Judiciária competente.
Na hipótese de perícia ou audiência já agendada, cancele-se.
Após, proceda-se à baixa do feito no sistema processual.
Intimem-se. Cumpra-se.
2) Indefiro o pedido urgente. A probabilidade do direito alegado pela parte autora depende de dilação probatória, com a realização de perícia
médica. O pedido de tutela de urgência será reapreciado no momento da prolação da sentença.
3) Manifeste-se a parte autora, no prazo de 15 (quinze) dias, acerca dos vícios apontados na informação de irregularidade anexada aos autos,
providenciando o necessário para regularização.
4) Na hipótese do valor da causa não ter sido justificado ou não ter sido apresentada a correspondente planilha de cálculo, deverá a parte
autora, no mesmo prazo, apresentar o valor da renda mensal inicial do benefício pretendido, bem como a planilha de cálculo correspondente à
soma das doze parcelas vincendas, acrescidas das diferenças (vencidas) almejadas entre o requerimento administrativo formalizado junto ao
INSS até o ajuizamento da ação, para fins de averiguação da competência deste Juizado. Saliento ser possível efetuar a simulação da renda
mensal inicial do benefício pretendido através do site da Justiça Federal do Rio Grande do Sul, link http://www2.jfrs.jus.br/?page_id=3403.
5) Observo, por fim, que a parte autora deverá assumir os ônus processuais de eventual omissão no cumprimento deste despacho, inclusive
com a possibilidade de extinção do feito sem resolução do mérito, nos termos previstos pelo parágrafo único do artigo 321 do Código de
Processo Civil.
6) Intime-se.
Intime-se.
ATO ORDINATÓRIO - 29
APLICA-SE AOS PROCESSOS ABAIXO O SEGUINTE DISPOSITIVO:
Fica facultado às partes a manifestação sobre o laudo pericial anexado aos autos, no prazo comum de 15 (quinze) dias.
0007410-66.2018.4.03.6303 - 2ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6303004034
AUTOR: MONICA MARIA AUXILIADORA DE OLIVEIRA (SP117977 - REGINA CELIA CAZISSI)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP166098 - FÁBIO MUNHOZ)
0000204-64.2019.4.03.6303 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6303004029
AUTOR: JORGE SILVA SALES (SP356382 - FLAVIA MASCARIN DA CRUZ)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP166098 - FÁBIO MUNHOZ)
0000754-59.2019.4.03.6303 - 2ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6303004036
AUTOR: MARIA CICERA DA CONCEICAO (SP363705 - MARIA DO CARMO DA SILVA, SP219611 - NILDETE SALOMÃO
LIMA CHIQUETTI)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP166098 - FÁBIO MUNHOZ)
0000639-38.2019.4.03.6303 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6303004038
AUTOR: FATIMA CUBA DE ALMEIDA DO COUTO (SP240612 - JEUDE CARVALHO DE OLIVEIRA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP166098 - FÁBIO MUNHOZ)
0000667-06.2019.4.03.6303 - 2ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6303004037
AUTOR: JUCILENE VIEIRA DE SOUSA (SP414887 - GIOVANA ALEXIA DE SALLES DOS SANTOS)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP166098 - FÁBIO MUNHOZ)
5009462-59.2018.4.03.6105 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6303004018
AUTOR: MARIA DE LOURDES AGUIAR DE OLIVEIRA (SP253299 - GUSTAVO MACLUF PAVIOTTI)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP166098 - FÁBIO MUNHOZ)
0007898-21.2018.4.03.6303 - 2ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6303004028
AUTOR: ARLETE TEREZINHA DE JESUS (SP199477 - ROBERTA REGINA FILIPPI)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP166098 - FÁBIO MUNHOZ)
0004447-85.2018.4.03.6303 - 2ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6303004031
AUTOR: NEUSA CABRAL DE ALMEIDA (SP300336 - GUSTAVO HIPÓLITO PROENÇA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP166098 - FÁBIO MUNHOZ)
0000203-79.2019.4.03.6303 - 2ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6303004025
AUTOR: VANESSA CORREIA SANTOS (SP221167 - CRISTIANO HENRIQUE PEREIRA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP166098 - FÁBIO MUNHOZ)
0007312-81.2018.4.03.6303 - 2ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6303004030
AUTOR: NEIVA APARECIDA GARCIA (SP271710 - CLODOALDO ALVES DE AMORIM)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP166098 - FÁBIO MUNHOZ)
0007857-54.2018.4.03.6303 - 2ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6303004026
AUTOR: ADEMILDA DE MACENO FLORENCIO (SP265521 - VAGNER CESAR DE FREITAS, SP247658 - EUFLAVIO BARBOSA
SILVEIRA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP166098 - FÁBIO MUNHOZ)
TERMOS REGISTRADOS PELOS JUÍZES DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CÍVEL RIBEIRÃO PRETO
EXPEDIENTE Nº 2019/6302000585
DECISÃO JEF - 7
0004913-58.2013.4.03.6302 - 2ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6302008937
AUTOR: PAULO SERGIO RODRIGUES (SP338108 - BRUNO RODRIGUES)
RÉU: UNIAO FEDERAL (PFN) ( - MÁRIO AUGUSTO CARBONI)
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 379/1770
Informação contábil anterior: consulta como proceder acerca da questão processual surgida nesta fase de cumprimento do julgado no tocante
à metodologia de cálculo e critérios de atualização monetária.
In casu, vinha-se sendo adotado por este Juizado a seguinte metodologia e critério de atualização monetária do débito/indébito tributário:
retificação das declarações de ajuste correspondentes às épocas próprias em que os valores deveriam ter sido recebidos, observando-se os
valores históricos e a correção pela SELIC tanto dos valores a pagar como a restituir, considerando-se o FATO DO AJUSTE e não a
existência ou inexistência de mora.
Como é utilizado os valores históricos por ocasião do ajuste nas épocas próprias, o valor encontrado de tributo a pagar ou a restituir, após o
encontro de contas, era corrigido pela SELIC que é o índice legalmente previsto para débito/indébito tributário, tendo em vista o entendimento
de não se tratar de equalizar as bases de cálculos, pois são considerados os valores históricos, mas sim de aplicar o índice de correção
legalmente previsto tanto para o débito/indébito tributário encontrado, em homenagem aos Princípios da Isonomia e da Simetria.
No entanto, ressalvado meu entendimento pessoal e prestigiando o Postulado da Segurança Jurídica, curvo-me à jurisprudência do STJ – REsp
1.470.720/RS - julgado pela sistemática dos recursos repetitivos que pacificou o assunto fixando a seguinte tese:
“Até a data da retenção na fonte, a correção do IR apurado e em valores originais deve ser feita sobre a totalidade da verba acumulada e pelo
mesmo fator de atualização monetária dos valores recebidos acumuladamente, sendo que, em ação trabalhista, o critério utilizado para tanto é
o FACDT.” (grifou-se)
No mesmo acórdão, fixou-se a forma de cálculo nos seguintes termos:
“(...) resgata-se o valor original da base de cálculo (após, portanto, as deduções legais) declarada pelo sujeito passivo em sua Declaração de
Ajuste Anual relativa ao ano-calendário a que o rendimento corresponde (A) e adiciona-se o valor do rendimento recebido acumuladamente
relativo ao mesmo ano (excluídos atualização monetária e juros) (B). Assim, chega-se ao valor da base de cálculo que seria declarada se o
rendimento tivesse sido percebido na época própria (C = A + B).
Sobre esta base de cálculo aplica-se a tabela progressiva vigente no ano a que o rendimento corresponde. Com a aplicação da alíquota da
tabela progressiva sobre a base de cálculo (C), chega-se a um resultado de imposto devido à época. Desse resultado se subtrai o imposto
efetivamente pago calculado com os valores da época. Essa diferença corresponde ao cálculo da diferença de imposto correspondente (D).
Este cálculo deverá ser feito para cada ano-calendário referente aos rendimentos percebidos acumuladamente (Dl, D2, etc).
Esta diferença de imposto de renda (D), apurada em cada ano (D1, D2, etc), será atualizada pelo índice que melhor reflita a correção
monetária para o débito em questão (no caso de débitos trabalhistas, utiliza-se o Fator de Atualização e Conversão dos Débitos Trabalhistas -
FACDT, como visto) a partir de 30 de abril do ano subseqüente ao ano-calendário respectivo. Cada uma das diferenças anuais (Dl, D2) será
atualizada pelo índice referido até 30 de abril do ano subseqüente àquele em que ocorreu o recebimento dos valores acumulados e somadas
entre si, constituindo o somatório de diferenças de imposto de renda (E =" Dl + D2 + etc.).
O montante total das diferenças (E) será compensado com o total do imposto que foi indevidamente retido na fonte sob o regime de caixa por
força do recebimento de rendimentos acumulados, perfazendo o saldo de imposto de renda (F), a pagar (se E > imposto indevidamente retido
na fonte sob o regime de caixa) ou a restituir (se E < imposto indevidamente retido na fonte sob o regime de caixa). Sobre (F), incidirá a taxa
SELIC a partir de 1º de maio do ano subsequente ao do recebimento dos rendimentos acumulados porque, ou constitui (F) uma diferença de
imposto não pago pelo contribuinte (situação em que incidem o art. 13, da Lei n. 9.065/95 e o art. 61, §3º, da Lei n. 9.430/96), ou constitui um
valor de indébito a ser repetido pelo Fisco ao contribuinte (situação em que incide o art. 39, §4º, da Lei n. 9.250/95).”
Acrescento que o TRF da 3ª Região, seguindo referida jurisprudência tem decidido no mesmo sentido, vejamos:
“(...) Por outro lado, assiste razão ao embargante (contribuinte) quanto à alegação de omissão/obscuridade no que tange à aplicação da taxa
SELIC, no que diz respeito à atualização dos valores recompostos nos anos calendários em data em que o reclamante não havia auferido o
rendimento da ação trabalhista.
De fato, o decisum proferido na ação de repetição de indébito determina a aplicação da SELIC na atualização do indébito, todavia, não é esse
o índice a ser fixado para a correção da base de cálculo do tributo. Acerca do tema, o Superior Tribunal de Justiça pronunciou-se no REsp nº
1.470.720/RS, julgado conforme a sistemática do art. 543-C do CPC/73, que transitou em julgado em 04.03.2015 (...).” APELAÇÃO CÍVEL
Nº 0003631-20.2015.4.03.6106/SP.
Nessa toada, de acordo com o REsp. 1.470.720/RS, observa-se que no momento anterior à retenção indevida não se pode aplicar a taxa
SELIC porque o que ocorre nos ajustes referentes aos períodos discutidos nos autos seria apenas uma equalização da base de cálculo do IR,
não havendo que se falar em mora, seja do contribuinte, seja do Fisco.
No mesmo sentido, para RRA oriundo de verbas previdenciárias, deve ser utilizado o indexador aplicado pela Justiça Federal em ações
previdenciárias (INPC) ou outro índice fixado judicialmente.
Ante o exposto, encaminhem-se os autos à Contadoria para cálculos, observando-se os parâmetros fixados no julgado e na presente decisão,
em especial quanto à aplicação do indexador – FACDT - na equalização da base de cálculo do IR até o momento da retenção indevida e, a
partir daí, deverá ser aplicada a taxa SELIC no encontro de contas, bem como para apurar a verba sucumbencial devida pela União nos
termos do v. acórdão.
Após, dê-se vista às partes para manifestação pelo prazo de 10 dias.
Intimem-se. Cumpra-se.
TERMOS REGISTRADOS PELOS JUÍZES DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CÍVEL RIBEIRÃO PRETO
EXPEDIENTE Nº 2019/6302000587
ROSELENE APARECIDA FRANCO promove a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL,
objetivando, em síntese, o recebimento de aposentadoria por invalidez ou de auxílio-doença desde a DER (04.07.2018).
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
Preliminares
Rejeito as preliminares, que foram apresentadas de forma genérica, sem qualquer demonstração de aplicação no caso concreto.
Mérito
A aposentadoria por invalidez é devida ao segurado considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de qualquer atividade
que lhe garanta a subsistência, nos termos do artigo 42 da Lei 8.213/91.
Já o auxílio-doença é devido ao segurado que ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual, conforme artigo 59 da
Lei 8.213/91.
2) carência de 12 contribuições mensais (artigo 25, I, da Lei nº 8.213/91) para os dois benefícios, sendo dispensada no caso de a incapacidade
decorrer de acidente de qualquer natureza ou causa, de doença profissional ou do trabalho ou de alguma das doenças arroladas em lista
especial, nos termos do inciso II do artigo 26 da Lei 8.213/91; e
3) incapacidade para o trabalho: é neste requisito que repousa a diferença entre um e outro benefício:
a) para a aposentadoria por invalidez: incapacidade total e permanente para qualquer atividade ou profissão; e
b) para o auxílio-doença: incapacidade total e temporária para o seu trabalho ou atividade habitual.
Impende ressaltar que, nos termos da súmula 77 da TNU, “o julgador não é obrigado a analisar as condições pessoais e sociais quando não
reconhecer a incapacidade do requerente para a sua atividade habitual”.
No caso concreto, a perita judicial afirmou que a autora, que tem 40 anos de idade, é portadora de dor cervical crônica com protrusões discais
e fibromialgia, estando apta para o trabalho, inclusive, para o exercício de sua alegada atividade habitual (empresária).
Em sua conclusão, a perita destacou que “a doença apresentada não causa incapacidade para as atividades anteriormente desenvolvidas. A
data provável do início da doença é 2013, segundo conta. Para tanto não se aplica data de inicio da incapacidade. A parte autora apresenta
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 381/1770
alterações degenerativas fisiológicas decorrentes do processo de envelhecimento do organismo coerentes com a sua idade. Não há sinais
clínicos de compressão radicular aguda com alteração neurológica motora e sensitiva. Apresenta também doença crônica idiopática, a
fibromialgia, sem deficiência funcional no estágio atual de acometimento, passível de controle medicamentoso ou fisioterapia”.
De acordo com a perita, “não há sinais clínicos de compressão radicular aguda com alteração neurológica motora e sensitiva, por isso não há
incapacidade laborativa. O quadro álgico pode ser controlado pelas medidas terapêuticas que a parte autora está atualmente sendo
submetida”.
Em resposta ao quesito 10 do Juízo, a perita destacou que a autora pode retornar ao trabalho “a qualquer momento, recomenda-se manter
tratamento conservador com analgésicos e/ou fisioterapia, eventualmente, para tanto não há necessidade de afastamento do trabalho”.
Impende ressaltar que, em se tratando de benefício por incapacidade laboral, a prova a ser produzida, no tocante ao estado de saúde da parte
requerente, é a perícia médica, que no caso concreto foi realizada por médico com conhecimento na área da patologia alegada, que apresentou
laudo devidamente fundamentado.
Desta forma, acolhendo o laudo pericial, concluo que a parte autora não faz jus ao recebimento de auxílio-doença, tampouco de aposentadoria
por invalidez.
Ante o exposto, julgo IMPROCEDENTES os pedidos formulados na inicial, com resolução do mérito, nos termos do artigo 487, I, do CPC.
Sem custas e, nesta instância, sem honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
Cuida-se de ação proposta em face da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL (CEF), visando a assegurar a correção do(s) valor(es)
depositado(s) na(s) conta(s) vinculada(s) ao FGTS da parte autora, mediante a substituição da TR pelo IPCA, INPC ou, ainda, outro índice
que reponha as perdas inflacionárias, desde 1999.
No que concerne à legitimidade passiva, apenas CEF é parte legítima para figurar no pólo passivo da presente demanda, conforme
entendimento sumulado pelo C. STJ:
“A Caixa Econômica Federal tem legitimidade passiva para integrar processo em que se discute correção monetária do FGTS.” (D.J.U.,
Seção I, de 22.06.01, p. 163)
Descabe, assim, a participação da União Federal e do Banco Central no pólo ativo da demanda.
Inicialmente, quanto à ocorrência de prescrição de 03 anos prevista no artigo 206, 3°, III, IV ou V do Código Civil, conforme suscitado pela
CEF, observo que não há mais discussão acerca dessa matéria, em face do entendimento sumulado pelo c. STJ:
DA LEGALIDADE DA TR
No que tange à atualização monetária ora pleiteada, o Eg. Supremo Tribunal Federal, em sessão do Pleno, realizada em 31.08.2000, ao
apreciar o RE n. 226.885-7/RS, seguindo o voto condutor do Relator Min. MOREIRA ALVES, firmou entendimento que o Fundo de Garantia
por Tempo de Serviço (FGTS) possui natureza institucional, e não contratual, devendo a matéria relativa à correção monetária ficar adstrita ao
disposto em leis específicas. Ou seja, ao contrário do que sucede com as cadernetas de poupança, o FGTS não tem natureza contratual, a
correção monetária decorre de Lei e, desse modo, não há que se falar em direito adquirido a regime jurídico.
Na esteira desse entendimento, que pacificou a matéria relativa à correção monetária dos saldos do FGTS, o e. STJ, inclusive, editou a Súmula
252, in verbis:
“Os saldos das contas do FGTS, pela legislação infraconstitucional, são corrigidos em 42,72% (IPC) quanto às perdas de janeiro de 1989 e
44,80% (IPC) quanto às de abril de 1990, acolhidos pelo STJ os índices de 18,02% (LBC) quanto às perdas de junho de 1987, de 5,38%
(BTN) para maio de 1990 e 7,00% (TR) para fevereiro de 1991, de acordo com o entendimento do STF (RE 226.855-7-RS)”.
Pois bem, o período postulado pela parte autora em sua petição inicial é posterior ao período mencionado, mas ainda neste período o índice
aplicável aos saldos das contas do FGTS era a variação da TR, prevista na Lei nº 8.177/91, que criou o referido dispositivo com o fim de
remunerar a poupança e o FGTS, não revogando a Lei 8.036/90, devendo ser utilizado para a correção monetária de ambas.
Com efeito, a insurgência da parte autora decorre do argumento de que TR não corresponde aos índices de inflação, o que acarretou uma
perda reiterada na composição do saldo de sua conta fundiária.
Não obstante, não assiste razão à parte autora vez que, de fato, a aplicação da TR encontra amparo legal, com escopo na Lei n° 8.177/91,
além de já ter sua legalidade declarada pelo Superior Tribunal de Justiça, a teor do que dispõe a Súmula 459, in verbis:
“A Taxa Referencial (TR) é o índice aplicável, a título de correção monetária, aos débitos com o FGTS recolhidos pelo empregador mas não
repassados ao fundo.”
Ademais, a exemplo do que ocorre com os benefícios previdenciários, é defeso ao Juiz substituir os indexadores escolhidos pelo legislador para
a atualização do FGTS, por outros que o cidadão considera mais adequados, seja o INPC, IPCA ou quaisquer outros diversos dos legalmente
previstos. Agindo assim, estaria o Judiciário usurpando função que a Constituição reservou ao legislador, em afronta ao princípio constitucional
da tripartição dos Poderes.
Assim, não há como acolher o argumento de que os índices aplicados pela CEF para a remuneração das contas fundiárias estão em
dissonância com os dispositivos legais previstos nas Leis nºs 8.036/90 e 8.177/91, eis que foi corretamente cumprido o disposto nos diplomas
legais em comento, descabendo cogitar-se em diferenças devidas no período vindicado.
Feitas tais considerações, não vislumbro qualquer inconstitucionalidade dos artigos 13 e 17 da Lei n 8.036/90, eis que ausentes vícios materiais,
estando referidos dispositivos em total compatibilidade com o artigo 2º da mesma lei.
Cumpre anotar que em julgamento recente proferido pelo e. STJ, no Recurso Especial n° 1.614.874, afetado como representativo de
controvérsia (Tema 731), restou pacificado o entendimento acima esposado, sendo oportuna a transcrição de sua ementa:
Sem custas e sem condenação em honorários advocatícios, nos termos do art. 55, da Lei n. 9.099/95.
CASSIANO RODRIGO DE FREITAS ALVES promove a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL,
objetivando, em síntese, o recebimento de auxílio-acidente desde a cessação do auxílio-doença (12.08.2007). Pugna, ainda, pela declaração do
grau de deficiência para os fins do benefício previsto na Lei Complementar nº 142/2013.
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
Preliminares
Rejeito as preliminares, que foram apresentadas de forma genérica, sem qualquer demonstração de aplicação no caso concreto.
Por seu turno, a adequação se dá com relação à idoneidade do provimento pleiteado para proteção ou satisfação do bem da vida pretendido.
No caso concreto, o autor requer a declaração do grau de sua deficiência para obtenção, no futuro, da aposentadoria prevista na Lei
Complementar 142/2013.
Pois bem. O referido diploma legal trata da concessão de aposentadoria de segurado com deficiência pelo Regime Geral de Previdência Social
- RGPS.
De acordo com o artigo 4º da Lei Complementar 142/13, a avaliação da deficiência será médica e funcional, nos termos do Regulamento.
A regulamentação do Executivo veio com o Decreto nº 8.145, de 03 de dezembro de 2013, que assim dispôs:
“Art. 2º A pessoa com deficiência poderá, a partir da entrada em vigor deste Decreto, solicitar o agendamento de avaliação médica e
funcional, a ser realizada por perícia própria do INSS, para o reconhecimento do direito às aposentadorias por tempo de contribuição ou por
idade nos termos da Lei Complementar nº 142, de 8 de maio de 2013”.
No caso concreto, o autor não provou ter solicitado o referido agendamento de avaliação médica e funcional.
Logo, quanto ao pedido em questão não há lide (pretensão resistida) a justificar qualquer intervenção judicial.
Por conseguinte, o autor não possui interesse de agir, em sua modalidade “necessidade”, com relação ao referido pedido.
Mérito
O auxílio-acidente é devido ao segurado quando, após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem
sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia, nos termos do artigo 86 da Lei 8.213/91.
No caso concreto, o perito judicial afirmou que o autor, que tem 34 anos de idade, é portador de fratura do tornozelo direito consolidada
(artrose pós traumática), lombalgia e hipertensão, estando apto para o trabalho, inclusive, para o exercício de sua alegada atividade habitual
(assistente comercial).
Em sua conclusão o perito afirmou que “a doença apresentada não causa incapacidade para as atividades anteriormente desenvolvidas. A
data provável do início da doença é 08/05/07. Neste caso não se aplica uma data de início da incapacidade”.
Ao quesito 5 o perito consignou que “sem limitação funcional no tornozelo, mobilidade funcional. Coluna sem queixas no momento”.
Em resposta ao quesito 10 do Juízo o perito afirmou que o autor está apto ao trabalho eis que apresenta “tornozelo com mobilidade funcional,
não se enquadra no auxílio acidente”.
Desta forma, acolhendo o laudo pericial, concluo que a parte autora não faz jus ao auxílio-acidente, uma vez que o caso não retrata a hipótese
de consolidação de lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza que teriam resultado em sequelas redutoras da capacidade para o
trabalho que habitualmente exercia.
Ante o exposto, julgo IMPROCEDENTE o pedido formulado na inicial, com resolução do mérito, nos termos do artigo 487, I, do CPC.
Sem custas e, nesta instância, sem honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
SILVANA VICENTE FERREIRA promove a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, objetivando,
em síntese, o recebimento de aposentadoria por invalidez ou o restabelecimento de auxílio-doença desde a cessação ocorrida em 06.07.2018.
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
Preliminares
Rejeito as preliminares, que foram apresentadas de forma genérica, sem qualquer demonstração de aplicação no caso concreto.
Mérito
A aposentadoria por invalidez é devida ao segurado considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de qualquer atividade
que lhe garanta a subsistência, nos termos do artigo 42 da Lei 8.213/91.
Já o auxílio-doença é devido ao segurado que ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual, conforme artigo 59 da
Lei 8.213/91.
2) carência de 12 contribuições mensais (artigo 25, I, da Lei nº 8.213/91) para os dois benefícios, sendo dispensada no caso de a incapacidade
decorrer de acidente de qualquer natureza ou causa, de doença profissional ou do trabalho ou de alguma das doenças arroladas em lista
especial, nos termos do inciso II do artigo 26 da Lei 8.213/91; e
3) incapacidade para o trabalho: é neste requisito que repousa a diferença entre um e outro benefício:
a) para a aposentadoria por invalidez: incapacidade total e permanente para qualquer atividade ou profissão; e
b) para o auxílio-doença: incapacidade total e temporária para o seu trabalho ou atividade habitual.
Impende ressaltar que, nos termos da súmula 77 da TNU, “o julgador não é obrigado a analisar as condições pessoais e sociais quando não
reconhecer a incapacidade do requerente para a sua atividade habitual”.
No caso concreto, o perito judicial afirmou que a autora, que tem 56 anos de idade, é portadora de hipertensão, diabete e gonartrose inicial,
estando apta para o trabalho, inclusive, para o exercício de sua alegada atividade habitual (auxiliar de limpeza até 2012).
Em resposta ao quesito 05 do juízo, o perito consignou que “ao exame pericial não foram encontrados sinais, sintomas, alterações que sugiram
alerta para a piora ou progressão da doença com a atividade laborativa e ainda, do ponto de vista médico, o tratamento pode ser realizado de
maneira concomitante com o trabalho. Deste modo, não há subsídios técnicos para a caracterização de incapacidade neste momento”.
Em resposta ao quesito 10 do juízo, o perito judicial reiterou que a autora pode retornar ao trabalho e “deve manter o tratamento conservador
com o intuito de preservar a qualidade de vida e para tal não há necessidade de afastamento”.
Cumpre anotar que a parte autora foi examinada por médico com conhecimento na área das patologias alegadas, que apresentou laudo
devidamente fundamentado. Não há, portanto, razão para desprezar o parecer do perito judicial.
Desta forma, acolhendo o laudo pericial, concluo que a parte autora não faz jus ao recebimento de auxílio-doença, tampouco de aposentadoria
por invalidez.
Ante o exposto, julgo IMPROCEDENTES os pedidos formulados na inicial, com resolução do mérito, nos termos do artigo 487, I, do CPC.
Sem custas e, nesta instância, sem honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
DANIELA APARECIDA NOGUEIRA promove a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL,
objetivando, em síntese, o recebimento de aposentadoria por invalidez com o acréscimo de 25% previsto no artigo 45 da Lei 8.213/91 ou o
restabelecimento de auxílio-doença desde a cessação ocorrida em 16.05.2018.
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
Preliminares
Rejeito as preliminares, que foram apresentadas de forma genérica, sem qualquer demonstração de aplicação no caso concreto.
Mérito
A aposentadoria por invalidez é devida ao segurado considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de qualquer atividade
que lhe garanta a subsistência, nos termos do artigo 42 da Lei 8.213/91.
Já o auxílio-doença é devido ao segurado que ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual, conforme artigo 59 da
Lei 8.213/91.
2) carência de 12 contribuições mensais (artigo 25, I, da Lei nº 8.213/91) para os dois benefícios, sendo dispensada no caso de a incapacidade
decorrer de acidente de qualquer natureza ou causa, de doença profissional ou do trabalho ou de alguma das doenças arroladas em lista
especial, nos termos do inciso II do artigo 26 da Lei 8.213/91; e
3) incapacidade para o trabalho: é neste requisito que repousa a diferença entre um e outro benefício:
a) para a aposentadoria por invalidez: incapacidade total e permanente para qualquer atividade ou profissão; e
b) para o auxílio-doença: incapacidade total e temporária para o seu trabalho ou atividade habitual.
Impende ressaltar que, nos termos da súmula 77 da TNU, “o julgador não é obrigado a analisar as condições pessoais e sociais quando não
reconhecer a incapacidade do requerente para a sua atividade habitual”.
A autora, que tem 41 anos de idade, foi submetida a duas perícias médicas.
Na primeira, a perita psiquiatra afirmou que a autora é portadora de transtorno misto de ansiedade e depressão, estando apta para o trabalho,
inclusive, para o exercício de sua alegada atividade habitual (professora).
Em resposta ao quesito 5 do Juízo, a perita destacou que “a causa da doença é multifatorial (diatética e ambiental). A consequência está no
exame psíquico (alteração psicopatológica). A CID-10 não classifica essa doença pela intensidade. Há possibilidade de cura. Letra A (
Capacidade para o trabalho sob ponto de vista psiquiátrico)”.
Em resposta ao quesito 10 do Juízo, a perita judicial reiterou que “não há incapacidade sob o ponto de vista psiquiátrico.”.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 387/1770
Na segunda perícia, o perito neurologista afirmou que a autora é portadora de epilepsia de difícil controle, transtorno obsessivo-compulsivo,
transtorno afestivo bipolar e outros transtornos ansiosos, estando parcialmente incapacitada para o trabalho, mas apta para o exercício de sua
alegada atividade habitual (professora).
Em seus comentários, o perito afirmou que “a autora compareceu à perícia em bom estado geral , atendeu o chamado pelo seu nome na sala
de espera sem hesitação, abriu porta sozinha com mão direita , entrou na sala sozinha e deambulando sem claudicação , sem esbarrar nos
objetos decorativos e móveis da sala , sem se apoiar em mesa , cadeira ou paredes , sentou sozinha em cadeira sem dificuldade , permaneceu
sentada sem desequilíbrios nem atitudes viciosas , referindo peso de 46 Kg e altura de 1,55 m, IMC = 19,15 Kg/m² - Peso Ideal . Sem
movimentos involuntários . Vigil , consciente , aparência regular ; atitude respeitosa com examinador , colaborando bastante ; demonstrou bom
controle emocional , sem evidências de agressividade e impulsividade ; autocrítica preservada ; atenta e mantendo o foco nas perguntas e
conversação ; fluência verbal preservada e compreensão adequada , demonstrando eficaz comunicação ; calma e com bom controle
emocional , de humor preservado ; orientada em tempo e espaço ; bom domínio psicomotor ; memória reduzida lembrando de um objeto em
três citados após 1’ e 5’ ; juízo crítico preservado , respondeu pronta e coerentemente as questões de anamnese com inteligência geral
adequada para faixa etária e escolaridade referida ( Superior completo – Pedagogia ) . Dirigiu-se , subiu , sentou , deitou , levantou e desceu
da maca sem dificuldades , realizando as manobras semiológicas corretamente . Seu exame neurológico não mostrou comprometimento
sensitivo-motor , de nervos cranianos ou das meninges . Cognição com discreto comprometimento na memória . Sem alienação mental .
Hemodinamicamente estável . Sua Epilepsia está em tratamento , sonolenta com anti - epilépticos , mas sem evidências de intoxicações
medicamentosas , sem agrupamentos de crises nem Estado de Mal , sem referir dosagens séricas de anti – epilépticos para ajustes
terapêuticos , atualmente crises semanais sendo a última há 20 dias”.
Em resposta ao quesito 5 do Juízo, o perito consignou que “apesar da autora apresentar , do ponto de vista neurológico e preventivamente ,
restrições às atividades laborativas remuneradas que a coloquem em maior risco de acidentes para si e/ou terceiros durante eventual crise
epiléptica , suas condições clínicas atuais lhe conferem capacidades , laborativa residual e cognitiva treinável/adaptável , associadas ao uso
regular de toda terapêutica disponível indicada , para trabalhar em certas atividades remuneradas com menor risco destes acidentes para sua
subsistência , sempre com equipamentos de proteção individual adequados para ambiente e função , tais como a função para a qual foi
formada – Professora , Serviços administrativos escolares , etc”.
Cumpre anotar que a autora foi examinada por dois peritos com conhecimento na área das patologias alegadas (psiquiatra e neurologista) e
que apresentaram laudos devidamente fundamentados. Não há, portanto, razão para desprezar o parecer do perito judicial.
Anoto, por oportuno, que na divergência entre os relatórios médicos apresentados e os laudos dos dois peritos judiciais, sigo os pareceres dos
experts oficiais, que são equidistantes aos interesses das partes e que apresentaram suas conclusões em laudos devidamente fundamentados.
Desta forma, acolhendo os laudos periciais, concluo que a parte autora não faz jus ao recebimento de auxílio-doença, tampouco de
aposentadoria por invalidez.
Ante o exposto, julgo IMPROCEDENTES os pedidos formulados na inicial, com resolução do mérito, nos termos do artigo 487, I, do CPC.
Sem custas e, nesta instância, sem honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
ROSA DOS SANTOS DE JESUS promove a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, objetivando,
em síntese, o recebimento de auxílio-doença desde a DER (29.05.2018).
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
Rejeito as preliminares, que foram apresentadas de forma genérica, sem qualquer demonstração de aplicação no caso concreto.
Mérito
O auxílio-doença é devido ao segurado que ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual, conforme artigo 59 da Lei
8.213/91.
2) carência de 12 contribuições mensais (artigo 25, I, da Lei nº 8.213/91), sendo dispensada no caso de a incapacidade decorrer de acidente de
qualquer natureza ou causa, de doença profissional ou do trabalho ou de alguma das doenças arroladas em lista especial, nos termos do inciso
II do artigo 26 da Lei 8.213/91; e
3) incapacidade para o trabalho: incapacidade total e temporária para o seu trabalho ou atividade habitual.
Impende ressaltar que, nos termos da súmula 77 da TNU, “o julgador não é obrigado a analisar as condições pessoais e sociais quando não
reconhecer a incapacidade do requerente para a sua atividade habitual”.
No caso concreto, o perito judicial afirmou que a autora, que tem 49 anos de idade, é portadora de tendinite no ombro direito, lombalgia,
depressão, hipertensão e hipotireoidismo, estando apta para o trabalho, inclusive, para o exercício de sua alegada atividade habitual (faxineira).
De acordo com o perito, “a doença apresentada não causa incapacidade para as atividades anteriormente desenvolvidas. A data provável do
início da doença é 2017. Neste caso não se aplica uma data de início da incapacidade”.
Em resposta ao quesito 5 do Juízo, o perito apontou que a autora apresenta “mobilidade no ombro sem alteraçoes, sem sinais de irritação
radicular, sem alterações motoras”.
Em resposta ao quesito 10 do Juízo, o perito destacou que a autora está apta a trabalhar.
Cumpre anotar que a parte autora foi examinada por médico com conhecimento na área das patologias alegadas, que apresentou laudo
devidamente fundamentado. Não há, portanto, razão para desprezar o parecer do perito judicial.
Desta forma, acolhendo o laudo pericial, concluo que a parte autora não faz jus ao recebimento de auxílio-doença.
Ante o exposto, julgo IMPROCEDENTE o pedido formulado na inicial, com resolução do mérito, nos termos do artigo 487, I, do CPC.
Sem custas e, nesta instância, sem honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
Cuida-se de ação proposta em face da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL (CEF), visando a assegurar a correção do(s) valor(es)
depositado(s) na(s) conta(s) vinculada(s) ao FGTS da parte autora, mediante a substituição da TR pelo IPCA, INPC ou, ainda, outro índice
que reponha as perdas inflacionárias, desde 1999.
No que concerne à legitimidade passiva, apenas CEF é parte legítima para figurar no pólo passivo da presente demanda, conforme
entendimento sumulado pelo C. STJ:
“A Caixa Econômica Federal tem legitimidade passiva para integrar processo em que se discute correção monetária do FGTS.” (D.J.U.,
Seção I, de 22.06.01, p. 163)
Descabe, assim, a participação da União Federal e do Banco Central no pólo ativo da demanda.
Inicialmente, quanto à ocorrência de prescrição de 03 anos prevista no artigo 206, 3°, III, IV ou V do Código Civil, conforme suscitado pela
CEF, observo que não há mais discussão acerca dessa matéria, em face do entendimento sumulado pelo c. STJ:
DA LEGALIDADE DA TR
No que tange à atualização monetária ora pleiteada, o Eg. Supremo Tribunal Federal, em sessão do Pleno, realizada em 31.08.2000, ao
apreciar o RE n. 226.885-7/RS, seguindo o voto condutor do Relator Min. MOREIRA ALVES, firmou entendimento que o Fundo de Garantia
por Tempo de Serviço (FGTS) possui natureza institucional, e não contratual, devendo a matéria relativa à correção monetária ficar adstrita ao
disposto em leis específicas. Ou seja, ao contrário do que sucede com as cadernetas de poupança, o FGTS não tem natureza contratual, a
correção monetária decorre de Lei e, desse modo, não há que se falar em direito adquirido a regime jurídico.
Na esteira desse entendimento, que pacificou a matéria relativa à correção monetária dos saldos do FGTS, o e. STJ, inclusive, editou a Súmula
252, in verbis:
“Os saldos das contas do FGTS, pela legislação infraconstitucional, são corrigidos em 42,72% (IPC) quanto às perdas de janeiro de 1989 e
44,80% (IPC) quanto às de abril de 1990, acolhidos pelo STJ os índices de 18,02% (LBC) quanto às perdas de junho de 1987, de 5,38%
(BTN) para maio de 1990 e 7,00% (TR) para fevereiro de 1991, de acordo com o entendimento do STF (RE 226.855-7-RS)”.
Pois bem, o período postulado pela parte autora em sua petição inicial é posterior ao período mencionado, mas ainda neste período o índice
aplicável aos saldos das contas do FGTS era a variação da TR, prevista na Lei nº 8.177/91, que criou o referido dispositivo com o fim de
remunerar a poupança e o FGTS, não revogando a Lei 8.036/90, devendo ser utilizado para a correção monetária de ambas.
Com efeito, a insurgência da parte autora decorre do argumento de que TR não corresponde aos índices de inflação, o que acarretou uma
perda reiterada na composição do saldo de sua conta fundiária.
Não obstante, não assiste razão à parte autora vez que, de fato, a aplicação da TR encontra amparo legal, com escopo na Lei n° 8.177/91,
além de já ter sua legalidade declarada pelo Superior Tribunal de Justiça, a teor do que dispõe a Súmula 459, in verbis:
“A Taxa Referencial (TR) é o índice aplicável, a título de correção monetária, aos débitos com o FGTS recolhidos pelo empregador mas não
repassados ao fundo.”
Ademais, a exemplo do que ocorre com os benefícios previdenciários, é defeso ao Juiz substituir os indexadores escolhidos pelo legislador para
a atualização do FGTS, por outros que o cidadão considera mais adequados, seja o INPC, IPCA ou quaisquer outros diversos dos legalmente
previstos. Agindo assim, estaria o Judiciário usurpando função que a Constituição reservou ao legislador, em afronta ao princípio constitucional
da tripartição dos Poderes.
Assim, não há como acolher o argumento de que os índices aplicados pela CEF para a remuneração das contas fundiárias estão em
dissonância com os dispositivos legais previstos nas Leis nºs 8.036/90 e 8.177/91, eis que foi corretamente cumprido o disposto nos diplomas
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 390/1770
legais em comento, descabendo cogitar-se em diferenças devidas no período vindicado.
Feitas tais considerações, não vislumbro qualquer inconstitucionalidade dos artigos 13 e 17 da Lei n 8.036/90, eis que ausentes vícios materiais,
estando referidos dispositivos em total compatibilidade com o artigo 2º da mesma lei.
Cumpre anotar que em julgamento recente proferido pelo e. STJ, no Recurso Especial n° 1.614.874, afetado como representativo de
controvérsia (Tema 731), restou pacificado o entendimento acima esposado, sendo oportuna a transcrição de sua ementa:
Sem custas e sem condenação em honorários advocatícios, nos termos do art. 55, da Lei n. 9.099/95.
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
Preliminares
Rejeito as preliminares, que foram apresentadas de forma genérica, sem qualquer demonstração de aplicação no caso concreto.
Mérito
O auxílio-acidente é devido ao segurado quando, após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem
sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia, nos termos do artigo 86 da Lei 8.213/91.
No caso concreto, o perito judicial afirmou que o autor, que tem 27 anos de idade, é portador de fratura de metacarpo consolidada, pós-
operatório tardio de artroscopia do joelho, artralgia no joelho esquerdo, estando apto para o trabalho, inclusive, para o exercício de sua alegada
atividade habitual (estoquista).
Em resposta ao quesito 05 do juízo, o perito esclareceu que o autor apresenta “mobilidade e força normais”.
Em resposta ao quesito 10 do juízo, o perito destacou que a situação do autor é de "sem sequelas, força e mobilidade normal" (destaquei).
Desta forma, acolhendo o laudo pericial, concluo que o autor não faz jus ao auxílio-acidente, uma vez que o caso não retrata a hipótese de
consolidação de lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza que teriam resultado em sequelas redutoras da capacidade para o
trabalho que habitualmente exercia.
Ante o exposto, julgo IMPROCEDENTE o pedido formulado na inicial, com resolução do mérito, nos termos do artigo 487, I, do CPC.
Sem custas e, nesta instância, sem honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
LUIZ CARLOS ALVES promove a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, com o fim de obter:
a) o reconhecimento de que exerceu atividade especial no período de 01.05.1979 a 31.10.1983, na função de mecânico (torneiro mecânico),
para Otto H. Mahle.
Citado, o INSS apresentou sua contestação, pugnando pela improcedência dos pedidos formulados na inicial.
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
1 – Atividade especial.
A aposentadoria especial é devida ao segurado que trabalhar de modo habitual e permanente, durante 15, 20 ou 25 anos (tempo este que
depende do tipo de atividade), em serviço que prejudique a saúde ou a integridade física, nos termos dos artigos 57 e 58 da Lei 8.213/91.
O direito à conversão de tempo de atividade especial para comum não sofreu limitação no tempo.
De fato, em se tratando de atividades exercidas sob condições especiais que prejudicam a saúde ou a integridade física do trabalhador, a
norma contida no § 1º, do artigo 201 da Constituição Federal, com redação dada pela Emenda Constitucional nº 20/98, possibilita a adoção de
requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria, por meio de lei complementar.
Até que sobrevenha eventual inovação legislativa, possível apenas por meio de lei complementar, permanecem válidas as regras estampadas
nos artigos 57 e 58 da Lei 8.213/91, conforme artigo 15 da Emenda Constitucional nº 20/98, in verbis:
“Até que a lei complementar a que se refere o artigo 201, § 1º, da Constituição Federal, seja publicada, permanece em vigor o disposto nos
artigos 57 e 58 da Lei nº 8213/91, de 24 de julho de 1991, na redação vigente à data da publicação desta Emenda”.
Atualmente, os agentes considerados nocivos estão arrolados no Anexo IV, do Decreto 3.048/99. Acontece que a caracterização e a
comprovação do tempo de atividade especial devem observar o disposto na legislação em vigor na época da prestação do serviço, nos termos
do § 1º do artigo 70 do referido Decreto 3.048/99.
Assim, é importante destacar que os Decretos 53.831/64 e 83.080/79 tiveram vigência, com força nos Decretos 357/91 e 611/92, até a edição
do Decreto 2.172, de 05.03.97, que deixou de listar atividades especiais com base na categoria profissional.
Desta forma, é possível o enquadramento de atividades exercidas até 05.03.97 como especiais, com base na categoria profissional, desde que
demonstrado que exerceu tal atividade.
Ressalto, entretanto, que para o agente nocivo “ruído” sempre se exigiu laudo técnico, independentemente da época em que o labor foi
prestado. Já para período a partir de 06.03.97 (data da edição do Decreto 2.172/97) é necessária a comprovação da exposição habitual e
permanente, inclusive, com apresentação de formulário previdenciário, que atualmente é o PPP.
O PPP deve ser assinado pela empresa ou pelo seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho (LTCAT)
expedido por médico do trabalho ou por engenheiro de segurança do trabalho, conforme § 1º do artigo 58 da Lei 8.213/91.
Por conseguinte, o PPP também deve conter o carimbo da empresa e o nome do responsável técnico pela elaboração do LTCAT utilizado
para a emissão do referido formulário previdenciário.
Com relação especificamente ao agente nocivo “ruído”, a jurisprudência atual do STJ, com base nos Decretos 53.831/64, 83.080/79, 2.172/97,
3.048/99 e 4.882/03, e que sigo, é no sentido de que uma atividade pode ser considerada especial quando o trabalhador tiver desempenhado
sua função, com exposição habitual e permanente, a ruído superior à seguinte intensidade: a) até 05/03/1997 – 80 dB(A); b) de 06/03/1997 a
18/11/2003 – 90 dB(A); e c) a partir de 19/11/2003 – 85 dB(A).
Anoto, por oportuno, que a simples disponibilização ou utilização de equipamentos de proteção individual (EPI) não afasta a natureza especial
da atividade, conforme reiterada jurisprudência da TNU.
Súmula 50. É possível a conversão do tempo de serviço especial em comum do trabalho prestado em qualquer período.
Súmula 55. A conversão do tempo de atividade especial em comum deve ocorrer com aplicação do fator multiplicativo em vigor na data da
concessão da aposentadoria.
No caso concreto, a parte autora pretende o reconhecimento de que exerceu atividades especiais no período de 01.05.1979 a 31.10.1983, na
função de mecânico (torneiro mecânico), para Otto H. Mahle.
O autor não faz jus ao reconhecimento do período de 01.05.1979 a 31.10.1983 como tempo de atividade especial.
Com efeito, o PPP apresentado não está regularmente preenchido, eis que emitido em 2018 e em desconformidade com as informações
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 393/1770
presentes na CTPS do autor.
O PPP apresentado indica que o autor exerceu a função torneiro mecânico na Fazenda São João por todo o período entre 01.02.1977 a
31.03.1985.
Por sua vez, na CTPS do autor consta a anotação de que foi contratado em 01.02.1977 para o cargo encarregado de limpeza em uma oficina
mecânica (fl. 8 do evento 02). Consta ainda anotação de que em 01.05.1979 houve alteração de função para mecânico e em 01.11.1983 para
auxiliar de almoxarifado (fls. 11/12 do evento 02).
A realização de perícia no local em que o labor foi desenvolvido não é possível e também não é possível a realização de perícia indireta, vale
dizer, por similaridade, uma vez que não se tem qualquer dado objetivo que permita concluir que se poderá encontrar em outra empresa as
mesmas características daquela em que a parte autora desenvolveu suas tarefas, sobretudo, no tocante ao espaço físico, à quantidade e à
qualidade dos maquinários, ao número de empregados, ao porte da empresa, à demanda de produção etc, fatores estes que certamente
diferenciam uma e outra empresa com relação aos agentes nocivos (e respectivas intensidades) a que seus trabalhadores estão ou estiveram
expostos.
Logo, o autor não faz jus ao reconhecimento do período pretendido como tempos de atividade especial.
Tendo em vista o que acima foi decidido, o tempo de contribuição que a parte autora possui é apenas aquele que foi apurado na via
administrativa, o que é insuficiente para a revisão pretendida.
DISPOSITIVO
Ante o exposto, julgo IMPROCEDENTE o pedido da parte autora, nos termos do artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil.
Sem custas e, nesta instância, sem honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
ALICE MARIA DE OLIVEIRA SANTOS promove a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL,
objetivando, em síntese, o recebimento de aposentadoria por invalidez ou o restabelecimento de auxílio-doença desde a cessação ocorrida em
27.08.2018.
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
Preliminares
Rejeito as preliminares, que foram apresentadas de forma genérica, sem qualquer demonstração de aplicação no caso concreto.
Mérito
A aposentadoria por invalidez é devida ao segurado considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de qualquer atividade
que lhe garanta a subsistência, nos termos do artigo 42 da Lei 8.213/91.
Já o auxílio-doença é devido ao segurado que ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual, conforme artigo 59 da
2) carência de 12 contribuições mensais (artigo 25, I, da Lei nº 8.213/91) para os dois benefícios, sendo dispensada no caso de a incapacidade
decorrer de acidente de qualquer natureza ou causa, de doença profissional ou do trabalho ou de alguma das doenças arroladas em lista
especial, nos termos do inciso II do artigo 26 da Lei 8.213/91; e
3) incapacidade para o trabalho: é neste requisito que repousa a diferença entre um e outro benefício:
a) para a aposentadoria por invalidez: incapacidade total e permanente para qualquer atividade ou profissão; e
b) para o auxílio-doença: incapacidade total e temporária para o seu trabalho ou atividade habitual.
Impende ressaltar que, nos termos da súmula 77 da TNU, “o julgador não é obrigado a analisar as condições pessoais e sociais quando não
reconhecer a incapacidade do requerente para a sua atividade habitual”.
No caso concreto, o perito judicial afirmou que a autora, que tem 56 anos de idade, é portadora de cervicalgia, dorsalgia e lombalgia, estando
apta para o trabalho, inclusive, para o exercício de sua alegada atividade habitual (diarista).
De acordo com o perito, “a doença apresentada não causa incapacidade para as atividades anteriormente desenvolvidas. A data provável do
início da doença é 03/12/17. Neste caso não se aplica uma data de início da incapacidade”.
Em resposta ao quesito 5 do Juízo, o perito apontou que a autora não apresenta “sinais de radiculopatia ou alterações motoras”.
Em resposta ao quesito 10 do Juízo, o perito destacou que a autora está apta a trabalhar.
Impende ressaltar que, em se tratando de benefício por incapacidade laboral, a prova a ser produzida, no tocante ao estado de saúde da parte
requerente, é a perícia médica, que no caso concreto foi realizada por médico com conhecimento na área da patologia alegada, que apresentou
laudo devidamente fundamentado.
Por conseguinte, indefiro o pedido de realização de nova perícia para análise das demais doenças pois a patologia analisada no INSS (fls. 1/3
do evento 11) tem como classificação CID S22 (fratura de costela, esterno e coluna torácica), que também foi objeto de análise na perícia
judicial.
Desta forma, acolhendo o laudo pericial, concluo que a parte autora não faz jus ao recebimento de auxílio-doença, tampouco de aposentadoria
por invalidez.
Ante o exposto, julgo IMPROCEDENTES os pedidos formulados na inicial, com resolução do mérito, nos termos do artigo 487, I, do CPC.
Sem custas e, nesta instância, sem honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
FABIANA ALVES DA SILVEIRA promove a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, objetivando,
em síntese, o restabelecimento de auxílio-doença desde a cessação ocorrida em 19.08.2018.
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
Preliminares
Rejeito as preliminares, que foram apresentadas de forma genérica, sem qualquer demonstração de aplicação no caso concreto.
Mérito
O auxílio-doença é devido ao segurado que ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual, conforme artigo 59 da Lei
8.213/91.
2) carência de 12 contribuições mensais (artigo 25, I, da Lei nº 8.213/91), sendo dispensada no caso de a incapacidade decorrer de acidente de
qualquer natureza ou causa, de doença profissional ou do trabalho ou de alguma das doenças arroladas em lista especial, nos termos do inciso
II do artigo 26 da Lei 8.213/91; e
3) incapacidade para o trabalho: incapacidade total e temporária para o seu trabalho ou atividade habitual.
Impende ressaltar que, nos termos da súmula 77 da TNU, “o julgador não é obrigado a analisar as condições pessoais e sociais quando não
reconhecer a incapacidade do requerente para a sua atividade habitual”.
No caso concreto, o perito judicial afirmou que a autora, que tem 37 anos de idade, é portadora de transtorno depressivo recorrente episódio
atual moderado, estando apta para o trabalho, inclusive, para o exercício de sua alegada atividade habitual (do lar).
De acordo com o perito, a autora “encontra-se em bom estado nutricional e de higiene, ansiosa, consciente, orientada. Apresenta um bom
contato e um bom nível intelectual. Linguagem e atenção preservadas. Memória preservada. Pensamento sem alterações. Humor
discretamente depressivo, não apresenta nenhuma alteração do sensório no momento. Juízo crítico da realidade preservado”.
Em resposta ao quesito 05 do juízo, o perito consignou que “paciente portadora de sintomas psíquicos há aproximadamente três anos. O
tratamento consiste no uso de medicações antidepressivas, ansiolíticas e psicoterapias, que de um modo geral auxiliam significativamente na
diminuição dos sintomas, embora, seja comum observarmos que a remissão total dos sintomas não aconteça, permanecendo alguns sintomas
residuais de intensidade reduzida. No momento, paciente apresenta capacidade para o trabalho”.
No item II do laudo (antecedentes psicopatológicos), o perito destacou que “não identifico sintomas psíquicos incapacitantes".
Cumpre anotar que a parte autora foi examinada por médico com conhecimento na área das patologias alegadas, que apresentou laudo
devidamente fundamentado. Não há, portanto, razão para desprezar o parecer do perito judicial.
Desta forma, acolhendo o laudo pericial, concluo que a parte autora não faz jus ao recebimento de auxílio-doença.
Ante o exposto, julgo IMPROCEDENTE o pedido formulado na inicial, com resolução do mérito, nos termos do artigo 487, I, do CPC.
Sem custas e, nesta instância, sem honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
Preliminares
Rejeito as preliminares, que foram apresentadas de forma genérica, sem qualquer demonstração de aplicação no caso concreto.
Mérito
A aposentadoria por invalidez é devida ao segurado considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de qualquer atividade
que lhe garanta a subsistência, nos termos do artigo 42 da Lei 8.213/91.
Já o auxílio-doença é devido ao segurado que ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual, conforme artigo 59 da
Lei 8.213/91.
2) carência de 12 contribuições mensais (artigo 25, I, da Lei nº 8.213/91) para os dois benefícios, sendo dispensada no caso de a incapacidade
decorrer de acidente de qualquer natureza ou causa, de doença profissional ou do trabalho ou de alguma das doenças arroladas em lista
especial, nos termos do inciso II do artigo 26 da Lei 8.213/91; e
3) incapacidade para o trabalho: é neste requisito que repousa a diferença entre um e outro benefício:
a) para a aposentadoria por invalidez: incapacidade total e permanente para qualquer atividade ou profissão; e
b) para o auxílio-doença: incapacidade total e temporária para o seu trabalho ou atividade habitual.
Por seu turno, o auxílio-acidente é devido ao segurado quando, após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza,
resultarem sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia, nos termos do artigo 86 da Lei 8.213/91.
Impende ressaltar que, nos termos da súmula 77 da TNU, “o julgador não é obrigado a analisar as condições pessoais e sociais quando não
reconhecer a incapacidade do requerente para a sua atividade habitual”.
No caso concreto, o perito judicial afirmou que a autora, que tem 63 anos de idade, é portadora de lombalgia, hipertensão, dislipidemia,
fibromialgia e depressão, estando apta para o trabalho, inclusive para o exercício de sua alegada atividade habitual (do lar).
Em resposta ao quesito 5 do juízo, o perito consignou que a autora encontra-se “sem radiculopatias, sem alterações motoras”.
Em resposta ao quesito 10 do juízo, o perito judicial reiterou que a autora está apta a trabalhar.
Cumpre anotar que a autora foi examinada por médico com especialidade em ortopedia e em traumatologia, ou seja, com conhecimento na
área das patologias alegadas no INSS como incapacitantes e que apresentou laudo devidamente fundamentado. Não há, portanto, razão para
desprezar o parecer do perito judicial.
Destaco, por oportuno, que o pedido de realização de nova perícia com psiquiatra já foi indeferido (evento 22).
Desta forma, acolhendo o laudo pericial, concluo que a parte autora não faz jus ao recebimento de auxílio-doença, tampouco de aposentadoria
por invalidez.
Observo também que a autora não faz jus ao auxílio-acidente, uma vez que o caso não retrata a hipótese de consolidação de lesões
decorrentes de acidente de qualquer natureza que teriam resultado em sequelas redutoras da capacidade para o trabalho que habitualmente
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 397/1770
exercia.
Ante o exposto, julgo IMPROCEDENTES os pedidos formulados na inicial, com resolução do mérito, nos termos do artigo 487, I, do CPC.
Sem custas e, nesta instância, sem honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
A análise para a concessão dos benefícios pleiteados implica a aferição de três requisitos básicos, quais sejam: a carência, em regra estipulada
pelo art. 25, I, da Lei 8.213/91, a qualidade de segurado, além do grau de intensidade e se é temporária ou permanente a incapacidade. Tais
requisitos devem estar preenchidos cumulativamente, ou seja, a falta de apenas um deles é suficiente para a improcedência do pedido.
No caso dos autos, a perícia médica atesta a incapacidade total e temporária da autora, no período de 24/04/2017 até 25/07/2017 em virtude de
Episodio Depressivo Grave, com data de início da incapacidade (DII) fixada em 24/04/2017, (veja-se quesito nº 09 do juízo).
Assim, presente a incapacidade. Também presente a qualidade de segurada, já que a autora, apó s a perda da qualidade de segurada em 2013,
contraiu novos vínculos empregatícios, a saber, de 01/05/2016 até 31/05/2016 com a empresa PUBLICAÇÕES E COMUNICAÇÕES LTDA,
de 18/07/2016 até 21/07/2016 com a empresa MANPOWER STAFFING LTDA., e de 19/09/2016 até 11/09/2017 com a empresa SÃO
FRANCISCO SISTEMAS DE SAUDE SOCIEDADE EMPRESARIA LIMITADA, conforme comprova o extrato do CNIS anexado aos
autos pelo INSS, bem como a CTPS da autora anexada no evento de n°32.
Insta salientar que, conforme se depreende da CTPS da autora juntada aos autos no evento de n°32, não há que ser considerado o vínculo
empregatício de 01/05/2015 a 10/12/2015 visto constar como “CANCELADO”, sem haver contribuição correspondente no CNIS ou quaisquer
considerações feitas pela parte autora ao juntar o documento com tal anotação.
No tocante à carência, ou seja, aquele número mínimo de contribuições previdenciárias que devem, necessariamente, ser vertidas aos cofres
do INSS para que o segurado possa começar a usufruir da proteção securitária. Com efeito, segundo pesquisa do CNIS anexa à contestação,
a autora trabalhou com registro em CTPS de 01/05/2016 até 31/05/2016, Após, voltou a trabalhar com registro, em 18/07/2016, laborando até
21/07/2016, posteriormente, trabalhou de 19/09/2016 até 11/09/2017, como já referido acima, cumprindo 11 contribuições ao tempo do início da
incapacidade.
Portanto, tendo havido perda da qualidade de segurada entre a cessação da atividade laborativa como empregada em 2013 e a nova filiação
em 01/05/2016, deveria a autora ter recolhido, antes da DII, no mínimo o período de carência de 12 meses para recuperar, para este mesmo
fim, as contribuições anteriormente vertidas.
Isso se deve ao fato de que a incapacidade fora fixada após a entrada em vigor da MP 767/2017, que revogou o parágrafo único do art. 24 da
Lei 8.213/91, que permitia para casos como esse o recolhimento, a partir da nova filiação à Previdência Social, de, no mínimo, 1/3 (um terço)
do número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência definida para o benefício a ser requerido, e incluiu o art. 27-A na mesma
Lei, in verbis:
Art. 27-A. No caso de perda da qualidade de segurado, para efeito de carência para a concessão dos benefícios de auxílio-doença, de
aposentadoria por invalidez e de salário-maternidade, o segurado deverá contar, a partir da nova filiação à Previdência Social, com os períodos
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 398/1770
previstos nos incisos I e III do caput do art. 25. (Incluído pela Medida Provisória nº 767, de 2017)
Em atendimento ao princípio do tempus regit actum, os requisitos devem ser avaliados ao tempo do surgimento da incapacidade. Assim, como
se vê, não foi implementado o recolhimento mínimo de 12 (doze) contribuições após a nova filiação ao sistema geral de previdência em data
anterior à DII 24/04/2017, não estando configurado nos autos o cumprimento da carência na regra prevista no art. 27-A, da lei 8.213/91.
Tampouco provou a parte autora que era acometida de patologia compatível com qualquer das doenças elencadas no artigo 151 da Lei
8.213/91, na redação da Lei 13.135/2015, in verbis:
Art. 151. Até que seja elaborada a lista de doenças mencionada no inciso II do art. 26, independe de carência a concessão de auxílio-doença
e de aposentadoria por invalidez ao segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido das seguintes doenças: tuberculose ativa, hanseníase,
alienação mental, esclerose múltipla, hepatopatia grave, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave,
doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante), síndrome da
deficiência imunológica adquirida (aids) ou contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada.
Diante disso, não demonstrados os requisitos postos pelos arts. 24, 25 e 27-A, da Lei 8.213/91, não é de se acolher o pedido posto na inicial.
Ante o exposto, declaro a improcedência do pedido e decreto a extinção do processo na forma do art. 487, I, do CPC. Defiro a gratuidade
para a autora. Sem custas e, nesta fase, sem honorários.
P. I. Sentença registrada eletronicamente. Ocorrendo o trânsito, dê-se baixa.
ROSELI PERLOTTI propôs a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS, visando à concessão
de benefício previdenciário por incapacidade.
Decido.
Preliminares
Rejeito as preliminares alegadas pelo INSS de forma genérica, em contestação-padrão depositada em secretaria para ações com pedido de
benefício previdenciário por incapacidade laboral, sem qualquer comprovação de aplicação no caso concreto.
Mérito
A análise para a concessão dos benefícios pleiteados implica a aferição de três requisitos básicos, quais sejam: a carência, em regra estipulada
pelo art. 25, I, da Lei 8.213/91, a qualidade de segurado, além do grau de intensidade e se é temporária ou permanente a incapacidade. Tais
requisitos devem estar preenchidos cumulativamente, ou seja, a falta de apenas um deles é suficiente para a improcedência do pedido.
Destaco, em seguida, que a descrição e a análise da higidez relativa ao pedido de qualquer benefício por incapacidade deve ser realizada
mediante prova técnica, a saber, perícia médica. Não há necessidade de oitiva de testemunhas e, por conseguinte, de realização de audiência
para o deslinde da controvérsia de fato quanto a esse ponto.
No caso dos autos, no laudo técnico anexado, o perito afirma que a parte autora, a despeito das doenças alegadas, não apresenta incapacidade
laborativa, estando apta para o exercício de suas atividades habituais (vide quesito de nº 5).
Considerando a idade da parte autora (41 anos), suas condições pessoais e demais observações do laudo, verifico a ausência de restrições que
impeçam seu reingresso no mercado de trabalho.
Pois bem, é bem verdade que o Julgador não está adstrito aos termos do Laudo Pericial (art. 479, CPC) – e sob este fundamento legal já
deixei, por vezes, de considerar a conclusão técnica-pericial. Entretanto, considerando-se a bem fundamentada conclusão do laudo, não vejo
razões para não acatá-lo. Ademais, não identifico nos autos outros elementos de prova que me convençam de forma diversa.
Portanto, tendo em vista a ausência de incapacidade da parte autora e a possibilidade de continuar a exercer suas atividades habituais, entendo
não haver os requisitos necessários que venham a ensejar a concessão dos benefícios de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez.
Ante o exposto, julgo improcedente o pedido formulado na inicial, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil.
MARCIO DONIZETTI HILARIO DOS SANTOS propôs a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL-
INSS, objetivando a concessão do benefício assistencial previsto pelo art. 203, V, da Constituição da República.
Passo a apreciar a postulação, tendo em vista que não há necessidade de audiência para o deslinde da controvérsia.
Cuida-se de ação com o objetivo de assegurar o benefício previsto pelo art. 203, V, da Constituição da República, cujo teor é o seguinte:
“Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por
objetivos”:
(...)
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de
prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.”
Por força dessa disposição constitucional, foi editada a Lei nº 8.742-93 (Lei de Organização da Assistência Social - LOAS), a qual foi alterada
pelas Leis 12.435 de 6/07/2011 e 12.470, de 31/08/2011.
O caput e os §§ 1º a 4º do art. 20 do diploma em destaque compõem o núcleo normativo sob o qual deve ser analisada a demanda.
“Art. 20. O benefício de prestação continuada é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65
(sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família.
§ 1o Para os efeitos do disposto no caput, a família é composta pelo requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais e, na ausência de um deles,
a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto.
§ 2o Para efeito de concessão do benefício de prestação continuada, considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de
longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação
plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
§ 3o Considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa com deficiência ou idosa a família cuja renda mensal per capita seja inferior a
1/4 (um quarto) do salário-mínimo.
§ 4o O benefício de que trata este artigo não pode ser acumulado pelo beneficiário com qualquer outro no âmbito da seguridade social ou de
outro regime, salvo os da assistência médica e da pensão especial de natureza indenizatória.
...
§ 10. Considera-se impedimento de longo prazo, para os fins do § 2o deste artigo, aquele que produza efeitos pelo prazo mínimo de 2 (dois)
anos. ”
Visto isso, impõe-se destacar que a postulação busca amparo nas alegações de impedimento de longo prazo e de preenchimento do requisito
econômico previsto legalmente.
1 - Da alegada deficiência
Conforme dispõe o art. 20, § 2º, da LOAS, “Para efeito de concessão do benefício de prestação continuada, considera-se pessoa com
deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou
mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.”
No caso dos autos, a questão encontra-se elucidada no laudo médico, onde se observa a diagnose de doença pulmonar obstrutiva crônica.
A despeito destas restrições/patologias, conclui o perito que a parte autora não padece do impedimento previsto no artigo 20, §2º, não sendo
Nesse sentido, tanto não há impedimento para o trabalho, que ele declara estar trabalhando atualmente, com registro em CTPS, auferindo
renda no valor de R$ 1.700,00 (mil e setecentos reais), o que o afasta também da situação de miserabilidade, outro requisito para concessão do
benefício em comento.
Pois bem, é bem verdade que o Julgador não está adstrito aos termos do Laudo Pericial (art. 479, CPC) – e sob este fundamento legal já
deixei, por vezes, de considerar a conclusão técnica-pericial. Entretanto, considerando-se a bem fundamentada conclusão do laudo, não vejo
razões para não acatá-lo. Ademais, não identifico nos autos outros elementos de prova que me convençam de forma diversa.
2 - Dispositivo
Ante o exposto, julgo improcedente o pedido e decreto a extinção do processo com fundamento no art. 487, I, do Código de Processo Civil.
Intime-se, advertindo a parte autora de que a interposição de recurso, no prazo legal, deve ser feita por intermédio de advogado. Defiro a
gratuidade. Ocorrendo o trânsito em julgado, dê-se baixa na distribuição.
MÁRCIA HELENA BENTO HESPANHA promove a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL,
objetivando, em síntese, o recebimento de aposentadoria por invalidez com o acréscimo de 25% previsto no artigo 45 da Lei 8.213/91 ou o
restabelecimento de auxílio-doença desde a cessação ocorrida em 13.04.2018.
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
Preliminares
Rejeito as preliminares, que foram apresentadas de forma genérica, sem qualquer demonstração de aplicação no caso concreto.
Mérito
A aposentadoria por invalidez é devida ao segurado considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de qualquer atividade
que lhe garanta a subsistência, nos termos do artigo 42 da Lei 8.213/91.
Já o auxílio-doença é devido ao segurado que ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual, conforme artigo 59 da
Lei 8.213/91.
2) carência de 12 contribuições mensais (artigo 25, I, da Lei nº 8.213/91) para os dois benefícios, sendo dispensada no caso de a incapacidade
decorrer de acidente de qualquer natureza ou causa, de doença profissional ou do trabalho ou de alguma das doenças arroladas em lista
especial, nos termos do inciso II do artigo 26 da Lei 8.213/91; e
3) incapacidade para o trabalho: é neste requisito que repousa a diferença entre um e outro benefício:
b) para o auxílio-doença: incapacidade total e temporária para o seu trabalho ou atividade habitual.
Impende ressaltar que, nos termos da súmula 77 da TNU, “o julgador não é obrigado a analisar as condições pessoais e sociais quando não
reconhecer a incapacidade do requerente para a sua atividade habitual”.
No caso concreto, a perita judicial afirmou que a autora, que tem 51 anos de idade, é portadora de fasceíte plantar bilateral e lombalgia
crônica, estando apta para o trabalho, inclusive, para o exercício de sua alegada atividade habitual (operadora).
Em sua conclusão, a perita destacou que “a doença apresentada não causa incapacidade para as atividades anteriormente desenvolvidas. A
data provável do início da doença é 2013, segundo conta. Para tanto não se aplica data de inicio da incapacidade. A parte autora apresenta, na
coluna, alterações degenerativas fisiológicas decorrentes do processo de envelhecimento do organismo coerentes com a sua idade. Não há
sinais clínicos de compressão radicular aguda com alteração neurológica motora e sensitiva. Apresenta também doença crônica degenerativa
e inflamatória na fáscia plantar, sem deficiência funcional no estágio atual de acometimento, passível de controle medicamentoso e com
fisioterapia”.
De acordo com a perita, “não há sinais clínicos de compressão radicular aguda com alteração neurológica motora e sensitiva, por isso não há
incapacidade laborativa. O quadro álgico pode ser controlado pelas medidas terapêuticas que a parte autora está atualmente sendo submetida.
No pé o quadro de inflamação e degeneração no grau de acometimento apresentado pela parte autora não leva à deficiência funcional”.
Em resposta ao quesito 10 do Juízo, a perita destacou que a autora pode retornar ao trabalho “a qualquer momento, recomenda-se manter
tratamento conservador com analgésicos e/ou fisioterapia, eventualmente, para tanto não há necessidade de afastamento do trabalho”.
Posteriormente, em resposta aos quesitos complementares apresentados pela autora, acerca da atividade de operadora de loja que a autora
exerce, que exige permanência em pé por longos períodos, a perita esclareceu que “conforme concluído na data de 07 de janeiro de 2019, a
doença apresentada não causa incapacidade para as atividades anteriormente desenvolvidas”.
Impende ressaltar que, em se tratando de benefício por incapacidade laboral, a prova a ser produzida, no tocante ao estado de saúde da parte
requerente, é a perícia médica, que no caso concreto foi realizada por médico com conhecimento na área da patologia alegada, que apresentou
laudo devidamente fundamentado.
Por conseguinte, indefiro o pedido de abertura de prazo para formulação de quesitos complementares.
Desta forma, acolhendo o laudo pericial, concluo que a parte autora não faz jus ao recebimento de auxílio-doença, tampouco de aposentadoria
por invalidez.
Ante o exposto, julgo IMPROCEDENTE os pedidos formulados na inicial, com resolução do mérito, nos termos do artigo 487, I, do CPC.
Sem custas e, nesta instância, sem honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
Vistos em inspeção.
ADRIANO CÉSAR SIMÕES promove a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, objetivando, em
síntese, o recebimento de auxílio-acidente desde a cessação do auxílio-doença (16.11.2017).
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
Rejeito as preliminares, que foram apresentadas de forma genérica, sem qualquer demonstração de aplicação no caso concreto.
Mérito
O auxílio-acidente é devido ao segurado quando, após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem
sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia, nos termos do artigo 86 da Lei 8.213/91.
No caso concreto, o perito judicial afirmou que o autor, que tem 45 anos de idade, é portador de amputação parcial do 5 dedo da mão direita,
fratura no hálux direito consolidada, estando parcialmente incapacitado para o trabalho mas apto para o exercício de sua alegada atividade
habitual (torneiro mecânico).
Em sua conclusão o perito afirmou que “a doença apresentada não causa incapacidade para as atividades anteriormente desenvolvidas. A
data provável do início da doença é 16/09/17. Neste caso não se aplica uma data de início da incapacidade”.
Ao quesito 5 o perito justificou que o autor não apresenta “alteração da função na mão direita para a função que exerce”.
Em resposta ao quesito 10 do Juízo o perito afirmou que o autor está apto ao trabalho eis que “função preservada na mão direita, fratura do
halux consolidada sem alteração da função no pé”.
Desta forma, acolhendo o laudo pericial, concluo que a parte autora não faz jus ao auxílio-acidente, uma vez que o caso não retrata a hipótese
de consolidação de lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza que teriam resultado em sequelas redutoras da capacidade para o
trabalho que habitualmente exercia.
Ante o exposto, julgo IMPROCEDENTE o pedido formulado na inicial, com resolução do mérito, nos termos do artigo 487, I, do CPC.
Sem custas e, nesta instância, sem honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
ROSELI FERNANDES DOS REIS ISAÍAS promove a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL,
objetivando, em síntese, o restabelecimento de auxílio-doença desde a cessação ocorrida em 29.05.2018.
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
Preliminares
Rejeito as preliminares, que foram apresentadas de forma genérica, sem qualquer demonstração de aplicação no caso concreto.
Mérito
A aposentadoria por invalidez é devida ao segurado considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de qualquer atividade
que lhe garanta a subsistência, nos termos do artigo 42 da Lei 8.213/91.
Já o auxílio-doença é devido ao segurado que ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual, conforme artigo 59 da
2) carência de 12 contribuições mensais (artigo 25, I, da Lei nº 8.213/91) para os dois benefícios, sendo dispensada no caso de a incapacidade
decorrer de acidente de qualquer natureza ou causa, de doença profissional ou do trabalho ou de alguma das doenças arroladas em lista
especial, nos termos do inciso II do artigo 26 da Lei 8.213/91; e
3) incapacidade para o trabalho: é neste requisito que repousa a diferença entre um e outro benefício:
a) para a aposentadoria por invalidez: incapacidade total e permanente para qualquer atividade ou profissão; e
b) para o auxílio-doença: incapacidade total e temporária para o seu trabalho ou atividade habitual.
Impende ressaltar que, nos termos da súmula 77 da TNU, “o julgador não é obrigado a analisar as condições pessoais e sociais quando não
reconhecer a incapacidade do requerente para a sua atividade habitual”.
No caso concreto, o perito judicial afirmou que a autora, que tem 47 anos de idade, é portadora de tendinite e artralgia no tornozelo esquerdo,
hipertensão e depressão, estando apta para o trabalho, inclusive para o exercício de sua alegada atividade habitual (auxiliar de limpeza).
Em resposta ao quesito 5 do Juízo, o perito consignou que a autora encontra-se com “mobilidade e função preservados”.
Em resposta ao quesito 10 do juízo, o perito judicial reiterou que a autora está apta a trabalhar.
Cumpre anotar que a parte autora foi examinada por médico com conhecimento na área das patologias alegadas, que apresentou laudo
devidamente fundamentado. Não há, portanto, razão para desprezar o parecer do perito judicial.
Anoto, por oportuno, que na divergência entre os relatórios médicos apresentados e o laudo do perito judicial, sigo o parecer do expert oficial,
que é equidistante aos interesses das partes e que apresentou sua conclusão em laudo devidamente fundamentado.
Quanto ao relatório médico apresentado pela autora com sua última manifestação, com data posterior ao laudo pericial, destaco que a posição
que adoto é que eventual incapacidade ocorrida após a perícia médica judicial não justifica a concessão do benefício postulado
administrativamente e indeferido, mas apenas a renovação do pedido na esfera administrativa, permitindo ao INSS, sem supressão da instância
administrativa, analisar o alegado fato novo.
Ressalto, por oportuno, que o artigo 493 do CPC não se aplica ao caso concreto, eis que o fato novo não influi no julgamento do pedido
formulado na inicial (restabelecimento do auxílio-doença desde 29.05.18), cabendo a parte, em sendo o caso, renovar o pedido na esfera
administrativa em face da eventual modificação de seu estado de saúde. Destaco, ainda, que o fato de ter ação em andamento não impedia a
realização de novo pedido administrativo.
Desta forma, acolhendo o laudo pericial, concluo que a parte autora não faz jus ao recebimento de auxílio-doença.
Ante o exposto, julgo IMPROCEDENTE o pedido formulado na inicial, com resolução do mérito, nos termos do artigo 487, I, do CPC.
Sem custas e, nesta instância, sem honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
Vistos em inspeção.
GRACIETE APARECIDA DE MATOS promove a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL,
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 404/1770
objetivando, em síntese, o recebimento de aposentadoria por invalidez ou de auxílio-doença desde a DER (09.08.2018).
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
Preliminares
Rejeito as preliminares, que foram apresentadas de forma genérica, sem qualquer demonstração de aplicação no caso concreto.
Mérito
A aposentadoria por invalidez é devida ao segurado considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de qualquer atividade
que lhe garanta a subsistência, nos termos do artigo 42 da Lei 8.213/91.
Já o auxílio-doença é devido ao segurado que ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual, conforme artigo 59 da
Lei 8.213/91.
2) carência de 12 contribuições mensais (artigo 25, I, da Lei nº 8.213/91) para os dois benefícios, sendo dispensada no caso de a incapacidade
decorrer de acidente de qualquer natureza ou causa, de doença profissional ou do trabalho ou de alguma das doenças arroladas em lista
especial, nos termos do inciso II do artigo 26 da Lei 8.213/91; e
3) incapacidade para o trabalho: é neste requisito que repousa a diferença entre um e outro benefício:
a) para a aposentadoria por invalidez: incapacidade total e permanente para qualquer atividade ou profissão; e
b) para o auxílio-doença: incapacidade total e temporária para o seu trabalho ou atividade habitual.
Impende ressaltar que, nos termos da súmula 77 da TNU, “o julgador não é obrigado a analisar as condições pessoais e sociais quando não
reconhecer a incapacidade do requerente para a sua atividade habitual”.
No caso concreto, a perita judicial afirmou que a autora, que tem 53 anos de idade, é portadora de transtorno misto de ansiedade e depressão,
estando apta para o trabalho, inclusive, para o exercício de sua alegada atividade habitual (doméstica).
Em resposta ao quesito 05 do juízo, o perito consignou que “a causa da doença é multifatorial (diatética e ambiental). A consequência está no
exame psíquico (alteração psicopatológica). A CID-10 não classifica essa doença pela intensidade. Há possibilidade de cura. Letra A (
Capacidade para o trabalho sob ponto de vista psiquiátrico)”.
Em resposta ao quesito 10 do juízo, a perita judicial reiterou que a autora pode retornar ao trabalho eis que “não há incapacidade sob ponto de
vista psiquiátrico”.
Cumpre anotar que a parte autora foi examinada por médico com conhecimento na área das patologias alegadas, que apresentou laudo
devidamente fundamentado. Não há, portanto, razão para desprezar o parecer do perito judicial.
Desta forma, acolhendo o laudo pericial, concluo que a parte autora não faz jus ao recebimento de auxílio-doença, tampouco de aposentadoria
por invalidez.
Ante o exposto, julgo IMPROCEDENTES os pedidos formulados na inicial, com resolução do mérito, nos termos do artigo 487, I, do CPC.
Sem custas e, nesta instância, sem honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
Vistos em inspeção.
JOSE APARECIDO PRUDENCIO propôs a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS, visando
à concessão de benefício previdenciário por incapacidade.
Decido.
Preliminares
Rejeito as preliminares alegadas pelo INSS de forma genérica, em contestação-padrão depositada em secretaria para ações com pedido de
benefício previdenciário por incapacidade laboral, sem qualquer comprovação de aplicação no caso concreto.
Mérito
A análise para a concessão dos benefícios pleiteados implica a aferição de três requisitos básicos, quais sejam: a carência, em regra estipulada
pelo art. 25, I, da Lei 8.213/91, a qualidade de segurado, além do grau de intensidade e se é temporária ou permanente a incapacidade. Tais
requisitos devem estar preenchidos cumulativamente, ou seja, a falta de apenas um deles é suficiente para a improcedência do pedido.
Destaco, em seguida, que a descrição e a análise da higidez relativa ao pedido de qualquer benefício por incapacidade deve ser realizada
mediante prova técnica, a saber, perícia médica. Não há necessidade de oitiva de testemunhas e, por conseguinte, de realização de audiência
para o deslinde da controvérsia de fato quanto a esse ponto.
No caso dos autos, no laudo técnico anexado, o perito afirma que a parte autora, a despeito das doenças alegadas, não apresenta incapacidade
laborativa, estando apta para o exercício de suas atividades habituais (vide quesito de nº 5).
Pois bem, é bem verdade que o Julgador não está adstrito aos termos do Laudo Pericial (art. 479, CPC) – e sob este fundamento legal já
deixei, por vezes, de considerar a conclusão técnica-pericial. Entretanto, considerando-se a bem fundamentada conclusão do laudo, não vejo
razões para não acatá-lo. Ademais, não identifico nos autos outros elementos de prova que me convençam de forma diversa.
Quanto ao pedido de nova perícia por especialista, note-se que a prova técnica foi realizada por médico especialista em PSIQUIATRIA,
profissional da área médica de confiança do juízo, com a devida e regular inscrição na entidade corporativa pertinente. O referido perito se
amolda ao conceito de pessoa habilitada previsto pelo mencionado art. 12 da Lei nº 10.259-01, e, sendo o laudo devidamente fundamentado,
torna-se impertinente a discordância levantada pela parte autora.
Portanto, tendo em vista a ausência de incapacidade da parte autora e a possibilidade de continuar a exercer suas atividades habituais, entendo
não haver os requisitos necessários que venham a ensejar a concessão dos benefícios de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez.
Ante o exposto, julgo improcedente o pedido formulado na inicial, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil.
PEDRO ESDRAS DA SILVA propôs a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS, visando à
concessão de benefício previdenciário por incapacidade.
Preliminares
Rejeito as preliminares alegadas pelo INSS de forma genérica, em contestação-padrão depositada em secretaria para ações com pedido de
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 406/1770
benefício previdenciário por incapacidade laboral, sem qualquer comprovação de aplicação no caso concreto.
Mérito
A análise para a concessão dos benefícios pleiteados implica a aferição de três requisitos básicos, quais sejam: a carência, em regra estipulada
pelo art. 25, I, da Lei 8.213/91, a qualidade de segurado, além do grau de intensidade e se é temporária ou permanente a incapacidade. Tais
requisitos devem estar preenchidos cumulativamente, ou seja, a falta de apenas um deles é suficiente para a improcedência do pedido.
Destaco, em seguida, que a descrição e a análise da higidez relativa ao pedido de qualquer benefício por incapacidade devem ser realizadas
mediante prova técnica, a saber, perícia médica. Não há necessidade de oitiva de testemunhas e, por conseguinte, de realização de audiência
para o deslinde da controvérsia de fato quanto a esse ponto.
Quanto ao pedido de nova perícia por especialista, note-se que a prova técnica foi realizada por médico especialista em
Ortopedia/Traumatologia (especialidade adequada às patologias informadas), profissional da área médica de confiança do juízo, com a devida
e regular inscrição na entidade corporativa pertinente. O referido perito se amolda ao conceito de pessoa habilitada previsto pelo mencionado
art. 12 da Lei nº 10.259-01, e, sendo o laudo devidamente fundamentado, torna-se impertinente a discordância levantada pela parte autora.
No caso dos autos, no laudo técnico anexado, o perito afirma que a parte autora, a despeito das doenças alegadas, não apresenta incapacidade
laborativa, estando apta para o exercício de suas atividades habituais (vide quesito de nº 2 do juizado).
Segundo os apontamentos do laudo, a parte autora é portadora de anquilose em sínfise púbica e nefrolitíase. O perito indica que não foram
encontrados sinais, sintomas, alterações que sugiram incapacidade laborativa e que a parte deve manter o tratamento conservador com o
intuito de preservar a qualidade de vida, mas que para tal não há necessidade de afastamento.
Ainda consta no laudo que durante a perícia foram detectados sinais de dor não orgânica, cuja multiplicidade pode sugerir a presença de fator
comportamental na dor de um paciente. Nesse ponto, vale destacar que a perícia administrativa também fez observação a respeito da falta de
colaboração do autor ao exame físico.
Pois bem, é bem verdade que o Julgador não está adstrito aos termos do Laudo Pericial (art. 479, CPC) – e sob este fundamento legal já
deixei, por vezes, de considerar a conclusão técnica-pericial. Entretanto, considerando-se a bem fundamentada conclusão do laudo, não vejo
razões para não acatá-lo. Ademais, não identifico nos autos outros elementos de prova que me convençam de forma diversa.
Desse modo, considerando a ausência de qualquer grau de redução da capacidade da parte autora, seja em razão de doença ou de sequelas
advindas da consolidação de lesões causadas por acidente de qualquer natureza, e a possibilidade de continuar a exercer suas atividades
habituais, entendo não haver elementos que venham a ensejar a concessão dos benefícios pleiteados, sendo desnecessária, assim, a análise de
seus demais requisitos.
Ante o exposto, julgo improcedente o pedido formulado na inicial, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil.
FABIANA PERCI PASTORI propôs a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS, visando à
concessão de benefício previdenciário por incapacidade.
Decido.
Preliminares
Rejeito as preliminares alegadas pelo INSS de forma genérica, em contestação-padrão depositada em secretaria para ações com pedido de
benefício previdenciário por incapacidade laboral, sem qualquer comprovação de aplicação no caso concreto.
Mérito
Destaco, em seguida, que a descrição e a análise da higidez relativa ao pedido de qualquer benefício por incapacidade deve ser realizada
mediante prova técnica, a saber, perícia médica. Não há necessidade de oitiva de testemunhas e, por conseguinte, de realização de audiência
para o deslinde da controvérsia de fato quanto a esse ponto.
Quanto ao pedido de nova perícia por especialista, note-se que a prova técnica foi realizada por médico especialista em
Ortopedia/Traumatologia (especialidade adequada às patologias informadas), profissional da área médica de confiança do juízo, com a devida
e regular inscrição na entidade corporativa pertinente. O referido perito se amolda ao conceito de pessoa habilitada, previsto pelo mencionado
art. 12 da Lei nº 10.259-01, e, sendo o laudo devidamente fundamentado, torna-se impertinente a discordância levantada pela parte autora.
No caso dos autos, no laudo técnico anexado, o perito afirma que a parte autora, a despeito das doenças alegadas, não apresenta incapacidade
laborativa, estando apta para o exercício de suas atividades habituais (vide quesito de nº 5).
Considerando a idade da parte autora (41 anos), suas condições pessoais e demais observações do laudo, verifico a ausência de restrições que
impeçam seu reingresso no mercado de trabalho.
Pois bem, é bem verdade que o Julgador não está adstrito aos termos do Laudo Pericial (art. 479, CPC) – e sob este fundamento legal já
deixei, por vezes, de considerar a conclusão técnica-pericial. Entretanto, considerando-se a bem fundamentada conclusão do laudo, não vejo
razões para não acatá-lo. Ademais, não identifico nos autos outros elementos de prova que me convençam de forma diversa.
Portanto, tendo em vista a ausência de incapacidade da parte autora e a possibilidade de continuar a exercer suas atividades habituais, entendo
não haver os requisitos necessários que venham a ensejar a concessão dos benefícios de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez.
Ante o exposto, julgo improcedente o pedido formulado na inicial, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil.
MARIA GICELDA DOS SANTOS propôs a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL-INSS,
objetivando a concessão do benefício assistencial previsto pelo art. 203, V, da Constituição da República.
Passo a apreciar a postulação, tendo em vista que não há necessidade de audiência para o deslinde da controvérsia.
Cuida-se de ação com o objetivo de assegurar o benefício previsto pelo art. 203, V, da Constituição da República, cujo teor é o seguinte:
“Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por
objetivos:
(...)
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de
prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.”
Por força dessa disposição constitucional, foi editada a Lei nº 8.742-93 (Lei de Organização da Assistência Social – LOAS), a qual foi
alterada pelas Leis 12.435 de 6/07/2011 e 12.470, de 31/08/2011.
O caput e os §§ 1º a 4º do art. 20 do diploma em destaque compõem o núcleo normativo sob o qual deve ser analisada a demanda.
“Art. 20. O benefício de prestação continuada é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65
(sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família.
§ 2o Para efeito de concessão deste benefício, considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza
física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na
sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
§ 3o Considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa com deficiência ou idosa a família cuja renda mensal per capita seja inferior a
1/4 (um quarto) do salário-mínimo.
§ 4o O benefício de que trata este artigo não pode ser acumulado pelo beneficiário com qualquer outro no âmbito da seguridade social ou de
outro regime, salvo os da assistência médica e da pensão especial de natureza indenizatória.
...
§ 10. Considera-se impedimento de longo prazo, para os fins do § 2o deste artigo, aquele que produza efeitos pelo prazo mínimo de 2 (dois)
anos. ”
Visto isso, impõe-se destacar que a postulação busca amparo nas alegações de idade avançada e de preenchimento do requisito econômico
previsto legalmente.
1 - Do requisito etário
Conforme dispõe o art. 20, caput, da LOAS, o idoso, para fim de percepção do benefício discutido nestes autos, era a pessoa maior de setenta
anos. Ocorre que o caput do art. 34 da Lei nº 10.741-03 (Estatuto do Idoso) reduziu o limite etário para sessenta e cinco anos.
“Art. 34. Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos, que não possuam meios para prover sua subsistência, nem de tê-la provida por
sua família, é assegurado o benefício mensal de 1 (um) salário-mínimo, nos termos da Lei Orgânica da Assistência Social - Loas.”
No caso dos autos, o documento de identificação acostado demonstra que a parte autora nasceu em 02 de fevereiro de 1949, contando
sessenta e seis anos de idade.
2 - Do requisito econômico
O requisito econômico para o benefício assistencial, consoante a expressa previsão do § 3º do art. 20 da LOAS, é a média de 1/4 do salário
mínimo por membro da entidade familiar do interessado.
Feita essa observação, destaco que o preceito em epígrafe deve ser aferido tendo-se em vista, inclusive, o § 1º do referido artigo legal,
consoante o qual a família, para o fim de aferição do direito ao benefício assistencial, deve seguir a definição do art. 20 da LOAS (a família é
composta pelo requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais e, na ausência de um deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os
filhos e enteados solteiros e os menores tutelados) exigindo-se que as pessoas ali indicadas vivam sob o mesmo teto.
Quanto a esse aspecto, observa-se que, obviamente, não deve ser computada a renda de pessoa que não coabite (isto é, não viva sob o
mesmo teto) com o interessado no benefício assistencial, mesmo que ela esteja prevista pelo art. 20 da LOAS. A ausência de coabitação
impede, igualmente, que essa pessoa seja computada para a apuração da renda média exigida legalmente.
Por outro lado, qualquer pessoa que, embora coabite com o interessado, não esteja prevista no rol do § 1º não pode ser levada em
consideração, quer quanto ao ingresso de rendimentos, quer para a aferição do requisito econômico.
Em seguida, destaco que o limite de renda per capita previsto pelo § 3º do art. 20 da LOAS é, conforme mencionado, de 1/4 do salário mínimo.
O valor cria presunção legal de situação de miséria, que, no entanto, deve ser aferida em face das peculiaridades de cada caso concreto,
consoante a prova produzida.
Ressalto, ainda, que o valor nominal para aferição da necessidade de intervenção assistencial pública, previsto inicialmente pelo art. 20, § 3º,
da Loas (1/4 do salário mínimo), foi majorado para a metade do salário mínimo pela legislação assistencial superveniente, a saber, as Leis nº
9.533-97 (Programa de Renda Mínima) e nº 10.689-03 (Programa Nacional de Acesso à Alimentação), que fixaram o novo paradigma.
No caso dos autos, observo que a perícia assistencial constatou que a parte autora reside com seu filho e uma neta.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 409/1770
Ora, deve ser excluída do cômputo da renda familiar a neta da autora, eis que não se insere no rol de pessoas elencadas no § 1º do art. 20 da
LOAS, conforme a nova redação que lhe foi dada pelas Leis 12.435 de 6/07/2011 e 12.470, de 31/08/2011.
A subsistência do grupo provém de uma fonte de renda, no valor de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) resultante do trabalho de seu filho.
Conforme já referido acima, com a alteração legislativa da lei 8742/93, os filhos solteiros, de qualquer idade, passaram a integrar o cômputo da
renda familiar, desde que vivendo sob o mesmo teto do postulante. E é o que ocorre no caso dos autos.
Dessa forma, dividindo-se a renda familiar total entre os dois integrantes do grupo familiar chega-se a uma renda per capita de R$ 750,00,
superior ao limite supramencionado.
Desse modo, observo que não foi demonstrado o requisito econômico do benefício assistencial, a ensejar a improcedência do pedido.
Portanto, a renda per capita ultrapassa o limite supramencionado de meio salário mínimo, de forma que não foi atendido o requisito econômico
do benefício.
3 - Dispositivo
Ante o exposto, julgo improcedente o pedido e decreto a extinção do processo com fundamento no art. 487, I, do Código de Processo Civil.
Registrada eletronicamente. Publique-se. Intime-se, advertindo a parte autora de que a interposição de recurso, no prazo legal, deve ser feita
por intermédio de advogado. Ocorrendo o trânsito em julgado, dê-se baixa na distribuição.
AMANDA FERREIRA DE SOUSA propôs a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS,
visando à concessão de benefício previdenciário por incapacidade.
Decido.
Preliminares
Rejeito as preliminares alegadas pelo INSS de forma genérica, em contestação-padrão depositada em secretaria para ações com pedido de
benefício previdenciário por incapacidade laboral, sem qualquer comprovação de aplicação no caso concreto.
Mérito
A análise para a concessão dos benefícios pleiteados implica a aferição de três requisitos básicos, quais sejam: a carência, em regra estipulada
pelo art. 25, I, da Lei 8.213/91, a qualidade de segurado, além do grau de intensidade e se é temporária ou permanente a incapacidade. Tais
requisitos devem estar preenchidos cumulativamente, ou seja, a falta de apenas um deles é suficiente para a improcedência do pedido.
Destaco, em seguida, que a descrição e a análise da higidez relativa ao pedido de qualquer benefício por incapacidade deve ser realizada
mediante prova técnica, a saber, perícia médica. Não há necessidade de oitiva de testemunhas e, por conseguinte, de realização de audiência
para o deslinde da controvérsia de fato quanto a esse ponto.
No caso dos autos, no laudo técnico anexado, o perito afirma que a parte autora, a despeito das doenças alegadas, não apresenta incapacidade
laborativa, estando apta para o exercício de suas atividades habituais (vide quesito de nº 5).
Considerando a idade da parte autora (31 anos), suas condições pessoais e demais observações do laudo, verifico a ausência de restrições que
impeçam seu reingresso no mercado de trabalho.
Pois bem, é bem verdade que o Julgador não está adstrito aos termos do Laudo Pericial (art. 479, CPC) – e sob este fundamento legal já
Portanto, tendo em vista a ausência de incapacidade da parte autora e a possibilidade de continuar a exercer suas atividades habituais, entendo
não haver os requisitos necessários que venham a ensejar a concessão dos benefícios de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez.
Ante o exposto, julgo improcedente o pedido formulado na inicial, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil.
ROSÂNGELA COSTA CARVALHO promove a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL,
objetivando, em síntese, o recebimento de aposentadoria por invalidez com o acréscimo de 25% previsto no artigo 45 da Lei 8.213/91, de
auxílio-doença ou de auxílio-acidente desde a DER (06.08.2018).
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
Preliminares
Rejeito as preliminares, que foram apresentadas de forma genérica, sem qualquer demonstração de aplicação no caso concreto.
Mérito
A aposentadoria por invalidez é devida ao segurado considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de qualquer atividade
que lhe garanta a subsistência, nos termos do artigo 42 da Lei 8.213/91.
Já o auxílio-doença é devido ao segurado que ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual, conforme artigo 59 da
Lei 8.213/91.
2) carência de 12 contribuições mensais (artigo 25, I, da Lei nº 8.213/91) para os dois benefícios, sendo dispensada no caso de a incapacidade
decorrer de acidente de qualquer natureza ou causa, de doença profissional ou do trabalho ou de alguma das doenças arroladas em lista
especial, nos termos do inciso II do artigo 26 da Lei 8.213/91; e
3) incapacidade para o trabalho: é neste requisito que repousa a diferença entre um e outro benefício:
a) para a aposentadoria por invalidez: incapacidade total e permanente para qualquer atividade ou profissão; e
b) para o auxílio-doença: incapacidade total e temporária para o seu trabalho ou atividade habitual.
Por seu turno, o auxílio-acidente é devido ao segurado quando, após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza,
resultarem sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia, nos termos do artigo 86 da Lei 8.213/91.
Impende ressaltar que, nos termos da súmula 77 da TNU, “o julgador não é obrigado a analisar as condições pessoais e sociais quando não
reconhecer a incapacidade do requerente para a sua atividade habitual”.
No caso concreto, o perito judicial afirmou que a autora, que tem 38 anos de idade, "foi considerada com diagnóstico de transtorno de
De acordo com o perito, a autora compareceu na perícia com" vestes simples, adequadas, sem descuido pessoal. Marcha sem dificuldade e
sem uso de órteses. Sem tremores de mãos ou mandíbula. Fala em tom e fluxo normais. Colabora com o exame, com boas capacidades de
entendimento e raciocínio, mas com conteúdo predominantemente queixoso de limitações. Lógica e coerente. Sem comportamentos sugestivos
de alucinações no momento. Pouco ansiosa. Humor disfórico, com dissociação ideo-afetiva. Sem limitações de funções cognitivas verificadas.
Sem alteração das capacidades de discernimento e determinação".
Em resposta ao quesito 05 do juízo, o perito consignou que a autora está apta a trabalhar, eis que a doença teve “intensidade considerada
estável e com possibilidade de tratamento de manutenção eficaz e disponível. Alternativa A. A autora não apresentou comprometimento de
capacidades mentais”.
Em resposta ao quesito 10 do juízo, o perito judicial reiterou que a autora encontra-se “sem incapacidade atual”.
Cumpre anotar que a autora foi examinada por médico com especialidade em psiquiatria, ou seja, com conhecimento na área da patologia
alegada e que apresentou laudo devidamente fundamentado. Não há, portanto, razão para desprezar o parecer do perito judicial.
Desta forma, acolhendo o laudo pericial, concluo que a parte autora não faz jus ao recebimento de auxílio-doença, tampouco de aposentadoria
por invalidez.
Observo também que a parte autora não faz jus ao auxílio-acidente, uma vez que o caso não retrata a hipótese de consolidação de lesões
decorrentes de acidente de qualquer natureza que teriam resultado em sequelas redutoras da capacidade para o trabalho que habitualmente
exercia.
Ante o exposto, julgo IMPROCEDENTES os pedidos formulados na inicial, com resolução do mérito, nos termos do artigo 487, I, do CPC.
Sem custas e, nesta instância, sem honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
No que concerne à legitimidade passiva, apenas CEF é parte legítima para figurar no pólo passivo da presente demanda, conforme
entendimento sumulado pelo C. STJ:
“A Caixa Econômica Federal tem legitimidade passiva para integrar processo em que se discute correção monetária do FGTS.” (D.J.U.,
Seção I, de 22.06.01, p. 163)
Descabe, assim, a participação da União Federal e do Banco Central no pólo ativo da demanda.
DA LEGALIDADE DA TR
No que tange à atualização monetária ora pleiteada, o Eg. Supremo Tribunal Federal, em sessão do Pleno, realizada em 31.08.2000, ao
apreciar o RE n. 226.885-7/RS, seguindo o voto condutor do Relator Min. MOREIRA ALVES, firmou entendimento que o Fundo de Garantia
por Tempo de Serviço (FGTS) possui natureza institucional, e não contratual, devendo a matéria relativa à correção monetária ficar adstrita ao
disposto em leis específicas. Ou seja, ao contrário do que sucede com as cadernetas de poupança, o FGTS não tem natureza contratual, a
correção monetária decorre de Lei e, desse modo, não há que se falar em direito adquirido a regime jurídico.
Na esteira desse entendimento, que pacificou a matéria relativa à correção monetária dos saldos do FGTS, o e. STJ, inclusive, editou a Súmula
252, in verbis:
“Os saldos das contas do FGTS, pela legislação infraconstitucional, são corrigidos em 42,72% (IPC) quanto às perdas de janeiro de 1989 e
44,80% (IPC) quanto às de abril de 1990, acolhidos pelo STJ os índices de 18,02% (LBC) quanto às perdas de junho de 1987, de 5,38%
(BTN) para maio de 1990 e 7,00% (TR) para fevereiro de 1991, de acordo com o entendimento do STF (RE 226.855-7-RS)”.
Pois bem, o período postulado pela parte autora em sua petição inicial é posterior ao período mencionado, mas ainda neste período o índice
aplicável aos saldos das contas do FGTS era a variação da TR, prevista na Lei nº 8.177/91, que criou o referido dispositivo com o fim de
remunerar a poupança e o FGTS, não revogando a Lei 8.036/90, devendo ser utilizado para a correção monetária de ambas.
Com efeito, a insurgência da parte autora decorre do argumento de que TR não corresponde aos índices de inflação, o que acarretou uma
perda reiterada na composição do saldo de sua conta fundiária.
Não obstante, não assiste razão à parte autora vez que, de fato, a aplicação da TR encontra amparo legal, com escopo na Lei n° 8.177/91,
além de já ter sua legalidade declarada pelo Superior Tribunal de Justiça, a teor do que dispõe a Súmula 459, in verbis:
“A Taxa Referencial (TR) é o índice aplicável, a título de correção monetária, aos débitos com o FGTS recolhidos pelo empregador mas não
repassados ao fundo.”
Ademais, a exemplo do que ocorre com os benefícios previdenciários, é defeso ao Juiz substituir os indexadores escolhidos pelo legislador para
a atualização do FGTS, por outros que o cidadão considera mais adequados, seja o INPC, IPCA ou quaisquer outros diversos dos legalmente
previstos. Agindo assim, estaria o Judiciário usurpando função que a Constituição reservou ao legislador, em afronta ao princípio constitucional
da tripartição dos Poderes.
Assim, não há como acolher o argumento de que os índices aplicados pela CEF para a remuneração das contas fundiárias estão em
dissonância com os dispositivos legais previstos nas Leis nºs 8.036/90 e 8.177/91, eis que foi corretamente cumprido o disposto nos diplomas
legais em comento, descabendo cogitar-se em diferenças devidas no período vindicado.
Feitas tais considerações, não vislumbro qualquer inconstitucionalidade dos artigos 13 e 17 da Lei n 8.036/90, eis que ausentes vícios materiais,
estando referidos dispositivos em total compatibilidade com o artigo 2º da mesma lei.
Cumpre anotar que em julgamento recente proferido pelo e. STJ, no Recurso Especial n° 1.614.874, afetado como representativo de
controvérsia (Tema 731), restou pacificado o entendimento acima esposado, sendo oportuna a transcrição de sua ementa:
Por fim, inexistindo direito à correção nos termos em que pretendido, não há falar em dano moral passível de reparação, devendo ser
rechaçado eventual pedido neste sentido.
ANTE O EXPOSTO, face às razões expendidas, JULGO IMPROCEDENTES OS PEDIDOS da parte autora e extingo o processo com
julgamento de mérito, a teor do disposto no art. 487, I, do Código de Processo Civil.
Sem custas e sem honorários, nos termos do art. 55, da Lei n. 9.099/95.
MARIA APARECIDA SILVA AZEVEDO propôs a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS,
visando à concessão de benefício previdenciário por incapacidade.
Preliminares
Rejeito as preliminares alegadas pelo INSS de forma genérica, em contestação-padrão depositada em secretaria para ações com pedido de
benefício previdenciário por incapacidade laboral, sem qualquer comprovação de aplicação no caso concreto.
Mérito
Destaco, em seguida, que a descrição e a análise da higidez relativa ao pedido de qualquer benefício por incapacidade devem ser realizadas
mediante prova técnica, a saber, perícia médica. Não há necessidade de oitiva de testemunhas e, por conseguinte, de realização de audiência
para o deslinde da controvérsia de fato quanto a esse ponto.
No caso dos autos, no laudo técnico anexado, o perito afirma que a parte autora, a despeito das doenças alegadas, não apresenta incapacidade
laborativa, estando apta para o exercício de suas atividades habituais (vide quesito de nº 5.1).
Segundo os apontamentos do laudo, a parte autora é portadora de hipertensão, depressão doença degenerativa da coluna, sem déficit
neurológico ou sinais de irritação da raiz nervosa, síndrome do manguito rotador no ombro direito e dor trocantérica esquerda (tendinopatia do
glúteo médio e mínimo). O perito indica que não foram encontrados sinais, sintomas, alterações que sugiram alerta para a piora ou progressão
da doença com a atividade laborativa e que a parte deve manter o tratamento conservador com o intuito de preservar a qualidade de vida, mas
que para tal não há necessidade de afastamento.
Pois bem, é bem verdade que o Julgador não está adstrito aos termos do Laudo Pericial (art. 479, CPC) – e sob este fundamento legal já
deixei, por vezes, de considerar a conclusão técnica-pericial. Entretanto, considerando-se a bem fundamentada conclusão do laudo, não vejo
razões para não acatá-lo. Ademais, não identifico nos autos outros elementos de prova que me convençam de forma diversa.
Portanto, tendo em vista a ausência de incapacidade da parte autora e a possibilidade de continuar a exercer suas atividades habituais, entendo
não haver os requisitos necessários que venham a ensejar a concessão dos benefícios de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez.
Ante o exposto, julgo improcedente o pedido formulado na inicial, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil.
No que concerne à legitimidade passiva, apenas CEF é parte legítima para figurar no pólo passivo da presente demanda, conforme
entendimento sumulado pelo C. STJ:
“A Caixa Econômica Federal tem legitimidade passiva para integrar processo em que se discute correção monetária do FGTS.” (D.J.U.,
Seção I, de 22.06.01, p. 163)
Descabe, assim, a participação da União Federal e do Banco Central no pólo ativo da demanda.
Inicialmente, quanto à ocorrência de prescrição de 03 anos prevista no artigo 206, 3°, III, IV ou V do Código Civil, conforme suscitado pela
CEF, observo que não há mais discussão acerca dessa matéria, em face do entendimento sumulado pelo c. STJ:
DA LEGALIDADE DA TR
No que tange à atualização monetária ora pleiteada, o Eg. Supremo Tribunal Federal, em sessão do Pleno, realizada em 31.08.2000, ao
apreciar o RE n. 226.885-7/RS, seguindo o voto condutor do Relator Min. MOREIRA ALVES, firmou entendimento que o Fundo de Garantia
por Tempo de Serviço (FGTS) possui natureza institucional, e não contratual, devendo a matéria relativa à correção monetária ficar adstrita ao
disposto em leis específicas. Ou seja, ao contrário do que sucede com as cadernetas de poupança, o FGTS não tem natureza contratual, a
correção monetária decorre de Lei e, desse modo, não há que se falar em direito adquirido a regime jurídico.
Na esteira desse entendimento, que pacificou a matéria relativa à correção monetária dos saldos do FGTS, o e. STJ, inclusive, editou a Súmula
252, in verbis:
“Os saldos das contas do FGTS, pela legislação infraconstitucional, são corrigidos em 42,72% (IPC) quanto às perdas de janeiro de 1989 e
44,80% (IPC) quanto às de abril de 1990, acolhidos pelo STJ os índices de 18,02% (LBC) quanto às perdas de junho de 1987, de 5,38%
(BTN) para maio de 1990 e 7,00% (TR) para fevereiro de 1991, de acordo com o entendimento do STF (RE 226.855-7-RS)”.
Pois bem, o período postulado pela parte autora em sua petição inicial é posterior ao período mencionado, mas ainda neste período o índice
aplicável aos saldos das contas do FGTS era a variação da TR, prevista na Lei nº 8.177/91, que criou o referido dispositivo com o fim de
remunerar a poupança e o FGTS, não revogando a Lei 8.036/90, devendo ser utilizado para a correção monetária de ambas.
Com efeito, a insurgência da parte autora decorre do argumento de que TR não corresponde aos índices de inflação, o que acarretou uma
perda reiterada na composição do saldo de sua conta fundiária.
Não obstante, não assiste razão à parte autora vez que, de fato, a aplicação da TR encontra amparo legal, com escopo na Lei n° 8.177/91,
além de já ter sua legalidade declarada pelo Superior Tribunal de Justiça, a teor do que dispõe a Súmula 459, in verbis:
“A Taxa Referencial (TR) é o índice aplicável, a título de correção monetária, aos débitos com o FGTS recolhidos pelo empregador mas não
repassados ao fundo.”
Ademais, a exemplo do que ocorre com os benefícios previdenciários, é defeso ao Juiz substituir os indexadores escolhidos pelo legislador para
a atualização do FGTS, por outros que o cidadão considera mais adequados, seja o INPC, IPCA ou quaisquer outros diversos dos legalmente
previstos. Agindo assim, estaria o Judiciário usurpando função que a Constituição reservou ao legislador, em afronta ao princípio constitucional
da tripartição dos Poderes.
Assim, não há como acolher o argumento de que os índices aplicados pela CEF para a remuneração das contas fundiárias estão em
dissonância com os dispositivos legais previstos nas Leis nºs 8.036/90 e 8.177/91, eis que foi corretamente cumprido o disposto nos diplomas
legais em comento, descabendo cogitar-se em diferenças devidas no período vindicado.
Feitas tais considerações, não vislumbro qualquer inconstitucionalidade dos artigos 13 e 17 da Lei n 8.036/90, eis que ausentes vícios materiais,
estando referidos dispositivos em total compatibilidade com o artigo 2º da mesma lei.
Cumpre anotar que em julgamento recente proferido pelo e. STJ, no Recurso Especial n° 1.614.874, afetado como representativo de
controvérsia (Tema 731), restou pacificado o entendimento acima esposado, sendo oportuna a transcrição de sua ementa:
Por fim, inexistindo direito à correção nos termos em que pretendido, não há falar em dano moral passível de reparação, devendo ser
rechaçado eventual pedido neste sentido.
ANTE O EXPOSTO, face às razões expendidas, JULGO IMPROCEDENTES OS PEDIDOS da parte autora e extingo o processo com
julgamento de mérito, a teor do disposto no art. 487, I, do Código de Processo Civil.
Sem custas e sem honorários, nos termos do art. 55, da Lei n. 9.099/95.
Vistos em inspeção.
SANDRA MARIA DE LIMA promove a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, objetivando, em
síntese, o recebimento de aposentadoria por invalidez ou de auxílio-doença desde a DER (10.07.2018), bem como o recebimento de
indenização por danos morais.
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
Preliminares
Rejeito as preliminares, que foram apresentadas de forma genérica, sem qualquer demonstração de aplicação no caso concreto.
Mérito
Já o auxílio-doença é devido ao segurado que ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual, conforme artigo 59 da
Lei 8.213/91.
2) carência de 12 contribuições mensais (artigo 25, I, da Lei nº 8.213/91) para os dois benefícios, sendo dispensada no caso de a incapacidade
decorrer de acidente de qualquer natureza ou causa, de doença profissional ou do trabalho ou de alguma das doenças arroladas em lista
especial, nos termos do inciso II do artigo 26 da Lei 8.213/91; e
3) incapacidade para o trabalho: é neste requisito que repousa a diferença entre um e outro benefício:
a) para a aposentadoria por invalidez: incapacidade total e permanente para qualquer atividade ou profissão; e
b) para o auxílio-doença: incapacidade total e temporária para o seu trabalho ou atividade habitual.
Impende ressaltar que, nos termos da súmula 77 da TNU, “o julgador não é obrigado a analisar as condições pessoais e sociais quando não
reconhecer a incapacidade do requerente para a sua atividade habitual”.
No caso concreto, o perito judicial afirmou que a autora, que tem 48 anos de idade, é portadora de tendinite em ombros e síndrome do túnel do
carpo à direita, estando apta para o trabalho, inclusive para o exercício de sua alegada atividade habitual (auxiliar de produção).
Em resposta ao quesito 5 do juízo, o perito consignou que a autora não encontra-se “sem alterações de mobilidade ou neurológica”.
Em resposta ao quesito 10 do juízo, o perito judicial esclareceu que a autora está apta ao trabalho, enfatizando que apresenta "mobilidade
preservada, sem alterações neurológicas. Função dos membros preservada".
Impende ressaltar que, em se tratando de benefício por incapacidade laboral, a prova a ser produzida, no tocante ao estado de saúde da parte
requerente, é a perícia médica, que no caso concreto foi realizada por médico com especialidade em ortopedidoa e em traumatologia, ou seja,
com conhecimento na área das patologias alegadas e que apresentou laudo devidamente fundamentado. Por conseguinte, indefiro os pedidos
de realização de nova perícia e de complementação do laudo pericial apresentado, uma vez que os quesitos apresentados pela autora já foram
respondidos.
Anoto, por oportuno, que na divergência entre os relatórios médicos apresentados e o laudo do perito judicial, sigo o parecer do expert oficial,
que é equidistante aos interesses das partes e que apresentou sua conclusão em laudo devidamente fundamentado.
Desta forma, acolhendo o laudo pericial, concluo que a parte autora não faz jus ao recebimento de auxílio-doença, tampouco de aposentadoria
por invalidez.
Por fim, a simples constatação de que a autora não faz jus ao recebimento de benefício por incapacidade já afasta, por si, a pretensão de
recebimento de indenização por danos morais.
Ante o exposto, julgo IMPROCEDENTES os pedidos formulados na inicial, com resolução do mérito, nos termos do artigo 487, I, do CPC.
Sem custas e, nesta instância, sem honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
LUIZ CARLOS DA SILVA promove a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, com o fim de obter:
a) o reconhecimento de que exerceu atividade especial no período de 06.03.1997 a 16.11.2003, na função de operador industrial II, na empresa
Rio de Janeiro Refrescos Ltda.
b) conversão da aposentadoria por tempo de contribuição em aposentadoria especial desde a DER (08.03.2017).
Citado, o INSS apresentou sua contestação, pugnando pela improcedência dos pedidos formulados na inicial.
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
1 – Atividade especial.
A aposentadoria especial é devida ao segurado que trabalhar de modo habitual e permanente, durante 15, 20 ou 25 anos (tempo este que
depende do tipo de atividade), em serviço que prejudique a saúde ou a integridade física, nos termos dos artigos 57 e 58 da Lei 8.213/91.
No entanto, se o segurado não exerceu apenas atividades especiais, o tempo de atividade especial será somado, após a respectiva conversão,
ao tempo de trabalho exercido em atividade comum, conforme § 5º do artigo 57 da Lei 8.213/91, para fins de concessão de aposentadoria por
tempo de contribuição.
O direito à conversão de tempo de atividade especial para comum não sofreu limitação no tempo.
De fato, em se tratando de atividades exercidas sob condições especiais que prejudicam a saúde ou a integridade física do trabalhador, a
norma contida no § 1º, do artigo 201 da Constituição Federal, com redação dada pela Emenda Constitucional nº 20/98, possibilita a adoção de
requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria, por meio de lei complementar.
Até que sobrevenha eventual inovação legislativa, possível apenas por meio de lei complementar, permanecem válidas as regras estampadas
nos artigos 57 e 58 da Lei 8.213/91, conforme artigo 15 da Emenda Constitucional nº 20/98, in verbis:
“Até que a lei complementar a que se refere o artigo 201, § 1º, da Constituição Federal, seja publicada, permanece em vigor o disposto nos
artigos 57 e 58 da Lei nº 8213/91, de 24 de julho de 1991, na redação vigente à data da publicação desta Emenda”.
Atualmente, os agentes considerados nocivos estão arrolados no Anexo IV, do Decreto 3.048/99. Acontece que a caracterização e a
comprovação do tempo de atividade especial devem observar o disposto na legislação em vigor na época da prestação do serviço, nos termos
do § 1º do artigo 70 do referido Decreto 3.048/99.
Assim, é importante destacar que os Decretos 53.831/64 e 83.080/79 tiveram vigência, com força nos Decretos 357/91 e 611/92, até a edição
do Decreto 2.172, de 05.03.97, que deixou de listar atividades especiais com base na categoria profissional.
Desta forma, é possível o enquadramento de atividades exercidas até 05.03.97 como especiais, com base na categoria profissional, desde que
demonstrado que exerceu tal atividade.
Ressalto, entretanto, que para o agente nocivo “ruído” sempre se exigiu laudo técnico, independentemente da época em que o labor foi
prestado. Já para período a partir de 06.03.97 (data da edição do Decreto 2.172/97) é necessária a comprovação da exposição habitual e
permanente, inclusive, com apresentação de formulário previdenciário, que atualmente é o PPP.
O PPP deve ser assinado pela empresa ou pelo seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho (LTCAT)
expedido por médico do trabalho ou por engenheiro de segurança do trabalho, conforme § 1º do artigo 58 da Lei 8.213/91.
Por conseguinte, o PPP também deve conter o carimbo da empresa e o nome do responsável técnico pela elaboração do LTCAT utilizado
para a emissão do referido formulário previdenciário.
Com relação especificamente ao agente nocivo “ruído”, a jurisprudência atual do STJ, com base nos Decretos 53.831/64, 83.080/79, 2.172/97,
3.048/99 e 4.882/03, e que sigo, é no sentido de que uma atividade pode ser considerada especial quando o trabalhador tiver desempenhado
sua função, com exposição habitual e permanente, a ruído superior à seguinte intensidade: a) até 05/03/1997 – 80 dB(A); b) de 06/03/1997 a
18/11/2003 – 90 dB(A); e c) a partir de 19/11/2003 – 85 dB(A) .
Anoto, por oportuno, que a simples disponibiliza??o ou utiliza??o de equipamentos de prote??o individual (EPI) n?o afasta a natureza especial
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 419/1770
da atividade, conforme reiterada jurisprud?ncia da TNU.
S?mula 50. ? poss?vel a convers?o do tempo de servi?o especial em comum do trabalho prestado em qualquer per?odo.
S?mula 55. A convers?o do tempo de atividade especial em comum deve ocorrer com aplica??o do fator multiplicativo em vigor na data da
concess?o da aposentadoria.
No caso concreto, a parte autora pretende o reconhecimento de que exerceu atividade especial no per?odo de 06.03.1997 a 16.11.2003, na
fun??o de operador industrial II, na empresa Rio de Janeiro Refrescos Ltda.
A parte autora n?o faz jus ? contagem do per?odo pretendido como tempo de atividade especial, pois, conforme informa??o constante do PPP
anexado aos autos, sua exposi??o a ru?dos (88,2 a 92,4 dB) em n?vel superior ao exigido (acima de 90 decib?is), n?o se deu de forma habitual
e permanente, mas apenas em car?ter intermitente, eis que variou.
Desta forma, o tempo de atividade que a parte autora possui ? apenas aquele que foi apurado na via administrativa, de forma que n?o faz jus ?
revis?o pretendida.
DISPOSITIVO
Ante o exposto, julgo IMPROCEDENTES os pedidos da parte autora, nos termos do artigo 487, inciso I, do C?digo de Processo Civil.
Sem custas e, nesta inst?ncia, sem honor?rios advocat?cios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
ZENEIDE SILVA SANTOS promove a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, objetivando, em
síntese, o recebimento de aposentadoria por invalidez ou o restabelecimento de auxílio-doença desde a cessação ocorrida em 14.06.2018.
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
Preliminares
Rejeito as preliminares, que foram apresentadas de forma genérica, sem qualquer demonstração de aplicação no caso concreto.
Mérito
A aposentadoria por invalidez é devida ao segurado considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de qualquer atividade
que lhe garanta a subsistência, nos termos do artigo 42 da Lei 8.213/91.
Já o auxílio-doença é devido ao segurado que ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual, conforme artigo 59 da
Lei 8.213/91.
2) carência de 12 contribuições mensais (artigo 25, I, da Lei nº 8.213/91) para os dois benefícios, sendo dispensada no caso de a incapacidade
decorrer de acidente de qualquer natureza ou causa, de doença profissional ou do trabalho ou de alguma das doenças arroladas em lista
especial, nos termos do inciso II do artigo 26 da Lei 8.213/91; e
3) incapacidade para o trabalho: é neste requisito que repousa a diferença entre um e outro benefício:
a) para a aposentadoria por invalidez: incapacidade total e permanente para qualquer atividade ou profissão; e
b) para o auxílio-doença: incapacidade total e temporária para o seu trabalho ou atividade habitual.
Impende ressaltar que, nos termos da súmula 77 da TNU, “o julgador não é obrigado a analisar as condições pessoais e sociais quando não
reconhecer a incapacidade do requerente para a sua atividade habitual”.
No caso concreto, o perito judicial afirmou que a autora, que tem 51 anos de idade, é portadora de dorsalgia, lombalgia, diabetes e depressão,
estando apta para o trabalho, inclusive para o exercício de sua alegada atividade habitual (doméstica).
Em resposta ao quesito 5 do juízo, o perito consignou que a autora encontra-se “sem sinais de irritação radicular, sem alterações motoras”.
Em resposta ao quesito 10 do juízo, o perito judicial reiterou que a autora está apta a trabalhar.
Cumpre anotar que a autora foi examinada por médico com especialidade em ortopedia e em traumatologia, ou seja, com conhecimento na
área da patologia alegada no INSS como incapacitante e que apresentou laudo devidamente fundamentado. Não há, portanto, razão para
desprezar o parecer do perito judicial.
Ressalto, por oportuno, que na divergência entre os relatórios médicos apresentados e o laudo do perito judicial, sigo o parecer do expert
oficial, que é equidistante aos interesses das partes e que apresentou sua conclusão em laudo devidamente fundamentado.
Destaco, por oportuno, que o pedido de realização de nova perícia com psiquiatra já foi indeferido (evento 21).
Desta forma, acolhendo o laudo pericial, concluo que a parte autora não faz jus ao recebimento de auxílio-doença, tampouco de aposentadoria
por invalidez.
Ante o exposto, julgo IMPROCEDENTES os pedidos formulados na inicial, com resolução do mérito, nos termos do artigo 487, I, do CPC.
Sem custas e, nesta instância, sem honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
Vistos em inspeção.
MARGARIDA BREVIGLIERI propôs a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS, visando à
concessão de benefício previdenciário por incapacidade.
Decido.
Preliminares
Rejeito as preliminares alegadas pelo INSS de forma genérica, em contestação-padrão depositada em secretaria para ações com pedido de
benefício previdenciário por incapacidade laboral, sem qualquer comprovação de aplicação no caso concreto.
A análise para a concessão dos benefícios pleiteados implica a aferição de três requisitos básicos, quais sejam: a carência, em regra estipulada
pelo art. 25, I, da Lei 8.213/91, a qualidade de segurado, além do grau de intensidade e se é temporária ou permanente a incapacidade. Tais
requisitos devem estar preenchidos cumulativamente, ou seja, a falta de apenas um deles é suficiente para a improcedência do pedido.
Destaco, em seguida, que a descrição e a análise da higidez relativa ao pedido de qualquer benefício por incapacidade deve ser realizada
mediante prova técnica, a saber, perícia médica. Não há necessidade de oitiva de testemunhas e, por conseguinte, de realização de audiência
para o deslinde da controvérsia de fato quanto a esse ponto.
Quanto ao pedido de nova perícia por especialista, note-se que a prova técnica foi realizada por médico especialista em
Ortopedia/Traumatologia (especialidade adequada às patologias informadas), profissional da área médica de confiança do juízo, com a devida
e regular inscrição na entidade corporativa pertinente. O referido perito se amolda ao conceito de pessoa habilitada previsto pelo mencionado
art. 12 da Lei nº 10.259-01, e, sendo o laudo devidamente fundamentado, torna-se impertinente a discordância levantada pela parte autora.
No caso dos autos, no laudo técnico anexado, o perito afirma que a parte autora, a despeito das doenças alegadas, não apresenta incapacidade
laborativa, estando apta para o exercício de suas atividades habituais (vide quesito de nº 5).
Pois bem, é bem verdade que o Julgador não está adstrito aos termos do Laudo Pericial (art. 479, CPC) – e sob este fundamento legal já
deixei, por vezes, de considerar a conclusão técnica-pericial. Entretanto, considerando-se a bem fundamentada conclusão do laudo, não vejo
razões para não acatá-lo. Ademais, não identifico nos autos outros elementos de prova que me convençam de forma diversa.
Portanto, tendo em vista a ausência de incapacidade da parte autora e a possibilidade de continuar a exercer suas atividades habituais, entendo
não haver os requisitos necessários que venham a ensejar a concessão dos benefícios de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez.
Ante o exposto, julgo improcedente o pedido formulado na inicial, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil.
DIONYS WILLIAN PALMEIRO propôs a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL-INSS,
objetivando a concessão do benefício assistencial previsto pelo art. 203, V, da Constituição da República.
Passo a apreciar a postulação, tendo em vista que não há necessidade de audiência para o deslinde da controvérsia.
Cuida-se de ação com o objetivo de assegurar o benefício previsto pelo art. 203, V, da Constituição da República, cujo teor é o seguinte:
“Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por
objetivos”:
(...)
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de
prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.”
Por força dessa disposição constitucional, foi editada a Lei nº 8.742-93 (Lei de Organização da Assistência Social - LOAS), a qual foi alterada
pelas Leis 12.435 de 6/07/2011 e 12.470, de 31/08/2011.
O caput e os §§ 1º a 4º do art. 20 do diploma em destaque compõem o núcleo normativo sob o qual deve ser analisada a demanda.
“Art. 20. O benefício de prestação continuada é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65
(sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família.
§ 1o Para os efeitos do disposto no caput, a família é composta pelo requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais e, na ausência de um deles,
§ 2o Para efeito de concessão do benefício de prestação continuada, considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de
longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação
plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
§ 3o Considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa com deficiência ou idosa a família cuja renda mensal per capita seja inferior a
1/4 (um quarto) do salário-mínimo.
§ 4o O benefício de que trata este artigo não pode ser acumulado pelo beneficiário com qualquer outro no âmbito da seguridade social ou de
outro regime, salvo os da assistência médica e da pensão especial de natureza indenizatória.
...
§ 10. Considera-se impedimento de longo prazo, para os fins do § 2o deste artigo, aquele que produza efeitos pelo prazo mínimo de 2 (dois)
anos. ”
Visto isso, impõe-se destacar que a postulação busca amparo nas alegações de impedimento de longo prazo e de preenchimento do requisito
econômico previsto legalmente.
1 - Da alegada deficiência
Conforme dispõe o art. 20, § 2º, da LOAS, “Para efeito de concessão do benefício de prestação continuada, considera-se pessoa com
deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou
mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.”
No caso dos autos, a questão encontra-se elucidada no laudo médico, onde se observa a diagnose de sequela de traumatismo no membro
inferior (fratura exposta da perna direita), que, segundo o perito, encontra-se em fase final de tratamento, que deve perdurar por cerca de 06
meses.
A despeito destas restrições/patologias, conclui o perito que a parte autora não padece do impedimento de longo prazo previsto no artigo 20,
§2º, não sendo atendido, portanto, o requisito necessário.
Há que se observar que consta no laudo que o autor é portador de mera incapacidade temporária para o trabalho, condição que não pode ser
confundida com o requisito do benefício assistencial, visto que o conceito de deficiência trazido pela lei possui abrangência diversa.
Pois bem, é bem verdade que o Julgador não está adstrito aos termos do Laudo Pericial (art. 479, CPC) – e sob este fundamento legal já
deixei, por vezes, de considerar a conclusão técnica-pericial. Entretanto, considerando-se a bem fundamentada conclusão do laudo, não vejo
razões para não acatá-lo. Ademais, não identifico nos autos outros elementos de prova que me convençam de forma diversa.
Considerando que a parte autora não se enquadra no conceito de deficiente, torna-se despicienda a análise do requisito econômico, impondo-se
a improcedência do pedido.
2 - Dispositivo
Ante o exposto, julgo improcedente o pedido e decreto a extinção do processo com fundamento no art. 487, I, do Código de Processo Civil.
Intime-se, advertindo a parte autora de que a interposição de recurso, no prazo legal, deve ser feita por intermédio de advogado. Defiro a
gratuidade. Ocorrendo o trânsito em julgado, dê-se baixa na distribuição.
EUNICE TEREZINHA PEREIRA RIBEIRO promove a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL,
objetivando, em síntese, o recebimento de aposentadoria por invalidez ou o restabelecimento de auxílio-doença desde a cessação ocorrida em
03.09.2018.
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
Preliminares
Rejeito as preliminares, que foram apresentadas de forma genérica, sem qualquer demonstração de aplicação no caso concreto.
Mérito
A aposentadoria por invalidez é devida ao segurado considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de qualquer atividade
que lhe garanta a subsistência, nos termos do artigo 42 da Lei 8.213/91.
Já o auxílio-doença é devido ao segurado que ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual, conforme artigo 59 da
Lei 8.213/91.
2) carência de 12 contribuições mensais (artigo 25, I, da Lei nº 8.213/91) para os dois benefícios, sendo dispensada no caso de a incapacidade
decorrer de acidente de qualquer natureza ou causa, de doença profissional ou do trabalho ou de alguma das doenças arroladas em lista
especial, nos termos do inciso II do artigo 26 da Lei 8.213/91; e
3) incapacidade para o trabalho: é neste requisito que repousa a diferença entre um e outro benefício:
a) para a aposentadoria por invalidez: incapacidade total e permanente para qualquer atividade ou profissão; e
b) para o auxílio-doença: incapacidade total e temporária para o seu trabalho ou atividade habitual.
Impende ressaltar que, nos termos da súmula 77 da TNU, “o julgador não é obrigado a analisar as condições pessoais e sociais quando não
reconhecer a incapacidade do requerente para a sua atividade habitual”.
No caso concreto, o perito judicial afirmou que a autora, que tem 58 anos de idade, é portadora de transtorno depressivo, estando parcialmente
incapacitada para o trabalho, mas apta para o exercício de sua alegada atividade habitual (diarista).
Em seu exame psico-neurológico o perito apontou que a autora encontra-se “orientado no tempo e no espaço. Bem articulado, discurso fluente
e centrado na realidade. Não há déficit de memória recente ou tardia. Demonstra sinais de ansiedade, angústia e depressão. Funções
cognitivas sem anormalidades. Fala audível, livre, bem articulada”.
Em resposta ao quesito 10 do Juízo, o perito consignou que é possível o retorno da parte autora ao trabalho.
Cumpre anotar que a parte autora foi examinada por médico com conhecimento na área das patologias alegadas, que apresentou laudo
devidamente fundamentado. Não há, portanto, razão para desprezar o parecer do perito judicial.
Desta forma, acolhendo o laudo pericial, concluo que a parte autora não faz jus ao recebimento de auxílio-doença, tampouco de aposentadoria
por invalidez.
Ante o exposto, julgo IMPROCEDENTES os pedidos formulados na inicial, com resolução do mérito, nos termos do artigo 487, I, do CPC.
Sem custas e, nesta instância, sem honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
FATIMA APARECIDA BERNARDES LOPES propôs a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -
INSS, visando à concessão de benefício previdenciário por incapacidade.
Decido.
Preliminares
Rejeito as preliminares alegadas pelo INSS de forma genérica, em contestação-padrão depositada em secretaria para ações com pedido de
benefício previdenciário por incapacidade laboral, sem qualquer comprovação de aplicação no caso concreto.
Mérito
A análise para a concessão dos benefícios pleiteados implica a aferição de três requisitos básicos, quais sejam: a carência, em regra estipulada
pelo art. 25, I, da Lei 8.213/91, a qualidade de segurado, além do grau de intensidade e se é temporária ou permanente a incapacidade. Tais
requisitos devem estar preenchidos cumulativamente, ou seja, a falta de apenas um deles é suficiente para a improcedência do pedido.
Destaco, em seguida, que a descrição e a análise da higidez relativa ao pedido de qualquer benefício por incapacidade deve ser realizada
mediante prova técnica, a saber, perícia médica. Não há necessidade de oitiva de testemunhas e, por conseguinte, de realização de audiência
para o deslinde da controvérsia de fato quanto a esse ponto.
No caso dos autos, no laudo técnico anexado, o perito afirma que a parte autora, a despeito das doenças alegadas, não apresenta incapacidade
laborativa, estando apta para o exercício de suas atividades habituais (vide quesito de nº 5).
Pois bem, é bem verdade que o Julgador não está adstrito aos termos do Laudo Pericial (art. 479, CPC) – e sob este fundamento legal já
deixei, por vezes, de considerar a conclusão técnica-pericial. Entretanto, considerando-se a bem fundamentada conclusão do laudo, não vejo
razões para não acatá-lo. Ademais, não identifico nos autos outros elementos de prova que me convençam de forma diversa.
Quanto ao pedido de nova perícia por especialista, note-se que a prova técnica foi realizada por médico especialista em Ortopedia, profissional
da área médica de confiança do juízo, com a devida e regular inscrição na entidade corporativa pertinente. O referido perito se amolda ao
conceito de pessoa habilitada previsto pelo mencionado art. 12 da Lei nº 10.259-01, e, sendo o laudo devidamente fundamentado, torna-se
impertinente a discordância levantada pela parte autora.
Portanto, tendo em vista a ausência de incapacidade da parte autora e a possibilidade de continuar a exercer suas atividades habituais, entendo
não haver os requisitos necessários que venham a ensejar a concessão dos benefícios de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez.
Ante o exposto, julgo improcedente o pedido formulado na inicial, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil.
VALMIR BENTO promove a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, objetivando, em síntese, o
recebimento de aposentadoria por invalidez ou de auxílio-doença desde a DER (03.05.2018).
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
Rejeito as preliminares, que foram apresentadas de forma genérica, sem qualquer demonstração de aplicação no caso concreto.
Mérito
A aposentadoria por invalidez é devida ao segurado considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de qualquer atividade
que lhe garanta a subsistência, nos termos do artigo 42 da Lei 8.213/91.
Já o auxílio-doença é devido ao segurado que ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual, conforme artigo 59 da
Lei 8.213/91.
2) carência de 12 contribuições mensais (artigo 25, I, da Lei nº 8.213/91) para os dois benefícios, sendo dispensada no caso de a incapacidade
decorrer de acidente de qualquer natureza ou causa, de doença profissional ou do trabalho ou de alguma das doenças arroladas em lista
especial, nos termos do inciso II do artigo 26 da Lei 8.213/91; e
3) incapacidade para o trabalho: é neste requisito que repousa a diferença entre um e outro benefício:
a) para a aposentadoria por invalidez: incapacidade total e permanente para qualquer atividade ou profissão; e
b) para o auxílio-doença: incapacidade total e temporária para o seu trabalho ou atividade habitual.
Impende ressaltar que, nos termos da súmula 77 da TNU, “o julgador não é obrigado a analisar as condições pessoais e sociais quando não
reconhecer a incapacidade do requerente para a sua atividade habitual”.
No caso concreto, a perita judicial afirmou que o autor, que tem 51 anos de idade, é portador de transtorno mental e comportamental devido ao
uso de álcool, maconha, crack – síndrome de dependência, estando apto para o trabalho, inclusive, para o exercício de sua alegada atividade
habitual (auxiliar de produção).
Em resposta ao quesito 05 do juízo, o perito consignou que “a causa da doença é multifatorial (diatética e ambiental). A consequência está no
exame psíquico (alteração psicopatológica). A CID-10 não classifica essa doença pela intensidade. Há possibilidade de cura. Letra A (
Capacidade para o trabalho sob ponto de vista psiquiátrico)”.
Em resposta ao quesito 10 do juízo, a perita judicial reiterou que o autor pode retornar ao trabalho eis que “não há incapacidade sob ponto de
vista psiquiátrico”.
Cumpre anotar que a parte autora foi examinada por médica com conhecimento na área das patologias alegadas, que apresentou laudo
devidamente fundamentado. Não há, portanto, razão para desprezar o parecer da perita judicial.
Desta forma, acolhendo o laudo pericial, concluo que a parte autora não faz jus ao recebimento de auxílio-doença, tampouco de aposentadoria
por invalidez.
Ante o exposto, julgo IMPROCEDENTES os pedidos formulados na inicial, com resolução do mérito, nos termos do artigo 487, I, do CPC.
Sem custas e, nesta instância, sem honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
Preliminares
Rejeito as preliminares, que foram apresentadas de forma genérica, sem qualquer demonstração de aplicação no caso concreto.
Mérito
A aposentadoria por invalidez é devida ao segurado considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de qualquer atividade
que lhe garanta a subsistência, nos termos do artigo 42 da Lei 8.213/91.
Já o auxílio-doença é devido ao segurado que ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual, conforme artigo 59 da
Lei 8.213/91.
2) carência de 12 contribuições mensais (artigo 25, I, da Lei nº 8.213/91) para os dois benefícios, sendo dispensada no caso de a incapacidade
decorrer de acidente de qualquer natureza ou causa, de doença profissional ou do trabalho ou de alguma das doenças arroladas em lista
especial, nos termos do inciso II do artigo 26 da Lei 8.213/91; e
3) incapacidade para o trabalho: é neste requisito que repousa a diferença entre um e outro benefício:
a) para a aposentadoria por invalidez: incapacidade total e permanente para qualquer atividade ou profissão; e
b) para o auxílio-doença: incapacidade total e temporária para o seu trabalho ou atividade habitual.
Impende ressaltar que, nos termos da súmula 77 da TNU, “o julgador não é obrigado a analisar as condições pessoais e sociais quando não
reconhecer a incapacidade do requerente para a sua atividade habitual”.
No caso concreto, o perito judicial afirmou que o autor, que tem 40 anos de idade, é portador de lombalgia, estando apto para o trabalho,
inclusive para o exercício de sua alegada atividade habitual (ajudante de pintor).
Em sua conclusão, o perito destacou que “a doença apresentada não causa incapacidade para as atividades anteriormente desenvolvidas. A
data provável do início da doença é 2007. Neste caso não se aplica uma data de início da incapacidade”.
Em resposta ao quesito 5 do juízo, afirmou o perito que “no momento sem sinais de radiculopatia ou alterações motoras”.
Em resposta ao quesito 10 do juízo, o perito judicial reiterou que o autor está apto a trabalhar.
Cumpre anotar que o autor foi examinada por médico com especialidade em ortopedia e em traumatologia, ou seja, com conhecimento na área
das patologias alegadas e que apresentou laudo devidamente fundamentado. Não há, portanto, razão para desprezar o parecer do perito
judicial.
Desta forma, acolhendo o laudo pericial, concluo que a parte autora não faz jus ao recebimento de auxílio-doença, tampouco de aposentadoria
por invalidez.
Ante o exposto, julgo IMPROCEDENTES os pedidos formulados na inicial, com resolução do mérito, nos termos do artigo 487, I, do CPC.
Sem custas e, nesta instância, sem honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
EDILAINE PARRO SERTORIO propôs a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS, visando à
concessão de benefício previdenciário por incapacidade.
Preliminares
Rejeito as preliminares alegadas pelo INSS de forma genérica, em contestação-padrão depositada em secretaria para ações com pedido de
benefício previdenciário por incapacidade laboral, sem qualquer comprovação de aplicação no caso concreto.
Mérito
A análise para a concessão dos benefícios pleiteados implica a aferição de três requisitos básicos, quais sejam: a carência, em regra estipulada
pelo art. 25, I, da Lei 8.213/91, a qualidade de segurado, além do grau de intensidade e se é temporária ou permanente a incapacidade. Tais
requisitos devem estar preenchidos cumulativamente, ou seja, a falta de apenas um deles é suficiente para a improcedência do pedido.
Destaco, em seguida, que a descrição e a análise da higidez relativa ao pedido de qualquer benefício por incapacidade devem ser realizadas
mediante prova técnica, a saber, perícia médica. Não há necessidade de oitiva de testemunhas e, por conseguinte, de realização de audiência
para o deslinde da controvérsia de fato quanto a esse ponto.
No caso dos autos, no laudo técnico anexado, o perito afirma que a parte autora, a despeito das doenças alegadas, não apresenta incapacidade
laborativa, estando apta para o exercício de suas atividades habituais (vide quesito de nº 2 do juizado).
Segundo os apontamentos do laudo, a parte autora é portadora de lesão parcial do músculo supra espinhal em ombro direito e hipertensão
arterial sistêmica. O perito indica que não foram encontrados sinais, sintomas, alterações que sugiram a incapacidade laborativa e que a parte
deve manter o tratamento conservador com o intuito de preservar a qualidade de vida, mas que para tal não há necessidade de afastamento.
Ainda consta no laudo que durante a perícia foram detectados sinais de dor não orgânica, cuja multiplicidade pode sugerir a presença de fator
comportamental na dor de um paciente.
Pois bem, é bem verdade que o Julgador não está adstrito aos termos do Laudo Pericial (art. 479, CPC) – e sob este fundamento legal já
deixei, por vezes, de considerar a conclusão técnica-pericial. Entretanto, considerando-se a bem fundamentada conclusão do laudo, não vejo
razões para não acatá-lo. Ademais, não identifico nos autos outros elementos de prova que me convençam de forma diversa.
Portanto, tendo em vista a ausência de incapacidade da parte autora e a possibilidade de continuar a exercer suas atividades habituais, entendo
não haver os requisitos necessários que venham a ensejar a concessão dos benefícios de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez.
Ante o exposto, julgo improcedente o pedido formulado na inicial, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil.
MARGARIDA FERREIRA DE OLIVEIRA promove a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL,
objetivando, em síntese, o recebimento de aposentadoria por invalidez ou o restabelecimento de auxílio-doença desde a cessação ocorrida em
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 428/1770
23.05.2018.
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
Preliminares
Rejeito as preliminares, que foram apresentadas de forma genérica, sem qualquer demonstração de aplicação no caso concreto.
Mérito
A aposentadoria por invalidez é devida ao segurado considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de qualquer atividade
que lhe garanta a subsistência, nos termos do artigo 42 da Lei 8.213/91.
Já o auxílio-doença é devido ao segurado que ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual, conforme artigo 59 da
Lei 8.213/91.
2) carência de 12 contribuições mensais (artigo 25, I, da Lei nº 8.213/91) para os dois benefícios, sendo dispensada no caso de a incapacidade
decorrer de acidente de qualquer natureza ou causa, de doença profissional ou do trabalho ou de alguma das doenças arroladas em lista
especial, nos termos do inciso II do artigo 26 da Lei 8.213/91; e
3) incapacidade para o trabalho: é neste requisito que repousa a diferença entre um e outro benefício:
a) para a aposentadoria por invalidez: incapacidade total e permanente para qualquer atividade ou profissão; e
b) para o auxílio-doença: incapacidade total e temporária para o seu trabalho ou atividade habitual.
Impende ressaltar que, nos termos da súmula 77 da TNU, “o julgador não é obrigado a analisar as condições pessoais e sociais quando não
reconhecer a incapacidade do requerente para a sua atividade habitual”.
No caso concreto, o perito judicial afirmou que a autora, que tem 53 anos de idade, é portadora de artrite reumatóide, estando apta para o
trabalho, inclusive, para o exercício de sua alegada atividade habitual (faxineira).
Em sua conclusão afirma o perito que “o Autor apresenta patologia Reumatológica. Sintomatologia iniciou em 2010, procurou médico,
submetida a exames com diagnóstico de Artite Reumatoide (AR) Iniciou tratamento medicamentos, segundo ela com melhora apenas da
vermelhidão articular Exame pericial: ausência de sinais flogisticos ou limitação nas articulações do cotovelo, punho, dedos, joelhos e
tornozelos. Não há subsídios que permitam caracterizar uma incapacidade laboral”.
Em resposta ao quesito 10 do Juízo, o perito afirmou que a autora pode retornar ao trabalho “de imediato”.
Posteriormente, em resposta aos quesitos complementares apresentados pela autora, o perito esclareceu que a autora tem condições de
retornar às atividades habituais de faxineira.
Impende ressaltar que, em se tratando de benefício por incapacidade laboral, a prova a ser produzida, no tocante ao estado de saúde da parte
requerente, é a perícia médica, que no caso concreto foi realizada por médico com conhecimento na área da patologia alegada, que apresentou
laudo devidamente fundamentado.
Por conseguinte, indefiro o pedido de realização de nova perícia com reumatologista pelo IMESC (Instituto de Medicina Social e Criminologia
de São Paulo).
Desta forma, acolhendo o laudo pericial, concluo que a parte autora não faz jus ao recebimento de auxílio-doença, tampouco de aposentadoria
por invalidez.
Sem custas e, nesta instância, sem honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
ELIEZER NAVARRO TORLINI propôs a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS, visando à
concessão de benefício previdenciário por incapacidade.
Decido.
Preliminares
Rejeito as preliminares alegadas pelo INSS de forma genérica, em contestação-padrão depositada em secretaria para ações com pedido de
benefício previdenciário por incapacidade laboral, sem qualquer comprovação de aplicação no caso concreto.
Mérito
A análise para a concessão dos benefícios pleiteados implica a aferição de três requisitos básicos, quais sejam: a carência, em regra estipulada
pelo art. 25, I, da Lei 8.213/91, a qualidade de segurado, além do grau de intensidade e se é temporária ou permanente a incapacidade. Tais
requisitos devem estar preenchidos cumulativamente, ou seja, a falta de apenas um deles é suficiente para a improcedência do pedido.
Destaco, em seguida, que a descrição e a análise da higidez relativa ao pedido de qualquer benefício por incapacidade deve ser realizada
mediante prova técnica, a saber, perícia médica. Não há necessidade de oitiva de testemunhas e, por conseguinte, de realização de audiência
para o deslinde da controvérsia de fato quanto a esse ponto.
No caso dos autos, no laudo técnico anexado, o perito afirma que a parte autora, a despeito das doenças alegadas, não apresenta incapacidade
laborativa, estando apta para o exercício de suas atividades habituais (vide quesito de nº 5).
Pois bem, é bem verdade que o Julgador não está adstrito aos termos do Laudo Pericial (art. 479, CPC) – e sob este fundamento legal já
deixei, por vezes, de considerar a conclusão técnica-pericial. Entretanto, considerando-se a bem fundamentada conclusão do laudo, não vejo
razões para não acatá-lo. Ademais, não identifico nos autos outros elementos de prova que me convençam de forma diversa.
Portanto, tendo em vista a ausência de incapacidade da parte autora e a possibilidade de continuar a exercer suas atividades habituais, entendo
não haver os requisitos necessários que venham a ensejar a concessão dos benefícios de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez.
Ante o exposto, julgo improcedente o pedido formulado na inicial, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil.
ZIRLENE PEREIRA JARDIM promove a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, objetivando, em
síntese, a obtenção do benefício assistencial previsto no artigo 203, V, da Constituição Federal e no artigo 20 da Lei 8.742/93.
O INSS apresentou sua contestação, pugnando pela improcedência do pedido formulado na inicial.
O benefício assistencial de proteção aos deficientes e aos idosos que comprovem não possuir meios de prover o próprio sustento, ou de tê-lo
provido por sua família, está previsto no artigo 203, V, da Constituição Federal, in verbis:
“Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por
objetivos:
(...)
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de
prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.”
O benefício assistencial corresponde a um salário mínimo por mês e tem dois destinatários:
“§ 2º. Para efeito de concessão deste benefício, considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimentos de longo prazo de
natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva
na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.”
b) o idoso, cuja aferição se dá pela idade: a Lei 8.742/93 fixou inicialmente a idade de 70 anos (artigo 20, caput), reduzindo-a para 67 anos, a
partir de 01.01.98 (artigo 38), sendo que atualmente a idade mínima é de 65 anos, nos termos do artigo 34 do estatuto do idoso (Lei 10.741/03).
Além desses requisitos alternativos (ser portador de deficiência ou possuir mais de 65 anos de idade), o artigo 20, § 3º, da Lei 8.742/93 dispõe
que “considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa com deficiência ou idosa a família cuja renda mensal per capita seja inferior a ¼
do salário mínimo”.
Sobre este ponto, o Plenário do STF declarou, por maioria de votos, no julgamento do RE 567.985/MT, tendo como relator para o acórdão o
Ministro Gilmar Mendes, a inconstitucionalidade incidenter tantum do § 3º do artigo 20 da Lei nº 8.742/93.
“Benefício assistencial de prestação continuada ao idoso e ao deficiente. Art. 203, V, da Constituição. A Lei de Organização da Assistência
Social (LOAS), ao regulamentar o art. 203, V, da Constituição da República, estabeleceu os critérios para que o benefício mensal de um
salário mínimo seja concedido aos portadores de deficiência e aos idosos que comprovarem não possuir meios de prover a própria manutenção
ou de tê-la provida por sua família.
(...)
3. Decisões judiciais contrárias aos critérios objetivos preestabelecidos e Processo de Inconstitucionalização dos critérios definidos pela Lei
8.742/93. A decisão do Supremo Tribunal, entretanto, não pôs termo à controvérsia quanto à aplicação em concreto do critério da renda
familiar per capitã estabelecido pela LOAS. Como a lei permaneceu inalterada, elaboraram-se maneiras de se contornar o critério objetivo e
único estipulado pela LOAS e de se avaliar o real estado de miserabilidade social das famílias com entes idosos ou deficientes. Paralelamente,
foram editadas leis que estabeleceram critério mais elástico para a concessão de outros benefícios assistenciais, tais como: a Lei 10.836/04,
que criou o Bolsa Família; a Lei 10.689/2003, que instituiu o Programa Nacional de Acesso à Alimentação; a Lei 10.219/01, que criou o Bolsa
Escola; a Lei 9.533/97, que autoriza o Poder Executivo a conceder apoio financeiro a Municípios que instituírem programas de garantia de
renda mínima associados a ações socioeducativas. O Supremo Tribunal Federal, em decisões monocráticas, passou a rever anteriores
posicionamentos acerca da intransponibilidade do critério objetivo. Verificou-se a ocorrência do processo de inconstitucionalização decorrente
de notórias mudanças fáticas (políticas, econômicas e sociais) e judiciais (sucessivas modificações legislativas dos patamares econômicos
utilizados como critérios de concessão de outros benefícios assistenciais por parte do Estado brasileiro).
4. Declaração de inconstitucionalidade parcial, sem pronúncia de nulidade, do art. 20, § 3º, da Lei 8.742/93/1995.
Considerando, assim, o referido julgado, bem como a sinalização do STF quanto aos parâmetros a serem adotados, ou seja, as leis mais
recentes que criaram um critério mais elástico para a concessão de outros benefícios assistenciais, como, por exemplo, a Lei 9.533/97 (que
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 431/1770
autoriza o Poder Executivo a conceder apoio financeiro a municípios que instituírem programas de garantia de renda mínima associados a
ações socioeducativas), a Lei 10.219/01 (que criou o Bolsa Escola), a Lei 10.689/03 (que instituiu o Programa Nacional de Acesso à
Alimentação) e a Lei 10.836/04 (que criou o Bolsa Família), revejo minha posição anterior para considerar a renda per capita inferior a ½
salário mínimo (e não a ¼) como critério financeiro a ser observado para a aferição do requisito da miserabilidade.
Cabe assinalar, por fim, que os requisitos (idade ou deficiência e miserabilidade) devem ser comprovados cumulativamente, sendo certo que a
ausência do requisito etário ou da deficiência dispensa a análise do requisito da miserabilidade.
No caso concreto, o benefício assistencial postulado pela parte autora é o de proteção ao deficiente.
O perito judicial afirmou que a autora, que tem 41 anos, “é portadora de Transtorno Esquizoafetivo, condição essa que prejudica total e
temporariamente sua capacidade laboral. Sugiro reavaliação em vinte e quatro meses”.
Em resposta ao quesito 3 do Juízo, o perito afirmou que a autora apresenta impedimentos de longo prazo.
Por conseguinte, a autora preenche o requisito da deficiência previsto no § 2º, do artigo 20, da Lei 8.742/93.
Quanto ao requisito da miserabilidade, cumpre assinalar que o conceito de família, para cálculo da renda per capta, está definido no § 1º do
artigo 20 da Lei 8.742/93:
Por seu turno, o parágrafo único do artigo 34 da Lei 10.741/03 (Estatuto do Idoso) exclui do cálculo da renda familiar per capita o benefício
assistencial de proteção ao idoso já concedido a qualquer membro da família do requerente. Vejamos:
“Art. 34. Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos, que não possuam meios para prover sua subsistência, nem de tê-la provida por
sua família, é assegurado o benefício mensal de 1 (um) salário-mínimo, nos termos da Lei Orgânica da Assistência Social - Loas.”
Parágrafo único. O benefício já concedido a qualquer membro da família nos termos do caput não será computado para os fins do cálculo da
renda familiar per capita a que se refere o Loas.”
O Plenário do STF, entretanto, no julgamento do RE 580.963, declarou a inconstitucionalidade parcial, sem pronúncia de nulidade, do parágrafo
único do artigo 34 da Lei 10.741/03, para excluir, também, do cálculo da renda familiar per capita, o benefício assistencial de proteção ao
deficiente, bem como qualquer benefício previdenciário de até um salário mínimo pago ao idoso integrante do núcleo familiar do requerente,
diante da “inexistência de justificativa plausível para discriminação dos portadores de deficiência em relação aos idosos, bem como dos idosos
beneficiários da assistência social em relação aos idosos titulares de benefícios previdenciários no valor de até um salário mínimo”. (STF – RE
580.963 – Relator Ministro Gilmar Mendes, julgamento de 18.04.13)
a) o valor do benefício assistencial (de proteção ao idoso ou ao portador de deficiência) pago a qualquer membro da família da parte
requerente; e
b) qualquer benefício previdenciário, desde que seja de até um salário mínimo, pago a idoso integrante do núcleo familiar da parte requerente.
É evidente que, nestes casos, deve-se excluir, também, o membro da família (deficiente ou idoso que já tenha renda de um salário mínimo) do
número de pessoas a serem consideradas para o cálculo da renda per capita remanescente.
No caso concreto, consta do relatório socioeconômico que a requerente (que não tem renda) reside com seu companheiro (de 47 anos, que
recebe R$ 2.130,00 como rurícola em usina).
Assim, o núcleo familiar da parte requerente, para fins de apuração do critério financeiro, é de duas pessoas (a autora e o companheiro), com
renda mensal de R$ 2.130,00. Dividido este valor por dois, a renda per capita do grupo familiar da autora é de R$ 1.065,00, ou seja, superior a
um salário mínimo, o que, por si, já afasto o direito ao recebimento do benefício.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 432/1770
Não é só. consta do relatório socioeconômico que a autora e seu companheiro residem em imóvel próprio, composto por dois quartos, cozinha,
dois banheiros e área de serviço/lavanderia externa. Por conseguinte, a autora e o companheiro não possuem gastos com aluguel.
Conforme fotos apresentadas com o relatório da assistente social, é possível verificar que se trata de imóvel simples, com mobília também
simples, mas completa para uma vida digna, incluindo alguns bens relacionados pela assistente social, tais como fogão de 06 bocas, geladeira
(duplex, conforme foto), televisor de 29 polegadas, ventilador, chuveiro elétrico nos dois banheiros, tanquinho elétrico etc.
Observo, ainda, que a renda familiar declarada (R$ 2.130,00) é bem superior à soma das despesas também declaradas (R$ 1.238,43), sendo
que a assistente social concluiu expressamente que a situação da autora é de baixa vulnerabilidade econômica.
2- Dispositivo:
Vistos em inspeção.
SHIRLEI APARECIDA SEVERINO RICCI propôs a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -
INSS, visando à concessão de benefício previdenciário por incapacidade.
Preliminares
Rejeito as preliminares alegadas pelo INSS de forma genérica, em contestação-padrão depositada em secretaria para ações com pedido de
benefício previdenciário por incapacidade laboral, sem qualquer comprovação de aplicação no caso concreto.
Mérito
A análise para a concessão dos benefícios pleiteados implica a aferição de três requisitos básicos, quais sejam: a carência, em regra estipulada
pelo art. 25, I, da Lei 8.213/91, a qualidade de segurado, além do grau de intensidade e se é temporária ou permanente a incapacidade. Tais
requisitos devem estar preenchidos cumulativamente, ou seja, a falta de apenas um deles é suficiente para a improcedência do pedido.
Destaco, em seguida, que a descrição e a análise da higidez relativa ao pedido de qualquer benefício por incapacidade devem ser realizadas
mediante prova técnica, a saber, perícia médica. Não há necessidade de oitiva de testemunhas e, por conseguinte, de realização de audiência
para o deslinde da controvérsia de fato quanto a esse ponto.
No caso dos autos, no laudo técnico anexado, o perito afirma que a parte autora, a despeito das doenças alegadas, não apresenta incapacidade
laborativa, estando apta para o exercício de suas atividades habituais (vide quesito de nº 5).
Segundo os apontamentos do laudo, a parte autora é portadora de hipertensão, depressão, cervicalgia e lombalgia sem alteração motora ou da
raiz nervosa.
Pois bem, é bem verdade que o Julgador não está adstrito aos termos do Laudo Pericial (art. 479, CPC) – e sob este fundamento legal já
deixei, por vezes, de considerar a conclusão técnica-pericial. Entretanto, considerando-se a bem fundamentada conclusão do laudo, não vejo
Portanto, tendo em vista a ausência de incapacidade da parte autora e a possibilidade de continuar a exercer suas atividades habituais, entendo
não haver os requisitos necessários que venham a ensejar a concessão dos benefícios de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez.
Ante o exposto, julgo improcedente o pedido formulado na inicial, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil.
Vistos em inspeção.
LUZIA FLAVIA propôs a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS, visando à concessão de
benefício previdenciário por incapacidade.
Decido.
Preliminares
Rejeito as preliminares alegadas pelo INSS de forma genérica, em contestação-padrão depositada em secretaria para ações com pedido de
benefício previdenciário por incapacidade laboral, sem qualquer comprovação de aplicação no caso concreto.
Mérito
A análise para a concessão dos benefícios pleiteados implica a aferição de três requisitos básicos, quais sejam: a carência, em regra estipulada
pelo art. 25, I, da Lei 8.213/91, a qualidade de segurado, além do grau de intensidade e se é temporária ou permanente a incapacidade. Tais
requisitos devem estar preenchidos cumulativamente, ou seja, a falta de apenas um deles é suficiente para a improcedência do pedido.
Destaco, em seguida, que a descrição e a análise da higidez relativa ao pedido de qualquer benefício por incapacidade deve ser realizada
mediante prova técnica, a saber, perícia médica. Não há necessidade de oitiva de testemunhas e, por conseguinte, de realização de audiência
para o deslinde da controvérsia de fato quanto a esse ponto.
No caso dos autos, no laudo técnico anexado, o perito afirma que a parte autora, a despeito das doenças alegadas, não apresenta incapacidade
laborativa, estando apta para o exercício de suas atividades habituais (vide quesito de nº 5).
Cabe observar que, conforme se depreende do evento de n°20 destes autos, o laudo médico pericial foi integralmente ratificado.
Pois bem, é bem verdade que o Julgador não está adstrito aos termos do Laudo Pericial (art. 479, CPC) – e sob este fundamento legal já
deixei, por vezes, de considerar a conclusão técnica-pericial. Entretanto, considerando-se a bem fundamentada conclusão do laudo, não vejo
razões para não acatá-lo. Ademais, não identifico nos autos outros elementos de prova que me convençam de forma diversa.
Portanto, tendo em vista a ausência de incapacidade da parte autora e a possibilidade de continuar a exercer suas atividades habituais, entendo
não haver os requisitos necessários que venham a ensejar a concessão dos benefícios de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez.
Ante o exposto, julgo improcedente o pedido formulado na inicial, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil.
Trata-se de ação proposta por ALICE LEANDRO BELLO em face do Instituto Nacional do Seguro Social, objetivando a concessão do
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 434/1770
benefício de pensão por morte de sua filha, JOSELI CRISTINA LEANDRO BELLO, cujo óbito ocorreu em 16.10.2017.
Em síntese, o requerimento administrativo restou indeferido pela autarquia previdenciária sob o fundamento de que a autora não possuía
qualidade de dependente da segurada.
É o relatório. Decido.
1 – Requisitos legais
Os requisitos do benefício em questão defluem da análise sistemática dos artigos 74 e 16 da Lei nº 8.213-91. Além disso, embora não seja
necessária a carência para a pensão por morte (art. 26, I, da Lei nº 8.213-91), é imprescindível a demonstração de que o instituidor da pensão
almejada ostentava, na data em que faleceu, a qualidade de segurado.
Art. 74. A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data:
(Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997)
I - do óbito, quando requerida até noventa dias depois deste; (Redação pela Lei nº 13.183, de 2015)
II - do requerimento, quando requerida após o prazo previsto no inciso anterior; (Incluído pela Lei nº 9.528, de 1997)
III - da decisão judicial, no caso de morte presumida. (Incluído pela Lei nº 9.528, de 1997)
§ 1o Perde o direito à pensão por morte, após o trânsito em julgado, o condenado pela prática de crime de que tenha dolosamente resultado a
morte do segurado. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
§ 2o Perde o direito à pensão por morte o cônjuge, o companheiro ou a companheira se comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraude
no casamento ou na união estável, ou a formalização desses com o fim exclusivo de constituir benefício previdenciário, apuradas em processo
judicial no qual será assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou
que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
II - os pais;
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental
ou deficiência grave;(Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das classes seguintes.
§ 2º O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que comprovada a dependência econômica
na forma estabelecida no Regulamento. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997)
§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o segurado ou com a segurada, de
acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal.
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada.
Friso, ainda, que não há carência para a pensão por morte (art. 26, I, da Lei nº 8.213-91).
2 – Da qualidade de segurado
No caso dos autos, a instituidora ostentava a qualidade de segurada obrigatória, pois possuía um vínculo empregatício ativo na época do óbito.
3 – Da dependência econômica
Conforme se depreende da dicção do art. 16, caput, II, e § 4º, transcrito acima, a dependência dos pais em relação aos filhos deve ser
demonstrada.
Dispositivo
Ante o exposto, julgo improcedente o pedido formulado na inicial, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil. Defiro a gratuidade.
Publique-se. Intime-se. Ocorrendo o trânsito em julgado, dê-se baixa.
AILTON CÉSAR MARTINEZ promove a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL com o fim de
obter:
a) o reconhecimento de que exerceu atividade especial nos períodos de 12.12.1991 a 13.02.1995 e de 01.03.1997 a 18.04.2017, laborado nas
funções de atendente enfermagem e auxiliar de enfermagem, para Santa Casa de Misericórdia de São Simão e Prefeitura Municipal de São
Simão.
Citado, o INSS apresentou sua contestação, pugnando pela improcedência dos pedidos formulados na inicial.
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
1 – Atividade especial.
A aposentadoria especial é devida ao segurado que trabalhar de modo habitual e permanente, durante 15, 20 ou 25 anos (tempo este que
depende do tipo de atividade), em serviço que prejudique a saúde ou a integridade física, nos termos dos artigos 57 e 58 da Lei 8.213/91.
No entanto, se o segurado não exerceu apenas atividades especiais, o tempo de atividade especial será somado, após a respectiva conversão,
ao tempo de trabalho exercido em atividade comum, conforme § 5º do artigo 57 da Lei 8.213/91, para fins de concessão de aposentadoria por
tempo de contribuição.
O direito à conversão de tempo de atividade especial para comum não sofreu limitação no tempo.
De fato, em se tratando de atividades exercidas sob condições especiais que prejudicam a saúde ou a integridade física do trabalhador, a
norma contida no § 1º, do artigo 201 da Constituição Federal, com redação dada pela Emenda Constitucional nº 20/98, possibilita a adoção de
requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria, por meio de lei complementar.
Até que sobrevenha eventual inovação legislativa, possível apenas por meio de lei complementar, permanecem válidas as regras estampadas
nos artigos 57 e 58 da Lei 8.213/91, conforme artigo 15 da Emenda Constitucional nº 20/98, in verbis:
“Até que a lei complementar a que se refere o artigo 201, § 1º, da Constituição Federal, seja publicada, permanece em vigor o disposto nos
artigos 57 e 58 da Lei nº 8213/91, de 24 de julho de 1991, na redação vigente à data da publicação desta Emenda”.
Atualmente, os agentes considerados nocivos estão arrolados no Anexo IV, do Decreto 3.048/99. Acontece que a caracterização e a
comprovação do tempo de atividade especial devem observar o disposto na legislação em vigor na época da prestação do serviço, nos termos
do § 1º do artigo 70 do referido Decreto 3.048/99.
Assim, é importante destacar que os Decretos 53.831/64 e 83.080/79 tiveram vigência, com força nos Decretos 357/91 e 611/92, até a edição
do Decreto 2.172, de 05.03.97, que deixou de listar atividades especiais com base na categoria profissional.
Desta forma, é possível o enquadramento de atividades exercidas até 05.03.97 como especiais, com base na categoria profissional, desde que
demonstrado que exerceu tal atividade.
O PPP deve ser assinado pela empresa ou pelo seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho (LTCAT)
expedido por médico do trabalho ou por engenheiro de segurança do trabalho, conforme § 1º do artigo 58 da Lei 8.213/91.
Por conseguinte, o PPP também deve conter o carimbo da empresa e o nome do responsável técnico pela elaboração do LTCAT utilizado
para a emissão do referido formulário previdenciário.
Com relação especificamente ao agente nocivo “ruído”, a jurisprudência atual do STJ, com base nos Decretos 53.831/64, 83.080/79, 2.172/97,
3.048/99 e 4.882/03, e que sigo, é no sentido de que uma atividade pode ser considerada especial quando o trabalhador tiver desempenhado
sua função, com exposição habitual e permanente, a ruído superior à seguinte intensidade: a) até 05/03/1997 – 80 dB(A); b) de 06/03/1997 a
18/11/2003 – 90 dB(A); e c) a partir de 19/11/2003 – 85 dB(A).
Anoto, por oportuno, que a simples disponibilização ou utilização de equipamentos de proteção individual (EPI) não afasta a natureza especial
da atividade, conforme reiterada jurisprudência da TNU.
Súmula 50. É possível a conversão do tempo de serviço especial em comum do trabalho prestado em qualquer período.
Súmula 55. A conversão do tempo de atividade especial em comum deve ocorrer com aplicação do fator multiplicativo em vigor na data da
concessão da aposentadoria.
No caso concreto, a parte autora pretende o reconhecimento de que exerceu atividade especial nos períodos de 12.12.1991 a 13.02.1995 e de
01.03.1997 a 18.04.2017, laborado nas funções de atendente enfermagem e auxiliar de enfermagem, para Santa Casa de Misericórdia de São
Simão e Prefeitura Municipal de São Simão.
O autor faz jus à contagem do período de 12.12.1991 a 13.02.1995 e 01.03.1997 a 05.03.1997 como tempo de atividade especial, com base no
enquadramento por categoria profissional (atendente de enfermagem, conforme CTPS), nos termos do item 2.1.3 do Decreto 53.831/64.
No entanto, o autor não faz jus ao reconhecimento do período de 06.03.1997 a 18.04.2017 como tempo de atividade especial, em razão de sua
exposição a agentes biológicos, eis que as atividades descritas no PPP apresentado são genéricas e não demonstram as efetivas tarefas
executadas pelo autor:
“Desempenham atividades técnicas de enfermagem em hospitais, clínicas e outros estabelecimento de assistência médica, embarcações e
domicílios; Atuam em cirurgia, terapia, puericultura, pediatria, psiquiatria, obstetrícia, saúde ocupacional e outras áreas; prestam assistência ao
paciente, atuando sob supervisão de enfermeiro; desemprenham tarefas de instrumentação cirúrgica, posicionando de forma adequada o
paciente e o instrumental, o qual passa ao cirurgião, organizam ambiente de trabalho, dão continuidade aos plantões, trabalham em
conformidade às boas práticas, normas e procedimentos de biossegurança, realizam registros e elaboram relatórios técnicos; comunica-se com
pacientes e familiares e com a equipe de saúde”.
Assim, uma vez que não comprovada as efetivas atividades realizadas pelo autor, o autor não comprovou que exerceu suas atividades com
exposição, habitual e permanente, a agentes biológicos, pelo manuseio de objetos ou materiais potencialmente infectados.
Destaco, por oportuno, que não cabe a realização de perícia, em ação previdenciária, para verificar se as informações contidas no PPP, estão
ou não corretas, até porque cabe à parte autora providenciar junto ao ex-empregador a documentação pertinente e hábil para a comprovação
de sua exposição a agentes agressivos, inclusive, em havendo necessidade, mediante reclamação trabalhista, eis que o TST já reconheceu a
competência da Justiça do Trabalho para declarar que a atividade laboral prestada por empregado é nociva à saúde e obrigar o empregador a
fornecer a documentação hábil ao requerimento da aposentadoria especial (TST – AIRR – 60741-19.2005.5.03.0132, 7ª Turma, Rel. Min.
Convocado Flávio Portinho Sirangelo, DJE 26.11.2010).
2 – pedido de aposentadoria.
Tendo em vista o que acima foi decidido, bem como o já considerado na esfera administrativa, a parte autora possuía, conforme planilha da
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 437/1770
contadoria, 28 anos, 09 meses e 26 dias de tempo de contribuição até a DER (18.04.2017), o que não é suficiente para a obtenção da
aposentadoria por tempo de contribuição.
Observo que mesmo considerando eventuais contribuições da autora até a data da citação, quando o INSS tomou ciência da presente ação,
ainda assim o tempo a ser acrescido será insuficiente para a obtenção da aposentadoria pretendida.
DISPOSITIVO
Ante o exposto, julgo PARCIALMENTE PROCEDENTES os pedidos da parte autora para condenar o INSS a averbar os períodos de
12.12.1991 a 13.02.1995 e de 01.03.1997 a 05.03.1997 como tempos de atividade especial, com conversão em tempos de atividade comum.
Sem custas e, nesta instância, sem honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
SERGIO BRUNO DOMINGOS DE OLIVEIRA promove a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL
com o fim de obter:
a) o reconhecimento de que exerceu atividades especiais nos períodos de 01.07.1985 a 30.11.1986, 08.07.1989 a 29.03.1990, 30.03.1990 a
09.02.1994 e 07.01.1997 a 01.04.2000, na função de médico, para Prefeitura Municipal de Orlândia/SP; e nos períodos de 01.12.1986 a
31.03.1987, 01.04.1987 a 07.07.1989, 10.02.1994 a 06.01.1997 e 02.04.2000 até os dias atuais na qualidade médico, contribuinte individual.
Citado, o INSS apresentou sua contestação, pugnando pela improcedência dos pedidos formulados na inicial.
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
1 – Atividade especial.
A aposentadoria especial é devida ao segurado que trabalhar de modo habitual e permanente, durante 15, 20 ou 25 anos (tempo este que
depende do tipo de atividade), em serviço que prejudique a saúde ou a integridade física, nos termos dos artigos 57 e 58 da Lei 8.213/91.
No entanto, se o segurado não exerceu apenas atividades especiais, o tempo de atividade especial será somado, após a respectiva conversão,
ao tempo de trabalho exercido em atividade comum, conforme § 5º do artigo 57 da Lei 8.213/91, para fins de concessão de aposentadoria por
tempo de contribuição.
O direito à conversão de tempo de atividade especial para comum não sofreu limitação no tempo.
De fato, em se tratando de atividades exercidas sob condições especiais que prejudicam a saúde ou a integridade física do trabalhador, a
norma contida no § 1º, do artigo 201 da Constituição Federal, com redação dada pela Emenda Constitucional nº 20/98, possibilita a adoção de
requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria, por meio de lei complementar.
Até que sobrevenha eventual inovação legislativa, possível apenas por meio de lei complementar, permanecem válidas as regras estampadas
nos artigos 57 e 58 da Lei 8.213/91, conforme artigo 15 da Emenda Constitucional nº 20/98, in verbis:
“Até que a lei complementar a que se refere o artigo 201, § 1º, da Constituição Federal, seja publicada, permanece em vigor o disposto nos
artigos 57 e 58 da Lei nº 8.213/91, de 24 de julho de 1991, na redação vigente à data da publicação desta Emenda”.
Atualmente, os agentes considerados nocivos estão arrolados no Anexo IV, do Decreto 3.048/99. Acontece que a caracterização e a
comprovação do tempo de atividade especial devem observar o disposto na legislação em vigor na época da prestação do serviço, nos termos
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 438/1770
do § 1º do artigo 70 do referido Decreto 3.048/99.
Assim, é importante destacar que os Decretos 53.831/64 e 83.080/79 tiveram vigência, com força nos Decretos 357/91 e 611/92, até a edição
do Decreto 2.172, de 05.03.97, que deixou de listar atividades especiais com base na categoria profissional.
Desta forma, é possível o enquadramento de atividades exercidas até 05.03.97 como especiais, com base na categoria profissional, desde que
demonstrado que exerceu tal atividade.
Ressalto, entretanto, que para o agente nocivo “ruído” sempre se exigiu laudo técnico, independentemente da época em que o labor foi
prestado. Já para período a partir de 06.03.97 (data da edição do Decreto 2.172/97) é necessária a comprovação da exposição habitual e
permanente, inclusive, com apresentação de formulário previdenciário, que atualmente é o PPP.
O PPP deve ser assinado pela empresa ou pelo seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho (LTCAT)
expedido por médico do trabalho ou por engenheiro de segurança do trabalho, conforme § 1º do artigo 58 da Lei 8.213/91.
Por conseguinte, o PPP também deve conter o carimbo da empresa e o nome do responsável técnico pela elaboração do LTCAT utilizado
para a emissão do referido formulário previdenciário.
Com relação especificamente ao agente nocivo “ruído”, a jurisprudência atual do STJ, com base nos Decretos 53.831/64, 83.080/79, 2.172/97,
3.048/99 e 4.882/03, e que sigo, é no sentido de que uma atividade pode ser considerada especial quando o trabalhador tiver desempenhado
sua função, com exposição habitual e permanente, a ruído superior à seguinte intensidade: a) até 05/03/1997 – 80 dB(A); b) de 06/03/1997 a
18/11/2003 – 90 dB(A); e c) a partir de 19/11/2003 – 85 dB(A).
Anoto, por oportuno, que a simples disponibilização ou utilização de equipamentos de proteção individual (EPI) não afasta a natureza especial
da atividade, conforme reiterada jurisprudência da TNU.
Súmula 50. É possível a conversão do tempo de serviço especial em comum do trabalho prestado em qualquer período.
Súmula 55. A conversão do tempo de atividade especial em comum deve ocorrer com aplicação do fator multiplicativo em vigor na data da
concessão da aposentadoria.
No caso concreto, a parte autora pretende o reconhecimento de que exerceu atividades especiais nos períodos de 01.07.1985 a 30.11.1986,
08.07.1989 a 29.03.1990, 30.03.1990 a 09.02.1994 e 07.01.1997 a 01.04.2000, na função de médico, para Prefeitura Municipal de Orlândia/SP;
e nos períodos de 01.12.1986 a 31.03.1987, 01.04.1987 a 07.07.1989, 10.02.1994 a 06.01.1997 e 02.04.2000 até os dias atuais na qualidade
médico, contribuinte individual.
Considerando os Decretos acima já mencionados e a CTPS apresentada, a parte autora faz jus à contagem dos períodos de 01.07.1985 a
30.11.1986 e de 08.07.1989 a 29.03.1990, como tempos de atividade especial, passíveis de enquadramento pela categoria profissional de
médico, conforme item 2.1.3 do quadro anexo ao Decreto 83.080/1979.
No que se refere aos períodos de 30.03.1990 a 09.02.1994 e 07.01.1997 a 01.04.2000, consta dos autos declaração da Prefeitura Municipal de
Orlândia informando que o autor foi servidor público estatutário, vinculado a Regime Próprio de Previdência Social (fl. 24 do evento 02).
Pois bem. O artigo 96, I, da Lei 8.213/91 veda a conversão de tempo de atividade especial em comum para fins de contagem recíproca:
Art. 96. O tempo de contribuição ou de serviço de que trata esta Seção será contado de acordo com a legislação pertinente, observadas as
normas seguintes:
I - não será admitida a contagem em dobro ou em outras condições especiais;
(...)
Por conseguinte, o autor não faz jus à contagem dos períodos de 30.03.1990 a 09.02.1994 e 07.01.1997 a 01.04.2000 como tempos de
atividade especial para fins de contagem recíproca.
b) Contribuinte individual:
Inicialmente, destaco que o INSS não reconheceu nem mesmo como tempo comum os períodos de 01.01.1995 a 28.02.1995, 01.02.2001 a
28.02.2001, 01.10.2005 a 31.10.2005, 01.01.2013 a 31.01.2013, 01.01.2015 a 31.03.2015 e 01.10.2017 a 04.10.2017.
No que se refere aos intervalos de 01.01.1995 a 28.02.1995, 01.02.2001 a 28.02.2001, o autor não comprovou o efetivo recolhimento de
contribuições previdenciárias.
Quanto ao intervalo de 01.10.2005 a 31.10.2005, consta do CNIS contribuição ao autor como contribuinte individual, com anotação de
pendência PREM-EXT (remuneração informada fora do prazo, passível de comprovação).
Sobre este ponto, ressalto que o simples atraso no envio das GFIP’s não impede a contagem de tempos de contribuição, desde que
demonstrados que os recolhimentos ocorreram em seus tempos oportunos, ou, em se tratando de recolhimentos extemporâneos, que o autor
tenha comprovado o efetivo exercício de atividade de contribuinte individual.
O período controvertido corresponde ao Hospital Beneficente Santo Antônio. Conforme extrato GFIP (evento 19), o autor se enquadrava na
categoria 13, referente ao “Contribuinte individual – Trabalhador autônomo ou a este equiparado, inclusive o operador de máquina, com
contribuição sobre remuneração; trabalhador associado à cooperativa de produção”.
A pesquisa GFIP anexada aos autos demonstra que a contribuição previdenciária da competência em análise foi realizada sob a alíquota de
20% (evento 19) e sobre valor consideravelmente superior ao mínimo legal. Logo, em que pese não constar dos autos a GPS correspondente
para fins de avaliação da contemporaneidade do pagamento da contribuição previdenciária, o fato é que o autor comprovou exercer a
atividade profissional de médico, conforme documentos de fls. 13/18 do evento 02.
Assim, o autor faz jus ao cômputo da competência 10.2005 como tempo de contribuição.
Quanto às competências 01.01.2013 a 31.01.2013 e 01.01.2015 a 31.03.2015, consta do CNIS a anotação de pendência PREC-MENOR-MIN
(recolhimentos abaixo do valor mínimo). Nada há nos autos que demonstre haver o autor complementado os valores das contribuições, de
forma que não faz jus ao cômputo dos períodos em destaque como tempo de contribuição.
Com relação ao intervalo de 01.10.2017 a 04.10.2017, verifico que a GFIP correspondente foi enviada em 01.11.2017, após a DER do
benefício pretendido (evento 20). No entanto, o indeferimento administrativo ocorreu em 14/05/2018 (fl. 35 do evento 11), de modo que nada
obsta seja acrescido ao tempo de contribuição do autor.
Para comprovar o labor na profissão de médico, como atividade especial, o autor apresentou:
Logo, o autor faz jus ao reconhecimento dos períodos de 01.12.1986 a 31.03.1987, 01.06.1987 a 07.07.1989, 10.02.1994 a 31.12.1994 e de
01.03.1995 a 06.01.1997, como atividade especial, conforme enquadramento no item 2.1.3 do quadro anexo ao Decreto 83.080/1979.
Relativamente aos períodos de 02.04.2000 a 31.01.2001, 01.03.2001 a 31.05.2003, 01.06.2003 a 31.12.2012, 01.02.2013 a 31.12.2014 e
01.04.2015 a 04.10.2017, anoto, inicialmente, que acerca da possibilidade de reconhecimento do exercício de atividade especial pelo
contribuinte individual já decidiu a Turma Nacional de Uniformização:
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 440/1770
“Súmula 62: O segurado contribuinte individual pode obter reconhecimento de atividade especial para fins previdenciários, desde que consiga
comprovar exposição a agentes nocivos à saúde ou à integridade física”.
Pois bem. Foram apresentados PPP e LTCAT, firmados por engenheiro de segurança do trabalho e encomendados pela própria parte autora;
os quais seriam insuficientes, isoladamente, para a comprovação da atividade especial.
A documentação apresentada a fim de demonstrar a atividade de médico exercida pelo autor, no entanto, não se mostra suficiente para
corroborar o laudo apresentado.
Consta do PPP, realizado e assinado pelo próprio autor com base em Laudo encomendado pelo mesmo, que as atividades do autor consistiam
em: “(...) além de efetivar trabalhos administrativos, realiza atividades de consultas e atendimentos médicos com efetivação de atividades de
ginecologia e obstetrícia a diversos pacientes para implementação de ações preventivas a doenças, como também determinação de ações para
combate de doenças determinadas e analisadas durante suas consultas, tendo contato com diversos tipos de patologias durante sua atividade
cotidiana”.
A análise dos documentos não permite identificar o exercício da atividade de médico pelo autor em estabelecimento de saúde (hospitais, postos
de saúde) ou em situações de que efetivamente estaria o autor exposto a agentes nocivos à sua saúde e à sua integridade física. Além disso,
são documentos produzidos pela própria parte interessada, de modo que não possuem valor de prova documental, mas de mero testemunho
reduzido a escrito e sem o contraditório, e não estão acompanhados de outras provas a demonstrar a alegada atividade exercida em condições
especiais nos moldes exigidos pela legislação.
Portanto, o autor não faz jus ao cômputo dos períodos de 02.04.2000 a 31.01.2001, 01.03.2001 a 31.05.2003, 01.06.2003 a 31.12.2012,
01.02.2013 a 31.12.2014 e 01.04.2015 a 04.10.2017 como tempos de atividade especial.
Tendo em vista o que acima foi decidido, bem como o já considerado na esfera administrativa, a parte autora possuía, conforme planilha da
contadoria, 35 anos, 01 mês e 18 dias de tempo de contribuição até a DER (04.10.2017), o que é suficiente para a obtenção da aposentadoria
por tempo de contribuição.
Observo que na data do requerimento administrativo estava em vigor a Lei 13.183/15, que alterou o art. 29-C da Lei nº 8.213/91, nos seguintes
termos:
“Art. 29-C. O segurado que preencher o requisito para a aposentadoria por tempo de contribuição poderá optar pela não incidência do fator
previdenciário no cálculo de sua aposentadoria, quando o total resultante da soma de sua idade e de seu tempo de contribuição, incluídas as
frações, na data de requerimento da aposentadoria, for:
I - igual ou superior a noventa e cinco pontos, se homem, observando o tempo mínimo de contribuição de trinta e cinco anos; ou
II - igual ou superior a oitenta e cinco pontos, se mulher, observando o tempo mínimo de contribuição de trinta anos.”
Considerando que o autor nasceu 11.02.1961, tem-se que contava, na data da DER (04.10.2017), com 56 anos, 07 meses e 24 dias de idade,
conforme apurado pela contadoria judicial.
Assim, somado o tempo de contribuição ora apurado com a idade do autor, chega-se ao total de 91 anos, 09 meses e 12 dias, de modo que não
foi preenchido o requisito legal.
Logo, a parte autora faz jus à percepção de aposentadoria por tempo de contribuição no importe de 100% de seu salário-de-benefício, desde a
data da DER (04.10.2017), com incidência do fator previdenciário.
DISPOSITIVO
Ante o exposto, julgo PARCIALMENTE PROCEDENTES os pedidos da parte autora para condenar o INSS a:
2 – averbar os períodos de 01.07.1985 a 30.11.1986 e 08.07.1989 a 29.03.1990 (Prefeitura Municipal de Orlândia) e 01.12.1986 a 31.03.1987,
01.06.1987 a 07.07.1989, 10.02.1994 a 31.12.1994 e 01.03.1995 a 06.01.1997 (contribuinte individual) como tempos de atividade especial, com
conversão em tempos de atividade comum.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 441/1770
2 – implantar o benefício de aposentadoria por tempo de contribuição em favor da parte autora, no importe de 100% do seu salário-de-
benefício, desde a data do requerimento administrativo (04.10.2017), considerando para tanto 35 anos, 01 mês e 18 dias de tempo de
contribuição, já somado neste total o acréscimo da conversão dos períodos reconhecidos nesta sentença como atividade especial em tempos
de atividade comum.
As parcelas vencidas deverão ser atualizadas, desde o momento em que devidas, nos termos da Resolução CJF 267/13.
Ressalto, por oportuno, que o Ministro Luiz Fux conferiu efeito suspensivo aos embargos de declaração interpostos pelos entes federativos
estaduais em face do acórdão proferido no RE 870.947.
No caso em questão, entretanto, o critério fixado para a atualização monetária não tem por fundamento o acórdão proferido no RE 870.947,
mas apenas a Resolução CJF 267/13, que se encontra em vigor, sem qualquer notícia de suspensão de sua aplicação.
Considerando que a parte autora conta com apenas 58 anos de idade e poderá receber todos os atrasados após o trânsito em julgado da
sentença, não vislumbro o perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo em se aguardar o trânsito em julgado. Ademais, a 1ª Seção
do STJ já decidiu, nos autos do REsp 1.401.560, em sede de julgamento de recurso repetitivo, nos termos do artigo 543-C do CPC, que “a
reforma da decisão que antecipa a tutela obriga o autor da ação a devolver os benefícios previdenciários indevidamente recebidos”. Por
conseguinte, indefiro o pedido de antecipação de tutela. A implantação do benefício deverá ocorrer apenas após o trânsito em julgado da
sentença.
Sem custas e, nesta instância, sem honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
CÉLIO FRANCO DA SILVA promove a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, com o fim de
obter:
a) o reconhecimento de que exerceu atividade especial nos períodos de 03.10.1983 a 07.07.1992 e 01.08.2000 a 26.04.2017, nas funções de
auxiliar marcenaria e marceneiro, para as empresas J. Mikawa & Cia Ltda e M’S System Indústria e Comércio Ltda.
Citado, o INSS apresentou sua contestação, pugnando pela improcedência dos pedidos formulados na inicial.
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
1 – Atividade especial.
A aposentadoria especial é devida ao segurado que trabalhar de modo habitual e permanente, durante 15, 20 ou 25 anos (tempo este que
depende do tipo de atividade), em serviço que prejudique a saúde ou a integridade física, nos termos dos artigos 57 e 58 da Lei 8.213/91.
No entanto, se o segurado não exerceu apenas atividades especiais, o tempo de atividade especial será somado, após a respectiva conversão,
ao tempo de trabalho exercido em atividade comum, conforme § 5º do artigo 57 da Lei 8.213/91, para fins de concessão de aposentadoria por
tempo de contribuição.
O direito à conversão de tempo de atividade especial para comum não sofreu limitação no tempo.
De fato, em se tratando de atividades exercidas sob condições especiais que prejudicam a saúde ou a integridade física do trabalhador, a
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 442/1770
norma contida no § 1º, do artigo 201 da Constituição Federal, com redação dada pela Emenda Constitucional nº 20/98, possibilita a adoção de
requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria, por meio de lei complementar.
Até que sobrevenha eventual inovação legislativa, possível apenas por meio de lei complementar, permanecem válidas as regras estampadas
nos artigos 57 e 58 da Lei 8.213/91, conforme artigo 15 da Emenda Constitucional nº 20/98, in verbis:
“Até que a lei complementar a que se refere o artigo 201, § 1º, da Constituição Federal, seja publicada, permanece em vigor o disposto nos
artigos 57 e 58 da Lei nº 8213/91, de 24 de julho de 1991, na redação vigente à data da publicação desta Emenda”.
Atualmente, os agentes considerados nocivos estão arrolados no Anexo IV, do Decreto 3.048/99. Acontece que a caracterização e a
comprovação do tempo de atividade especial devem observar o disposto na legislação em vigor na época da prestação do serviço, nos termos
do § 1º do artigo 70 do referido Decreto 3.048/99.
Assim, é importante destacar que os Decretos 53.831/64 e 83.080/79 tiveram vigência, com força nos Decretos 357/91 e 611/92, até a edição
do Decreto 2.172, de 05.03.97, que deixou de listar atividades especiais com base na categoria profissional.
Desta forma, é possível o enquadramento de atividades exercidas até 05.03.97 como especiais, com base na categoria profissional, desde que
demonstrado que exerceu tal atividade.
Ressalto, entretanto, que para o agente nocivo “ruído” sempre se exigiu laudo técnico, independentemente da época em que o labor foi
prestado. Já para período a partir de 06.03.97 (data da edição do Decreto 2.172/97) é necessária a comprovação da exposição habitual e
permanente, inclusive, com apresentação de formulário previdenciário, que atualmente é o PPP.
O PPP deve ser assinado pela empresa ou pelo seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho (LTCAT)
expedido por médico do trabalho ou por engenheiro de segurança do trabalho, conforme § 1º do artigo 58 da Lei 8.213/91.
Por conseguinte, o PPP também deve conter o carimbo da empresa e o nome do responsável técnico pela elaboração do LTCAT utilizado
para a emissão do referido formulário previdenciário.
Com relação especificamente ao agente nocivo “ruído”, a jurisprudência atual do STJ, com base nos Decretos 53.831/64, 83.080/79, 2.172/97,
3.048/99 e 4.882/03, e que sigo, é no sentido de que uma atividade pode ser considerada especial quando o trabalhador tiver desempenhado
sua função, com exposição habitual e permanente, a ruído superior à seguinte intensidade: a) até 05/03/1997 – 80 dB(A); b) de 06/03/1997 a
18/11/2003 – 90 dB(A); e c) a partir de 19/11/2003 – 85 dB(A).
Anoto, por oportuno, que a simples disponibilização ou utilização de equipamentos de proteção individual (EPI) não afasta a natureza especial
da atividade, conforme reiterada jurisprudência da TNU.
Súmula 50. É possível a conversão do tempo de serviço especial em comum do trabalho prestado em qualquer período.
Súmula 55. A conversão do tempo de atividade especial em comum deve ocorrer com aplicação do fator multiplicativo em vigor na data da
concessão da aposentadoria.
No caso concreto, a parte autora pretende o reconhecimento de que exerceu atividade especial nos períodos de 03.10.1983 a 07.07.1992 e
01.08.2000 a 26.04.2017, nas funções de auxiliar marcenaria e marceneiro, para as empresas J. Mikawa & Cia Ltda e M’S System Indústria
e Comércio Ltda.
a) 03.10.1983 a 07.07.1992:
O autor não faz jus ao reconhecimento do período de 03.10.1983 a 07.07.1992 como tempo de atividade especial.
Nesse particular, verifico que o autor informou que a ex-empregadora encerrou suas atividades e apresentou laudo elaborado no interesse do
Sindicato dos Oficiais Marceneiros e Trabalhadores nas Indústrias de móveis de madeira, junco, vime e de vassouras de Ribeirão Preto.
No entanto, não é possível verificar a quais agentes agressivos, apontados no referido laudo, o autor esteve efetivamente exposto, eis que o
documento é genérico para todos os trabalhadores de cada setor. Pelas informações constantes dos autos não se pode identificar em qual
setor o autor trabalhou.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 443/1770
Observo, ademais, que a realização de perícia no local em que o labor foi desenvolvido, não é possível, eis que a empresa já encerrou suas
atividades.
Também não se pode admitir a realização de perícia por similaridade, uma vez que não se tem qualquer dado objetivo que permita concluir que
se poderá encontrar em outra empresa as mesmas características daquela em que a parte autora desenvolveu suas tarefas, sobretudo, no
tocante ao espaço físico, à quantidade e à qualidade dos maquinários, ao número de empregados, ao porte da empresa, à demanda de
produção etc, fatores estes que certamente diferenciam uma e outra empresa com relação aos agentes nocivos (e respectivas intensidades) a
que seus trabalhadores estão ou estiveram expostos.
b) 01.08.2000 a 26.04.2017:
Inicialmente, anoto que relativamente ao período de 01.08.2000 a 26.04.2017 proferi o seguinte despacho:
“Intime-se o autor a apresentar cópia do LTCAT relativo ao período em que trabalhou na empresa MS System Indústria e Comércio Ltda, no
prazo de 10 dias.”
Em resposta, o autor apresentou LTCAT´s referentes aos anos 2004, 2006 e 2018. Todos os laudos informam a exposição do autor a ruídos de
89,26 dB(A) e poeiras (evento 15).
O PPP apresentado (fl. 66 do evento 02), por sua vez, aponta a exposição a ruídos de 91,3 dB(A), mencionando embasamento em laudo do
ano de 2012.
Assim, está evidenciado que houve variação nos níveis de ruído, de forma que para os intervalos de 01.08.2000 a 31.12.2011 e 01.01.2013 a
26.04.2017 devem ser consideradas as informações constantes dos LTCAT´s, e com relação ao ano de 2012, as informações do PPP
apresentado.
Logo, o autor faz jus ao reconhecimento dos períodos de 19.11.2003 a 31.12.2011 (89,26 dB(A)), 01.01.2012 a 31.12.2012 (91,3 dB(A)) e
01.01.2013 a 26.04.2017 (89,26 dB(A)) como tempos de atividade especial, em razão de sua exposição a ruídos, sendo enquadrados no item
2.0.1 do quadro anexo ao Decreto 3.048/99.
Não faz jus, entretanto, ao reconhecimento do período de 01.08.2000 a 18.11.2003 (89,26 dB(A)) como tempo de atividade especial, eis que o
nível de ruído informado é inferior ao exigido pela legislação previdenciária. No que se refere às poeiras, a exposição genérica também não
permite o reconhecimento da especialidade pretendida.
Tendo em vista o que acima foi decidido, bem como o já considerado na esfera administrativa, a parte autora possuía, conforme planilha da
contadoria, 41 anos, 04 meses e 16 dias de tempo de contribuição até a DER (27.07.2017), o que é suficiente para a obtenção da
aposentadoria por tempo de contribuição.
Observo que na data do requerimento administrativo acima, estava em vigor a Lei 13.183/15, que alterou o art. 29-C da Lei nº 8.213/91, nos
seguintes termos:
“Art. 29-C. O segurado que preencher o requisito para a aposentadoria por tempo de contribuição poderá optar pela não incidência do fator
previdenciário no cálculo de sua aposentadoria, quando o total resultante da soma de sua idade e de seu tempo de contribuição, incluídas as
frações, na data de requerimento da aposentadoria, for:
I - igual ou superior a noventa e cinco pontos, se homem, observando o tempo mínimo de contribuição de trinta e cinco anos; ou
II - igual ou superior a oitenta e cinco pontos, se mulher, observando o tempo mínimo de contribuição de trinta anos.”
Considerando que nasceu em 09.10.1962, o autor contava, na DER (27.07.2017), com 54 anos, 09 meses e 19 dias de idade, conforme
apurado pela contadoria judicial.
Assim, somado o tempo de contribuição ora apurado com a idade do autor, chega-se ao total de 96 anos, 02 meses e 05 dias, de modo que foi
preenchido o requisito legal.
Assim, a parte autora faz jus à percepção de aposentadoria por tempo de contribuição no importe de 100% de seu salário-de-benefício, desde
a data do requerimento administrativo (27.07.2017), sem a incidência do fator previdenciário.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 444/1770
DISPOSITIVO
Ante o exposto, julgo PARCIALMENTE PROCEDENTES os pedidos da parte autora para condenar o INSS a:
1 – averbar os períodos de 19.11.2003 a 31.12.2011, 01.01.2012 a 31.12.2012 e 01.01.2013 a 26.04.2017 como tempos de atividade especial,
com conversão em tempos de atividade comum.
2 – implantar o benefício de aposentadoria por tempo de contribuição em favor da parte autora, no importe de 100% do seu salário-de-
benefício e sem a incidência do fator previdenciário, desde a data do requerimento administrativo (27.07.2017), considerando para tanto 41
anos, 04 meses e 16 dias de tempo de contribuição.
As parcelas vencidas deverão ser atualizadas, desde o momento em que devidas, nos termos da Resolução nº 267/2013 do CJF (manual de
cálculos da Justiça Federal).
Ressalto, por oportuno, que o Ministro Luiz Fux conferiu efeito suspensivo aos embargos de declaração interpostos pelos entes federativos
estaduais em face do acórdão proferido no RE 870.947.
No caso em questão, entretanto, o critério fixado para a atualização monetária não tem por fundamento o acórdão proferido no RE 870.947,
mas apenas a Resolução CJF 267/13, que se encontra em vigor, sem qualquer notícia de suspensão de sua aplicação.
Considerando que a parte autora possui apenas 56 anos e poderá receber todos os atrasados após o trânsito em julgado da sentença, não
vislumbro o perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo em se aguardar o trânsito em julgado. Ademais, o § 3º do artigo 300 do
CPC dispõe que “a tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da
decisão”, sendo que a 1ª Seção do STJ já decidiu, nos autos do REsp 1.401.560, em sede de julgamento de recurso repetitivo, nos termos do
artigo 543-C do CPC, que “a reforma da decisão que antecipa a tutela obriga o autor da ação a devolver os benefícios previdenciários
indevidamente recebidos”. Por conseguinte, indefiro o pedido de antecipação de tutela. A implantação do benefício deverá ocorrer apenas
após o trânsito em julgado da sentença.
Sem custas e, nesta instância, sem honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
Vistos em inspeção.
Trata-se de pedido de aposentadoria por tempo de contribuição, formulado por LUIS CARLOS SEPRYANO em face do INSS.
Requer a contagem dos períodos descritos na petição inicial laborados em atividade especial, com posterior conversão em atividade comum.
Decido.
Do objeto da controvérsia
Inicialmente, há que se ressaltar que a presente sentença cingir-se-á à análise dos tempos de serviço efetivamente controvertidos na esfera
administrativa, de acordo com o apurado pela contadoria deste juízo na planilha anexa, que reproduz a contagem realizada pela autarquia por
ocasião do requerimento do benefício. Desse modo, serão mencionados apenas os tempos objeto de controvérsia, a despeito de eventual
pedido de reconhecimento de tempo de serviço mencionado na inicial e ora não mencionado.
Atividade especial.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 445/1770
Conforme entendimento da Turma Nacional de Uniformização, até 5.3.97, data do advento do Decreto nº 2.172/97, deve ser levada em
consideração a disciplina contida nos Decretos nº 53.831-64 e nº 83.080-79, para efeito de comprovação de atividade especial (PEDILEF nº
200783005072123, Rel. Juíza Federal Joana Carolina Lins Pereira).
A exigência de laudo técnico advém da Lei nº 9.528-97, resultante de conversão da Medida Provisória nº 1.523-96.
Para o tempo de serviço exercido anteriormente à vigência do mencionado diploma legal, o enquadramento se fazia conforme a atividade
profissional do segurado. Havia uma relação anexa ao regulamento de benefícios, onde constava a lista de atividades profissionais e os
agentes nocivos considerados especiais. A ausência da atividade da lista, no entanto, não afastava eventual direito à aposentadoria especial,
desde que demonstrado, na situação concreta, o risco da profissão.
A previsão acerca dos agentes agressivos deve estar contida na legislação previdenciária, tendo em vista que esse ramo do direito — e não o
trabalhista — é que se incumbe de definir as hipóteses de contagem especial do tempo para fins de aposentadoria no regime geral.
Em alguns casos, as definições adotadas nos atos normativos previdenciários especificados não se limitam a mencionar elementos, substâncias
e agentes biológicos nocivos, mas, também, especificam a forma como tais agentes são obtidos, gerados, utilizados ou produzidos. Sendo
assim, para restar configurada a nocividade da exposição e, por extensão, o caráter especial do tempo em que a exposição ocorre, os laudos
devem descrever, em tais casos, além das substâncias ou elementos, os processos em que tais eventos (obtenção, geração, utilização e
produção) ocorrem.
Por último, mas não menos importante, deve ficar caracterizado que o segurado tenha estado exposto em caráter habitual e permanente a uma
das formas de manejo especificadas na legislação. Vale dizer que a exposição eventual ou intermitente impossibilita o reconhecimento do
caráter especial do tempo para fins previdenciários.
No caso dos autos, deve ser destacado, primeiramente, que o laudo referente ao período de 23/06/1987 a 14/11/1987 contém equívocos em
suas conclusões no que concerne à exposição a hidrocarbonetos, tendo em vista que o autor trabalhava na produção de etanol, substância não
prevista como fator de risco.
Vale conferir o teor do Anexo I ao Decreto 83.080-79, que especifica as condições de emprego de hidrocarbonetos, para as finalidades em
estudo nesta ação (item 1.2.10):
Quanto ao período de 18/03/1976 a 08/01/1977, cuja atividade descrita não pode ser considerada como especial por mero enquadramento por
falta de previsão legal, destaco que o ônus da prova recai sobre aquele que faz a afirmação, nos termos do artigo 333, CPC.
Todavia, os formulários PPP apresentados pela parte autora não indicam qualquer risco inerente à função de servente de tecelagem, de modo
que o período não pode ser considerado como de atividade especial.
Quanto à exposição ao agente ruído, ressalto que vinha aplicando a Súmula nº 32 da TNU que assim estabelecia:
O tempo de trabalho laborado com exposição a ruído é considerado especial, para fins de conversão em comum, nos seguintes níveis: superior
a 80 decibéis, na vigência do Decreto n. 53.831/64 e, a contar de 5 de março de 1997, superior a 85 decibéis, por força da edição do Decreto
n. 4.882, de 18 de novembro de 2003, quando a Administração Pública reconheceu e declarou a nocividade à saúde de tal índice de ruído.
(grifos nossos)
Ocorre que a Turma Nacional de Uniformização, na Oitava sessão ordinária de 9 de outubro de 2013, aprovou, por unanimidade, o
cancelamento da súmula nº 32 (PET 9059/STJ).
1. Incidente de uniformização de jurisprudência interposto pelo INSS contra acórdão da Turma Nacional de Uniformização dos Juizados
Especiais Federais que fez incidir ao caso o novo texto do enunciado n. 32/TNU: O tempo de trabalho laborado com exposição a ruído é
considerado especial, para fins de conversão em comum, nos seguintes níveis: superior a 80 decibéis, na vigência do Decreto n. 53.831/64 e, a
contar de 5 de março de 1997, superior a 85 decibéis, por força da edição do Decreto n. 4.882, de 18 de novembro de 2003, quando a
Administração Pública reconheceu e declarou a nocividade à saúde de tal índice de ruído.
2. A contagem do tempo de trabalho de forma mais favorável àquele que esteve submetido a condições prejudiciais à saúde deve obedecer a
lei vigente na época em que o trabalhador esteve exposto ao agente nocivo, no caso ruído. Assim, na vigência do Decreto n. 2.172, de 5 de
março de 1997, o nível de ruído a caracterizar o direito à contagem do tempo de trabalho como especial deve ser superior a 90 decibéis, só
sendo admitida a redução para 85 decibéis após a entrada em vigor do Decreto n. 4.882, de 18 de novembro de 2003. Precedentes: AgRg nos
EREsp1157707/RS, Rel. Min. João Otávio de Noronha, Corte Especial, DJe 29/05/2013; AgRg no REsp 1326237/SC, Rel. Min. Sérgio
Kukina, Primeira Turma, DJe 13/05/2013; REsp 1365898/RS, Rel. Min. Eliana Calmon, Segunda Turma, DJe 17/04/2013; AgRg no REsp
1263023/SC, Rel. Min. Gilson Dipp, Quinta Turma, DJe 24/05/2012; e AgRg no REsp 1146243/RS, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura,
DJe 12/03/2012.
3. Incidente de uniformização provido. (Grifos nossos)
Portanto, tratando-se de ruídos, aplicam-se as regras dispostas nos Decretos n° 53.831-64 e nº 83.080-79, que autorizam a caracterização da
atividade como especial, quando o trabalhador foi submetido a ruído superior a 80 decibéis, até a data de edição do Decreto nº 2.172, de
5.3.97. Isso porque, a partir de então, para ser considerado como agente agressivo, o ruído deve ser acima de 90 decibéis. Com o advento do
Decreto nº 4.882, de 18.11.03, passou a ser agente agressivo o ruído superior a 85 decibéis.
Com relação a eventual utilização de EPI, a Súmula nº 09 da Turma de Uniformização das Decisões das Turmas Recursais dos Juizados
Especiais Federais dispõe que:
“O uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI), ainda que elimine a insalubridade, no caso de exposição a ruído, não descaracteriza o
tempo de serviço especial prestado”.
O Supremo Tribunal Federal no julgamento do Recurso Extraordinário com Agravo (ARE) nº 664335, com repercussão geral reconhecida,
fixou duas teses acerca dos efeitos da utilização de Equipamento de Proteção Individual (EPI), quais sejam: I) “o direito à aposentadoria
especial pressupõe a efetiva exposição do trabalhador a agente nocivo a sua saúde, de modo que se o Equipamento de Proteção Individual
(EPI) for realmente capaz de neutralizar a nocividade, não haverá respaldo à concessão constitucional de aposentadoria especial”; e II) “na
hipótese de exposição do trabalhador a ruído acima dos limites legais de tolerância, a declaração do empregador no âmbito do Perfil
Profissiográfico Previdenciário (PPP), no sentido da eficácia do Equipamento de Proteção Individual (EPI), não descaracteriza o tempo de
serviço especial para a aposentadoria”.
No que se refere à data dos laudos, a TNU também disciplinou a matéria, no sentido de ser irrelevante a data do laudo pericial para fins de
reconhecimento da atividade especial:
“Súmula nº 68 O laudo pericial não contemporâneo ao período trabalhado é apto à comprovação da atividade especial do segurado”.
No caso dos autos, conforme formulários PPP às fls. 12 e 15 do anexo à inicial e fls. 16, doc. 30, a parte autora esteve exposta de modo
habitual e permanente a agente agressivo ruído acima do limite de tolerância, portanto, em condições de insalubridade, somente nos períodos
de 24/05/1979 a 18/08/1986, de 25/04/1988 a 11/03/1991, de 08/04/2003 a 31/07/2007 e de 06/09/2007 a 04/03/2008.
Todavia, não reconheço a especialidade dos demais períodos pleiteados com relação a esse agente, eis que não há comprovação de exposição
a ruído em nível acima do tolerado.
Quanto aos períodos de 03/04/1991 a 03/12/1992 e de 03/06/1993 a 19/12/1996, verifico que os PPP apresentados pela parte autora
encontram-se sem a anotação do responsável pelos registros ambientais.
A seu turno, o formulário LTCAT apresentado pelo empregador em doc. 35, fls. 04, indica que a exposição a todos os riscos anotados ocorria
de forma eventual e/ou intermitente, não podendo tais períodos ser considerados.
Direito à conversão.
Observo que é possível a aplicação das regras de conversão de tempo de atividade sob condições especiais, em tempo de atividade comum, ao
trabalho prestado em qualquer período, ante o cancelamento da Súmula nº 16, da Turma Nacional de Uniformização da Jurisprudência dos
Juizados Especiais Federais, segundo a qual, após a data de 28.05.1998, não mais era possível a conversão do tempo de serviço laborado em
condições especiais para tempo de atividade comum, a teor do art. 28 da Lei nº 9.711/98. De fato, com o cancelamento da Súmula nº 16 da
TNU, pacificou-se o entendimento jurisprudencial de que é possível a conversão de tempo de serviço a qualquer tempo.
Segundo contagem de tempo de contribuição efetuada pela Contadoria Judicial, a parte autora conta 37 anos e 07 meses de contribuição em
11/09/2017 (DIB requerida), preenchendo a parte autora o direito à concessão do benefício.
Por outro lado, almeja a parte autora a obtenção de seu benefício nos termos do artigo 29-C da Lei 8.213/1991, originalmente introduzido no
ordenamento jurídico pátrio por meio da Medida Provisória n.º676, de 17/06/2015, posteriormente convertida na Lei n.º 13.183/2015, a qual
estabelece a possibilidade da não incidência do fator previdenciário conquanto seja atingida a pontuação advinda da soma da idade e do tempo
de contribuição, respeitado o mínimo deste, e a tabela progressiva que lhe acompanha.
Ora, tendo em vista o quanto apurado nos autos, tem-se que a parte autora atingiu a pontuação necessária para tal opção, uma vez que a
somatória do tempo de contribuição (37 anos e 07 meses) e de sua idade à época da DIB pleiteada (57 anos, 09 meses e 19 dias), incluídas as
frações, soma 95 pontos para o ano de 2017.
Desse modo, deverá o INSS proceder ao cálculo da renda mensal inicial do segurado, utilizando os salários-de-contribuição efetivos que
constem de seus sistemas ou que tenham sido demonstrados pela parte autora nos autos, observada a atualização legalmente prevista, sem a
incidência do fator previdenciário, conforme requerido.
Dispositivo
Ante o exposto, julgo PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido para determinar ao INSS que (1) considere que a parte autora, nos
períodos de 24/05/1979 a 18/08/1986, de 25/04/1988 a 11/03/1991, de 08/04/2003 a 31/07/2007 e de 06/09/2007 a 04/03/2008, exerceu
atividades sob condições especiais, prejudiciais à saúde e à integridade física, o que lhe confere o direito à conversão dos referidos períodos
em atividade comum, nos termos do § 2º do art. 70 do Regulamento da Previdência Social aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 6.5.1999, (2)
acresça tais tempos aos demais já reconhecidos em sede administrativa, considerando inclusive o que constar do CNIS até a DER, (3)
conceda a aposentadoria por tempo de contribuição para a parte autora, com DIB em 11/09/2017, sem a incidência do fator previdenciário,
diante dos 95 pontos atingidos pela parte autora na DER, devendo utilizar para cálculo da RMI os salários-de-contribuição efetivos que
constem de seus sistemas ou que tenham sido demonstrados pela parte autora nos autos, observada a atualização legalmente prevista e
observado o tempo de serviço apurado pela contadoria judicial e mencionado acima, nesta sentença.
Observo que o pagamento das parcelas vencidas é devido desde a DER, em 11/09/2017.
Os valores das diferenças do julgado deverão ser apurados nos termos da Resolução CJF 267/2013 (Manual de Cálculos da Justiça Federal),
sendo os juros de mora contados a partir da citação.
ANTONIO CARLOS DOS SANTOS promove a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, com o fim
de obter:
a) o reconhecimento de que exerceu atividades especiais nos períodos de 28.05.1984 a 28.01.1985, 23.09.1985 a 08.01.1986, 20.01.1986 a
03.01.1987, 13.01.1987 a 12.12.1987, 04.01.1988 a 30.11.1988, 02.01.1989 a 25.11.1989, 01.12.1989 a 14.04.1990, 18.06.1990 a 26.01.1991,
Citado, o INSS apresentou sua contestação, pugnando pela improcedência dos pedidos formulados na inicial.
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
1 – Atividade especial.
A aposentadoria especial é devida ao segurado que trabalhar de modo habitual e permanente, durante 15, 20 ou 25 anos (tempo este que
depende do tipo de atividade), em serviço que prejudique a saúde ou a integridade física, nos termos dos artigos 57 e 58 da Lei 8.213/91.
No entanto, se o segurado não exerceu apenas atividades especiais, o tempo de atividade especial será somado, após a respectiva conversão,
ao tempo de trabalho exercido em atividade comum, conforme § 5º do artigo 57 da Lei 8.213/91, para fins de concessão de aposentadoria por
tempo de contribuição.
O direito à conversão de tempo de atividade especial para comum não sofreu limitação no tempo.
De fato, em se tratando de atividades exercidas sob condições especiais que prejudicam a saúde ou a integridade física do trabalhador, a
norma contida no § 1º, do artigo 201 da Constituição Federal, com redação dada pela Emenda Constitucional nº 20/98, possibilita a adoção de
requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria, por meio de lei complementar.
Até que sobrevenha eventual inovação legislativa, possível apenas por meio de lei complementar, permanecem válidas as regras estampadas
nos artigos 57 e 58 da Lei 8.213/91, conforme artigo 15 da Emenda Constitucional nº 20/98, in verbis:
“Até que a lei complementar a que se refere o artigo 201, § 1º, da Constituição Federal, seja publicada, permanece em vigor o disposto nos
artigos 57 e 58 da Lei nº 8213/91, de 24 de julho de 1991, na redação vigente à data da publicação desta Emenda”.
Atualmente, os agentes considerados nocivos estão arrolados no Anexo IV, do Decreto 3.048/99. Acontece que a caracterização e a
comprovação do tempo de atividade especial devem observar o disposto na legislação em vigor na época da prestação do serviço, nos termos
do § 1º do artigo 70 do referido Decreto 3.048/99.
Assim, é importante destacar que os Decretos 53.831/64 e 83.080/79 tiveram vigência, com força nos Decretos 357/91 e 611/92, até a edição
do Decreto 2.172, de 05.03.97, que deixou de listar atividades especiais com base na categoria profissional.
Desta forma, é possível o enquadramento de atividades exercidas até 05.03.97 como especiais, com base na categoria profissional, desde que
demonstrado que exerceu tal atividade.
Ressalto, entretanto, que para o agente nocivo “ruído” sempre se exigiu laudo técnico, independentemente da época em que o labor foi
prestado. Já para período a partir de 06.03.97 (data da edição do Decreto 2.172/97) é necessária a comprovação da exposição habitual e
permanente, inclusive, com apresentação de formulário previdenciário, que atualmente é o PPP.
O PPP deve ser assinado pela empresa ou pelo seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho (LTCAT)
expedido por médico do trabalho ou por engenheiro de segurança do trabalho, conforme § 1º do artigo 58 da Lei 8.213/91.
Por conseguinte, o PPP também deve conter o carimbo da empresa e o nome do responsável técnico pela elaboração do LTCAT utilizado
para a emissão do referido formulário previdenciário.
Com relação especificamente ao agente nocivo “ruído”, a jurisprudência atual do STJ, com base nos Decretos 53.831/64, 83.080/79, 2.172/97,
3.048/99 e 4.882/03, e que sigo, é no sentido de que uma atividade pode ser considerada especial quando o trabalhador tiver desempenhado
sua função, com exposição habitual e permanente, a ruído superior à seguinte intensidade: a) até 05/03/1997 – 80 dB(A); b) de 06/03/1997 a
18/11/2003 – 90 dB(A); e c) a partir de 19/11/2003 – 85 dB(A).
Anoto, por oportuno, que a simples disponibilização ou utilização de equipamentos de proteção individual (EPI) não afasta a natureza especial
da atividade, conforme reiterada jurisprudência da TNU.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 449/1770
Ainda sobre o exercício de atividades especiais, destaco as seguintes súmulas da TNU:
Súmula 50. É possível a conversão do tempo de serviço especial em comum do trabalho prestado em qualquer período.
Súmula 55. A conversão do tempo de atividade especial em comum deve ocorrer com aplicação do fator multiplicativo em vigor na data da
concessão da aposentadoria.
Para período anterior à Lei 8.213/91, o artigo 3º, II, da CLPS, de regra, excluía os trabalhadores rurais do Regime Geral de Previdência Social.
A exceção ocorria apenas com relação ao empregado de empresa agroindustrial ou agrocomercial, que era enquadrado como segurado da
previdência social urbana (§ 4º do artigo 6º da CLPS).
Assim, com exceção daqueles que atuavam em empresa agroindustrial ou agrocomercial, os demais trabalhadores rurais, com ou sem registro
em CTPS, não eram segurados obrigatórios do RGPS.
Nesta condição, somente obtinham a qualidade de segurado do RGPS se contribuíssem como facultativo.
Cumpre anotar que a Lei 8.212/91, que estabeleceu, entre outras, a cobrança da contribuição previdenciária do empregado rural, foi publicada
em 24.07.91.
A referida regulamentação ocorreu com o Decreto 356/91 que, em seu artigo 191, dispunha que “as contribuições devidas à Previdência
Social que tenham sido criadas, majoradas ou estendidas pela Lei 8.212, de 24 de julho de 1991, serão exigidas a partir da competência de
novembro de 1991”.
A fixação da competência de novembro de 1991 para início da exigibilidade das contribuições criadas, majoradas ou estendidas pela Lei
8.212/91 não foi aleatória, mas sim, com atenção ao prazo nonagesimal previsto no § 6º do artigo 195 da Constituição Federal.
Portanto, o tempo de atividade rural anterior a novembro de 1991, mesmo anotado em CTPS, que não tenha sido prestado para empresa
agroindustrial ou agrocomercial, não conferia ao trabalhador a condição de segurado previdenciário. Logo, o tempo em questão não pode ser
considerado para fins de carência.
Atento a este raciocínio, o trabalhador rural, com exceção daqueles que atuavam na agroindústria ou no agrocomércio, não faz jus à contagem
de tempo de serviço rural anterior a novembro de 1991 como atividade especial, independente do agente nocivo a que eventualmente esteve
exposto.
É certo que o § 2º do artigo 55 da Lei 8.213/91 permite a contagem do tempo de atividade rural anterior à referida Lei, exceto para fins de
carência.
No entanto, tal dispositivo legal não autoriza a contagem de tempo de serviço rural anterior à Lei 8.213/91 como tempo de atividade especial.
Neste compasso, por exemplo, o código 2.2.1 do Decreto 53.831/64 não se aplicava, na época da CLPS, a todos os trabalhadores do meio
rural, mas apenas àqueles que atuavam na agroindústria ou no agrocomércio, na hipótese do § 4º do artigo 6º da CLPS.
Neste sentido, a TNU já fixou a tese de que “a expressão “trabalhadores na agropecuária”, contida no item 2.2.1 do anexo do Decreto n.
53.831/64, também se aplica aos trabalhadores que exercem atividades exclusivamente na agricultura como empregados em empresas
agroindustriais e agrocomerciais, fazendo jus os empregados de tais empresas ao cômputo de suas atividades como tempo de serviço especial”
(PEDILEF nº 05307901120104058300).
No caso concreto, a parte autora pretende o reconhecimento de que exerceu atividades especiais nos períodos de 28.05.1984 a 28.01.1985,
23.09.1985 a 08.01.1986, 20.01.1986 a 03.01.1987, 13.01.1987 a 12.12.1987, 04.01.1988 a 30.11.1988, 02.01.1989 a 25.11.1989, 01.12.1989 a
14.04.1990, 18.06.1990 a 26.01.1991, 01.04.1991 a 19.12.1991, 24.01.1992 a 17.12.1992, 04.01.1993 a 22.12.1993, 24.01.1994 a 11.04.1994,
18.04.1994 a 13.12.1994, 02.05.1995 a 21.12.1995, 15.04.1996 a 04.12.2007, 15.03.2010 a 01.12.2010 e 13.04.2011 a 22.09.2017, nas funções
de trabalhador rural safrista, serviços gerais, serviços gerais na lavoura, lavrador, entregador de cana, expedidor de notas, operador de
máquinas agrícolas e motorista, para Cargill Citrus Ltda, Empreiteira União S/C Ltda, José Salomão Gibran, Cia. Agrícola Sertãozinho,
Salvador Lopes Fernandes Júnior & Cia Ltda – ME, Case – Comercial e Agrícola Sertãozinho Ltda e Biosev Bioenergia S/A.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 450/1770
Observo, inicialmente, que o INSS não reconheceu o período de 01.01.2006 a 17.03.2006 sequer como tempo de contribuição do autor.
Pois bem. O vínculo laboral em análise está registrado na CTPS (fl. 20 do item 02), de modo que deve ser contado para todos os fins
previdenciários.
Considerando os Decretos acima já mencionados e a CTPS apresentada, a parte autora faz jus à contagem dos períodos de 28.05.1984 a
28.01.1985, 23.09.1985 a 08.01.1986, 13.01.1987 a 12.12.1987, 04.01.1988 a 30.11.1988, 02.01.1989 a 25.11.1989, 01.12.1989 a 14.04.1990,
18.06.1990 a 26.01.1991, 01.04.1991 a 19.12.1991, 24.01.1992 a 17.12.1992, 04.01.1993 a 22.12.1993, 24.01.1994 a 11.04.1994, 18.04.1994 a
13.12.1994, 02.05.1995 a 21.12.1995, 15.04.1996 a 05.03.1997 como atividade especial, considerando que a parte autora exerceu atividade
rural em empresas agropecuárias e agrocomerciais, com base na categoria profissional, conforme código 2.2.1 do Decreto 53.831/64.
Não faz jus à contagem do período de 20.01.1986 a 03.01.1987como tempo de atividade especial, conforme item 2.1. supra, eis que exerceu
atividade rural para empregador rural pessoa física (fl. 07 do evento 02).
Faz jus também à contagem dos períodos de 06.03.1997 a 31.03.2002 (91 dB) e 15.03.2010 a 01.12.2010 (86 dB) como tempo de atividade
especial, sendo enquadrado no item 2.0.1 do quadro anexo aos Decretos 2.172/97 e 3.048/99.
Não faz jus, entretanto, ao reconhecimento do período de 01.04.2002 a 18.11.2003 (86 dB), uma vez que o nível de ruído informado no PPP é
inferior ao exigido pela legislação previdenciária (acima de 90 decibéis).
Para o período de 13.04.2011 a 22.09.2017, o PPP informa a exposição do autor ruído de 79,1 dB e vibração de corpo inteiro. Quanto ao ruído,
a intensidade indicada se mostra em nível inferior ao exigido pela legislação vigente à época (acima de 85 decibéis). No que se refere à
vibração de corpo inteiro, a legislação previdenciária não prevê tal fator como atividade especial.
Tendo em vista o que acima foi decidido, bem como o já considerado na esfera administrativa, a parte autora possuía, 38 anos, 02 meses e 29
dias de tempo de contribuição até a DER (22.09.2017), o que é suficiente para a obtenção da aposentadoria por tempo de contribuição.
Logo, a parte autora faz jus à percepção de aposentadoria por tempo de contribuição no importe de 100% de seu salário-de-benefício, desde a
data do requerimento administrativo (22.09.2017).
DISPOSITIVO
Ante o exposto, julgo PARCIALMENTE PROCEDENTES os pedidos da parte autora para condenar o INSS a:
1 – averbar os períodos de 28.05.1984 a 28.01.1985, 23.09.1985 a 08.01.1986, 13.01.1987 a 12.12.1987, 04.01.1988 a 30.11.1988, 02.01.1989 a
25.11.1989, 01.12.1989 a 14.04.1990, 18.06.1990 a 26.01.1991, 01.04.1991 a 19.12.1991, 24.01.1992 a 17.12.1992, 04.01.1993 a 22.12.1993,
24.01.1994 a 11.04.1994, 18.04.1994 a 13.12.1994, 02.05.1995 a 21.12.1995, 15.04.1996 a 31.03.2002, 19.11.2003 a 04.12.2007 e 15.03.2010 a
01.12.2010 como tempos de atividade especial, com conversão em tempos de atividade comum.
2 – implantar o benefício de aposentadoria por tempo de contribuição em favor da parte autora, no importe de 100% do seu salário-de-
benefício, desde a data do requerimento administrativo (22.09.2017), considerando para tanto 38 anos 02 meses e 29 dias de tempo de
contribuição, já somado neste total o acréscimo da conversão do período reconhecido nesta sentença como atividade especial em tempo de
atividade comum.
As parcelas vencidas deverão ser atualizadas, desde o momento em que devidas, nos termos da Resolução nº 267/13 do CJF (manual de
cálculos da Justiça Federal).
Ressalto, por oportuno, que o Ministro Luiz Fux conferiu efeito suspensivo aos embargos de declaração interpostos pelos entes federativos
estaduais em face do acórdão proferido no RE 870.947.
No caso em questão, entretanto, o critério fixado para a atualização monetária não tem por fundamento o acórdão proferido no RE 870.947,
mas apenas a Resolução CJF 267/13, que se encontra em vigor, sem qualquer notícia de suspensão de sua aplicação.
Sem custas e, nesta instância, sem honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
LUIZ SERGIO DOS SANTOS promove a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, com o fim de
obter:
a) o reconhecimento de que exerceu atividades especiais no período de 26.11.1991 a 03.11.1995, na função de ajudante de estiva, para a
empresa Transportadora Ribeirão S/A – Transribe.
Citado, o INSS apresentou sua contestação, pugnando pela improcedência dos pedidos formulados na inicial.
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
1 – Atividade especial.
A aposentadoria especial é devida ao segurado que trabalhar de modo habitual e permanente, durante 15, 20 ou 25 anos (tempo este que
depende do tipo de atividade), em serviço que prejudique a saúde ou a integridade física, nos termos dos artigos 57 e 58 da Lei 8.213/91.
No entanto, se o segurado não exerceu apenas atividades especiais, o tempo de atividade especial será somado, após a respectiva conversão,
ao tempo de trabalho exercido em atividade comum, conforme § 5º do artigo 57 da Lei 8.213/91, para fins de concessão de aposentadoria por
tempo de contribuição.
O direito à conversão de tempo de atividade especial para comum não sofreu limitação no tempo.
De fato, em se tratando de atividades exercidas sob condições especiais que prejudicam a saúde ou a integridade física do trabalhador, a
norma contida no § 1º, do artigo 201 da Constituição Federal, com redação dada pela Emenda Constitucional nº 20/98, possibilita a adoção de
requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria, por meio de lei complementar.
Até que sobrevenha eventual inovação legislativa, possível apenas por meio de lei complementar, permanecem válidas as regras estampadas
nos artigos 57 e 58 da Lei 8.213/91, conforme artigo 15 da Emenda Constitucional nº 20/98, in verbis:
“Até que a lei complementar a que se refere o artigo 201, § 1º, da Constituição Federal, seja publicada, permanece em vigor o disposto nos
artigos 57 e 58 da Lei nº 8213/91, de 24 de julho de 1991, na redação vigente à data da publicação desta Emenda”.
Atualmente, os agentes considerados nocivos estão arrolados no Anexo IV, do Decreto 3.048/99. Acontece que a caracterização e a
comprovação do tempo de atividade especial devem observar o disposto na legislação em vigor na época da prestação do serviço, nos termos
do § 1º do artigo 70 do referido Decreto 3.048/99.
Assim, é importante destacar que os Decretos 53.831/64 e 83.080/79 tiveram vigência, com força nos Decretos 357/91 e 611/92, até a edição
do Decreto 2.172, de 05.03.97, que deixou de listar atividades especiais com base na categoria profissional.
Desta forma, é possível o enquadramento de atividades exercidas até 05.03.97 como especiais, com base na categoria profissional, desde que
Ressalto, entretanto, que para o agente nocivo “ruído” sempre se exigiu laudo técnico, independentemente da época em que o labor foi
prestado. Já para período a partir de 06.03.97 (data da edição do Decreto 2.172/97) é necessária a comprovação da exposição habitual e
permanente, inclusive, com apresentação de formulário previdenciário, que atualmente é o PPP.
O PPP deve ser assinado pela empresa ou pelo seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho (LTCAT)
expedido por médico do trabalho ou por engenheiro de segurança do trabalho, conforme § 1º do artigo 58 da Lei 8.213/91.
Por conseguinte, o PPP também deve conter o carimbo da empresa e o nome do responsável técnico pela elaboração do LTCAT utilizado
para a emissão do referido formulário previdenciário.
Com relação especificamente ao agente nocivo “ruído”, a jurisprudência atual do STJ, com base nos Decretos 53.831/64, 83.080/79, 2.172/97,
3.048/99 e 4.882/03, e que sigo, é no sentido de que uma atividade pode ser considerada especial quando o trabalhador tiver desempenhado
sua função, com exposição habitual e permanente, a ruído superior à seguinte intensidade: a) até 05/03/1997 – 80 dB(A); b) de 06/03/1997 a
18/11/2003 – 90 dB(A); e c) a partir de 19/11/2003 – 85 dB(A) .
Anoto, por oportuno, que a simples disponibiliza??o ou utiliza??o de equipamentos de prote??o individual (EPI) n?o afasta a natureza especial
da atividade, conforme reiterada jurisprud?ncia da TNU.
S?mula 50. ? poss?vel a convers?o do tempo de servi?o especial em comum do trabalho prestado em qualquer per?odo.
S?mula 55. A convers?o do tempo de atividade especial em comum deve ocorrer com aplica??o do fator multiplicativo em vigor na data da
concess?o da aposentadoria.
No caso concreto, a parte autora pretende o reconhecimento de que exerceu atividades especiais no per?odo de 26.11.1991 a 03.11.1995, na
fun??o de ajudante de estiva, para a empresa Transportadora Ribeir?o S/A – Transribe.
Pois bem. O autor faz jus ao reconhecimento do per?odo de 26.11.1991 a 03.11.1995 como tempo de atividade especial, considerando que,
conforme CTPS apresentada, exerceu a atividade de ajudante de estiva, com base na categoria profissional, conforme item 2.5.6 do quadro
anexo ao Decreto 53.831/64.
Ressalto que a descri??o das atividades do autor no PPP, “(...) carga e descarga de caminh?es e carretas (...)”, ? similar ? atividade de
ajudante de caminh?o, tamb?m pass?vel de enquadramento pela categoria profissional, conforme item 2.4.2 do quadro anexo ao Decreto
83.080/79.
Tendo em vista o que acima foi decidido, bem como o j? considerado na esfera administrativa, a parte autora possu?a, conforme planilha da
contadoria, 30 anos, 02 meses e 19 dias de tempo de contribui??o at? a DER (31.08.2017), o que n?o ? suficiente para a obten??o da
aposentadoria por tempo de contribui??o.
Observo que mesmo considerando eventual tempo de contribui??o posterior ? DER, at? a data da cita??o (15.10.2018), ainda assim seria
insuficiente para a concess?o da aposentadoria pretendida.
DISPOSITIVO
Ante o exposto, julgo PARCIALMENTE PROCEDENTES os pedidos da parte autora para condenar o INSS a averbar o per?odo de
26.11.1991 a 03.11.1995 como tempo de atividade especial, com convers?o em tempo de atividade comum.
Sem custas e, nesta inst?ncia, sem honor?rios advocat?cios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
APARECIDA DE CARVALHO VENANCIO promove a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL,
com o fim de obter aposentadoria por idade urbana desde a DER (11.06.2018).
Citado, o INSS apresentou sua contestação, pugnando pela improcedência dos pedidos formulados na inicial.
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
A aposentadoria por idade está disciplinada nos artigos 48 e seguintes da Lei 8.213/91.
b) carência (que é de 180 contribuições, nos termos do artigo 25, II, da Lei 8.213/91, observada a regra de transição do artigo 142 da mesma
Lei de Benefícios).
Para a concessão da aposentadoria por idade urbana não se faz necessário o preenchimento simultâneo dos requisitos da idade e da carência,
nos termo do § 1º do artigo 3º da Lei 10.666/03.
No caso concreto, a parte autora completou 60 anos de idade em 03.01.2007, de modo que, na DER (11.06.2018), já preenchia o requisito da
idade.
A carência a ser cumprida, observado o ano em que a parte autora completou a idade mínima, é de 156 meses de contribuição, nos termos do
artigo 142 da Lei 8.213/91.
No âmbito administrativo, o INSS reconheceu 85 meses de carência (fls. 44 e 49 do PA - item 11 dos autos virtuais).
O INSS não computou para fins de carência os períodos de 13.05.2004 a 08.11.2004 e 24.05.2004 a 27.03.2018, em que recebeu auxílio-
doença.
Sobre a questão, o artigo 55, II, da Lei 8.213/91 permite a contagem do período de gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez
como tempo de serviço/contribuição e, por conseguinte, como carência, desde que intercalado com períodos contributivos.
Súmula 73 - O tempo de gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez não decorrente de acidente de trabalho só pode ser
computado como tempo de contribuição ou para fins de carência quando intercalado entre períodos nos quais houve recolhimento de
contribuições para a previdência social.
No caso concreto, os períodos de 13.05.2004 a 08.11.2004 e 09.11.2004 a 27.03.2018, em que a parte autora esteve em gozo de auxílio-
doença não decorrente de acidente de trabalho estão intercalados por períodos contributivos, conforme planilha da contadoria, razão pela qual
devem ser considerados como tempo de contribuição e para fins de carência.
Assim, considerando os períodos reconhecidos nesta sentença e o total já admitido na esfera administrativa, a parte autora possuía 251 meses
de carência na DER, o que é suficiente para a obtenção da aposentadoria por idade urbana.
Dispositivo
Ante o exposto, JULGO PROCEDENTES os pedidos formulados na inicial para condenar o INSS a:
1 – computar os períodos de 13.05.2004 a 08.11.2004 e 09.11.2004 a 27.03.2018, em que recebeu auxílio-doença, para fins de carência.
As parcelas vencidas deverão ser atualizadas, desde o momento em que devidas, nos termos da Resolução nº 267/13 do CJF (manual de
cálculos da Justiça Federal).
Ressalto, por oportuno, que o Ministro Luiz Fux conferiu efeito suspensivo aos embargos de declaração interpostos pelos entes federativos
estaduais em face do acórdão proferido no RE 870.947.
No caso em questão, entretanto, o critério fixado para a atualização monetária não tem por fundamento o acórdão proferido no RE 870.947,
mas apenas a Resolução CJF 267/13, que se encontra em vigor, sem qualquer notícia de suspensão de sua aplicação.
Tendo em vista que o STJ já decidiu que "a reforma da decisão que antecipa a tutela obriga o autor da ação a devolver os benefícios
previdenciários indevidamente recebidos" (Petição nº 10.996-SC - 2015/0243735-0), a implantação do benefício deverá ocorrer apenas após o
transito em julgado da sentença.
Sem custas e, nesta instância, sem honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
ADALBERTO GERALDO FERREIRA FILHO promove a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL,
com o fim de obter:
a) o reconhecimento de que exerceu atividade especial no período 23.02.1999 a 14.07.2017, laborado na função de montador de andaime, para
a empresa Pinturas Ypiranga Ltda.
Citado, o INSS apresentou sua contestação, pugnando pela improcedência dos pedidos formulados na inicial.
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
Em sua contestação, o INSS requereu o indeferimento do pedido de justiça gratuita formulado pela parte autora, argumentando que a parte
requerente aufere renda mensal de R$ 2.235,50.
Pois bem. O STJ já afastou a possibilidade de indeferimento de justiça gratuita com base em critério não previsto na norma legal, como, por
exemplo, a obtenção de renda bruta acima do limite de isenção de imposto de renda (AIRESP 2013.02.97328-6 e EAARESP 2013.01.84953-
5).
O § 3º do artigo 99 do CPC expressamente dispõe que "presume-se verdadeira a alegação de insfuciência deduzida exclusivamente por
pessoa natural", sendo que, nos termos do § 2º do mesmo dispositivo legal, "o juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos
elementos que evidenciem a falta de pressupostos legais para a concessão da gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à
parte a comprovação do preenchimento dos referidos pressupostos.
No caso concreto, a parte autora apresentou declaração de hipossuficiência econômica (fl. 05 do evento 02).
Assim, o simples fato de a parte autora ter obtido renda bruta de R$ 2.235,50 na época do ajuizamento da ação não permite afastar a
Mérito.
1 – Atividade especial.
A aposentadoria especial é devida ao segurado que trabalhar de modo habitual e permanente, durante 15, 20 ou 25 anos (tempo este que
depende do tipo de atividade), em serviço que prejudique a saúde ou a integridade física, nos termos dos artigos 57 e 58 da Lei 8.213/91.
No entanto, se o segurado não exerceu apenas atividades especiais, o tempo de atividade especial será somado, após a respectiva conversão,
ao tempo de trabalho exercido em atividade comum, conforme § 5º do artigo 57 da Lei 8.213/91, para fins de concessão de aposentadoria por
tempo de contribuição.
O direito à conversão de tempo de atividade especial para comum não sofreu limitação no tempo.
De fato, em se tratando de atividades exercidas sob condições especiais que prejudicam a saúde ou a integridade física do trabalhador, a
norma contida no § 1º, do artigo 201 da Constituição Federal, com redação dada pela Emenda Constitucional nº 20/98, possibilita a adoção de
requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria, por meio de lei complementar.
Até que sobrevenha eventual inovação legislativa, possível apenas por meio de lei complementar, permanecem válidas as regras estampadas
nos artigos 57 e 58 da Lei 8.213/91, conforme artigo 15 da Emenda Constitucional nº 20/98, in verbis:
“Até que a lei complementar a que se refere o artigo 201, § 1º, da Constituição Federal, seja publicada, permanece em vigor o disposto nos
artigos 57 e 58 da Lei nº 8213/91, de 24 de julho de 1991, na redação vigente à data da publicação desta Emenda”.
Atualmente, os agentes considerados nocivos estão arrolados no Anexo IV, do Decreto 3.048/99. Acontece que a caracterização e a
comprovação do tempo de atividade especial devem observar o disposto na legislação em vigor na época da prestação do serviço, nos termos
do § 1º do artigo 70 do referido Decreto 3.048/99.
Assim, é importante destacar que os Decretos 53.831/64 e 83.080/79 tiveram vigência, com força nos Decretos 357/91 e 611/92, até a edição
do Decreto 2.172, de 05.03.97, que deixou de listar atividades especiais com base na categoria profissional.
Desta forma, é possível o enquadramento de atividades exercidas até 05.03.97 como especiais, com base na categoria profissional, desde que
demonstrado que exerceu tal atividade.
Ressalto, entretanto, que para o agente nocivo “ruído” sempre se exigiu laudo técnico, independentemente da época em que o labor foi
prestado. Já para período a partir de 06.03.97 (data da edição do Decreto 2.172/97) é necessária a comprovação da exposição habitual e
permanente, inclusive, com apresentação de formulário previdenciário, que atualmente é o PPP.
O PPP deve ser assinado pela empresa ou pelo seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho (LTCAT)
expedido por médico do trabalho ou por engenheiro de segurança do trabalho, conforme § 1º do artigo 58 da Lei 8.213/91.
Por conseguinte, o PPP também deve conter o carimbo da empresa e o nome do responsável técnico pela elaboração do LTCAT utilizado
para a emissão do referido formulário previdenciário.
Com relação especificamente ao agente nocivo “ruído”, a jurisprudência atual do STJ, com base nos Decretos 53.831/64, 83.080/79, 2.172/97,
3.048/99 e 4.882/03, e que sigo, é no sentido de que uma atividade pode ser considerada especial quando o trabalhador tiver desempenhado
sua função, com exposição habitual e permanente, a ruído superior à seguinte intensidade: a) até 05/03/1997 – 80 dB(A); b) de 06/03/1997 a
18/11/2003 – 90 dB(A); e c) a partir de 19/11/2003 – 85 dB(A).
Anoto, por oportuno, que a simples disponibilização ou utilização de equipamentos de proteção individual (EPI) não afasta a natureza especial
da atividade, conforme reiterada jurisprudência da TNU.
Súmula 50. É possível a conversão do tempo de serviço especial em comum do trabalho prestado em qualquer período.
Súmula 55. A conversão do tempo de atividade especial em comum deve ocorrer com aplicação do fator multiplicativo em vigor na data da
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 456/1770
concessão da aposentadoria.
No caso concreto, o autor pretende o reconhecimento de que exerceu atividade especial no período de 23.02.1999 a 14.07.2017, na função de
montador de andaime, para a empresa Pinturas Ypiranga Ltda.
Considerando os Decretos acima já mencionados e o formulário previdenciário apresentado (PPP), a parte autora faz jus à contagem do
período de 23.02.1999 a 14.07.2017 como tempo de atividade especial, em razão de sua exposição a ruídos de 94,5 dB, sendo enquadrado no
item 2.0.1 do quadro anexo ao Decreto 3.048/99.
Foram apresentados LTCAT´s (evento 19) que corroboram as informações constantes do PPP para todo o período pretendido.
Tendo em vista o que acima foi decidido, bem como o já considerado na esfera administrativa, a parte autora possuía, conforme planilha da
contadoria, 35 anos, 11 meses e 06 dias de tempo de contribuição até a DER (14.07.2017), o que é suficiente para a obtenção da
aposentadoria por tempo de contribuição.
Assim, a parte autora faz jus à percepção de aposentadoria por tempo de contribuição no importe de 100% de seu salário-de-benefício, desde
a data do requerimento administrativo (14.07.2017).
DISPOSITIVO
Ante o exposto, julgo PROCEDENTES os pedidos da parte autora para condenar o INSS a:
1 – averbar o período de 23.02.1999 a 14.07.2017 como tempos de atividade especial, com conversão em tempos de atividade comum.
2 – implantar o benefício de aposentadoria por tempo de contribuição em favor da parte autora, no importe de 100% do seu salário-de-
benefício, desde a data do requerimento administrativo (14.07.2017), considerando para tanto 35 anos, 11 meses e 06 dias de tempo de
contribuição.
As parcelas vencidas deverão ser atualizadas, desde o momento em que devidas, nos termos da Resolução nº 267/2013 do CJF (manual de
cálculos da Justiça Federal).
Ressalto, por oportuno, que o Ministro Luiz Fux conferiu efeito suspensivo aos embargos de declaração interpostos pelos entes federativos
estaduais em face do acórdão proferido no RE 870.947.
No caso em questão, entretanto, o critério fixado para a atualização monetária não tem por fundamento o acórdão proferido no RE 870.947,
mas apenas a Resolução CJF 267/13, que se encontra em vigor, sem qualquer notícia de suspensão de sua aplicação.
Considerando que a parte autora possui apenas 50 anos e poderá receber todos os atrasados após o trânsito em julgado da sentença, não
vislumbro o perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo em se aguardar o trânsito em julgado. Ademais, o § 3º do artigo 300 do
CPC dispõe que “a tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da
decisão”, sendo que a 1ª Seção do STJ já decidiu, nos autos do REsp 1.401.560, em sede de julgamento de recurso repetitivo, nos termos do
artigo 543-C do CPC, que “a reforma da decisão que antecipa a tutela obriga o autor da ação a devolver os benefícios previdenciários
indevidamente recebidos”. Por conseguinte, indefiro o pedido de antecipação de tutela. A implantação do benefício deverá ocorrer apenas
após o trânsito em julgado da sentença.
Sem custas e, nesta instância, sem honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
ANTÔNIO CARLOS DOS REIS GOMES promove a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, com o
fim de obter aposentadoria por idade desde a DER (09.11.2017).
Pretende, também, a contagem, como carência, dos períodos de auxílio-doença por acidente de trabalho (26.12.1995 a 23.11.1998) e de
auxílio-doença (13.11.2012 a 27.02.2015), não considerados pelo INSS na esfera administrativa.
Citado, o INSS apresentou sua contestação e pugnou pela improcedência do pedido formulado na inicial.
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
A aposentadoria por idade está disciplinada nos artigos 48 e seguintes da Lei 8.213/91.
b) carência (que é de 180 contribuições, nos termos do artigo 25, II, da Lei 8.213/91, observada a regra de transição do artigo 142 da mesma
Lei de Benefícios).
Para a concessão da aposentadoria por idade urbana não se faz necessário o preenchimento simultâneo dos requisitos da idade e da carência,
nos termo do § 1º do artigo 3º da Lei 10.666/03.
No caso concreto, a autora completou 65 anos de idade em 01.10.2017, de modo que, na DER (09.11.2017), já preenchia o requisito da idade
para obtenção da aposentadoria por idade urbana.
A carência a ser cumprida, observado o ano em que a parte autora completou a idade mínima, é de 180 meses de contribuição, nos termos do
artigo 142 da Lei 8.213/91.
No âmbito administrativo, o INSS reconheceu 171 meses de carência (fls. 06 e 09 do evento 02).
A parte autora, entretanto, pretende a contagem dos períodos de auxílio-doença por acidente de trabalho (26.12.1995 a 23.11.1998) e de
auxílio-doença (13.11.2012 a 27.02.2015), não considerados pelo INSS na esfera administrativa.
Pois bem. Para o período de 26.12.1995 a 23.11.1998, em que o autor recebeu auxílio-doença por acidente de trabalho vale destacar:
"Art. 60. Até que lei específica discipline a matéria, são contados como tempo de contribuição, entre outros:
(...)
IX - o período em que o segurado esteve recebendo benefício por incapacidade por acidente do trabalho, intercalado ou não.
(...)"
Logo, o período em que o segurado recebeu benefício por incapacidade decorrente de acidente de trabalho deve ser contado como tempo de
contribuição e, por conseguinte, como carência, independentemente de estar ou não intercalado por períodos contributivos.
No caso concreto, como o autor recebeu auxílio-doença decorrente de trabalho, faz jus à contagem do período de 26.12.1995 a 23.11.1998
como tempo de contribuição e carência, independentemente de estar ou não intercalado. Aliás, no caso concreto, o período em questão está
intercalado por períodos contributivos.
No que se refere ao benefício de auxílio-doença (13.11.2012 a 27.02.2015), sobre a questão, o artigo 55, II, da Lei 8.213/91 permite a
contagem do período de gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez como tempo de serviço/contribuição e, por conseguinte,
como carência, desde que intercalado com períodos contributivos.
No caso concreto, o período de 13.11.2012 a 27.02.2015, em que a parte autora esteve em gozo de auxílio-doença não decorrente de acidente
de trabalho está intercalado por períodos contributivos, conforme planilha da contadoria, razão pela qual deve ser considerado como tempo de
contribuição e para fins de carência.
Considerando os períodos reconhecidos nesta sentença e o total já admitido na esfera administrativa, a parte autora possuía 198 meses de
carência na DER, o que é suficiente para a obtenção da aposentadoria por idade urbana.
Dispositivo
Ante o exposto, JULGO PROCEDENTES os pedidos formulados na inicial para condenar o INSS a:
1 – computar os períodos de 26.12.1995 a 23.11.1998 e 13.11.2012 a 27.02.2015, em que recebeu os benefícios de auxílio-doença e auxílio-
doença por acidente de trabalho, para fins de carência;
2 – implantar o benefício de aposentadoria por idade urbana à parte autora desde a DER (09.11.2017).
As parcelas vencidas deverão ser atualizadas, desde o momento em que devidas, nos termos da Resolução nº 267/13 do CJF (manual de
cálculos da Justiça Federal).
Ressalto, por oportuno, que o Ministro Luiz Fux conferiu efeito suspensivo aos embargos de declaração interpostos pelos entes federativos
estaduais em face do acórdão proferido no RE 870.947.
No caso em questão, entretanto, o critério fixado para a atualização monetária não tem por fundamento o acórdão proferido no RE 870.947,
mas apenas a Resolução CJF 267/13, que se encontra em vigor, sem qualquer notícia de suspensão de sua aplicação.
Tendo em vista que o STJ já decidiu que "a reforma da decisão que antecipa a tutela obriga o autor da ação a devolver os benefícios
previdenciários indevidamente recebidos" (Petição nº 10.996-SC - 2015/0243735-0), a implantação do benefício deverá ocorrer apenas após o
transito em julgado da sentença.
Sem custas e, nesta instância, sem honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
ÉLZIO BIRCHES LOPES FILHO promove a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL com o fim de
obter:
1) o reconhecimento de que exerceu atividade rural, sem registro em CTPS, nos períodos de 01.04.1981 a 30.03.1982, 01.04.1982 a
30.03.1983, 04.04.1983 a 28.02.1984, 01.03.1984 a 28.02.1985, 01.01.1985 a 30.04.1986, 01.06.1986 a 31.08.1986, 01.10.1986 a 31.05.1989,
01.07.1989 a 31.08.1992, 01.10.1992 a 31.10.1999, 01.11.1999 a 30.06.2000, 01.10.2002 a 31.10.2002, 01.04.2003 a 30.04.2003, 01.06.2003 a
31.07.2003, 01.09.2003 a 31.10.2003, 01.01.2004 a 31.01.2004, 01.03.2004 a 31.03.2004, 01.07.2004 a 31.07.2004, 01.09.2004 a 30.09.2004,
01.11.2004 a 30.04.2005, 01.06.2005 a 30.06.2005, 01.08.2005 a 31.08.2005, 01.10.2005 a 31.01.2006, 01.03.2006 a 31.03.2006, 01.05.2006 a
31.10.2006, 01.12.2006 a 31.01.2007, 01.03.2007 a 31.03.2007, 01.07.2007 a 31.08.2007, 01.10.2007 a 31.01.2008, 01.03.2008 a 31.03.2008,
01.06.2011 a 30.11.2013 e 01.01.2014 até os dias atuais, na função de torneiro mecânico, na qualidade de empresário, contribuinte individual e
facultativo.
Citado, o INSS apresentou sua contestação, pugnando pela improcedência dos pedidos formulados na inicial.
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
1 – Atividade especial.
A aposentadoria especial é devida ao segurado que trabalhar de modo habitual e permanente, durante 15, 20 ou 25 anos (tempo este que
depende do tipo de atividade), em serviço que prejudique a saúde ou a integridade física, nos termos dos artigos 57 e 58 da Lei 8.213/91.
No entanto, se o segurado não exerceu apenas atividades especiais, o tempo de atividade especial será somado, após a respectiva conversão,
ao tempo de trabalho exercido em atividade comum, conforme § 5º do artigo 57 da Lei 8.213/91, para fins de concessão de aposentadoria por
tempo de contribuição.
O direito à conversão de tempo de atividade especial para comum não sofreu limitação no tempo.
De fato, em se tratando de atividades exercidas sob condições especiais que prejudicam a saúde ou a integridade física do trabalhador, a
norma contida no § 1º, do artigo 201 da Constituição Federal, com redação dada pela Emenda Constitucional nº 20/98, possibilita a adoção de
requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria, por meio de lei complementar.
Até que sobrevenha eventual inovação legislativa, possível apenas por meio de lei complementar, permanecem válidas as regras estampadas
nos artigos 57 e 58 da Lei 8.213/91, conforme artigo 15 da Emenda Constitucional nº 20/98, in verbis:
“Até que a lei complementar a que se refere o artigo 201, § 1º, da Constituição Federal, seja publicada, permanece em vigor o disposto nos
artigos 57 e 58 da Lei nº 8.213/91, de 24 de julho de 1991, na redação vigente à data da publicação desta Emenda”.
Atualmente, os agentes considerados nocivos estão arrolados no Anexo IV, do Decreto 3.048/99. Acontece que a caracterização e a
comprovação do tempo de atividade especial devem observar o disposto na legislação em vigor na época da prestação do serviço, nos termos
do § 1º do artigo 70 do referido Decreto 3.048/99.
Assim, é importante destacar que os Decretos 53.831/64 e 83.080/79 tiveram vigência, com força nos Decretos 357/91 e 611/92, até a edição
do Decreto 2.172, de 05.03.97, que deixou de listar atividades especiais com base na categoria profissional.
Desta forma, é possível o enquadramento de atividades exercidas até 05.03.97 como especiais, com base na categoria profissional, desde que
demonstrado que exerceu tal atividade.
Ressalto, entretanto, que para o agente nocivo “ruído” sempre se exigiu laudo técnico, independentemente da época em que o labor foi
prestado. Já para período a partir de 06.03.97 (data da edição do Decreto 2.172/97) é necessária a comprovação da exposição habitual e
permanente, inclusive, com apresentação de formulário previdenciário, que atualmente é o PPP.
O PPP deve ser assinado pela empresa ou pelo seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho (LTCAT)
expedido por médico do trabalho ou por engenheiro de segurança do trabalho, conforme § 1º do artigo 58 da Lei 8.213/91.
Por conseguinte, o PPP também deve conter o carimbo da empresa e o nome do responsável técnico pela elaboração do LTCAT utilizado
para a emissão do referido formulário previdenciário.
Com relação especificamente ao agente nocivo “ruído”, a jurisprudência atual do STJ, com base nos Decretos 53.831/64, 83.080/79, 2.172/97,
3.048/99 e 4.882/03, e que sigo, é no sentido de que uma atividade pode ser considerada especial quando o trabalhador tiver desempenhado
sua função, com exposição habitual e permanente, a ruído superior à seguinte intensidade: a) até 05/03/1997 – 80 dB(A); b) de 06/03/1997 a
18/11/2003 – 90 dB(A); e c) a partir de 19/11/2003 – 85 dB(A).
Anoto, por oportuno, que a simples disponibilização ou utilização de equipamentos de proteção individual (EPI) não afasta a natureza especial
da atividade, conforme reiterada jurisprudência da TNU.
Súmula 50. É possível a conversão do tempo de serviço especial em comum do trabalho prestado em qualquer período.
No caso concreto, a parte autora pretende o reconhecimento de que exerceu atividades especiais nos períodos de 01.04.1981 a 30.03.1982,
01.04.1982 a 30.03.1983, 04.04.1983 a 28.02.1984, 01.03.1984 a 28.02.1985, 01.01.1985 a 30.04.1986, 01.06.1986 a 31.08.1986, 01.10.1986 a
31.05.1989, 01.07.1989 a 31.08.1992, 01.10.1992 a 31.10.1999, 01.11.1999 a 30.06.2000, 01.10.2002 a 31.10.2002, 01.04.2003 a 30.04.2003,
01.06.2003 a 31.07.2003, 01.09.2003 a 31.10.2003, 01.01.2004 a 31.01.2004, 01.03.2004 a 31.03.2004, 01.07.2004 a 31.07.2004, 01.09.2004 a
30.09.2004, 01.11.2004 a 30.04.2005, 01.06.2005 a 30.06.2005, 01.08.2005 a 31.08.2005, 01.10.2005 a 31.01.2006, 01.03.2006 a 31.03.2006,
01.05.2006 a 31.10.2006, 01.12.2006 a 31.01.2007, 01.03.2007 a 31.03.2007, 01.07.2007 a 31.08.2007, 01.10.2007 a 31.01.2008, 01.03.2008 a
31.03.2008, 01.06.2011 a 30.11.2013 e 01.01.2014 até os dias atuais, na função de torneiro mecânico, na qualidade de empresário, contribuinte
individual e facultativo.
Observo, inicialmente, que o INSS não reconheceu o período de 01.04.1981 a 30.04.1981 sequer como tempo de contribuição do autor.
Pois bem. A guia de recolhimentos apresentada comprova o pagamento efetuado para a competência 04/1981 (fl. 05 do evento 02), de modo
que deve ser contado para todos os fins previdenciários.
O autor apresentou os seguintes documentos, a fim de comprovar o exercício da atividade de torneiro mecânico:
a) certidão de registro do contrato social da empresa Lopes e Lopes Ltda – ME, realizado em 27.04.1981, figurando o autor como sócio da
empresa, cujo objeto social é a prestação de serviços de tornearia; e
b) comprovante de inscrição e de situação cadastral da sociedade Lopes e Lopes serviços de tornearia Ltda – ME junto à Prefeitura
Municipal de Ribeirão Preto, com status de situação ativa e data de abertura em 19.05.1981. O referido documento está datado de 21.02.17.
O autor apresentou também laudo pericial por ele encomendado e firmado por engenheira do trabalho, onde consta que “O autor trabalha na
atividade de preparar, regular e operar máquinas-ferramenta que usinam peças de metal (inox, latão, bronze) e nylon, e controlam os
parâmetros e a qualidade das peças usinadas. Planeja sequencias de operações e executa cálculos técnicos. Rotineiramente utiliza óleo solúvel
para refrigeração, óleo de corte nas ferramentas do torno como: furação e rosca; óleo lubrificante para lubrificação da maquina de torno, e
óleo diesel para lavagem das peças. Diariamente realiza solda elétrica, com eletrodo, para recuperação de eixos de máquina industrial, peças
de câmbio e outros. E ainda utiliza furadeira de bancada e de coluna para furação das peças torneadas” (fls. 51/67 do evento 02).
Realizada audiência, as testemunhas Ricardo e Rubens confirmaram a atividade de torneiro mecânico do autor para o período pretendido
nestes autos.
Em audiência, após a oitiva das testemunhas, foi determinado a realização de perícia judicial.
O laudo pericial concluiu que o autor esteve exposto a ruído de 95,8 dB(A) e aos agentes químicos óleos e graxas, de maneira habitual e
permanente, sendo que suas atividades consistiam em: “Que as atribuições do Torneiro consistem de modo do habitual permanente em
tornear peças de metal (latão; alumínio; cobre; ferro fundido; aço; aço inox; nylon); tornear autocenter; bucha de balança, amortecedores, para
carros importados. Que após realizar o torneamento das peças utiliza lixadeira; furadeira para dar o acabamento. Que as peças torneadas são
feitas através de desenhos ou peças danificadas para serem copiadas. Que durante a operação esta em contato com óleo mineral”(evento 41).
Pois bem. Os documentos apresentados demonstram que o autor desenvolveu a atividade de torneiro mecânico a partir de abril de 1981, de
modo habitual e permanente.
Logo, a parte autora faz jus à contagem dos períodos de 01.04.1981 a 30.03.1982, 01.04.1982 a 30.03.1983, 04.04.1983 a 28.02.1984,
01.03.1984 a 28.02.1985, 01.01.1985 a 30.04.1986, 01.06.1986 a 31.08.1986, 01.10.1986 a 31.05.1989, 01.07.1989 a 31.08.1992, 01.10.1992 a
31.10.1999, 01.11.1999 a 30.06.2000, 01.10.2002 a 31.10.2002, 01.04.2003 a 30.04.2003, 01.06.2003 a 31.07.2003, 01.09.2003 a 31.10.2003,
01.01.2004 a 31.01.2004, 01.03.2004 a 31.03.2004, 01.07.2004 a 31.07.2004, 01.09.2004 a 30.09.2004, 01.11.2004 a 30.04.2005, 01.06.2005 a
30.06.2005, 01.08.2005 a 31.08.2005, 01.10.2005 a 31.01.2006, 01.03.2006 a 31.03.2006, 01.05.2006 a 31.10.2006, 01.12.2006 a 31.01.2007,
01.03.2007 a 31.03.2007, 01.07.2007 a 31.08.2007, 01.10.2007 a 31.01.2008, 01.03.2008 a 31.03.2008, 01.06.2011 a 30.11.2013 e 01.01.2014 a
30.09.2016 como tempo de atividade especial, sendo enquadrado nos itens 1.1.5 e 2.0.1 do quadro anexo aos Decretos 83.080/79, 2.172/97 e
3.048/99.
Assim, a parte autora faz jus à percepção de aposentadoria especial no importe de 100% de seu salário-de-benefício, desde a data do
requerimento administrativo (28.10.2016).
DISPOSITIVO
Ante o exposto, julgo PROCEDENTES os pedidos da parte autora para condenar o INSS a:
1 – averbar os períodos de 01.04.1981 a 30.03.1982, 01.04.1982 a 30.03.1983, 04.04.1983 a 28.02.1984, 01.03.1984 a 28.02.1985, 01.01.1985 a
30.04.1986, 01.06.1986 a 31.08.1986, 01.10.1986 a 31.05.1989, 01.07.1989 a 31.08.1992, 01.10.1992 a 31.10.1999, 01.11.1999 a 30.06.2000,
01.10.2002 a 31.10.2002, 01.04.2003 a 30.04.2003, 01.06.2003 a 31.07.2003, 01.09.2003 a 31.10.2003, 01.01.2004 a 31.01.2004, 01.03.2004 a
31.03.2004, 01.07.2004 a 31.07.2004, 01.09.2004 a 30.09.2004, 01.11.2004 a 30.04.2005, 01.06.2005 a 30.06.2005, 01.08.2005 a 31.08.2005,
01.10.2005 a 31.01.2006, 01.03.2006 a 31.03.2006, 01.05.2006 a 31.10.2006, 01.12.2006 a 31.01.2007, 01.03.2007 a 31.03.2007, 01.07.2007 a
31.08.2007, 01.10.2007 a 31.01.2008, 01.03.2008 a 31.03.2008, 01.06.2011 a 30.11.2013 e 01.01.2014 a 30.09.2016 como tempo de atividades
especiais.
2 – implantar o benefício de aposentadoria especial em favor da parte autora, no importe de 100% do seu salário-de-benefício, desde a data do
requerimento administrativo (28.10.2016), considerando para tanto 27 anos 03 meses e 25 dias de tempo de atividades especiais.
As parcelas vencidas deverão ser atualizadas, desde o momento em que devidas, nos termos da Resolução nº 267/13 do CJF (manual de
cálculos da Justiça Federal).
Ressalto, por oportuno, que o Ministro Luiz Fux conferiu efeito suspensivo aos embargos de declaração interpostos pelos entes federativos
estaduais em face do acórdão proferido no RE 870.947.
No caso em questão, entretanto, o critério fixado para a atualização monetária não tem por fundamento o acórdão proferido no RE 870.947,
mas apenas a Resolução CJF 267/13, que se encontra em vigor, sem qualquer notícia de suspensão de sua aplicação.
Considerando que a parte autora possui 54 anos de idade e poderá receber todos os atrasados após o trânsito em julgado da sentença, não
vislumbro o perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo em se aguardar o trânsito em julgado. Ademais, a 1ª Seção do STJ já
decidiu, nos autos do REsp 1.401.560, em sede de julgamento de recurso repetitivo, nos termos do artigo 543-C do CPC, que "a reforma da
decisão que antecipa a tutela obriga o autor da ação a devolver os benefícios previdenciários indevidamente recebidos". Por conseguinte,
indefiro o pedido de antecipação de tutela. A implantação do benefício deverá ocorrer apenas após o trânsito em julgado da sentença.
Sem custas e, nesta instância, sem honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
MIRIAM PRUDENCIO DIAS promove a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, objetivando, em
síntese, o recebimento de aposentadoria por invalidez ou o restabelecimento do auxílio-doença desde a cessação ocorrida em 26.03.2018.
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
Rejeito as preliminares, que foram apresentadas de forma genérica, sem qualquer demonstração de aplicação no caso concreto.
Mérito
A aposentadoria por invalidez é devida ao segurado considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de qualquer atividade
que lhe garanta a subsistência, nos termos do artigo 42 da Lei 8.213/91.
Já o auxílio-doença é devido ao segurado que ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual, conforme artigo 59 da
Lei 8.213/91.
2) carência de 12 contribuições mensais (artigo 25, I, da Lei nº 8.213/91) para os dois benefícios, sendo dispensada no caso de a incapacidade
decorrer de acidente de qualquer natureza ou causa, de doença profissional ou do trabalho ou de alguma das doenças arroladas em lista
especial, nos termos do inciso II do artigo 26 da Lei 8.213/91; e
3) incapacidade para o trabalho: é neste requisito que repousa a diferença entre um e outro benefício:
a) para a aposentadoria por invalidez: incapacidade total e permanente para qualquer atividade ou profissão; e
b) para o auxílio-doença: incapacidade total e temporária para o seu trabalho ou atividade habitual.
No caso concreto, o perito judicial afirmou que a autora, que tem 59 anos de idade, é portadora de transtorno depressivo recorrente, de
evolução crônica e deteriorante, estando total e permanentemente incapacitada para o trabalho.
Em resposta ao quesito 05 do juízo, o perito judicial consignou que “Paciente portadora de sintomas psíquicos desde os vinte e sete anos de
idade. O tratamento consiste no uso de medicações antidepressivas e psicoterapias, que de um modo geral auxiliam significativamente na
diminuição dos sintomas, embora, frequentemente observamos que a remissão total dos sintomas não aconteça, permanecendo alguns
sintomas residuais de intensidade reduzida. No momento, paciente apresenta incapacidade para o trabalho.”.
Em resposta aos quesitos 09 e 10 do juízo, o perito judicial fixou a data de início da incapacidade em 06.03.2007.
Quanto aos demais requisitos (qualidade de segurado e carência), verifico que a autora esteve em gozo de auxílio-doença de 06.03.2007 a
26.03.2018 (fl. 11 do evento 02).
Em sua manifestação o requerido alega que o laudo analisou a incapacidade da autora sem confrontá-la com sua condição de ser dona de
casa, equivoca-se em sua assertiva.
Analisando detidamente todo o conteúdo do laudo pericial, verifica-se que o perito em nenhum momento menciona qualquer atividade
laborativa remunerada como exercida pela autora. E ainda, em sua conclusão afirma que há evolução crônica e deteriorante do transtorno
depressivo, estando totalmente e definitivamente incapaz para qualquer atividade. Além disso, ao responder os quesitos também menciona que
a parte autora não possui atividade, não havendo qualquer menção a eventual possibilidade de exercer algum tipo de atividade.
Portanto, pelo que ressai do laudo, a pericia declarou a autora incapaz de modo total e permanente, sem considerar qualquer atividade para tal
conclusão, o que afasta a alegação do requerido.
E se não bastasse, a parte autora recebeu benefício administrativamente pela mesma patologia em 2004, depois de 2007 a 2018; sendo que
em seus laudo, os peritos previdenciários registram o diagnóstico de F20, tratamento há 20 anos, prognóstico ruim, registro de sua atividade
como do lar com reconhecimento de incapacidade total. Portanto, face a própria documentação relativa a parte autora consistente nos laudos
realizados na seara administrativa esvaziam sua alegação.
Por conseguinte, a parte autora faz jus ao restabelecimento de auxílio-doença desde 27.03.2018 (dia seguinte à cessação), com conversão em
aposentadoria por invalidez a partir da data da perícia (13.02.2019), quando se verificou a sua incapacidade total e permanente para o trabalho.
Presente o requisito da urgência, eis que se trata de verba alimentar, determino a implantação imediata do benefício, nos termos dos artigos
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 463/1770
300 do CPC e 4º da Lei 10.259/01.
Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido formulado na inicial para condenar o INSS a restabelecer o benefício de auxílio-doença
desde 27.03.2018 (dia seguinte à cessação), com conversão em aposentadoria por invalidez a partir da data da perícia (13.02.2019).
As parcelas vencidas deverão ser atualizadas, desde o momento em que devidas, nos termos da Resolução nº 267/13 do CJF (manual de
cálculos da Justiça Federal).
Ressalto, por oportuno, que o Ministro Luiz Fux conferiu efeito suspensivo aos embargos de declaração interpostos pelos entes federativos
estaduais em face do acórdão proferido no RE 870.947.
No caso em questão, entretanto, o critério fixado para a atualização monetária não tem por fundamento o acórdão proferido no RE 870.947,
mas apenas a Resolução CJF 267/13, que se encontra em vigor, sem qualquer notícia de suspensão de sua aplicação.
Oficie-se requisitando o cumprimento da tutela de urgência, devendo o INSS calcular e informar ao juízo os valores da RMI e da RMA.
Sem custas e, nesta instância, sem honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
NILSON APARECIDO PEREZ promove a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, com o fim de
obter:
a) o reconhecimento de que exerceu atividade especial no período de 03.01.1978 a 15.04.1987, nas funções de operador de laboratório e
operador testes especiais, para a empresa Alcoa Alumínio S.A.
Citado, o INSS apresentou sua contestação, pugnando pela improcedência dos pedidos formulados na inicial.
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
1 – Atividade especial.
A aposentadoria especial é devida ao segurado que trabalhar de modo habitual e permanente, durante 15, 20 ou 25 anos (tempo este que
depende do tipo de atividade), em serviço que prejudique a saúde ou a integridade física, nos termos dos artigos 57 e 58 da Lei 8.213/91.
No entanto, se o segurado não exerceu apenas atividades especiais, o tempo de atividade especial será somado, após a respectiva conversão,
ao tempo de trabalho exercido em atividade comum, conforme § 5º do artigo 57 da Lei 8.213/91, para fins de concessão de aposentadoria por
tempo de contribuição.
O direito à conversão de tempo de atividade especial para comum não sofreu limitação no tempo.
De fato, em se tratando de atividades exercidas sob condições especiais que prejudicam a saúde ou a integridade física do trabalhador, a
norma contida no § 1º, do artigo 201 da Constituição Federal, com redação dada pela Emenda Constitucional nº 20/98, possibilita a adoção de
requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria, por meio de lei complementar.
Até que sobrevenha eventual inovação legislativa, possível apenas por meio de lei complementar, permanecem válidas as regras estampadas
nos artigos 57 e 58 da Lei 8.213/91, conforme artigo 15 da Emenda Constitucional nº 20/98, in verbis:
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 464/1770
“Até que a lei complementar a que se refere o artigo 201, § 1º, da Constituição Federal, seja publicada, permanece em vigor o disposto nos
artigos 57 e 58 da Lei nº 8213/91, de 24 de julho de 1991, na redação vigente à data da publicação desta Emenda”.
Atualmente, os agentes considerados nocivos estão arrolados no Anexo IV, do Decreto 3.048/99. Acontece que a caracterização e a
comprovação do tempo de atividade especial devem observar o disposto na legislação em vigor na época da prestação do serviço, nos termos
do § 1º do artigo 70 do referido Decreto 3.048/99.
Assim, é importante destacar que os Decretos 53.831/64 e 83.080/79 tiveram vigência, com força nos Decretos 357/91 e 611/92, até a edição
do Decreto 2.172, de 05.03.97, que deixou de listar atividades especiais com base na categoria profissional.
Desta forma, é possível o enquadramento de atividades exercidas até 05.03.97 como especiais, com base na categoria profissional, desde que
demonstrado que exerceu tal atividade.
Ressalto, entretanto, que para o agente nocivo “ruído” sempre se exigiu laudo técnico, independentemente da época em que o labor foi
prestado. Já para período a partir de 06.03.97 (data da edição do Decreto 2.172/97) é necessária a comprovação da exposição habitual e
permanente, inclusive, com apresentação de formulário previdenciário, que atualmente é o PPP.
O PPP deve ser assinado pela empresa ou pelo seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho (LTCAT)
expedido por médico do trabalho ou por engenheiro de segurança do trabalho, conforme § 1º do artigo 58 da Lei 8.213/91.
Por conseguinte, o PPP também deve conter o carimbo da empresa e o nome do responsável técnico pela elaboração do LTCAT utilizado
para a emissão do referido formulário previdenciário.
Com relação especificamente ao agente nocivo “ruído”, a jurisprudência atual do STJ, com base nos Decretos 53.831/64, 83.080/79, 2.172/97,
3.048/99 e 4.882/03, e que sigo, é no sentido de que uma atividade pode ser considerada especial quando o trabalhador tiver desempenhado
sua função, com exposição habitual e permanente, a ruído superior à seguinte intensidade: a) até 05/03/1997 – 80 dB(A); b) de 06/03/1997 a
18/11/2003 – 90 dB(A); e c) a partir de 19/11/2003 – 85 dB(A).
Anoto, por oportuno, que a simples disponibilização ou utilização de equipamentos de proteção individual (EPI) não afasta a natureza especial
da atividade, conforme reiterada jurisprudência da TNU.
Súmula 50. É possível a conversão do tempo de serviço especial em comum do trabalho prestado em qualquer período.
Súmula 55. A conversão do tempo de atividade especial em comum deve ocorrer com aplicação do fator multiplicativo em vigor na data da
concessão da aposentadoria.
No caso concreto, o autor pretende o reconhecimento de que exerceu atividade especial no período de 03.01.1978 a 15.04.1987, nas funções
de operador de laboratório e operador testes especiais, para a empresa Alcoa Alumínio S.A.
Considerando os Decretos acima já mencionados e o formulário previdenciário apresentado (PPP), a parte autora faz jus à contagem do
período de 03.01.1978 a 15.04.1987 (83 a 84 dB) como tempos de atividade especial, em razão de sua exposição a ruídos, sendo enquadrados
nos itens 1.1.5 e 2.0.1 dos quadros anexos aos Decretos 83.080/79, 2.172/97 e 3.048/99.
A aposentadoria por tempo de contribuição foi concedida ao autor no importe de 100% de seu salário-de-benefício, apurado um total de 35
anos e 01 dia de tempo de contribuição.
De acordo com a planilha da contadoria anexada aos autos, tendo em vista o que acima foi decidido, bem como o já considerado na esfera
administrativa, a parte autora possuía 38 anos, 08 meses e 18 dias de tempo de contribuição até a DER (03.05.2011), o que é suficiente para a
revisão de sua aposentadoria por tempo de contribuição.
Logo, a parte autora faz jus à revisão de sua aposentadoria por tempo de contribuição desde a data da DIB (03.05.2011), com recebimento
das diferenças, respeitada a prescrição quinquenal.
Ante o exposto, julgo PROCEDENTES os pedidos da parte autora para condenar o INSS a:
1 – averbar o período de 03.01.1978 a 15.04.1987, como tempo de atividade especial, com conversão em tempos de atividade comum, que,
acrescidos dos períodos já reconhecidos pelo INSS (35 anos e 01 dia), totalizam 38 anos, 08 meses e 18 dias de tempo de contribuição;
2 – revisar o benefício de aposentadoria por tempo de contribuição (NB 153.462.378-4) desde a DIB (03.05.2011).
As parcelas vencidas, observada a prescrição quinquenal, deverão ser atualizadas, desde o momento em que devidas, nos termos da
Resolução nº 267/2013 do CJF (manual de cálculos da Justiça Federal).
Ressalto, por oportuno, que o Ministro Luiz Fux conferiu efeito suspensivo aos embargos de declaração interpostos pelos entes federativos
estaduais em face do acórdão proferido no RE 870.947.
No caso em questão, entretanto, o critério fixado para a atualização monetária não tem por fundamento o acórdão proferido no RE 870.947,
mas apenas a Resolução CJF 267/13, que se encontra em vigor, sem qualquer notícia de suspensão de sua aplicação.
Por fim, não vislumbro os requisitos para a concessão da tutela de urgência, na medida em que o direito de subsistência da parte autora está
garantido, ainda que em menor valor, pelo recebimento da aposentadoria, o que retira a necessidade da revisão iminente do benefício.
Sem custas e, nesta instância, sem honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
ELSON SPOSITO promove a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, objetivando, em síntese, o
recebimento de aposentadoria por invalidez ou de auxílio-doença desde a DER (17.07.2018).
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
Preliminares
Rejeito as preliminares, que foram apresentadas de forma genérica, sem qualquer demonstração de aplicação no caso concreto.
Mérito
A aposentadoria por invalidez é devida ao segurado considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de qualquer atividade
que lhe garanta a subsistência, nos termos do artigo 42 da Lei 8.213/91.
Já o auxílio-doença é devido ao segurado que ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual, conforme artigo 59 da
Lei 8.213/91.
3) incapacidade para o trabalho: é neste requisito que repousa a diferença entre um e outro benefício:
a) para a aposentadoria por invalidez: incapacidade total e permanente para qualquer atividade ou profissão; e
b) para o auxílio-doença: incapacidade total e temporária para o seu trabalho ou atividade habitual.
No caso concreto, o perito judicial afirmou que o autor, que tem 63 anos de idade, é portador de neoplasia de próstata (patologia principal),
dislipidemia, hipertensão arterial e transtorno depressivo (patologias secundárias), estando parcial e temporariamente incapaz para o trabalho e
inapto para o exercício da sua alegada atividade habitual (representante comercial).
Em resposta ao quesito 05 do juízo, o perito judicial consignou que o autor apresenta “Limitação para movimentos que permitam exercer suas
funções habituais”.
Em resposta aos quesitos 09 e 10 do juízo, o perito judicial fixou a data de início da incapacidade em 11.2016 e deixou de estimar um prazo
para recuperação da capacidade laborativa, eis que o autor “Aguarda tratamento radioterápico”.
Posteriormente, em resposta aos quesitos complementares apresentados, o perito judicial esclareceu que “A incapacidade laborativa do autor
se fixou em novembro de 2016 quando do agravamento de sintomas referentes a neoplasia de próstata que dificultou o exercício de suas
atividades laborativas e que, posteriormente levou a tratamento cirúrgico em maio de 2018”.
Assim, considerando a idade da parte autora (64 anos) e o laudo pericial, sobretudo, a possibilidade de recuperação da capacidade laboral, não
há que se falar, por ora, em aposentadoria por invalidez, mas sim em auxílio-doença.
Quanto aos demais requisitos (qualidade de segurado e carência), observo que a parte autora possui recolhimentos como facultativo de
01.07.2015 a 30.06.2016, bem como na qualidade de contribuinte individual 01.09.2016 a 30.09.2016 (fl. 04 do evento 13).
No tocante a alegação do requerido quanto a data do início da incapacidade, argumentando que a fixação em novembro de 2016 deu-se
baseada em alegações da parte, solicitando o prontuário médico da parte junto ao Instituto Ribeirãopretano de Combate ao Câncer, registro
que a providência resta prejudicada para a solução da lide.
Analisando a documentação anexada, verifico que o relatório médico de referido Instituto registra que o autor estaria em tratamento desde
05.12.2017 devido a Adenocarcinoma de Próstata, Gleason 7 (3+4) diagnosticado por biopsia em 24.10.2017 com PSA inicial de 3,0, termos
médicos que indicam todo quadro do autor e que, efetivamente, foram considerados e compreendidos pelo perito para fins da fixação do início
da incapacidade. Relevante ainda notar que o requerido, diante dos termos médicos do relatório e da fixação da data pelo perito judicial,
inclusive reiterada em seus esclarecimentos, poderia desconstituir de modo técnico com laudo de assistente técnico, o que não o fez.
Cumpre anotar, no tocante ao período de carência não há o que questionar, dado que, a enfermidade que acomete o autor é a neoplasia
maligna (neoplasia de próstata), constituindo-se numa das moléstias que a legislação considera de especial gravidade, por causar “estigma,
deformação, mutilação, deficiência”, dispensando do cumprimento de carência o segurado delas portador, nos termos do art. 26, II, c.c. art.
151 da Lei 8.213/91.
Por outro lado, impõe-se a análise acerca da manutenção da qualidade de segurado do requerente, vale dizer, se face às contribuições
efetivadas e a data em que deixou de recolhê-las, ainda pode ser considerado segurado da Previdência Social para fins de concessão do
benefício. Nesse aspecto, mister relembrar que o autor possui recolhimentos como facultativo de 01.07.2015 a 30.06.2016 e como contribuinte
individual entre 01.09.2016 a 30.09.2016. Consequentemente, não há que se falar em perda de citada condição, ex vi, do disposto pelo artigo
15, da Lei 8213/1991, considerando a data de início da incapacidade.
Em suma: a parte autora preenche os requisitos legais para o recebimento de auxílio-doença desde 17.07.2018 (data do requerimento
administrativo), conforme requerido.
Considerando que o perito não logrou estimar um prazo para a recuperação da capacidade laboral exato, fixo o prazo do benefício,
moderadamente, em 04 meses contados desta sentença.
Presente o requisito da urgência, eis que se trata de verba alimentar, determino a implantação imediata do benefício, nos termos dos artigos
300 do CPC e 4º da Lei 10.259/01.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 467/1770
Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido formulado na inicial para condenar o 17.07.2018. (data do requerimento administrativo),
pagando o benefício até 4 meses contados desta sentença, sem prejuízo de a parte autora, em havendo necessidade, requerer a prorrogação
do benefício na esfera administrativa, sem qualquer impacto nestes autos.
As parcelas vencidas deverão ser atualizadas, desde o momento em que devidas, nos termos da Resolução nº 267/13 do CJF (manual de
cálculos da Justiça Federal).
Ressalto, por oportuno, que o Ministro Luiz Fux conferiu efeito suspensivo aos embargos de declaração interpostos pelos entes federativos
estaduais em face do acórdão proferido no RE 870.947.
No caso em questão, entretanto, o critério fixado para a atualização monetária não tem por fundamento o acórdão proferido no RE 870.947,
mas apenas a Resolução CJF 267/13, que se encontra em vigor, sem qualquer notícia de suspensão de sua aplicação.
Cuidando-se apenas de pagamento de atrasados, o cumprimento da sentença deverá ocorrer somente após o trânsito em julgado.
Sem custas e, nesta instância, sem honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
REIDINÉLIO TRINDADE NASCIMENTO promove a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL,
objetivando, em síntese, o recebimento de aposentadoria por invalidez ou o restabelecimento do auxílio-doença desde a cessação ocorrida em
11.04.2018.
O INSS ofertou proposta de acordo, recusada pela parte autora e, no mérito, pugnou pela improcedência do pedido formulado na inicial.
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
Preliminares
Rejeito as preliminares, que foram apresentadas de forma genérica, sem qualquer demonstração de aplicação no caso concreto.
Mérito
A aposentadoria por invalidez é devida ao segurado considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de qualquer atividade
que lhe garanta a subsistência, nos termos do artigo 42 da Lei 8.213/91.
Já o auxílio-doença é devido ao segurado que ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual, conforme artigo 59 da
Lei 8.213/91.
2) carência de 12 contribuições mensais (artigo 25, I, da Lei nº 8.213/91) para os dois benefícios, sendo dispensada no caso de a incapacidade
decorrer de acidente de qualquer natureza ou causa, de doença profissional ou do trabalho ou de alguma das doenças arroladas em lista
especial, nos termos do inciso II do artigo 26 da Lei 8.213/91; e
a) para a aposentadoria por invalidez: incapacidade total e permanente para qualquer atividade ou profissão; e
b) para o auxílio-doença: incapacidade total e temporária para o seu trabalho ou atividade habitual.
No caso concreto, o perito judicial afirmou que o autor, que tem 48 anos de idade, é portador de radiculopatia lombar, estando parcial e
temporariamente incapacitado para o trabalho e para o exercício de sua alegada atividade habitual (rurícola).
Em resposta ao quesito 05 do juízo, o perito judicial informou que “Autor com quadro de lombalgia crônica com irradiação par a perna direita
associada a alterações de reflexo patelar a direita. Exames de imagens mostram alterações degenerativas com estenose central e foraminal a
direita com compressão radicular. Há indicação de tratamento cirúrgico para a patologia em questão”.
Em resposta aos quesitos 09 e 10 do juízo, o perito fixou a data de início da incapacidade em 03.2018 e apontou que a parte autora poderá
retornar ao trabalho “após a reabilitação e possível cirurgia”.
Informou que a incapacidade é parcial, vale dizer, somente para sua atividade habitual e que é temporária (quesitos 5 e 7 do Juízo).
Em síntese, a perícia concluiu que a autora pode realizar atividades laborais de menor demanda física imediatamente, e que nesse momento
não consegue realizar sua atividade habitual e que após tratamento poderá retornar à sua atividade.
Assim, considerando a idade da parte autora (apenas 48 anos) e o laudo pericial, sobretudo, a possibilidade de recuperação da capacidade
laborativa, não há que se falar, por ora, em aposentadoria por invalidez, mas sim em auxílio-doença.
Quanto aos demais requisitos (qualidade de segurado e carência), observo que a parte autora esteve em gozo de auxílio-doença de 16.10.2009
a 11.04.2018 (fl. 17 do evento 23).
Em suma: a parte autora preenche os requisitos legais para o restabelecimento do auxílio-doença desde 12.04.2018 (dia seguinte à cessação
do referido benefício).
Considerando que o perito não logrou estimar um prazo para a recuperação da capacidade laboral exato, fixo o prazo do benefício,
moderadamente, em 04 meses contados desta sentença.
Cumpre anotar que a parte autora foi examinada por médico com conhecimento na área das patologias alegadas, que apresentou laudo
devidamente fundamentado. Não há, portanto, razão para desprezar o parecer do perito judicial.
Presente o requisito da urgência, eis que se trata de verba alimentar, determino a implantação imediata do benefício, nos termos dos artigos
300 do CPC e 4º da Lei 10.259/01.
Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido formulado na inicial para condenar o INSS a pagar o benefício de auxílio-doença em favor
da parte autora desde 12.04.2018, pagando o benefício até 4 meses contados desta sentença, sem prejuízo de a parte autora, em havendo
necessidade, requerer a prorrogação do benefício na esfera administrativa, sem qualquer impacto nestes autos.
As parcelas vencidas deverão ser atualizadas, desde o momento em que devidas, nos termos da Resolução nº 267/13 do CJF (manual de
cálculos da Justiça Federal).
Ressalto, por oportuno, que o Ministro Luiz Fux conferiu efeito suspensivo aos embargos de declaração interpostos pelos entes federativos
estaduais em face do acórdão proferido no RE 870.947.
No caso em questão, entretanto, o critério fixado para a atualização monetária não tem por fundamento o acórdão proferido no RE 870.947,
mas apenas a Resolução CJF 267/13, que se encontra em vigor, sem qualquer notícia de suspensão de sua aplicação.
Oficie-se requisitando o cumprimento da tutela de urgência, devendo o INSS calcular e informar ao juízo os valores da RMI e da RMA.
Sem custas e, nesta instância, sem honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
ANTÔNIO LUIZ BENINI promove a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, com o fim de obter
aposentadoria por idade urbana desde a DER (21.06.2018).
Citado, o INSS apresentou sua contestação, pugnando pela improcedência dos pedidos formulados na inicial.
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
A aposentadoria por idade está disciplinada nos artigos 48 e seguintes da Lei 8.213/91.
b) carência (que é de 180 contribuições, nos termos do artigo 25, II, da Lei 8.213/91, observada a regra de transição do artigo 142 da mesma
Lei de Benefícios).
Para a concessão da aposentadoria por idade urbana não se faz necessário o preenchimento simultâneo dos requisitos da idade e da carência,
nos termo do § 1º do artigo 3º da Lei 10.666/03.
No caso concreto, a parte autora completou 65 anos de idade em 10.02.2018, de modo que, na DER (21.06.2018), já preenchia o requisito da
idade.
A carência a ser cumprida, observado o ano em que a parte autora completou a idade mínima, é de 180 meses de contribuição, nos termos do
artigo 142 da Lei 8.213/91.
O INSS não considerou para fins de carência os períodos em que a parte autora recebeu auxílio-doença, entre 20.01.2003 a 06.03.2007 e
10.06.2010 a 11.06.2018.
Sobre a questão, o artigo 55, II, da Lei 8.213/91 permite a contagem do período de gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez
como tempo de serviço/contribuição e, por conseguinte, como carência, desde que intercalado com períodos contributivos.
Súmula 73 - O tempo de gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez não decorrente de acidente de trabalho só pode ser
computado como tempo de contribuição ou para fins de carência quando intercalado entre períodos nos quais houve recolhimento de
contribuições para a previdência social.
No caso concreto, os períodos de 20.01.2003 a 06.03.2007 e 10.06.2010 a 11.06.2018, em que a parte autora esteve em gozo de auxílio-
doença não decorrente de acidente de trabalho estão intercalados por períodos contributivos, conforme planilha da contadoria, razão pela qual
devem ser considerados como tempo de contribuição e para fins de carência.
Assim, considerando os períodos reconhecidos nesta sentença e o total já admitido na esfera administrativa, a parte autora possuía 185 meses
de carência na DER, o que é suficiente para a obtenção da aposentadoria por idade urbana.
Dispositivo
Ante o exposto, JULGO PROCEDENTES os pedidos formulados na inicial para condenar o INSS a:
2 – implantar o benefício de aposentadoria por idade urbana à parte autora desde a DER (21.06.2018).
As parcelas vencidas deverão ser atualizadas, desde o momento em que devidas, nos termos da Resolução nº 267/13 do CJF (manual de
cálculos da Justiça Federal).
Ressalto, por oportuno, que o Ministro Luiz Fux conferiu efeito suspensivo aos embargos de declaração interpostos pelos entes federativos
estaduais em face do acórdão proferido no RE 870.947.
No caso em questão, entretanto, o critério fixado para a atualização monetária não tem por fundamento o acórdão proferido no RE 870.947,
mas apenas a Resolução CJF 267/13, que se encontra em vigor, sem qualquer notícia de suspensão de sua aplicação.
Anoto, por fim, que a 1ª Seção do STJ já decidiu, nos autos do REsp 1.401.560, em sede de julgamento de recurso repetitivo, nos termos do
artigo 543-C do CPC, que "a reforma da decisão que antecipa a tutela obriga o autor da ação a devolver os benefícios previdenciários
indevidamente recebidos". Por conseguinte, indefiro o pedido de antecipação de tutela. A implantação do benefício deverá ocorrer apenas
após o trânsito em julgado da sentença.
Sem custas e, nesta instância, sem honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
JOSÉ AUGUSTO DE MATOS promoveu a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL objetivando, em
síntese, a declaração de inexigibilidade do débito que lhe é cobrado (de valores que recebeu a título de benefício assistencial), com a restituição
do que está sendo debitado indevidamente de seu benefício ou, alternativamente, a redução do desconto mensal para 5%.
Sustenta que:
2 – foi surpreendido com procedimento de reavaliação do benefício com a constatação de que os rendimentos do grupo familiar ultrapassaram
¼ do salário mínimo em alguns períodos.
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
No caso, a hipótese tratada apresenta peculiaridades que devem ser consideradas para a solução da demanda.
Consta do procedimento administrativo que o autor teve sua condição social reavaliada em razão da existência de veículo em seu nome,
quando então restou constatado que, apesar do veículo ter sido furtado, o grupo familiar ultrapassou a renda per capita legalmente permitida
em alguns períodos.
A constatação de descumprimento da exigência legal decorreu do fato de que o filho do autor, componente do grupo familiar incluído pelo
próprio INSS por ocasião da concessão do benefício, auferiu renda em razão de trabalho exercido nos períodos de 05.2004 a 09.2004, 03.2006
a 04.2006, 04.2007 a 08.2008, 02.2009 a 05.2010, 03.2011, 06.2012 a 08.2012, 02.2014 a 03.2014 e 09.2014 a 11.2014.
Nesse sentido, pretende o reconhecimento da inexigibilidade do débito por se tratar de recebimento de boa-fé e, especialmente, face ao
caráter alimentar do benefício.
Por seu turno, a parte requerida defende a legalidade do ato em razão da vedação do enriquecimento sem causa.
No caso concreto, o autor reside com sua esposa e um filho solteiro e, conforme consta do CNIS, a primeira recebeu BPC (06.2012 a 08.2012
– fl. 34 e 23.10.2013 a 31.03.2014 – fl. 36 do evento 21) e o segundo exerceu atividades remuneradas (02.05.2002 a 14.09.2004; 01.03.2006 a
30.04.2006; 02.04.2007 a 19.08.2008; 10.02.2009 a 12.05.2010; 01.03.2011 a 31.03.2011; 01.10.2013 a 31.01.2014; 03.02.2014 a 01.04.2014 e
08.09.2014 a 30.11.2014) e recebeu auxílio-doença (11.07.2008 a 16.07.2008; 03.06.2009 a 30.09.2009), conforme extrato CNISWeb anexado
aos autos (evento 23).
Assim, excluída a esposa e o benefício previdenciário de apenas um salário mínimo por esta recebido, o núcleo familiar da parte requerente,
para fins de apuração do critério financeiro, é de duas pessoas (o autor e seu filho).
Nesse sentido, verifico que os períodos em que supostamente houve aumento da renda familiar foram aqueles em que o filho do autor recebeu
valores superiores aos salários mínimos vigentes (evento 24 e CTPS – fls. 23/27 do evento 21).
Relevante notar que apesar da alteração da renda familiar não comunicada, esta não se deu de forma regular, além disso, o requerido também
não efetuou as devidas fiscalizações, dado que devidamente registrados os vínculos do filho e seus valores.
Vejamos.
Nas competências 05.2010, 01.10.2013 a 31.01.2014, 04.2014 e 09.2009 é que o filho do autor recebeu valores iguais ou inferiores ao salário
mínimo. Por outro lado, nas competências 02.05.2002 a 14.09.2004; 01.03.2006 a 30.04.2006; 02.04.2007 a 19.08.2008; 10.02.2009 a
30.08.2009; 01.10.2009 a 30.04.2010; 01.03.2011 a 31.03.2011; 03.02.2014 a 30.03.2014 e 08.09.2014 a 30.11.2014 recebeu valores acima do
patamar fixado.
Portanto, trata-se de longo período, vale dizer, desde 2002, com intervalos variando o montante e que não houve qualquer fiscalização regular
pelo requerido, como legalmente previsto.
Assim, neste ponto, relevante para a solução da lide é a existência ou não de boa-fé, face à existência de entendimento jurisprudencial no
sentido da desnecessidade de devolução, pelo segurado, de parcelas recebidas de boa-fé objetiva, em atenção à natureza alimentar do
benefício previdenciário e à condição de hipossuficiência da parte segurada. Destaque-se que não é o suposto erro da Administração que
fundamenta a desnecessidade de devolução, mas o reconhecido recebimento de boa-fé do benefício.
Destarte, na hipótese, verifico que a parte autora recebeu benefício requerido com base em sua miserabilidade, ressalto que para tanto durante
longo período não houve apuração pela Instituição requerida, a qual poderia ser facilmente realizada, face aos vínculos devidamente
registrados. Além disso, a renda familiar sofreu diversas alterações durante este longo período, tendo em vista a alteração do salário recebido
por todos esses anos.
Nesta situação, a legislação relativa à vedação de enriquecimento ilícito e de devolução do montante mediante desconto mensal no benefício
recebido deve ser interpretada com temperamentos, mormente em decorrência de princípios gerais do direito, como da boa-fé e da natureza
alimentar do pagamento. Em verdade, quando o recebimento decorre de situação não atribuída à parte beneficiária, resultando em pagamento
indevido ao segurado, cria-se uma falsa expectativa de que os valores recebidos são legais e definitivos, impedindo, assim, que ocorra desconto
dos mesmos, ante a reconhecida boa-fé e seu uso para sobrevivência.
Cabe ainda notar que o próprio requerido inseriu o filho capaz do autor no núcleo familiar, de modo que deveria realizar a fiscalização
periódica e não o fez, sendo que o próprio autor não recebeu qualquer renda.
Destarte, resta evidente que a parte autora agiu de boa-fé, eis que em nenhum momento passou a receber algum tido de renda e face a
constante alteração de salário de seu filho durantes vários anos fundamentam sua crença de recebimento devido do benefício.
Portanto, considerando todo o contexto probatório, não cabe falar em devolução dos valores recebidos, notadamente quando se trata de verba
de caráter alimentar e da boa-fé do beneficiário.
DISPOSITIVO
Ante o exposto, julgo PROCEDENTE o pedido para declarar a inexigibilidade da cobrança referente a valores recebidos pelo autor nas
competências de 05.2004 a 09.2004, 03.2006 a 04.2006, 04.2007 a 08.2008, 02.2009 a 05.2010, 03.2011, 06.2012 a 08.2012, 02.2014 a 03.2014
e 09.2014 a 11.2014, à título de benefício assistencial ao idoso, nos termos da argumentação supra, devendo:
a) cessar imediatamente a realização de qualquer desconto no seu benefício, relativamente ao débito em questão; e
b) efetuar a devolução ao autor dos valores que já descontou, devidamente corrigidos desde a data de cada desconto indevido, observada a
prescrição quinquenal, com atualização desde cada débito indevido, nos termos da Resolução nº 267/2013 do CJF (manual de cálculos da
Justiça Federal) e juros de mora desde a citação, nos termos da Resolução nº 267/13 do CJF; o que deverá ser cumprido somente após o
trânsito em julgado desta sentença.
Por outro lado, face ao caráter alimentar, no tocante a cobrança dos valores, antecipo os efeitos da tutela jurisdicional somente para impedir o
requerido de realizar qualquer ato atinente à tentativa de sua cobrança.
Expeça-se ofício ao INSS para imediata cessação de novos descontos no benefício da parte autora em decorrência dos fatos discutidos nestes
autos, independentemente do trânsito em julgado.
Sem custas e, nesta instância, sem honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
Vistos em inspeção.
MOACIR DE PAULA SILVA propôs a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL-INSS, objetivando a
concessão do benefício assistencial previsto pelo art. 203, V, da Constituição da República.
Passo a apreciar a postulação, tendo em vista que não há necessidade de audiência para o deslinde da controvérsia.
Cuida-se de ação com o objetivo de assegurar o benefício previsto pelo art. 203, V, da Constituição da República, cujo teor é o seguinte:
“Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por
objetivos:
(...)
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de
prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.”
Por força dessa disposição constitucional, foi editada a Lei nº 8.742-93 (Lei de Organização da Assistência Social – LOAS), a qual foi
alterada pelas Leis 12.435 de 6/07/2011 e 12.470, de 31/08/2011.
O caput e os §§ 1º a 4º do art. 20 do diploma em destaque compõem o núcleo normativo sob o qual deve ser analisada a demanda.
“Art. 20. O benefício de prestação continuada é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65
(sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família.
§ 1o Para os efeitos do disposto no caput, a família é composta pelo requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais e, na ausência de um deles,
a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto.
§ 3o Considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa com deficiência ou idosa a família cuja renda mensal per capita seja inferior a
1/4 (um quarto) do salário-mínimo.
§ 4o O benefício de que trata este artigo não pode ser acumulado pelo beneficiário com qualquer outro no âmbito da seguridade social ou de
outro regime, salvo os da assistência médica e da pensão especial de natureza indenizatória.
...
§ 10. Considera-se impedimento de longo prazo, para os fins do § 2o deste artigo, aquele que produza efeitos pelo prazo mínimo de 2 (dois)
anos. ”
Visto isso, impõe-se destacar que a postulação busca amparo nas alegações de deficiência e de preenchimento do requisito econômico
previsto legalmente.
1 - Da alegada deficiência
Conforme dispõe o art. 20, § 2º, da LOAS, “Para efeito de concessão deste benefício, considera-se pessoa com deficiência aquela que tem
impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir
sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.”.
No caso dos autos, a questão encontra-se elucidada no laudo médico, onde se observa a diagnose de sequelas de fratura complexa da pelve e
acetábulo à esquerda, planalto tibial esquerdo e fratura exposta dos ossos do pé direito.
Conclui o perito, assim, que a parte autora padece do impedimento previsto no artigo 20, §2º, acima transcrito, colocando que a mesma
necessita de auxílio de outra pessoa até mesmo para se levantar da cadeira (vide quesito nº 3.2.1).
2 - Do requisito econômico
O requisito econômico para o benefício assistencial, consoante a expressa previsão do § 3º do art. 20 da LOAS, é a média de 1/4 do salário
mínimo por membro da entidade familiar do interessado.
Feita essa observação, destaco que o preceito em epígrafe deve ser aferido tendo-se em vista, inclusive, o § 1º do referido artigo legal,
consoante o qual a família, para o fim de aferição do direito ao benefício assistencial, deve seguir a definição do art. 20 da LOAS (a família é
composta pelo requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais e, na ausência de um deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os
filhos e enteados solteiros e os menores tutelados) exigindo-se que as pessoas ali indicadas vivam sob o mesmo teto.
Quanto a esse aspecto, observa-se que, obviamente, não deve ser computada a renda de pessoa que não coabite (isto é, não viva sob o
mesmo teto) com o interessado no benefício assistencial, mesmo que ela esteja prevista pelo art. 20 da LOAS. A ausência de coabitação
impede, igualmente, que essa pessoa seja computada para a apuração da renda média exigida legalmente.
Por outro lado, qualquer pessoa que, embora coabite com o interessado, não esteja prevista no rol do mencionado § 1º não pode ser levada em
consideração, quer quanto ao ingresso de rendimentos, quer para a aferição do requisito econômico.
Em seguida, destaco que o limite de renda per capita previsto pelo § 3º do art. 20 da LOAS é, conforme mencionado, de 1/4 do salário mínimo.
O valor cria presunção legal de situação de miséria, que, no entanto, deve ser aferida em face das peculiaridades de cada caso concreto,
consoante a prova produzida.
Ressalto, ainda, que o valor nominal para aferição da necessidade de intervenção assistencial pública, previsto inicialmente pelo art. 20, § 3º,
da Loas (1/4 do salário mínimo), foi majorado para a metade do salário mínimo pela legislação assistencial superveniente, a saber, as Leis nº
9.533-97 (Programa de Renda Mínima) e nº 10.689-03 (Programa Nacional de Acesso à Alimentação), que fixaram o novo paradigma.
No caso dos autos, verifico que a perícia assistencial constatou que a parte autora reside com sua companheira e uma filha.
A renda do grupo familiar provém exclusivamente do salário da filha, em valor verificado em seu CNIS (fls. 23, doc. 26) de R$ 1.490,80 (mil
quatrocentos e noventa reais e oitenta centavos), a qual, dividida entre os três integrantes do grupo familiar, resulta num valor per capita de
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 474/1770
496,93, este inferior a meio salário-mínimo.
3 - Da tutela de urgência
Conclui-se, assim, que foram atendidos os requisitos do benefício, resultando evidente a plausibilidade do direito invocado na inicial.
Noto, por outro lado, a presença de perigo de dano de difícil reparação, que decorre naturalmente do caráter alimentar da verba
correspondente ao benefício, de forma que estão presentes os elementos pertinentes à antecipação dos efeitos da tutela, tal como prevista
pelos artigos 300 do CPC e 4º da Lei nº 10.259-01.
4 – Dispositivo
Ante o exposto, julgo PROCEDENTE O PEDIDO para determinar ao INSS que proceda à concessão do benefício assistencial para a parte
autora, no valor de um salário mínimo, a partir da DER, em 01/03/2018.
Concedo a antecipação dos efeitos da tutela, para determinar ao INSS que, em até 15 (quinze) dias, implante o benefício.
Observo que o pagamento das parcelas vencidas será devido entre a DIB e a data da efetivação da antecipação de tutela.
Os valores das diferenças do julgado deverão ser apurados nos termos da Resolução CJF 267/2013 (Manual de Cálculos da Justiça Federal),
sendo os juros de mora contados a partir da citação.
Intime-se. Oficie-se, requisitando o cumprimento da antecipação deferida, sendo esclarecido que a preterição do prazo implicará a fixação de
outro mais exíguo e a previsão de multa.
ELISANGELA PATRICIA CAETANO promove a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL,
objetivando, em síntese, o recebimento de aposentadoria por invalidez com o acréscimo de 25% previsto no artigo 45 da Lei 8.213/91 ou de
auxílio-doença desde a DER (11.01.2018).
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
Preliminares
Rejeito as preliminares, que foram apresentadas de forma genérica, sem qualquer demonstração de aplicação no caso concreto.
Mérito
A aposentadoria por invalidez é devida ao segurado considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de qualquer atividade
que lhe garanta a subsistência, nos termos do artigo 42 da Lei 8.213/91.
Já o auxílio-doença é devido ao segurado que ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual, conforme artigo 59 da
Lei 8.213/91.
2) carência de 12 contribuições mensais (artigo 25, I, da Lei nº 8.213/91) para os dois benefícios, sendo dispensada no caso de a incapacidade
decorrer de acidente de qualquer natureza ou causa, de doença profissional ou do trabalho ou de alguma das doenças arroladas em lista
especial, nos termos do inciso II do artigo 26 da Lei 8.213/91; e
3) incapacidade para o trabalho: é neste requisito que repousa a diferença entre um e outro benefício:
a) para a aposentadoria por invalidez: incapacidade total e permanente para qualquer atividade ou profissão; e
b) para o auxílio-doença: incapacidade total e temporária para o seu trabalho ou atividade habitual.
No caso concreto, o perito judicial afirmou que a autora, que tem 38 anos de idade, é portadora de protusão lombar e cervical, estando parcial
e permanentemente incapacitada para o trabalho e inapta para o exercício de sua atividade habitual (auxiliar de produção).
Em sua conclusão, o perito judicial informou que “Autor apresenta patologia ortopédica. Sintomas iniciaram há 4 anos, submetida a vários tipos
de tratamento, sem melhora das queixas (sic) Ao exame apresenta limitação dos movimentos da lombar, bem como contratura paravertebral.
Autor apresenta incapacidade parcial e permanente”.
Em resposta ao quesito 05 do juízo, o perito judicial consignou que a autora “pode realizar atividades que não exijam sobrecarga em coluna”.
Em resposta ao quesito 09 do juízo, o perito judicial fixou a data de início de incapacidade em 04.10.2018 e estimou um prazo de 30 dias
contados da perícia judicial, realizada em 04.10.2018, para a recuperação da capacidade laborativa.
“Vistos, etc.
Converto o julgamento em diligência.
Tendo em vista a aparente contradição entre a resposta ao quesito 07 do juízo, de que a incapacidade parcial da autora é permanente e a
resposta do quesito 10 do Juízo, intime-se o perito para que, no prazo de 10 (dez) dias, esclareça se a autora está permanentemente
incapacitada para a sua atividade habitual, ou poderá voltar a exercê-la após o controle álgico dos sintomas.
Com a juntada do laudo complementar, dê-se vista às partes para, querendo, apresentar manifestação, no prazo comum de 05 (cinco) dias.
Decorrido o prazo, voltem os autos conclusos para sentença”.
Em cumprimento à determinação judicial, o perito esclareceu que “Por estar sintomática não poderia exercer atividade laboral no momento, o
prazo de 30 dias seria para controle dos sintomas vistos na pericia. O seu retorno, após esse prazo, seria para atividades que não exijam
sobrecarga em coluna lombar”.
Assim, considerando a idade da autora (apenas 38 anos) e a conclusão do perito judicial, de que a requerente poderá exercer outros tipos de
atividades laborativas “que não exijam sobrecarga em coluna”, não há que se falar, por ora, em aposentadoria por invalidez, mas sim em
auxílio-doença, com inclusão em programa de reabilitação profissional.
Quanto aos demais requisitos (qualidade de segurado e carência), observo que a autora esteve em gozo de auxílio-doença de 23.04.2017 a
01.11.2017 (fl. 12 evento 22).
Em suma: a parte autora preenche os requisitos legais para a concessão de auxílio-doença e, considerando a efetiva comprovação da
incapacidade em 04.10.2018, ou seja, em data posterior à DER (11.01.2018), o auxílio-doença é devido desde a data da intimação do INSS
acerca do laudo pericial, o que ocorreu em 22.11.2018, eis que foi naquela data que o INSS tomou ciência da incapacidade laboral da parte
requerente.
Presente o requisito da urgência, eis que se trata de verba alimentar, determino a implantação imediata do benefício, nos termos dos artigos
300 do CPC e 4º da Lei 10.259/01.
Ante o exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido formulado na inicial para condenar o INSS a conceder o benefício de
auxílio-doença em favor da parte autora desde 22.11.2018 (data da intimação do INSS acerca do laudo), devendo a parte autora ser incluída
em programa de reabilitação profissional, nos termos do artigo 101 da Lei 8.2013/91, mantendo-se o benefício até que seja eventualmente dada
como habilitada para o desempenho de nova atividade que lhe garanta a subsistência ou, se considerada não-recuperável, seja aposentada por
invalidez, nos termos do artigo 62 da Lei 8.213/91.
As parcelas vencidas deverão ser atualizadas, desde o momento em que devidas, nos termos da Resolução nº 267/13 do CJF (manual de
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 476/1770
cálculos da Justiça Federal).
Ressalto, por oportuno, que o Ministro Luiz Fux conferiu efeito suspensivo aos embargos de declaração interpostos pelos entes federativos
estaduais em face do acórdão proferido no RE 870.947.
No caso em questão, entretanto, o critério fixado para a atualização monetária não tem por fundamento o acórdão proferido no RE 870.947,
mas apenas a Resolução CJF 267/13, que se encontra em vigor, sem qualquer notícia de suspensão de sua aplicação.
Oficie-se requisitando o cumprimento da tutela de urgência, devendo o INSS calcular e informar ao juízo os valores da RMI e da RMA.
Sem custas e, nesta instância, sem honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
Vistos em inspeção.
ADILVANA DOS SANTOS propôs a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS, visando o
restabelecimento do auxílio-doença e consequente conversão em aposentadoria por invalidez.
Decido.
Preliminares
Rejeito as preliminares alegadas pelo INSS de forma genérica, em contestação-padrão depositada em secretaria para ações com pedido de
benefício previdenciário por incapacidade laboral, sem qualquer comprovação de aplicação no caso concreto.
Mérito
1 – Dispositivos legais
Os benefícios almejados pela parte autora são tratados pelos arts. 42 e 59, caput, da Lei nº 8.213-91, cujo teor é o seguinte:
“Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou
não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a
subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.”
“Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o período de carência exigido nesta Lei, ficar
incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos.”
2 – Da perícia
No presente processo, observo que o laudo pericial diagnosticou que a parte autora é portadora de epilepsia. Na conclusão do laudo, o
insigne perito verificou que a parte autora não reúne condições para o desempenho de suas atividades habituais, eis que incapacitado de forma
parcial e permanente.
Desta forma, entendo que o caso se amolda à hipótese de concessão do benefício de auxílio-doença.
4 - Da tutela de urgência
Conclui-se, assim, que foram atendidos os requisitos do benefício, resultando evidente a plausibilidade do direito invocado na inicial.
Noto, por outro lado, a presença de perigo de dano de difícil reparação, que decorre naturalmente do caráter alimentar da verba
correspondente ao benefício, de forma que estão presentes os elementos pertinentes à antecipação dos efeitos da tutela, tal como prevista
pelos artigos 300 do CPC e 4º da Lei nº 10.259-01.
Observo que o benefício pleiteado é devido desde a data de cessação do benefício outrora recebido pela parte autora, tendo em vista que sua
incapacidade laborativa retroage à referida data.
5 – Dispositivo
Ante o exposto, julgo PROCEDENTE o pedido formulado, para condenar o INSS a restabelecer à parte autora o benefício de auxílio-doença,
NB: 602.161.312-4, a partir da data de cessação do benefício, em 14/09/2018.
Defiro a antecipação da tutela para determinar ao INSS que implante o benefício em até 15 (quinze) dias, com DIP na data desta sentença.
Observo que o pagamento das parcelas vencidas será devido entre a data de cessação do benefício, e a data da efetivação da antecipação de
tutela, descontados eventuais valores recebidos administrativamente.
Os valores das diferenças do julgado deverão ser apurados nos termos da Resolução CJF 267/2013 (Manual de Cálculos da Justiça Federal),
sendo os juros de mora contados a partir da citação.
Excepcionalmente, fica assegurado ao autor o direito ao recebimento do benefício de auxílio-doença até que o INSS providencie sua inclusão
em procedimento de reabilitação profissional previsto no art. 89 e seguintes da Lei 8.213/91.Destarte, fica a parte autora ciente de que, em
caso de não realização desta providência (protocolo do pedido de prorrogação junto ao INSS), o benefício será cessado no prazo acima
estabelecido (120 dias).
Intime-se. Oficie-se, requisitando o cumprimento da antecipação deferida, sendo esclarecido que a preterição do prazo implicará a fixação de
outro mais exíguo e a previsão de multa.
JOSÉ DONIZETI CORREA promove a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, objetivando, em
síntese, a revisão da renda mensal inicial - RMI de sua aposentadoria por tempo de contribuição, mediante a consideração de verbas
reconhecidas em sentença trabalhista.
Citado, o INSS apresentou contestação pugnando pela improcedência do pedido formulado na inicial.
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
Trata-se de ação revisional em que a parte autora alega que, no cálculo da renda mensal inicial de seu benefício não foram consideradas
verbas reconhecidas posteriormente, por meio da reclamação trabalhista nº 0013800-59.2002.5.15.0042 da 2ª Vara do Trabalho de Ribeirão
Preto.
No caso concreto, ainda que o INSS alegue que não fez parte daquela relação processual, o fato é que os valores foram reconhecidos
mediante análise de mérito (fls. 24/28 do evento 02), com cálculos efetuados em fase de execução de sentença e devidamente homologados
(fls. 44/48, 49/50 do evento 02). Houve comprovação de pagamento dos valores devidos a título de contribuição previdenciária (fls. 64/65 do
evento 02).
Intimadas as partes a se manifestarem, o autor concordou com os cálculos e o INSS permaneceu silente.
Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido formulado na inicial para determinar a revisão da renda mensal do benefício de
aposentadoria por tempo de contribuição do autor, alterando a renda mensal inicial (RMI) para R$ 1.221,84 e a renda mensal atual (RMA)
para R$ 1.958,21 (um mil, novecentos e cinquenta e oito reais e vinte e um centavos), em setembro de 2018.
As parcelas vencidas deverão ser atualizadas, desde o momento em que devidas e observada a prescrição quinquenal, nos termos da
Resolução nº 267/2013 do CJF (manual de cálculos da Justiça Federal).
Ressalto, por oportuno, que o Ministro Luiz Fux conferiu efeito suspensivo aos embargos de declaração interpostos pelos entes federativos
estaduais em face do acórdão proferido no RE 870.947.
No caso em questão, entretanto, o critério fixado para a atualização monetária não tem por fundamento o acórdão proferido no RE 870.947,
mas apenas a Resolução CJF 267/13, que se encontra em vigor, sem qualquer notícia de suspensão de sua aplicação.
Com o trânsito, oficie-se ao INSS requisitando a implantação da nova renda no prazo de 30 (trinta) dias, bem como o pagamento dos
atrasados.
Por fim, não vislumbro os requisitos para a concessão da antecipação dos efeitos da decisão final, na medida em que o direito de subsistência
da parte autora está garantido, ainda que em menor valor, pelo recebimento da aposentadoria, o que retira a necessidade da revisão iminente
do benefício, como requer a antecipação da tutela jurisdicional.
Sem custas e, nesta instância, sem honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
ANGÉLICA CLAUDINO DA SILVA GONÇALVES promove a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL, objetivando, em síntese, o recebimento de aposentadoria por invalidez ou o restabelecimento do auxílio-doença desde a cessação
ocorrida em 12.06.2018.
O INSS ofertou proposta de acordo, recusada pela parte autora e, no mérito, pugnou pela improcedência do pedido formulado na inicial.
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
Preliminares
Rejeito as preliminares, que foram apresentadas de forma genérica, sem qualquer demonstração de aplicação no caso concreto.
Mérito
A aposentadoria por invalidez é devida ao segurado considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de qualquer atividade
que lhe garanta a subsistência, nos termos do artigo 42 da Lei 8.213/91.
2) carência de 12 contribuições mensais (artigo 25, I, da Lei nº 8.213/91) para os dois benefícios, sendo dispensada no caso de a incapacidade
decorrer de acidente de qualquer natureza ou causa, de doença profissional ou do trabalho ou de alguma das doenças arroladas em lista
especial, nos termos do inciso II do artigo 26 da Lei 8.213/91; e
3) incapacidade para o trabalho: é neste requisito que repousa a diferença entre um e outro benefício:
a) para a aposentadoria por invalidez: incapacidade total e permanente para qualquer atividade ou profissão; e
b) para o auxílio-doença: incapacidade total e temporária para o seu trabalho ou atividade habitual.
No caso concreto, a perita judicial afirmou que a autora, que tem 37 anos de idade, é portadora de transtorno depressivo recorrente, episódio
atual moderado, estando total e temporariamente incapacitada para o trabalho.
De acordo com a perita, a autora “Estabelece contato produtivo. Mantém comportamento adequado. Apresentação geral: fácies atípica,
asseado, boa higiene, vestes limpas e adequadas. Afeto: humor hipotímico, afeto congruente, ressoante. Pensamento: lógico, coerente,
pensamento com conteúdo de menos valia, sem alteração de fluxo ou forma. Sensopercepção: sem sinais sugestivos de alucinações.
Capacidade intelectual: adequada. Capacidade de abstração: adequada. Atenção: hipotenaz. Orientação: orientado alo e autopsiquicamente.
Memória: globalmente preservada. Juízo crítico da realidade: preservado”.
Em resposta ao quesito 05 do juízo, o perito judicial consignou que “A causa da doença é multifatorial (diatética e ambiental). Consequência
gerando alteração psicopatológica. Segundo a CID-10, moderado. Há boa possibilidade de cura, dentro de 06 meses da data desta perícia.
Incapacidade total para o trabalho”.
Em resposta aos quesitos 09 e 10 do juízo, o perito judicial fixou a data de início de incapacidade em 30.08.2018 e estimou um prazo de 06
meses contados a partir da perícia, realizada em 28.01.2019, para recuperação da capacidade laborativa.
Pois bem. Considerando a idade da parte autora (apenas 37 anos) e o laudo pericial, sobretudo, o curto prazo estimado para a recuperação da
capacidade laboral, não há que se falar, por ora, em aposentadoria por invalidez, mas sim em auxílio-doença.
Quanto aos demais requisitos (qualidade de segurado e carência), observo que a parte autora esteve em gozo de auxílio-doença de 10.02.2012
a 12.06.2018 (fl. 05 do evento 12).
Em suma: a parte autora preenche os requisitos legais para a concessão de auxílio-doença e, considerando a efetiva comprovação da
incapacidade em 30.08.2018, ou seja, em data posterior à data de cessação do referido benefício (12.06.2018), o auxílio-doença é devido desde
a data da intimação do INSS acerca do laudo pericial, o que ocorreu em 21.02.2019, eis que foi naquela data que o INSS tomou ciência da
incapacidade laboral da parte requerente.
O benefício deverá ser pago até 28.07.2019 (06 meses contados a partir da perícia).
Presente o requisito da urgência, eis que se trata de verba alimentar, determino a implantação imediata do benefício, nos termos dos artigos
300 do CPC e 4º da Lei 10.259/01.
Ante o exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido formulado na inicial para condenar o INSS a conceder o benefício de
auxílio-doença em favor da parte autora desde 21.02.2019 (data da intimação do INSS), pagando o benefício até 28.07.2019, sem prejuízo de a
parte autora, em havendo necessidade, requerer a prorrogação do benefício na esfera administrativa, sem qualquer impacto nestes autos.
As parcelas vencidas deverão ser atualizadas, desde o momento em que devidas, nos termos da Resolução nº 267/13 do CJF (manual de
cálculos da Justiça Federal).
Ressalto, por oportuno, que o Ministro Luiz Fux conferiu efeito suspensivo aos embargos de declaração interpostos pelos entes federativos
estaduais em face do acórdão proferido no RE 870.947.
No caso em questão, entretanto, o critério fixado para a atualização monetária não tem por fundamento o acórdão proferido no RE 870.947,
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 480/1770
mas apenas a Resolução CJF 267/13, que se encontra em vigor, sem qualquer notícia de suspensão de sua aplicação.
Oficie-se requisitando o cumprimento da tutela de urgência, devendo o INSS calcular e informar ao juízo os valores da RMI e da RMA.
Sem custas e, nesta instância, sem honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
Vistos em inspeção.
ILDA ALVES MARINHO DA CUNHA, qualificada na inicial, propôs a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO
SEGURO SOCIAL-INSS, objetivando a concessão do benefício assistencial previsto pelo art. 203, V, da Constituição da República.
Passo a apreciar a postulação, tendo em vista que não há necessidade de audiência para o deslinde da controvérsia.
Cuida-se de ação com o objetivo de assegurar o benefício previsto pelo art. 203, V, da Constituição da República, cujo teor é o seguinte:
“Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por
objetivos:
(...)
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de
prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.”
Por força dessa disposição constitucional, foi editada a Lei nº 8.742-93 (Lei de Organização da Assistência Social – LOAS), a qual foi
alterada pelas Leis 12.435 de 6/07/2011 e 12.470, de 31/08/2011.
O caput e os §§ 1º a 4º do art. 20 do diploma em destaque compõem o núcleo normativo sob o qual deve ser analisada a demanda.
“Art. 20. O benefício de prestação continuada é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65
(sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família.
§ 1o Para os efeitos do disposto no caput, a família é composta pelo requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais e, na ausência de um deles,
a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto.
§ 2o Para efeito de concessão deste benefício, considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza
física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na
sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
§ 3o Considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa com deficiência ou idosa a família cuja renda mensal per capita seja inferior a
1/4 (um quarto) do salário-mínimo.
§ 4o O benefício de que trata este artigo não pode ser acumulado pelo beneficiário com qualquer outro no âmbito da seguridade social ou de
outro regime, salvo os da assistência médica e da pensão especial de natureza indenizatória.
...
§ 10. Considera-se impedimento de longo prazo, para os fins do § 2o deste artigo, aquele que produza efeitos pelo prazo mínimo de 2 (dois)
anos. ”
Visto isso, impõe-se destacar que a postulação busca amparo nas alegações de idade avançada e de preenchimento do requisito econômico
previsto legalmente.
Conforme dispõe o art. 20, caput, da LOAS, o idoso, para fim de percepção do benefício discutido nestes autos, era a pessoa maior de setenta
anos. Ocorre que o caput do art. 34 da Lei nº 10.741-03 (Estatuto do Idoso) reduziu o limite etário para sessenta e cinco anos.
“Art. 34. Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos, que não possuam meios para prover sua subsistência, nem de tê-la provida por
sua família, é assegurado o benefício mensal de 1 (um) salário-mínimo, nos termos da Lei Orgânica da Assistência Social - Loas.”
No caso dos autos, o documento de identificação acostado demonstra que a parte autora nasceu em 04/08/1944, contando 74 anos de idade.
2 - Do requisito econômico
O requisito econômico para o benefício assistencial, consoante a expressa previsão do § 3º do art. 20 da LOAS, é a média de 1/4 do salário
mínimo por membro da entidade familiar do interessado.
Feita essa observação, destaco que o preceito em epígrafe deve ser aferido tendo-se em vista, inclusive, o § 1º do referido artigo legal,
consoante o qual a família, para o fim de aferição do direito ao benefício assistencial, deve seguir a definição do art. 20 da LOAS (a família é
composta pelo requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais e, na ausência de um deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os
filhos e enteados solteiros e os menores tutelados) exigindo-se que as pessoas ali indicadas vivam sob o mesmo teto.
Quanto a esse aspecto, observa-se que, obviamente, não deve ser computada a renda de pessoa que não coabite (isto é, não viva sob o
mesmo teto) com o interessado no benefício assistencial, mesmo que ela esteja prevista pelo art. 20 da LOAS. A ausência de coabitação
impede, igualmente, que essa pessoa seja computada para a apuração da renda média exigida legalmente.
Por outro lado, qualquer pessoa que, embora coabite com o interessado, não esteja prevista no rol do § 1º não pode ser levada em
consideração, quer quanto ao ingresso de rendimentos, quer para a aferição do requisito econômico.
Em seguida, destaco que o limite de renda per capita previsto pelo § 3º do art. 20 da LOAS é, conforme mencionado, de 1/4 do salário mínimo.
O valor cria presunção legal de situação de miséria, que, no entanto, deve ser aferida em face das peculiaridades de cada caso concreto,
consoante a prova produzida.
Ressalto, ainda, que o valor nominal para aferição da necessidade de intervenção assistencial pública, previsto inicialmente pelo art. 20, § 3º,
da Loas (1/4 do salário mínimo), foi majorado para a metade do salário mínimo pela legislação assistencial superveniente, a saber, as Leis nº
9.533-97 (Programa de Renda Mínima) e nº 10.689-03 (Programa Nacional de Acesso à Alimentação), que fixaram o novo paradigma.
No caso dos autos, observo que a perícia assistencial constatou que a parte autora reside com o marido. A renda do grupo familiar provém do
benefício previdenciário de aposentadoria recebido pelo marido, declarada como sendo no valor de um salário-mínimo (fato não contestado
pelo INSS).
Observo que se trata de situação análoga à prevista no parágrafo único do art. 34 do Estatuto do Idoso, que dispõe que o benefício assistencial
já concedido a qualquer membro da família, desde que idoso, não será computado para os fins do cálculo da renda familiar per capita. Dessa
forma, considerando que o esposo da autora é idoso e recebe renda no valor mínimo, estamos diante de situação análoga à anteriormente
descrita, que deve receber o mesmo tratamento jurídico.
Portanto, com a exclusão da renda de seu esposo, não resta renda alguma, de modo que foi atendido o requisito da miserabilidade.
3 - Da tutela de urgência
Conclui-se, assim, que foram atendidos os requisitos do benefício, resultando evidente a plausibilidade do direito invocado na inicial.
Noto, por outro lado, a presença de perigo de dano de difícil reparação, que decorre naturalmente do caráter alimentar da verba
correspondente ao benefício, de forma que estão presentes os elementos pertinentes à antecipação dos efeitos da tutela, tal como prevista
pelos artigos 300 do CPC e 4º da Lei nº 10.259-01.
4 – Dispositivo
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 482/1770
Ante o exposto, julgo PROCEDENTE o pedido para determinar ao INSS que proceda à concessão do benefício assistencial para a parte
autora, no valor de um salário mínimo, com DIB na DER, em 25/08/2016.
Concedo a antecipação dos efeitos da tutela, para determinar ao INSS que, em até 15 (quinze) dias, implante o benefício.
Observo que o pagamento das parcelas vencidas será devido entre a DIB e a data da efetivação da antecipação de tutela.
Os valores das diferenças do julgado deverão ser apurados nos termos da Resolução CJF 267/2013 (Manual de Cálculos da Justiça Federal),
sendo os juros de mora contados a partir da citação.
Intime-se. Oficie-se, requisitando o cumprimento da antecipação deferida, sendo esclarecido que a preterição do prazo implicará a fixação de
outro mais exíguo e a previsão de multa.
Fica assegurada ao INSS a prerrogativa de aferir a persistência dos requisitos pertinentes ao benefício. Esclareço que o exercício dessa
prerrogativa não pode desrespeitar os critérios adotados na presente sentença.
Vistos em inspeção.
Trata-se de pedido de aposentadoria por tempo de contribuição, formulado por CARLOS GABRIEL BIANCO em face do INSS.
Requer a averbação dos períodos de 08.12.1978 a 30.03.1979 e de 14.07.1980 a 30.11.1982, em que trabalhou como guarda-mirim,
respectivamente, na empresa Drogacenter S/A e na empresa Depósito Estrela D´Oeste Ltda.
O INSS apresentou contestação, pugnando pela improcedência do pedido.
Decido.
Do objeto da controvérsia
Inicialmente, há que se ressaltar que a presente sentença cingir-se-á à análise dos tempos de serviço efetivamente controvertidos na esfera
administrativa, de acordo com o apurado pela contadoria deste juízo na planilha anexa, que reproduz a contagem realizada pela autarquia por
ocasião do requerimento do benefício. Desse modo, serão mencionados apenas os tempos objeto de controvérsia, a despeito de eventual
pedido de reconhecimento de tempo de serviço mencionado na inicial e ora não mencionado.
1. Atividade sem registro em CTPS.
Em sede de comprovação ou de reconhecimento de tempo de serviço há que se observar, em princípio, o teor do disposto no art. 55, § 3º da
Lei 8.213/91, que exige a conjunção do binômio início de prova material com a prova testemunhal.
Verifico que há nos autos início de prova material hábil a comprovar o efetivo exercício de atividade laborativa nos períodos requeridos:
a) Declaração feita pela AJURP, afirmando que o autor participou do programa de capacitação para o exercício de atividade regular
remunerada da instituição, nos períodos de 08/12/1978 a 30/03/1979 e de 14/07/1980 a 30/11/1982 (fl. 77, evento 02 dos autos virtuais);
b) Ficha cadastral da empresa Drogacenter S/A, constando o autor como guarda-mirim, admitido em 08/12/1978 e data de saída em
30/03/1979 (fl. 77, evento 02);
c) Ficha cadastral da empresa Depósito Estrela D’Oeste Ltda, constando o como guarda mirim, admitido em 14/07/1980 e data de saída em
dia 30/11/1982 (fl. 77, evento 02).
O início de prova material apresentado foi devidamente corroborado pela prova oral colhida em audiência, razão pela qual determino a
averbação em favor da parte autora dos períodos de 08.12.1978 a 30.03.1979 e de 14.07.1980 a 30.11.1982.
Ante o exposto, julgo PROCEDENTE o pedido para determinar ao INSS que, no prazo de quinze dias, após o trânsito, (1) averbe em favor da
parte autora os períodos de 08.12.1978 a 30.03.1979 e de 14.07.1980 a 30.11.1982, (2) acresça tais tempos aos demais já reconhecidos em
sede administrativa, considerando inclusive o que constar do CNIS até a DER, (3) conceda a aposentadoria por tempo de contribuição para a
parte autora, com DIB na DER (27.05.2017), devendo utilizar para cálculo da RMI os salários-de-contribuição efetivos que constem de seus
sistemas ou que tenham sido demonstrados pela parte autora nos autos, observada a atualização legalmente prevista e observado o tempo de
serviço apurado pela contadoria judicial e mencionado acima, nesta sentença.
Observo que o pagamento das parcelas vencidas é devido desde a DER, em 27.05.2017.
Os valores das diferenças do julgado deverão ser apurados nos termos da Resolução CJF 267/2013 (Manual de Cálculos da Justiça Federal),
sendo os juros de mora contados a partir da citação.
Vistos em inspeção.
Cuida-se ação ajuizada por FÁTIMA MARIA DE PAULA em face do Instituto Nacional do Seguro Social e MARIA LÚCIA DOS
SANTOS CAPRETZ, em que se pretende o benefício de pensão por morte, ante o falecimento de seu companheiro, Nélson Capretz, ocorrido
em 09.04.2018.
Fundamento e Decido.
1-Requisitos legais
Os requisitos do benefício em questão defluem da análise sistemática dos artigos 74 e 16 da Lei nº 8.213-91. Além disso, embora não seja
necessária a carência para a pensão por morte (art. 26, I, da Lei nº 8.213-91), é imprescindível a demonstração de que o instituidor da pensão
almejada ostentava, na data em que faleceu, a qualidade de segurado.
“Art. 74. A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data:
I - do óbito, quando requerida até noventa dias depois deste;
II - do requerimento, quando requerida após o prazo previsto no inciso anterior;
III - da decisão judicial, no caso de morte presumida.”
“Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou
que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente;
II - os pais;
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental
que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente;
(...)
§ 1º. A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das classes seguintes.
§ 2º.O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que comprovada a dependência econômica
na forma estabelecida no Regulamento.
§ 3º. Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o segurado ou com a segurada, de
acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 484/1770
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada.”
Friso, ainda, que não há carência para a pensão por morte (art. 26, I, da Lei nº 8.213-91).
Não há controvérsia quanto à qualidade de segurado do instituidor do benefício, tendo em vista que a corré está em gozo de pensão por morte
decorrente de seu falecimento, conforme pesquisa ao sistema PLENUS no evento 06 dos autos virtuais.
Conforme se depreende da dicção do art. 16, caput, I, a dependência econômica entre os companheiros é presumida em caráter absoluto. A
união estável entre eles, todavia, deve ser demonstrada.
No presente caso, a autora demonstrou mediante um conjunto de provas a sua condição de companheira do segurado falecido:
i) Comprovantes de endereço da autora na Rua José Eliseu nº 914, Ribeirão Preto – SP, datados de 2009 (fls. 18/20 do evento 02 dos autos
virtuais);
ii) Certificado de Registro de Veículo em nome do instituidor, datado de 2013, constando endereço dele na Rua José Eliseu nº 914, Ribeirão
Preto/SP (fl. 21, evento 02);
iii) Comprovante de Endereço da autora na Rua Jaime Brandão, nº 106, Jardim Zara, Ribeirão Preto – SP, datado de 2013 (fl. 23, evento 02);
iv) Comprovantes de Endereço do instituidor na Rua Jaime Brandão, nº 106, Jardim Zara, Ribeirão Preto – SP, datados de 2015, 2017 e 2018
(fls. 24/26, anexo 02).
A prova oral colhida em audiência corroborou o início de prova material apresentado, confirmando que a autora vivia com o “de cujus” como
se casados fossem.
Precedentes jurisprudenciais indicam que é possível o reconhecimento da dependência econômica baseado apenas em prova testemunhal,
matéria esta que foi recentemente sumulada pela Turma Nacional de Uniformização, conforme se vê a seguir:
SÚMULA 63 “A comprovação de união estável para efeito de concessão de pensão por morte prescinde de início de prova material.”
Tenho, assim, que foi devidamente demonstrada a convivência marital entre a autora e o instituidor e que essa relação durou até o fato
gerador do benefício de pensão.
Presentes os requisitos de condição de segurado e de dependência econômica da autora em relação ao segurado falecido, o benefício de
pensão por morte deve ser concedido.
O direito ao benefício existe sem qualquer margem para dúvida e, ante o caráter alimentar da verba, impõe-se a concessão da antecipação dos
efeitos da tutela, assegurando a implantação do benefício independentemente do trânsito em julgado da decisão definitiva.
Considerando-se que o pedido deve ser interpretado de forma restritiva e que a autora não requereu nos autos a desconstituição da pensão por
morte recebida pela corré, entendo que o benefício deverá ser rateado, na proporção de 50% para cada uma.
5 - Dispositivo
Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido para determinar ao INSS que proceda ao desdobro da pensão por morte instituída por
NELSON CAPRETZ, entre a autora FÁTIMA MARIA DE PAULA e a atual beneficiária MARIA LÚCIA DOS SANTOS CAPRETZ, a
partir da data do óbito, em 09.04.2018, na proporção de 50% (cinquenta por cento) para cada uma.
Concedo a antecipação dos efeitos da tutela, para determinar ao INSS que, em até 15 (quinze) dias, implante o benefício.
Observo que o pagamento das parcelas vencidas será devido entre a data do óbito, em 09.04.2018, e a data da efetivação da antecipação de
tutela, observada a cota-parte de 50% (cinquenta por cento) da autora e o disposto no artigo 77 da Lei n° 8.213/91.
Os valores das diferenças do julgado deverão ser apurados nos termos da Resolução CJF 267/2013 (Manual de Cálculos da Justiça Federal),
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 485/1770
sendo os juros de mora contados a partir da citação.
Intime-se. Oficie-se, requisitando o cumprimento da antecipação deferida, sendo esclarecido que a preterição do prazo implicará a fixação de
outro mais exíguo e a previsão de multa.
JOSÉ FERNANDES DE SOUZA promove a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, com o fim de
obter:
a) o reconhecimento de que exerceu atividade especial no período de 03.02.2003 a 13.12.2017, laborado na função de tratorista, para Antonio
Mazza.
Citado, o INSS apresentou sua contestação, pugnando pela improcedência dos pedidos formulados na inicial.
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
1 – Atividade especial.
A aposentadoria especial é devida ao segurado que trabalhar de modo habitual e permanente, durante 15, 20 ou 25 anos (tempo este que
depende do tipo de atividade), em serviço que prejudique a saúde ou a integridade física, nos termos dos artigos 57 e 58 da Lei 8.213/91.
No entanto, se o segurado não exerceu apenas atividades especiais, o tempo de atividade especial será somado, após a respectiva conversão,
ao tempo de trabalho exercido em atividade comum, conforme § 5º do artigo 57 da Lei 8.213/91, para fins de concessão de aposentadoria por
tempo de contribuição.
O direito à conversão de tempo de atividade especial para comum não sofreu limitação no tempo.
De fato, em se tratando de atividades exercidas sob condições especiais que prejudicam a saúde ou a integridade física do trabalhador, a
norma contida no § 1º, do artigo 201 da Constituição Federal, com redação dada pela Emenda Constitucional nº 20/98, possibilita a adoção de
requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria, por meio de lei complementar.
Até que sobrevenha eventual inovação legislativa, possível apenas por meio de lei complementar, permanecem válidas as regras estampadas
nos artigos 57 e 58 da Lei 8.213/91, conforme artigo 15 da Emenda Constitucional nº 20/98, in verbis:
“Até que a lei complementar a que se refere o artigo 201, § 1º, da Constituição Federal, seja publicada, permanece em vigor o disposto nos
artigos 57 e 58 da Lei nº 8213/91, de 24 de julho de 1991, na redação vigente à data da publicação desta Emenda”.
Atualmente, os agentes considerados nocivos estão arrolados no Anexo IV, do Decreto 3.048/99. Acontece que a caracterização e a
comprovação do tempo de atividade especial devem observar o disposto na legislação em vigor na época da prestação do serviço, nos termos
do § 1º do artigo 70 do referido Decreto 3.048/99.
Assim, é importante destacar que os Decretos 53.831/64 e 83.080/79 tiveram vigência, com força nos Decretos 357/91 e 611/92, até a edição
do Decreto 2.172, de 05.03.97, que deixou de listar atividades especiais com base na categoria profissional.
Desta forma, é possível o enquadramento de atividades exercidas até 05.03.97 como especiais, com base na categoria profissional, desde que
demonstrado que exerceu tal atividade.
Ressalto, entretanto, que para o agente nocivo “ruído” sempre se exigiu laudo técnico, independentemente da época em que o labor foi
prestado. Já para período a partir de 06.03.97 (data da edição do Decreto 2.172/97) é necessária a comprovação da exposição habitual e
permanente, inclusive, com apresentação de formulário previdenciário, que atualmente é o PPP.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 486/1770
O PPP deve ser assinado pela empresa ou pelo seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho (LTCAT)
expedido por médico do trabalho ou por engenheiro de segurança do trabalho, conforme § 1º do artigo 58 da Lei 8.213/91.
Por conseguinte, o PPP também deve conter o carimbo da empresa e o nome do responsável técnico pela elaboração do LTCAT utilizado
para a emissão do referido formulário previdenciário.
Com relação especificamente ao agente nocivo “ruído”, a jurisprudência atual do STJ, com base nos Decretos 53.831/64, 83.080/79, 2.172/97,
3.048/99 e 4.882/03, e que sigo, é no sentido de que uma atividade pode ser considerada especial quando o trabalhador tiver desempenhado
sua função, com exposição habitual e permanente, a ruído superior à seguinte intensidade: a) até 05/03/1997 – 80 dB(A); b) de 06/03/1997 a
18/11/2003 – 90 dB(A); e c) a partir de 19/11/2003 – 85 dB(A).
Anoto, por oportuno, que a simples disponibilização ou utilização de equipamentos de proteção individual (EPI) não afasta a natureza especial
da atividade, conforme reiterada jurisprudência da TNU.
Súmula 50. É possível a conversão do tempo de serviço especial em comum do trabalho prestado em qualquer período.
Súmula 55. A conversão do tempo de atividade especial em comum deve ocorrer com aplicação do fator multiplicativo em vigor na data da
concessão da aposentadoria.
No caso concreto, a parte autora pretende o reconhecimento de que exerceu atividades especiais no período de 03.02.2003 a 13.12.2017,
laborado na função de tratorista, para Antonio Mazza.
Considerando os Decretos acima já mencionados e os formulários previdenciários apresentados (PPP), a parte autora faz jus à contagem dos
períodos de 19.11.2003 a 13.02.2017 (86 dB (A)) como tempos de atividade especial, em razão de sua exposição a ruídos, sendo enquadrado
nos itens 1.1.5 e 2.0.1 dos quadros anexos aos Decretos 83.080/79, 2.172/97 e 3.048/99. E considerando as atividades efetivamente exercidas
pelo autor, bem como a utilização de agentes químicos organofosforados (herbicidas e inseticidas), é possível concluir que faz jus ao
reconhecimento do período de 03.02.2003 a 18.11.2003 como tempo de atividade especial, nos moldes legais.
Tendo em vista o que acima foi decidido, bem como o já considerado na esfera administrativa, a parte autora possuía, conforme planilha da
contadoria, 40 anos, 06 meses e 28 dias de tempo de contribuição até a DER (13.12.2017), o que é suficiente para a obtenção da
aposentadoria por tempo de contribuição.
Observo que na data do requerimento administrativo estava em vigor a Lei 13.183/15, que alterou o art. 29-C da Lei nº 8.213/91, nos seguintes
termos:
“Art. 29-C. O segurado que preencher o requisito para a aposentadoria por tempo de contribuição poderá optar pela não incidência do fator
previdenciário no cálculo de sua aposentadoria, quando o total resultante da soma de sua idade e de seu tempo de contribuição, incluídas as
frações, na data de requerimento da aposentadoria, for:
I - igual ou superior a noventa e cinco pontos, se homem, observando o tempo mínimo de contribuição de trinta e cinco anos; ou
II - igual ou superior a oitenta e cinco pontos, se mulher, observando o tempo mínimo de contribuição de trinta anos.”
Considerando que o autor nasceu 29.04.1959, tem-se que contava, na data da DER (13.12.2017), com 58 anos, 07 meses e 15 dias de idade,
conforme apurado pela contadoria judicial.
Assim, somado o tempo de contribuição ora apurado com a idade do autor, chega-se ao total de 99 anos, 02 meses e 13 dias, de modo que foi
preenchido o requisito legal.
Logo, a parte autora faz jus à percepção de aposentadoria por tempo de contribuição no importe de 100% de seu salário-de-benefício, desde a
data da DER (13.12.2017), sem a incidência do fator previdenciário.
DISPOSITIVO
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 487/1770
Ante o exposto, julgo PROCEDENTES os pedidos da parte autora para condenar o INSS a:
1 - averbar o período de 03.02.2003 a 13.12.2017 como tempo de atividade especial, com conversão em tempo de atividade comum.
2 - implantar o benefício de aposentadoria por tempo de contribuição em favor da parte autora, no importe de 100% do seu salário-de-
benefício, desde a data do requerimento administrativo (13.12.2017) e a sem a incidência do fator previdenciário, considerando para tanto 40
anos, 06 meses e 28 dias de tempo de contribuição, já somado neste total o acréscimo da conversão dos períodos reconhecidos nesta sentença
como atividade especial em tempos de atividade comum.
As parcelas vencidas deverão ser atualizadas, desde o momento em que devidas, nos termos da Resolução nº 267/2013 do CJF (manual de
cálculos da Justiça Federal).
Ressalto, por oportuno, que o Ministro Luiz Fux conferiu efeito suspensivo aos embargos de declaração interpostos pelos entes federativos
estaduais em face do acórdão proferido no RE 870.947.
No caso em questão, entretanto, o critério fixado para a atualização monetária não tem por fundamento o acórdão proferido no RE 870.947,
mas apenas a Resolução CJF 267/13, que se encontra em vigor, sem qualquer notícia de suspensão de sua aplicação.
Considerando que a parte autora possui apenas 59 anos e poderá receber todos os atrasados após o trânsito em julgado da sentença, não
vislumbro o perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo em se aguardar o trânsito em julgado. Ademais, o § 3º do artigo 300 do
CPC dispõe que “a tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da
decisão”, sendo que a 1ª Seção do STJ já decidiu, nos autos do REsp 1.401.560, em sede de julgamento de recurso repetitivo, nos termos do
artigo 543-C do CPC, que “a reforma da decisão que antecipa a tutela obriga o autor da ação a devolver os benefícios previdenciários
indevidamente recebidos”. Por conseguinte, indefiro o pedido de antecipação de tutela. A implantação do benefício deverá ocorrer apenas
após o trânsito em julgado da sentença.
Sem custas e, nesta instância, sem honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
HENNÉ LÉN MACHADO promove a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, objetivando, em
síntese, o recebimento de aposentadoria por invalidez ou o restabelecimento do auxílio-doença desde a cessação ocorrida em 30.04.2018.
O INSS ofertou proposta de acordo e no mérito, pugnou pela improcedência do pedido formulado na inicial.
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
Preliminares
Rejeito as preliminares, que foram apresentadas de forma genérica, sem qualquer demonstração de aplicação no caso concreto.
Mérito
A aposentadoria por invalidez é devida ao segurado considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de qualquer atividade
que lhe garanta a subsistência, nos termos do artigo 42 da Lei 8.213/91.
Já o auxílio-doença é devido ao segurado que ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual, conforme artigo 59 da
Lei 8.213/91.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 488/1770
Os requisitos, pois, para a concessão dos dois benefícios são:
2) carência de 12 contribuições mensais (artigo 25, I, da Lei nº 8.213/91) para os dois benefícios, sendo dispensada no caso de a incapacidade
decorrer de acidente de qualquer natureza ou causa, de doença profissional ou do trabalho ou de alguma das doenças arroladas em lista
especial, nos termos do inciso II do artigo 26 da Lei 8.213/91; e
3) incapacidade para o trabalho: é neste requisito que repousa a diferença entre um e outro benefício:
a) para a aposentadoria por invalidez: incapacidade total e permanente para qualquer atividade ou profissão; e
b) para o auxílio-doença: incapacidade total e temporária para o seu trabalho ou atividade habitual.
No caso concreto, o perito judicial afirmou que a autora, que tem 60 anos de idade, é portadora de doença degenerativa cervical, tendinopatia
e pós operatório de ombro esquerdo, síndrome do pânico e bronquite, estando total e permanentemente incapacitada para o trabalho e para o
exercício de sua alegada atividade habitual (auxiliar de limpeza).
Em resposta ao quesito 05 do juízo, o perito judicial consignou que “Paciente incapaz devido alterações degenerativas graves e progressivas da
coluna cervical – espondilolistese – que se trata de um “escorregamento” vertebral sobre o nível subjacente. Quanto à lesão do ombro
esquerdo, já foi tratada cirurgicamente e no exame de hoje apresenta recuperação total da função, não restando sequer perda de amplitude de
movimento”.
Em resposta aos quesitos 09 e 10 do juízo, o perito judicial fixou a data de início da incapacidade em 2010 e consignou que não será possível o
retorno do autor ao trabalho, eis que “ao exame pericial identifiquei sinais, sintomas ou características sugestivas de incapacidade laboral.
Deve manter o tratamento não cirúrgico com o objetivo de preservar a qualidade de vida e para tal, há necessidade de afastamento”.
Posteriormente, em resposta aos quesitos complementares apresentados, o perito judicial esclareceu que “A incapacidade avaliada foi total e
permanente, dada característica degenerativa e em estágio avançado da patologia cervical. Se necessário prazo para reavaliação seria
semestral, com renovação de exames de imagem, para seguimento”.
Quanto aos demais requisitos (qualidade de segurado e carência), verifico que a autora esteve em gozo de auxílio-doença de 30.10.2009 a
30.04.2018 (fl. 02 do evento 35).
Por conseguinte, a parte autora faz jus ao restabelecimento de auxílio-doença desde 31.04.2018 (dia seguinte à cessação), com conversão em
aposentadoria por invalidez a partir da data da perícia (12.12.2018), quando se verificou a sua incapacidade total e permanente para o trabalho.
Presente o requisito da urgência, eis que se trata de verba alimentar, determino a implantação imediata do benefício, nos termos dos artigos
300 do CPC e 4º da Lei 10.259/01.
Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido formulado na inicial para condenar o INSS a restabelecer o benefício de auxílio-doença
desde 31.04.2018 (dia seguinte à cessação), com conversão em aposentadoria por invalidez a partir da data da perícia (12.12.2018).
As parcelas vencidas deverão ser atualizadas, desde o momento em que devidas, nos termos da Resolução nº 267/13 do CJF (manual de
cálculos da Justiça Federal).
Ressalto, por oportuno, que o Ministro Luiz Fux conferiu efeito suspensivo aos embargos de declaração interpostos pelos entes federativos
estaduais em face do acórdão proferido no RE 870.947.
No caso em questão, entretanto, o critério fixado para a atualização monetária não tem por fundamento o acórdão proferido no RE 870.947,
mas apenas a Resolução CJF 267/13, que se encontra em vigor, sem qualquer notícia de suspensão de sua aplicação.
Oficie-se requisitando o cumprimento da tutela de urgência, devendo o INSS calcular e informar ao juízo os valores da RMI e da RMA.
Sem custas e, nesta instância, sem honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
Trata-se de pedido de ALVARÁ JUDICIAL formulado por AMILTON CÂNDIDO FERNANDES em face da Caixa Econômica Federal e
de Jhenyfer Rodrigues de Andrade.
A parte autora alega que foi vítima de golpe via telefone, em que a pessoa informava ser um suposto sobrinho que estava com o carro
quebrado, solicitando o depósito do valor de R$ 900,00, na conta 2712.013.00067248-1, em nome de Jhenyfer Rodrigues de Andrade, para o
conserto do veículo.
Acreditando se tratar de um parente, o autor efetuou o depósito na conta-poupança indicada; entretanto, logo após a transação, conseguiu
contato com sua família, constatando que fora vítima de golpe. Lavrou o devido Boletim de Ocorrência e se dirigiu até à agência da CAIXA a
fim de informar todo o corrido e solicitar que fosse realizado o bloqueio dos valores enviados à conta-poupança indicada pelo golpista.
Posteriormente, foi informado que a conta estava bloqueada, mas somente poderia reaver o valor bloqueado, com autorização da titular da
conta ou por ordem judicial.
Nesses termos, pede alvará judicial para devolução do valor que se encontra bloqueado.
A CEF confirmou que a quantia se encontra bloqueada e não se opôs à devolução da mesma.
É o relatório. D E C I D O.
Considerando que a corré Jhenyfer Rodrigues de Andrade, embora regularmente citada, conforme aviso de recebimento anexado aos autos,
deixou de apresentar contestação, decreto a revelia nos termos do artigo 344, do CPC, razão pela qual reputo como verdadeiros os fatos
alegados na inicial.
Com efeito, muito embora a CEF tenha contestado o feito, não se aplica o disposto no artigo 345, I, do CPC, uma vez que não houve
contestação acerca do mérito.
Ora, trata-se de ação na qual o autor pretende seja a CEF condenada na obrigação de fazer de restituir quantia bloqueada, que foi depositada
mediante fraude, na conta de terceira pessoa que, apesar de citada, não integrou o processo.
Cumpre ressaltar que o bloqueio do valor depositado ocorreu em julho de 2018, não havendo notícia nos autos de que tal montante tenha sido
reclamado pela titular da conta, ora corré, até o momento, situação esta que indica, de fato, a existência de eventual fraude ou conduta
criminosa.
Conforme extrato na fl. 05 do evento 02 dos autos virtuais, o autor, em 02/07/2018, efetuou o depósito de R$ 900,00, na conta nº
2712.013.00067248-1, em nome de Jhenyfer Rodrigues de Andrade, sendo que tal quantia se encontra bloqueada.
Assim, a CEF deverá proceder à restituição em favor do autor de todo o montante bloqueado.
Ante o exposto, julgo PROCEDENTE o pedido formulado na inicial, extinguindo o processo com resolução do mérito, nos termos do artigo
487, inciso I do Código de Processo Civil.
Determino à CEF que proceda à restituição em favor do autor de todo o montante bloqueado remanescente na conta nº 67248-1, op. 013,
Agência 2712, de titularidade de Jhenyfer Rodrigues de Andrade.
P. I. Registrada eletronicamente.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 490/1770
0008338-20.2018.4.03.6302 - 1ª VARA GABINETE - SENTENÇA COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO Nr. 2019/6302012984
AUTOR: FRANCISCA GARCIA DA SILVA (SP312728 - THAYS MARYANNY CARUANO DE SOUZA GONCALVES, SP101511 -
JOSE AFFONSO CARUANO)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP207010 - ÉRICO ZEPPONE NAKAGOMI)
Vistos em inspeção.
FRANCISCA GARCIA DA SILVA promove a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, objetivando,
em síntese, o recebimento de aposentadoria por invalidez com o acréscimo de 25% previsto no artigo 45 da Lei 8.213/91, o restabelecimento
de auxílio-doença ou a concessão de auxílio-acidente, desde a cessação do auxílio-doença em 24.02.2018.
O INSS ofertou proposta de acordo, recusada pela parte autora e, no mérito, pugnou pela improcedência do pedido formulado na inicial.
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
Preliminares
Rejeito as preliminares, que foram apresentadas de forma genérica, sem qualquer demonstração de aplicação no caso concreto.
Mérito
A aposentadoria por invalidez é devida ao segurado considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de qualquer atividade
que lhe garanta a subsistência, nos termos do artigo 42 da Lei 8.213/91.
Já o auxílio-doença é devido ao segurado que ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual, conforme artigo 59 da
Lei 8.213/91.
2) carência de 12 contribuições mensais (artigo 25, I, da Lei nº 8.213/91) para os dois benefícios, sendo dispensada no caso de a incapacidade
decorrer de acidente de qualquer natureza ou causa, de doença profissional ou do trabalho ou de alguma das doenças arroladas em lista
especial, nos termos do inciso II do artigo 26 da Lei 8.213/91; e
3) incapacidade para o trabalho: é neste requisito que repousa a diferença entre um e outro benefício:
a) para a aposentadoria por invalidez: incapacidade total e permanente para qualquer atividade ou profissão; e
b) para o auxílio-doença: incapacidade total e temporária para o seu trabalho ou atividade habitual.
Por seu turno, o auxílio-acidente é devido ao segurado quando, após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza,
resultarem sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia, nos termos do artigo 86 da Lei 8.213/91.
No caso concreto, o perito judicial afirmou que a autora, que tem 54 anos de idade, é portadora de hipotireoidismo e lesão do manguito rotador
e dedos em garra, estando total e temporariamente incapacitada para o trabalho e para o exercício de sua alegada atividade habitual (técnica
de enfermagem).
Em resposta ao quesito 05 do juízo, o perito consignou que “Ao exame pericial foram encontrados sinais, sintomas, alterações que sugiram
alerta para a piora ou progressão da doença com a atividade laborativa e ainda, do ponto de vista médico, o tratamento não pode ser realizado
de maneira concomitante com o trabalho. Deste modo, há subsídios técnicos para a caracterização de incapacidade neste momento”.
Em resposta aos quesitos 09 e 10 do juízo, a perita judicial fixou a data de início da incapacidade da autora em 11.2017 e estimou um prazo de
03 meses contados a partir da perícia, realizada em 23.01.2019, para recuperação da capacidade laborativa.
Assim, considerando a idade da parte autora (54 anos) e o laudo pericial, sobretudo, o curto prazo estimado para a recuperação da capacidade
laboral, não há que se falar, por ora, em aposentadoria por invalidez, mas sim em auxílio-doença.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 491/1770
Quanto aos demais requisitos (qualidade de segurado e carência), observo que a parte autora esteve em gozo de auxílio-doença de 24.08.2017
a 24.02.2018, bem como realizou recolhimentos na qualidade de contribuinte individual de 01.03.2018 a 31.05.2018 (fl. 25 do evento 15).
Em suma: a parte autora preenche os requisitos legais para o restabelecimento do auxílio-doença desde 25.02.2018 (dia seguinte à cessação
do referido benefício).
O benefício deverá ser pago até 23.04.2019 (03 meses contados a partir da perícia).
Presente o requisito da urgência, eis que se trata de verba alimentar, ratifico a decisão que deferiu o pedido de tutela de urgência antecipatória
(evento 23), nos termos dos artigos 300 do CPC e 4º da Lei 10.259/01.
Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido formulado na inicial para condenar o INSS a restabelecer o benefício de auxílio-doença em
favor da parte autora desde 25.02.2018 (dia seguinte à cessação), pagando o benefício até 23.04.2019, sem prejuízo de a parte autora, em
havendo necessidade, requerer a prorrogação do benefício na esfera administrativa, sem qualquer impacto nestes autos.
As parcelas vencidas deverão ser atualizadas, desde o momento em que devidas, nos termos da Resolução nº 267/13 do CJF (manual de
cálculos da Justiça Federal).
Ressalto, por oportuno, que o Ministro Luiz Fux conferiu efeito suspensivo aos embargos de declaração interpostos pelos entes federativos
estaduais em face do acórdão proferido no RE 870.947.
No caso em questão, entretanto, o critério fixado para a atualização monetária não tem por fundamento o acórdão proferido no RE 870.947,
mas apenas a Resolução CJF 267/13, que se encontra em vigor, sem qualquer notícia de suspensão de sua aplicação.
Considerando que o INSS já implantou o benefício em razão da antecipação de tutela (eventos 33/34) oficie-se informando a ratificação da
antecipação de tutela.
Sem custas e, nesta instância, sem honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
JOSÉ BATISTA PEREIRA propôs a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL-INSS, objetivando a
concessão do benefício assistencial previsto pelo art. 203, V, da Constituição da República.
Passo a apreciar a postulação, tendo em vista que não há necessidade de audiência para o deslinde da controvérsia.
Cuida-se de ação com o objetivo de assegurar o benefício previsto pelo art. 203, V, da Constituição da República, cujo teor é o seguinte:
“Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por
objetivos:
(...)
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de
prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.”
Por força dessa disposição constitucional, foi editada a Lei nº 8.742-93 (Lei de Organização da Assistência Social – LOAS), a qual foi
alterada pelas Leis 12.435 de 6/07/2011 e 12.470, de 31/08/2011.
O caput e os §§ 1º a 4º do art. 20 do diploma em destaque compõem o núcleo normativo sob o qual deve ser analisada a demanda.
“Art. 20. O benefício de prestação continuada é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65
(sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família.
§ 1o Para os efeitos do disposto no caput, a família é composta pelo requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais e, na ausência de um deles,
a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto.
§ 2o Para efeito de concessão do benefício de prestação continuada, considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de
longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação
plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
§ 3o Considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa com deficiência ou idosa a família cuja renda mensal per capita seja inferior a
1/4 (um quarto) do salário-mínimo.
§ 4o O benefício de que trata este artigo não pode ser acumulado pelo beneficiário com qualquer outro no âmbito da seguridade social ou de
outro regime, salvo os da assistência médica e da pensão especial de natureza indenizatória.
...
§ 10. Considera-se impedimento de longo prazo, para os fins do § 2o deste artigo, aquele que produza efeitos pelo prazo mínimo de 2 (dois)
anos. ”
Visto isso, impõe-se destacar que a postulação busca amparo nas alegações de deficiência e de preenchimento do requisito econômico
previsto legalmente.
1 - Da incontroversa deficiência
Conforme dispõe o art. 20, § 2º, da LOAS, “Para efeito de concessão deste benefício, considera-se pessoa com deficiência aquela que tem
impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir
sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.”.
No caso dos autos, a questão da deficiência é incontroversa, haja vista que o autor, curatelado judicialmente por apresentar demência em
decorrência de Acidente Vascular Cerebral, estava em gozo do benefício há quase 15 anos, tendo sido suspenso unicamente em razão do
requisito econômico (fls. 270, doc. 30).
Nesse sentido, e observando a idade avançada da parte autora e as graves condições de saúde narradas nos documentos anexados aos autos
que o incapacitam permanentemente para o exercício de atividades da vida civil, torna-se despicienda a realização de perícia médica, restando
atendido o requisito necessário.
2 - Do requisito econômico
O requisito econômico para o benefício assistencial, consoante a expressa previsão do § 3º do art. 20 da LOAS, é a média de 1/4 do salário
mínimo por membro da entidade familiar do interessado.
Feita essa observação, destaco que o preceito em epígrafe deve ser aferido tendo-se em vista, inclusive, o § 1º do referido artigo legal,
consoante o qual a família, para o fim de aferição do direito ao benefício assistencial, deve seguir a definição do art. 20 da LOAS (a família é
composta pelo requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais e, na ausência de um deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os
filhos e enteados solteiros e os menores tutelados) exigindo-se que as pessoas ali indicadas vivam sob o mesmo teto.
Quanto a esse aspecto, observa-se que, obviamente, não deve ser computada a renda de pessoa que não coabite (isto é, não viva sob o
mesmo teto) com o interessado no benefício assistencial, mesmo que ela esteja prevista pelo art. 20 da LOAS. A ausência de coabitação
impede, igualmente, que essa pessoa seja computada para a apuração da renda média exigida legalmente.
Por outro lado, qualquer pessoa que, embora coabite com o interessado, não esteja prevista no rol do mencionado § 1º não pode ser levada em
consideração, quer quanto ao ingresso de rendimentos, quer para a aferição do requisito econômico.
Em seguida, destaco que o limite de renda per capita previsto pelo § 3º do art. 20 da LOAS é, conforme mencionado, de 1/4 do salário mínimo.
O valor cria presunção legal de situação de miséria, que, no entanto, deve ser aferida em face das peculiaridades de cada caso concreto,
consoante a prova produzida.
No caso dos autos, verifico que a perícia assistencial constatou que a parte autora reside com sua esposa, que também é sua curadora, cuja
renda é de um salário-mínimo, proveniente de aposentadoria por tempo de contribuição.
Observo que se trata de situação análoga à prevista no parágrafo único do art. 34 do Estatuto do Idoso, que dispõe que o benefício assistencial
já concedido a qualquer membro da família, desde que idoso, não será computado para os fins do cálculo da renda familiar per capita. Dessa
forma, considerando que a esposa do autor é idosa e recebe renda no valor mínimo, estamos diante de situação análoga à anteriormente
descrita, que deve receber o mesmo tratamento jurídico.
Com isso, a renda a ser considerada será nula, portanto, inferior ao limite legal supramencionado.
3 - Da tutela de urgência
Conclui-se, assim, que foram atendidos os requisitos do benefício, resultando evidente a plausibilidade do direito invocado na inicial.
Noto, por outro lado, a presença de perigo de dano de difícil reparação, que decorre naturalmente do caráter alimentar da verba
correspondente ao benefício, de forma que estão presentes os elementos pertinentes à antecipação dos efeitos da tutela, tal como prevista
pelos artigos 300 do CPC e 4º da Lei nº 10.259-01.
4 – Dispositivo
Ante o exposto, julgo PROCEDENTE O PEDIDO para determinar ao INSS que proceda ao restabelecimento do benefício assistencial para a
parte autora, no valor de um salário mínimo, a partir da data da suspensão dos pagamentos, em 30/11/2017.
Concedo a antecipação dos efeitos da tutela, para determinar ao INSS que, em até 15 (quinze) dias, restabeleça o benefício.
Observo que o pagamento das parcelas vencidas será devido entre a data da suspensão do benefício (30/11/2017) e a data da efetivação da
antecipação de tutela.
Os valores das diferenças do julgado deverão ser apurados nos termos da Resolução CJF 267/2013 (Manual de Cálculos da Justiça Federal),
sendo os juros de mora contados a partir da citação.
Intime-se. Oficie-se, requisitando o cumprimento da antecipação deferida, sendo esclarecido que a preterição do prazo implicará a fixação de
outro mais exíguo e a previsão de multa.
JOSÉ RODRIGUES MARQUES promove a presente ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, com o fim de
obter:
a) o reconhecimento de que exerceu atividades especiais nos períodos de 01.01.2016 a 30.12.2016 e 01.01.2017 a 20.08.2017, na função de
tratorista especializado, para a empresa Andrade Açúcar e Álcool Ltda.
Citado, o INSS apresentou sua contestação, pugnando pela improcedência dos pedidos formulados na inicial.
Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001.
A aposentadoria especial é devida ao segurado que trabalhar de modo habitual e permanente, durante 15, 20 ou 25 anos (tempo este que
depende do tipo de atividade), em serviço que prejudique a saúde ou a integridade física, nos termos dos artigos 57 e 58 da Lei 8.213/91.
No entanto, se o segurado não exerceu apenas atividades especiais, o tempo de atividade especial será somado, após a respectiva conversão,
ao tempo de trabalho exercido em atividade comum, conforme § 5º do artigo 57 da Lei 8.213/91, para fins de concessão de aposentadoria por
tempo de contribuição.
O direito à conversão de tempo de atividade especial para comum não sofreu limitação no tempo.
De fato, em se tratando de atividades exercidas sob condições especiais que prejudicam a saúde ou a integridade física do trabalhador, a
norma contida no § 1º, do artigo 201 da Constituição Federal, com redação dada pela Emenda Constitucional nº 20/98, possibilita a adoção de
requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria, por meio de lei complementar.
Até que sobrevenha eventual inovação legislativa, possível apenas por meio de lei complementar, permanecem válidas as regras estampadas
nos artigos 57 e 58 da Lei 8.213/91, conforme artigo 15 da Emenda Constitucional nº 20/98, in verbis:
“Até que a lei complementar a que se refere o artigo 201, § 1º, da Constituição Federal, seja publicada, permanece em vigor o disposto nos
artigos 57 e 58 da Lei nº 8213/91, de 24 de julho de 1991, na redação vigente à data da publicação desta Emenda”.
Atualmente, os agentes considerados nocivos estão arrolados no Anexo IV, do Decreto 3.048/99. Acontece que a caracterização e a
comprovação do tempo de atividade especial devem observar o disposto na legislação em vigor na época da prestação do serviço, nos termos
do § 1º do artigo 70 do referido Decreto 3.048/99.
Assim, é importante destacar que os Decretos 53.831/64 e 83.080/79 tiveram vigência, com força nos Decretos 357/91 e 611/92, até a edição
do Decreto 2.172, de 05.03.97, que deixou de listar atividades especiais com base na categoria profissional.
Desta forma, é possível o enquadramento de atividades exercidas até 05.03.97 como especiais, com base na categoria profissional, desde que
demonstrado que exerceu tal atividade.
Ressalto, entretanto, que para o agente nocivo “ruído” sempre se exigiu laudo técnico, independentemente da época em que o labor foi
prestado. Já para período a partir de 06.03.97 (data da edição do Decreto 2.172/97) é necessária a comprovação da exposição habitual e
permanente, inclusive, com apresentação de formulário previdenciário, que atualmente é o PPP.
O PPP deve ser assinado pela empresa ou pelo seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho (LTCAT)
expedido por médico do trabalho ou por engenheiro de segurança do trabalho, conforme § 1º do artigo 58 da Lei 8.213/91.
Por conseguinte, o PPP também deve conter o carimbo da empresa e o nome do responsável técnico pela elaboração do LTCAT utilizado
para a emissão do referido formulário previdenciário.
Com relação especificamente ao agente nocivo “ruído”, a jurisprudência atual do STJ, com base nos Decretos 53.831/64, 83.080/79, 2.172/97,
3.048/99 e 4.882/03, e que sigo, é no sentido de que uma atividade pode ser considerada especial quando o trabalhador tiver desempenhado
sua função, com exposição habitual e permanente, a ruído superior à seguinte intensidade: a) até 05/03/1997 – 80 dB(A); b) de 06/03/1997 a
18/11/2003 – 90 dB(A); e c) a partir de 19/11/2003 – 85 dB(A).
Anoto, por oportuno, que a simples disponibilização ou utilização de equipamentos de proteção individual (EPI) não afasta a natureza especial
da atividade, conforme reiterada jurisprudência da TNU.
Súmula 50. É possível a conversão do tempo de serviço especial em comum do trabalho prestado em qualquer período.
Súmula 55. A conversão do tempo de atividade especial em comum deve ocorrer com aplicação do fator multiplicativo em vigor na data da
concessão da aposentadoria.
No caso concreto, a parte autora pretende o reconhecimento de que exerceu atividade especial nos períodos de 01.01.2016 a 30.12.2016 e
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 495/1770
01.01.2017 a 20.08.2017, na função de tratorista especializado, para a empresa Andrade Açúcar e Álcool Ltda.
Considerando os Decretos acima já mencionados e os formulários previdenciários apresentados (PPP), a parte autora faz jus à contagem dos
períodos pretendidos como tempos de atividade especial, em razão de sua exposição a ruídos de 95,44 dB(A), sendo enquadrados no item
2.0.1 do quadro anexo ao Decreto 3.048/99.
Tendo em vista o que acima foi decidido, bem como o já considerado na esfera administrativa e judicialmente (proc. 0007525-
32.2014.4.03.6302), a parte autora possuía, 25 anos e 19 dias de tempo especial até a DER (20.08.2017), o que é suficiente para a obtenção
da aposentadoria especial.
DISPOSITIVO
Ante o exposto, julgo PROCEDENTES os pedidos da parte autora para condenar o INSS a:
1 – averbar os períodos de 01.01.2016 a 30.12.2016 e 01.01.2017 a 20.08.2017 como tempos de atividade especial.
2 – implantar o benefício de aposentadoria especial em favor da parte autora, no importe de 100% do seu salário-de-benefício, desde a data do
requerimento administrativo (20.08.2017), considerando para tanto 25 anos e 19 dias de tempo especial.
As parcelas vencidas deverão ser atualizadas, desde o momento em que devidas, nos termos da Resolução CJF 267/13.
Ressalto, por oportuno, que o Ministro Luiz Fux conferiu efeito suspensivo aos embargos de declaração interpostos pelos entes federativos
estaduais em face do acórdão proferido no RE 870.947.
No caso em questão, entretanto, o critério fixado para a atualização monetária não tem por fundamento o acórdão proferido no RE 870.947,
mas apenas a Resolução CJF 267/13, que se encontra em vigor, sem qualquer notícia de suspensão de sua aplicação.
Considerando que a parte autora possui apenas 53 anos e poderá receber todos os atrasados após o trânsito em julgado da sentença, não
vislumbro o perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo em se aguardar o trânsito em julgado. Ademais, a 1ª Seção do STJ já
decidiu, nos autos do REsp 1.401.560, em sede de julgamento de recurso repetitivo, nos termos do artigo 543-C do CPC, que “a reforma da
decisão que antecipa a tutela obriga o autor da ação a devolver os benefícios previdenciários indevidamente recebidos”. Por conseguinte,
indefiro o pedido de antecipação de tutela. A implantação do benefício deverá ocorrer apenas após o trânsito em julgado da sentença.
Sem custas e, nesta instância, sem honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
SENTENÇA EM EMBARGOS - 3
0008056-79.2018.4.03.6302 - 1ª VARA GABINETE - SENTENÇA EM EMBARGOS Nr. 2019/6302012953
AUTOR: MARIA APARECIDA DA CRUZ (SP242989 - FABIO AUGUSTO TURAZZA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP207010 - ÉRICO ZEPPONE NAKAGOMI)
Vistos em inspeção.
Trata-se de recurso de embargos de declaração em que pretende a embargante seja sanada contradição da sentença proferida, nos termos
legais.
Passo a conhecer dos embargos, nos moldes do disposto nos artigos 48 a 50, da Lei 9099/1995 e alterações da Lei 13.105/2015.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 496/1770
Aduz a parte embargante, em síntese, que a sentença é contraditória, uma vez que “O cadastro no CadÚnico da Embargante estava
regularizado e ativo, o que se manteve até 11/08/2018, por falta de atualização. Todavia, percebe-se pelo próprio documento emitido pelo
CRAS (Centro de Referência da Assistência Social) que o cadastro foi realizado em 11/01/2012, VALIDADO e sua última atualização fora
realizada em 18/06/2014, portanto, após o recolhimento das contribuições que pretende seja considerada para cumprimento do período de
carência para fins de concessão da aposentadoria por idade, conforme pleiteado. É importante deixar consignado, que não houve
oportunização para réplica, pois, caso assim fosse determinado, a Embargante teria apresentado o comprovante de inscrição e regularidade
com o CadÚnico, ocorrendo, assim, cerceamento do direito de defesa e da prova ampla”. Requer, ainda, a juntada do documentos emitido pelo
CRAS, que comprova a regularidade da inscrição no CadÚnico.
Sabidamente, nesta seara dos Juizados Especiais Federais foi introduzida uma concepção própria para a solução dos conflitos de interesses,
qual seja, sempre orientada e informada por valores práticos e efetivos.
E nesse ponto, acresce registrar que o artigo 38, da Lei 9099/1995 (aplicada subsidiariamente) estabelece que o julgador mencionará os
elementos de sua convicção; e nesse delineamento, deve adotar em cada caso a decisão que reputar mais justa e equânime, de sorte que
incompatível com qualquer norma geral relativa aos fundamentos da sentença, como o Código de Processo Civil atual que neste ponto é
incompatível também com os princípios da simplicidade, informalidade e celeridade, orientadores dos Juizados Especiais.
Ora, a adoção isolada de exaustiva fundamentação de todos os pontos aventados irá, inevitavelmente, comprometer os principais fundamentais
da criação e instituição dos Juizados Especiais traduzidas expressamente em seus princípios já mencionados.
O Código de Processo Civil é regra geral em relação às disposições das Leis 10.250/2001 e 9099/1995, mas o relevante, na verdade, é que o
julgador deve adotar a disposição mais adequada, justa e equânime para, assim, atender aos fins sociais e as exigências do bem comum e no
caso, a exaustiva fundamentação de pontos irrelevantes para a solução do conflito, certamente, não atende as peculiaridades referidas.
Não se trata de prolação de decisão desprovida de fundamentação suficiente, não e não, esta deve ser severamente combatida, mas sim de
analisar as peculiaridades do caso concreto indicando todos os elementos de sua convicção a partir dos fatos e fundamentos narrados pela
parte e constantes do processo. Fundamentação com indicação de elementos de convicção não é e nunca foi sinônimo de fundamentação
ausente ou insuficiente.
Além disso, o atual Código de Processo Civil expressamente prevê que permanecem em vigor as disposições especiais dos procedimentos
regulados em outras leis, aos quais se aplicará apenas supletivamente (parágrafo 2º, do artigo 1046).
Assim, na hipótese, toda matéria relevante foi analisada e decidida de acordo com os elementos de convicção e de acordo com o que consta
dos autos, sendo que as questões apontadas pela parte embargante não merecem maiores ilações, na medida em que não demonstram a
existência de fundamento para o recurso interposto, não havendo qualquer reparo a ser efetuado na decisão proferida.
E nesse sentido foi analisado o conflito posto em juízo, vale dizer, a decisão foi motivada de acordo com as alegações que foram reputadas
pertinentes à lide, de sorte que cumprida a função jurisdicional.
Destarte, a decisão guerreada analisou o conjunto probatório e declarou a improcedência do pedido pelo motivo que entendeu devido, de modo
que não há nada a ser sanado. Ora, a discordância da parte embargante acerca desse ponto deve ser apreciada em sede recursal.
Esclareço que a contradição apontada não prospera, uma vez que o motivo do decreto de improcedência foi devidamente fundamentado na
sentença. Vejamos:
“No caso concreto, o CNIS da autora aponta recolhimentos efetuados na condição de facultativo baixa renda (código 1929), com indicadores
de pendência PREC-FBR-PREC-FACULTCONC (fl. 04 do item 10).
A referida pendência refere-se a recolhimento facultativo de baixa renda e recolhimento ou período de contribuinte facultativo concomitante
com outros vínculos.
Pois bem. Os valores informados no CNIS equivalem a 5% do salário-mínimo da época, equivalente ao recolhimento de segurado facultativo
de baixa renda.
O recolhimento como segurado facultativo de baixa renda somente é possível àquele que, sem renda própria, se dedique exclusivamente ao
trabalho doméstico no âmbito de sua residência e desde que pertença a uma família de baixa renda, assim entendida a família inscrita no
CadÚnico com renda total de até 2 salários mínimos, nos termos do artigo 21, § 2º, 'b' e § 4º, da Lei 8.212/91.
No caso em questão, os recolhimentos como facultativo de baixa renda não foram validados pelo INSS, sendo que a autora, sequer,
comprovou eventual inscrição prévia no CadÚnico.
Logo, a autora não faz jus à contagem do período pretendido”.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 497/1770
Cabe anotar que à parte autora compete apresentar os documentos aptos à comprovação de suas alegações juntamente com a petição inicial,
nos termos do art. 434 do CPC. Somente se faculta às partes a apresentação de documento em momento processual diverso quando estes se
mostrarem documentos novos ou para contrapor outros apresentados pela parte contrária, seja porque deles não se tinha conhecimento ou
porque produzidos posteriormente (art. 435 do CPC). Além disso, cabe ressalvar que, neste caso, a parte contrária deve ter a oportunidade de
se manifestar sobre tais documentos, sob pena de se ferir o contraditório.
Assim, no caso presente, está evidenciado que o documento apresentado pela embargante juntamente com a petição de embargos era
fundamental ao deslinde do feito e, por esta razão, não pode ser conhecido neste momento processual.
Em verdade, todos os aspectos necessários para a solução fundamentada da lide foram enfrentados, de modo que eventuais irresignações
devem ser dirigidas à Instância Superior.
Com essas ponderações, conheço dos embargos, rejeitando-os, contudo, em seu mérito.
Trata-se de recurso de embargos de declaração em que pretende o embargante seja sanada contradição da sentença proferida, nos termos
legais.
Passo a conhecer dos embargos, nos moldes do disposto nos artigos 48 a 50, da Lei 9099/1995 e alterações da Lei 13.105/2015.
Aduz a parte embargante, em síntese, que não concorda com o laudo pericial, uma vez que os documentos médicos apresentados indicam
incapacidade total e permanente, não estando apta a autora a continuar suas atividades laborais. Requer, também, a designação de nova
perícia com perito ortopedista.
Sabidamente, nesta seara dos Juizados Especiais Federais foi introduzida uma concepção própria para a solução dos conflitos de interesses,
qual seja, sempre orientada e informada por valores práticos e efetivos.
E nesse ponto, acresce registrar que o artigo 38, da Lei 9099/1995 (aplicada subsidiariamente) estabelece que o julgador mencionará os
elementos de sua convicção; e nesse delineamento, deve adotar em cada caso a decisão que reputar mais justa e equânime, de sorte que
incompatível com qualquer norma geral relativa aos fundamentos da sentença, como o Código de Processo Civil atual que neste ponto é
incompatível também com os princípios da simplicidade, informalidade e celeridade, orientadores dos Juizados Especiais.
Ora, a adoção isolada de exaustiva fundamentação de todos os pontos aventados irá, inevitavelmente, comprometer os principais fundamentais
da criação e instituição dos Juizados Especiais traduzidas expressamente em seus princípios já mencionados.
O Código de Processo Civil é regra geral em relação às disposições das Leis 10.250/2001 e 9099/1995, mas o relevante, na verdade, é que o
julgador deve adotar a disposição mais adequada, justa e equânime para, assim, atender aos fins sociais e as exigências do bem comum e no
caso, a exaustiva fundamentação de pontos irrelevantes para a solução do conflito, certamente, não atende as peculiaridades referidas.
Não se trata de prolação de decisão desprovida de fundamentação suficiente, não e não, esta deve ser severamente combatida, mas sim de
analisar as peculiaridades do caso concreto indicando todos os elementos de sua convicção a partir dos fatos e fundamentos narrados pela
parte e constantes do processo. Fundamentação com indicação de elementos de convicção não é e nunca foi sinônimo de fundamentação
ausente ou insuficiente.
Além disso, o atual Código de Processo Civil expressamente prevê que permanecem em vigor as disposições especiais dos procedimentos
regulados em outras leis, aos quais se aplicará apenas supletivamente (parágrafo 2º, do artigo 1046).
Assim, na hipótese, toda matéria relevante foi analisada e decidida de acordo com os elementos de convicção e de acordo com o que consta
dos autos, sendo que as questões apontadas pela parte embargante não merecem maiores ilações, na medida em que não demonstram a
E nesse sentido foi analisado o conflito posto em juízo, vale dizer, a decisão foi motivada de acordo com as alegações que foram reputadas
pertinentes à lide, de sorte que cumprida a função jurisdicional.
Destarte, a decisão guerreada analisou o conjunto probatório e declarou a improcedência do pedido pelo motivo que entendeu devido, de modo
que não há contradição a ser sanada. Ora, a discordância da parte embargante acerca desse ponto deve ser apreciada em sede recursal.
Esclareço que a realização de nova perícia com ortopedista é incabível, uma vez que a perícia foi realizada com perito médico do juízo, que
apresentou laudo bem fundamentado e determinante da conclusão quanto às barreiras e domínios estabelecidos na LC 142/2013. Vejamos:
“Ao quesito 04 o perito esclareceu que a autora não apresenta impedimentos ou barreiras quanto aos domínios Sensorial, Comunicação,
Mobilidade, Cuidados Pessoais, Vida doméstica e Socialização e vida comunitária. Apresenta barreira leve apenas para o domínio Educação,
trabalho e vida econômica.
O estudo socioeconômico informa que a autora possui barreira moderada apenas para o domínio Vida Doméstica, sendo que para os demais
não apresenta impedimentos ou barreiras (item 13).
Pois bem. Conforme artigo 2º da Lei Complementar 142/13 acima reproduzido, não basta, para a concessão da aposentadoria ao portador de
deficiência, que o segurado possua alguma deficiência de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial. É necessário que tal
deficiência, em interação com diversas barreiras, possam obstruir a participação plena e efetiva do segurado em igualdade de condições com
as demais pessoas.
No caso concreto, considerando a conclusão do laudo pericial, o que se observa é que a enfermidade da autora não lhe proporciona qualquer
barreira que lhe impeça de participar, de forma plena e efetiva na sociedade, em igualdade de condições com as demais pessoas”.
Em verdade, todos os aspectos necessários para a solução fundamentada da lide foram enfrentados, de modo que eventuais irresignações
devem ser dirigidas à Instância Superior.
Com essas ponderações, conheço dos embargos, rejeitando-os, contudo, em seu mérito.
Trata-se de recurso de embargos de declaração em que pretende o embargante seja sanada omissão da sentença proferida, nos termos
legais.
Passo a conhecer dos embargos, nos moldes do disposto nos artigos 48 a 50, da Lei 9099/1995 e alterações da Lei 13.105/2015.
Aduz a parte embargante que a sentença é omissa, tendo em vista o “pedido de aplicação do disposto no art. 493 do NCPC, o qual, em
homenagem a economia processual e simplicidade, protege o direito superveniente. Vejamos: “Se depois da propositura da ação, algum fato
constitutivo, modificativo ou extintivo do direito influir no julgamento do mérito, caberá ao juiz tomá-lo em consideração, de ofício ou a
requerimento da parte, no memento de proferir a decisão”. Igual posicionamento tem o INSS, na medida em que editou a IN 77/2015, a qual
no seu art. 690, parágrafo único, traz igual disposição: “Se durante a análise do requerimento for verificado que na DER o segurado não
satisfazia os requisitos para o reconhecimento do direito, mas que os implementou em momento posterior, deverá o servidor informar ao
interessado sobre a possibilidade de reafirmação da DER, exigindo se para sua efetivação a expressa concordância por escrito.” Diante do
exposto e por tudo mais que dos autos consta, requer a Vossa Excelência o recebimento, processamento e provimento dos presentes
embargos, a omissão apontada. Não é demais registrar que os presentes embargos são instruídos com o CNIS da Embargante (doc. anexo),
demonstrando o recolhimento de contribuições sociais/carência após a distribuição da ação”.
Sabidamente, nesta seara dos Juizados Especiais Federais foi introduzida uma concepção própria para a solução dos conflitos de interesses,
qual seja, sempre orientada e informada por valores práticos e efetivos.
E nesse ponto, acresce registrar que o artigo 38, da Lei 9099/1995 (aplicada subsidiariamente) estabelece que o julgador mencionará os
elementos de sua convicção; e nesse delineamento, deve adotar em cada caso a decisão que reputar mais justa e equânime, de sorte que
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 499/1770
incompatível com qualquer norma geral relativa aos fundamentos da sentença, como o Código de Processo Civil atual que neste ponto é
incompatível também com os princípios da simplicidade, informalidade e celeridade, orientadores dos Juizados Especiais.
Ora, a adoção isolada de exaustiva fundamentação de todos os pontos aventados irá, inevitavelmente, comprometer os principais fundamentais
da criação e instituição dos Juizados Especiais traduzidas expressamente em seus princípios já mencionados.
O Código de Processo Civil é regra geral em relação às disposições das Leis 10.250/2001 e 9099/1995, mas o relevante, na verdade, é que o
julgador deve adotar a disposição mais adequada, justa e equânime para, assim, atender aos fins sociais e as exigências do bem comum e no
caso, a exaustiva fundamentação de pontos irrelevantes para a solução do conflito, certamente, não atende as peculiaridades referidas.
Não se trata de prolação de decisão desprovida de fundamentação suficiente, não e não, esta deve ser severamente combatida, mas sim de
analisar as peculiaridades do caso concreto indicando todos os elementos de sua convicção a partir dos fatos e fundamentos narrados pela
parte e constantes do processo. Fundamentação com indicação de elementos de convicção não é e nunca foi sinônimo de fundamentação
ausente ou insuficiente.
Além disso, o atual Código de Processo Civil expressamente prevê que permanecem em vigor as disposições especiais dos procedimentos
regulados em outras leis, aos quais se aplicará apenas supletivamente (parágrafo 2º, do artigo 1046).
Assim, na hipótese, toda matéria relevante foi analisada e decidida de acordo com os elementos de convicção e de acordo com o que consta
dos autos, sendo que as questões apontadas pela parte embargante não merecem maiores ilações, na medida em que não demonstram a
existência de fundamento para o recurso interposto, não havendo qualquer reparo a ser efetuado na decisão proferida.
E nesse sentido foi analisado o conflito posto em juízo, vale dizer, a decisão foi motivada de acordo com as alegações que foram reputadas
pertinentes à lide, de sorte que cumprida a função jurisdicional.
Destarte, a decisão guerreada analisou o conjunto probatório e declarou a parcial procedência do pedido pelo motivo que entendeu devido, de
modo que não há omissão a ser sanada. Ora, a discordância da parte embargante acerca desse ponto deve ser apreciada em sede recursal.
Esclareço ainda, que a autora não requereu na peça inicial a aplicação do disposto no art. 493 do CPC quanto à reafirmação da DER, que
nada mais é do que considerar eventual preenchimento dos requisitos para gozo do benefício para data posterior a DER.
Desse modo, cabe à autora/embargante formular pedido específico e pontual, de modo que o pedido de reafirmação da DER, em sede de
embargos, não prospera.
Em verdade, todos os aspectos necessários para a solução fundamentada da lide foram enfrentados, de modo que eventuais irresignações
devem ser dirigidas à Instância Superior.
Com essas ponderações, conheço dos embargos, rejeitando-os, contudo, em seu mérito.
Vistos em inspeção.
Trata-se de ação ajuizada por VALDIR DOMICIANO DA SILVA em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS,
na qual pleiteia a concessão do benefício da aposentadoria por invalidez.
A parte autora foi regularmente intimada para emendar a inicial, nos termos da Informação de Irrgularidade, sob pena de extinção sem
resolução do mérito (eventos 06 e 13). Não houve cumprimento.
É o relatório. Decido.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 500/1770
Intimada a cumprir uma determinação judicial, para que o presente processo tivesse seu regular trâmite neste juizado, a parte autora manteve-
se silente.
Assim sendo, configurada a hipótese prevista no art. 485, inciso IV, do Novo Código de Processo Civil, JULGO EXTINTO o processo sem
resolução do mérito.
Sem custas e honorários advocatícios nesta fase. Defiro a gratuidade para a parte autora.
Sentença registrada eletronicamente. Publique-se. Intime-se. Ocorrendo o trânsito em julgado, dê-se baixa.
Vistos em inspeção.
Trata-se de ação ajuizada por MARIA DALVA VIANA COTINGUIBA em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL –
INSS, na qual pleiteia a concessão do benefício da aposentadoria por invalidez.
A parte autora foi regularmente intimada para emendar a inicial, juntando cópia do comprovante de residência, indeferimento administrativo,
RG, CPF e procuração, sob pena de extinção sem resolução do mérito (evento 08).
Foi concedido prazo complementar para juntada de documentos faltantes e legíveis (eventos 20), os quais foram anexados nos eventos 22/27.
Tendo em vista a existência de pedido para reconhecimento de tempo de serviço, a fim de comprovar a qualidade de segurado, foi
determinada a juntada de início de prova material (evento 28). Não houve cumprimento.
É o relatório. Decido.
Intimada a cumprir uma determinação judicial, para que o presente processo tivesse seu regular trâmite neste juizado, a parte autora não
atendeu corretamente ao comando.
Assim sendo, configurada a hipótese prevista no art. 485, inciso IV, do Novo Código de Processo Civil, JULGO EXTINTO o processo sem
resolução do mérito.
Sem custas e honorários advocatícios nesta fase. Defiro a gratuidade para a parte autora.
Sentença registrada eletronicamente. Publique-se. Intime-se. Ocorrendo o trânsito em julgado, dê-se baixa.
Trata-se de ação proposta por RAFAEL HENRIQUE OLIVATO em face da União Federal na qual requer expedição de alvará judicial para
levantamento de restituição de imposto de renda em favor de seu irmão, recluso.
Em manifestação aos 08/02/2019 (evento 16) requereu a extinção do feito diante do efetivo pagamento pleiteado.
Assim, tendo em vista a ausência de interesse de agir, julgo extinto o feito, sem resolução de mérito, nos termos do artigo 485, inciso VI, do
Código de Processo Civil.
Sem custas e honorários. Defiro a gratuidade. P. I. Sentença registrada eletronicamente. Após o trânsito, dê-se baixa.
Observa-se, contudo, que foi ajuizada ação com o mesmo objeto junto a este Juizado Especial Federal de Ribeir ão Preto-SP. Foi distribuída
sob o n.º 0007512-91.2018.4.03.6302, em 30/07/2018 e, conforme consulta processual ao sistema eletrônico, nota-se que o processo aguarda
apreciação do Recurso interposto pela parte autora.
O fato de o autor ter realizado novo pedido administrativo não afasta a litispendência, eis que o autor está postulando os mesmos benefícios
aqui requeridos no feito anterior.
Ante o exposto, julgo extinto o feito, sem resolução do mérito, nos termos do artigo 485, V, do CPC.
Sem custas e sem condenação em honorários advocatícios nesta fase. Defiro a gratuidade para a parte autora.
Sentença registrada eletronicamente. Publique-se. Intime-se. Ocorrendo o trânsito em julgado, dê-se baixa.
Vistos em Inspeção.
Cuida-se de ação visando assegurar a correção do saldo existente na conta vinculada do FGTS, com a condenação da ré ao pagamento das
diferenças daí advindas.
Observa-se, contudo, que foi ajuizada ação com o mesmo objeto, neste Juizado Federal, distribuída sob o n.º 0007541-38.2013.4.03.6102, em
05/11/2013, conforme consulta processual realizada. Nota-se que o pedido foi julgado improcedente (novembro/2013) e a decisão já transitou
em julgado, sem interposição de recurso pela parte autora.
A hipótese é de coisa julgada, dando azo à extinção do processo sem resolução do mérito, uma vez que o autor já exerceu o seu direito de
ação para discutir a matéria em face da Caixa Econômica Federal.
Posto isso, em razão da existência de coisa julgada, EXTINGO O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, com fundamento no
artigo 485, V, do Código de Processo Civil, que aplico subsidiariamente.
Sem custas e honorários advocatícios nesta fase. Defiro a gratuidade para a parte autora.
Sentença registrada eletronicamente. Publique-se. Intime-se. Ocorrendo o trânsito em julgado, baixem os autos.
Trata-se de ação ajuizada por JMARIA HELENA CARVALHO SILVA MACHADO em face do INSTITUTO NACIONAL DO
SEGURO SOCIAL – INSS, na qual pleiteia a concessão do benefício da aposentadoria por invalidez.
A parte autora foi regularmente intimada para emendar a inicial, juntando cópia do comprovante de residência, indeferimento administrativo e
CTPS, sob pena de extinção sem resolução do mérito (evento 12).
Face ao cumprimento apenas parcial, foi concedido prazo complementar para juntada de documentos faltantes (eventos 18). Não houve
cumprimento integral.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 502/1770
É o relatório. Decido.
Intimada a cumprir uma determinação judicial, para que o presente processo tivesse seu regular trâmite neste juizado, a parte autora não
atendeu corretamente ao comando.
Assim sendo, configurada a hipótese prevista no art. 485, inciso IV, do Novo Código de Processo Civil, JULGO EXTINTO o processo sem
resolução do mérito.
Sem custas e honorários advocatícios nesta fase. Defiro a gratuidade para a parte autora.
Sentença registrada eletronicamente. Publique-se. Intime-se. Ocorrendo o trânsito em julgado, dê-se baixa.
Com efeito, a petição inicial destes autos indica que o benefício de titularidade da autora seria o de n° 42/152.626.427-4, com data de início
(DIB) em 09/02/2010. Ocorre que, de acordo com as pesquisas Plenus anexas à contestação, o benefício em questão foi cessado em
31/05/2018 por força de decisão judicial (evento 14, fls. 16). Consta que, desde então, a autora vem recebendo o NB 46/183.823.160-6 (fls. 39,
evento 14).
Ora, se o benefício que a parte autora pretende aqui rever está cessado, é certo que não existe o interesse de agir da parte autora, impondo-se
a extinção do feito.
Isto posto, declaro extinto o processo sem julgamento do mérito, nos termos do artigo 485, inciso VI, do Código de Processo Civil. Sem custas
e sem honorários. Defiro a gratuidade para a parte autora.
Trata-se de ação ajuizada por JOSE HUMBERTO DE OLIVEIRA em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS,
na qual pleiteia a concessão do benefício da aposentadoria por tempo de contribuição.
A parte autora foi regularmente intimada para emendar a inicial, juntando cópia do comprovante de residência e documento comprobatório da
atividade especial, sob pena de extinção sem resolução do mérito (evento 08).
Foi deferida dilação de prazo requerida (eventos 10/11). Não houve cumprimento.
É o relatório. Decido.
Intimada a cumprir uma determinação judicial, para que o presente processo tivesse seu regular trâmite neste juizado, a parte autora não
atendeu ao comando.
Assim sendo, configurada a hipótese prevista no art. 485, inciso IV, do Novo Código de Processo Civil, JULGO EXTINTO o processo sem
resolução do mérito.
Sentença registrada eletronicamente. Publique-se. Intime-se. Ocorrendo o trânsito em julgado, dê-se baixa.
Trata-se de ação previdenciária movida por CLEONICE GIGANTE em face ao Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, visando a
concessão do benefício da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença.
Todavia, as partes, o pedido e a causa de pedir desta demanda são idênticos aos dos autos n.º 0004535-29.2018.4.03.6302, com data de
distribuição em 15/05/2018, neste Juizado Federal. Houve sentença de improcedência proferida em outubro/2018, certificado o trânsito em
julgado em novembro/2018, sem interposição de recurso da parte autora.
Analisando os autos, verifico que a ação anteriormente proposta fundamentou-se nos mesmos fatos trazidos a estes autos. Ainda que
observado novo pedido na esfera administrativa, a parte autora não apresentou relatórios médicos que comprovassem a alteração da situação
fática, ou seja, piora em seu quadro clínico. Não há fato novo.
Sendo assim, há repetição de ação já julgada definitivamente, nos termos do §4º do art. 337, do Código de Processo Civil.
Ante o exposto, caracterizada a coisa julgada, julgo extinto o processo sem resolução do mérito, com fundamento no §3º, do art. 485 do Código
de Processo Civil.
Sem custas e honorários advocatícios nesta fase. Defiro a gratuidade para a parte autora.
Sentença registrada eletronicamente. Publique-se. Intime-se. Ocorrendo o trânsito em julgado, dê-se baixa.
Trata-se de ação ajuizada por EDVALDO PEREIRA DUARTE em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS, na
qual pleiteia a concessão do benefício assistencial de prestação continuada ao deficiente.
A parte autora foi regularmente intimada para emendar a inicial, juntando cópias do comprovante de endereço e da procuração, sob pena de
extinção sem resolução do mérito (evento 07). Não houve cumprimento.
É o relatório. Decido.
Intimada a cumprir uma determinação judicial, para que o presente processo tivesse seu regular trâmite neste juizado, a parte autora manteve-
se silente.
Assim sendo, configurada a hipótese prevista no art. 485, inciso IV, do Novo Código de Processo Civil, JULGO EXTINTO o processo sem
resolução do mérito.
Sem custas e honorários advocatícios nesta fase. Defiro a gratuidade para a parte autora.
Sentença registrada eletronicamente. Publique-se. Intime-se. Ocorrendo o trânsito em julgado, dê-se baixa.
Trata-se de demanda em que se postula a concessão do benefício previdenciário de benefício por incapacidade.
Considerando que incumbe ao autor o ônus da prova quanto ao fato constitutivo do seu direito, seu Patrono foi intimado a apresentar início de
prova material apto a corroborar as alegações de labor rural após o ano de 1999 e a delinear os períodos e locais em que esse trabalho foi
prestado, a fim de tornar o pedido certo e determinado.
No entanto, a parte autora apenas limitou-se a dizer que, em razão de problemas de saúde, não se lembra de tais informações, não podendo
prestá-las. Ainda assim, requereu a realização de audiência para a comprovação de tais períodos, sem sequer indicar qualquer dado a respeito
do labor.
É o relatório. Decido.
Inicialmente, não há como ser deferido o pedido de realização de audiência, tendo em vista que a parte autora, além de não ter carreado aos
autos nenhum início de prova material a respeito do labor rural, também não soube passar qualquer informação a respeito de datas ou locais
onde prestado esse trabalho, não sendo possível determinar a oitiva de testemunhas para comprovar esse labor de maneira totalmente
genérica, sem que o pedido esteja determinado.
O não cumprimento de determinação para regularização do feito, de acordo com o disposto no art. 321, parágrafo único, do CPC, enseja a
extinção do feito, já que a instrução deficitária da petição inicial inviabiliza o julgamento do pedido e ocasiona falta de pressuposto de
constituição e desenvolvimento válido e regular do processo.
Ante o exposto, declaro extinto o processo, sem apreciação do mérito, com fundamento nos art. 321, parágrafo único, combinado com o 485,
IV, do Código de Processo Civil.
TERMOS REGISTRADOS PELOS JUÍZES DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CÍVEL RIBEIRÃO PRETO
EXPEDIENTE Nº 2019/6302000588
ATO ORDINATÓRIO - 29
0011658-78.2018.4.03.6302 - 2ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6302008090
DEPRECANTE: COMARCA DE ALTINÓPOLIS - SP CARMELINA RODRIGUES DE SOUSA (SP103889 - LUCILENE SANCHES)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP207010 - ÉRICO ZEPPONE NAKAGOMI) JUIZADO
ESPECIAL FEDERAL CÍVEL DE RIBEIRÃO PRETO
“...Com a vinda do laudo, dê-se vista às partes para manifestação no prazo de cinco dias...Após, não havendo pedido de esclarecimentos,
requisite-se o pagamento dos honorários períciais e devolva-se a presente ao Juízo Deprecante, com as nossas homenagens, dando-se baixa
junto ao sistema informatizado deste JEF...”
TERMOS REGISTRADOS PELOS JUÍZES DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CÍVEL RIBEIRÃO PRETO
EXPEDIENTE Nº 2019/6302000589
DESPACHO JEF - 5
Neste caso, deverá o advogado providenciar habilitação dos herdeiros necessários, no prazo de 15 (quinze) dias.
Intimem-se
TERMOS REGISTRADOS PELOS JUÍZES DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CÍVEL RIBEIRÃO PRETO
EXPEDIENTE Nº 2019/6302000590
DESPACHO JEF - 5
0001810-33.2019.4.03.6302 - 2ª VARA GABINETE - DESPACHO JEF Nr. 2019/6302012837
AUTOR: ELIANA BARBASSA DO NASCIMENTO (SP191564 - SERGIO ESBER SANT'ANNA, SP306815 - JANAINA BOTACINI)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP207010 - ÉRICO ZEPPONE NAKAGOMI)
TERMOS REGISTRADOS PELOS JUÍZES DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CÍVEL RIBEIRÃO PRETO
EXPEDIENTE Nº 2019/6302000591
DESPACHO JEF - 5
APLICA-SE AOS PROCESSOS ABAIXO O SEGUINTE DISPOSITIVO:
1.Cite-se o INSS para que apresente contestação no prazo de 30(trinta) dias, mesmo prazo que concedo às partes para
manifestação sobre os laudos periciais. 2.Outrossim, faculto ao Réu, se for o caso, a apresentação de PROPOSTA DE
ACORDO, a fim de solucionar a demanda. 3. Após, venham os autos conclusos para as deliberações necessárias.
Vistos em inspeção.
Defiro a dilação do prazo por mais dez dias, conforme requerido pela parte autora para cumprir o despacho de 19.03.2019. Int.
1.Concedo à parte autora o prazo de dez dias para que promova a juntada de cópia do comprovante de endereço atualizado em seu nome ou
declaração em atendimento ao disposto no art. 1º, § 1º, alínea b, da Portaria n.º 25/2006 do Presidente deste JEF, que assim dispõe: “...
comprovante de endereço atual em nome do autor. Caso contrário, o titular da correspondência apresentada lavrará uma declaração,
afirmando que o autor(a) reside no endereço informado e que está ciente das sanções penais previstas em caso de afirmação falsa (art. 299
do Código Penal)”, sob pena de extinção do processo.
2.Com base no art. 321,novo CPC, de aplicação subsidiária, c.c. art. 57, §§ 3º e 4º da Lei 8.213/91, DETERMINO à parte-autora que traga
aos autos o(s) documento(s) que demonstre(m) atividade(s) submetida(s) a(s) condição(ões) especial(ais), referente aos períodos de
02.12.2013 a 01.06.2017 que pretende reconhecer como atividade especial, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de indeferimento da inicial.
3. Após, oficie-se o INSS, na pessoa de seu Gerente Executivo, para que remeta cópia(s) LEGÍVEL(IS) do(s) procedimento(s)
administrativo(s) em nome do autor, com prazo de 15 (quinze) dias para cumprimento.
Vistos em inspeção.
Diante da manifestação do perito engenheiro informando que a empresa LUNEFER INDUSTRIAL LTDA encerrou suas atividades em
10/2018 e que não possui máquinas, CANCELO a perícia de engenharia designada anteriormente, devendo a secretaria providenciar as
intimações necessárias.
Após, devolva-se a presente deprecata ao juízo deprecante com as nossa homenagens. Intime-se e cumpra-se.
Intime-se o advogado da parte autora para que, em 05 (cinco) dias, promova a juntada aos autos das cópias do RG e CPF, do autor, legíveis,
nos termos do art. 118, § 1º do Provimento n.º 64/05 - COGE, sob pena de extinção do processo.
Vistos em inspeção.
Recebo as petições de 14 e 26/03/2019 como emenda à inicial.
DESIGNO a perícia médica para o dia 21 de maio de 2019, às 17:00 horas, com o(a) médico(a) ortopedista, Dr(a). CLAUDIO KAWASAKI
ALCANTARA BARRETO. O ato será realizado no setor de perícias deste Juizado Especial Federal, sito na Rua: Afonso Taranto, n.º 455,
Nova Ribeirânia, nesta.
Deverá o advogado constituído nos autos providenciar o comparecimento do periciado no Fórum Federal na data acima designada, munido de
documento de identificação atual com foto, CTPS e eventuais exames (RX, Tomografia, Ressonância Magnética, etc.) e relatórios médicos
que possua, FICANDO DESDE JÁ ADVERTIDO QUE O NÃO COMPARECIMENTO NA PERÍCIA ACIMA DESIGNADA
ACARRETARÁ A EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. Intime-se e cumpra.
Vistos em inspeção.
Tendo em vista a juntada de novo documento médico (evento 18), intime-se o perito judicial para que, no prazo de 05 (cinco) dias, esclareça os
seguintes quesitos:
Após, dê-se vista as partes pelo prazo de 5 (cinco) dias, devendo o INSS manifestar-se sobre eventual proposta de acordo.
Preliminarmente, esclareça a parte autora sua legitimidade para requerer a exibição dos extratos em questão, tendo em vista que a ação
processada sob n° 2006.63.02.011558-8 foi ajuizada por Pedro Sebastian - Espólio, no prazo de cinco dias.
Int.
Vistos em Inspeção.
Redistribua-se o presente feito à 1ª Vara-Gabinete, por dependência dos autos nº 0010699-10.2018.4.03.6302.
Intime-se. Cumpra-se.
Intime-se o perito judicial para que, no prazo de 05 (cinco) dias, complemente o laudo pericial, esclarecendo os pontos levantados pelo autor
em petição anexada no dia 22/02/2019.
Após, dê-se vista as partes pelo prazo de 5 (cinco) dias, devendo o INSS manifestar-se sobre eventual proposta de acordo.
Vistos em inspeção.
Verifico que a parte autora interpôs recurso de agravo de instrumento contra decisão que declinou da competência e determinou a remessa do
feito a este JEF (evento 14).
Desta forma, determino a devolução do feito à 6ª Vara Federal desta Subseção Judiciária, a fim de aguardar o julgamento do recurso.
Proceda-se à baixa no sistema informatizado deste Juizado. Intime-se e cumpra-se.
Vistos em inspeção.
1.Petição de 20/03/2019: defiro o quanto requerido pela parte autora e converto a perícia médica direta em perícia indireta, sendo mantido o
perito anteriormente nomeado, Dr. RENATO BULGARELLI BESTETTI, que deverá apresentar seu laudo no prazo de 20 (vinte) dias.
2. Indefiro o pedido de perícia médica domiciliar formulado pela parte autora em razão deste JEF não possuir no quadro de peritos profissional
disponível para realização de tal ato.
3. Fixo os honorários do laudo pericial, no importe de R$ 200,00 (duzentos reais), nos termos da Resolução n. CJF-RES-2014/00305, de 07 de
outubro de 2014.
4. Intimem-se as partes para a apresentação de quesitos, no prazo de 05 (cinco) dias.
5. Oficie-se à médica neurologista Dra ELAINE AP PIGNATA STRINI, solicitando cópia integral do prontuário médico de ANTONIO
VALDEMAR BOMBO (Data do Nascimento: 12/06/1944, CPF 031.305.158-52), com informações sobre a história pregressa do(a) paciente
nos últimos dez anos, com prazo de 10 (dez) dias para cumprimento.
6. Com a vinda dos prontuários, intime-se o perito nomeado para apresentação do laudo.
Intime-se.
Vistos em inspeção.
Defiro a dilação do prazo por mais quinze dias, conforme requerido pela parte autora para cumprir o despacho de 12.03.2019, sob pena de
extinção sem resolução do mérito. Cumpra-se.
Vistos em inspeção.
1. Designo a audiência de conciliação, instrução e julgamento para o dia 23 de maio de 2019, às 14:00 horas, devendo o advogado constituído
nos autos comunicar seu cliente para comparecimento neste Juizado.
2. As partes deverão providenciar o comparecimento de suas testemunhas, independentemente de intimação.
3. Cite-se o INSS para, querendo, apresentar sua contestação até a data da audiência acima designada. Int.
Tendo em vista a sugestão do perito na conclusão do laudo pericial e as patologias alegadas na inicial e no INSS(Sistema SABI), reputo
prudente a realização de nova perícia na especialidade de psiquiatria.
Assim, DESIGNO o dia 10 de junho de 2019, às 17:00 horas, para a realização da perícia médica com a Dra. Maria Clara de Morais
Faleiros.
Deverá o(a) advogado(a) constituído(a) nos autos providenciar o comparecimento do(a) periciando(a) neste Fórum Federal, na data acima
designada, munido(a) de documento de identificação e eventuais exames, relatórios médicos, atestados, imagens de raios x ou outras imagens,
ainda não juntados nos autos, referentes às patologias alegadas na área psiquiátrica.
DECISÃO JEF - 7
0002591-55.2019.4.03.6302 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6302012873
AUTOR: ALESSANDRA CANTOLINI DE OLIVEIRA (SP341762 - CELSO CORREA DE MOURA JUNIOR)
RÉU: CAIXA ECONOMICA FEDERAL (SP111552 - ANTÔNIO JOSÉ ARAÚJO MARTINS)
Vistos em inspeção.
ALESSANDRA CANTOLINI DE OLIVIEIRA ajuizou a presente ação em face da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, objetivando, em
síntese, a restituição do valor de R$ 700,00, sacado de sua conta poupança, bem como indenização por danos morais.
Sustenta que:
2 – por ocasião da abertura da conta foi informando que referida conta possui seguro contra saques indevidos, roubos, furtos e outros casos
previstos em contrato.
4 – estava em atendimento médico junto ao Hospital das Clínicas, assim não realizou tal saque.
5 – como não faz uso habitual desta conta, imaginou que havia perdido o cartão. Assim, ligou na CEF e bloqueou tal cartão.
6 – compareceu na CEF e pleiteou o ressarcimento do valor subtraído, quando foi informada que o saque foi realizado em caixa eletrônico. No
entanto, sem a apresentação das imagens, o seu pedido de ressarcimento foi indeferido
7 – em 12.03.19 localizou o cartão dentro de seu veiculo, ou seja, percebeu que é bem possível que o cartão tenha sido clonado.
Em sede de tutela de urgência, requer a exibição das gravações realizadas no caixa eletrônico, no momento do saque contestado.
É o relatório.
Decido:
Os requisitos para a concessão da medida de urgência requerida pela parte autora, nos termos do artigo 300 do CPC, são:
Art. 4º. O juiz poderá, de ofício ou a requerimento das partes, deferir medidas cautelares no curso do processo, para evitar dano de difícil
reparação.
No caso concreto, vislumbro o perigo de dano irreparável ou de difícil reparação, diante da importância das imagens gravadas
no dia 13.12.18 - relativas ao saque de R$ 700,00 na conta da autora - para o deslinde do feito.
Assim, DEFIRO PARCIALMENTE o pedido de antecipação de tutela, para determinar que a CEF traga aos autos, no prazo de 5 (cinco)
dias, o conteúdo das imagens gravadas pelas câmeras de segurança instaladas no local do saque de R$ 700,00, realizado em sua conta
poupança, no dia 13.12.2018.
Expeça-se, com urgência, o competente mandado de intimação ao Chefe da Representação Jurídica da Caixa Econômica Federal nesta
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 525/1770
Subseção.
Com a juntada, dê-se vista á parte autora, pelo prazo de 5 (cinco) dias.
Intime-se. Cumpra-se.
Vistos em inspeção.
Tendo em vista a conclusão do perito judicial, intime-se a autora para regularizar a sua representação processual, fazendo-se representar por
curador com apresentação do termo de curatela, ainda que provisório, a ser providenciado na Justiça Estadual, no prazo de 10 (dez) dias.
Em seguida, dê-se vista ao MPF para parecer em cinco dias.
Após, tornem os autos conclusos para sentença.
Int. Cumpra-se.
Trata-se de pedido de adicional de 25% (vinte e cinco por cento) em benefício de aposentadoria por tempo de contribuição e/ou aposentadoria
por idade.
Tendo em vista a recente decisão proferida pela Primeira Turma do STF, nos autos da PET 8002, determino o sobrestamento do presente
feito até ulterior deliberação daquela E. Corte.
Vistos, etc.
Converto o julgamento em diligência.
Tendo em vista que o vínculo da autora com o INSS é na qualidade de contribuinte individual e que a própria autora informou, em perícia
realizada no INSS que a sua atividade habitual é a de comerciante (fl. 1 do evento 13), intime-se a perita para que, no prazo de 10 (dez) dias,
responda aos quesitos do Juízo considerando a atividade de comerciante como a atividade habitual da autora.
Com a juntada do laudo complementar, dê-se vista às partes para, querendo, apresentar manifestação, no prazo comum de 05 (cinco) dias.
Decorrido o prazo, voltem os autos conclusos para sentença.
Cuida-se de ação ajuizada por IMPÉRIO PEÇAS AUTOMOTIVAS RP EIRELI, neste ato representada por seu sócio e administrador, Sr.
FABIO GOMES BELARMINO em face da UNIÃO FEDERAL, objetivando seja determinada a exclusão da Base de cálculo do PIS e da
COFINS em relação aos recolhimentos futuros do ICMS destacados nas notas fiscais de saída, na forma imposta pelas Leis nº 10.637/02
(PIS) e 10.833/03 (COFINS).
Requer a parte autora a concessão da tutela de evidência, nos termos do artigo 311 do CPC.
Conforme se verifica do art. 311 do Código de Processo Civil, a tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte;
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em
súmula vinculante;
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem
de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa;
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova
capaz de gerar dúvida razoável.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.
Referido instituto, diferentemente da tutela de urgência, dispensa a existência do perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo. No
entanto, para caracterizar a evidência pretendida, é necessária, na hipótese do inciso IV, a juntada de prova documental suficientes dos fatos
constitutivos do autor, e ainda que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável, o que enseja, portanto, a oitiva da parte contrária.
Cite-se.
Intimem-se e cumpra-se.
ATO ORDINATÓRIO - 29
0000250-66.2013.4.03.6302 - 2ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6302008094
AUTOR: PAULO LOURENCO POLIDOR (SP082554 - PAULO MARZOLA NETO)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP207010 - ÉRICO ZEPPONE NAKAGOMI)
"Em sendo juntado o laudo, dê-se vista às partes pelo prazo de cinco dias."
TERMOS REGISTRADOS PELOS JUÍZES DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CÍVEL RIBEIRÃO PRETO
EXPEDIENTE Nº 2019/6302000592
ATO ORDINATÓRIO - 29
5000564-32.2019.4.03.6102 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6302008214
AUTOR: PG PAINEIS AUTOMOTIVOS LTDA - ME (SP202625 - JOSÉ MARIO FARAONI MAGALHÃES)
TERMO Nr: 6302012867/2019PROCESSO Nr: 5000564-32.2019.4.03.6102AUTUADO EM 25/03/2019ASSUNTO: 031113 - CERTIDÃO
NEGATIVA DE DÉBITO (CND) - CRÉDITO TRIBUTÁRIOCLASSE: 1 - PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL
CÍVELAUTOR: PG PAINEIS AUTOMOTIVOS LTDA - MERÉU: UNIAO FEDERAL (PFN)DISTRIBUIÇÃO POR SORTEIO EM
25/03/2019 15:33:29DATA: 27/03/2019LOCAL: Juizado Especial Federal Cível Ribeirão Preto, 2ª Subseção Judiciária do Estado de SãoPaulo,
à Rua Afonso Taranto, 455, Ribeirão Preto/SP.JUIZ(A) FEDERAL: DANIELA MIRANDA BENETTIDECISÃO<# Vistos em inspeção.
PG PAINÉIS AUTOMOTIVOS LTDA-ME promove a presente Ação de Conhecimento em face da UNIÃO FEDERAL pretendendo a
obtenção da tutela de urgência que seja assegurado o seu direito de obter certidão positiva de débitos fiscais, com efeitos negativos, até final
julgamento da presente ação. Pede, ao final, a declaração de nulidade do auto de infração lavrado em razão de atraso na entrega da guia de
recolhimento do FGTS e informações da Previdência Social-GFIP). Em síntese, afirma que de forma correta e espontânea entregou ao fisco a
GFIP ano calendário 2010, relativa aos meses de 04/2010 a 12/2012 e a Receita Federal aplicou multa de R$ 4.000,00. Aduz, ainda que “...
por motivo desconhecido ou a CAIXA ECONÔMICA OU A PREVIDÊNCIA SOCIAL, perderam os dados, assim constou como pendente,
sendo orientada pelo Fiscal Previdenciário a nova transmissão, desta forma é nulo o auto de infração. Alega, ainda, que a referida multa foi
anistiada nos termos da Lei nº 13.097/15. Assim, requer o reconhecimento da nulidade da Notificação de Lançamento, bem como a extinção
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 529/1770
do crédito tributário lançado. Fundamento e decido, na forma disposta pelos artigos 2º, 5º, 6º e 38 da Lei 9.099/1995 e pela Lei 10.259/2001. A
antecipação pretendida pela parte autora depende de análise de provas a serem ainda produzidas nos autos. Efetivamente, não há nos autos
todas informações necessárias para o deferimento do pleito, de modo que a tutela de urgência antecipatória, sem a necessária instrução
probatória, poderá ensejar efeitos irreversíveis, o que impede seu deferimento. Embora desnecessário, face aos motivos acima delineados,
ressalto que a discussão judicial do débito, por si só, não é suficiente para a suspensão da exigibilidade do crédito tributário. Por conseguinte,
face a ausência da probabilidade do direito neste momento processual e com o que consta dos autos, bem ainda face ao perigo de efeito
irreversível da decisão antecipatória pretendida, indefiro o pedido, nos termos legais. Cite-se e intime-se. Registrado eletronicamente. #>
TERMOS REGISTRADOS PELOS JUÍZES DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CÍVEL RIBEIRÃO PRETO
EXPEDIENTE Nº 2019/6302000593
DESPACHO JEF - 5
0000788-08.2017.4.03.6302 - 1ª VARA GABINETE - DESPACHO JEF Nr. 2019/6302012822
AUTOR: NATALINA CEZAR DOS SANTOS ALVES (SP320420 - DEBORA NASCIMENTO DA COSTA DURAES) MULLER
CORREA ALVES DE DEUS (SP392047 - LETÍCIA LOUREIRO BARREIRA) MURILLO MAGAYVER CORREA ALVES DE DEUS
(SP392047 - LETÍCIA LOUREIRO BARREIRA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP207010 - ÉRICO ZEPPONE NAKAGOMI)
Vistos em inspeção.
Em face do cálculo apresentado pela Contadoria do JEF, nos termos da sentença homologatória de acordo, manifestem-se as partes,
querendo, no prazo comum de 05 (cinco) dias.
Após, voltem conclusos.
Cumpra-se. Int.
Vistos em inspeção.
Em face do novo cálculo apresentado pela Contadoria, manifestem-se as partes, querendo, no prazo comum de 05 (cinco) dias.
Após, voltem conclusos.
Int.
TERMOS REGISTRADOS PELOS JUÍZES DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CÍVEL RIBEIRÃO PRETO
EXPEDIENTE Nº 2019/6302000594
DESPACHO JEF - 5
0012203-85.2017.4.03.6302 - 2ª VARA GABINETE - DESPACHO JEF Nr. 2019/6302012998
AUTOR: MARIA MARLY IGIDIO PARREIRA (SP200476 - MARLEI MAZOTI RUFINE, SP268306 - NATALIA ESCOLANO
CHAMUM)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP207010 - ÉRICO ZEPPONE NAKAGOMI)
Vistos.
Tendo em vista que até a presente data não há resposta do INSS acerca do cumprimento do despacho anterior, oficie-se à Agência da
Previdência Social de Orlândia, para que preste os esclarecimentos solicitados, no prazo de 05 (cinco) dias.
Em face da informação contida no ofício apresentado pelo INSS (evento 55), dando conta de que se processada, a revisão do benefício da
parte autora resultaria em redução da renda mensal do benefício em questão, e ainda, a não manifestação da parte autora, embora
devidamente intimada, verifico que nada há para ser executado nestes autos a título de atrasados.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 535/1770
Ante o exposto, declaro extinta a execução nos autos.
DECISÃO JEF - 7
0004290-18.2018.4.03.6302 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6302011776
AUTOR: LUCIVALDO FERREIRA CAPELOSSI (SP090916 - HILARIO BOCCHI JUNIOR)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP207010 - ÉRICO ZEPPONE NAKAGOMI)
Vistos, etc.
Trata-se de ação de conhecimento para concessão de benefício por incapacidade em fase de cumprimento de julgado.
Registro que a parte autora requereu a concessão do benefício, bem ainda requereu no item 3.1 de seu pedido “Requer preliminarmente, a
concessão da antecipação da tutela jurisdicional, determinando a implantação imediata do benefício.”
No entanto, somente quando proferida sentença de procedência do pedido, com análise de todo quadro probatório, inclusive realização de
perícia em que constatada a incapacidade total e permanente da parte autora (diagnóstico: “(...).Autor com sequela de poliomielite associada a
mielopatia cervical espondilotica com paraplegia flácida dos membros inferiores associada a espasticidade dos membros superiores, pior
esquerda. Atualmente cadeirante, sem condições de deambulação com dificuldade para atividades manuais. Sem opções de tratamento para
as patologias em questão, que tem tendência a piora progressiva.(...)”, houve concessão do benefício de aposentadoria por invalidez com
antecipação da tutela jurisdicional determinando a sua implantação imediata.
O requerido comunicou o cumprimento da ordem de tutela para implantação do benefício em 08.03.2019.
O advogado constituído do autor informou que o mesmo não possui interesse na antecipação da tutela concedida na sentença, dada o
entendimento firmado pelo E. Superior Tribunal de Justiça obriga a devolução dos valores recebidos por decisão que antecipa a tutela em caso
de sua reforma (Recurso Repetitivo 1401560-MT).
Em verdade, o princípio da inalterabilidade da sentença encontra-se positivado no artigo 494 do Estatuto Processual Civil Pátrio, de modo que
ao publicar a sentença de mérito, o juiz cumpre e acaba o ofício jurisdicional.
As exceções ao citado princípio encontram-se taxativamente enumeradas no mesmo dispositivo legal; por outras palavras, somente é dado ao
julgador alterar a decisão, depois de publicada, para corrigir o que doutrina e jurisprudência convencionaram chamar erros materiais ou através
de embargos de declaração.
No caso concreto, a situação não se enquadra nas exceções legalmente previstas, de modo que este Juízo não tem competência para apreciar
o pedido, restando prejudicado nesta Instância.
Int.
ATO ORDINATÓRIO - 29
0010786-39.2013.4.03.6302 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6302008216
AUTOR: LUIS AUGUSTO NININ (SP218105 - LUCIO RAFAEL TOBIAS VIEIRA, SP237428 - ALEX AUGUSTO ALVES, SP089934
- MARTA HELENA GERALDI)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP207010 - ÉRICO ZEPPONE NAKAGOMI)
Vista às partes acerca do novo cálculo apresentado pela contadoria do Juízo. Prazo: 05 (cinco) dias.
EXPEDIENTE Nº 2019/6302000595
DESPACHO JEF - 5
0013958-52.2014.4.03.6302 - 2ª VARA GABINETE - DESPACHO JEF Nr. 2019/6302012762
AUTOR: MARIA SONIA PIMENTEL (SP163413 - ANDRE ALVES FONTES TEIXEIRA, SP299611 - ENEIDA CRISTINA GROSSI
DE BRITTO GARBIN)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP207010 - ÉRICO ZEPPONE NAKAGOMI)
Vistos em inspeção.
Petição da parte autora: manifeste-se o gerente executivo do INSS, no prazo de 05 (cinco) dias, apresentando planilha discriminada do cálculo
do Complemento Positivo pago ao autor, conforme ofício de cumprimento anexado em 24.01.19 (evento 70).
Cumprida a determinação supra, voltem conclusos.Int.
Vistos em inspeção.
Intime-se a Procuradoria Especializada de Cálculos do INSS para que, no prazo de 10 (dez) dias, proceda à apuração das diferenças devidas
ao autor, na forma e nos parâmetros estabelecidos no julgado, indicando-os a este Juízo para o fim de expedição de requisição de pagamento.
Cumpra-se.Int.
TERMOS REGISTRADOS PELOS JUÍZES DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CÍVEL RIBEIRÃO PRETO
EXPEDIENTE Nº 2019/6302000596
ATO ORDINATÓRIO - 29
APLICA-SE AOS PROCESSOS ABAIXO O SEGUINTE DISPOSITIVO:
Nos termos do artigo 42, §2º, c/c artigo 43 da Lei 9.099/1995 e inciso II da Ordem de Serviço 006/2004 do Juizado Especial
Federal em Ribeirão Preto, ciência do recebimento de recurso de sentença. Fica a parte recorrida intimada para, querendo,
apresentar contrarrazões no prazo legal. Após, distribua-se o processo à Egrégia Turma Recursal.
0002513-95.2018.4.03.6302 - 2ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6302008217
AUTOR: JUSSARA DO CARMO DE OLIVEIRA (SP135509 - JOSE VALDIR MARTELLI)
0006466-67.2018.4.03.6302 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6302008218RONALDO FONSECA LIMA
(SP229731 - ADRIANO DE CAMARGO PEIXOTO, SP311081 - DANILO HENRIQUE BENZONI, SP363667 - LUCIANO DE
CAMARGO PEIXOTO, SP178867 - FABIANO DE CAMARGO PEIXOTO)
TERMOS REGISTRADOS PELOS JUÍZES DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CÍVEL RIBEIRÃO PRETO
EXPEDIENTE Nº 2019/6302000597
DESPACHO JEF - 5
0010681-09.2006.4.03.6302 - 1ª VARA GABINETE - DESPACHO JEF Nr. 2019/6302012925
AUTOR: CRISTINA APARECIDA BALDINI (SP090916 - HILARIO BOCCHI JUNIOR) LUIS CARLOS BALDINI (SP090916 -
HILARIO BOCCHI JUNIOR) LUCIANO ANTONIO BALDINI (SP090916 - HILARIO BOCCHI JUNIOR) NELCIDES ANTONIO
BALDINI (SP090916 - HILARIO BOCCHI JUNIOR)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP207010 - ÉRICO ZEPPONE NAKAGOMI)
Vistos em inspeção.
Nos termos do art. 112 da Lei n. 8.213/91, “o valor não recebido em vida pelo segurado só será pago aos seus dependentes habilitados à
pensão por morte ou, na falta deles, aos seus sucessores na forma da lei civil, independentemente de inventário ou arrolamento” (grifo nosso).
No presente caso, como não há herdeiros habilitados à pensão por morte, a habilitação se pautará na Lei Civil. Assim, em face da
documentação apresentada, bem como da consulta Plenus anexada, defiro a habilitação do(a)(s) herdeiro(a)(s) LUIZ CARLOS BALDINI,
CRISTINA APARECIDA BALDINI, NELCIDES ANTONIO BALDINI e LUCIANO ANTONIO BALDINI, que ora comparece(m),
porquanto em conformidade com a ordem de vocação hereditária estabelecida no artigo 1.829 do Código Civil.
Procedam-se às anotações de estilo para fazer constar no pólo ativo da presente demanda o nome do(s) suprarreferido(s) sucessor(es).
Ciência às partes.
Após, tendo em vista o cancelamento das RPVs anteriormente expedidas, deverá a Secretaria expedir as requisições de pagamento
pertinentes em favor do(s) sucessor(es) acima habilitado(s), na proporção de 1/4 (um quarto) para cada, observado eventual destaque de
honorários advocatícios contratuais.
Int. Cumpra-se.
Assim sendo, verifico que a prestação jurisdicional já está encerrada nestes autos e nada mais há para ser deferido.
O artigo 112 da Lei n. 8213/91 assim dispõe: “O valor não recebido em vida pelo segurado só será pago aos seus dependentes habilitados à
pensão por morte ou, na falta deles, aos seus sucessores na forma da lei civil, independentemente de inventário ou arrolamento”.
Conforme Pesquisa Plenus anexada aos autos, somente a viúva do autor falecido, MARIA LUIZA FERNANDES MESQUITA
GUARDIANO – CPF 327.664.968-31, fora habilitada à pensão por morte. Portanto, DEFIRO sua habilitação neste feito.
Proceda a secretaria às anotações de estilo para constar o nome do(a) herdeiro(a) ora habilitado(a) no pólo ativo da presente ação.
Outrossim, homologo os cálculos e valores apurados, devendo a Secretaria expedir as respectivas requisições de pagamento em favor do(s)
herdeiro(s).
Int. Cumpra-se.
TERMOS REGISTRADOS PELOS JUÍZES DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CÍVEL RIBEIRÃO PRETO
EXPEDIENTE Nº 2019/6302000598
DESPACHO JEF - 5
0000259-96.2011.4.03.6302 - 1ª VARA GABINETE - DESPACHO JEF Nr. 2019/6302013153
AUTOR: JOSE CARLOS ROSARIO (SP274097 - JOSEMARA PATETE DA SILVA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP207010 - ÉRICO ZEPPONE NAKAGOMI)
Vistos.
Tendo em vista a opção do autor pela aposentadoria concedida nestes autos, oficie-se ao INSS, determinando a implantação do benefício,
conforme o julgado, cessando o benefício concedido administrativamente, com comunicação a este juízo, no prazo de 15 dias.
Com a informação do INSS e os parâmetros do benefício implantado, tornem os autos à contadoria para confirmação de seus cálculos,
deduzindo-se todos os valores já pagos pelo INSS em decorrência do benefício concedido administrativamente, com posterior vista às partes,
pelo prazo de 10 dias.
Cumpra-se e intimem-se.
EXPEDIENTE Nº 2019/6304000132
1. Pagamento integral dos valores atrasados, nos termos condenação, compensando-se eventuais parcelas pagas administrativamente ou a
título de tutela antecipada. 1. Sobre o valor total da condenação incidirá correção monetária, bem como juros moratórios, observando-se o art.
1º-F da Lei 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960, de 29/06/2009, renunciando-se expressamente a qualquer outro critério de
correção e juros de mora, mantendo-se os demais termos do julgado. 1. O pagamento dos valores apurados será feito exclusivamente por meio
de precatório/RPV, nos termos do art. 100 da CF/88. 1. Aparte autora, ademais, com a realização do pagamento e a implantação do benefício,
nos moldes acima, dará plena e total quitação do principal (obrigação de fazer e diferenças devidas) e dos acessórios (correção monetária,
juros, honorários de sucumbência, etc.), da presente ação. Caso haja discordância, requer-se o regular prosseguimento do recurso e do feito
em seus ulteriores termos.
Tendo em vista que o objeto da presente ação se enquadra nas regras do §2° do artigo 12 do CPC, passo ao julgamento do feito.
Por se tratar de matéria cuja solução prescinde de produção de provas em audiência, passo ao julgamento antecipado da lide com base no
artigo 355, I, do CPC.
Trata-se de ação na qual a parte autora busca a concessão de auxílio-acidente a partir da cessação do auxílio-doença.
Em contestação pugna o INSS pela improcedência da ação.
Foi produzida prova documental e perícia médica.
É o breve relatório.
Decido.
Inicialmente, concedo à parte autora os benefícios da justiça gratuita.
O auxílio-acidente é benefício de prestação continuada de caráter indenizatório e periodicidade mensal devido ao segurado que tenha sofrido
acidente de qualquer natureza, resultando-lhe do infortúnio, após a consolidação das lesões, seqüelas definitivas que causem redução da sua
capacidade laboral para a atividade que habitualmente exercia. Está previsto pelo artigo 86 da lei 8213/91, regulamentada pelo artigo 104 do
Decreto n. 3048/1999.
Realizada perícia médica, concluiu-se que do acidente sofrido, não restaram seqüelas definitivas que lhe acarretem redução da capacidade
laborativa.
As provas técnicas produzidas no processo são determinantes nos casos em que a incapacidade somente pode ser aferida por perito médico,
de que se vale o juiz para haurir-se de conhecimento técnico para formar sua convicção, por meio da ajuda de profissional habilitado.
No caso dos autos, em que pese a natureza grave do acidente sofrido, a perícia médica não constatou incapacidade ou mesmo sequela que
implicasse a redução da capacidade laborativa do autor.
O laudo médico não contém irregularidade ou vício. Sua conclusão do laudo é hábil a comprovar o real estado de saúde da parte autora, uma
vez que é embasada no exame clínico e nos documentos médicos juntados.
Sendo assim, a parte autora não faz jus à concessão do auxílio-acidente por não preencher um dos requisitos legais.
Ante o exposto, JULGO IMPROCEDENTE a pretensão da parte autora.
Sem custas e honorários nesta instância judicial. Publique-se. Registre-se. Intime-se.
No caso em tela, a qualidade de segurado da parte autora não restou demonstrada na data de início da doença.
O período de graça a que fazia jus era de 12 meses a partir de 22/05/2014 (data do término de seu vínculo), em virtude do disposto no art. 15,
inciso II da Lei 8.213/91.
Caso a doença tivesse surgido quando ainda era segurada, teria mantido essa condição. Entretanto, esse fato não foi demonstrado por
documentos ou pela prova pericial.
O laudo médico não contém irregularidade ou vício, pois embasado no exame clínico e nos documentos médicos juntados.
Assim, não faz jus a parte autora à concessão de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez.
Ante o exposto, JULGO IMPROCEDENTE a pretensão da parte autora. Sem condenação em honorários e em outras verbas de
sucumbência, nesta instância judicial.
P.R.I.
É o breve relatório.
Decido.
A pretensão da parte autora é o reconhecimento do trabalho na condição de rurícola que, somado às contribuições previdenciárias recolhidas
em virtude do exercício de labor urbano mais recente, garantir-lhe-iam o benefício de aposentadoria por idade.
A Lei 11.718/2008 conferiu nova redação aos dispositivos da Lei 8213/91 relativos à aposentadoria por idade. O texto atual é o seguinte:
Art. 48. A aposentadoria por idade será devida ao segurado que, cumprida a carência exigida nesta Lei, completar 65 (sessenta e cinco) anos
de idade, se homem, e 60 (sessenta), se mulher. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)
§ 2o Para os efeitos do disposto no § 1o deste artigo, o trabalhador rural deve comprovar o efetivo exercício de atividade rural, ainda que de
forma descontínua, no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício, por tempo igual ao número de meses de contribuição
correspondente à carência do benefício pretendido, computado o período a que se referem os incisos III a VIII do § 9o do art. 11 desta Lei.
(Redação dada pela Lei nº 11,718, de 2008)
§ 3o Os trabalhadores rurais de que trata o § 1o deste artigo que não atendam ao disposto no § 2o deste artigo, mas que satisfaçam essa
condição, se forem considerados períodos de contribuição sob outras categorias do segurado, farão jus ao benefício ao completarem 65
(sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta) anos, se mulher. (Incluído pela Lei nº 11,718, de 2008)
§ 4o Para efeito do § 3o deste artigo, o cálculo da renda mensal do benefício será apurado de acordo com o disposto no inciso II do caput do
art. 29 desta Lei, considerando-se como salário-de-contribuição mensal do período como segurado especial o limite mínimo de salário-de-
contribuição da Previdência Social. (Incluído pela Lei nº 11,718, de 2008)
A alteração legislativa encerrou celeuma jurisprudencial acerca da dicotomia entre a aposentadoria por idade urbana e a aposentadoria por
idade rural. Embora nunca tivessem assim sido denominadas pela Lei 8213/91, passou-se a diferenciá-las conforme a natureza predominante
da atividade desempenhada pelo segurado: se o exercício laboral predominante fosse o campensino, estar-se-ia diante de possibilidade de
aposentadoria por idade “rural”. A predominância do labor urbano direcionava à possibilidade de aposentadoria por idade “urbana”.
A Lei 11.718/2008 deixou clara a previsão de um único benefício, o de “aposentadoria por idade”, cuja carência pode ser preenchida pelo
labor rural – independentemente de recolhimentos – e pelas contribuições previdenciárias decorrentes de vínculos urbanos. Aliás, o Egrégio
STJ já vinha decidindo segundo este entendimento, de possibilidade de soma dos períodos rural e urbano, como se vê do acórdão coletado:
Observe-se que a autora trabalhou em atividade urbana nos últimos anos, vertendo contribuições previdenciárias, enquadrando-se, inclusive, no
disposto no §3º. do art. 48 da lei 8.213/91, incluído pela lei 11.718/2008, com início de vigência aos 23/06/2008, in verbis:
“Os trabalhadores rurais de que trata o § 1º. deste artigo que não atendam o disposto no § 2º. deste artigo, mas que satisfaçam essa condição,
se forem considerados períodos de contribuição sob outras categorias do segurado, farão jus ao benefício ao completarem 65 anos, se homem,
e 60 anos, se mulher.”
Por fim, cabe ressaltar que em matéria previdenciária, deve-se flexibilizar a análise do pedido contido na petição inicial, não entendendo como
julgamento extra ou ultra petita a concessão de benefício diverso do requerido na inicial, desde que o autor preencha os requisitos legais do
benefício deferido. Nesse sentido, é pacífica a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça:
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. APOSENTADORIA RURAL POR IDADE. PREENCHIMENTO DAS CONDIÇÕES.
JULGAMENTO EXTRA PETITA. INOCORRÊNCIA.
1. É da natureza do Direito Previdenciário a proteção do beneficiário. Portanto, deve-se flexibilizar a análise do pedido contido na petição
inicial e não considerar como julgamento extra ou ultra petita a concessão do benefício, desde que o autor preencha os requisitos legais do seu
pleito. Precedentes.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 545/1770
2. Agravo Regimental não provido. (gRg no REsp 1397888 / RS. Relator Ministro HERMAN BENJAMIN).
Para preenchimento do segundo requisito, é necessário que a parte autora haja implementado o tempo de contribuição determinado pela lei.
O trabalhador rural segurado especial, assim definido no art. 11, VII da lei 8.213/91, com redação dada pela lei 11.718/2008, é a pessoa física
residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que na lavoura trabalhe individualmente ou em regime de economia
familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros, na condição de: produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro
ou meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade agropecuária, de seringueiro ou extrativista vegetal, e faça
dessas atividades o principal meio de vida; pescador artesanal ou a este assemelhado que faça da pesca profissão habitual ou principal meio
de vida; e por fim cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a este equiparado, do segurado de que
tratam as alíneas a e b deste inciso, que, comprovadamente, trabalhem com o grupo familiar respectivo.
Entendo que a prestação de serviço rural por menor a partir de 12 anos, como segurado especial em regime de economia familiar,
devidamente comprovada, pode ser reconhecida para fins previdenciários. Inclusive esse é o posicionamento do TNU, Súmula 5, de
25/09/2003.
O rol dos documentos previsto pelo artigo 106 da Lei n.º 8.213, de 1991, para comprovação do exercício da atividade rural, é meramente
exemplificativo, pois outros documentos idôneos são admitidos para fazer prova da atividade, como está sedimentado na jurisprudência.
Nos termos do artigo 55, § 3º, da Lei nº 8.213/91 e de acordo com a jurisprudência consubstanciada na Súmula 149 do Superior Tribunal de
Justiça, é possível a comprovação do trabalho rural mediante a apresentação de início de prova documental, devendo esta ser complementada
por prova testemunhal.
É necessária, entretanto, a apresentação de documentos contemporâneos da atividade laborativa como segurado especial pelo requerente,
mesmo que indicativos ou indiretos. Devem ter sido produzidos, portanto, à época do período que pretende ver reconhecido. Acrescente-se
ainda que, no caso de trabalhadora mulher, essa documentação é bem mais exígua, razão pela qual é possível fazer uso de prova indireta,
normalmente documentos em nome de familiares e cônjuge.
No caso em tela, a parte autora requer o reconhecimento da atividade rural no período de 25/10/1969 a 04/12/1981 e junta documentos visando
à comprovação, dentre os quais ressalto: atestado de óbito do genitor, do ano de 1963, em que ele controu qualificado como lavrador; certidão
de nascimento de irmão da autora, do ano de 1969 em que o padrasto da autora constou qualificado como lavrador; certidão do posto fiscal de
São José do Rio Preto referente aos períodos de 1972 a 1975, 1985 a 1990, 1997 a 2009 em nome do irmão da autora referente à propriedade
rural; atestado de óbito do padrasto da autora do ano de 1979, em que ele constou qualificado como lavrador.
Para que fique caracterizado o início de prova material, não é necessário que os documentos apresentados comprovem, ano a ano, o exercício
da atividade rural, seja porque se deve presumir a continuidade nos períodos imediatamente próximos, seja porque é inerente à informalidade
do trabalho rural a escassez documental, mas repita-se ser necessário que sejam contemporâneos à época pretendida.
Foram ouvidas testemunhas por carta precatória, que confirmaram o labor da parte autora, com sua família, na lavoura. Restou demonstrado
que a autora e seus irmãos trabalharam na lavoura desde a infância em Novo Horizonte/SP, como meeiros no cultivo de café. Primeiramente
trabalhou na Fazenda Nossa Senhora Aparecida, com a mãe e imãos e tocavam café em regime de porcentagem, como confirmou a
testemunha José. Em seguida , mais ou menos no ano de 1974, mudaram-se para a Fazenda Santa Genoveva, onde também trabalharam no
cultivo de café como meeiros, onde permaneceram por cerca de dez anos, como afirmou a testemunha Sr. Valdeci. O trabalho da autora se
deu quando ainda era solteira.
Considerando o início de prova documental produzida, aliada à prova testemunhal, reconheço o exercício de trabalho rural da parte autora
como meeira de café, segurada especial, durante o período de 25/10/1969 a 04/12/1981como trabalhadora rural segurada especial, nos termos
do art. 11, VII, da lei 8.213/91.
Este período somado aos períodos constantes de sua CTPS e às contribuições previdenciárias vertidas em razão de labor urbano são
suficientes para preenchimento da carência.
Nenhum óbice há, no entender do E. STJ, que o tempo rural seja remoto, como se vê da orientação jurisprudencial pacífica:
Em seu voto, o ministro Benjamin ressaltou que, sob o ponto de vista do princípio da dignidade da pessoa humana, a inovação trazida pela Lei
11.718 corrige uma distorção que ainda abarrota os órgãos judiciários em razão do déficit da cobertura previdenciária: a situação daqueles
segurados rurais que, com a crescente absorção da força de trabalho pela cidade, passaram a exercer atividades diferentes das lides do
campo. Antes dessa inovação legislativa, segundo o ministro, o segurado em tais situações vivia um “paradoxo jurídico de desamparo
previdenciário”, pois, ao atingir idade avançada, não podia obter a aposentadoria rural porque exerceu trabalho urbano e não tinha como
conseguir a aposentadoria urbana porque o tempo dessa atividade não preenchia o período de carência. Segundo ele, a denominada
aposentadoria por idade híbrida ou mista aponta para um horizonte de equilíbrio entre as necessidades sociais e o direito e acaba representando
a redução dos conflitos submetidos ao Poder Judiciário. “Essa nova possibilidade de aposentadoria por idade não representa desequilíbrio
atuarial. Muito pelo contrário. Além de exigir idade mínima equivalente à aposentadoria por idade urbana e, assim, maior tempo de trabalho,
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 547/1770
conta com lapsos de contribuição direta do segurado que a aposentadoria por idade rural não possui”, afirmou o ministro, por fim.
A autora completou 60 anos de idade em 2017 e comprovou a carência exigida para esse ano, qual seja, 180 meses.
Assim, uma vez preenchidos os requisitos necessários, faz jus à concessão da aposentadoria por idade, devida desde a DER, uma vez que
comprovou ter apresentado no requerimento administrativo os documentos que instruíram esta ação.
Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o presente pedido, para condenar o INSS na concessão do benefício de aposentadoria por idade à
parte autora, no valor de um salário mínimo, consoante cálculo realizado pela Contadoria Judicial deste Juizado, que passa a fazer parte
integrante desta sentença, com DIB em 26/10/2017
Em razão da natureza alimentar do benefício ora concedido, bem como pelo risco de dano irreparável ou de difícil reparação na hipótese de
eventual demora na implantação do benefício, concedo desde já a antecipação dos efeitos da tutela jurisdicional, para determinar ao INSS a
implantação no prazo máximo de 30 dias do benefício previdenciário, independentemente do trânsito em julgado da presente sentença. Oficie-
se.
CONDENO, outrossim, o INSS ao PAGAMENTO das diferenças acumuladas desde 26/10/2017 até 30/01/2019, no valor de R$ 16.202,59
(DEZESSEIS MIL DUZENTOS E DOIS REAIS E CINQUENTA E NOVE CENTAVOS), observada a prescrição qüinqüenal, consoante
cálculo realizado pela Contadoria Judicial deste Juizado.
Trata-se de ação proposta por Maria Roberto em face do INSS, em que pretende seja reconhecido e averbado período de trabalho sob
O INSS foi regularmente citado e, em contestação, pugnou pela improcedência do pedido formulado na inicial.
É o breve relatório.
Decido.
A aposentadoria por idade é benefício regido pelo art. 48 e seguintes da lei 8.213/91, e será devida ao segurado que cumprir a carência exigida
por lei, e atingir 65 anos de idade se homem e 60 anos de idade, se mulher. Esses limites, nos termos do § 1o do artigo 48, “são reduzidos para
sessenta e cinqüenta e cinco anos no caso de trabalhadores rurais, respectivamente homens e mulheres”, sendo esses trabalhadores rurais
empregados, prestadores de serviços, eventuais, avulsos e segurados especiais.
Nos termos da legislação, o trabalhador rural deve comprovar o efetivo exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no
período imediatamente anterior ao requerimento do benefício, por tempo igual ao número de meses de contribuição correspondente à carência
do benefício pretendido, computado inclusive, o período a que se referem os incisos III a VIII do § 9o do art. 11 do R. G. P. S.
O art. 39, inciso I da lei 8.213/91 que se refere aos segurados especiais, como no caso da parte autora, dispõe que “fica garantida a concessão
de aposentadoria por idade, no valor de um salário mínimo, desde que comprove o exercício de atividade rural ainda que de forma descontínua,
no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício, igual ao número de meses correspondentes à carência do benefício
requerido.”
O ano de implementação das condições necessárias é o ano em que a parte completou a idade mínima.
No presente caso, o autor implementou a idade (60 anos) em 13/08/2017, preenchendo assim, o primeiro requisito necessário para a concessão
do referido benefício.
Para preenchimento do segundo requisito, é necessário o cumprimento da carência, que, no caso dos trabalhadores rurais, significa comprovar
o efetivo exercício de atividade rural por tempo igual ao número de meses de contribuição correspondente à carência do benefício pretendido.
Há orientação jurisprudencial dominante no sentido de que do segurado especial não são exigidas contribuições, mesmo após o advento da lei
8.213/91. Cumpre mencionar que o art. 39 “caput” e inciso I garantem a aposentadoria por idade no valor de um salário mínimo aos segurados
especiais, desde que comprovado o exercício de atividade rural, o que restou comprovado no caso em tela.
Entendo não ser necessária a comprovação do exercício laboral rural até época imediatamente anterior ao requerimento, como consta do
artigo 143 da Lei 8213/91, primeiramente porque a lei impõe obrigação genérica, quer seja, não especifica o que se considera “imediatamente
anterior”. Redação de lei que impõe uma exigência a um direito reconhecido deve ser, sob pena de incorrer em imprecisão legislativa, clara e
específica. Em segundo lugar, porque fere, a olhos vistos, o princípio da igualdade. Ora, se não se exige o exercício de atividade para os
trabalhadores urbanos em tempo “imediatamente anterior” ao requerimento do benefício, não há qualquer justificativa plausível para se exigir
do trabalhador rural. Poder-se-ia argumentar que aquele, o urbano, contribuiu para o sistema, verteu contribuições. A argumentação cai por
terra porque, em época passada, a própria lei dispensava, não exigia do trabalhador rural as contribuições. Ele, portanto, não pode ser
penalizado por algo que deixou de fazer porque a própria lei assim previa (a ausência de contribuições). Aliás, a lei, em seu prejuízo, não
previa, nem ao menos, o registro em carteira, deixando-o totalmente desamparado para fins de sistema previdenciário, não sendo justo puni-lo
duplamente.
Afirma a parte autora que sempre trabalhou na lavoura como segurada especial.
O trabalhador rural segurado especial, assim definido no art. 11, VII da lei 8.213/91, com redação dada pela lei 11.718/2008, é a pessoa física
residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que na lavoura trabalhe individualmente ou em regime de economia
familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros, na condição de: produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro
ou meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade agropecuária, de seringueiro ou extrativista vegetal, e faça
dessas atividades o principal meio de vida; pescador artesanal ou a este assemelhado que faça da pesca profissão habitual ou principal meio
de vida; e por fim cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a este equiparado, do segurado de que
tratam as alíneas a e b deste inciso, que, comprovadamente, trabalhem com o grupo familiar respectivo.
A prestação de serviço rural por menor a partir de 12 anos, como segurado especial em regime de economia familiar, devidamente
comprovada, pode ser reconhecida para fins previdenciários. Inclusive esse é o posicionamento do TNU, Súmula 5, de 25/09/2003.
O rol dos documentos previsto pelo artigo 106 da Lei n.º 8.213, de 1991, para comprovação do exercício da atividade rural, é meramente
exemplificativo, pois outros documentos idôneos são admitidos para fazer prova da atividade, como está sedimentado na jurisprudência.
Nos termos do artigo 55, § 3º, da Lei nº 8.213/91, e de acordo com a jurisprudência consubstanciada na Súmula 149 do Superior Tribunal de
Justiça, é possível a comprovação do trabalho rural mediante a apresentação de início de prova documental, a ser complementada por prova
testemunhal.
É imprescindível a apresentação de documentos contemporâneos da atividade laborativa como segurado especial pelo requerente, mesmo que
indicativos ou indiretos. Devem ter sido produzidos, portanto, à época do período que pretende ver reconhecido.
No caso em tela, a parte autora requer o reconhecimento da atividade rural no período de agosto/1969 até os dias atuais e junta documentos
visando à comprovação, dentre os quais ressalto: certidão de casamento do autor, realizado em 1986, na qual o autor consta como lavrador;
certidão de nascimento do filho do autor (Eliel Tomaz de Andrade), nascido em 1991, na qual o autor consta como lavrador; contratos de
parceria agrícola em nome do autor (firmados nos anos de 1993, 2002, 2004, 2014 e 2015).
O certificado de dispensa de incorporação do autor, de 1978, não apresenta informações quanto à sua profissão.
Para que fique caracterizado o início de prova material, não é necessário que os documentos apresentados comprovem, ano a ano, o exercício
da atividade rural, seja porque se deve presumir a continuidade nos períodos imediatamente próximos, seja porque é inerente à informalidade
do trabalho rural a escassez documental, mas repita-se ser necessário que sejam contemporâneos à época pretendida.
O autor prestou depoimento pessoal e suas testemunhas foram ouvidas na audiência, de forma a confirmar o labor na lavoura, desde a infância
até 1992, em Corumbataí do Sul/PR, no sítio de João Padula, onde seu pai cultivava café em regime de economia familiar. Mudou-se para o
estado de São Paulo, onde trabalhou como meeiro de morango e uva para diversos fazendeiros da região de Jarinu, Jundiaí e Louveira, a
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 552/1770
maioria dos quais confeccionou contratos de parceria agrícola que estão nos autos. Trabalhou também como caseiro em chácara de
propriedade do sr. Balan por sete anos, como empregado rural e empregado urbano. As testemunhas o acompanharam por todo o período até
atualmente.
Considerando o início de prova documental produzida, aliada à prova testemunhal, reconheço o exercício de trabalho rural durante os períodos
de 13/08/1969 a 30/11/1993, 05/01/2002 a 31/12/2002 e 01/01/2014 a 31/12/2015 como trabalhador rural segurado especial, nos termos do art.
11, VII, da lei 8.213/91.
Referido período de tempo corresponde a 328 meses de carência.
No entanto, o autor apresenta vínculos empregatícios registrados em CTPS que não podem ser desconsiderados, uma vez que representam
uma ruptura do serviço rural exercido em regime de economia familiar.
Conforme registros em CTPS, abrangem os períodos de 02/12/1993 a 20/03/1994 (empregado doméstico), 04/01/1995 a 04/01/2002
(empregado doméstico), 04/05/2003 a 08/11/2004 (empregado doméstico), 08/02/2006 a 23/03/2013 (auxiliar de manutenção em empresa) e
01/07/2016 a 31/12/2018 (embora tenha sido registrado como trabalhador rural, a CTPS informa no campo ‘espécie de estabelecimento’ que
se trata de ‘corretagem no aluguel de imóvel).
Assim, embora tenha sido reconhecido o exercício de atividade rural pelo autor nos períodos de 13/08/1969 a 30/11/1993, 05/01/2002 a
31/12/2002 e 01/01/2014 a 31/12/2015, não é possível a concessão do benefício de aposentadoria por idade rural, tendo em vista a ruptura do
trabalho rural do autor em virtude dos vínculos empregatícios urbanos com registro em CTPS / CNIS.
O autor também não faz jus ao benefício de aposentadoria por idade mista, na qual somam-se os períodos de trabalho rural e urbano, pois
conta com menos de 65 (sessenta e cinco) anos de idade.
DISPOSITIVO
Ante o exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE a pretensão da parte autora para condenar o INSS ao reconhecimento e
averbação do tempo de trabalho rural da autora, como segurado especial, de 13/08/1969 a 30/11/1993, 05/01/2002 a 31/12/2002 e 01/01/2014 a
31/12/2015.
Sem condenação em honorários e em outras verbas de sucumbência, nesta instância judicial.
P.R.I.C.
Possível que o tempo de trabalho rural exercido como segurado especial, sem contribuições previdenciárias, seja computado para a concessão
da aposentadoria por tempo de serviço. No entanto, referido período não pode ser computado para fins de carência da aposentadoria, nos
termos do art. 55, §2º da lei 8.213/91. Necessário que a carência seja cumprida por períodos contributivos.
DO PERÍODO RURAL
Pretende a parte autora o reconhecimento da atividade rural desempenhada como segurado especial para que, somado ao tempo de
contribuição comum, lhe seja concedida a aposentadoria por tempo de contribuição.
O trabalhador rural segurado especial, assim definido no art. 11, VII da lei 8.213/91, com redação dada pela lei 11.718/2008, é a pessoa física
residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que
com o auxílio eventual de terceiros, na condição de: produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro
outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade agropecuária, de seringueiro ou extrativista vegetal, e faça dessas
atividades o principal meio de vida; pescador artesanal ou a este assemelhado que faça da pesca profissão habitual ou principal meio de vida;
e por fim cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a este equiparado, do segurado de que tratam as
alíneas a e b deste inciso, que, comprovadamente, trabalhem com o grupo familiar respectivo.
Entendo que a prestação de serviço rural por menor a partir de 12 anos, como segurado especial em regime de economia familiar,
devidamente comprovada, pode ser reconhecida para fins previdenciários. Inclusive esse é o posicionamento do TNU, Súmula 5, de
25/09/2003.
Embora conste do artigo 106 da Lei n.º 8.213, de 1991, um rol dos documentos que fazem a comprovação do exercício da atividade rural,
deve-se reconhecer que esse rol é meramente exemplificativo. É necessária a apresentação de documentos indicativos da atividade laborativa
como segurado especial pelo requerente, mesmo que indiretamente, porém, contemporâneos à época do período que pretende ver
reconhecido.
Ademais, o início de prova documental deve vir acompanhado de prova testemunhal. A Jurisprudência pátria firmou entendimento, consolidado
na Súmula n.º 149 do Egrégio Superior Tribunal de Justiça, segundo a qual “A prova exclusivamente testemunhal não basta a comprovação da
atividade rurícola, para efeito da obtenção de benefício previdenciário.”
No caso em tela, a parte autora requer o reconhecimento da atividade rural no período de 25/04/1979 a 30/04/1996 e de 01/01/2000 a
31/05/2004 e junta documentos visando comprovar sua atividade rural, dentre os quais ressalto: apresentou documentos que indicam a
qualificação do genitor como lavrador no início da década de 1970; Certidão de casamento de irmão (qualificado como lavrador) do ano de
1986; e Certidão de casamento do autor, do ano de 1996, em que ele constou qualificado como lavrador.
Para que fique caracterizado o início de prova material, não é necessário que os documentos apresentados comprovem, ano a ano, o exercício
da atividade rural, seja porque se deve presumir a continuidade nos períodos imediatamente próximos, seja porque é inerente à informalidade
do trabalho rural a escassez documental, necessário que sejam contemporâneos à época pretendida.
Foram ouvidas testemunhas por carta precatória em Lunardelli/PR que confirmaram o labor da parte autora com sua família, na lavoura. As
testemunhas confirmaram que conviveram com o autor principalmente a partir de meados da década de 1980, e que o autor trabalhava com os
pais e irmãos em sítio no cultivo de milho, feijão e algodão em regime de economia familiar.
Considerando o início de prova documental produzida, aliada à prova testemunhal, reconheço o exercício de trabalho rural, durante o período
de 25/04/1979 a 30/04/1996 como trabalhador rural segurado especial, nos termos do art. 11, VII, da lei 8.213/91.
Deixo de reconhecer o período 01/01/2000 a 31/05/2004 pretendido pela autora, tendo em vista a ausência de início de prova documental do
trabalho rural para essa época. Mesmo que as testemunhas tenham confirmado ( e o fizeram de forma genérica) o trabalho rural do autor
nessa época, a Súmula STJ 149 impõe a presença de início de prova documental.
CTPS
Quanto a eventuais divergências entre os dados constantes da CTPS e o relatório do CNIS, entendo possível o reconhecimento de atividade
urbana anotada em CTPS, sem rasuras, em ordem cronológica, mesmo que não conste do CNIS. Nesse sentido, inclusive, a TNU emitiu
recente súmula: “A Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) em relação à qual não se aponta defeito formal que lhe comprometa a
fidedignidade goza de presunção relativa de veracidade, formando prova suficiente de tempo de serviço para fins previdenciários, ainda que a
anotação de vínculo de emprego não conste no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). (Súmula 75, TNU, DOU 13/06/2013@PG.
00136.)”
O fato de eventualmente não constar do CNIS o vínculo, ou as correspondentes contribuições previdenciárias, é insuficiente para a
desconsideração dos períodos de trabalho, até porque o CNIS não é prova exclusiva da realização ou falta de recolhimentos previdenciários,
principalmente no que tange a períodos mais remotos. Ademais, na condição de empregado, a parte autora é segurada obrigatória, cabendo ao
empregador a responsabilidade legal pelos recolhimentos. Além disso, não pode ser a parte autora prejudicada pela desídia do Poder Público,
pois o artigo 33 da Lei 8.212/91, com redação dada pela lei 11.941 de 2009, dispõe que é da competência da Receita Federal do Brasil o poder
de fiscalização da empregadora.
Em Laudo Contábil Complementar elaborado conforme o entendimento e convencimento deste Juízo, a Contadoria Judicial deste Juizado
procedeu à somatória do tempo de serviço/contribuição até a DER e apurou o tempo de 33 anos, 01 meses e 09 dias, até o ajuizamento
apurou-se o tempo de 33 anos, 2 meses e 8 dias, insuficiente para concessão de aposentadoria poe tempo dee contribuição.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 554/1770
Ante o exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE a pretensão da parte autora para condenar o INSS no reconhecimento e
averbação do tempo rural do autor, como segurado especial de 25/04/1979 a 30/04/1996 .
Sem condenação em honorários e em outras verbas de sucumbência, nesta instância judicial.
P.R.I.C.
A autora apresentou para comprovar referida atividade especial perfil profissiográfico previdenciário, assinado por engenheiro de segurança
do trabalho, no qual consta que de fato a autora exerceu a atividade de cirurgiã dentista com exposição a agentes agressivos.
Apresentou ainda, dentre outros documentos, constantes principalmente do arquivo evento 14: seu diploma de cirurgiã dentista, diversos outros
certificados de realizações de cursos e especializações na área odontológica; Certidão emitida pelo CRO (fl. 45 e seguintes) afirmando que a
autora possui registro de licenciamento como odontologista desde 05/12/1990 e o mantém atualizado e com as contribuições em dia, data do de
04/2015; apresentou ainda Certidão da Prefeitura Municipal de Jundiaí do ano de 2016, lhe outorgando licença para o exercício da atividade de
odontologista desde o ano de 1990.
Portanto, a parte autora prova ter exercido a atividade de dentista autônoma desde 02/02/1990 até os dias atuais. Conforme documentos
apresentados (PPP elaborado por engenheiro de segurança do trabalho), como dentista, esteve exposta a agentes biológicos de modo habitual
e permanente, não eventual, nem intermitente durante o lapso temporal de 02/02/1990 a 11/05/2016, enquadranddo-se nos termos dos códigos
1.3.2 do Decreto 53.831/64 e 1.3.4 do Decreto 83.080/79. Reconheço esses períodos como especiais e determino a averbação com os
acréscimos legais.
Deixo de reconhecer como especial o período de 02/05/1983 a 01/02/1990, período esse em que a autora não desempenhou a atividade de
dentista, mas apenas de atendente em consultório, descaracterizando a exposição aos agentes agressivos apontados.
A Contadoria Judicial deste Juizado procedeu à somatória do tempo de serviço reconhecido como especial até a DER e apurou o tempo de 26
anos, 02 meses e 10 dias, o suficiente para sua aposentadoria especial.
Fixo a DIB na DER uma vez que restou demonstrado que a parte autora apresentou toda a documentação referente à atividade especial
quando requereu administrativamente o benefício.
Ante o exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE a pretensão da parte autora para condenar o INSS à concessão de
aposentadoria especial, correspondente a 100% do valor do salário-de-benefício, com renda mensal na competência de janeiro/2019, no valor
de R$ 3.083,01 (TRêS MIL OITENTA E TRêS REAIS E UM CENTAVO) consoante cálculo realizado pela Contadoria Judicial deste
Juizado, que passa a fazer parte integrante desta sentença. DIB aos 11/05/2016.
Em razão da natureza alimentar do benefício, antecipo os efeitos da tutela jurisdicional, para determinar a implantação do benefício no prazo
máximo de 30 dias úteis, independentemente da interposição de eventual recurso em face da presente sentença. Oficie-se.
CONDENO, outrossim, o INSS ao PAGAMENTO das diferenças acumuladas desde 11/05/2016 até 30/01/2019, no valor de R$ 45.744,78
(QUARENTA E CINCO MIL SETECENTOS E QUARENTA E QUATRO REAIS E SETENTA E OITO CENTAVOS), observada a
prescrição qüinqüenal, consoante cálculo realizado pela Contadoria Judicial deste Juizado.
Com o trânsito em julgado, expeça-se o correspondente Ofício Requisitório para pagamento dos atrasados, ou precatório, conforme opção da
parte autora a ser manifestada em momento oportuno.
Sem condenação em honorários e em outras verbas de sucumbência, nesta instância judicial.
P.R.I.C.
Tendo em vista que o objeto da presente ação se enquadra nas regras do §2° do artigo 12 do CPC, passo ao julgamento do feito.
Por se tratar de matéria cuja solução prescinde de produção de provas em audiência, passo ao julgamento antecipado da lide com base no
artigo 355, I, do CPC.
Trata-se de ação na qual a parte autora busca o restabelecimento ou a concessão de auxílio-doença e a conversão em aposentadoria por
invalidez.
Em contestação pugnou o INSS a improcedência da ação.
Foi produzida prova documental, perícia médica e contábil.
É o breve relatório.
Decido.
Inicialmente, concedo à parte autora os benefícios da justiça gratuita.
A parte autora recebeu benefício de auxílio-doença de 10/06/2007 a 17/05/2010 e 26/03/2010 a 30/11/2014.
Com previsão no artigo 42 e seguintes da Lei n.º 8.213/91, a aposentadoria por invalidez é devida ao segurado que for considerado incapaz e
SENTENÇA EM EMBARGOS - 3
0004655-03.2017.4.03.6304 - 2ª VARA GABINETE - SENTENÇA EM EMBARGOS Nr. 2019/6304004022
AUTOR: LAERCIO RODRIGUES DE SOUZA (SP241171 - DANIELA APARECIDA FLAUSINO NEGRINI)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - KEDMA IARA FERREIRA)
Trata-se de embargos de declaração opostos pela parte autora em face de sentença proferida por este Juízo.
Tempestivos, passo a conhecê-los.
Não assiste razão à parte embargante.
A parte embargante manifestou inconformismo em face da sentença proferida, sem apontar eventual omissão, contradição ou obscuridade em
relação aos próprios termos da sentença.
O processo foi extinto sem resolução de mérito em decorrência da ausência da parte autora à audiência designada, de cuja data tinha ciência.
Pretende a alteração da sentença sob a alegação de que a audiência de instrução, conforme seu entendimento, não iria ocorrer, pois seu
processo seria suspenso, nos termos do tema 995 do STJ.
No entanto, na própria manifestação da parte autora quanto a esse tema, mencionou:
"Constou no r. despacho a intimação desta parte para se manifestar acerca dos pedidos da inicial no que consiste em continuidade ou não
destes, quanto a esta parte do despacho a parte autora vem informar que mantém os pedidos da inicial. Ainda vem ressaltar que:
Considerando que o Laudo Contábil constante dos autos, expressamente demonstra que na DER o autor preenche os requisitos a
Aposentadoria por Tempo de Contribuição Integral, e considerando que é esta é justamente a pretensão da parte autora com a presente
demanda, não há necessidade de suspender o feito para aguardar a decisão do STJ quanto ao tema de “possibilidade de reafirmação de DER”
pois como já dito e demonstrado pelo Laudo Contábil, na DER o Autor preenche os requisitos para a aposentadoria.
II – DO PEDIDO Pelo exposto requer:
a. Que seja mantido os pedidos constantes na petição inicial;
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 559/1770
b. Que seja desconsiderada a decisão que suspendeu a tramitação deste processo, com base nas alegações supracitadas."
Ou seja, não há qualquer pedido de reafirmação da DER que indicasse a possibilidade de suspensão do feito. E, mesmo que houvesse, o
processo só estaria suspenso após decisão judicial que o suspendesse. Até determinação em contrário, as audiências que estão em pauta
ocorrerão e é obrigação processual do autor a elas comparecer.
Pretende rediscutir e modificar o julgamento do feito, por inconformismo ou discordância de seus termos, o que deve ser feito apenas por meio
de recurso próprio.
O Superior Tribunal de Justiça tem a matéria por pacificada há muito. Veja arestos colhidos em Código de Processo Civil, Theotônio Negrão,
Editora Saraiva, 30ª edição, p. 559: “Não se pode ser conhecido recurso que, sob o rótulo de embargos declaratórios, pretende substituir a
decisão recorrida por outra. Os embargos declaratórios são apelos de integração - não de substituição”(STJ-1ª Turma, Resp 15.774-0-SP-
Edcl, rel. Min. Humberto Gomes de Barros, j. 25.10.93, não conheceram, v.u., DJU 22.11.9, p.24.895).
“É incabível, nos declaratórios, rever a decisão anterior, reexaminando ponto sobre o qual já houve pronunciamento, com inversão, em
consequência, do resultado final. Nesse caso, há alteração substancial do julgado, o que foge ao disposto no art. 535 e incisos do CPC.
Recurso especial conhecido em parte e assim provido” (RSTJ 30/412).
E ainda recente julgado do STJ afirma nesse sentido, ressaltando inclusive para o cabimento da incidência de multa, no caso de serem
considerados protelatórios:
..EMEN: TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU
CONTRARIEDADE. MERO INCONFORMISMO DA PARTE. NÃO CABIMENTO DOS DECLARATÓRIOS. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO OPOSTOS PELO CONTRIBUINTE REJEITADOS, COM INCIDÊNCIA DA MULTA DO ART. 1.026, § 2o. DO
CÓDIGO FUX. 1. Os Embargos de Declaração destinam-se a suprir omissão, afastar obscuridade ou eliminar contradição existente no
julgado. Excepcionalmente o Recurso Aclaratório pode servir para amoldar o julgado à superveniente orientação jurisprudencial do Pretório
Excelso, quando dotada de efeito vinculante, em atenção à instrumentalidade das formas, de modo a garantir a celeridade, eficácia da
prestação jurisdicional e a reverência ao pronunciamento superior, hipótese diversa da apresentada nos presentes autos. 2. Nos presentes
Declaratórios, a embargante afirma que o acórdão recorrido deixou de se manifestar sobre questões atinentes ao mérito da demanda. 3. Dos
próprios argumentos dispendidos pela parte embargante nos Aclaratórios, verifica-se não se tratar de qualquer omissão, contradição ou
obscuridade a ser sanada, mas de mera pretensão de reforma do julgado com base em seu inconformismo com a solução jurídica ali aplicada;
pretensão incabível nesta via recursal, até porque a omissão alegada já foi rechaçada nos Embargos Declaratórios anteriormente opostos,
porquanto a parte recorrente não demonstrou quais são as despesas de auxílio creche e quais os empregados que foram beneficiados. 4.
Dessa forma, como a parte embargante opõe Embargados Declaratórios idênticos, com a mesma pretensão, sem impugnar o fundamento do
acórdão embargado, vê-se que é o caso de Embargos Declaratórios protelatórios, o que atrai a incidência da multa do art. 1.026, § 2o. do
Código Fux. 5. Embargos de Declaração opostos pelo Contribuinte rejeitados, com incidência da multa prevista no art. 1.022, § 2o. do Código
Fux.EMEN: (EEAINTARESP 201401535629, NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO - PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:24/04/2018
..DTPB:.)
Ante o exposto, conheço dos embargos, e, no mérito os rejeito, por não ser a sentença omissa, obscura ou contraditória.
Publique-se. Registre-se. Intime-se.
Embora o réu já tenha sido regularmente citado, não é necessário que seja intimado para que se manifeste sobre o pedido de desistência da
ação e nele consinta, consoante entendimento consolidado na Súmula n.º 1, de 3 de dezembro de 2002, da Egrégia Turma Recursal do Juizado
Especial Federal de São Paulo, verbis: “A homologação do pedido de desistência da ação independe da anuência do réu.”
Estão as partes desoneradas do pagamento de verbas de sucumbência e do recolhimento de custas processuais, nesta instância judicial.
P.R.I.
Embora o réu já tenha sido regularmente citado, não é necessário que seja intimado para que se manifeste sobre o pedido de desistência da
ação e nele consinta, consoante entendimento consolidado na Súmula n.º 1, de 3 de dezembro de 2002, da Egrégia Turma Recursal do Juizado
Especial Federal de São Paulo, verbis: “A homologação do pedido de desistência da ação independe da anuência do réu.”
Assim, HOMOLOGO O PEDIDO DE DESISTÊNCIA DA AÇÃO e DECLARO EXTINTO O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE
MÉRITO, com fundamento no artigo 485, inciso VIII, do Código de Processo Civil.
Estão as partes desoneradas do pagamento de verbas de sucumbência e do recolhimento de custas processuais, nesta instância judicial.
P.R.I.
DECISÃO JEF - 7
0000823-88.2019.4.03.6304 - 2ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6304004083
AUTOR: MARCOS ALBERTO DA SILVA (SP369727 - JULIANA HEINCKLEIN)
RÉU: CAIXA ECONOMICA FEDERAL (SP173.790 - MARIA HELENA PESCARINI)
Trata-se de ação ajuizada por MARCOS ALBERTO DA SILVA em face da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, pleiteando rescisão
contratual de compra e venda de imóvel, com a devolução das parcelas já pagas.
Em síntese, alega o autor que celebrou com a ré contrato de compra e venda para aquisição de imóvel, tendo já pago vinte e uma parcelas,
todavia, devido a dificuldades financeiras, não teria mais condições de pagar as parcelas do contrato. Narra que teria feito contato com a ré
para realizar o distrato, mas nunca obteve resposta.
Trouxe prova documental.
Passo a decidir.
Preliminarmente, impende verificar a presença, ou a ausência, de pressupostos (positivos e negativos) de constituição e de desenvolvimento
válido e regular do processo, que, lógica e cronologicamente, antecedem o exame de mérito.
Competência, no dizer de Enrico Tullio Liebman, é a medida da jurisdição, é o poder conferido por lei a determinado órgão do Poder Judiciário
de fazer atuar a função jurisdicional em determinado caso concreto.
A Lei n.º 10.259, publicada no D.O.U. de 13 de julho de 2001, que instituiu os Juizados no âmbito da Justiça Federal, limitou a competência
desses mesmos Juizados ao determinar que, verbis:
“Art. 3.º Compete ao Juizado Especial Federal Cível processar, conciliar e julgar causas de competência da Justiça Federal até o valor de
sessenta salários mínimos, bem como executar as suas sentenças.
(...)
Ao analisar o presente feito verificou-se, pela documentação acostada aos autos virtuais, que o valor do bem imóvel sobre o qual pende o
objeto da causa, é de R$ 190.000,00.
A competência do Juizado Especial Federal, em razão do valor da causa, é limitada ao julgamento das causas até o valor de 60 salários
mínimos (artigo 2º. da lei 10.259/2001). Significa considerar que, para o salário mínimo do ano corrente, no valor de R$ 998,00, multiplicado por
60, o valor limite da causa deve ser de R$ 59.880,00.
Existe certa polêmica, se a competência ratione valorem deve ser considerada relativa ou absoluta, sendo que a maioria a reconhece absoluta
Decorrido o prazo sem manifestação ou dispensa de audiência, venham os autos conclusos para sentença.
Nos termos do artigo 112 da lei 8.213/91, declaro habilitado apenas o Sr. Ademir Marcussi. Providenciem-se as necessárias retificações
cadastrais. Após, expeça-se o RPV. Intime-se.
Providencie o INSS a juntada da memória de cálculo solicitada pela autora (documento 56) no prazo de 30 (trinta) dias. Intime-se.
Tendo em vista que não houve manifestação, destituo o advogado voluntário anteriormente nomeado e devolvo o prazo recursal para que este
seja contado a partir da intimação desta decisão e nomeio a Dra. Rita de Cássia Klukeviez Toledo, OAB/SP 339.522,, advogada voluntária
inscrita na Assistência Judiciária Gratuita - AJG, como advogada da parte autora. Altere-se o cadastro. Intime-se.
Vistos. Em relação a petição da autora não lhe assiste razão, uma vez que os períodos em gozo de auxílio doença não podem ser considerados
como especiais, pois efetivamente não houve exposição aos agentes agressivos no período. A situação encontra-se corretamente disciplinada
no decreto 3048/99, como bem frisou o INSS.
Para a execução do julgado e o devido cumprimento da coisa julgada pelo sucumbente, determino que o INSS elabore os cálculos de
liquidação nos exatos termos do acórdão e os apresente, no prazo de 30 dias úteis. Intime-se. Oficie-se.
Requer sejam antecipados os efeitos da tutela para que seja este benefício imediatamente implantado.
O artigo 273 do Código de Processo Civil exige, cumulativamente, para que se conceda a antecipação dos efeitos da tutela exista prova
inequívoca e seja a alegação verossimilhante.
À vista da documentação acostada à peça exordial, pode-se afirmar que, inequivocamente, a condição física incapacitante, que autoriza a
percepção do benefício, existe. Conclui-se, pela vasta documentação acostada à inicial, que a parte autora está incapacitada para o trabalho,
acometida de graves doenças psiquiátricas, com limitação ao uso de medicações em razão de possuir apenas um dos rins e em uso de
antipsicótico (olanzapina). A autora, civilmente incapaz, é, inclusive, curatelada pelo marido.
Assim a parte autora prova, por documentos, que: a) ostenta a qualidade de segurado pois já recebia aposentadoria por invalidez; b) foi-lhe
cassado o benefício de aposentadoria; c) que ainda se encontra incapacitada para o exercício de atividades laborativas.
Além desses requisitos cumulativos, exige a lei, alternativamente, “haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação”; ou “fique
caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu”.
Uma vez que não se verifica abuso do direito de defesa, deve-se voltar a atenção para a exigência expressa no inciso I (a irreparabilidade do
dano ou a dificuldade de sua reparação).
No presente caso, afigura-se de difícil reparação o dano a que está exposta a parte autora. Acometida de incapacidade para o trabalho e para
a vida civil em geral, e submetida a tratamento médico, não há notícia de que possua outra fonte de renda. Sem fonte nenhuma de renda, está
na contingência de se ver privada dos cuidados básicos que necessita, medicação ou tratamento médico adequado, entre outros itens.
Em suma, pela apreciação valorativa dos documentos juntados aos autos, pode-se afirmar que estão presentes os requisitos legais que
autorizam a antecipação dos efeitos da tutela.
Considerando a natureza alimentícia do benefício previdenciário e considerando que o dano a parte autora se afigura de difícil reparação,
com fundamento no artigo 4.º da Lei n.º 10.259 de 2001 e no artigo 461 do Código de Processo Civil, determino que seja o benefício de auxílio-
doença imediatamente restabelecido, ainda que desta sentença venha a se interpor recurso, o qual deverá ser recebido apenas no efeito
devolutivo.
Ante todo o exposto, CONCEDO A ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA, conforme pleiteado na petição inicial, E
DETERMINO AO INSS que, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da ciência desta decisão e independentemente da interposição de
eventual recurso, RESTABELEÇA O BENEFÍCIO DE APOSENTADORIA POR INVALIDEZ DA AUTORA, a partir desta data, sendo
mantido até ulterior deliberação deste Juízo. No mais, determino o regular prosseguimento do feito.
Vistos. Verifico que não há prevençao. Trata-se de ação proposta pela parte autora em face do INSS, com pedido de antecipação da tutela,
objetivando a implantação de benefício previdenciário.
É cediço que o deferimento do pedido de tutela de urgência, nos termos do artigo 300 do CPC, está condicionado à comprovação de elementos
que evidenciem a probabilidade do direito. Além disso, deve haver perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo.
Do mesmo modo, o deferimento de medida cautelar a que alude o artigo 4º da Lei 10.259/01 depende dos citados requisitos, traduzidos pelo
perigo na demora do provimento jurisdicional e no convencimento quanto à probabilidade de sucesso do autor.
Em sede de cognição sumária não vislumbro o preenchimento dos requisitos citados. Ademais, imprescindível o revolver aprofundado das
provas, após o regular contraditório, cujo momento oportuno é o da prolação da sentença.
Pelo exposto, indefiro, por ora, o pedido de antecipação dos efeitos da tutela, ou de concessão de medida cautelar.
Publique-se. Intime-se.
No mesmo prazo, vista às partes sobre o processo, e digam se desejam produzir outras provas ou realização de audiência, justificando-as.
Não oferecido acordo e decorrido o prazo sem manifestação ou dispensa de audiência, venham os autos conclusos para sentença.
Manifeste-se a autora quanto ao documento juntado pelo INSS informando sua recusa em participar da reabilitação, no prazo de 10 (dez) dias.
Intime-se.
ATO ORDINATÓRIO - 29
APLICA-SE AOS PROCESSOS ABAIXO O SEGUINTE DISPOSITIVO:
Considerando os termos da PORTARIA Nº 0957383, DE 09 DE MARÇO DE 2015, as petições iniciais das ações de
Aposentadoria por Tempo de Serviço e/ou Contribuição, Aposentadoria Especial e Revisão de Aposentadoria por Tempo de
Contribuição/Aposentadoria Especial/Rural, deverão estar acompanhadas da cópia integral do Processo Administrativo-PA
referente ao requerimento formulado perante o INSS do benefício pretendido.
0000878-39.2019.4.03.6304 - 2ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6304002935
AUTOR: VALDECI SECCHIO (SP247227 - MARIA ANGÉLICA STORARI )
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - KEDMA IARA FERREIRA)
0000876-69.2019.4.03.6304 - 2ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6304002933
AUTOR: ANTONIA RAIMUNDA CARLOS DA SILVA (SP247227 - MARIA ANGÉLICA STORARI )
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - KEDMA IARA FERREIRA)
0000879-24.2019.4.03.6304 - 2ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6304002936
AUTOR: EDINALDO ALMEIDA DE LIRA (SP247227 - MARIA ANGÉLICA STORARI )
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - KEDMA IARA FERREIRA)
FIM.
0000473-08.2016.4.03.6304 - 2ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6304002923
AUTOR: CRISTIANO OLIVEIRA DOS SANTOS (SP339522 - RITA DE CASSIA KLUKEVIEZ TOLEDO)
<#Tendo em vista a petição do autor devolvo o prazo recursal para que este seja contado a partir da intimação desta decisão e nomeio a Dra.
Rita de Cássia Klukeviez Toledo, OAB/SP 339.522, advogada voluntária inscrita na Assistência Judiciária Gratuita - AJG, como advogada da
parte autora. Intime-se.#>
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 568/1770
APLICA-SE AOS PROCESSOS ABAIXO O SEGUINTE DISPOSITIVO:
1- Intimar a parte autora da designação de perícia, devendo a consulta do processo ser efetuada na internet (site:
http://jef.trf3.jus.br), em CONSULTA PELO NÚMERO DO PROCESSO, a fim de tomar conhecimento da data e local onde será
realizada a perícia. Deverá a parte autora comparecer ao exame pericial munida de documento de identidade com foto atualizada,
exames médicos, radiografias e todos os outros documentos referentes ao seu estado de saúde. Poderá, ainda, caso deseje, no
prazo de 10 (dez) dias anteriores à perícia, apresentar quesitos e nomear assistente técnico.2 - Nos casos de perícia ortopédica
e psiquiátrica, deverá a parte autora apresentar PRONTUÁRIO MÉDICO;3 - Nos casos de perícia cardiológica, deverá a parte
autora apresentar ECOCARDIOGRAMA.
0000886-16.2019.4.03.6304 - 2ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6304002931MARIA ZENI ALVES PEREIRA
(SP253320 - JOSÉ LUIZ VIEGAS DE BARROS)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - KEDMA IARA FERREIRA)
5000381-80.2019.4.03.6128 - 2ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6304002944
AUTOR: ELIZABETE DA SILVA (SP322447 - JONAS PEREIRA DE SOUZA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - KEDMA IARA FERREIRA)
FIM.
APLICA-SE AOS PROCESSOS ABAIXO O SEGUINTE DISPOSITIVO:
Nos termos dos artigos 203, § 4º do Código de Processo Civil e 42 § 2º da Lei 9.099/95, e dos enunciados 34 e 36 do
FONAJEF, intimo a parte recorrida para, querendo, apresentar contrarrazões no prazo de 10 dias, tendo em vista a interposição
de recurso de sentença.
0004683-68.2017.4.03.6304 - 2ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6304002930
AUTOR: CARLOS ALBERTO ALVES (SP339647 - ELIAS MORAES)
0003762-12.2017.4.03.6304 - 2ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6304002929WALDIR DA SILVA PAULA
(SP251836 - MARIA ROSA DAGUANO FERRARIO DE LIMA)
FIM.
EXPEDIENTE Nº 2019/6304000133
Tendo em vista que o objeto da presente ação se enquadra nas regras do §2° do artigo 12 do CPC, passo ao julgamento do feito.
Por se tratar de matéria cuja solução prescinde de produção de provas em audiência, passo ao julgamento antecipado da lide com base no
artigo 355, I, do CPC.
Trata-se de ação na qual a parte autora busca a concessão de auxílio-acidente a partir da cessação do auxílio-doença.
Em contestação pugna o INSS pela improcedência da ação.
Foi produzida prova documental e perícia médica.
É o breve relatório.
Decido.
Inicialmente, concedo à parte autora os benefícios da justiça gratuita.
O auxílio-acidente é benefício de prestação continuada de caráter indenizatório e periodicidade mensal devido ao segurado que tenha sofrido
acidente de qualquer natureza, resultando-lhe do infortúnio, após a consolidação das lesões, seqüelas definitivas que causem redução da sua
capacidade laboral para a atividade que habitualmente exercia. Está previsto pelo artigo 86 da lei 8213/91, regulamentada pelo artigo 104 do
Decreto n. 3048/1999.
Realizada perícia médica, concluiu-se que do acidente sofrido, não restaram seqüelas definitivas que lhe acarretem redução da capacidade
laborativa.
As provas técnicas produzidas no processo são determinantes nos casos em que a incapacidade somente pode ser aferida por perito médico,
de que se vale o juiz para haurir-se de conhecimento técnico para formar sua convicção, por meio da ajuda de profissional habilitado.
No caso dos autos, em que pese a natureza grave do acidente sofrido, a perícia médica não constatou incapacidade ou mesmo sequela que
implicasse a redução da capacidade laborativa do autor.
O laudo médico não contém irregularidade ou vício. Sua conclusão é hábil a comprovar o real estado de saúde da parte autora, uma vez que é
embasada no exame clínico e nos documentos médicos juntados.
Sendo assim, a parte autora não faz jus à concessão do auxílio-acidente por não preencher um dos requisitos legais.
Ante o exposto, JULGO IMPROCEDENTE a pretensão da parte autora.
Sem custas e honorários nesta instância judicial. Publique-se. Registre-se. Intime-se.
Já o §5º do art. 57, possibilita o reconhecimento e averbação de período de tempo especial para ser somado, após os acréscimos legais, ao
tempo comum para concessão de benefício previdenciário, in verbis: “§ 5º O tempo de trabalho exercido sob condições especiais que sejam ou
venham a ser consideradas prejudiciais à saúde ou à integridade física será somado, após a respectiva conversão ao tempo de trabalho
exercido em atividade comum, segundo critérios estabelecidos pelo Ministério da Previdência e Assistência Social, para efeito de concessão
de qualquer benefício.”
É possível que o tempo de trabalho rural exercido como segurado especial, sem contribuições previdenciárias, seja computado para a
concessão da aposentadoria por tempo de serviço. No entanto, referido período não pode ser computado para fins de carência da
aposentadoria, nos termos do art. 55, §2º da lei 8.213/91. Necessário que a carência seja cumprida por períodos contributivos.
DO PERÍODO RURAL
Pretende a parte autora o reconhecimento da atividade rural desempenhada como segurado especial para que, somado ao tempo de
contribuição comum, lhe seja concedida a aposentadoria por tempo de contribuição.
O trabalhador rural segurado especial, assim definido no art. 11, VII da lei 8.213/91, com redação dada pela lei 11.718/2008, é a pessoa física
residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que
com o auxílio eventual de terceiros, na condição de: produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro
outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade agropecuária, de seringueiro ou extrativista vegetal, e faça dessas
atividades o principal meio de vida; pescador artesanal ou a este assemelhado que faça da pesca profissão habitual ou principal meio de vida;
e por fim cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a este equiparado, do segurado de que tratam as
alíneas a e b deste inciso, que, comprovadamente, trabalhem com o grupo familiar respectivo.
Entendo que a prestação de serviço rural por menor a partir de 12 anos, como segurado especial em regime de economia familiar,
devidamente comprovada, pode ser reconhecida para fins previdenciários. Inclusive esse é o posicionamento do TNU, Súmula 5, de
25/09/2003.
Embora conste do artigo 106 da Lei n.º 8.213, de 1991, um rol dos documentos que fazem a comprovação do exercício da atividade rural,
deve-se reconhecer que esse rol é meramente exemplificativo. É necessária a apresentação de documentos indicativos da atividade laborativa
como segurado especial pelo requerente, mesmo que indiretamente, porém, contemporâneos à época do período que pretende ver
reconhecido.
Ademais, o início de prova documental deve vir acompanhado de prova testemunhal. A Jurisprudência pátria firmou entendimento, consolidado
na Súmula n.º 149 do Egrégio Superior Tribunal de Justiça, segundo a qual “A prova exclusivamente testemunhal não basta a comprovação da
atividade rurícola, para efeito da obtenção de benefício previdenciário.”
No caso em tela, a parte autora requer o reconhecimento da atividade rural no período de 07/1981 a 07/1991 e junta documentos visando
comprovar sua atividade rural, dentre os quais ressalto: certidão de nascimento do irmão do autor (Juarez Felix dos Reis), nascido em 1973, na
qual o pai do autor (João Felix dos Reis Junior) consta como lavrador; certidão de nascimento da irmã do autor (Sueli Felix dos Reis), nascida
no ano de 1977, na qual o pai do autor consta como lavrador; certidão de nascimento do irmão do autor (Andre Felix dos Reis), nascido em
1981, na qual o pai do autor consta como lavrador; certidão de nascimento da irmã do autor (Cristina Felix dos Reis), nascida no ano de 1985,
na qual o pai do autor consta como lavrador; certidão de casamento da irmã do autor (Aparecida de Fatima dos Reis), cujo matrimônio
ocorreu no ano de 1985, na qual o pai do autor consta como lavrador; certidão de casamento da irmã do autor (Cleonice Felix dos Reis), cujo
matrimônio ocorreu em 1986, na qual o pai do autor consta como lavrador.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 571/1770
A certidão de casamento do autor é extemporânea ao período rural pretendido na presente ação, uma vez que o matrimônio ocorreu no ano de
1993.
Para que fique caracterizado o início de prova material, não é necessário que os documentos apresentados comprovem, ano a ano, o exercício
da atividade rural, seja porque se deve presumir a continuidade nos períodos imediatamente próximos, seja porque é inerente à informalidade
do trabalho rural a escassez documental, necessário que sejam contemporâneos à época pretendida.
O autor prestou depoimento pessoal e foram ouvidas testemunhas Adolfo e Eugênio na audiência que confirmaram o labor da parte autora
com sua família, na lavoura de milho e feijão plantada no sítio de 5 alqueires de seu avô, João Félix dos Reis, no Rio do Peixe, em Faxinal/PR,
em regime de economia familiar.
Considerando o início de prova documental produzida, aliada à prova testemunhal, reconheço o exercício de trabalho rural durante o período de
15/07/1981 a 23/07/1991 como trabalhador rural segurado especial, nos termos do art. 11, VII, da lei 8.213/91.
DO PERÍODO ESPECIAL
Estabelece o parágrafo 1.º do artigo 201 da Constituição da República de 1988, em sua redação atual, dada pela Emenda Constitucional n.º 20,
de 15 de dezembro de 1998, que “é vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria (...)
ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, definidos em lei
complementar”.
A aposentadoria com temo especial é disciplinada pelos artigos 57, e seus parágrafos, e artigo 58, da Lei nº. 8.213, de 24 de julho de 1991.
Conforme texto original da lei 8.213/91, para a comprovação do exercício de atividades profissional em condições prejudiciais à saúde do
trabalhador, bastava que a atividade exercida ou a substância ou elemento agressivos à saúde do trabalhador estivessem insertos no rol do
Decreto nº. 53.831, de 25 de março de 1964, ou no do Decreto nº. 83.080, de 24 de janeiro de 1979, sendo dispensável apresentar laudo
técnico, exceto para o agente agressivo ruído.
A partir da vigência da Lei nº. 9.032 de 1995, passou-se a exigir que fosse o trabalho em condições especiais permanente, não ocasional nem
intermitente, e comprovado perante o INSS, conforme seu artigo 57 e parágrafos, mediante apresentação de formulário específico, nesse
ponto, já não é mais possível o enquadramento da atividade especial apenas por exercício de categoria profissional. A partir de 05/03/97, a
comprovação da efetiva exposição aos agentes agressivos deve ser feita por meio de formulário-padrão, embasado em Laudo Técnico de
condições ambientais do trabalho, expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho. Até 28.05.1998 é pacífica a
hipótese de conversão de tempo de serviço especial em tempo de serviço comum, para fins de aposentadoria por tempo de serviço.
Atualmente, referida conversão também se revela possível, considerando o disposto no § 2º do artigo 70 do Decreto 3.048/99: “As regras de
conversão de tempo de atividade sob condições especiais em tempo de atividade comum constantes deste artigo aplicam-se ao trabalho
prestado em qualquer período.” E ainda posicionamento da TNU:
“EMENTA PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO NACIONAL. DIVERGÊNCIA ENTRE TURMA RECURSAL DE SANTA CATARINA
E O STJ - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. PREVIDENCIÁRIO. TEMPO ESPECIAL. CONVERSÃO EM COMUM APÓS
28.05.1998. POSSIBILIDADE. CANCELAMENTO DA SÚMULA/TNU 16. PARCIAL PROVIMENTO DO INCIDENTE.
DETERMINAÇÃO DE REMESSA DOS AUTOS À TURMA RECURSAL DE ORIGEM. 1. Cabe pedido de uniformização quando
demonstrado que o acórdão recorrido diverge do entendimento do STJ - Superior Tribunal de Justiça. 2. Existência de similitude fático-jurídica
entre a hipótese dos autos e o julgado do STJ - Superior Tribunal de Justiça. 3. Já foi dirimida por este Colegiado a divergência suscitada
quanto à possibilidade de conversão de tempo especial em comum para atividades exercidas após 28.05.1998, firmando-se o entendimento no
sentido da viabilidade da aludida conversão. 4. Cancelamento, em 27-03-2009, do verbete nº 16, da lavra da TNU - Turma Nacional de
Uniformização - “A conversão em tempo de serviço comum, do período trabalhado em condições especiais, somente é possível relativamente
à atividade exercida até 28 de maio de 1998 (art. 28 da Lei nº 9.711/98”. Precedentes orientadores: REsp 956.110 (STJ, 5ª Turma, Rel. Min.
Napoleão Nunes Maia Filho, DJ 22.10.2007), REsp 1.010.028 (STJ, 5ª Turma, Rel. Laurita Vaz, DJ 07.04.2008), PU 2004.61.84.25.2343-7
(TNU, Rel. Juiz Federal Manoel Rolim Campbel Penna, DJ 09.02.2009), PU 2007.63.06.00.1919-0 (TNU, Rel. Juíza Federal Joana Carolina
Lins Pereira, DJ 02.02.2009), PU 2004.61.84.00.5712-5 (TNU, Rel. Juíza Federal Joana Carolina Lins Pereira, DJ 22.05.2009). 5. Pedido de
Uniformização conhecido e parcialmente provido. 6. Determinação de remessa dos autos à Turma Recursal de origem para reapreciação do
incidente.” PEDIDO 200872640011967 PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE LEI FEDERAL, Relator JUÍZA
FEDERAL VANESSA VIEIRA DE MELLO (negritei)
Ademais, pela legislação previdenciária, a partir de 11/12/1998, passou-se a considerar relevante a utilização de equipamento de proteção
individual ou coletiva (EPI ou EPC) para enquadramento da atividade especial. Entendo, no entanto, que a utilização do equipamento de
proteção individual ou coletiva (EPI ou EPC) a qualquer tempo, não descaracteriza a atividade como especial, uma vez que não descaracteriza
a agressividade ou de nocividade à saúde e à integridade física, no ambiente de trabalho. Isso porque o uso proteção individual obrigatório
(EPI) tem por escopo apenas, resguardar a incolumidade física e a higidez do trabalhador, objetivando, ao menos, minorar o contato com o
agente agressivo; o que, todavia, não conduz à descaracterização da situação especial de trabalho, mormente por inexistir previsão legal neste
sentido.
RUÍDO
No que se refere ao agente agressivo ruído, em especial, o enquadramento da atividade como especial se faz possível mediante comprovação
da exposição ao agente acima dos limites de tolerância para a época do desempenho do trabalho, de modo habitual e permanente, não
eventual, nem intermitente, mediante apresentação de laudo técnico acompanhado de formulário de informações, ou PPP (perfil
profissiográfico previdenciário), assinado por médico ou engenheiro de segurança do trabalho. Quanto ao agente nocivo ruído, este Juízo
adotava o entendimento de que a intensidade do ruído para enquadramento como especial devia ser superior a 80 decibéis, na vigência do
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 572/1770
Decreto n. 53.831/64 e, a contar de 05 de março de 1997, superior a 85 decibéis, por força da edição do Decreto n. 4.882, de 18 de novembro
de 2003. Inclusive, este era o entendimento da Súmula 32 da Turma Nacional de Uniformização de Jurisprudência dos Juizados Especiais
Federais.
No entanto, a Turma Nacional de Uniformização, em sessão ordinária de 9 de outubro de 2013, aprovou, por unanimidade, o cancelamento da
súmula nº 32 (PET 9059/STJ – cuja transcrição vem a seguir), com base na decisão do STJ, adotando o entendimento daquela E. Corte: na
vigência do Decreto n. 2.172, de 5 de março de 1997, o nível de ruído a caracterizar o direito à contagem do tempo de trabalho como especial
deve ser superior a 90 decibéis, só sendo admitida a redução para 85 decibéis após a entrada em vigor do Decreto n. 4.882, de 18 de
novembro de 2003.
A aquisição do direito pela ocorrência do fato (exposição a ruído) deve observar a norma que rege o evento no tempo, ou seja, o caso impõe a
aplicação do princípio “tempus regit actum”, sob pena de se admitir a retroação da norma posterior sem que tenha havido expressa previsão
legal para isso. Esse é o entendimento assentado no E. STJ para a hipótese, o que equivale a dizer: na vigência do Decreto n. 2.172, de 5 de
março de 1997, o nível de ruído a caracterizar o direito à contagem do tempo de trabalho como especial deve ser superior a 90 decibéis, só
devendo ser reduzido para 85 decibéis após a entrada em vigor do Decreto n. 4.882, de 18 de novembro de 2003.
Desse modo, diante de todo o exposto e do cancelamento da Súmula nº32 da TNU, passo a adotar o entendimento em conformidade com o
Superior Tribunal de Justiça, no sentido de que: “o tempo de trabalho laborado com exposição a ruído é considerado especial, para fins de
conversão em comum, nos seguintes níveis: superior a 80 decibéis, na vigência do Decreto n. 53.831/64 (1.1.6); superior a 90 decibéis, a partir
de 5 de março de 1997, na vigência do Decreto n. 2.172/97; superior a 85 decibéis, a partir da edição do Decreto n. 4.882, de 18 de novembro
de 2003”.
FATOR DE CONVERSÃO
Quanto ao fator de conversão a ser aplicado para os períodos anteriores a 07/12/1991, é de se registrar que o artigo 70 do Decreto 3048/99
apresenta a tabela a ser observada para conversão de tempo de atividade sob condições especiais em tempo comum, sendo que seu parágrafo
2º deixa expresso que tais regras “aplicam-se ao trabalho prestado em qualquer período”. Não há qualquer dúvida na seara administrativa
sobre tal ponto, sendo utilizado esse critério jurídico na análise de todos os pedidos de aposentadoria. Inclusive a Instrução Normativa
INSS/PRES 20/2007, em seu artigo 173, repete de forma clara que a regra de conversão vale para “qualquer que seja o período trabalhado”.
Portanto, tendo o Presidente da República exercido a sua competência privativa, a que alude o inciso IV do artigo 84 da Constituição Federal,
de expedir decreto e regulamento, e o Ministro de Estado, consoante incisos I e II do parágrafo único do artigo 87 da Constituição,
referendado o decreto e expedido instrução para sua execução, não podem os órgãos administrativos questionarem em juízo os critérios
jurídicos utilizados pela própria Administração, sem nem mesmo apontar a existência de ilegalidade ou inconstitucionalidade. De chofre, um tal
entendimento viola o princípio da isonomia, e por decorrência também o princípio da impessoalidade, sob o aspecto do devido tratamento
equânime a todos os administrados, como apontado por Celso Antônio Bandeira de Mello. Ou seja, todos aqueles que tiverem reconhecido
pela Administração período de trabalho sob condições especiais serão beneficiados pela tabela de conversão mais benéfica, já os segurados
que necessitarem recorrer ao Judiciário - além desse fato - ainda se sujeitariam à aplicação do fator de correção da época da prestação do
serviço, que, para os homens, é em regra menor. Não tem sentido, então, falar-se em aplicação, nos processos perante o Judiciário, do
princípio “tempus regit actum”, que, no caso, acaba por ferir diversos outros princípios da Constituição.
Por outro lado, não se afigura ilegal o dispositivo do Regulamento da Previdência Social que manda aplicar o fator de conversão para todos os
períodos, incluindo, portanto, os anteriores.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 573/1770
De fato, a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 202 na redação original, delegou à lei a tarefa de regular o direito à aposentadoria para
o trabalho sujeito a condições especiais. Por seu turno, o parágrafo 3º do artigo 57 da Lei 8.213 delegou à Administração fixar os critérios de
conversão e equivalência entre tempo de trabalho comum e especial. Mesmo com as alterações da Lei 9.032/95, permaneceu a delegação do
artigo 57 à Administração da fixação de critérios para conversão de tempo especial em comum. E o Regulamento da Previdência Social
instituído pelo Decreto 357/91, em seu artigo 64, passou a prever índices de conversão e equivalência entre as hipóteses de aposentadoria com
15, 20, 25, 30 e 35 anos de tempo de serviço. Criou-se, assim, o fator de conversão para 35 anos, já que os Decretos não incluíam essa
hipótese. Note-se que o artigo 58 do citado Decreto 357/91, ao regular a forma de contagem de tempo de serviço para fins de aposentadoria,
deixa bem claro que os fatores de conversão do artigo 64 seriam utilizados para o serviço sob condições especiais prestado em qualquer
época. É ver:
“Art. 58. São contados como tempo de serviço, entre outros:
XXII - o tempo de trabalho exercido em atividades profissionais sujeitas a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física,
convertido na forma do disposto no art. 64.”
Tais regras permaneceram no Decreto 611/92. A Lei 9.711, de 1998, em seu artigo 28, manteve a delegação ao “Poder Executivo” para a
fixação de critérios para a conversão de tempo de serviço em condições especiais em tempo comum. Por fim, o atual Regulamento da
Previdência Social, Decreto 3048/99, mesmo na sua redação original, nos artigos 60, inciso IXX, e 70, manteve a conversão de todo o tempo
de trabalho em condições especiais, até 5/03/1997, para tempo de contribuição, pelos fatores de conversão para 35 anos. E, retornando ao
início do tema, o § 2º acrescentado ao citado artigo 70 do Regulamento, pelo Decreto 4.827/03, espancou qualquer dúvida, ao dizer com todas
as letras que as regras de conversão “aplicam-se ao trabalho prestado em qualquer período”.
Rememorada toda a legislação e a aplicação dela feita pela Administração, não se pode olvidar, também, que o princípio da segurança jurídica
deve ser observado pela Administração, tendo a Lei 9.784/99 o incluído no rol, do seu artigo 2º, dos princípios do Processo Administrativo
Federal. Nesse sentido, também foi expressamente vedada a aplicação retroativa de nova interpretação, no inciso XII do parágrafo único do
mesmo artigo 2º.
Em síntese: a Administração poderia ter adotado o critério jurídico que ora sustenta em juízo - de que deveria ser aplicado o fator de
conversão existente na legislação à época da prestação do serviço - porém sempre adotou critério jurídico diverso, e ainda o adota, nos
milhares de pedidos de aposentadoria administrativos, pelo que a adoção de tal interpretação no processo judicial feriria a legislação que regula
a matéria e os princípios da isonomia, da segurança jurídica e da razoabilidade. Assim, os fatores de conversão a serem utilizados para todos
os períodos de exercício de atividade sob condições especiais são aqueles previstos no artigo 70 do Decreto 3048/99, aplicando-se, no caso de
conversão de 25 anos para 35 anos, o fator de conversão de 1,40.
CTPS
Quanto a eventuais divergências entre os dados constantes da CTPS e o relatório do CNIS, entendo possível o reconhecimento de atividade
urbana anotada em CTPS, sem rasuras, em ordem cronológica, mesmo que não conste do CNIS. Nesse sentido, inclusive, a TNU emitiu
recente súmula: “A Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) em relação à qual não se aponta defeito formal que lhe comprometa a
fidedignidade goza de presunção relativa de veracidade, formando prova suficiente de tempo de serviço para fins previdenciários, ainda que a
anotação de vínculo de emprego não conste no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). (Súmula 75, TNU, DOU 13/06/2013@PG.
00136.)”
O fato de eventualmente não constar do CNIS o vínculo, ou as correspondentes contribuições previdenciárias, é insuficiente para a
desconsideração dos períodos de trabalho, até porque o CNIS não é prova exclusiva da realização ou falta de recolhimentos previdenciários,
principalmente no que tange a períodos mais remotos. Ademais, na condição de empregado, a parte autora é segurada obrigatória, cabendo ao
empregador a responsabilidade legal pelos recolhimentos. Além disso, não pode ser a parte autora prejudicada pela desídia do Poder Público,
pois o artigo 33 da Lei 8.212/91, com redação dada pela lei 11.941 de 2009, dispõe que é da competência da Receita Federal do Brasil o poder
de fiscalização da empregadora.
No caso CONCRETO, a parte autora requer o reconhecimento e conversão de períodos de trabalho em condições especiais.
De início, observa-se que o período de 01/08/1991 a 05/03/1997 já foi reconhecido pela autarquia previdenciária como especial, conforme
termo de homologação constante do PA, razão pela é incontroverso (doc 37 do evento 20).
Quanto ao período de 01/02/1999 a 24/03/2009, a parte autora não apresentou os documentos hábeis à comprovação da insalubridade. O PPP
apresentado encontra-se sem o correspondente carimbo da empresa com identificação e CNPJ. Deste modo, não reconheço esse(s)
período(s) como especial(is).
A Contadoria Judicial deste Juizado procedeu à somatória do tempo de serviço/contribuição até a DER e apurou o tempo de 36 anos, 04
meses e 13 dias, o suficiente para sua aposentadoria integral.
Ante o exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE a pretensão da parte autora para condenar o INSS à CONCESSÃO do
benefício de aposentadoria por tempo de contribuição, em percentual correspondente a 100% do valor do salário-de-benefício, com renda
mensal na competência de FEVEREIRO/2019, no valor de R$ 1.402,93 (UM MIL QUATROCENTOS E DOIS REAIS E NOVENTA E
TRêS CENTAVOS), consoante cálculo realizado pela Contadoria Judicial deste Juizado, que passa a fazer parte integrante desta sentença.
DIB aos 13/09/2017.
Em razão da natureza alimentar do benefício, antecipo os efeitos da tutela jurisdicional, para determinar a implantação do benefício no prazo
máximo de 30 dias úteis, independentemente da interposição de eventual recurso em face da presente sentença. Oficie-se.
CONDENO, outrossim, o INSS ao PAGAMENTO das diferenças acumuladas desde 13/09/2017 até 28/02/2019, no valor de R$ 26.917,72
(VINTE E SEIS MIL NOVECENTOS E DEZESSETE REAIS E SETENTA E DOIS CENTAVOS) , observada a prescrição qüinqüenal,
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 574/1770
consoante cálculo realizado pela Contadoria Judicial deste Juizado mediante parecer contábil complementar.
Com o trânsito em julgado, expeça-se o correspondente Ofício Requisitório para pagamento dos atrasados.
Sem condenação em honorários e em outras verbas de sucumbência, nesta instância judicial.
P.R.I.C.
Trata-se de ação proposta por Natal de Souza em face do INSS, em que pretende seja reconhecido e averbado período de trabalho sob
condições especiais, convertido em comum com os acréscimos legais, e a concessão de aposentadoria por tempo de serviço/contribuição.
O benefício em questão foi requerido administrativamente e indeferido por falta de tempo de contribuição.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 576/1770
O INSS foi regularmente citado e, em contestação, pugnou pela improcedência da ação.
Foi produzida prova documental e perícia contábil.
É o breve relatório. Decido.
De início, concedo a parte autora os benefícios da justiça gratuita.
No mérito.
A aposentadoria por tempo de serviço, nos termos do artigo 52 e seguintes da lei 8.213/91, será devida, cumprida a carência exigida nesta Lei,
ao segurado que completar 25 (vinte e cinco) anos de serviço, se mulher, ou 30 (trinta) anos, se homem. E constituirá para a mulher a renda
mensal de 70% (setenta por cento) do salário-de-benefício aos 25 (vinte e cinco) anos de serviço, mais 6% (seis por cento) deste, para cada
novo ano completo de atividade, até o máximo de 100% (cem por cento) do salário-de-benefício aos 30 (trinta) anos de serviço. Para o
homem, a renda mensal de 70% (setenta por cento) do salário-de-benefício aos 30 (trinta) anos de serviço, mais 6% (seis por cento) deste,
para cada novo ano completo de atividade, até o máximo de 100% (cem por cento) do salário-de-benefício aos 35 (trinta e cinco) anos de
serviço.
Nos termos do artigo 55, desta mesma lei:
“O tempo de serviço será comprovado na forma estabelecida no Regulamento, compreendendo, além do correspondente às atividades de
qualquer das categorias de segurados de que trata o art. 11 desta Lei, mesmo que anterior à perda da qualidade de segurado:
I - o tempo de serviço militar, inclusive o voluntário, e o previsto no § 1º do art. 143 da Constituição Federal, ainda que anterior à filiação ao
Regime Geral de Previdência Social, desde que não tenha sido contado para inatividade remunerada nas Forças Armadas ou aposentadoria no
serviço público;
II - o tempo intercalado em que esteve em gozo de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez;
III - o tempo de contribuição efetuada como segurado facultativo;
IV - o tempo de serviço referente ao exercício de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não tenha sido contado para efeito
de aposentadoria por outro regime de previdência social;
V - o tempo de contribuição efetuado por segurado depois de ter deixado de exercer atividade remunerada que o enquadrava no art. 11 desta
Lei;
VI - o tempo de contribuição efetuado com base nos artigos 8º e 9º da lei 8.213/91, pelo segurado definido no artigo 11, inciso I, alínea "g",
desta Lei, sendo tais contribuições computadas para efeito de carência.
(...)
§2º. O tempo de serviço do segurado trabalhador rural, anterior à data de início de vigência desta Lei, será computado independentemente de
recolhimento das contribuições a ele correspondentes, exceto para efeito de carência, conforme dispuser o regulamento. (...)”
Já o §5º do art. 57, possibilita o reconhecimento e averbação de período de tempo especial para ser somado, após os acréscimos legais, ao
tempo comum para concessão de benefício previdenciário, in verbis:
“§ 5º O tempo de trabalho exercido sob condições especiais que sejam ou venham a ser consideradas prejudiciais à saúde ou à integridade
física será somado, após a respectiva conversão ao tempo de trabalho exercido em atividade comum, segundo critérios estabelecidos pelo
Ministério da Previdência e Assistência Social, para efeito de concessão de qualquer benefício.”
DO PERÍODO ESPECIAL
Estabelece o parágrafo 1.º do artigo 201 da Constituição da República de 1988, em sua redação atual, dada pela Emenda Constitucional n.º 20,
de 15 de dezembro de 1998, que “é vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria (...)
ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, definidos em lei
complementar”.
A aposentadoria com temo especial é disciplinada pelos artigos 57, e seus parágrafos, e artigo 58, da Lei nº. 8.213, de 24 de julho de 1991.
Conforme texto original da lei 8.213/91, para a comprovação do exercício de atividades profissional em condições prejudiciais à saúde do
trabalhador, bastava que a atividade exercida ou a substância ou elemento agressivos à saúde do trabalhador estivessem insertos no rol do
Decreto nº. 53.831, de 25 de março de 1964, ou no do Decreto nº. 83.080, de 24 de janeiro de 1979, sendo dispensável apresentar laudo
técnico, exceto para o agente agressivo ruído. A partir da vigência da Lei nº. 9.032 de 1995, passou-se a exigir que fosse o trabalho em
condições especiais permanente, não ocasional nem intermitente, e comprovado perante o INSS, conforme seu artigo 57 e parágrafos,
mediante apresentação de formulário específico, nesse ponto, já não é mais possível o enquadramento da atividade especial apenas por
exercício de categoria profissional. A partir de 05/03/97, a comprovação da efetiva exposição aos agentes agressivos deve ser feita por meio
de formulário-padrão, embasado em Laudo Técnico de condições ambientais do trabalho, expedido por médico do trabalho ou engenheiro de
segurança do trabalho. Até 28.05.1998 é pacífica a hipótese de conversão de tempo de serviço especial em tempo de serviço comum, para
fins de aposentadoria por tempo de serviço.
Atualmente, referida conversão também se revela possível, considerando o disposto no § 2º do artigo 70 do Decreto 3.048/99: “As regras de
conversão de tempo de atividade sob condições especiais em tempo de atividade comum constantes deste artigo aplicam-se ao trabalho
prestado em qualquer período.” E ainda posicionamento da TNU:
“EMENTA PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO NACIONAL. DIVERGÊNCIA ENTRE TURMA RECURSAL DE SANTA CATARINA
E O STJ - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. PREVIDENCIÁRIO. TEMPO ESPECIAL. CONVERSÃO EM COMUM APÓS
28.05.1998. POSSIBILIDADE. CANCELAMENTO DA SÚMULA/TNU 16. PARCIAL PROVIMENTO DO INCIDENTE.
DETERMINAÇÃO DE REMESSA DOS AUTOS À TURMA RECURSAL DE ORIGEM. 1. Cabe pedido de uniformização quando
demonstrado que o acórdão recorrido diverge do entendimento do STJ - Superior Tribunal de Justiça. 2. Existência de similitude fático-jurídica
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 577/1770
entre a hipótese dos autos e o julgado do STJ - Superior Tribunal de Justiça. 3. Já foi dirimida por este Colegiado a divergência suscitada
quanto à possibilidade de conversão de tempo especial em comum para atividades exercidas após 28.05.1998, firmando-se o entendimento no
sentido da viabilidade da aludida conversão. 4. Cancelamento, em 27-03-2009, do verbete nº 16, da lavra da TNU - Turma Nacional de
Uniformização - “A conversão em tempo de serviço comum, do período trabalhado em condições especiais, somente é possível relativamente
à atividade exercida até 28 de maio de 1998 (art. 28 da Lei nº 9.711/98”. Precedentes orientadores: REsp 956.110 (STJ, 5ª Turma, Rel. Min.
Napoleão Nunes Maia Filho, DJ 22.10.2007), REsp 1.010.028 (STJ, 5ª Turma, Rel. Laurita Vaz, DJ 07.04.2008), PU 2004.61.84.25.2343-7
(TNU, Rel. Juiz Federal Manoel Rolim Campbel Penna, DJ 09.02.2009), PU 2007.63.06.00.1919-0 (TNU, Rel. Juíza Federal Joana Carolina
Lins Pereira, DJ 02.02.2009), PU 2004.61.84.00.5712-5 (TNU, Rel. Juíza Federal Joana Carolina Lins Pereira, DJ 22.05.2009). 5. Pedido de
Uniformização conhecido e parcialmente provido. 6. Determinação de remessa dos autos à Turma Recursal de origem para reapreciação do
incidente.” PEDIDO 200872640011967 PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE LEI FEDERAL, Relator JUÍZA
FEDERAL VANESSA VIEIRA DE MELLO (negritei)
Ademais, pela legislação previdenciária, a partir de 11/12/1998, passou-se a considerar relevante a utilização de equipamento de proteção
individual ou coletiva (EPI ou EPC) para enquadramento da atividade especial. Entendo, no entanto, que a utilização do equipamento de
proteção individual ou coletiva (EPI ou EPC) a qualquer tempo, não descaracteriza a atividade como especial, uma vez que não descaracteriza
a agressividade ou de nocividade à saúde e à integridade física, no ambiente de trabalho. Isso porque o uso proteção individual obrigatório
(EPI) tem por escopo apenas, resguardar a incolumidade física e a higidez do trabalhador, objetivando, ao menos, minorar o contato com o
agente agressivo; o que, todavia, não conduz à descaracterização da situação especial de trabalho, mormente por inexistir previsão legal neste
sentido.
RUÍDO
No que se refere ao agente agressivo ruído, em especial, o enquadramento da atividade como especial se faz possível mediante comprovação
da exposição ao agente acima dos limites de tolerância para a época do desempenho do trabalho, de modo habitual e permanente, não
eventual, nem intermitente, mediante apresentação de laudo técnico acompanhado de formulário de informações, ou PPP (perfil
profissiográfico previdenciário), assinado por médico ou engenheiro de segurança do trabalho. Quanto ao agente nocivo ruído, este Juízo
adotava o entendimento de que a intensidade do ruído para enquadramento como especial devia ser superior a 80 decibéis, na vigência do
Decreto n. 53.831/64 e, a contar de 05 de março de 1997, superior a 85 decibéis, por força da edição do Decreto n. 4.882, de 18 de novembro
de 2003. Inclusive, este era o entendimento da Súmula 32 da Turma Nacional de Uniformização de Jurisprudência dos Juizados Especiais
Federais.
No entanto, a Turma Nacional de Uniformização, em sessão ordinária de 9 de outubro de 2013, aprovou, por unanimidade, o cancelamento da
súmula nº 32 (PET 9059/STJ – cuja transcrição vem a seguir), com base na decisão do STJ, adotando o entendimento daquela E. Corte: na
vigência do Decreto n. 2.172, de 5 de março de 1997, o nível de ruído a caracterizar o direito à contagem do tempo de trabalho como especial
deve ser superior a 90 decibéis, só sendo admitida a redução para 85 decibéis após a entrada em vigor do Decreto n. 4.882, de 18 de
novembro de 2003.
PETIÇÃO Nº 9.059 - RS (2012/0046729-7). RELATOR: MINISTRO BENEDITO GONÇALVES. REQUERENTE: INSTITUTO
NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS . ADVOGADO: PROCURADORIA-GERAL FEDERAL - PGF REQUERIDO :JOÃO
CARLOS MEIRELES DA ROSA ADVOGADO: JANETE BLANK EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. INCIDENTE DE
UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. ÍNDICE MÍNIMO DE RUÍDO A SER CONSIDERADO PARA FINS DE CONTAGEM
DE TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL. APLICAÇÃO RETROATIVA DO ÍNDICE SUPERIOR A 85 DECIBÉIS PREVISTO NO
DECRETO N. 4.882/2003. IMPOSSIBILIDADE. TEMPUS REGIT ACTUM. INCIDÊNCIA DO ÍNDICE SUPERIOR A 90 DECIBÉIS
NA VIGÊNCIA DO DECRETO N. 2.172/97. ENTENDIMENTO DA TNU EM DESCOMPASSO COM A JURISPRUDÊNCIA DESTA
CORTE SUPERIOR. 1. Incidente de uniformização de jurisprudência interposto pelo INSS contra acórdão da Turma Nacional de
Uniformização dos Juizados Especiais Federais que fez incidir ao caso o novo texto do enunciado n. 32/TNU: O tempo de trabalho laborado
com exposição a ruído é considerado especial, para fins de conversão em comum, nos seguintes níveis: superior a 80 decibéis, na vigência do
Decreto n. 53.831/64 e, a contar de 5 de março de 1997, superior a 85 decibéis, por força da edição do Decreto n. 4.882, de 18 de novembro
de 2003, quando a Administração Pública reconheceu e declarou a nocividade à saúde de tal índice de ruído. 2. A contagem do tempo de
trabalho de forma mais favorável àquele que esteve submetido a condições prejudiciais à saúde deve obedecer a lei vigente na época em que
o trabalhador esteve exposto ao agente nocivo, no caso ruído. Assim, na vigência do Decreto n. 2.172, de 5 de março de 1997, o nível de ruído
a caracterizar o direito à contagem do tempo de trabalho como especial deve ser superior a 90 decibéis, só sendo admitida a redução para 85
decibéis após a entrada em vigor do Decreto n. 4.882, de 18 de novembro de 2003. Precedentes: AgRg nos EREsp 1157707/RS, Rel. Min.
João Otávio de Noronha, Corte Especial, DJe 29/05/2013; AgRg no REsp 1326237/SC, Rel. Min. Sérgio Kukina, Primeira Turma, DJe
13/05/2013; REsp 1365898/RS, Rel. Min. Eliana Calmon, Segunda Turma, DJe 17/04/2013; AgRg no REsp 1263023/SC, Rel. Min. Gilson
Dipp, Quinta Turma, DJe 24/05/2012; e AgRg no REsp 1146243/RS, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, DJe 12/03/2012. 3. Incidente
de uniformização provido.
A aquisição do direito pela ocorrência do fato (exposição a ruído) deve observar a norma que rege o evento no tempo, ou seja, o caso impõe a
aplicação do princípio “tempus regit actum”, sob pena de se admitir a retroação da norma posterior sem que tenha havido expressa previsão
legal para isso. Esse é o entendimento assentado no E. STJ para a hipótese, o que equivale a dizer: na vigência do Decreto n. 2.172, de 5 de
março de 1997, o nível de ruído a caracterizar o direito à contagem do tempo de trabalho como especial deve ser superior a 90 decibéis, só
devendo ser reduzido para 85 decibéis após a entrada em vigor do Decreto n. 4.882, de 18 de novembro de 2003. Desse modo, diante de todo
o exposto e do cancelamento da Súmula nº32 da TNU, passo a adotar o entendimento em conformidade com o Superior Tribunal de Justiça,
no sentido de que: “o tempo de trabalho laborado com exposição a ruído é considerado especial, para fins de conversão em comum, nos
seguintes níveis: superior a 80 decibéis, na vigência do Decreto n. 53.831/64 (1.1.6); superior a 90 decibéis, a partir de 5 de março de 1997, na
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 578/1770
vigência do Decreto n. 2.172/97; superior a 85 decibéis, a partir da edição do Decreto n. 4.882, de 18 de novembro de 2003”.
FATOR DE CONVERSÃO
Quanto ao fator de conversão a ser aplicado para os períodos anteriores a 07/12/1991, é de se registrar que o artigo 70 do Decreto 3048/99
apresenta a tabela a ser observada para conversão de tempo de atividade sob condições especiais em tempo comum, sendo que seu parágrafo
2º deixa expresso que tais regras “aplicam-se ao trabalho prestado em qualquer período”. Não há qualquer dúvida na seara administrativa
sobre tal ponto, sendo utilizado esse critério jurídico na análise de todos os pedidos de aposentadoria. Inclusive a Instrução Normativa
INSS/PRES 20/2007, em seu artigo 173, repete de forma clara que a regra de conversão vale para “qualquer que seja o período trabalhado”.
Portanto, tendo o Presidente da República exercido a sua competência privativa, a que alude o inciso IV do artigo 84 da Constituição Federal,
de expedir decreto e regulamento, e o Ministro de Estado, consoante incisos I e II do parágrafo único do artigo 87 da Constituição,
referendado o decreto e expedido instrução para sua execução, não podem os órgãos administrativos questionarem em juízo os critérios
jurídicos utilizados pela própria Administração, sem nem mesmo apontar a existência de ilegalidade ou inconstitucionalidade.
De chofre, um tal entendimento viola o princípio da isonomia, e por decorrência também o princípio da impessoalidade, sob o aspecto do devido
tratamento equânime a todos os administrados, como apontado por Celso Antônio Bandeira de Mello. Ou seja, todos aqueles que tiverem
reconhecido pela Administração período de trabalho sob condições especiais serão beneficiados pela tabela de conversão mais benéfica, já os
segurados que necessitarem recorrer ao Judiciário - além desse fato - ainda se sujeitariam à aplicação do fator de correção da época da
prestação do serviço, que, para os homens, é em regra menor. Não tem sentido, então, falar-se em aplicação, nos processos perante o
Judiciário, do princípio “tempus regit actum”, que, no caso, acaba por ferir diversos outros princípios da Constituição.
Por outro lado, não se afigura ilegal o dispositivo do Regulamento da Previdência Social que manda aplicar o fator de conversão para todos os
períodos, incluindo, portanto, os anteriores.
De fato, a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 202 na redação original, delegou à lei a tarefa de regular o direito à aposentadoria para
o trabalho sujeito a condições especiais. Por seu turno, o parágrafo 3º do artigo 57 da Lei 8.213 delegou à Administração fixar os critérios de
conversão e equivalência entre tempo de trabalho comum e especial. Mesmo com as alterações da Lei 9.032/95, permaneceu a delegação do
artigo 57 à Administração da fixação de critérios para conversão de tempo especial em comum. E o Regulamento da Previdência Social
instituído pelo Decreto 357/91, em seu artigo 64, passou a prever índices de conversão e equivalência entre as hipóteses de aposentadoria com
15, 20, 25, 30 e 35 anos de tempo de serviço. Criou-se, assim, o fator de conversão para 35 anos, já que os Decretos não incluíam essa
hipótese. Note-se que o artigo 58 do citado Decreto 357/91, ao regular a forma de contagem de tempo de serviço para fins de aposentadoria,
deixa bem claro que os fatores de conversão do artigo 64 seriam utilizados para o serviço sob condições especiais prestado em qualquer
época. É ver:
“Art. 58. São contados como tempo de serviço, entre outros:
XXII - o tempo de trabalho exercido em atividades profissionais sujeitas a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física,
convertido na forma do disposto no art. 64.”
Tais regras permaneceram no Decreto 611/92. A Lei 9.711, de 1998, em seu artigo 28, manteve a delegação ao “Poder Executivo” para a
fixação de critérios para a conversão de tempo de serviço em condições especiais em tempo comum. Por fim, o atual Regulamento da
Previdência Social, Decreto 3048/99, mesmo na sua redação original, nos artigos 60, inciso IXX, e 70, manteve a conversão de todo o tempo
de trabalho em condições especiais, até 5/03/1997, para tempo de contribuição, pelos fatores de conversão para 35 anos. E, retornando ao
início do tema, o § 2º acrescentado ao citado artigo 70 do Regulamento, pelo Decreto 4.827/03, espancou qualquer dúvida, ao dizer com todas
as letras que as regras de conversão “aplicam-se ao trabalho prestado em qualquer período”.
Rememorada toda a legislação e a aplicação dela feita pela Administração, não se pode olvidar, também, que o princípio da segurança jurídica
deve ser observado pela Administração, tendo a Lei 9.784/99 o incluído no rol, do seu artigo 2º, dos princípios do Processo Administrativo
Federal. Nesse sentido, também foi expressamente vedada a aplicação retroativa de nova interpretação, no inciso XII do parágrafo único do
mesmo artigo 2º. Em síntese: a Administração poderia ter adotado o critério jurídico que ora sustenta em juízo - de que deveria ser aplicado o
fator de conversão existente na legislação à época da prestação do serviço - porém sempre adotou critério jurídico diverso, e ainda o adota,
nos milhares de pedidos de aposentadoria administrativos, pelo que a adoção de tal interpretação no processo judicial feriria a legislação que
regula a matéria e os princípios da isonomia, da segurança jurídica e da razoabilidade. Assim, os fatores de conversão a serem utilizados para
todos os períodos de exercício de atividade sob condições especiais são aqueles previstos no artigo 70 do Decreto 3048/99, aplicando-se, no
caso de conversão de 25 anos para 35 anos, o fator de conversão de 1,40.
CTPS
Quanto a eventuais divergências entre os dados constantes da CTPS e o relatório do CNIS, entendo possível o reconhecimento de atividade
urbana anotada em CTPS, sem rasuras, em ordem cronológica, mesmo que não conste do CNIS. Nesse sentido, inclusive, a TNU emitiu
recente súmula: “A Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) em relação à qual não se aponta defeito formal que lhe comprometa a
fidedignidade goza de presunção relativa de veracidade, formando prova suficiente de tempo de serviço para fins previdenciários, ainda que a
anotação de vínculo de emprego não conste no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). (Súmula 75, TNU, DOU 13/06/2013@PG.
00136.)”
O fato de eventualmente não constar do CNIS o vínculo, ou as correspondentes contribuições previdenciárias, é insuficiente para a
desconsideração dos períodos de trabalho, até porque o CNIS não é prova exclusiva da realização ou falta de recolhimentos previdenciários,
principalmente no que tange a períodos mais remotos. Ademais, na condição de empregado, a parte autora é segurada obrigatória, cabendo ao
empregador a responsabilidade legal pelos recolhimentos. Além disso, não pode ser a parte autora prejudicada pela desídia do Poder Público,
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 579/1770
pois o artigo 33 da Lei 8.212/91, com redação dada pela lei 11.941 de 2009, dispõe que é da competência da Receita Federal do Brasil o poder
de fiscalização da empregadora.
Ante o exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE a pretensão da parte autora para condenar o INSS à CONCESSÃO do
benefício de aposentadoria por tempo de contribuição, em percentual correspondente a 100% do valor do salário-de-benefício, com renda
mensal na competência de janeiro/2019, no valor de R$ 1.261,41 (UM MIL DUZENTOS E SESSENTA E UM REAIS E QUARENTA E
UM CENTAVOS), consoante cálculo realizado pela Contadoria Judicial deste Juizado, que passa a fazer parte integrante desta sentença.
DIB aos 24/05/2018.
Em razão da natureza alimentar do benefício, antecipo os efeitos da tutela jurisdicional, para determinar a implantação do benefício no prazo
máximo de 30 dias úteis, independentemente da interposição de eventual recurso em face da presente sentença.
CONDENO, outrossim, o INSS ao PAGAMENTO das diferenças acumuladas desde 24/05/2018 até 30/01/2019, no valor de R$ 12.408,21
(DOZE MIL QUATROCENTOS E OITO REAIS E VINTE E UM CENTAVOS), observada a prescrição qüinqüenal, consoante cálculo
realizado pela Contadoria Judicial deste Juizado.
Com o trânsito em julgado, expeça-se o correspondente Ofício Requisitório para pagamento dos atrasados, ou precatório, conforme opção da
parte autora a ser manifestada em momento oportuno.
Sem condenação em honorários e em outras verbas de sucumbência, nesta instância judicial.
P.R.I.Oficie-se.
Ademais, pela legislação previdenciária, a partir de 11/12/1998, passou-se a considerar relevante a utilização de equipamento de proteção
individual ou coletiva (EPI ou EPC) para enquadramento da atividade especial. Entendo, no entanto, que a utilização do equipamento de
proteção individual ou coletiva (EPI ou EPC) a qualquer tempo, não descaracteriza a atividade como especial, uma vez que não descaracteriza
a agressividade ou de nocividade à saúde e à integridade física, no ambiente de trabalho. Isso porque o uso proteção individual obrigatório
(EPI) tem por escopo apenas, resguardar a incolumidade física e a higidez do trabalhador, objetivando, ao menos, minorar o contato com o
agente agressivo; o que, todavia, não conduz à descaracterização da situação especial de trabalho, mormente por inexistir previsão legal neste
sentido.
RUÍDO
No que se refere ao agente agressivo ruído, em especial, o enquadramento da atividade como especial se faz possível mediante comprovação
da exposição ao agente acima dos limites de tolerância para a época do desempenho do trabalho, de modo habitual e permanente, não
eventual, nem intermitente, mediante apresentação de laudo técnico acompanhado de formulário de informações, ou PPP (perfil
profissiográfico previdenciário), assinado por médico ou engenheiro de segurança do trabalho. Quanto ao agente nocivo ruído, este Juízo
adotava o entendimento de que a intensidade do ruído para enquadramento como especial devia ser superior a 80 decibéis, na vigência do
Decreto n. 53.831/64 e, a contar de 05 de março de 1997, superior a 85 decibéis, por força da edição do Decreto n. 4.882, de 18 de novembro
de 2003. Inclusive, este era o entendimento da Súmula 32 da Turma Nacional de Uniformização de Jurisprudência dos Juizados Especiais
Federais. No entanto, a Turma Nacional de Uniformização, em sessão ordinária de 9 de outubro de 2013, aprovou, por unanimidade, o
cancelamento da súmula nº 32 (PET 9059/STJ – cuja transcrição vem a seguir), com base na decisão do STJ, adotando o entendimento
daquela E. Corte: na vigência do Decreto n. 2.172, de 5 de março de 1997, o nível de ruído a caracterizar o direito à contagem do tempo de
trabalho como especial deve ser superior a 90 decibéis, só sendo admitida a redução para 85 decibéis após a entrada em vigor do Decreto n.
4.882, de 18 de novembro de 2003.
PETIÇÃO Nº 9.059 - RS (2012/0046729-7)
RELATOR: MINISTRO BENEDITO GONÇALVES
REQUERENTE: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO: PROCURADORIA-GERAL FEDERAL - PGF
REQUERIDO :JOÃO CARLOS MEIRELES DA ROSA
ADVOGADO: JANETE BLANK
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. ÍNDICE MÍNIMO DE RUÍDO A SER
CONSIDERADO PARA FINS DE CONTAGEM DE TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL. APLICAÇÃO RETROATIVA DO ÍNDICE
SUPERIOR A 85 DECIBÉIS PREVISTO NO DECRETO N. 4.882/2003. IMPOSSIBILIDADE. TEMPUS REGIT ACTUM.
INCIDÊNCIA DO ÍNDICE SUPERIOR A 90 DECIBÉIS NA VIGÊNCIA DO DECRETO N. 2.172/97. ENTENDIMENTO DA TNU
EM DESCOMPASSO COM A JURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE SUPERIOR.
1. Incidente de uniformização de jurisprudência interposto pelo INSS contra acórdão da Turma Nacional de Uniformização dos Juizados
Especiais Federais que fez incidir ao caso o novo texto do enunciado n. 32/TNU: O tempo de trabalho laborado com exposição a ruído é
considerado especial, para fins de conversão em comum, nos seguintes níveis: superior a 80 decibéis, na vigência do Decreto n. 53.831/64 e, a
contar de 5 de março de 1997, superior a 85 decibéis, por força da edição do Decreto n. 4.882, de 18 de novembro de 2003, quando a
Administração Pública reconheceu e declarou a nocividade à saúde de tal índice de ruído.
2. A contagem do tempo de trabalho de forma mais favorável àquele que esteve submetido a condições prejudiciais à saúde deve obedecer a
lei vigente na época em que o trabalhador esteve exposto ao agente nocivo, no caso ruído. Assim, na vigência do Decreto n. 2.172, de 5 de
março de 1997, o nível de ruído a caracterizar o direito à contagem do tempo de trabalho como especial deve ser superior a 90 decibéis, só
sendo admitida a redução para 85 decibéis após a entrada em vigor do Decreto n. 4.882, de 18 de novembro de 2003. Precedentes: AgRg nos
EREsp 1157707/RS, Rel. Min. João Otávio de Noronha, Corte Especial, DJe 29/05/2013; AgRg no REsp 1326237/SC, Rel. Min. Sérgio
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 584/1770
Kukina, Primeira Turma, DJe 13/05/2013; REsp 1365898/RS, Rel. Min. Eliana Calmon, Segunda Turma, DJe 17/04/2013; AgRg no REsp
1263023/SC, Rel. Min. Gilson Dipp, Quinta Turma, DJe 24/05/2012; e AgRg no REsp 1146243/RS, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura,
DJe 12/03/2012.
3. Incidente de uniformização provido.
A aquisição do direito pela ocorrência do fato (exposição a ruído) deve observar a norma que rege o evento no tempo, ou seja, o caso impõe a
aplicação do princípio “tempus regit actum”, sob pena de se admitir a retroação da norma posterior sem que tenha havido expressa previsão
legal para isso. Esse é o entendimento assentado no E. STJ para a hipótese, o que equivale a dizer: na vigência do Decreto n. 2.172, de 5 de
março de 1997, o nível de ruído a caracterizar o direito à contagem do tempo de trabalho como especial deve ser superior a 90 decibéis, só
devendo ser reduzido para 85 decibéis após a entrada em vigor do Decreto n. 4.882, de 18 de novembro de 2003. Desse modo, diante de todo
o exposto e do cancelamento da Súmula nº32 da TNU, passo a adotar o entendimento em conformidade com o Superior Tribunal de Justiça,
no sentido de que:
“o tempo de trabalho laborado com exposição a ruído é considerado especial, para fins de conversão em comum, nos seguintes níveis: superior
a 80 decibéis, na vigência do Decreto n. 53.831/64 (1.1.6); superior a 90 decibéis, a partir de 5 de março de 1997, na vigência do Decreto n.
2.172/97; superior a 85 decibéis, a partir da edição do Decreto n. 4.882, de 18 de novembro de 2003”.
FATOR DE CONVERSÃO
Quanto ao fator de conversão a ser aplicado para os períodos anteriores a 07/12/1991, é de se registrar que o artigo 70 do Decreto 3048/99
apresenta a tabela a ser observada para conversão de tempo de atividade sob condições especiais em tempo comum, sendo que seu parágrafo
2º deixa expresso que tais regras “aplicam-se ao trabalho prestado em qualquer período”. Não há qualquer dúvida na seara administrativa
sobre tal ponto, sendo utilizado esse critério jurídico na análise de todos os pedidos de aposentadoria. Inclusive a Instrução Normativa
INSS/PRES 20/2007, em seu artigo 173, repete de forma clara que a regra de conversão vale para “qualquer que seja o período trabalhado”.
Portanto, tendo o Presidente da República exercido a sua competência privativa, a que alude o inciso IV do artigo 84 da Constituição Federal,
de expedir decreto e regulamento, e o Ministro de Estado, consoante incisos I e II do parágrafo único do artigo 87 da Constituição,
referendado o decreto e expedido instrução para sua execução, não podem os órgãos administrativos questionarem em juízo os critérios
jurídicos utilizados pela própria Administração, sem nem mesmo apontar a existência de ilegalidade ou inconstitucionalidade.
De chofre, um tal entendimento viola o princípio da isonomia, e por decorrência também o princípio da impessoalidade, sob o aspecto do devido
tratamento equânime a todos os administrados, como apontado por Celso Antônio Bandeira de Mello. Ou seja, todos aqueles que tiverem
reconhecido pela Administração período de trabalho sob condições especiais serão beneficiados pela tabela de conversão mais benéfica, já os
segurados que necessitarem recorrer ao Judiciário - além desse fato - ainda se sujeitariam à aplicação do fator de correção da época da
prestação do serviço, que, para os homens, é em regra menor. Não tem sentido, então, falar-se em aplicação, nos processos perante o
Judiciário, do princípio “tempus regit actum”, que, no caso, acaba por ferir diversos outros princípios da Constituição.
Por outro lado, não se afigura ilegal o dispositivo do Regulamento da Previdência Social que manda aplicar o fator de conversão para todos os
períodos, incluindo, portanto, os anteriores. De fato, a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 202 na redação original, delegou à lei a
tarefa de regular o direito à aposentadoria para o trabalho sujeito a condições especiais. Por seu turno, o parágrafo 3º do artigo 57 da Lei 8.213
delegou à Administração fixar os critérios de conversão e equivalência entre tempo de trabalho comum e especial. Mesmo com as alterações
da Lei 9.032/95, permaneceu a delegação do artigo 57 à Administração da fixação de critérios para conversão de tempo especial em comum.
E o Regulamento da Previdência Social instituído pelo Decreto 357/91, em seu artigo 64, passou a prever índices de conversão e equivalência
entre as hipóteses de aposentadoria com 15, 20, 25, 30 e 35 anos de tempo de serviço. Criou-se, assim, o fator de conversão para 35 anos, já
que os Decretos não incluíam essa hipótese. Note-se que o artigo 58 do citado Decreto 357/91, ao regular a forma de contagem de tempo de
serviço para fins de aposentadoria, deixa bem claro que os fatores de conversão do artigo 64 seriam utilizados para o serviço sob condições
especiais prestado em qualquer época. É ver:
“Art. 58. São contados como tempo de serviço, entre outros:
XXII - o tempo de trabalho exercido em atividades profissionais sujeitas a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física,
convertido na forma do disposto no art. 64.”
Tais regras permaneceram no Decreto 611/92. A Lei 9.711, de 1998, em seu artigo 28, manteve a delegação ao “Poder Executivo” para a
fixação de critérios para a conversão de tempo de serviço em condições especiais em tempo comum. Por fim, o atual Regulamento da
Previdência Social, Decreto 3048/99, mesmo na sua redação original, nos artigos 60, inciso IXX, e 70, manteve a conversão de todo o tempo
de trabalho em condições especiais, até 5/03/1997, para tempo de contribuição, pelos fatores de conversão para 35 anos. E, retornando ao
início do tema, o § 2º acrescentado ao citado artigo 70 do Regulamento, pelo Decreto 4.827/03, espancou qualquer dúvida, ao dizer com todas
as letras que as regras de conversão “aplicam-se ao trabalho prestado em qualquer período”.
Rememorada toda a legislação e a aplicação dela feita pela Administração, não se pode olvidar, também, que o princípio da segurança jurídica
deve ser observado pela Administração, tendo a Lei 9.784/99 o incluído no rol, do seu artigo 2º, dos princípios do Processo Administrativo
Federal. Nesse sentido, também foi expressamente vedada a aplicação retroativa de nova interpretação, no inciso XII do parágrafo único do
mesmo artigo 2º. Em síntese: a Administração poderia ter adotado o critério jurídico que ora sustenta em juízo - de que deveria ser aplicado o
fator de conversão existente na legislação à época da prestação do serviço - porém sempre adotou critério jurídico diverso, e ainda o adota,
nos milhares de pedidos de aposentadoria administrativos, pelo que a adoção de tal interpretação no processo judicial feriria a legislação que
regula a matéria e os princípios da isonomia, da segurança jurídica e da razoabilidade. Assim, os fatores de conversão a serem utilizados para
todos os períodos de exercício de atividade sob condições especiais são aqueles previstos no artigo 70 do Decreto 3048/99, aplicando-se, no
caso de conversão de 25 anos para 35 anos, o fator de conversão de 1,40, da mesma forma, para o caso de segurada mulher, pelo mesmo
raciocínio, chega-se ao fator 1,20.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 585/1770
DA CONTAGEM DE PONTOS E A EXCLUSÃO DO FATOR PREVIDENCIÁRIO
Recente lei em vigor, nº. 13.183 de 5.11.2015, acrescentou ao RGPS, o art. 29-C, oriundo da Medida Provisória nº 676 de 17.06.2015, vigente
a partir de 18.06.2015, data da publicação. Referido dispositivo possibilita a concessão de aposentadoria por tempo de contribuição sem a
incidência do fator previdenciário quando a soma da idade do requerente ao total do tempo de contribuição (incluídas as frações em meses
completos tanto da idade como do tempo), na data do requerimento, for igual ou superior a 95 (noventa e cinco) anos se homem e se for igual
ou superior a 85 (oitenta e cinco) anos se mulher. A condição é o preenchimento do tempo de contribuição mínimo de 35 anos para homem e
30 anos para mulher.
No caso CONCRETO, a parte autora requer o reconhecimento e conversão dos períodos de trabalho em condições especiais em diversas
empresas, conforme análise abaixo.
Embora o autor alegue que o INSS reconheceu como especial o período de 01/02/1978 a 28/12/1979, o PA anexado aos autos eletrônicos
revela que o INSS não reconheceu qualquer período como especial (na análise da insalubridade, o INSS mencionou os períodos não
reconhecidos, deixando de analisar o período em questão, de 01/02/1978 a 28/12/1979, conforme se observa nos docs. 63 e 64 do evento 02).
Na contagem oficial do INSS, contida nos docs. 65 e 66 do evento 02, observa-se claramente que nenhum período foi reconhecido como
especial.
Assim, o período de 01/02/1978 a 28/12/1979 não é incontroverso, razão pela qual passo a analisá-lo.
Deixo de reconhecer como especiais os períodos de 01/02/1978 a 31/12/1978 e 01/02/1979 a 28/12/1979, quando a parte autora era aprendiz
no SENAI, uma vez que os documentos apresentados não apontam agentes agressivos a que estaria exposta. A documentação apresentada
indica a exposição ao agente agressivo dentro da empresa empregadora, e não na localização específica do SENAI, onde de fato
desempenhava suas atividades na época.
Por outro lado, conforme PPP apresentado, a parte autora trabalhou exposta a ruído de 85,61 dB, acima dos limites de tolerância, de modo
habitual e permanente, não eventual, nem intermitente, enquadrado nos termos do código 1.1.6 do Decreto 53.831/64 durante os períodos de
01/01/1979 a 31/01/1979, 29/12/1979 a 31/01/1980 e 01/01/1981 a 13/02/1981. Reconheço esse(s) período(s) como especial(i)s e determino a
averbação com os acréscimos legais.
De 02/09/1991 a 05/03/1997, quando labou na empresa Anfeer-n Indústria de Ferramentas Ltda, o PPP informa exposição ao nível de ruído de
57,6 dB para o período de 02/09/1991 a 31/10/1991 e exposição ao ruído de 85,4 dB para o período de 01/11/1991 a 05/03/1997. Assim, não
reconheço como especial o período de 02/09/1991 a 31/10/1991 pois o autor trabalhou exposto ao nível de ruído abaixo do limite de tolerância
(exposição ao ruído de 57,6 dB).
A parte autora trabalhou exposta a ruído de 85,4 dB, acima dos limites de tolerância, de modo habitual e permanente, não eventual, nem
intermitente, enquadrado nos termos do código 1.1.6 do Decreto 53.831/64 durante o período de 01/11/1991 a 05/03/1997, conforme PPP
apresentado. Reconheço esse(s) período(s) como especial(i)s e determino a averbação com os acréscimos legais.
Com relação ao pedido de inclusão dos salários de contribuição, o autor apresentou documento da empresa Anfeer-n Indústria de Ferramentas
Ltda contendo a relação dos salários de contribuição do autor, comprovando, assim, os reais valores de salários de contribuições, que, portanto,
devem ser retificados nos períodos: de 09/1994 (R$ 529,08), 03/1995 (R$ 624,75), 01/1999 (R$ 1.046,52), 03/1999 (R$ 1.046,52), 05/1999 (R$
1.046,52), 06/1999 (R$ 1.009,80), 07/1999 (R$ 1.043,46), 08/1999 (R$ 1.200,00), 09/1999 (R$ 1.009,80), 10/1999 (R$ 1.043,46), 11/1999 (R$
1.009,80), 12/1999 (R$ 1.091,20), 01/2000 (R$ 1.200,00), 02/2000 (R$ 1.039,94), 03/2000 (R$ 1.201,00), 04/2000 (R$ 1.075,00), 05/2000 (R$
1.111,06), 06/2000 (R$ 1.164,00), 05/2002 (R$ 1.200,00), 11/2003 (R$ 1.200,00), 12/2003 (R$ 1.636,40), 01/2004 (R$ 1.705,00), 06/2004 (R$
1.650,00), 08/2004 (R$ 1.869,34), 09/2004 (R$ 1.869,34), 10/2004 (R$ 1.869,34), 11/2004 (R$ 1.869,34), 02/2005 (R$ 2.083,42), 04/2005 (R$
2.143,42), 05/2005 (R$ 2.143,42), 11/2005 (R$ 2.143,42), 08/2006 (R$ 2.655,30) e 09/2015 (R$ 4.394,38).
A Contadoria Judicial deste Juizado procedeu à somatória do tempo de serviço/contribuição até a DER em 05/10/2017 e apurou 39 anos, 09
meses e 30 dias, o suficiente para a revisão da aposentadoria, mas insuficiente para a aplicação da Lei de Pontos, uma vez que, na data da
DER, o autor atinge apenas 94 pontos.
Assim, não preenche os requisitos legais para que seja aplicada a Lei de Pontos e seja procedida à alteração da DER, pois, mesmo com o
reconhecimento dos períodos especiais em Juízo, o autor não atinge os 95 pontos para a aplicação da Lei n° 13.183/2015 considerando-se a
DIB na DER.
O autor alega na manifestação quanto ao primeiro laudo contábil (evento 20) que, no item ‘c’ da petição inicial, havia requerido a alteração da
DIB para a data de deferimento do benefício (DDB) em 01/03/2018. A leitura da petição inicial revela que houve pedido de alteração de DIB
(caso fosse necessário), mas não especificamente para esta data.
Desse modo, é com base no direito de todo segurado ao melhor benefício que defiro o pedido de alteração da DIB para a data do deferimento
do benefício (DDB) em 01/03/2018, ocasião em que o autor cumpre 40 anos, 02 meses e 26 dias de tempo de serviço / contribuição e
preenche o requisito dos 95 pontos, nos termos da Lei n° 13.183/2015, o que possibilita o cálculo da renda mensal sem a aplicação do fator
previdenciário. Ressalto, ainda, que os documentos referentes à atividade especial apresentados em Juízo constavam do processo
administrativo do autor.
Tendo em vista o acatamento do pedido do autor de alteração da DIB para a DDB em 01/03/2018, tem direito ao recálculo do benefício e
fixação da DIB na nova data, assim como o início do pagamento de valores atrasados. Para tanto, deve ser efetuado o desconto dos valores
recebidos referentes à aposentadoria NB 185.790.865-9, inclusive quanto ao período anterior à nova DIB, de 05/10/2017 (DER) a 28/02/2018.
DISPOSITIVO
Ante o exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE a pretensão da parte autora para condenar o INSS a proceder à concessão do
benefício de aposentadoria por tempo de contribuição, em percentual correspondente a 100% do valor do salário-de-benefício, com renda
mensal na competência de FEVEREIRO/2019, no valor de R$ 5.120,66 (CINCO MIL CENTO E VINTE REAIS E SESSENTA E SEIS
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 586/1770
CENTAVOS) , consoante cálculo realizado pela Contadoria Judicial deste Juizado, que passa a fazer parte integrante desta sentença. DIB
aos 01/03/2018.
Em razão da natureza alimentar do benefício, antecipo os efeitos da tutela jurisdicional, para determinar a implantação do benefício no prazo
máximo de 30 dias úteis, independentemente da interposição de eventual recurso em face da presente sentença.
As diferenças acumuladas desde 01/03/2018 até 28/02/2019, com o desconto dos valores de aposentadoria recebidos pelo autor (inclusive
quanto ao período de 05/10/2017 a 28/02/2018 - NB 185.790.865-9), resultam no valor negativo de R$ 548,04 (menos quinhentos e quarenta e
oito reais e quatro centavos, observada a prescrição qüinqüenal, consoante cálculo realizado pela Contadoria Judicial deste Juizado), que
poderá ser descontado mensalmente do benefício do autor pelo INSS, de acordo com os parâmetros e limites legais.
Sem condenação em honorários e em outras verbas de sucumbência, nesta instância judicial.
P.R.I. Oficie-se. Cumpra-se.
Tendo em vista que o objeto da presente ação se enquadra nas regras do §2° do artigo 12 do CPC, passo ao julgamento do feito.
Por se tratar de matéria cuja solução prescinde de produção de provas em audiência, passo ao julgamento antecipado da lide com base no
artigo 355, I, do CPC.
Trata-se de ação ajuizada por KETHYNA JANSSEN FLORES em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, na busca o
restabelecimento ou a concessão de auxílio-doença.
Em contestação pugna o INSS pela improcedência da ação.
Foi produzida prova documental e perícia médica.
É o breve relatório.
Decido.
Inicialmente, concedo à parte autora os benefícios da justiça gratuita.
Com previsão no artigo 42 e seguintes da Lei n.º 8.213/91, a aposentadoria por invalidez é devida ao segurado que for considerado incapaz e
insusceptível de reabilitação para o exercício da atividade que lhe garanta a subsistência. Apresenta como principal requisito a existência de
incapacidade total e permanente do segurado que não possa ser reabilitado, o que somente pode ser comprovado por meio de laudo de exame
médico pericial.
O benefício de auxílio doença tem previsão no artigo 59 e seguintes da Lei n.º 8.213/91 e é devido ao segurado que, havendo cumprido, quando
for o caso, o período de carência exigido na lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias
consecutivos. Apresenta como principal requisito a existência de incapacidade para o trabalho e a incapacidade para as atividades habituais do
segurado durante período superior a quinze dias, o que somente pode ser comprovado por meio de laudo de exame médico pericial.
As provas técnicas produzidas no processo são determinantes em casos em que a incapacidade somente pode ser aferida por perito médico,
de que se vale o juiz para haurir-se de conhecimento técnico para formar sua convicção, por meio da ajuda de profissional habilitado.
No caso dos autos, a perícia médica realizada constatou que a parte autora não apresenta incapacidade para o trabalho ou para sua atividade
habitual.
O laudo médico não contém irregularidade ou vício. Sua conclusão do laudo é hábil a comprovar o real estado de saúde da parte autora, uma
vez que é embasada no exame clínico e nos documentos médicos juntados.
Sendo assim, a parte autora não faz jus à concessão ou restabelecimento do auxílio-doença ou concessão de aposentadoria por invalidez, uma
vez que não cumpriu um dos requisitos legais.
Cabível, assim, a cessação da tutela antecipada concedida no curso da presente ação.
Ante o recebimento das prestações de boa fé pela parte autora com fundamento em decisão judicial concessiva de tutela antecipatória e a
natureza alimentar do benefício previdenciário, não cabe desconto ou devolução ao INSS dos valores recebidos durante o curso deste
processo.
Ante o exposto, JULGO IMPROCEDENTE o pedido de concessão de auxílio doença e PROCEDENTE o pedido para que o INSS se
abstenha de descontar ou cobrar da autora os valores recebidos a título de antecipação de tutela.
Sem custas e honorários nesta instância judicial.
Publique-se. Registre-se. Intime-se.
SENTENÇA EM EMBARGOS - 3
0004604-89.2017.4.03.6304 - 2ª VARA GABINETE - SENTENÇA EM EMBARGOS Nr. 2019/6304004018
AUTOR: JOÃO BATISTA DE OLIVEIRA (SP241171 - DANIELA APARECIDA FLAUSINO NEGRINI)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - KEDMA IARA FERREIRA)
A parte embargante manifestou inconformismo em face da sentença proferida, sem apontar eventual omissão, contradição ou obscuridade em
relação aos próprios termos da sentença.
O processo foi extinto sem resolução de mérito em decorrência da ausência da parte autora à audiência designada, de cuja data tinha ciência.
Pretende a alteração da sentença sob a alegação de que a audiência de instrução, conforme seu entendimento, não iria ocorrer, pois seu
processo seria suspenso, nos termos do tema 995 do STJ.
"Constou no r. despacho a intimação desta parte para se manifestar acerca dos pedidos da inicial no que consiste em continuidade ou não
destes, quanto a esta parte do despacho a parte autora vem informar que mantém os pedidos da inicial.
Ainda vem ressaltar que: Considerando que o Laudo Contábil constante dos autos, expressamente demonstra que na DER o autor preenche os
requisitos a Aposentadoria por Tempo de Contribuição Integral, e considerando que é esta é justamente a pretensão da parte autora com a
presente
demanda, não há necessidade de suspender o feito para aguardar a decisão do STJ quanto ao tema de “possibilidade de reafirmação de DER”
pois como já dito e demonstrado pelo Laudo Contábil, na DER o Autor preenche os requisitos para a aposentadoria.
II – DO PEDIDO Pelo exposto requer:
a. Que seja mantido os pedidos constantes na petição inicial;
b. Que seja desconsiderada a decisão que suspendeu a tramitação deste processo, com base nas alegações supracitadas."
"i. Seja o requerido condenado, reconhecendo-se o direito do Requerente a APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
INTEGRAL, com o cálculo no valor mensal do benefício, com decretação do pagamento do benefício com também a decretação do
pagamento abono anual, assim como, multa, juros, correção monetária, desde a DER (22/02/2017) (doc. 104)"
Ou seja, não há qualquer pedido de reafirmação da DER que indicasse a possibilidade de suspensão do feito. E, mesmo que
houvesse, o processo só estaria suspenso após decisão judicial que o suspendesse. Até determinação em contrário, as audiências que estão em
pauta ocorrerão e é obrigação processual do autor a elas comparecer.
Pretende rediscutir e modificar o julgamento do feito, por inconformismo ou discordância de seus termos, o que deve ser feito apenas por meio
de recurso próprio.
O Superior Tribunal de Justiça tem a matéria por pacificada há muito. Veja arestos colhidos em Código de Processo Civil, Theotônio Negrão,
Editora Saraiva, 30ª edição, p. 559: “Não se pode ser conhecido recurso que, sob o rótulo de embargos declaratórios, pretende substituir a
decisão recorrida por outra. Os embargos declaratórios são apelos de integração - não de substituição”(STJ-1ª Turma, Resp 15.774-0-SP-
Edcl, rel. Min. Humberto Gomes de Barros, j. 25.10.93, não conheceram, v.u., DJU 22.11.9, p.24.895).
“É incabível, nos declaratórios, rever a decisão anterior, reexaminando ponto sobre o qual já houve pronunciamento, com inversão, em
consequência, do resultado final. Nesse caso, há alteração substancial do julgado, o que foge ao disposto no art. 535 e incisos do CPC.
Recurso especial conhecido em parte e assim provido” (RSTJ 30/412).
E ainda recente julgado do STJ afirma nesse sentido, ressaltando inclusive para o cabimento da incidência de multa, no caso de serem
considerados protelatórios:
Ante o exposto, conheço dos embargos, e, no mérito os rejeito, por não ser a sentença omissa, obscura ou contraditória.
Trata-se de embargos de declaração opostos pela parte autoraem face de sentença proferida por este Juízo.
Pretende rediscutir e modificar o julgamento do feito, por inconformismo ou discordância de seus termos, o que deve ser feito apenas por meio
de recurso próprio.
O Superior Tribunal de Justiça tem a matéria por pacificada há muito. Veja arestos colhidos em Código de Processo Civil, Theotônio Negrão,
Editora Saraiva, 30ª edição, p. 559: “Não se pode ser conhecido recurso que, sob o rótulo de embargos declaratórios, pretende substituir a
decisão recorrida por outra. Os embargos declaratórios são apelos de integração - não de substituição”(STJ-1ª Turma, Resp 15.774-0-SP-
Edcl, rel. Min. Humberto Gomes de Barros, j. 25.10.93, não conheceram, v.u., DJU 22.11.9, p.24.895).
“É incabível, nos declaratórios, rever a decisão anterior, reexaminando ponto sobre o qual já houve pronunciamento, com inversão, em
consequência, do resultado final. Nesse caso, há alteração substancial do julgado, o que foge ao disposto no art. 535 e incisos do CPC.
Recurso especial conhecido em parte e assim provido” (RSTJ 30/412).
E ainda recente julgado do STJ afirma nesse sentido, ressaltando inclusive para o cabimento da incidência de multa, no caso de serem
considerados protelatórios:
Ante o exposto, conheço dos embargos, e, no mérito os rejeito, por não ser a sentença omissa, obscura ou contraditória.
Decido.
Na inicial, o autor formulou pedido de concessão de tutela para averbação do tempo de serviço e concessão do benefício do autor. Referido
pedido fora apreciado ao seu tempo, previamente à sentença, logo
após o ajuizamento da ação, e indeferido por meio de decisão interlocutória. A concessão de liminar em sentença, quando não renovado o
requerimento, pode ocorrer quando houver elementos de convencimento de que se trate de situação de urgência, o que não ocorreu no caso
em comento, motivo pelo qual não foi concedida.
Assim, eventuais novos pedidos nesse sentido devem ser direcionados ao Juízo Recursal, uma vez que esgotou-se a jurisdição desse Juízo com
a sentença proferida.
Nestes Termos, conheço dos embargos, eis que tempestivos, e, no mérito NEGO PROVIMENTO, na forma acima, para suprir a omissão
existente.
Na inicial, o autor formulou pedido de concessão de tutela para averbação do tempo de serviço e concessão do benefício.
Referido pedido fora apreciado ao seu tempo, previamente à sentença, logo após o ajuizamento da ação, e indeferido por meio de decisão
interlocutória.
A concessão de liminar em sentença, quando não renovado o requerimento, pode ocorrer quando houver elementos de convencimento de que
se trate de situação de urgência, o que não ocorreu no caso em comento, motivo pelo qual não foi concedida.
Assim, eventuais novos pedidos nesse sentido devem ser direcionados ao Juízo Recursal, uma vez que esgotou-se a jurisdição desse Juízo com
a sentença proferida.
Nestes Termos, conheço dos embargos, eis que tempestivos, e, no mérito NEGO PROVIMENTO, na forma acima, para suprir a omissão
existente.
Decido.
Na inicial, o autor formulou pedido de concessão de tutela para averbação do tempo de serviço e concessão do benefício do autor.
Referido pedido fora apreciado ao seu tempo, previamente à sentença, logo após o ajuizamento da ação, e indeferido por meio de decisão
interlocutória.
A concessão de liminar em sentença, quando não renovado o requerimento, pode ocorrer quando houver elementos de convencimento de que
se trate de situação de urgência, o que não ocorreu no caso em comento, motivo pelo qual não foi concedida.
Assim, eventuais novos pedidos nesse sentido devem ser direcionados ao Juízo Recursal, uma vez que esgotou-se a jurisdição desse Juízo com
a sentença proferida.
Nestes Termos, conheço dos embargos, eis que tempestivos, e, no mérito NEGO PROVIMENTO, na forma acima, para suprir a omissão
existente.
Embora o réu já tenha sido regularmente citado, não é necessário que seja intimado para que se manifeste sobre o pedido de desistência da
Assim, HOMOLOGO O PEDIDO DE DESISTÊNCIA DA AÇÃO e DECLARO EXTINTO O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE
MÉRITO, com fundamento no artigo 485, inciso VIII, do Código de Processo Civil.
Estão as partes desoneradas do pagamento de verbas de sucumbência e do recolhimento de custas processuais, nesta instância judicial.
P.R.I.
A parte autora fora intimada da data de perícia e não compareceu. Decorridos mais de trinta dias, não provou justo motivo para seu não
comparecimento, ou sequer justificou de forma convincente a sua ausência.
Apropriado relembrar que o descumprimento de atos processuais que cabem à parte autora configura abandono de causa, o que é causa
extintiva do processo sem o julgamento do mérito.
Ante o exposto, declaro extinto o processo sem a resolução do mérito, nos termos do art. 485, inciso III, do Código de Processo Civil.
P.R.I.
Defiro também o requerimento do advogado do autor e autorizo que o pagamento dos honorários de sucumbência seja feito à sociedade de
advocacia, nos termos do art. 85, §´s 14 e 15 do CPC.
Em continuidade, manifeste-se a parte autoras quanto aos cálculos apresentandos pelo INSS em impugnação (documento 92) no prazo de 30
(trinta) dias. Intime-se.
1. Indefiro o pedido de quesitação suplementar formulado pelo INSS, uma vez que os questionamentos relativos à capacidade laborativa sob o
aspecto clínico já foram suficientemente elucidados no laudo médico realizado na especialidade oftalmologia, que não contém qualquer
irregularidade ou vício e deixa claro que a parte autora já estava incapaz na data da cessação do auxilio doença. Destaco, por oportuno, que a
mera discordância quanto à conclusão pericial não é fundamento para nova perícia ou para novos quesitos. Intime-se.
2. Após, remetam-se os autos para o contador judicial.
Sobre os cálculos apresentados pela União, manifeste-se a parte autora no prazo de 10 dias úteis. No silêncio ou havendo concordância, ficam
homologados os cálculos da ré; após, expeça-se o RPV. Intime-se.
Com razão a parte autora, vez que, de simples cálculo do montante a ser restituído à autora em conformidade com a sentença, chega-se em
valor aproximado ao reivindicado pela autora na petição de evento 61.
Cumpra integralmente a CEF a sentença transitada em julgado, devendo depositar o montante integral dos valores apurados no evento 61, no
prazo de 5 (cinco) dias úteis.
Após, dê-se vista à parte autora.
Não havendo manifestação do réu em 10 (dez) dias, prossiga-se com a expedição do RPV. Intime-se.
Tendo em vista a manifestação e documentos da autora de eventos 99/100, intimo as rés para que, prazo de 10 (dez) dias úteis, comprovem o
cumprimento integral da sentença transitada em julgado.
Após, vista à parte autora.
Conforme disposições do artigo 357, III e 373, parágrafo 1º, do Código de Processo Civil, bem como do artigo 6º, VIII do Código de Defesa
do Consumidor, dada a maior dificuldade da parte autora em comprovar todos os fatos alegados em sua petição inicial, em razão de sua
vulnerabilidade frente à instituição bancária ré, determino a inversão do ônus da prova no presente feito.
Caso haja proposta de acordo, manifeste-se a ré no prazo de 10 dias úteis.
No mesmo prazo, vista às partes sobre o processo, e digam se desejam produzir outras provas ou realização de audiência, justificando-as. Não
oferecido acordo e decorrido o prazo sem manifestação ou dispensa de audiência, venham os autos conclusos para sentença.
Indefiro o pedido da parte autora, tendo em vista os sucessivos pedidos de dilação sem o efetivo cumprimento da decisão.
Diante da divergência entre os cálculos do autor e do réu, encaminhem-se so autos a contadoria para elaboração de parecer contábil. Intime-
se.
ATO ORDINATÓRIO - 29
0001539-52.2018.4.03.6304 - 2ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6304002921
AUTOR: REBECA DA SILVA PEREIRA (SP246357 - ISAC PADILHA GONÇALVES)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - KEDMA IARA FERREIRA)
"Ciência às partes da juntada do Laudo Contábil. Manifeste-se a parte autora, no prazo de 03 dias, quanto à eventual renúncia ao valor
excedente ao limite de competência deste Juizado Especial Federal, conforme novo entendimento deste Juízo, em consonância com dominante
jurisprudência atual: limite correspondente ao valor dos atrasados acrescidos de 12 parcelas vincendas, que superem 60 salários mínimos na
data do ajuizamento da ação."
1- Intimar a parte autora da designação de perícia, devendo a consulta do processo ser efetuada na internet (site: http://jef.trf3.jus.br), em
CONSULTA PELO NÚMERO DO PROCESSO, a fim de tomar conhecimento da data e local onde será realizada a perícia. Deverá a parte
autora comparecer ao exame pericial munida de documento de identidade com foto atualizada, exames médicos, radiografias e todos os outros
documentos referentes ao seu estado de saúde. Poderá, ainda, caso deseje, no prazo de 10 (dez) dias anteriores à perícia, apresentar quesitos
e nomear assistente técnico.2 - Nos casos de perícia ortopédica e psiquiátrica, deverá a parte autora apresentar PRONTUÁRIO MÉDICO;3
- Nos casos de perícia cardiológica, deverá a parte autora apresentar ECOCARDIOGRAMA.
TERMOS REGISTRADOS PELOS JUÍZES DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CÍVEL ADJUNTO REGISTRO
EXPEDIENTE Nº 2019/6305000097
ATO ORDINATÓRIO - 29
APLICA-SE AOS PROCESSOS ABAIXO O SEGUINTE DISPOSITIVO:
“1. Nos termos do artigo 203, parágrafo 4º do Código de Processo Civil e Portaria 02-2012 deste Juizado, de 15 de maio de
2012, designo perícia médica com a Dr. ANDERSON KRETSCHMER para o dia 03/04/2019, às 14h00min, a ser realizada na
AV. CLARA GIANOTT DE SOUZA, 346 (POSTO DE SAUDE)- CENTRO, - REGISTRO(SP). 2. Deverá a parte autora levar
todos os documentos médicos atualizados que possuir para análise médica.3. Intimem-se.”
0000237-48.2019.4.03.6305 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6305001349
AUTOR: MIGUEL COSTA (SP226565 - FERNANDO ALVES DA VEIGA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP125904 - AUGUSTO CESAR VIEIRA MENDES)
0000281-67.2019.4.03.6305 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6305001351
AUTOR: MIGUEL LUIZ COSTA (SP336425 - CARLOS ALBERTO DE LIMA BARBOSA BASTIDE MARIA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP125904 - AUGUSTO CESAR VIEIRA MENDES)
0000285-07.2019.4.03.6305 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6305001352
AUTOR: LOURDES GONCALVES BATISTA (SP226565 - FERNANDO ALVES DA VEIGA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP125904 - AUGUSTO CESAR VIEIRA MENDES)
TERMOS REGISTRADOS PELOS JUÍZES DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CÍVEL ADJUNTO REGISTRO
EXPEDIENTE Nº 2019/6305000098
“1. Nos termos do artigo 203, parágrafo 4º do Código de Processo Civil e Portaria 02-2012 deste Juizado, de 15 de maio de 2012, intimo a
parte autora para que, no prazo de 10 (dez) dias, manifeste-se sobre a proposta de acordo oferecida pelo réu.2. Após a manifestação, os autos
serão remetidos ao magistrado (a) para conclusão."
TERMOS REGISTRADOS PELOS JUÍZES DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CÍVEL ADJUNTO REGISTRO
EXPEDIENTE Nº 2019/6305000099
Intimada, à vista do resultado do exame pericial, a oferecer eventual proposta conciliatória à demandante, a Autarquia propôs acordo,
conforme evento 21:
1.DO RESTABELECIMENTO DO BENEFÍCIO:
O INSS restabelecerá o benefício de auxílio-doença (NB 6094677742) nos seguintes termos:
DIB DO RESTABELECIMENTO: 25.08.2018 (dia seguinte ao da cessação administrativa)
DIP 01.03.2019
RMI conforme apurado pelo INSS seguindo a legislação vigente (inclusive Lei nº 13.135/2015)
Manutenção do benefício até 22.11.2019 (DCB)* cf prazo de reavaliação estimado pelo Perito.
* O segurado terá a opção de solicitar administrativamente a prorrogação do benefício, na hipótese de entender que não terá condições de
retorno ao trabalho na fixada como sendo a da cessação do benefício. Esse requerimento deverá ser feito em uma Agência da Previdência
Social nos 15 (quinze) dias que antecedem a cessação, nos termos do item 2.5 do Memorando-Circular Conjunto nº 6
/DIRSAT/DIRBEN/PFE/DIRAT/INSS.
* No caso da APSADJ verificar que na data da implantação do benefício falte menos de 30 dias para Data de Cessação de Beneficio (DCB),
prevista acima, ou já tenha passado o dia, será fixada a Data de Cessação do Benefício (DCB) em 30 dias a contar da implantação (para que
fique garantido, assim, o exercício do direito ao pedido de prorrogação do benefício).
2.EM RELAÇÃO AS PARCELAS VENCIDAS (ATRASADOS)
2.1 Será pago o percentual de 100% dos valores atrasados referente ao período entre a DIB e a DIP, conforme apurado pela Contadoria
Judicial, que será atualizado monetariamente até o seu efetivo pagamento, com acréscimo de juros, estes a contar da citação ou, em não
havendo, da data da intimação do INSS para apresentação de proposto de acordo, tudo conforme previsto na Lei 11.960/09, observando a
prescrição quinquenal (se for o caso), e sendo o pagamento feito, exclusivamente, por meio de Precatório (ou RPV, se for o caso), a ser
expedido pelo Juízo, nos termos do art. 100 da CRFB/88;
2.2. Ante ao que restou decido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no Recurso Extraordinário nº 870.947, a correção monetária sobre a
quantia totalizada será apurada pela TR até 20.09.2017 - data da decisão do STF. A partir de 20/09/2017 a correção será pelo IPCA-E.
Quanto aos juros moratórios, deverá ser observado o art. 1ºF da Lei nª 9.494/97, com redação da pela Lei nº 11.960/09;
A parte autora manifestou concordância com os termos do acordo proposto pelo INSS (evento 24).
Posto isto, HOMOLOGO A TRANSAÇÃO firmada pelas partes. Em consequência, JULGO EXTINTO O PROCESSO, COM
RESOLUÇÃO DO MÉRITO, nos termos do artigo 487, III, ‘b’ do Código de Processo Civil, e determino que o Instituto Nacional de Seguro
Social promova o restabelecimento do benefício de auxílio-doença nº 6094677742, em favor da parte autora, com DIP em 01/0/2019 e DCB
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 602/1770
em 22/11/2019, bem como efetue o pagamento de 100% dos valores devidos a título de atrasados, desde a cessação administrativa, com juros
de mora e correção monetária aplicados na forma da Lei nº 11.960/2009. A partir de 20/09/2017 a correção será pelo IPCA-E. Quanto aos
juros moratórios, deverá ser observado o art. 1ºF da Lei nª 9.494/97.
Assim sendo, a sentença atende ao artigo 38, parágrafo único, da Lei 9.099/95, pois contêm os parâmetros de liquidação (cf. Enunciado 32 do
FONAJEF).
A parte autora (segurado) terá a opção de solicitar administrativamente a prorrogação do benefício, na hipótese de entender que não possui
condições de retorno ao trabalho na data de cessação do benefício – DCB. Esse requerimento deverá ser feito em uma Agência da
Previdência Social nos 15 (quinze) dias que antecedem a cessação, nos termos do item 2.5 do Memorando-Circular Conjunto nº
7/DIRSAT/DIRBEN/PFE/DIRAT/INSS.
Sem reexame necessário, consoante artigo 496, § 3º, inciso I, do Código de Processo Civil.
As partes renunciam ao direito de recorrer da presente sentença, bem como em relação a quaisquer outras verbas pertinentes ao benefício em
questão.
Após o trânsito em julgado, expeça-se o ofício requisitório e, cumpridas as providências legais, dê-se baixa.
Intimada, à vista do resultado do exame pericial, a oferecer eventual proposta conciliatória à demandante, a Autarquia propôs acordo,
conforme evento 16:
1.DO RESTABELECIMENTO DO BENEFÍCIO:
O INSS restabelecerá o benefício de auxílio-doença (NB 5704945569) nos seguintes termos:
DIB DO RESTABELECIMENTO: 03/10/2018 (dia seguinte ao da cessação administrativa)
DIP 01/02/2019......
RMI conforme apurado pelo INSS seguindo a legislação vigente (inclusive Lei nº 13.135/2015)
Manutenção do benefício até.01/07/2019..... (DCB)*.
* O segurado terá a opção de solicitar administrativamente a prorrogação do benefício, na hipótese de entender que não terá condições de
retorno ao trabalho na fixada como sendo a da cessação do benefício. Esse requerimento deverá ser feito em uma Agência da Previdência
Social nos 15 (quinze) dias que antecedem a cessação, nos termos do item 2.5 do Memorando-Circular Conjunto nº 6
/DIRSAT/DIRBEN/PFE/DIRAT/INSS.
* No caso da APSADJ verificar que na data da implantação do benefício falte menos de 30 dias para Data de Cessação de Beneficio (DCB),
prevista acima, ou já tenha passado o dia, será fixada a Data de Cessação do Benefício (DCB) em 30 dias a contar da implantação (para que
fique garantido, assim, o exercício do direito ao pedido de prorrogação do benefício).
2.EM RELAÇÃO AS PARCELAS VENCIDAS (ATRASADOS)
2.1 Será pago o percentual de 100% dos valores atrasados referente ao período entre a DIB e a DIP, conforme apurado pela Contadoria
Judicial, que será atualizado monetariamente até o seu efetivo pagamento, com acréscimo de juros, estes a contar da citação ou, em não
havendo, da data da intimação do INSS para apresentação de proposto de acordo, tudo conforme previsto na Lei 11.960/09, observando a
prescrição quinquenal (se for o caso), e sendo o pagamento feito, exclusivamente, por meio de Precatório (ou RPV, se for o caso), a ser
expedido pelo Juízo, nos termos do art. 100 da CRFB/88;
2.2. Ante ao que restou decido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no Recurso Extraordinário nº 870.947, a correção monetária sobre a
quantia totalizada será apurada pela TR até 20.09.2017 - data da decisão do STF. A partir de 20/09/2017 a correção será pelo IPCA-E.
Quanto aos juros moratórios, deverá ser observado o art. 1ºF da Lei nª 9.494/97, com redação da pela Lei nº 11.960/09;
Em momento posterior a parte autora descordou a proposta de acordo , acerca do DCB, alegando que o laudo médico(evento 13) o beneficio
por incapacidade da autora deve ser mantido pelo período de um ano. Diante disso, o INSS retificou a proposta de acordo, aceitando a data do
DCB como dia 21/02/2020.
A parte autora manifestou concordância com os termos do acordo proposto pelo INSS (evento 26).
Assim sendo, a sentença atende ao artigo 38, parágrafo único, da Lei 9.099/95, pois contêm os parâmetros de liquidação (cf. Enunciado 32 do
FONAJEF).
A parte autora (segurado) terá a opção de solicitar administrativamente a prorrogação do benefício, na hipótese de entender que não possui
condições de retorno ao trabalho na data de cessação do benefício – DCB. Esse requerimento deverá ser feito em uma Agência da
Previdência Social nos 15 (quinze) dias que antecedem a cessação, nos termos do item 2.5 do Memorando-Circular Conjunto nº
7/DIRSAT/DIRBEN/PFE/DIRAT/INSS.
Sem reexame necessário, consoante artigo 496, § 3º, inciso I, do Código de Processo Civil.
As partes renunciam ao direito de recorrer da presente sentença, bem como em relação a quaisquer outras verbas pertinentes ao benefício em
questão.
Após o trânsito em julgado, expeça-se o ofício requisitório e, cumpridas as providências legais, dê-se baixa.
Mérito
A lide resume-se à possibilidade de o filho maior de 21 anos, cursando ensino superior, ter concedido benefício previdenciário de pensão por
morte até completar 24 anos de idade.
O artigo 77, §2º, da Lei nº 8.213/91, com redação ao tempo do óbito, estabelece a idade de 21 anos do filho como termo final para a percepção
do benefício de pensão por morte, salvo se for inválido ou com deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz,
assim declarado judicialmente, o que não é o caso da autora. Vejamos:
§ 2o O direito à percepção de cada cota individual cessará:
I - pela morte do pensionista;
II - para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os sexos, ao completar vinte e um anos de idade, salvo se for inválido ou tiver
deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
No que concerne ao fato da parte autora estar cursando ensino superior, curso de Direito da Faculdade Dom Bosco, este não constitui um
critério capaz de ensejar o afastamento do limite legal. Como bem explica notícia proveniente do Egrégio TRF2:
TRF2: Não se prorroga pensão por morte a filho maior de 21 anos por ser universitário
Publicado em 03/05/2017
É indevida a continuidade do pagamento de pensão por morte ao filho maior de 21 anos pelo fato de ser estudante universitário, já que, na
legislação que rege o tema, não há qualquer previsão para a extensão do benefício até os 24 anos para aqueles que estiverem cursando o
ensino superior.
Com base nesse entendimento, a Primeira Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) decidiu, por unanimidade,
confirmar a sentença que negou o pedido de T.O. de que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) mantivesse o pagamento do benefício
previdenciário de pensão por morte que vinha recebendo até que completasse 24 anos de idade ou até que concluísse o curso universitário.
Em 1ª Instância, a decisão foi no sentido de que não há como prosperar o direito da autora, uma vez que a legislação previdenciária é clara
quando determina que o pagamento do benefício da pensão por morte ao filho deve cessar quando este completa 21 anos de idade, não
fazendo ressalvas a “universitário até completar 24 anos de idade”.
A autora recorreu ao Tribunal, argumentando que “é notória sua dependência econômica em relação à pensão, uma vez que todas as suas
despesas são pagas com os recursos dela provenientes, vez que reside na República da Universidade, o horário de seu curso é integral e
necessita custear alimentação, vestuário, produtos de higiene pessoal, entre outros”.
Entretanto, também no TRF2, o resultado se manteve. O relator do processo, desembargador federal Antonio Ivan Athié, ressaltou que “para
fins previdenciários, o artigo 16 da Lei 8.213/91, aplicável ao presente caso, lista quem são os dependentes dos segurados, e no inciso I
estabelece como dependente o filho menor de 21 anos ou inválido, e não o estudante universitário até 24 anos”.
O magistrado finalizou seu voto destacando entendimento da Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais (TNU) que,
ao formular seu Enunciado nº 37, decidiu no mesmo sentido: “A pensão por morte, devida ao filho até os 21 anos de idade, não se prorroga
pela pendência de curso universitário.”
Processo: 0109185-76.2015.4.02.5101 (G.N.)
PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO LEGAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PENSÃO POR MORTE. TUTELA ANTECIPADA.
AUSÊNCIA DOS REQUISITOS LEGAIS. - Agravo da parte autora em face da decisão monocrática que negou seguimento ao agravo. - O
art. 16 da Lei n.º 8.213/91 arrola os beneficiários do Regime Geral da Previdência Social - RGPS, na qualidade de dependentes, para fins de
recebimento de benefício de pensão por morte e auxílio-reclusão. - Em seu inciso I, o dispositivo contempla, em igualdade de condições, o
cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido. - O benefício é devido
à beneficiária até a data em que completar 21 (vinte e um) anos. A partir daí, clara é a aplicação do disposto no § 2º do artigo 77 da Lei nº
8.213/91. - Não se enquadrando a ora agravante na definição de pessoa inválida, não faz jus à percepção do benefício de pensão por morte
até o término do curso universitário ou até completar 24 anos, por ausência de previsão legal. - A decisão monocrática com fundamento no
art. 557, caput e § 1º-A, do C.P.C., que confere poderes ao relator para decidir recurso manifestamente improcedente, prejudicado, deserto,
intempestivo ou contrário a jurisprudência dominante do respectivo Tribunal, do Supremo Tribunal Federal ou de Tribunal Superior, sem
submetê-lo ao órgão colegiado, não importa em infringência ao CPC ou aos princípios do direito. - É assente a orientação pretoriana no sentido
de que o órgão colegiado não deve modificar a decisão do Relator, salvo na hipótese em que a decisão impugnada não estiver devidamente
fundamentada, ou padecer dos vícios da ilegalidade e abuso de poder, e for passível de resultar lesão irreparável ou de difícil reparação à
parte. - Agravo improvido.
(AI 00234095820154030000, DESEMBARGADORA FEDERAL TANIA MARANGONI, TRF3 - OITAVA TURMA, e-DJF3 Judicial 1
DATA:12/02/2016 ..FONTE_REPUBLICACAO, GRIFEI:.) (G.N.)
PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO LEGAL. ART. 557, § 1º, DO CPC. PENSÃO POR MORTE. REQUISITOS LEGAIS PREENCHIDOS.
QUALIDADE DE DEPENDENTE. UNIVERSITÁRIO. 1. O beneficio de pensão por morte está previsto nos arts. 74 a 79 da Lei n.º 8.213,
de 24.07.1991. Para a sua concessão depende cumulativamente da comprovação: a) do óbito ou morte presumida de pessoa que seja segurada
(obrigatória ou facultativa); b) da existência de beneficiário dependente do de cujus, em idade hábil ou com outras condições necessárias para
receber a pensão; e c) da qualidade de segurado do falecido. 2. No caso de restabelecimento de pensão por morte a universitário, eu vinha
decidindo monocraticamente, amparado em precedentes desta Corte, no sentido da possibilidade de conceder o benefício consubstanciado em
pensão por morte ao filho de segurado da Previdência Social até os 24 (vinte e quatro) anos de idade ou até a conclusão do curso universitário.
3. Todavia, recentemente, o Superior Tribunal de Justiça, por ocasião do julgamento do Recurso Especial n.º 1.369.832/SP, decidiu pela
impossibilidade de restabelecer a pensão por morte ao beneficiário maior de 21 (vinte e um) anos e não inválido, tendo explicitado, em breve
síntese, que não poderia o Poder Judiciário legislar positivamente, estendendo o requisito etário até os vinte e quatro anos, usurpando, assim, a
própria função legislativa. 4. Qualidade de dependente não comprovada. 5. Recurso de Agravo legal a que se nega provimento.
(AC 00101151220154039999, DESEMBARGADOR FEDERAL FAUSTO DE SANCTIS, TRF3 - SÉTIMA TURMA, e-DJF3 Judicial 1
DATA:28/10/2015 ..FONTE_REPUBLICACAO:.) (G.N.)
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 605/1770
A recente jurisprudência do Egrégio TRF4, segue a mesma linha:
EMENTA: ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO CIVIL. PENSÃO POR MORTE TEMPORÁRIA. MAIOR DE 21 ANOS.
ESTUDANTE UNIVERSITÁRIO. RESTABELECIMENTO DO BENEFÍCIO ATÉ 24 ANOS DE IDADE. IMPOSSIBILIDADE.
AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL. LEI N. 8.112/90. REDAÇÃO ORIGINAL. 1. A concessão de pensão por morte é regida pela
legislação vigente à data do falecimento do instituidor, em atenção ao princípio tempus regit actum. 2. O art. 217, inciso II, alínea "b" da Lei n.
8.112/90, prevê a concessão de pensão temporária por morte de servidor público federal a menor sob guarda ou tutela até completar 21 (vinte
e um) anos de idade. 3. A despeito das razões em prol da interpretação sistemática para viabilizar o direito à educação, a condição de o
beneficiário ser estudante universitário não autoriza a prorrogação da pensão por morte até os 24 (vinte e quatro) anos, porque não
encontra amparo na expressa legislação de regência. Precedentes desta Corte e do STJ. Súmula 74 do TRF4. (TRF4, AC 5054820-
85.2017.4.04.7000, TERCEIRA TURMA, Relatora VÂNIA HACK DE ALMEIDA, juntado aos autos em 12/12/2018)
Por fim, o Superior Tribunal de Justiça, confirmando este entendimento em regime de recurso repetitivo, no julgamento do REsp nº 1.369.832-
SP, na forma do artigo 543-C do Código de Processo Civil, decidiu:
Assim, não tendo a parte autora preenchido os requisitos legais à manutenção da percepção do benefício, não pode o Poder Judiciário criar
condição de beneficiária, na qualidade de dependente, sem amparo legal, devendo ser observado o limite de 21 anos para o direito ao benefício
de pensão por morte.
Posto isto, JULGO IMPROCEDENTE O PEDIDO e extinto o processo, com resolução do mérito, nos termos do inciso I do artigo 487 do
Código de Processo Civil.
Havendo recurso tempestivo, intime-se a parte recorrida para apresentar contrarrazões, no prazo de 10 (dez) dias, nos termos do que
preceitua o artigo 42, §2º da Lei 9.099/95 c/c Enunciado 34 e 36 do FONAJEF.
Transcorrido o prazo ou apresentadas as contrarrazões, remetam-se os autos virtuais à colenda Turma Recursal.
Por fim, decorrido o prazo recursal sem que haja qualquer interposição de recurso, certifique-se o trânsito em julgado e arquivem-se os autos,
com baixa definitiva no sistema do JEF.
Fundamento e Decido.
Ressalta-se, no ponto, que a vigência da Medida Provisória nº 871 de 18 de janeiro de 2019 se dará 90 dias após a data da sua publicação, nos
termos do art. 34 da mesma.
Como se vê, a teor do transcrito art. 20 da Lei n. 8.742/93, a concessão do benefício depende do atendimento dos seguintes requisitos:
I – idade avançada (65 anos ou mais) ou condição de deficiência;
II – condição econômica de miserabilidade.
Registro que os requisitos subjetivos mencionados no item I, nos termos do dispositivo legal, são alternativos, de modo que tanto a idade
avançada, a partir de 65 anos, quanto a condição de deficiência, independentemente da idade, podem ensejar a concessão do benefício.
Não obstante, nos termos do dispositivo legal, o atendimento dos apontados requisitos idade ou deficiência não é suficiente à concessão de
benefício, sendo imprescindível a demonstração de miserabilidade. Vale dizer que a demonstração da vulnerabilidade social é requisito
cumulativo à idade avançada ou condição de insuficiência.
Nesse quadro, esclareço que não demonstrada, de um lado, a miserabilidade, e de outro, a idade igual ou superior a 65 anos ou a condição de
deficiência, não tem a parte autora direito ao benefício pleiteado, independentemente de outras considerações.
Já a miserabilidade se caracteriza por não possuir o indivíduo meios de prover a própria manutenção e nem de tê-la provida por sua família, os
quais devem ser analisados com supedâneo no conceito de núcleo familiar; desse modo, excluem-se os irmãos casados e os filhos e enteados
casados, desde que vivam sob o mesmo teto.
Anoto que o Supremo Tribunal Federal reconheceu, nos Recursos Extraordinários (REs) 567985 e 580963, a inconstitucionalidade do § 3º do
artigo 20 da Lei 8.742,93, que pretendeu fixar em ¼ do salário mínimo o limite da renda per capita para que se possa pleitear o benefício
assistencial, assim como do parágrafo único do artigo 34 da Lei 10.741/03 (Estatuto do Idoso), que autoriza a desconsideração apenas e tão-
somente do valor relativo ao benefício assistencial recebido por outra pessoa do grupo familiar.
Por seu lado, o Superior Tribunal de Justiça tem jurisprudência consolidada no sentido de que a miserabilidade pode ser comprovada por outros
critérios, além daquele relativo à renda per capita inferior ao limite legal.
Sobre o tema, a Turma Regional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais da 3ª Região (TRU3) aprovou a Súmula nº 21, com o
enunciado seguinte: “Na concessão do benefício assistencial, deverá ser observado como critério objetivo a renda per capita de ½ salário
mínimo gerando presunção relativa de miserabilidade, a qual poderá ser infirmada por critérios subjetivos em caso de renda superior ou inferior
a ½ salário mínimo” (G.N.).
No caso concreto, a parte autora comprovou que atende os requisitos legais ao gozo de benefício, posto que:
I) A parte autora, nascida em 08/05/1952 (identidade - evento 02, pág. 4), tinha mais de 65 anos na DER: 21/09/2018 (documento colacionado
ao evento 02, pág. 11).
II) O estudo socioeconômico (evento 12) demonstra, de forma fundamentada e conclusiva, quadro de efetiva vulnerabilidade social, em
consonância com a fundamentação acima, conforme se verifica das imagens colacionadas e do excerto que destaco:
II. Resumo da Situação Socioeconômica
A autora tem 66 anos, casada com Antonio de Sousa, 70 anos, declarou que é aposentado por tempo de serviços e que recebe R$ 1.050,00.
O casal possui quatro filhos, maiores de 21 anos, casados, (...)
Declarou que os filhos não possuem condições de ajuda-los.
A casa é própria, residem no local há mais de 20 anos. A moradia é do tipo popular, localizada em conjunto habitacional. É uma construção de
alvenaria, piso de cerâmica, forro de madeira, telha de cerâmica, contendo sala, cozinha, dois quartos, um banheiro e uma edícula, o mobiliário
é insuficiente e está sem conservação. O imóvel está sem conservação com goteiras, infiltrações, madeiras podres e sem pintura.
Declarou que pagam R$70,00 em energia elétrica, R$50,00 em água, R$84,00 em gás de cozinha, R$150,00 em remédios, em torno de R$
700,00 em alimentação, vestuário ganham de parentes.
A autora faz tratamento médico regularmente pelo SUS, não consegue retirar todas as medicações no SUS, declarou que pagam R$150,00 em
remédios, excedendo muitas vezes esse valor.
Com efeito, extrai-se do laudo pericial/social que a autora reside com seu marido, Senhor Antonio de Sousa. A renda da família provém de
aposentadoria recebida pelo marido da autora, no valor de R$ 1.092,98, demonstrado no INFBEN (evento 15).
Ressalta-se que os extratos dos CNIS (eventos 13 e 14) confirmam o desemprego da autora, bem como que o marido da autora recebe um
benefício de valor insignificantemente superior ao mínimo (INFBEN - evento 16).
Assim, considerando o valor recebido pelo marido da autora, a renda per capita chega a R$ 546,49, ou seja, ultrapassa de modo insignificante a
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 608/1770
metade do salário mínimo em vigência no país, qual seja, R$ 498,00.
No entanto, ocorre que o benefício no valor de um salário mínimo recebido por outro membro da família não deve ser considerado no cálculo
da renda per capita.
De início, destaco que o Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE nº 580.963/PR, declarou a inconstitucionalidade por omissão parcial
do artigo 34, parágrafo único, da Lei nº 10.741/03, firmando o entendimento de que o benefício assistencial ou previdenciário no valor de um
salário mínimo percebido por membro do grupo familiar, não deve ser considerado para fins de verificação da renda per capita, nos termos do
artigo 20, §3º da Lei nº 8.742/1993.
BENEFÍCIO ASSISTENCIAL DE PRESTAÇÃO CONTINUADA – RENDA FAMILIAR PER CAPITA CRITÉRIO DE AFERIÇÃO
DE MISERABILIDADE – CIRCUNSTÂNCIAS DO CASO CONCRETO AFASTAMENTO–
DECLARAÇÃODEINCONSTITUCIONALIDADE DO ARTIGO 20, § 3º, DA LEI Nº 8.742/93 SEM PRONÚNCIA DE NULIDADE –
VERBAS CONSIDERADAS NO RESPECTIVO CÁLCULO EXCLUSÃO DE OUTRO BENEFÍCIO ASSISTENCIAL OU
PREVIDENCIÁRIO, NO VALOR DE ATÉ UM SALÁRIO MÍNIMO, PERCEBIDO POR MEMBRO DA FAMÍLIA – EXTENSÃO DA
REGRA AOS DEFICIENTES FÍSICOS BENEFICIÁRIOS–DECLARAÇÃODEINCONSTITUCIONALIDADE DO ARTIGO 34,
PARÁGRAFO ÚNICO, DA LEI Nº 10.741/03 SEM PRONÚNCIA DE NULIDADE – AGRAVO DESPROVIDO. (...) No exame do
Recurso Extraordinário nº 580.963/PR, da relatoria do ministro Gilmar Mendes, o Supremo declarou incidentalmente a inconstitucionalidade,
por omissão parcial, do parágrafo único do artigo 34 da Lei nº 10.741/03, sem pronúncia de nulidade, mantendo a exclusão do benefício
assistencial percebido por qualquer membro da família do idoso do cálculo da renda por cabeça a que se refere a Lei de Organização da
Assistência Social - LOAS. Consignou também a não consideração, para os mesmos propósitos, de benefício previdenciário recebido, no valor
de até um salário mínimo. Ao fim, estendeu tais regras aos deficientes físicos beneficiários da prestação assistencial continuada. (...). 4.
Publiquem. (STF - ARE: 872137 SP - SÃO PAULO 0017462-04.2012.4.03.9999, Relator: Min. MARCO AURÉLIO, Data de Julgamento:
19/03/2015, Data de Publicação: DJe-062 31/03/2015) (G.N.)
Neste sentir, considerando a jurisprudência posta, caso o benefício do marido da autora fosse de valor pouco mais baixo, seria desconsiderado
e a renda da família nula.
Portanto, observando que a monta percebida supera em tão somente R$ 95,98 o valor do salário mínimo, forçosa a conclusão de que a parte
autora faz jus ao recebimento do benefício assistencial
Ainda quanto a este ponto, mesmo que se considerasse o benefício recebido, a renda per capita do núcleo familiar analisado seria pouco mais
de ½ salário mínimo, pelo que restaria, por bom senso, atendido objetivamente o critério sócio econômico. Visto ser imperioso o entendimento
pela incapacidade de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família foi confirmada pela conclusão do laudo socioeconômico,
o qual atestou a condição de pobreza absoluta vivenciada pela parte autora, considerando suas características pessoais (idade, estado de saúde
e escolaridade), associadas às condições da moradia e à renda familiar per capita constatadas no ato.
Dessa forma, concluo que a parte autora tem direito ao gozo do benefício, a partir da DER, ou seja, 21/09/2018 (evento 2, pág. 11), quando
reuniu todos os requisitos legais, segundo acima demonstrado, o que acarreta procedência do pedido inicial.
Quanto ao mais, as partes não lograram, por meio de elementos técnicos concretos e argumentos consistentes, infirmar as conclusões dos
laudos das perícias, conclusivos, devidamente fundamentados e coerentes com os demais elementos dos autos. Por essas razões, as
conclusões dos laudos merecem prosperar.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 609/1770
Por fim, registro que o INSS não logrou demonstrar acumulação vedada de benefícios ou qualquer impedimento legal ao gozo do benefício
assistencial.
i) implantar o benefício assistencial à parte autora (NB 703.824.709-4), desde a data de entrada do requerimento administrativo – DER/DIB:
21/09/2018, com renda mensal inicial – RMI e renda mensal atual - RMA no valor de um salário mínimo e data de início do pagamento - DIP
em 01/03/2019;
ii) pagar os atrasados desde a DIB até a efetiva implantação, acrescidos de juros e correção monetária até o efetivo pagamento, nos termos
do Manual de Orientação de Procedimentos para Cálculos na Justiça Federal, observado o tema 810 do STF (RE 870.947, Relator Ministro
Luiz Fux, julgamento finalizado no Plenário em 20.09.2017, com fixação da tese).
Assim sendo, a sentença atende ao artigo 38, parágrafo único, da Lei 9.099/95, pois contêm os parâmetros de liquidação (cf. Enunciado 32 do
FONAJEF).
Considerando que não há pedido nesse sentido, na exordial, deixo de conceder a TUTELA DE URGÊNCIA.
Havendo recurso tempestivo, intime-se a parte recorrida para apresentar contrarrazões, no prazo de 10 (dez) dias, nos termos do que
preceitua o artigo 42, §2º da Lei 9.099/95 c/c Enunciado 34 e 36 do FONAJEF.
Transcorrido o prazo ou apresentadas as contrarrazões, remetam-se os autos virtuais à colenda Turma Recursal.
Por fim, decorrido o prazo recursal sem que haja qualquer interposição de recurso, certifique a Secretaria o trânsito em julgado.
Com o trânsito em julgado, intime-se o INSS para que implante o benefício da parte autora, em 30 (trinta) dias. Na sequencia, remetam-se os
autos à Contadoria Judicial para elaboração dos cálculos conforme o dispositivo da sentença.
TERMOS REGISTRADOS PELOS JUÍZES DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CÍVEL MOGI DAS CRUZES
EXPEDIENTE Nº 2019/6309000068
Trata-se de ação de concessão de benefício previdenciário proposta por SIMONE PEREIRA TORRES, por si e representando seus filhos
FRANCIELLE PEREIRA TORRES e FRANKLIN PEREIRA TORRES, sob o rito dos Juizados Especiais Federais, em face do
INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS, na qual a autora pretende obter a concessão do benefício de Pensão por Morte.
A pretensão dos autores, em síntese, veio fundamentada no fato de que eram esposa e filhos de NIVALDO BERNARDO TORRES, falecido
em 23/01/2013.
Requereram administrativamente o benefício em 08/02/2013, mas o pedido foi indeferido pela autarquia ré sob alegação de perda de qualidade
de segurado.
Citado, o réu contestou o feito pugnando pela improcedência do pedido.
Colhida prova oral em audiência.
É o relatório, no essencial. Decido.
Pretende a autora a concessão do benefício de pensão por morte.
Tendo em vista a data do óbito, não se aplicam as mais recentes alterações na disciplina legal do benefício de pensão por morte - Medida
Provisória nº 664/14, convertida na Lei nº 13.135/15, aplicáveis para óbitos ocorridos a partir de 01/03/2015.
A Lei n.º 8.213/91 prevê, em seu artigo 74, que aos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, será devida a pensão por morte.
Desse modo, são dois os requisitos exigidos para a concessão do benefício de pensão por morte: a condição de dependente e a qualidade de
segurado do “de cujus” na data do óbito.
A Lei 8.213/91, em seu artigo 16, inciso I vigente à época do óbito diz que o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado,
de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou
relativamente incapaz, assim declarado judicialmente são beneficiários do Regime Geral da Previdência Social na condição de dependentes do
segurado. Por sua vez, o § 4° desse mesmo artigo dispõe que a dependência econômica nesta hipótese é presumida.
Restou devidamente comprovado nos autos que os autores eram esposa e filhos do falecido, pois foram juntadas Certidões de Casamento e
Certidão de Óbito (evento 04, fls. 17/18), bem como documentos pessoais dos demandantes. Não resta dúvida, portanto, da qualidade de
dependente dos autores.
Quanto ao segundo requisito, consta do parecer elaborado pela contadoria judicial (eventos 16 e 27) que foi efetuada a contagem de tempo de
serviço do falecido, com base nas CTPS’s e no CNIS, tendo sido apurado 12 anos, 08 meses e 13 dias. Tendo trabalhado até 29/08/2007,
manteve a qualidade de segurado até 15/10/2008.
Tendo em vista que o falecimento ocorreu em 23/01/2013, constata-se que o de cujus já não tinha qualidade de segurado na data do óbito.
Não se ignora que a perda da qualidade de segurado é irrelevante para a concessão da pensão por morte na hipótese do segurado ter
implementado todas as condições para a obtenção da aposentadoria por ocasião de seu falecimento, por força do artigo 102, §§ 1.º e 2.º da Lei
8.213/91:
“§ 1.º - A perda da qualidade de segurado não prejudica o direito à aposentadoria para cuja concessão tenham sido preenchidos todos os
requisitos, segundo a legislação em vigor à época em que estes requisitos foram atendidos.
§ 2.º - Não será concedida pensão por morte aos dependentes do segurado que falecer após a perda desta qualidade, nos termos do artigo 15
desta Lei, salvo se preenchidos os requisitos para obtenção da aposentadoria na forma do parágrafo anterior.”
Todavia, o entendimento não pode ser aplicado ao caso concreto, uma vez que NIVALDO BERNARDO TORRES por ocasião de seu
falecimento não possuía direito adquirido de aposentar-se por idade, pois contava na ocasião com apenas 48 (quarenta e oito) anos de idade,
conforme Certidão de Óbito acostada (evento 04, fls.18).
Assim, não há como afastar a perda da qualidade de segurado do de cujus por ocasião do óbito, requisito legal necessário para a concessão do
benefício da pensão por morte, de forma que se conclui que a parte autora não faz jus ao benefício postulado.
Vale destacar que embora tenha sido alegado que o de cujus trabalhava como pedreiro autônomo, restou incontroverso nos autos que não
houve a inscrição junto à Previdência Social de referida atividade e que o falecido não efetuou recolhimentos previdenciários na qualidade de
trabalhador autônomo ou empresário. Assim, deixou voluntariamente de readquirir seu liame previdenciário junto à autarquia ré, permanecendo
até a data do óbito a perda de sua qualidade de segurado.
Oportuno ressaltar que ainda que o falecido fosse segurado obrigatório, na qualidade de contribuinte individual, estaria obrigado a recolher suas
contribuições por iniciativa própria, até o dia quinze do mês seguinte ao da competência, conforme estabelece o inciso II do artigo 30 da Lei nº
8.212/91. Logo, considerando que nos termos do caput do art. 201 da Constituição Federal de 1988 a Previdência Social será organizada sob a
forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial,
forçoso é reconhecer que a condição de segurado obrigatório significa que o segurado e seus dependentes se acham obrigatoriamente
cobertos pelo Regime Geral da Previdência Social, mas apenas se for atendido ao caráter contributivo, de forma a preservar o equilíbrio
financeiro e atuarial do sistema, o que não ocorreu no caso dos autos.
Posto isso e considerando tudo o mais que dos autos consta, julgo IMPROCEDENTE a presente ação proposta em face do INSTITUTO
NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS e julgo extinto o feito com apreciação de mérito, nos termos do art. 487, inciso I, do Código de
Processo Civil de 2015.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 611/1770
Sem custas e honorários, nos termos do artigo 55 da Lei 9099/95 c/c o artigo 1° da Lei 10.259/01.
Defiro os benefícios da assistência judiciária gratuita.
Se a parte autora desejar RECORRER DESTA SENTENÇA, fica ciente de que o PRAZO para a interposição de RECURSO é de 10
(DEZ) DIAS e de que deverá estar representada por advogado.
Intime-se. Sentença publicada e registrada eletronicamente.
Art. 203 - A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por
objetivos:
...(omissis)... V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não
possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.
Art. 20. O benefício de prestação continuada é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta
e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família.
§ 1º Para os efeitos do disposto no caput, a família é composta pelo requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais e, na ausência de um
deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto.
§ 2º Para efeito de concessão do benefício de prestação continuada, considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de
longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação
plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
§ 3º Considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa com deficiência ou idosa a família cuja renda mensal per capita seja inferior a
1/4 (um quarto) do salário-mínimo.
§ 4º O benefício de que trata este artigo não pode ser acumulado pelo beneficiário com qualquer outro no âmbito da seguridade social ou de
outro regime, salvo os da assistência médica e da pensão especial de natureza indenizatória.
§ 5º A condição de acolhimento em instituições de longa permanência não prejudica o direito do idoso ou da pessoa com deficiência ao
benefício de prestação continuada.
§ 6º A concessão do benefício ficará sujeita à avaliação da deficiência e do grau de impedimento de que trata o § 2º, composta por avaliação
médica e avaliação social realizadas por médicos peritos e por assistentes sociais do Instituto Nacional de Seguro Social - INSS.
§ 7º Na hipótese de não existirem serviços no município de residência do beneficiário, fica assegurado, na forma prevista em regulamento, o
seu encaminhamento ao município mais próximo que contar com tal estrutura.
§ 8º A renda familiar mensal a que se refere o § 3º deverá ser declarada pelo requerente ou seu representante legal, sujeitando-se aos demais
procedimentos previstos no regulamento para o deferimento do pedido.
§ 9º Os rendimentos decorrentes de estágio supervisionado e de aprendizagem não serão computados para os fins de cálculo da renda
familiar per capita a que se refere o § 3º deste artigo.
§ 10. Considera-se impedimento de longo prazo, para os fins do § 2º deste artigo, aquele que produza efeitos pelo prazo mínimo de 2 (dois)
anos.
§ 11. Para concessão do benefício de que trata o caput deste artigo, poderão ser utilizados outros elementos probatórios da condição de
miserabilidade do grupo familiar e da situação de vulnerabilidade, conforme regulamento.
Por sua vez, o artigo 4º do Decreto nº 6.214/07, que regulamenta o benefício de prestação continuada, assim dispõe:
Art. 34. Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos, que não possuam meios para prover sua subsistência, nem de tê-la provida por sua
família, é assegurado o benefício mensal de 1 (hum) salário-mínimo, nos termos da Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS.
Assim, são requisitos legais para a concessão da prestação continuada a idade mínima de 65 (sessenta e cinco) anos ou ser a pessoa
portadora de deficiência, revelando invalidez para o trabalho. Além desses, a lei ainda inclui, com detalhada regulamentação, um outro requisito
- não possuir meios para a própria manutenção por conta própria ou por sua família.
Este último requisito se justifica pelo fato de não ser a prestação continuada um benefício previdenciário, mas assistencial, isto é, destinado a
manter a classe menos favorecida, abaixo da linha de pobreza, aquela reduzida a total e absoluta falta de condições para manter seu próprio
sustento.
Observe-se, ainda, que, conforme definição no artigo 1º da Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de
Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência, internalizada em nosso ordenamento jurídico através do Decreto nº 3.956/2001, o
conceito de deficiência é entendido como “a restrição física, mental ou sensorial, de natureza permanente ou transitória, que limita a
capacidade de exercer uma ou mais atividades essenciais da vida diária, causada ou agravada pelo ambiente econômico e social”.
No mesmo sentido a definição prevista no artigo 1º do Decreto nº 6.949, de 25/08/2009, que promulgou a Convenção Internacional sobre os
Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, pela qual “pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de
longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação
plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas”.
Especificamente no que tange à hipossuficiência financeira, consigno não haver parâmetro objetivo inflexível para sua apuração.
O artigo 20, §3º, da Lei º 8.742/93, que estabelece como critério para a aferição da miserabilidade a renda familiar per capita inferior a ¼ do
salário mínimo, vem sendo flexibilizado pela jurisprudência pátria, tendo o Supremo Tribunal Federal declarado incidentalmente a
inconstitucionalidade de tal critério, que se encontra defasado, assentando que a análise da situação de miserabilidade deverá ser feita, no caso
concreto, com base em outros parâmetros (STF, Plenário, RE 567.985/MT e RE 580.963/PR, 17 e 18/04/2013).
Também já decidiu o Supremo Tribunal Federal que o disposto no artigo 34, parágrafo único, do Estato do Idoso, que prevê que o benefício
assistencial já concedido a qualquer membro da família não será computado para fins do cálculo da renda familiar per capita, aplica-se, por
analogia, a pedido de benefício assistencial feito por pessoa com deficiência, a fim de que o benefício previdenciário recebido por idoso, no
valor de um salário mínimo, não seja computado no cálculo da renda per capita prevista no artigo 20, §3º, da Lei nº 8.742/93.
Não há, contudo, presunção absoluta de miserabilidade. Conforme decidido pela TNU, a renda inferior a ¼ do salário mínimo não induz
presunção absoluta quanto ao estado de miserabilidade, razão pela qual “(...) tem se admitido que o Magistrado alcance o benefício em
situações nas quais a renda supera o limite de ¼ do salário mínimo, e do mesmo modo, parece razoável também negá-lo, ainda que a renda
comprovada seja inferior ao indicado limite, quando presentes elementos fáticos que demonstram a inexistência de necessidade premente de
sua concessão” (PEDILEF 50004939220144047002, Relator Juiz Federal Daniel Machado da Rocha, data de julgamento: 14/04/2016, data de
publicação 15/04/2016).
Fixados os requisitos do benefício de prestação continuada, passo ao exame do seu preenchimento no caso concreto.
A autora pleiteia o benefício por ser idosa, requisito que restou comprovado pelos documentos que trouxe aos autos, tendo completado 65
(sessenta e cinco) anos em 26/08/10 (evento n°. 1, fls. 13).
Quanto ao segundo requisito - comprovação da incapacidade de se sustentar ou ser sustentada pela sua família - realizada perícia social na
residência da parte autora (evento n°. 8), concluo não ser real a condição de hipossuficiência da demandante.
Isso porque, conforme indica o parecer da Contadoria Judicial do evento n°. 30, não obstante a renda familiar do grupo familiar analisado seja
proveniente do recebimento de aposentadoria por invalidez pelo senhor Jurandir Cardoso, marido da Autora, com renda mensal no valor de R$
1.084,56 (um mil e oitenta e quatro reais e cinquenta e seis centavos), para fevereiro de 2019, e embora o art. 34, parágrafo único do Estatuto
do Idoso estabeleça que “O benefício já concedido a qualquer membro da família nos termos do caput não será computado para os fins do
cálculo da renda familiar per capita a que se refere a Loas”, as fotografias anexadas ao laudo socioeconômico (evento n°. 8) indicam que a
residência da demandante, que é própria, possui boas condições de habitabilidade, sendo guarnecida de infraestrutura de água e luz, móveis e
eletrodomésticos em bom estado de conservação, suficientes para uma vida digna e que não indicam situação de miserabilidade.
Ademais, destaco que a assistência social estatal não deve afastar a obrigação de prestar alimentos devidos pelos parentes da pessoa em
condição de miserabilidade socioeconômica (artigos 1694 e 1697, do Código Civil), em obediência ao princípio da subsidiariedade. Assim, a
técnica de proteção social prioritária no caso é a família, em cumprimento ao disposto no artigo 229 da Constituição Federal. Portanto, o dever
de sustento dos parentes não pode ser substituído pela intervenção Estatal, pois o próprio artigo 203, inciso V, da Constituição Federal
estabelece que o benefício é devido quando o sustento não puder ser provido pela família.
Vale destacar, outrossim, que necessidade e dificuldade financeira não se confudem, sendo que apenas a extrema necessidade justifica a
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 613/1770
concessão do benefício, ao passo que a dificuldade financeira é experimentada por grande parcela da população, não se revestindo de
fundamento jurídico para a intervenção estatal de cunho assistencialista.
Com efeito, o benefício de prestação continuada não tem por fim a complementação da renda familiar ou proporcionar maior conforto ao
beneficiário, mas sim, destina-se ao idoso ou deficiente em estado de penúria.
Percebe-se, assim, que a parte autora, embora humilde, tem acesso aos mínimos sociais, não se encontrando em situação de total desamparo.
Posto isso, e considerando tudo o mais que dos autos consta, JULGO IMPROCEDENTE o pedido formulado pela parte autora em face do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), extinguindo o processo com resolução do mérito, nos termos do artigo 487, inciso I, do Novo
Código de Processo Civil.
Sem condenação em custas e honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei nº 9.099/95 c/c o artigo 1° da Lei nº 10.259/01.
Defiro os benefícios da gratuidade de justiça. Anote-se.
Se a parte autora desejar RECORRER DESTA SENTENÇA, fica ciente de que o PRAZO para a interposição de RECURSO é de 10
(DEZ) DIAS e de que DEVERÁ ESTAR REPRESENTADA POR ADVOGADO.
Intimem-se. Sentença publicada e registrada eletronicamente.
Trata-se de ação ajuizada sob o rito do Juizado Especial Federal, em face do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em que a parte
autora, qualificada na inicial, busca a concessão de benefício assistencial previsto no artigo 203, inciso V, da Constituição Federal.
O benefício de prestação continuada está previsto na Constituição Federal, artigo 203, inciso V, que assim dispõe:
“Art. 203 - A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por
objetivos:
...(omissis)... V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não
possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.”
Art. 20. O benefício de prestação continuada é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta
e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família.
§ 1º Para os efeitos do disposto no caput, a família é composta pelo requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais e, na ausência de um
deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto.
§ 2º Para efeito de concessão do benefício de prestação continuada, considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de
longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação
plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
§ 3º Considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa com deficiência ou idosa a família cuja renda mensal per capita seja inferior a
1/4 (um quarto) do salário-mínimo.
§ 4º O benefício de que trata este artigo não pode ser acumulado pelo beneficiário com qualquer outro no âmbito da seguridade social ou de
outro regime, salvo os da assistência médica e da pensão especial de natureza indenizatória.
§ 5º A condição de acolhimento em instituições de longa permanência não prejudica o direito do idoso ou da pessoa com deficiência ao
benefício de prestação continuada.
§ 6º A concessão do benefício ficará sujeita à avaliação da deficiência e do grau de impedimento de que trata o § 2º, composta por avaliação
médica e avaliação social realizadas por médicos peritos e por assistentes sociais do Instituto Nacional de Seguro Social - INSS.
§ 7º Na hipótese de não existirem serviços no município de residência do beneficiário, fica assegurado, na forma prevista em regulamento, o
seu encaminhamento ao município mais próximo que contar com tal estrutura.
§ 8º A renda familiar mensal a que se refere o § 3º deverá ser declarada pelo requerente ou seu representante legal, sujeitando-se aos demais
procedimentos previstos no regulamento para o deferimento do pedido.
§ 9º Os rendimentos decorrentes de estágio supervisionado e de aprendizagem não serão computados para os fins de cálculo da renda
familiar per capita a que se refere o § 3º deste artigo.
§ 10. Considera-se impedimento de longo prazo, para os fins do § 2º deste artigo, aquele que produza efeitos pelo prazo mínimo de 2 (dois)
anos.
§ 11. Para concessão do benefício de que trata o caput deste artigo, poderão ser utilizados outros elementos probatórios da condição de
miserabilidade do grupo familiar e da situação de vulnerabilidade, conforme regulamento.
Por sua vez, o artigo 4º do Decreto nº 6.214/07, que regulamenta o benefício de prestação continuada, assim dispõe:
“Art. 34. Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos, que não possuam meios para prover sua subsistência, nem de tê-la provida por
sua família, é assegurado o benefício mensal de 1 (hum) salário-mínimo, nos termos da Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS.”
Assim, são requisitos legais para a concessão da prestação continuada a idade mínima de 65 (sessenta e cinco) anos ou ser a pessoa
portadora de deficiência, revelando invalidez para o trabalho. Além desses, a lei ainda inclui, com detalhada regulamentação, um outro requisito
- não possuir meios para a própria manutenção por conta própria ou por sua família.
Este último requisito se justifica pelo fato de não ser a prestação continuada um benefício previdenciário, mas assistencial, isto é, destinado a
manter a classe menos favorecida, abaixo da linha de pobreza, aquela reduzida a total e absoluta falta de condições para manter seu próprio
sustento.
Observe-se, ainda, que, conforme definição no artigo 1º da Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de
Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência, internalizada em nosso ordenamento jurídico através do Decreto nº 3.956/2001, o
conceito de deficiência é entendido como “a restrição física, mental ou sensorial, de natureza permanente ou transitória, que limita a
capacidade de exercer uma ou mais atividades essenciais da vida diária, causada ou agravada pelo ambiente econômico e social”.
No mesmo sentido a definição prevista no artigo 1º do Decreto nº 6.949, de 25/08/2009, que promulgou a Convenção Internacional sobre os
Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, pela qual “pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de
longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação
plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas”.
Especificamente no que tange à hipossuficiência financeira, consigno não haver parâmetro objetivo inflexível para sua apuração.
O artigo 20, §3º, da Lei º 8.742/93, que estabelece como critério para a aferição da miserabilidade a renda familiar per capita inferior a ¼ do
salário mínimo, vem sendo flexibilido pela jurisprudência pátria, tendo o Supremo Tribunal Federal declarado incidentalmente a
inconstitucionalidade de tal critério, que se encontra defasado, assentando que a análise da situação de miserabilidade deverá ser feita, no caso
concreto, com base em outros parâmetros (STF, Plenário, RE 567.985/MT e RE 580.963/PR, 17 e 18/04/2013).
Também já decidiu o Supremo Tribunal Federal que o disposto no artigo 34, parágrafo único, do Estato do Idoso, que prevê que o benefício
assistencial já concedido a qualquer membro da família não será computado para fins do cálculo da renda familiar per capita, aplica-se, por
analogia, a pedido de benefício assistencial feito por pessoa com deficiência, a fim de que o benefício previdenciário recebido por idoso, no
valor de um salário mínimo, não seja computado no cálculo da renda per capita prevista no artigo 20, §3º, da Lei nº 8.742/93.
Não há, contudo, presunção absoluta de miserabilidade. Conforme decidido pela TNU, a renda inferior a ¼ do salário mínimo não induz
presunção absoluta quanto ao estado de miserabilidade, razão pela qual “(...) tem se admitido que o Magistrado alcance o benefício em
situações nas quais a renda supera o limite de ¼ do salário mínimo, e do mesmo modo, parece razoável também negá-lo, ainda que a renda
comprovada seja inferior ao indicado limite, quando presentes elementos fáticos que demonstram a inexistência de necessidade premente de
sua concessão” (PEDILEF 50004939220144047002, Relator Juiz Federal Daniel Machado da Rocha, data de julgamento: 14/04/2016, data de
publicação 15/04/2016).
Ademais, destaco que a assistência social estatal não deve afastar a obrigação de prestar alimentos devidos pelos parentes da pessoa em
condição de miserabilidade socioeconômica (artigos 1694 e 1697, do Código Civil), em obediência ao princípio da subsidiariedade. Assim, a
técnica de proteção social prioritária no caso é a família, em cumprimento ao disposto no artigo 229 da Constituição Federal. Portanto, no caso
concreto, o dever de sustento dos parentes não pode ser substituído pela intervenção Estatal, pois o próprio artigo 203, inciso V, da
Constituição Federal estabelece que o benefício é devido quando o sustento não puder ser provido pela família.
Fixados os requisitos do benefício de prestação continuada, passo ao exame do seu preenchimento no caso concreto.
Submetida à perícia nas especialidades de neurologia e psiquiatria (eventos n°. 19 e 20), concluíram os peritos nomeados que a Autora padece
de Paralisia Cerebral, Epilepsia Sintomática e Retardo Mental, e que se encontra incapacitada de forma TOTAL e PERMANENTE para o
trabalho desde o nascimento.
Assim, resta preenchido o primeiro requisito para a concessão do benefício, qual seja, a condição de pessoa com deficiência.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 615/1770
Quanto ao segundo requisito - comprovação da incapacidade de se sustentar ou ser sustentada pela sua família - realizada perícia social na
residência da parte autora (eventos n°. 17 e 18), pode-se concluir não ser real a condição de hipossuficiência.
Isso porque, conforme informou o parecer da Contadoria Judicial (evento n°. 36), a renda do grupo familiar analisado é proveniente do
recebimento de aposentadoria por tempo de contribuição pela genitora da demandante, NB 141.364.249-4, com DIB em 14/02/07, RMI no
valor de um salário mínimo, montante que gera uma renda per capita superior ao limite fixado pelo art. 20, §3º, da Lei º 8.742/93.
Esclareço que, embora o Supremo Tribunal Federal tenha decidido que o disposto no artigo 34, parágrafo único, do Estatuto do Idoso, aplica-
se, por analogia, a pedido de benefício assistencial feito por pessoa com deficiência, a fim de que o benefício previdenciário recebido por idoso,
no valor de um salário mínimo, não seja computado no cálculo da renda per capita, mesmo que se exclua o benefício previdenciário recebido
por sua geniotora do cálculo da renda, as fotografias anexadas ao laudo socioeconômico (evento n°. 18) indicam que a residência da
demandante, que é própria, possui muito boas condições de habitabilidade, sendo guarnecida de infraestrutura de água e luz, móveis e
eletrodomésticos em bom estado de conservação, suficientes para uma vida digna e que não indicam situação de miserabilidade.
Ademais, destaco que a assistência social estatal não deve afastar a obrigação de prestar alimentos devidos pelos parentes da pessoa em
condição de miserabilidade socioeconômica (artigos 1694 e 1697, do Código Civil), em obediência ao princípio da subsidiariedade. Assim, a
técnica de proteção social prioritária no caso é a família, em cumprimento ao disposto no artigo 229 da Constituição Federal. Portanto, o dever
de sustento dos parentes não pode ser substituído pela intervenção Estatal, pois o próprio artigo 203, inciso V, da Constituição Federal
estabelece que o benefício é devido quando o sustento não puder ser provido pela família.
Vale destacar, outrossim, que necessidade e dificuldade financeira não se confundem, sendo que apenas a extrema necessidade justifica a
concessão do benefício, ao passo que a dificuldade financeira é experimentada por grande parcela da população, não se revestindo de
fundamento jurídico para a intervenção estatal de cunho assistencialista.
Com efeito, o benefício de prestação continuada não tem por fim a complementação da renda familiar ou proporcionar maior conforto ao
beneficiário, mas sim, destina-se ao idoso ou deficiente em estado de penúria.
Percebe-se, assim, que a parte autora, embora humilde, tem acesso aos mínimos sociais, não se encontrando em situação de total desamparo.
Posto isso, e considerando tudo o mais que dos autos consta, JULGO IMPROCEDENTE o pedido formulado pela parte autora em face do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), extinguindo o processo com resolução do mérito, nos termos do artigo 487, inciso I, do Novo
Código de Processo Civil.
Sem condenação em custas e honorários advocatícios, nos termos do artigo 55 da Lei nº 9.099/95 c/c o artigo 1° da Lei nº 10.259/01.
Defiro os benefícios da gratuidade de justiça. Anote-se.
Se a parte autora desejar RECORRER DESTA SENTENÇA, fica ciente de que o PRAZO para a interposição de RECURSO é de 10
(DEZ) DIAS e de que DEVERÁ ESTAR REPRESENTADA POR ADVOGADO.
Intimem-se. Sentença publicada e registrada eletronicamente.
- Não consta cópia integral e/ou legível dos autos do processo administrativo de concessão do benefício objeto da lide;
- Não consta dos autos comprovante do indeferimento do pedido administrativo de concessão do benefício objeto da lide;
Entretanto, embora devidamente intimada (evento n°. 12), a parte autora se limitou a juntar comprovante de endereço, documento que não lhe
foi solicitado, de forma que a providência efetivamente determinada não foi cumprida (evento n°. 15).
Assim, tendo em vista que a parte autora deixou de apresentar os documentos que lhe foram solicitados, tenho que não foi cumprido o
determinado, inviabilizando o prosseguimento do feito.
Em relação ao procedimento administrativo, destaco, por oportuno, que o advogado tem prerrogativa legal de obter cópias de quaisquer
documentos perante repartições públicas, ressalvados apenas aqueles amparados por sigilo legal, nos termos do art. 7º, incisos XIII a XVI, do
Estatuto da OAB. Assim, somente se justifica a providência por este juízo em caráter excepcional, por comprovada impossibilidade ou
excessiva onerosidade, especialmente nos casos em que a parte está assistida por advogado.
Cabe ressalvar que as irregularidades constantes na inicial maculam todo o processo, de forma que o cumprimento apenas parcial do despacho
proferido é suficiente para acarretar a extinção do feito. Nesse sentido a intimação expressa: “Fica a parte autora ciente de que o
descumprimento, AINDA QUE PARCIAL, acarretará a EXTINÇÃO do feito sem julgamento do mérito”.
Não se alegue que não havia a necessidade da juntada de documentos aptos à regularização da demanda, os quais deveriam ter desde logo
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 616/1770
instruído a petição inicial da parte autora.
Nesse sentido, é claro o Enunciado 130 do FONAJEF:
“O estabelecimento pelo Juízo de critérios e exigências para análise da petição inicial, visando a evitar o trâmite de ações temerárias, não
constitui restrição ao acesso aos JEFs.”
Assim, tendo em vista a inércia da parte autora, devidamente intimada para tanto, INDEFIRO A PETIÇÃO INICIAL, julgando extinto o
processo sem resolução do seu mérito, nos termos dos artigos 485, inciso I, 320 e 321, todos do Código de Processo Civil de 2015.
Sem custas processuais e honorários advocatícios.
Defiro os benefícios da assistência judiciária gratuita.
Se a parte autora desejar RECORRER desta SENTENÇA, fica ciente de que o PRAZO para a interposição de RECURSO é de 10 (DEZ)
DIAS, e de que deverá estar representada por ADVOGADO.
Intimem-se. Sentença publicada e registrada eletronicamente.
"Para efetuar o exame técnico necessário à conciliação ou ao julgamento da causa, o Juiz nomeará pessoa habilitada, [...]" (grifei)
Nesse sentido:
Pelo exposto, JULGO EXTINTO O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, nos termos do artigo 485, inciso VI, do Código de
Processo Civil de 2015 e do artigo 51, inciso I, da Lei nº 9.099/95.
Sem condenação em honorários advocatícios e custas processuais (artigo 55 da Lei nº 9.099/95 e artigo 1º da Lei nº 10.259/01).
Defiro os benefícios da gratuidade de justiça. Anote-se.
Intime-se. Sentença publicada e registrada eletronicamente.
Portanto, regular a intimação da parte autora para a perícia à qual não compareceu.
O comportamento da parte autora torna inviável o prosseguimento do feito e a análise de mérito do processo, de forma a ensejar a sua
extinção sem julgamento de mérito, na medida em que a perícia médica é prova essencial para a verificação de eventual direito ao benefício
por incapacidade, não tendo sido alegado, até o momento, qualquer motivo plausível para o não comparecimento.
Logo, sem a realização da prova pericial, a continuidade do presente processo mostra-se de todo inútil, especialmente em face do disposto no
artigo 12 da Lei nº 10.259/01, in verbis:
"Para efetuar o exame técnico necessário à conciliação ou ao julgamento da causa, o Juiz nomeará pessoa habilitada, [...]" (grifei)
Nesse sentido:
Pelo exposto, JULGO EXTINTO O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, nos termos do artigo 485, inciso VI, do Código de
Processo Civil de 2015 e do artigo 51, inciso I, da Lei nº 9.099/95.
Sem condenação em honorários advocatícios e custas processuais (artigo 55 da Lei nº 9.099/95 e artigo 1º da Lei nº 10.259/01).
Defiro os benefícios da gratuidade de justiça. Anote-se.
Intime-se. Sentença publicada e registrada eletronicamente.
Entretanto, embora devidamente intimada (evento n°. 26), a parte autora se limitou a juntar comprovante do indeferimento do pedido
administrativo de concessão do benefício objeto da lide, de forma que a providência anteriormente determinada não foi integralmente cumprida
(evento n°. 30).
Assim, tendo em vista que a parte autora deixou de apresentar todos os documentos que lhe foram solicitados, tenho que não foi cumprido o
determinado, inviabilizando o prosseguimento do feito.
Cabe ressalvar que as irregularidades constantes na inicial maculam todo o processo, de forma que o cumprimento apenas parcial do despacho
proferido é suficiente para acarretar a extinção do feito. Nesse sentido a intimação expressa: “Fica a parte autora ciente de que o
descumprimento, AINDA QUE PARCIAL, acarretará a EXTINÇÃO do feito sem julgamento do mérito.”.
Não se alegue que não havia a necessidade da juntada de documentos aptos à regularização da demanda, os quais deveriam ter desde logo
instruído a petição inicial da parte autora.
Nesse sentido, é claro o Enunciado 130 do FONAJEF:
“O estabelecimento pelo Juízo de critérios e exigências para análise da petição inicial, visando a evitar o trâmite de ações temerárias, não
constitui restrição ao acesso aos JEFs.”
Assim, tendo em vista a inércia da parte autora, devidamente intimada para tanto, INDEFIRO A PETIÇÃO INICIAL, julgando extinto o
processo sem resolução do seu mérito, nos termos dos artigos 485, inciso I, 320 e 321, todos do Código de Processo Civil de 2015.
Sem custas processuais e honorários advocatícios.
Defiro os benefícios da assistência judiciária gratuita.
Se a parte autora desejar RECORRER desta SENTENÇA, fica ciente de que o PRAZO para a interposição de RECURSO é de 10 (DEZ)
“O estabelecimento pelo Juízo de critérios e exigências para análise da petição inicial, visando a evitar o trâmite de ações temerárias, não
constitui restrição ao acesso aos JEFs.”
Assim, tendo em vista a inércia da parte autora, devidamente intimada para tanto, INDEFIRO A PETIÇÃO INICIAL, julgando extinto o
processo sem resolução do seu mérito, nos termos dos artigos 485, inciso I, 320 e 321, todos do Código de Processo Civil de 2015.
Sem custas processuais e honorários advocatícios.
Defiro os benefícios da assistência judiciária gratuita.
Se a parte autora desejar RECORRER desta SENTENÇA, fica ciente de que o PRAZO para a interposição de RECURSO é de 10 (DEZ)
DIAS, e de que deverá estar representada por ADVOGADO.
Intimem-se. Sentença publicada e registrada eletronicamente.
"Para efetuar o exame técnico necessário à conciliação ou ao julgamento da causa, o Juiz nomeará pessoa habilitada, [...]" (grifei)
Nesse sentido:
Pelo exposto, JULGO EXTINTO O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, nos termos do artigo 485, inciso VI, do Código de
Processo Civil de 2015 e do artigo 51, inciso I, da Lei nº 9.099/95.
Sem condenação em honorários advocatícios e custas processuais (artigo 55 da Lei nº 9.099/95 e artigo 1º da Lei nº 10.259/01).
Defiro os benefícios da gratuidade de justiça. Anote-se.
Intime-se. Sentença publicada e registrada eletronicamente.
"Para efetuar o exame técnico necessário à conciliação ou ao julgamento da causa, o Juiz nomeará pessoa habilitada, [...]" (grifei)
Nesse sentido:
Pelo exposto, JULGO EXTINTO O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, nos termos do artigo 485, inciso VI, do Código de
Processo Civil de 2015 e do artigo 51, inciso I, da Lei nº 9.099/95.
Sem condenação em honorários advocatícios e custas processuais (artigo 55 da Lei nº 9.099/95 e artigo 1º da Lei nº 10.259/01).
Defiro os benefícios da gratuidade de justiça. Anote-se.
Intime-se. Sentença publicada e registrada eletronicamente.
“O estabelecimento pelo Juízo de critérios e exigências para análise da petição inicial, visando a evitar o trâmite de ações temerárias, não
constitui restrição ao acesso aos JEFs.”
Assim, tendo em vista a inércia da parte autora, devidamente intimada para tanto, INDEFIRO A PETIÇÃO INICIAL, julgando extinto o
processo sem resolução do seu mérito, nos termos dos artigos 485, inciso I, 320 e 321, todos do Código de Processo Civil de 2015.
Sem custas processuais e honorários advocatícios.
Defiro os benefícios da assistência judiciária gratuita.
Se a parte autora desejar RECORRER desta SENTENÇA, fica ciente de que o PRAZO para a interposição de RECURSO é de 10 (DEZ)
DIAS, e de que deverá estar representada por ADVOGADO.
Intimem-se. Sentença publicada e registrada eletronicamente.
- cópia integral e/ou legível dos autos do processo administrativo de concessão do benefício objeto da lide;
- formulários, laudos técnicos ou Perfis Profissiográficos Previdenciários correspondentes aos períodos alegados de atividades exercidas em
condições especiais
Entretanto, embora deferida dilação de prazo por duas vezes (eventos n°. 21 e 25), a parte autora não atendeu ao quanto determinado (evento
n°. 27).
Assim, tendo em vista que a parte autora não providenciou os documentos apontados, tenho que não foi cumprido o determinado, inviabilizando
o prosseguimento do feito.
Em relação ao procedimento administrativo, destaco, por oportuno, que o advogado tem prerrogativa legal de obter cópias de quaisquer
documentos perante repartições públicas, ressalvados apenas aqueles amparados por sigilo legal, nos termos do art. 7º, incisos XIII a XVI, do
Estatuto da OAB. Assim, somente se justifica a providência por este juízo em caráter excepcional, por comprovada impossibilidade ou
excessiva onerosidade, especialmente nos casos em que a parte está assistida por advogado.
Cabe ressalvar que as irregularidades constantes na inicial maculam todo o processo, de forma que o cumprimento apenas parcial do despacho
proferido é suficiente para acarretar a extinção do feito. Nesse sentido a intimação expressa: “Fica a parte autora ciente de que o
descumprimento, AINDA QUE PARCIAL, acarretará a EXTINÇÃO do feito sem julgamento do mérito.”.
Não se alegue que não havia a necessidade da juntada de documentos aptos à regularização da demanda, os quais deveriam ter desde logo
instruído a petição inicial da parte autora.
Nesse sentido, é claro o Enunciado 130 do FONAJEF:
“O estabelecimento pelo Juízo de critérios e exigências para análise da petição inicial, visando a evitar o trâmite de ações temerárias, não
constitui restrição ao acesso aos JEFs.”
Assim, tendo em vista a inércia da parte autora, devidamente intimada para tanto, INDEFIRO A PETIÇÃO INICIAL, julgando extinto o
processo sem resolução do seu mérito, nos termos dos artigos 485, inciso I, 320 e 321, todos do Código de Processo Civil de 2015.
Sem custas processuais e honorários advocatícios.
Defiro os benefícios da assistência judiciária gratuita.
Se a parte autora desejar RECORRER desta SENTENÇA, fica ciente de que o PRAZO para a interposição de RECURSO é de 10 (DEZ)
DIAS, e de que deverá estar representada por ADVOGADO.
Intimem-se. Sentença publicada e registrada eletronicamente.
DESPACHO JEF - 5
0001343-67.2018.4.03.6309 - 2ª VARA GABINETE - DESPACHO JEF Nr. 2019/6309002120
AUTOR: ELZA CAMPOS DA SILVA (SP356751 - LEVY DE FREITAS E SILVA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - DIMITRI BRANDI DE ABREU)
O parecer da Contadoria (evento 27) aponta que em nome do falecido foi instituído um benefício de pensão por morte sob nº NB
21/179.890.804-0, com DIB em 23/03/2017, em nome de NEIDE MARIA CAMPOS, na qualidade de cônjuge.
Tratando-se de demandante representada por advogado, concedo o prazo de 15 (quinze) dias para que promova emenda à inicial, nos termos
dos artigos 319 e 321 do Novo Código de Processo Civil (2015), incluindo a pensionista como corré no polo passivo da ação, sob pena de
extinção do feito sem julgamento de seu mérito.
Com a inclusão, cite-se a corré.
Em razão do acima determinado, fica prejudicada audiência agendada para o dia 16/04/2019, às 14h30.
Tendo em vista a regularização do feito (eventos 07/08), proceda a Secretaria à designação de perícia clínica, com a máxima urgência.
Na hipótese de impossibilidade de comparecimento na data agendada, determino que a parte autora informe nos autos e requeira o que
entender devido em tempo hábil, a fim de possibilitar ao juízo os procedimentos necessários para a realização da prova pericial.
Após a juntada do laudo médico, retornem os autos imediatamente conclusos, oportunidade em que será apreciado o pedido de antecipação de
tutela.
Cumpra-se, com urgência e independentemente de intimação.
DECISÃO JEF - 7
0002172-48.2018.4.03.6309 - 2ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6309002128
AUTOR: DERISVALDO SANTOS DE JESUS (SP205443 - FABIO ADRIANO GOMES)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - DIMITRI BRANDI DE ABREU)
Trata-se de ação sob o rito dos Juizados Especiais Federais proposta em face do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, objetivando a
concessão/restabelecimento de benefício decorrente de acidente de trabalho.
É o relatório, no essencial. Passo a decidir, fundamentadamente.
Pelo exame da documentação acostada aos autos verifica-se que o benefício objeto da ação decorre de acidente de trabalho, na medida em
que, o próprio autor, em sua petição inicial (eventos n°. 1), assevera que no dia “após acidente de trabalho com guilhotina de chapa de aço,
ocorrido em 16/09/2014, o Requerente sofreu lesão de natureza gravíssima com ESMAGAMENTO DO PÉ E TORNOZELO DIREITO, que
provocou a AMPUTAÇÃO com a desarticulação de tornozelo direito”.
Vale destacar que o artigo 20 da Lei nº 8.213/91 estabelece que são consideradas acidente do trabalho a doença profissional e a doença do
trabalho.
Nesse contexto, ao fixar a competência (absoluta) da Justiça Federal, estabelece a Constituição da República de 1988 o seguinte:
Ora, nos termos do dispositivo constitucional transcrito, compete à Justiça Estadual julgar as causas que envolvam acidente de trabalho, sendo
tal matéria, inclusive, objeto da Súmula nº 501 do Supremo Tribunal Federal e da Súmula nº 15 do Superior Tribunal de Justiça, que transcrevo:
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 624/1770
“Súmula nº 501 do STF: Compete à Justiça Ordinária Estadual o processo e o julgamento, em ambas as instâncias, das causas de acidente do
trabalho, ainda que promovidas contra a União, suas autarquias, empresas públicas ou sociedades de economia mista.”
“Súmula nº 15 do STJ: Compete à Justiça Estadual processar e julgar os litígios decorrentes de acidente do trabalho.”
Nesse sentido, colaciono o entendimento do C. Superior Tribunal de Justiça e do E. Tribunal Regional Federal da 3ª Região:
“[...] limitando-se a Constituição Federal a impor normas determinadoras de competência sem oferecer uma sequer, destinada a disciplinar
modificações, são absolutas as competências constitucionalmente estabelecidas.” (in Instituições de Direito Processual Civil, Vol I, 2ª ed.,
Malheiros, p. 602)
Portanto, sendo hipótese de incompetência absoluta, deve ser declarada de ofício pelo Juiz em qualquer fase do processo, uma vez que se trata
de matéria de ordem pública, não prosperando as alegações do autor lançadas na manifestação de evento 13.
Assim, reconheço a INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA da Justiça Federal para processo e julgamento do presente feito, em razão da matéria
em discussão, e DECLINO da competência em favor da JUSTIÇA ESTADUAL, determinando a remessa dos autos a uma das Varas da
Comarca de Mogi das Cruzes/SP.
A remessa dos autos à Justiça Estadual deve observar o disposto na Resolução nº 3, de 26 de junho de 2017, expedida pela Coordenadoria dos
Juizados Especiais Federais da 3ª Região.
Dê-se baixa na distribuição.
Intime-se. Cumpra-se.
EXPEDIENTE Nº 2019/6311000110
b) condenar o INSS a converter os lapsos ora reconhecidos como especiais, em tempo comum, com aplicação do fator multiplicador 1,4;
c) condenar o INSS a cumprir a obrigação de fazer consistente na IMPLANTAÇÃO do benefício de APOSENTADORIA POR TEMPO
DE CONTRIBUIÇÃO em favor do autor, ANTÔNIO CARLOS DOS SANTOS, a partir da data do requerimento administrativo
(06/02/2018), com 35 anos, 4 meses e 13 dias de tempo de contribuição, com renda mensal inicial de R$ 2.454,31 (dois mil, quatrocentos e
cinquenta e quatro reais e trinta e um centavos), e renda mensal atual (RMA), na competência de fevereiro de 2019, de R$ 2.532,84 (dois mil,
quinhentos e trinta e dois reais e oitenta e quatro centavos), consoante cálculo realizado pela Contadoria Judicial deste Juizado, que faz parte
integrante desta sentença.
e) condenar, ainda, o INSS, ao pagamento dos ATRASADOS, os quais, na conformidade dos cálculos elaborados com base no Manual de
Cálculos da Justiça Federal (excluindo-se eventuais valores atingidos pela prescrição quinquenal, bem como eventuais pagamentos na esfera
administrativa), correspondem ao montante de R$ 35.471,88 (trinta e cinco mil, quatrocentos e setenta e um reais e oitenta e oito centavos),
valor este atualizado para a competência de março de 2019.
No caso do autor(a) não possuir advogado(a), fica ciente de que, para recorrer da presente sentença, tem o prazo de dez dias.
Para interpor recurso a parte autora deverá, o quanto antes, constituir advogado ou, não tendo condições de arcar com o pagamento das
custas e honorários advocatícios em fase recursal sem prejuízo de sustento próprio e de sua família, procurar a Defensoria Pública da União.
Com base nos valores informados acima, manifeste-se a parte autora, no prazo de 05 (cinco) dias, nos seguintes termos:
a) No caso da condenação ser superior ao valor equivalente a 60 (sessenta) salários-mínimos, fica facultado à parte autora a possibilidade de
renunciar à importância que ultrapassar esse limite, nos termos estabelecidos pelos artigos 3°, caput, e 17, parágrafos 1° e 4°, da Lei n°
10.259-01, com o efetivo pagamento pela via do ofício requisitório.
I - Na hipótese de estar representada por advogado constituído nos autos, a ausência de manifestação (acompanhada de procuração com
poderes especiais), no prazo assinalado, optando, expressamente, pelo recebimento via requisição de pequeno valor (RPV), renunciando ao
excedente da condenação que superar ao equivalente a 60 (sessenta) salários-mínimos, será recebida como opção pelo recebimento via ofício
precatório, de trâmite (muito) mais demorado.
A manifestação de renúncia mediante petição com procuração sem poderes especiais para tanto implicará em expedição de ofício precatório.
II - No caso da parte autora não possuir advogado regularmente constituído, a renúncia ao excedente dar-se-á pessoalmente; após decorrido o
prazo de 5 (cinco) dias da intimação, no silêncio, será expedido ofício precatório.
b) Em havendo discordância em relação aos valores apresentados, deverá a parte, no mesmo prazo de 5 (cinco) dias, justificar as razões de
sua divergência, inclusive mediante apresentação de planilha demonstrativa dos cálculos que entende devidos, sob pena de ser considerada
inexistente a impugnação e realizado o pagamento em conformidade com os cálculos acolhidos nesta decisão.
A eventual discordância oposta pela parte em relação aos cálculos não afasta a obrigatoriedade de manifestação de vontade da parte autora
no tocante à renúncia a que diz respeito o item “a”.
O levantamento dos valores depositados não depende da expedição de ofício por este Juizado, bastando para tanto, o comparecimento da parte
autora ou de seu advogado constituído, na agência depositária do crédito informada no extrato de pagamento (CEF ou Banco do Brasil). A
parte autora deverá estar munida de comprovante de residência atualizado, documento de identidade, CPF e cópia da sentença; o advogado
deverá levantar os valores de acordo com o art. 41, §1º da Resolução CJF-RES-2016/405 do Conselho da Justiça Federal.
Após o trânsito em julgado, expeça-se ofício requisitório/precatório, consoante a opção manifestada pela parte autora, e dê-se baixa.
Publique-se. Intimem-se.
DECISÃO JEF - 7
5007120-78.2018.4.03.6104 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6311005625
AUTOR: CONDOMINIO EDIFICIO CANTO DO RECREIO (SP050393 - ARNALDO VIEIRA E SILVA, SP278754 - FABIANA
FERREIRA ANTICO)
RÉU: CAIXA ECONOMICA FEDERAL (SP233948 - UGO MARIA SUPINO)
Ante o exposto, reconheço a incompetência deste Juizado Especial Federal, com fundamento nos artigos 1º e 3º da Lei 10.259/01, e, em
consequência, determino a devolução dos autos para o Juízo da 4ª vara Federal de Santos.
Considerando-se que os autos originais são oriundos do PJe - Processo Judicial Eletrônico, providencie a Secretaria o envio, por e-mail, dos
arquivos referentes apenas às peças geradas neste Juizado após a redistribuição deste processo.
Em havendo eventual entendimento contrário do Juízo da Vara Federal de origem, poderá, se assim entender, suscitar o competente conflito
de competência.
Decisão registrada eletronicamente.
Decorrido o prazo para eventuais recursos e observadas as formalidades de praxe, proceda-se a baixa na distribuição, efetuando as anotações
necessárias.
Publique-se. Intimem-se.
Vistos,
Petição da parte autora anexada em fase 58: Considerando o alegado e tendo em vista que o procedimento de expedição de carta rogatória
não se coaduna com o rito célere do Juizado, intime-se a parte autora para que comprove a ida da corré JULIA ANGERAMI COELHO, sua
filha, ao exterior, bem como esclareça o tempo em que a corré permanecerá no exterior.
Prazo de 15 dias.
Após a vinda das informações, tornem os autos conclusos.
Intime-se.
Processo civil. Recurso especial. Ação individual proposta por associação, na qualidade de representante de um único consumidor associado,
com fundamento no art. 5º, XXI, da CF. Propositura da ação no foro do domicílio da Associação, que é diverso dos domicílios, tanto do autor
da ação, como do réu. Declinação da competência promovida de ofício. Manutenção.
- O permissivo contido no art. 5º, XXI, da CF, diz respeito apenas às ações coletivas passíveis de serem propostas por associações, em defesa
de seus associados. Tal norma não contempla a representação do consumidor em litígios individuais, de modo que deve ser reconhecida a
ilegitimidade ativa da associação.
- Não obstante a exclusão da associação do pólo ativo da relação processual, a existência de procuração passada diretamente pelo
Nesse sentido, em ações individuais, a associação não atuaria como substituta processual da parte, mas apenas como sua representante
processual de acordo com as normas gerais atinentes ao tema e, de todo modo, condicionada à autorização expressa do representado. Nessas
situações, ademais, a associação atuaria em nome e por conta do representado, o que excluiria a possibilidade de sua manutenção no polo
ativo da lide. Isso porque, nos casos de representação, a parte é apenas o representado, não o representante.
No entanto, no caso dos Juizados Especiais Federais, a presença da associação no polo ativo do feito, seja como parte ou como representante,
não é admissível, pois a associação não se encontra dentre as partes que podem ajuizar ações no Juizado Especial Federal, conforme art. 6º, I,
da Lei n. 10.259/01:
I – como autores, as pessoas físicas e as microempresas e empresas de pequeno porte, assim definidas na Lei no 9.317, de 5 de dezembro de
1996;
Nesse sentido:
Processual Civil. Conflito negativo de competência suscitado pelo Juizado Especial Federal (5a. Vara) da Seção Judiciária de Sergipe, em face
de decisão proferida pela douta juíza federal da 1a. Vara da mesma Seção Judiciária, que, em despachando em ação de obrigação de fazer
com pedido de tutela antecipada cumulada com indenização por danos morais e materiais, f. 03-16, declinou de sua competência em favor do
Juizado Especial Federal, face o valor da causa ser inferior a sessenta salários mínimos. Oficio encaminhado pela douta juíza federal suscitada,
no sentido de ter reconsiderado sua decisão, solicitando ao juizado especial federal a devolução dos autos, a deixar prejudicado o presente
conflito de competência. De fato, não se enquadrando a demandante, Associação de Proteção aos Taxistas de Sergipe, APROTASE, também
conhecida como COOPERTAX, em o inc. I, do art. 6o., da Lei 10.259, de 2001, não pode, em conseqüência, freqüentar o foro do Juizado
Especial Federal. Conflito negativo de competência prejudicado.
(CC 00070530720104050000, Desembargador Federal Vladimir Carvalho, TRF5 - Pleno, DJE - Data::04/06/2010 - Página::119.)
Diante de tais considerações, para continuidade do processo perante este Juízo e tendo em vista que a Associação (ASBP) vem sendo
reiteradamente alertada sobre a adequação da representação processual em diversas ações anteriores, concedo o prazo improrrogável de 15
(quinze) dias para regularização do polo ativo da ação, mediante a exclusão da associação do polo ativo da ação, seja como parte ou
representante, sob pena de extinção do processo sem resolução do mérito, nos termos do art. 321 do CPC.
Intime-se.
Vistos,
Considerando o teor do parecer apresentado pela Contadoria deste Juízo, intimem-se as partes para que se manifestem no prazo de 15
(quinze) dias.
Em caso de renúncia aos valores que excedem o teto deste Juizado, deverá o patrono apresentar declaração firmada pela parte autora de que
tem ciência expressa do montante apontado pela Contadoria Judicial e que ainda assim renuncia aos valores que excedem à alçada deste
Juizado.
Decorrido o prazo, com ou sem manifestação, tornem os autos conclusos.
Intimem-se.
2 - Com base no art. 27, parágrafos 1º e 3º da Resolução CJF-RES-2017/458 do Conselho da Justiça Federal, intime-se ainda a parte autora
para que informe, no mesmo prazo, se há deduções individuais para fins de abatimento de Imposto de Renda da Pessoa Física incidente sobre
os rendimentos recebidos acumulativamente, quais sejam:
- despesas relativas ao montante dos rendimentos tributáveis, com ação judicial necessária ao seu recebimento, inclusive de advogados, se
tiverem sido pagas pelo contribuinte, sem indenização, informadas no campo das deduções de RRA
- importâncias pagas em dinheiro, comprovadamente, a título de pensão alimentícia decorrente das normas do Direito de família, quando em
cumprimento de decisão judicial, de acordo homologado judicialmente ou de separação ou divórcio consensual realizado por escritura pública.
3 - Na hipótese de os atrasados superarem o limite de 60 (sessenta) salários mínimos, a parte autora deverá se manifestar, no prazo de 10
(dez) dias, sobre eventual interesse em renunciar ao valor excedente, a fim de promover a execução do julgado por meio de requisição de
pequeno valor.
4 - Ressalto que há possibilidade de destacamento dos valores ajustados através do contrato de honorários, desde que solicitado antes da
elaboração da requisição. Havendo interesse, deverão ser juntados aos autos o respectivo contrato de honorários, bem como declaração
assinada pelo autor de que não adiantou valores a este título. No silêncio, será expedido o ofício para requisição dos valores devidos no valor
total apurado.
Assinalo, por oportuno, que a Subsecretaria dos Feitos da Presidência (UFEP) editou o Comunicado 02/2018 explicitando as regras de
destaque de honorários advocatícios, a saber:
1 – Para a escolha do tipo de procedimento (requisição de pequeno valor ou precatório), tanto da requisição do contratual, como da requisição
da parte autora, será obrigatório verificar o valor total de referência, ou seja, a soma do valor solicitado para a parte autora com o(s) valor(es)
referente(s) aos honorários contratuais.
Assim, se o valor total de referência for superior ao valor limite para Requisição de Pequeno Valor – RPV, nos termos do artigo 3º da
Resolução nº 458/2017-CJF/STJ, será necessário expedir dois precatórios: um PRECATÓRIO para a parte autora (principal) e um
PRECATÓRIO para o advogado (honorários contratuais), ou quantos precatórios forem necessários, conforme número de advogados
requerentes do contrato, mesmo que os valores individualmente estejam abaixo do limite.
Obs.: Importante atentar para as requisições em que houver renúncia. Sempre necessário alertar as partes que solicitam a renúncia de que,
solicitadas 02 Requisições de Pequeno Valor (para parte autora e para honorários contratuais) com renúncia, estas serão pagas no valor limite,
de forma proporcional para os beneficiários, não havendo mais valores a serem recebidos posteriormente, pois o que definirá o limite para
RPV será sempre a soma dos dois valores (autor + contratual). O mesmo pode ocorrer com requisições incontroversas. Por isso, nessas
requisições, também considerar o valor total da execução, para definir o tipo de procedimento.
2 – As duas requisições (contratual + parte autora) deverão ser enviadas juntas, como se fossem uma única requisição, no mesmo dia, não
sendo possível enviar somente a requisição para a parte autora, sem enviar a contratual, e vice-versa, pois, nesses casos, a requisição
encaminhada será cancelada. É necessário que o envio das duas requisições seja totalmente vinculado, para garantir a equivalência do
recebimento em uma mesma requisição.
3 – Mantendo sempre a ideia da equivalência de uma mesma requisição, é necessário observar que o requisitório dos honorários contratuais
está vinculado ao do principal, só não estando na mesma requisição. Dessa forma, a natureza do contratual deve ser a mesma natureza do
principal (parte autora); os índices de atualização devem ser os mesmos; as marcações de bloqueio e à ordem do juízo, para varas federais e
JEFs, devem ser iguais; a data da conta deve ser a mesma; e a proporção de juros (tanto os juros da conta –
principal + juros – quanto o percentual de juros de mora) também deverá ser a mesma. Até mesmo a renúncia deverá ser observada: se
houver renúncia na requisição principal, deverá haver renúncia na requisição de contratual. O mesmo para demais campos comuns, como
datas de trânsito, protocolo etc. Caso isso não aconteça, ambas serão canceladas. Os campos de referência devem ser preenchidos como
anteriormente, não havendo alteração alguma.
4 – Qualquer pedido de cancelamento de uma das requisições ensejará o cancelamento da outra, mesmo após pagas, pois, visto que serão
consideradas como uma mesma requisição, não haverá possibilidade de manter uma parte e cancelar a outra. Assim, não será possível
solicitar valores para uma parte falecida e para um advogado de contratual, e depois solicitar o cancelamento somente da parte principal, por
não terem localizado os herdeiros, sem que o advogado também devolva o dinheiro.
5 – Para as requisições cadastradas até 07/05/2018, a recepção se dará como antes do bloqueio dos contratuais efetuado no sistema, não
havendo necessidade de adequações para o seu envio. Somente no caso de essa requisição ser recebida, analisada e devolvida, por alguma
inconsistência, então será necessário adequá-la às novas regras, uma vez que haverá nova data de cadastro.
6 – Eventuais casos que fujam às regras acima terão que ser analisados pontualmente. Como, por exemplo, já ter havido o envio de apenas
uma das requisições anteriormente – quando não havia a necessidade do sincronismo – e a necessidade da expedição do outro requisitório
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 632/1770
agora. Nesses casos, favor entrar em contato com esta Subsecretaria, por meio do correio eletrônico constante no final deste comunicado,
relatando o ocorrido e mencionando o número da requisição anterior, para análise e resposta.
5 – Por fim, caso pretenda a expedição de certidão para o levantamento dos valores requisitados, deverá o(a) patrono(a) da parte autora, após
a comunicação de disponibilização dos valores, recolher na Caixa Econômica Federal o valor de R$ 0,42 (quarenta e dois centavos) mediante
Guia de Recolhimento da União (GRU), utilizando o código n. 18710-0 e a unidade gestora n. 090017.
Esclareço que o pedido de expedição de certidão deverá ser realizado pelo(a) advogado(a) pelo sistema de peticionamento eletrônico dos
JEFs, juntando-se a Guia de Recolhimento da União (GRU) devidamente quitada.
Intimem-se.
Remetam-se os autos à Contadoria Judicial para elaboração de parecer, contagens e cálculos pertinentes.
Após, tornem os autos conclusos para análise do quanto requerido pelo autor em 15/03/2019.
Concedo o prazo de 15 (quinze) dias suplementares para que a parte autora apresente comprovante de endereço legível e recente, datado de
até 180 dias anteriores à propositura da ação;
ou declaração do(a) proprietário(a) de que reside no imóvel, acompanhada de comprovante de residência e documento de identidade do
declarante;
ou declaração do parente de que reside no imóvel indicado, acompanhada de documento que comprove a relação de parentesco, bem como de
documento de identidade e comprovante de residência do declarante, sob pena de indeferimento da inicial e extinção do processo sem
resolução do mérito, com base no art. 485, III, §3º do NCPC.
Intime-se pessoalmente a parte autora para ciência da presente decisão, advertindo-a de que a não apresentação dos documentos requisitados
nesta decisão a impedirá de ingressar com nova ação para a restituição do Imposto de Renda Pessoa Física sobre os proventos pagos a título
de férias e adicional de férias.
Intime-se o(a) patrono(a) pelo Diário Eletrônico.
Vistos,
Petição da parte autora anexada em fase 15: Mantenho a decisão proferida em 13/03/2019 pelos seus próprios fundamentos.
Em consulta aos autos virtuais, verifico que a parte autora residia no município de Praia Grande quando da época da propositura da demanda,
município esse abrangido pela competência do Juizado Especial de São Vicente.
Intime-se. Após, cumpra-se a decisão proferida em 13/03/2019.
De acordo com a tese firmada pela TNU no julgado de 21/11/2018 (Tema 174):
(a) "a partir de 01 de janeiro de 2004, é obrigatória utilização da NHO-01 da FUNDACENTRO como metodologia de aferição do agente
nocivo ruído no ambiente de trabalho, devendo tal técnica ser informada no PPP, com a respectiva indicação do Nível de Exposição
Normalizado (NEN)"; (b) "em caso de omissão, no período supracitado, na indicação da metodologia empregada para aferição do agente
nocivo ruído, no Perfil Profissiográfico Profissional, esse documento não deve ser admitido como prova da especialidade do trabalho para o
agente nocivo em apreço, devendo ser apresentado o respectivo laudo técnico (LTCAT), para fins de demonstrar a técnica utilizada na
respectiva medição"
No caso em testilha, o PPP apresentado pela parte autora (emitido em 04/07/2018 pela ex-empregadora Marimex Despachos Transportes e
Serviços Ltda.) não aponta a técnica utilizada na mensuração do ruído incidente no ambiente de trabalho,
Assim, converto o julgamento em diligência para que a parte autora, no prazo de 30 (trinta) dias, colacione aos autos cópia do Laudo Técnico
das Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT) do qual as informações contidas no indigitado PPP foram extraídas.
Cumprida a determinação, dê-se vista à parte adversa, voltam-me conclusos para decisão.
Int.
Considerando os documentos apresentados pelo INSS em 01/03/2019 (arquivo virtual nº 79), quanto aos termos das denúncias apresentadas
em face do autor, dê-se vista às partes para manifestação no prazo comum de 10 (dez) dias e, após, nada mais sendo requerido, tornem os
autos conclusos para sentença.
ATO ORDINATÓRIO - 29
0000570-79.2019.4.03.6311 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6311002244
AUTOR: TATIANE SILVA DE OLIVEIRA (SP407683 - TATIANE SILVA DE OLIVEIRA)
Nos termos do artigo 93, XIV, da Constituição Federal, do artigo 203, §4º, do Código de Processo Civil, e das disposições da Portaria nº 31
deste Juízo, datada de 28/08/2018:1 – Cite-se a CEF para que apresente contestação no prazo de 30 (trinta) dias.2 – Cumprida a providência
acima, venham os autos à conclusão para eventual saneamento do feito (tais como requisição de outros documentos, citação de corréus,
dentre outros) e/ou averiguação da necessidade de designação de audiência de conciliação, instrução e julgamento.Cite-se. Intime-se.
Nos termos do artigo 93, XIV, da Constituição Federal, do artigo 203, §4º, do Código de Processo Civil, e das disposições da Portaria nº 31
deste Juízo, datada de 28/08/2018:1 – Intime-se a parte autora para que esclareça e comprove se e quando efetuou o bloqueio do cartão
bancário perante a instituição bancária.Prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de julgamento conforme o estado do processo.2 - Cite-se a CEF
para que apresente contestação no prazo de 30 (trinta) dias.3 - Intime-se a CEF para que, no prazo de 30 (trinta) dias:a) apresente relação
discriminada da agência, terminal de saque, horário dos saques, procedendo, se possível, a identificação do tipo de operação realizada (saque
com senha, saque sem senha, doc, ted, etc...);b) apresente cópia completa do "processo de contestação de saque" (se existente), formulado
pela parte autora em relação aos valores apontados na inicial (ou emenda);c) informe se o cartão foi emitido com CHIP ou não;d) informe se
ainda estão disponíveis as fitas de segurança relativas às datas/horários dos saques questionados. Em caso de impossibilidade, deverá a CEF
justificar tal fato diante da imediatidade da reclamação da parte autora em relação à data dos saques realizados. De seu turno, em não estando
disponíveis as fitas, e tendo sido o saque realizado eventualmente em lotérica, deverá a CEF informar quais são as condições de atendimento,
segurança e responsabilidade das operações realizadas pelo correntista, com o cartão da Caixa, em tais locais.4 - Cumpridas as providências
acima, venham os autos à conclusão para eventual saneamento do feito (tais como requisição de outros documentos, citação de corréus,
dentre outros) e/ou averiguação da necessidade de designação de audiência de conciliação, instrução e julgamento.Cite-se. Intime-se.
EXPEDIENTE Nº 2019/6310000077
Apresente o INSS, no prazo de 30 (trinta) dias, os cálculos de liquidação conforme os parâmetros acordados. Após, expeça-se ofício
requisitório.
Considerando que a parte autora manifestou anuência à proposta apresentada pela CEF e em face do princípio da celeridade que informa os
Juizados Especiais, EXTINGO O PROCESSO, COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, pelo acordo firmado entre as partes, com fundamento no
artigo 487, III, “b” do Código de Processo Civil.
Diante da notícia de cumprimento do acordo com consequente guia de depósito, transcorrido o prazo recursal, arquivem-se os autos.
Oficie-se ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS para o cumprimento da sentença, no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias.
Sem a condenação nas custas processuais e honorários advocatícios nesta instância judicial.
Caso haja interesse em recorrer desta decisão, cientifico de que o prazo para recurso é de 10 (dez) dias.
Sem a condenação nas custas processuais e honorários advocatícios nesta instância judicial. Caso haja interesse em recorrer desta decisão,
ficam cientificadas as partes de que o prazo para recurso é de 10 (dez) dias.
P.R.I.
Sem a condenação nas custas processuais e honorários advocatícios nesta instância judicial.
Caso haja interesse em recorrer desta decisão, cientifico as partes de que o prazo para recurso é de 10 (dez) dias.
Sem a condenação nas custas processuais e honorários advocatícios nesta instância judicial. Caso haja interesse em recorrer desta decisão,
cientifico as partes de que o prazo para recurso é de 10 (dez) dias.
Após o restabelecimento do auxílio-doença e a concessão do benefício de aposentadoria por invalidez, fica o INSS obrigado a apurar os
valores atrasados na forma e nos parâmetros estabelecidos nesta sentença, deduzindo quaisquer valores recebidos no período referentes a
benefícios inacumuláveis, indicando-os até o prazo máximo de 30 (trinta) dias após o trânsito em julgado da mesma, para o fim de expedição
de RPV ou Precatório.
São devidos os valores atrasados do auxílio-doença, no caso em espécie, desde a cessação do auxílio-doença concedido à parte autora (a
partir de 01/09/2017) e da aposentadoria por invalidez a partir da data do exame médico pericial (18/09/2018).
As parcelas vencidas até o ajuizamento da ação deverão ser corrigidas monetariamente sem o cômputo de juros e limitadas em 60 (sessenta)
salários mínimos vigentes à época do ajuizamento, em face do limite de alçada deste Juizado, previsto no art. 3º, "caput", parte final, da Lei nº
10.259/01. Após, somadas estas às demais parcelas vencidas posteriores ao ajuizamento, deverão ser corrigidas e acrescidas de juros nos
termos do julgado.
Os valores das diferenças deverão ser acrescidos de correção monetária e juros de mora conforme Manual de Cálculos da Justiça Federal,
aprovado pelo Conselho da Justiça Federal, em vigor na data do cálculo, observando-se a prescrição quinquenal.
Os juros de mora deverão ser calculados a contar da citação, de forma englobada quanto às parcelas anteriores e de forma decrescente para
as parcelas posteriores, até a data da conta de liquidação que der origem ao precatório ou à requisição de pequeno valor (RPV).
O pagamento ora determinado deverá ser efetuado independentemente da existência de vínculo empregatício no período concomitante ao de
gozo do benefício previdenciário.
Oficie-se ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS para o cumprimento da presente sentença, no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco)
dias, sob pena de multa diária na importância de 1/30 (um trinta avos) do valor do benefício. O INSS, ao informar o cumprimento da decisão,
deverá evidenciar os dados sobre a concessão do benefício.
Com o trânsito em julgado, expeça-se ofício requisitório referente aos valores atrasados.
Sem condenação nas custas processuais e honorários advocatícios nesta instância judicial.
Caso haja interesse em recorrer desta decisão, cientifico de que o prazo para recurso é de 10 (dez) dias.
Do exposto, julgo PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido para condenar ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS a reconhecer,
averbar e converter os períodos laborados em condições especiais de 06.03.1989 a 12.07.1993, de 16.11.1993 a 19.12.2011 e de 17.02.2012 a
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 646/1770
23.03.2015; totalizando, então, a contagem de 25 anos, 06 meses e 18 dias de serviço especial até a DER (23.03.2015); concedendo, por
conseguinte, à parte autora SIDNEI TURCO o benefício de Aposentadoria Especial com DIB em 23.03.2015 (DER) e DIP em 01.03.2019.
Com a concessão do benefício, fica o INSS obrigado a apurar os valores atrasados na forma e nos parâmetros estabelecidos nesta sentença,
deduzindo quaisquer valores recebidos no período referentes a benefícios inacumuláveis, indicando-os até o prazo máximo de 30 (trinta) dias
após o trânsito em julgado da mesma, para o fim de expedição de RPV ou Precatório.
Os valores das diferenças deverão ser acrescidos de correção monetária e juros de mora conforme Manual de Cálculos da Justiça Federal,
aprovado pelo Conselho da Justiça Federal, em vigor na data do cálculo, observando-se a prescrição quinquenal.
Os juros de mora deverão ser calculados a contar da citação, de forma englobada quanto às parcelas anteriores e de forma decrescente para
as parcelas posteriores, até a data da conta de liquidação que der origem ao precatório ou à requisição de pequeno valor (RPV).
As parcelas vencidas até o ajuizamento da ação deverão ser corrigidas monetariamente sem o cômputo de juros e limitadas em 60 (sessenta)
salários mínimos vigentes à época do ajuizamento, em face do limite de alçada deste Juizado, previsto no art. 3º, "caput", parte final, da Lei
nº10.259/01. Após, somadas estas às demais parcelas vencidas posteriores ao ajuizamento, deverão ser corrigidas e acrescidas de juros nos
termos do julgado.
Oficie-se ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS para o cumprimento da presente sentença, no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco)
dias, sob pena de multa diária na importância de 1/30 (um trinta avos) do valor do benefício.
Com o trânsito em julgado, expeça-se ofício requisitório referente aos valores atrasados.
Sem condenação nas custas processuais e honorários advocatícios nesta instância judicial. Caso haja interesse em recorrer desta decisão,
cientifico de que o prazo para recurso é de 10 (dez) dias.
Após a concessão do benefício de aposentadoria por invalidez, fica o INSS obrigado a apurar os valores atrasados na forma e nos parâmetros
estabelecidos nesta sentença, deduzindo quaisquer valores recebidos no período referentes a benefícios inacumuláveis, indicando-os até o
prazo máximo de 30 (trinta) dias após o trânsito em julgado da mesma, para o fim de expedição de RPV ou Precatório.
São devidos os valores atrasados da aposentadoria por invalidez a partir da data do exame médico pericial (25/09/2018).
As parcelas vencidas até o ajuizamento da ação deverão ser corrigidas monetariamente sem o cômputo de juros e limitadas em 60 (sessenta)
salários mínimos vigentes à época do ajuizamento, em face do limite de alçada deste Juizado, previsto no art. 3º, "caput", parte final, da Lei nº
10.259/01. Após, somadas estas às demais parcelas vencidas posteriores ao ajuizamento, deverão ser corrigidas e acrescidas de juros nos
termos do julgado.
Os valores das diferenças deverão ser acrescidos de correção monetária e juros de mora conforme Manual de Cálculos da Justiça Federal,
aprovado pelo Conselho da Justiça Federal, em vigor na data do cálculo, observando-se a prescrição quinquenal.
Os juros de mora deverão ser calculados a contar da citação, de forma englobada quanto às parcelas anteriores e de forma decrescente para
as parcelas posteriores, até a data da conta de liquidação que der origem ao precatório ou à requisição de pequeno valor (RPV).
O pagamento ora determinado deverá ser efetuado independentemente da existência de vínculo empregatício no período concomitante ao de
gozo do benefício previdenciário.
Com o trânsito em julgado, expeça-se ofício requisitório referente aos valores atrasados.
Sem condenação nas custas processuais e honorários advocatícios nesta instância judicial.
Caso haja interesse em recorrer desta decisão, cientifico de que o prazo para recurso é de 10 (dez) dias.
Após o restabelecimento do auxílio-doença e a concessão do benefício de aposentadoria por invalidez, fica o INSS obrigado a apurar os
valores atrasados na forma e nos parâmetros estabelecidos nesta sentença, deduzindo quaisquer valores recebidos no período referentes a
benefícios inacumuláveis, indicando-os até o prazo máximo de 30 (trinta) dias após o trânsito em julgado da mesma, para o fim de expedição
de RPV ou Precatório.
São devidos os valores atrasados do auxílio-doença, no caso em espécie, desde a cessação do auxílio-doença concedido à parte autora (a
partir de 22/05/2018) e da aposentadoria por invalidez a partir da data do exame médico pericial (22/08/2018).
As parcelas vencidas até o ajuizamento da ação deverão ser corrigidas monetariamente sem o cômputo de juros e limitadas em 60 (sessenta)
salários mínimos vigentes à época do ajuizamento, em face do limite de alçada deste Juizado, previsto no art. 3º, "caput", parte final, da Lei nº
10.259/01. Após, somadas estas às demais parcelas vencidas posteriores ao ajuizamento, deverão ser corrigidas e acrescidas de juros nos
termos do julgado.
Os valores das diferenças deverão ser acrescidos de correção monetária e juros de mora conforme Manual de Cálculos da Justiça Federal,
aprovado pelo Conselho da Justiça Federal, em vigor na data do cálculo, observando-se a prescrição quinquenal.
Os juros de mora deverão ser calculados a contar da citação, de forma englobada quanto às parcelas anteriores e de forma decrescente para
as parcelas posteriores, até a data da conta de liquidação que der origem ao precatório ou à requisição de pequeno valor (RPV).
O pagamento ora determinado deverá ser efetuado independentemente da existência de vínculo empregatício no período concomitante ao de
gozo do benefício previdenciário.
Oficie-se ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS para o cumprimento da presente sentença, no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco)
dias, sob pena de multa diária na importância de 1/30 (um trinta avos) do valor do benefício. O INSS, ao informar o cumprimento da decisão,
deverá evidenciar os dados sobre a concessão do benefício.
Com o trânsito em julgado, expeça-se ofício requisitório referente aos valores atrasados.
Sem condenação nas custas processuais e honorários advocatícios nesta instância judicial.
Caso haja interesse em recorrer desta decisão, cientifico de que o prazo para recurso é de 10 (dez) dias.
Após a concessão do auxílio-doença, fica o INSS obrigado a apurar os valores atrasados na forma e nos parâmetros estabelecidos nesta
sentença, deduzindo quaisquer valores recebidos no período referentes a benefícios inacumuláveis, indicando-os até o prazo máximo de 30
(trinta) dias após o trânsito em julgado da mesma, para o fim de expedição de RPV ou Precatório.
São devidos os valores atrasados do auxílio-doença, no caso em espécie, a partir da data do exame médico pericial (15/10/2018).
As parcelas vencidas até o ajuizamento da ação deverão ser corrigidas monetariamente sem o cômputo de juros e limitadas em 60 (sessenta)
salários mínimos vigentes à época do ajuizamento, em face do limite de alçada deste Juizado, previsto no art. 3º, "caput", parte final, da Lei nº
10.259/01. Após, somadas estas às demais parcelas vencidas posteriores ao ajuizamento, deverão ser corrigidas e acrescidas de juros nos
termos do julgado.
Os valores das diferenças deverão ser acrescidos de correção monetária e juros de mora conforme Manual de Cálculos da Justiça Federal,
aprovado pelo Conselho da Justiça Federal, em vigor na data do cálculo, observando-se a prescrição quinquenal.
Os juros de mora deverão ser calculados a contar da citação, de forma englobada quanto às parcelas anteriores e de forma decrescente para
as parcelas posteriores, até a data da conta de liquidação que der origem ao precatório ou à requisição de pequeno valor (RPV).
O pagamento ora determinado deverá ser efetuado independentemente da existência de vínculo empregatício no período concomitante ao de
gozo do benefício previdenciário.
Oficie-se ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS para o cumprimento da presente sentença, no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco)
dias, sob pena de multa diária na importância de 1/30 (um trinta avos) do valor do benefício. O INSS, ao informar o cumprimento da decisão,
deverá evidenciar os dados sobre a concessão do benefício.
Com o trânsito em julgado, expeça-se ofício requisitório referente aos valores atrasados.
Sem condenação nas custas processuais e honorários advocatícios nesta instância judicial.
Caso haja interesse em recorrer desta decisão, cientifico de que o prazo para recurso é de 10 (dez) dias.
Após a concessão do auxílio-doença, fica o INSS obrigado a apurar os valores atrasados na forma e nos parâmetros estabelecidos nesta
sentença, deduzindo quaisquer valores recebidos no período referentes a benefícios inacumuláveis, indicando-os até o prazo máximo de 30
(trinta) dias após o trânsito em julgado da mesma, para o fim de expedição de RPV ou Precatório.
São devidos os valores atrasados do auxílio-doença, no caso em espécie, desde a data da entrada do requerimento administrativo - DER
(27/09/2016).
As parcelas vencidas até o ajuizamento da ação deverão ser corrigidas monetariamente sem o cômputo de juros e limitadas em 60 (sessenta)
salários mínimos vigentes à época do ajuizamento, em face do limite de alçada deste Juizado, previsto no art. 3º, "caput", parte final, da Lei nº
10.259/01. Após, somadas estas às demais parcelas vencidas posteriores ao ajuizamento, deverão ser corrigidas e acrescidas de juros nos
termos do julgado.
Os valores das diferenças deverão ser acrescidos de correção monetária e juros de mora conforme Manual de Cálculos da Justiça Federal,
Os juros de mora deverão ser calculados a contar da citação, de forma englobada quanto às parcelas anteriores e de forma decrescente para
as parcelas posteriores, até a data da conta de liquidação que der origem ao precatório ou à requisição de pequeno valor (RPV).
O pagamento ora determinado deverá ser efetuado independentemente da existência de vínculo empregatício no período concomitante ao de
gozo do benefício previdenciário.
Oficie-se ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS para o cumprimento da presente sentença, no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco)
dias, sob pena de multa diária na importância de 1/30 (um trinta avos) do valor do benefício. O INSS, ao informar o cumprimento da decisão,
deverá evidenciar os dados sobre a concessão do benefício.
Com o trânsito em julgado, expeça-se ofício requisitório referente aos valores atrasados.
Sem condenação nas custas processuais e honorários advocatícios nesta instância judicial.
Caso haja interesse em recorrer desta decisão, cientifico de que o prazo para recurso é de 10 (dez) dias.
Do exposto, julgo PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido e condeno o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, a: (1) conceder o
auxílio-doença com DIB na data da entrada do requerimento administrativo - DER (15/08/2018); (2) conceder a aposentadoria por invalidez
em favor da parte autora, com DIB na data do exame pericial (19/10/2018), nos termos do parágrafo 5º do artigo 29 da Lei nº 8.213/91 e com
DIP em 01/03/2019 e, ainda, (3) reembolsar o pagamento dos honorários periciais fixados em R$ 200,00 (duzentos reais).
Após a concessão do auxílio-doença e, posteriormente, a concessão do benefício de aposentadoria por invalidez, fica o INSS obrigado a apurar
os valores atrasados na forma e nos parâmetros estabelecidos nesta sentença, deduzindo quaisquer valores recebidos no período referentes a
benefícios inacumuláveis, indicando-os até o prazo máximo de 30 (trinta) dias após o trânsito em julgado da mesma, para o fim de expedição
de RPV ou Precatório.
São devidos os valores atrasados do auxílio-doença, no caso em espécie, desde a DER (15/08/2018) e da aposentadoria por invalidez a partir
da data da realização da perícia médica judicial (19/10/2018).
As parcelas vencidas até o ajuizamento da ação deverão ser corrigidas monetariamente sem o cômputo de juros e limitadas em 60 (sessenta)
salários mínimos vigentes à época do ajuizamento, em face do limite de alçada deste Juizado, previsto no art. 3º, "caput", parte final, da Lei nº
10.259/01. Após, somadas estas às demais parcelas vencidas posteriores ao ajuizamento, deverão ser corrigidas e acrescidas de juros nos
termos do julgado.
Os valores das diferenças deverão ser acrescidos de correção monetária e juros de mora conforme Manual de Cálculos da Justiça Federal,
aprovado pelo Conselho da Justiça Federal, em vigor na data do cálculo, observando-se a prescrição quinquenal.
Os juros de mora deverão ser calculados a contar da citação, de forma englobada quanto às parcelas anteriores e de forma decrescente para
as parcelas posteriores, até a data da conta de liquidação que der origem ao precatório ou à requisição de pequeno valor (RPV).
O pagamento ora determinado deverá ser efetuado independentemente da existência de vínculo empregatício no período concomitante ao de
gozo do benefício previdenciário.
Oficie-se ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS para o cumprimento da presente sentença, no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco)
dias, sob pena de multa diária na importância de 1/30 (um trinta avos) do valor do benefício. O INSS, ao informar o cumprimento da decisão,
deverá evidenciar os dados sobre a concessão do benefício.
Com o trânsito em julgado, expeça-se ofício requisitório referente aos valores atrasados.
Sem condenação nas custas processuais e honorários advocatícios nesta instância judicial.
Do exposto, julgo PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido para condenar ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS a reconhecer,
averbar e converter os períodos laborados em condições especiais de 01/10/1985 a 10/02/1989, de 28/05/1989 a 21/08/1991, de 09/01/1993 a
25/06/1993, de 25/04/1994 a 25/09/2001 e de 11/06/2002 a 05/04/2016; totalizando, então, a contagem de 27 anos, 03 meses e 17 dias de
serviço até a data do ajuizamento da ação (10.05.2016), concedendo, por conseguinte, à parte autora JOSE JEFERSON DE SOUSA o
benefício de Aposentadoria Especial com DIB em 10.05.2016 (ajuizamento da ação) e DIP em 01.03.2019.
Com a concessão do benefício, fica o INSS obrigado a apurar os valores atrasados na forma e nos parâmetros estabelecidos nesta sentença,
deduzindo quaisquer valores recebidos no período referentes a benefícios inacumuláveis, indicando-os até o prazo máximo de 30 (trinta) dias
após o trânsito em julgado da mesma, para o fim de expedição de RPV ou Precatório.
Os valores das diferenças deverão ser acrescidos de correção monetária e juros de mora conforme Manual de Cálculos da Justiça Federal,
aprovado pelo Conselho da Justiça Federal, em vigor na data do cálculo, observando-se a prescrição quinquenal.
Os juros de mora deverão ser calculados a contar da citação, de forma englobada quanto às parcelas anteriores e de forma decrescente para
as parcelas posteriores, até a data da conta de liquidação que der origem ao precatório ou à requisição de pequeno valor (RPV).
São devidos os valores atrasados, no caso em espécie, a partir da de 10.05.2016 (ajuizamento da ação).
As parcelas vencidas até o ajuizamento da ação deverão ser corrigidas monetariamente sem o cômputo de juros e limitadas em 60 (sessenta)
salários mínimos vigentes à época do ajuizamento, em face do limite de alçada deste Juizado, previsto no art. 3º, "caput", parte final, da Lei
nº10.259/01. Após, somadas estas às demais parcelas vencidas posteriores ao ajuizamento, deverão ser corrigidas e acrescidas de juros nos
termos do julgado.
Oficie-se ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS para o cumprimento da presente sentença, no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco)
dias, sob pena de multa diária na importância de 1/30 (um trinta avos) do valor do benefício.
Com o trânsito em julgado, expeça-se ofício requisitório referente aos valores atrasados.
Sem condenação nas custas processuais e honorários advocatícios nesta instância judicial. Caso haja interesse em recorrer desta decisão,
cientifico de que o prazo para recurso é de 10 (dez) dias.
Do exposto, julgo PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido para condenar ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS a: (1)
reconhecer, averbar e converter os períodos laborados em condições especiais de 01/04/1976 a 28/12/1978, de 01/11/1980 a 01/03/1984, de
03/06/1985 a 17/03/1986 e de 09/06/1986 a 31/10/1987; os quais, acrescidos do que consta na CTPS e no CNIS da parte autora, totalizam,
conforme parecer elaborado pela Contadoria deste Juizado, a contagem de 35 anos, 04 meses e 05 dias de serviço até a DER (05/04/2014),
concedendo, por conseguinte, à parte autora JOAO APARECIDO MASNELLO o benefício de aposentadoria por tempo de contribuição
integral com DIB em 05/04/2014 (DER) e DIP em 01/03/2019.
Com a concessão do benefício, fica o INSS obrigado a apurar os valores atrasados na forma e nos parâmetros estabelecidos nesta sentença,
deduzindo quaisquer valores recebidos no período referentes a benefícios inacumuláveis, indicando-os até o prazo máximo de 30 (trinta) dias
após o trânsito em julgado da mesma, para o fim de expedição de RPV ou Precatório.
Os valores das diferenças deverão ser acrescidos de correção monetária e juros de mora conforme Manual de Cálculos da Justiça Federal,
aprovado pelo Conselho da Justiça Federal, em vigor na data do cálculo, observando-se a prescrição quinquenal.
As parcelas vencidas até o ajuizamento da ação deverão ser corrigidas monetariamente sem o cômputo de juros e limitadas em 60 (sessenta)
salários mínimos vigentes à época do ajuizamento, em face do limite de alçada deste Juizado, previsto no art. 3º, "caput", parte final, da Lei
nº10.259/01. Após, somadas estas às demais parcelas vencidas posteriores ao ajuizamento, deverão ser corrigidas e acrescidas de juros nos
termos do julgado.
Oficie-se ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS para o cumprimento da presente sentença, no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco)
dias, sob pena de multa diária na importância de 1/30 (um trinta avos) do valor do benefício.
Com o trânsito em julgado, expeça-se ofício requisitório referente aos valores atrasados.
Sem condenação nas custas processuais e honorários advocatícios nesta instância judicial. Caso haja interesse em recorrer desta decisão,
cientifico de que o prazo para recurso é de 10 (dez) dias.
Do exposto, EXTINGO O PROCESSO sem resolução de mérito nos termos do artigo 51, inciso I da Lei n.º 9.099/95.
Após o restabelecimento do auxílio-doença e a concessão do benefício de aposentadoria por invalidez, fica o INSS obrigado a apurar os
valores atrasados na forma e nos parâmetros estabelecidos nesta sentença, deduzindo quaisquer valores recebidos no período referentes a
benefícios inacumuláveis, indicando-os até o prazo máximo de 30 (trinta) dias após o trânsito em julgado da mesma, para o fim de expedição
de RPV ou Precatório.
São devidos os valores atrasados do auxílio-doença, no caso em espécie, desde a cessação do auxílio-doença concedido à parte autora (a
partir de 01/06/2018) e da aposentadoria por invalidez a partir da data do exame médico pericial (11/09/2018).
As parcelas vencidas até o ajuizamento da ação deverão ser corrigidas monetariamente sem o cômputo de juros e limitadas em 60 (sessenta)
salários mínimos vigentes à época do ajuizamento, em face do limite de alçada deste Juizado, previsto no art. 3º, "caput", parte final, da Lei nº
10.259/01. Após, somadas estas às demais parcelas vencidas posteriores ao ajuizamento, deverão ser corrigidas e acrescidas de juros nos
termos do julgado.
Os valores das diferenças deverão ser acrescidos de correção monetária e juros de mora conforme Manual de Cálculos da Justiça Federal,
aprovado pelo Conselho da Justiça Federal, em vigor na data do cálculo, observando-se a prescrição quinquenal.
Os juros de mora deverão ser calculados a contar da citação, de forma englobada quanto às parcelas anteriores e de forma decrescente para
as parcelas posteriores, até a data da conta de liquidação que der origem ao precatório ou à requisição de pequeno valor (RPV).
Oficie-se ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS para o cumprimento da presente sentença, no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco)
dias, sob pena de multa diária na importância de 1/30 (um trinta avos) do valor do benefício. O INSS, ao informar o cumprimento da decisão,
deverá evidenciar os dados sobre a concessão do benefício.
Com o trânsito em julgado, expeça-se ofício requisitório referente aos valores atrasados.
Sem condenação nas custas processuais e honorários advocatícios nesta instância judicial.
Caso haja interesse em recorrer desta decisão, cientifico de que o prazo para recurso é de 10 (dez) dias.
Oficie-se ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS para o cumprimento da presente sentença, no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco)
dias, sob pena de multa diária na importância de 1/30 (um trinta avos) do valor do benefício.
Sem condenação nas custas processuais e honorários advocatícios nesta instância judicial. Caso haja interesse em recorrer desta decisão,
cientifico de que o prazo para recurso é de 10 (dez) dias.
Oficie-se ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS para o cumprimento da presente sentença, no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco)
dias, sob pena de multa diária na importância de 1/30 (um trinta avos) do valor do benefício.
Sem condenação nas custas processuais e honorários advocatícios nesta instância judicial. Caso haja interesse em recorrer desta decisão,
cientifico de que o prazo para recurso é de 10 (dez) dias.
Após a concessão do benefício de aposentadoria por invalidez, fica o INSS obrigado a apurar os valores atrasados na forma e nos parâmetros
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 653/1770
estabelecidos nesta sentença, deduzindo quaisquer valores recebidos no período referentes a benefícios inacumuláveis, indicando-os até o
prazo máximo de 30 (trinta) dias após o trânsito em julgado da mesma, para o fim de expedição de RPV ou Precatório.
São devidos os valores atrasados da aposentadoria por invalidez a partir da data do exame médico pericial (12/09/2018).
As parcelas vencidas até o ajuizamento da ação deverão ser corrigidas monetariamente sem o cômputo de juros e limitadas em 60 (sessenta)
salários mínimos vigentes à época do ajuizamento, em face do limite de alçada deste Juizado, previsto no art. 3º, "caput", parte final, da Lei nº
10.259/01. Após, somadas estas às demais parcelas vencidas posteriores ao ajuizamento, deverão ser corrigidas e acrescidas de juros nos
termos do julgado.
Os valores das diferenças deverão ser acrescidos de correção monetária e juros de mora conforme Manual de Cálculos da Justiça Federal,
aprovado pelo Conselho da Justiça Federal, em vigor na data do cálculo, observando-se a prescrição quinquenal.
Os juros de mora deverão ser calculados a contar da citação, de forma englobada quanto às parcelas anteriores e de forma decrescente para
as parcelas posteriores, até a data da conta de liquidação que der origem ao precatório ou à requisição de pequeno valor (RPV).
O pagamento ora determinado deverá ser efetuado independentemente da existência de vínculo empregatício no período concomitante ao de
gozo do benefício previdenciário.
Oficie-se ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS para o cumprimento da presente sentença, no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco)
dias, sob pena de multa diária na importância de 1/30 (um trinta avos) do valor do benefício. O INSS, ao informar o cumprimento da decisão,
deverá evidenciar os dados sobre a concessão do benefício.
Com o trânsito em julgado, expeça-se ofício requisitório referente aos valores atrasados.
Sem condenação nas custas processuais e honorários advocatícios nesta instância judicial.
Caso haja interesse em recorrer desta decisão, cientifico de que o prazo para recurso é de 10 (dez) dias.
Oficie-se ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS para o cumprimento da presente sentença, no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco)
dias, sob pena de multa diária na importância de 1/30 (um trinta avos) do valor do benefício.
Sem condenação nas custas processuais e honorários advocatícios nesta instância judicial. Caso haja interesse em recorrer desta decisão,
cientifico de que o prazo para recurso é de 10 (dez) dias.
Com a concessão do benefício, fica o INSS obrigado a apurar os valores atrasados na forma e nos parâmetros estabelecidos nesta sentença,
deduzindo quaisquer valores recebidos no período referentes a benefícios inacumuláveis, indicando-os até o prazo máximo de 30 (trinta) dias
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 654/1770
após o trânsito em julgado da mesma, para o fim de expedição de RPV ou Precatório.
Os valores das diferenças deverão ser acrescidos de correção monetária e juros de mora conforme Manual de Cálculos da Justiça Federal,
aprovado pelo Conselho da Justiça Federal, em vigor na data do cálculo, observando-se a prescrição quinquenal.
Os juros de mora deverão ser calculados a contar da citação, de forma englobada quanto às parcelas anteriores e de forma decrescente para
as parcelas posteriores, até a data da conta de liquidação que der origem ao precatório ou à requisição de pequeno valor (RPV).
São devidos os valores atrasados, no caso em espécie, a partir da data do óbito (03/08/2017).
As parcelas vencidas até o ajuizamento da ação deverão ser corrigidas monetariamente sem o cômputo de juros e limitadas em 60 (sessenta)
salários mínimos vigentes à época do ajuizamento, em face do limite de alçada deste Juizado, previsto no art. 3º, "caput", parte final, da Lei
nº10.259/01. Após, somadas estas às demais parcelas vencidas posteriores ao ajuizamento, deverão ser corrigidas e acrescidas de juros nos
termos do julgado.
Oficie-se ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS para o cumprimento da presente sentença, no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco)
dias, sob pena de multa diária na importância de 1/30 (um trinta avos) do valor do benefício.
Com o trânsito em julgado, expeça-se ofício requisitório referente aos valores atrasados.
Sem condenação nas custas processuais e honorários advocatícios nesta instância judicial. Caso haja interesse em recorrer desta decisão,
cientifico de que o prazo para recurso é de 10 (dez) dias.
SENTENÇA EM EMBARGOS - 3
APLICA-SE AOS PROCESSOS ABAIXO O SEGUINTE DISPOSITIVO:
Ante o exposto, REJEITO os presentes embargos de declaração. Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
0001086-10.2016.4.03.6310 - 1ª VARA GABINETE - SENTENÇA EM EMBARGOS Nr. 2019/6310005543
AUTOR: DEVANIR DA SILVA CARVALHO (SP208893 - LUCIANA CRISTINA DANTAS REIS)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP210429 - LIVIA MEDEIROS DA SILVA)
0005300-78.2015.4.03.6310 - 1ª VARA GABINETE - SENTENÇA EM EMBARGOS Nr. 2019/6310005488
AUTOR: CARLOS CEZAR DE OLIVEIRA (SP353535 - DÉCIO JOSÉ DONEGÁ)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP210429 - LIVIA MEDEIROS DA SILVA)
FIM.
Sem condenação nas custas processuais e honorários advocatícios nesta instância judicial.
Sem a condenação nas custas processuais e honorários advocatícios nesta instância judicial.
Caso haja interesse em recorrer desta decisão, cientifico de que o prazo para recurso é de 10 (dez) dias.
Posto isso, julgo extinto o processo sem julgamento de mérito, com fundamento no disposto pelo inciso V, do art. 485, do Código de Processo
Civil.
P.R.I.
DESPACHO JEF - 5
0004049-20.2018.4.03.6310 - 1ª VARA GABINETE - DESPACHO JEF Nr. 2019/6310005378
AUTOR: APARECIDA DE FATIMA VENTURI DE ALMEIDA (SP135328 - EVELISE SIMONE DE MELO ANDREASSA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP210429 - LIVIA MEDEIROS DA SILVA)
Tendo em vista a petição do INSS, designo sessão de conciliação para o dia 29/04/2019, às 14h50min. Intime-se a parte autora para
comparecimento.
Designo o dia 24/04/2019, às 15:20 horas, para a realização da perícia médica na parte autora.
Nomeio para o encargo o Dr. MARCELLO TEIXEIRA CASTIGLIA, cadastrado neste Juizado.
A parte autora deverá comparecer à perícia acima agendada, munida de documento de identidade, exames periciais, radiografias e outros
documentos referentes ao seu estado de saúde.
Após a anexação do Laudo Pericial fica facultado às partes manifestarem-se no prazo de 10 (dez) dias.
Int.
Dê-se vista à parte autora do Ofício do Eg. Tribunal Regional Federal da 3ª Região informando do cancelamento da Requisição expedida
nestes autos, em razão de já existir uma Requisição (RPV nº 20150040900) em favor do(a) mesmo(a) requerente, expedida pelo Juizado
Especial Federal Cível de Ribeirão Preto, SP, processo originário n.º 20150040900.
Para demonstrar que inexiste identidade dos créditos, a parte autora deverá apresentar cópia da petição inicial, da sentença/ acórdão e dos
cálculos de liquidação da referida demanda, no prazo de 10 (dez) dias.
Int.
Nomeio para o encargo o Dr. MARCELLO TEIXEIRA CASTIGLIA, cadastrado neste Juizado.
A parte autora deverá comparecer à perícia acima agendada, a ser realizada neste Juízo, munida de documento de identidade, exames
periciais, radiografias e outros documentos referentes ao seu estado de saúde.
Após a anexação do Laudo Pericial fica facultado às partes manifestarem-se no prazo de 10 (dez) dias. Int.
Para a expedição da cópia certificada da procuração, é necessária a regularização da representação processual, mediante a anexação aos
autos de instrumento de mandato em que conste o nome da parte autora conforme o RPV e o CPF, com a alteração informada.
Tendo em vista a justificativa apresentada, intime-se a parte autora acerca da designação da data de 06/052019, às 10:30 horas.
Nomeio para o encargo a Dra. JOSMEIRY REIS PIMENTA CARRERI, cadastrada neste Juizado.
A parte autora deverá comparecer à perícia acima agendada, a ser realizada neste Juízo, munida de documento de identidade, exames
periciais, radiografias e outros documentos referentes ao seu estado de saúde.
Após a anexação do Laudo Pericial fica facultado às partes manifestarem-se no prazo de 10 (dez) dias. Int.
Nomeio para o encargo a Dra. JOSMEIRY REIS PIMENTA CARRERI, cadastrada neste Juizado.
A parte autora deverá comparecer à perícia acima agendada, a ser realizada neste Juízo, munida de documento de identidade, exames
periciais, radiografias e outros documentos referentes ao seu estado de saúde.
Após a anexação do Laudo Pericial fica facultado às partes manifestarem-se no prazo de 10 (dez) dias. Int.
Após, conclusos.
Tendo em vista a petição do INSS, designo sessão de conciliação para o dia 08/04/2019, às 15h20min. Intime-se a parte autora para
comparecimento.
Tendo em vista o saneamento da petição inicial e em atenção aos princípios que norteiam os Juizados Especiais determino o prosseguimento
do feito.
Designo o dia 16/04/2019, às 17:30 horas, para o exame pericial a ser realizado pela perita LÚCIA APARECIDA DE LUCENA – Serviço
Social, no endereço residencial da parte autora.
Após a anexação do Laudo Pericial fica facultado às partes manifestarem-se no prazo de 10 (dez) dias.
Int.
Tendo em vista a manifestação da parte autora, concedo-lhe prazo suplementar de 20 (vinte) dias para cumprimento integral do despacho
anexado aos autos em 08.02.2019.
Int.
Tendo em vista a manifestação da parte autora, concedo-lhe prazo suplementar de 30 (trinta) dias para cumprimento integral do despacho
anexado aos autos em 11.02.2019.
Int.
Na petição anexada aos autos em 28.02.2019 o INSS requereu a juntada do cálculo elaborado pelos contadores da autarquia-ré com o
montante apurado de R$ 21.162,84, após serem descontados os valores recebidos a título do NB 6046705006 nas vias administrativa e judicial
(Proc. 0012143-57.2012.826.0533).
Dessa forma, expeça-se o competente Ofício Requisitório de Pagamento conforme cálculos do INSS anexados aos autos em 28.02.2019, com
as observações pertinentes.
Int.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 660/1770
0000688-68.2013.4.03.6310 - 1ª VARA GABINETE - DESPACHO JEF Nr. 2019/6310005474
AUTOR: JOSE DOMINGOS SANTOS (SP258769 - LUCIANA RIBEIRO)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP210429 - LIVIA MEDEIROS DA SILVA)
Manifeste-se a parte autora, em cinco dias, nos termos do disposto pelo parágrafo 4º do art. 17 da lei nº 10.259/2001, que reza que:"§ 4o Se o
valor da execução ultrapassar o estabelecido no § 1o, o pagamento far-se-á, sempre, por meio do precatório, sendo facultado à parte
exeqüente a renúncia ao crédito do valor excedente, para que possa optar pelo pagamento do saldo sem o precatório, da forma lá prevista".
Int.
Dê-se vista à parte autora do Ofício da Autarquia-ré anexado aos autos em 20.02.2019 e arquivem-se.
Int.
Tendo em vista a manifestação da parte autora, concedo-lhe prazo suplementar de 10 (dez) dias para cumprimento integral do despacho
anexado aos autos em 25.02.2019.
Int.
Tendo em vista a necessidade de adequação da pauta, redesigno a audiência de conciliação, instrução e julgamento para o dia 10/04/2019 às
15 horas e 45 minutos.
Deverá a parte autora providenciar o comparecimento de suas testemunhas à audiência designada perante este Juízo, independentemente de
intimação.
Intimem-se.
No entanto, analisando o CNIS da parte autora (fl. 2, evento 12), bem os documentos anexados aos autos (fl. 17, evento 2), verifica-se que a
parte autora esteve em gozo do auxílio-doença NB nº 683132245 no período de 12/04/1994 a 30/09/1995.
Deste modo, manifeste a parte autora, no prazo de 10 dias, se renuncia ao pedido de reconhecimento e averbação de todo o período em que
esteve em gozo do auxílio-doença NB nº 683132245 (de 12/04/1994 a 30/09/1995).
Int.
Tendo em vista que na petição anexada aos autos em 08.02.2019 a parte autora noticia que o valor da RMI informado no Ofício anexado aos
autos em 17.01.2019 referente ao benefício 46/ 164.474.593-0 não corresponde com o valor efetivamente pago pelo réu, oficie-se à Autarquia-
ré para se manifestar de maneira fundamentada acerca da petição da parte autora anexada aos autos em 08.02.2019 e juntar o cálculo do
valor da RMI do benefício nos termos do julgado e os competentes demonstrativos de revisão/pagamento do benefício, no prazo de 15 (quinze)
dias.
Int.
Nada a deferir acerca da petição da parte autora anexada aos autos em 22.02.2019, vez que já foi expedido nos autos Ofício à Caixa
Econômica Federal (anexado aos autos em 30.09.2010) determinando a conversão do depósito judicial em conta judicial em nome da parte
autora, conforme despachos anexados aos autos em 07.04.2010 e 31.08.2010.
Int.
Tendo em vista a petição do INSS, designo sessão de conciliação para o dia 08/04/2019, às 14h50min. Intime-se a parte autora para
comparecimento.
Regularize o patrono da parte autora a sua inscrição no CPF, no prazo de 5 (cinco) dias, uma vez que há IRREGULARIDADE NA
SITUAÇÃO CADASTRAL na base de dados da Receita Federal.
Designo o dia 22/05/2019, às 14:30 horas, para a realização da perícia médica na parte autora.
Nomeio para o encargo a Dra. LUCIANA ALMEIDA AZEVEDO, cadastrada neste Juizado.
A parte autora deverá comparecer à perícia acima agendada, munida de documento de identidade, exames periciais, radiografias e outros
documentos referentes ao seu estado de saúde.
Após a anexação do Laudo Pericial fica facultado às partes manifestarem-se no prazo de 10 (dez) dias.
Int.
Expeça-se o competente Ofício Requisitório de Pagamento conforme cálculos da União anexados aos autos em 12.03.2019.
Int.
Ante a divergência entre os cálculos apresentados pelas partes, remetam-se os autos à Contadoria Judicial para elaborar cálculos/ parecer,
observando os índices de juros e correção monetária fixados no r. acórdão. O título executivo judicial deve ser cumprido nos seus exatos
termos.
Int.
Tendo em vista a petição do INSS, designo sessão de conciliação para o dia 29/04/2019, às 16h30min. Intime-se a parte autora para
comparecimento.
Nomeio para o encargo o Dr. MARCELLO TEIXEIRA CASTIGLIA, cadastrado neste Juizado.
A parte autora deverá comparecer à perícia acima agendada, a ser realizada neste Juízo, munida de documento de identidade, exames
periciais, radiografias e outros documentos referentes ao seu estado de saúde.
Após a anexação do Laudo Pericial fica facultado às partes manifestarem-se no prazo de 10 (dez) dias. Int.
Deverá a parte autora providenciar o comparecimento de suas testemunhas à audiência designada perante este Juízo, independentemente de
intimação.
Intimem-se.
Expeça-se o competente Ofício Requisitório de Pagamento conforme cálculos do INSS anexados aos autos em 21.02.2019.
Int.
Tendo em vista os depósitos judiciais anexados aos autos em 24.07.2018 e 22.03.2019, oficie-se à CEF para conversão dos depósitos judiciais
em contas judiciais em nome da parte autora (principal) e do causídico (honorários sucumbenciais).
Decorrido o prazo de 30 dias, sem manifestação contrária, arquivem-se. Com a conversão, fica autorizado o levantamento.
O ofício deverá ser instruído com cópia das petições/ cálculos da Telefônica anexados aos autos em 24.07.2018 e 22.03.2019.
Int.
Tendo em vista a comprovação do falecimento do autor originário e demais documentos constantes nos autos, defiro a habilitação da viúva
ELIANE JOELMA BARRAMANSA (CPF: 22699676829) e do filho menor do falecido e por ela representado: BRUNO EDUARDO
BARRAMANSA DE SOUZA (CPF: 50662964845), representada po nos termos dos arts. 687 do CPC. Anote-se no sistema.
Tendo em vista o trânsito em julgado, comprove o INSS, no prazo de 60 (sessenta) dias, o cumprimento da sentença/acórdão apresentando,
inclusive, planilha de cálculos demonstrando a existência ou não de valores das parcelas em atraso.
Havendo atrasados a calcular, a soma das parcelas vencidas até o ajuizamento da ação será corrigida monetariamente sem a incidência de
juros e limitada em 60 (sessenta) salários mínimos vigentes na data do ajuizamento em face do limite de alçada deste Juizado, previsto no art.
3º, “caput”, parte final, da Lei nº10.259/01; após a limitação, esse valor será atualizado até a data da conta com juros e correção monetária nos
termos do julgado e será somado ao total das parcelas vencidas posteriores ao ajuizamento atualizadas com juros e correção monetária nos
mesmos termos do julgado.
Apresente ainda, o INSS, em sua planilha de cálculos a quantidade de parcelas mensais (número de meses) a que se refere a condenação, nos
termos do Art. 34 da RESOLUÇÃO N. 168, DE 5 DE DEZEMBRO DE 2011 do Conselho da Justiça Federal, que trata do imposto de renda
sobre os Rendimentos Recebidos Acumuladamente (RRA).
Com a apresentação dos cálculos, expeça-se o competente ofício requisitório de pagamento.
Int.
Tendo em vista a manifestação/ documentos anexados aos autos em 07.01.2019, concedo à União Federal prazo de 10 (dez) dias para
apresentar o competente auto de penhora no rosto dos autos.
Int.
Tendo em vista a transação efetuada pelas partes e a desistência do recurso pelo INSS, certifique-se o trânsito em julgado.
Ademais, dou por quitada a execução.
Arquivem-se os autos.
Int.
Não conheço do recurso interposto pela parte autora em face de decisão proferida em fase de cumprimento de sentença por falta de previsão
legal.
Conforme art. 5º, da Lei 10.251/2001, somente será admitido recurso em face de sentença definitiva ou de medida cautelar (art. 4º).
Arquivem-se os autos.
Int.
Tendo em vista a petição do INSS, designo sessão de conciliação para o dia 29/04/2019, às 14h10min. Intime-se a parte autora para
comparecimento.
Não conheço do recurso interposto pelo INSS em face de decisão proferida em fase de cumprimento de sentença por falta de previsão legal.
Conforme art. 5º, da Lei 10.251/2001, somente será admitido recurso em face de sentença definitiva ou de medida cautelar (art. 4º).
Prossiga-se. Expeça-se o competente Ofício Requisitório de Pagamento conforme cálculos/ parecer da Contadoria Judicial anexados aos
autos em 04.02.2019.
Int.
Deverá a parte autora providenciar o comparecimento de suas testemunhas à audiência designada perante este Juízo, independentemente de
intimação.
Intimem-se.
Designo o dia 06/05/2019, às 11:30 horas, para a realização da perícia médica na parte autora.
Nomeio para o encargo a Dra. JOSMEIRY REIS PIMENTA CARRERI, cadastrada neste Juizado.
A parte autora deverá comparecer à perícia acima agendada, munida de documento de identidade, exames periciais, radiografias e outros
documentos referentes ao seu estado de saúde.
Após a anexação do Laudo Pericial fica facultado às partes manifestarem-se no prazo de 10 (dez) dias.
Int.
Designo o dia 14/05/2019, às 10:40 horas, para a realização da perícia médica na parte autora.
Nomeio para o encargo o Dr. CARLOS FERNANDO PEREIRA DA SILVA HERRERO, cadastrado neste Juizado.
A parte autora deverá comparecer à perícia acima agendada, munida de documento de identidade, exames periciais, radiografias e outros
documentos referentes ao seu estado de saúde.
Após a anexação do Laudo Pericial fica facultado às partes manifestarem-se no prazo de 10 (dez) dias.
Int.
Tendo em vista a manifestação do INSS anexada aos autos em 21.02.2019 e que os cálculos da CECON anexados aos autos em 29.08.2018 e
os cálculos da parte autora possuem a mesma data de atualização (para 08.2018), expeça-se o competente Ofício Requisitório
COMPLEMENTAR de Pagamento conforme cálculos da parte autora anexados aos autos em 13.02.2019, observando a dedução dos valores
já requisitados nos autos mediante a RPV nº 20180007425R.
Int.
Ante a indicação de perícia em especialidade diversa, contida no laudo pericial, intime-se a parte autora acerca da designação da data de
25/04/2019, às 14:00 horas.
Nomeio para o encargo o Dr. ANDRE LUIZ ARRUDA DOS SANTOS, cadastrado neste Juizado.
A parte autora deverá comparecer à perícia acima agendada, munida de documento de identidade, exames periciais, radiografias e outros
documentos referentes ao seu estado de saúde.
Após a anexação do Laudo Pericial fica facultado às partes manifestarem-se no prazo de 10 (dez) dias.
Int.
Intimem-se as partes.
Nomeio para o encargo a Dra. JOSMEIRY REIS PIMENTA CARRERI, cadastrada neste Juizado.
A parte autora deverá comparecer à perícia acima agendada, a ser realizada neste Juízo, munida de documento de identidade, exames
periciais, radiografias e outros documentos referentes ao seu estado de saúde.
Após a anexação do Laudo Pericial fica facultado às partes manifestarem-se no prazo de 10 (dez) dias. Int.
Não ocolho aos cálculos do INSS anexados aos autos em 28.02.02019, vez que não atualizou os valores conforme determinado no julgado.
Ademais, constata-se desnecessária, neste caso, a apresentação de novos cálculos referentes aos honorários sucumbenciais fixados no r.
acórdão.
Prossiga-se. Expeça-se o competente Ofício Requisitório de Pagamento referente aos honorários sucumbenciais no percentual de 10% (dez
por cento) sobre o valor da causa atualizado.
Int.
Tendo em vista que a fase executória foi extinta com a quitação da dívida, autorizo a conversão dos valores depositados em 21.02.2019 em
favor da Caixa Econômica Federal.
Tornem os autos ao arquivo.
Int.
Indefiro o pedido da parte autora de desistência do benefício, vez que a opção pela esfera judicial implica em submissão ao julgado.
Ou seja, ao eleger a via judicial a parte autora se submete, independente de sua concordância, ao resultado da ação.
Ademais, tendo em vista que o benefício concedido na sentença foi implantado e que há recurso do INSS pendente de julgamento, remetam-se
os autos a Turma Recursal.
Int.
Designo o dia 22/05/2019, às 15:00 horas, para a realização da perícia médica na parte autora.
Nomeio para o encargo a Dra. LUCIANA ALMEIDA AZEVEDO, cadastrada neste Juizado.
A parte autora deverá comparecer à perícia acima agendada, munida de documento de identidade, exames periciais, radiografias e outros
documentos referentes ao seu estado de saúde.
Após a anexação do Laudo Pericial fica facultado às partes manifestarem-se no prazo de 10 (dez) dias.
Int.
Nomeio para o encargo a Dra. JOSMEIRY REIS PIMENTA CARRERI, cadastrada neste Juizado.
A parte autora deverá comparecer à perícia acima agendada, a ser realizada neste Juízo, munida de documento de identidade, exames
Após a anexação do Laudo Pericial fica facultado às partes manifestarem-se no prazo de 10 (dez) dias. Int.
Dê-se vista à parte autora do Ofício do Eg. Tribunal Regional Federal da 3ª Região informando do cancelamento da Requisição expedida
nestes autos, em razão de já existir uma Requisição (RPV nº 20160167494) em favor do(a) mesmo(a) requerente, expedida pelo Juizado
Especial Federal Cível de Campinas, SP, processo originário n.º 00046262420154036303.
Para demonstrar que inexiste identidade dos créditos, a parte autora deverá apresentar cópia da petição inicial, da sentença/ acórdão e dos
cálculos de liquidação da referida demanda, no prazo de 10 (dez) dias.
Int.
Tendo em vista a petição do INSS, designo sessão de conciliação para o dia 06/05/2019, às 15h. Intime-se a parte autora para
comparecimento.
Tendo em vista a desistência do recurso pela parte autora, certifique-se o trânsito em julgado.
Prossiga-se. Expeça-se o competente Ofício Requisitório de Pagamento conforme sentença líquida.
Int.
Tendo em vista que a parte autora aceitou a proposta de acordo contida na preliminar do recurso do INSS, certifique-se o trânsito em julgado.
Ademais, tendo em vista os cálculos da parte autora anexados aos autos em 28.01.2019, intime-se o INSS para que se manifeste no prazo de
15 (quinze) dias.
Advirto que eventual impugnação da Autarquia-ré deverá ser acompanhada da memória de cálculo referente aos valores que entender
devidos.
Int.
Tendo em vista cálculos do INSS anexados aos autos em 12.03.2019, manifeste-se a parte autora, em cinco dias, nos termos do disposto pelo
parágrafo 4º do art. 17 da lei nº 10.259/2001, que reza que:"§ 4o Se o valor da execução ultrapassar o estabelecido no § 1o, o pagamento far-
se-á, sempre, por meio do precatório, sendo facultado à parte exeqüente a renúncia ao crédito do valor excedente, para que possa optar pelo
pagamento do saldo sem o precatório, da forma lá prevista".
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 674/1770
Após, expeça-se o ofício requisitório, conforme a opção da parte autora.
No silêncio, expeça o ofício requisitório na modalidade de precatório conforme cálculos do INSS anexados aos autos em 12.03.2019.
Int.
Designo o dia 24/04/2019, às 15:40 horas, para a realização da perícia médica na parte autora.
Nomeio para o encargo o Dr. MARCELLO TEIXEIRA CASTIGLIA, cadastrado neste Juizado.
A parte autora deverá comparecer à perícia acima agendada, munida de documento de identidade, exames periciais, radiografias e outros
documentos referentes ao seu estado de saúde.
Após a anexação do Laudo Pericial fica facultado às partes manifestarem-se no prazo de 10 (dez) dias.
Int.
Considerando o requerimento da parte autora, defiro a redesignação da audiência de conciliação, instrução e julgamento, anteriormente
agendada para o dia 10/04/2019, às 15 horas.
Deverá a parte autora providenciar o comparecimento de suas testemunhas à audiência designada perante este Juízo, independentemente de
intimação.
Intimem-se.
Tendo em vista o teor do julgado e a impugnação específica da parte autora aos cálculos do réu (anexada aos autos em 19.12.2018), concedo
ao INSS prazo de 10 (dez) dias para se manifestar e apresentar eventuais comprovantes de pagamentos realizados na seara administrativa
referentes ao período de 30.06.2008 a 01.08.2009 e o 13º salário correspondente.
Ademais, se o caso, deverá no mesmo prazo apresentar novos cálculos de liquidação contendo todas as parcelas devidas e não pagas até o
efetivo restabelecimento do benefício, nos termos do julgado.
Int.
Tendo em vista o Ofício de cumprimento anexado aos autos em 30.01.2019 e a existência de recurso interposto pelo INSS em face da
sentença pendente de julgamento, remetam-se os autos a Turma Recursal.
Int.
Recebo o pedido de reconsideração da parte autora nos moldes do artigo 331 do CPC.
Tendo em vista o tempestivo saneamento da petição inicial, anulo a sentença de extinção proferida e defiro o prosseguimento do feito.
Cite-se o réu.
Designo audiência de conciliação, instrução e julgamento para o dia 15/10/2019, às 16:00 horas, a ser realizada neste Juízo.
Deverá o autor providenciar o comparecimento de suas testemunhas à audiência designada perante este Juízo, independentemente de
intimação.
Int.
Nomeio para o encargo a Dra. LUCIANA ALMEIDA AZEVEDO, cadastrada neste Juizado.
A parte autora deverá comparecer à perícia acima agendada, a ser realizada neste Juízo, munida de documento de identidade, exames
periciais, radiografias e outros documentos referentes ao seu estado de saúde.
Após a anexação do Laudo Pericial fica facultado às partes manifestarem-se no prazo de 10 (dez) dias. Int.
Tendo em vista o despacho anexado aos autos em 15.02.2019 e a inércia da parte autora, arquivem-se os autos.
Int.
Designo o dia 24/04/2019, às 14:20 horas, para a realização da perícia médica na parte autora.
A parte autora deverá comparecer à perícia acima agendada, no seguinte endereço: Av. Campos Sales, 277, Vila Jones, Americana/SP,
munida de documento de identidade, exames periciais, radiografias e outros documentos referentes ao seu estado de saúde.
Após a anexação do Laudo Pericial fica facultado às partes manifestarem-se no prazo de 10 (dez) dias.
Intime-se.
Tendo em vista a petição do INSS, designo sessão de conciliação para o dia 06/05/2019, às 16h. Intime-se a parte autora para
comparecimento.
Verifica-se no Ofício da Autarquia-ré anexado aos autos em 11.10.2018 que o benefício 42/ 128.534.061-0 foi revisto com DIP em
01.08.2018.
Dessa forma, intime-se o INSS para que se manifeste acerca dos cálculos da parte autora anexados aos autos em 19.11.2018, no prazo de 15
(quinze) dias.
Advirto que eventual impugnação da Autarquia-ré deverá ser acompanhada da memória de cálculo referente aos valores que entender
devidos.
Int.
Tendo em vista o requerimento formulado pela parte autora, determino a expedição de Carta Precatória para oitiva das testemunhas arroladas.
Fica prejudicada a audiência de conciliação, instrução e julgamento designada para o dia 03/09/2019, às 16 horas.
Intimem-se.
Tendo em vista a necessidade de adequação da pauta, redesigno a audiência de conciliação, instrução e julgamento para o dia 10/04/2019 às
15 horas e 30 minutos.
Deverá a parte autora providenciar o comparecimento de suas testemunhas à audiência designada perante este Juízo, independentemente de
intimação.
Intimem-se.
A parte autora requer o reconhecimento da especialidade do labor exercido de 01.09.1995 a 07.01.2015. No entanto, verifica-se que a parte
autora esteve em gozo de auxílio-doença de natureza não acidentária (31/ 115.719.207-3) no período de 15.01.2000 a 14.03.2000.
Ademais, requereu, subsidiariamente, a reafirmação da DER, caso o autor não compute 25 anos de tempo de serviço especial até 07.01.2015,
vez que continua trabalhando em atividade supostamente especial.
Em vista da decisão proferida nos autos do Recurso Especial nº 1759098 / RS (2018/0204454-9 de 17/10/2018), por meio da qual foi submetida
a julgamento a questão acerca da “possibilidade de cômputo de tempo de serviço especial, para fins de inativação, do período em que o
segurado esteve em gozo de auxílio-doença de natureza não acidentária”, cadastrada como “Tema Repetitivo n. 998”, na base de dados do
Superior Tribunal de Justiça; e, tendo em vista a decisão proferida nos autos do Recurso Especial nº 1727063/SP (2018/0046508-9 de
22/08/2018), conjuntamente com o Recurso Especial nº 1727064/SP (2018/0046514-2 de 22/08/2018) e com o Recurso Especial nº 1727069/SP
(2018/0046520-6 de 22/08/2018), por meio dos quais se discute a possibilidade de reafirmação da DER (data de entrada do requerimento
administrativo) mediante o cômputo de tempo de contribuição posterior ao ajuizamento da ação, para fins de implementação dos requisitos
necessários à concessão de benefício previdenciário, questão submetida a julgamento no Tema Repetitivo n. 995/STJ, cumpra-se a
determinação de suspensão do trâmite do presente feito, sobrestando-o.
Int.
A parte autora requer, dentre outros períodos, o reconhecimento e averbação do período urbano laborado sob condições especiais de
02/10/1989 à 05/03/1997. No entanto, verifica-se que a parte autora esteve em gozo de auxílio-doença de natureza não acidentária no período
de 17/12/1996 a 21/05/1997.
Em vista da decisão proferida nos autos do Recurso Especial nº 1759098 / RS (2018/0204454-9 de 17/10/2018), por meio da qual foi submetida
a julgamento a questão acerca da “possibilidade de cômputo de tempo de serviço especial, para fins de inativação, do período em que o
segurado esteve em gozo de auxílio-doença de natureza não acidentária”, cadastrada como “Tema Repetitivo n. 998”, na base de dados do
Superior Tribunal de Justiça, cumpra-se a determinação de suspensão do trâmite do presente feito, sobrestando-o.
Int.
DECISÃO JEF - 7
5000274-18.2019.4.03.6134 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6310005477
AUTOR: PAULO MARTINS SORATO (SP198643 - CRISTINA DOS SANTOS REZENDE, SP369435 - BRUNA FURLAN GALLO)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP210429 - LIVIA MEDEIROS DA SILVA) BANCO
BRADESCO SA
Do exposto, DEFIRO o pedido de antecipação dos efeitos da tutela, determinando a imediata suspensão da cobrança com consequente
exclusão do nome da parte autora dos órgãos de proteção ao crédito SCPC/SERASA e outros equivalentes até decisão definitiva de mérito.
AUDIÊNCIA REDESIGNADA - 15
0000636-96.2018.4.03.6310 - 1ª VARA GABINETE - AUDIÊNCIA REDESIGNADA Nr. 2019/6310005428
AUTOR: JOSE CARLOS FERREIRA (SP210611 - ANDRE HEDIGER CHINELLATO)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP210429 - LIVIA MEDEIROS DA SILVA)
DECISÃO
Incialmente, defiro os benefícios da assistência judiciária gratuita, vez que foram preenchidos os requisitos presentes no artigo 4º da Lei
Federal nº 1.060/50.
Concedo o prazo de 05 (cinco) dias para que a parte autora apresente o endereço da testemunha a ser ouvida por Carta Precatória.
Int.
Incialmente, defiro os benefícios da assistência judiciária gratuita, vez que foram preenchidos os requisitos presentes na Lei Federal nº
1.060/50.
Tendo em vista o requerimento formulado pela parte autora (evento n. 23 dos autos digitgais), determino a expedição de Carta Precatória para
oitiva da testemunha arrolada.
Intimem-se.
Intimem-se.
ATO ORDINATÓRIO - 29
0000038-45.2018.4.03.6310 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6310002995
AUTOR: ODILA FRANCO BRONZATI (SP299659 - JULIO CESAR DE OLIVEIRA, SP343816 - MARCO ANTONIO DE SOUZA
SALUSTIANO, SP260201 - MANOEL GARCIA RAMOS NETO)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP210429 - LIVIA MEDEIROS DA SILVA)
Ciência às partes acerca da informação anexada aos autos, informando a data designada para o dia 26/03/2019 às 17:30h para oitiva de
testemunhas arroladas a ser realizada no Juízo deprecado.Int.
EXPEDIENTE Nº 2019/6312000285
DECISÃO JEF - 7
0002076-92.2016.4.03.6312 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6312007075
AUTOR: MARCELO RODRIGUES (SP338156 - FERNANDA GUARATY)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP238664 - JOSÉ FRANCISCO FURLAN ROCHA)
Vistos em decisão.
Nada a decidir quanto ao requerido na petição anexada em 16/01/2019, uma vez que, conforme se observa no ofício anexado em 26/04/2018, o
INSS já apurou o tempo de contribuição de acordo com a sentença prolatada.
Ressalto que o tempo apurado no “meu INSS”, é apenas uma simulação, conforme o próprio nome diz.
Ademais, se a parte autora entende que preencheu os requisitos para se aposentar na nova DER (em 07/06/2018), deve apenas apresentar
recurso administrativo no INSS juntando cópia da sentença e certidão de trânsito em julgado, no intuito de que o INSS considere os períodos já
analisados pelo Judiciário, ou deve ajuizar nova ação para somar eventuais períodos laborados após a DER (de 09/05/2016 – sentença) com
aqueles já reconhecidos pelo magistrado.
Arquivem-se os autos com baixa findo.
Intime-se a parte autora.
Vistos em decisão.
Inicialmente, concedo os benefícios da justiça gratuita, lembrando à parte autora, porém, que tal decisão pode ser reformada a qualquer tempo,
caso comprovada a falsidade da declaração de pobreza, sujeitando-a ademais, às penas da lei (art. 299 do Código Penal).
Determino a realização de perícia médica no dia 13/05/2019, às 16h00, no térreo deste Fórum da Justiça Federal, situado na Avenida Dr.
Teixeira de Barros, 741, Vila Prado, São Carlos, SP. Para tal, nomeio perito(a) o(a) Dr(a). Márcio Gomes, o(a) qual deverá proceder à
entrega do laudo em 30 (trinta) dias após o exame pericial. Na data da perícia a parte autora deverá se apresentar com 30 (trinta) minutos de
antecedência, munida de documento de identidade com foto, todas as Carteiras de Trabalho que possuir e, ainda, exames, atestados,
receituários e eventuais outros documentos relativos à(s) doença(s) alegada(s), sob pena de preclusão.
Considerando a peculiaridade da indicação dos assistentes técnicos do réu, INSS, haja vista tratar-se de autarquia federal que dispõe de vasto
quadro de profissionais, defiro a referida indicação, entretanto, o assistente que comparecer à perícia deverá identificar-se,
OBRIGATORIAMENTE, no balcão da Secretaria desta Vara, localizado no térreo deste Fórum Federal, mediante a apresentação de
documento funcional com foto ou equivalente, antes do início dos trabalhos periciais.
Faculto à parte autora a apresentação de quesitos e a indicação de assistente técnico no prazo de 10 (dez) dias, nos termos do art. 12, § 2° da
Lei 10.259/2001.
Apresentado o laudo, dê-se vista dos autos às partes para que se manifestem no prazo comum de 5 (cinco) dias.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 686/1770
Providencie a Secretaria as intimações necessárias.
No mais, pretende a parte autora antecipação de tutela jurisdicional a fim de obter a concessão de benefício auxílio doença previdenciário.
Passo à analise do pedido de antecipação de tutela.
Preceitua o artigo 300 do Código de Processo Civil, que a tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. Há que se observar, ademais, o disposto no artigo 311 do
Código de Processo Civil que menciona o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte.
Com efeito, “exige-se que os fatos, examinados com base na prova já carreada, possam ser tidos como fatos certos.” (Teori Albino Zavascki,
Antecipação da Tutela, Saraiva, 1997, p, 76). Pois bem, tanto a concessão/restabelecimento do auxílio-doença como da aposentadoria por
invalidez dependem da comprovação da qualidade de segurado, do cumprimento da carência e da incapacidade. A exigência de prova
inequívoca significa que a mera aparência do bom direito não basta e que a verossimilhança exigida pelo diploma processual é mais do que o
fumus boni juris com o qual se contenta o órgão jurisdicional ao conceder a tutela cautelar. Deve estar presente, assim, um certo grau de
probabilidade de que a decisão provisória será coincidente com a sentença. No presente caso, as provas que instruíram a petição inicial não
são suficientes à concessão do efeito antecipatório ora pleiteado, afigurando-se necessária a realização de perícia médica.
Destarte, INDEFIRO o pedido de antecipação dos efeitos da tutela.
Publique-se. Intime-se. Registrada eletronicamente.
Vistos em decisão.
TERMOS REGISTRADOS PELOS JUÍZES DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CÍVEL SÃO CARLOS
EXPEDIENTE Nº 2019/6312000286
ATO ORDINATÓRIO - 29
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 689/1770
APLICA-SE AOS PROCESSOS ABAIXO O SEGUINTE DISPOSITIVO:
Nos termos do artigo 93, XIV, da Constituição Federal, do artigo 162, parágrafo 4º, do Código de Processo Civil, e das
disposições da Portaria nº 018/2012 deste Juízo, datada de 14 de maio de 2012, expeço o presente ATO ORDINATÓRIO com
a finalidade de INTIMAÇÃO das partes para se manifestarem sobre o laudo do perito, no prazo de 15 (quinze) dias.
0000701-85.2018.4.03.6312 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6312000799
AUTOR: JOSE SEVERINO DA SILVA (SP293011 - DANILO FONSECA DOS SANTOS)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP238664 - JOSÉ FRANCISCO FURLAN ROCHA)
0002695-51.2018.4.03.6312 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6312000816
AUTOR: DIVA DA CRUZ REIS (SP083133 - VALDECIR RUBENS CUQUI)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP238664 - JOSÉ FRANCISCO FURLAN ROCHA)
0001463-04.2018.4.03.6312 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6312000800
AUTOR: EDSON BOTELHO DE ALVARENGA (SP238220 - RAFAEL ANTONIO DEVAL, SP086689 - ROSA MARIA TREVIZAN)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP238664 - JOSÉ FRANCISCO FURLAN ROCHA)
0001637-13.2018.4.03.6312 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6312000801
AUTOR: MARCELO XAVIER (SP400555 - RAYSSA FERNANDA PREDIN E SILVA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP238664 - JOSÉ FRANCISCO FURLAN ROCHA)
0002938-92.2018.4.03.6312 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6312000819
AUTOR: EDUARDO PAULO LEITAO DE OLIVEIRA (SP120077 - VALDECIR APARECIDO LEME)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP238664 - JOSÉ FRANCISCO FURLAN ROCHA)
0000005-15.2019.4.03.6312 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6312000795
AUTOR: APARECIDA DA SILVA FERNANDES (SP270530 - MARIA TERESA FIORINDO)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP238664 - JOSÉ FRANCISCO FURLAN ROCHA)
0002853-09.2018.4.03.6312 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6312000817
AUTOR: MARIA CRISTINA GROSSO (SP224751 - HELLEN CRISTINA PREDIN NOVAES)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP238664 - JOSÉ FRANCISCO FURLAN ROCHA)
0002901-65.2018.4.03.6312 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6312000808
AUTOR: FRANCISCO LAFAIETE GOMES (SP400555 - RAYSSA FERNANDA PREDIN E SILVA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP238664 - JOSÉ FRANCISCO FURLAN ROCHA)
0002961-38.2018.4.03.6312 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6312000820
AUTOR: LUCINDA APARECIDA TEODORO (SP218313 - MARIA HELENA DO CARMO COSTI)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP238664 - JOSÉ FRANCISCO FURLAN ROCHA)
0002438-26.2018.4.03.6312 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6312000802
AUTOR: LUCIANO SOARES DOS SANTOS (SP205286 - HÉLEN CRISTIANE MOREIRA SILVA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP238664 - JOSÉ FRANCISCO FURLAN ROCHA)
0002890-36.2018.4.03.6312 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6312000806
AUTOR: CLAUDIA SARES OLIVEIRA SANTOS (SP297349 - MARTINA CATINI TROMBETA BERTOLDO)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP238664 - JOSÉ FRANCISCO FURLAN ROCHA)
0000250-26.2019.4.03.6312 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6312000797
AUTOR: CLAUDIO ALEXANDRE MOMESSO (SP354270 - RODRIGO STROZZI)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP238664 - JOSÉ FRANCISCO FURLAN ROCHA)
0002991-73.2018.4.03.6312 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6312000812
AUTOR: VAGNER ROBERTO MANTOVANINI (SP225208 - CINTYA CRISTINA CONFELLA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP238664 - JOSÉ FRANCISCO FURLAN ROCHA)
0002875-67.2018.4.03.6312 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6312000805
AUTOR: LAIS LUZIA MARZICO PERRUZZI (SP293011 - DANILO FONSECA DOS SANTOS)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP238664 - JOSÉ FRANCISCO FURLAN ROCHA)
0002993-43.2018.4.03.6312 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6312000821
AUTOR: MARTA DO CARMO MUTILLI MAESTRELLO (SP289731 - FERNANDA QUAGLIO CASTILHO, SP380928 -
GUILHERME FRANCO DA CRUZ)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP238664 - JOSÉ FRANCISCO FURLAN ROCHA)
0002910-27.2018.4.03.6312 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6312000810
AUTOR: ADELMO PIRES (SP279280 - GUSTAVO BIANCHI IZEPPE)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP238664 - JOSÉ FRANCISCO FURLAN ROCHA)
0002944-02.2018.4.03.6312 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6312000811
AUTOR: MARCELO JOSE MAZZI (SP090014 - MARIA ANTONIETA VIEIRA DE FRANCO)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP238664 - JOSÉ FRANCISCO FURLAN ROCHA)
TERMOS REGISTRADOS PELOS JUÍZES DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CÍVEL SÃO CARLOS
EXPEDIENTE Nº 2019/6312000287
1. DO RESTABELECIMENTO DO BENEFÍCIO:
* O segurado terá a opção de solicitar administrativamente a prorrogação do benefício, na hipótese de entender que não terá condições de
retorno ao trabalho na data fixada como sendo a da cessação do benefício. Esse requerimento deverá ser feito em uma Agência da
Previdência Social nos 15 (quinze) dias que antecedem a cessação, nos termos do item 2.5 do Memorando-Circular Conjunto nº 6
/DIRSAT/DIRBEN/PFE/DIRAT/INSS.
* No caso da APSADJ verificar que na data da implantação do benefício falte menos de 30 dias para Data de Cessação de Beneficio (DCB),
prevista acima, ou já tenha passado o dia, será fixada a Data de Cessação do Benefício (DCB) em 30 dias a contar da implantação (para que
fique garantido, assim, o exercício do direito ao pedido de prorrogação do benefício).
2.1 Será pago o percentual de 100% dos valores atrasados referente ao período entre a DIB e a DIP, conforme apurado pela Contadoria
Judicial, que será atualizado monetariamente até o seu efetivo pagamento, com acréscimo de juros, estes a contar da citação ou, em não
havendo, da data da intimação do INSS para apresentação de proposto de acordo, tudo conforme previsto na Lei 11.960/09, observando a
prescrição quinquenal (se for o caso), e sendo o pagamento feito, exclusivamente, por meio de Precatório (ou RPV, se for o caso), a ser
expedido pelo Juízo, nos termos do art. 100 da CRFB/88;
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 691/1770
2.2. Ante ao que restou decido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no Recurso Extraordinário nº 870.947, a correção monetária sobre a
quantia totalizada será apurada pela TR até 20/09/2017 - data da decisão do STF. A partir de 20/09/2017 a correção será pelo IPCA-E.
Quanto aos juros moratórios, deverá ser observado o art. 1ºF da Lei nª 9.494/97, com redação da pela Lei nº 11.960/09, incidentes até a data
da conta de liquidação;
2.3 A conta deverá ser limitada a 60 salários mínimos em respeito ao teto dos Juizados Especiais Federais, ou seja, será excluído da quantia
apurado pela contadoria o montante de condenação que eventualmente exceda 60 salários mínimos (considerado o valor do salário mínimo da
data da propositura da ação), bem como excluído do cálculo eventual período concomitante em que tenha havido recebimento de benefício
previdenciário inacumulável, seguro-desemprego, remuneração do empregador ou recolhimento de contribuição social como contribuinte
individual;
3. As partes arcarão com o pagamento dos honorários de seus respectivos advogados, nos termos do §5º do art. 1º da Lei n° 9.469/97,
cabendo à parte autora o pagamento de eventuais custas judiciais;
4. A parte autora renuncia a eventuais direitos decorrentes do mesmo fato ou fundamento jurídico que deu origem à presente demanda, não
excluindo, porém, a possibilidade de novo pedido administrativo ou judicial nas hipóteses de nova moléstia ou situação fática superveniente (ex.
progressão da doença ou qualquer outra modificação fática);
5. O acordo não representa reconhecimento expresso ou tácito do direito cuja existência é alegada nesta demanda, apenas objetiva que o
processo termine mais rapidamente, favorecendo a todos os que litigam em Juízo, inclusive por propiciar a mais célere revisão do valor do
benefício e o pagamento de atrasados em demandas como esta;
6. Constatada, a qualquer tempo, a existência de litispendência, coisa julgada ou duplo pagamento, no todo ou em parte, referente ao objeto da
presente ação, a parte autora concorda, desde já, que seja a presente demanda extinta e, caso tenha sido efetuado duplo pagamento, que haja
desconto parcelado em seu benefício, até a completa quitação do valor pago a maior, monetariamente corrigido, nos termos do art. 115, inc. II,
da Lei nº 8.213, de 1991;
7. A parte autora, por sua vez, com a realização do pagamento do benefício, nos moldes acima, dará plena e total quitação do principal
(obrigação de fazer e diferenças devidas) e dos acessórios (correção monetária, juros, honorários de sucumbência, etc.) da presente ação,
obrigando-se, ainda, a se submeter aos exames médicos periódicos, a cargo da Previdência Social para verificação de eventual permanência
do estado de incapacidade;
8. Como já observado anteriormente, o segurado terá a opção de solicitar administrativamente a prorrogação do benefício, na hipótese de
entender que não terá condições de retorno ao trabalho. Esse requerimento deverá ser feito em uma Agência da Previdência Social nos 15
(quinze) dias que antecedem a cessação, nos termos do item 2.5 do Memorando-Circular Conjunto nº 6
/DIRSAT/DIRBEN/PFE/DIRAT/INSS;
9. Durante o período de gozo do auxílio-doença, o segurado estará proibido de exercer qualquer atividade remunerada;
10. O segurado fica obrigado a comunicar ao INSS o eventual retorno voluntário à sua atividade laboral, sob pena de responsabilização cível e
criminal. Essa comunicação deverá ser feita em uma Agência da Previdência Social, em até 5 (cinco) dias úteis após a data do efetivo retorno
ao trabalho;
11. No caso de o segurado retornar voluntariamente ao trabalho, o benefício por incapacidade poderá ser cessado na data do retorno,
independentemente da data indicada na no item 1 ou de realização de nova perícia, sem necessidade de qualquer consulta ou comunicação;
12. As partes concordam quanto à possibilidade de correção a qualquer tempo de eventuais erros materiais, na forma do inciso I do art. 494 do
CPC/2015.
Ante o exposto, julgo extinto o processo com resolução do mérito, com fundamento no art. 22, parágrafo único, da Lei 9.099/95, combinado
com o art. 1º da Lei 10.259/01. Certifique-se o trânsito em julgado, nos termos do art. 41 da Lei 9.099/95, e expeça-se o necessário ao
cumprimento do acordo entabulado.
Certificado o trânsito em julgado, remetam-se os autos à contadoria judicial para liquidação de sentença, nos termos do acordo acima
homologado.
Sentença registrada eletronicamente. Publique-se. Intimem-se.
1. DA CONCESSÃO DO BENEFÍCIO:
2.1 Será pago o percentual de 100% dos valores atrasados referente ao período entre a DIB e a DIP, conforme apurado pela Contadoria
Judicial, que será atualizado monetariamente até o seu efetivo pagamento, com acréscimo de juros, estes a contar da citação ou, em não
havendo, da data da intimação do INSS para apresentação de proposta de acordo, observando a prescrição quinquenal (se for o caso), e sendo
o pagamento feito, exclusivamente, por meio de RPV, a ser expedido pelo Juízo, nos termos do art. 100 da CRFB/88;
2.2 Ante ao que restou decido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no Recurso Extraordinário nº 870.947, a correção monetária sobre a
quantia totalizada será apurada pela TR até 20.09.2017 - data da decisão do STF. A partir de 20/09/2017 a correção será pelo IPCA-E.
Quanto aos juros moratórios, deverá ser observado o art. 1ºF da Lei nª 9.494/97;
2.3 A conta deverá ser limitada a 60 salários mínimos em respeito ao teto dos Juizados Especiais Federais, ou seja, será excluído da quantia
apurado pela contadoria o montante de condenação que eventualmente exceda 60 salários mínimos (considerado o valor do salário mínimo da
data da propositura da ação), bem como excluído do cálculo eventual período concomitante em que tenha havido recebimento de benefício
previdenciário inacumulável, seguro-desemprego, remuneração do empregador ou recolhimento de contribuição social como contribuinte
individual;
3. As partes arcarão com o pagamento dos honorários de seus respectivos advogados, nos termos do §5º do art. 1º da Lei n° 9.469/97,
cabendo à parte autora o pagamento de eventuais custas judiciais;
4. A parte autora renuncia a eventuais direitos decorrentes do mesmo fato ou fundamento jurídico que deu origem à presente demanda, não
excluindo, porém, a possibilidade de novo pedido administrativo ou judicial nas hipóteses de nova moléstia ou situação fática superveniente (ex.
progressão da doença ou qualquer outra modificação fática);
5. O acordo não representa reconhecimento expresso ou tácito do direito cuja existência é alegada nesta demanda, apenas objetiva que o
processo termine mais rapidamente, favorecendo a todos os que litigam em Juízo, inclusive por propiciar a mais célere revisão do valor do
benefício e o pagamento de atrasados em demandas como esta;
6. Constatada, a qualquer tempo, a existência de litispendência, coisa julgada ou duplo pagamento, no todo ou em parte, referente ao objeto da
presente ação, a parte autora concorda, desde já, que seja a presente demanda extinta e, caso tenha sido efetuado duplo pagamento, que haja
desconto parcelado em seu benefício, até a completa quitação do valor pago a maior, monetariamente corrigido, nos termos do art. 115, inc. II,
da Lei nº 8.213, de 1991;
7. A parte autora, por sua vez, com a realização do pagamento do benefício, nos moldes acima, dará plena e total quitação do principal
(obrigação de fazer e diferenças devidas) e dos acessórios (correção monetária, juros, honorários de sucumbência, etc.) da presente ação,
obrigando-se, ainda, a se submeter aos exames médicos periódicos, a cargo da Previdência Social para verificação de eventual permanência
do estado de incapacidade;
8. As partes concordam quanto à possibilidade de correção a qualquer tempo de eventuais erros materiais, na forma do inciso I do art. 494 do
CPC/2015.
Ante o exposto, julgo extinto o processo com resolução do mérito, com fundamento no art. 22, parágrafo único, da Lei 9.099/95, combinado
com o art. 1º da Lei 10.259/01. Certifique-se o trânsito em julgado, nos termos do art. 41 da Lei 9.099/95, e expeça-se o necessário ao
cumprimento do acordo entabulado.
Certificado o trânsito em julgado, remetam-se os autos à contadoria judicial para liquidação de sentença, nos termos do acordo acima
homologado. Sentença registrada eletronicamente. Publique-se. Intimem-se.
No caso do artigo 15, § 1º, da Lei 8.213/91, se o segurado já tiver vertido mais de 120 contribuições, o prazo é ampliado para 24 meses e, em
sendo o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho, o prazo é
acrescido de mais de 12 meses (§ 2º), ou seja, num total de 36 meses.
Quanto aos requisitos da qualidade de segurado e carência, o extrato do CNIS anexado aos autos em 26/03/2019, demonstra que a parte
autora foi beneficiária de auxílio-doença no período de 16/07/2013 a 21/06/2018, razão pela qual cumpriu os referidos requisitos na data de
início da incapacidade, em julho de 2014.
Assim, a parte autora faz jus à conversão do auxílio-doença NB 6028682555 em aposentadoria por invalidez a partir de 22/06/2018, dia
seguinte à cessação do referido auxílio-doença.
Afasto a manifestação do INSS, uma vez que o laudo está bem formulado e com a conclusão muito bem fundamentada, bem como o perito foi
expresso ao afirmar que a incapacidade da parte autora é total e permanente para o exercício de qualquer atividade, sendo insuscetível de
recuperação.
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
O dano moral é entendido por parte da doutrina e jurisprudência como a dor, o vexame, a tristeza e a humilhação. Parece-nos, todavia, que a
definição tradicional de dano moral mencionada merece reparo.
De fato, como ensina Carlos Roberto Gonçalvez, o dano moral “não é propriamente a dor, a angústia, o desgosto, a aflição espiritual, a
humilhação, o complexo que sofre a vítima do evento danoso, pois esses estados de espírito constituem o conteúdo, ou melhor, a consequência
do dano” (GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. 6. ed. São Paulo:Saraiva, 2011, v. 4, p. 377).
Desse modo, não se pode definir o dano moral pela consequência que ele causa, como faz parte da jurisprudência brasileira, sendo necessário
que se estabeleça o que realmente configura o dano moral.
A confusão entre o dano e sua eventual consequência é igualmente refutada por Maria Celina Bodin de Moraes, a qual ressalta que se “a
violação à situação jurídica subjetiva extrapatrimonial acarreta, ou não, um sentimento ruim, não é coisa que o Direito possa ou deva
averiguar” (MORAES, Maria Celina Bodin de. Danos à pessoa humana: uma leitura civil-constitucional dos danos morais. Rio de Janeiro:
Renovar, 2009, p. 131).
Outrossim, é de se notar, por exemplo, que a dor que experimenta os pais pela morte violenta do filho, o padecimento ou complexo de quem
suporta um dano estético, a humilhação de quem foi publicamente injuriado são estados de espírito contingentes e variáveis em cada caso, pois
cada pessoa sente a seu modo.
E não é outro o posicionamento de Maria Celina Bodin de Moraes, a qual ensina que a afirmação no sentido de que “o dano moral é ‘dor,
vexame, humilhação, ou constrangimento’ é semelhante a dar-lhe o epíteto de ‘mal evidente’. Através destes vocábulos, não se conceitua
juridicamente, apenas se descrevem sensações e emoções desagradáveis, que podem ser justificáveis, compreensíveis, razoáveis, moralmente
legítimas até, mas que, se não forem decorrentes de ‘danos injustos’, ou melhor, de danos a situações merecedoras de tutela por parte do
ordenamento, não são reparáveis” (MORAES, Maria Celina Bodin de, Danos à pessoa humana: uma leitura civil-constitucional dos danos
morais, Rio de Janeiro: Renovar, 2009, p. 130).
Pois bem, se considerarmos que essas expressões representam eventuais consequências de um dano moral, que são bastante subjetivas, pois a
dor e o vexame, por exemplo, podem se manifestar de forma diversa nas pessoas, bem como que essas consequências, quando não aliadas a
uma causa ilícita, não geram o direito à indenização por dano moral, então fica evidente a impropriedade de se buscar a existência de dor,
vexame ou humilhação para se afirmar a existência de dano moral.
Em realidade, a configuração atual do dano moral deve abandonar aquele conceito classicamente defendido e passar a ser reflexo da
metodologia “civil-constitucional”, que parte de uma visão unitária do ordenamento jurídico, fundada na tutela da pessoa humana e em sua
dignidade.
Desse modo, em sede de responsabilidade civil, ensina Maria Celina Bodin de Moraes que o dano moral consiste na “violação da cláusula
geral de tutela da pessoa humana, seja causando-lhe prejuízo material, seja violando direito (extrapatrimonial) seu, seja, enfim, praticando, em
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 696/1770
relação à sua dignidade, qualquer ‘mal evidente’ ou ‘perturbação’, mesmo se ainda no reconhecido como parte de alguma categoria jurídica”
(MORAES, Maria Celina Bodin de. Danos à pessoa humana: uma leitura civil-constitucional dos danos morais. Rio de Janeiro: Renovar, 2009,
p. 183-184).
O posicionamento da jurisprudência ao buscar o dano moral nos sentimentos de dor e humilhação, nas sensações de constrangimento ou
vexame é intuitivo, pois o que causa esses sentimentos é justamente o que fere nossa dignidade. Por conseguinte, o dano moral não tem causa
nesses sentimentos, mas sim é causado pela injusta violação de “uma situação jurídica subjetiva extrapatrimonial, protegida pelo ordenamento
jurídico através da cláusula geral de tutela da personalidade”. E conclui Maria Celina Bodin de Moraes: “A reparação do dano moral
transforma-se, então, na contrapartida do princípio da dignidade humana: é o reverso da medalha” (MORAES, Maria Celina Bodin de. Danos
à pessoa humana: uma leitura civil-constitucional dos danos morais. Rio de Janeiro: Renovar, 2009, p. 132-133).
Nessa linha, a configuração do dano moral nada tem a ver com os sentimentos mencionados, mas sim, como foi exposto, com a lesão à
dignidade do ser humano, protegida pelo ordenamento jurídico através da cláusula geral de tutela da personalidade.
Por conseguinte, fica evidente que não é cabível o pedido de indenização por danos morais pelo fato da parte autora ter sofrido indeferimento
de requerimento administrativo, a despeito de o indeferimento não ter sido mantido pela presente sentença, já que não se pode reconhecer a
lesão a direitos da personalidade no caso do mero fato da administração estar exercendo suas atribuições, seu juízo de valor. Realmente,
encontra-se no âmbito da competência do INSS rejeitar os pedidos de concessão de benefícios previdenciários que entende não terem
preenchido os requisitos necessários para o seu deferimento, não configurando nenhuma lesão a direito da personalidade o simples atuar da
administração pública.
No mesmo sentido, transcrevemos o seguinte julgado, o qual adotamos como razão de decidir:
“PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR IDADE. RURÍCOLA. INÍCIO RAZOÁVEL DE PROVA MATERIAL. PERÍODO
DE CARÊNCIA. TERMO INICIAL. DANOS MORAIS. VERBAS ACESSÓRIAS. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CUSTAS.
IMPLANTAÇÃO DO BENEFÍCIO.
I -A atividade rurícola resulta comprovada, se a parte autora apresentar razoável início de prova material respaldada por prova testemunhal
idônea.
II - Aos trabalhadores rurais, a lei previdenciária dispensou expressamente o período de carência, bastando comprovar, tão-somente, o
exercício da atividade rural (art. 143 da Lei nº 8.213/91).
III - A correção monetária incide sobre as prestações em atraso, desde os respectivos vencimentos, na forma da Súmula 8 do E. TRF da 3ª
Região, observada a legislação de regência especificada na Portaria nº 92/2001 DF-SJ/SP, de 23 de outubro de 2001, editada com base no
Provimento nº 26/01 da E. Corregedoria-Geral da Justiça da 3ª Região.
IV - Os juros moratórios devem ser calculados de forma globalizada para as parcelas anteriores à citação e de forma decrescente para as
prestações vencidas após tal ato processual, observada a taxa de 6% ao ano até 10.01.2003 e, a partir de 11.01.2003, será considerada a taxa
de 1% ao mês, nos termos do art. 406 do Código Civil e do art. 161, § 1º, do Código Tributário Nacional incidindo tais juros até a data de
expedição do precatório, caso este seja pago no prazo estabelecido pelo art. 100 da CF/88 (STF, RE n.º
298.616-SP).
V - É firme a jurisprudência desta Corte no sentido de que, havendo requerimento administrativo (fls.09), o termo inicial do benefício deve ser
fixado a contar da data de tal requerimento (30.01.2002).
VI - Descabe o pedido da parte autora quanto ao pagamento de indenização pelo INSS por danos morais que alega ter sofrido com o
indeferimento de seu requerimento administrativo. No caso em tela, não restou configurada a hipótese de responsabilidade do INSS, tendo em
vista que se encontra no âmbito de sua competência rejeitar os pedidos de concessão de benefícios previdenciários que entende não terem
preenchido os requisitos necessários para seu deferimento.
VII - Nas ações que versem sobre benefícios previdenciários, os honorários advocatícios devem ser fixados em 15% sobre o valor das
prestações vencidas até a data do presente julgamento, uma vez que a ação foi julgada improcedente no r. juízo "a quo".
VIII - A autarquia está isenta de custas e emolumentos.
IX - O benefício deve ser implantado de imediato, tendo em vista a nova redação dada ao "caput" do artigo 461 do CPC, pela Lei nº 10.444/02.
X - Apelação da parte autora parcialmente provida.
Data Publicação 27/09/2004.
Acórdão Origem: TRIBUNAL - TERCEIRA REGIÃO; Classe: AC - APELAÇÃO CIVEL – 930273; Processo: 200403990126034 UF: SP
Órgão Julgador: DÉCIMA TURMA; Data da decisão: 31/08/2004 Documento: TRF300085560; Fonte DJU DATA:27/09/2004 PÁGINA:
259; Relator(a) JUIZ SERGIO NASCIMENTO; Decisão A Turma, por maioria de votos, rejeitou a Questão de Ordem proposta pelo
Desembargador Federal SÉRGIO NASCIMENTO, para julgar o requerimento proposto pelo Advogado Dr. Álvaro Guilherme Serôdio Lopes,
no sentido de que se procedesse a leitura do voto antes da sustentação oral, nos termos do voto do Desembargador Federal CASTRO
GUERRA.Vencido o Desembargador Federal SÉRGIO NASCIMENTO, que a acolhia.
Prosseguindo no julgamento, A Turma, por unanimidade de votos, deu parcial provimento à apelação da autora, nos termos do voto do Relator.
(grifo nosso).
Portanto, tenho que o pedido de indenização por danos morais deve ser indeferido, haja vista que não foi comprovada a ocorrência de dano aos
direitos da personalidade da parte autora.
Diante do exposto, julgo PARCIALMENTE ROCEDENTE a demanda, condenando o réu a conceder o benefício de aposentadoria por
invalidez a partir de 22/06/2018, pelo que extingo o processo com resolução do mérito, com fulcro no artigo 487, inciso I, do Código de
Processo Civil.
Entendo que os requisitos para a medida de urgência, nessa fase processual, revelam-se presentes, notadamente em razão do fundado receio
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 697/1770
de dano irreparável ou de difícil reparação (saúde precária da parte autora) e a verossimilhança das alegações (incapacidade atestada em
perícia), razão pela qual CONCEDO A TUTELA ANTECIPADA, determinando que o INSS proceda à implantação do benefício de
aposentadoria por invalidez em prol da parte autora, com pagamento das prestações mensais, por força dos efeitos da antecipação de tutela
ora concedidos, a partir da competência de março de 2019, no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data de sua ciência, ficando as prestações
atrasadas a serem liquidadas e executadas no momento oportuno. Anoto, desde já, que este tópico é autônomo em relação ao restante da
sentença, devendo ser imediatamente cumprido, não se suspendendo pela interposição de recurso.
Condeno o(a) vencido(a) ao pagamento das prestações vencidas, calculadas na forma do Manual de Cálculos da Justiça Federal em vigor,
aplicados os juros de mora, nos termos do art. 1º-F da Lei 9.494/97, com redação dada pela Lei 11.960/09, descontados valores recebidos a
título de auxílio-doença e observada a prescrição quinquenal, se for o caso.
Nos termos do artigo 12, § 1º da Lei 10.259/01 condeno o INSS a restituir as despesas processuais com a(s) perícia(s), devendo as requisições
para reembolso dos honorários periciais serem expedidas após o trânsito em julgado e/ou homologação do acordo (Ofício Circular n.º T3-OCI-
2012/00041).
Por fim, destaco que, ressalvado o disposto no art. 101, § 1º da Lei 8.213/91, a aposentadoria por invalidez é um benefício que possibilita a
reavaliação administrativa quanto à incapacidade do segurado, o que pode ser feito após o prazo de 2 anos, conforme preceituam os artigos 47
da Lei 8.213/91 e 46, parágrafo único do Decreto 3.048/99.
Sem condenação em custas e honorários advocatícios, nos termos do art. 55 da Lei 9.099/95.
Após o trânsito em julgado promova-se a liquidação das parcelas vencidas e expeça-se RPV ou precatório para o pagamento dos atrasados.
Publique-se. Intimem-se. Sentença registrada eletronicamente.
No caso do artigo 15, § 1º, da Lei 8.213/91, se o segurado já tiver vertido mais de 120 contribuições, o prazo é ampliado para 24 meses e, em
sendo o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho, o prazo é
acrescido de mais de 12 meses (§ 2º), ou seja, num total de 36 meses.
No tocante aos requisitos qualidade de segurado e carência, o extrato do CNIS, anexado em 26/03/2019, demonstra que a parte autora possuiu
vínculo empregatício desde 08/05/2018, razão peal qual cumpriu referidos requisitos da data do início da incapacidade, em 20/07/2018, nos
termos dos artigos 26, II e 151 da Lei 8.213/91, uma vez que o autor é portador de neoplasia maligna (resposta ao quesito 19 do laudo).
Por derradeiro, quanto ao fato de ter iniciado o vínculo empregatício, observo que a parte está incapacitada desde 20/07/2018 (conforme laudo
pericial). Assim sendo, o retorno ao trabalho não pode ser interpretado em desfavor da parte autora, que, a nosso ver, necessitando garantir o
sustento de sua família, veio a trabalhar mesmo sem nenhuma condição para tanto.
Por fim, destaco que o fato da parte autora, eventualmente, ter laborado durante o período que deveria ter recebido o benefício por
incapacidade não afasta a implementação do mesmo, conforme Súmula 72, da TNU.
“É possível o recebimento de benefício por incapacidade durante período em que houve exercício de atividade remunerada quando
comprovado que o segurado estava incapaz para as atividades habituais na época em que trabalhou.’
Assim sendo, considerando que o início da incapacidade restou fixado em 20/07/2018, a parte autora faz jus à concessão do benefício de
auxílio-doença desde 30/07/2018 (DER – docs. fls. 21), podendo ser reavaliada a qualquer momento pelo INSS, uma vez que já expirado o
prazo sugerido pelo perito para reavaliação.
Analisando as alegações da parte autora, constato que as mesmas não modificariam o resultado da perícia, levando em consideração que o
laudo está bem formulado e com a conclusão muito bem fundamentada.
Diante do exposto, julgo PROCEDENTE o pedido, condenando o réu a conceder o benefício de auxílio-doença desde 30/07/2018, podendo
reavaliar a parte autora a qualquer momento, pelo que extingo o processo com resolução do mérito, com fulcro no artigo 487, inciso I, do
Código de Processo Civil.
Entendo que os requisitos para a medida de urgência, nessa fase processual, revelam-se presentes, notadamente em razão do fundado receio
de dano irreparável ou de difícil reparação (saúde precária da parte autora) e a verossimilhança das alegações (incapacidade atestada em
perícia), razão pela qual CONCEDO A TUTELA ANTECIPADA, determinando que o INSS proceda à concessão do benefício de auxílio-
doença em prol da parte autora, com pagamento das prestações mensais, por força dos efeitos da antecipação de tutela ora concedidos, a
partir da competência de março de 2019, no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data de sua ciência, ficando as prestações atrasadas a serem
liquidadas e executadas no momento oportuno. Anoto, desde já, que este tópico é autônomo em relação ao restante da sentença, devendo ser
imediatamente cumprido, não se suspendendo pela interposição de recurso.
Condeno o(a) vencido(a) ao pagamento das prestações vencidas, acrescidas de correção monetária e juros de mora que se dará nos termos
da legislação previdenciária, bem como na forma do Manual de Cálculos da Justiça Federal em vigor, descontados os valores recebidos a título
de auxílio-doença, se for o caso.
Nos termos do artigo 12, § 1º da Lei 10.259/01 condeno o INSS a restituir as despesas processuais com a(s) perícia(s), devendo as requisições
para reembolso dos honorários periciais serem expedidas após o trânsito em julgado e/ou homologação do acordo (Ofício Circular n.º T3-OCI-
2012/00041).
Sem condenação em custas e honorários advocatícios, nos termos do art. 55 da Lei 9.099/95.
Após o trânsito em julgado promova-se a liquidação das parcelas vencidas e expeça-se RPV ou precatório para o pagamento dos atrasados.
Publique-se. Intimem-se. Sentença registrada eletronicamente.
TERMOS REGISTRADOS PELOS JUÍZES DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CÍVEL ADJ. CARAGUATATUBA
EXPEDIENTE Nº 2019/6313000067
TERMOS REGISTRADOS PELOS JUÍZES DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CÍVEL ADJ. CARAGUATATUBA
EXPEDIENTE Nº 2019/6313000068
DECISÃO JEF - 7
0000384-50.2019.4.03.6313 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6313003324
AUTOR: AMAURI VICENTE FERREIRA FILHO (SP208182 - ALINE CRISTINA MESQUITA MARCAL)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP198573 - ROBERTO CURSINO DOS SANTOS
JUNIOR)
Vistos.
Trata-se de processo que tem por objeto a concessão de benefício previdenciário de aposentadoria por invalidez ou auxílio-doença.
O sistema de verificação de prevenção apontaram a anterior distribuição dos feitos nº 00003400220174036313, 00000461320184036313 que
tramitou neste Juizado Especial Federal, os quais apresentaram identidade de partes e assunto.
Verifico, porém, que o primeiro processo possue requerimento administrativo diverso da atual demanda e o segundo processo foi julgado
procedente, sendo o benefício cessado administrativamente após o término do prazo de concessão determinado na sentença e tratando-se de
pedido de benefício de trato sucessivo, distinta é a causa de pedir. Desta forma, deve o presente feito ter seu regular prosseguimento.
Defiro a gratuidade de justiça requerida, observado o art. 12 da Lei 1.060/50, face à declaração de hipossuficiência econômica.
Indefiro a antecipação dos efeitos da tutela de urgência, porquanto ausente os elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo
de dano ou risco ao resultado útil do processo, sendo necessária a dilação probatória (perícia médica judicial) para aferir os requisitos exigidos
para a concessão do pedido.
Cite-se o INSS.
Intimem-se.
Desta forma, levando em conta a sentença não terminativa não fez coisa julgada material deve esta demanda ter seu deslinde normalmente,
sem óbices .
Defiro a gratuidade de justiça requerida, observado o art. 12 da Lei 1.060/50, face à declaração de hipossuficiência econômica, bem como a
prioridade na tramitação processual, conforme art. 1.048, do CPC. Anote-se.
Cite-se.
Verifica-se que o valor, de caráter alimentar, encontra-se disponível para levantamento desde 30/07/2018.
Tendo em vista que as partes devem colaborar efetivamente com o exercício da jurisdição, o disposto nos artigos 77, IV, do CPC, 32 e 34, XI,
da Lei 8.906/94, determino nova intimação da parte, através de seu advogado(a) constituído(a), para que no prazo de 10 (dez) dias, informe o
efetivo levantamento, ou apresente justificativa de não fazê-lo.
Novamente decorrido o prazo sem manifestação, venham os autos conclusos para deliberação.
Cumpra-se.
Desta forma, distinta é a causa de pedir, sendo o benefício cessado administrativamente após o término do prazo de concessão determinado
na sentença. Desta forma, por se tratar de benefício de trato sucessivo, distintos são os pedidos, devendo o presente feito ter seu regular
prosseguimento.
Defiro a gratuidade de justiça requerida, observado o art. 12 da Lei 1.060/50, face à declaração de hipossuficiência econômica. Anote-se.
Examinando o pedido de medida antecipatória formulado pela parte autora, verifico não se acharem presentes os pressupostos necessários à
sua concessão. A celeridade e informalidade do processamento dos feitos neste Juizado Especial enfraquecem sobremaneira as alegações de
“periculum in mora” justificadoras da medida requerida. Neste sentido, somente em situações especiais, onde exista a iminência de danos
Não basta alegar que se trata de ação que tem por objeto prestações de cunho alimentício, porquanto tal é o objeto de todas as causas em
curso neste Juizado Especial. No caso presente, seria necessário que a parte autora tivesse trazido prova de estar na iminência de sofrer dano
irreparável ou de difícil reparação, o que não foi feito.
Neste caso é indispensável a realização de perícia médica, pois a prova técnica produzida no processo é determinante em casos que a
incapacidade somente pode ser aferida por perito médico, não tendo o juiz conhecimento técnico para formar sua convicção sem a ajuda de
profissional habilitado.
A possibilidade de concessão de nova medida liminar será apreciada na ocasião da prolação da sentença.
Cite-se. Intimem-se.
O prazo inicial para a implantação do benefício deve se dar a partir da intimação do próprio INSS, através de sua Procuradoria, e não a partir
da notificação da APADJ, sendo ônus do INSS como parte realizar as devidas comunicações internas para o efetivo cumprimento da decisão.
Tendo em vista que já transcorrido prazo mais do que razoável para o cumprimento da tutela, fixo a pena de multa-diária de R$ 200,00
(duzentos reais) por dia de atraso, a incidir a partir do eventual decurso do prazo fixado nesta decisão.
Cumpra-se.
Expeça-se ofício com efeito de alvará à CEF, agência Caraguatatuba, autorizando a liberação dos valores do RPV:
Expedido e protocolado o referido ofício, intime-se a parte autora informar nos autos o efetivo levantamento do RPV para verificação deste
Juizo. Prazo: 10 (dez) dias.
Cumpra-se.
I.
O prazo inicial para a implantação do benefício deve se dar a partir da intimação do próprio INSS, através de sua Procuradoria, e não a partir
da notificação da APADJ, sendo ônus do INSS como parte realizar as devidas comunicações internas para o efetivo cumprimento da decisão.
Tendo em vista que já transcorrido prazo mais do que razoável para o cumprimento da tutela, fixo a pena de multa-diária de R$ 200,00
(duzentos reais) por dia de atraso, a incidir a partir do eventual decurso do prazo fixado nesta decisão.
Sem prejuizo do acima disposto, dê-se ciência à parte autora da liberação dos valores pagos por Requisitório de Pequeno Valor – RPV.
Para obter informação sobre o banco em que se encontra depositado o valor, a parte autora deverá consultar o endereço eletrônico
www.trf3.jus.br, no link “REQUISIÇÕES DE PAGAMENTO”, que poderá ser impresso para facilitar o atendimento e localização da conta
na agência bancária.
Cumpra-se.
I.
Verifica-se que o valor, de caráter alimentar, encontra-se disponível para levantamento desde 27/09/2018.
Tendo em vista que as partes devem colaborar efetivamente com o exercício da jurisdição, o disposto nos artigos 77, IV, do CPC, 32 e 34, XI,
da Lei 8.906/94, determino nova intimação da parte, através de seu advogado(a) constituído(a), para que no prazo de 10 (dez) dias, informe o
efetivo levantamento, ou apresente justificativa de não fazê-lo.
Novamente decorrido o prazo sem manifestação, venham os autos conclusos para deliberação.
Cumpra-se.
Vistos, etc.
Até a presente data não foi comprovado o cumprimento da averbação determinada na sentença transitada em julgado, apesar de intimado e
oficiado por duas vezes o INSS.
Do exposto, intime-se e oficie-se o INSS para que comprove o integral cumprimento da sentença transitada em julgado. PRAZO: 15 (quinze)
dias.
O prazo inicial para o cumprimento da obrigação de fazer deve se dar a partir da intimação do próprio INSS, através de sua Procuradoria, e
não a partir da notificação da APADJ, sendo ônus do INSS como parte realizar as devidas comunicações internas para o efetivo cumprimento
da decisão.
Tendo em vista que já transcorrido prazo mais do que razoável para o cumprimento da sentença, fixo a pena de multa-diária de R$ 100,00
(cem reais) por dia de atraso, a incidir a partir do eventual decurso do prazo fixado nesta decisão.
Oficie-se, autorizada a comunicação eletrônica para celeridade da ciência desta decisão.
Comprovado o cumprimento, dê–se ciência à parte autora, e, após, arquivem-se os autos.
Cumpra-se. Intimem-se.
Intimada, a parte autora apresentou contrarrazões ao recurso interposto, reiterou pedido de cumprimento da tutela, e requereu a expedição de
RPV “tendo em vista que o recurso não atacou o objeto da ação, em relação ao pedido propriamente dito, existe a viabilidade da expedição de
ofício requisitório da RPV, o que desde logo requer”.
Conforme se verifica do teor da sentença proferida, foi determinado o pagamento dos atrasados após o trânsito em Julgado (“Havendo trânsito
em julgado, deverá o INSS manter o benefício conforme determinado nesta sentença sob as penalidades da lei, bem como ser expedido pela
Secretaria ofício requisitório para pagamento dos atrasados”).
Em relação ao não cumprimento da tutela até a presente data, oficie-se e intime-se o INSS para que, no prazo de 05 (cinco) dias a partir da
intimação desta decisão, cumpra a tutela concedida na sentença proferida, visto se tratar de verba de nítido caráter alimentar de que a parte
autora depende para sua subsistência.
O prazo inicial para a implantação do benefício deve se dar a partir da intimação do próprio INSS, através de sua Procuradoria, e não a partir
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 710/1770
da notificação da APADJ, sendo ônus do INSS como parte realizar as devidas comunicações internas para o efetivo cumprimento da decisão.
Fixo a pena de multa-diária de R$ 100,00 (cem reais) por dia de atraso, a incidir a partir de eventual decurso do prazo fixado nesta decisão.
Com a implantação do benefício, subam os autos para a Turma Recursal para julgamento do recurso interposto pelo réu.
I.
Vistos, etc.
Trata-se de ação pelo rito sumaríssimo proposta por MARCAL HENRIQUES FILHO em face do Instituto Nacional do Seguro Social –
INSS, objetivando a concessão do beneficio de aposentadoria por tempo de serviço, bem como o reconhecimento e averbação de tempo
especial.
A inicial foi instruída com documentos.
O art. 3º da Lei n° 10.259/2001 fixa a competência do Juizado Especial Federal para processar e julgar causas de competência da Justiça
Federal que não ultrapassem 60 salários mínimos. Estabelece no § 3º que “no foro onde estiver instalada Vara do Juizado Especial, a sua
competência é absoluta”.
No presente caso, o valor da causa ultrapassa os 60 salários mínimos, ou seja, os atrasados totalizaram o valor de R$ 91.956,96 (noventa e um
mil, novecentos e cinquenta e seis reais e noventa e seis centavos).
Diante do exposto, reconheço a incompetência deste Juizado Especial Federal para processar e julgar o feito, pelo que determino a remessa
dos autos à 1ª Vara Federal de Caraguatatuba (PJe), dando-se baixa na distribuição.
Intimem-se.
Desta forma, distinta é a causa de pedir, sendo o benefício cessado administrativamente após o término do prazo de concessão determinado
na sentença. Desta forma, por se tratar de benefício de trato sucessivo, distintos são os pedidos, devendo o presente feito ter seu regular
prosseguimento.
Defiro a gratuidade de justiça requerida, observado o art. 12 da Lei 1.060/50, face à declaração de hipossuficiência econômica. Anote-se.
Em vista a infortuna notícia do falecimento da autora, inócua se tornou a medida liminar requerida na inicial, devendo esta demanda seguir os
trâmites legais necessários para sua conclusão. Como há a devida habilitação dos sucessores nos autos, com perícia indireta agendada para
apresentação dos documentos médicos necessários para a comprovação da doença da autora, prossiga o feito.
Aproveito a oportunidade para desejar aos familiares e amigos da falecida, bem como todos a qual a ela guardavam carinho e consideração,
em nome deste juízo, profundas estimas.
Cite-se.Intime-se
- Declaração da empresa de 12/11/2018 na qual declara que a parte autora é encarregado de elétrica, descrevendo funções desempenhadas
(documento anexo nº. 31).
O prazo inicial para a implantação do benefício deve se dar a partir da intimação do próprio INSS, através de sua Procuradoria, e não a partir
da notificação da APADJ, sendo ônus do INSS como parte realizar as devidas comunicações internas para o efetivo cumprimento da decisão.
Fixo a pena de multa-diária de R$ 100,00 (cem reais) por dia de atraso, a incidir a partir de eventual decurso do prazo fixado nesta decisão.
Com o cumprimento, remetam-se os autos à Contadoria Judicial para apuração de eventuais valores atrasados, se o caso.
Desta forma, distinta é a causa de pedir, sendo o benefício cessado administrativamente após o término do prazo de concessão determinado
na sentença. Desta forma, por se tratar de benefício de trato sucessivo, distintos são os pedidos, devendo o presente feito ter seu regular
prosseguimento.
Defiro a gratuidade de justiça requerida, observado o art. 12 da Lei 1.060/50, face à declaração de hipossuficiência econômica. Anote-se
Examinando o pedido de medida antecipatória formulado pela parte autora, verifico não se acharem presentes os pressupostos necessários à
sua concessão. A celeridade e informalidade do processamento dos feitos neste Juizado Especial enfraquecem sobremaneira as alegações de
“periculum in mora” justificadoras da medida requerida. Neste sentido, somente em situações especiais, onde exista a iminência de danos
irreparáveis ao segurado, é possível a concessão de prestação jurisdicional emergencial.
Não basta alegar que se trata de ação que tem por objeto prestações de cunho alimentício, porquanto tal é o objeto de todas as causas em
curso neste Juizado Especial. No caso presente, seria necessário que a parte autora tivesse trazido prova de estar na iminência de sofrer dano
irreparável ou de difícil reparação, o que não foi feito.
Neste caso é indispensável a realização de perícia médica, pois a prova técnica produzida no processo é determinante em casos que a
incapacidade somente pode ser aferida por perito médico, não tendo o juiz conhecimento técnico para formar sua convicção sem a ajuda de
profissional habilitado.
A possibilidade de concessão de nova medida liminar será apreciada na ocasião da prolação da sentença.
Cite-se. Intimem-se.
TERMOS REGISTRADOS PELOS JUÍZES DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CÍVEL ADJ. CARAGUATATUBA
EXPEDIENTE Nº 2019/6313000069
DESPACHO JEF - 5
0001304-58.2018.4.03.6313 - 1ª VARA GABINETE - DESPACHO JEF Nr. 2019/6313003314
AUTOR: BENEDICTA MARIA DOS SANTOS (SP361562 - CARLA CRISTIANE DOS SANTOS ANDRADE)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP198573 - ROBERTO CURSINO DOS SANTOS
JUNIOR)
Trata-se de recurso interposto pela parte autora.
Apesar do certificado nos autos em 25/03/2019, nos termos do artigo 1010, § 3º, do CPC e artigo 2º, § 2º, da resolução 347/15 do Conselho da
Justiça Federal, este Juízo de primeiro grau não realiza prelibação (admissibilidade) de recurso inominado.
Do exposto, intime-se o réu para apresentação de contrarrazões no prazo legal.
Após, subam os autos para a Turma Recursal.
I.
Do exposto, determino o cumprimento do v. acórdão, remetendo-se os autos à Justiça Estadual de Ubatuba/SP, local de residência da parte
autora.
Cumpra-se.
Benefício já devidamente implantado, conforme tutela concedida (documento anexo nº. 49).
Tendo em vista os valores fixados como atrasados (R$ 59.163,78 -cinquenta e nove mil, cento e sessenta e três reais e setenta e oito
centavos - atualizados até março de 2015), intime-se a parte autora para que, no prazo de 10 (dez) dias, se manifeste sobre a forma de
recebimento dos atrasados, se por meio de ofício precatório - PRC (valor total – exercício 2020) ou por meio de requisitório de pequeno valor
– RPV, neste último caso, com renúncia ao valor excedente a 60 (sessenta ) salários mínimos.
Observo que no instrumento de mandato apresentado quando da distribuição, não foi outorgado poderes para renunciar aos i. patronos (pág. 12
do documento anexo nº. 2), devendo a parte autora, em caso de eventual renúncia, fazê-lo expressamente ou conferir tal poder aos seus
patronos
Decorrido o prazo sem manifestação, expeça-se pelo valor total apurado (PRC).
I.
Do exposto, remetam-se os autos à Contadoria Judicial para elaboração dos cálculos de liquidação.
I.
Após a intimação das partes, como há nos autos notícia de cumprimento da tutela antecipada concedida em sentença (evento nº65), remeta-se
os autos para expedição de Requisitório de Pequeno Valor, observada a condenação ao pagamento de honorários sucumbenciais fixados em
sede de acórdão.
Intime-se.Cumpra-se.
TERMOS REGISTRADOS PELOS JUÍZES DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CÍVEL ADJ. CARAGUATATUBA
EXPEDIENTE Nº 2019/6313000070
Trata-se de ação proposta MARIA EDILEUZA ALVES DINIS, em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS,
pleiteando a concessão do beneficio de auxílio-doença, com conversão em aposentadoria por invalidez, se for o caso.
O INSS, em 20/02/2019, protocolou proposta de acordo nos seguintes termos (doc. eletrônico n.º 15):
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 719/1770
“1.DA CONCESSÃO DO BENEFÍCIO:
O INSS concederá o benefício APOSENTADORIA POR INVALIDEZ nos seguintes termos:
DIB 21/01/2019 (data do laudo médico do perito do juízo que concluiu pela existência de incapacidade permanente)
DIP 01/02/2019
RMI conforme apurado pelo INSS
* DEVE SER CESSADO EM 20/01/2019 O NB 94/7044712, DE FORMA QUE OS VALORES RECEBIDOS EM PERÍODO
CONCOMITANTE COM A APOSENTADORIA ORA CONCEDIDA DESCONTADOS NO CÁLCULO.
2.EM RELAÇÃO AS PARCELAS VENCIDAS (ATRASADOS)
2.1 Será pago o percentual de 100% dos valores atrasados referente ao período entre a DIB e a DIP, conforme apurado pela Contadoria
Judicial, que será atualizado monetariamente até o seu efetivo pagamento, com acréscimo de juros, estes a contar da citação ou, em não
havendo, da data da intimação do INSS para apresentação de proposto de acordo, tudo conforme previsto na Lei 11.960/09, observando a
prescrição quinquenal (se for o caso), e sendo o pagamento feito, exclusivamente, por meio de Precatório (ou RPV, se for o caso), a ser
expedido pelo Juízo, nos termos do art. 100 da CRFB/88;
2.2. Ante ao que restou decido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no Recurso Extraordinário nº 870.947, a correção monetária sobre a
quantia totalizada será apurada pela TR até 20.09.2017 - data da decisão do STF. A partir de 20/09/2017 a correção será pelo IPCA-E.
Quanto aos juros moratórios, deverá ser observado o art. 1ºF da Lei nª 9.494/97, com redação da pela Lei nº 11.960/09;
2.3. A conta deverá ser limitada a 60 salários mínimos em respeito ao teto dos Juizados Especiais Federais, ou seja, será excluído da quantia
apurado pela contadoria o montante de condenação que eventualmente exceda 60 salários mínimos (considerado o valor do salário mínimo da
data da propositura da ação), bem como excluído do cálculo eventual período concomitante em que tenha havido recebimento de benefício
previdenciário inacumulável, seguro-desemprego, remuneração do empregador ou recolhimento de contribuição social como contribuinte
individual;
DEMAIS CLÁUSULAS DO ACORDO
3. As partes arcarão com o pagamento dos honorários de seus respectivos advogados, nos termos do §5º do art. 1º da Lei n° 9.469/97,
cabendo à parte autora o pagamento de eventuais custas judiciais;
4. A parte autora renuncia a eventuais direitos decorrentes do mesmo fato ou fundamento jurídico que deu origem à presente demanda, não
excluindo, porém, a possibilidade de novo pedido administrativo ou judicial nas hipóteses de nova moléstia ou situação fática superveniente (ex.
progressão da doença ou manutenção da doença incapacitante com a recusa de proteção pelo INSS ou, ainda, qualquer outra modificação
fática);
5. O acordo não representa reconhecimento expresso ou tácito do direito cuja existência é alegada nesta demanda, apenas objetiva que o
processo termine mais rapidamente, favorecendo a todos os que litigam em Juízo, inclusive por propiciar a mais célere revisão do valor do
benefício e o pagamento de atrasados em demandas como esta;
6. Constatada, a qualquer tempo, a existência de litispendência, coisa julgada ou duplo pagamento, no todo ou em parte, referente ao objeto da
presente ação, a parte autora concorda, desde já, que seja a presente demanda extinta e, caso tenha sido efetuado duplo pagamento, que haja
desconto parcelado em seu benefício, até a completa quitação do valor pago a maior, monetariamente corrigido, nos termos do art. 115, inc. II,
da Lei nº 8.213, de 1991;
7. A parte autora, por sua vez, com a realização do pagamento do benefício, nos moldes acima, dará plena e total quitação do principal
(obrigação de fazer e diferenças devidas) e dos acessórios (correção monetária, juros, honorários de sucumbência, etc.) da presente ação,
obrigando-se, ainda, a se submeter aos exames médicos periódicos, a cargo da Previdência Social para verificação de eventual permanência
do estado de incapacidade;
8. As partes concordam quanto à possibilidade de correção a qualquer tempo de eventuais erros materiais, na forma do inciso I do art. 494 do
CPC/2015.”
Em 18/03/2019 (doc. eletrônico n.º 20), a parte autora concordou expressamente com os termos da proposta efetuada pelo INSS.
Desta forma, HOMOLOGO, o acordo firmado entre as partes, para que surta os efeitos legais. Ante todo o exposto, julgo extinto o processo,
com resolução de mérito, na forma do artigo 487, III, “b”, do CPC.
As regras de experiência pela observação do que ordinariamente acontece (artigo 375, do CPC) revelam que o INSS reiteradamente protela o
cumprimento das homologações do acordo, que são dotadas de força cogente imediata, em outros diversos feitos que tramitam neste Juizado.
Imputar ao segurado os eventuais prejuízos gerados pela lentidão da desorganizada estrutura do INSS equivaleria, nesse cenário todo peculiar,
premiar a própria torpeza da autarquia, o que é explicitamente proibido pelo ordenamento jurídico. Por esta razão, justifica-se, que o INSS
deverá providenciar a implantação do benefício previdenciário ora concedido (primeiro item do acordo) no prazo legal, sendo a contagem em
dias úteis, sendo que constitui ônus das partes informar ao Juízo sobre a efetiva implantação do benefício ou eventual descumprimento do
acordo.
Deverá o INSS informar a este Juízo sobre o cumprimento, disponibilizando o número do benefício implantado e a sua RMI.
Oficie-se o INSS – APSADJ, para o cumprimento no prazo legal, cabendo as partes informar a este Juízo eventuais excessos injustificados,
que ultrapassem o prazo legal.
Intimem-se as partes para manifestação sobre o parecer da contadoria, referente aos valores em atraso, e, não havendo impugnações,
expeça-se ofício requisitório.
Sem custas e honorários nesta instância, a teor do art. 1° da Lei n. 10.259/01, c/c art. 55, da Lei n. 9.099/1995.
Trata-se de ação proposta MARINALVA DA SILVA ANDRADE, em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL –
INSS, pleiteando a concessão do beneficio de auxílio-doença, com conversão em aposentadoria por invalidez, se for o caso.
O INSS, em 15/02/2019, protocolou proposta de acordo nos seguintes termos (doc. eletrônico n.º 19):
Em 14/03/2019 (doc. eletrônico n.º 23), a parte autora concordou expressamente com os termos da proposta efetuada pelo INSS.
Desta forma, HOMOLOGO, o acordo firmado entre as partes, para que surta os efeitos legais. Ante todo o exposto, julgo extinto o processo,
com resolução de mérito, na forma do artigo 487, III, “b”, do CPC.
As regras de experiência pela observação do que ordinariamente acontece (artigo 375, do CPC) revelam que o INSS reiteradamente protela o
cumprimento das homologações do acordo, que são dotadas de força cogente imediata, em outros diversos feitos que tramitam neste Juizado.
Imputar ao segurado os eventuais prejuízos gerados pela lentidão da desorganizada estrutura do INSS equivaleria, nesse cenário todo peculiar,
premiar a própria torpeza da autarquia, o que é explicitamente proibido pelo ordenamento jurídico. Por esta razão, justifica-se, que o INSS
deverá providenciar a implantação do benefício previdenciário ora concedido (primeiro item do acordo) no prazo legal, sendo a contagem em
dias úteis, sendo que constitui ônus das partes informar ao Juízo sobre a efetiva implantação do benefício ou eventual descumprimento do
acordo.
Deverá o INSS informar a este Juízo sobre o cumprimento, disponibilizando o número do benefício implantado e a sua RMI.
Oficie-se o INSS – APSADJ, para o cumprimento no prazo legal, cabendo as partes informar a este Juízo eventuais excessos injustificados,
que ultrapassem o prazo legal.
Com a implantação do benefício, e por se tratar de acordo, dê-se vista a contadoria judicial para parecer e cálculos dos valores devidos em
atraso, conforme data da pauta interna, devendo ser observados os parâmetros (termo inicial dos valores atrasados, correção, juros aplicáveis
etc.) da proposta de acordo do INSS, bem como a RMI e salário-de-benefício apontados pelo INSS após implantação do benefício
determinado nesta sentença.
Intimem-se as partes para manifestação sobre o parecer da contadoria, referente aos valores em atraso, e, não havendo impugnações,
expeça-se ofício requisitório.
Sem custas e honorários nesta instância, a teor do art. 1° da Lei n. 10.259/01, c/c art. 55, da Lei n. 9.099/1995.
Trata-se de ação proposta BENEDITO GERONIMO DOS SANTOS, em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL –
INSS, pleiteando o restabelecimento do beneficio de auxílio-doença, com conversão em aposentadoria por invalidez, se for o caso.
O INSS, em 13/03/2019, protocolou proposta de acordo nos seguintes termos (doc. eletrônico n.º 18):
Em 22/03/2019 (doc. eletrônico n.º 22), a parte autora concordou expressamente com os termos da proposta efetuada pelo INSS.
Desta forma, HOMOLOGO, o acordo firmado entre as partes, para que surta os efeitos legais. Ante todo o exposto, julgo extinto o processo,
com resolução de mérito, na forma do artigo 487, III, “b”, do CPC.
As regras de experiência pela observação do que ordinariamente acontece (artigo 375, do CPC) revelam que o INSS reiteradamente protela o
cumprimento das homologações do acordo, que são dotadas de força cogente imediata, em outros diversos feitos que tramitam neste Juizado.
Imputar ao segurado os eventuais prejuízos gerados pela lentidão da desorganizada estrutura do INSS equivaleria, nesse cenário todo peculiar,
premiar a própria torpeza da autarquia, o que é explicitamente proibido pelo ordenamento jurídico. Por esta razão, justifica-se, que o INSS
deverá providenciar a implantação do benefício previdenciário ora concedido (primeiro item do acordo) no prazo legal, sendo a contagem em
dias úteis, sendo que constitui ônus das partes informar ao Juízo sobre a efetiva implantação do benefício ou eventual descumprimento do
acordo.
Deverá o INSS informar a este Juízo sobre o cumprimento, disponibilizando o número do benefício implantado e a sua RMI.
Oficie-se o INSS – APSADJ, para o cumprimento no prazo legal, cabendo as partes informar a este Juízo eventuais excessos injustificados,
que ultrapassem o prazo legal.
Com a implantação do benefício, e por se tratar de acordo, dê-se vista a contadoria judicial para parecer e cálculos dos valores devidos em
atraso, conforme data da pauta interna, devendo ser observados os parâmetros (termo inicial dos valores atrasados, correção, juros aplicáveis
etc.) da proposta de acordo do INSS, bem como a RMI e salário-de-benefício apontados pelo INSS após implantação do benefício
determinado nesta sentença.
Intimem-se as partes para manifestação sobre o parecer da contadoria, referente aos valores em atraso, e, não havendo impugnações,
expeça-se ofício requisitório.
Sem custas e honorários nesta instância, a teor do art. 1° da Lei n. 10.259/01, c/c art. 55, da Lei n. 9.099/1995.
Trata-se de ação proposta CARLOS DE OLIVEIRA, em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS, pleiteando a
concessão do beneficio de auxílio-doença, com conversão em aposentadoria por invalidez, se for o caso.
O INSS, em 27/02/2019, protocolou proposta de acordo nos seguintes termos (doc. eletrônico n.º 25):
Desta forma, HOMOLOGO, o acordo firmado entre as partes, para que surta os efeitos legais. Ante todo o exposto, julgo extinto o processo,
com resolução de mérito, na forma do artigo 487, III, “b”, do CPC.
As regras de experiência pela observação do que ordinariamente acontece (artigo 375, do CPC) revelam que o INSS reiteradamente protela o
cumprimento das homologações do acordo, que são dotadas de força cogente imediata, em outros diversos feitos que tramitam neste Juizado.
Imputar ao segurado os eventuais prejuízos gerados pela lentidão da desorganizada estrutura do INSS equivaleria, nesse cenário todo peculiar,
premiar a própria torpeza da autarquia, o que é explicitamente proibido pelo ordenamento jurídico. Por esta razão, justifica-se, que o INSS
deverá providenciar a implantação do benefício previdenciário ora concedido (primeiro item do acordo) no prazo legal, sendo a contagem em
dias úteis, sendo que constitui ônus das partes informar ao Juízo sobre a efetiva implantação do benefício ou eventual descumprimento do
acordo.
Deverá o INSS informar a este Juízo sobre o cumprimento, disponibilizando o número do benefício implantado e a sua RMI.
Oficie-se o INSS – APSADJ, para o cumprimento no prazo legal, cabendo as partes informar a este Juízo eventuais excessos injustificados,
que ultrapassem o prazo legal.
Com a implantação do benefício, e por se tratar de acordo, dê-se vista a contadoria judicial para parecer e cálculos dos valores devidos em
atraso, conforme data da pauta interna, devendo ser observados os parâmetros (termo inicial dos valores atrasados, correção, juros aplicáveis
etc.) da proposta de acordo do INSS, bem como a RMI e salário-de-benefício apontados pelo INSS após implantação do benefício
determinado nesta sentença.
Intimem-se as partes para manifestação sobre o parecer da contadoria, referente aos valores em atraso, e, não havendo impugnações,
expeça-se ofício requisitório.
Sem custas e honorários nesta instância, a teor do art. 1° da Lei n. 10.259/01, c/c art. 55, da Lei n. 9.099/1995.
Trata-se de ação proposta LUIZ OTAVIO DUQUE DA SILVA, em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS,
pleiteando a concessão do beneficio de auxílio-doença, com conversão em aposentadoria por invalidez, se for o caso.
O INSS, em 20/02/2019, protocolou proposta de acordo nos seguintes termos (doc. eletrônico n.º 24):
Em 28/02/2019 (doc. eletrônico n.º 27), a parte autora concordou expressamente com os termos da proposta efetuada pelo INSS.
Desta forma, HOMOLOGO, o acordo firmado entre as partes, para que surta os efeitos legais. Ante todo o exposto, julgo extinto o processo,
com resolução de mérito, na forma do artigo 487, III, “b”, do CPC.
As regras de experiência pela observação do que ordinariamente acontece (artigo 375, do CPC) revelam que o INSS reiteradamente protela o
cumprimento das homologações do acordo, que são dotadas de força cogente imediata, em outros diversos feitos que tramitam neste Juizado.
Imputar ao segurado os eventuais prejuízos gerados pela lentidão da desorganizada estrutura do INSS equivaleria, nesse cenário todo peculiar,
premiar a própria torpeza da autarquia, o que é explicitamente proibido pelo ordenamento jurídico. Por esta razão, justifica-se, que o INSS
deverá providenciar a implantação do benefício previdenciário ora concedido (primeiro item do acordo) no prazo legal, sendo a contagem em
dias úteis, sendo que constitui ônus das partes informar ao Juízo sobre a efetiva implantação do benefício ou eventual descumprimento do
acordo.
Deverá o INSS informar a este Juízo sobre o cumprimento, disponibilizando o número do benefício implantado e a sua RMI.
Oficie-se o INSS – APSADJ, para o cumprimento no prazo legal, cabendo as partes informar a este Juízo eventuais excessos injustificados,
que ultrapassem o prazo legal.
Com a implantação do benefício, e por se tratar de acordo, dê-se vista a contadoria judicial para parecer e cálculos dos valores devidos em
atraso, conforme data da pauta interna, devendo ser observados os parâmetros (termo inicial dos valores atrasados, correção, juros aplicáveis
etc.) da proposta de acordo do INSS, bem como a RMI e salário-de-benefício apontados pelo INSS após implantação do benefício
determinado nesta sentença.
Intimem-se as partes para manifestação sobre o parecer da contadoria, referente aos valores em atraso, e, não havendo impugnações,
expeça-se ofício requisitório.
Trata-se de ação proposta RUBENS DONIZETI ALVES DE NOVAES, em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL –
INSS, pleiteando o restabelecimento do beneficio de auxílio-doença, com conversão em aposentadoria por invalidez, se for o caso.
O INSS, em 13/03/2019, protocolou proposta de acordo nos seguintes termos (doc. eletrônico n.º 17):
Em 14/03/2019 (doc. eletrônico n.º 18), a parte autora concordou expressamente com os termos da proposta efetuada pelo INSS.
Desta forma, HOMOLOGO, o acordo firmado entre as partes, para que surta os efeitos legais. Ante todo o exposto, julgo extinto o processo,
com resolução de mérito, na forma do artigo 487, III, “b”, do CPC.
As regras de experiência pela observação do que ordinariamente acontece (artigo 375, do CPC) revelam que o INSS reiteradamente protela o
cumprimento das homologações do acordo, que são dotadas de força cogente imediata, em outros diversos feitos que tramitam neste Juizado.
Imputar ao segurado os eventuais prejuízos gerados pela lentidão da desorganizada estrutura do INSS equivaleria, nesse cenário todo peculiar,
premiar a própria torpeza da autarquia, o que é explicitamente proibido pelo ordenamento jurídico. Por esta razão, justifica-se, que o INSS
deverá providenciar a implantação do benefício previdenciário ora concedido (primeiro item do acordo) no prazo legal, sendo a contagem em
dias úteis, sendo que constitui ônus das partes informar ao Juízo sobre a efetiva implantação do benefício ou eventual descumprimento do
acordo.
Deverá o INSS informar a este Juízo sobre o cumprimento, disponibilizando o número do benefício implantado e a sua RMI.
Oficie-se o INSS – APSADJ, para o cumprimento no prazo legal, cabendo as partes informar a este Juízo eventuais excessos injustificados,
que ultrapassem o prazo legal.
Com a implantação do benefício, e por se tratar de acordo, dê-se vista a contadoria judicial para parecer e cálculos dos valores devidos em
atraso, conforme data da pauta interna, devendo ser observados os parâmetros (termo inicial dos valores atrasados, correção, juros aplicáveis
etc.) da proposta de acordo do INSS, bem como a RMI e salário-de-benefício apontados pelo INSS após implantação do benefício
determinado nesta sentença.
Intimem-se as partes para manifestação sobre o parecer da contadoria, referente aos valores em atraso, e, não havendo impugnações,
expeça-se ofício requisitório.
Sem custas e honorários nesta instância, a teor do art. 1° da Lei n. 10.259/01, c/c art. 55, da Lei n. 9.099/1995.
Vistos em sentença.
Trata-se de ação ajuizada por MARIANA CRISTINA DA SILVA E SILVA, em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL - INSS, na qual pleiteia a concessão do benefício auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez.
Alega a parte autora que requereu, administrativamente, o benefício NB 31/619.078.927-0 com DER em 23/06/2017, sendo indeferido sob
alegação de “não constatação de incapacidade laborativa”, conforme Comunicação de Decisão anexada aos autos (evento nº 2 – fl. nº 4).
Entende a parte autora que o indeferimento do benefício pelo INSS foi indevido e requer assim a concessão do benefício auxílio-doença ou da
aposentadoria por invalidez.
O INSS apresentou contestação, requerendo a improcedência do pedido, alegando, preliminarmente, a prescrição de que trata o artigo 103,
parágrafo único da Lei 8.213/91; no mérito que a parte autora “não reúne todos requisitos necessários para concessão dos benefícios
previdenciários pleiteados”.
Realizada a perícia médica e parecer contábil, cujos laudos encontram-se escaneados nestes autos processuais.
É, em síntese, o relatório. Fundamento e decido.
Não merece prosperar a alegação de prescrição da ré, tendo em vista que, na hipótese de procedência da ação, não há parcelas vencidas no
quinquênio anterior ao ajuizamento da ação.
A concessão do benefício previdenciário de auxílio-doença exige, nos termos da legislação específica (Lei 8.213/1991, art. 59 e ss.), a
presença dos seguintes requisitos: (i) incapacidade laborativa temporária superior a 15 (quinze) dias; (ii) prova da condição de segurado e sua
manutenção à época do início da incapacidade; (iii) que a doença incapacitante não seja pré-existente à filiação do segurado ao RGPS, exceto
nos casos de progressão e agravamento, e (iv) carência de 12 contribuições mensais.
Por sua vez, a concessão da aposentadoria por invalidez é devida quando o segurado ficar impossibilitado total e permanentemente,
insusceptível de reabilitação, para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, respeitada a carência, quando exigida pela lei,
conforme determinam, especialmente, as normas dos artigos 42 e seguintes da Lei n° 8.213, de 24.07.91, que disciplina o Plano de Benefícios
da Previdência Social.
Incapacidade total indica que o segurado não tem condições de exercer qualquer atividade laboral; incapacidade permanente denota que não
há prognóstico de que o segurado possa recuperar a capacidade de trabalho para a mesma ou outra atividade.
Assim, o que diferencia os benefícios é a natureza da doença ou lesão, ou seja, se temporária ou permanente.
A perícia médica realizada na especialidade neurológica em 26/07/2018, concluiu a respeito da autora: “34 anos, balconista, caixa, vendedora.
HISTÓRIA CLÍNICO-NEUROLÓGICA: HISTÓRICO: Paciente refere diagnóstico de epilepsia parcial complexa desde 2002, com crises de
ausência recorrentes. Desde janeiro de 2017 apresentando crises de ausência de difícil controle e em março de 2017 sofreu acidente
automobilístico devido a mais uma crise. Segue tratamento regular com uso de depakene 750 mg três vezes ao dia, fenobarbital, nortriptilina e
sertralina. Refere também tratamento psiquiátrico desde 2015. A ressonância magnética do encéfalo evidenciou calcificação do núcleo
lentiforme e e áreas glióticas em lobo temporal esquerdo. EXAME FÍSICO ATUAL: Periciando em bom estado geral, deambulando sem
auxílio com marcha normal, força, tônus e trofismo muscular normais nos quatro membros, reflexos superficiais e profundos preservados,
coordenação motora normal, sensibilidade preservada. Exame neurológico normal. DISCUSSÃO: A pericianda apresenta quadro compatível
com epilepsia parcial complexa, com crises tipo ausência recorrentes. CONCLUSÃO: A pericianda apresenta incapacidade para suas
atividades laborativas.
Ainda, conforme teor do laudo médio a autora está incapacitada desde janeiro de 2017.
A prova técnica produzida no processo é determinante em casos em que a incapacidade somente pode ser aferida por médico perito,
profissional habilitado a fornecer ao Juízo elementos técnicos para formação de sua convicção.
Salienta-se que o laudo médico teve como base a análise de toda documentação médica juntada pela parte autora e apresentada na data da
pericia, e do próprio relato do autor.
Assim, não havendo contradições ou imprecisões que comprometam o ato ou que infirme a conclusão exarada pelo perito judicial, profissional
equidistante das partes e com habilidades técnicas necessárias para a aferição quanto à existência ou não de incapacidade da parte autora,
não há razões para que o Laudo Médico Pericial seja recusado. Ademais, o laudo pericial cardiológico foi emitido com base no quadro clínico
Verifica-se que após a autora perder a qualidade de segurada em 15/03/2015, retornou ao RGPS em 03/11/2016, e até a data da Incapacidade
em 01/2017, efetuou apenas 3 contribuições não recuperando as contribuições anteriores.
Assim, em que pese à verificação da doença incapacitante apurada pelo perito médico neurologista com a data de início em janeiro de 2017, a
autora não possuía a qualidade de segurada nesta data, tendo em vista a perda da qualidade em 15/03/2015 e o seu reingresso ao RGPS
somente em 03/11/2016, restando comprovada a incapacidade preexistente à filiação ao regime previdenciário.
Sabendo-se que o direito à percepção do benefício por incapacidade (auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez) somente se aperfeiçoa em
presença concomitante de todos os requisitos legais; a ausência de apenas um deles impede seja concedido o benefício, independentemente da
eventual presença dos demais. Assim, diante de todas as provas juntadas pela parte autora e documentos analisados pelo Juízo, a autora, por
ora, não faz jus ao benefício auxílio-doença e nem à aposentadoria por invalidez.
Diante de todo exposto, julgo IMPROCEDENTE o pedido formulado na inicial e, em consequência, extingo o processo com resolução do
mérito, na forma do art. 487, I, do Código de Processo Civil.
À parte autora é facultada a possibilidade de recorrer da presente sentença, no prazo de 10 (dez) dias, conforme Leis 9.099/95 c.c.
10.259/2001.
Defiro os benefícios da justiça gratuita face à declaração de hipossuficiência econômica.
Sem custas e honorários nesta instância judicial (Lei nº. 9.099/95, art. 55).
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
Trata-se de ação ajuizada por LOURDES RIBEIRO, em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS, na qual pleiteia
a concessão do benefício auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez.
Alega a parte autora que requereu, administrativamente, o benefício NB 31/617.940.572-0 com DER em 22/03/2017, sendo indeferido sob
alegação de “não constatação de incapacidade laborativa”, conforme Comunicação de Decisão anexada aos autos (evento nº 2 – fl. nº 13).
Entende a parte autora que o indeferimento do benefício pelo INSS foi indevido e requer assim a concessão do benefício auxílio-doença ou da
aposentadoria por invalidez.
O INSS apresentou contestação, requerendo a improcedência do pedido, alegando, preliminarmente, a prescrição de que trata o artigo 103,
parágrafo único da Lei 8.213/91; no mérito que a parte autora “não reúne todos requisitos necessários para concessão dos benefícios
previdenciários pleiteados”.
Realizada a perícia médica e parecer contábil, cujos laudos encontram-se escaneados nestes autos processuais.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 732/1770
É, em síntese, o relatório. Fundamento e decido.
Não merece prosperar a alegação de prescrição da ré, tendo em vista que, na hipótese de procedência da ação, não há parcelas vencidas no
quinquênio anterior ao ajuizamento da ação.
A concessão do benefício previdenciário de auxílio-doença exige, nos termos da legislação específica (Lei 8.213/1991, art. 59 e ss.), a
presença dos seguintes requisitos: (i) incapacidade laborativa temporária superior a 15 (quinze) dias; (ii) prova da condição de segurado e sua
manutenção à época do início da incapacidade; (iii) que a doença incapacitante não seja pré-existente à filiação do segurado ao RGPS, exceto
nos casos de progressão e agravamento, e (iv) carência de 12 contribuições mensais.
Por sua vez, a concessão da aposentadoria por invalidez é devida quando o segurado ficar impossibilitado total e permanentemente,
insusceptível de reabilitação, para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, respeitada a carência, quando exigida pela lei,
conforme determinam, especialmente, as normas dos artigos 42 e seguintes da Lei n° 8.213, de 24.07.91, que disciplina o Plano de Benefícios
da Previdência Social.
Incapacidade total indica que o segurado não tem condições de exercer qualquer atividade laboral; incapacidade permanente denota que não
há prognóstico de que o segurado possa recuperar a capacidade de trabalho para a mesma ou outra atividade.
Assim, o que diferencia os benefícios é a natureza da doença ou lesão, ou seja, se temporária ou permanente.
Foi realizada perícia médica na especialidade de psiquiatria em 12/06/2018, onde a i. perita relata sobre a autora: “História Prévia da Moléstia
Atual: Refere último pedido realizado em 22/03/2017 negado pela doença. Curadora definitiva: Priscila Ribeiro Lima – RG: 44.462.590-2 –
CPF: 336.565.608-11. Decisão proferida em 25/10/2016 (pedido feito no início de 2016). Refere surto grave em 2006 e em tratamento
psiquiátrico desde então. De acordo com laudo médico de 27/06/2016 tem HD: F20.5 e em tratamento desde 19/01/1994. Comprova
prontuário médico de psiquiatria com dados desde 1994 e já com HD: F20.5, grave e já com acentuação de perdas em 2004 e já com as
caracteríticas do quadro atual. Traz atestado de 15/05/2018 com HD: F20.5 e em uso de Clonazepam 2mg/noite, Haldol decanoato de 20/20
dias. Relata que não faz nada e sua memória desaparece. Antecedentes Pessoais e Familiares: É a sexta filha de uma prole de onze. Não
sabe referir suas condições de parto. DNPM adequado. Escolaridade sem problemas. Foi criada pelos pais e saiu de casa aos 20 anos para se
casar. Separou-se em 1996 definitivamente. Tem 03 filhos (38, 33 e 28 anos). Vida laboral: pelo CNIS (apresenta carteira de trabalho em
branco): como braçal de 08/12/1982 a 24/04/1983, serviços gerais de janeiro a agosto de 1989, contribuinte individual de outubro de 2016 a
janeiro de 2017 e nada mais. Mora com a filha de 33 anos que é estagiária e seu neto de 10 anos. Nega outros problemas de saúde. Exame
Psíquico Atual: Autora comparece para a entrevista acompanhada de sua filha que também é sua curadora. Trajes e cuidados pessoais
adequados. Humor e afeto embotados e inexpressivos. Perdas cognitivas com sinais de demência. Delírios residuais. Sem distúrbios de senso
percepção. Distúrbios de personalidade e de comportamento. Cooperante, orientação parcial. Incapaz para os atos da vida civil. Critica
prejudicada. Análise do Quadro: Avaliamos que a autora seja portadora de quadro esquizofrênico residual já demenciada e com perdas
cognitivas. Tem incapacidade total e permanente. Início da doença com diagnóstico em 1994, sendo grave desde o início e incapacitada desde
então. A incapacidade é permanente pelo menos desde janeiro de 2016 com sua interdição provisória. Sua interdição tornou-se definitiva
desde outubro de 2016. Análise completa dos documentos trazidos pela autora e avaliação de suas condições atuais. O prognóstico é fechado.
Conclusão: Apresenta incapacidade total e permanente para a vida laboral. É portadora de esquizofrenia residual já com demência e perdas
cognitivas importantes, com reflexo em afeto e vida sócio laboral. Início da doença e da incapacidade constatada em 1994 e já de maneira
grave (aos 22 anos de idade). A incapacidade tornou-se permanente em janeiro de 2016 de acordo com laudos e sua interdição provisória.
Esclarecemos que encontra-se interditada de forma definitiva desde outubro de 2016 (F20.5).”
Conforme análise do laudo médico e dos quesitos respondidos pela i. perita, verifico que a autora encontra-se incapacitada total e
permanentemente desde janeiro de 2016.
A prova técnica produzida no processo é determinante em casos em que a incapacidade somente pode ser aferida por médico perito,
profissional habilitado a fornecer ao Juízo elementos técnicos para formação de sua convicção.
Salienta-se que o laudo médico teve como base a análise de toda documentação médica juntada pela parte autora e apresentada na data da
pericia, e do próprio relato do autor.
Assim, não havendo contradições ou imprecisões que comprometam o ato ou que infirme a conclusão exarada pelo perito judicial, profissional
equidistante das partes e com habilidades técnicas necessárias para a aferição quanto à existência ou não de incapacidade da parte autora,
não há razões para que o Laudo Médico Pericial seja recusado. Ademais, o laudo pericial cardiológico foi emitido com base no quadro clínico
verificado por ocasião da perícia médica, através de exames físicos, bem como na história clínica, através dos exames apresentados e do
próprio relato da parte autora.
Passa-se a analisar o requisito carência e qualidade de segurada da autora, ou seja, se na data de início de incapacidade (DII) “janeiro de
2016”, possuía a qualidade de segurada, bem como se cumpriu ou não o período de carência exigido pela lei previdenciária.
A carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, conforme art. 24, da Lei
8.213/91. Para que o segurado possa ser contemplado com um dos benefícios previdenciários deve satisfazer a carência exigida para o
benefício pretendido. É a carência, portanto, o instituto que qualifica o segurado como apto ao percebimento de benefícios previdenciários.
Para obtenção do benefício previdenciário o segurado deve transpor a barreira da carência, que é exigência típica do seguro privado.
Art. 24. Período de carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício,
consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências.
Todas as pessoas que contribuem para a Previdência Social, seja pelo desconto da contribuição no salário, como no caso dos trabalhadores
com carteira assinada, seja pelo recolhimento por meio de guia, como fazem os autônomos são consideradas seguradas. Quando param de
contribuir por um determinado período, essas pessoas perdem a qualidade de segurado e, portanto, deixam de ter direito aos benefícios pagos
pela Previdência Social, mesmo que cumpram as outras exigências como, por exemplo, estar incapacitadas para o trabalho no caso do auxílio-
doença.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 733/1770
Para voltar a ter direito aos benefícios, o trabalhador que perdeu a qualidade de segurado terá de contribuir para a Previdência por, pelo
menos, um terço do tempo mínimo exigido – é a chamada carência – para cada tipo de benefício. No caso do auxílio-doença, por exemplo, a
carência exigida é de 12 meses. Mas, para alguém que perdeu a qualidade de segurado, as contribuições anteriores só serão consideradas
para a concessão do auxílio-doença se, depois de voltar a contribuir, houver, pelo menos, 06 (seis) novas contribuições, conforme art. 27-A, da
Lei 8.213/91, artigo incluído pela Lei 13.457, de 26 de junho de 2017.
Portanto, para que o segurado possa ser contemplado com um dos benefícios previdenciários deve satisfazer a carência exigida para o
benefício pretendido. É a carência, portanto, o instituto que qualifica o segurado como apto ao percebimento de benefícios previdenciários.
Para obtenção do benefício previdenciário o segurado deve transpor a barreira da carência, que é exigência típica do seguro privado.
Pois bem, ao consultar os documentos (CTPS) anexados à petição inicial, consulta efetuada no CNIS/CIDADÃO, (doc. eletrônico n.º 33),
bem como parecer elaborado pela contadoria do Juízo, a qual passa a fazer parte integrante desta sentença:
Verifica-se que a autora teve seu primeiro vínculo ao RGPS na qualidade de empregada em 1982, e após perder a qualidade em 15/10/1990
retornou ao RGPS somente em 10/2016 na qualidade de contribuinte individual.
Assim, em que pese à verificação da doença incapacitante apurada pela perita médica psiquiátrica com a data de início em janeiro de 2016, a
autora não possuía a qualidade de segurada nesta data, tendo em vista a perda da qualidade em 15/10/1990 e o seu reingresso ao RGPS
somente em 10/2016, restando comprovada a incapacidade preexistente à filiação ao regime previdenciário.
Sabendo-se que o direito à percepção do benefício por incapacidade (auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez) somente se aperfeiçoa em
presença concomitante de todos os requisitos legais; a ausência de apenas um deles impede seja concedido o benefício, independentemente da
eventual presença dos demais. Assim, diante de todas as provas juntadas pela parte autora e documentos analisados pelo Juízo, o autor, por
ora, não faz jus ao benefício auxílio-doença e nem à aposentadoria por invalidez.
Diante de todo exposto, julgo IMPROCEDENTE o pedido formulado na inicial e, em consequência, extingo o processo com resolução do
mérito, na forma do art. 487, I, do Código de Processo Civil.
À parte autora é facultada a possibilidade de recorrer da presente sentença, no prazo de 10 (dez) dias, conforme Leis 9.099/95 c.c.
10.259/2001.
Defiro os benefícios da justiça gratuita face à declaração de hipossuficiência econômica.
Sem custas e honorários nesta instância judicial (Lei nº. 9.099/95, art. 55).
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
Trata-se de ação ajuizada por RONALDO DE SANT ANA em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS, na qual
pleiteia o restabelecimento do benefício auxílio-doença, ou alternativamente, a aposentadoria por invalidez.
Afirma que recebeu o benefício auxílio-doença NB 31/621.376.454-6, entre o período de 2012 a 2016, requerendo a prorrogação do benefício
em 22/01/2016 e sendo indeferido sob alegação de “inexistência de incapacidade laborativa”, conforme comunicação de decisão anexada aos
autos (doc. eletrônico 02, fls. 06).
Entende a parte autora que preenche todos os requisitos para a obtenção dos benefícios pretensos no pleito, sendo assim, a decisão do INSS
foi de injusto indeferimento e requer assim o seu restabelecimento.
O INSS apresentou contestação, requerendo a improcedência do pedido, alegando, preliminarmente, a prescrição de que trata o artigo 103,
parágrafo único da Lei 8.213/91; no mérito asseverou a não comprovação dos requisitos necessários para a concessão do benefício pleiteado;
e eventualmente, a fixação da data do início do benefício, a partir da apresentação do laudo pericial em juízo.
Realizada a perícia médica judicial, cujo laudo encontra-se escaneado neste processo.
A concessão do benefício previdenciário de auxílio-doença exige, nos termos da legislação específica (Lei 8.213/1991, art. 59 e ss.), a
presença dos seguintes requisitos: (i) incapacidade laborativa temporária superior a 15 (quinze) dias; (ii) prova da condição de segurado e sua
manutenção à época do início da incapacidade; (iii) que a doença incapacitante não seja pré-existente à filiação do segurado ao RGPS, exceto
nos casos de progressão e agravamento, e (iv) carência de 12 contribuições mensais.
Já para a concessão da aposentadoria por invalidez se exige, além dos referidos requisitos previstos para a concessão de auxílio-doença, que a
incapacidade seja total e permanente, insuscetível de reabilitação do segurado para atividade diversa que lhe garanta a sobrevivência, nos
termos do que dispõem os art. 42 e ss. da Lei 8.213/1991.
Incapacidade total indica que o segurado não tem condições de exercer qualquer atividade laboral; incapacidade permanente denota que não
há prognóstico de que o segurado possa recuperar a capacidade de trabalho para a mesma ou outra atividade.
Assim, o que diferencia os benefícios é a natureza da doença ou lesão, ou seja, se temporária ou permanente.
No caso dos autos, foi realizado perícia médica judicial em 30/11/2018 na especialidade de ortopedia, onde relata o i. perito a respeito do autor:
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 734/1770
“DISCUSSÃO:
De todos os elementos acostados aos autos e dos dados obtidos no exame físico destacamos de interesse para a perícia, com seus respectivos
CID 10:
Osteoartrose de joelho direito - M 17-9
As patologias encontradas podem, mas não necessariamente, ter relação com as atividades profissionais habitualmente desenvolvidas
anteriormente.
Todavia as lesões encontradas não incapacitam o autor para a vida independente e para o trabalho no momento.
As patologias encontradas podem ser (e devem ser) tratadas ambulatorialmente e ou cirurgicamente, com perspectiva de melhora acentuada
ou com remissão do quadro clínico. O periciando não se encontra incapacitado no momento atual para suas atividades profissionais habituais,
porém esteve incapacitado entre 2012 e 2015.
CONCLUSÃO:
As lesões constatadas não geram incapacidade no momento.”
Pois bem, de acordo com o teor do laudo médico bem como respostas aos quesitos do juízo e do INSS, a parte autora não apresenta
incapacidade laborativa no atual momento.
A prova técnica produzida no processo é determinante em casos que a incapacidade somente pode ser aferido por perito médico, não tendo o
juiz conhecimento técnico para formar sua convicção sem a ajuda de profissional habilitado.
Assim, não havendo contradições ou imprecisões que comprometam o ato ou que infirme a conclusão exarada pelo perito, profissional
equidistante das partes e com habilidades técnicas necessárias para a aferição quanto à existência ou não de incapacidade da parte autora,
não há razão para que o laudo médico pericial seja recusado. Ademais, o laudo pericial foi emitido com base no quadro clínico verificado por
ocasião da perícia médica, através de exames físicos, bem como na história clínica, através dos exames apresentados e, principalmente, pelos
relatos da própria parte autora.
Em 21/01/2019 foi proferido despacho intimando a parte autora para que se manifestasse no prazo de 10 (dez) dias com relação ao teor do
laudo médico, a parte se manifestou impugnando o laudo pericial, no entanto, a perícia ortopédica foi conclusiva pela inexistência de
incapacidade laborativa no atual momento.
Portanto, no caso em concreto, por ora, não estando presentes um dos requisitos legais que autorizam a concessão do requerido benefício, qual
seja a incapacidade, não se autoriza a concessão do benefício de auxílio-doença pleiteado.
Obviamente, a sentença proferida leva em consideração os fatos ocorridos até o momento de sua prolação e traz implícita a cláusula “desde
que mantidas as mesmas condições”. Assim, caso haja modificações nos fatos e venham a ser preenchidos os requisitos da lei, o pedido pode
ser renovado, em primeiro lugar junto ao próprio INSS e, em caso de negativa injustificada, perante o Poder Judiciário.
Diante de todo exposto, julgo IMPROCEDENTE o pedido formulado na inicial e, em consequência, extingo o processo com resolução do
mérito, na forma do art. 487, I, do Código de Processo Civil.
À parte autora é facultada a possibilidade de recorrer da presente sentença, no prazo de 10 (dez) dias, conforme Leis 9.099/95 c.c.
10.259/2001.
Defiro o pedido de justiça gratuita face á declaração de hipossuficiência econômica.
Sem custas e honorários nesta instância judicial (Lei nº. 9.099/95, art. 55).
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
Trata-se de ação proposta por MARIA DAS GRACAS DURAES DO CARMO em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL – INSS, pleiteando a concessão de benefício assistencial à pessoa com deficiência, nos termos do artigo 203, inciso V, da
Constituição da República.
Aduz a parte autora que em 19/09/2017 (DER) requereu, administrativamente, o benefício assistencial a pessoa portadora de deficiência sob o
n.º NB 87/703.376.916-5, que foi indeferido sob a alegação de que “não atende ao critério de deficiência para acesso ao BCP-LOAS”,
conforme Situação do Benefício juntado aos autos (evento n.º 2 - fls. n.º 13).
Entende a parte autora que tal indeferimento pelo INSS foi indevido, por atender aos requisitos estipulados na lei orgânica da assistência social
(LOAS).
O INSS apresentou contestação arguindo a necessidade de comprovação de incapacidade e a renda per capita ser inferior àquela prevista em
lei e requerendo, ao final, a improcedência do pedido. Alternativamente, requereu a fixação do início do benefício na data da apresentação do
laudo pericial em Juízo. O Ministério Público Federal foi devidamente intimado.
Realizada a perícia médica e a visita socioeconômica, cujos laudos encontram-se escaneados neste processo.
No caso dos autos, foi realizada uma perícia médica na especialidade ortopédica em 09/11/2018, onde o i. perito concluiu sobre a autora: “As
lesões constatadas geram incapacidade total e temporária”.
Pois bem, conforme teor do laudo médico pericial, bem como respostas aos quesitos do Juízo e do INSS, esclarece o i. Perito que a autora
apresenta incapacidade total e temporária.
Trata-se de ação ajuizada por EUGENIA MARIA GASPAR DE SOUZA em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL –
INSS, pleiteando a concessão do benefício auxílio-doença com conversão em aposentadoria por invalidez, se for o caso.
Afirma o autor que requereu administrativamente o benefício auxílio-doença NB 31/617.184.188-2 em 16/01/2017 (DER), sendo indeferido
sob a alegação de “não constatação de incapacidade laborativa” conforme informações do beneficio anexado aos autos (doc. Eletrônico n.º 02
– fls. 08).
Entende a autora que o indeferimento do beneficio pelo INSS foi indevido, e requer a sua concessão.
O INSS apresentou contestação, requerendo a improcedência do pedido, alegando, preliminarmente, a prescrição de que trata o artigo 103,
parágrafo único da Lei 8.213/91; no mérito asseverou a não comprovação de incapacidade laborativa da parte autora; e eventualmente, a
fixação da data do início do benefício, a partir da apresentação do laudo pericial em juízo.
Realizadas as perícias médicas clinica geral, oftalmológica e neurológica e parecer contábil, cujos laudos encontram-se devidamente
digitalizados e anexados nestes autos processuais.
A concessão do benefício previdenciário de auxílio-doença exige, nos termos da legislação específica (Lei 8.213/1991, art. 59 e ss.), a
presença dos seguintes requisitos: (i) incapacidade laborativa temporária superior a 15 (quinze) dias; (ii) prova da condição de segurado e sua
manutenção à época do início da incapacidade; (iii) que a doença incapacitante não seja pré-existente à filiação do segurado ao RGPS, exceto
nos casos de progressão e agravamento, e (iv) carência de 12 contribuições mensais.
Já para a concessão da aposentadoria por invalidez se exige, além dos referidos requisitos previstos para a concessão de auxílio-doença, que a
incapacidade seja total e permanente, insuscetível de reabilitação do segurado para atividade diversa que lhe garanta a sobrevivência, nos
termos do que dispõem os art. 42 e ss. da Lei 8.213/1991.
Incapacidade total indica que o segurado não tem condições de exercer qualquer atividade laboral; incapacidade permanente denota que não
há prognóstico de que o segurado possa recuperar a capacidade de trabalho para a mesma ou outra atividade.
Assim, o que diferencia os benefícios é a natureza da doença ou lesão, ou seja, se temporária ou permanente.
No caso dos autos, foram realizadas três pericias médicas judiciais, a primeira em 28/06/2017 na especialidade clinica geral, onde conclui o i.
perito que a autora não apresenta incapacidade laborativa do ponto de vista clinico.
Já a segunda pericia médica judicial, foi realizada em 20/02/2018 na especialidade ortopédica, onde relata o i. perito a respeito da autora:
“59 anos, Do Lar, Casada, Endereço : Rua Benedito de Carvalho, 165, Rio do Ouro, Caraguatatuba - SP, Escolaridade : Fundamental
incompleto.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 737/1770
QUEIXA ATUAL:
Dores região Lombar e Ombro D há 5 anos.
HISTÓRICO:
A autora pleiteia a Auxilio– Doença. A pericianda refere dores região lombar e Ombro D há 5 anos com piora aos esforços físicos. Fez uso
de medicação anti – inflamatória e fisioterapia sem melhora de suas dores. Refere antecedente de CA de Tireoide.
EXAMES COMPLEMENTARES:
Rx de Col Dorso - Lombar: Osteoartrose. Cintilografia óssea: Sem evidências de metástases. RNM Col Cervical:
Abaulamento discal Estenose de Foramem Cervical.
CONCLUSÃO:
Periciando não apresenta quadro de incapacidade devido a suas patologias ortopédicas no atual momento.”
Conforme requerido pela parte autora, houve complementação do laudo medico ortopédico, onde informa o i. perito :
“Pericianda apresenta incapacidade Total Temporaria do ponto de vista neurológico, devido a estenose de foramem cervical. Afastamento de
atividades laborativas por um período de hum ano para realizar seu tratamento e reabilitação. Sendo o que havia a relatar , discutir e expor , à
disposição para esclarecimentos adicionais , encerra-se o presente laudo, que é protocolado e firmado eletronicamente.”
Por fim, foi realizada pericia médica judicial na especialidade neurológica, em 01/08/2018 onde relata o i. perito a respeito da autora:
“59 anos, mecânica, sem trabalhar há 8 anos.
HISTÓRIA CLÍNICO-NEUROLÓGICA:
HISTÓRICO:
Paciente refere quadro de cervicobraquialgia/lombociatalgia crônica recorrente e parestesias de membros superiores/inferiores, com
refratariedade ao tratamento conservador (analgesia regular e repouso ).
DISCUSSÃO :
O periciando apresenta quadro compatível com radiculopatia combinada da coluna, notadamente sinais de mielopatia espondilótica cervical.
CONCLUSÃO:
O periciando apresenta incapacidade para suas atividades laborativas.”
Pois bem, conforme teor do laudo médico neurológico, bem como respostas aos quesitos do Juízo do INSS, resta comprovada a incapacidade
total e permanente da autora, com início em 2010 em decorrência de radiculopatia combinada da coluna.
A prova técnica produzida no processo é determinante em casos em que a incapacidade somente pode ser aferida por médico perito,
profissional habilitado a fornecer ao Juízo elementos técnico para formação de sua convicção.
Assim, não havendo contradições ou imprecisões que comprometam o ato ou que infirme a conclusão exarada pelo perito judicial, profissional
equidistante das partes e com habilidades técnicas necessárias para a aferição quanto à existência ou não de incapacidade da parte autora,
não há razões para que o Laudo Médico Pericial seja recusado. Ademais, o laudo pericial neurológico foi emitido com base no quadro clínico
verificado por ocasião da perícia médica, através de exames físicos, bem como na história clínica, através dos exames apresentados e do
próprio relato da parte autora.
Passa-se a analisar a qualidade de segurado e o cumprimento da carência exigida pela legislação previdenciária.
A carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, conforme art. 24, da Lei
8.213/91. Para que o segurado possa ser contemplado com um dos benefícios previdenciários deve satisfazer a carência exigida para o
benefício pretendido. É a carência, portanto, o instituto que qualifica o segurado como apto ao percebimento de benefícios previdenciários.
Para obtenção do benefício previdenciário o segurado deve transpor a barreira da carência, que é exigência típica do seguro privado.
Art. 24. Período de carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício,
consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 738/1770
Todas as pessoas que contribuem para a Previdência Social, seja pelo desconto da contribuição no salário, como no caso dos trabalhadores
com carteira assinada, seja pelo recolhimento por meio de guia, como fazem os autônomos são consideradas seguradas. Quando param de
contribuir por um determinado período, essas pessoas perdem a qualidade de segurado e, portanto, deixam de ter direito aos benefícios pagos
pela Previdência Social, mesmo que cumpram as outras exigências como, por exemplo, estar incapacitadas para o trabalho no caso do auxílio-
doença.
Para voltar a ter direito aos benefícios, o trabalhador que perdeu a qualidade de segurado terá de contribuir para a Previdência por, pelo
menos, um terço do tempo mínimo exigido – é a chamada carência – para cada tipo de benefício. No caso do auxílio-doença, por exemplo, a
carência exigida é de 12 meses. Mas, para alguém que perdeu a qualidade de segurado, as contribuições anteriores só serão consideradas
para a concessão do auxílio-doença se, depois de voltar a contribuir, houver, pelo menos, 06 (seis) novas contribuições, conforme art. 27-A, da
Lei 8.213/91, artigo incluído pela Lei 13.457, de 26 de junho de 2017.
Portanto, para que a segurada possa ser contemplada com um dos benefícios previdenciários deve satisfazer a carência exigida para o
benefício pretendido. É a carência, portanto, o instituto que qualifica o segurado como apto ao percebimento de benefícios previdenciários.
Para obtenção do benefício previdenciário o segurado deve transpor a barreira da carência, que é exigência típica do seguro privado.
Verifica-se, conforme consulta realizada no CNIS/CIDADÃO (doc. eletrônico n.º 46), que a autora teve seu primeiro vinculo como facultativo
pelo período de 01/01/2004 a 31/12/2004, após recebeu o beneficio de auxílio-doença sob o n.º NB 31/134.577.742-3 pelo período de
04/04/2005 a 23/01/2008, após teve diversos recolhimentos sento o ultimo também como facultativo no período de 01/11/2016 a 28/02/2017, de
modo que ao tempo de sua incapacidade, em 2010, mantinha qualidade de segurada, bem como carência mínima exigida pela legislação
previdenciária.
Assim, determino que o benefício de aposentadoria por invalidez seja concedida a partir da data do requerimento administrativo do beneficio
auxílio-doença sob o n.º NB 31/617.184.188-2 em 16/01/2017 (DER).
Reconhecido o direito invocado e considerando a natureza alimentar do benefício, assim como o risco irreparável a que a parte autora estaria
sujeita caso devesse aguardar o trânsito em julgado da demanda, estão presentes os pressupostos necessários à antecipação dos efeitos da
tutela, previstos no artigo 296 do Código de Processo Civil.
Diante de todo o exposto, extingo o processo com resolução de mérito, conforme art. 487, I, do CPC e JULGO PROCEDENTE o pedido para
conceder à parte autora o benefício nos seguintes termos:
CPF/MF: 034.859.078-47
Valor(es) atrasado(s): R$ 25.826,89 (vinte e seis mil, oitocentos e vinte e seis reais e oitenta e nove centavos)
Condeno o réu, ainda, a pagar as prestações vencidas no valor de R$ 25.826,89 (vinte e seis mil, oitocentos e vinte e seis reais e oitenta e nove
centavos), atualizadas até janeiro de 2019.
Os valores atrasados deverão ser atualizados monetariamente desde a competência em que deveriam ter sido pagos, pelos índices fixados de
acordo com o Manual de Orientação e Procedimentos para Cálculos da Justiça Federal. Os juros são devidos desde a propositura da ação, nos
percentuais e indexadores definidos pelo Manual de Orientação e Procedimentos para Cálculos da Justiça Federal.
Por fim, condeno o INSS ao ressarcimento dos honorários periciais antecipados pela Justiça Federal (art. 82, § 2º, do CPC).
Considerando que o momento da prolação de sentença é oportuno para distribuir o ônus do tempo do processo, com vistas a salvaguardar a
eficácia do princípio constitucional da razoável duração do processo e ao mesmo tempo privilegiar o direito provável em detrimento do
improvável, demonstrada a verossimilhança das alegações da parte autora e diante do nítido caráter alimentar da verba pleiteada, nos termos
do art. 294 e 300, do CPC ANTECIPA A TUTELA JURISDICIONAL para determinar ao INSS que providencie a concessão do beneficio
de aposentadoria por invalidez (B-32), com (DIP) em 01/02/2019.
O INSS deverá providenciar a implantação do benefício previdenciário ora concedido no prazo legal, sendo a contagem em dias úteis, sendo
que constitui ônus das partes informar ao Juízo sobre a efetiva implantação do benefício ou eventual descumprimento do prazo pelo
INSS/APSADJ.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 739/1770
Havendo trânsito em julgado, deverá o INSS manter o benefício conforme determinado nesta sentença sob as penalidades da lei, bem como
ser expedido pela Secretaria ofício competente para o pagamento dos atrasados.
Oficie-se ao INSS para o cumprimento ora determinado. Após, junte aos autos, informações do devido cumprimento.
Defiro os benefícios da justiça gratuita.
Sem condenação em custas e honorários advocatícios (Lei n. 9.099/95, art. 55).
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
Trata-se de ação ajuizada por JOAQUIM CARDOZO DE OLIVEIRA, em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -
INSS, na qual pleiteia o restabelecimento do benefício previdenciário auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez.
Afirma que recebeu, administrativamente, o benefício auxílio-doença NB 31/617.569.744-1, com inicio em 12/02/2017 (DIB) e sendo cessado
em 05/04/2017 (DCB), conforme informações do beneficio anexado aos autos (doc. Eletrônico n.º 02 – fls. 32).
Entende a parte autora que a cessação do benefício pelo INSS foi indevida e requer assim o seu restabelecimento.
O INSS apresentou contestação, requerendo a improcedência do pedido, alegando, preliminarmente, a prescrição de que trata o artigo 103,
parágrafo único da Lei 8.213/91; no mérito asseverou a não comprovação de incapacidade laborativa da parte autora; e eventualmente, a
fixação da data do início do benefício, a partir da apresentação do laudo pericial em juízo.
Realizada a perícia médica ortopédica e também parecer contábil, cujos laudos encontram-se escaneados neste processo.
A concessão do benefício previdenciário de auxílio-doença exige, nos termos da legislação específica (Lei 8.213/1991, art. 59 e ss.), a
presença dos seguintes requisitos: (i) incapacidade laborativa temporária superior a 15 (quinze) dias; (ii) prova da condição de segurado e sua
manutenção à época do início da incapacidade; (iii) que a doença incapacitante não seja pré-existente à filiação do segurado ao RGPS, exceto
nos casos de progressão e agravamento, e (iv) carência de 12 contribuições mensais.
Por sua vez, a concessão da aposentadoria por invalidez é devida quando o segurado ficar impossibilitado total e permanentemente,
insusceptível de reabilitação, para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, respeitada a carência, quando exigida pela lei,
conforme determinam, especialmente, as normas dos artigos 42 e seguintes da Lei n° 8.213, de 24.07.91, que disciplina o Plano de Benefícios
da Previdência Social.
Incapacidade total indica que o segurado não tem condições de exercer qualquer atividade laboral; incapacidade permanente denota que não
há prognóstico de que o segurado possa recuperar a capacidade de trabalho para a mesma ou outra atividade.
Assim, o que diferencia os benefícios é a natureza da doença ou lesão, ou seja, se temporária ou permanente.
No caso dos autos, foi realizada pericia médica em 12/12/2017, na espacialidade ortopedia, onde relata o i. perito a respeito do autor:
“45 anos, Encarregado, casado, Endereço : Rua dos Mouros, 64, Folha Seca, Ubatuba - SP, Escolaridade : Fundamental incompleto.
QUEIXA ATUAL:
Amputação traumática Falanges de Mão D.
HISTÓRICO:
O autor pleiteia a Auxilio– Doença. O periciando refere amputação traumática de falanges média de 2°, 3° e 4° QDD há 10 meses devido a
acidente com serra em seu trabalho qdo cortava madeira.
EXAMES COMPLEMENTARES:
Rx de Mão D: Amputação a nível falange média.
CONCLUSÃO:
Periciando apresenta quadro de incapacidade Parcial Permanente para fins de atividade laborativas.”
Pois bem, de acordo com o teor do laudo médico ortopédico, bem como respostas aos quesitos do Juízo e do INSS, verifica-se que o autor
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 740/1770
apresenta incapacidade parcial e temporária, com inicio da incapacidade há 10 meses (02/2017).
A prova técnica produzida no processo é determinante em casos em que a incapacidade somente pode ser aferida por médico perito,
profissional habilitado a fornecer ao Juízo elementos técnicos para formação de sua convicção.
Assim, não havendo contradições ou imprecisões que comprometam o ato ou que infirmem a conclusão exarada pelo perito judicial,
profissional equidistante das partes e com habilidades técnicas necessárias para a aferição quanto à existência ou não de incapacidade da
parte autora, não há razões para que o laudo médico pericial seja recusado. Ademais, o laudo pericial foi emitido com base no quadro clínico
verificado por ocasião da perícia médica, através de exames físicos, bem como na história clínica, através dos exames apresentados e do
próprio relato do autor.
Provada está, portanto, em face do conjunto probatório produzido, a incapacidade parcial e permanente do autor na especialidade ortopédica,
considerada como data de inicio da incapacidade em 02/2017. Verifico que o autor encontrava-se filiado na qualidade de contribuinte
individual, ao tempo do acidente, motivo pelo qual não faz jus a auxílio-acidente. O caso demanda a concessão de auxílio-doença, para
posterior reabilitação do autor. Neste sentido:
Passa-se a analisar a qualidade de segurado e a sua carência, ou seja, se a autora possuía a qualidade de segurada e se cumpriu ou não o
período de carência exigido pela lei previdenciária, na data em que o perito atestou como sendo o início da sua incapacidade laboral.
A carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, conforme art. 24, da Lei
8.213/91. Para que o segurado possa ser contemplado com um dos benefícios previdenciários deve satisfazer a carência exigida para o
benefício pretendido. É a carência, portanto, o instituto que qualifica o segurado como apto ao percebimento de benefícios previdenciários.
Para obtenção do benefício previdenciário o segurado deve transpor a barreira da carência, que é exigência típica do seguro privado.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 741/1770
Art. 24. Período de carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício,
consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências.
Todas as pessoas que contribuem para a Previdência Social, seja pelo desconto da contribuição no salário, como no caso dos trabalhadores
com carteira assinada, seja pelo recolhimento por meio de guia, como fazem os autônomos são consideradas seguradas. Quando param de
contribuir por um determinado período, essas pessoas perdem a qualidade de segurado e, portanto, deixam de ter direito aos benefícios pagos
pela Previdência Social, mesmo que cumpram as outras exigências como, por exemplo, estar incapacitadas para o trabalho no caso do auxílio-
doença.
Para voltar a ter direito aos benefícios, o trabalhador que perdeu a qualidade de segurado terá de contribuir para a Previdência por, pelo
menos, um terço do tempo mínimo exigido – é a chamada carência – para cada tipo de benefício. No caso do auxílio-doença, por exemplo, a
carência exigida é de 12 meses. Mas, para alguém que perdeu a qualidade de segurado, as contribuições anteriores só serão consideradas
para a concessão do auxílio-doença se, depois de voltar a contribuir, houver, pelo menos, 06 (seis) novas contribuições, conforme art. 27-A, da
Lei 8.213/91, artigo incluído pela Lei 13.457, de 26 de junho de 2017.
Portanto, para que a segurada possa ser contemplada com um dos benefícios previdenciários deve satisfazer a carência exigida para o
benefício pretendido. É a carência, portanto, o instituto que qualifica o segurado como apto ao percebimento de benefícios previdenciários.
Para obtenção do benefício previdenciário o segurado deve transpor a barreira da carência, que é exigência típica do seguro privado.
Verifica-se conforme consulta realizada no CNIS/CIDADÃO (doc. eletrônico n.º 22), que o autor teve seu primeiro recolhimento como
empregado junto a “CARRARA COMERCIO DE MATERIAIS PARA CONSTRUÇÃO LTDA” pelo período de 01/11/1990 a 01/02/1992,
após, teve diversos vínculos, sendo o ultimo como contribuinte individual pelo período de 01/07/2015 a 31/12/2017, por fim, recebeu o beneficio
de auxílio-doença sob o n.º NB 31/617.569.744-1 pelo período de 12/02/2017 a 05/04/2017, de modo que ao tempo no inicio da sua
incapacidade, em 02/2017, mantinha sua qualidade de segurado, bem como carência mínima exigida pela Legislação.
Assim, determino que o benefício seja restabelecido desde a data posterior a cessação em 05/04/2017 (DCB) visto que o autor encontrava-se
incapacitado, devendo ser encaminhado para reabilitação profissional, para que, ao final, seja declarado reabilitado ou tenha convertido seu
benefício em aposentadoria por invalidez. O benefício deverá ser mantido pelo prazo necessário à reabilitação profissional.
Reconhecido o direito invocado e considerando a natureza alimentar do benefício, assim como o risco irreparável a que a parte autora estaria
sujeita caso devesse aguardar o trânsito em julgado da demanda, estão presentes os pressupostos necessários à antecipação dos efeitos da
tutela, previstos no artigo 296 do Código de Processo Civil.
Diante de todo o exposto, extingo o processo com resolução de mérito, conforme art. 487, I, do CPC e JULGO PROCEDENTE o pedido para
conceder à parte autora o benefício de AUXÍLIO-DOENÇA, BEM COMO DETERMINAR A INCLUSÃO EM REABILITAÇÃO
PROFISSIONAL nos seguintes termos:
CPF/MF: 904.474.686-34
Valor(es) atrasado(s): R$ 23.972,46 (vinte e três mil, novecentos e setenta e dois reais e quarenta e seis centavos)
DAVID PEDROSO propôs ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS, requerendo a ratificação do tempo
especial reconhecido administrativamente; reconhecimento do tempo especial nos períodos entre 02/01/1987 a 03/03/1987, 09/03/1987 a
03/05/1988, 02/08/1988 a 01/06/1991, 08/06/1993 a 28/02/1994, 06/06/1994 a 01/02/1996, 15/05/1996 a 25/10/2005, 25/10/2005 a 03/06/2008,
07/01/2009 a 16/04/2014 e 10/03/2014 a 04/04/2017 e, consequentemente a concessão de aposentadoria especial ou, alternativamente, a
concessão de Aposentadoria por Tempo de Contribuição sem Fator Previdenciário, desde a DER em 04/04/2017.
Com a inicial juntou documentos pessoais e demais provas com relação ao alegado.
Indeferida a antecipação de tutela pretendida para imediata aposentação (evento 7).
Citado, o INSS apresentou contestação (evento 22). Prejudicialmente alega prescrição, e, no mérito, traz argumentos pela improcedência do
pedido.
Audiência de Conciliação, Instrução e Julgamento realizada em 19/03/2019, onde foram ouvidas as testemunhas da parte autora.
É o relatório.
DECIDO.
Prejudicialmente, quanto à prescrição da pretensão da parte autora, é de se ressaltar que, nas relações de trato sucessivo, a prescrição atinge
apenas as prestações vencidas antes do quinquênio anterior à propositura da ação (Súmula n.º 85 do STJ).
Assim, considerando que a ação foi distribuída em 06/03/2018, e o requerimento administrativo ocorreu em 04/04/2017, não há parcelas
alcançadas pela prescrição. Não se tratando de ação de revisão, tampouco há qualquer prazo decadencial em curso.
Quanto ao mais, verifico que estão presentes as condições da ação, nada se podendo objetar quanto à legitimidade das partes e à presença do
interesse processual. Estão igualmente presentes os pressupostos de desenvolvimento válido e regular do processo, em virtude do que passo
ao exame do mérito.
Para este Juízo, não há dúvidas de que, para fins de aposentadoria, o tempo de serviço prestado rege-se e prova-se pela lei vigente à época de
sua prestação. Será especial, ou não, de acordo com a lei vigente à época de sua prestação, provando-se pelos requisitos elencados na mesma
lei. Neste sentido:
Portanto, para solução do conflito, resta apenas a apresentação do modo de prova de cada período especial. Neste ponto, até a vigência da Lei
n.º 9.032/95, para comprovação do tempo especial, bastaria a apresentação do formulário SB-40, DISES SE 5235 ou DSS 8030, preenchido
pela empresa, empregador ou preposto, comprovando o enquadramento do segurado numa das atividades elencadas nas listas dos Decretos n.º
53.831/64 e 83.080/79.
Após a Lei n.º 9.032/95, até a publicação da medida provisória n.º 1.523, de 13 de outubro de 1996, basta apresentação dos mesmos
formulários, que devem fazer menção ao agente nocivo, já que, nesta época, não mais vigia a sistemática de enquadramento em atividade
profissional considerada especial, sendo necessária a comprovação de exposição do segurado aos agentes nocivos também previstos nos
Decretos n.º 53.831/64 e 83.080/79.
Como os referidos formulários são preenchidos pelo empregador sob assertiva de responsabilidade criminal pela veracidade das informações,
a este Juízo parece claro que eventuais suspeitas sobre as informações contidas no documento devem ser dirimidas pelo INSS, a tempo e
modo oportuno, a fim de retirar a presunção de veracidade do documento. Com a edição do Decreto n.º 4.032/2001, que determinou a redação
do artigo 338, § 2º do Decreto n.º 3.048/99 há expressa previsão de fiscalização a cargo do INSS.
Portanto, nestes períodos não se pode exigir laudo para comprovação da exposição do segurado a agentes nocivos, pois a exigência de laudo
somente teve lugar após a edição da medida provisória nº 1.523, de 13 de outubro de 1996. É anotação comum da doutrina, no entanto, que
para o agente “ruído”, por imperiosa necessidade de medição, a apresentação do laudo é indispensável, qualquer que seja o período trabalhado.
Após 13 de outubro de 1996, por força da citada medida provisória, definitivamente convertida na Lei n.º 9.528/97, que alterou a redação do
artigo 58 da Lei n.º 8.213/91, exige-se formulário emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais
do trabalho expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho atestando a exposição aos agentes nocivos previstos nos
Decretos n.º 53.831/64 e 83.080/79, e, partir de 05 de março de 1997, com base no Decreto 2.172/97, até edição do Decreto 3.048/99, que
passa a embasar os enquadramentos posteriores.
O perfil profissiográfico mencionado pelo § 4º acrescentado ao artigo 58 da Lei n.º 8.213/91 por força da medida provisória nº 1.523, de 13 de
outubro de 1996, definitivamente convertida na Lei n.º 9.528/97 somente teve seu conceito introduzido pelo Decreto n.º 4.032, de 26 de
novembro de 2001, a partir de quando se tornou o documento probatório da efetiva exposição dos segurados aos agentes nocivos.
Referidos formulários ou laudos, ainda que façam menção ao uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), não alteram a natureza
especial do tempo trabalhado. A utilização de EPI não é óbice ao reconhecimento da natureza especial do trabalho prestado, pois a lei não
exige a efetivação de ofensa à saúde como condição para caracterizar a exposição a agente nocivo.
Quanto ao agente nocivo ruído, nos termos da Ordem de Serviço nº 612/98 (item 5.1.7), estabeleceu-se que os ruídos acima de 80 decibéis
eram suficientes para reconhecimento da atividade especial até 13 de outubro de 1996. A partir de 14 de outubro de 1996, passaram a ser
necessários 90 decibéis para esse fim.
Ocorre, no entanto, que os anexos dos Decretos nº 53.831/64 e 83.080/79 subsistiram validamente até 05 de março de 1997, véspera da
publicação do Decreto nº 2.172/97, que os revogou expressamente. Não sendo possível que simples ordem de serviço possa dispor de forma
diversa de decreto regulamentar, a conclusão que se impõe é que, até 04.3.1997, o ruído acima de 80 e abaixo de 90 decibéis pode ser
considerado como agressivo. A partir de 05 de março de 1997, apenas o ruído acima de 90 dB pode assegurar a contagem do tempo especial.
Com a edição do Decreto nº 4.882/2003, esse nível foi reduzido a 85 decibéis, alterando, a partir de sua vigência, o critério regulamentar para
tolerância à exposição ao ruído.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 744/1770
Em suma, considera-se especial a atividade sujeita ao agente ruído superior a 80 dB (A) até 05.3.1997; superior a 90 dB (A) de 06.3.1997 a
18.11.2003; superior a 85 dB (A) a partir de 19.11.2003.
O próprio Advogado Geral da União editou o Enunciado nº 29, de 09.6.2008, cuja observância é obrigatória para os membros daquela carreira,
corroborando o mesmo entendimento (“Atendidas as demais condições legais, considera-se especial, no âmbito do RGPS, a atividade exercida
com exposição a ruído superior a 80 decibéis até 05/03/97, superior a 90 decibéis desta data até 18/11/2003, e superior a 85 decibéis a partir de
então”).
Vale ainda acrescentar que o entendimento consolidado na Súmula nº 32 da Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais
Federais (depois de revisada) aparenta contrariar a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça a respeito do assunto.
Acrescente-se que a Primeira Seção do STJ, na sessão realizada em 28.8.2013, deu provimento ao incidente de uniformização jurisprudencial
suscitado pelo INSS a respeito do tema, na forma do art. 14, § 4º, da Lei n. 10.259/01 (Petição Nº 9.059 - RS [2012/0046729-7], Rel. Min.
BENEDITO GONÇALVES), entendimento que é vinculante no sistema dos Juizados Especiais Federais.
A questão restou definitivamente resolvida no julgamento do RESP 1.398.260, Rel. Min. HERMAN BENJAMIN, j. em 14.5.2014, na
sistemática dos recursos especiais repetitivos (art. 543-C do CPC), que afastou a pretensão de aplicar retroativamente o Decreto nº
4.882/2003.
Quanto à suposta alegação de falta de custeio para o pagamento da aposentadoria especial, é evidente que o sistema concedeu contribuições
específicas para o custeio dessas aposentadorias, essencialmente o Seguro de Acidentes do Trabalho (SAT), exigido na forma do art. 22, II,
da Lei nº 8.212/91, do acréscimo de que cuida o art. 57, §§ 6º e 7º, da Lei nº 8.213/91, bem como da possibilidade de redução prevista no art.
10 da Lei nº 10.666/2003.
Nesses termos, sem embargo da possibilidade de que a União, por meio da Secretaria da Receita Federal do Brasil, institua e cobre tais
contribuições adicionais, não há como recusar o direito à aposentadoria especial a quem preencheu todos os requisitos legais.
Já com relação ao vigia e vigilante, na linha da evolução legislativa, a atividade perigosa exercida por “guarda, vigia e vigilante” passou a ser
disciplinada nos termos do quadro anexo a que se refere o artigo 2º do Decreto 53.831/64, especificamente em seu código 2.5.7, com jornada
normal ou especial fixada em lei em serviços que expõe o trabalhador á riscos inerentes a proteção de patrimônio de terceiros, com prejuízos à
sua integridade física ou á sua próprio vida.
Com a edição da Lei 7.102/83, editada em 21.06.1983, posteriormente alterada pela Lei 8.663/94, foi regulamentado a atividade de guarda,
vigia e vigilante que exercem a segurança de estabelecimentos financeiros, definindo normas para constituição e funcionamento de empresas
particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores.
Até 28.04.1995, com advento da Lei 9.032/95 o INSS administrativamente reconhece como especial atividade de “guarda, vigia ou vigilante”
como especial pela sua “categoria profissional”, mas exige o porte de arma de fogo para esse reconhecimento nos termos do inciso II do
artigo 273 da Instrução Normativa nº 77/15.
Após, com o advento do Decreto 2.172/97 de 06.03.1997, o risco integridade física, decorrentes de atividades periculosidade, dentre elas a de
“guarda, vigia ou vigilante”, deixou de constar na relação de agentes nocivos, de tal modo passou a ser reconhecida somente até 28.04.1995,
com base na categoria profissional, ou até 05.03.1997, com base na informação da exposição da integridade física do trabalhador á risco
decorrente da proteção do patrimônio de terceiros de modo permanente, não ocasional, nem intermitente, mas sempre exigindo o porte de
arma de fogo.
Assim, com a edição do Decreto 2.172/97, ocorreu à supressão ao reconhecimento da atividade como especial com base na exposição aos
agentes de riscos/perigosos, e com isso iniciaram as primeiras demandas judiciais para discutir tal restrição, buscando prevalecer o direito ao
reconhecimento como especial de atividades que expõe o trabalhador a risco/periculosidade, com base nos seguintes fundamentos:
O rol dos agentes nocivos listados nos Decretos Legislativos são exemplificativos e não taxativos, com isso qualquer agente nocivo que
exponha a saúde e integridade física do trabalhador a risco, de modo permanente, nos termos do art. 57 da Lei 8.213/91 é passível de
reconhecimento da atividade como especial;
O fato do Decreto 2.172/97 não mais contemplar os agentes perigosos não significa que não seja mais possível o reconhecimento da
especialidade da atividade, já que o art. 57 da Lei 8.213/91, hierarquicamente superior ao Decreto 2.172/97, prevê a proteção contra risco à
integridade física do trabalhador.
A exigência do uso de arma de fogo para reconhecimento da atividade como perigosa é indevida, pois os Decretos Legislativos e a Lei
8.213/97 não prevê tal exigência, além do fato do “guarda, vigia e vigilante” que não porte arma de fogo estar em maior condição de risco a
sua integridade física daquele “guarda, vigia e vigilante” que porte arma de fogo;
A única exigência para reconhecimento de uma atividade de risco/perigosa como especial é que sua exposição ocorra de modo permanente,
ou seja, esteja inerente ao exercício sua atividade a exposição a risco ou perigo e que seja comprovado pelo formulário PPP ou Laudo
Técnico.
Nesse sentido, a TNU- Turma Nacional de Uniformização, analisando divergências entre entendimento sobre o enquadramento da atividade
do “guarda, vigia e vigilante” uniformizou seu entendimento no julgamento sobre o tema definido:
“PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO. REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. PREVIDENCIÁRIO. TEMPO EESPECIAL.
ATIVIDADE DE VIGILANTE ARMADO EXERCIDA APÓS O DECRETO 2.72/97. RECONHECIMENO CABÍVEL. RECURSO
REPETIVIVO DO STJ. QUESTÓES DE ORDEM Nª 18 E 20/TNU. INCIDENTE PARCIALMENTE CONHECIDO E, NESTE
PONTO, PARCIAMENTE PROVIDO. INCIDENTE PARCIAMENTE CONHECIDO E, NESTE PONTO, PARCIALMENTE
PROVIDOR, fixando a tese de que é passível o reconhecimento de tempo especial prestado com exposição a agente nocivo periculosidade,
na atividade de vigilante, em data posterior a 05/03/97, desde que o laudo técnico (ou elemento material equivalente) comprove a permanente
exposição á atividade nociva. (PEDILEF 052013-34.2015.4.05.8302, Rel. Juiz Federal Frederico Augusto Leopoldino Koehler, DJE 29.07.16)
– grifamos.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 745/1770
Nesse sentido o STJ – Superior Tribunal de Justiça - ratificou o entendimento acima em julgamento do RESP nº 1.410,057/RN, realizado em
30.11.2017, onde foi relator o Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, que reconheceu a possibilidade de reconhecimento como atividade
especial do trabalho exercido pelo “guarda, vigia e vigilante” após 05.03.1997, desde que comprove a exposição ao agente perigoso de modo
permanente, via formulário PPP – Perfil Profissiográfico Previdenciário, não necessitando o porte de arma para tal comprovação, senão
vejamos:
PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL. ATIVIDADE ESPECIAL. VIGILANTE. SUPRESSÃO PELO DECRETO 2.172/1997.
ARTS. 57 E 58 DA LEI 8.213/1991. ROL DE ATIVIDADES E AGENTES NOCIVOS. CARÁTER EXEMPLIFICATIVO. AGENTES
PREJUDICIAIS NÃO PREVISTOS. REQUISITOS PARA CARACTERIZAÇÃO. EXPOSIÇÃO PERMANENTE, NÃO OCASIONAL
NEM INTERMITENTE (ART. 57, § 3o., DA LEI 8.213/1991). ENTENDIMENTO EM HARMONIA COM A ORIENTAÇÃO FIXADA
NA TNU. RECURSO ESPECIAL DO INSS A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
1. Não se desconhece que a periculosidade não está expressamente prevista nos Decretos 2.172/1997 e 3.048/1999, o que à primeira vista,
levaria ao entendimento de que está excluída da legislação a aposentadoria especial pela via da periculosidade.
2. Contudo, o art. 57 da Lei 8.213/1991 assegura expressamente o direito à aposentadoria especial ao Segurado que exerça sua atividade em
condições que coloquem em risco a sua saúde ou a sua integridade física, nos termos dos arts. 201, § 1o. e 202, II da Constituição Federal.
3. Assim, o fato de os decretos não mais contemplarem os agentes perigosos não significa que não seja mais possível o reconhecimento da
especialidade da atividade, já que todo o ordenamento jurídico, hierarquicamente superior, traz a garantia de proteção à integridade física do
trabalhador.
4. Corroborando tal assertiva, a Primeira Seção desta Corte, no julgamento do 1.306.113/SC, fixou a orientação de que a despeito da
supressão do agente eletricidade pelo Decreto 2.172/1997, é possível o reconhecimento da especialidade da atividade submetida a tal agente
perigoso, desde que comprovada a exposição do trabalhador de forma permanente, não ocasional, nem intermitente.
5. Seguindo essa mesma orientação, é possível reconhecer a possibilidade de caracterização da atividade de vigilante como especial, com ou
sem o uso de arma de fogo, mesmo após 5.3.1997, desde que comprovada a exposição do trabalhador à atividade nociva, de forma
permanente, não ocasional, nem intermitente. Documento: 78488417 – EMENTA / ACORDÃO – Site certificado – DJe: 11/12/2017 Página 1
de 2 Superior Tribunal de Justiça.
6. No caso dos autos, as instâncias ordinárias, soberanas na análise fático-probatória dos autos, concluíram que as provas carreadas aos autos,
especialmente o PPP, comprovam a permanente exposição à atividade nociva, o que garante o reconhecimento da atividade especial.
7. Recurso Especial do INSS a que se nega provimento.
Por fim, cumpre ressaltar que outro ponto a ser considerado é que em se tratando de atividade de risco ou perigosa, o requisito da
habitualidade não é imprescindível, já que o tempo de exposição não é um fator condicionante para que ocorra um dano à integridade física do
“guarda, vigia e vigilante”, tendo em vista a presença constante do risco potencial, sendo exigido apenas a permanência da exposição ao risco
a ser comprovada por formulário PPP ou Laudo Técnico ambiental
Postas essas premissas, verifica-se que, no presente caso, pretende o autor ver reconhecido como tempo especial o trabalhado nas seguintes
empresas:
Empresa “CONDOMÍNIO EDIFÍCIOS WIMBLEDON”, de 02/01/1987 a 03/03/1987, exercendo a função de vigia diurno ;
Empresa “EMPRESA DE SEGURANÇA BANCÁRIA RESILAR”, de 09/03/1987 a 03/05/1988, exercendo a função de vigilante;
Empresa “G4S VANGUARDA SEGURANÇA E VIGILÂNCIA LTDA.”, de 02/08/1988 a 01/06/1991, exercendo a função de vigilante;
Empresa “CONDOMÍNIO WEMBLEY TENIS”, de 08/06/1993 a 28/02/1994, exercendo a função de vigia noturno;
Empresa “START ENGENHARIA E ELETRICIDADE LTDA.”, de 06/06/1994 a 01/02/1996, exercendo a função de vigia diurno;
Empresa “OFFICIO TECNOLOGIA EM VIGILÂNCIA ELETRÔNICA LTDA.”, de 15/05/1996 a 24/10/2005 (conforme consta a data fim
no CNIS), exercendo a função de vigilante;
Empresa “CONCRETA SERVIÇOS DE VIGILÂNCIA”, de 25/10/2005 (conforme consta na CTPS, legível, sem rasura e em ordem
cronológica) a 03/06/2008, exercendo a função de vigilante;
Empresa “ALBATROZ SEGURANÇA E VIGILÂNCIA LTDA.”, de 07/01/2009 a 16/04/2014, exercendo a função de vigilante; e,
Empresa “ESQUADRA – TRANSPORTE DE VALORES & SEGURANÇA LTDA.”, de 10/03/2014 a 04/04/2017 (data do requerimento
administrativo – DER), exercendo a função de vigilante.
É de se notar que todos os períodos laborados acima descritos foram devidamente comprovados, onde o autor exercia atividade especial, ou
seja, estava sob exposição ao agente perigoso, exercendo a função/cargo de vigia e/ou vigilante, de modo permanente, não ocasional e nem
intermitentes, conforme comprova nos formulários apresentados (PPP – Perfil Profissiográfico Previdenciário).
Verifico que os períodos de 08/06/1993 a 28/02/1994, exercendo a função de vigia noturno na Empresa “CONDOMÍNIO WEMBLEY
TENIS” e o período de 06/06/1994 a 01/02/1996, exercendo a função de vigia diurno na empregadora Empresa “START ENGENHARIA E
ELETRICIDADE LTDA.”, foram reconhecidos, administrativamente, como tempo especial.
Anoto que o mesmo PPP afirma que tais exposições ocorreram até 29/11/2015 sem que existisse EPI eficaz.
Recorde-se que o Supremo Tribunal Federal, no julgamento do ARE 664.335, com repercussão geral reconhecida, fixou duas teses quanto à
utilização de tais EPI’s:
1. “O direito à aposentadoria especial pressupõe a efetiva exposição do trabalhador a agente nocivo a sua saúde, de modo que se o
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 746/1770
Equipamento de Proteção Individual (EPI) for realmente capaz de neutralizar a nocividade, não haverá respaldo à concessão constitucional de
aposentadoria especial”.
2. “Na hipótese de exposição do trabalhador a ruído acima dos limites legais de tolerância, a declaração do empregador no âmbito do Perfil
Profissiográfico Previdenciário (PPP), no sentido da eficácia do Equipamento de Proteção Individual (EPI), não descaracteriza o tempo de
serviço especial para a aposentadoria”.
Por estes motivos, entendo que a pretensão para que seja declarado como tempo especial os períodos: 1. de 02/01/1987 a 03/03/1987; 2. de
09/03/1987 a 03/05/1988; 3. de 02/08/1988 a 01/06/1991; 4. de 15/05/1996 a 24/10/2005; 5. de 25/10/2005 (conforme consta na CTPS, legível,
sem rasura e em ordem cronológica) a 03/06/2008; 6. de 07/01/2009 a 16/04/2014 e, 7. de 10/03/2014 a 04/04/2017 (data do requerimento
administrativo – DER), devem ser acolhidos, tendo em vista a presença constante do risco potencial (exposição a agente nocivo
periculosidade) na função/cargo exercido pelo autor (vigia e vigilante armado).
Assim, conforme parecer e planilha do tempo de serviço/contribuição elaborado pela Contadoria do Juízo, que passa a fazer parte integrante
da sentença, o autor possui 25 (vinte e cinco) anos, 06 (seis) meses e 11 (onze) dias, com 311 contribuições:
Em face do exposto, com fundamento no art. 487, I, do Código de Processo Civil, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO, para condenar o
INSS a reconhecer, como tempo especial, os seguintes períodos trabalhados pelo autor, sob condições prejudiciais à integridade física ou à
saúde:
01. Empresa “CONDOMÍNIO EDIFÍCIOS WIMBLEDON”, de 02/01/1987 a 03/03/1987, exercendo a função de vigia diurno ;
02. Empresa “EMPRESA DE SEGURANÇA BANCÁRIA RESILAR”, de 09/03/1987 a 03/05/1988, exercendo a função de vigilante;
03. Empresa “G4S VANGUARDA SEGURANÇA E VIGILÂNCIA LTDA.”, de 02/08/1988 a 01/06/1991, exercendo a função de vigilante;
04. Empresa “OFFICIO TECNOLOGIA EM VIGILÂNCIA ELETRÔNICA LTDA.”, de 15/05/1996 a 24/10/2005 (conforme consta a data
fim no CNIS), exercendo a função de vigilante;
05. Empresa “CONCRETA SERVIÇOS DE VIGILÂNCIA”, de 25/10/2005 (conforme consta na CTPS, legível, sem rasura e em ordem
cronológica) a 03/06/2008, exercendo a função de vigilante;
06. Empresa “ALBATROZ SEGURANÇA E VIGILÂNCIA LTDA.”, de 07/01/2009 a 16/04/2014, exercendo a função de vigilante; e,
07. Empresa “ESQUADRA – TRANSPORTE DE VALORES & SEGURANÇA LTDA.”, de 10/03/2014 a 04/04/2017 (data do
requerimento administrativo – DER), exercendo a função de vigilante.
Empresa “CONDOMÍNIO WEMBLEY TENIS”, de 08/06/1993 a 28/02/1994, exercendo a função de vigia noturno; e,
Empresa “START ENGENHARIA E ELETRICIDADE LTDA.”, de 06/06/1994 a 01/02/1996, exercendo a função de vigia diurno.
E, consequentemente, conceder a aposentadoria especial com DIB fixada na DER em 04/04/2017, com renda mensal inicial (RMI) no valor
de R$ 1.834,87 (um mil, oitocentos e trinta e quatro reais e oitenta e sete centavos) e com renda mensal atual (RMA) no valor de R$ 1.918,10
(um mil, novecentos e dezoito reais e dez centavos), para a competência de Fevereiro de 2019.
Condeno o INSS ao pagamento dos valores devidos desde a DIB fixada, no valor de R$ 48.574,58 (quarenta e oito mil, quinhentos e setenta e
quatro reais e cinquenta e oito centavos), atualizadas até Março de 2019.
Os valores atrasados deverão ser atualizados monetariamente desde a competência em que deveriam ter sido pagos, pelos índices fixados de
acordo com o Manual de Orientação e Procedimentos para Cálculos da Justiça Federal. Os juros são devidos desde a propositura da ação, nos
percentuais e indexadores definidos pelo Manual de Orientação e Procedimentos para Cálculos da Justiça Federal.
Considerando que o momento da prolação de sentença é oportuno para distribuir o ônus do tempo do processo, com vistas a salvaguardar a
eficácia do princípio constitucional da razoável duração do processo e ao mesmo tempo privilegiar o direito provável em detrimento do
improvável, demonstrada a verossimilhança das alegações da parte autora e diante do nítido caráter alimentar da verba pleiteada, nos termos
do art. 294 e 300, do CPC ANTECIPA A TUTELA JURISDICIONAL para determinar ao INSS que providencie a concessão do beneficio
aposentadoria especial (espécie 46), a partir de 04/04/2017 (DIB), com data de início de pagamento (DIP) em 01/03/2019.
O INSS deverá providenciar a implantação do benefício previdenciário ora concedido no prazo legal, sendo a contagem em dias úteis, sendo
que constitui ônus das partes informar ao Juízo sobre a efetiva implantação do benefício ou eventual descumprimento do prazo pelo
INSS/APSADJ.
Havendo trânsito em julgado, deverá o INSS manter o benefício conforme determinado nesta sentença sob as penalidades da lei, bem como
ser expedido pela Secretaria ofício competente para o pagamento dos atrasados.
Oficie-se ao INSS para o cumprimento ora determinado. Após, junte aos autos, informações do devido cumprimento.
Defiro os benefícios da justiça gratuita.
Sem condenação em custas e honorários advocatícios (Lei n. 9.099/95, art. 55).
Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Cumpra-se.
I - RELATÓRIO
Trata-se de ação ajuizada por CLELIA PONTES ARAUJO em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS, por
meio da qual pleiteia a concessão da aposentadoria por invalidez.
Segundo consta da petição inicial e dos documentos anexos a ela, a parte autora recebeu o benefício auxílio-doença (NB 31/602.668.339-2) de
2012 a 2018, sendo cessado administrativamente pelo INSS.
Instruiu a petição com documentos de identificação pessoal, comunicação de decisão do INSS, prontuários, receituários e relatórios médicos.
O INSS foi regularmente citado, contestou, e requereu a improcedência da ação. Sustentou, no mérito, a ausência da qualidade de segurado,
de incapacidade laborativa e dos demais requisitos legais.
Determinou-se a realização de perícia médica na especialidade de psiquiatria para o dia 22/10/2018, e por motivo de atraso da autora foi
remarcada para o dia 10/12/2018, porém, a autora não compareceu à pericia médica reagendada, não justificado sua ausência até a presente
data.
Caracterizada está, por conseguinte, a contumácia da parte autora, que abandonou a causa ao “por não promover os atos e as diligências que
lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias” – art. 485, III, do CPC.
Assim, a extinção do feito é a medida que se impõe.
II – DISPOSITIVO
Ante o exposto, deixo de resolver o mérito, nos termos do art. 485, inciso III, do novo Código de Processo Civil.
Sem condenação em custas e honorários advocatícios, nesta instância judicial (Lei n. 9.099/95, art. 55).
A parte autora poderá recorrer desta sentença, no prazo de 10 (dez) dias.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Cumpra-se.
Ante o exposto, deixo de resolver o mérito, nos termos do art. 485, inciso III e VI, do novo Código de Processo Civil.
Defiro o pedido de justiça gratuita face à declaração de hipossuficiência econômica.
Sem custas e honorários nesta instância, a teor do art. 1º da Lei n. 10.259/2001, c/c art. 55, da Lei n. 9.099/1995.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
Tendo em vista a necessidade de uma melhor apuração do feito, converto o julgamento em diligência.
Conforme manifestação da parte autora em 16/01/2019 (doc. Eletrônico nº 20), intime o i. perito judicial, Dr. José Eduardo C. de Freitas Filho,
para que responda aos quesitos, quais sejam:
“Diante de tais considerações, seguem os quesitos:
1. O (A) PERITO (A) que realiza a presente perícia já prestou serviço como médico perito de alguma agência / posto da autarquia ré em
SÃO PAULO / OSASCO ou em qualquer outra cidade?
2. Douto perito, qual a sua especialidade médica?
3. Qual a lesão ou moléstia da autora? Em que consiste essas patologias? Qual a classificação dessas patologias em grau?
4. Qual o grau sócio cultural da autora? A mesma está apta para o desempenho de quais atividades profissionais?
5. As seqüelas de que é portadora a autora são irreversíveis?
6. Necessita para a avaliação da incapacidade de algum outro exame médico?
7. Devido a idade e pouco grau de instrução, se incapacitada para o trabalho pode ser readaptada a função diversa?
8. A moléstia apresentada pela autora é passível de tratamento com possibilidade de cura? A autora esta sendo submetida a tratamento
medicamentoso? Em caso afirmativo, este gera efeitos colaterais passiveis de incapacitá-la ao trabalho?”.
TERMOS REGISTRADOS PELOS JUÍZES DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CÍVEL ADJUNTO CATANDUVA
EXPEDIENTE Nº 2019/6314000102
Dispenso o relatório (v. art. 38, caput, da Lei n.º 9.099/95). Trata-se de ação, processada pelo JEF, em que se busca, com pedido de tutela de
urgência, a concessão do benefício assistencial de prestação continuada previsto no art. 20, e §§, da Lei n.º 8.742/93 (Lei Orgânica da
Assistência Social - LOAS), desde a data do indeferimento do requerimento administrativo. Salienta, em apertada síntese, a parte autora, que
é pessoa portadora de deficiência e, sendo sua família pobre, não tem condições financeiras de mantê-la com dignidade. Sustenta, assim, que
tem direito ao benefício, discordando da decisão administrativa que indeferiu a concessão do benefício. Citado, o INSS ofereceu contestação,
em cujo bojo, no mérito, arguiu preliminar de prescrição quinquenal, e defendeu tese no sentido da improcedência do pedido veiculado.
Devidamente intimado a se manifestar, o MPF manifestou-se pela desnecessidade de sua intervenção.
Fundamento e Decido.
Verifico que o feito se processou com respeito ao devido processo legal, na medida em que observados o contraditório e a ampla defesa,
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 750/1770
presentes os pressupostos de existência e validade da relação jurídica processual, bem como as condições da ação.
Não havendo sido alegadas preliminares, passo, de imediato, ao mérito do processo.
Na medida em que pretende o autor a concessão da prestação assistencial a partir do requerimento administrativo indeferido, e data este de
período posterior àquele em que, em tese, poderia ter-se verificado, no caso concreto, pelo momento do ajuizamento da ação, a prescrição de
eventuais parcelas devidas do benefício, afasto a preliminar arguida pelo INSS em sua resposta (v. art. 103, parágrafo único, da Lei n.º
8.213/91).
Entendo que o benefício assistencial previsto no art. 20, caput, e §§, da Lei n.º 8.742/93, e suas alterações posteriores (v. Lei n.º 9.720/98, Lei
n.º 12.435/11, e Lei n.º 12.470/11), instituído com base no art. 203, inciso V, da CF/88 (“Art. 203. A assistência social será prestada a quem
dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: V – a garantia de um salário mínimo de benefício
mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção o de tê-la provida por
sua família, conforme dispuser a lei”), é devido, independentemente de contribuição à seguridade social, aos deficientes e aos idosos com 65
anos ou mais (a partir de 1998 a idade prevista no art. 20, caput, da Lei n.º 8.742/93, passou a ser de 67 (sessenta e sete) anos, de acordo com
o art. 1.º, da Lei n.º 9.720/98, que deu nova redação ao seu antigo art. 38. Por outro lado, menciono que, a contar de janeiro de 2004, a idade
mínima, de acordo com a Lei n.º 10.741/2003, art. 34, caput, passou a ser de 65 anos. Este patamar etário foi mantido pela Lei n.º 12.435/11 -
v. art. 20, caput: “O benefício de prestação continuada é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65
(sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem tê-la provida pela família”) que
comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção, nem de tê-la provida pela família.
Compõem, por sua vez, para tal fim, o conceito de família, o requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais, e, na ausência de um deles, a
madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto (v. art.
20, § 1.º, da Lei n.º 8.742/93, com a redação dada pela Lei n.º 12.435/11).
A pessoa com deficiência é aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual ou sensorial, os quais, em interação
com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade com as demais pessoas (v. art. 20, § 2.º, da Lei n.º
8.742/93, com a redação dada pela Lei n.º 12.470/11). Anoto que impedimento de longo prazo é aquele que produza efeitos pelo prazo mínimo
de 2 anos (v. art. 20, § 10, da Lei n.º 8.742/93, com a redação dada pela Lei n.º 12.470/11).
Por outro lado, de acordo com a lei, seria incapaz de prover a manutenção da pessoa com deficiência ou mesmo idosa, a família cuja renda
mensal per capita fosse inferior a 1/4 (um quarto) do salário mínimo (v. art. 20, § 3.º, da Lei n.º 8.742/93, com a redação dada pela Lei n.º
12.435/11).
Saliento, nesse passo, que parâmetro legal mencionado acima (um quarto do salário mínimo por cabeça), eleito normativamente para a
mensuração da renda familiar, foi, num primeiro momento, reconhecido como constitucional, de acordo com o pronunciamento do E. STF na
Adin/1.232, Relator Ministro Ilmar Galvão – julgada improcedente (onde se questionava justamente a constitucionalidade da limitação da renda
prevista no parágrafo terceiro do art. 20, da Lei n.º 8.742/93 – (v. Informativo 203 do E. STF: “Tendo em vista que no julgamento da ADIn
1.232-DF (julgada em 27.8.98, acórdão pendente de publicação, v. Informativo 120) o Tribunal concluiu pela constitucionalidade do § 3º do art.
20 da Lei 8.742/93 - " Art. 20. O benefício da prestação continuada é a garantia de 1 (um) salário mínimo mensal à pessoa portadora de
deficiência e ao idoso com 70 (setenta) anos ou mais e que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ... § 3º Considera-
se incapaz de prover a manutenção da pessoa portadora de deficiência ou idosa a família cuja renda per capita seja inferior a 1/4 (um quarto)
do salário mínimo.") -, a Turma deu provimento a recurso extraordinário interposto contra acórdão do TRF da 3ª Região que, entendendo pela
inconstitucionalidade da mencionada norma, reconhecera a produtora rural portadora de doença grave o direito ao recebimento do benefício da
prestação continuada. RE 276.854-SP, Relator Min. Moreira Alves, 19.9.2000 (RE-276854)”), gerando efeitos contra todos.
Este posicionamento vinha sendo adotado por este magistrado em suas decisões, já que ao E. STF, nos termos do art. 102, caput, da CF/88,
compete a guarda precípua da interpretação constitucional, em respeito ao Estado Democrático de Direito, e, ademais, também estava em
necessária consonância com a regra da contrapartida, disposição aplicável a toda a seguridade social, e não apenas às ações de previdência
social (art. 195, § 5.º, da CF/88).
Devo mencionar, também, que o E. STF (Plenário) no precedente firmado no agravo regimental na reclamação n.º 2303, passou então a
considerar violada a decisão proferida na ADI 1232, sujeitando, desta forma, à imediata cassação, por meio de reclamação ajuizada com este
específico objetivo, sentença que concedesse o benefício assistencial em desacordo com o critério objetivo fixado no § 3.º, do art. 20, da Lei
n.º 8.742/93.
Contudo, a partir do que fora noticiado no Informativo 454 do E. STF, tendo por objeto a Reclamação 4374 MC/PE – Relator Ministro Gilmar
Mendes, o critério ditado pela lei de regência estaria sendo superado por normas supervenientes, indicando, assim, sua insuficiência para se
aferir, em concreto, acerca da existência, ou não, do direito ao benefício assistencial. Deveria ele, assim, ser complementado por outros (“... O
Tribunal parece caminhar no sentido de se admitir que o critério de ¼ do salário mínimo pode ser conjugado com outros fatores indicativos do
estado de miserabilidade do indivíduo e de sua família para a concessão do beneficio assistencial de que trata o art. 203, inciso V, da
Constituição”).
Isto, na minha visão, representando apenas tendência que, no futuro, após sua submissão ao Plenário da E. Corte, poderia dar margem à
alteração do entendimento no sentido da constitucionalidade da norma em questão, levou-me a manter, em muitos casos, o posicionamento
jurisprudencial consolidado (v. art. 20, § 3.º, da Lei n.º 8.742/93, com a redação dada pela Lei n.º 12.435/11), ainda mais quando a legislação
superveniente continuou seguindo o critério objetivo apontado. No ponto, julgava que, nada obstante a lei, ao dar conformação ao direito
constitucional social previsto na CF/88, pudesse haver contemplado diversas hipóteses em que o montante da renda mensal familiar também
seria considerado hábil à concessão da prestação assistencial, preferiu valer-se de parâmetro objetivo e somente alcançar, num primeiro
momento, aquelas pessoas praticamente sem recursos, opção legislativa essa que deveria ser respeitada e acatada, posto notória a dificuldade
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 751/1770
de se estabelecer critério, para cada caso concreto, que não deixasse de ser eminentemente subjetivo, tendo-se em vista inúmeras situações
em que inegável a pobreza das pessoas interessadas (v. art. 194, parágrafo único, inciso IV: “seletividade e distributividade na prestação dos
benefícios e serviços”).
Entretanto, o Plenário do E. STF julgou improcedente a Reclamação 4374/PE, e, nela, reviu, em vista de “notórias mudanças fáticas (políticas,
econômicas e sociais) e jurídicas (sucessivas modificações legislativas dos patamares econômicos utilizados como critérios de concessão de
outros benefícios assistenciais por parte do Estado brasileiro)”, o que fora decidido na ADI 1.232, e declarou, assim, a inconstitucionalidade do
art. 20, § 3.º, da Lei n.º 8.742/93, sem pronúncia de nulidade (v. o E. STF, no RE 567.985/MT, levando em conta, também, a ocorrência de
processo de inconstitucionalização da norma em questão, pelos mesmos fundamentos fáticos e jurídicos, declarou sua inconstitucionalidade,
não pronunciando, da mesma forma, sua nulidade. Na mesma oportunidade, de forma incidental, julgou inconstitucional o disposto no parágrafo
único do art. 34, da Lei n.º 10.741/03 – Estatuto do Idoso, por ofensa à isonomia).
Portanto, em vista do entendimento que, a partir de agora deve ser seguido e respeitado, a miserabilidade deve ser provada no caso concreto
submetido à apreciação judicial, respeitados parâmetros outros que não apenas o limite estabelecido pela norma.
Saliente-se, ademais, que o benefício não pode ser acumulado com qualquer outro no âmbito da seguridade social ou de outro regime, salvo os
da assistência médica e da pensão especial de natureza indenizatória (v. art. 20, § 4.º, da Lei n.º 8.742/93, com a redação dada pela Lei n.º
12.435/11), e, ainda, que a condição de acolhimento em instituições de longa permanência não prejudica o direito do idoso ou da pessoa com
deficiência ao benefício de prestação continuada (v. art. 20, § 5.º, da Lei n.º 8.742/93, com a redação dada pela Lei n.º 12.435/11). Além disso,
embora o benefício deva ser revisto a cada 2 anos, para fins de avaliação da continuidade das condições que lhe deram origem, cessando no
momento em que ficarem estas superadas, ou no caso de morte do titular, com possibilidade de cancelamento acaso constatadas
irregularidades na sua concessão ou utilização, o desenvolvimento das capacidades cognitivas, motoras ou educacionais e a realização de
atividades não remuneradas de habilitação ou reabilitação, entre outras, não constituem motivo de suspensão ou cessação do benefício da
pessoa com deficiência. A cessação do benefício de prestação continuada concedido à pessoa com deficiência não impede nova concessão,
desde que atendidos os requisitos do regulamento (v. art. 21, caput, e §§, da Lei n.º 8.742/93, com a redação dada pelas Leis n.º 12.435/11 e
12.470/11). Para a concessão da prestação, deve ocorrer a constatação da deficiência e do grau de impedimento por meio de avaliações
médica e social (v. art. 20, § 6.º, da Lei n.º 8.742/93, com a redação dada pela Lei n.º 12.470/11).
Resta saber, assim, se, no caso dos autos, há prova segura que justifique a concessão da prestação assistencial.
Nesse sentido, observo, da leitura dos três (03) laudos periciais produzidos, que o autor, em que pese seja portador de “Apresenta acuidade
visual com correção para longe excelente, 20/25 em ambos os olhos” “Transtorno Depressivo” e “rim único à esquerda, fibromialgia,
glaucoma e hipertensão arterial sistêmica”, não está incapacitada para o exercício de suas atividades laborais regulares.
Foram categóricos, nesse sentido, os subscritores das perícias, Dr. Vanderson Glerian Dias, Dr. Oswaldo Luis Junior Marconato e Dr.
Ricardo Domingos Delduque, respectivamente: Não há incapacidade (em relação à oftalmologia)"; “O Sr. Francisco dos Santos é portador de
Transtorno Depressivo Recorrente Episodio Atual Moderado (F 33.1), condição essa que não a incapacita para o trabalho.” e “Periciando de
52 anos, nefrectomizado à direita em 2000 por atrofia renal segundo o mesmo; sem insuficiência renal crônica no momento da perícia médica;
tem hipertensão arterial sistêmica e glaucoma controlados clinicamente; refere dores pelo corpo secundárias à fibromialgia, sem causa
incapacidade; por tais motivos, o considero apto ao trabalho e à vida independente.”.
Dessa forma, não restam dúvidas de que a parte autora não é pessoa atualmente inapta para o trabalho e para a vida independente. Se assim
é, vez que a parte autora, a teor do § 2.º do artigo 20 da Lei n.º 8.742/93, não apresenta impedimentos de longo prazo de natureza física,
intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade com as
demais pessoas, considerando-se como impedimento de longo prazo aquele que produza efeitos pelo prazo mínimo de 2 anos, não há que se
falar na existência de deficiência ou de incapacidade apta a ensejar a concessão do benefício pleiteado.
Na minha visão, os laudos estão bem fundamentados, e gozam de inconteste credibilidade. Não se chegou ao diagnóstico de maneira
precipitada e infundada. Valeu-se, isto sim, os peritos subscritores, da anamnese e de exame físico realizado. Saliento, desde já, que, por ser
equidistante dos interesses das partes em litígio, a perícia judicial deve necessariamente gozar de maior credibilidade se comparada aos outros
exames realizados e demais elementos probatórios, implicando seu completo acatamento se produzida por perito habilitado e sem nenhuma
mácula formal, como é no caso destes autos. Em sendo assim, vez que está descaracterizada a existência de qualquer deficiência
incapacitante da parte para o trabalho e para a vida independente, entendo que fica prejudicada a análise de sua situação econômica, posto
que desnecessária. De fato, como um dos requisitos exigidos pela legislação de regência para a concessão do benefício pleiteado não se faz
presente, resta, por óbvio, que o pedido veiculado é improcedente.
Dessa forma, diante do quadro probatório formado, tendo em vista as informações e conclusões trazidas pelo laudo pericial médico, entendo
que a parte autora não tem direito ao benefício assistencial pretendido, por não ser portadora de deficiência que o incapacite para o
desempenho de atividade e restrição da participação social.
Agiu, pois, com acerto o INSS, ao indeferir, administrativamente, a prestação.
Dispositivo.
Posto isto, julgo improcedente o pedido. Resolvo o mérito do processo (art. 487, inciso I, do CPC). Concedo os benefícios da assistência
judiciária gratuita. O acesso ao Juizado Especial Federal independe, em primeiro grau, do pagamento de custas, taxas ou despesas. Sem
condenação em honorários advocatícios. Em razão da improcedência da pretensão veiculada, não há espaço para a concessão da tutela
provisória antecipada de urgência. PRI (inclusive o MPF).
Dispenso o relatório (v. art. 38, caput, da Lei n.º 9.099/95). Trata-se de ação, processada pelo JEF, em que se busca a manutenção da
aposentadoria por invalidez ou concessão de auxílio-doença previdenciário desta natureza. Diz o autor, em apertada síntese, que está
terminantemente impedido de desempenhar atividade econômica remunerada que lhe garanta a subsistência, já que portador de sérios
problemas de saúde. Explica que após revisão do benefício por incapacidade, foi submetido à perícia médica, da qual restou considerado
capacitado para o trabalho. Discorda deste entendimento. Citado, o INSS ofereceu contestação, em cujo bojo, no mérito, defendeu tese
contrária à pretensão. Produzida a prova pericial, o laudo respectivo foi juntado aos autos eletrônicos, os autos vieram conclusos para prolação
de sentença.
FUNDAMENTO E DECIDO.
Verifico que o feito se processou com respeito ao devido processo legal, haja vista observados o contraditório e a ampla defesa, estando
presentes os pressupostos de existência e de validade da relação jurídica processual, e as condições da ação. Ora, tendo em vista que a
implantação visada terá, quando muito, se procedente o pedido, data de início em abril de 2018, e que a ação foi ajuizada em julho de 2018, não
se verifica a prescrição quinquenal de eventuais parcelas devidas (v. art. 103, parágrafo único, da Lei n.º 8.213/91).
Consigno, inicialmente, que, para lograr êxito em seu pleito, o (a) autor (a) deverá provar, em respeito ao art. 373, inciso I do NCPC, que,
estando ou não em gozo de auxílio-doença, não mais pode exercer atividade remunerada que lhe garanta a subsistência, ou mesmo ser
reabilitado (a) para o exercício do trabalho (v. art. 42, caput, da Lei nº 8.213/1991), e, além disso, que possui a qualidade de segurado do
Regime Geral de Previdência Social - RGPS - na data da verificação da incapacidade laboral, e, ainda, que cumpre o período de carência de
12 contribuições mensais (v. art. 25, inciso I, da Lei nº 8.213/1991). Ou, em se tratando de pretensão relativa ao pagamento do auxílio-doença,
em menor grau, que a incapacidade se refere, apenas, às atividades habituais por mais de 15 dias consecutivos (v. art. 59, caput, da Lei nº
8.213/1991). Assinalo, em complemento, que tanto a aposentaria por invalidez quanto o auxílio-doença dependem da constatação de que a
doença ou lesão apontada como causa seja posterior à filiação ao RGPS, salvo se a incapacidade decorrer de agravamento destas (v. art. 42,
§ 2.º, e 59, parágrafo único, todos da Lei n.º 8.213/1991).
Observo, da leitura do laudo pericial produzido, que o autor é portador de “Coxartrose bilateral, sendo mais grave e irreversível a esquerda”.
Segundo o médico subscritor do laudo, Dr. Roberto Jorge, em razão de tais males, haveria seguramente, no caso, incapacidade permanente,
parcial e relativa para o exercício das atividades laborativas pelo paciente e fixa o início da incapacidade em 08-03-2018 (raio-x que demonstra
irreversibilidade da patologia coxofemoral do quadril lado esquerdo e em evolução no lado direito).
No ponto foi categórico o perito: “Mesmo na condição de ser realizada a artoplastia, as mesmas são restritivas para impacto e carga, razão
pela qual nas duas circunstancias, concluímos com incapacidade permanente parcial e relativa desde 08-03-2018.”.
Em que pese os argumentos apresentados pela autarquia federal, quanto à incapacidade relativa e parcial, de que a reabilitação torna-se
desnecessária, na medida em que o autor poderia retornar as atividades laborativas mediante simples requerimento feito ao empregador,
entendo que, de acordo com o laudo médico, mesmo com tratamento não se observou melhora significativa do quadro clínico, pois o autor
apresenta limitações da mobilidade do tronco e restrições de locomoção. Além disso, tal fato fora reconhecido pela Autarquia Federal em
perícia administrativa NB 529.582.106-0 em 02/04/2018: “Incapacitado para atividades que necessitem permanecer longos períodos em pé ou
deambular longas distância, estando apto para quaisquer outras atividades leves a moderadas. [...] Existe incapacidade laborativa.”.
Ademais, o perito judicial apontou severas limitações que impõe, pelo diagnóstico detalhado, a necessidade de submeter o autor à reabilitação
profissional. Veja: “As restrições ora encontradas, foram assim descritas no exame físico: Hipotonia e hipotrofia dos músculos dos membros
inferiores sendo mais acentuado a esquerda. Severa limitação da mobilidade do quadril esquerdo, notadamente da abdução, adução, rotação
interna, rotação externa, flexão, sendo mais moderada a limitação do quadril direito. Tremdelemburg positivo bilateral. Marcha claudicante.
Limitação para agachamento. Limitação para subir e descer degraus. Limitação para se locomover por longas distancias. Limitação para
perambular por terreno acidentado. [...]”.
Assim, diante das conclusões médicas, concluo que a decisão do INSS não foi acertada, na medida em que há incapacidade permanente, ainda
que relativa e parcial.
Anoto, no ponto, que o laudo está muito bem fundamentado, e, assim, goza de inconteste credibilidade. Não se chegou ao diagnóstico nele
retratado de maneira infundada e precipitada. Muito pelo contrário. Saliento, desde já, que por ser equidistante dos interesses das partes em
litígio, a perícia judicial deve necessariamente gozar de maior credibilidade se comparada aos outros exames realizados e demais elementos
probatórios, implicando seu completo acatamento se produzida por perito habilitado e sem nenhuma mácula formal.
Assim, tendo cumprido a carência, e provando que a incapacidade, no grau exigido, surgiu quando ainda ostentava, perante a Previdência
Social, a qualidade de segurado, tenho que é o caso de conceder o benefício de auxílio-doença a partir de 03/04/2018 (data imediatamente
posterior à cessação da aposentadoria por invalidez NB 5295821060), entretanto deverá a Contadoria do Juizado descontar dos atrasados os
valores pagos a título de parcela de recuperação até a data do início do pagamento.
Tendo em vista a conclusão do perito de que a incapacidade do autor é relativa, deverá o INSS submetê-lo a processo de reabilitação
profissional, observadas as limitações apontadas pelo perito médico judicial.
Dispositivo.
Posto isto, julgo parcialmente procedente o pedido. Resolvo o mérito do processo (v. artigo 487, inciso I, do CPC). Condeno o INSS a
conceder o benefício de auxílio-doença a partir de 03/04/2018 (data imediatamente posterior à cessação da aposentadoria por invalidez NB
5295821060), com data de início de pagamento em 1º.03.2019.
Deverá a Contadoria do Juízo descontar dos atrasados os valores pagos a título das parcelas de recuperação do benefício de aposentadoria
por invalidez - NB 5295821060, até a data de início de pagamento.
Saliento que não deverá ser cessado pelo INSS até a conclusão do procedimento (obrigatório) que permita a reabilitação do segurado, ou, não
se mostrando viável a recuperação, com a implantação de aposentadoria por invalidez.
As parcelas em atraso, devidas da DIB até a DIP, serão corrigidas monetariamente com o emprego dos critérios ditados pelo manual de
Cálculos da Justiça Federal vigente ao tempo da elaboração da conta, e acrescidos de juros de mora, na forma do art. 1.º - F, da Lei n.º
9.494/1997.
Com o trânsito em julgado, remetam-se os autos à Contadoria do Juízo, para que efetue os cálculos, intimando-se as partes para manifestação,
no prazo de 10 (dez) dias. Não havendo insurgência contra a conta, ou estando eventual discussão superada, oficie-se ao INSS para
cumprimento do julgado, implantando o benefício no prazo de 30 (trinta) dias e requisite-se o pagamento da quantia. Concedo os benefícios da
assistência judiciária gratuita. O acesso ao Juizado Especial Federal independe, em primeiro grau, do pagamento de custas, taxas ou despesas.
Sem condenação em honorários advocatícios. PRI.
Dispenso o relatório (v. art. 38, caput, da Lei n.º 9.099/95). Trata-se de ação, processada pelo JEF, com pedido de tutela de urgência de
natureza antecipada, em que se busca o reconhecimento da inexistência de débitos relativos a cartões de crédito, e a reparação do dano moral.
Salienta o autor, José Flávio Magon de Andrade, qualificado nos autos, em apertada síntese, que o tema versado nos autos diz respeito a
evento recorrente, qual seja, a negativação, de forma de indevida, em virtude de débito, em cadastros informativos de inadimplentes. Explica
que, em 18 de março de 2015, viajou para a Europa, mais precisamente para a França e Itália, estando previsto seu retorno ao Brasil para o
dia 7 de abril do mesmo ano. Menciona que, em 6 de abril, quando viajava, de trem, de Veneza a Milão, deixou no assento da composição sua
carteira pessoal contendo documentos e cartões bancários. Buscou, assim, imediatamente, junto à polícia italiana, o registro da ocorrência,
solicitando, ainda, o cancelamento de seus cartões, medida esta prontamente obtida. Em 9 de abril, logo após chegar ao Brasil, lavrou a
ocorrência mediante a confecção de boletim policial. Procurou, também, a Caixa, a fim de que novos cartões de crédito pudessem ser
emitidos. Confiando na praxe bancária, o requerimento foi realizado de forma verbal, tudo indicando que receberia, em 10 dias, os novos
cartões solicitados. Na medida em que passadas duas semanas ainda não havia recebido os cartões, procurou novamente a agência, quando
ficou ciente de que os mesmos haviam sido endereçados, erroneamente, para São Paulo. De acordo com o gerente que o atendeu na
oportunidade, os cartões seriam cancelados, e outros enviados para seu endereço correto, o que, no início de maio, concretizou-se. Entretanto,
em 25 de maio de 2015, recebeu da CEF comunicado de havia atraso no pagamento de sua fatura do cartão de crédito correspondente a 36
dias, relativo ao de bandeira Mastercard, final 8507. Alega, no ponto, que este cartão nunca lhe pertenceu. Por várias vezes tentou explicar ao
gerente e à central de atendimento eletrônico que o cartão possivelmente seria um daqueles que, por engano, foram remetidos a São Paulo.
Assim, outra pessoa fez uso do cartão, mesmo que estivesse aparentemente bloqueado para tal finalidade. Aduz que as reclamações não
Fundamento e Decido.
Verifico que o feito se processou com observância do contraditório e ampla defesa, inexistindo situação que possa trazer prejuízos aos
princípios do devido processo legal, presentes os pressupostos de existência e de validade da relação jurídica processual, bem como as
condições da ação.
Observo, no ponto, que não se questiona propriamente, na ação, eventual recusa em recompor prejuízos havidos pela má utilização de cartão
de crédito, e sim se busca a reparação moral em decorrência do registro do nome do autor em banco de dados de inadimplentes causada pela
má prestação de serviços relativos à administração dessa específica atividade bancária.
Segundo o autor, a dívida que acabou gerando a negativação foi lançada em cartão de crédito que não estaria em seu poder, decorrendo daí a
impossibilidade de satisfazê-la quando de seu vencimento.
Portanto, sem a intervenção do Judiciário Federal a questão não pode ser solucionada.
Superada a preliminar arguida pela CEF, e, ademais, não se mostrando necessária a produção de outras provas, julgo antecipadamente o
pedido veiculado (v. art. 355, inciso I, do CPC).
Busca o autor, por meio da presente ação, o reconhecimento da inexistência de débitos relativos a cartões de crédito, e a reparação do dano
moral. Salienta, em apertada síntese, que o tema versado nos autos diz respeito a evento recorrente, qual seja, a negativação, de forma de
indevida, em virtude de débito, em cadastros informativos de inadimplentes. Explica que, em 18 de março de 2015, viajou para a Europa, mais
precisamente para a França e Itália, estando previsto seu retorno ao Brasil para o dia 7 de abril do mesmo ano. Menciona que, em 6 de abril,
quando viajava, de trem, de Veneza a Milão, deixou no assento da composição sua carteira pessoal contendo documentos e cartões bancários.
Buscou, assim, imediatamente, junto à polícia italiana, o registro da ocorrência, solicitando, ainda, o cancelamento de seus cartões, medida esta
prontamente obtida. Em 9 de abril, logo após chegar ao Brasil, lavrou a ocorrência mediante a confecção de boletim policial. Procurou,
também, a Caixa, a fim de que novos cartões de crédito pudessem ser emitidos. Confiando na praxe bancária, o requerimento foi realizado de
forma verbal, tudo indicando que receberia, em 10 dias, os novos cartões solicitados. Na medida em que passadas duas semanas ainda não
havia recebido os cartões, procurou novamente a agência, quando ficou ciente de que os mesmos haviam sido endereçados, erroneamente,
para São Paulo. De acordo com o gerente que o atendeu na oportunidade, os cartões seriam cancelados, e outros enviados para seu endereço
correto, o que, no início de maio, concretizou-se. Entretanto, em 25 de maio de 2015, recebeu da CEF comunicado de havia atraso no
pagamento de sua fatura do cartão de crédito correspondente a 36 dias, relativo ao de bandeira Mastercard, final 8507. Alega, no ponto, que
este cartão nunca lhe pertenceu. Por várias vezes tentou explicar ao gerente e à central de atendimento eletrônico que o cartão possivelmente
seria um daqueles que, por engano, foram remetidos a São Paulo. Assim, outra pessoa fez uso do cartão, mesmo que estivesse aparentemente
bloqueado para tal finalidade. Aduz que as reclamações não surtiram efeito, e que voltou a receber notificações de atraso no pagamento da
dívida, sendo a mesma inclusive vinculada ao cartão que perdera em sua viagem à Itália. Conseguiu, depois de muito esforço, cancelar o
cartão de crédito com final 8507, o que não se mostrou suficiente para que a dívida mencionada gerasse a negativação de seu nome em banco
de dados de inadimplentes. Como o cartão de crédito 8507 nunca chegou às suas mãos, e o débito que deu margem ao registro apontado
anteriormente ocorreu quando não possuía nenhum outro que pudesse justificar quaisquer transações comerciais, entende que faz jus ao
cancelamento imediato do apontamento, e a condenação da CEF a reparar o dano moral que alega haver sofrido. A CEF, por sua vez,
defendendo posicionamento contrário, considera que por não haver sido questionado pelo autor o débito que gerou o apontamento junto aos
bancos de dados de inadimplentes, não poderia ser obrigada a reparar o dano moral gerado pela possível negativação, posto legítima a dívida
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 755/1770
então existente.
Colho dos autos, em especial da documentação apresentada pela CEF em resposta a despacho que lhe instava a esclarecer pontos relativos à
discussão travada nos autos, que o cartão de crédito de final 8507, cuja fatura, vencida em 17 de maio de 2015, por não haver sido
regularmente paga, levou à inscrição do nome do titular, em 26 de maio do mesmo ano, em cadastros de inadimplentes, foi entregue, na mesma
data, em endereço localizado na cidade de São Paulo, mais precisamente no Bairro de Itaquera, para terceiro desconhecido (Fernando da Silva
Matos).
Isto significa, na minha visão, que a versão apresentada na inicial, no sentido de que, após haver perdido seus cartões durante viagem à
Europa, tenha ele realmente, quando do retorno ao país, requerido verbalmente ao banco a emissão de outros em substituição àqueles que
então portava quando do mencionado fato, é plenamente crível.
Contudo, como visto acima, o de final 8507, foi endereçado a local diverso daquele em que morava o autor.
Na medida em que as faturas dos cartões de crédito venciam dia 17 de cada mês, considero satisfatoriamente demonstrado que as despesas
relativas ao cartão final 0166 acabaram sendo transferidas pelo banco para o novo cartão endereçado erroneamente ao autor, razão de ser de
aviso de pagamento constante dos autos indicar que, em 25 de maio de 2015, haveria débito vencido há 36 dias (v. a dívida, na verdade,
vencera em 17 de abril de 2015). Confirma a assertiva o reconhecimento, pela CEF, de que outra despesa oriunda do cartão ter sido
equivocadamente apontada na fatura daquele que o já titular havia cancelado.
Desta forma, não tenho como aqui reconhecer como indevida a dívida lançada na fatura do cartão, na medida em que pode sim haver
derivado de transação regular efetivamente efetuada pelo titular.
Mas isto não significa, e, no ponto, concordo integralmente com o autor, que não tenha a CEF falhado gritantemente na prestação do serviço
em questão, sendo certo que não poderia haver emitido fatura de pagamento indicando número de cartão não enviado corretamente ao
correntista, ademais recebido por terceiro na mesma data do vencimento.
Assim, mostra-se inteiramente cabível, no caso concreto, a reparação moral, na medida em que a “(...) A inscrição/manutenção indevida do
nome do devedor no cadastro de inadimplente enseja o dano moral in re ipsa, ou seja, dano vinculado a própria existência do fato ilícito, cujos
resultados são presumidos” (v. E. STJ no acórdão em AgRg no AREsp 456.673/SP, Rel. Ministro Luís Felipe Salomão, DJe 21.5.2014).
Há de ser mensurada, em vista das peculiaridades da causa, de forma justa e satisfatória, em R$ 1.515,66, que é o mesmo valor que justificou
o lançamento do nome do autor em cadastros de inadimplentes. O dano, nada obstante reconhecido, não se mostrou excessivamente grave a
ponto de amparar a majoração do patamar indicado.
Dispositivo.
Posto isto, julgo parcialmente procedente o pedido. Resolvo o mérito do processo (v. art. 269, inciso I, do CPC). Condeno a CEF reparar o
autor em R$ 1.515,66, montante esse relativo ao dano moral suportado. A quantia deverá ser atualizada monetariamente desde 17 de abril de
2015 pelos critérios previstos no Manual de Cálculos da Justiça Federal, e acrescida de juros de mora, pela Selic, desde 26 de maio de 2015 (v.
data da inscrição indevida). Confirmo a tutela antecipada. O acesso ao Juizado Especial Federal independe, em primeiro grau, do pagamento
de custas, taxas ou despesas. Sem condenação em honorários advocatícios. PRI.
Dispenso o relatório (v. art. 38, caput, da Lei n.º 9.099/95). Trata-se de ação com a qual EDER TADEU APARECIDO DE ALMEIDA
busca a concessão de auxílio-acidente a partir da cessação do auxílio-doença, ocorrida em 02/01/2018. Diz o autor, em síntese, que, após
acidente automobilístico e consolidação das lesões, sofreu redução de sua capacidade laboral. Citado, o INSS defendeu a improcedência do
pedido.
Fundamento e Decido.
Dispõe o art. 86, caput, da Lei n.º 8.213/91, que o auxílio-acidente “será concedido, como indenização, ao segurado quando, após consolidação
das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que
habitualmente exercia”.
Corresponderá, de acordo com o art. 86, § 1.º, da Lei n.º 8.213/91, “... a cinquenta por cento do salário-de-benefício e será devido, observado
o disposto no § 5º, até a véspera do início de qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do segurado”. Deve ser pago “... a partir do dia
seguinte ao da cessação do auxílio-doença, independentemente de qualquer remuneração ou rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua
acumulação com qualquer aposentadoria” (v. art. 86, § 2.º, da Lei n.º 8.213/91). Ainda sobre o termo inicial do benefício, menciono o
entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em AgRg no AREsp 342.654/SP, no sentido de que este consiste na “data da cessação
do auxílio-doença, quando este for pago ao segurado, sendo que, inexistindo tal fato, ou ausente prévio requerimento administrativo para a
concessão do auxílio-acidente, o termo inicial do recebimento do benefício deve ser a data da citação”.
Estipula, ainda, o art. 86, § 3.º, da Lei n.º 8.213/91, que o “recebimento de salário ou concessão de outro benefício, exceto de aposentadoria,
observado o disposto no § 5º, não prejudicará a continuidade do recebimento do auxílio-acidente”. Fazem jus, apenas, ao auxílio-acidente,
segundo o art. 18, § 1.º, da Lei n.º 8.213/91, “os segurados incluídos nos incisos I, VI, e VII do art. 11 desta Lei” (empregado, avulso, e
segurado especial). Não depende a concessão da observância, pelo segurado, de período de carência (v. art. 26, I, da Lei n.º 8.213/91).
Ensina a doutrina que “Por acidente de qualquer natureza deve ser entendido qualquer evento abrupto que cause a incapacidade, ainda que
não guarde relação com a atividade laboral do segurado” (Daniel Machado da Rocha, e José Paulo Baltazar Júnior, Comentários à Lei de
Benefícios da Previdência Social. Livraria do Advogado, Porto Alegre, 2009, página 322).
Colho do laudo médico elaborado durante a instrução, que o autor sofreu “limitação da mobilidade do pescoço”. Nas palavras do Dr. Roberto
Jorge, “Trata-se de periciando vítima de acidente de trânsito em 23-07-2017, com fratura de apófise odontoide, tratado com parafuso
percutâneo através de via de acesso lateral esquerda ao pescoço consolidada, que evoluiu com limitação da flexão lateral e rotação direita e
esquerda, mais acentuada a esquerda, limitação da extensão do pescoço, situação esta que leva a dificuldades e maior tempo para realizar as
mesmas tarefas, condição esta que se enquadra no decreto 3048/99 anexo III, quadro 06, situação B, desde o acidente ocorrido em 23-07-
2017”.
Acerca do tema, menciono a tese fixada pelo Superior Tribunal de Justiça, em tema submetido ao rito dos Recursos Repetitivos, no sentido de
que o auxílio-acidente é devido quando caracterizada a redução da capacidade para o labor habitualmente exercido, ainda que mínima a lesão:
“PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. AUXÍLIO-ACIDENTE. LESÃO
MÍNIMA. DIREITO AO BENEFÍCIO. 1. Conforme o disposto no art. 86, caput, da Lei 8.213/91, exige-se, para concessão do auxílio-
acidente, a existência de lesão, decorrente de acidente do trabalho, que implique redução da capacidade para o labor habitualmente exercido.
2. O nível do dano e, em consequência, o grau do maior esforço, não interferem na concessão do benefício, o qual será devido ainda que
mínima a lesão. 3. Recurso especial provido. RECURSO ESPECIAL Nº 1.109.591 - SC (2008/0282429-9) RELATOR: MINISTRO CELSO
LIMONGI (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SP)”.
Assim, devidamente demonstrada, por meio de exames e documentos médicos, a redução da capacidade após a consolidação das lesões.
Na sequência, observo que também estão preenchidos os requisitos carência e qualidade de segurado, haja vista que esteve vinculado ao
RGPS, como empregado, entre 01/08/2015 e a data do acidente (27/07/2017). Esteve em gozo de auxílio-doença de 11/08/2017 a 02/01/2018.
Na sequência, retornou ao trabalho anterior.
Logo, faz jus à concessão do benefício de auxílio-acidente, devendo-se fazer uma ressalva, contudo, com relação à data de início do benefício.
Explico.
O autor recebeu auxílio-doença de 11/08/2017 a 02/01/2018. Não comprovou pedido de prorrogação. Requereu administrativamente o auxílio-
acidente em 05/09/2018 (doc. 27).
Regra geral, o auxílio-acidente é pago a partir da cessação do auxílio-doença, nos termos do art. 86, §2º, da Lei 8.213/91. Contudo, a
documentação trazida aos autos revela que a concessão do auxílio-acidente só foi requerida em 05/09/2018 (doc. 27).
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 757/1770
Este Juízo adota entendimento no sentido da necessidade de prévio requerimento administrativo para que se caracterize o interesse de agir.
Por conseguinte, só há que se falar em pretensão resistida a partir da data de entrada deste último requerimento, razão pela qual esta deverá
ser a data de início do benefício. Por conseguinte, inviável o pagamento de valores anteriores a esta data, ainda que requeridos
administrativamente.
Dispositivo.
Posto isto, julgo PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido. Resolvo o mérito do processo (art. 487, I, do CPC). Condeno o INSS a
conceder o benefício de auxílio-acidente a partir de 05/09/2018, com data de início do pagamento em 01/03/2019, bem como ao pagamento dos
atrasados entre a DIB e a DIP.
Com o trânsito em julgado, remetam-se os autos à Contadoria do Juízo, para efetuação dos cálculos, intimando-se as partes para manifestação,
no prazo de 10 (dez) dias. Não havendo insurgência contra o cálculo, ou estando eventual discussão superada, oficie-se ao INSS para
implantação no prazo de 30 (trinta) dias e requisite-se o pagamento da quantia. Concedo os benefícios da assistência judiciária gratuita. O
acesso ao Juizado Especial Federal independe, em primeiro grau, do pagamento de custas, taxas ou despesas. Sem condenação em honorários
advocatícios. PRI.
Dispenso o relatório (v. art. 38, caput, da Lei n.º 9.099/95). Trata-se de ação com a qual ROBERTA CRISTINA ARAUJO busca a
concessão de auxílio-acidente a partir de cessação do auxílio-doença. Diz a autora, em apertada síntese, que, após acidente automobilístico e
consolidação das lesões, sofreu redução de sua capacidade laboral. Citado, o INSS defendeu a improcedência do pedido.
Fundamento e Decido.
Verifico que o feito se processou com respeito ao devido processo legal, na medida em que observados o contraditório e a ampla defesa,
presentes os pressupostos de existência e validade da relação jurídica processual, bem como as condições da ação. Na medida em que o que
se pretende é a concessão da prestação a partir do requerimento administrativo indeferido, e data este de período posterior àquele em que, em
tese, poderia ter-se verificado, no caso concreto, pelo momento do ajuizamento da ação, a prescrição de eventuais parcelas devidas do
benefício, afasto a preliminar arguida pelo INSS em sua resposta (v. art. 103, parágrafo único, da Lei n.º 8.213/91).
Dispõe o art. 86, caput, da Lei n.º 8.213/91, que o auxílio-acidente “será concedido, como indenização, ao segurado quando, após consolidação
das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que
habitualmente exercia”.
Corresponderá, de acordo com o art. 86, § 1.º, da Lei n.º 8.213/91, “... a cinquenta por cento do salário-de-benefício e será devido, observado
o disposto no § 5º, até a véspera do início de qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do segurado”. Deve ser pago “... a partir do dia
seguinte ao da cessação do auxílio-doença, independentemente de qualquer remuneração ou rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua
acumulação com qualquer aposentadoria” (v. art. 86, § 2.º, da Lei n.º 8.213/91). Ainda sobre o termo inicial do benefício, menciono o
entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em AgRg no AREsp 342.654/SP, no sentido de que este consiste na “data da cessação
do auxílio-doença, quando este for pago ao segurado, sendo que, inexistindo tal fato, ou ausente prévio requerimento administrativo para a
concessão do auxílio-acidente, o termo inicial do recebimento do benefício deve ser a data da citação”.
Estipula, ainda, o art. 86, § 3.º, da Lei n.º 8.213/91, que o “recebimento de salário ou concessão de outro benefício, exceto de aposentadoria,
observado o disposto no § 5º, não prejudicará a continuidade do recebimento do auxílio-acidente”. Fazem jus, apenas, ao auxílio-acidente,
segundo o art. 18, § 1.º, da Lei n.º 8.213/91, “os segurados incluídos nos incisos I, VI, e VII do art. 11 desta Lei” (empregado, avulso, e
segurado especial). Não depende a concessão da observância, pelo segurado, de período de carência (v. art. 26, I, da Lei n.º 8.213/91).
Ensina a doutrina que “Por acidente de qualquer natureza deve ser entendido qualquer evento abrupto que cause a incapacidade, ainda que
não guarde relação com a atividade laboral do segurado” (Daniel Machado da Rocha, e José Paulo Baltazar Júnior, Comentários à Lei de
Benefícios da Previdência Social. Livraria do Advogado, Porto Alegre, 2009, página 322).
Ainda sobre a incapacidade, acrescento que, segundo informações do sistema CNIS, a autora exercia, à época do acidente, a atividade de
alimentadora de linha de produção, para a qual teve sua capacidade reduzida segundo avaliação pericial.
Dessa forma, embora tenha, segundo informações dos autos, sido readaptada para outra ocupação, tal fato não descaracteriza o
preenchimento dos requisitos autorizadores da concessão.
Acerca do tema, menciono a tese fixada pelo Superior Tribunal de Justiça, em tema submetido ao rito dos Recursos Repetitivos, no sentido de
que o auxílio-acidente é devido quando caracterizada a redução da capacidade para o labor habitualmente exercido, ainda que mínima a lesão:
“PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. AUXÍLIO-ACIDENTE. LESÃO
MÍNIMA. DIREITO AO BENEFÍCIO. 1. Conforme o disposto no art. 86, caput, da Lei 8.213/91, exige-se, para concessão do auxílio-
acidente, a existência de lesão, decorrente de acidente do trabalho, que implique redução da capacidade para o labor habitualmente exercido.
2. O nível do dano e, em consequência, o grau do maior esforço, não interferem na concessão do benefício, o qual será devido ainda que
mínima a lesão. 3. Recurso especial provido. RECURSO ESPECIAL Nº 1.109.591 - SC (2008/0282429-9) RELATOR: MINISTRO CELSO
LIMONGI (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SP)”.
Na sequência, observo que também estão preenchidos os requisitos carência e qualidade de segurada, haja vista os vínculos anteriores como
empregada (09/12/2008 a 21/07/2010 e 19/07/2010 à data do acidente). Esteve em gozo de auxílio-doença de 28/08/2010 a 30/04/2011 e,
novamente, de 09/06/2011 a 28/06/2011.
Assim, uma vez demonstrada a redução da capacidade após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, é caso
de condenar o INSS a conceder o benefício de auxílio-acidente. Há que se fazer uma ressalva, contudo, com relação à data de início do
benefício. Explico.
Regra geral, o auxílio-acidente é pago a partir da cessação do auxílio-doença, nos termos do art. 86, §2º, da Lei 8.213/91. Contudo, a
documentação trazida aos autos revela que a autora somente requereu a revisão do seu benefício em 11/07/2016 (doc.2/fl.38).
Ocorre que este Juízo adota entendimento no sentido da necessidade de prévio requerimento administrativo para que se caracterize o interesse
de agir, sobretudo nos casos em que superado o período de um ano desde a data do ocorrido. Por conseguinte, só há que se falar em
pretensão resistida a partir da data de entrada deste último requerimento, ou seja, 11/07/2016, razão pela qual esta deverá ser a data de início
do benefício.
Dispositivo.
Posto isto, julgo PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido. Resolvo o mérito do processo (art. 487, I, do CPC). Condeno o INSS a
conceder o benefício de auxílio-acidente a partir de 11/07/2016, com data de início do pagamento em 01/03/2019, bem como ao pagamento dos
atrasados entre a DIB e a DIP.
Com o trânsito em julgado, remetam-se os autos à Contadoria do Juízo, para efetuação dos cálculos, intimando-se as partes para manifestação,
no prazo de 10 (dez) dias. Não havendo insurgência contra o cálculo, ou estando eventual discussão superada, oficie-se ao INSS para
implantação no prazo de 30 (trinta) dias e requisite-se o pagamento da quantia. Concedo os benefícios da assistência judiciária gratuita. O
acesso ao Juizado Especial Federal independe, em primeiro grau, do pagamento de custas, taxas ou despesas. Sem condenação em honorários
advocatícios. PRI.
Dispenso o relatório (v. art. 38, caput, da Lei n.º 9.099/95). Trata-se de ação com a qual LUAN GARCIA DOS SANTOS busca a concessão
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 759/1770
de auxílio-acidente a partir da cessação do auxílio-doença, ocorrida em 30/08/2016. Diz o autor, em síntese, que, após acidente automobilístico
e consolidação das lesões, sofreu redução de sua capacidade laboral. Citado, o INSS defendeu a improcedência do pedido.
Fundamento e Decido.
Verifico que o feito se processou com respeito ao devido processo legal, na medida em que observados o contraditório e a ampla defesa,
presentes os pressupostos de existência e validade da relação jurídica processual, bem como as condições da ação. Na medida em que o que
se pretende é a concessão da prestação a partir do requerimento administrativo indeferido, e data este de período posterior àquele em que, em
tese, poderia ter-se verificado, no caso concreto, pelo momento do ajuizamento da ação, a prescrição de eventuais parcelas devidas do
benefício, afasto a preliminar arguida pelo INSS em sua resposta (v. art. 103, parágrafo único, da Lei n.º 8.213/91).
Dispõe o art. 86, caput, da Lei n.º 8.213/91, que o auxílio-acidente “será concedido, como indenização, ao segurado quando, após consolidação
das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que
habitualmente exercia”.
Corresponderá, de acordo com o art. 86, § 1.º, da Lei n.º 8.213/91, “... a cinquenta por cento do salário-de-benefício e será devido, observado
o disposto no § 5º, até a véspera do início de qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do segurado”. Deve ser pago “... a partir do dia
seguinte ao da cessação do auxílio-doença, independentemente de qualquer remuneração ou rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua
acumulação com qualquer aposentadoria” (v. art. 86, § 2.º, da Lei n.º 8.213/91). Ainda sobre o termo inicial do benefício, menciono o
entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em AgRg no AREsp 342.654/SP, no sentido de que este consiste na “data da cessação
do auxílio-doença, quando este for pago ao segurado, sendo que, inexistindo tal fato, ou ausente prévio requerimento administrativo para a
concessão do auxílio-acidente, o termo inicial do recebimento do benefício deve ser a data da citação”.
Estipula, ainda, o art. 86, § 3.º, da Lei n.º 8.213/91, que o “recebimento de salário ou concessão de outro benefício, exceto de aposentadoria,
observado o disposto no § 5º, não prejudicará a continuidade do recebimento do auxílio-acidente”. Fazem jus, apenas, ao auxílio-acidente,
segundo o art. 18, § 1.º, da Lei n.º 8.213/91, “os segurados incluídos nos incisos I, VI, e VII do art. 11 desta Lei” (empregado, avulso, e
segurado especial). Não depende a concessão da observância, pelo segurado, de período de carência (v. art. 26, I, da Lei n.º 8.213/91).
Ensina a doutrina que “Por acidente de qualquer natureza deve ser entendido qualquer evento abrupto que cause a incapacidade, ainda que
não guarde relação com a atividade laboral do segurado” (Daniel Machado da Rocha, e José Paulo Baltazar Júnior, Comentários à Lei de
Benefícios da Previdência Social. Livraria do Advogado, Porto Alegre, 2009, página 322).
Colho do laudo médico elaborado durante a instrução, que o autor sofreu “Perda total do 5º dedo da mão esquerda”. Nas palavras do Dr.
Roberto Jorge, “Trata-se de periciando vitima de acidente de esporte, quando teve fratura luxação do 5º quirodáctilo da mão esquerda na data
de 15- 10-2015, muito embora realizou os tratamentos instituídos, realizou amputação do 5º quirodáctilo da mão esquerda e muito embora não
se enquadre no decreto 3048/99 anexo III, quadro 05, por evidências, fica fundamentado que apresenta diminuição da força de apreensão da
mão esquerda, condição esta que demanda maior esforço dos demais seguimentos para apreensão de instrumentos, ferramentas, objetos, ou
mesmo a manopla da moto”.
Acerca do tema, menciono a tese fixada pelo Superior Tribunal de Justiça, em tema submetido ao rito dos Recursos Repetitivos, no sentido de
que o auxílio-acidente é devido quando caracterizada a redução da capacidade para o labor habitualmente exercido, ainda que mínima a lesão:
“PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. AUXÍLIO-ACIDENTE. LESÃO
MÍNIMA. DIREITO AO BENEFÍCIO. 1. Conforme o disposto no art. 86, caput, da Lei 8.213/91, exige-se, para concessão do auxílio-
acidente, a existência de lesão, decorrente de acidente do trabalho, que implique redução da capacidade para o labor habitualmente exercido.
2. O nível do dano e, em consequência, o grau do maior esforço, não interferem na concessão do benefício, o qual será devido ainda que
mínima a lesão. 3. Recurso especial provido. RECURSO ESPECIAL Nº 1.109.591 - SC (2008/0282429-9) RELATOR: MINISTRO CELSO
LIMONGI (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SP)”.
Assim, devidamente demonstrada, por meio de exames e documentos médicos, a redução da capacidade após a consolidação das lesões.
Na sequência, observo que também estão preenchidos os requisitos carência e qualidade de segurado, haja vista que esteve empregado entre
janeiro de 2014 e março de 2015, entre outros, e que recebeu auxílio-doença de 15/09/2015 a 30/08/2016 (612.100.581.9). Requereu a
prorrogação do benefício em 18/08/2016 (doc.2/fl.15), mas teve o pedido indeferido.
Esteve novamente em gozo de auxílio-doença entre 20/12/2016 a 05/01/2017; 02/08/2017 a 17/09/2017; e 17/10/2018 a 20/02/2019.
Assim, uma vez demonstrada a redução da capacidade após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, é caso
de condenar o INSS a conceder ao autor o benefício de auxílio-acidente a partir da data imediatamente posterior à cessação do auxílio-
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 760/1770
doença.
Por fim, ressalto que deverão ser descontados dos atrasados os intervalos de 20/12/2016 a 05/01/2017; 02/08/2017 a 17/09/2017; e 17/10/2018
a 20/02/2019, tendo em vista o recebimento de auxílio-doença (benefícios inacumuláveis entre si).
Dispositivo.
Posto isto, julgo PROCEDENTE o pedido. Resolvo o mérito do processo (art. 487, I, do CPC). Condeno o INSS a conceder o benefício de
auxílio-acidente a partir de 31/08/2016, com data de início do pagamento em 01/03/2019, bem como ao pagamento dos atrasados devidos entre
a DIB e a DIP, devendo ser descontados os seguintes intervalos: de 20/12/2016 a 05/01/2017; 02/08/2017 a 17/09/2017; e 17/10/2018 a
20/02/2019.
Com o trânsito em julgado, remetam-se os autos à Contadoria do Juízo, para efetuação dos cálculos, intimando-se as partes para manifestação,
no prazo de 10 (dez) dias. Não havendo insurgência contra o cálculo, ou estando eventual discussão superada, oficie-se ao INSS para
implantação no prazo de 30 (trinta) dias e requisite-se o pagamento da quantia. Concedo os benefícios da assistência judiciária gratuita. O
acesso ao Juizado Especial Federal independe, em primeiro grau, do pagamento de custas, taxas ou despesas. Sem condenação em honorários
advocatícios. PRI.
SENTENÇA EM EMBARGOS - 3
0000983-20.2018.4.03.6314 - 1ª VARA GABINETE - SENTENÇA EM EMBARGOS Nr. 2019/6314002202
AUTOR: FABIO AUGUSTO DEVINCOLA (SP379836 - ARI ANTONIO PALAORO JUNIOR)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP239163 - LUIS ANTONIO STRADIOTI)
Vistos, etc.
Trata-se de embargos de declaração opostos da sentença proferida nos autos eletrônicos, que julgou improcedentes os pedidos formulados por
FÁBIO AUGUSTO DEVINCOLA. Aduz, em síntese, que há erro material na sentença, vez que “Em que pese o respeito pela decisão
embargada, importa dizer que o autor da ação é Fábio Augusto Devincola, todavia, ao prolatar a sentença, especialmente no dispositivo,
constou nome de terceiro estranho a lide...” (sic).
Fundamento e Decido.
Inicialmente, anoto que os embargos são tempestivos, razão pela qual passo a apreciá-los.
Somente há de se falar em alteração do decidido na sentença quando houver o juiz de corrigir, de ofício ou a requerimento da parte,
inexatidões materiais, ou retificações de erro de cálculo, ou quando opostos embargos de declaração (art. 494, incisos I e II, do CPC). Estes,
por sua vez, demandam a existência, na sentença, de obscuridade, contradição, omissão ou erro material (art. 1.022, incisos I, II e III do
CPC). Têm por finalidade aclarar ou completar a decisão embargada, não possuindo caráter substitutivo, mas sim integrativo, implicando,
assim, a manifesta impossibilidade de admiti-los, salvo excepcionalmente, com caráter infringente.
Verifico assistir razão a parte embargante, de fato, há erro material no corpo da decisão atacada, pois constou, no dispositivo da sentença, o
nome de Antônio Luis Menegossi, quando o correto seria Fábio Augusto Devincola, motivo pelo qual os embargos devem ser providos, com a
finalidade de corrigir a decisão.
Portanto, necessário que seja retificado o dispositivo da referida decisão tão somente para fazer constar o nome do autor, o qual passa a ter a
seguinte redação:
“Dispositivo.
Diante do exposto, com resolução do mérito, nos termos do artigo 487, I, do CPC, JULGO IMPROCEDENTES todos os pedidos do Sr. Fábio
Augusto Devincola para fosse reconhecido como laborado em atividade especial, com a devida conversão para tempo comum os intervalos de
02/04/1987 a 31/10/2001; de 22/03/2002 a 27/10/2002; de 24/01/2003 a 08/11/2011; de 06/02/2011 a 21/08/2012; de 01/01/2013 a 03/11/2016 e;
de 24/07/2017 a 27/08/2018.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 761/1770
Fica indeferida a concessão do beneficio de aposentadoria por tempo de contribuição NB 42/184.598.612-9, DER em 09/11/2017.
Sem custas e honorários advocatícios, a teor do art. 1º da Lei nº 10.259/01 c.c. o art. 55, caput da Lei nº 9.099/95.
Indefiro o pedido de justiça gratuita.
P.R.I.
Dispenso o relatório (v. art. 38, caput, da Lei n.º 9.099/95). Trata-se de ação proposta por VANÚZIA MEIRA VIEIRA, em face do
INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS – por meio da qual pleiteia a concessão de benefício assistencial, após negativa
do pedido feito administrativamente.
Analisando a documentação que instruiu a peça preambular, noto que, entre as datas da entrada do requerimento administrativo indeferido
(05/02/2018) e da propositura da presente ação (19/02/2019), transcorreu período maior do que um ano.
Ora, se até mesmo no período de um ano a incerteza quanto à manutenção da situação socioeconômica da parte autora é grande, quanto mais
no período anterior a tal marco.
Baseando-me na experiência comum, amparada pela observação do que geralmente ocorre (v. art. 375 do Código de Rito), considero muito
provável a ocorrência de substancial alteração na situação socioeconômica da parte.
Sendo assim, penso que quando o lapso que separa o requerimento administrativo e a propositura da ação é superior a um ano, é quase certa a
alteração da situação analisada quando do requerimento na via administrativa, de sorte que essa nova realidade deve ser primeiramente
submetida a nova análise do INSS, por meio da formulação de novo requerimento administrativo, para, só então, em caso de negativa, ser
objeto de postulação judicial.
Assim, entendendo que o requerimento administrativo indeferido apresentado não se presta a comprovar a efetiva necessidade de intervenção
do Poder Judiciário para a satisfação da pretensão da parte autora – pois que, ante a transitoriedade da situação quando a questão versa não
apenas sobre a incapacidade para o trabalho, ainda que não seja esse o caso, mas também sobre a situação socioeconômica, não podendo este
Juízo suprir de imediato o papel que cabe à autarquia previdenciária para a concessão de benefícios, qual seja, o de analisar a configuração da
situação socioeconômica –, não vislumbro outra medida senão a extinção do feito por conta da não configuração do interesse de agir da parte
(necessidade e adequação) – este, uma das condições da ação –, vez que, diante da nova realidade dos fatos à época da propositura da
demanda, não há, ainda, lide configurada: não está demonstrada a resistência do INSS em reconhecer o direito da parte autora por meio de um
indeferimento administrativo atualizado. Além disso, levando em conta o longo lapso temporal decorrido desde o requerimento administrativo, a
demanda, acaso julgada procedente, certamente reconheceria o direito ao recebimento da prestação apenas a partir do laudo social ou, na
melhor das hipóteses, da citação, mas nunca da data do requerimento administrativo, como pretendido, na medida em que a mora não poderá
ser atribuída ao INSS.
Ressalto que não é necessária a intimação prévia da autarquia ré para a extinção do processo, ainda que já procedida a citação, conforme
disposto no § 1.º do art. 51 da Lei n.º 9.099/95, in verbis: “A extinção do processo independerá, em qualquer hipótese, de prévia intimação
pessoal das partes”.
Por fim, a respeito da ausência de postulação administrativa, devo ressaltar que o Supremo Tribunal Federal, em 03.09.2014, deu parcial
provimento ao Recurso Extraordinário - RE 631.240, conforme decisão abaixo colacionada:
DISPOSITIVO
Posto nestes termos, extingo o processo sem resolução do mérito, com fundamento no art. 485, VI, do Código de Processo Civil. Estão as
partes desoneradas do pagamento de verbas de sucumbência e do recolhimento de custas processuais nesta instância judicial. Concedo os
benefícios da Justiça gratuita. PRI.
DESPACHO JEF - 5
0002967-25.2007.4.03.6314 - 1ª VARA GABINETE - DESPACHO JEF Nr. 2019/6314002150
AUTOR: PAULO CESAR SANCHES (SP155747 - MATHEUS RICARDO BALDAN)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP239163 - LUIS ANTONIO STRADIOTI)
Vistos...
Manifeste-se a parte autora quanto à petição anexada a estes autos eletrônicos pelo instituto réu, em 26/03/2019.
Prazo: 10 (dez) dias úteis.
Nada requerendo, arquive-se.
Intimem-se.
Arbitro os honorários periciais, no valor de R$ 200,00 (duzentos reais), nos termos da Resolução nº 305/2014, de 07 de outubro de 2014, do
Conselho da Justiça Federal (Brasília-DF).
Libere-se o respectivo pagamento através do sistema JEF (SISJEF), uma vez que, foram preenchidos os principais motivos elencados naquela
rotina (entrega do laudo pericial – libera pagamento).
Desnecessária a intimação das partes.
Cumpra-se.
Tendo em vista a controvérsia sobre o valor do benefício atualmente pago, intime-se o INSS para que se manifeste sobre a última
manifestação do autor no prazo de 15 dias.
Após, conclusos para decisão.
Intimem-se.
Face à petição anexada a estes autos eletrônicos pela CEF, em 27/03/2019, providencie a parte autora, no prazo de 30 (trinta) dias úteis, os
documentos necessários para prosseguimento da presente execução.
Decorrido referido prazo, aguarde-se provocação em arquivo.
Intimem-se.
Intimem-se.
Ficam intimadas as partes da designação da(s) perícia(s) médica(s) para o(s) dia(s) 31/05/2019, às 14:30 horas, que será(ão) realizada(s) na
sede deste Juízo.
Ressalvo que a especialização médica constante do cadastro no sistema não restringe ou vincula a atuação do perito médico no exame
pericial.
Faculto às partes, a apresentação de quesitos e indicação de assistente técnico, no prazo legal.
A parte autora deverá comparecer no dia designado munida de seus documentos pessoais (foto atual), bem como deverá anexar ao presente
feito, com antecedência, todos os exames, atestados, ou ainda, quaisquer outros documentos referentes ao seu estado de saúde, que venham
subsidiar o trabalho pericial, inclusive, carteira de trabalho (CTPS).
Ainda, em virtude da natureza do pedido constante do presente feito, determino que o(s) laudo(s) pericial(is) eventualmente já anexado(s) ao
processo, ou que venha(m) a ser, fique(m) sujeito(s) ao procedimento de Segredo de Justiça de documentos, restringindo-se o seu acesso
apenas às partes e seus respectivos procuradores constituídos.
Após, tornem os autos conclusos para apreciação do pedido da tutela requerida.
Intimem-se.
Em face da ponderação exarada pelo Sr.º Perito no laudo pericial anexado em 08/03/2019, designo para o dia 10/06/2019, às 09:40 horas, na
sede deste juízo, a realização de perícia médica. Fica facultada às partes a apresentação de quesitos e nomeação de assistentes técnicos, no
prazo legal. Alerto que a parte autora deverá comparecer munida de seus documentos pessoais, bem como de todos os exames, atestados,
carteira de trabalho (CTPS), ou ainda, quaisquer outros documentos referentes ao seu estado de saúde que venham subsidiar o trabalho
pericial, inclusive, anexá-los ao presente feito, antes do ato.
Com a apresentação do laudo, intimem-se as partes para manifestação, no prazo de 10 (dez) dias úteis. Decorrido tal prazo, com ou sem
manifestação, tornem conclusos.
Intimem-se e cumpra-se.
Ficam intimadas as partes da designação da(s) perícia(s) médica(s) para o(s) dia(s) 27/06/2019, às 16:00 horas, que será(ão) realizada(s) na
sede deste Juízo.
Ressalvo que a especialização médica constante do cadastro no sistema não restringe ou vincula a atuação do perito médico no exame
pericial.
Faculto às partes, a apresentação de quesitos e indicação de assistente técnico, no prazo legal.
A parte autora deverá comparecer no dia designado munida de seus documentos pessoais (foto atual), bem como deverá anexar ao presente
feito, com antecedência, todos os exames, atestados, ou ainda, quaisquer outros documentos referentes ao seu estado de saúde, que venham
subsidiar o trabalho pericial, inclusive, carteira de trabalho (CTPS).
Ainda, em virtude da natureza do pedido constante do presente feito, determino que o(s) laudo(s) pericial(is) eventualmente já anexado(s) ao
processo, ou que venha(m) a ser, fique(m) sujeito(s) ao procedimento de Segredo de Justiça de documentos, restringindo-se o seu acesso
apenas às partes e seus respectivos procuradores constituídos.
Após, tornem os autos conclusos para apreciação do pedido da tutela requerida.
Intimem-se.
Ficam intimadas as partes da designação da(s) perícia(s) médica(s) para o(s) dia(s) 25/07/2019, às 09:00 horas, que será(ão) realizada(s) na
sede deste Juízo.
Ressalvo que a especialização médica constante do cadastro no sistema não restringe ou vincula a atuação do perito médico no exame
pericial.
Faculto às partes, a apresentação de quesitos e indicação de assistente técnico, no prazo legal.
A parte autora deverá comparecer no dia designado munida de seus documentos pessoais (foto atual), bem como deverá anexar ao presente
feito, com antecedência, todos os exames, atestados, ou ainda, quaisquer outros documentos referentes ao seu estado de saúde, que venham
subsidiar o trabalho pericial, inclusive, carteira de trabalho (CTPS).
Ainda, em virtude da natureza do pedido constante do presente feito, determino que o(s) laudo(s) pericial(is) eventualmente já anexado(s) ao
processo, ou que venha(m) a ser, fique(m) sujeito(s) ao procedimento de Segredo de Justiça de documentos, restringindo-se o seu acesso
apenas às partes e seus respectivos procuradores constituídos.
Intimem-se.
Ficam intimadas as partes da designação da(s) perícia(s) médica(s) para o(s) dia(s) 10/06/2019, às 10:00 horas, que será(ão) realizada(s) na
sede deste Juízo.
Ressalvo que a especialização médica constante do cadastro no sistema não restringe ou vincula a atuação do perito médico no exame
pericial.
Faculto às partes, a apresentação de quesitos e indicação de assistente técnico, no prazo legal.
A parte autora deverá comparecer no dia designado munida de seus documentos pessoais (foto atual), bem como deverá anexar ao presente
feito, com antecedência, todos os exames, atestados, ou ainda, quaisquer outros documentos referentes ao seu estado de saúde, que venham
subsidiar o trabalho pericial, inclusive, carteira de trabalho (CTPS).
Ainda, em virtude da natureza do pedido constante do presente feito, determino que o(s) laudo(s) pericial(is) eventualmente já anexado(s) ao
processo, ou que venha(m) a ser, fique(m) sujeito(s) ao procedimento de Segredo de Justiça de documentos, restringindo-se o seu acesso
apenas às partes e seus respectivos procuradores constituídos.
Intimem-se.
Ficam intimadas as partes da designação da(s) perícia(s) médica(s) para o(s) dia(s) 27/06/2019, às 18:00 horas, que será(ão) realizada(s) na
sede deste Juízo.
Ressalvo que a especialização médica constante do cadastro no sistema não restringe ou vincula a atuação do perito médico no exame
pericial.
Faculto às partes, a apresentação de quesitos e indicação de assistente técnico, no prazo legal.
A parte autora deverá comparecer no dia designado munida de seus documentos pessoais (foto atual), bem como deverá anexar ao presente
feito, com antecedência, todos os exames, atestados, ou ainda, quaisquer outros documentos referentes ao seu estado de saúde, que venham
subsidiar o trabalho pericial, inclusive, carteira de trabalho (CTPS).
Ainda, em virtude da natureza do pedido constante do presente feito, determino que o(s) laudo(s) pericial(is) eventualmente já anexado(s) ao
processo, ou que venha(m) a ser, fique(m) sujeito(s) ao procedimento de Segredo de Justiça de documentos, restringindo-se o seu acesso
apenas às partes e seus respectivos procuradores constituídos.
Intimem-se.
Ficam intimadas as partes quanto à designação de duas perícias médicas: uma para o dia 03/06/2019, às 13:00 horas, e a segunda para o dia
27/06/2019, às 14:30 horas, ambas a serem realizadas na sede deste Juízo.
Ressalvo que a especialização médica constante do cadastro no sistema não restringe ou vincula a atuação do perito médico no exame
pericial.
Faculto às partes, a apresentação de quesitos e indicação de assistente técnico, no prazo legal.
A parte autora deverá comparecer no dia designado munida de seus documentos pessoais (foto atual), bem como deverá anexar ao presente
feito, com antecedência, todos os exames, atestados, ou ainda, quaisquer outros documentos referentes ao seu estado de saúde, que venham
subsidiar o trabalho pericial, inclusive, carteira de trabalho (CTPS).
Ainda, em virtude da natureza do pedido constante do presente feito, determino que o(s) laudo(s) pericial(is) eventualmente já anexado(s) ao
processo, ou que venha(m) a ser, fique(m) sujeito(s) ao procedimento de Segredo de Justiça de documentos, restringindo-se o seu acesso
apenas às partes e seus respectivos procuradores constituídos.
Considerando que nesta instância são indevidas as custas e honorários, postergo a apreciação do pedido de gratuidade da justiça para o
momento da prolação da sentença.
Intimem-se.
Ficam intimadas as partes da designação da(s) perícia(s) médica(s) para o(s) dia(s) 03/06/2019, às 14:20 horas, que será(ão) realizada(s) na
sede deste Juízo.
Ressalvo que a especialização médica constante do cadastro no sistema não restringe ou vincula a atuação do perito médico no exame
pericial.
Faculto às partes, a apresentação de quesitos e indicação de assistente técnico, no prazo legal.
A parte autora deverá comparecer no dia designado munida de seus documentos pessoais (foto atual), bem como deverá anexar ao presente
feito, com antecedência, todos os exames, atestados, ou ainda, quaisquer outros documentos referentes ao seu estado de saúde, que venham
subsidiar o trabalho pericial, inclusive, carteira de trabalho (CTPS).
Ainda, em virtude da natureza do pedido constante do presente feito, determino que o(s) laudo(s) pericial(is) eventualmente já anexado(s) ao
processo, ou que venha(m) a ser, fique(m) sujeito(s) ao procedimento de Segredo de Justiça de documentos, restringindo-se o seu acesso
apenas às partes e seus respectivos procuradores constituídos.
Intimem-se.
Ficam intimadas as partes da designação da(s) perícia(s) médica(s) para o(s) dia(s) 27/06/2019, às 17:00 horas, que será(ão) realizada(s) na
sede deste Juízo.
Ressalvo que a especialização médica constante do cadastro no sistema não restringe ou vincula a atuação do perito médico no exame
pericial.
Faculto às partes, a apresentação de quesitos e indicação de assistente técnico, no prazo legal.
A parte autora deverá comparecer no dia designado munida de seus documentos pessoais (foto atual), bem como deverá anexar ao presente
feito, com antecedência, todos os exames, atestados, ou ainda, quaisquer outros documentos referentes ao seu estado de saúde, que venham
subsidiar o trabalho pericial, inclusive, carteira de trabalho (CTPS).
Ainda, em virtude da natureza do pedido constante do presente feito, determino que o(s) laudo(s) pericial(is) eventualmente já anexado(s) ao
processo, ou que venha(m) a ser, fique(m) sujeito(s) ao procedimento de Segredo de Justiça de documentos, restringindo-se o seu acesso
apenas às partes e seus respectivos procuradores constituídos.
Após, tornem os autos conclusos para apreciação do pedido da tutela requerida.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 767/1770
Intimem-se.
Vistos.
Ficam intimadas as partes da designação da(s) perícia(s) médica(s) para o(s) dia(s) 31/05/2019, às 14:00 horas, que será(ão) realizada(s) na
sede deste Juízo.
Ressalvo que a especialização médica constante do cadastro no sistema não restringe ou vincula a atuação do perito médico no exame
pericial.
Faculto às partes, a apresentação de quesitos e indicação de assistente técnico, no prazo legal.
A parte autora deverá comparecer no dia designado munida de seus documentos pessoais (foto atual), bem como deverá anexar ao presente
feito, com antecedência, todos os exames, atestados, ou ainda, quaisquer outros documentos referentes ao seu estado de saúde, que venham
subsidiar o trabalho pericial, inclusive, carteira de trabalho (CTPS).
Ainda, em virtude da natureza do pedido constante do presente feito, determino que o(s) laudo(s) pericial(is) eventualmente já anexado(s) ao
processo, ou que venha(m) a ser, fique(m) sujeito(s) ao procedimento de Segredo de Justiça de documentos, restringindo-se o seu acesso
apenas às partes e seus respectivos procuradores constituídos.
Após, tornem os autos conclusos para apreciação do pedido da tutela requerida.
Intimem-se.
Ficam intimadas as partes da designação da(s) perícia(s) médica(s) para o(s) dia(s) 03/06/2019, às 13:40 horas, que será(ão) realizada(s) na
sede deste Juízo.
Ressalvo que a especialização médica constante do cadastro no sistema não restringe ou vincula a atuação do perito médico no exame
pericial.
Faculto às partes, a apresentação de quesitos e indicação de assistente técnico, no prazo legal.
A parte autora deverá comparecer no dia designado munida de seus documentos pessoais (foto atual), bem como deverá anexar ao presente
feito, com antecedência, todos os exames, atestados, ou ainda, quaisquer outros documentos referentes ao seu estado de saúde, que venham
subsidiar o trabalho pericial, inclusive, carteira de trabalho (CTPS).
Ainda, em virtude da natureza do pedido constante do presente feito, determino que o(s) laudo(s) pericial(is) eventualmente já anexado(s) ao
processo, ou que venha(m) a ser, fique(m) sujeito(s) ao procedimento de Segredo de Justiça de documentos, restringindo-se o seu acesso
apenas às partes e seus respectivos procuradores constituídos.
Após, tornem os autos conclusos para aprenciação do pedido da tutela requerida.
Intimem-se.
Ficam intimadas as partes da designação da(s) perícia(s) médica(s) para o(s) dia(s) 03/06/2019, às 15:00 horas, que será(ão) realizada(s) na
sede deste Juízo.
Ressalvo que a especialização médica constante do cadastro no sistema não restringe ou vincula a atuação do perito médico no exame
pericial.
Faculto às partes, a apresentação de quesitos e indicação de assistente técnico, no prazo legal.
A parte autora deverá comparecer no dia designado munida de seus documentos pessoais (foto atual), bem como deverá anexar ao presente
feito, com antecedência, todos os exames, atestados, ou ainda, quaisquer outros documentos referentes ao seu estado de saúde, que venham
subsidiar o trabalho pericial, inclusive, carteira de trabalho (CTPS).
Ainda, em virtude da natureza do pedido constante do presente feito, determino que o(s) laudo(s) pericial(is) eventualmente já anexado(s) ao
processo, ou que venha(m) a ser, fique(m) sujeito(s) ao procedimento de Segredo de Justiça de documentos, restringindo-se o seu acesso
apenas às partes e seus respectivos procuradores constituídos.
Intimem-se.
Ficam intimadas as partes quanto à designação de duas perícias médicas: uma para o dia 31/05/2019, às 13:30 horas, e a segunda para o dia
27/06/2019, às 15:30 horas, ambas a serem realizadas na sede deste Juízo.
Ressalvo que a especialização médica constante do cadastro no sistema não restringe ou vincula a atuação do perito médico no exame
pericial.
Faculto às partes, a apresentação de quesitos e indicação de assistente técnico, no prazo legal.
A parte autora deverá comparecer no dia designado munida de seus documentos pessoais (foto atual), bem como deverá anexar ao presente
feito, com antecedência, todos os exames, atestados, ou ainda, quaisquer outros documentos referentes ao seu estado de saúde, que venham
subsidiar o trabalho pericial, inclusive, carteira de trabalho (CTPS).
Ainda, em virtude da natureza do pedido constante do presente feito, determino que o(s) laudo(s) pericial(is) eventualmente já anexado(s) ao
processo, ou que venha(m) a ser, fique(m) sujeito(s) ao procedimento de Segredo de Justiça de documentos, restringindo-se o seu acesso
apenas às partes e seus respectivos procuradores constituídos.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 769/1770
Considerando que nesta instância são indevidas as custas e honorários, postergo a apreciação do pedido de gratuidade da justiça para o
momento da prolação da sentença.
Intimem-se.
Ficam intimadas as partes da designação da(s) perícia(s) médica(s) para o(s) dia(s) 10/06/2019, às 09:00 horas, que será(ão) realizada(s) na
sede deste Juízo.
Ressalvo que a especialização médica constante do cadastro no sistema não restringe ou vincula a atuação do perito médico no exame
pericial.
Faculto às partes, a apresentação de quesitos e indicação de assistente técnico, no prazo legal.
A parte autora deverá comparecer no dia designado munida de seus documentos pessoais (foto atual), bem como deverá anexar ao presente
feito, com antecedência, todos os exames, atestados, ou ainda, quaisquer outros documentos referentes ao seu estado de saúde, que venham
subsidiar o trabalho pericial, inclusive, carteira de trabalho (CTPS).
Ainda, em virtude da natureza do pedido constante do presente feito, determino que o(s) laudo(s) pericial(is) eventualmente já anexado(s) ao
processo, ou que venha(m) a ser, fique(m) sujeito(s) ao procedimento de Segredo de Justiça de documentos, restringindo-se o seu acesso
apenas às partes e seus respectivos procuradores constituídos.
Intimem-se.
Ficam intimadas as partes quanto à designação de duas perícias médicas: uma para o dia 31/05/2019, às 15:00 horas, e a segunda para o dia
27/06/2019, às 17:30 horas, ambas a serem realizadas na sede deste Juízo.
Ressalvo que a especialização médica constante do cadastro no sistema não restringe ou vincula a atuação do perito médico no exame
pericial.
Faculto às partes, a apresentação de quesitos e indicação de assistente técnico, no prazo legal.
A parte autora deverá comparecer no dia designado munida de seus documentos pessoais (foto atual), bem como deverá anexar ao presente
feito, com antecedência, todos os exames, atestados, ou ainda, quaisquer outros documentos referentes ao seu estado de saúde, que venham
subsidiar o trabalho pericial, inclusive, carteira de trabalho (CTPS).
Ainda, em virtude da natureza do pedido constante do presente feito, determino que o(s) laudo(s) pericial(is) eventualmente já anexado(s) ao
processo, ou que venha(m) a ser, fique(m) sujeito(s) ao procedimento de Segredo de Justiça de documentos, restringindo-se o seu acesso
apenas às partes e seus respectivos procuradores constituídos.
Considerando que nesta instância são indevidas as custas e honorários, postergo a apreciação do pedido de gratuidade da justiça para o
momento da prolação da sentença.
Intimem-se.
Ficam intimadas as partes da designação da(s) perícia(s) médica(s) para o(s) dia(s) 03/06/2019, às 14:00 horas, que será(ão) realizada(s) na
sede deste Juízo.
Ressalvo que a especialização médica constante do cadastro no sistema não restringe ou vincula a atuação do perito médico no exame
pericial.
Faculto às partes, a apresentação de quesitos e indicação de assistente técnico, no prazo legal.
A parte autora deverá comparecer no dia designado munida de seus documentos pessoais (foto atual), bem como deverá anexar ao presente
feito, com antecedência, todos os exames, atestados, ou ainda, quaisquer outros documentos referentes ao seu estado de saúde, que venham
subsidiar o trabalho pericial, inclusive, carteira de trabalho (CTPS).
Ainda, em virtude da natureza do pedido constante do presente feito, determino que o(s) laudo(s) pericial(is) eventualmente já anexado(s) ao
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 770/1770
processo, ou que venha(m) a ser, fique(m) sujeito(s) ao procedimento de Segredo de Justiça de documentos, restringindo-se o seu acesso
apenas às partes e seus respectivos procuradores constituídos.
Após, tornem os autos conclusos para apreciação do pedido da tutela requerida.
Intimem-se.
Ficam intimadas as partes da designação da(s) perícia(s) médica(s) para o(s) dia(s) 03/06/2019, às 14:40 horas, que será(ão) realizada(s) na
sede deste Juízo.
Ressalvo que a especialização médica constante do cadastro no sistema não restringe ou vincula a atuação do perito médico no exame
pericial.
Faculto às partes, a apresentação de quesitos e indicação de assistente técnico, no prazo legal.
A parte autora deverá comparecer no dia designado munida de seus documentos pessoais (foto atual), bem como deverá anexar ao presente
feito, com antecedência, todos os exames, atestados, ou ainda, quaisquer outros documentos referentes ao seu estado de saúde, que venham
subsidiar o trabalho pericial, inclusive, carteira de trabalho (CTPS).
Ainda, em virtude da natureza do pedido constante do presente feito, determino que o(s) laudo(s) pericial(is) eventualmente já anexado(s) ao
processo, ou que venha(m) a ser, fique(m) sujeito(s) ao procedimento de Segredo de Justiça de documentos, restringindo-se o seu acesso
apenas às partes e seus respectivos procuradores constituídos.
Após a anexação do laudo pericial, tornem os autos conclusos para apreciação do pedido da tutela requerida.
Intimem-se.
Ficam intimadas as partes da designação da(s) perícia(s) médica(s) para o(s) dia(s) 03/06/2019, às 12:40 horas, que será(ão) realizada(s) na
sede deste Juízo.
Ressalvo que a especialização médica constante do cadastro no sistema não restringe ou vincula a atuação do perito médico no exame
pericial.
Faculto às partes, a apresentação de quesitos e indicação de assistente técnico, no prazo legal.
A parte autora deverá comparecer no dia designado munida de seus documentos pessoais (foto atual), bem como deverá anexar ao presente
feito, com antecedência, todos os exames, atestados, ou ainda, quaisquer outros documentos referentes ao seu estado de saúde, que venham
subsidiar o trabalho pericial, inclusive, carteira de trabalho (CTPS).
Ainda, em virtude da natureza do pedido constante do presente feito, determino que o(s) laudo(s) pericial(is) eventualmente já anexado(s) ao
processo, ou que venha(m) a ser, fique(m) sujeito(s) ao procedimento de Segredo de Justiça de documentos, restringindo-se o seu acesso
apenas às partes e seus respectivos procuradores constituídos.
Considerando que nesta instância são indevidas as custas e honorários, postergo a apreciação do pedido de gratuidade da justiça para o
momento da prolação da sentença.
Intimem-se.
DECISÃO JEF - 7
0000254-91.2018.4.03.6314 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6314002193
AUTOR: RISOLEIDE PEREIRA VENANCIO (SP223338 - DANILO JOSÉ SAMPAIO)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP239163 - LUIS ANTONIO STRADIOTI)
Vistos.
Trata-se de ação, processada pelo JEF, em que se busca a concessão do benefício assistencial de prestação continuada previsto no art. 20, e
§§, da Lei n.º 8.742/93 (Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS), com pedido de tutela de urgência de natureza antecipada, para
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 771/1770
implantação imediata do benefício.
De acordo com o art. 300, caput, do CPC, a “ [...] tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade
do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo”.
Apesar de a parte autora sustentar ser portador de doença incapacitante, os documentos que atestam a incapacidade, e que instruíram a
inicial, apesar de contemporâneos ao ajuizamento da ação, foram produzidos de maneira unilateral, por médico (s) de sua confiança, e sem a
presença do necessário contraditório, não podendo ser considerados como prova cabal da alegada incapacidade, sendo imprescindível a
realização de perícia médica por perito nomeado por este Juízo.
Outrossim, necessária a produção de prova pericial social para comprovar a alegação no sentido de que a parte autora estaria impossibilitada
de prover a sua subsistência, ou de tê-la provida por sua família.
Vejo, nesse sentido, que o pedido foi indeferido pelo INSS em razão de a renda per capita familiar ser, em princípio, igual ou superior à fração
de 1/4 do salário mínimo, prevista no artigo 20, parágrafo 3º, da Lei 8.742/93. Ocorre que o Plenário do E. STF declarou a
inconstitucionalidade do referido requisito financeiro, que deve a partir de agora ser seguida e respeitada, no sentido de que a miserabilidade
deve ser provada no caso concreto submetido à apreciação judicial, respeitados parâmetros outros que não apenas o limite estabelecido pela
norma.
Sendo assim, considerando a necessidade de realização de perícia médica e de elaboração do estudo social por assistente social nomeado por
este Juízo, e que outros elementos e dados relativos à situação econômica e financeira também serão oportunamente analisados, reputo
ausentes in casu elementos suficientes a evidenciar a probabilidade do direito, razão pela qual indefiro o pedido de tutela de urgência de
natureza antecipada.
Trata-se de ação em face do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, com pedido de antecipação da tutela, por meio da qual a autora,
devidamente qualificada na inicial, requer, como medida de caráter antecipatório, a cessação imediata dos descontos sobre o seu benefício
previdenciário, relativos a débito indevido, já que oriundo de equívoco administrativo pelo INSS.
De acordo com o art. 300, caput, do CPC, a “ ... tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade
do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo”.
Além disso, pleiteia a autora o deferimento da tutela de evidência, nos termos do art. 311, II, do CPC, que determina:
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do
processo, quando:
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte;
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em
súmula vinculante;
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem
de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa;
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova
capaz de gerar dúvida razoável.
Embora a autora sustente na inicial que o desconto dos valores lançados em seu benefício seja por erro administrativo do INSS, e que o
fundamento de direito material invocado esteja bem delineado na inicial, vejo que a ação demanda análise aprofundada de documentos e de
questões muitas vezes complexas, o que impede seja benefício revisto nessa fase de cognição sumária característica da apreciação do pedido
de antecipação de tutela.
No mais, além de a autora receber normalmente a sua aposentadoria por idade, somente em situações especiais, na qual exista a iminência de
danos irreparáveis à parte é que é possível a concessão de prestação jurisdicional de urgência. Não é este também o caso dos autos, pois, em
caso de procedência do pedido, as prestações em atraso eventualmente devidas serão pagas, a partir da data do requerimento administrativo,
acaso não alcançadas pela prescrição, com a devida correção e acréscimo de juros moratórios, de modo que o suposto dano não se efetivará.
Ausentes, pois, os seus requisitos, indefiro o pedido de tutela de urgência de natureza antecipada, bem como o a tutela de evidência.
Intimem-se.
TERMOS REGISTRADOS PELOS JUÍZES DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CÍVEL ADJUNTO CATANDUVA
EXPEDIENTE Nº 2019/6314000104
Vistos, etc.
Dispenso o relatório (v. art. 38, caput, da Lei n.º 9.099/95). Trata-se de ação, processada pelo JEF, em que se busca a concessão do benefício
assistencial de prestação continuada previsto no art. 20, e §§, da Lei n.º 8.742/93 (Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS), desde a data
do indeferimento do requerimento administrativo. Salienta, em apertada síntese, a parte autora, que é pessoa portadora de deficiência e, sendo
sua família pobre, não tem condições financeiras de mantê-la com dignidade. Sustenta, assim, que tem direito ao benefício, discordando da
decisão administrativa que indeferiu a concessão do benefício. Citado, o INSS ofereceu contestação, em cujo bojo, no mérito, arguiu preliminar
de prescrição quinquenal, e defendeu tese no sentido da improcedência do pedido veiculado. Devidamente intimado a se manifestar, o MPF
manifestou-se pela desnecessidade de sua intervenção.
Fundamento e Decido.
Verifico que o feito se processou com respeito ao devido processo legal, na medida em que observados o contraditório e a ampla defesa,
presentes os pressupostos de existência e validade da relação jurídica processual, bem como as condições da ação.
Não havendo sido alegadas preliminares, passo, de imediato, ao mérito do processo.
Na medida em que pretende o autor a concessão da prestação assistencial a partir do requerimento administrativo indeferido, e data este de
período posterior àquele em que, em tese, poderia ter-se verificado, no caso concreto, pelo momento do ajuizamento da ação, a prescrição de
eventuais parcelas devidas do benefício, afasto a preliminar arguida pelo INSS em sua resposta (v. art. 103, parágrafo único, da Lei n.º
8.213/91).
Entendo que o benefício assistencial previsto no art. 20, caput, e §§, da Lei n.º 8.742/93, e suas alterações posteriores (v. Lei n.º 9.720/98, Lei
n.º 12.435/11, e Lei n.º 12.470/11), instituído com base no art. 203, inciso V, da CF/88 (“Art. 203. A assistência social será prestada a quem
dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: V – a garantia de um salário mínimo de benefício
mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção o de tê-la provida por
sua família, conforme dispuser a lei”), é devido, independentemente de contribuição à seguridade social, aos deficientes e aos idosos com 65
anos ou mais (a partir de 1998 a idade prevista no art. 20, caput, da Lei n.º 8.742/93, passou a ser de 67 (sessenta e sete) anos, de acordo com
o art. 1.º, da Lei n.º 9.720/98, que deu nova redação ao seu antigo art. 38. Por outro lado, menciono que, a contar de janeiro de 2004, a idade
mínima, de acordo com a Lei n.º 10.741/2003, art. 34, caput, passou a ser de 65 anos. Este patamar etário foi mantido pela Lei n.º 12.435/11 -
v. art. 20, caput: “O benefício de prestação continuada é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65
(sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem tê-la provida pela família”) que
comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção, nem de tê-la provida pela família.
Compõem, por sua vez, para tal fim, o conceito de família, o requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais, e, na ausência de um deles, a
madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto (v. art.
20, § 1.º, da Lei n.º 8.742/93, com a redação dada pela Lei n.º 12.435/11).
A pessoa com deficiência é aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual ou sensorial, os quais, em interação
com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade com as demais pessoas (v. art. 20, § 2.º, da Lei n.º
8.742/93, com a redação dada pela Lei n.º 12.470/11). Anoto que impedimento de longo prazo é aquele que produza efeitos pelo prazo mínimo
de 2 anos (v. art. 20, § 10, da Lei n.º 8.742/93, com a redação dada pela Lei n.º 12.470/11).
Por outro lado, de acordo com a lei, seria incapaz de prover a manutenção da pessoa com deficiência ou mesmo idosa, a família cuja renda
mensal per capita fosse inferior a 1/4 (um quarto) do salário mínimo (v. art. 20, § 3.º, da Lei n.º 8.742/93, com a redação dada pela Lei n.º
12.435/11).
Saliento, nesse passo, que parâmetro legal mencionado acima (um quarto do salário mínimo por cabeça), eleito normativamente para a
mensuração da renda familiar, foi, num primeiro momento, reconhecido como constitucional, de acordo com o pronunciamento do E. STF na
Adin/1.232, Relator Ministro Ilmar Galvão – julgada improcedente (onde se questionava justamente a constitucionalidade da limitação da renda
prevista no parágrafo terceiro do art. 20, da Lei n.º 8.742/93 – (v. Informativo 203 do E. STF: “Tendo em vista que no julgamento da ADIn
1.232-DF (julgada em 27.8.98, acórdão pendente de publicação, v. Informativo 120) o Tribunal concluiu pela constitucionalidade do § 3º do art.
20 da Lei 8.742/93 - " Art. 20. O benefício da prestação continuada é a garantia de 1 (um) salário mínimo mensal à pessoa portadora de
deficiência e ao idoso com 70 (setenta) anos ou mais e que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ... § 3º Considera-
se incapaz de prover a manutenção da pessoa portadora de deficiência ou idosa a família cuja renda per capita seja inferior a 1/4 (um quarto)
do salário mínimo.") -, a Turma deu provimento a recurso extraordinário interposto contra acórdão do TRF da 3ª Região que, entendendo pela
inconstitucionalidade da mencionada norma, reconhecera a produtora rural portadora de doença grave o direito ao recebimento do benefício da
prestação continuada. RE 276.854-SP, Relator Min. Moreira Alves, 19.9.2000 (RE-276854)”), gerando efeitos contra todos.
Este posicionamento vinha sendo adotado por este magistrado em suas decisões, já que ao E. STF, nos termos do art. 102, caput, da CF/88,
compete a guarda precípua da interpretação constitucional, em respeito ao Estado Democrático de Direito, e, ademais, também estava em
necessária consonância com a regra da contrapartida, disposição aplicável a toda a seguridade social, e não apenas às ações de previdência
social (art. 195, § 5.º, da CF/88).
Devo mencionar, também, que o E. STF (Plenário) no precedente firmado no agravo regimental na reclamação n.º 2303, passou então a
considerar violada a decisão proferida na ADI 1232, sujeitando, desta forma, à imediata cassação, por meio de reclamação ajuizada com este
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 775/1770
específico objetivo, sentença que concedesse o benefício assistencial em desacordo com o critério objetivo fixado no § 3.º, do art. 20, da Lei
n.º 8.742/93.
Contudo, a partir do que fora noticiado no Informativo 454 do E. STF, tendo por objeto a Reclamação 4374 MC/PE – Relator Ministro Gilmar
Mendes, o critério ditado pela lei de regência estaria sendo superado por normas supervenientes, indicando, assim, sua insuficiência para se
aferir, em concreto, acerca da existência, ou não, do direito ao benefício assistencial. Deveria ele, assim, ser complementado por outros (“... O
Tribunal parece caminhar no sentido de se admitir que o critério de ¼ do salário mínimo pode ser conjugado com outros fatores indicativos do
estado de miserabilidade do indivíduo e de sua família para a concessão do beneficio assistencial de que trata o art. 203, inciso V, da
Constituição”).
Isto, na minha visão, representando apenas tendência que, no futuro, após sua submissão ao Plenário da E. Corte, poderia dar margem à
alteração do entendimento no sentido da constitucionalidade da norma em questão, levou-me a manter, em muitos casos, o posicionamento
jurisprudencial consolidado (v. art. 20, § 3.º, da Lei n.º 8.742/93, com a redação dada pela Lei n.º 12.435/11), ainda mais quando a legislação
superveniente continuou seguindo o critério objetivo apontado. No ponto, julgava que, nada obstante a lei, ao dar conformação ao direito
constitucional social previsto na CF/88, pudesse haver contemplado diversas hipóteses em que o montante da renda mensal familiar também
seria considerado hábil à concessão da prestação assistencial, preferiu valer-se de parâmetro objetivo e somente alcançar, num primeiro
momento, aquelas pessoas praticamente sem recursos, opção legislativa essa que deveria ser respeitada e acatada, posto notória a dificuldade
de se estabelecer critério, para cada caso concreto, que não deixasse de ser eminentemente subjetivo, tendo-se em vista inúmeras situações
em que inegável a pobreza das pessoas interessadas (v. art. 194, parágrafo único, inciso IV: “seletividade e distributividade na prestação dos
benefícios e serviços”).
Entretanto, o Plenário do E. STF julgou improcedente a Reclamação 4374/PE, e, nela, reviu, em vista de “notórias mudanças fáticas (políticas,
econômicas e sociais) e jurídicas (sucessivas modificações legislativas dos patamares econômicos utilizados como critérios de concessão de
outros benefícios assistenciais por parte do Estado brasileiro)”, o que fora decidido na ADI 1.232, e declarou, assim, a inconstitucionalidade do
art. 20, § 3.º, da Lei n.º 8.742/93, sem pronúncia de nulidade (v. o E. STF, no RE 567.985/MT, levando em conta, também, a ocorrência de
processo de inconstitucionalização da norma em questão, pelos mesmos fundamentos fáticos e jurídicos, declarou sua inconstitucionalidade,
não pronunciando, da mesma forma, sua nulidade. Na mesma oportunidade, de forma incidental, julgou inconstitucional o disposto no parágrafo
único do art. 34, da Lei n.º 10.741/03 – Estatuto do Idoso, por ofensa à isonomia).
Portanto, em vista do entendimento que, a partir de agora deve ser seguido e respeitado, a miserabilidade deve ser provada no caso concreto
submetido à apreciação judicial, respeitados parâmetros outros que não apenas o limite estabelecido pela norma.
Saliente-se, ademais, que o benefício não pode ser acumulado com qualquer outro no âmbito da seguridade social ou de outro regime, salvo os
da assistência médica e da pensão especial de natureza indenizatória (v. art. 20, § 4.º, da Lei n.º 8.742/93, com a redação dada pela Lei n.º
12.435/11), e, ainda, que a condição de acolhimento em instituições de longa permanência não prejudica o direito do idoso ou da pessoa com
deficiência ao benefício de prestação continuada (v. art. 20, § 5.º, da Lei n.º 8.742/93, com a redação dada pela Lei n.º 12.435/11). Além disso,
embora o benefício deva ser revisto a cada 2 anos, para fins de avaliação da continuidade das condições que lhe deram origem, cessando no
momento em que ficarem estas superadas, ou no caso de morte do titular, com possibilidade de cancelamento acaso constatadas
irregularidades na sua concessão ou utilização, o desenvolvimento das capacidades cognitivas, motoras ou educacionais e a realização de
atividades não remuneradas de habilitação ou reabilitação, entre outras, não constituem motivo de suspensão ou cessação do benefício da
pessoa com deficiência. A cessação do benefício de prestação continuada concedido à pessoa com deficiência não impede nova concessão,
desde que atendidos os requisitos do regulamento (v. art. 21, caput, e §§, da Lei n.º 8.742/93, com a redação dada pelas Leis n.º 12.435/11 e
12.470/11). Para a concessão da prestação, deve ocorrer a constatação da deficiência e do grau de impedimento por meio de avaliações
médica e social (v. art. 20, § 6.º, da Lei n.º 8.742/93, com a redação dada pela Lei n.º 12.470/11).
Resta saber, assim, se, no caso dos autos, há prova segura que justifique a concessão da prestação assistencial.
Nesse sentido, dá conta o laudo pericial médico produzido durante a instrução, de que o autor é portador da “surdez congênita”. Ainda de
acordo com o laudo: ”Periciando de 9 anos, portador de surdez congênita parcial controlada pelo uso de aparelho auditivo; tem transtorno de
déficit de atenção também controlada clinicamente; não são patologias graves em si, mas requerem tratamento contínuo; em relação à
incapacidade ao trabalho e à vida independente, não é possível responder visto que o periciando é menor de idade e neste fato já está implícita
a não possibilidade de trabalhar”.
Dessa forma, não restam dúvidas de que o autor é pessoa totalmente inapta para o trabalho, mas não o é para a vida independente. Em se
tratando a autora de criança com nove anos de idade, à época da realização da perícia médica, também ressalto o que diz o § 1º, do art.4º, do
Decreto 6.214/2007: “Para fins de reconhecimento do direito ao Benefício de Prestação Continuada às crianças e adolescentes menores de
dezesseis anos de idade, deve ser avaliada a existência da deficiência e o seu impacto na limitação do desempenho de atividade e restrição da
participação social, compatível com a idade. (Redação dada pelo Decreto n.º 7.617, de 2011)”. Sendo assim, muito embora seja considerada
incapaz para o trabalho, a incapacidade do autor não restringe sua participação social, compatível com a idade, de modo que não necessita da
assistência direta e permanente da mãe para realizar as tarefas básicas e diárias de alimentação e higiene pessoal, sem contar que ele
frequenta a escola, normalmente.
Na minha visão, o laudo médico pericial está bem fundamentado, e goza de inconteste credibilidade. Não se chegou ao diagnóstico de maneira
precipitada e infundada. Valeu-se, isto sim, o perito subscritor, da anamnese e de exame físico realizado. Saliento, desde já, que, por ser
equidistante dos interesses das partes em litígio, a perícia judicial deve necessariamente gozar de maior credibilidade se comparada aos outros
exames realizados e demais elementos probatórios, implicando seu completo acatamento se produzida por perito habilitado e sem nenhuma
mácula formal, como é no caso destes autos.
Por outro lado, dá conta o laudo pericial social elaborado no curso da instrução, de que o autor, menor com nove anos de idade reside, em casa
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 776/1770
alugada, com a mãe e um irmão de 03 anos, e de que sua morada, em que pese simples, possui infraestrutura adequada e está guarnecida por
móveis e utensílios que asseguram o necessário para o mínimo de conforto material aos seus habitantes.
Vejo, também, que não foram retratadas, pela perícia social, no ambiente familiar em questão, despesas consideradas extraordinárias (são as
comuns, como, por exemplo, água, luz, gás, telefone etc). No ponto, saliento que eventuais gastos com medicamentos não se prestam a
justificar a concessão assistencial, já que tal interesse constitui pressuposto para a busca de tutela específica, e no caso, a necessidade tem
sido suprida satisfatoriamente pela rede pública de saúde.
A mãe do autor trabalha e sua renda mensal consiste no valor de R$1.569,02 (V. Consulta ao Sistema CNIS anexada aos autos). Informou
ainda que o pai do segundo filho, Daniel, e irmão do autor presta-lhes auxílio financeiro, com o pagamento do aluguel do imóvel em que
residem no valor de R$500,00. Já o genitor do autor contribui mensalmente com R$200,00 a título de pensão alimentícia, e a família também
recebe uma cesta básica por mês do Serviço de Assistência Social do Município. Sendo assim, verifico que os rendimentos desta família
resultam no valor de R$ 2.269,02, quantia superior ao montante das despesas declaradas no laudo pericial social.
Diante do quadro probatório formado, tendo em vista as informações trazidas pelo laudo pericial médico e pelo laudo pericial social, bem como
as conclusões às quais me possibilitaram chegar, entendo que o autor não tem direito à concessão do benefício assistencial pretendido. Com
efeito, trata-se de pessoa portadora de deficiência (impedimento de duração superior a 2 anos, posto que permanente - conforme conclusão da
perícia médica), porém, considerando-se se tratar de menor de 16 anos, sua incapacidade não limita sua participação plena e efetiva na
sociedade, compatível com a idade, não sendo, portanto, incapaz para a vida independente, e, assim, não existe óbice para o exercício de
atividade laborativa pela mãe. E ainda que assim não fosse, observo que sua família não deve ser considerada necessitada a ponto de legitimar
a concessão. Apenas os realmente miseráveis têm direito, e este não é o caso. Anoto que a moradia, em que pese ser simples e alugada,
possui o mínimo de conforto para os seus habitantes, sem contar a inexistência de despesas extraordinárias e a assistência no fornecimento de
alimentos pelo governo Municipal, além do recebimento de pensão alimentícia. Dessa forma, tendo o laudo pericial social evidenciado que a
família vive com o necessário para o mínimo de conforto, e também porque a incapacidade do autor não a torna inapta para a vida
independente, compatível com a idade, inexiste, no caso concreto, em última análise, no meu entender, o preenchimento dos requisitos
necessários à concessão do benefício pleiteado.
Agiu, pois, com acerto o INSS, ao indeferir, administrativamente, a prestação.
Dispositivo.
Posto isto, julgo improcedente o pedido. Resolvo o mérito do processo (art. 487, inciso I, do CPC). Concedo os benefícios da assistência
judiciária gratuita. O acesso ao Juizado Especial Federal independe, em primeiro grau, do pagamento de custas, taxas ou despesas. Sem
condenação em honorários advocatícios. PRI (inclusive o MPF).
Dispenso o relatório (v. art. 38, caput, da Lei nº 9.099/95). Trata-se de ação, pelo rito dos Juizados Especiais Federais, proposta por
CLÁUDIA REGINA BRAGA MACIEL, pessoa natural qualificada nos autos, em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL (INSS), autarquia federal aqui também qualificada, visando a concessão de benefício previdenciário fundado na incapacidade para o
trabalho (auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez, dependendo do grau de impedimentos que apresentar) desde a data da cessação do
benefício de auxílio-doença que anteriormente recebia, isto é, 19/03/2017. Diz a autora, em apertada síntese, que, mesmo sendo portadora de
problemas de saúde incapacitantes, após se submeter a perícia médica administrativa realizada a cargo do INSS, foi considerada apta para o
exercício de sua atividade laborativa habitual, vez que não foi constatada incapacidade para o trabalho. Discorda deste posicionamento. O
INSS deu-se por citado e ofereceu contestação depositada em Secretaria na qual pugna pela improcedência da demanda.
Fundamento e Decido.
De início, verifico que o feito se processou com observância do contraditório e da ampla defesa, inexistindo qualquer situação que possa trazer
prejuízo ao princípio do devido processo legal (v. art. 5.º, incisos LIV e LV, da Constituição da República de 1988). Estão presentes os
pressupostos de existência e de desenvolvimento válido e regular da relação jurídica processual, bem como o interesse processual e a
legitimidade das partes são evidentes, não havendo qualquer vício que impeça o regular processamento da demanda. Por fim, não havendo
sido alegadas preliminares específicas à hipótese concreta, passo, de imediato, ao julgamento do mérito do processo, esclarecendo, desde já,
que, como o que se pretende é a concessão de benefício previdenciário a partir da data da cessação do benefício de auxílio-doença
anteriormente recebido, e, sendo esta de momento posterior àquele em que, em tese, poderia ter sido verificada, pelo momento do ajuizamento
da ação, a ocorrência da prescrição quinquenal de eventuais parcelas devidas (v. art. 103, parágrafo único, da Lei n.º 8.213/91), não há que se
falar na sua ocorrência.
Superado este ponto, consigno que, para lograr êxito em seu pleito, a parte autora deverá provar, em respeito ao art. 373, inciso I, do CPC,
Pois bem. A partir do assentado, tendo sido realizado exame pericial médico, analisando o laudo dele decorrente (v. evento 18), observo (1.2)
que a autora, conforme apurou o perito do juízo, sofre de “status pós-operatório recente de menisectomia em joelho direito” (sic), doença esta
que a incapacitou para o trabalho de modo temporário, absoluto e total desde 20 de julho de 2018. Ainda segundo o experto, a incapacidade
que acometeu a parte perdurou até 20 de outubro de 2018. Assim, com base na prova constante nos autos, resta evidente que a autora, do
ponto de vista clínico, esteve, desde 20/07/2018 até 20/10/2018, inabilitada para o labor. Neste particular, anoto que o laudo pericial, na minha
visão, encontra-se bem fundamentado e goza de inconteste credibilidade, não tendo se chegado ao diagnóstico de maneira precipitada e
infundada; valeu-se, isto sim, o perito subscritor, da anamnese e de exames complementares e físico realizados. Saliento, ainda, que, por ser
equidistante dos interesses das partes em litígio, a perícia judicial deve necessariamente gozar de maior credibilidade se comparada às outras
consultas realizadas e demais elementos probatórios, implicando seu completo acatamento se produzida por perito habilitado e sem nenhuma
mácula formal, sendo bem esse o caso dos autos.
(2) quanto à qualidade de segurada do RGPS por parte da demandante na data da verificação do início de sua incapacidade para o trabalho, a
partir do relatório do CNIS anexado aos autos (v. evento 14), verifico que, de 01/08/2017 a 31/01/2018, esteve ela contribuindo como
contribuinte individual, o que, por força do disposto no inciso II, e § 4.º, ambos do art. 15, da Lei n.º 8.213/91, lhe garantia, em 20/07/2018, tal
condição.
(3) por fim, quanto à carência, sendo ela de 12 contribuições mensais (v. art. 25, inciso I, da Lei n.º 8.213/91), verifico, a partir do referido
relatório do CNIS utilizado como prova, que a autora, anteriormente a 20/07/2018 (data do início de sua incapacidade para o labor), sem que
houvesse a perda da qualidade de segurada do RGPS, verteu contribuições em quantidade superior àquela exigida como carência para a
concessão do benefício de auxílio-doença.
Assim, diante do quadro delineado, considerando o pedido formulado na petição inicial, entendo que a parte autora, por preencher todos os
requisitos legais indispensáveis, faz jus à concessão do benefício previdenciário de auxílio-doença durante o período de 20/07/2018 (data fixada
como sendo a do início da incapacidade) a 20/10/2018 (data fixada como sendo a do fim da incapacidade).
Por fim, quanto ao pedido de concessão de tutela provisória, cuja análise foi postergada para se dar em sede de sentença, tenho comigo que é
o caso de indeferi-lo, já que não vislumbro a presença do periculum in mora, este um dos requisitos indispensáveis para a concessão da
medida. Com efeito, com o trânsito em julgado desta decisão, a autora receberá todas as parcelas atrasadas às quais faz jus devidamente
corrigidas e acrescidas de juros de mora, de sorte que, em minha visão, inexiste qualquer risco ao qual poderia estar exposta com o
indeferimento da antecipação pleiteada. Como se não bastasse, a concessão da tutela provisória, neste instante, inevitavelmente, acabaria por
expor o instituto réu a uma situação de indiscutível risco, pois, não se desconhecendo o caráter alimentar que a maior parte da doutrina atribui
às prestações previdenciárias (o que, em tese, as tornaria irrepetíveis), caso haja a reforma desta sentença, a autarquia ré estaria obrigada a
suportar os custos e os prejuízos advindos da antecipação, o que se mostra incompatível com o comando proibitivo constante no § 3.º, do art.
300, do CPC, que veda a concessão da tutela de urgência de natureza satisfativa quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da
decisão.
Dispositivo.
Posto isto, resolvendo o mérito do processo (v. art. 487, inciso I, do CPC), julgo parcialmente procedentes os pedidos. Condeno o INSS a
implantar em favor da autora o benefício de auxílio-doença com data de início (DIB) em 20/07/2018 (data fixada como sendo a do início da
incapacidade) e data de cessação (DCB) em 20/10/2018 (data fixada como sendo a do final da incapacidade). As parcelas em atraso,
apuradas entre a DIB e a DCB, serão corrigidas pelos critérios aplicáveis às ações previdenciárias e, ainda, ficarão sujeitas a juros de mora
desde a citação, nos termos do disposto no art. 1.º – F, da Lei n.º 9.494/97, num e noutro caso, observadas as teses firmadas pelo E. STF no
julgamento do tema 810 da repercussão geral (RE repetitivo representativo de controvérsia de autos n.º 870.947/SE). Com o trânsito em
julgado, remetam-se os autos à contadoria do juízo, para que efetue os cálculos, intimando-se as partes para manifestação, no prazo de 10
(dez) dias. Não havendo insurgência contra a conta, ou estando eventual discussão superada, oficie-se ao INSS para implantação da
prestação, no prazo de 30 (trinta) dias, e requisite-se o pagamento dos atrasados. Indefiro, nos termos da fundamentação, o pedido de
concessão de tutela provisória em sede de sentença. Concedo à autora os benefícios da gratuidade da Justiça. Consigno que o acesso ao
Juizado Especial Federal independe, em primeiro grau, do pagamento de custas, taxas ou despesas (v. art. 54, caput, da Lei n.º 9.099/95). Nos
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 778/1770
termos do art. 55, caput, da Lei n.º 9.099/95, não há condenação em honorários advocatícios. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Cumpra-
se.
Dispenso o relatório (v. art. 38, caput, da Lei n.º 9.099/95). Trata-se de ação, sob o rito dos Juizados Especiais Federais, proposta por MARIA
APARECIDA PENARIOL MOTA, pessoa natural qualificada nos autos, em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL
(INSS), autarquia federal aqui igualmente qualificada, por meio da qual busca a concessão de aposentadoria por idade desde a data da entrada
do requerimento administrativo (DER) indeferido. Diz a autora, em apertada síntese, que tem direito à concessão de aposentadoria por idade,
na medida em que conta mais de 60 anos e, também, ainda que depois da DER, todavia, antes do ajuizamento da demanda, cumpre a carência
prevista na legislação previdenciária. Doutro lado, discorda o instituto previdenciário, vez que, em sua visão, ao contrário do alegado, não
cumpre a demandante a carência legalmente exigida.
Fundamento e Decido.
De início, verifico que o feito se processou com observância do contraditório e da ampla defesa, inexistindo qualquer situação que possa trazer
prejuízo ao princípio do devido processo legal (v. art. 5.º, incisos LIV e LV, da Constituição da República de 1988). Estão presentes os
pressupostos de existência e de desenvolvimento válido e regular da relação jurídica processual, bem como o interesse de agir e a legitimidade
das partes são evidentes, além do que, não vislumbro qualquer vício que impeça o regular processamento do feito. Por fim, considerando que
inexiste a necessidade de produção de outras provas senão aquelas documentais já produzidas, julgo antecipadamente o pedido, proferindo
sentença (v. art. 355, inciso I, do CPC).
Pretende a autora a concessão do benefício de aposentadoria por idade desde 09/03/2017 (DER), e, para tanto, sustenta a tese de que, na
ocasião do ajuizamento da ação (e não na data da postulação administrativa, registre-se) preencheria todos os requisitos necessários ao
reconhecimento do direito à prestação. Em sentido oposto, discorda o INSS da pretensão veiculada, reputando, no ponto, não demonstradas as
exigências legais. Nessa linha, da análise dos autos, vejo que o pedido acabou administrativamente indeferido em razão da contabilização de
apenas 156 contribuições sociais até a DER, quantidade inferior a legalmente exigida para o reconhecimento do direito vindicado.
Fixados os pontos controvertidos, anoto que, de acordo com o art. 48, da Lei n.º 8.213/91, com redação dada pelas Leis n.º 9.032/95 (caput),
n.º 9.876/99 (§ 1.º) e n.º 11.718/08 (§§ 2.º, 3.º e 4.º), “a aposentadoria por idade será devida ao segurado que, cumprida a carência exigida
nesta Lei, completar 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta), se mulher. § 1.º - Os limites fixados no caput são
reduzidos para sessenta e cinquenta e cinco anos no caso de trabalhadores rurais, respectivamente homens e mulheres, referidos na alínea a
do inciso I, na alínea g do inciso V e nos incisos VI e VII do art. 11. § 2.º - Para os efeitos do disposto no § 1.º deste artigo, o trabalhador rural
deve comprovar o efetivo exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período imediatamente anterior ao requerimento do
benefício, por tempo igual ao número de meses de contribuição correspondente à carência do benefício pretendido, computado o período a que
se referem os incisos III a VIII do § 9.º do art. 11 desta Lei. § 3.º - Os trabalhadores rurais de que trata o § 1.º deste artigo que não atendam
ao disposto no § 2.º deste artigo, mas que satisfaçam essa condição, se forem considerados períodos de contribuição sob outras categorias do
segurado, farão jus ao benefício ao completarem 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta) anos, se mulher. § 4.º - Para
efeito do § 3.º deste artigo, o cálculo da renda mensal do benefício será apurado de acordo com o disposto no inciso II do caput do art. 29
desta Lei, considerando-se como salário-de-contribuição mensal do período como segurado especial o limite mínimo de salário-de-contribuição
da Previdência Social” (grifei).
Por sua vez, dispõe o art. 25, inciso II, também da Lei n.º 8.213/91, com redação dada pela Lei n.º 8.870/94, que “a concessão das prestações
pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26: [...] II -
aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial: 180 contribuições mensais”, e, ainda, o art. 142, da
mesma Lei, com redação dada pela Lei n.º 9.032/95, que, “para o segurado inscrito na Previdência Social Urbana até 24 de julho de 1991, bem
como para o trabalhador e o empregador rural cobertos pela Previdência Social Rural, a carência das aposentadorias por idade, por tempo de
serviço e especial obedecerá à seguinte tabela, levando-se em conta o ano em que o segurado implementou todas as condições necessárias à
obtenção do benefício” (destaquei).
Consigno, ademais, que a perda da qualidade de segurado não será considerada para a concessão do benefício de aposentadoria, desde que o
segurado conte com, no mínimo, o tempo de contribuição correspondente ao exigido para efeito de carência na data do requerimento do
benefício (v. art. 3.º, § 1.º, da Lei n.º 10.666/03). Anoto, por fim, que é a data do implemento do requisito etário que fixa o marco temporal
para o período de carência, e não a data do pedido administrativo, já que entendimento contrário poderia implicar ofensa à garantia prevista no
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 779/1770
art. 5.º, inciso XXXVI, da Constituição da República de 1988, segundo o qual “a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito, e
a coisa julgada”.
À vista disso, provando a autora que completou 60 anos de idade em 03/07/2006, vez que nascida em 03/07/1946 (v. documento 10, do evento
01), e, restando evidente, a partir dos dados constantes em seu CNIS (v. evento 19), que se filiou à Previdência Social depois do advento da
Lei n.º 8.213/91, por meio da qual o RGPS foi estruturado, além da idade mínima de 60 anos, à luz do disposto no art. 25, inciso II, de tal
diploma, terá de cumprir período de carência estabelecido em 180 meses.
Nessa linha, observo, a partir do “resumo de documentos para cálculo de tempo de contribuição” elaborado no bojo do procedimento
administrativo em que analisado o pedido de concessão da prestação (v. documentos 30/31, do evento 18), que a insuficiência de contribuições
apontada pela autarquia decorreu de duas causas: primeiro, porque deixou a autarquia de contabilizar as contribuições previdenciárias relativas
aos intervalos em que a postulante esteve em gozo do benefício de auxílio-doença intercalado com períodos de contribuição, ou seja, com
períodos em que houve o exercício de atividade laborativa; e, depois, porque o INSS igualmente não contabilizou as contribuições recolhidas
em valor inferior ao mínimo legalmente exigido para a categoria de segurado em que filiada a demandante. Se assim foi, na minha visão,
parcialmente acertada a atuação do instituto. Explico.
A priori, no que diz respeito ao não cômputo dos períodos de gozo do benefício previdenciário de auxílio-doença intercalado com períodos de
contribuição, no meu entendimento, procedeu de modo equivocado o instituto réu. No ponto, noto que a postulante, nos interregnos de
02/12/2003 a 10/04/2005, de 29/09/2005 a 31/12/2005, e de 15/09/2006 a 30/11/2006 esteve em gozo de auxílio-doença intercalado com
períodos de contribuição. De fato, como se observa em seu CNIS, as três prestações foram antecedidas e sucedidas por períodos de
recolhimentos efetuados na categoria de contribuinte individual. Desse modo, já que expressamente reconhecidos pela própria legislação
previdenciária como de efetivo tempo de contribuição, devem tais lapsos ser computados como carência (v. art. 29, § 5.º, da Lei n.º 8.213/91:
“se, no período básico de cálculo, o segurado tiver recebido benefícios por incapacidade, sua duração será contada, considerando-se como
salário-de-contribuição, no período, o salário-de-benefício que serviu de base para o cálculo da renda mensal...” (grifei), e, art. 55, inciso II, da
mesma Lei: “o tempo de serviço será comprovado na forma estabelecida no Regulamento, compreendendo...: o tempo intercalado em que [o
segurado] esteve em gozo de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez” (grifei)). Aliás, consigno que, neste mesmo sentido, por diversas
vezes, já decidiu o C. STJ. Cito, por todos, a ementa do julgado que segue: “PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR IDADE.
PERÍODO DE GOZO DE AUXÍLIO-DOENÇA. CÔMPUTO PARA FINS DE CARÊNCIA. CABIMENTO. 1. É possível a contagem,
para fins de carência, do período no qual o segurado esteve em gozo de benefício por incapacidade, desde que intercalado com períodos
contributivos (art. 55, II, da Lei 8.213/91). Precedentes do STJ e da TNU. 2. Se o tempo em que o segurado recebe auxílio-doença é contado
como tempo de contribuição (art. 29, § 5º, da Lei 8.213/91), consequentemente, deve ser computado para fins de carência. É a própria norma
regulamentadora que permite esse cômputo, como se vê do disposto no art. 60, III, do Decreto 3.048/99. 3. Recurso especial não provido”
(REsp de autos n.º 1.334.467/RS, de relatoria do Ministro Castro Meira, Segunda Turma, publicado no DJe de 05/06/2013) (destaquei).
Por sua vez, no que toca a não contabilização das contribuições previdenciárias relativas às competências de 11/2007, 12/2007, 05/2008,
02/2010 e 03/2010 pelo fato de terem sido recolhidas em valores inferiores ao mínimo legalmente exigido, tenho comigo que procedeu de modo
acertado a autarquia previdenciária. Deveras, dispondo o art. 21, caput, da Lei n.º 8.212/91, com redação dada pela Lei n.º 9.876/99, que “a
alíquota de contribuição dos segurados contribuinte individual e facultativo será de vinte por cento sobre o respectivo salário-de-contribuição”,
seu art. 28, inciso III, também com redação dada pela Lei n.º 9.876/99, que “entende-se por salário-de-contribuição, para o contribuinte
individual, a remuneração auferida em uma ou mais empresas ou pelo exercício de sua atividade por conta própria, durante o mês, observado o
limite máximo a que se refere o § 5º”, e, por fim, o § 3.º, desse mesmo art. 28, com redação dada pela Lei n.º 9.528/97, que “o limite mínimo
do salário-de-contribuição corresponde ao piso salarial, legal ou normativo, da categoria ou, inexistindo este, ao salário mínimo, tomado no seu
valor mensal, diário ou horário, conforme o ajustado e o tempo de trabalho efetivo durante o mês”, tendo a postulante, relativamente às
competências há pouco indicadas, enquadrada que estava na categoria de contribuinte individual, procedido ao recolhimento de contribuições
calculadas sobre valores inferiores ao do salário-mínimo vigente às suas respectivas épocas, não há mesmo como se computá-las sem que
tivessem sido complementadas, o que, todavia, não ocorreu. Nesse sentido, de se registrar que, como bem mencionou o INSS em sede de
contestação, o § 17, do art. 32, do Decreto n.º 3.048/99, incluído pelo Decreto n.º 3.265/99, impede a contabilização, para o contribuinte
individual, de contribuições recolhidas sobre valores inferiores ao limite mínimo do salário-de-contribuição, in verbis: “no caso do parágrafo
anterior [que trata do contribuinte individual que não comprovar a regularidade da dedução incidente sobre sua contribuição mensal de que
tratam os §§ 20 e 21, do art. 216, do Decreto 3.048/99, com redações dadas, respectivamente, pelos Decretos n.os 4.729/03 e 3.265/99], não
serão considerados como tempo de contribuição, para o fim de concessão de benefício previdenciário, enquanto as contribuições não forem
complementadas, o período correspondente às competências em que se verificar recolhimento de contribuição sobre salário-de-contribuição
menor que um salário mínimo” (destaquei).
Posto nestes termos, contabilizando-se os lapsos registrados no CNIS como laborados pela autora, a qualquer tempo e com enquadramento em
qualquer categoria de segurado (no caso, contribuinte individual (neste particular, com exceções feitas unicamente às competências 11/2007,
12/2007, 05/2008, 02/2010 e 03/2010, vez que as contribuições a elas relativas foram recolhidas em valores inferiores ao mínimo legalmente
exigido para a categoria) e contribuinte facultativa), adicionando-os aos períodos em que esteve em gozo do benefício de auxílio-doença
intercalado com períodos de contribuição (v. artigos 29, § 5.º, e 55, inciso II, ambos da Lei n.º 8.213/91, e artigos 32, § 6.º, e 60, inciso III,
ambos do Decreto n.º 3.048/99), soma ela, até a DER, 09/03/2017, o total de 176 contribuições mensais (e não 156, como apurou
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 780/1770
administrativamente o INSS), quantidade insuficiente para o preenchimento da carência estabelecida de 180 contribuições para a concessão
da aposentadoria por idade pleiteada.
Todavia, não se pode olvidar que a autora, na preambular, expressamente esclareceu que, depois da DER, continuou vertendo contribuições
para o RGPS e, a se considerarem tais mensalidades, preencheria a carência legalmente exigida para a concessão da prestação, o que, na
ocasião, requereu. Nessa linha, a análise de seu CNIS permite verificar que, de fato, desde a DER até a data do ajuizamento da ação, ocorrido
em 27/04/2018, a postulante verteu mais 13 contribuições, perfazendo, assim, um total de 189, quantidade suficiente à concessão do benefício
de aposentadoria por idade. Se assim é, sendo evidente que Maria Aparecida Penariol Mota tinha, na data da propositura do feito, direito à
concessão do benefício pleiteado, por certo que a imposição, ao INSS, do dever permanente de suportá-lo, deve ter como marco inicial a data
de sua citação para a demanda, momento a partir do qual, passando a ter ciência dessa pretensão autoral, optou por contestá-la em juízo.
Dessa forma, a data de início do benefício que ora se concede fica fixada na data da citação da autarquia previdenciária para a ação, ocorrida
em 15/08/2018 (v. evento 15).
Dispositivo.
Posto nestes termos, resolvendo o mérito do processo, julgo parcialmente procedentes os pedidos (v. art. 487, inciso I, do CPC) para condenar
o INSS a conceder à autora o benefício de aposentadoria por idade, com data de início (DIB) em 15/08/2018 (data da citação), e data de início
do pagamento (DIP) em 1.º/03/2019. As parcelas em atraso, apuradas entre a DIB e a DIP, serão devidamente corrigidas pelos critérios
aplicáveis às ações previdenciárias e, ainda, ficarão sujeitas a juros de mora desde a citação, nos termos do disposto no art. 1.º – F, da Lei n.º
9.494/97, num e noutro caso, observadas as teses firmadas pelo E. STF no julgamento do tema 810 da repercussão geral (RE repetitivo
representativo de controvérsia de autos n.º 870.947/SE). Com o trânsito em julgado, remetam-se os autos à contadoria do juízo, para que
efetue os cálculos, intimando-se as partes para manifestação, no prazo de 10 (dez) dias. Não havendo insurgência contra a conta, ou estando
eventual discussão superada, oficie-se ao INSS para implantação da prestação, no prazo de 30 (trinta) dias, e requisite-se o pagamento dos
atrasados. Concedo à autora os benefícios da assistência judiciária gratuita. Anoto que o acesso ao Juizado Especial Federal independe, em
primeiro grau, do pagamento de custas, taxas ou despesas. Não há condenação em honorários advocatícios (v. art. 55, caput, da Lei n.º
9.099/95). Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Cumpra-se.
Dispenso o relatório (v. art. 38, caput, da Lei n.º 9.099/95). Trata-se de ação, sob o rito dos Juizados Especiais Federais, proposta por
GABRIELI MARIA BRAGUIM, pessoa natural qualificada nos autos, e RAÍSSA CARLA BRAGUIM, adolescente igualmente qualificada,
nascida em 22/02/2004, representada por sua avó, Maria de Fátima dos Santos, em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL (INSS), autarquia federal aqui também qualificada, objetivando a concessão do benefício previdenciário de auxílio-reclusão em razão
da prisão de Fabiano Carlos Braguim, seu pai. Aduzem as autoras, em sintese, que, preenchendo e comprovando todos os requisitos legais
necessários, requereram ao INSS, em 13/09/2017, a concessão de auxílio-reclusão, o qual lhes foi equivocadamente negado sob o fundamento
de não comprovação da baixa renda do recluso, vez que o seu último salário de contribuição superaria o valor fixado por meio da portaria que
se encarregou de atualizar a previsão constante no art. 116, do Decreto n.º 3.048/99. Citado, o INSS ofereceu contestação, em cujo bojo, no
mérito, defendeu tese no sentido da improcedência. Na sua visão, agira com acerto, na via administrativa, já que indeferida a prestação em
razão de não terem as autoras logrado êxito em comprovar o enquadramento do recluso na categoria dos segurados de baixa renda. Intimado
a se manifestar no feito, o MPF ofertou parecer por meio do qual pugnou pela procedência do pedido veiculado.
Fundamento e Decido.
Verifico que o feito se processou com observância do contraditório e da ampla defesa, inexistindo qualquer situação que possa trazer prejuízo
ao princípio do devido processo legal (v. art. 5.º, incisos LIV e LV, da Constituição da República de 1988). Estão presentes os pressupostos de
existência e de desenvolvimento válido e regular da relação jurídica processual, bem como a legitimidade e o interesse processual das partes.
Não tendo sido alegadas preliminares, não havendo qualquer vício que impeça o regular processamento do feito, e, por fim, inexistindo a
necessidade de produção de outras provas senão aquelas já produzidas, julgo antecipadamente o pedido, proferindo sentença (v. art. 355,
inciso I, do CPC).
Em obediência ao princípio segundo o qual é a legislação em vigor à época da ocorrência do fato que deve disciplinar a sua juridicização
(tempus regit actum), levando-se em conta a data da ocorrência do fato gerador do benefício cuja concessão nestes autos se pleiteia, qual seja,
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 781/1770
a prisão ocorrida em 03/02/2017 (v. evento 22), devo aplicar o arcabouço legal àquela época vigente. Assim, previa o texto original do caput
do art. 80, da Lei n.º 8.213/91, que “o auxílio-reclusão será devido, nas mesmas condições da pensão por morte, aos dependentes do segurado
recolhido à prisão, que não receber remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio-doença, de aposentadoria ou de abono de
permanência em serviço” (grifei). O requerimento deveria ser instruído com certidão de efetivo recolhimento à prisão, sendo ainda obrigatória,
para a manutenção dos pagamentos, a apresentação de declaração de permanência na condição de presidiário (v. art. 80, parágrafo único, da
Lei n.º 8.213/91, em sua redação original). O benefício, por sua vez, era devido a contar da data do recolhimento, quando requerido até 90 dias
depois do fato, ou, caso contrário, a partir do requerimento, quando requerido após a superação do apontado lapso temporal (v. art. 74, incisos
I e II, da Lei n.º 8.213/91, com redação dada pela Lei n.º 13.183/15) (no ponto, vale anotar que, a toda evidência, em sendo o pedido formulado
depois de ultrapassado o referido intervalo, como é bem o caso dos autos, não há que se cogitar da ocorrência de prescrição das parcelas
compreendidas entre a data do fato e a data da formulação do pedido administrativo, posto tratar-se de fenômeno jurídico completamente
diverso. Com efeito, a prescrição paralisa a pretensão ao recebimento das parcelas a que o beneficiário teria direito, em razão, justamente, do
não exercício dessa posição jurídica durante o período que a lei o autoriza a fazê-lo, ao passo que a situação disciplinada pelo art. 74, da Lei n.º
8.213/91, caracteriza, isto sim, a própria inexistência do direito aos atrasados compreendidos entre a data do fato e a data da postulação
administrativa caso superado o interregno assinalado. Em resumo, a prescrição paralisa o exercício de um direito que já existe, enquanto que a
disciplina do artigo legal em comento impede mesmo é o surgimento desse direito). Não se exigia carência (v. art. 26, inciso I, da Lei n.º
8.213/91, com redação dada pela Lei n.º 9.876/99). Assim, à vista do até então exposto, neste feito, a prestação, acaso procedente a demanda,
deverá ser implantada a partir da data da postulação administrativa indeferida, qual seja, 13/09/2017 (v. evento 20), já que desrespeitada a
noventena, não havendo, por conseguinte, como se dar guarida ao pleito de implantação a contar da data da ocorrência da prisão.
Superadas essas questões, saliento que o auxílio-reclusão apenas pode ser concedido aos dependentes de segurados de baixa renda (v. art.
201, inciso IV, da Constituição Federal de 1988), e que, até que a lei discipline o acesso ao benefício (v. art. 13, da Emenda Constitucional n.º
20/98), são assim considerados aqueles que tenham renda bruta mensal igual ou inferior a R$ 360,00 (v. Portaria do Ministério da Fazenda de
n.º 8/2017: a partir de 1.º/01/2017, R$ 1.292,43, já que o fato gerador do requerimento de benefício de n.º 25/182.981.157-3, isto é, a prisão,
ocorreu em 03/02/2017). De acordo com o art. 201, inciso IV, da Constituição Federal, com redação dada pela Emenda Constitucional n.º
20/98, “a previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios
que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos
segurados de baixa renda” (grifei). Lembre-se de que pode a legislação previdenciária, tomando por base o princípio da seletividade, restringir
o acesso de certos segurados a determinadas prestações existentes. E são os segurados de baixa renda os considerados para o auxílio-
reclusão, não seus dependentes. Daí, não poderia ser diferente, prever o art. 13, da EC n.º 20/98, que a renda bruta mensal para fins de
concessão é apenas aquela do segurado. Ademais, pela própria legislação previdenciária, a relação que se estabelece entre os dependentes e
o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) passa, necessariamente, pela situação jurídica do segurado. Nada obstante, e isso não
desconheço, sejam os dependentes do recluso os que acabam se beneficiando com a prestação, não há como se reputar, para fins de
mensuração da renda bruta mensal, o patamar recebido por eles. Este, aliás, é o entendimento firmado pelo E. STF no julgamento do RE de
autos n.º 587.365/SC, com repercussão geral reconhecida (tema n.º 89), de relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski, publicado no DJe-084,
em 08/05/2009, de seguinte ementa: “PREVIDENCIÁRIO. CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUXÍLIO-
RECLUSÃO. ART. 201, IV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. LIMITAÇÃO DO UNIVERSO DOS CONTEMPLADOS PELO
AUXÍLIO-RECLUSÃO. BENEFÍCIO RESTRITO AOS SEGURADOS PRESOS DE BAIXA RENDA. RESTRIÇÃO INTRODUZIDA
PELA EC 20/1998. SELETIVIDADE FUNDADA NA RENDA DO SEGURADO PRESO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO
PROVIDO. I - Segundo decorre do art. 201, IV, da Constituição, a renda do segurado preso é que a deve ser utilizada como parâmetro para a
concessão do benefício e não a de seus dependentes. II - Tal compreensão se extrai da redação dada ao referido dispositivo pela EC 20/1998,
que restringiu o universo daqueles alcançados pelo auxílio-reclusão, a qual adotou o critério da seletividade para apurar a efetiva necessidade
dos beneficiários. III - Diante disso, o art. 116 do Decreto 3.048/1999 não padece do vício da inconstitucionalidade. IV - Recurso
extraordinário conhecido e provido” (destaquei)).
Portanto, para terem direito ao benefício, as autoras, no caso, deverão fazer prova cabal e inconteste (v. art. 373, inciso I, do CPC) (1) da
ocorrência da prisão e da manutenção da condição de presidiário por parte do pretenso instituidor do benefício; (2) da qualidade de segurado
do recluso quando da prisão; (3) de que o preso, durante o encarceramento, não recebe remuneração da empresa, tampouco está em gozo de
auxílio-doença, de aposentadoria ou de abono de permanência em serviço; (4) da existência de dependência econômica em relação ao detido;
e, ainda, (5) de que o segurado pode ser considerado de baixa renda, tomando por base o montante de sua renda bruta mensal.
Fixadas tais premissas, passo a verificar se os requisitos estabelecidos foram preenchidos no caso em testilha.
Assim, (1) no que tange à comprovação da ocorrência da prisão e da manutenção da condição de presidiário por parte do pretenso instituidor
do benefício, entendo que a certidão de recolhimento prisional apresentada pelas demandantes se presta a fazê-lo. Com efeito, as autoras,
durante o trâmite da ação (v. evento 22), comprovaram que o segurado se encontra recluso desde 03/02/2017. Além do mais, caso assim não
fosse, por expressa disposição legal (v. inciso II, do art. 373, do CPC), caberia ao INSS o ônus da prova, sob pena de, em não o fazendo,
suportar a prestação caso as demais condições sejam preenchidas. Assim, como nos autos não há qualquer notícia acerca da libertação do
encarcerado até a atualidade, entendendo que o mesmo permanece detido, dou por preenchido o requisito ora em comento.
(2) Quanto à qualidade de segurado do recluso quando de sua prisão, verifico, analisando o seu registro constante no CNIS (v. evento 24), que
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 782/1770
seu último vínculo laboral formal que antecedeu o encarceramento teve início em 10/03/2016 e término em 10/11/2016, o que, por força do
disposto no inciso II, e § 4.º, todos do art. 15, da Lei n.º 8.213/91, lhe garantia, na data da reclusão, isto é, em 03/02/2017, a qualidade de
segurado do RGPS.
(3) No que diz respeito ao não recebimento de remuneração de empresa, a não percepção de benefício de auxílio-doença, de aposentadoria ou
de abono de permanência em serviço por parte do segurado, durante a reclusão, analisando-se os registros constantes em seu CNIS, percebo
que não se beneficia ele com nenhuma de tais prestações.
(4) No que se refere à situação de dependência econômica das autoras relativamente ao segurado recluso, vejo que, por se tratar de relação
entre pai e filhas não emancipadas, de qualquer condição, menores de 21 (vinte e um) anos (v. evento 02), definida pela lei como sendo de
primeira classe, prevista no inciso I, do art. 16, da Lei n.º 8.213/91, com redação dada pela Lei n.º 9.032/95, está ela, por expressa
determinação legal, configurada, pois, a teor do disposto no § 4.º, do referido dispositivo, é presumida (ainda que de modo relativo – v. C. STJ,
no julgamento do AgRg nos EDcl no REsp de autos n.º 1.250.619/RS, de relatoria do Ministro Humberto Martins, 2.ª Turma, julgado em
06/12/2012, publicado no DJe de 17/12/2012) a dependência das pessoas que compõem a primeira classe, sendo que a das demais deve ser
comprovada.
(5) Por fim, com relação à caracterização da baixa renda do recluso no momento da prisão, na minha visão, esta circunstância também se
encontra comprovada nos autos. Deveras, até 22/11/2017, data do julgamento do REsp de autos n.º 1.485.417/MS, de relatoria do Ministro
Herman Benjamin, no qual o C. STJ, depois de apreciar o tema n.º 896 dos recursos repetitivos, firmou a tese (de vinculação obrigatória,
registre-se, nos termos do disposto no art. 927, inciso III, do CPC), de que “para a concessão de auxílio-reclusão (art. 80 da Lei 8.213/1991), o
critério de aferição de renda do segurado que não exerce atividade laboral remunerada no momento do recolhimento à prisão é a ausência de
renda, e não o último salário de contribuição” (sic), sempre apliquei meu entendimento de que, para a verificação do preenchimento do
requisito sob análise, se deveria levar em conta o valor do último salário-de-contribuição registrado em favor do preso antes da detenção. Isto
porque os dispositivos de regência deste tipo de benefício previdenciário, o art. 80, caput, da Lei n.º 8.213/91, e o art. 116, caput, do Decreto
n.º 3.048/99, quando combinados, determinam que o auxílio-reclusão será devido, nas mesmas condições da pensão por morte, aos
dependentes do segurado recolhido à prisão que não receber remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio-doença, aposentadoria
ou abono de permanência em serviço, desde que o seu último salário-de-contribuição seja inferior ou igual a R$ 360,00 (trezentos e sessenta
reais), valor este reajustado pelos mesmos índices aplicados aos benefícios do RGPS. Dessa forma, na minha visão, entender o que seja
salário-de-contribuição era condição indispensável para que se pudesse efetivar a aplicação da legislação própria. Nessa esteira, a Lei n.º
8.212/91, em seu art. 28, incisos I a IV, com redações dadas pelas Leis n.os 9.528/97 e 9.876/99, traz o conceito que deve ser adotado:
“entende-se por salário-de-contribuição: I – para o empregado e trabalhador avulso: a remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim
entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer
que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial,
quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços nos termos da lei ou do
contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa; II – para o empregado doméstico: a remuneração
registrada na Carteira de Trabalho e Previdência Social, observadas as normas a serem estabelecidas em regulamento para comprovação do
vínculo empregatício e do valor da remuneração; III – para o contribuinte individual: a remuneração auferida em uma ou mais empresas ou
pelo exercício de sua atividade por conta própria, durante o mês, observado o limite máximo a que se refere o § 5.º; e IV – para o segurado
facultativo: o valor por ele declarado, observado o limite máximo a que se refere o § 5.º” (destaquei). À vista disso, sendo evidente que a
definição de salário-de-contribuição está associada à remuneração percebida pelo segurado, destinada à retribuição do seu trabalho, se não há
o auferir renda em um determinado período, não há, no meu modo de ver, que se falar em salário-de-contribuição correspondente a esse
interregno, tampouco em “salário-de-contribuição zero”. Dessa forma, nas situações em que a prisão do segurado ocorresse em momento
para o qual não existisse salário-de-contribuição registrado, urgia que se levasse em conta o valor correspondente àquele imediatamente
anterior à ocorrência do fato gerador do benefício para efeito de verificação do seu enquadramento na categoria dos de “baixa renda”, a única
eleita pela Constituição da República de 1988, a partir do advento da Emenda Constitucional n.º 20/98, como apta a gerar aos seus
dependentes o direito ao benefício em comento. Nessa linha, regra geral extraída, portanto, era a de que, independentemente da condição
empregatícia do preso na ocasião da reclusão, estando ele empregado ou desempregado, sempre se deveria levar em consideração a sua
última remuneração auferida antes do encarceramento que correspondesse ao valor recebido (ou ao que teria direito a receber) pelo mês
integralmente trabalhado, pois somente se considerando a sua remuneração integral mensal é que se estaria a corretamente utilizar o
parâmetro estabelecido pelo art. 13, da EC n.º 20/98, que disciplina a matéria (“... renda bruta mensal igual ou inferior a R$ 360,00 (trezentos e
sessenta reais)...” – destaquei). Nesse sentido, evidentemente que renda bruta mensal, isto é, salário-de-contribuição integral, não podia ser
confundida com renda bruta horária, diária ou semanal, o mesmo que salário-de-contribuição proporcional. Entretanto, como ainda pouco
esclareci, tendo o C. STJ fixado a tese (à qual, por determinação legal, devo me curvar) acerca do critério a ser utilizado para a aferição da
renda do segurado desempregado no momento de seu encarceramento, de modo a se mostrar irrelevante o valor registrado a título de última
remuneração mensal integral anterior ao encarceramento, é de se considerar que, no caso destes autos, a partir da análise dos dados
constantes no CNIS do segurado, na ocasião de sua prisão, encontrava-se ele desempregado, razão pela qual, estando preenchidos todos os
demais outros requisitos, é devida às autoras a concessão do benefício pleiteado.
Por estas razões, estando, no meu entender, preenchidos todos os requisitos estabelecidos pela legislação de regência do benefício pretendido,
a parcial procedência do pedido é medida que se impõe. Se assim é, sendo o pedido procedente em parte, agiu o INSS, na via administrativa,
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 783/1770
com desacerto, ao indeferir a prestação. Anoto, por oportuno, que a prestação deverá ser mantida observando-se os critérios fixados pelo art.
77, § 2.º, inciso II, da Lei n.º 8.213/91, com redação dada pela Lei n.º 13.183/15 (isto é, para o filho, o benefício deverá ser mantido até que
complete vinte e um anos de idade, salvo se for inválido ou tiver deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave).
Dispositivo.
Posto isto, resolvendo o mérito do processo, julgo parcialmente procedente o pedido (v. art. 487, inciso I, do CPC). Condeno o INSS a
conceder às autoras o benefício de auxílio-reclusão, com data de início (DIB) em 13/09/2017 (DER), e data de início do pagamento (DIP) em
1.º/03/2019. As parcelas em atraso, apuradas entre a DIB e a DIP, serão devidamente corrigidas pelos critérios aplicáveis às ações
previdenciárias e, ainda, ficarão sujeitas a juros de mora desde a citação, nos termos do disposto no art. 1.º – F, da Lei n.º 9.494/97, num e
noutro caso, observadas as teses firmadas pelo E. STF no julgamento do tema 810 da repercussão geral (RE repetitivo representativo de
controvérsia de autos n.º 870.947/SE). Com o trânsito em julgado, remetam-se os autos à contadoria do juízo, para que efetue os cálculos,
intimando-se as partes para manifestação, no prazo de 10 (dez) dias. Não havendo insurgência contra a conta, ou estando eventual discussão
superada, oficie-se ao INSS para implantação da prestação, no prazo de 30 (trinta) dias, e requisite-se o pagamento dos atrasados. Concedo
às autoras os benefícios da gratuidade da Justiça. Consigno que o acesso ao Juizado Especial Federal independe, em primeiro grau, do
pagamento de custas, taxas ou despesas (v. art. 54, caput, da Lei n.º 9.099/95). Nos termos do art. 55, caput, da Lei n.º 9.099/95, não há
condenação em honorários advocatícios. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Cumpra-se.
Dispenso o relatório (v. art. 38, caput, da Lei n.º 9.099/95). Trata-se de ação, sob o rito dos Juizados Especiais Federais, proposta por
RAYSSA GABRIELI DA SILVA THEOPHILO, criança qualificada nos autos, nascida em 26/08/2009, e YURI VICTOR DA SILVA
THEOPHILO, criança igualmente qualificada, nascido em 25/02/2011, ambos representados por sua mãe, Ana Carolina Moreira da Silva, em
face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS), autarquia federal aqui também qualificada, objetivando a concessão do
benefício previdenciário de auxílio-reclusão em razão da prisão de Cristian Victor Theophilo, seu pai, ocorrida, dizem, em 18/10/2017. Aduzem
os autores, em sintese, que, preenchendo e comprovando todos os requisitos legais necessários, requereram ao INSS, em 10/09/2018, a
concessão de auxílio-reclusão, o qual lhes foi equivocadamente negado sob o fundamento de não comprovação da baixa renda do recluso, vez
que o seu último salário de contribuição superaria o valor fixado por meio da portaria que se encarregou de atualizar a previsão constante no
art. 116, do Decreto n.º 3.048/99. Citado, o INSS ofereceu contestação, em cujo bojo, no mérito, defendeu tese no sentido da improcedência.
Na sua visão, agira com acerto, na via administrativa, já que indeferida a prestação em razão de não terem os autores logrado êxito em
comprovar o enquadramento do recluso na categoria dos segurados de baixa renda. Intimado a se manifestar no feito, o MPF ofertou parecer
por meio do qual pugnou pela procedência do pedido veiculado.
Fundamento e Decido.
Verifico que o feito se processou com observância do contraditório e da ampla defesa, inexistindo qualquer situação que possa trazer prejuízo
ao princípio do devido processo legal (v. art. 5.º, incisos LIV e LV, da Constituição da República de 1988). Estão presentes os pressupostos de
existência e de desenvolvimento válido e regular da relação jurídica processual, bem como a legitimidade e o interesse processual das partes.
Não tendo sido alegadas preliminares, não havendo qualquer vício que impeça o regular processamento do feito, e, por fim, inexistindo a
necessidade de produção de outras provas senão aquelas já produzidas, julgo antecipadamente o pedido, proferindo sentença (v. art. 355,
inciso I, do CPC).
Em obediência ao princípio segundo o qual é a legislação em vigor à época da ocorrência do fato que deve disciplinar a sua juridicização
(tempus regit actum), levando-se em conta a data da ocorrência do fato gerador do benefício cuja concessão nestes autos se pleiteia, qual seja,
a prisão ocorrida em 18/10/2017 (v. evento 02), devo aplicar o arcabouço legal àquela época vigente. Assim, previa o texto original do caput
do art. 80, da Lei n.º 8.213/91, que “o auxílio-reclusão será devido, nas mesmas condições da pensão por morte, aos dependentes do segurado
recolhido à prisão, que não receber remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio-doença, de aposentadoria ou de abono de
permanência em serviço” (grifei). O requerimento deveria ser instruído com certidão de efetivo recolhimento à prisão, sendo ainda obrigatória,
para a manutenção dos pagamentos, a apresentação de declaração de permanência na condição de presidiário (v. art. 80, parágrafo único, da
Lei n.º 8.213/91, em sua redação original). O benefício, por sua vez, era devido a contar da data do recolhimento, quando requerido até 90 dias
depois do fato, ou, caso contrário, a partir do requerimento, quando requerido após a superação do apontado lapso temporal (v. art. 74, incisos
I e II, da Lei n.º 8.213/91, com redação dada pela Lei n.º 13.183/15) (no ponto, vale anotar que, a toda evidência, em sendo o pedido formulado
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 784/1770
depois de ultrapassado o referido intervalo, como é bem o caso dos autos, não há que se cogitar da ocorrência de prescrição das parcelas
compreendidas entre a data do fato e a data da formulação do pedido administrativo, posto tratar-se de fenômeno jurídico completamente
diverso. Com efeito, a prescrição paralisa a pretensão ao recebimento das parcelas a que o beneficiário teria direito, em razão, justamente, do
não exercício dessa posição jurídica durante o período que a lei o autoriza a fazê-lo, ao passo que a situação disciplinada pelo art. 74, da Lei n.º
8.213/91, caracteriza, isto sim, a própria inexistência do direito aos atrasados compreendidos entre a data do fato e a data da postulação
administrativa caso superado o interregno assinalado. Em resumo, a prescrição paralisa o exercício de um direito que já existe, enquanto que a
disciplina do artigo legal em comento impede mesmo é o surgimento desse direito). Não se exigia carência (v. art. 26, inciso I, da Lei n.º
8.213/91, com redação dada pela Lei n.º 9.876/99). Assim, à vista do até então exposto, neste feito, a prestação, acaso procedente a demanda,
deverá ser implantada a partir da data da postulação administrativa indeferida, qual seja, 10/09/2018 (v. evento 02, documento 04), já que
desrespeitada a noventena, não havendo, por conseguinte, como se dar guarida ao pleito de implantação a contar da data da ocorrência da
prisão.
Em acréscimo, saliento que o auxílio-reclusão apenas pode ser concedido aos dependentes de segurados de baixa renda (v. art. 201, inciso IV,
da Constituição Federal de 1988), e que, até que a lei discipline o acesso ao benefício (v. art. 13, da Emenda Constitucional n.º 20/98), são
assim considerados aqueles que tenham renda bruta mensal igual ou inferior a R$ 360,00 (v. Portaria do Ministério da Fazenda de n.º 8/2017: a
partir de 1.º/01/2017, R$ 1.292,43, já que o fato gerador do requerimento de benefício de n.º 25/187.316.580-0, isto é, a prisão, ocorreu em
18/10/2017). De acordo com o art. 201, inciso IV, da Constituição Federal, com redação dada pela Emenda Constitucional n.º 20/98, “a
previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos
segurados de baixa renda” (grifei). Lembre-se de que pode a legislação previdenciária, tomando por base o princípio da seletividade, restringir
o acesso de certos segurados a determinadas prestações existentes. E são os segurados de baixa renda os considerados para o auxílio-
reclusão, não seus dependentes. Daí, não poderia ser diferente, prever o art. 13, da EC n.º 20/98, que a renda bruta mensal para fins de
concessão é apenas aquela do segurado. Ademais, pela própria legislação previdenciária, a relação que se estabelece entre os dependentes e
o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) passa, necessariamente, pela situação jurídica do segurado. Nada obstante, e isso não
desconheço, sejam os dependentes do recluso os que acabam se beneficiando com a prestação, não há como se reputar, para fins de
mensuração da renda bruta mensal, o patamar recebido por eles. Este, aliás, é o entendimento firmado pelo E. STF no julgamento do RE de
autos n.º 587.365/SC, com repercussão geral reconhecida (tema n.º 89), de relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski, publicado no DJe-084,
em 08/05/2009, de seguinte ementa: “PREVIDENCIÁRIO. CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUXÍLIO-
RECLUSÃO. ART. 201, IV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. LIMITAÇÃO DO UNIVERSO DOS CONTEMPLADOS PELO
AUXÍLIO-RECLUSÃO. BENEFÍCIO RESTRITO AOS SEGURADOS PRESOS DE BAIXA RENDA. RESTRIÇÃO INTRODUZIDA
PELA EC 20/1998. SELETIVIDADE FUNDADA NA RENDA DO SEGURADO PRESO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO
PROVIDO. I - Segundo decorre do art. 201, IV, da Constituição, a renda do segurado preso é que a deve ser utilizada como parâmetro para a
concessão do benefício e não a de seus dependentes. II - Tal compreensão se extrai da redação dada ao referido dispositivo pela EC 20/1998,
que restringiu o universo daqueles alcançados pelo auxílio-reclusão, a qual adotou o critério da seletividade para apurar a efetiva necessidade
dos beneficiários. III - Diante disso, o art. 116 do Decreto 3.048/1999 não padece do vício da inconstitucionalidade. IV - Recurso
extraordinário conhecido e provido” (destaquei)).
Portanto, para terem direito ao benefício, os autores, no caso, deverão fazer prova cabal e inconteste (v. art. 373, inciso I, do CPC) (1) da
ocorrência da prisão e da manutenção da condição de presidiário por parte do pretenso instituidor do benefício; (2) da qualidade de segurado
do recluso quando da prisão; (3) de que o preso, durante o encarceramento, não recebe remuneração da empresa, tampouco está em gozo de
auxílio-doença, de aposentadoria ou de abono de permanência em serviço; (4) da existência de dependência econômica em relação ao detido;
e, ainda, (5) de que o segurado pode ser considerado de baixa renda, tomando por base o montante de sua renda bruta mensal.
Fixadas tais premissas, passo a verificar se os requisitos estabelecidos foram preenchidos no caso em testilha.
Assim, (1) no que tange à comprovação da ocorrência da prisão e da manutenção da condição de presidiário por parte do pretenso instituidor
do benefício, entendo que as certidões de recolhimento prisional apresentadas pelos demandantes se prestam a fazê-lo. Com efeito, os autores,
tanto por ocasião da propositura da ação (v. evento 02) quanto durante o seu trâmite (v. evento 22), comprovaram que o segurado se encontra
recluso desde 18/10/2017. Além do mais, caso assim não fosse, por expressa disposição legal (v. inciso II, do art. 373, do CPC), caberia ao
INSS o ônus da prova, sob pena de, em não o fazendo, suportar a prestação caso as demais condições sejam preenchidas. Assim, como nos
autos não há qualquer notícia acerca da libertação do encarcerado até a atualidade, entendendo que o mesmo permanece detido, dou por
preenchido o requisito ora em comento.
(2) Quanto à qualidade de segurado do recluso quando de sua prisão, verifico, analisando o seu registro constante no CNIS (v. evento 13), que
seu último vínculo laboral formal que antecedeu o encarceramento teve início em 28/11/2016 e término em 02/04/2017, o que, por força do
disposto no inciso II, e § 4.º, todos do art. 15, da Lei n.º 8.213/91, lhe garantia, na data da reclusão, isto é, em 18/10/2017, a qualidade de
segurado do RGPS.
(3) No que diz respeito ao não recebimento de remuneração de empresa, a não percepção de benefício de auxílio-doença, de aposentadoria ou
de abono de permanência em serviço por parte do segurado, durante a reclusão, analisando-se os registros constantes em seu CNIS, percebo
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 785/1770
que não se beneficia ele com nenhuma de tais prestações.
(4) No que se refere à situação de dependência econômica dos autores relativamente ao segurado recluso, vejo que, por se tratar de relação
entre pai e filhos não emancipados, de qualquer condição, menores de 21 (vinte e um) anos (v. evento 02), definida pela lei como sendo de
primeira classe, prevista no inciso I, do art. 16, da Lei n.º 8.213/91, com redação dada pela Lei n.º 9.032/95, está ela, por expressa
determinação legal, configurada, pois, a teor do disposto no § 4.º, do referido dispositivo, é presumida (ainda que de modo relativo – v. C. STJ,
no julgamento do AgRg nos EDcl no REsp de autos n.º 1.250.619/RS, de relatoria do Ministro Humberto Martins, 2.ª Turma, julgado em
06/12/2012, publicado no DJe de 17/12/2012) a dependência das pessoas que compõem a primeira classe, sendo que a das demais deve ser
comprovada.
(5) Por fim, com relação à caracterização da baixa renda do recluso no momento da prisão, na minha visão, esta circunstância também se
encontra comprovada nos autos. Deveras, até 22/11/2017, data do julgamento do REsp de autos n.º 1.485.417/MS, de relatoria do Ministro
Herman Benjamin, no qual o C. STJ, depois de apreciar o tema n.º 896 dos recursos repetitivos, firmou a tese (de vinculação obrigatória,
registre-se, nos termos do disposto no art. 927, inciso III, do CPC), de que “para a concessão de auxílio-reclusão (art. 80 da Lei 8.213/1991), o
critério de aferição de renda do segurado que não exerce atividade laboral remunerada no momento do recolhimento à prisão é a ausência de
renda, e não o último salário de contribuição” (sic), sempre apliquei meu entendimento de que, para a verificação do preenchimento do
requisito sob análise, se deveria levar em conta o valor do último salário-de-contribuição registrado em favor do preso antes da detenção. Isto
porque os dispositivos de regência deste tipo de benefício previdenciário, o art. 80, caput, da Lei n.º 8.213/91, e o art. 116, caput, do Decreto
n.º 3.048/99, quando combinados, determinam que o auxílio-reclusão será devido, nas mesmas condições da pensão por morte, aos
dependentes do segurado recolhido à prisão que não receber remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio-doença, aposentadoria
ou abono de permanência em serviço, desde que o seu último salário-de-contribuição seja inferior ou igual a R$ 360,00 (trezentos e sessenta
reais), valor este reajustado pelos mesmos índices aplicados aos benefícios do RGPS. Dessa forma, na minha visão, entender o que seja
salário-de-contribuição era condição indispensável para que se pudesse efetivar a aplicação da legislação própria. Nessa esteira, a Lei n.º
8.212/91, em seu art. 28, incisos I a IV, com redações dadas pelas Leis n.os 9.528/97 e 9.876/99, traz o conceito que deve ser adotado:
“entende-se por salário-de-contribuição: I – para o empregado e trabalhador avulso: a remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim
entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer
que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial,
quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços nos termos da lei ou do
contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa; II – para o empregado doméstico: a remuneração
registrada na Carteira de Trabalho e Previdência Social, observadas as normas a serem estabelecidas em regulamento para comprovação do
vínculo empregatício e do valor da remuneração; III – para o contribuinte individual: a remuneração auferida em uma ou mais empresas ou
pelo exercício de sua atividade por conta própria, durante o mês, observado o limite máximo a que se refere o § 5.º; e IV – para o segurado
facultativo: o valor por ele declarado, observado o limite máximo a que se refere o § 5.º” (destaquei). À vista disso, sendo evidente que a
definição de salário-de-contribuição está associada à remuneração percebida pelo segurado, destinada à retribuição do seu trabalho, se não há
o auferir renda em um determinado período, não há, no meu modo de ver, que se falar em salário-de-contribuição correspondente a esse
interregno, tampouco em “salário-de-contribuição zero”. Dessa forma, nas situações em que a prisão do segurado ocorresse em momento
para o qual não existisse salário-de-contribuição registrado, urgia que se levasse em conta o valor correspondente àquele imediatamente
anterior à ocorrência do fato gerador do benefício para efeito de verificação do seu enquadramento na categoria dos de “baixa renda”, a única
eleita pela Constituição da República de 1988, a partir do advento da Emenda Constitucional n.º 20/98, como apta a gerar aos seus
dependentes o direito ao benefício em comento. Nessa linha, regra geral extraída, portanto, era a de que, independentemente da condição
empregatícia do preso na ocasião da reclusão, estando ele empregado ou desempregado, sempre se deveria levar em consideração a sua
última remuneração auferida antes do encarceramento que correspondesse ao valor recebido (ou ao que teria direito a receber) pelo mês
integralmente trabalhado, pois somente se considerando a sua remuneração integral mensal é que se estaria a corretamente utilizar o
parâmetro estabelecido pelo art. 13, da EC n.º 20/98, que disciplina a matéria (“... renda bruta mensal igual ou inferior a R$ 360,00 (trezentos e
sessenta reais)...” – destaquei). Nesse sentido, evidentemente que renda bruta mensal, isto é, salário-de-contribuição integral, não podia ser
confundida com renda bruta horária, diária ou semanal, o mesmo que salário-de-contribuição proporcional. Entretanto, como ainda pouco
esclareci, tendo o C. STJ fixado a tese (à qual, por determinação legal, devo me curvar) acerca do critério a ser utilizado para a aferição da
renda do segurado desempregado no momento de seu encarceramento, de modo a se mostrar irrelevante o valor registrado a título de última
remuneração mensal integral anterior ao encarceramento, é de se considerar que, no caso destes autos, a partir da análise dos dados
constantes no CNIS do segurado, na ocasião de sua prisão, encontrava-se ele desempregado, razão pela qual, estando preenchidos todos os
demais outros requisitos, é devida aos autores a concessão do benefício pleiteado.
Por estas razões, estando, no meu entender, preenchidos todos os requisitos estabelecidos pela legislação de regência do benefício pretendido,
a parcial procedência do pedido é medida que se impõe. Se assim é, sendo o pedido procedente em parte, agiu o INSS, na via administrativa,
com desacerto, ao indeferir a prestação. Anoto, por oportuno, que a prestação deverá ser mantida observando-se os critérios fixados pelo art.
77, § 2.º, inciso II, da Lei n.º 8.213/91, com redação dada pela Lei n.º 13.183/15 (isto é, para o filho, o benefício deverá ser mantido até que
complete vinte e um anos de idade, salvo se for inválido ou tiver deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave).
Posto isto, resolvendo o mérito do processo, julgo parcialmente procedente o pedido (v. art. 487, inciso I, do CPC). Condeno o INSS a
conceder aos autores o benefício de auxílio-reclusão, com data de início (DIB) em 10/09/2018 (DER), e data de início do pagamento (DIP) em
1.º/03/2019. As parcelas em atraso, apuradas entre a DIB e a DIP, serão devidamente corrigidas pelos critérios aplicáveis às ações
previdenciárias e, ainda, ficarão sujeitas a juros de mora desde a citação, nos termos do disposto no art. 1.º – F, da Lei n.º 9.494/97, num e
noutro caso, observadas as teses firmadas pelo E. STF no julgamento do tema 810 da repercussão geral (RE repetitivo representativo de
controvérsia de autos n.º 870.947/SE). Com o trânsito em julgado, remetam-se os autos à contadoria do juízo, para que efetue os cálculos,
intimando-se as partes para manifestação, no prazo de 10 (dez) dias. Não havendo insurgência contra a conta, ou estando eventual discussão
superada, oficie-se ao INSS para implantação da prestação, no prazo de 30 (trinta) dias, e requisite-se o pagamento dos atrasados. Concedo
aos autores os benefícios da gratuidade da Justiça. Consigno que o acesso ao Juizado Especial Federal independe, em primeiro grau, do
pagamento de custas, taxas ou despesas (v. art. 54, caput, da Lei n.º 9.099/95). Nos termos do art. 55, caput, da Lei n.º 9.099/95, não há
condenação em honorários advocatícios. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Cumpra-se.
SENTENÇA EM EMBARGOS - 3
0001029-09.2018.4.03.6314 - 1ª VARA GABINETE - SENTENÇA EM EMBARGOS Nr. 2019/6314002209
AUTOR: OSMAR PEREIRA (SP152848 - RONALDO ARDENGHE)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP239163 - LUIS ANTONIO STRADIOTI)
Vistos, etc.
Trata-se de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, opostos pela parte autora contra a sentença proferida em 18/03/2019 (item 19 dos autos
eletrônicos).
Aduz, em síntese, que há contradição/ omissão/ obscuridade na sentença, vez que “... com todo o acato e respeito a Vossa Excelência, é de se
constatar que houve obscuridade/contradição/omissão/dúvida, na R. Sentença, conforme acima mencionado, pois não houve a menção e
aplicação na R. Sentença acerca do Memorando-Circular-Conjunto nº 21 /DIRBEN /PFEINSS de 15/04/2010. Diante do exposto, aguarda a
requerente que seja acolhido os Embargos aqui propostos, nos termos acima requeridos, e não seja declarada a decadência do pedido
revisional aqui pleiteado no benefício do autor, concedendo a revisão previdenciária nos termos contidos no pedido inicial.”.
Fundamento e Decido.
Inicialmente, anoto que os embargos são tempestivos, razão pela qual passo a apreciá-los.
Vejo pelo seu teor que, inconformado(a) com a decisão, o(a) embargante busca, na verdade, somente discutir a sua justiça, não sendo
apropriado o meio processual empregado para o questionamento pretendido.
Somente há de se falar em alteração do decidido na sentença quando houver o juiz de corrigir, de ofício ou a requerimento da parte,
inexatidões materiais, ou retificações de erro de cálculo, ou quando opostos embargos de declaração (art. 494, incisos I e II, do CPC). Estes,
por sua vez, demandam a existência, na sentença, de obscuridade, contradição, omissão ou erro material (art. 1.022, incisos I, II e III do
CPC). Têm por finalidade aclarar ou completar a decisão embargada, não possuindo caráter substitutivo, mas sim integrativo, implicando,
assim, a manifesta impossibilidade de admiti-los, salvo excepcionalmente, com caráter infringente.
No caso concreto, inexiste omissão, contradição e/ou obscuridade, pois a sentença atacada consignou expressamente que:
“De acordo com a prova dos autos, INSS levou a efeito a revisão denominada “Revisão do Artigo 29” sobre os benefícios por incapacidade
concedidos pelo RGPS ao autor, e, posteriormente, verificou-se que por haver sido o benefício originário (NB 123.169.622-0 – DIB/DIP
15/01/2002) concedido em período anterior a 17 de abril de 2002, a pretensão não se inseriria no acordo firmado no âmbito da ACP n.º
0002320-59.2012.4.03.6183/SP, já que decadente o benefício originário para fins do objeto da mencionada revisão. Logo, inviável a revisão da
aposentadoria por invalidez.”.
Em complemento, ainda sobre o assunto, confira-se o seguinte precedente do Tribunal Regional da 3º Região:
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 787/1770
”AGRAVO INTERNO. PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE BENEFÍCIO. ATO DE CONCESSÃO. INTERRUPÇÃO DO PRAZO DE
PRESCRIÇÃO. DECADÊNCIA. OCORRÊNCIA.
I- O C. Supremo Tribunal Federal, ao analisar a Repercussão Geral no Recurso Extraordinário nº 626.489, firmou entendimento no sentido de
que o prazo decadencial de dez anos, instituído pela Medida Provisória nº 1.523, de 28/6/97, incide, inclusive, sobre benefícios concedidos
anteriormente à referida MP.
II- No presente caso, os benefícios da parte autora foram concedidos em 13/4/01 e 7/2/02, sendo que a presente ação foi ajuizada somente em
25/7/14, devendo ser reconhecida a ocorrência da decadência.
III- Outrossim, não merece prosperar a alegação de que o prazo decadencial iniciou-se apenas com a edição do Memorando-Circular
Conjunto nº 21/DIRBEN/PFE/INSS de 2010, nos termos do disposto no art. 202, inc. VI, do Código Civil. Isso porque o referido art. 202
constitui causa interruptiva da prescrição e não da decadência, sendo que o próprio Memorando-Circular confere o direito à revisão dos
benefícios, desde que não tenha transcorrido o prazo decadencial.
IV- Agravo improvido.” (8ª Turma, Ap - APELAÇÃO CÍVEL - 2194931/SP 0033411-29.2016.4.03.9999, Rel. Des. Fed. Newton de Lucca,
j. 26/11/2018, e-DJF3 Judicial 1 DATA:10/12/2018) (Grifo nosso).
Assim, o que pretende a embargante, em verdade, é tão-somente a reforma da sentença, sem que haja necessidade de aclará-la, o que é
inviável em sede de embargos de declaração.
Dispositivo.
Ante o exposto, conheço dos presentes embargos de declaração e, no mérito, rejeito-os, nos termos da fundamentação supra, mantendo a
sentença proferida inalterada.
Intimem-se
DESPACHO JEF - 5
0001420-61.2018.4.03.6314 - 1ª VARA GABINETE - DESPACHO JEF Nr. 2019/6314002211
AUTOR: RUTE BATISTA MACEDO (SP329345 - GLAUCIA CANIATO)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP239163 - LUIS ANTONIO STRADIOTI)
Vistos.
Trata-se de ação em que a autora pleiteia a concessão do benefício de pensão por morte, na qualidade de companheira do Sr. Luís Antônio
Francisco Demiciano, falecido em 19/07/2017.
Em consulta ao sistema PLENUS-DATAPREV, que ora determino a juntada, vejo que Isabela Esia Macedo Demiciano recebe o benefício de
pensão por morte, desde 19/07/2017, na qualidade de filha, tendo como segurado instituidor o Sr. Luís Antônio Francisco Demiciano (NB
21/182.606.211-1).
Assim, considerando que, eventual procedência do pedido veiculado na inicial ensejará o rateio do benefício, fato que atingirá o direito de
Isabela Esia Macedo Demiciano, entendo que há pressuposto para que, no caso, a filha do segurado instituidor passe a figurar como
litisconsorte passivo necessário, razão pela qual, intime-se a autora, para que, em dez dias, adite a inicial, para inclusão no polo passivo da
presente ação de Isabela Esia Macedo Demiciano, bem como requeira sua citação.
Dessa forma, cancelo a audiência agendada para o dia 28/03/2019 às 14h00min, e determino à Secretaria do Juízo, que após a emenda da
inicial e citação da corré, providencie o agendamento para realização de audiência em data futura. Intimem-se.
Tendo em vista que a autora, por meio da petição anexada em 07/03/2019, apontou pedidos de esclarecimentos (anexo 17), determino que se
intime o perito judicial, Dr. Roberto Jorge, subscritor do referido laudo, para, no prazo de 15 (quinze) dias, apresentá-los.
Após, intimem-se as partes para, no prazo comum de 10 (dez) dias, querendo, apresentarem manifestação acerca do relatório médico de
esclarecimentos.
Intimem-se.
Vistos.
Ficam intimadas as partes da designação da(s) perícia(s) médica(s) para o(s) dia(s) 07/06/2019, às 12:00 horas, que será(ão) realizada(s) na
sede deste Juízo.
Ressalvo que a especialização médica constante do cadastro no sistema não restringe ou vincula a atuação do perito médico no exame
pericial.
Faculto às partes, a apresentação de quesitos e indicação de assistente técnico, no prazo legal.
A parte autora deverá comparecer no dia designado munida de seus documentos pessoais (foto atual), bem como deverá anexar ao presente
feito, com antecedência, todos os exames, atestados, ou ainda, quaisquer outros documentos referentes ao seu estado de saúde, que venham
subsidiar o trabalho pericial, inclusive, carteira de trabalho (CTPS).
Ainda, em virtude da natureza do pedido constante do presente feito, determino que o(s) laudo(s) pericial(is) eventualmente já anexado(s) ao
processo, ou que venha(m) a ser, fique(m) sujeito(s) ao procedimento de Segredo de Justiça de documentos, restringindo-se o seu acesso
apenas às partes e seus respectivos procuradores constituídos.
Intimem-se.
Vistos.
Ficam intimadas as partes da designação da(s) perícia(s) médica(s) para o(s) dia(s) 10/06/2019, às 09:20 horas, que será(ão) realizada(s) na
sede deste Juízo.
Ressalvo que a especialização médica constante do cadastro no sistema não restringe ou vincula a atuação do perito médico no exame
pericial.
Faculto às partes, a apresentação de quesitos e indicação de assistente técnico, no prazo legal.
A parte autora deverá comparecer no dia designado munida de seus documentos pessoais (foto atual), bem como deverá anexar ao presente
feito, com antecedência, todos os exames, atestados, ou ainda, quaisquer outros documentos referentes ao seu estado de saúde, que venham
subsidiar o trabalho pericial, inclusive, carteira de trabalho (CTPS).
Ainda, em virtude da natureza do pedido constante do presente feito, determino que o(s) laudo(s) pericial(is) eventualmente já anexado(s) ao
processo, ou que venha(m) a ser, fique(m) sujeito(s) ao procedimento de Segredo de Justiça de documentos, restringindo-se o seu acesso
apenas às partes e seus respectivos procuradores constituídos.
Intimem-se.
Ficam intimadas as partes da designação da(s) perícia(s) médica(s) para o(s) dia(s) 10/06/2019, às 11:00 horas, que será(ão) realizada(s) na
sede deste Juízo.
Ressalvo que a especialização médica constante do cadastro no sistema não restringe ou vincula a atuação do perito médico no exame
pericial.
Faculto às partes, a apresentação de quesitos e indicação de assistente técnico, no prazo legal.
A parte autora deverá comparecer no dia designado munida de seus documentos pessoais (foto atual), bem como deverá anexar ao presente
feito, com antecedência, todos os exames, atestados, ou ainda, quaisquer outros documentos referentes ao seu estado de saúde, que venham
subsidiar o trabalho pericial, inclusive, carteira de trabalho (CTPS).
Ainda, em virtude da natureza do pedido constante do presente feito, determino que o(s) laudo(s) pericial(is) eventualmente já anexado(s) ao
processo, ou que venha(m) a ser, fique(m) sujeito(s) ao procedimento de Segredo de Justiça de documentos, restringindo-se o seu acesso
apenas às partes e seus respectivos procuradores constituídos.
Intimem-se.
DECISÃO JEF - 7
0000995-34.2018.4.03.6314 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6314002223
AUTOR: NATASHA THAYENI DA CRUZ (SP190192 - EMERSOM GONÇALVES BUENO)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP239163 - LUIS ANTONIO STRADIOTI)
Vistos.
Trata-se de pedido do autor de realização de nova perícia, na especialidade de neurologia, tendo em vista que a parte autora é portadora de
esclerose múltipla. No entanto, embora o Dr. Roberto Jorge seja especialista em ortopedia, o referido perito é apto a realizar perícias de
maneira geral, independentemente da sua área de especialidade. Ademais, vejo que no laudo elaborado e anexado aos autos eletrônicos, o
perito respondeu, de forma satisfatória, aos quesitos que lhe foram apresentados.
Ante ao exposto, indefiro o pedido de realização de nova perícia. Intimem-se.
0000354-12.2019.4.03.6314 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6314002048AUREA LOPES DA SILVA CAMPOS
(SP329345 - GLAUCIA CANIATO)
procuração de analfabetoNos termos da Portaria nº 05/2012, publicada no D.O.E em 09/03/2012, fica intimada a parte autora do feito acima
identificado para que anexe aos autosprocuração recente com a identificação das testemunhas, visto que é de pessoa analfabeta. Fica
consignado que: 1) Era dever da parte já na interposição da ação apresentar toda a documentação obrigatória e 2) o descumprimento
injustificado ensejará a extinção do feito. Prazo: 15 (quinze) dias.
EXPEDIENTE Nº 2019/6315000079
(I) reconheça e averbe a atividade especial exercida nos períodos de 11/01/1982 a 01/08/1984 e de 01/07/1989 a 28/11/1995;
(II) implante o benefício de aposentadoria por tempo de contribuição proporcional, efetuando-se o pagamento das prestações vencidas, desde
a data de entrada do requerimento (13/02/2015) até a data de início do pagamento administrativo, mediante a quitação de RPV/precatório.
Sobre a condenação nas prestações vencidas, a ser calculada após o trânsito em julgado da presente sentença observando-se a prescrição
quinquenal (art. 103, parágrafo único, da Lei 8.213/91) e eventual renúncia da parte autora aos valores que exorbitarem o limite de alçada na
data do ajuizamento da ação (art. 3º da Lei 10.259/01), incidirão correção monetária e juros de mora até o efetivo pagamento, nos termos do
Manual de Cálculos da Justiça Federal (Resolução CJF 267/13 ou norma posterior, vigente à época da fase executiva).
Deixo de condenar a autarquia ré ao pagamento das despesas processuais e de honorários advocatícios, com fundamento no art. 55 da Lei nº
9.099/1995.
À Secretaria Única: certificado o trânsito em julgado da presente sentença e demonstrado o cumprimento da(s) obrigação(ões) fixada(s),
arquivem-se os autos, com baixa na distribuição.
(II) efetuar o pagamento das prestações vencidas, em decorrência da implantação da renda mensal revisada, já deduzidas as quantias pagas
administrativamente, mediante a quitação de RPV/precatório.
Sobre a condenação nas prestações vencidas, a ser calculada após o trânsito em julgado da presente sentença observando-se a prescrição
quinquenal (art. 103, parágrafo único, da Lei 8.213/91) e eventual renúncia da parte autora aos valores que exorbitarem o limite de alçada na
data do ajuizamento da ação (art. 3º da Lei 10.259/01), incidirão correção monetária e juros de mora até o efetivo pagamento, nos termos do
Manual de Cálculos da Justiça Federal (Resolução CJF 267/13 ou norma posterior, vigente à época da fase executiva).
Deixo de condenar a autarquia ré ao pagamento das despesas processuais e de honorários advocatícios, com fundamento no art. 55 da Lei nº
9.099/1995.
À Secretaria Única: certificado o trânsito em julgado da presente sentença e demonstrado o cumprimento da(s) obrigação(ões) fixada(s),
arquivem-se os autos, com baixa na distribuição.
(I) reconhecer e averbar a atividade especial exercida nos períodos de 19/11/2003 a 03/05/2004, 23/01/2006 a 31/12/2007, 27/04/2010 e
05/09/2010 e de 27/11/2010 a 18/12/2014 (excluídos os períodos em gozo de auxílio-doença não acidentário);
(II) efetuar o pagamento das prestações vencidas, em decorrência da implantação da renda mensal revisada, já deduzidas as parcelas pagas
administrativamente, mediante a quitação de RPV/precatório.
A contagem do tempo de contribuição e o cálculo da renda mensal (inicial e atual) revisada deverão ser efetuados pelo INSS.
Sobre a condenação nas prestações vencidas, a ser calculada após o trânsito em julgado da presente sentença observando-se a prescrição
quinquenal (art. 103, parágrafo único, da Lei 8.213/91) e eventual renúncia da parte autora aos valores que exorbitarem o limite de alçada na
data do ajuizamento da ação (art. 3º da Lei 10.259/01), incidirão correção monetária e juros de mora até o efetivo pagamento, nos termos do
Manual de Cálculos da Justiça Federal (Resolução CJF 267/13 ou norma posterior, vigente à época da fase executiva).
Deixo de condenar a autarquia ré ao pagamento das despesas processuais e de honorários advocatícios, com fundamento no art. 55 da Lei nº
9.099/1995.
À Secretaria Única: certificado o trânsito em julgado da presente sentença e demonstrado o cumprimento da(s) obrigação(ões) fixada(s),
arquivem-se os autos, com baixa na distribuição.
Deixo de condenar a autarquia ré ao pagamento das despesas processuais e de honorários advocatícios, com fundamento no art. 55 da Lei nº
9.099/1995.
À Secretaria Única: certificado o trânsito em julgado da presente sentença, expeça-se ofício ao INSS, requisitando o cumprimento da
obrigação de fazer no prazo de 30 dias (art. 16 da Lei 10.259/01).
Ante o exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE A PRETENSÃO formulada por JOSÉ VIEIRA CAMPOS e, com isso, resolvo
o mérito da causa, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil, para determinar ao INSS que:
(II) implante o benefício de aposentadoria por tempo de contribuição, efetuando-se o pagamento das prestações vencidas, desde a data de
entrada do requerimento (09/01/2015) até a data de início do pagamento administrativo, mediante a quitação de RPV/precatório.
Sobre a condenação nas prestações vencidas, a ser calculada após o trânsito em julgado da presente sentença observando-se a prescrição
quinquenal (art. 103, parágrafo único, da Lei 8.213/91) e eventual renúncia da parte autora aos valores que exorbitarem o limite de alçada na
data do ajuizamento da ação (art. 3º da Lei 10.259/01), incidirão correção monetária e juros de mora até o efetivo pagamento, nos termos do
Manual de Cálculos da Justiça Federal (Resolução CJF 267/13 ou norma posterior, vigente à época da fase executiva).
Deixo de condenar a autarquia ré ao pagamento das despesas processuais e de honorários advocatícios, com fundamento no art. 55 da Lei nº
9.099/1995.
À Secretaria Única: certificado o trânsito em julgado da presente sentença e demonstrado o cumprimento da(s) obrigação(ões) fixada(s),
arquivem-se os autos, com baixa na distribuição.
(II) caso o tempo de contribuição apurado atinja o exigido pela legislação vigente à época da DIB, converter o benefício implantado em
aposentadoria especial, e;
(III) efetuar o pagamento das prestações vencidas, em decorrência da implantação da renda mensal revisada, já deduzidas as parcelas pagas
administrativamente, mediante a quitação de RPV/precatório.
A contagem do tempo de contribuição e o cálculo da renda mensal (inicial e atual) revisada deverão ser efetuados pelo INSS.
Sobre a condenação nas prestações vencidas, a ser calculada após o trânsito em julgado da presente sentença observando-se a prescrição
quinquenal (art. 103, parágrafo único, da Lei 8.213/91) e eventual renúncia da parte autora aos valores que exorbitarem o limite de alçada na
data do ajuizamento da ação (art. 3º da Lei 10.259/01), incidirão correção monetária e juros de mora até o efetivo pagamento, nos termos do
Manual de Cálculos da Justiça Federal (Resolução CJF 267/13 ou norma posterior, vigente à época da fase executiva).
À Secretaria Única: certificado o trânsito em julgado da presente sentença e demonstrado o cumprimento da(s) obrigação(ões) fixada(s),
arquivem-se os autos, com baixa na distribuição.
(I) JULGO EXTINTO O PROCESSO, sem resolução do mérito, quanto ao pedido de reconhecimento da especialidade do período laborado
de 01/11/1992 a 05/03/1997, nos termos do art. 485, VI, do Código de Processo Civil, e;
(II) JULGO PROCEDENTE A PRETENSÃO formulada por MARIA DA PIEDADE SIMOES e, com isso, resolvo o mérito da causa, nos
termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil, para condenar o INSS a: (a) reconhecer a especialidade da atividade exercida no período
de 06/03/1997 a 30/11/2012; (b) implantar o benefício de aposentadoria por tempo de contribuição, efetuando-se o pagamento das prestações
vencidas, desde a data de entrada do requerimento (27/03/2015) até a data de início do pagamento administrativo (01/03/2019), mediante a
quitação de RPV/precatório.
A renda mensal inicial e a renda mensal atual deverão ser calculadas pelo INSS.
Sobre a condenação nas prestações vencidas, a ser calculada após o trânsito em julgado da presente sentença observando-se a prescrição
quinquenal (art. 103, parágrafo único, da Lei 8.213/91) e eventual renúncia da parte autora aos valores que exorbitarem o limite de alçada na
data do ajuizamento da ação (art. 3º da Lei 10.259/01), incidirão correção monetária e juros de mora até o efetivo pagamento, nos termos do
Manual de Cálculos da Justiça Federal (Resolução CJF 267/13 ou norma posterior, vigente à época da fase executiva).
ANTECIPO OS EFEITOS DA TUTELA ora concedida, à exceção do pagamento das prestações vencidas, determinando ao INSS o
cumprimento da presente sentença no prazo de 30 dias, sob pena de multa de R$ 1.000,00 para cada dia em que houver o descumprimento.
Deixo de condenar a autarquia ré ao pagamento das despesas processuais e de honorários advocatícios, com fundamento no art. 55 da Lei nº
9.099/1995.
À Secretaria Única: (a) expeça-se ofício ao INSS, comunicando-lhe o teor da presente sentença para fins de cumprimento do que deferido em
sede de tutela de urgência e posterior comprovação nos autos; (b) certificado o trânsito em julgado da presente sentença, encaminhem-se os
autos à Contadoria Judicial para elaboração dos cálculos de liquidação.
(I) reconhecer a especialidade da atividade exercida nos períodos de 02/08/1984 a 27/07/1989 e de 14/11/1989 a 03/12/1997;
(II) implantar o benefício de aposentadoria por tempo de contribuição, efetuando-se o pagamento das prestações vencidas, desde a data de
entrada do requerimento (13/04/2015) até a data de início do pagamento administrativo, mediante a quitação de RPV/precatório.
A renda mensal inicial e a renda mensal atual deverão ser calculadas pelo INSS.
Sobre a condenação nas prestações vencidas, a ser calculada após o trânsito em julgado da presente sentença observando-se a prescrição
quinquenal (art. 103, parágrafo único, da Lei 8.213/91) e eventual renúncia da parte autora aos valores que exorbitarem o limite de alçada na
data do ajuizamento da ação (art. 3º da Lei 10.259/01), incidirão correção monetária e juros de mora até o efetivo pagamento, nos termos do
Manual de Cálculos da Justiça Federal (Resolução CJF 267/13 ou norma posterior, vigente à época da fase executiva).
Deixo de condenar a autarquia ré ao pagamento das despesas processuais e de honorários advocatícios, com fundamento no art. 55 da Lei nº
9.099/1995.
À Secretaria Única: certificado o trânsito em julgado da presente sentença e demonstrado o cumprimento da(s) obrigação(ões) fixada(s),
arquivem-se os autos, com baixa na distribuição.
Não havendo prova de má-fé da parte autora em sua conduta processual, deixo de condená-la ao pagamento das despesas processuais e de
honorários advocatícios, com fundamento no art. 55 da Lei nº 9.099/1995.
À Secretaria Única: (a) cancele-se eventual perícia ou audiência designada nos autos e recolha-se eventual carta precatória expedida; (b)
certificado o trânsito em julgado da presente sentença, arquivem-se os autos, com baixa na distribuição.
Não havendo prova de má-fé da parte autora em sua conduta processual, deixo de condená-la ao pagamento das despesas processuais e de
honorários advocatícios, com fundamento no art. 55 da Lei nº 9.099/1995.
À Secretaria Única: (a) cancele-se a audiência designada nos autos; (b) certificado o trânsito em julgado da presente sentença, arquivem-se
os autos, com baixa na distribuição.
Não havendo prova de má-fé da parte autora em sua conduta processual, deixo de condená-la ao pagamento das despesas processuais e de
honorários advocatícios, com fundamento no art. 55 da Lei nº 9.099/1995.
À Secretaria Única: (a) cancele-se eventual perícia designada nos autos e recolha-se eventual carta precatória expedida; (b) certificado o
trânsito em julgado da presente sentença, arquivem-se os autos, com baixa na distribuição.
Não havendo prova de má-fé da parte autora em sua conduta processual, deixo de condená-la ao pagamento das despesas processuais e de
honorários advocatícios, com fundamento no art. 55 da Lei nº 9.099/1995.
À Secretaria Única: (a) retifique-se o polo passivo da demanda; (b) cancele-se eventual perícia ou audiência designada nos autos e recolha-se
eventual carta precatória expedida; (c) certificado o trânsito em julgado da presente sentença, arquivem-se os autos, com baixa na
distribuição.
Não havendo prova de má-fé da parte autora em sua conduta processual, deixo de condená-la ao pagamento das despesas processuais e de
honorários advocatícios, com fundamento no art. 55 da Lei nº 9.099/1995.
À Secretaria Única: (a) cancele-se eventual perícia ou audiência designada nos autos e recolha-se eventual carta precatória expedida; (b)
certificado o trânsito em julgado da presente sentença, arquivem-se os autos, com baixa na distribuição.
DESPACHO JEF - 5
0000072-05.2018.4.03.6315 - 1ª VARA GABINETE - DESPACHO JEF Nr. 2019/6315012426
AUTOR: IRIS MOREIRA DA SILVA (SP327058 - CHRISTIAN JORGE MARTINS, SP336130 - THIAGO GUERRA ALVES DE
LIMA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - VITOR JAQUES MENDES)
1. Intime-se a parte autora para, no prazo de 30 dias, sob pena de extinção, anexar aos autos cópia da(s) sua(s) CTPS(s).
2. Com a juntada, dê-se vista à parte contrária, pelo prazo de 15 dias, e, após, proceda-se à conclusão dos autos para sentença.
Intime-se.
Data da perícia: 07/05/2019, às 11:00 horas, a ser realizada pelo(a) perito(a) JULIANA MARTINS COELHO, na especialidade de
NEUROLOGIA.
Data da perícia: 07/08/2019, às 13:30 horas, a ser realizada pelo(a) perito(a) FREDERICO GUIMARÃES BRANDÃO, na especialidade de
CLÍNICA GERAL.
A perícia será realizada na sede deste juízo, situada na Avenida Antônio Carlos Comitre, 295, Parque Campolim, Sorocaba/SP.
Intimem-se.
Considerando a impossibilidade de comparecimento do(a) perito(a) na data fixada nos autos, redesigno a perícia médica, conforme a seguir:
Data da perícia: 30/05/2019, às 09:30 horas, a ser realizada pelo(a) perito(a) LUIS FERNANDO HOFFMANN MIRANDA, na especialidade
de ORTOPEDIA.
Data da perícia: 07/08/2019, às 14:00 horas, a ser realizada pelo(a) perito(a) FREDERICO GUIMARÃES BRANDÃO, na especialidade de
CLÍNICA GERAL.
A perícia será realizada na sede deste juízo, situada na Avenida Antônio Carlos Comitre, 295, Parque Campolim, Sorocaba/SP.
Ressalte-se, por fim, que o não comparecimento da parte autora à perícia médica acarretará a extinção do processo.
Intimem-se.
2. Com a juntada, dê-se vista à parte contrária, pelo prazo de 15 dias, e, após, proceda-se à conclusão dos autos para sentença.
Intime-se.
Data da perícia: 07/08/2019, às 15:30 horas, a ser realizada pelo(a) perito(a) FREDERICO GUIMARÃES BRANDÃO, na especialidade de
CLÍNICA GERAL.
A perícia será realizada na sede deste juízo, situada na Avenida Antônio Carlos Comitre, 295, Parque Campolim, Sorocaba/SP.
Ressalte-se, por fim, que o não comparecimento da parte autora à perícia médica acarretará a extinção do processo.
Intimem-se.
DECISÃO JEF - 7
5005810-19.2018.4.03.6110 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6315012479
AUTOR: BENEDITO DOMINGOS (SP225270 - FABÍOLA DE ARAUJO PELEGRINI ROSA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - VITOR JAQUES MENDES)
Trata-se de ação proposta por Benedito Domingos em face do Instituto Nacional do Seguro Social, na qual se pleiteia a concessão de
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 800/1770
aposentadoria por tempo de contribuição.
Compulsando a petição inicial, verifico que a parte autora reside em Jandira/SP. Considerando que o referido município está inserido na
circunscrição do Juizado Especial Federal Cível de Barueri/SP, devem os autos ser remetidos àquele juízo, nos termos do art. 109, § 2º, da
Constituição da República c/c art. 51, parágrafo único, do Código de Processo Civil (STF, RE 627.709/DF, Plenário, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, DJe 30/10/2014).
Nesse ponto, cabe salientar que o art. 3º, § 3º, da Lei nº 10.259/2001 dispõe que, "no foro onde estiver instalada Vara do Juizado Especial, a
sua competência é absoluta", consistindo a incompetência territorial, no microssistema dos Juizados Especiais, em causa de extinção do
processo, sem resolução do mérito (art. 51, III, da Lei 9.099/95). Por tais razões, o declínio da competência, em casos como o presente, pode
se dar de ofício (art. 64, § 1º, do CPC).
Ante o exposto, DECLARO A INCOMPETÊNCIA deste juízo para processar e julgar o feito e determino a remessa de cópia integral dos
autos, por meio eletrônico, ao Juizado Especial Federal Cível de Barueri/SP, nos termos do art. 64, § 3º, do Código de Processo Civil.
À Secretaria Única: remetida cópia do feito ao juízo declinado, arquivem-se os autos, com baixa na distribuição.
Intime-se. Cumpra-se.
2. Estando em termos a documentação apresentada nos autos, DEFIRO o destacamento dos honorários nos termos do art. 22, §4º, da Lei nº
8.906/94, no percentual constante do Contrado de Honorários apresentado nos autos, em favor da pessoa beneficiária.
Saliento que o ofício para pagamento dos honorários advocatícios se dará na mesma modalidade da requisição a ser expedida em favor da
parte autora e que eventual verba sucumbencial será calculada por ocasião da expedição da requisição de pagamento.
3. INDEFIRO a expedição de requisição em apartado em relação ao destaque contratual, uma vez que o Comunicado UFEP 02/2018 refere-
se tão somente aos casos de requisição por meio de precatório.
Saliento que o Comunicado UFEP 03/2018, mencionado na petição da parte autora, se refere às requisições expedidas, e, por não terem sido
levantadas pela parte autora em momento oportuno, os valores foram estornados e as requisições canceladas. Não sendo o caso dos autos, em
que a requisição de pagamento ainda será feita.
4. Os dados para preenchimento do ofício requisitório decorrem diretamente do sistema processual informatizado, estando vinculados ao CPF
do beneficiário e ao número do processo.
Devido ao processamento técnico, a requisição poderá ser conferida após o envio dos dados ao Egrégio Tribunal Regional Federal, cabendo ao
interessado acompanhar a diligência nos autos.
Intimem-se.
Petição de 14/12/2018: Considerando que, conforme a pesquisa que instruiu os cálculos do INSS [documento 50, página 08], o autor recebeu
valores na via administrativa no exercício 11/2018, referente ao período de 01/07/2018 a 31/10/2018, tal montante deve ser descontado dos
cálculos de liquidação no período abrangido pela liquidação (01/07/2018 a 31/08/2018).
Ante o exposto, ACOLHO a impugnação oferecida pelo INSS, homologando os cálculos por ele apresentados nos autos.
Requisite-se o pagamento, conforme os cálculos homologados.
Intimem-se. Cumpra-se.
Após o prazo de 05 (cinco) dias da intimação, deverá o interessado comparecer perante a agência da CEF, na sede deste Juizado, para
efetuar o levantamento dos valores no prazo de até 90 (noventa) dias após a entrega desta decisão-mandado.
2. Retifique-se a autuação, a fim de que conste(m) do polo ativo os habilitados (item 1).
3. Ciência à União, pelo prazo de 15 (quinze) dias, dos cálculos de liquidação apresentados pela parte autora, estando ciente de que eventual
impugnação deverá ser específica, fundamentada e acompanhada de planilha de cálculo.
Decorrido o prazo, requisite-se o pagamento em partes iguais para cada herdeiro.
Intimem-se. Cumpra-se.
ATO ORDINATÓRIO - 29
APLICA-SE AOS PROCESSOS ABAIXO O SEGUINTE DISPOSITIVO:
Ficam as partes intimadas acerca do laudo contábil/cálculos de liquidação ou sua retificação, estando cientes de que eventual
impugnação deverá ser específica e acompanhada de planilha de cálculo.Prazo: 15 dias.Fundamento: Portaria nº 61/2018, da
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 802/1770
Presidência do Juizado Especial Federal Cível de Sorocaba/SP, disponibilizada no DJE/Administrativo em 17/12/2018.
0003652-43.2018.4.03.6315 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6315008764
AUTOR: RONALDO JOSE DOS SANTOS (SP075739 - CLAUDIO JESUS DE ALMEIDA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - VITOR JAQUES MENDES)
0006708-84.2018.4.03.6315 - 2ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6315008781
AUTOR: ANDREIA ANDRADE DA SILVA SOUZA (SP401917 - JULIANA HARTLEBEN PASSARO CUSTODIO)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - VITOR JAQUES MENDES)
0003701-84.2018.4.03.6315 - 2ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6315008766
AUTOR: THALIS MARIO KLEIN FURLIN (SP133934 - LIDIA MARIA DE LARA FAVERO)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - VITOR JAQUES MENDES)
0005303-13.2018.4.03.6315 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6315008776
AUTOR: ROGERIO DE ALMEIDA (SP417712 - DANIELE FERNANDA MOREIRA DE ARRUDA PEREIRA, SP417733 - FABIO
HENRIQUE PEREIRA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - VITOR JAQUES MENDES)
0004519-36.2018.4.03.6315 - 2ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6315008770
AUTOR: LINDALVA MARIA DE OLIVEIRA (SP147129 - MARCELO ALEXANDRE MENDES OLIVEIRA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - VITOR JAQUES MENDES)
0003780-63.2018.4.03.6315 - 2ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6315008768
AUTOR: ROSANGELA APARECIDA DE OLIVEIRA FERREIRA DA SILVA (SP117326 - ROSEMARY OSLANSKI MONTEIRO
AICHELE)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - VITOR JAQUES MENDES)
0004769-69.2018.4.03.6315 - 2ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6315008771
AUTOR: ROSIMEIRE DOMINGUES DO PRADO (SP115632 - CLAUDIA BERNADETE MOREIRA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - VITOR JAQUES MENDES)
0006024-62.2018.4.03.6315 - 2ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6315008777
AUTOR: RODRIGO BERNARDO GARCIA (SP401917 - JULIANA HARTLEBEN PASSARO CUSTODIO)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - VITOR JAQUES MENDES)
0006185-72.2018.4.03.6315 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6315008778
AUTOR: VALDECIR GIRARDELI (SP401917 - JULIANA HARTLEBEN PASSARO CUSTODIO)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - VITOR JAQUES MENDES)
0004098-46.2018.4.03.6315 - 2ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6315008769
AUTOR: ADRIANO BATISTA DE OLIVEIRA (SP077176 - SEBASTIAO CARLOS FERREIRA DUARTE)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - VITOR JAQUES MENDES)
0006685-41.2018.4.03.6315 - 2ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6315008780
AUTOR: JANIRA NOGUEIRA SILVA (SP272802 - ADILSON UBIRAJARA ARRUDA GIANOTTI FILHO)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - VITOR JAQUES MENDES)
0003448-96.2018.4.03.6315 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6315008763
AUTOR: RENATO OLIVEIRA SANTOS (SP401917 - JULIANA HARTLEBEN PASSARO CUSTODIO)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - VITOR JAQUES MENDES)
0003726-97.2018.4.03.6315 - 2ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6315008767
AUTOR: LUIZ DA SILVA RODRIGUES JUNIOR (SP246987 - EDUARDO ALAMINO SILVA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - VITOR JAQUES MENDES)
0004903-96.2018.4.03.6315 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6315008772
AUTOR: TEREZINHA ROSA DE JESUS ESPERANCA (SP077176 - SEBASTIAO CARLOS FERREIRA DUARTE)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - VITOR JAQUES MENDES)
FIM.
APLICA-SE AOS PROCESSOS ABAIXO O SEGUINTE DISPOSITIVO:
Ficam as partes intimadas da perícia médica designada, cuja data poderá ser consultada na página inicial dos autos eletrônicos. A
perícia será realizada em consultório oftalmológico localizado na Rua Duque de Caxias, 124 , sala 54, 5º andar, Vila Ferreira
Leão, Sorocaba/SP.Fundamento: Portaria nº 61/2018, da Presidência do Juizado Especial Federal Cível de Sorocaba/SP,
disponibilizada no DJE/Administrativo em 17/12/2018.
0000858-15.2019.4.03.6315 - 2ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6315008801
DEPRECANTE: JUIZ FEDERAL DA 1A VARA-GABINETE DO JEF DE ITAPEVA - SAO PAULO JAIR DE OLIVEIRA (SP155088
- GEOVANE DOS SANTOS FURTADO)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - VITOR JAQUES MENDES) JUIZADO ESPECIAL
FEDERAL CÍVEL DE SOROCABA
TERMOS REGISTRADOS PELOS JUÍZES DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CÍVEL ADJUNTO ANDRADINA
EXPEDIENTE Nº 2019/6316000068
DESPACHO JEF - 5
APLICA-SE AOS PROCESSOS ABAIXO O SEGUINTE DISPOSITIVO:
Ciência às partes acerca do retorno dos autos da Turma Recursal. A parte autora recorreu da sentença de extinção com
julgamento de mérito proferida e o acórdão manteve a decisão recorrida. Em não havendo novos requerimentos, remetam-se os
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 808/1770
autos ao arquivo. Publique-se. Intime-se. Cumpra-se
0001846-09.2014.4.03.6316 - 1ª VARA GABINETE - DESPACHO JEF Nr. 2019/6316002972
AUTOR: JOSE DONIZETE LOPES (SP249465 - MICHELE AIELO PINHEIRO)
RÉU: CAIXA ECONOMICA FEDERAL (SP116384 - FRANCISCO HITIRO FUGIKURA)
0000587-76.2014.4.03.6316 - 1ª VARA GABINETE - DESPACHO JEF Nr. 2019/6316002981
AUTOR: ELAINE CRISTINA BERNAVA (SP156496 - JAIRO HENRIQUE SCALABRINI)
RÉU: CAIXA ECONOMICA FEDERAL (SP116384 - FRANCISCO HITIRO FUGIKURA)
0000480-32.2014.4.03.6316 - 1ª VARA GABINETE - DESPACHO JEF Nr. 2019/6316002979
AUTOR: MARIA IGNES MONGEROTI FERREIRA (SP120878 - HERBERT TRUJILLO RULLI)
RÉU: CAIXA ECONOMICA FEDERAL (SP116384 - FRANCISCO HITIRO FUGIKURA)
0001165-39.2014.4.03.6316 - 1ª VARA GABINETE - DESPACHO JEF Nr. 2019/6316002969
AUTOR: VIVIANO GOMES RODRIGUES (SP202179 - ROSENILDA ALVES DOURADO)
RÉU: CAIXA ECONOMICA FEDERAL (SP116384 - FRANCISCO HITIRO FUGIKURA)
0001103-33.2013.4.03.6316 - 1ª VARA GABINETE - DESPACHO JEF Nr. 2019/6316002968
AUTOR: JOSE ALDO DE RESENDES (SP214298 - ERON FRANCISCO DOURADO)
RÉU: CAIXA ECONOMICA FEDERAL (SP116384 - FRANCISCO HITIRO FUGIKURA)
0001374-08.2014.4.03.6316 - 1ª VARA GABINETE - DESPACHO JEF Nr. 2019/6316002966
AUTOR: ROSEMARY APARECIDA VERZEGNOSSI DOS SANTOS (SP342230 - MILTON RODRIGUES DA SILVA JUNIOR,
SP341758 - CARLOS EDUARDO SILVA LORENZETTI)
RÉU: CAIXA ECONOMICA FEDERAL (SP116384 - FRANCISCO HITIRO FUGIKURA)
0001286-67.2014.4.03.6316 - 1ª VARA GABINETE - DESPACHO JEF Nr. 2019/6316002970
AUTOR: MARCELA CRISTIANI RODRIGUES GARCIA (SP117425 - SEMI ROSALEM)
RÉU: CAIXA ECONOMICA FEDERAL (SP116384 - FRANCISCO HITIRO FUGIKURA)
0000438-80.2014.4.03.6316 - 1ª VARA GABINETE - DESPACHO JEF Nr. 2019/6316002977
AUTOR: JAIR CARLOS BARBOSA DE SOUZA (SP337840 - MAYARA FERNANDA GASPARELLO, SP265359 - JULIANO
PEREIRA)
RÉU: CAIXA ECONOMICA FEDERAL (SP116384 - FRANCISCO HITIRO FUGIKURA)
0001877-29.2014.4.03.6316 - 1ª VARA GABINETE - DESPACHO JEF Nr. 2019/6316002973
AUTOR: MARCELO LIBERATO GONCALVES (SP271855 - THATI IARTELLI MIRANDA RODRIGUES ESGALHA)
RÉU: CAIXA ECONOMICA FEDERAL (SP116384 - FRANCISCO HITIRO FUGIKURA)
0000641-42.2014.4.03.6316 - 1ª VARA GABINETE - DESPACHO JEF Nr. 2019/6316002984
AUTOR: JOANA MARIA DE OLIVEIRA REIA (SP191632 - FABIANO BANDECA, SP306995 - VILMA DOURADO BANDECA)
RÉU: CAIXA ECONOMICA FEDERAL (SP116384 - FRANCISCO HITIRO FUGIKURA)
0000345-20.2014.4.03.6316 - 1ª VARA GABINETE - DESPACHO JEF Nr. 2019/6316002976
AUTOR: GELSON APARECIDO DA SILVA (SP249465 - MICHELE AIELO PINHEIRO)
RÉU: CAIXA ECONOMICA FEDERAL (SP116384 - FRANCISCO HITIRO FUGIKURA)
0000753-11.2014.4.03.6316 - 1ª VARA GABINETE - DESPACHO JEF Nr. 2019/6316002965
AUTOR: EDSON PEREIRA DO NASCIMENTO (SP156496 - JAIRO HENRIQUE SCALABRINI)
RÉU: CAIXA ECONOMICA FEDERAL (SP116384 - FRANCISCO HITIRO FUGIKURA)
0000640-57.2014.4.03.6316 - 1ª VARA GABINETE - DESPACHO JEF Nr. 2019/6316002983
AUTOR: AGOSTINHO JOSE DOS ANJOS (SP191632 - FABIANO BANDECA, SP306995 - VILMA DOURADO BANDECA)
RÉU: CAIXA ECONOMICA FEDERAL (SP116384 - FRANCISCO HITIRO FUGIKURA)
0000315-82.2014.4.03.6316 - 1ª VARA GABINETE - DESPACHO JEF Nr. 2019/6316002975
AUTOR: GILSON MARINHO DOS SANTOS (SP156496 - JAIRO HENRIQUE SCALABRINI)
RÉU: CAIXA ECONOMICA FEDERAL (SP116384 - FRANCISCO HITIRO FUGIKURA)
0000505-45.2014.4.03.6316 - 1ª VARA GABINETE - DESPACHO JEF Nr. 2019/6316002980
AUTOR: REGINA CATIA VIEIRA FERNANDES DA SILVA (SP313182 - RONAN PAGNANI TRUJILLO)
RÉU: CAIXA ECONOMICA FEDERAL (SP116384 - FRANCISCO HITIRO FUGIKURA)
0002041-91.2014.4.03.6316 - 1ª VARA GABINETE - DESPACHO JEF Nr. 2019/6316002974
AUTOR: MILTON ALVES DE ARAUJO (SP136460B - PAULO HENRIQUE DE OLIVEIRA, SP099424 - AGAMENON MARTINS
DE OLIVEIRA)
RÉU: CAIXA ECONOMICA FEDERAL (SP116384 - FRANCISCO HITIRO FUGIKURA)
0001410-50.2014.4.03.6316 - 1ª VARA GABINETE - DESPACHO JEF Nr. 2019/6316002967
AUTOR: ORLANDA SPICIGO GILI (SP117425 - SEMI ROSALEM)
RÉU: CAIXA ECONOMICA FEDERAL (SP116384 - FRANCISCO HITIRO FUGIKURA)
Observo que na inicial há informação quanto a juntada de comprovante de endereço em nome de terceiro, alegando estar em nome da filha da
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 810/1770
parte autora. Contudo, não há qualquer documento que comprove o parentesco da mesma. Assim, determino que, no prazo impostergável de
05 dias, a parte autora providencie cópia legível do supramencionado documento, ou esclareça a juntada do comprovante em nome de terceiro,
sob pena de extinção prematura e anômala do feito.
Adimplida a providência requisitada, tornem os autos conclusos para a realização de juízo de admissibilidade da demanda.
Intime-se.
Assim, determino que, no prazo impostergável de 05 (dez) dias, a parte autora providencie o supramencionado documento, o qual deverá estar
legível, sob pena de extinção prematura e anômala do feito.
Intime-se.
Homologo, para que produza os seus jurídicos e legais efeitos a conta de liquidação apresentada pelo INSS (eventos 51 e 52) ante a
A petição inicial não se fez acompanhar de documento(s) pessoal(is) da parte autora (RG e CPF), sem o(s) qual(is) resta impossibilitada a sua
completa identificação e a regular tramitação do feito.
Assim, determino que, no prazo impostergável de 05 dias, a parte autora providencie cópia legível do(s) supramencionado(s) documento(s), sob
pena de extinção prematura e anômala do feito.
Adimplida a providência requisitada, tornem os autos conclusos para a realização de juízo de admissibilidade da demanda.
Intime-se.
Assim, determino que, no prazo impostergável de 05 (cinco) dias, a parte autora providencie o supramencionado documento, o qual deverá
estar legível, sob pena de extinção prematura e anômala do feito.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 812/1770
Decorrido o prazo, tornem os autos conclusos.
Intime-se.
DECISÃO JEF - 7
0000207-77.2019.4.03.6316 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6316002987
AUTOR: ERONDINA DO NASCIMENTO (SP088908 - BENEDITO BELEM QUIRINO)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - TIAGO BRIGITE)
O(A) autor(a), qualificado(a) na inicial, ingressou com a presente ação contra o Instituto Nacional do Seguro Social, visando à concessão de
auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez. Requereu, ademais, antecipação de tutela e os benefícios da assistência judiciária gratuita.
Juntou documentos.
Quanto ao pleito de tutela de urgência, deve-se ter em vista que a juntada de exames com a indicação de patologias não autoriza, por si só, a
conclusão pela existência de incapacidade laboral, pois são inúmeros os casos em que se constatam doenças sem que haja quaisquer
restrições para o trabalho ou para as demais atividades habituais do segurado. Ademais, o ato administrativo de indeferimento do benefício
goza de presunção relativa de veracidade, do qual a perícia feita pelo INSS é parte integrante, devendo esta presunção vigorar (salvo casos de
patentes ilegalidades, inexistentes no caso) até ser confirmada ou ilidida por meio de prova técnica produzida por profissional equidistante das
partes. Nesse aspecto, é necessário determinar a extensão (absoluta ou relativa) e a natureza (permanente ou temporária) da incapacidade,
bem como a data de seu início (para se aferir a qualidade de segurado e a carência, se exigida), impondo-se a dilação probatória, com a
oportunização do contraditório.
Desse modo, indefiro o pedido de tutela de urgência, por não estarem atendidos os requisitos previstos pelo artigo 300 do CPC/15.
Defiro à parte autora os benefícios da assistência judiciária gratuita.
A fim de dar maior efetividade à tutela do direito invocado, reconheço inviável, neste momento processual, a autocomposição (art. 334, § 4º, II,
do CPC/2015), haja vista o desinteresse do INSS, manifestado através do Ofício nº 201/2018/GABPSF/PSFATB/PGF/AGU, encaminhado a
este Juízo e arquivado em Secretaria.
Destarte, frente às peculiaridades do caso, sopesados os princípios da duração razoável do processo e da economia processual, mostra-se
pertinente postergar a tentativa de conciliação, mormente porque a viabilidade da formulação de proposta de acordo pela Autarquia
previdenciária pressupõe a análise das provas.
Em prosseguimento, determino a realização de exame pericial, para o que nomeio como perito o médico Fernando Cesar Fidelis, com data
agendada para o dia 15/05/2019, às 10h45min, a ser realizada nas dependências deste fórum sito na Rua Santa Terezinha, 787, Andradina/SP.
Intime-se.
Fixo o prazo de 15 (quinze) dias para entrega do laudo pericial, contados da data da perícia.
Intime-se o INSS, por meio eletrônico, quanto à data da perícia, bem como para juntar até a data designada, cópias de todos os documentos
Preliminarmente, afasto a ocorrência de coisa julgada, tendo em vista que o(s) processo(s) apontado(s) na análise de prevenção veicula(m)
pedido(s) que tem como causa de pedir fato(s) diverso(s) do(s) que consta(m) destes autos.
O(A) autor(a), qualificado(a) na inicial, ingressou com a presente ação contra o Instituto Nacional do Seguro Social, visando à concessão de
auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez. Requereu, ademais, antecipação de tutela e os benefícios da assistência judiciária gratuita.
Juntou documentos.
Quanto ao pleito de tutela de urgência, deve-se ter em vista que a juntada de exames com a indicação de patologias não autoriza, por si só, a
conclusão pela existência de incapacidade laboral, pois são inúmeros os casos em que se constatam doenças sem que haja quaisquer
restrições para o trabalho ou para as demais atividades habituais do segurado. Ademais, o ato administrativo de indeferimento do benefício
goza de presunção relativa de veracidade, do qual a perícia feita pelo INSS é parte integrante, devendo esta presunção vigorar (salvo casos de
patentes ilegalidades, inexistentes no caso) até ser confirmada ou ilidida por meio de prova técnica produzida por profissional equidistante das
partes. Nesse aspecto, é necessário determinar a extensão (absoluta ou relativa) e a natureza (permanente ou temporária) da incapacidade,
bem como a data de seu início (para se aferir a qualidade de segurado e a carência, se exigida), impondo-se a dilação probatória, com a
oportunização do contraditório.
Desse modo, indefiro o pedido de tutela de urgência, por não estarem atendidos os requisitos previstos pelo artigo 300 do CPC/15.
Defiro à parte autora os benefícios da assistência judiciária gratuita.
A fim de dar maior efetividade à tutela do direito invocado, reconheço inviável, neste momento processual, a autocomposição (art. 334, § 4º, II,
do CPC/2015), haja vista o desinteresse do INSS, manifestado através do Ofício nº 201/2018/GABPSF/PSFATB/PGF/AGU, encaminhado a
este Juízo e arquivado em Secretaria.
Destarte, frente às peculiaridades do caso, sopesados os princípios da duração razoável do processo e da economia processual, mostra-se
pertinente postergar a tentativa de conciliação, mormente porque a viabilidade da formulação de proposta de acordo pela Autarquia
previdenciária pressupõe a análise das provas.
Em prosseguimento, determino a realização de exame pericial, para o que nomeio como perito o médico Fernando Cesar Fidelis, com data
agendada para o dia 15/05/2019, às 09h00min, a ser realizada nas dependências deste fórum sito na Rua Santa Terezinha, 787, Andradina/SP.
Intime-se.
Fixo o prazo de 15 (quinze) dias para entrega do laudo pericial, contados da data da perícia.
Intime-se o INSS, por meio eletrônico, quanto à data da perícia, bem como para juntar até a data designada, cópias de todos os documentos
que reputar relevantes para o exame pericial, ficando a seu cargo a cientificação do assistente técnico quanto à data da perícia.
Expeça-se ofício à APS-ADJ a fim de que junte aos autos cópias de todas as perícias administrativas realizadas pelo segurado no prazo de 10
(dez) dias úteis.
Intime-se a parte autora para comparecer no endereço supramencionado, na data e horário estabelecidos.
Faculta-se à parte autora a apresentação, até a data da perícia, de outros documentos médicos que não puderam ser anexados com o
ajuizamento da ação, devendo necessariamente ser juntadas aos autos as respectivas cópias.
A ausência à perícia ou a qualquer ato processual em que a presença da autora seja necessária, deverá ser comunicada ao Juízo no prazo
máximo de 5 (cinco) dias, independentemente de intimação, mediante justificativa plausível, comprovada por documentos, sob pena de extinção
do processo sem julgamento do mérito (Lei 9.099/95, art. 51, § 1º).
Poderá haver acompanhamento de assistente técnico às partes durante a perícia sem necessidade de prévia solicitação.
Deverá o perito judicial analisar todos os documentos médicos constantes nos autos, inclusive as perícias administrativas realizadas pelo réu no
autor destes autos antes de emitir seu laudo pericial.
Ficam deferidos APENAS os quesitos que seguem:
1. Qual a atividade que o autor declarou exercer anteriormente à sua alegada incapacitação?
2. O periciando é portador de doença ou lesão? Qual(is)?
2.1. A doença ou lesão decorre de doença profissional ou acidente de trabalho?
2.2. O periciando comprova estar realizando tratamento?
3. Em caso afirmativo, esta doença ou lesão o incapacita para seu trabalho ou sua atividade habitual? Discorra sobre a lesão incapacitante tais
como origem, forma de manifestação, limitações e possibilidades terapêuticas.
4. Caso a incapacidade decorra de doença, é possível determinar a data de início da doença?
5. Constatada a incapacidade, é possível determinar se esta decorreu de agravamento ou progressão de doença ou lesão?
5.1. Caso a resposta seja afirmativa, é possível estimar a data e em que se baseou para fixar a data do agravamento ou progressão.
6. É possível determinar a data de início da incapacidade? Informar ao juízo os critérios utilizados para a fixação desta data, esclarecendo
quais exames foram apresentados pelo autor quando examinado e em quais exames baseou-se para concluir pela incapacidade e as razões
pelas quais agiu assim.
7. Constatada incapacidade, esta impede totalmente ou parcialmente o periciando de praticar sua atividade habitual?
8. Caso a incapacidade seja parcial, informar se o periciando teve redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia, se as
atividades são realizadas com maior grau de dificuldade e que limitações enfrenta.
9. Em caso de incapacidade parcial, informar que tipo de atividade o periciando está apto a exercer, indicando quais as limitações do
periciando.
10. A incapacidade impede totalmente o periciando de praticar outra atividade que lhe garanta subsistência?
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 815/1770
11. A incapacidade é insusceptível de recuperação ou reabilitação para o exercício de outra atividade que garanta subsistência ao periciando?
12. Caso seja constatada incapacidade total, esta é temporária ou permanente?
13. É possível estimar qual é o tempo necessário para que o periciando se recupere e tenha condições de voltar a exercer seu trabalho ou
atividade habitual? Justifique. Em caso positivo, qual é a data estimada?
14. Não havendo possibilidade de recuperação, é possível estimar qual é a data do início da incapacidade permanente? Justifique. Em caso
positivo, qual é a data estimada?
15. Em caso de incapacidade permanente e insusceptível de reabilitação para exercício de outra atividade que lhe garanta a subsistência, o
periciando necessita da assistência permanente de outra pessoa, enquadrando-se nas situações previstas no Artigo 45 da Lei 8.213/1991
(Adicional de 25%)? Em caso positivo, a partir de qual data?
16. Há incapacidade para os atos da vida civil?
17. O periciando pode se recuperar mediante intervenção cirúrgica? Uma vez afastada a hipótese de intervenção cirúrgica, a incapacidade é
permanente ou temporária?
18. Caso não seja constatada a incapacidade atual, informe se houver, em algum período, incapacidade.
19. Caso não haja incapacidade do ponto de vista desta especialidade médica, informar se o periciando apresenta outra moléstia incapacitante
e se faz necessário a realização de perícia com outra especialidade. Qual?
20. O periciando está acometido de: tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e
incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondilite ancilosante, nefropatia grave, estado avançado de doença de Paget (osteíte
deformante), síndrome de deficiência imunológica adquirida-AIDS, contaminação por radiação, hepatopatia grave?
Com a apresentação do laudo pericial, cite-se o réu para contestar e manifestar sobre a prova pericial e eventuais documentos juntados, no
prazo de 15 (quinze) dias úteis, sem prazo diferenciado para as pessoas jurídicas de direito público (artigo 9º da Lei 10.259/01), sendo-lhe
facultado, a qualquer tempo, formular proposta de acordo.
Na sequência, solicite-se o pagamento dos honorários periciais, que arbitro no valor máximo da tabela constante da Resolução 305/2014/CJF.
Após a resposta do INSS, intime-se a parte autora para manifestação sobre a prova produzida e sobre eventual proposta de acordo no prazo
de 5 (cinco) dias úteis.
Decorrido o prazo, tornem-me conclusos.
Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.
Preliminarmente, afasto a ocorrência de coisa julgada, tendo em vista que o(s) processo(s) apontado(s) na análise de prevenção veicula(m)
pedido(s) que tem como causa de pedir fato(s) diverso(s) do(s) que consta(m) destes autos.
O(A) autor(a), qualificado(a) na inicial, ingressou com a presente ação contra o Instituto Nacional do Seguro Social, visando o
restabelecimento de auxílio-doença. Requereu, ademais, os benefícios da assistência judiciária gratuita. Juntou documentos.
Defiro à parte autora os benefícios da assistência judiciária gratuita.
A fim de dar maior efetividade à tutela do direito invocado, reconheço inviável, neste momento processual, a autocomposição (art. 334, § 4º, II,
do CPC/2015), haja vista o desinteresse do INSS, manifestado através do Ofício nº 201/2018/GABPSF/PSFATB/PGF/AGU, encaminhado a
este Juízo e arquivado em Secretaria.
Destarte, frente às peculiaridades do caso, sopesados os princípios da duração razoável do processo e da economia processual, mostra-se
pertinente postergar a tentativa de conciliação, mormente porque a viabilidade da formulação de proposta de acordo pela Autarquia
previdenciária pressupõe a análise das provas.
Em prosseguimento, determino a realização de exame pericial, para o que nomeio como perito o médico Fernando Cesar Fidelis, com data
agendada para o dia 15/05/2019, às 09h30min, a ser realizada nas dependências deste fórum sito na Rua Santa Terezinha, 787, Andradina/SP.
Intime-se.
Fixo o prazo de 15 (quinze) dias para entrega do laudo pericial, contados da data da perícia.
Intime-se o INSS, por meio eletrônico, quanto à data da perícia, bem como para juntar até a data designada, cópias de todos os documentos
que reputar relevantes para o exame pericial, ficando a seu cargo a cientificação do assistente técnico quanto à data da perícia.
Expeça-se ofício à APS-ADJ a fim de que junte aos autos cópias de todas as perícias administrativas realizadas pelo segurado no prazo de 10
(dez) dias úteis.
Intime-se a parte autora para comparecer no endereço supramencionado, na data e horário estabelecidos.
Faculta-se à parte autora a apresentação, até a data da perícia, de outros documentos médicos que não puderam ser anexados com o
ajuizamento da ação, devendo necessariamente ser juntadas aos autos as respectivas cópias.
A ausência à perícia ou a qualquer ato processual em que a presença da autora seja necessária, deverá ser comunicada ao Juízo no prazo
máximo de 5 (cinco) dias, independentemente de intimação, mediante justificativa plausível, comprovada por documentos, sob pena de extinção
do processo sem julgamento do mérito (Lei 9.099/95, art. 51, § 1º).
Poderá haver acompanhamento de assistente técnico às partes durante a perícia sem necessidade de prévia solicitação.
Deverá o perito judicial analisar todos os documentos médicos constantes nos autos, inclusive as perícias administrativas realizadas pelo réu no
autor destes autos antes de emitir seu laudo pericial.
Ficam deferidos APENAS os quesitos que seguem:
1. Qual a atividade que o autor declarou exercer anteriormente à sua alegada incapacitação?
2. O periciando é portador de doença ou lesão? Qual(is)?
2.1. A doença ou lesão decorre de doença profissional ou acidente de trabalho?
2.2. O periciando comprova estar realizando tratamento?
TERMOS REGISTRADOS PELOS JUÍZES DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CÍVEL ADJUNTO ANDRADINA
EXPEDIENTE Nº 2019/6316000069
ATO ORDINATÓRIO - 29
0000764-98.2018.4.03.6316 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6316001222
AUTOR: LEONARDO FERREIRA BIAZINI (SP352953 - CAMILO VENDITTO BASSO, MS009421 - IGOR VILELA PEREIRA,
MS011122 - MARCELO FERREIRA LOPES)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - TIAGO BRIGITE)
Em cumprimento a Portaria nº 1059068/2015 do Juizado Especial Federal de Andradina, expeço o seguinte ato ordinatório: Tendo em vista que
até o presente momento não houve a entrega do laudo pericial, intime-se o perito designado para que no prazo de 05 (cinco) dias traga aos
autos o laudo pericial do autor.Dê-se ciência às partes.
TERMOS REGISTRADOS PELOS JUÍZES DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CÍVEL SANTO ANDRÉ
DESPACHO JEF - 5
0005526-28.2016.4.03.6317 - 1ª VARA GABINETE - DESPACHO JEF Nr. 2019/6317005424
AUTOR: VAGNER CRUZ REIS (SP248308B - ARLEIDE COSTA DE OLIVEIRA BRAGA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - REGINA CÉLIA PONSONI FIUZA)
Ciência a parte autora da liberação e transferência, para o MM. Juízo da 4ª. Vara de Família e Sucessões desta Comarca, dos valores
referente à requisição de pequeno valor nº. 20180002042R.
Nada sendo requerido no prazo de 10 (dez) dias, tornem os autos conclusos para a extinção da execução.
Int.
Sem prejuízo, manifeste-se o Ministério Público Federal quanto ao levantamento dos valores pelo curador, no prazo de 10 (dez) dias.
Após a liberação dos valores, sem manifestação ou com a concordância do Parquet, autorizo, desde já, o levantamento da requisição de
pequeno expedida em favor da autora, por sua curadora provisória Sra. Debora Eulazia de Oliveira Villar, inscrita no CPF sob o nº
339.874.148-71.
Com a liberação da requisição, oficie-se à agência da instituição financeira depositária, encaminhando-lhe cópia da presente decisão, bem
como comunique-se ao MM. Juíza de Direito da 1ª Vara de Família e Sucessões da Comarca de Santo André (autos nº 1005956-
40.2018.8.26.0554), haja vista os limites da curatela provisória.
Decido.
Em consulta ao Sistema Plenus (anexo nº 65), verifico que o requerente é o único pensionista da parte autora, informação essa corroborado
pelo constante nas declarações da certidão de óbito da parte autora, em que consta a existência somente de cônjuge.
"Art. 112. O valor não recebido em vida pelo segurado só será pago aos seus dependentes habilitados à pensão por morte ou, na falta deles,
aos seus sucessores na forma da lei civil, independentemente de inventário ou arrolamento."
Ante o exposto, considerando que o requerente é o único habilitado à pensão por morte, defiro a habilitação do Sr. Valdomiro José Silva, CPF
nº 261.581.838-49, nos presentes autos.
Intimem-se os requerentes para que se manifestem acerca da inclusão da companheira do falecido, Sra. Solange Pessoa Monteiro, no
requerimento de habilitação, conforme requerido pelo réu. Prazo de 10 (dez) dias.
Decido.
Em consulta ao Sistema Plenus (anexo nº 123), verifico que a requerente é única pensionista da parte autora, informação corroborada pelo
constante nas declarações da certidão de óbito da parte autora, em que consta a existência de esposa e filhos maiores.
Art. 112. O valor não recebido em vida pelo segurado só será pago aos seus dependentes habilitados à pensão por morte ou, na falta deles,
aos seus sucessores na forma da lei civil, independentemente de inventário ou arrolamento.
Ante o exposto, considerando que a requerente é a única habilitada à pensão por morte, defiro a habilitação da Sra. Maria Neri de Farias
Santos, CPF nº 028.884.988-47, nos presentes autos.
Intimem-se as partes para manifestação acerca do cálculo de liquidação efetuado pela Contadoria Judicial.
Decido.
Em consulta ao Sistema Plenus (anexo nº 60), verifico que a requerente é única pensionista da parte autora, informação essa corroborado pelo
constante nas declarações da certidão de óbito da parte autora, em que consta a existência de esposa e filhos maiores.
"Art. 112. O valor não recebido em vida pelo segurado só será pago aos seus dependentes habilitados à pensão por morte ou, na falta deles,
aos seus sucessores na forma da lei civil, independentemente de inventário ou arrolamento."
Ante o exposto, considerando que a requerente é a única habilitada à pensão por morte, defiro a habilitação da Sra. Vilma Orlandi Pierin, CPF
nº 343.796.038-57, nos presentes autos.
Intimem-se o INSS para que apresente os cálculos de liquidação no prazo de 10 (dez) dias.
Concedo os benefícios da justiça gratuita, bem como a prioridade na tramitação do feito, conforme previsto no art. 1.048, I do CPC.
Não reconheço a existência de prevenção com relação aos autos nº 00036091920034036126, eis que versaram sobre a revisão da RMI de
benefício pelo IRSM de fevereiro/1994.
Com relação aos outros processos encontrados no termo de prevenção, na pesquisa realizada por CPF, verifico que se referem a assunto
diverso da presente ação.
Diante da impossibilidade de verificação por meio eletrônico, determino sejam solicitadas à 3a Vara Federal de Santo André, cópias da petição
inicial, sentença e certidão de trânsito em julgado, se houver, ou certidão de inteiro teor do processo sob nº 00027766920014036126, a fim de
analisar eventual prevenção com a presente ação.
Sem prejuízo, intime-se a parte autora para que, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de extinção, apresente cópia de comprovante de endereço
idôneo, tais como: fatura de energia elétrica, água ou telefone, em seu nome e atualizado, datado de, no máximo, 180 (cento e oitenta) dias
anteriores à propositura da ação, comprovando a residência nos municípios sob jurisdição deste Juizado: Santo André, São Caetano do Sul e
Rio Grande da Serra.
Int.
Decido.
Em consulta ao Sistema Plenus (anexo nº 71), verifico que a requerente é única pensionista da parte autora, informação essa corroborado pelo
constante nas declarações da certidão de óbito da parte autora, em que consta a existência de esposa e filhos maiores.
"Art. 112. O valor não recebido em vida pelo segurado só será pago aos seus dependentes habilitados à pensão por morte ou, na falta deles,
aos seus sucessores na forma da lei civil, independentemente de inventário ou arrolamento."
Ante o exposto, considerando que a requerente é a única habilitada à pensão por morte, defiro a habilitação da Sra. Terezinha Neide Petrin
Paganini, CPF nº 246.143.378-05, nos presentes autos.
Considerando que as diferenças relativas ao período de 05.05.06 a 31.08.11 já foram pagas administrativamente em 02.05.12 (fl. 19 do anexo
nº 57) e que os valores recebidos lançados não conferem com aqueles constantes no histórico de créditos (anexo nº 72), intime-se a parte
autora habilitada para que retifique o seu cálculo de liquidação. Prazo de 10 (dez) dias.
Na petição inicial a parte autora alega ser portadora de “perda auditiva neurossensorial profunda do ouvido direito, lesão na traqueia,
insuficiência respiratória, perda de 80% da visão esquerda, hipoacusia D e comprometimento das coordenações motoras das pernas”, sendo
indeferido o seu benefício de auxílio-doença. afirma que tais patologias a impedem de exercer qualquer atividade laboral, motivo pelo qual
entende cabível a manutenção do benefício postulado.
Decido.
“... Conforme documentação apresentada, em janeiro de 2015 o autor foi internado com diagnostico de meningite, informou que devido a
patologia ficou internado por cerca de 5/6 meses. Apresentou audiometria com perda auditiva profunda em ouvido direito e sem perda auditiva
a esquerda. Quanto a perda de visão, os relatórios apontam para o fato de o autor ter notado perda visual ao RENOVAR A CNH sendo que o
autor informou ter renovado há cerca de 2 anos. O autor não fazia uso de lente corretiva na perícia médica. Devido a meningite o autor sofreu
traqueostomia sendo que atualmente apresenta fistula traqueocutânea. A fístula traqueocutânea é a comunicação entre a traquéia e a pele.
Normalmente ela aparece após a retirada da cânula de traqueostomia e fechamento por segunda intenção. O autor realizou correção cirurgia
da fistula em 25/09/2018. O autor renovou sua CNH. Não evidenciamos incapacidade.”.
Compulsando os autos, verifico que o autor, em sua manifestação acerca do laudo, alega que a CNH foi renovada sem a autorização para
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 845/1770
exercer atividade remunerada, dessa maneira, não pode exercer a sua atividade habitual de “motoboy” por ser portador de visão monocular.
Constato, ainda, que o autor apresentou cópias das duas últimas Carteiras de Habilitação (anexo nº. 17).
Dessa maneira, entendo imprescindível esclarecimentos quanto à incapacidade ou não decorrente da moléstia oftalmológica, entretanto,
ausente documentação hábil que comprove a existência da referida doença
Assim, intime-se a parte autora que apresente exames e/ou relatórios hábeis que comprovem a alegada doença.
Int.
Concedo os benefícios da justiça gratuita, bem como a prioridade na tramitação do feito, conforme previsto no art. 1.048, I do CPC.
Cite-se.
Int.
Oficie-se novamente à agência da Caixa Econômica Federal – PAB Justiça Federal de Santo André para que comprove a conversão em
renda do depósito judicial determinada na decisão proferida em 01.09.16 (anexo nº 105), eis que comprovada somente a conversão
determinada na decisão proferida em 10.09.18. Prazo de 10 (dez) dias.
Decido.
Em consulta ao Sistema Plenus (anexo nº 35), verifico que a requerente é a única pensionista da parte autora, informação essa corroborado
pelo constante nas declarações da certidão de óbito da parte autora, em que consta a existência de esposa e filho maior.
"Art. 112. O valor não recebido em vida pelo segurado só será pago aos seus dependentes habilitados à pensão por morte ou, na falta deles,
aos seus sucessores na forma da lei civil, independentemente de inventário ou arrolamento."
Ante o exposto, considerando que a requerente é a única habilitada à pensão por morte, defiro a habilitação da Sra. Katia Valéria Coutinho do
Nascimento, CPF nº 003.843.017-70, nos presentes autos. Intimem-se as partes.
A redação do art. 835 do Código de Processo Civil manteve a penhora em dinheiro como sendo a “preferencial”, para fins de execução (art.
835, I), considerando-se para tanto o “depósito ou aplicação em instituição financeira”.
Art. 854. Para possibilitar a penhora de dinheiro em depósito ou em aplicação financeira, o juiz, a requerimento do exequente, sem dar ciência
prévia do ato ao executado, determinará às instituições financeiras, por meio de sistema eletrônico gerido pela autoridade supervisora do
sistema financeiro nacional, que torne indisponíveis ativos financeiros existentes em nome do executado, limitando-se a indisponibilidade ao
valor indicado na execução.
Isto porque, se é certo que a execução deve ser feita do modo menos gravoso ao devedor, não é menos certo que é sempre realizada no
interesse do credor (art. 797, CPC).
Por esta razão, não realizado voluntariamente o pagamento, viabiliza-se a adoção da chamada “penhora on-line” sem que isto signifique
indevida invasão do patrimônio do devedor. A propósito:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CEF. BACEN JUD. PENHORA
ON-LINE. -Trata-se de agravo de instrumento interposto pela CEF, objetivando cassar decisão que indeferiu a penhora on-line, sendo
sustentado que “Assim, a consulta é medida de exceção que somente deve ser autorizado depois de esgotados todos os meios para a
localização de bens do devedor.” -Analisando os autos, entendo presentes os requisitos peculiares para a concessão de tutela antecipada
recursal, eis que, nos termos do artigo 600, do Código de Processo Civil, constitui ato atentatório à dignidade da Justiça, o ato do devedor que
não indica ao juiz onde se encontram bens sujeitos à execução, admitindo-se a penhora por meio eletrônico de valores constantes de conta-
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 847/1770
corrente (STJ, REsp 904385, DJ 23/3/07), inclusive através do Sistema Bacen Jud (STJ, REsp 790939, DJ 31/8/06). -Impõe-se o acolhimento
da irresignação, nos exatos termos, em epígrafe. -Recurso provido. (TRF-2 – AG 178.648 – 8ª Turma Especializada, rel. Des. Fed. Poul Erik
Dyrlund, j. 13/10/2009).
No caso dos autos, o Supremo Tribunal Federal negou provimento ao Agravo Regimental no Recurso Extraordinário com Agravo n.
1.070.438/SP (anexo n. 92) interposto pela parte autora e, ainda, aplicou à recorrente a multa prevista no §4º do art. 1.021 do CPC no
percentual de 1%.
A decisão prolatada pela mais alta Corte do país transitou em julgado, razão pela qual não cabe mais qualquer discussão a seu respeito.
Logo, com o fito de propiciar que o processo executivo alcance o fim que lhe é próprio, defiro o bloqueio dos valores eventualmente existentes
em conta bancária em nome do executado mediante a utilização de meio eletrônico, nos moldes do artigo 854 do CPC, até o limite da dívida
executada, excluindo-se aqueles absolutamente impenhoráveis por força de lei.
Vistos.
Considerando a discordância da parte autora manifesta em 07/03/2019, alegando que "não se tem como verificar o alegado pelo órgão",
cientifique-se o patrono de que o ofício que informa a ausência de valores a serem pagos, diante da quitação administrativa, veio acompanhado
dos documentos de fls. 02/11 do anexo 90.
Sendo assim, manifeste-se a parte autora no prazo de 5 (cinco) dias. No silêncio, venham conclusos para extinção.
Intime-se.
Decido.
Em consulta ao Sistema Plenus (anexo nº 71), verifico que as requerentes são as únicas pensionistas da parte autora.
"Art. 112. O valor não recebido em vida pelo segurado só será pago aos seus dependentes habilitados à pensão por morte ou, na falta deles,
aos seus sucessores na forma da lei civil, independentemente de inventário ou arrolamento."
Ante o exposto, considerando que as requerentes são as únicas habilitadas à pensão por morte, defiro a habilitação da Sra. Maria José
Cavalcanti Estevão, CPF nº 581.467.334-68, e de Jaqueline Cavalcanti Estevão, CPF nº 456.207.528-79, nos presentes autos.
Dê-se ciência ao patrono da parte autora que o destaque dos honorários contratuais na expedição da requisição de pequeno valor/precatório
está condicionado à apresentação de cópia de declaração firmada pela parte autora, confirmando que os referidos honorários não foram
pagos.
Decido.
Em consulta ao Sistema Plenus (anexo nº 67), verifico que a requerente é a única pensionista da parte autora, informação essa corroborado
pelo constante nas declarações da certidão de óbito da parte autora, em que consta a existência de esposa e filhos maiores.
"Art. 112. O valor não recebido em vida pelo segurado só será pago aos seus dependentes habilitados à pensão por morte ou, na falta deles,
aos seus sucessores na forma da lei civil, independentemente de inventário ou arrolamento."
Ante o exposto, considerando que a requerente é a única habilitada à pensão por morte, defiro a habilitação da Sra. Josefa Cavalcante da
Silva, CPF nº 296.127.918-64, nos presentes autos.
Proceda a Secretaria à retificação do assunto do feito, para que conste revisão de benefício (sem complemento), considerando o pedido para
exclusão da aplicação do art. 29, § 10, da Lei 8213/91, gerando-se nova prevenção.
Após, cite-se o INSS para apresentação de contestação, considerado o pedido inicial, e voltem conclusos para julgamento.
Int.
Trata-se de ação em que a parte autora busca a concessão de benefício por incapacidade.
Não reconheço a existência de prevenção com os autos nº 00096884720084036317. A nova cessação administrativa do benefício constitui
causa de pedir distinta da anterior. Assim, prossiga-se o feito em seus ulteriores atos, ficando o pedido limitado à data da cessação.
Intimo a parte autora para que, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de extinção, apresente cópia de comprovante de endereço idôneo, tais
como: fatura de energia elétrica, água ou telefone, em seu nome e atualizado, datado de, no máximo, 180 (cento e oitenta) dias anteriores à
propositura da ação, comprovando a residência nos municípios sob jurisdição deste Juizado: Santo André, São Caetano do Sul e Rio Grande da
Serra.
Int.
Trata-se de ação em que a parte autora busca o recebimento de indenização por danos materiais e morais.
Não reconheço a existência de prevenção com os autos indicados no termo, eis que ambos foram extintos sem resolução do mérito.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 850/1770
Intime-se a parte autora para apresentar, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de extinção:
- cópia de comprovante de endereço idôneo, tais como: fatura de energia elétrica, água ou telefone, em seu nome e atualizado, datado de, no
máximo, 180 (cento e oitenta) dias anteriores à propositura da ação, comprovando a residência nos municípios sob jurisdição deste Juizado:
Santo André, São Caetano do Sul e Rio Grande da Serra.
Ressalto que somente com a apresentação da documentação, será apreciado o pedido de prioridade na tramitação.
Int.
Vistos.
Não reconheço a existência de prevenção com os autos nº 00009546820124036317 e nº 00021725820174036317. A nova cessação
administrativa do benefício (NB 622.589.099-1), constitui causa de pedir distinta das anteriores. Assim, prossiga-se o feito, ficando o pedido
limitado à data da cessação (DCB 15/12/2018).
Intime-se a parte autora para que no prazo de 10 (dez) dias, esclareça qual a moléstia incapacitante atual.
DECISÃO JEF - 7
0000601-81.2019.4.03.6317 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6317005447
AUTOR: FABRICIO DOS SANTOS GONCALVES (SP207980 - LUCIANA FERREIRA SANTOS) LAYS DOS SANTOS
GONCALVES (SP207980 - LUCIANA FERREIRA SANTOS)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - REGINA CÉLIA PONSONI FIUZA)
Vistos.
Trata-se de ação ajuizada em face do INSS em que LAYS DOS SANTOS GONÇALVES e FABRICIO DOS SANTOS GONÇALVES,
representados por sua genitora SUZETE APARECIDA SANTOS GONÇALVES, pretendem a concessão de auxílio-reclusão.
Defiro os benefícios da justiça gratuita, nos termos do artigo 98 do CPC.
Examinando o pedido de medida antecipatória formulado pela parte autora, verifico não se acharem presentes os pressupostos necessários à
sua concessão sem a oitiva da parte contrária.
Faz-se necessário o exame pela contadoria judicial da regularidade dos vínculos empregatícios do segurado recluso.
Além disso, o pedido administrativo foi indeferido e, a despeito da possibilidade de rever o ato administrativo, goza ele de presunção de
legalidade.
Portanto, indefiro, por ora, a medida antecipatória postulada.
No mais, deverá ainda apresentar, até a data da pauta extra, certidão de recolhimento carcerário datada de no máximo um mês anterior à data
designada, nos termos do parágrafo único do artigo 80 da lei 8.213/91, c/c artigo 117, § 1º, do RGPS.
Int.
DECIDO.
II – Não reconheço a existência de prevenção com os autos indicados no termo de prevenção nº 00038403520154036317 e
00062546920164036317. Tendo em vista que o novo requerimento administrativo formulado, aliado a documento médico recente, constitui
nova causa de pedir, não reconheço identidade entre os elementos da presente ação e os das indicadas no termo de prevenção. Assim,
prossiga-se o feito nos seus ulteriores atos, ficando o objeto da presente ação delimitado a partir da data do requerimento administrativo
formulado em 22/01/2019.
III - O artigo 300 do CPC dispõe que a tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito
e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
No caso dos autos, a questão demanda dilação probatória, notadamente realização de perícia médica, quando então será demonstrada a
aptidão ou não da parte autora para o exercício de atividade laborativa.
Consequentemente, indefiro, por ora, a tutela de urgência requerida, que será devidamente reapreciada quando da sentença.
IV – No mais, designo perícia médica, a realizar-se no dia 29/05/2019, às 10h, devendo a parte autora comparecer na sede deste Juizado
munida dos documentos pessoais com foto (RG, CPF, CTPS) e todos os documentos médicos pertinentes ao exame judicial.
Int.
Trata-se de ação em que a parte pretende, em sede de cognição sumária, a concessão de aposentadoria por idade.
DECIDO.
I – Defiro os benefícios da gratuidade da justiça, bem como a prioridade na tramitação do feito, conforme previsto no art. 1.048, I do CPC.
II – Não reconheço a existência de prevenção com os autos indicados na pesquisa por CPF, eis que referentes a assunto diverso da presente
ação.
III - O artigo 300 do CPC dispõe que a tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito
e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
No caso dos autos, a questão demanda dilação probatória, notadamente realização de perícia contábil para conferência dos vínculos
empregatícios e contribuições para o sistema, imprescindíveis à análise dos requisitos necessários à concessão do benefício pretendido.
Consequentemente, indefiro, por ora, a tutela de urgência requerida, que será devidamente reapreciada quando da sentença.
Int.
Trata-se de ação em que a parte pretende, em sede de cognição sumária, a concessão de benefício por incapacidade.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 852/1770
DECIDO.
II – Não reconheço a existência de prevenção com relação aos autos nº 00020624020094036317 e 00022161920134036317. A nova cessação
administrativa constitui causa de pedir distinta das anteriores.
III - O artigo 300 do CPC dispõe que a tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito
e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
No caso dos autos, a questão demanda dilação probatória, notadamente realização de perícia médica, quando então será demonstrada a
aptidão ou não da parte autora para o exercício de atividade laborativa.
Consequentemente, indefiro, por ora, a tutela de urgência requerida, que será devidamente reapreciada quando da sentença.
IV – Regularize a parte autora a petição inicial, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de extinção, de modo a apresentar os seguintes
documentos:
2) cópia de comprovante de endereço idôneo, tais como: fatura de energia elétrica, água ou telefone, em seu nome e atualizado, datado de, no
máximo, 180 (cento e oitenta) dias anteriores à propositura da ação, comprovando a residência nos municípios sob jurisdição deste Juizado:
Santo André, São Caetano do Sul e Rio Grande da Serra.
Int.
A parte autora, qualificada na inicial, ajuíza a presente demanda em face do Instituto Nacional do Seguro Social, por meio da qual pleiteia
benefício por incapacidade.
Sopesando os requisitos ensejadores da medida liminar requerida, entendo que a plausibilidade do direito invocado não se mostra evidente
nesta oportunidade processual. A questão demanda dilação probatória, com realização de perícia médica.
Ademais, o pedido administrativo foi indeferido e, a despeito da possibilidade de desconstituição do ato administrativo, goza ele de presunção
de legalidade, razão pela qual deve ser aguardado o contraditório.
No mais, aguarde-se o trânsito em julgado dos autos nº 0000105-52.2019.4.03.6317, extintos sem resolução do mérito, e voltem conclusos para
análise de prevenção e eventual designação de perícia.
Int.
A parte autora, qualificada na inicial, ajuíza a presente demanda em face do Instituto Nacional do Seguro Social, por meio da qual pleiteia
benefício por incapacidade.
Primeiramente, defiro o benefício da Justiça Gratuita, nos termos do artigo 98 do CPC, bem como a prioridade na tramitação do feito,
conforme previsto no art. 1.048, I do CPC.
Sopesando os requisitos ensejadores da medida liminar requerida, entendo que a plausibilidade do direito invocado não se mostra evidente
nesta oportunidade processual. A questão demanda dilação probatória, com realização de perícia médica.
Ademais, o pedido administrativo foi indeferido e, a despeito da possibilidade de desconstituição do ato administrativo, goza ele de presunção
de legalidade, razão pela qual deve ser aguardado o contraditório.
No mais, intime-se a parte autora para que apresente cópia de comprovante de endereço idôneo, tais como: fatura de energia elétrica, água ou
telefone, em seu nome e atualizado, datado de, no máximo, 180 (cento e oitenta) dias anteriores à propositura da ação, comprovando a
residência nos municípios sob jurisdição deste Juizado: Santo André, São Caetano do Sul e Rio Grande da Serra.
A parte autora, qualificada na inicial, ajuíza a presente demanda em face do Instituto Nacional do Seguro Social, por meio da qual pleiteia
benefício por incapacidade.
Não reconheço a existência de prevenção com relação aos autos nº 00037976420164036317. A nova cessação administrativa constitui causa
de pedir distinta da anterior.
Sopesando os requisitos ensejadores da medida liminar requerida, entendo que a plausibilidade do direito invocado não se mostra evidente
nesta oportunidade processual. A questão demanda dilação probatória, com realização de perícia médica.
Ademais, o pedido administrativo foi indeferido e, a despeito da possibilidade de desconstituição do ato administrativo, goza ele de presunção
de legalidade, razão pela qual deve ser aguardado o contraditório.
Designo perícia médica, a realizar-se no dia 02/05/2019, às 17h30min, devendo a parte autora comparecer na sede deste Juizado munida dos
documentos pessoais com foto (RG, CPF, CTPS) e todos os documentos médicos pertinentes ao exame judicial.
Int.
Todavia, para fins de análise da qualidade de segurado do autor, o perito deverá responder aos seguintes quesitos complementares:
1) É possível presumir que o autor já se encontrava incapaz em MARÇO/2018, considerando o tipo da enfermidade apresentada e seu grau?
2) Diante da documentação médica acostada aos autos, é possível verificar se houve algum período de incapacidade entre 04/2015 e 03/2018,
ainda que temporário?
Redesigno pauta-extra para o dia 30/05/2019, dispensada a presença das partes. Int.
Redesigno pauta-extra para o dia 23/05/2019, dispensada a presença das partes. Int.
Redesigno pauta-extra para o dia 06/06/2019, dispensada a presença das partes. Int.
a) se seu interesse é apenas e exclusivamente quanto ao benefício de aposentadoria por invalidez ou se, subsidiariamente, possui interesse na
eventual implantação do benefício de auxílio-doença, com reabilitação para outra atividade;
b) em caso de interesse na reabilitação, se pretende perceber a mensalidade de recuperação até 10/2019 ou se pretende a implantação
imediata de auxílio-doença com determinação para reabilitação.
No mais, a autora deverá apresentar eventual documentação médica que demonstre patologia psiquiátrica, para se for o caso, seja designada
perícia nesta especialidade, considerando que a documentação médica constante dos autos somente sugere doença psiquiátrica em hipótese
diagnóstica (fl. 07 do anexo 02).
Redesigno pauta-extra para o dia 30/04/2019, dispensada a presença das partes. Int.
ATO ORDINATÓRIO - 29
0004323-60.2018.4.03.6317 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6317003462
AUTOR: CRISTIANE ALVES DE ARAUJO (SP077176 - SEBASTIAO CARLOS FERREIRA DUARTE)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - REGINA CÉLIA PONSONI FIUZA)
Diante da readequação da agenda de perícias, intimo as partes da designação de perícia médica, a realizar-se no dia 23/05/2019, às 16:00h,
devendo a parte autora comparecer na sede deste Juizado, munida de documentos pessoais com foto (RG, CPF, CTPS) e todos os
documentos médicos pertinentes ao exame judicial.(PO 13/13 – JEF/SA, disponibilizada no DE da 3ª Região de 29/08/13)
Diante da readequação da agenda de perícias, intimo as partes da designação de perícia médica, a realizar-se no dia 22/05/2019, às 18:00h,
devendo a parte autora comparecer na sede deste Juizado, munida de documentos pessoais com foto (RG, CPF, CTPS) e todos os
documentos médicos pertinentes ao exame judicial.(PO 13/13 – JEF/SA, disponibilizada no DE da 3ª Região de 29/08/13)
0003195-05.2018.4.03.6317 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6317003460JOSE CARLOS CUNHA (SP256004 -
ROSANGELA DE LIMA ALVES)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - REGINA CÉLIA PONSONI FIUZA)
Diante da readequação da agenda de perícias, intimo as partes da designação de perícia médica, a realizar-se no dia 23/05/2019, às 15:00h,
devendo a parte autora comparecer na sede deste Juizado, munida de documentos pessoais com foto (RG, CPF, CTPS) e todos os
documentos médicos pertinentes ao exame judicial.(PO 13/13 – JEF/SA, disponibilizada no DE da 3ª Região de 29/08/13)
EXPEDIENTE Nº 2019/6318000080
Homologo o acordo firmado entre a parte autora e o Instituto Nacional do Seguro Social, nos termos do art. 487, inciso III, alínea b do CPC.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 860/1770
Intime-se o Chefe da Agência da Previdência Social em Franca (Equipe de Atendimento de Demandas Judiciais - EADJ) para que
providencie o restabelecimento do benefício de auxílio-doença NB 6042003040 com DIB em 01.10.2018, DIP em 01.03.2019 e DCB em
18.02.2020, com valores em atraso no importe 100%, nos termos do acordo.
O benefício deverá ser implantado no prazo de 30 (trinta) dias a contar do recebimento do ofício judicial.
Alerto que, na hipótese de entender que não terá condições de retorno ao trabalho até a data fixada para cessação do benefício, poderá a
autora solicitar administrativamente a prorrogação do benefício no prazo de 15 (quinze) dias que antecederem à cessação.
Deverá a APSADJ resguardar à autora o exercício do direito ao pedido de prorrogação, nos termos da proposta.
Após a implantação do benefício pelo INSS, remetam-se os autos à contadoria deste Juizado para realização de cálculo dos valores em atraso.
Sem condenação em custas e honorários advocatícios (Lei n. 9.099/95, art. 55).
Publique-se. Intime-se. Registrada eletronicamente.
Homologo o acordo firmado entre a parte autora e o Instituto Nacional do Seguro Social, nos termos do art. 487, inciso III, alínea b do CPC.
Intime-se o Chefe da Agência da Previdência Social em Franca (Equipe de Atendimento de Demandas Judiciais - EADJ) para que
providencie a implantação do benefício de aposentadoria por invalidez com DIB em 08.01.2019, DIP em 01.03.2019, com valores em atraso
no importe relativo a 100%, nos termos do acordo.
O benefício deverá ser implantado no prazo de 30 (trinta) dias a contar do recebimento do ofício judicial.
Após a implantação do benefício pelo INSS, remetam-se os autos à contadoria deste Juizado para realização de cálculo dos valores em atraso.
Sem condenação em custas e honorários advocatícios (Lei n. 9.099/95, art. 55).
Publique-se. Intime-se. Registrada eletronicamente.
Homologo o acordo firmado entre a parte autora e o Instituto Nacional do Seguro Social, nos termos do art. 487, inciso III, alínea b do CPC.
Intime-se o Chefe da Agência da Previdência Social em Franca (Equipe de Atendimento de Demandas Judiciais - EADJ) para que
providencie o restabelecimento do benefício de auxílio-doença NB 6207904587 com DIB em 11.09.2018, DIP em 01.03.2019 e DCB em
11.09.2019, com valores em atraso no importe 100%, nos termos do acordo.
O benefício deverá ser implantado no prazo de 30 (trinta) dias a contar do recebimento do ofício judicial.
Alerto que, na hipótese de entender que não terá condições de retorno ao trabalho até a data fixada para cessação do benefício, poderá a
autora solicitar administrativamente a prorrogação do benefício no prazo de 15 (quinze) dias que antecederem à cessação.
Deverá a APSADJ resguardar à autora o exercício do direito ao pedido de prorrogação, nos termos da proposta.
Após a implantação do benefício pelo INSS, remetam-se os autos à contadoria deste Juizado para realização de cálculo dos valores em atraso.
Sem condenação em custas e honorários advocatícios (Lei n. 9.099/95, art. 55).
Publique-se. Intime-se. Registrada eletronicamente.
Homologo o acordo firmado entre a parte autora e o Instituto Nacional do Seguro Social, nos termos do art. 487, inciso III, alínea b do CPC.
Intime-se o Chefe da Agência da Previdência Social em Franca (Equipe de Atendimento de Demandas Judiciais - EADJ) para que
providencie o restabelecimento do benefício de auxílio-doença NB 6253284820 com DIB em 22.02.2019, DIP em 01.03.2019 e DCB em
20.08.2019, com valores em atraso no importe 100%, nos termos do acordo.
O benefício deverá ser implantado no prazo de 30 (trinta) dias a contar do recebimento do ofício judicial.
Alerto que, na hipótese de entender que não terá condições de retorno ao trabalho até a data fixada para cessação do benefício, poderá a
autora solicitar administrativamente a prorrogação do benefício no prazo de 15 (quinze) dias que antecederem à cessação.
Deverá a APSADJ resguardar à autora o exercício do direito ao pedido de prorrogação, nos termos da proposta.
Após a implantação do benefício pelo INSS, remetam-se os autos à contadoria deste Juizado para realização de cálculo dos valores em atraso.
Sem condenação em custas e honorários advocatícios (Lei n. 9.099/95, art. 55).
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 861/1770
Publique-se. Intime-se. Registrada eletronicamente.
Homologo o acordo firmado entre a parte autora e o Instituto Nacional do Seguro Social, nos termos do art. 487, inciso III, alínea b do CPC.
Intime-se o Chefe da Agência da Previdência Social em Franca (Equipe de Atendimento de Demandas Judiciais - EADJ) para que
providencie a manutenção do benefício de aposentadoria por invalidez NB 6025602151 com DIP em 01.03.2019, com valores em atraso no
importe relativo a 100%, nos termos do acordo.
O benefício deverá ser implantado no prazo de 30 (trinta) dias a contar do recebimento do ofício judicial.
Após a implantação do benefício pelo INSS, remetam-se os autos à contadoria deste Juizado para realização de cálculo dos valores em atraso.
Sem condenação em custas e honorários advocatícios (Lei n. 9.099/95, art. 55).
Publique-se. Intime-se. Registrada eletronicamente.
Homologo o acordo firmado entre a parte autora e o Instituto Nacional do Seguro Social, nos termos do art. 487, inciso III, alínea b do CPC.
Intime-se o Chefe da Agência da Previdência Social em Franca (Equipe de Atendimento de Demandas Judiciais - EADJ) para que
providencie a manutenção do benefício de aposentadoria por invalidez NB 5539811450 com DIP em 01.03.2019, com valores em atraso no
importe relativo a 100%, nos termos do acordo.
O benefício deverá ser implantado no prazo de 30 (trinta) dias a contar do recebimento do ofício judicial.
Após a implantação do benefício pelo INSS, remetam-se os autos à contadoria deste Juizado para realização de cálculo dos valores em atraso.
Sem condenação em custas e honorários advocatícios (Lei n. 9.099/95, art. 55).
Publique-se. Intime-se. Registrada eletronicamente.
Posto isso, JULGO IMPROCEDENTES OS PEDIDOS, extinguindo o feito com resolução de mérito, nos termos do art. 487, I, do CPC.
Sem condenação nas custas processuais e honorários advocatícios nesta instância judicial.
Defiro o pedido de Assistência Judiciária gratuita.
Decorrido o trânsito em julgado, arquive-se os autos.
Caso haja interesse em recorrer desta sentença, cientifico as partes de que o prazo para recurso é de 10 (dez) dias (art. 42 da Lei nº
9.099/95), contados nos termos do art. 219 do CPC.
Publique-se. Registre-se e Intime-se.
DISPOSITIVO
AMAZONAS IND COM LTDA esp aux prod PPP28/29 03/10/1988 12/05/1989
b) conceder o benefício de aposentadoria por tempo de contribuição em favor da parte autora, a partir de 15/02/2017, (requerimento
administrativo), conforme fundamentação, nos termos do art. 53 da Lei nº 8.213/91;
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 863/1770
c) pagar ao autor as parcelas atrasadas devidas entre o dia 15/02/2017 e a data da efetiva da implantação do benefício.
Considerando a decisão proferida pelo Colendo Supremo Tribunal Federal no julgamento do Recurso Extraordinário n. 870.947, o valor das
prestações atrasadas deverá ser corrigido monetariamente através da aplicação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial – IPCA-
E, a partir do vencimento de cada prestação.
Incidirão também juros moratórios sobre o valor dessas prestações, a contar da citação do INSS, devendo ser observados os juros aplicados às
cadernetas de poupança, tal como estipulado pelo artigo 1º - F da Lei n.º 9.494/97, com a redação que lhe foi atribuída pela Lei n.º
11.960/2009.
Via de consequência, extingo o processo com resolução de mérito, nos termos do art. 487, I, do CPC.
Assim sendo, a sentença atende ao artigo 38, parágrafo único, da Lei 9.099/95, pois contêm os parâmetros de liquidação (cf. Enunciado
32 do FONAJEF).
Após o trânsito em julgado, remetam-se os autos à Seção de Contadoria deste Juizado para apresentar o cálculo dos valores atrasados.
Feitos os cálculos, intimem-se as partes para que se manifestem no prazo de 10 (dez) dias, contados nos termos do art. 219 do CPC.
Provado o direito alegado na inicial, e tendo em vista o perigo de dano, ante o caráter alimentar do benefício ora deferido, concedo a tutela de
urgência, determinando ao INSS a implantação do benefício, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, sob pena de imposição de multa diária.
Comunique-se o INSS, para imediato cumprimento desta determinação.
Sem condenação nas custas processuais e honorários advocatícios nesta instância judicial.
Não há reexame necessário (Lei 10.259/2001, art. 13) nem condenação em verba de sucumbência (Lei 9.099/95, art.55).
Caso haja interesse em recorrer desta sentença, cientifico as partes de que o prazo para recurso é de 10 (dez) dias (art. 42 da Lei nº
9.099/95), contados nos termos do art. 219 do CPC.
b) conceder o benefício de aposentadoria por tempo de contribuição em favor da parte autora, a partir de 05/04/2016 (data da entrada do
requerimento), conforme fundamentação, nos termos do art. 53 da Lei nº 8.213/91;
c) pagar ao autor as parcelas atrasadas devidas entre o dia 05/04/2016 e a data da efetiva implantação do benefício.
Considerando a decisão proferida pelo Colendo Supremo Tribunal Federal no julgamento do Recurso Extraordinário n. 870.947, o valor das
prestações atrasadas deverá ser corrigido monetariamente através da aplicação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial – IPCA-
E, a partir do vencimento de cada prestação.
Incidirão também juros moratórios sobre o valor dessas prestações, a contar da citação do INSS, devendo ser observados os juros aplicados às
cadernetas de poupança, tal como estipulado pelo artigo 1º - F da Lei n.º 9.494/97, com a redação que lhe foi atribuída pela Lei n.º
11.960/2009.
Via de consequência, extingo o processo com resolução de mérito, nos termos do art. 487, I, do CPC.
Assim sendo, a sentença atende ao artigo 38, parágrafo único, da Lei 9.099/95, pois contêm os parâmetros de liquidação (cf. Enunciado 32 do
FONAJEF).
Após o trânsito em julgado, remetam-se os autos à Seção de Contadoria deste Juizado para apresentar o cálculo dos valores atrasados.
Feitos os cálculos, intimem-se as partes para que se manifestem no prazo de 10 (dez) dias, contados nos termos do art. 219 do CPC.
As intimações far-se-ão por ato ordinatório.
Aquiescendo as partes, expeça-se a Requisição de Pagamento.
Provado o direito alegado na inicial, e tendo em vista o perigo de dano, ante o caráter alimentar do benefício ora deferido, concedo a tutela de
urgência, determinando ao INSS a implantação do benefício, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, sob pena de imposição de multa diária.
Comunique-se o INSS, para imediato cumprimento desta determinação.
Oficie-se ao chefe da agência competente.
Sem condenação nas custas processuais e honorários advocatícios nesta instância judicial.
Defiro à parte autora a Justiça Gratuita.
Não há reexame necessário (Lei 10.259/2001, art. 13) nem condenação em verba de sucumbência (Lei 9.099/95, art.55).
Caso haja interesse em recorrer desta sentença, cientifico as partes de que o prazo para recurso é de 10 (dez) dias (art. 42 da Lei nº
9.099/95), contados nos termos do art. 219 do CPC.
Publique-se. Intime-se. Registrada eletronicamente.
Ante o exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido formulados pela requerente, com base no art. 487, I do Código de
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 868/1770
Processo Civil, para:
a) determinar que a Caixa Econômica Federal providencie a exclusão definitiva do nome da autora de todo e qualquer cadastro de proteção ao
crédito, no que se referir aos apontamentos oriundos do débito discutido na presente ação;
b) condenar a Caixa Econômica Federal a pagar à autora, a título de danos morais, a quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), corrigido pelo
IPCA, a partir desta data, nos termos da Súmula 362 do STJ, e acrescida de juros de mora a partir da data da citação.
Antecipo, outrossim, os efeitos da tutela pretendida, no que concerne à determinação de exclusão do nome da autora nos órgãos de proteção
ao crédito até decisão final, visto que o direito lhe foi reconhecido nesta sentença, sendo, portanto, plausível, e, ademais, a manutenção da
negativação impedirá a autora de se utilizar de crédito no meio comercial, acarretando consequências inclusive no meio social em que vive, o
que poderá causar ao demandante receio de dano irreparável ou de difícil reparação.
Sem custas e honorários nesta instância, a teor do art. 1º da Lei n. 10.259/2001, c/c art. 55, da Lei n. 9.099/1995.
Havendo recurso tempestivo, intime-se a parte recorrida para contra-arrazoar no prazo de 10 (dez) dias. Transcorrido o prazo, remetam-se
os autos virtuais à colenda Turma Recursal.
Mantida esta sentença, após o trânsito em julgado, intime-se a ré para que, no prazo de 30 (trinta) dias, efetue o competente depósito do
valor da condenação, apresentando competente planilha.
Na sequência, a parte autora deverá ser intimada para manifestação no prazo de 15 (quinze) dias.
Oportunamente, arquivem se os autos.
Publique-se. Intime-se. Registrada eletronicamente.
b) conceder o benefício de aposentadoria por tempo de contribuição em favor da parte autora, a partir de 27/12/2013(requerimento
administrativo), conforme fundamentação, nos termos do art. 53 da Lei nº 8.213/91;
c) pagar ao autor as parcelas atrasadas devidas entre o dia 27/12/2013 e a data da efetiva implantação do benefício.
Considerando a decisão proferida pelo Colendo Supremo Tribunal Federal no julgamento do Recurso Extraordinário n. 870.947, o valor das
prestações atrasadas deverá ser corrigido monetariamente através da aplicação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial – IPCA-
E, a partir do vencimento de cada prestação.
Incidirão também juros moratórios sobre o valor dessas prestações, a contar da citação do INSS, devendo ser observados os juros aplicados às
cadernetas de poupança, tal como estipulado pelo artigo 1º - F da Lei n.º 9.494/97, com a redação que lhe foi atribuída pela Lei n.º
11.960/2009.
Via de consequência, extingo o processo com resolução de mérito, nos termos do art. 487, I, do CPC.
Assim sendo, a sentença atende ao artigo 38, parágrafo único, da Lei 9.099/95, pois contêm os parâmetros de liquidação (cf. Enunciado 32 do
FONAJEF).
Após o trânsito em julgado, remetam-se os autos à Seção de Contadoria deste Juizado para apresentar o cálculo dos valores atrasados.
Feitos os cálculos, intimem-se as partes para que se manifestem no prazo de 10 (dez) dias, contados nos termos do art. 219 do CPC.
As intimações far-se-ão por ato ordinatório.
Aquiescendo as partes, expeça-se a Requisição de Pagamento.
Provado o direito alegado na inicial, e tendo em vista o perigo de dano, ante o caráter alimentar do benefício ora deferido, concedo a tutela de
urgência, determinando ao INSS a implantação do benefício, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, sob pena de imposição de multa diária.
Comunique-se o INSS, para imediato cumprimento desta determinação.
Oficie-se ao chefe da agência competente.
Sem condenação nas custas processuais e honorários advocatícios nesta instância judicial.
Defiro à parte autora a Justiça Gratuita.
Não há reexame necessário (Lei 10.259/2001, art. 13) nem condenação em verba de sucumbência (Lei 9.099/95, art.55).
Caso haja interesse em recorrer desta sentença, cientifico as partes de que o prazo para recurso é de 10 (dez) dias (art. 42 da Lei nº
9.099/95), contados nos termos do art. 219 do CPC.
Publique-se. Intime-se. Registrada eletronicamente.
a) reconhecer e computar como tempo de contribuição os vínculos constantes e sua CTPS, devendo ser devidamente averbadas:
c) pagar à autora as parcelas atrasadas devidas entre o dia 26/06/2017 e a data da efetiva da implantação do benefício.
Considerando a decisão proferida pelo Colendo Supremo Tribunal Federal no julgamento do Recurso Extraordinário n. 870.947, o valor das
prestações atrasadas deverá ser corrigido monetariamente através da aplicação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial – IPCA-
E, a partir do vencimento de cada prestação.
Incidirão também juros moratórios sobre o valor dessas prestações, a contar da citação do INSS, devendo ser observados os juros aplicados às
cadernetas de poupança, tal como estipulado pelo artigo 1º - F da Lei n.º 9.494/97, com a redação que lhe foi atribuída pela Lei n.º
11.960/2009.
Via de consequência, extingo o processo com resolução de mérito, nos termos do art. 487, I, do CPC.
Assim sendo, a sentença atende ao artigo 38, parágrafo único, da Lei 9.099/95, pois contêm os parâmetros de liquidação (cf. Enunciado 32
do FONAJEF).
Após o trânsito em julgado, remetam-se os autos à Seção de Contadoria deste Juizado para apresentar o cálculo dos valores atrasados.
Feitos os cálculos, intimem-se as partes para que se manifestem no prazo de 10 (dez) dias, contados nos termos do art. 219 do CPC.
Provado o direito alegado na inicial, e tendo em vista o perigo de dano, ante o caráter alimentar do benefício ora deferido, concedo a tutela de
urgência, determinando ao INSS a implantação do benefício, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, sob pena de imposição de multa diária.
Comunique-se o INSS, para imediato cumprimento desta determinação.
Sem condenação nas custas processuais e honorários advocatícios nesta instância judicial.
Não há reexame necessário (Lei 10.259/2001, art. 13) nem condenação em verba de sucumbência (Lei 9.099/95, art.55).
Caso haja interesse em recorrer desta sentença, cientifico as partes de que o prazo para recurso é de 10 (dez) dias (art. 42 da Lei nº
9.099/95), contados nos termos do art. 219 do CPC.
a2) reconhecer como tempo de contribuição os períodos em que a parte recebeu auxílio-doença:
Via de consequência, extingo o processo com resolução de mérito, nos termos do art. 487, I, do CPC.
Sem condenação nas custas processuais e honorários advocatícios nesta instância judicial.
Defiro o pedido de Assistência Judiciária gratuita.
Decorrido o trânsito em julgado, intime-se o INSS para averbar o tempo reconhecido como especial e os benefícios de auxílio-doença.
Após, arquive-se os autos.
Caso haja interesse em recorrer desta sentença, cientifico as partes de que o prazo para recurso é de 10 (dez) dias (art. 42 da Lei nº
9.099/95), contados nos termos do art. 219 do CPC.
Publique-se. Registre-se e Intime-se.
Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE EM PARTE O PEDIDO, para condenar o INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL
(INSS) à obrigação de fazer, consistente em implantar em favor da parte autora o benefício previdenciário de auxílio-doença, a partir de
19/10/2019 (data do citação), pois a data do requerimento administrativo é anterior à data da incapacidade.
Condeno o INSS, ainda, à obrigação de dar, consistente nos pagamentos das parcelas do benefício previdenciário desde a DIB acima definida.
Considerando a decisão proferida pelo Colendo Supremo Tribunal Federal no julgamento do Recurso Extraordinário n. 870.947, o valor das
prestações atrasadas deverá ser corrigido monetariamente através da aplicação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial – IPCA-
E, a partir do vencimento de cada prestação.
Incidirão também juros moratórios sobre o valor dessas prestações, a contar da citação do INSS, devendo ser observados os juros aplicados às
cadernetas de poupança, tal como estipulado pelo artigo 1º - F da Lei n.º 9.494/97, com a redação que lhe foi atribuída pela Lei n.º
11.960/2009.
Fica autorizada a compensação de valores eventualmente pagos a título de benefício por incapacidade decorrente do mesmo fato
previdenciário.
Assim sendo, a sentença atende ao artigo 38, parágrafo único, da Lei 9.099/95, pois contém os parâmetros de liquidação (cf. Enunciado 32 do
FONAJEF).
Por consequência, extingo o feito com resolução de mérito, nos termos do art. 487, I, do CPC.
Determino que o benefício ora concedido seja mantido por 6 (seis) meses, em razão do lapso temporal estimado pelo perito médico como
necessário para a plena recuperação da capacidade laborativa da parte autora.
Assim sendo, a contagem do tempo de recuperação (6 meses) terá início a partir da data da implantação do benefício concedido na via
administrativa.
Cabendo à parte autora requerer a prorrogação administrativa do benefício nos 15 dias anteriores à cessação, caso ainda se considere
incapacitada para o trabalho. Caso a parte não realize o agendamento do requerimento de prorrogação, o benefício será suspenso, nos termos
do art. 101 da Lei nº 8.213/91.
Após o trânsito em julgado, remetam-se os autos à Seção de Contadoria deste Juizado para apresentar o cálculo dos valores atrasados.
Feitos os cálculos, intimem-se as partes para que se manifestem no prazo de 10 (dez) dias, contados nos termos do art. 219 do CPC.
As intimações serão feitas por ato ordinatório.
Aquiescendo as partes, expeça-se Requisição de Pagamento.
Provado o direito alegado na inicial, e tendo em vista o perigo de dano, ante o caráter alimentar do benefício ora deferido, concedo a tutela de
urgência, determinando ao INSS a implantação do benefício, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, sob pena de imposição de multa diária.
Comunique-se o INSS, para imediato cumprimento desta determinação.
Oficie-se ao chefe da agência competente do INSS.
Defiro à parte autora a assistência judiciária gratuita.
Não há reexame necessário (Lei nº 10.259/2001, art. 13) nem condenação em verba de sucumbência (Lei nº 9.099/95, art. 55).
Caso haja interesse em recorrer desta sentença, cientifico as partes de que o prazo para recurso é de 10 (dez) dias (art. 42 da Lei nº
9.099/95), contados nos termos do art. 219 do CPC.
DISPOSITIVO
Posto isso, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO, para condenar o INSS - Instituto Nacional do Seguro Social - à obrigação de fazer,
consistente na revisão do benefício do autor (NB 42/172.622.948-0 para retroagir a DIB em 14/01/2016, conforme fundamentação:
a) reconhecer como especial o período de trabalho exercido no interregno supramencionado, devendo o INSS promover as devidas
averbações, conforme planilha:
b) conceder a revisão do benefício de aposentadoria por tempo de contribuição (NB 42/172.622.948-0), em favor do autor, retroagindo a DIB
para 14/01/2016 ;
c) pagar ao autor as parcelas atrasadas devidas entre o dia 14/01/2016 e a data da efetiva revisão e implantação do benefício revisado,
observando a prescrição quinquenal e descontando os valores já pagos a título de benefício previdenciário.
Considerando a decisão proferida pelo Colendo Supremo Tribunal Federal no julgamento do Recurso Extraordinário n. 870.947, o valor das
prestações atrasadas deverá ser corrigido monetariamente através da aplicação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial – IPCA-
E, a partir do vencimento de cada prestação.
Incidirão também juros moratórios sobre o valor dessas prestações, a contar da citação do INSS, devendo ser observados os juros aplicados às
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 873/1770
cadernetas de poupança, tal como estipulado pelo artigo 1º - F da Lei n.º 9.494/97, com a redação que lhe foi atribuída pela Lei n.º
11.960/2009.
Via de consequência, extingo o processo com resolução de mérito, nos termos do art. 487, I, do CPC.
Assim sendo, a sentença atende ao artigo 38, parágrafo único, da Lei 9.099/95, pois contêm os parâmetros de liquidação (cf. Enunciado
32 do FONAJEF).
Após o trânsito em julgado, remetam-se os autos à Seção de Contadoria deste Juizado para apresentar o cálculo dos valores atrasados.
Feitos os cálculos, intimem-se as partes para que se manifestem no prazo de 10 (dez) dias, contados nos termos do art. 219 do CPC.
Indefiro a antecipação dos efeitos da tutela, uma vez que não está presente o requisito do “periculum in mora” , tendo em vista que a parte
autora esta recebendo o benefício de aposentadoria por tempo de contribuição, satisfazendo a sua subsistência.
Oficie-se ao chefe da agência competente.
Sem condenação nas custas processuais e honorários advocatícios nesta instância judicial.
Defiro à parte autora a Justiça Gratuita.
Não há reexame necessário (Lei 10.259/2001, art. 13) nem condenação em verba de sucumbência (Lei 9.099/95, art.55).
Caso haja interesse em recorrer desta sentença, cientifico as partes de que o prazo para recurso é de 10 (dez) dias (art. 42 da Lei nº
9.099/95), contados nos termos do art. 219 do CPC.
Publique-se. Intime-se. Registrada eletronicamente.
Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO, para condenar o INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL na obrigação de
fazer, consistente em implantar em favor da parte autora o benefício previdenciário de aposentadoria por idade, com data de início do benefício
em 29/09/2016 (data do requerimento administrativo).
Condeno o INSS, ainda, ao pagamento das parcelas do benefício previdenciário desde a DIB acima definida.
Considerando a decisão proferida pelo Colendo Supremo Tribunal Federal no julgamento do Recurso Extraordinário n. 870.947, o valor das
prestações atrasadas deverá ser corrigido monetariamente através da aplicação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial – IPCA-
E, a partir do vencimento de cada prestação.
Incidirão também juros moratórios sobre o valor dessas prestações, a contar da citação do INSS, devendo ser observados os juros aplicados às
cadernetas de poupança, tal como estipulado pelo artigo 1º - F da Lei n.º 9.494/97, com a redação que lhe foi atribuída pela Lei n.º
11.960/2009.
Assim sendo, a sentença atende ao artigo 38, parágrafo único, da Lei 9.099/95, pois contém os parâmetros de liquidação (cf. Enunciado 32 do
FONAJEF).
Por consequência, extingo o feito com resolução de mérito, nos termos do art. 487, inciso I, do CPC.
Após o trânsito em julgado, remetam-se os autos à Seção de Contadoria deste Juizado para apresentar o cálculo dos valores atrasados.
Feitos os cálculos, intimem-se as partes para que se manifestem no prazo de 10 (dez) dias, contados nos termos do art. 219 do CPC.
As intimações serão feitas por ato ordinatório.
Aquiescendo as partes, expeça-se Requisição de Pagamento.
Provado o direito alegado na inicial, e tendo em vista o perigo de dano, ante o caráter alimentar do benefício ora deferido, concedo a tutela de
urgência, determinando ao INSS a implantação do benefício, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, sob pena de imposição de multa diária.
Comunique-se o INSS, para imediato cumprimento desta determinação.
Oficie-se ao chefe da agência competente do INSS.
Não há reexame necessário (Lei nº 10.259/2001, art. 13) nem condenação em verba de sucumbência (Lei nº 9.099/95, art. 55).
Caso haja interesse em recorrer desta sentença, cientifico as partes de que o prazo para recurso é de 10 (dez) dias (art. 42 da Lei nº
9.099/95), contados nos termos do art. 219 do CPC.
Publique-se. Intime-se. Registrada eletronicamente.
b) conceder o benefício de aposentadoria por tempo de contribuição em favor da parte autora, a partir de 20/07/2016(data da entrada do
requerimento), conforme fundamentação, nos termos do art. 53 da Lei nº 8.213/91;
c) pagar ao autor as parcelas atrasadas devidas entre o dia 20/07/2016 e a data da efetiva da implantação do benefício.
Considerando a decisão proferida pelo Colendo Supremo Tribunal Federal no julgamento do Recurso Extraordinário n. 870.947, o valor das
prestações atrasadas deverá ser corrigido monetariamente através da aplicação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial – IPCA-
E, a partir do vencimento de cada prestação.
Incidirão também juros moratórios sobre o valor dessas prestações, a contar da citação do INSS, devendo ser observados os juros aplicados às
cadernetas de poupança, tal como estipulado pelo artigo 1º - F da Lei n.º 9.494/97, com a redação que lhe foi atribuída pela Lei n.º
11.960/2009.
Via de consequência, extingo o processo com resolução de mérito, nos termos do art. 487, I, do CPC.
Assim sendo, a sentença atende ao artigo 38, parágrafo único, da Lei 9.099/95, pois contêm os parâmetros de liquidação (cf. Enunciado 32
do FONAJEF).
Feitos os cálculos, intimem-se as partes para que se manifestem no prazo de 10 (dez) dias, contados nos termos do art. 219 do CPC.
Provado o direito alegado na inicial, e tendo em vista o perigo de dano, ante o caráter alimentar do benefício ora deferido, concedo a tutela de
urgência, determinando ao INSS a implantação do benefício, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, sob pena de imposição de multa diária.
Comunique-se o INSS, para imediato cumprimento desta determinação.
Sem condenação nas custas processuais e honorários advocatícios nesta instância judicial.
Não há reexame necessário (Lei 10.259/2001, art. 13) nem condenação em verba de sucumbência (Lei 9.099/95, art.55).
Caso haja interesse em recorrer desta sentença, cientifico as partes de que o prazo para recurso é de 10 (dez) dias (art. 42 da Lei nº
9.099/95), contados nos termos do art. 219 do CPC.
Diante do exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido, com fulcro no artigo 487, inciso I, do Novo Código de Processo Civil, para condenar o
INSS ao cumprimento das seguintes obrigações de fazer:
(1) efetuar o cálculo da renda mensal inicial - RMI do benefício previdenciário da parte autora, por meio da aplicação do índice integral de
correção monetária correspondente a variação percentual de 39,67%, referente ao IRSM, relativo ao mês de fevereiro de 1994, aos salários-
de-contribuição anteriores a março de 1994, observando com relação ao teto as regras do artigo 21, parágrafo 3º, da Lei nº 8.880, de 27.05.94,
e do artigo 26 da Lei nº 8.870 de 15.04.94;
(2) efetuar o cálculo da evolução da RMI até a renda mensal atual - RMA, para esta data;
(3) efetuar a correção do valor da RMA no sistema informatizado da DATAPREV;
(4) proceder ao pagamento do denominado “complemento positivo”, verificado entre a data de julgamento e a efetiva correção da RMA,
fixando a data do início do pagamento - DIP nesta data;
(5) proceder à elaboração dos cálculos dos valores das prestações vencidas no sistema informatizado da DATAPREV, acrescido de juros
conforme a Lei 11.960/2009 observada a prescrição qüinqüenal, contada retroativamente a partir da data da propositura da ação, considerado
o protocolo inicial, descontando-se os valores pagos administrativamente os respectivos cálculos, no prazo de 60 (sessenta) dias ou justificando
a impossibilidade da elaboração.
Recebidos os cálculos, após conferidos pela Contadoria Judicial, será imediatamente expedido o ofício requisitório nas hipóteses de valor
inferior a 60 (sessenta) salários-mínimos.
Sem custas e honorários nesta instância judicial, nos termos do art. 55 da Lei 9099/95 e art. 1º, da Lei 10.259/01.
Defiro os benefícios da justiça gratuita, nos termos do art. 4º, da Lei 1060/50.
Publique-se. Registre-se. Intime-se.
Diante dos fundamentos expostos, JULGO PROCEDENTE o pedido, EXTINGUINDO O FEITO COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO, nos
termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil, condenando:
Trata-se de ação movida pela GIOVANI APARECIDO DA SILVA CANDIDO em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL.
A parte requerente foi intimada a providenciar o andamento do feito, suprindo falta nele existente.
Deixou, contudo, escoar o prazo assinalado, sem qualquer providência, já que o documento apresentado no anexo 12 não atende às
determinações deste Juízo (anexo 8), uma vez que não veio acompanhado da competente declaração.
Por consequência, INDEFIRO A PETIÇÃO INICIAL e EXTINGO O PROCESSO, sem resolução do mérito, com fulcro nos artigos 485,
incisos I e IV, c.c. 321, ambos do Código de Processo Civil.
Não há reexame necessário (Lei nº 10.259/2001, art. 13) nem condenação em verba de sucumbência (Lei nº 9.099/95, art. 55).
Caso haja interesse em recorrer desta sentença, cientifico as partes de que o prazo para recurso é de 10 (dez) dias (art. 42 da Lei nº
9.099/95), contados nos termos do art. 219 do CPC.
Oportunamente, arquivem-se os autos.
Publique-se. Intime-se. Registrada eletronicamente.
Trata-se de ação proposta por KATIA APARECIDA SILVA em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 878/1770
Consta nos autos petição requerendo desistência e extinção do feito sem resolução do mérito (evento 12).
Ante o exposto, HOMOLOGO O PEDIDO DE DESISTÊNCIA e JULGO EXTINTO O FEITO, SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO, nos
termos do art. 485, IV c/c VIII, do Código de Processo Civil.
Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos.
Não há condenação em verba de sucumbência (Lei nº 9.099/95, art. 55).
Publique-se. Intime-se. Registrada eletronicamente.
Não há reexame necessário (Lei nº 10.259/2001, art. 13), nem condenação em verba de sucumbência (Lei nº 9.099/95, art. 55).
Caso haja interesse em recorrer desta sentença, cientifico as partes de que o prazo para recurso é de 10 (dez) dias (art. 42 da Lei nº
9.099/95), contados nos termos do art. 219 do CPC.
DESPACHO JEF - 5
0002683-53.2017.4.03.6318 - 1ª VARA GABINETE - DESPACHO JEF Nr. 2019/6318010816
AUTOR: ADELMO CARLOS MENEZES (SP286252 - MARCUS VINICIUS COSTA PINTO, SP321374 - CÁSSIO EDUARDO
BORGES SILVEIRA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP234649 - DR.RAPHAEL VIANNA DE MENEZES)
Concedo o prazo suplementar de 15 (quinze) dias, para que seja providenciado instrumento de Procuração para regularização da
representação processual da habilitanda Júlia de Oliveira Menezes.
Ressalto que o prazo é improrrogável, sob pena de extinção.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 879/1770
Int.
Manifeste-se a parte autora, no prazo de 15 (quinze) dias, em relação ao conteúdo do OFÍCIO/AADJ/RP/21.031.130/2898/2019 do INSS-
AADJ-AGÊNCIA DE ATENDIMENTO DE DEMANDAS JUDICIAIS – evento 55, requerendo o que de direito.
Int.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 38.554,21
(TRINTA E OITO MIL QUINHENTOS E CINQUENTA E QUATRO REAIS E VINTE E UM CENTAVOS), posicionado para
novembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o valor de sucumbência (evento 101), observando o destaque dos honorários contratuais
em favor da pessoa jurídica BACHUR E VIEIRA SOCIEDADE DE ADVOGADOS, CNPJ 20.433.180/0001-02.
Intimem-se.
Ante a apresentação, pelo INSS, do Recurso Inominado com pedido de efeito suspensivo contra a decisão de homologação de cálculos
elaborados pela contadoria do juizado, manifeste-se a parte autora em contrarrazões, no prazo de 10 (dez) dias, nos termos da Lei 9.099, art.
42, cumulado com o art. 1.010, § 3º, do CPC, aplicado subsidiariamente, contados nos termos do art. 219 do novo CPC.
Após, remetam-se os autos à e. Turma Recursal para apreciação do pedido, com as nossas homenagens.
Int.
Inicialmente, indefiro o pedido de realização de exame de Tomografia Computadorizada, tendo em vista que tal providência compete à parte
interessada, bem como por ser a via processual eleita inadequada.
Defiro os benefícios da assistência judiciária gratuita.
Designo perícia médica a ser realizada no dia 22 de abril de 2019, às 10h, pelo DR. CIRILO BARCELOS JÚNIOR, CREMESP 38.345,
Cardiologista e Clínico Geral, na sala de perícias da Justiça Federal, ficando a parte autora intimada, na pessoa de seu i. advogado (art. 8º, §
1º, da Lei 10.259/2001), para comparecimento, com 30 (trinta) minutos de antecedência, munida de documento de identificação e de toda
documentação médica que comprova a incapacidade laborativa alegada.
Quando o caso, pacientes com exames radiográficos realizados por serviço on line, solicitar o exame via impressa, arquivo em CD ou senha
para acesso do Sr. Perito via internet.
Alerto ser necessária a apresentação aos autos de toda a documentação médica que comprova a incapacidade laborativa alegada, da CTPS
com todos os registros, bem assim de todos os comprovantes de contribuições previdenciárias, se houver, sob pena de julgamento do feito no
estado em que se encontra.
O perito responderá apenas aos quesitos do Juízo constantes na Portaria n. 7, de 02 de junho de 2017 deste Juizado Especial Federal de
Franca/SP, disponibilizada em Diário Eletrônico Oficial em 17 de julho de 2017 e depositada em Secretaria, os quais são suficientes para
esclarecer os pontos controvertidos da demanda. Todavia, após a vinda do laudo, poderão as partes formular quesitos complementares, se
necessário.
Nos termos da Resolução Conjunta nº 01 CNJ/AGU/MTPS, de 15 de dezembro de 2015, intime-se o INSS para que, se considerar
indispensável, apresente aos autos o(s) processos(s) administrativo(s) e/ou informe(s) dos sistemas informatizados relacionados às perícias
médicas realizadas na via administrativa.
Fica a parte autora cientificada de que o não comparecimento à perícia médica implica em preclusão da prova técnica e na extinção do
processo sem resolução de mérito, salvo quando comprovado documentalmente, no prazo de 05 (cinco) dias, que a ausência decorreu de
motivo de força maior.
Com a vinda do laudo, intimem-se as partes para manifestação e cite-se o INSS.
Int.
Ciência às partes da designação da perícia técnica judicial, a ser realizada no dia 06 de maio de 2019, às 08:00 horas, na empresa
INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PAPÉIS E EMBALAGENS MAXXI, nos termos da r. determinação proferida pela 2ª Vara Cível da
Comarca de Cássia/MG na carta precatória distribuída naquele D. Juízo sob n° 0025828-66.2018.8.13.0151 (evento nº 108).
Int.
1 - Intime-se a parte ré para manifestar sobre os cálculos elaborados pela Contadoria do Juízo. A parte autora manifestou concordância com
os cálculos apresentados.
2 - Eventual impugnação deve atender, sob pena de rejeição sumária, os seguintes requisitos, com base no art. 32, inciso II, da Resolução nº
458, de 4 de outubro de 2017, do Conselho da Justiça Federal:
a) o requerente deve apontar e especificar claramente quais são as incorreções existentes nos cálculos, discriminando o montante que seria
correto;
b) o defeito nos cálculos deve estar ligado à incorreção material ou à utilização de critério em descompasso com a lei ou com o título executivo
judicial; e
c) o critério legal aplicável ao débito não deve ter sido objeto de debate na fase de conhecimento.
3 - Outrossim, saliento que, caso o nome da parte autora ou do advogado (pessoa física ou jurídica) esteja divergente no cadastro de
CPF/CNPJ da Receita Federal/CJF e/ou com situação cadastral irregular (cancelada, suspensa, pendente de regularização, etc), haverá o
cancelamento da(s) requisição(ões) de pagamento, de ofício, pelo TRF3.
Assim, os advogados deverão certificar-se da regularidade do CPF/CNPJ dos beneficiários do crédito (parte autora e advogado), juntando aos
autos o extrato atualizado da situação cadastral regular emitido no endereço eletrônico da Receita Federal.
Em caso de óbito do credor, deverá ser providenciada a habilitação de herdeiros necessários, antes da expedição da respectiva requisição de
pagamento.
4 – O patrono deverá, também, informar o nome (pessoa física/jurídica) e o número de seu CPF/CNPJ, possibilitando assim, as devidas
expedições.
5 - Deverá o setor de distribuição regularizar o cadastro da autora, conforme requerido no item 3 do evento 91.
6 - Após e se em termos, conclusos para decisão homologatória dos cálculos.
Int.
a) o requerente deve apontar e especificar claramente quais são as incorreções existentes nos cálculos, discriminando o montante que seria
correto;
b) o defeito nos cálculos deve estar ligado à incorreção material ou à utilização de critério em descompasso com a lei ou com o título executivo
judicial; e
c) o critério legal aplicável ao débito não deve ter sido objeto de debate na fase de conhecimento.
Havendo impugnação nos termos supra, retornem-se os autos à contadoria para retificar/ratificar os referidos cálculos, explicitando e
esclarecendo o(s) ponto(s) divergente(s).
3 - Caso o montante do valor da condenação ultrapasse o limite de 60 (sessenta) salários mínimos, a parte autora deverá, no mesmo prazo,
manifestar-se acerca do recebimento por meio de ofício precatório ou por requisição de pequeno valor. Assevero que, na hipótese de ausência
de manifestação, será expedido ofício precatório.
4 – Caso o(a) d. advogado(a) pretenda o destaque dos honorários contratuais, deverá juntar, no prazo de 15 (quinze) dias, cópia do contrato
assinado pelas partes, bem como comprovar por meio de declaração assinada pelo outorgante que os honorários não foram pagos no todo ou
em parte. Fica dispensado o reconhecimento de firma, haja vista o disposto na Lei nº 11.925/2009.
Ressalte-se que, conforme disposto no art. 22, §4º, da Lei nº 8.906/94 (Estatuto da OAB), é legítimo o destaque dos honorários contratuais em
favor do patrono, mediante a prova de que não houve pagamento anterior. Nesse sentido, confira-se a jurisprudência do STJ:
PROCESSUAL CIVIL. VIOLAÇAO DO ART. 535 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. NAO OCORRÊNCIA. OFENSA AO ART.
6º DA LEI DE INTRODUÇÃO AO CÓDIGO CIVIL E AOS ARTS. 2º, 128 E 471-I DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AUSÊNCIA
DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS N os 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESTAQUE DE HONORÁRIOS
PACTUADOS EM NOME DO CAUSÍDICO. EXECUÇAO NOS PRÓPRIOS AUTOS DA DEMANDA EM QUE ATUOU O
ADVOGADO. OITIVA DOS TITULARES DA AÇAO. NECESSIDADE. REGRA PREVISTA NO ESTATUTO DA ORDEM DOS
ADVOGADOS DO BRASIL.
(...)
3. A parte final do art. 22, 4º, da Lei nº 8.906/1994, permite que o juiz determine a apresentação pelo advogado de declaração firmada pelo
cliente de que nenhum valor a título de honorários convencionados foi adiantado ou a abertura de prazo para o constituinte-cliente se
manifestar sobre a existência de eventual pagamento; para que seja realizado o destaque da verba honorária, quando o advogado fizer juntar
aos autos o seu contrato de honorários antes de expedir-se o mandado de levantamento ou o precatório. Precedente.
4. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa extensão, desprovido.
(REsp 1.106.306/RS, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 16/4/2009, DJe 11/5/2009)
DIREITO ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. VIOLAÇAO AOS ARTS. 458, II, E 535, II, DO CPC.
NAO-OCORRÊNCIA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS CONTRATUAIS. RECEBIMENTO PELO PATRONOCONDICIONADO À
APRESENTAÇAO DO RESPECTIVO CONTRATO DE HONORÁRIOS E À PROVA DE QUE NAOFORAM ELES
ANTERIORMENTE PAGOS PELO CONSTITUINTE. POSSIBILIDADE. ART. 22, 4º, DA LEI 8.906/1994. RECURSO ESPECIAL
CONHECIDO E IMPROVIDO.
1. Os embargos de declaração têm como objetivo sanear eventual obscuridade, contradição ou omissão existentes na decisão recorrida.
Não há falar em afronta aos arts. 458, II, e 535, II, do CPC, quando o Tribunal de origem pronuncia-se de forma clara e precisa sobre a
questão posta nos autos, assentando-se em fundamentos suficientes para embasar a decisão, como ocorrido na espécie.
2. Pode o Juiz condicionar a dedução dos honorários advocatícios, antes da expedição do respectivo mandado de levantamento ou precatório, à
prova de que nã o foram eles anteriormente pagos pelo constituinte. Inteligência do art. 22, 4º, da Lei 8.906/1994.
3. Recurso especial conhecido e improvido.
(REsp 953.235/RS, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, QUINTA TURMA, julgado em 25/9/2008, DJe 3/11/2008)
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 893/1770
5 - Outrossim, saliento que, caso o nome da parte autora ou do advogado (pessoa física ou jurídica) esteja divergente no cadastro de
CPF/CNPJ da Receita Federal/CJF e/ou com situação cadastral irregular (cancelada, suspensa, pendente de regularização, etc), haverá o
cancelamento da(s) requisição(ões) de pagamento, de ofício, pelo TRF3.
Assim, os advogados deverão certificar-se da regularidade do CPF/CNPJ dos beneficiários do crédito (parte autora e advogado), juntando aos
autos o extrato atualizado da situação cadastral regular emitido no endereço eletrônico da Receita Federal.
Em caso de óbito do credor, deverá ser providenciada a habilitação de herdeiros necessários, antes da expedição da respectiva requisição de
pagamento.
Decorrido o prazo sem manifestação ou com a juntada da documentação incompleta, será expedido o(s) competente(s) requisitório(s) sem o
destacamento.
6 – O patrono deverá, também, informar o nome (pessoa física/jurídica) e o número de seu CPF/CNPJ, possibilitando assim, as devidas
expedições.
7 - Após e se em termos, conclusos para decisão homologatória dos cálculos.
Int.
Com relação a filha Aline Stefany Quintilhano, verifico que a hipótese não se enquadra na forma do art. 16 c/c art. 112 da Lei 8.213/91, por
não serem dependentes previdenciários, já que maiores de 21 anos na data do óbito de Neuza Maria da Silva.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 15.394,03
(QUINZE MIL E TREZENTOS E NOVENTA E QUATRO REAIS E TRÊS CENTAVOS), posicionados para dezembro de 2017.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) e sucumbênciais
no valor de R$527,81 (quinhentos e vinte e sete reais e oitenta e um centavos) em favor de FABIANO SILVEIRA MACHADO
SOCIEDADE INDIVIDUAL DE ADVOCACIA – CNPJ Nº 26.721.616/0001-45 (evento 64).
Intimem-se.
DECISÃO JEF - 7
0002736-68.2016.4.03.6318 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6318010743
AUTOR: ANGELA MARIA PACHECO (SP061447 - CARLOS ALBERTO FERNANDES, SP298036 - HELOISA GABRIELA
MARTINS TEIXEIRA VAZ, SP224951 - LUCIANA DE OLIVEIRA SCAPIM)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP234649 - DR.RAPHAEL VIANNA DE MENEZES)
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 898/1770
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 795,53
(SETECENTOS E NOVENTA E CINCO REAIS E CINQUENTA E TRêS CENTAVOS), posicionado para agosto de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais (evento 91).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 9.459,06
(NOVE MIL QUATROCENTOS E CINQUENTA E NOVE REAIS E SEIS CENTAVOS), posicionado para outubro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais não houve
impugnação, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 1.973,00 (UM MIL NOVECENTOS E
SETENTA E TRêS REAIS), posicionado para novembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o valor da sucumbência em nome da i. patrona DRA. LUCIENE PILOTTO DO
NASCIMENTO, OAB/SP 204.530, sem o destaque dos honorários contratuais (evento 55).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 268,12
(DUZENTOS E SESSENTA E OITO REAIS E DOZE CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 10.155,07
(DEZ MIL CENTO E CINQUENTA E CINCO REAIS E SETE CENTAVOS), posicionados para setembro de 2018.
Tendo em vista a divergência apresentada no sobrenome da autora informado nos autos com o constante na Receita Federal, conforme
pesquisa de situação cadastral no CPF (evento 45/46), intime-se a autora para que no prazo de 15 (quinze) dias informe o seu nome atual,
mediante documento comprobatório e, se necessário, providencie a retificação junto à Receita Federal.
Consigno que a grafia do nome da autora informado nos autos deverá ser idêntica ao cadastro da Receita Federal.
Noticiada a regularização, expeça-se a requisição de pagamento (RPV) sem destaque de honorários contratuais.
Int.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais não houve
impugnação, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 16.166,24 (DEZESSEIS MIL CENTO E
SESSENTA E SEIS REAIS E VINTE E QUATRO CENTAVOS), posicionado para janeiro de 2019.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 20.817,34
(VINTE MIL OITOCENTOS E DEZESSETE REAIS E TRINTA E QUATRO CENTAVOS), posicionado para agosto de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais (evento 56).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 13.601,29
(TREZE MIL SEISCENTOS E UM REAIS E VINTE E NOVE CENTAVOS), posicionado para outubro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor do i.
patrono DR. SAULO RÉGIS LOURENÇO LOMBARDI – OAB/SP nº 322.900 (evento 34/35).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 5.285,92
(CINCO MIL DUZENTOS E OITENTA E CINCO REAIS E NOVENTA E DOIS CENTAVOS), posicionado para janeiro de 2019.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais (evento 39).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 3.233,76
(TRÊS MIL DUZENTOS E TRINTA E TRÊS REAIS E SETENTA E SEIS CENTAVOS), posicionado para novembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que o réu foi condenado ao pagamento da verba de sucumbência, providencie a Secretaria a expedição da competente
requisição de pequeno valor (RPV), conforme determinado no v. acórdão, no valor de R$ 1.039,03 (UM MIL TRINTA E NOVE REAIS E
TRêS CENTAVOS), posicionado para 01/2019, em favor do DR. JOSÉ ARNALDO FREIRE JUNIOR, OAB/SP 218.900.
Int.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais as partes
manifestaram concordância, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 54.029,69 (CINCOENTA E
QUATRO MIL VINTE E NOVE REAIS E SESSENTA E NOVE CENTAVOS), posicionado para outubro de 2018, referente ao acordo
judicial de 90% (noventa por cento) sobre o valor devido.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor do i.
patrono DR. LÁZARO DIVINO DA ROCHA – OAB/SP nº 209.273 (evento 23/24).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 20.442,14
(VINTE MIL QUATROCENTOS E QUARENTA E DOIS REAIS E QUATORZE CENTAVOS), posicionados para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor de
FABIANO SILVEIRA MACHADO SOCIEDADE INDIVIDUAL DE ADVOCACIA – CNPJ Nº 26.721.616/0001-45 (evento 51/53 e 56,
58).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 12.483,23
(DOZE MIL QUATROCENTOS E OITENTA E TRêS REAIS E VINTE E TRêS CENTAVOS), posicionado para agosto de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais (evento 36/37).
Intimem-se.
1. Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais não
houve impugnação, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 52.344,50 (CINQUENTA E DOIS MIL
TREZENTOS E QUARENTA E QUATRO REAIS E CINQUENTA CENTAVOS), posicionado para março de 2017.
2. No evento 70 consta pedido de destacamento dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento), em favor de:
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 901/1770
- 25% ao DR. ADAUTO DONIZETE DE CAMPOS, OAB/SP 189.438 CPF- 122.155.998-20
- 25% DR. LUIZ HENRIQUE AYALA BAZAN OAB/SP 224.960 CPF- 120.951.268-82
- 50% DR. LUIZMAR SILVA CRUVINEL OAB/SP 272.701 CPF- 000.121.396.29 .
Considerando que não foi apresentada a declaração que comprova que os referidos honorários não foram pagos no todo ou em parte,
conforme determinado no despacho nº 14665/2018 (evento 76), expeça-se o competente requisitório sem o destacamento pretendido.
3. Intimem-se.
1. Considerando que as partes foram devidamente intimadas dos cálculos, em relação aos quais se manifestou a autora e manteve-se inerte o
INSS, homologo os cálculos elaborados pela Contadoria, dos valores atrasados no montante de R$ 16.550,72 (DEZESSEIS MIL
QUINHENTOS E CINQUENTA REAIS E SETENTA E DOIS CENTAVOS), posicionado para agosto de 2018.
2. Nos eventos 68/69 constam pedidos de destacamento dos honorários contratuais, de forma a serem pagos diretamente em nome da pessoa
jurídica (GABRIELA CAMARGO MARINCOLO SOCIEDADE INDIVIDUAL DE ADVOCACIA), por dedução do montante a ser
recebido pelo autor, no percentual de 30% (trinta por cento).
Assim sendo, o (a) d. advogado(a) deverá juntar aos autos, no prazo improrrogável de 05 (cinco) dias, documento constitutivo atualizado da
pessoa jurídica, a fim de que seja efetuado o destaque na forma pleiteada.
Decorrido o prazo sem manifestação ou com a juntada da documentação incompleta, expeça-se o competente requisitório sem o
destacamento pretendido.
Int.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais não houve
impugnação, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 38.248,30 (TRINTA E OITO MIL DUZENTOS
E QUARENTA E OITO REAIS E TRINTA CENTAVOS), posicionados para janeiro de 2019.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor de
ENIO PEIXOTO SOCIEDADE INDIVIDUAL DE ADVOCACIA, CNPJ 25.000.606/0001-58(evento 37).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a parte
autora manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$
17.436,01 (DEZESETE MIL QUATROCENTOS E TRINTA E SEIS REAIS E UM CENTAVOS), posicionado para novembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor da i.
patrona DRA. MARIA APARECIDA MASSANO GARCIA - OAB/SP 083.366 (evento 39/40 e 42).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 6.017,91
(SEIS MIL E DEZESSETE REAIS E NOVENTA E UM CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 902/1770
0004475-42.2017.4.03.6318 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6318010238
AUTOR: APARECIDO DONIZETE LEANDRO (SP111059 - LELIANA FRITZ SIQUEIRA VERONEZ, SP086369 - MARIA
BERNADETE SALDANHA LOPES)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP234649 - DR.RAPHAEL VIANNA DE MENEZES)
1. Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 24.455,17
(VINTE E QUATRO MIL QUATROCENTOS E CINQUENTA E CINCO REAIS E DEZESSETE CENTAVOS), posicionado para
setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
2. Evento 51: dê-se ciência ao autor para as providências cabíveis ao recebimento dos valores a que tem na via administrativa.
Intimem-se.
Trata-se de ação declaratória de inexistência de débito cumulada com indenização por danos morais, com pedido de tutela de urgência,
proposta por FÁBIO MARCIANO DE ALMEIDA NETO contra a Caixa Econômica Federal – CEF.
Assevera que, em meados de 2018, ao tentar realizar uma compra no comércio local, foi surpreendido pela informação de que seu nome
estava negativado.
Aduz desconhecer a origem do débito e que foi vítima do descaso e negligência da ré, o que tem lhe causado grande prejuízo.
Esclarece que existe outra pendência indevida em seu nome, junto ao banco Santander, que está sendo objeto de outra ação judicial.
Requer, em sede de tutela de urgência, a imediata exclusão de seu nome dos cadastros de inadimplentes.
É o relatório. Decido.
Inicialmente, defiro ao autor os benefícios da gratuidade judicial.
Não vislumbro a hipótese de prevenção, conforme apontado pelo sistema processual eletrônico.
O instituto da tutela de urgência, previsto no artigo 300 do CPC, admite que o juiz, convencido pela presença de prova inequívoca da
verossimilhança das alegações do autor, a conceda desde que caracterizada o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Na hipótese destes autos, a constatação do direito pleiteado pela parte autora demanda a necessária dilação probatória, o que só será possível
no decorrer da demanda.
Indefiro, pois, a tutela de urgência. Entrementes, após o contraditório e a juntada de eventuais outras provas, já em sede de cognição
exauriente, a pertinência do requerido será reavaliada.
Cite-se a ré para apresentação de contestação, devendo apresentar a este Juizado os documentos de que disponham para o esclarecimento da
causa (artigo 11 da Lei 10.259/2001).
Oportunamente, remetam-se os autos à Central de Conciliação da Justiça Federal em Franca – CECON para realização da audiência.
Int.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 10.463,10
(DEZ MIL QUATROCENTOS E SESSENTA E TRÊS REAIS E DEZ CENTAVOS), posicionado para novembro de 2018.
Considerando a situação de interdição da autor, expeça-se a requisição de pagamento na modalidade “levantamento por ordem do juízo”, sem
o destaque dos honorários contratuais (evento 49).
Intimem-se as partes e o MPF.
1. Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a
autora manteve inerte e o INSS manifestou ciente (evento 36) HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$
32.626,24 (TRINTA E DOIS MIL SEISCENTOS E VINTE E SEIS REAIS E VINTE E QUATRO CENTAVOS), posicionado para outubro
de 2018, referente ao acordo judicial de 90% (nopventa por cento) sobre o valor devido.
2. Tendo em vista a divergência apresentada no sobrenome da autora informado nos autos com o constante na Receita Federal, conforme
pesquisa de situação cadastral no CPF, intime-se a autora para que no prazo de 15 (quinze) dias informe o seu nome atual, mediante
documento comprobatório e, se necessário, providencie a retificação junto à Receita Federal.
3. Noticiada a regularização, expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
4. Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 8.137,75
(OITO MIL CENTO E TRINTA E SETE REAIS E SETENTA E CINCO CENTAVOS), posicionado para novembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Trata-se de demanda, com pedido de antecipação da tutela, na qual a parte autora requer a concessão de benefício por incapacidade.
É a síntese do necessário.
Fundamento e decido.
O instituto da tutela provisória de urgência, previsto no artigo 300 do Código de Processo Civil, admite que o juiz conceda a medida de
natureza cautelar ou antecipada requestada, quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco
ao resultado útil do processo.
No caso concreto, neste juízo sumário de cognição, não é possível vislumbrar a probabilidade do direito da parte autora, devendo, ainda, ser
sopesado que não foi formalizado o contraditório, o que demanda cautela na análise das alegações e documentos encartados aos autos até o
momento.
De fato, somente após a oitiva do réu e a realização do exame médico, por meio de expert de confiança do Juízo, é que se poderá verificar se
a parte requerente preenche os requisitos necessários à concessão/restabelecimento do benefício previdenciário de auxílio-doença ou à
concessão de aposentadoria por invalidez e, em caso positivo, qual é a extensão da incapacidade.
Até lá, deve prevalecer a decisão administrativa de indeferimento.
Ante o exposto, INDEFIRO O PEDIDO de antecipação da tutela.
Defiro os benefícios da assistência judiciária gratuita.
Não vislumbro, por ora, a hipótese de prevenção apontada pelo sistema processual eletrônico.
Tendo em vista o disposto nos artigos 320 e 321 do Código de Processo Civil, concedo o prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de extinção sem
resolução do mérito, para a parte autora emendar a inicial:
a) regularize o valor atribuído à causa (R$ 21.600,00), mediante planilha discriminativa, atentando-se para o valor das parcelas vencidas e
vincendas, conforme disposto nos artigos 291 e 292, §§ 1º e 2º, do Código de Processo Civil, e artigo 3º, caput, e § 2º, da Lei 10.259/01.
Ultrapassando o limite da alçada dos Juizados, informe expressamente se irá renunciar aos valores que superarem, para fins de verificação da
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 904/1770
competência deste Juizado para processar e julgar o feito; e
b) junte aos autos o comprovante de residência hábil e legível, com data contemporânea à do ajuizamento da ação (ou datado de até cento e
oitenta dias anteriores à data da propositura da ação), em seu nome. Como comprovante, a parte deverá juntar faturas de gás, água, energia
elétrica, telefone ou correspondências bancárias. Em caso de apresentação de comprovante de residência em nome de terceiros, deverá
apresentar cópia de contrato de aluguel ou declaração da pessoa em cujo nome esteja o comprovante, onde deve constar que o faz sob pena
de incidência do artigo 299 do Código Penal. A comprovação do endereço de residência da parte autora, no âmbito dos Juizados Especiais
Federais Cíveis, é de importância relevante, tendo em vista as disposições legais específicas sobre critérios de competência (artigo 3º, § 3º, da
Lei nº. 10.259/01) e o Princípio do Juiz Natural (artigo 5º, LIII, da Constituição Federal).
Ressalto que os prazos são improrrogáveis, haja vista a necessidade de observância dos princípios da economia e celeridade, norteadores da
atividade dos Juizados.
Alerto ser necessária a apresentação aos autos de toda a documentação médica legível que comprova a incapacidade laborativa alegada, da
CTPS com todos os registros, bem assim de todos os comprovantes de contribuições previdenciárias, se houver, sob pena de julgamento do
feito no estado em que se encontra.
Após e em termos, abra-se conclusão para designação de perícia médica.
Int.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 15.552,49
(QUINZE MIL QUINHENTOS E CINQUENTA E DOIS REAIS E QUARENTA E NOVE CENTAVOS), posicionados para setembro de
2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor de
FABIANO SILVEIRA MACHADO SOCIEDADE INDIVIDUAL DE ADVOCACIA – CNPJ Nº 26.721.616/0001-45 (eventos 37/39, 41 e
43).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 15.493,89
(QUINZE MIL QUATROCENTOS E NOVENTA E TRÊS REAIS E OITENTA E NOVE CENTAVOS), posicionado para novembro de
2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Trata-se de embargos de declaração interpostos pelo Instituto Nacional do Seguro Social, no que atine à decisão exarada sob o Termo nº
6318002246/2019 – evento 106 – compensação dos valores recebidos pelo autor a título de seguro desemprego.
Decido.
Intimado a se manifestar, o autor concordou com os valores apresentados pelo INSS (evento 112), descontando-se as parcelas do seguro
desemprego.
Em face do exposto, ACOLHO os embargos de declaração interpostos.
Assim sendo, homologo os cálculos elaborados pela Procuradoria Federal dos valores atrasados no montante de R$ 116.457,97 (cento e
dezesseis mil, quatrocentos e cinquenta e sete reais e noventa e sete centavos), posicionado para 08/2018.
Expeça-se a requisição para pagamento, observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor do i. patrono
DR. JOÃO NASSER NETO – OAB/SP nº 233.462 (evento 101).
Intimem-se.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 905/1770
0003173-75.2017.4.03.6318 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6318009835
AUTOR: MARIA APARECIDA JANUARIO DE OLIVEIRA (SP074491 - JOSE CARLOS THEO MAIA CORDEIRO, SP185948 -
MILENE CRUVINEL NOKATA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP234649 - DR.RAPHAEL VIANNA DE MENEZES)
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 12.154,39
(DOZE MIL CENTO E CINQUENTA E QUATRO REAIS E TRINTA E NOVE CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor de
THÉO MAIA SOCIEDADE DE ADVOGADOS, CNPJ 21.999.055/0001-27 (evento 49/50 e 58/59).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 25.925,31
(VINTE E CINCO MIL NOVECENTOS E VINTE E CINCO REAIS E TRINTA E UM CENTAVOS), posicionado para setembro de
2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor do i.
patrono DR. LUCAS MORAES BREDA – OAB/SP Nº 306.862 (evento 36/37).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 352,52
(TREZENTOS E CINQUENTA E DOIS REAIS E CINQUENTA E DOIS CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 576,48
(QUINHENTOS E SETENTA E SEIS REAIS E QUARENTA E OITO CENTAVOS), posicionado para outubro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor do i.
patrono DR. WELLINGTON JOHN ROSA, OAB/SP Nº 329.688 (eventos 34 e 36/37).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 11.249,65
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 906/1770
(ONZE MIL DUZENTOS E QUARENTA E NOVE REAIS E SESSENTA E CINCO CENTAVOS), posicionado para agosto de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
1. Considerando que as partes foram devidamente intimadas dos cálculos, em relação aos quais manifestou concordância o autor e manteve
inerte o INSS, homologo os cálculos elaborados pela Contadoria, dos valores atrasados no montante de R$ 2.519,91 (DOIS MIL
QUINHENTOS E DEZENOVE REAIS E NOVENTA E UM CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
2. No evento 55/56 consta pedido de destacamento dos honorários, de forma a serem pagos diretamente em nome do patrono, no montante
integral a ser recebido pelo autor, considerando que o mesmo está inadimplente com as parcelas contratuais.
Ocorre que na hipótese de destacamento nos moldes requerido, neste juízo se tornariam excessivos, visto que a tabela de honorários da
OAB/SP estabelece para as demandas previdenciárias o valor de 20% a 30% sobre o valor bruto da condenação ou eventual acordo.
Nesse sentido:
Ainda:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL E
PREVIDENCIÁRIO.HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS FIXADOS CONTRATUALMENTE. 30% SOBRE O VALOR BRUTO
RECEBIDO PELOS AUTORES. DESTACAMENTO DA QUANTIA NOS OFÍCIOS REQUISITÓRIOS. POSSIBILIDADE. - O art. 22
, parágrafo 4º , da Lei 8.906 /94, admite a reserva de honorários advocatícios estabelecidos entre o mandante e o mandatário, advogado, por
meio de contrato de prestação de serviços celebrado entre os mesmos. - O artigo 5º, da Resolução nº 55/09, do Conselho da Justiça Federal,
que regulamenta os procedimentos relativos à expedição de requisições de pagamento, autoriza seja destacado do montante da condenação,
caso requeira o advogado, o que lhe couber por força de honorários, desde que junte aos autos o respectivo contrato, antes da expedição da
requisição - A tabela de honorários da OAB-SP, estabelece para a advocacia previdenciária o percentual de 20% (vinte por cento) a 30%
(trinta por cento) sobre o valor bruto da condenação ou eventual acordo. - Considerando-se os percentuais indicados na tabela de honorários e
os limites éticos que devem nortear a contratação de serviços advocatícios, revelam-se abusivos honorários advocatícios estabelecidos além de
30% (trinta por cento) do benefício auferido pelo autor, em demandas previdenciárias (Precedente do C. STJ - Resp. 1.155.200-DF, proc.
2009/0169341-4, DJ 22.02.11, DJE 01.03.11). - Agravo a que se dá provimento. AI 9048 SP. (TRF-3, AI 9048 SP, Rel. Des. Federal Vera
Jocovsky, 8ª Turma, publicado em 08/08/2011).(grifo nosso)
Desse modo, defiro em parte o pedido de destacamento dos honorários contratuais formulado pelo i. patrono, devendo ser destacado apenas a
quantia correspondente a 30% (trinta por cento) do valor a ser recebido pelo constituinte no presente feito (R$ 2.519,91), ou seja, R$ 755,97
(setecentos e cinquenta e cinco reais e noventa e sete centavos).
Deverá o i. patrono informar o número de seu CPF para viabilizar a expedição do ofcício requisitório.
Após, expeçam-se as requisições para os pagamentos (RPV).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados aos auores:
- HIGOR DA SILVA FALEIROS, no montante de R$ 19.763,60 (DEZENOVE MIL SETECENTOS E SESSENTA E TRêS REAIS E
SESSENTA CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018;
- SELMA D R. FALEIROS, no montante de R$ 8.650,92 (OITO MIL SEISCENTOS E CINQUENTA REAIS E NOVENTA E DOIS
CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018;
- YAGO GILDO REZENDA FALEIRO, no montante de R$ 19.763,60 (DEZENOVE MIL SETECENTOS E SESSENTA E TRêS REAIS
E SESSENTA CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais (evento 100).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 4.926,85
(QUATRO MIL NOVECENTOS E VINTE E SEIS REAIS E OITENTA E CINCO CENTAVOS), posicionado para agosto de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor de
THÉO MAIA SOCIEDADE DE ADVOGADOS, CNPJ 21.999.055/0001-27 (evento 31/32).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 11.480,45
(ONZE MIL QUATROCENTOS E OITENTA REAIS E QUARENTA E CINCO CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor do i.
patrono DR. MOISÉS VANDERSON DE PAULA – OAB/SP nº 360.389 (evento 37/38).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 13.101,95
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 908/1770
(TREZE MIL CENTO E UM REAIS E NOVENTA E CINCO CENTAVOS), posicionado para fevereiro de 2019.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais (evento 55).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância com o montante de R$ 32.383,77 e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados e determino o
pagamento do montante de R$ 25.907,01 (VINTE E CINCO MIL NOVECENTOS E SETE REAIS E UM CENTAVOS), posicionado para
janeiro de 2019, referente ao acordo judicial de 80% (oitenta por cento) sobre o valor devido.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 6.238,14
(SEIS MIL DUZENTOS E TRINTA E OITO REAIS E QUATORZE CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 7.825,23
(SETE MIL OITOCENTOS E VINTE E CINCO REAIS E VINTE E TRÊS CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de tão somente 30% (trinta por cento) em
favor do i. patrono DR. TIAGO JEPY MATOSO PEREIRA, OAB/SP Nº 334.732 (evento 43/44).
Intimem-se.
1. Considerando que as partes foram devidamente intimadas dos cálculos, em relação aos quais se manifestou o autor e manteve-se inerte o
INSS, homologo os cálculos elaborados pela Contadoria, dos valores atrasados no montante de R$ 17.622,66 (DEZESSETE MIL
SEISCENTOS E VINTE E DOIS REAIS E SESSENTA E SEIS CENTAVOS), posicionado para agosto de 2018.
2. Nos eventos 33/34 constam pedidos de destacamento dos honorários contratuais, de forma a serem pagos diretamente em nome da pessoa
jurídica (THÉO MAIA SOCIEDADE DE ADVOGADOS), por dedução do montante a ser recebido pelo autor, no percentual de 30% (trinta
por cento).
Assim sendo, o (a) d. advogado(a) deverá juntar aos autos, no prazo improrrogável de 05 (cinco) dias, documento constitutivo atualizado da
pessoa jurídica, a fim de que seja efetuado o destaque na forma pleiteada.
Decorrido o prazo sem manifestação ou com a juntada da documentação incompleta, expeça-se o competente requisitório sem o
destacamento pretendido.
Int.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 23.104,03
(VINTE E TRÊS MIL CENTO E QUATRO REAIS E TRÊS CENTAVOS), posicionado para novembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor do i.
patrono DR. DANIEL ITOKAZU GONÇALVES – OAB/SP nº 159.065 (evento 40/41).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 14.144,90
(QUATORZE MIL CENTO E QUARENTA E QUATRO REAIS E NOVENTA CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor do i.
patrono DR. WISNER RODRIGO CUNHA – OAB/SP nº 307.006 (evento 39/40).
Intimem-se.
Trata-se de demanda, com pedido de antecipação da tutela, na qual a parte autora requer a concessão de benefício por incapacidade.
É a síntese do necessário.
Fundamento e decido.
O instituto da tutela provisória de urgência, previsto no artigo 300 do Código de Processo Civil, admite que o juiz conceda a medida de
natureza cautelar ou antecipada requestada, quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco
ao resultado útil do processo.
No caso concreto, neste juízo sumário de cognição, não é possível vislumbrar a probabilidade do direito da parte autora, devendo, ainda, ser
sopesado que não foi formalizado o contraditório, o que demanda cautela na análise das alegações e documentos encartados aos autos até o
momento.
De fato, somente após a oitiva do réu e a realização do exame médico, por meio de expert de confiança do Juízo, é que se poderá verificar se
a parte requerente preenche os requisitos necessários à concessão/restabelecimento do benefício previdenciário de auxílio-doença ou à
concessão de aposentadoria por invalidez e, em caso positivo, qual é a extensão da incapacidade.
Até lá, deve prevalecer a decisão administrativa de indeferimento.
Ante o exposto, INDEFIRO O PEDIDO de antecipação da tutela.
Defiro os benefícios da assistência judiciária gratuita.
Tendo em vista o disposto nos artigos 320 e 321 do Código de Processo Civil, concedo o prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de extinção sem
resolução do mérito, para a parte autora emendar a inicial:
- Juntar aos autos o comprovante de residência hábil e legível, com data contemporânea à do ajuizamento da ação (ou datado de até cento e
oitenta dias anteriores à data da propositura da ação), em seu nome. Como comprovante, a parte deverá juntar faturas de gás, água, energia
elétrica, telefone ou correspondências bancárias. Em caso de apresentação de comprovante de residência em nome de terceiros, deverá
apresentar cópia de contrato de aluguel ou declaração da pessoa em cujo nome esteja o comprovante, onde deve constar que o faz sob pena
de incidência do artigo 299 do Código Penal. A comprovação do endereço de residência da parte autora, no âmbito dos Juizados Especiais
Federais Cíveis, é de importância relevante, tendo em vista as disposições legais específicas sobre critérios de competência (artigo 3º, § 3º, da
Lei nº. 10.259/01) e o Princípio do Juiz Natural (artigo 5º, LIII, da Constituição Federal).
Ressalto que os prazos são improrrogáveis, haja vista a necessidade de observância dos princípios da economia e celeridade, norteadores da
atividade dos Juizados.
Após, abra-se conclusão para designação de perícia médica/social.
Int.
1. Considerando que as partes foram devidamente intimadas dos cálculos, em relação aos quais não houve impugnação, HOMOLOGO os
cálculos elaborados pela contadoria, dos valores atrasados no montante de R$ 9.122,44 (NOVE MIL CENTO E VINTE E DOIS REAIS E
QUARENTA E QUATRO CENTAVOS), posicionados para abril de 2018.
2. No evento 54 consta pedido de destacamento dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento), em favor do DR. RENAN BATISTA
OLIVEIRA, OAB/SP 318.147.
Considerando que não foi apresentada a declaração que comprova que os referidos honorários não foram pagos no todo ou em parte,
conforme determinado no despacho nº 25910/2018 (evento 56), expeça-se o competente requisitório sem o destacamento pretendido.
3. Int.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 13.085,30
(TREZE MIL OITENTA E CINCO REAIS E TRINTA CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor de
THÉO MAIA SOCIEDADE DE ADVOGADOS, CNPJ 21.999.055/0001-27 (evento 29/30 e 38/39).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 15.974,74
(QUINZE MIL NOVECENTOS E SETENTA E QUATRO REAIS E SETENTA E QUATRO CENTAVOS), posicionado para fevereiro
de 2019.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais (evento 38).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 10.832,69
(DEZ MIL OITOCENTOS E TRINTA E DOIS REAIS E SESSENTA E NOVE CENTAVOS), posicionado para agosto de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando os honorários sucumbenciais em favor do i. patrono Dr. DANIEL GUSTAVO
SOUSA TAVARES – OAB/SP nº 200.990 (evento 72), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 30.714,62
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 911/1770
(TRINTA MIL SETECENTOS E QUATORZE REAIS E SESSENTA E DOIS CENTAVOS), posicionado para agosto de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor da i.
patrona Dra. MARIA APARECIDA MASSANO GARCIA – OAB/SP nº 83.366 (evento 56).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 24.440,15
(VINTE E QUATRO MIL QUATROCENTOS E QUARENTA REAIS E QUINZE CENTAVOS), posicionado para outubro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 20.874,46
(VINTE MIL OITOCENTOS E SETENTA E QUATRO REAIS E QUARENTA E SEIS CENTAVOS), posicionado para novembro de
2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor do i.
patrono DR. CAIO GRANERO DE ANDRADE - OAB/SP 284.087 (evento 44/45).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 3.305,70
(TRêS MIL TREZENTOS E CINCO REAIS E SETENTA CENTAVOS), posicionado para outubro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais (evento 43).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 9.019,24
(NOVE MIL E DEZENOVE REAIS E VINTE E QUATRO CENTAVOS), posicionado para outubro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais (evento 37).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 9.861,84
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 912/1770
(NOVE MIL OITOCENTOS E SESSENTA E UM REAIS E OITENTA E QUATRO CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 17.571,53
(DEZESSETE MIL QUINHENTOS E SETENTA E UM REAIS E CINQUENTA E TRÊS CENTAVOS), posicionado para setembro de
2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais não houve
impugnação, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 11.571,47 (ONZE MIL QUINHENTOS E
SETENTA E UM REAIS E QUARENTA E SETE CENTAVOS), posicionados para fevereiro de 2019.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor de
FABIANO SILVEIRA MACHADO SOCIEDADE INDIVIDUAL DE ADVOCACIA – CNPJ Nº 26.721.616/0001-45 (evento 52).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 10.607,68
(DEZ MIL SEISCENTOS E SETE REAIS E SESSENTA E OITO CENTAVOS), posicionado para novembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 22.985,79
(VINTE E DOIS MIL NOVECENTOS E OITENTA E CINCO REAIS E SETENTA E NOVE CENTAVOS), posicionado para setembro
de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Ante os termos constantes do “Parecer Contadoria” evento 95, onde ratifica os cálculos anteriormente apresentados, HOMOLOGO os
cálculos dos valores atrasados no montante de R$ 35.078,55 (trinta e cinco mil, setenta e oito reais e cinquenta e cinco centavos), posicionado
para 05/2018.
Expeça-se a requisição para pagamento sem o destaque dos honorários contratuais (evento 86).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 7.709,62
(SETE MIL SETECENTOS E NOVE REAIS E SESSENTA E DOIS CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 8.374,86
(OITO MIL TREZENTOS E SETENTA E QUATRO REAIS E OITENTA E SEIS CENTAVOS), posicionados para agosto de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor de
FABIANO SILVEIRA MACHADO SOCIEDADE INDIVIDUAL DE ADVOCACIA – CNPJ Nº 26.721.616/0001-45 (evento 92).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 20.254,06
(VINTE MIL DUZENTOS E CINQUENTA E QUATRO REAIS E SEIS CENTAVOS), posicionado para outubro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 12.783,36
(DOZE MIL SETECENTOS E OITENTA E TRÊS REAIS E TRINTA E SEIS CENTAVOS), posicionado para outubro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais não houve
impugnação, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 2.753,43 (DOIS MIL SETECENTOS E
CINQUENTA E TRÊS REAIS E QUARENTA E TRÊS CENTAVOS), posicionado para novembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de tão somente de 30% (trinta por cento)
em favor do i. patrono DR. TIAGO JEPY MATOSO PEREIRA, OAB/SP Nº 334.732 (evento 77/78).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais não houve
impugnação, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 1.304,26 (UM MIL TREZENTOS E QUATRO
REAIS E VINTE E SEIS CENTAVOS), posicionado para agosto de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem destaque de honorários (evento 39).
Intimem-se.
1. Intime-se o INSS sobre as alegações da parte autora (eventos 77 e 78), no prazo de 15 (quinze) dias.
2. Considerando que o INSS foi condenado ao pagamento da verba de sucumbência, providencie a Secretaria a expedição da competente
requisição de pequeno valor (RPV), conforme determinado no v. acórdão, no valor de R$ 1.350,75 (UM MIL TREZENTOS E CINQUENTA
REAIS E SETENTA E CINCO CENTAVOS), posicionado para 09/2018, em favor da DRA. ELAINE MOURA FERNANDES, OAB/SP
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 915/1770
305.419.
Int.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 11.827,32
(ONZE MIL E OITOCENTOS E VINTE E SETE REAIS E TRINTA E DOIS CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) do montante
homologado, em favor de CAGLIARI SOCIEDADE INDIVIDUAL DE ADVOCACIA, CNPJ Nº 29.830.331/0001-30 (evento 42/43).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 56.344,65
(CINQUENTA E SEIS MIL TREZENTOS E QUARENTA E QUATRO REAIS E SESSENTA E CINCO CENTAVOS), posicionado
para dezembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais (evento 76).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 15.974,04
(QUINZE MIL NOVECENTOS E SETENTA E QUATRO REAIS E QUATRO CENTAVOS), posicionado para julho de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando os honorários sucumbenciais em favor do i. patrono Dr. Marcelo Noronha
Mariano – OAB/SP nº 214.848 (evento 82), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais não houve
impugnação, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 12.468,19 (DOZE MIL QUATROCENTOS E
SESSENTA E OITO REAIS E DEZENOVE CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 14.571,33
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 916/1770
(QUATORZE MIL QUINHENTOS E SETENTA E UM REAIS E TRINTA E TRÊS CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
1. Considerando que as partes foram devidamente intimadas dos cálculos, em relação aos quais se manifestou o autor e manteve-se inerte o
INSS, HOMOLOGO os cálculos elaborados pela Contadoria, dos valores atrasados no montante de R$ 7.910,66 (SETE MIL
NOVECENTOS E DEZ REAIS E SESSENTA E SEIS CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
2. No evento 37/38 consta pedido de destacamento dos honorários contratuais, de forma a serem pagos diretamente em nome da pessoa
jurídica (BACHUR E VIEIRA SOCIEDADE DE ADVOGADOS), por dedução do montante a ser recebido pelo autor, no percentual de
30% (trinta por cento).
Assim sendo, o(a) d. advogado(a) deverá juntar aos autos, no prazo improrrogável de 05 (cinco) dias, documento constitutivo atualizado da
pessoa jurídica, a fim de que seja efetuado o destaque na forma pleiteada.
Decorrido o prazo sem manifestação ou com a juntada da documentação incompleta, expeça-se o competente requisitório sem o
destacamento pretendido.
3. Int.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 7.331,73
(SETE MIL TREZENTOS E TRINTA E UM REAIS E SETENTA E TRÊS CENTAVOS), posicionado para agosto de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais não houve
impugnação, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 26.888,63 (VINTE E SEIS MIL OITOCENTOS
E OITENTA E OITO REAIS E SESSENTA E TRÊS CENTAVOS), posicionados para novembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor de
FABIANO SILVEIRA MACHADO SOCIEDADE INDIVIDUAL DE ADVOCACIA – CNPJ Nº 26.721.616/0001-45 (evento 40/42 e 44).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais não houve
impugnação, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 11.498,88 (ONZE MIL QUATROCENTOS E
NOVENTA E OITO REAIS E OITENTA E OITO CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
1. Considerando que as partes foram devidamente intimadas dos cálculos, em relação aos quais se manifestou o autor e manteve inerte o
INSS, HOMOLOGO os cálculos elaborados pela Contadoria, dos valores atrasados no montante de R$ 26.942,42 (VINTE E SEIS MIL
NOVECENTOS E QUARENTA E DOIS REAIS E QUARENTA E DOIS CENTAVOS), posicionado para outubro de 2018.
2. No evento 43/44 consta pedido de destacamento dos honorários contratuais, de forma a serem pagos diretamente em nome da pessoa
jurídica Bachur e Vieira Sociedade de Advogados, por dedução do montante a ser recebido pelo autor, no percentual de 30% (trinta por
cento).
Considerando que não foi apresentada a declaração que comprova que os referidos honorários não foram pagos no todo ou em parte,
conforme determinado no despacho nº 30828/2018 (evento 40), expeça-se o competente requisitório sem o destacamento pretendido.
3. Int.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 8.490,84
(OITO MIL QUATROCENTOS E NOVENTA REAIS E OITENTA E QUATRO CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 5.251,05
(CINCO MIL DUZENTOS E CINQUENTA E UM REAIS E CINCO CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor do i.
patrono DR. WELLINGTON JOHN ROSA, OAB/SP Nº 329.688 (evento 35/36).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 18.064,34
(DEZOITO MIL SESSENTA E QUATRO REAIS E TRINTA E QUATRO CENTAVOS), posicionados para agosto de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor do i.
patrono DR. JOÃO NASSER NETO – OAB/SP Nº 233.462 (evento 79).
Intimem-se.
1. Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais não
2. Eventos 40/42, 45 e 50: sem prejuízo dê-se vista ao INSS para manifestação no prazo de 05 (cinco) dias.
Eventual ressarcimento, deverá ser efetuado na via administrativa.
3. Int.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 11.672,51
(ONZE REAIS SEISCENTOS E SETENTA E DOIS REAIS E CINQUENTA E UM CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais (evento 32 e 39).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 7.429,03
(SETE MIL QUATROCENTOS E VINTE E NOVE REAIS E TRêS CENTAVOS), posicionados para agosto de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) e a sucumbência
em favor de ATTIÉ & ARAN SOCIEDADE DE ADVOGADOS – CNPJ Nº 25.166.437/0001-20 (evento 66).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 12.786,00
(DOZE MIL SETECENTOS E OITENTA E SEIS REAIS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor de
THÉO MAIA SOCIEDADE DE ADVOGADOS, CNPJ 21.999.055/0001-27 (eventos 30/31 e 40/41).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 14.371,32
(QUATORZE MIL TREZENTOS E SETENTA E UM REAIS E TRINTA E DOIS CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor de
THÉO MAIA SOCIEDADE DE ADVOGADOS, CNPJ 21.999.055/0001-27 (eventos 29/30 e 39/40).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 21.020,00
(VINTE E UM MIL VINTE REAIS), posicionado para agosto de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais (evento 35).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 19.644,38
(DEZENOVE MIL SEISCENTOS E QUARENTA E QUATRO REAIS E TRINTA E OITO CENTAVOS), posicionado para setembro de
2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor do i.
patrono DR. WISNER RODRIGO CUNHA – OAB/SP nº 307.006 (evento 40/41).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 54.312,73
(CINQUENTA E QUATRO MIL TREZENTOS E DOZE REAIS E SETENTA E TRÊS CENTAVOS), posicionados para outubro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor de A.
DE O. P. E AGUILAR SOCIEDADE INDIVIDUAL DE ADVOCACIA – CNPJ Nº 28.730.615/0001-92 (evento 35/38).
Intimem-se.
Trata-se de demanda, com pedido de antecipação da tutela, na qual a parte autora requer a concessão de benefício por incapacidade.
É a síntese do necessário.
Fundamento e decido.
O instituto da tutela provisória de urgência, previsto no artigo 300 do Código de Processo Civil, admite que o juiz conceda a medida de
natureza cautelar ou antecipada requestada, quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco
ao resultado útil do processo.
No caso concreto, neste juízo sumário de cognição, não é possível vislumbrar a probabilidade do direito da parte autora, devendo, ainda, ser
sopesado que não foi formalizado o contraditório, o que demanda cautela na análise das alegações e documentos encartados aos autos até o
momento.
De fato, somente após a oitiva do réu e a realização do exame médico, por meio de expert de confiança do Juízo, é que se poderá verificar se
a parte requerente preenche os requisitos necessários à concessão/restabelecimento do benefício previdenciário de auxílio-doença ou à
concessão de aposentadoria por invalidez e, em caso positivo, qual é a extensão da incapacidade.
Até lá, deve prevalecer a decisão administrativa de indeferimento.
Ante o exposto, INDEFIRO O PEDIDO de antecipação da tutela.
Defiro os benefícios da assistência judiciária gratuita.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 920/1770
Não vislumbro, por ora, a hipótese de prevenção apontada pelo sistema processual.
Tendo em vista o disposto nos artigos 320 e 321 do Código de Processo Civil, concedo o prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de extinção sem
resolução do mérito, para a parte autora emendar a inicial:
- Juntar aos autos o comprovante de residência hábil e legível, com data contemporânea à do ajuizamento da ação (ou datado de até cento e
oitenta dias anteriores à data da propositura da ação), em seu nome. Como comprovante, a parte deverá juntar faturas de gás, água, energia
elétrica, telefone ou correspondências bancárias. Em caso de apresentação de comprovante de residência em nome de terceiros, deverá
apresentar cópia de contrato de aluguel ou declaração da pessoa em cujo nome esteja o comprovante, onde deve constar que o faz sob pena
de incidência do artigo 299 do Código Penal. A comprovação do endereço de residência da parte autora, no âmbito dos Juizados Especiais
Federais Cíveis, é de importância relevante, tendo em vista as disposições legais específicas sobre critérios de competência (artigo 3º, § 3º, da
Lei nº. 10.259/01) e o Princípio do Juiz Natural (artigo 5º, LIII, da Constituição Federal).
Ressalto que os prazos são improrrogáveis, haja vista a necessidade de observância dos princípios da economia e celeridade, norteadores da
atividade dos Juizados.
Após, abra-se conclusão para designação de perícia médica.
Int.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 10.395,18
(DEZ MIL TREZENTOS E NOVENTA E CINCO REAIS E DEZOITO CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 27.922,66
(VINTE E SETE MIL NOVECENTOS E VINTE E DOIS REAIS E SESSENTA E SEIS CENTAVOS), posicionado para agosto de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais (evento 43).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 10.191,37
(DEZ MIL CENTO E NOVENTA E UM REAIS E TRINTA E SETE CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais não houve
impugnação, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 20.633,45 (VINTE MIL SEISCENTOS E
TRINTA E TRÊS REAIS E QUARENTA E CINCO CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 9.979,11
(NOVE MIL NOVECENTOS E SETENTA E NOVE REAIS E ONZE CENTAVOS), posicionado para outubro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 3.771,59
(TRÊS MIL SETECENTOS E SETENTA E UM REAIS E CINQUENTA E NOVE CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 5.511,30
(CINCO MIL QUINHENTOS E ONZE REAIS E TRINTA CENTAVOS), posicionado para outubro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais (evento 50).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 22.918,41
(VINTE E DOIS MIL NOVECENTOS E DEZOITO REAIS E QUARENTA E UM CENTAVOS), posicionado para agosto de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor do i.
patrono DR. MOISÉS VANDERSON DE PAULA – OAB/SP nº 360.389 (evento 50).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais não houve
impugnação, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 9.696,29 (NOVE MIL SEISCENTOS E
NOVENTA E SEIS REAIS E VINTE E NOVE CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 922/1770
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais não houve
impugnação, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 9.878,98 (NOVE MIL OITOCENTOS E
SETENTA E OITO REAIS E NOVENTA E OITO CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 6.339,82
(SEIS MIL TREZENTOS E TRINTA E NOVE REAIS E OITENTA E DOIS CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 28.643,13
(VINTE E OITO MIL SEISCENTOS E QUARENTA E TRÊS REAIS E TREZE CENTAVOS), posicionado para outubro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram devidamente intimadas dos cálculos, em relação aos quais se manifestou a autora e manteve inerte o INSS,
HOMOLOGO os cálculos elaborados pela Contadoria, dos valores atrasados no montante de R$ 9.703,50 (NOVE MIL SETECENTOS E
TRÊS REAIS E CINQUENTA CENTAVOS), posicionado para novembro de 2018.
No evento 47/48 consta pedido de destacamento dos honorários contratuais, de forma a serem pagos diretamente em nome da i. patrona
DRA. EDA MÁRCIA CREVELIM, por dedução do montante a ser recebido pela autora, no percentual de 30% (trinta por cento).
Considerando que não foi apresentada a declaração que comprova que os referidos honorários não foram pagos no todo ou em parte,
conforme determinado no r. despacho nº 33601/2018 (evento 45), expeça-se o competente requisitório sem o destacamento pretendido.
Int.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 11.450,30
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 923/1770
(ONZE MIL QUATROCENTOS E CINQUENTA REAIS E TRINTA CENTAVOS), posicionado para outubro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor de
THÉO MAIA SOCIEDADE DE ADVOGADOS, CNPJ 21.999.055/0001-27 (eventos 23/24 e 34/35).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 1.411,55
(UM MIL QUATROCENTOS E ONZE REAIS E CINQUENTA E CINCO CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor de
THÉO MAIA SOCIEDADE DE ADVOGADOS, CNPJ 21.999.055/0001-27 (evento 32/33 e 41/42).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 3.942,42
(TRêS MIL NOVECENTOS E QUARENTA E DOIS REAIS E QUARENTA E DOIS CENTAVOS), posicionado para novembro de
2018.
Expeçam-se as requisições para pagamento (RPV), observando os honorários sucumbenciais em favor da i. patrona DRA. LELIANA
FRITZ SIQUEIRA VERONEZ, OAB/SP nº 111.059 (evento 689), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 38.480,86
(TRINTA E OITO MIL QUATROCENTOS E OITENTA REAIS E OITENTA E SEIS CENTAVOS) , posicionado para julho de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor da i.
patrona Dra. Giselle Maria de Andrade Sciampaglia de Carvalho – OAB/SP nº 184.363 (evento 67).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 8.371,30
(OITO MIL TREZENTOS E SETENTA E UM REAIS E TRINTA CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de tão somente do percentual de 30%
(trinta por cento) do montante homologado, em favor do i. advogado DR. TIAGO JEPY MATOSO PEREIRA, OAB/SP Nº 334.732 (evento
41/42).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a i.
patrona do autor manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos dos honorários sucumbenciais no montante de
R$ 1.078,87 (UM MIL SETENTA E OITO REAIS E OITENTA E SETE CENTAVOS), posicionado para agosto de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), na proporção de 50% em favor da i. patrona Dra. MARIA BERNADETE SALDANHA
LOPES, OAB/SP nº 86.369 e os outros 50% em favor da i. patrona Dra. LELIANA FRITZ SIQUEIRA VERONEZ, OAB/SP nº
111.059(evento 70).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 29.414,05
(VINTE E NOVE MIL QUATROCENTOS E QUATORZE REAIS E CINCO CENTAVOS), posicionado para janeiro de 2019.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais (evento 47).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 7.940,57
(SETE MIL NOVECENTOS E QUARENTA REAIS E CINQUENTA E SETE CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais no percentual de 30% (trinta por cento) do
montante homologado, em favor de BACHUR E VIEIRA SOCIEDADE DE ADVOGADOS, CNPJ Nº 20.433.180/0001-02 (evento 38/39).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 12.388,47
(DOZE MIL TREZENTOS E OITENTA E OITO E QUARENTA E SETE CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 21.094,58
(VINTE E UM MIL NOVENTA E QUATRO REAIS E CINQUENTA E OITO CENTAVOS), posicionado para agosto de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais (evento 58).
Intimem-se.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 925/1770
0003285-44.2017.4.03.6318 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6318010530
AUTOR: HORDESA APARECIDA DOS SANTOS (SP190205 - FABRÍCIO BARCELOS VIEIRA, SP172977 - TIAGO FAGGIONI
BACHUR)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP234649 - DR.RAPHAEL VIANNA DE MENEZES)
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 12.441,62
(DOZE MIL QUATROCENTOS E QUARENTA E UM REAIS E SESSENTA E DOIS CENTAVOS), posicionado para outubro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) do montante
homologado, em favor de BACHUR & VIEIRA SOCIEDADE DE ADVOGADOS, CNPJ Nº 20.433.180/0001-02 (evento 37/38).
Intimem-se.
Pretende o advogado do exequente que os honorários contratuais sejam destacados do montante da condenação a ser recebido pelo
constituinte.
Ocorre que na hipótese de destacamento da quantia acima referida caberia ao advogado, a título de honorários contratuais um valor
correspondente 30% (trinta por cento) do crédito da parte autora nos presentes autos adicionado ao valor de 1(um) salário mínimo, de modo
que tais honorários se tornariam excessivos, uma vez que a tabela de honorários da OAB/SP estabelece para as demandas previdenciárias o
valor de 20% a 30% sobre o valor bruto da condenação ou eventual acordo.
Nesse sentido:
Ainda:
Desse modo, defiro, em parte, o pedido de destacamento dos honorários contratuais formulado pelo patrono do autor, devendo ser
destacada apenas a quantia correspondente a 30% (trinta por cento) do valor a ser recebido pelo constituinte no presente feito.
Considerando que as partes foram devidamente intimadas dos cálculos, em relação aos quais concordou o autor e manteve-se inerte o
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 926/1770
INSS, homologo os cálculos elaborados pela Contadoria, dos valores atrasados no montante de R$ 17.854,58 (DEZESSETE MIL
OITOCENTOS E CINQUENTA E QUATRO REAIS E CINQUENTA E OITO CENTAVOS), posicionado para outubro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) e a
sucumbência em favor do DR. TIAGO JEPY MATOSO PEREIRA, OAB/SP Nº 334.732 (evento 68).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 1.414,28
(UM MIL QUATROCENTOS E QUATORZE REAIS E VINTE E OITO CENTAVOS), posicionado para janeiro de 2019.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 44.041,93
(QUARENTA E QUATRO MIL QUARENTA E UM REAIS E NOVENTA E TRÊS CENTAVOS), posicionado para novembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor da i.
patrona DRA. MARIA APARECIDA MASSANO GARCIA - OAB/SP 83.366 (evento 51/53).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 12.745,76
(DOZE MIL SETECENTOS E QUARENTA E CINCO REAIS E SETENTA E SEIS CENTAVOS), posicionado para novembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais não houve
impugnação, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 29.221,62 (VINTE E NOVE MIL DUZENTOS
E VINTE E UM REAIS E SESSENTA E DOIS CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando os honorários sucumbênciais em favor da i. patrona DRA. ERIKA VALIM DE
MELO BERLE, OAB/SP 220.099, sem o destaque dos honorários contratuais (evento 96).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 10.273,02
(DEZ MIL DUZENTOS E SETENTA E TRÊS REAIS E DOIS CENTAVOS), posicionado para novembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 6.099,10
(SEIS MIL E NOVENTA E NOVE REAIS E DEZ CENTAVOS), posicionado para agosto de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 7.333,98
(SETE MIL TREZENTOS E TRINTA E TRÊS REAIS E NOVENTA E OITO CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 21.241,51
(VINTE E UM DUZENTOS E QUARENTA E UM REAIS E CINQUENTA E UM CENTAVOS), posicionado para outubro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manteve inerte e o INSS manifestou concordância, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 14.678,86
(QUATORZE MIL SEISCENTOS E SETENTA E OITO REAIS E OITENTA E SEIS CENTAVOS), posicionado para janeiro de 2019.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Trata-se de demanda, com pedido de antecipação da tutela, na qual a parte autora requer a concessão de benefício por incapacidade.
É a síntese do necessário.
Fundamento e decido.
O instituto da tutela provisória de urgência, previsto no artigo 300 do Código de Processo Civil, admite que o juiz conceda a medida de
natureza cautelar ou antecipada requestada, quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco
ao resultado útil do processo.
No caso concreto, neste juízo sumário de cognição, não é possível vislumbrar a probabilidade do direito da parte autora, devendo, ainda, ser
sopesado que não foi formalizado o contraditório, o que demanda cautela na análise das alegações e documentos encartados aos autos até o
momento.
De fato, somente após a oitiva do réu e a realização do exame médico, por meio de expert de confiança do Juízo, é que se poderá verificar se
a parte requerente preenche os requisitos necessários à concessão/restabelecimento do benefício previdenciário de auxílio-doença ou à
concessão de aposentadoria por invalidez e, em caso positivo, qual é a extensão da incapacidade.
Até lá, deve prevalecer a decisão administrativa de indeferimento.
Ante o exposto, INDEFIRO O PEDIDO de antecipação da tutela.
Defiro os benefícios da assistência judiciária gratuita.
Não vislumbro, por ora, a hipótese de prevenção apontada pelo sistema processual eletrônico.
Tendo em vista o disposto nos artigos 320 e 321 do Código de Processo Civil, concedo o prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de extinção sem
resolução do mérito, para a parte autora emendar a inicial:
a) regularize o valor atribuído à causa (R$ 30.000,00), mediante planilha discriminativa, atentando-se para o valor das parcelas vencidas e
vincendas, conforme disposto nos artigos 291 e 292, §§ 1º e 2º, do Código de Processo Civil, e artigo 3º, caput, e § 2º, da Lei 10.259/01.
Ultrapassando o limite da alçada dos Juizados, informe expressamente se irá renunciar aos valores que superarem, para fins de verificação da
competência deste Juizado para processar e julgar o feito; e
b) junte aos autos o comprovante de residência hábil e legível, com data contemporânea à do ajuizamento da ação (ou datado de até cento e
oitenta dias anteriores à data da propositura da ação), em seu nome. Como comprovante, a parte deverá juntar faturas de gás, água, energia
elétrica, telefone ou correspondências bancárias. Em caso de apresentação de comprovante de residência em nome de terceiros, deverá
apresentar cópia de contrato de aluguel ou declaração da pessoa em cujo nome esteja o comprovante, onde deve constar que o faz sob pena
de incidência do artigo 299 do Código Penal. A comprovação do endereço de residência da parte autora, no âmbito dos Juizados Especiais
Federais Cíveis, é de importância relevante, tendo em vista as disposições legais específicas sobre critérios de competência (artigo 3º, § 3º, da
Lei nº. 10.259/01) e o Princípio do Juiz Natural (artigo 5º, LIII, da Constituição Federal).
Ressalto que os prazos são improrrogáveis, haja vista a necessidade de observância dos princípios da economia e celeridade, norteadores da
atividade dos Juizados.
Alerto ser necessária a apresentação aos autos de toda a documentação médica legível que comprova a incapacidade laborativa alegada, da
CTPS com todos os registros, bem assim de todos os comprovantes de contribuições previdenciárias, se houver, sob pena de julgamento do
feito no estado em que se encontra.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 929/1770
Após e em termos, abra-se conclusão para designação de perícia médica.
Int.
1. Considerando que as partes foram devidamente intimadas dos cálculos, em relação aos quais se manifestou o autor e manteve inerte o
INSS, HOMOLOGO os cálculos elaborados pela Contadoria, dos valores atrasados no montante de R$ 24.518,47 (VINTE E QUATRO MIL
QUINHENTOS E DEZOITO REAIS E QUARENTA E SETE CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
2. Nos eventos 25/26 e 37 constam pedidos de destacamento dos honorários contratuais, de forma a serem pagos diretamente em nome da
pessoa jurídica ROCHAMORAIS - SOCIEDADE DE ADVOGADOS, por dedução do montante a ser recebido pelo autor, no percentual de
30% (trinta por cento).
Considerando que não foi apresentada a declaração que comprova que os referidos honorários não foram pagos no todo ou em parte,
conforme determinado no despacho nº 30938/2018 (evento 38), expeça-se o competente requisitório sem o destacamento pretendido.
3. Int.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 24.374,28
(VINTE E QUATRO MIL E TREZENTOS E SETENTA E QUATRO REAIS E VINTE E OITO CENTAVOS), posicionado para
setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) do montante
homologado, em favor de BACHUR & VIEIRA SOCIEDADE DE ADVOGADOS, CNPJ Nº 20.433.180/0001-02 (evento 37/38).
Intimem-se.
Considerando os termos constantes no “PARECER CONTADORIA” onde ratifica os cálculos anteriormente elaborados – evento 78,
HOMOLOGO os cálculos dos valores atrasados no montante de R$ 152.707,31 (cento e cinquenta e dois mil, setecentos e sete reais e trinta e
um centavos), posicionado para 02/2016.
O d. advogado apresenta no evento 84/85 pedido de destaque dos honorários contratuais no percentual de 30% (trinta por cento), para tanto,
deverá no prazo de 15 (quinze) dias, comprovar por meio de declaração assinada pelo outorgante que os honorários não foram pagos no todo
ou em parte. Fica dispensado o reconhecimento de firma, haja vista o disposto na Lei nº 11.925/2009.
Ressalte-se que, conforme disposto no art. 22, §4º, da Lei nº 8.906/94 (Estatuto da OAB), é legítimo o destaque dos honorários contratuais em
favor do patrono, mediante a prova de que não houve pagamento anterior. Nesse sentido, confira-se a jurisprudência do STJ:
PROCESSUAL CIVIL. VIOLAÇAO DO ART. 535 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. NAO OCORRÊNCIA. OFENSA AO ART.
6º DA LEI DE INTRODUÇÃO AO CÓDIGO CIVIL E AOS ARTS. 2º, 128 E 471-I DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AUSÊNCIA
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 930/1770
DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS N os 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESTAQUE DE HONORÁRIOS
PACTUADOS EM NOME DO CAUSÍDICO. EXECUÇAO NOS PRÓPRIOS AUTOS DA DEMANDA EM QUE ATUOU O
ADVOGADO. OITIVA DOS TITULARES DA AÇAO. NECESSIDADE. REGRA PREVISTA NO ESTATUTO DA ORDEM DOS
ADVOGADOS DO BRASIL.
(...)
3. A parte final do art. 22, 4º, da Lei nº 8.906/1994, permite que o juiz determine a apresentação pelo advogado de declaração firmada pelo
cliente de que nenhum valor a título de honorários convencionados foi adiantado ou a abertura de prazo para o constituinte-cliente se
manifestar sobre a existência de eventual pagamento; para que seja realizado o destaque da verba honorária, quando o advogado fizer juntar
aos autos o seu contrato de honorários antes de expedir-se o mandado de levantamento ou o precatório. Precedente.
4. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa extensão, desprovido.
(REsp 1.106.306/RS, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 16/4/2009, DJe 11/5/2009)
DIREITO ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. VIOLAÇAO AOS ARTS. 458, II, E 535, II, DO CPC.
NAO-OCORRÊNCIA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS CONTRATUAIS. RECEBIMENTO PELO PATRONOCONDICIONADO À
APRESENTAÇAO DO RESPECTIVO CONTRATO DE HONORÁRIOS E À PROVA DE QUE NAOFORAM ELES
ANTERIORMENTE PAGOS PELO CONSTITUINTE. POSSIBILIDADE. ART. 22, 4º, DA LEI 8.906/1994. RECURSO ESPECIAL
CONHECIDO E IMPROVIDO.
1. Os embargos de declaração têm como objetivo sanear eventual obscuridade, contradição ou omissão existentes na decisão recorrida.
Não há falar em afronta aos arts. 458, II, e 535, II, do CPC, quando o Tribunal de origem pronuncia-se de forma clara e precisa sobre a
questão posta nos autos, assentando-se em fundamentos suficientes para embasar a decisão, como ocorrido na espécie.
2. Pode o Juiz condicionar a dedução dos honorários advocatícios, antes da expedição do respectivo mandado de levantamento ou precatório, à
prova de que não foram eles anteriormente pagos pelo constituinte. Inteligência do art. 22, 4º, da Lei 8.906/1994.
3. Recurso especial conhecido e improvido.
(REsp 953.235/RS, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, QUINTA TURMA, julgado em 25/9/2008, DJe 3/11/2008)
Outrossim, saliento que, caso o nome da parte autora ou do advogado (pessoa física ou jurídica) esteja divergente no cadastro de CPF/CNPJ
da Receita Federal/CJF e/ou com situação cadastral irregular (cancelada, suspensa, pendente de regularização, etc), haverá o cancelamento
da(s) requisição(ões) de pagamento, de ofício, pelo TRF3.
Assim, os advogados deverão certificar-se da regularidade do CPF/CNPJ dos beneficiários do crédito (parte autora e advogado), juntando aos
autos o extrato atualizado da situação cadastral regular emitido no endereço eletrônico da Receita Federal.
Decorrido o prazo sem manifestação ou com a juntada da documentação incompleta, será expedido o(s) competente(s) requisitório(s) sem o
destacamento.
Int.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 8.777,39
(OITO MIL SETECENTOS E SETENTA E SETE REAIS E TRINTA E NOVE CENTAVOS), posicionado para agosto de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 7.809,82
(SETE MIL OITOCENTOS E NOVE REAIS E OITENTA E DOIS CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 10.472,64
(DEZ MIL QUATROCENTOS E SETENTA E DOIS REAIS E SESSENTA E QUATRO CENTAVOS), posicionado para setembro de
2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Trata-se de demanda, com pedido de antecipação da tutela, na qual a parte autora requer a concessão de benefício por incapacidade.
É a síntese do necessário.
Fundamento e decido.
O instituto da tutela provisória de urgência, previsto no artigo 300 do Código de Processo Civil, admite que o juiz conceda a medida de
natureza cautelar ou antecipada requestada, quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco
ao resultado útil do processo.
No caso concreto, neste juízo sumário de cognição, não é possível vislumbrar a probabilidade do direito da parte autora, devendo, ainda, ser
sopesado que não foi formalizado o contraditório, o que demanda cautela na análise das alegações e documentos encartados aos autos até o
momento.
De fato, somente após a oitiva do réu e a realização do exame médico, por meio de expert de confiança do Juízo, é que se poderá verificar se
a parte requerente preenche os requisitos necessários à concessão/restabelecimento do benefício previdenciário de auxílio-doença ou à
concessão de aposentadoria por invalidez e, em caso positivo, qual é a extensão da incapacidade.
Até lá, deve prevalecer a decisão administrativa de indeferimento.
Ante o exposto, INDEFIRO O PEDIDO de antecipação da tutela.
Defiro os benefícios da assistência judiciária gratuita.
Não vislumbro, por ora, a hipótese de prevenção apontada pelo sistema processual eletrônico.
Tendo em vista o disposto nos artigos 320 e 321 do Código de Processo Civil, concedo o prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de extinção sem
resolução do mérito, para a parte autora emendar a inicial:
- junte aos autos o comprovante de residência hábil e legível, com data contemporânea à do ajuizamento da ação (ou datado de até cento e
oitenta dias anteriores à data da propositura da ação), em seu nome. Como comprovante, a parte deverá juntar faturas de gás, água, energia
elétrica, telefone ou correspondências bancárias. Em caso de apresentação de comprovante de residência em nome de terceiros, deverá
apresentar cópia de contrato de aluguel ou declaração da pessoa em cujo nome esteja o comprovante, onde deve constar que o faz sob pena
de incidência do artigo 299 do Código Penal. A comprovação do endereço de residência da parte autora, no âmbito dos Juizados Especiais
Federais Cíveis, é de importância relevante, tendo em vista as disposições legais específicas sobre critérios de competência (artigo 3º, § 3º, da
Lei nº. 10.259/01) e o Princípio do Juiz Natural (artigo 5º, LIII, da Constituição Federal).
Ressalto que os prazos são improrrogáveis, haja vista a necessidade de observância dos princípios da economia e celeridade, norteadores da
atividade dos Juizados.
Alerto ser necessária a apresentação aos autos de toda a documentação médica que comprova a incapacidade laborativa alegada, da CTPS
com todos os registros, bem assim de todos os comprovantes de contribuições previdenciárias, se houver, sob pena de julgamento do feito no
estado em que se encontra.
Após e em termos, abra-se conclusão para designação de perícia médica.
Int.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 9.567,76
(NOVE MIL QUINHENTOS E SESSENTA E SETE REAIS E SETENTA E SEIS CENTAVOS), posicionado para agosto de 2018.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 932/1770
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais (evento 90).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 20.197,82
(VINTE MIL CENTO E NOVENTA E SETE REAIS E OITENTA E DOIS CENTAVOS), posicionado para agosto de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais (evento 57).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 23.474,33
(VINTE E TRêS MIL QUATROCENTOS E SETENTA E QUATRO REAIS E TRINTA E TRêS CENTAVOS), posicionado para agosto
de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor do i.
patrono DR. LEONARDO JOSÉ GOMES ALVARENGA – OAB/SP nº 255.976 (evento 74).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 8.177,60
(OITO MIL CENTO E SETENTA E SETE REAIS E SESSENTA CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor de
THÉO MAIA SOCIEDADE DE ADVOGADOS, CNPJ 21.999.055/0001-27 (eventos 38/39 e 48/49).
Intimem-se.
1. Considerando que as partes foram devidamente intimadas dos cálculos, em relação aos quais a autora concordou e o INSS manteve-se
inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados pela contadoria, dos valores atrasados no montante de R$ 8.523,98 (OITO MIL QUINHENTOS
E VINTE E TRêS REAIS E NOVENTA E OITO CENTAVOS), posicionados para agosto de 2018.
2. Nos eventos 34/35 constam pedidos de destacamento dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento), em favor da i. patrona Dra.
FERNANDA FERREIRA REZENDE DE ANDRADE, OAB/SP 193.368.
Considerando que não foi apresentada a declaração que comprova que os referidos honorários não foram pagos no todo ou em parte,
conforme determinado no despacho nº 21859/2018 (evento 31), expeça-se o competente requisitório sem o destacamento pretendido.
3. Int.
Vê-se que ambos os artigos estabelecem, como requisito para a concessão do seguro, a involuntariedade do desemprego, uma vez que o
benefício tem por finalidade prover assistência financeira temporária ao trabalhador desempregado em virtude de dispensa sem justa causa.
Referidos dispositivos constitucionais foram regulamentados pela Lei 7.998/90, a qual, em seu artigo 3°, refere-se aos demais requisitos
necessários à percepção do benefício, quais sejam:
Art. 3º Terá direito à percepção do seguro-desemprego o trabalhador dispensado sem justa causa que comprove:
I - ter recebido salários de pessoa jurídica ou de pessoa física a ela equiparada, relativos a:
a) pelo menos 12 (doze) meses nos últimos 18 (dezoito) meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando da primeira solicitação;
b) pelo menos 9 (nove) meses nos últimos 12 (doze) meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando da segunda solicitação; e
c) cada um dos 6 (seis) meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando das demais solicitações;
II - Revogado
III - não estar em gozo de qualquer benefício previdenciário de prestação continuada, previsto no Regulamento dos Benefícios da Previdência
Social, excetuado o auxílio-acidente e o auxílio suplementar previstos na Lei nº 6.367, de 19 de outubro de 1976, bem como o abono de
permanência em serviço previsto na Lei nº 5.890, de 8 de junho de 1973;
IV - não estar em gozo do auxílio-desemprego; e
V - não possuir renda própria de qualquer natureza suficiente à sua manutenção e de sua família.
VI - matrícula e frequência, quando aplicável, nos termos do regulamento, em curso de formação inicial e continuada ou de qualificação
profissional habilitado pelo Ministério da Educação, nos termos do art. 18 da Lei nº 12.513, de 26 de outubro de 2011, ofertado por meio da
Bolsa-Formação Trabalhador concedida no âmbito do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), instituído pela
Lei nº 12.513, de 26 de outubro de 2011, ou de vagas gratuitas na rede de educação profissional e tecnológica. (Grifei)
Na hipótese destes autos, a constatação do direito pleiteado pela parte autora demanda a necessária dilação probatória, o que só será possível
no decorrer da demanda.
Indefiro, pois, a tutela de urgência. Entrementes, após o contraditório e a juntada de eventuais outras provas, já em sede de cognição
exauriente, a pertinência do requerido será reavaliada.
Cite-se a ré para apresentação de contestação, devendo apresentar a este Juizado os documentos de que disponham para o esclarecimento da
causa (artigo 11 da Lei 10.259/2001).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais ambas as
partes manifestaram concordância, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 10.490,61 (DEZ MIL
QUATROCENTOS E NOVENTA REAIS E SESSENTA E UM CENTAVOS), posicionado para agosto de 2018.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 20.716,48
(VINTE MIL SETECENTOS E DEZESSEIS REAIS E QUARENTA E OITO CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 8.801,14
(OITO MIL OITOCENTOS E UM REAIS E QUATORZE CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 3.423,48
(TRÊS MIL QUATROCENTOS E VINTE E TRÊS REAIS E QUARENTA E OITO CENTAVOS), posicionado para outubro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor do DR.
TIAGO JEPY MATOSO PEREIRA, OAB/SP Nº 334.732 (evento 44/45).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 23.974,00
(VINTE E TRÊS MIL NOVECENTOS E SETENTA E QUATRO REAIS), posicionado para novembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Trata-se de demanda, com pedido de antecipação da tutela, na qual a parte autora requer a concessão de benefício por incapacidade.
É a síntese do necessário.
Fundamento e decido.
O instituto da tutela provisória de urgência, previsto no artigo 300 do Código de Processo Civil, admite que o juiz conceda a medida de
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 935/1770
natureza cautelar ou antecipada requestada, quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco
ao resultado útil do processo.
No caso concreto, neste juízo sumário de cognição, não é possível vislumbrar a probabilidade do direito da parte autora, devendo, ainda, ser
sopesado que não foi formalizado o contraditório, o que demanda cautela na análise das alegações e documentos encartados aos autos até o
momento.
De fato, somente após a oitiva do réu e a realização do exame médico, por meio de expert de confiança do Juízo, é que se poderá verificar se
a parte requerente preenche os requisitos necessários à concessão/restabelecimento do benefício previdenciário de auxílio-doença ou à
concessão de aposentadoria por invalidez e, em caso positivo, qual é a extensão da incapacidade.
Até lá, deve prevalecer a decisão administrativa de indeferimento.
Ante o exposto, INDEFIRO O PEDIDO de antecipação da tutela.
Defiro os benefícios da assistência judiciária gratuita.
Tendo em vista o disposto nos artigos 320 e 321 do Código de Processo Civil, concedo o prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de extinção sem
resolução do mérito, para a parte autora emendar a inicial:
a) regularize o valor atribuído à causa (R$ 11.976,00), mediante planilha discriminativa, atentando-se para o valor das parcelas vencidas e
vincendas, conforme disposto nos artigos 291 e 292, §§ 1º e 2º, do Código de Processo Civil, e artigo 3º, caput, e § 2º, da Lei 10.259/01.
Ultrapassando o limite da alçada dos Juizados, informe expressamente se irá renunciar aos valores que superarem, para fins de verificação da
competência deste Juizado para processar e julgar o feito;
b) junte aos autos o comprovante de residência hábil e legível, com data contemporânea à do ajuizamento da ação (ou datado de até cento e
oitenta dias anteriores à data da propositura da ação), em seu nome. Como comprovante, a parte deverá juntar faturas de gás, água, energia
elétrica, telefone ou correspondências bancárias. Em caso de apresentação de comprovante de residência em nome de terceiros, deverá
apresentar cópia de contrato de aluguel ou declaração da pessoa em cujo nome esteja o comprovante, onde deve constar que o faz sob pena
de incidência do artigo 299 do Código Penal. A comprovação do endereço de residência da parte autora, no âmbito dos Juizados Especiais
Federais Cíveis, é de importância relevante, tendo em vista as disposições legais específicas sobre critérios de competência (artigo 3º, § 3º, da
Lei nº. 10.259/01) e o Princípio do Juiz Natural (artigo 5º, LIII, da Constituição Federal); e
c) junte aos autos, de forma legível, seus documentos pessoais (CPF), conforme dispõe o artigo 319 do Código de Processo Civil.
Ressalto que os prazos são improrrogáveis, haja vista a necessidade de observância dos princípios da economia e celeridade, norteadores da
atividade dos Juizados.
Alerto ser necessária a apresentação aos autos de toda a documentação médica legível que comprova a incapacidade laborativa alegada, da
CTPS com todos os registros, bem assim de todos os comprovantes de contribuições previdenciárias, se houver, sob pena de julgamento do
feito no estado em que se encontra.
Após e em termos, abra-se conclusão para designação de perícia médica.
Int.
1. Considerando que as partes foram devidamente intimadas dos cálculos, em relação aos quais se manifestou o autor e manteve-se inerte o
INSS, homologo os cálculos elaborados pela Contadoria, dos valores atrasados no montante de R$ 3.363,02 (TRêS MIL TREZENTOS E
SESSENTA E TRêS REAIS E DOIS CENTAVOS), posicionado para agosto de 2018.
2. Caso o(a) d. advogado(a) pretenda o destaque dos honorários contratuais, deverá juntar, no prazo de 15 (quinze) dias, cópia do contrato
assinado pelas partes, bem como comprovar por meio de declaração assinada pelo outorgante que os honorários não foram pagos no todo ou
em parte. Fica dispensado o reconhecimento de firma, haja vista o disposto na Lei nº 11.925/2009.
Ressalte-se que, conforme disposto no art. 22, §4º, da Lei nº 8.906/94 (Estatuto da OAB), é legítimo o destaque dos honorários contratuais em
favor do patrono, mediante a prova de que não houve pagamento anterior. Nesse sentido, confira-se a jurisprudência do STJ:
PROCESSUAL CIVIL. VIOLAÇAO DO ART. 535 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. NAO OCORRÊNCIA. OFENSA AO ART.
DIREITO ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. VIOLAÇAO AOS ARTS. 458, II, E 535, II, DO CPC.
NAO-OCORRÊNCIA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS CONTRATUAIS. RECEBIMENTO PELO PATRONOCONDICIONADO À
APRESENTAÇAO DO RESPECTIVO CONTRATO DE HONORÁRIOS E À PROVA DE QUE NAOFORAM ELES
ANTERIORMENTE PAGOS PELO CONSTITUINTE. POSSIBILIDADE. ART. 22, 4º, DA LEI 8.906/1994. RECURSO ESPECIAL
CONHECIDO E IMPROVIDO.
1. Os embargos de declaração têm como objetivo sanear eventual obscuridade, contradição ou omissão existentes na decisão recorrida.
Não há falar em afronta aos arts. 458, II, e 535, II, do CPC, quando o Tribunal de origem pronuncia-se de forma clara e precisa sobre a
questão posta nos autos, assentando-se em fundamentos suficientes para embasar a decisão, como ocorrido na espécie.
2. Pode o Juiz condicionar a dedução dos honorários advocatícios, antes da expedição do respectivo mandado de levantamento ou precatório, à
prova de que não foram eles anteriormente pagos pelo constituinte. Inteligência do art. 22, 4º, da Lei 8.906/1994.
3. Recurso especial conhecido e improvido.
(REsp 953.235/RS, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, QUINTA TURMA, julgado em 25/9/2008, DJe 3/11/2008)
Decorrido o prazo sem manifestação ou com a juntada da documentação incompleta, expeça-se o competente requisitório sem o
destacamento pretendido.
5 – O patrono deverá, também, informar o número de seu CPF, possibilitando assim, as devidas expedições.
Int.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 5.076,65
(CINCO MIL SETENTA E SEIS REAIS E SESSENTA E CINCO CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor do i.
patrono DR. URSINO JOSÉ DOS SANTOS NETO – OAB/SP nº 375.408 (evento 21/22 e 41).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 11.641,07
(ONZE MIL SEISCENTOS E QUARENTA E UM REAIS E SETE CENTAVOS), posicionado para novembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor de
THÉO MAIA SOCIEDADE DE ADVOGADOS, CNPJ 21.999.055/0001-27 (evento 32/33 e 43/44).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais não houve
impugnação, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 15.861,66 (QUINZE MIL OITOCENTOS E
SESSENTA E UM REAIS E SESSENTA E SEIS CENTAVOS), posicionado para outubro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 4.712,36
(QUATRO MIL SETECENTOS E DOZE REAIS E TRINTA E SEIS CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem destaque de honorários.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 27.371,47
(VINTE E SETE MIL TREZENTOS E SETENTA E UM REAIS E QUARENTA E SETE CENTAVOS), posicionado para agosto de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais (evento 40).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 390,83
(TREZENTOS E NOVENTA REAIS E OITENTA E TRÊS CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais no percentural de 30% (trinta por cento) do
montante homologado, em favor de BACHUR & VIEIRA SOCIEDADE DE ADVOGADOS, CNPJ Nº 20.433.180/0001-02 (evento 42/43).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 41.385,96
(QUARENTA E UM MIL TREZENTOS E OITENTA E CINCO REAIS E NOVENTA E SEIS CENTAVOS), posicionado para agosto de
2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais (evento 56).
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 10.693,17
(DEZ MIL SEISCENTOS E NOVENTA E TRêS REAIS E DEZESSETE CENTAVOS), posicionado para agosto de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais (evento 43).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 19.799,40
(DEZENOVE MIL SETECENTOS E NOVENTA E NOVE REAIS E QUARENTA CENTAVOS), posicionado para agosto de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor do i.
patrono DR. JOSÉ CARLOS CACERES MUNHOZ – OAB/SP nº 56.182 (evento 51).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 11.839,85
(ONZE MIL OITOCENTOS E TRINTA E NOVE REAIS E OITENTA E CINCO CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV) observando o destaque dos honorários contratuais no percentual de 25% (vinte e cinco por
cento) do montante homologado, conforme declaração do autor, em favor de BACHUR E VIEIRA SOCIEDADE DE ADVOGADOS,
CNPJ Nº 20.433.180/0001-02 (evento 41/42).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 33.492,54
(TRINTA E TRêS MIL QUATROCENTOS E NOVENTA E DOIS REAIS E CINQUENTA E QUATRO CENTAVOS), posicionado para
agosto de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor do i.
patrono DR. HELVIO CAGLIARI – OAB/SP nº 171.349 (evento 40).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais não houve
impugnação, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 22.507,68 (VINTE E DOIS MIL
QUINHENTOS E SETE REAIS E SESSENTA E OITO CENTAVOS), posicionado para janeiro de 2019, referente ao acordo judicial de
90% sobre o valor devido.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 16.746,72
(DEZESSEIS MIL SETECENTOS E QUARENTA E SEIS REAIS E SETENTA E DOIS CENTAVOS), posicionado para setembro de
2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 20.607,44
(VINTE MIL SEISCENTOS E SETE REAIS E QUARENTA E QUATRO CENTAVOS), posicionado para agosto de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando os honorários sucumbenciais em favor do i. patrono DR. ANTONIO MÁRIO
DE TOLEDO – OAB/SP nº 47.319 (evento 90), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 13.588,10
(TREZE MIL QUINHENTOS E OITENTA E OITO REAIS E DEZ CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor do i.
patrono DR. EDNÉSIO GERALDO DE PAULA SILVA - OAB/SP 102.743 (evento 40/42).
Intimem-se.
Tendo em vista que a situação cadastral do CPF da parte autora encontra-se cancelada (evento 36), intimem-se os i. advogados constituídos
na presente ação, a promoverem a regularização ou, se for o caso, a habilitação de eventuais herdeiros, no prazo de 30 (trinta) dais.
Dispõe a Lei nº 8.213/91, em seu artigo 112, verbis: “O valor não recebido em vida pelo segurado só será pago aos seus dependentes
habilitados à pensão por morte ou, na falta deles, aos seus sucessores na forma da lei civil, independentemente de inventário ou arrolamento.”
(destaquei).
São documentos necessários para a apreciação do pedido:
1) certidão de existência ou inexistência de dependentes habilitados à pensão por morte fornecida pelo próprio INSS (emitida pelo setor de
benefícios);
2) carta de concessão da pensão por morte, quando for o caso;
3) RG e CPF dos habilitados; e
5) instrumento de procuração dos habilitados.
Isto posto, concedo os dependentes o prazo de 30 (trinta) dias para a devida regularização, sob pena de extinção sem julgamento do mérito.
Após e se em termos, conclusos para deliberações.
Int.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais não houve
impugnação, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 5.314,56 (CINCO MIL TREZENTOS E
QUATORZE REAIS E CINQUENTA E SEIS CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 6.860,61
(SEIS MIL OITOCENTOS E SESSENTA REAIS E SESSENTA E UM CENTAVOS), posicionado para outubro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 20.649,96
(VINTE MIL SEISCENTOS E QUARENTA E NOVE REAIS E NOVENTA E SEIS CENTAVOS), posicionado para outubro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários sucumbenciais em favor da i. patrona DRA. GISELLE
MARIA DE ANDRADE SCIAMPAGLIA DE CARVALHO – OAB/SP nº 184.363 (evento 49/50).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 6.406,65
(SEIS MIL QUATROCENTOS E SEIS REAIS E SESSENTA E CINCO CENTAVOS), posicionados para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 21.881,14
(VINTE E UM MIL OITOCENTOS E OITENTA E UM REAIS E QUATORZE CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor de
THÉO MAIA SOCIEDADE DE ADVOGADOS, CNPJ 21.999.055/0001-27 (evento 38/39 e 47/48).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 2.764,10
(DOIS MIL SETECENTOS E SESSENTA E QUATRO REAIS E DEZ CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$
6.032,62(SEIS MIL TRINTA E DOIS REAIS E SESSENTA E DOIS CENTAVOS), posicionado para outubro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 17.516,34
(DEZESSETE MIL QUINHENTOS E DEZESSEIS REAIS E TRINTA E QUATRO CENTAVOS), posicionado para agosto de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais (evento 63).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 32,50
(TRINTA E DOIS REAIS E CINQUENTA CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 8.183,09
(OITO MIL CENTO E OITENTA E TRÊS REAIS E NOVE CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 14.056,82
(QUATORZE MIL CINQUENTA E SEIS REAIS E OITENTA E DOIS CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Vê-se que ambos os artigos estabelecem, como requisito para a concessão do seguro, a involuntariedade do desemprego, uma vez que o
benefício tem por finalidade prover assistência financeira temporária ao trabalhador desempregado em virtude de dispensa sem justa causa.
Referidos dispositivos constitucionais foram regulamentados pela Lei 7.998/90, a qual, em seu artigo 3°, refere-se aos demais requisitos
necessários à percepção do benefício, quais sejam:
Art. 3º Terá direito à percepção do seguro-desemprego o trabalhador dispensado sem justa causa que comprove:
I - ter recebido salários de pessoa jurídica ou de pessoa física a ela equiparada, relativos a:
a) pelo menos 12 (doze) meses nos últimos 18 (dezoito) meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando da primeira solicitação;
b) pelo menos 9 (nove) meses nos últimos 12 (doze) meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando da segunda solicitação; e
c) cada um dos 6 (seis) meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando das demais solicitações;
II - Revogado
III - não estar em gozo de qualquer benefício previdenciário de prestação continuada, previsto no Regulamento dos Benefícios da Previdência
Social, excetuado o auxílio-acidente e o auxílio suplementar previstos na Lei nº 6.367, de 19 de outubro de 1976, bem como o abono de
permanência em serviço previsto na Lei nº 5.890, de 8 de junho de 1973;
IV - não estar em gozo do auxílio-desemprego; e
V - não possuir renda própria de qualquer natureza suficiente à sua manutenção e de sua família.
VI - matrícula e frequência, quando aplicável, nos termos do regulamento, em curso de formação inicial e continuada ou de qualificação
profissional habilitado pelo Ministério da Educação, nos termos do art. 18 da Lei nº 12.513, de 26 de outubro de 2011, ofertado por meio da
Bolsa-Formação Trabalhador concedida no âmbito do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), instituído pela
Lei nº 12.513, de 26 de outubro de 2011, ou de vagas gratuitas na rede de educação profissional e tecnológica. (Grifei)
Na hipótese destes autos, a constatação do direito pleiteado pela parte autora demanda a necessária dilação probatória, o que só será possível
no decorrer da demanda.
Indefiro, pois, a tutela de urgência. Entrementes, após o contraditório e a juntada de eventuais outras provas, já em sede de cognição
exauriente, a pertinência do requerido será reavaliada.
Cite-se a ré para apresentação de contestação, devendo apresentar a este Juizado os documentos de que disponham para o esclarecimento da
causa (artigo 11 da Lei 10.259/2001).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 9.996,86
(NOVE MIL NOVECENTOS E NOVENTA E SEIS REAIS E OITENTA E SEIS CENTAVOS), posicionado para outubro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor do i.
patrono DR. WELLINGTON JOHN ROSA, OAB/SP Nº 329.688 (evento 54/55).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 1.529,64
(UM MIL QUINHENTOS E VINTE E NOVE REAIS E SESSENTA E QUATRO CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 6.159,33
(SEIS MIL CENTO E CINQUENTA E NOVE REAIS E TRINTA E TRÊS CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais tão somente de 30% (trinta por cento) em
favor do i. patrono DR. TIAGO JEPY MATOSO PEREIRA, OAB/SP Nº 334.732 (evento 38/39).
Intimem-se.
Ante os termos constantes da “Informação Contadoria” evento 98, HOMOLOGO os cálculos elaborados dos valores atrasados no montante
de R$ 2.511,99 (dois mil, quinhentos e onze reais e noventa e nove centavos), posicionado para 03/2018.
Expeça-se a requisição para pagamento sem o destaque dos honorários contratuais (evento 90).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 15.220,94
(QUINZE MIL DUZENTOS E VINTE REAIS E NOVENTA E QUATRO CENTAVOS), posicionado para setembro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais.
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 7.121,27
(SETE MIL CENTO E VINTE E UM REAIS E VINTE E SETE CENTAVOS), posicionado para agosto de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais (evento 46).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 1.451,02
(UM MIL QUATROCENTOS E CINQUENTA E UM REAIS E DOIS CENTAVOS), posicionado para outubro de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor do i.
patrono DR. LUCAS MORAES BREDA – OAB/SP Nº 306.862 (evento 50/51).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 5.719,59
(CINCO MIL SETECENTOS E DEZENOVE REAIS E CINQUENTA E NOVE CENTAVOS), posicionado para agosto de 2018.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais (evento 71).
Intimem-se.
1. Considerando que as partes foram devidamente intimadas dos cálculos, em relação aos quais não houve impugnação, HOMOLOGO os
cálculos elaborados pela contadoria, dos valores atrasados no montante de R$ 21.445,90 (VINTE E UM MIL QUATROCENTOS E
QUARENTA E CINCO REAIS E NOVENTA CENTAVOS), posicionados para agosto de 2018.
2. No evento 67 consta pedido de destacamento dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento), em favor de Bachur e Vieira Sociedade
de Advogados, CNPJ 20.433.180/0001-02 .
Considerando que não foi apresentado contrato de honorários, declaração de que a parte não efetuou pagamento e contrato social, conforme
determinado no despacho nº 20198/2018 (evento 64), expeça-se o competente requisitório sem o destacamento pretendido.
3. Int.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 10.536,43
(DEZ MIL QUINHENTOS E TRINTA E SEIS REAIS E QUARENTA E TRÊS CENTAVOS), posicionado para janeiro de 2019.
Considerando a situação de interdição do autor, expeça-se a requisição de pagamento na modalidade “levantamento por ordem do juízo”,
observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor de FABIANO SILVEIRA MACHADO SOCIEDADE
INDIVIDUAL DE ADVOCACIA – CNPJ Nº 26.721.616/0001-45 (evento 77/79).
Considerando que o destaque dos honorários contratuais deverá ser lançado na requisição do autor, assinalo que estes valores
necessariamente ficarão retidos e serão liberados pelo juízo após a notícia do depósito.
Intimem-se as partes e o MPF.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais a autora
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 946/1770
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados no montante de R$ 5.428,12
(CINCO MIL QUATROCENTOS E VINTE E OITO REAIS E DOZE CENTAVOS), posicionados para janeiro de 2019, referente ao
acordo judicial de 80% (oitenta por cento) sobre o balor devido.
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), observando o destaque dos honorários contratuais de 30% (trinta por cento) em favor de
FABIANO SILVEIRA MACHADO SOCIEDADE INDIVIDUAL DE ADVOCACIA – CNPJ Nº 26.721.616/0001-45 (evento 53/55).
Intimem-se.
Considerando que as partes foram regularmente intimadas dos cálculos elaborados pela contadoria deste juízo, em relação aos quais o autor
manifestou concordância e o INSS manteve inerte, HOMOLOGO os cálculos elaborados nos valores atrasados em favor dos autores:
- DAIANE APARECIDA DA SILVA NOGUEIRA, no montante de R$ 4.730,15 (QUATRO MIL SETECENTOS E TRINTA REAIS E
QUINZE CENTAVOS), para 05/2017 (evento 67);
- DIOGO FELIPE NOGUEIRA FARIA GOMES SILVA, no montante de R$ 16.580,43 (DEZESSEIS MIL QUINHENTOS E OITENTA
REAIS E QUARENTA E TRêS CENTAVOS), para 05/2017 (evento 82).
Expeça-se a requisição para pagamento (RPV), sem o destaque dos honorários contratuais (evento 86).
Intimem-se.
Trata-se de demanda, com pedido de antecipação da tutela, na qual a parte autora requer a concessão de benefício por incapacidade.
É a síntese do necessário.
Fundamento e decido.
O instituto da tutela provisória de urgência, previsto no artigo 300 do Código de Processo Civil, admite que o juiz conceda a medida de
natureza cautelar ou antecipada requestada, quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco
ao resultado útil do processo.
No caso concreto, neste juízo sumário de cognição, não é possível vislumbrar a probabilidade do direito da parte autora, devendo, ainda, ser
sopesado que não foi formalizado o contraditório, o que demanda cautela na análise das alegações e documentos encartados aos autos até o
momento.
De fato, somente após a oitiva do réu e a realização do exame médico, por meio de expert de confiança do Juízo, é que se poderá verificar se
a parte requerente preenche os requisitos necessários à concessão/restabelecimento do benefício previdenciário de auxílio-doença ou à
concessão de aposentadoria por invalidez e, em caso positivo, qual é a extensão da incapacidade.
Até lá, deve prevalecer a decisão administrativa de indeferimento.
Ante o exposto, INDEFIRO O PEDIDO de antecipação da tutela.
Defiro os benefícios da assistência judiciária gratuita.
Não vislumbro, por ora, a hipótese de prevenção apontada pelo sistema processual.
Concedo a prioridade requerida nos termos do art. 1.048 do Código de Processo Civil, respeitando-se o direito de outros jurisdicionados, em
idêntica situação, que tenham ajuizado demandas anteriormente à presente.
Designo perícia médica para o dia 30 de maio de 2019, às 11h.
A perícia será realizada no consultório do DR. DANIEL MACHADO, CRM 119.860D, Ortopedista e Traumatologista, Rua Estêvão Leão
Bourroul, 2074, Centro, Franca - SP. Cep 14400-750, ficando a parte autora intimada, na pessoa de seu i. advogado (art. 8º, § 1º, da Lei
10.259/2001), para comparecimento, com 30 (trinta) minutos de antecedência, munida de documento de identificação e de toda documentação
médica que comprova a incapacidade laborativa alegada.
Quando o caso, pacientes com exames radiográficos realizados por serviço on line, solicitar o exame via impressa, arquivo em CD ou senha
para acesso do Sr. Perito via internet.
Alerto ser necessária a apresentação aos autos de toda a documentação médica que comprova a incapacidade laborativa alegada, da CTPS
com todos os registros, bem assim de todos os comprovantes de contribuições previdenciárias, se houver, sob pena de julgamento do feito no
estado em que se encontra.
O perito responderá apenas aos quesitos do Juízo constantes na Portaria n. 7, de 02 de junho de 2017 deste Juizado Especial Federal de
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 947/1770
Franca/SP, disponibilizada em Diário Eletrônico Oficial em 17 de julho de 2017 e depositada em Secretaria, os quais são suficientes para
esclarecer os pontos controvertidos da demanda. Todavia, após a vinda do laudo, poderão as partes formular quesitos complementares, se
necessário.
Nos termos da Resolução Conjunta nº 01 CNJ/AGU/MTPS, de 15 de dezembro de 2015, intime-se o INSS para que, se considerar
indispensável, apresente aos autos o(s) processos(s) administrativo(s) e/ou informe(s) dos sistemas informatizados relacionados às perícias
médicas realizadas na via administrativa.
Fica a parte autora cientificada de que o não comparecimento à perícia médica implica em preclusão da prova técnica e na extinção do
processo sem resolução de mérito, salvo quando comprovado documentalmente, no prazo de 05 (cinco) dias, que a ausência decorreu de
motivo de força maior.
Com a vinda do laudo, intimem-se as partes para manifestação e cite-se o INSS.
Int.
Trata-se de demanda, com pedido de antecipação da tutela, na qual a parte autora requer a concessão de benefício por incapacidade.
É a síntese do necessário.
Fundamento e decido.
O instituto da tutela provisória de urgência, previsto no artigo 300 do Código de Processo Civil, admite que o juiz conceda a medida de
natureza cautelar ou antecipada requestada, quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco
ao resultado útil do processo.
No caso concreto, neste juízo sumário de cognição, não é possível vislumbrar a probabilidade do direito da parte autora, devendo, ainda, ser
sopesado que não foi formalizado o contraditório, o que demanda cautela na análise das alegações e documentos encartados aos autos até o
momento.
De fato, somente após a oitiva do réu e a realização do exame médico, por meio de expert de confiança do Juízo, é que se poderá verificar se
a parte requerente preenche os requisitos necessários à concessão/restabelecimento do benefício previdenciário de auxílio-doença ou à
concessão de aposentadoria por invalidez e, em caso positivo, qual é a extensão da incapacidade.
Até lá, deve prevalecer a decisão administrativa de indeferimento.
Ante o exposto, INDEFIRO O PEDIDO de antecipação da tutela.
Defiro os benefícios da assistência judiciária gratuita.
Não vislumbro, por ora, a hipótese de prevenção apontada pelo sistema processual.
Designo perícia médica para o dia 14 de junho de 2019, às 14h30min, pelo Dr. CHAFI FACURI NETO, CREMESP 90.386, ortopedista, na
sala de perícias da Justiça Federal, ficando a parte autora intimada, na pessoa de seu i. advogado (art. 8º, § 1º, da Lei 10.259/2001), para
comparecimento, com 30 (trinta) minutos de antecedência, munida de documento de identificação e de toda documentação médica que
comprova a incapacidade laborativa alegada.
Quando o caso, pacientes com exames radiográficos realizados por serviço on line, solicitar o exame via impressa, arquivo em CD ou senha
para acesso do Sr. Perito via internet.
Alerto ser necessária a apresentação aos autos de toda a documentação médica que comprova a incapacidade laborativa alegada, da CTPS
com todos os registros, bem assim de todos os comprovantes de contribuições previdenciárias, se houver, sob pena de julgamento do feito no
estado em que se encontra.
O perito responderá apenas aos quesitos do Juízo constantes na Portaria n. 7, de 02 de junho de 2017 deste Juizado Especial Federal de
Franca/SP, disponibilizada em Diário Eletrônico Oficial em 17 de julho de 2017 e depositada em Secretaria, os quais são suficientes para
esclarecer os pontos controvertidos da demanda. Todavia, após a vinda do laudo, poderão as partes formular quesitos complementares, se
necessário.
Entendo pertinente nesta demanda se privilegiar a coisa julgada formada no feito anterior, devendo a parte ser reavaliada pelo mesmo
profissional que atuou naqueles autos, por ser o mesmo apto a aferir o agravamento ou progressão da doença em relação à sua primeira
análise.
Nos termos da Resolução Conjunta nº 01 CNJ/AGU/MTPS, de 15 de dezembro de 2015, intime-se o INSS para que, se considerar
indispensável, apresente aos autos o(s) processos(s) administrativo(s) e/ou informe(s) dos sistemas informatizados relacionados às perícias
médicas realizadas na via administrativa.
Fica a parte autora cientificada de que o não comparecimento à perícia médica implica em preclusão da prova técnica e na extinção do
processo sem resolução de mérito, salvo quando comprovado documentalmente, no prazo de 05 (cinco) dias, que a ausência decorreu de
motivo de força maior.
Com a vinda do laudo, intimem-se as partes para manifestação e cite-se o INSS.
Int.
Trata-se de demanda, com pedido de antecipação da tutela, na qual a parte autora requer a concessão de benefício por incapacidade.
É a síntese do necessário.
Fundamento e decido.
O instituto da tutela provisória de urgência, previsto no artigo 300 do Código de Processo Civil, admite que o juiz conceda a medida de
natureza cautelar ou antecipada requestada, quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco
ao resultado útil do processo.
No caso concreto, neste juízo sumário de cognição, verifico que a Previdência Social concedeu ao autor o benefício de auxílio-doença,
inicialmente com data prevista de cessação em 05/12/2019 (NB 623.406.360-1 - evento 07), sendo razoável aguardar o estabelecimento do
contraditório e a realização do exame médico, por meio de expert de confiança do Juízo, é que se poderá verificar se a parte requerente
preenche os requisitos necessários à manutenção do benefício previdenciário de auxílio-doença ou à concessão de aposentadoria por invalidez
e, em caso positivo, qual é a extensão da incapacidade.
Até lá, deve prevalecer a decisão administrativa de indeferimento.
Ante o exposto, INDEFIRO O PEDIDO de antecipação da tutela.
Defiro os benefícios da assistência judiciária gratuita.
Não vislumbro, por ora, a hipótese de prevenção apontada pelo sistema processual.
Concedo a prioridade requerida nos termos do art. 1.048 do Código de Processo Civil, respeitando-se o direito de outros jurisdicionados, em
idêntica situação, que tenham ajuizado demandas anteriormente à presente.
Designo perícia médica a ser realizada no dia 24 de abril de 2019, às 18h, pelo DR. CÉSAR OSMAN NASSIM, CREMESP 23.287,
especialista em Clínica Geral, Medicina do Trabalho e Perícia Médica, na sala de perícias da Justiça Federal, ficando a parte autora intimada,
na pessoa de seu i. advogado (art. 8º, § 1º, da Lei 10.259/2001), para comparecimento, com 30 (trinta) minutos de antecedência, munida de
documento de identificação e de toda documentação médica que comprova a incapacidade laborativa alegada.
Quando o caso, pacientes com exames radiográficos realizados por serviço on line, solicitar o exame via impressa, arquivo em CD ou senha
para acesso do Sr. Perito via internet.
Alerto ser necessária a apresentação aos autos de toda a documentação médica que comprova a incapacidade laborativa alegada, da CTPS
com todos os registros, bem assim de todos os comprovantes de contribuições previdenciárias, se houver, sob pena de julgamento do feito no
estado em que se encontra.
O perito responderá apenas aos quesitos do Juízo constantes na Portaria n. 7, de 02 de junho de 2017 deste Juizado Especial Federal de
Franca/SP, disponibilizada em Diário Eletrônico Oficial em 17 de julho de 2017 e depositada em Secretaria, os quais são suficientes para
esclarecer os pontos controvertidos da demanda. Todavia, após a vinda do laudo, poderão as partes formular quesitos complementares, se
necessário.
Nos termos da Resolução Conjunta nº 01 CNJ/AGU/MTPS, de 15 de dezembro de 2015, intime-se o INSS para que, se considerar
indispensável, apresente aos autos o(s) processos(s) administrativo(s) e/ou informe(s) dos sistemas informatizados relacionados às perícias
médicas realizadas na via administrativa.
Fica a parte autora cientificada de que o não comparecimento à perícia médica implica em preclusão da prova técnica e na extinção do
processo sem resolução de mérito, salvo quando comprovado documentalmente, no prazo de 05 (cinco) dias, que a ausência decorreu de
motivo de força maior.
Com a vinda do laudo, intimem-se as partes para manifestação e cite-se o INSS.
Int.
Trata-se de demanda, com pedido de antecipação da tutela, na qual a parte autora requer a concessão de benefício por incapacidade.
É a síntese do necessário.
Fundamento e decido.
O instituto da tutela provisória de urgência, previsto no artigo 300 do Código de Processo Civil, admite que o juiz conceda a medida de
natureza cautelar ou antecipada requestada, quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco
ao resultado útil do processo.
No caso concreto, neste juízo sumário de cognição, não é possível vislumbrar a probabilidade do direito da parte autora, devendo, ainda, ser
sopesado que não foi formalizado o contraditório, o que demanda cautela na análise das alegações e documentos encartados aos autos até o
momento.
De fato, somente após a oitiva do réu e a realização do exame médico, por meio de expert de confiança do Juízo, é que se poderá verificar se
a parte requerente preenche os requisitos necessários à concessão/restabelecimento do benefício previdenciário de auxílio-doença ou à
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 949/1770
concessão de aposentadoria por invalidez e, em caso positivo, qual é a extensão da incapacidade.
Até lá, deve prevalecer a decisão administrativa de indeferimento.
Ante o exposto, INDEFIRO O PEDIDO de antecipação da tutela.
Defiro os benefícios da assistência judiciária gratuita.
Designo perícia médica para o dia 06 de junho de 2019, às 07h30min.
A perícia será realizada no consultório do DR. DANIEL MACHADO, CRM 119.860D, Ortopedista e Traumatologista, Rua Estêvão Leão
Bourroul, 2074, Centro, Franca - SP. Cep 14400-750, ficando a parte autora intimada, na pessoa de seu i. advogado (art. 8º, § 1º, da Lei
10.259/2001), para comparecimento, com 30 (trinta) minutos de antecedência, munida de documento de identificação e de toda documentação
médica que comprova a incapacidade laborativa alegada.
Quando o caso, pacientes com exames radiográficos realizados por serviço on line, solicitar o exame via impressa, arquivo em CD ou senha
para acesso do Sr. Perito via internet.
Alerto ser necessária a apresentação aos autos de toda a documentação médica que comprova a incapacidade laborativa alegada, da CTPS
com todos os registros, bem assim de todos os comprovantes de contribuições previdenciárias, se houver, sob pena de julgamento do feito no
estado em que se encontra.
O perito responderá apenas aos quesitos do Juízo constantes na Portaria n. 7, de 02 de junho de 2017 deste Juizado Especial Federal de
Franca/SP, disponibilizada em Diário Eletrônico Oficial em 17 de julho de 2017 e depositada em Secretaria, os quais são suficientes para
esclarecer os pontos controvertidos da demanda. Todavia, após a vinda do laudo, poderão as partes formular quesitos complementares, se
necessário.
Nos termos da Resolução Conjunta nº 01 CNJ/AGU/MTPS, de 15 de dezembro de 2015, intime-se o INSS para que, se considerar
indispensável, apresente aos autos o(s) processos(s) administrativo(s) e/ou informe(s) dos sistemas informatizados relacionados às perícias
médicas realizadas na via administrativa.
Fica a parte autora cientificada de que o não comparecimento à perícia médica implica em preclusão da prova técnica e na extinção do
processo sem resolução de mérito, salvo quando comprovado documentalmente, no prazo de 05 (cinco) dias, que a ausência decorreu de
motivo de força maior.
Com a vinda do laudo, intimem-se as partes para manifestação e cite-se o INSS.
Int.
Trata-se de demanda, com pedido de antecipação da tutela, na qual a parte autora requer a concessão de benefício por incapacidade.
É a síntese do necessário.
Fundamento e decido.
O instituto da tutela provisória de urgência, previsto no artigo 300 do Código de Processo Civil, admite que o juiz conceda a medida de
natureza cautelar ou antecipada requestada, quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco
ao resultado útil do processo.
No caso concreto, neste juízo sumário de cognição, não é possível vislumbrar a probabilidade do direito da parte autora, devendo, ainda, ser
sopesado que não foi formalizado o contraditório, o que demanda cautela na análise das alegações e documentos encartados aos autos até o
momento.
De fato, somente após a oitiva do réu e a realização do exame médico, por meio de expert de confiança do Juízo, é que se poderá verificar se
a parte requerente preenche os requisitos necessários à concessão/restabelecimento do benefício previdenciário de auxílio-doença ou à
concessão de aposentadoria por invalidez e, em caso positivo, qual é a extensão da incapacidade.
Até lá, deve prevalecer a decisão administrativa de indeferimento.
Ante o exposto, INDEFIRO O PEDIDO de antecipação da tutela.
Defiro os benefícios da assistência judiciária gratuita.
Não vislumbro, por ora, a hipótese de prevenção apontada pelo sistema processual.
Concedo a prioridade requerida nos termos do art. 1.048 do Código de Processo Civil, respeitando-se o direito de outros jurisdicionados, em
idêntica situação, que tenham ajuizado demandas anteriormente à presente.
Designo perícia médica para o dia 14 de junho de 2019, às 15h30min, pelo Dr. CHAFI FACURI NETO, CREMESP 90.386, ortopedista, na
sala de perícias da Justiça Federal, ficando a parte autora intimada, na pessoa de seu i. advogado (art. 8º, § 1º, da Lei 10.259/2001), para
comparecimento, com 30 (trinta) minutos de antecedência, munida de documento de identificação e de toda documentação médica que
comprova a incapacidade laborativa alegada.
Quando o caso, pacientes com exames radiográficos realizados por serviço on line, solicitar o exame via impressa, arquivo em CD ou senha
para acesso do Sr. Perito via internet.
Alerto ser necessária a apresentação aos autos de toda a documentação médica que comprova a incapacidade laborativa alegada, da CTPS
com todos os registros, bem assim de todos os comprovantes de contribuições previdenciárias, se houver, sob pena de julgamento do feito no
estado em que se encontra.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 950/1770
O perito responderá apenas aos quesitos do Juízo constantes na Portaria n. 7, de 02 de junho de 2017 deste Juizado Especial Federal de
Franca/SP, disponibilizada em Diário Eletrônico Oficial em 17 de julho de 2017 e depositada em Secretaria, os quais são suficientes para
esclarecer os pontos controvertidos da demanda. Todavia, após a vinda do laudo, poderão as partes formular quesitos complementares, se
necessário.
Entendo pertinente nesta demanda se privilegiar a coisa julgada formada no feito anterior, devendo a parte ser reavaliada pelo mesmo
profissional que atuou naqueles autos, por ser o mesmo apto a aferir o agravamento ou progressão da doença em relação à sua primeira
análise.
Nos termos da Resolução Conjunta nº 01 CNJ/AGU/MTPS, de 15 de dezembro de 2015, intime-se o INSS para que, se considerar
indispensável, apresente aos autos o(s) processos(s) administrativo(s) e/ou informe(s) dos sistemas informatizados relacionados às perícias
médicas realizadas na via administrativa.
Fica a parte autora cientificada de que o não comparecimento à perícia médica implica em preclusão da prova técnica e na extinção do
processo sem resolução de mérito, salvo quando comprovado documentalmente, no prazo de 05 (cinco) dias, que a ausência decorreu de
motivo de força maior.
Com a vinda do laudo, intimem-se as partes para manifestação e cite-se o INSS.
Int.
Trata-se de demanda, com pedido de antecipação da tutela, na qual a parte autora requer a concessão de benefício por incapacidade.
É a síntese do necessário.
Fundamento e decido.
O instituto da tutela provisória de urgência, previsto no artigo 300 do Código de Processo Civil, admite que o juiz conceda a medida de
natureza cautelar ou antecipada requestada, quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco
ao resultado útil do processo.
No caso concreto, neste juízo sumário de cognição, não é possível vislumbrar a probabilidade do direito da parte autora, devendo, ainda, ser
sopesado que não foi formalizado o contraditório, o que demanda cautela na análise das alegações e documentos encartados aos autos até o
momento.
De fato, somente após a oitiva do réu e a realização do exame médico, por meio de expert de confiança do Juízo, é que se poderá verificar se
a parte requerente preenche os requisitos necessários à concessão/restabelecimento do benefício previdenciário de auxílio-doença ou à
concessão de aposentadoria por invalidez e, em caso positivo, qual é a extensão da incapacidade.
Até lá, deve prevalecer a decisão administrativa de indeferimento.
Ante o exposto, INDEFIRO O PEDIDO de antecipação da tutela.
Defiro os benefícios da assistência judiciária gratuita.
Rejeito o pedido de expedição de ofício para que o INSS junte aos autos documentos, conforme requerido na petição inicial, visto que a
providência incube à parte requerente que não demonstrou a impossibilidade de fazê-lo ou apresentou a recusa da autarquia na exibição dos
mesmos.
Tendo em vista o disposto nos artigos 320 e 321 do Código de Processo Civil, concedo o prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de extinção sem
resolução do mérito, para a parte autora emendar a inicial:
a) regularize o valor atribuído à causa (R$ 12.974,00), mediante planilha discriminativa, atentando-se para o valor das parcelas vencidas e
vincendas, conforme disposto nos artigos 291 e 292, §§ 1º e 2º, do Código de Processo Civil, e artigo 3º, caput, e § 2º, da Lei 10.259/01.
Ultrapassando o limite da alçada dos Juizados, informe expressamente se irá renunciar aos valores que superarem, para fins de verificação da
competência deste Juizado para processar e julgar o feito; e
b) junte aos autos, de forma legível, seu documento de identificação (RG), conforme dispõe o artigo 319 do Código de Processo Civil.
Ressalto que os prazos são improrrogáveis, haja vista a necessidade de observância dos princípios da economia e celeridade, norteadores da
atividade dos Juizados.
Alerto ser necessária a apresentação aos autos de toda a documentação médica legível que comprova a incapacidade laborativa alegada, da
CTPS com todos os registros, bem assim de todos os comprovantes de contribuições previdenciárias, se houver, sob pena de julgamento do
feito no estado em que se encontra.
Após e em termos, abra-se conclusão para designação de perícia médica.
Int.
Trata-se de demanda, com pedido de antecipação da tutela, na qual a parte autora requer a concessão de benefício assistencial à pessoa com
deficiência.
É a síntese do necessário.
Fundamento e decido.
O instituto da tutela provisória de urgência, previsto no artigo 300 do Código de Processo Civil, admite que o juiz conceda a medida de
natureza cautelar ou antecipada requestada, quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco
ao resultado útil do processo.
No caso concreto, neste juízo sumário de cognição, não é possível vislumbrar a probabilidade do direito da parte autora, devendo, ainda, ser
sopesado que não foi formalizado o contraditório, o que demanda cautela na análise das alegações e documentos encartados aos autos até o
momento.
De fato, somente após a oitiva do réu, a realização do exame médico e estudo social, por meio de peritos de confiança do Juízo, é que se
poderá verificar se a parte requerente preenche os requisitos necessários à concessão/restabelecimento do benefício pleiteado.
Até lá, deve prevalecer a decisão administrativa de indeferimento.
Ante o exposto, INDEFIRO O PEDIDO de antecipação da tutela.
Defiro os benefícios da assistência judiciária gratuita.
Não vislumbro, por ora, a hipótese de prevenção apontada pelo sistema processual.
Trata-se de demanda, com pedido de antecipação da tutela, na qual a parte autora requer a concessão de benefício por incapacidade.
É a síntese do necessário.
Fundamento e decido.
O instituto da tutela provisória de urgência, previsto no artigo 300 do Código de Processo Civil, admite que o juiz conceda a medida de
natureza cautelar ou antecipada requestada, quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco
ao resultado útil do processo.
No caso concreto, neste juízo sumário de cognição, não é possível vislumbrar a probabilidade do direito da parte autora, devendo, ainda, ser
sopesado que não foi formalizado o contraditório, o que demanda cautela na análise das alegações e documentos encartados aos autos até o
momento.
De fato, somente após a oitiva do réu e a realização do exame médico, por meio de expert de confiança do Juízo, é que se poderá verificar se
a parte requerente preenche os requisitos necessários à concessão/restabelecimento do benefício previdenciário de auxílio-doença ou à
concessão de aposentadoria por invalidez e, em caso positivo, qual é a extensão da incapacidade.
Até lá, deve prevalecer a decisão administrativa de indeferimento.
Ante o exposto, INDEFIRO O PEDIDO de antecipação da tutela.
Defiro os benefícios da assistência judiciária gratuita.
Designo perícia médica a ser realizada no dia 10 de maio de 2019, às 18h, pelo DRA. FERNANDA REIS VIEITEZ CARRIJO, especialista
em psiquiatria, na sala de perícias da Justiça Federal, ficando a parte autora intimada, na pessoa de seu i. advogado (art. 8º, § 1º, da Lei
10.259/2001), para comparecimento, com 30 (trinta) minutos de antecedência, munida de documento de identificação e de toda documentação
médica que comprova a incapacidade laborativa alegada.
Quando o caso, pacientes com exames radiográficos realizados por serviço on line, solicitar o exame via impressa, arquivo em CD ou senha
para acesso do Sr. Perito via internet.
Alerto ser necessária a apresentação aos autos de toda a documentação médica que comprova a incapacidade laborativa alegada, da CTPS
com todos os registros, bem assim de todos os comprovantes de contribuições previdenciárias, se houver, sob pena de julgamento do feito no
estado em que se encontra.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 953/1770
A perita responderá apenas aos quesitos do Juízo constantes na Portaria n. 7, de 02 de junho de 2017 deste Juizado Especial Federal de
Franca/SP, disponibilizada em Diário Eletrônico Oficial em 17 de julho de 2017 e depositada em Secretaria, os quais são suficientes para
esclarecer os pontos controvertidos da demanda. Todavia, após a vinda do laudo, poderão as partes formular quesitos complementares, se
necessário.
Nos termos da Resolução Conjunta nº 01 CNJ/AGU/MTPS, de 15 de dezembro de 2015, intime-se o INSS para que, se considerar
indispensável, apresente aos autos o(s) processos(s) administrativo(s) e/ou informe(s) dos sistemas informatizados relacionados às perícias
médicas realizadas na via administrativa.
Fica a parte autora cientificada de que o não comparecimento à perícia médica implica em preclusão da prova técnica e na extinção do
processo sem resolução de mérito, salvo quando comprovado documentalmente, no prazo de 05 (cinco) dias, que a ausência decorreu de
motivo de força maior.
Com a vinda do laudo, intimem-se as partes para manifestação e cite-se o INSS.
Int.
Trata-se de demanda, com pedido de antecipação da tutela, na qual a parte autora requer a concessão de benefício por incapacidade.
É a síntese do necessário.
Fundamento e decido.
O instituto da tutela provisória de urgência, previsto no artigo 300 do Código de Processo Civil, admite que o juiz conceda a medida de
natureza cautelar ou antecipada requestada, quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco
ao resultado útil do processo.
No caso concreto, neste juízo sumário de cognição, não é possível vislumbrar a probabilidade do direito da parte autora, devendo, ainda, ser
sopesado que não foi formalizado o contraditório, o que demanda cautela na análise das alegações e documentos encartados aos autos até o
momento.
De fato, somente após a oitiva do réu e a realização do exame médico, por meio de expert de confiança do Juízo, é que se poderá verificar se
a parte requerente preenche os requisitos necessários à concessão/restabelecimento do benefício previdenciário de auxílio-doença ou à
concessão de aposentadoria por invalidez e, em caso positivo, qual é a extensão da incapacidade.
Até lá, deve prevalecer a decisão administrativa de indeferimento.
Ante o exposto, INDEFIRO O PEDIDO de antecipação da tutela.
Defiro os benefícios da assistência judiciária gratuita.
Não vislumbro, por ora, a hipótese de prevenção apontada pelo sistema processual.
Designo perícia médica para o dia 14 de junho de 2019, às 15h, pelo Dr. CHAFI FACURI NETO, CREMESP 90.386, ortopedista, na sala de
perícias da Justiça Federal, ficando a parte autora intimada, na pessoa de seu i. advogado (art. 8º, § 1º, da Lei 10.259/2001), para
comparecimento, com 30 (trinta) minutos de antecedência, munida de documento de identificação e de toda documentação médica que
comprova a incapacidade laborativa alegada.
Quando o caso, pacientes com exames radiográficos realizados por serviço on line, solicitar o exame via impressa, arquivo em CD ou senha
para acesso do Sr. Perito via internet.
Alerto ser necessária a apresentação aos autos de toda a documentação médica que comprova a incapacidade laborativa alegada, da CTPS
com todos os registros, bem assim de todos os comprovantes de contribuições previdenciárias, se houver, sob pena de julgamento do feito no
estado em que se encontra.
O perito responderá apenas aos quesitos do Juízo constantes na Portaria n. 7, de 02 de junho de 2017 deste Juizado Especial Federal de
Franca/SP, disponibilizada em Diário Eletrônico Oficial em 17 de julho de 2017 e depositada em Secretaria, os quais são suficientes para
esclarecer os pontos controvertidos da demanda. Todavia, após a vinda do laudo, poderão as partes formular quesitos complementares, se
necessário.
Entendo pertinente nesta demanda se privilegiar a coisa julgada formada no feito anterior, devendo a parte ser reavaliada pelo mesmo
profissional que atuou naqueles autos, por ser o mesmo apto a aferir o agravamento ou progressão da doença em relação à sua primeira
análise.
Nos termos da Resolução Conjunta nº 01 CNJ/AGU/MTPS, de 15 de dezembro de 2015, intime-se o INSS para que, se considerar
indispensável, apresente aos autos o(s) processos(s) administrativo(s) e/ou informe(s) dos sistemas informatizados relacionados às perícias
médicas realizadas na via administrativa.
Fica a parte autora cientificada de que o não comparecimento à perícia médica implica em preclusão da prova técnica e na extinção do
processo sem resolução de mérito, salvo quando comprovado documentalmente, no prazo de 05 (cinco) dias, que a ausência decorreu de
motivo de força maior.
Com a vinda do laudo, intimem-se as partes para manifestação e cite-se o INSS.
Int.
TERMOS REGISTRADOS PELOS JUÍZES DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CÍVEL CAMPO GRANDE
EXPEDIENTE Nº 2019/6201000124
III - DISPOSITIVO
Posto isso, JULGO IMPROCEDENTE o pleito autoral, resolvendo o mérito, com fundamento no artigo 487, inciso I, do CPC.
Defiro a gratuidade da justiça requerida, nos termos do art. 98, caput, do CPC.
Sem custas e sem honorários advocatícios nesta instância judicial, a teor do art. 55 da Lei 9.099/95 c/c art. 1º da Lei 10.259/01.
P.R.I.
III - Dispositivo
Posto isso, JULGO EXTINTO O PROCESSO, sem julgamento do mérito, com fundamento no artigo 485, VI, do Código de Processo Civil,
tendo em vista a ausência de interesse de agir, na forma da fundamentação supra, quanto à implantação do benefício do auxílio doença.
JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido, resolvendo o mérito, com fundamento no artigo 487, inciso I, do novo Código de
Processo Civil. Em consequência, condeno o réu ao pagamento das parcelas referentes ao benefício de auxílio doença, relativas as
competências de 02/2016, 10/2016 e 11/2016 e ao período de 27.02.2018 a 04.04.2018, com renda mensal nos termos da lei.
Condeno o réu a pagar as prestações vencidas atualizadas monetariamente segundo o IPCA-E e os juros moratórios a partir da citação
segundo a remuneração da caderneta de poupança, na forma do art. 1º-F da Lei nº 9.494/97 com a redação dada pela Lei nº 11.960/09.
Após o trânsito em julgado remetam-se os autos à Contadoria do Juízo para realização do cálculo das referidas parcelas e execução na forma
da lei.
Anoto que as parcelas em atraso deverão aguardar o trânsito em julgado.
Defiro a gratuidade da justiça requerida, observado o disposto no art. 98, § 3º, do CPC/15.
Sem custas e sem honorários advocatícios nesta instância judicial, a teor do art. 55 da Lei n. 9.099/95.
Reembolso de honorários periciais adiantados à conta do Tribunal deve ser suportado pelo réu (art. 6º da Resolução CJF nº 558/2007).
Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Cumpra-se.
III - DISPOSITIVO
Posto isso, JULGO PROCEDENTE o pedido, resolvendo o mérito, com fundamento no artigo 487, inciso I, do novo Código de Processo Civil.
Em consequência, condeno o réu a restabelecer o benefício de auxílio-doença e converter em aposentadoria por invalidez a partir do dia
imediatamente posterior a cessação (13/09/2017), com renda mensal na forma da lei.
Condeno o réu a pagar as prestações vencidas atualizadas monetariamente segundo o IPCA-E e os juros moratórios a partir da citação
segundo a remuneração da caderneta de poupança, na forma do art. 1º-F da Lei nº 9.494/97 com a redação dada pela Lei nº 11.960/09.
CONCEDIDA A ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA, nos termos da fundamentação supra. Intime-se o Instituto Nacional do
Seguro Social - INSS para que implante o benefício de aposentadoria por invalidez no prazo de 15 (quinze) dias, sem olvidar o prazo de até 45
(quarenta e cinco) dias para o primeiro pagamento.
Após o trânsito em julgado remetam-se os autos à Contadoria do Juízo para realização do cálculo das parcelas em atraso e execução na forma
da lei.
Anoto que as parcelas em atraso deverão aguardar o trânsito em julgado.
Sem custas e sem honorários advocatícios nesta instância judicial, a teor do art. 55 da Lei n. 9.099/95.
Reembolso de honorários periciais adiantados à conta do Tribunal deve ser suportado pelo réu.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Cumpra-se.
SENTENÇA EM EMBARGOS - 3
Diante do exposto, JULGO EXTINTO O PROCESSO, sem resolução do mérito, com fulcro no artigo 51, III da Lei 9099/95.
Concedo à parte autora os benefícios da assistência judiciária gratuita. Sem honorários e custas nesta instância judicial (art. 55, Lei 9099/95).
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
DESPACHO JEF - 5
0005768-10.2017.4.03.6201 - 1ª VARA GABINETE - DESPACHO JEF Nr. 2019/6201004942
AUTOR: JOAO ROBERTO COELHO NETO (MS012259 - EDYLSON DUARAES DIAS, MS019145 - ALYNE FRANÇA MOTA)
RÉU: CAIXA ECONOMICA FEDERAL (MS005181 - TOMAS BARBOSA RANGEL NETO, MS014330 - CARLA IVO PELIZARO)
I - Converto o julgamento em diligência.
Trata-se de ação pela qual busca o autor a condenação da Caixa Econômica Federal na obrigação de autorizar e aceitar a declaração de
residência para fins de abertura de conta corrente e outras movimentações bancárias e financeiras, e no pagamento de indenização por danos
morais na quantia de R$ 20.000,00.
No item d da petição inicial, o autor requer “a juntada de gravação, comprovando os fatos alegados na inicial.”
Segundo certidão do Setor de Informática deste Juizado, anexada no evento 27, o arquivo contém extensão (.cda), não aceita pelo Sistema
deste Juizado.
II – Assim, para evitar cerceamento de defesa, intime-se o autor para se manifestar no prazo de cinco (05) dias, esclarecendo se pretende
anexar novo arquivo (caso em que deverá fazê-lo nesse prazo), ou se desiste desse documento.
III – Havendo a juntada de novo arquivo, ao setor responsável para respetiva anexação.
IV – Em seguida, intime-se a ré para manifestação no prazo de cinco (05) dias.
DECISÃO JEF - 7
0000110-05.2017.4.03.6201 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6201004949
AUTOR: LUIZ BARBOSA DA SILVA (MS019039 - THIAGO VARGAS, MS015497 - DAIANE CRISTINA SILVA MELO, MS011355
- SAMIRA ANBAR)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (MS999999 - ROBERTO DA SILVA PINHEIRO)
I – Trata-se de ação proposta por LUIZ BARBOSA DA SILVA em face do INSS, pela qual pretende o reconhecimento de tempo especial,
para o fim de concessão de aposentadoria especial a partir do requerimento administrativo (9/8/16).
Decido.
II – Questão prévia.
Competência.
O INSS, em contestação, alega que o benefício pleiteado nos autos, segundo simulação em anexo (evento 16), atingiria o valor de R$ 4.917,62
na DER. Considerando a soma das 12 prestações vincendas, o valor da causa seria de R$ 59.011,44, ultrapassando a alçada no momento do
ajuizamento da ação (R$ 56.220,00).
Intimado para se manifestar (eventos 23 e 24), o autor quedou-se inerte.
Este Juizado não tem competência para a apreciação da matéria, nos termos do que dispõe o caput do art. 3º da Lei nº 10.259/2001, in verbis:
Art. 3o Compete ao Juizado Especial Federal Cível processar, conciliar e julgar causas de competência da Justiça Federal até o valor de
sessenta salários mínimos, bem como executar as suas sentenças. (Grifei)
A verificação da competência absoluta do Juizado Especial Federal deve ser aferida nos moldes do art. 3º, da Lei 10.259/01.
Tendo em vista o lapso temporal decorrido desde o ajuizamento da ação (2016), bem assim produzido prova pericial, excepciono meu
entendimento, deixando de aplicar o disposto no art. 51, III, da Lei 9.099/95, para declinar os autos ao Juízo competente.
Dessa forma, com o declínio de competência, a presente questão será conhecida onde lhe compete, sem maiores despesas aos interessados e,
principalmente, sem eventuais prejuízos em razão da interrupção da prescrição.
III - Ante o exposto, declino da competência e determino a remessa dos autos, pela via ordinária, ao Juízo Distribuidor da Justiça Federal desta
Subseção Judiciária.
Defiro, por ora, o pedido de gratuidade de justiça, nos termos do art. 98, caput, do CPC.
Intimem-se.
Oportunamente, dê-se baixa no sistema.
Verifico que, intimada por ato ordinatório da Secretaria deste Juízo (evento 58), a parte autora não se manifestou sobre a divergência de seu
nome cadastrado nos autos com aquele constante da base de dados da Receita Federal do Brasil (evento 57).
Diante do exposto, concedo o prazo de 05 (cinco) dias para a autora regularizar a divergência no seu nome, juntando o comprovante de
situação cadastral de seu CPF, requisito indispensável para o cadastro da RPV.
Não havendo manifestação, arquivem-se os autos.
Intime-se.
Cumpra-se. Intimem-se.
Verifico que, apesar de devidamente intimado (certidão positiva/evento 44), o perito médico não complementou o laudo pericial, conforme
determinado na decisão proferida em 12.01.2018.
II - Assim, reitere-se a intimação do perito judicial nomeado nos autos, Dr. Rodrigo Wiltgen, para que, no prazo máximo de 10 dias,
complemente o laudo pericial a fim de responder aos quesitos do autor (acostados à petição inicial) ou justifique a impossibilidade de fazê-lo.
III - Com a vinda do laudo complementar, vista às partes e, em seguida, se em termos, conclusos para julgamento.
Assim, a remuneração eventualmente percebida pela parte autora no período em que é devido o benefício por incapacidade não implicará
abatimento no valor do benefício nem postergação de seus efeitos financeiros, conforme entendimento da Turma Nacional de Uniformização
de Jurisprudência dos Juizados Especiais Federais, no julgamento do Pedido de Uniformização formulado nos autos 2008.725.200.41361,
decisão publicada no DOU 13/5/2011.
Dessa forma, rejeito a impugnação apresentada pelo INSS e homologo os cálculos apresentados pela Seção de Cálculos Judiciais.
Ao Setor de Execução para as providências cabíveis.
Intimem-se.
A União (Fazenda Nacional) informou que compete à Receita Federal a elaboração dos cálculos e que não foi possível a elaboração do
cálculo, pois faltou a parte autora instruir os autos com elementos suficientes. Requer a intimação da parte autora para apresentar os
documentos mencionados pela Receita Federal, a fim de dar cumprimento à decisão judicial (petição e documentos anexados em 11/12/2018).
DECIDO.
Consta do despacho de encaminhamento da Secretaria da Receita Federal que, para elaboração do cálculo, será necessário a apresentação da
Planilha Individual de cálculo liquidatório do autor, a fim de detalhar quais foram as rubricas que serviram de base de cálculo, por competência.
Defiro o pedido formulado pela ré.
Intime-se a parte autora para, no prazo de 10 (dez) dias, juntar os documentos necessários à elaboração do cálculo, conforme indicado no
encaminhamento da Secretaria da Receita Federal.
Cumprida a diligência, intime-se a parte ré para, no prazo de 10 (dez) dias, apresentar o cálculo.
Com o cálculo, vista à parte autora para manifestação no prazo de 10 (dez) dias.
Decorrido o prazo e não havendo impugnação, expeça-se RPV.
Liberado o pagamento, intime-se a parte exequente para efetuar o levantamento e, no prazo de 10 (dez) dias, dizer se a sentença foi cumprida
conforme determinado. No silêncio, reputar-se-á satisfeita a obrigação, remetendo-se os autos ao arquivo.
Cumpra-se. Intimem-se.
ATO ORDINATÓRIO - 29
0005211-23.2017.4.03.6201 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6201005380
AUTOR: MARIA AUXILIADORA GOMES SANDIM ABDO (MS010273 - JOÃO FERRAZ)
Fica a parte autora intimada para, no prazo de 10 (dez) dias, manifestar-se acerca dos cálculos apresentados pela parte ré. (art. 1º, inc.
XXVI, da Portaria nº 5 de 28/04/2016).
TERMOS REGISTRADOS PELOS JUÍZES DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CÍVEL SÃO VICENTE
EXPEDIENTE Nº 2019/6321000118
ATO ORDINATÓRIO - 29
0001828-65.2017.4.03.6321 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6321000648
AUTOR: HIRGO JOSE BRAUNA MATHEUS (SP091133 - MARISA DE ABREU TABOSA, SP162517 - MAURÍCIO GUTIERRI)
Nos termos do artigo 93, XIV, da Constituição Federal, do artigo 203, §4º, do Código de Processo Civil e das disposições da Portaria nº
07/2018 deste Juízo, datada de 09/03/2018, INTIMO A PARTE AUTORA para apresentação de contrarrazões ao recurso de sentença.
0001828-65.2017.4.03.6321 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6321000647HIRGO JOSE BRAUNA MATHEUS
(SP091133 - MARISA DE ABREU TABOSA, SP162517 - MAURÍCIO GUTIERRI)
Nos termos do artigo 93, XIV, da Constituição Federal, do artigo 203, § 4º, do Código de Processo Civil, e das disposições da Portaria n.º
07/2018 deste Juízo, data de 09/03/2018, INTIMO A PARTE AUTORA acerca da sentença proferida, cujo dispositivo segue:“Pelo exposto,
com fundamento no art. 487, inciso I, do Código de Processo Civil, julgo procedente o pedido formulado na inicial para condenar o INSS a
conceder ao autor o benefício de prestação continuada previsto na Lei n. 8.742/93, a contar da data do requerimento administrativo, formulado
em 24/06/2014.”
TERMOS REGISTRADOS PELOS JUÍZES DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CÍVEL SÃO VICENTE
EXPEDIENTE Nº 2019/6321000119
Vistos.
Dispensado o relatório, nos termos do art. 38 da Lei n. 9.099/95.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 992/1770
É cabível o julgamento do mérito, uma vez que não é necessária a produção de outras provas.
As preliminares suscitadas pela autarquia não merecem acolhida. Há requerimento administrativo e não se trata de moléstia decorrente de
acidente do trabalho. Outrossim, a parte autora demonstrou residir em município situado na área de jurisdição deste Juizado e o valor da causa
não supera o limite de alçada.
Por outro lado, quanto à prescrição quinquenal relativa às parcelas devidas em face de eventual acolhimento do pedido, tem-se que deverão
ser consideradas prescritas as prestações vencidas em período anterior a cinco anos da propositura da ação, em face do disposto no art. 103,
parágrafo único, da Lei nº 8.213/91. Não configurada tal hipótese, rejeita-se a alegação.
Do mérito
Nos termos do art. 59 da Lei n. 8.213/91, “o auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o período de
carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos”.
Estabelece o parágrafo único do dispositivo em questão que “não será devido auxílio-doença ao segurado que se filiar ao Regime Geral de
Previdência Social já portador da doença ou da lesão invocada como causa para o benefício, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo
de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão”.
A aposentadoria por invalidez, por seu turno, conforme o art. 42 da Lei n. 8.213/91, “uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida,
será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o
exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição”.
Todavia, consoante o § 2º do art. 42 da Lei de Benefícios, “a doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao Regime Geral
de Previdência Social não lhe conferirá direito à aposentadoria por invalidez, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão
ou agravamento dessa doença ou lesão”.
A carência exigida para a concessão desses benefícios é de 12 contribuições mensais, por força do art. 25, inciso I, da Lei n. 8.213/91.
Nos termos do artigo 151 da referida lei, no entanto, “até que seja elaborada a lista de doenças mencionadas no inciso II do art. 26, independe
de carência a concessão de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez ao segurado que, após filiar-se ao Regime Geral de Previdência
Social, for acometido das seguintes doenças: tuberculose ativa; hanseníase; alienação mental; neoplasia maligna; cegueira; paralisia irreversível
e incapacitante; cardiopatia grave; doença de Parkinson; espondiloartrose anquilosante; nefropatia grave; estado avançado da doença de
Paget (osteíte deformante); síndrome da deficiência imunológica adquirida-Aids; e contaminação por radiação, com base em conclusão da
medicina especializada”.
No caso concreto, no entanto, a parte autora não tem direito aos referidos benefícios.
Com efeito, a teor do(s) laudo(s) médico(s) anexado(s) aos presentes autos – elaborado(s) por profissional(ais) de confiança deste Juízo, a
parte autora não está incapacitada, total ou parcialmente, para o exercício de sua atividade laborativa, tampouco necessita de reabilitação
profissional.
Ou seja, não se verifica perda ou redução da capacidade laborativa para a atividade ou profissão exercida. Dessa forma, a parte autora não
está incapaz (total/parcial - temporária/permanentemente) para exercer o trabalho. Ademais, não foi constatado qualquer outro período de
incapacidade.
Sobre o(s) laudo(s) pericial(ais) – elaborado(s) por médico(s) de confiança deste Juízo – observa-se que se trata de trabalho(s) lógico(s) e
coerente(s), que demonstra(m) que as condições da parte autora foram adequadamente avaliadas.
Verifica-se, ainda, que o(s) perito(s) respondeu(ram) aos quesitos formulados pelas partes na época oportuna, não se fazendo necessário,
portanto, qualquer esclarecimento adicional.
Saliente-se, por fim, que não é necessária a realização de nova perícia, seja na mesma especialidade, seja em outra, visto que não foi apontada
no(s) laudo(s) a necessidade de realização de outro exame técnico.
Pelo exposto, com fundamento no art. 487, inciso I, do Código de Processo Civil, julgo improcedente o pedido.
Sem custas e honorários advocatícios em primeiro grau de jurisdição, a teor do art. 1º da Lei nº 10.259/01 c.c. o art. 55, caput, da Lei nº
9.099/95.
Defiro o benefício da Justiça Gratuita, nos termos dos arts. 98 e seguintes do CPC.
Após o trânsito em julgado, tomadas as devidas providências, dê-se baixa, com a remessa ao arquivo.
P.R.I.
DECISÃO JEF - 7
APLICA-SE AOS PROCESSOS ABAIXO O SEGUINTE DISPOSITIVO:
Acolho os cálculos apresentados pela sr.(a) perito(a) contábil, posto que elaborados conforme os parâmetros do julgado.
Proceda a Secretaria à expedição do ofício para requisição dos valores devidos. Com a notícia de liberação dos valores, proceda
à Secretaria à intimação das partes. Finalmente, cumpridas as determinações acima e comunicado o levantamento dos valores
pela instituição bancária depositária, com fase devidamente lançada no sistema, tornem conclusos. Intime-se.
0001130-59.2017.4.03.6321 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6321005491
AUTOR: CLAUDIA AMARANTE SANTOS DE ALMEIDA (SP314484 - DANIELE SOUZA DA SILVA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - MONICA BARONTI MONTEIRO BORGES)
0002032-12.2017.4.03.6321 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6321005486
AUTOR: FRANCIS GONCALVES DA SILVA (SP349659 - JAMILE HAMUE NARCISO)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - MONICA BARONTI MONTEIRO BORGES)
0002265-09.2017.4.03.6321 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6321005484
AUTOR: OZANA DOS SANTOS REIS SETTE (SP297365 - MIRIAM ROLIM MACHADO)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - MONICA BARONTI MONTEIRO BORGES)
0002344-85.2017.4.03.6321 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6321005482
AUTOR: WAGNER ARCANJO DE SOUZA (SP204718 - PAULA MARIA ORESTES DA SILVA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - MONICA BARONTI MONTEIRO BORGES)
0002292-89.2017.4.03.6321 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6321005483
AUTOR: RODRIGO ALVES DA SILVA (SP320676 - JEFFERSON RODRIGUES STORTINI)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - MONICA BARONTI MONTEIRO BORGES)
0004281-67.2016.4.03.6321 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6321005480
AUTOR: ANA MARIA SILVA DE MELO (SP191005 - MARCUS ANTONIO COELHO)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - MONICA BARONTI MONTEIRO BORGES)
0001634-65.2017.4.03.6321 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6321005488
AUTOR: ANTONIA MARIA SILVA DE PAULA (SP204718 - PAULA MARIA ORESTES DA SILVA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - MONICA BARONTI MONTEIRO BORGES)
0001723-88.2017.4.03.6321 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6321005487
AUTOR: ADRIANA SALUSTINO PEDRO (SP278824 - MICHELLE SANCHES TIZZIANI PUDDO)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - MONICA BARONTI MONTEIRO BORGES)
FIM.
APLICA-SE AOS PROCESSOS ABAIXO O SEGUINTE DISPOSITIVO:
Considerando a juntada do ofício que descreve as providências adotadas para a implantação/revisão do benefício, apontando a
RMI, remetam-se os autos à Contadoria Judicial para parecer e cálculo dos valores em atraso. Com a vinda dos cálculos,
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 998/1770
intimem-se as partes para que se manifestem, no prazo de 10 (dez) dias. Havendo discordância em relação aos valores,
deverá(ão) justificar as razões de sua divergência, inclusive mediante apresentação de planilha demonstrativa dos cálculos que
entende devidos, sob pena de ser considerada inexistente a impugnação e realizado o pagamento em conformidade com os
cálculos ofertados. Intimem-se.
0000904-54.2017.4.03.6321 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6321005475
AUTOR: MARCELO TOME DE SOUZA OLIVEIRA (SP177945 - ALINE ORSETTI NOBRE)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - MONICA BARONTI MONTEIRO BORGES)
0004971-96.2016.4.03.6321 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6321005469
AUTOR: JOSE BATISTA DE JESUS GOIS (SP303830 - VIVIAN LOPES DE MELLO)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - MONICA BARONTI MONTEIRO BORGES)
0000547-40.2018.4.03.6321 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6321005476
AUTOR: PATRICIA MOREIRA GERALDO BIROCCI (SP336589 - VAGNER DOS SANTOS TEIXEIRA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - MONICA BARONTI MONTEIRO BORGES)
0003985-11.2017.4.03.6321 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6321005474
AUTOR: ESTER BUENO DE TOLEDO CIRILO (SP261537 - AIALA DELA CORT MENDES)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - MONICA BARONTI MONTEIRO BORGES)
0004263-12.2017.4.03.6321 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6321005473
AUTOR: EDSON ALVES DE MEDEIROS (SP221702 - MARINA PASSOS DE CARVALHO PEREIRA FIORITO)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - MONICA BARONTI MONTEIRO BORGES)
FIM.
APLICA-SE AOS PROCESSOS ABAIXO O SEGUINTE DISPOSITIVO:
Considerando o quanto requerido pelo(a) patrono(a) da parte autora, bem como a juntada da GRU, proceda a Secretaria à
expedição de certidão nos próprios autos, constatando quais advogados estão constituídos, se consta informação de revogação
de poderes e se há poderes para receber e dar quitação. Após a expedição da certidão, intime-se a parte autora. Intime-se.
Cumpra-se.
0001035-34.2014.4.03.6321 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6321005596
AUTOR: ROSEMARY DE OLIVEIRA GALVAO (SP252506 - ANDREA CHIBANI ZILLIG, SP171517 - ACILON MONIS FILHO)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - MONICA BARONTI MONTEIRO BORGES)
0000652-90.2013.4.03.6321 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6321005597
AUTOR: GILBERTO RODRIGUES FILHO (SP093357 - JOSE ABILIO LOPES, SP256243 - FERNANDA CARNELOS CARONE,
SP098327 - ENZO SCIANNELLI)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - MONICA BARONTI MONTEIRO BORGES)
0003948-52.2015.4.03.6321 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6321005594
AUTOR: JOSICLEIDE ALVES DA SILVA DE MELO (SP135436 - MAURICIO BALTAZAR DE LIMA, SP156483 - LUCINEIDE
SOUZA FACCIOLI)
RÉU: KELVEN SILVA DE MELO KAMYLLA SILVA DE MELO INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S.
(PREVID) ( - MONICA BARONTI MONTEIRO BORGES)
0002874-66.2010.4.03.6311 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6321005595
AUTOR: JORGE LUIZ DE SANTANA (SP153037 - FABIO BORGES BLAS RODRIGUES, SP148671 - DEMIS RICARDO GUEDES
DE MOURA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - MONICA BARONTI MONTEIRO BORGES)
0000593-63.2017.4.03.6321 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6321005598
AUTOR: ELOISA TAVARES ROSA (SP156166 - CARLOS RENATO GONCALVES DOMINGOS)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - MONICA BARONTI MONTEIRO BORGES)
0005152-40.2010.4.03.6311 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6321005592
AUTOR: NAYARA ALVES DOS SANTOS (SP184259 - ADEILDO HELIODORO DOS SANTOS)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - MONICA BARONTI MONTEIRO BORGES)
0007897-90.2010.4.03.6311 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6321005590
AUTOR: JORGE MIRA MARQUES (SP093357 - JOSE ABILIO LOPES)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - MONICA BARONTI MONTEIRO BORGES)
FIM.
0004315-48.2011.4.03.6311 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6321005549
AUTOR: DENIS COCKELL CAMARGO (SP244257 - VAGNER LUIZ DA SILVA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - MONICA BARONTI MONTEIRO BORGES)
Acolho os cálculos apresentados pela sr.(a) perito(a) contábil, posto que elaborados conforme os parâmetros do julgado.
Proceda a Secretaria à expedição do ofício precatório para requisição dos valores devidos.
No caso em exame, tem-se que os documentos médicos acostados aos autos não são suficientes, ao menos por ora, para afastar a conclusão
a que chegou a autarquia ao indeferir o pleito administrativo, após perícia realizada por médico de seus quadros. Cumpre, para dirimir a
controvérsia, determinar a realização de perícia por médico nomeado por este Juizado.
Dessa forma, INDEFIRO, por ora, o pedido de tutela provisória, o que será objeto de reapreciação, independentemente de nova provocação
da parte, após a juntada do laudo pericial e concluído o contraditório, com a prolação da sentença.
Designo perícia médica para o dia 08/05/2019, às 15h00, na especialidade- ortopedia, a se realizar nas dependências deste Juizado.
Fica a parte autora cientificada de que a ausência injustificada à perícia implicará a preclusão da prova.
Considerando que os quesitos do Juízo foram padronizados e unificados, seguindo orientação da Coordenadoria dos Juizados Especiais
Federais – TRF3ª Região, e ainda, que o INSS aderiu à padronização, dispensando quesitos além daqueles fixados por Portaria do Juízo,
intime-se a parte autora para que indique assistente técnico, bem como apresente os quesitos que entender pertinentes. Prazo: 15 (quinze)
dias.
Sugere-se, a fim de conferir maior celeridade à elaboração do laudo pericial, que a parte autora dispense outros quesitos além daqueles já
unificados, tal como fez o INSS ou, caso considere necessário, elabore quesitos sucintos.
Outrossim, deverá a parte autora informar, no mesmo prazo, em atendimento a esta decisão, os quesitos que entender indispensáveis. Quesitos
formulados com a inicial e não ratificados nesta ocasião serão desconsiderados.
Os quesitos padronizados e unificados se encontram nos presentes autos ao final do arquivo pdf. que contém a contestação da autarquia.
Também no prazo de 15 (quinze) dias, deverá a parte autora apresentar, por peticionamento eletrônico, os exames, laudos e documentos
médicos que comprovem as doenças indicadas, que pretende sejam analisados pelo perito.
Esclareço que os documentos médicos deverão ser apresentados pela parte autora no prazo mencionado; somente documentos obtidos após o
decurso do prazo poderão ser apresentados no dia da perícia, sendo que sua anexação se dará por peticionamento eletrônico.
Intimem-se.
Considerando que a matéria discutida nestes autos tangencia a questão objeto do Recurso Especial Repetitivo n. 1761874 / SC (2018/0217730-
2) (“Fixação do termo inicial da prescrição quinquenal, para recebimento de parcelas de benefício previdenciário reconhecidas judicialmente,
em ação individual ajuizada para adequação da renda mensal aos tetos fixados pelas Emendas Constitucionais 20/98 e 41/2003, cujo pedido
coincide com aquele anteriormente formulado em ação civil pública”), e a decisão exarada naquele processo – que determinou a suspensão da
tramitação de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que versem sobre a questão, em todo o território nacional – determino o
sobrestamento do feito, com a suspensão do processo até o final do julgamento do r. recurso como representativo da controvérsia (Tema
1005/STJ).
Com a intimação das partes, arquivem-se em pasta própria.
ATO ORDINATÓRIO - 29
0003040-24.2017.4.03.6321 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6321001732
AUTOR: SEBASTIAO CIPRIANO DO CARMO (SP346457 - ANTONIO MESSIAS SALES JUNIOR)
“Nos termos do artigo 93, XIV, da Constituição Federal, do artigo 203, § 4º, do Código de Processo Civil, e das disposições da Portaria nº
07/2018 deste Juízo, datada de 09/03/2018, manifeste-se a parte autora sobre a proposta de acordo apresentada pelo INSS. Prazo: 10(dez)
dias."
0005595-82.2015.4.03.6321 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6321001729JOACIR NUNES MAIA (SP307234 -
CARLA JANAINA APARECIDA DE LIMA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) ( - MONICA BARONTI MONTEIRO BORGES)
Nos termos do artigo 93, XIV, da Constituição Federal, do artigo 203, § 4º, do Código de Processo Civil, e das disposições da Portaria nº
07/2018 deste Juízo, datada de 09/03/2018, vista às partes, pelo prazo de 15 (quinze) dias, sobre o(s) laudo(s) pericial (is).Tendo em vista o
disposto no art. 10, NCPC, as partes deverão manifestar-se, de forma conclusiva, sobre o integral atendimento dos requisitos do benefício
pretendido, nos termos da lei 8.742/93. (LF)Após, conclusos para sentença, oportunidade em que será reapreciado o pedido de tutela
antecipada, independentemente de nova provocação a esse respeito.
EXPEDIENTE Nº 2019/6202000118
DESPACHO JEF - 5
0000647-66.2015.4.03.6202 - 1ª VARA GABINETE - DESPACHO JEF Nr. 2019/6202004700
AUTOR: MARIA JACINTA PEIXOTO PINTO (MS018270 - JOSE NICODEMOS DE ARAUJO JUNIOR, RN005291 - JOAO PAULO
DOS SANTOS MELO)
RÉU: UNIAO FEDERAL (AGU) (MS006424 - ÉRIKA SWAMI FERNANDES)
Defiro o pedido de destaque de honorários dos procuradores da parte autora, apresentado na inicial, tão somente no correspondente a 20%
(vinte por cento) do valor dos atrasados, os quais deverão ser divididos em cotas iguais, em nome de MELO ADVOGADOS ASSOCIADOS
- CNPJ nº. 07.785.936/0001-14 e DANTAS & ARAÚJO SOCIEDADE DE ADVOGADOS – CNPJ nº. 10.276.575/0001-95.
Outrossim, defiro o pedido de divisão dos honorários sucumbenciais, em cotas iguais, em nome de MELO ADVOGADOS ASSOCIADOS -
CNPJ nº. 07.785.936/0001-14 e DANTAS & ARAÚJO SOCIEDADE DE ADVOGADOS – CNPJ nº. 10.276.575/0001-95.
Expeçam-se os respectivos requisitórios.
Intimem-se.
Considerando a concordância expressa da parte autora com os cálculos apresentados pela parte requerida, homologo-os.
Conforme consta da certidão do evento 73, existe divergência no nome da parte autora constante nos autos e aquele da base de dados do
Cadastro de Pessoas Físicas.
Assim, intime-se a parte AUTORA para que regularize a situação, no prazo de 10 (dez) dias, apresentando cópia atualizada do CPF.
Com a juntada, se for o caso, providencie a secretaria a alteração no cadastro virtual destes autos.
Após expeça(m)-se o(s) requisitório(s).
Oportunamente, arquivem-se os autos.
Intime-se e cumpra-se.
DECISÃO JEF - 7
0000589-24.2019.4.03.6202 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6202004677
AUTOR: CLARA BRIGIDA MASSACOTI LEONARDO (MS014898 - FERNANDA APARECIDA DE SOUZA, MS014372 -
FREDERICK FORBAT ARAUJO, MS016743 - ALYNE JOYCE DOS SANTOS KOEHLER)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (MS005063 - MIRIAN NORONHA MOTA GIMENES)
Trata-se de ação ajuizada por Clara Brigida Massacoti Leonardo em face do INSS – Instituto Nacional do Seguro Social que tem por objeto a
concessão de benefício por incapacidade.
Em consulta aos autos n. 00018159820184036202, indicado no termo de prevenção, verifico não haver prevenção e nem litispendência e/ou
coisa julgada, eis que o processo foi extinto sem o julgamento do mérito.
A parte autora realizou solicitação de prorrogação do benefício, mas foi indeferido.
Em sede de cognição sumária, possível no momento, não vislumbro a presença de elementos suficientes ao preenchimento dos requisitos
necessários ao deferimento do pedido de antecipação da tutela formulado pela parte autora, que está condicionado, nos termos do artigo 300
do Código de Processo Civil, à configuração da probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo, porquanto
necessária a dilação probatória consistente na perícia médica judicial. Ausente a verossimilhança.
Isto posto, indefiro o pedido de tutela antecipada.
Nomeio o Dr. Ribamar Volpato Larsen para a realização de perícia médica, a se efetuar no dia 22/05/2019, às 08h00min, neste Juizado (Rua
Ponta Porã, 1875-A, Jardim América, Dourados/MS). Na perícia, deverá a parte autora apresentar documentos pessoais (RG, CPF e CTPS),
bem como toda a documentação relativa a seu estado de saúde, como laudos, prontuários e exames médicos.
Em face da dificuldade para nomeação/cadastramento de peritos nesta Subseção Judiciária, fixo os honorários médicos em R$ 300,00
(trezentos reais).
O senhor perito deverá responder aos quesitos e, eventualmente, formulários, constantes da portaria n. 1346061 - TRF3/SJMS/JEF Dourados,
de acordo com o pedido formulado na inicial, bem como aos quesitos apresentados pelas partes e, sendo o caso, pelo Ministério Público
Federal (MPF). O laudo deverá, ainda, apresentar fotos do(a) periciado(a) no dia da perícia.
Faculto às partes e, sendo o caso, ao Ministério Público Federal (MPF), a apresentação de quesitos, no prazo de 10 (dez) dias. Ficam
indeferidos desde já os quesitos que sejam repetitivos com relação àqueles elencados na Portaria do Juízo, bem como os quesitos diversos
daqueles do Juízo mas não justificados. Assim, o senhor perito deverá responder tão somente às perguntas deste Juízo constantes na
mencionada Portaria, bem como aos quesitos das partes que sejam diferentes e que guardem relação específica com o objeto do pedido em
discussão.
Os assistentes técnicos poderão comparecer à perícia independentemente de prévia intimação.
Defiro os benefícios da justiça gratuita.
Intimem-se.
Trata-se de ação ajuizada por Sebastião Olivetti em face do Instituto Nacional do Seguro Social, por meio da qual pleiteia, em sede de tutela
provisória, provimento jurisdicional que lhe conceda pensão por morte.
Em sede de cognição sumária, possível no momento, não vislumbro a presença de elementos suficientes ao preenchimento dos requisitos
necessários ao deferimento do pedido de antecipação da tutela formulado pela parte autora, que está condicionado, nos termos do artigo 300
do Código de Processo Civil, à configuração da probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo, porquanto
necessária dilação probatória a fim de aferir a efetiva existência de união estável ao tempo do óbito do instituidor do benefício. Ausente a
verossimilhança.
Caberá à parte autora no prazo de 10 (dez) dias:
1) Juntar cópia legível do documento de fl. 36 do evento 2;
2) Esclarecer a divergência entre o endereço informado na petição inicial (rua Kesayoshi Anze, 375) e o endereço constante no comprovante
apresentado (Rua 19-24, 375, f. 11 do evento 2).
Isto posto, indefiro o pedido de antecipação de tutela.
Publique-se. Intimem-se. Cite-se.
Registrada eletronicamente.
Desta forma, certo é que a prestação jurisdicional no presente feito já foi integralmente prestada com a improcedência do pedido autoral, razão
pela qual revogo decisão anterior.
Após a intimação das partes, arquivem-se os autos.
ATO ORDINATÓRIO - 29
APLICA-SE AOS PROCESSOS ABAIXO O SEGUINTE DISPOSITIVO:
Intimação das partes sobre o laudo médico anexo aos autos, para manifestação no prazo de 10 (dez) dias.
0002584-09.2018.4.03.6202 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6202001595
AUTOR: NAZARE CANAZZA FELIX (MS009594 - EDNA DE OLIVEIRA SCHMEISCH)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (MS005063 - MIRIAN NORONHA MOTA GIMENES)
0002656-93.2018.4.03.6202 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6202001596
AUTOR: MANOEL BIRA DOS SANTOS (MS017342 - JÉSSICA PAZETO GONÇALVES DEMAMANN)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (MS005063 - MIRIAN NORONHA MOTA GIMENES)
0002760-85.2018.4.03.6202 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6202001597
AUTOR: PEDRO VITORIANO (MS016436 - WAGNER BATISTA DA SILVA, MS021701 - DAVID MAXSUEL LIMA, MS021916 -
EMANUELY VASCONCELOS MORAIS)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (MS005063 - MIRIAN NORONHA MOTA GIMENES)
FIM.
0000583-17.2019.4.03.6202 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6202001594
AUTOR: JOSE CARLOS MARECO DE ANDRADE (MS020205 - STERPHANE XIMENES)
A petição inicial não atende aos requisitos do Juízo.Assim, fica a parte autora intimada para, no prazo de 15 (quinze) dias emendar a inicial,
sob pena de extinção do processo sem julgamento de mérito, a fim de: Juntar cópia legível do comprovante de endereço em nome próprio ou
em nome de familiares que consigo residam emitido até 180 (cento e oitenta) dias anteriores ao ajuizamento da ação, a exemplo de fatura de
água, luz ou telefone; contrato de locação de imóvel; correspondência ou documento expedido por órgãos oficiais das esferas municipal,
estadual ou federal; correspondência de instituição bancária, ou, ainda, de administradora de cartão de crédito, cuja identificação (nome e
endereço do titular) esteja impressa; contrato de locação ou arrendamento da terra, nota fiscal do produtor rural fornecida pela Prefeitura
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 1031/1770
Municipal ou documento de assentamento expedido pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), no caso de
residentes em área rural; declaração de residência emitida pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI), em se tratando de indígena; certidão de
endereço firmada por agente público federal, estadual ou municipal, onde conste inscrição da parte requerente junto ao Cadastro Único do
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), ou cadastro para fins de assistência aos necessitados, de participação em
programas sociais de distribuição de renda, acesso à alimentação, Bolsa Família e Tarifa Social de Energia Elétrica, em papel timbrado do
órgão, contendo nome completo, cargo e número do registro funcional do servidor público emitente; ou, caso não disponha de nenhum dos
documentos elencados, declaração de endereço firmada por terceiro, com firma reconhecida e indicação de CPF, constando que o faz sob
pena de incidência do art. 299 do Código Penal, anexando cópia legível do comprovante de residência atualizado do terceiro declarante;Juntar
cópia legível (frente e verso) do documento de identidade que contenha número de registro nos órgãos de Segurança Pública – Cédula de
Identidade (RG), ou Carteira Nacional de Habilitação (CNH), ou Carteira de Identidade Profissional (OAB, CREA, CRM, etc.) ou se for o
caso o Registro Administrativo de Nascimento Indígena (RANI), emitido pela FUNAI;Juntar cópia legível do comprovante de Cadastro de
Pessoas Físicas (CPF), nos termos do artigo 4º, § 1º, incisos I, II e III da Instrução Normativa RFB n. 1548, de 13 de fevereiro de
2015;Juntar procuração “ad judicia” legível, datada e assinada;Juntar cópia legível do comprovante de prévio requerimento
administrativo;Caberá à parte autora no mesmo prazo: 6) Juntar cópia legível e integral da carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS)
e carnês de contribuição previdenciária (se houver), ficando cientificada de que o descumprimento ensejará o julgamento do feito no estado
em que se encontrar; 7) Juntar cópia legível dos exames, laudos e relatórios médicos atualizados referentes aos problemas de saúde
causadores da alegada incapacidade, ficando cientificada de que o descumprimento ensejará o julgamento do feito no estado em que se
encontrar; 8) Juntar declaração de hipossuficiência legível datada e assinada.
EXPEDIENTE Nº 2019/6322000080
Cuida-se de ação ajuizada por CICERO JOSE DA SILVA contra o Instituto Nacional do Seguro Social, em que pleiteia a
concessão/restabelecimento de auxílio-doença e/ou aposentadoria por invalidez.
A parte autora, em sua manifestação acerca do laudo pericial, requereu a intimação do perito para que responda o quesito 7, apresentado por
ela.
Contudo, o laudo médico apresentado nos autos já avaliou as condições de saúde da parte autora adequadamente, de forma clara e conclusiva.
Ademais, vale ressaltar que o que se pretende no exame pericial é a constatação de incapacidade laborativa (ou não) da parte autora, ainda
que reconhecida a existência da moléstia e as limitações que eventualmente dificultem a vida pessoal da parte autora.
Requereu ainda a realização de audiência para a produção de prova testemunhal.
Entendo desnecessária a realização do ato. O autor já teve a oportunidade de produzir prova documental, juntando atestados e exames com a
inicial, os quais foram analisados pelo perito. Teve a oportunidade de apresentação de quesitos, respondidos pelo perito, e ainda, teve também
a oportunidade de indicação de assistente técnico.
Assim, indefiro o pedido de realização de audiência, uma vez que demonstradas pelos documentos juntados aos autos as enfermidades que
acometem o requerente. Além disso, o estado de saúde da parte já foi aferido por meio de exame técnico, conduzido por profissional habilitado
e com formação específica (medicina), não havendo como substituí-lo pelo depoimento ou impressões pessoais.
Assim, tenho por impertinentes os requerimentos da parte autora em sua manifestação sobre o laudo pericial.
Por compreender madura a causa para julgamento, no estado em que se encontra, passo ao enfrentamento do mérito propriamente dito.
Dispensado o relatório (art. 38 da Lei 9.099/1995 c/c art. 1º da Lei 10.259/2001), passo ao julgamento do feito.
Das preliminares.
Não há prova de que o valor da causa supera o limite de alçada dos Juizados Especiais Federais, nem de que o benefício seja decorrente de
acidente do trabalho. Houve prévio procedimento administrativo. Ficam afastadas as preliminares arguidas em contestação, depositada na
secretaria deste Juizado Especial Federal. Quanto à prescrição, ressalto que incide apenas sobre eventuais parcelas vencidas antes do
quinquênio que antecedeu o ajuizamento da ação.
Do mérito.
A aposentadoria por invalidez e o auxílio-doença tem como requisitos a incapacidade laborativa, a qualidade de segurado e, em regra, a
carência de 12 meses.
Ambos são benefícios previdenciários devidos em razão da incapacidade laborativa do segurado, distinguindo-se, porém, em razão da extensão
da incapacidade, se total ou parcial, e da previsibilidade de sua duração, se permanente ou temporária.
De fato, o art. 42 da Lei 8.213/1991 dispõe que a aposentadoria por invalidez é devida ao segurado que “for considerado incapaz e
insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência”, enquanto o auxílio-doença, por sua vez, é destinado
ao segurado que “ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos”, conforme
o art. 59 da Lei 8.213/1991.
Quanto a esse requisito, o art. 42, § 2º e o art. 59, parágrafo único da Lei 8.213/1991 estabelecem que a doença ou lesão de que o segurado
era portador à época da filiação ao RGPS não confere direito a aposentadoria por invalidez ou a auxílio-doença, salvo quando a incapacidade
sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão.
No mesmo diapasão, a Súmula 53 da TNU dispõe que “não há direito a auxílio-doença ou a aposentadoria por invalidez quando a incapacidade
para o trabalho é preexistente ao reingresso do segurado no Regime Geral de Previdência Social”.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 1033/1770
A parte autora alega que está incapacitada para o exercício de suas atividades habituais.
A perícia médica constatou que:
“O (a) periciando (a) é portador (a) de status pós-operatório doença degenerativa da coluna lombossacra, sem déficit neurológico focal e sem
sinais de irritação radicular atual.
CID: M54
O quadro atual não gera alterações clínicas, sinais de alerta para piora clínica ou agravamento com o trabalho, fato este que leva à conclusão
pela não ocorrência de incapacidade laborativa atual. A doença é passível de tratamento conservador adequado, que gera melhora clínica, e
pode ser realizada de maneira concomitante com o trabalho.
A doença apresentada não causa incapacidade para as atividades anteriormente desenvolvidas.
A data provável do início da doença é 2015, segundo conta.
Neste caso não se aplica uma data de início da incapacidade.”
Concluiu, portanto que não há incapacidade para o exercício regular das atividades habituais.
A parte autora não apresenta nenhuma argumentação técnica que possa desqualificar o laudo pericial. Os exames e diagnósticos apresentados
por médicos particulares, não obstante a importância, não podem fundamentar o decreto de procedência, vez que o médico perito, profissional
de confiança do Juízo e equidistante das partes, que pode formar seu entendimento de acordo com o conjunto probatório consistente na
documentação médica trazida pela parte e no exame clínico por ele realizado, foi categórico em assentar a ausência de incapacidade
laborativa.
Conforme enunciado da Súmula 77 da TNU, “o julgador não é obrigado a analisar as condições pessoais e sociais quando não reconhecer a
incapacidade do requerente para a sua atividade habitual”, pois, independente dessa análise, a ausência de incapacidade laboral obsta a
concessão de qualquer dos dois benefícios.
Assim, não verificada a incapacidade laborativa, e considerando que os requisitos para a obtenção do benefício de auxílio-
doença/aposentadoria por invalidez são cumulativos, conclui-se que o pedido deve ser rejeitado, prejudicada a análise acerca da qualidade de
segurado e da carência.
Ante o exposto, extingo o processo com resolução do mérito (art. 487, I do CPC) e julgo improcedente o pedido de
concessão/restabelecimento de auxílio-doença/aposentadoria por invalidez.
Não há condenação em custas e honorários advocatícios nesta instância (arts. 54 e 55 da Lei 9.099/1995).
Publique-se. Sentença registrada eletronicamente. Intimem-se.
Interposto recurso, intime-se a parte contrária para apresentar contrarrazões e, decorrido o prazo legal, remetam-se os autos à Turma
Recursal.
Após o trânsito em julgado, dê-se baixa e arquive-se, com as cautelas de praxe.
Cuida-se de ação ajuizada por MARIA NELCI SILVA MENEZES contra o Instituto Nacional do Seguro Social, em que pleiteia a
concessão/restabelecimento de auxílio-doença e/ou aposentadoria por invalidez.
Dispensado o relatório (art. 38 da Lei 9.099/1995 c/c art. 1º da Lei 10.259/2001), passo ao julgamento do feito.
Das preliminares.
Não há prova de que o valor da causa supera o limite de alçada dos Juizados Especiais Federais, nem de que o benefício seja decorrente de
acidente do trabalho. Houve prévio procedimento administrativo. Ficam afastadas as preliminares arguidas em contestação, depositada na
secretaria deste Juizado Especial Federal. Quanto à prescrição, ressalto que incide apenas sobre eventuais parcelas vencidas antes do
quinquênio que antecedeu o ajuizamento da ação.
Do mérito.
A aposentadoria por invalidez e o auxílio-doença tem como requisitos a incapacidade laborativa, a qualidade de segurado e, em regra, a
carência de 12 meses.
Ambos são benefícios previdenciários devidos em razão da incapacidade laborativa do segurado, distinguindo-se, porém, em razão da extensão
da incapacidade, se total ou parcial, e da previsibilidade de sua duração, se permanente ou temporária.
De fato, o art. 42 da Lei 8.213/1991 dispõe que a aposentadoria por invalidez é devida ao segurado que “for considerado incapaz e
insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência”, enquanto o auxílio-doença, por sua vez, é destinado
ao segurado que “ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos”, conforme
o art. 59 da Lei 8.213/1991.
Quanto a esse requisito, o art. 42, § 2º e o art. 59, parágrafo único da Lei 8.213/1991 estabelecem que a doença ou lesão de que o segurado
era portador à época da filiação ao RGPS não confere direito a aposentadoria por invalidez ou a auxílio-doença, salvo quando a incapacidade
sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão.
No mesmo diapasão, a Súmula 53 da TNU dispõe que “não há direito a auxílio-doença ou a aposentadoria por invalidez quando a incapacidade
para o trabalho é preexistente ao reingresso do segurado no Regime Geral de Previdência Social”.
A parte autora alega que está incapacitada para o exercício de suas atividades habituais.
Cuida-se de ação ajuizada por MARIA ELENA TESTAI BAPTISTA contra o Instituto Nacional do Seguro Social, em que pleiteia a
concessão/restabelecimento de auxílio-doença e/ou aposentadoria por invalidez.
Dispensado o relatório (art. 38 da Lei 9.099/1995 c/c art. 1º da Lei 10.259/2001), passo ao julgamento do feito.
Das preliminares.
Não há prova de que o valor da causa supera o limite de alçada dos Juizados Especiais Federais, nem de que o benefício seja decorrente de
acidente do trabalho. Houve prévio procedimento administrativo. Ficam afastadas as preliminares arguidas em contestação, depositada na
secretaria deste Juizado Especial Federal. Quanto à prescrição, ressalto que incide apenas sobre eventuais parcelas vencidas antes do
quinquênio que antecedeu o ajuizamento da ação.
Do mérito.
A aposentadoria por invalidez e o auxílio-doença tem como requisitos a incapacidade laborativa, a qualidade de segurado e, em regra, a
carência de 12 meses.
Ambos são benefícios previdenciários devidos em razão da incapacidade laborativa do segurado, distinguindo-se, porém, em razão da extensão
da incapacidade, se total ou parcial, e da previsibilidade de sua duração, se permanente ou temporária.
De fato, o art. 42 da Lei 8.213/1991 dispõe que a aposentadoria por invalidez é devida ao segurado que “for considerado incapaz e
insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência”, enquanto o auxílio-doença, por sua vez, é destinado
ao segurado que “ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos”, conforme
o art. 59 da Lei 8.213/1991.
Quanto a esse requisito, o art. 42, § 2º e o art. 59, parágrafo único da Lei 8.213/1991 estabelecem que a doença ou lesão de que o segurado
era portador à época da filiação ao RGPS não confere direito a aposentadoria por invalidez ou a auxílio-doença, salvo quando a incapacidade
sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão.
No mesmo diapasão, a Súmula 53 da TNU dispõe que “não há direito a auxílio-doença ou a aposentadoria por invalidez quando a incapacidade
para o trabalho é preexistente ao reingresso do segurado no Regime Geral de Previdência Social”.
A parte autora alega que está incapacitada para o exercício de suas atividades habituais.
A perícia médica constatou que:
“O (a) periciando (a) é portador (a) de status pós-operatorio de cirurgia no pé, doença degenerativa da coluna lombossacra, sem déficit
neurológico focal e sem sinais de irritação radicular atual.
CID: M779, M54
O quadro atual não gera alterações clínicas, sinais de alerta para piora clínica ou agravamento com o trabalho, fato este que leva à conclusão
pela não ocorrência de incapacidade laborativa atual. A doença é passível de tratamento conservador adequado, que gera melhora clínica, e
Cuida-se de ação ajuizada por LUIZ ANTONIO PEREIRA LEITE contra o Instituto Nacional do Seguro Social, em que pleiteia a
concessão/restabelecimento de auxílio-doença e/ou aposentadoria por invalidez.
Dispensado o relatório (art. 38 da Lei 9.099/1995 c/c art. 1º da Lei 10.259/2001), passo ao julgamento do feito.
Das preliminares.
Não há prova de que o valor da causa supera o limite de alçada dos Juizados Especiais Federais, nem de que o benefício seja decorrente de
acidente do trabalho. Houve prévio procedimento administrativo. Ficam afastadas as preliminares arguidas em contestação, depositada na
secretaria deste Juizado Especial Federal. Quanto à prescrição, ressalto que incide apenas sobre eventuais parcelas vencidas antes do
quinquênio que antecedeu o ajuizamento da ação.
Do mérito.
A aposentadoria por invalidez e o auxílio-doença tem como requisitos a incapacidade laborativa, a qualidade de segurado e, em regra, a
carência de 12 meses.
Ambos são benefícios previdenciários devidos em razão da incapacidade laborativa do segurado, distinguindo-se, porém, em razão da extensão
da incapacidade, se total ou parcial, e da previsibilidade de sua duração, se permanente ou temporária.
De fato, o art. 42 da Lei 8.213/1991 dispõe que a aposentadoria por invalidez é devida ao segurado que “for considerado incapaz e
insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência”, enquanto o auxílio-doença, por sua vez, é destinado
ao segurado que “ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos”, conforme
o art. 59 da Lei 8.213/1991.
Quanto a esse requisito, o art. 42, § 2º e o art. 59, parágrafo único da Lei 8.213/1991 estabelecem que a doença ou lesão de que o segurado
era portador à época da filiação ao RGPS não confere direito a aposentadoria por invalidez ou a auxílio-doença, salvo quando a incapacidade
sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão.
No mesmo diapasão, a Súmula 53 da TNU dispõe que “não há direito a auxílio-doença ou a aposentadoria por invalidez quando a incapacidade
para o trabalho é preexistente ao reingresso do segurado no Regime Geral de Previdência Social”.
A parte autora alega que está incapacitada para o exercício de suas atividades habituais.
A perícia médica constatou que:
“Periciando com histórico de hipotireoidismo congênito com consequente retardo mental leve, encurtamento de membro inferior direito,
deficiência auditiva leve, porém não há incapacidade laborativa.
Queixa ainda lombalgia, sem consonância com os achados de exame físico.
Por isso, não há incapacidade laborativa.”
Concluiu, portanto que não há incapacidade para o exercício regular das atividades habituais.
A parte autora não apresenta nenhuma argumentação técnica que possa desqualificar o laudo pericial. Os exames e diagnósticos apresentados
Cuida-se de ação ajuizada por TANIA MARA ROCHA DE ALENCAR contra o Instituto Nacional do Seguro Social, em que pleiteia a
concessão de auxílio-doença.
Dispensado o relatório (art. 38 da Lei 9.099/1995 c/c art. 1º da Lei 10.259/2001), passo ao julgamento do feito.
Das preliminares.
Não há prova de que o valor da causa supera o limite de alçada dos Juizados Especiais Federais, nem de que o benefício seja decorrente de
acidente do trabalho. Houve prévio procedimento administrativo. Ficam afastadas as preliminares arguidas em contestação, depositada na
secretaria deste Juizado Especial Federal. Quanto à prescrição, ressalto que incide apenas sobre eventuais parcelas vencidas antes do
quinquênio que antecedeu o ajuizamento da ação.
Do mérito.
A aposentadoria por invalidez e o auxílio-doença tem como requisitos a incapacidade laborativa, a qualidade de segurado e, em regra, a
carência de 12 meses.
Ambos são benefícios previdenciários devidos em razão da incapacidade laborativa do segurado, distinguindo-se, porém, em razão da extensão
da incapacidade, se total ou parcial, e da previsibilidade de sua duração, se permanente ou temporária.
De fato, o art. 42 da Lei 8.213/1991 dispõe que a aposentadoria por invalidez é devida ao segurado que “for considerado incapaz e
insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência”, enquanto o auxílio-doença, por sua vez, é destinado
ao segurado que “ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos”, conforme
o art. 59 da Lei 8.213/1991.
Quanto a esse requisito, o art. 42, § 2º e o art. 59, parágrafo único da Lei 8.213/1991 estabelecem que a doença ou lesão de que o segurado
era portador à época da filiação ao RGPS não confere direito a aposentadoria por invalidez ou a auxílio-doença, salvo quando a incapacidade
sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão.
No mesmo diapasão, a Súmula 53 da TNU dispõe que “não há direito a auxílio-doença ou a aposentadoria por invalidez quando a incapacidade
para o trabalho é preexistente ao reingresso do segurado no Regime Geral de Previdência Social”.
A parte autora alega que está incapacitada para o exercício de suas atividades habituais.
A perícia médica constatou que:
" Trata-se de uma paciente de 55 anos que desde o ano de 2015 vem apresentando queixa de algia em joelho direito. Refere que há 28 anos
teve trombose em membro inferior esquerdo e acredita que devido a este comprometimento em joelho esquerdo começou a ter alterações em
joelho direito. Foi encaminhada ao INSS, mas nunca conseguiu afastamento com auxilio doença. Refere que esta sem trabalhar desde o ano
de 2015, recolhendo como contribuinte individual. Com relação ao joelho direito. Tem indicação de tratamento cirúrgico e aguarda para
agendamento. Nega hipertensão arterial e diabetes. Ao exame físico apresenta marcha com moderada claudicação, sem limitação de
movimentos ao nível de coluna cervical; as articulações dos ombros apresentam movimentos preservados, tanto no exame ativo como passivo,
sem crepitações ou algias à palpação de bursas e cabo longo de bíceps; apresenta cotovelos com movimentos livres, sem edema ou bloqueio
articular; tem articulações de punhos e mãos sem edemas, hiperemia ou bloqueios articulares; Na coluna lombar tem movimentos de flexo-
extensão preservados; tem membros inferiores com musculatura normotrófica e força muscular preservada; em perna esquerda observa-se
sinais de insuficiência vascular com cicatrizes de ulceras varicosas cicatrizadas; em joelho direito observa-se discreto edema, teste de stress
valgo-varo negativo, Lackman negativo bilateralmente; McMurray positivo quando palpado menisco medial de joelho direito; teste de Laségue
negativo bilateralmente e reflexos tendíneos infra patelares (L4) e aquileanos (Sl) presentes e simétricos; articulações dos tornozelos livres,
Cuida-se de ação ajuizada por APARECIDO DE PAULA contra o Instituto Nacional do Seguro Social, em que pleiteia a
concessão/restabelecimento de auxílio-doença e/ou aposentadoria por invalidez.
Dispensado o relatório (art. 38 da Lei 9.099/1995 c/c art. 1º da Lei 10.259/2001), passo ao julgamento do feito.
Das preliminares.
Não há prova de que o valor da causa supera o limite de alçada dos Juizados Especiais Federais, nem de que o benefício seja decorrente de
acidente do trabalho. Houve prévio procedimento administrativo. Ficam afastadas as preliminares arguidas em contestação, depositada na
secretaria deste Juizado Especial Federal. Quanto à prescrição, ressalto que incide apenas sobre eventuais parcelas vencidas antes do
quinquênio que antecedeu o ajuizamento da ação.
Do mérito.
A aposentadoria por invalidez e o auxílio-doença tem como requisitos a incapacidade laborativa, a qualidade de segurado e, em regra, a
carência de 12 meses.
Ambos são benefícios previdenciários devidos em razão da incapacidade laborativa do segurado, distinguindo-se, porém, em razão da extensão
da incapacidade, se total ou parcial, e da previsibilidade de sua duração, se permanente ou temporária.
De fato, o art. 42 da Lei 8.213/1991 dispõe que a aposentadoria por invalidez é devida ao segurado que “for considerado incapaz e
insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência”, enquanto o auxílio-doença, por sua vez, é destinado
ao segurado que “ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos”, conforme
o art. 59 da Lei 8.213/1991.
Quanto a esse requisito, o art. 42, § 2º e o art. 59, parágrafo único da Lei 8.213/1991 estabelecem que a doença ou lesão de que o segurado
era portador à época da filiação ao RGPS não confere direito a aposentadoria por invalidez ou a auxílio-doença, salvo quando a incapacidade
sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão.
No mesmo diapasão, a Súmula 53 da TNU dispõe que “não há direito a auxílio-doença ou a aposentadoria por invalidez quando a incapacidade
para o trabalho é preexistente ao reingresso do segurado no Regime Geral de Previdência Social”.
A parte autora alega que está incapacitada para o exercício de suas atividades habituais.
A perícia médica constatou que:
“Trata-se de um paciente de 49 anos que há cerca de 3 meses iniciou com dor em coluna lombar com irradiação para membro inferior
esquerdo. Procurou atendimento médico e foi indicado tratamento com uso de medicação para analgesia. Foi encaminhado ao INSS mas
Cuida-se de ação por ajuizada por CARLA MARIA LANGHI GUTIERRE contra o Instituto Nacional do Seguro Social, em que pleiteia o
pagamento de auxílio-acidente.
Dispensado o relatório (art. 38 da Lei 9.099/1995 c/c art. 1º da Lei 10.259/2001), passo ao julgamento do feito.
Das preliminares.
Não há prova de que o valor da causa supera o limite de alçada dos Juizados Especiais Federais, nem de que o benefício seja decorrente de
acidente do trabalho. Houve prévio procedimento administrativo. Ficam afastadas as preliminares arguidas em contestação, depositada na
secretaria deste Juizado Especial Federal. Quanto à prescrição, ressalto que incide apenas sobre eventuais parcelas vencidas antes do
quinquênio que antecedeu o ajuizamento da ação.
Do mérito.
O art. 86 da Lei 8.213/1991 dispõe que “o auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após consolidação das
lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que
habitualmente exercia”.
O art. 30, parágrafo único do Decreto 3.048/1999 define como “acidente de qualquer natureza ou causa aquele de origem traumática e por
Cuida-se de ação por ajuizada por Nilza Barbosa da Silva contra o Instituto Nacional do Seguro Social, em que pleiteia o restabelecimento do
benefício de pensão por morte (NB 177.443.527-3), em razão do óbito de João Manoel Filho, com quem alega ter convivido em união estável
de 2012 até se casarem em 23.11.2015.
Dispensado o relatório, nos termos do art. art. 38 da Lei 9.099/1995 c/c art. 1º da Lei 10.259/2001, passo ao julgamento do feito.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 1040/1770
O benefício de pensão por morte tem os seguintes requisitos:
a) a morte, real ou presumida, do instituidor da pensão (arts. 74 e 78 da Lei 8.213/1991);
b) a qualidade de segurado do instituidor da pensão (art. 74 c/c art. 15 da Lei 8.213/1991);
c) a qualidade de dependente do beneficiário (art. 74 c/c art. 16 da Lei 8.213/1991).
A morte de João Manoel Filho, ocorrida em 29.07.2016, está comprovada por meio de certidão de óbito (seq 02, fl. 08).
A qualidade de segurado do de cujus ao tempo do falecimento decorre do fato de que ele estava em gozo de aposentadoria por idade (seq 15),
portanto mantinha a qualidade de segurado, nos termos do art. 15, I da Lei 8.213/1991.
Por fim, restou comprovada a qualidade de dependente da autora em relação ao falecido, na condição de companheira de 2012 a 22.11.2015 e
de cônjuge após 16.04.2015, vez que a Justiça Estadual e o próprio INSS reconheceram tais condições (seq 02 e 19).
Destarte, preenchidos os requisitos legais, deve-se reconhecer à autora o direito a pensão em razão da morte do segurado.
O benefício é devido desde 29.07.2016, data do óbito, nos termos do art. 74, I da Lei 8.213/1991, e sua duração será regulada pelo art. 77 da
Lei 8.213/1991, com a redação vigente na data do óbito.
Ante o exposto, homologo o reconhecimento, pelo INSS, da procedência do pedido formulado, com resolução do mérito, nos termos do artigo
487, III, a, do Código de Processo Civil, para condená-lo a restabelecer o benefício de pensão (NB 177.443.527-3) devido a Nilza Barbosa da
Silva em razão da morte do segurado João Manoel Filho, a partir de 30.11.2016, dia seguinte ao da indevida cessação.
Com o trânsito em julgado, oficie-se à APSADJ para implantação do benefício no prazo de 30 (trinta) dias úteis, a contar do recebimento do
ofício.
As prestações vencidas, autorizada a compensação com valores recebidos a título de benefício inacumulável, serão atualizadas
monetariamente a partir do vencimento e acrescidas de juros de mora a partir da data da citação, de acordo com os critérios previstos no
Manual de Cálculos da Justiça Federal, atualmente veiculado por meio da Resolução 267/2013 do Conselho da Justiça Federal.
Sem custas e sem honorários nesta instância, nos termos do art. 55 da Lei n. 9.099/95.
Cancelo a audiência designada.
Publique-se. Intimem-se. Sentença registrada eletronicamente.
DESPACHO JEF - 5
0001414-30.2018.4.03.6322 - 1ª VARA GABINETE - DESPACHO JEF Nr. 2019/6322003186
AUTOR: JOSE EDWARD DE ANDRADE BENEDITO (SP269000 - MIRNA ELIZA DA SILVA)
RÉU: CAIXA ECONOMICA FEDERAL (SP087317 - JOSÉ ANTONIO ANDRADE)
Considerando o tempo decorrido, presume-se que a autora já tenha efetuado o levantamento da conta de FGTS.
Sendo assim, proceda-se à baixa dos autos.
Intimem-se.
Concedo à parte autora o prazo de 15 (quinze) dias para que junte aos autos cópia legível, sob pena de extinção sem julgamento de mérito:
Cumpridas as determinações, voltem os autos conclusos para deliberação acerca da citação, da designação de audiência de conciliação e do
Oficie-se 21º Distrito Policial de Goiânia/GO (evento 46), solicitando informações acerca da conclusão e do resultado das investigações
referentes ao Boletim de Ocorrência de nº 37/2017, registrado em 06.01.2017 pelo plantão da Del. Sec. Araraquara/SP (evento 01 – fl. 08),
em razão de suposto golpe sofrido por Anny Kate Rodrigues Silva, ao transferir determinados valores para a conta poupança de Rafael
Pereira de Souza (evento 01 – fl. 09).
Considerando que Rafael Pereira de Souza, na petição inicial, figura no polo passivo da presente ação, deve ser ele citado.
Autorizo a secretaria a efetuar pesquisas de endereços em nome de Rafael Pereira de Souza, por meio dos instrumentos disponíveis a este
Juízo.
Sem prejuízo, determino à Caixa que informe nos autos o CPF, o RG e o endereço de Rafael Pereira de Souza constantes do cadastro da
instituição.
DECISÃO JEF - 7
0000806-32.2018.4.03.6322 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6322003215
AUTOR: RUDIVAL NUNES RIOS (SP229623B - EDUARDO FERNANDES JUNIOR)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP269285 - RAFAEL DUARTE RAMOS)
Diante da notícia de ajuizamento de processo de interdição da parte autora (evento 27), comunique-se ao Juízo de Direito da 2ª. Vara de
Família e Sucessões da Comarca de Américo Brasiliense (autos nº. 1001035-28.2018.8.26.0040), solicitando que, se possível no prazo de 15
(quinze) dias, informe se foi nomeado curador(a) para RUDIVAL NUNES RIOS e, caso positivo, se este possui autorização para
levantamento dos valores devidos à parte autora em decorrência de condenação judicial neste feito.
A solicitação deverá ser instruída com cópia da sentença, do termo de conciliação, da certidão de trânsito em julgado e dos cálculos
elaborados pela contadoria judicial e, preferencialmente, ser encaminhada por meio eletrônico, servindo a presente decisão como ofício.
A resposta desta solicitação deverá ser encaminhada preferencialmente ao correio eletrônico institucional deste Juizado Especial Federal
(araraq-sejf-jef@trf3.jus.br) ou por meio do Malote Digital.
Por fim, dê-se ciência às partes de que o levantamento dependerá da expedição de alvará ou meio equivalente, nos termos do Art. 40, § 2º da
Resolução nº 458/2017.
Sem prejuízo, intime-se a curadora especial, por meio de seu advogado, para que esclareça acerca da nomeação de curador ao autor.
Intimem-se.
O advogado da parte autora, substabelecido, requer o destaque de honorários contratuais em nome da pessoa jurídica do escritório (Advocacia
Valera, CNPJ 07.502.069/0001-62).
O contrato de prestação de serviços foi celebrado somente em nome do advogado Thiago Guardabassi Guerrero (evento 67, pp. 01 e 02), o
qual, utilizando-se do instrumento de substabelecimento de poderes sem reserva, transferiu integralmente os honorários contratuais e
sucumbenciais em favor do advogado Alexandre Augusto Forcinitti Valera (evento 02 – pp. 01 e 02).
Intimado, o advogado da parte autora apresentou instrumento particular de cessão de créditos de honorários advocatícios de sucumbência e
contratuais (evento 67, pp. 03 e 04).
O Superior Tribunal de Justiça, por maioria, no AGRESP 200700114090 (DJE 31.08.2009), decidiu que “para que a sociedade de advogados
tenha legitimidade para levantar ou executar honorários advocatícios, é necessário que a procuração outorgada faça menção à sociedade e
não apenas aos advogados pertencentes aos seus quadros”.
Concedo, pois, ao advogado da parte autora o derradeiro prazo de 10 (dez) dias para que junte aos autos instrumento de mandato (procuração)
contendo o nome da pessoa jurídica, na forma do art. 105, §3º do CPC e do art. 15, §3º da Lei 8.906/94 (Estatuto da OAB).
Decorrido o prazo, expeça-se o ofício precatório, com destaque dos honorários contratuais, em nome da pessoa física ou jurídica, conforme for
o caso.
Intimem-se.
Diante da ausência de informação sobre o cumprimento da obrigação de fazer determinada nos autos, oficie-se o INSS-APSADJ para que, no
prazo de 02 dias, comprove nos autos o cumprimento do ofício, sob pena de multa diária.
Fixo desde já a multa no valor de R$ 100,00 (cem reais) por dia de descumprimento, limitada a 30 dias-multa, incidente após o transcurso do
prazo de 02 dias sem comprovação a contar apartir da intimação do ofício, nos termos do art. 52, V, da Lei n° 9.099/95.
Cumpra-se com urgência.
Intimem-se.
Diante da ausência de informação sobre o cumprimento da obrigação de fazer determinada nos autos, oficie-se o INSS-APSADJ para que,
no prazo de 5 dias, comprove nos autos o cumprimento do ofício, sob pena de multa diária.
Fixo desde já a multa no valor de R$ 100,00 (cem reais) por dia útil de descumprimento, limitada inicialmente a 30 dias úteis, incidente após o
transcurso do prazo de 5 dias sem comprovação a contar apartir da intimação do ofício, nos termos do art. 52, V, da Lei n° 9.099/95.
Cumpra-se com urgência.
Intimem-se.
Cuida-se de ação por ajuizada pelo Espólio de Therezinha Dias Garcia Capparelli contra a União Federal, objetivando a extinção do crédito
tributário apurado no Processo Administrativo 10830-724.231/2013-8.
A inicial narra que a Sra. Therezinha Dias Garcia Capparelli, falecida em 2012, recebia pensão da São Paulo Previdência - SPPREV - em
razão da morte de seu cônjuge. Sustenta que médicos oficiais do Estado de São Paulo, em 2011, atestaram que a Sra. Therezinha era
portadora de miocardiopatia isquêmica – CID10 I25.5/I26 - desde abril/2010 e que aludida moléstia estava prevista no art. 6º, XIV da Lei nº
7.713/1988. Reclama que a Receita Federal do Brasil, entendendo que a contribuinte não tinha direito a isenção do imposto de renda declarada
em 2012, lavrou a Notificação Fiscal de Lançamento de Débito – NFLD - nº 2012/687722959102049, que negou direito à restituição e aplicou
sanções pela suposta omissão de rendimentos.
Dentre outros documentos, juntou aos autos cópia de laudo médico pericial da Secretaria da Fazenda do Governo do Estado de São Paulo e
declaração de imposto de renda (evento 01).
É a síntese do necessário.
De partida cumpre registrar uma irregularidade no polo ativo. É que embora o espólio esteja representado pela inventariante, não está
comprovada a instauração do inventário. Assim, a autora deverá regularizar sua representação processual, juntando aos autos cópia de termo
de nomeação que comprove a condição de inventariante da Sra. Ana Maria Garcia Capparelli Cadioli. Na hipótese de não ter sido aberto
inventário, necessária a inclusão de todos os herdeiros no polo ativo.
Esse pecadilho não impede que se prossiga no exame do pedido de liminar impetração, mas deve ser expurgado pela autora na primeira
oportunidade, sob pena de extinção.
Passo ao exame do pedido de tutela antecipada.
Tanto a tutela provisória de urgência quanto a de evidência exigem a demonstração da plausibilidade jurídica do direito invocado. O que muda
num caso e outro é o grau de convencimento dessa demonstração, que deve ser mais robusta na tutela de evidência do que na de urgência.
Todavia, mesmo na hipótese da tutela de urgência o interessado não se desincumbe do ônus de demonstrar os indícios de que, além do perigo
de dano ou o risco ao resultado útil do processo, a razão pende para o seu lado; — é o que o novo CPC denomina de “elementos que
evidenciem a probabilidade do direito” (art. 300).
No presente caso, são favas contadas que a instrução demandará a realização de perícia indireta, a fim de que no momento da sentença o
julgador tenha condições de verificar se a moléstia que acometia a pensionista a isentava, ou não, do recolhimento de imposto de renda.
No entanto, as conclusões do laudo médico pericial da Divisão Médica da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo trazem indícios
consistentes de que a falecida se enquadrava nos critérios que autorizavam a isenção de imposto de renda. Analisadas as coisas no campo das
probabilidades, parece que a tese defendida na inicial possui substância.
O perigo na demora neste caso é presumível, pois o indeferimento do pedido de suspensão da exigibilidade do crédito tributário poderá resultar
no ajuizamento de execução fiscal contra o espólio.
EXPEDIENTE Nº 2019/6323000121
DESPACHO JEF - 5
0000089-56.2014.4.03.6323 - 1ª VARA GABINETE - DESPACHO JEF Nr. 2019/6323001753
AUTOR: GILBERTO BATISTA BRAZ (SP280257 - ARGEMIRO GERALDO FILHO)
RÉU: CAIXA ECONOMICA FEDERAL (SP087317 - JOSE ANTONIO ANDRADE)
II- Ante a renúncia ao mandato pelo Advogado dativo e a manifestação de inconformismo com o resultado do julgamento apresentada
tempestivamente pela parte autora e o requerimento de nomeação de advogado dativo para representar seus interesses em sede recursal,
ratifico os atos praticados pela secretaria do Juízo, nomeando o ilustre advogado inscrito no sistema AJG desta Subseção Judiciária Dr.
BARBARA NUNES CANTARIN (OAB/SP: 357.574) para assumir o patrocínio do feito em favor do autor, tomando todas as subsequentes
medidas judiciais necessárias para a defesa do direito da parte autora neste processo, acompanhando o feito até seu regular arquivamento.
Fica o i. advogado ciente de que o advogado dativo exerce um “munus” público, razão pela qual é equiparado ao servidor público para todos os
fins, inclusive penais e administrativos.
III- Os honorários do profissional nomeado serão suportados pela União e arbitrados após o trânsito em julgado, nos termos da Resolução CJF
nº 305/14.
IV- Intime-se o(a) ilustre advogado(a) por publicação no Diário da Justiça Eletrônico para, no prazo de 10 (dez) dias, apresentar,
eventualmente, ratificação as razões recursais já apresentadas nos autos ou complementá-las, e tomar todas as subsequentes medidas judiciais
necessárias à defesa do direito da parte autora neste processo, pois já foram apresentadas as razões recusais direcionadas à Turma Recursal.
V- Após, remetam-se os autos à 11ª Turma Recursal de São Paulo, com nossas homenagens e mediante as anotações de praxe.
II - Os honorários do(a) profissional nomeado(a) serão suportados pela União e arbitrados após o trânsito em julgado (Resolução CJF nº
305/14).
III - Intime-se o(a) ilustre advogado(a) por publicação no Diário da Justiça Eletrônico para, no prazo de 10 (dez) dias, apresentar as
contrarrazões recursais.
IV - Após, remetam-se os autos a uma das Colendas Turmas Recursais de São Paulo, com nossas homenagens e mediante as anotações de
praxe.
II- Os honorários do profissional nomeado serão suportados pela União e arbitrados após o trânsito em julgado, nos termos da Resolução CJF
nº 305/14.
III- Intime-se o(a) ilustre advogado(a) por publicação no Diário da Justiça Eletrônico para, no prazo de 10 (dez) dias, interpor o devido recurso
e apresentar as razões recursais.
IV- Com a interposição do recurso, que fica desde já recebido em seu duplo efeito, intime-se a parte contrária para contrarrazões e, após,
remetam-se os autos a uma das Colendas Turmas Recursais de São Paulo, com nossas homenagens e mediante as anotações de praxe.
Os honorários do(a) profissional nomeado(a) serão suportados pela União e arbitrados após o trânsito em julgado (Resolução CJF nº 305/14).
Visto que o ilustre advogado já apresentou as contrarrazões recursais (evento 38), remetam-se os autos a uma das Colendas Turmas
Recursais de São Paulo, com nossas homenagens e mediante as anotações de praxe.
DECISÃO JEF - 7
0000366-96.2019.4.03.6323 - 1ª VARA GABINETE - DECISÃO JEF Nr. 2019/6323002298
AUTOR: JOSIANE DE OLIVEIRA (SP372537 - VANESSA DA SILVA PEREIRA SINOVATE)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP256379 - JOSÉ ADRIANO RAMOS)
II. A parte autora requer antecipação de tutela alegando preencher os requisitos legais que autorizam o deferimento do seu pleito initio litis.
A antecipação dos efeitos da tutela é medida de caráter excepcional, só sendo admitida quando cabalmente presentes os requisitos legais de
modo a justificar, à luz da Constituição, a sobreposição da efetividade da jurisdição sobre o contraditório e a própria segurança jurídica.
Nenhum dos requisitos restou demonstrado nos autos. O cumprimento do requisito para deferimento da tutela de evidência a que alude o art.
311 do NCPC só será possível após a materialização do contraditório, quando o réu poderá apresentar dados e maiores elementos que
permitam aumentar o panorama processual e permitir uma análise mais segura dos fundamentos e fatos trazidos na demanda. A urgência
indispensável ao deferimento do pleito initio litis a que alude o art. 300 do NCPC igualmente se apresenta bastante frágil na medida em que,
tramitando pelo procedimento especial do JEF, haverá a concentração dos atos indispensáveis ao julgamento final do pedido com a celeridade
própria do procedimento adotado, não se justificando qualquer tutela inaudita altera parte, diferindo-se o contraditório.
III. Cite-se o INSS para apresentar eventual proposta de acordo para pôr fim à demanda ou, então, para contestar o feito em 30 (trinta) dias.
IV. Com a contestação, intime-se a parte autora para manifestação em 5 dias e, após, voltem-me conclusos os autos; para sentença se for o
caso.
I. Acolho a emenda à inicial, ficando a parte autora ciente da preclusão quanto à produção de prova documental diversa daquelas que
instruíram a petição inicial, nos termos do art. 434, NCPC (salvo em relação a "documento novo").
III. A parte autora requer antecipação de tutela alegando preencher os requisitos legais que autorizam o deferimento do seu pleito initio litis.
A antecipação dos efeitos da tutela é medida de caráter excepcional, só sendo admitida quando cabalmente presentes os requisitos legais de
modo a justificar, à luz da Constituição, a sobreposição da efetividade da jurisdição sobre o contraditório e a própria segurança jurídica.
IV. Adotando o procedimento especial do JEF, primando pela informalidade, celeridade, simplicidade e oralidade, designo audiência de
conciliação, instrução e julgamento para o dia 05 de junho de 2019, quarta-feira, às 16:30h, nas dependências do prédio da Justiça Federal, na
Avenida Rodrigues Alves, 365, Vila Sá, nesta cidade.
V. Intime-se a parte autora acerca da data acima designada, devendo arrolar/substituir suas testemunhas com antecedência de no mínimo 5
dias da data da audiência, ficando ciente de que o não cumprimento desta determinação acarretará o indeferimento de suas oitivas, mesmo
que presentes ao ato, e que tais testemunhas deverão comparecer à audiência independentemente de intimação (art. 34, Lei nº 9.099/95).
Frise-se que o não comparecimento da parte autora à audiência poderá acarretar a extinção do processo sem resolução do mérito, nos termos
do art. 51, inciso III, Lei nº 9.099/95.
VI. Cite-se e intime-se o INSS acerca: a) da data acima designada, facultando-se à autarquia apresentar eventual proposta de conciliação ou
contestação em audiência, devendo apresentar até a data da audiência cópia do procedimento administrativo que culminou com o
indeferimento do pedido, bem como eventuais documentos pertinentes à lide (art. 11, da Lei nº 10.259/2001 e art. 396, NCPC), sob pena de se
presumirem corretos os valores eventualmente indicados pelo autor, aplicando-se por analogia o disposto no art. 524, § 5.º, NCPC; b) de que
deve arrolar/substituir suas testemunhas com antecedência de no mínimo 5 dias da data da audiência, ficando ciente de que o não
cumprimento desta determinação acarretará o indeferimento de suas oitivas, mesmo que presentes ao ato, e que as testemunhas deverão
comparecer independentemente de intimação.
DECISÃO
I. Acolho a emenda à inicial, ficando a parte autora ciente da preclusão quanto à produção de prova documental diversa daquelas que
instruíram a petição inicial, nos termos do art. 434, NCPC (salvo em relação a "documento novo").
II. Cite-se o INSS para apresentar eventual proposta de acordo para pôr fim à demanda ou, então, para contestar o feito em 30 (trinta) dias.
III. Com a contestação, intime-se a parte autora para manifestação em 5 dias e, após, voltem-me conclusos os autos; para sentença se for o
caso.
I. Acolho a emenda à inicial, ficando a parte autora ciente da preclusão quanto à produção de prova documental diversa daquelas que
instruíram a petição inicial, nos termos do art. 434, NCPC (salvo em relação a "documento novo").
IV. A parte autora requer antecipação de tutela alegando preencher os requisitos legais que autorizam o deferimento do seu pleito initio litis.
A antecipação dos efeitos da tutela é medida de caráter excepcional, só sendo admitida quando cabalmente presentes os requisitos legais de
modo a justificar, à luz da Constituição, a sobreposição da efetividade da jurisdição sobre o contraditório e a própria segurança jurídica.
Nenhum dos requisitos restou demonstrado nos autos. O cumprimento do requisito para deferimento da tutela de evidência a que alude o art.
311 do NCPC só será possível após a materialização do contraditório, quando o réu poderá apresentar dados e maiores elementos que
permitam aumentar o panorama processual e permitir uma análise mais segura dos fundamentos e fatos trazidos na demanda. A urgência
indispensável ao deferimento do pleito initio litis a que alude o art. 300 do NCPC igualmente se apresenta bastante frágil na medida em que,
tramitando pelo procedimento especial do JEF, haverá a concentração dos atos indispensáveis ao julgamento final do pedido com a celeridade
própria do procedimento adotado, não se justificando qualquer tutela inaudita altera parte, diferindo-se o contraditório.
V. Cite-se o INSS para apresentar eventual proposta de acordo para pôr fim à demanda ou, então, para contestar o feito em 30 (trinta) dias.
VI. Com a contestação, intime-se a parte autora para manifestação em 5 dias e, após, voltem-me conclusos os autos; para sentença se for o
caso.
I. Acolho a emenda à inicial, ficando a parte autora ciente da preclusão quanto à produção de prova documental diversa daquelas que
instruíram a petição inicial, nos termos do art. 434, NCPC (salvo em relação a "documento novo").
III. Defiro o pedido de prioridade na tramitação processual, nos termos do artigo 1.048, I do Novo Código de Processo Civil. Anote-se.
IV. Cite-se o INSS para apresentar eventual proposta de acordo para pôr fim à demanda ou, então, para contestar o feito em 30 (trinta) dias.
No mesmo prazo, deverá trazer aos autos a cópia integral dos autos do procedimento administrativo relativo à concessão do benefício aqui
pretendida, nos termos do art. 11 da Lei nº 10.259/01, sob pena de se presumirem corretos os valores indicados pelo autor, aplicando-se por
analogia o disposto no art. 524, §5º, NCPC.
V. Com a contestação, intime-se a parte autora para manifestação em 5 dias e, após, voltem-me conclusos os autos; para sentença se for o
caso.
I. Acolho a emenda à inicial, ficando a parte autora ciente da preclusão quanto à produção de prova documental diversa daquelas que
instruíram a petição inicial, nos termos do art. 434, NCPC (salvo em relação a "documento novo").
II. Cite-se a CAIXA ECONÔMICA FEDERAL para apresentar eventual proposta de acordo para pôr fim à demanda ou, então, para
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO Data de Divulgação: 29/03/2019 1068/1770
contestar o feito em 30 (trinta) dias, advertindo-a de que sua revelia implicará presunção de veracidade dos fatos alegados no pedido inicial,
conforme art. 344 do NCPC. No mesmo prazo, deverá trazer aos autos documentos que entender necessários ao deslinde da questão, nos
termos do art. 11 da Lei nº 10.259/01, sob pena de se presumirem corretos os valores eventualmente indicados pelo autor, aplicando-se por
analogia o disposto no art. 524, § 5.º, NCPC.
III. Considerando as dificuldades fáticas e financeiras da parte autora, e tendo em vista a maior facilidade dos réus em obter a prova, atribuo à
parte ré o ônus de apresentar nos autos todos os documentos referentes à fraude alegada na inicial, envolvendo a agência de Aragarças/GO,
nos termos do art. 6º, inciso VIII, do CDC, sob pena de serem reputados verdadeiros os fatos alegados na inicial.
IV. Com a contestação, diga a parte autora em réplica, no prazo de 5 dias; por fim, venham-me conclusos os autos; para sentença ou para
saneamento, conforme o caso.
I. Acolho a emenda à inicial, ficando a parte autora ciente da preclusão quanto à produção de prova documental diversa daquelas que
instruíram a petição inicial, nos termos do art. 434, NCPC (salvo em relação a "documento novo").
III. A parte autora requer antecipação de tutela alegando preencher os requisitos legais que autorizam o deferimento do seu pleito initio litis.
A antecipação dos efeitos da tutela é medida de caráter excepcional, só sendo admitida quando cabalmente presentes os requisitos legais de
modo a justificar, à luz da Constituição, a sobreposição da efetividade da jurisdição sobre o contraditório e a própria segurança jurídica.
Nenhum dos requisitos restou demonstrado nos autos. O cumprimento do requisito para deferimento da tutela de evidência a que alude o art.
311 do NCPC só será possível após a materialização do contraditório, quando o réu poderá apresentar dados e maiores elementos que
permitam aumentar o panorama processual e permitir uma análise mais segura dos fundamentos e fatos trazidos na demanda. A urgência
indispensável ao deferimento do pleito initio litis a que alude o art. 300 do NCPC igualmente se apresenta bastante frágil na medida em que,
tramitando pelo procedimento especial do JEF, haverá a concentração dos atos indispensáveis ao julgamento final do pedido com a celeridade
própria do procedimento adotado, não se justificando qualquer tutela inaudita altera parte, diferindo-se o contraditório.
IV. Adotando o procedimento especial do JEF, primando pela informalidade, celeridade, simplicidade e oralidade, designo audiência de
conciliação, instrução e julgamento para o dia 05 de junho de 2019, quarta-feira, às 15:30h, nas dependências do prédio da Justiça Federal, na
Avenida Rodrigues Alves, 365, Vila Sá, nesta cidade.
V. Intime-se a parte autora acerca da data acima designada, devendo arrolar/substituir suas testemunhas com antecedência de no mínimo 5
dias da data da audiência, ficando ciente de que o não cumprimento desta determinação acarretará o indeferimento de suas oitivas, mesmo
que presentes ao ato, e que tais testemunhas deverão comparecer à audiência independentemente de intimação (art. 34, Lei nº 9.099/95).
Frise-se que o não comparecimento da parte autora à audiência poderá acarretar a extinção do processo sem resolução do mérito, nos termos
do art. 51, inciso III, Lei nº 9.099/95.
VI. Cite-se e intime-se o INSS acerca: a) da data acima designada, facultando-se à autarquia apresentar eventual proposta de conciliação ou
contestação em audiência, devendo apresentar até a data da audiência cópia do procedimento administrativo que culminou com o
indeferimento do pedido, bem como eventuais documentos pertinentes à lide (art. 11, da Lei nº 10.259/2001 e art. 396, NCPC); b) de que deve
arrolar/substituir suas testemunhas com antecedência de no mínimo 5 dias da data da audiência, ficando ciente de que o não cumprimento
desta determinação acarretará o indeferimento de suas oitivas, mesmo que presentes ao ato, e que as testemunhas deverão comparecer
independentemente de intimação.
I. Acolho a emenda à inicial, ficando a parte autora ciente da preclusão quanto à produção de prova documental diversa daquelas que
instruíram a petição inicial, nos termos do art. 434, NCPC (salvo em relação a "documento novo").
II. Defiro o pedido de prioridade na tramitação processual, nos termos do artigo 1.048, I do Novo Código de Processo Civil. Anote-se.
III. Adotando o procedimento especial do JEF, primando pela informalidade, celeridade, simplicidade e oralidade, designo audiência de
conciliação para o dia 12 de junho de 2019, quarta-feira, às 14:30 horas, nas dependências do prédio da Justiça Federal, na Avenida Rodrigues
Alves, 365, Vila Sá, nesta cidade.
IV. Intime-se a parte autora acerca da data acima designada. Frise-se que o não comparecimento da parte autora à audiência poderá
acarretar a extinção do processo sem resolução do mérito, nos termos do art. 51, inciso III, Lei nº 9.099/95.
V. Cite-se e intime-se a CAIXA ECONÔMICA FEDERAL acerca: a) da data acima designada, facultando-se à requerida apresentar
eventual proposta de conciliação ou contestação em audiência, sob pena de revelia, advertindo-a de que sua revelia implicará presunção de
veracidade dos fatos alegados no pedido inicial, conforme art. 344 do NCPC; b) até o ato designado, deverá trazer aos autos documentos que
entender necessários ao deslinde da questão, nos termos do art. 11 da Lei nº 10.259/01, sob pena de se presumirem corretos os valores
eventualmente indicados pelo autor, aplicando-se por analogia o disposto no art. 524, § 5.º, NCPC.
Considerando as dificuldades fáticas e financeiras da parte autora, e tendo em vista a maior facilidade da ré em obter a prova, atribuo a parte
ré o ônus de apresentar nos autos todos os documentos relativos ao saque noticiado, nos termos do artigo 6º, inciso VIII, do Código de Defesa
do Consumidor, sob pena de considerar-se verdadeiros os fatos alegados na inicial.
I. Acolho a emenda à inicial, ficando a parte autora ciente da preclusão quanto à produção de prova documental diversa daquelas que
instruíram a petição inicial, nos termos do art. 434, NCPC (salvo em relação a "documento novo").
III. Indefiro o requerimento de expedição de ofício a Receita Federal para que informe as declarações de imposto de renda, ou que declare a
inatividade da empresa onde a requerente seria sócia minoritária, relativa aos anos de 2017 e 2018, pois a parte autora não comprovou que
tentou obter os documentos e que não logrou êxito, sendo seu o ônus de apresentar os documentos que comprovem os fatos alegados, afinal,
não ficou demonstrada a necessidade de intervenção judicial, o que corrobora a conclusão de que, sendo ônus da prova do autor, compete a
ele próprio obter os documentos necessários à demonstração dos fatos constitutivos do direito que são alegados como fundamentos de sua
pretensão.
IV. Cite-se a União Federal para apresentar eventual proposta de acordo para pôr fim à demanda ou, então, para contestar o feito em 30
(trinta) dias.
V. Com a contestação, diga a parte autora em réplica, no prazo de 5 dias; por fim, venham-me conclusos os autos; para sentença ou para
saneamento, conforme o caso.
Trata-se de ação proposta por SANTINO ROBERTO DE OLIVEIRA em face do BANCO SANTANDER S/A e da CAIXA
ECONÔMICA FEDERAL em que pleiteia a declaração de inexistência de relação jurídica com pedido de antecipação de tutela, c.c. pedido
de indenização por danos morais.
Alegou que, em 15/11/2018, o autor teve duas carteiras furtadas, nas quais estavam seus documentos, dinheiro e cartões do banco, bem como
as senhas, conforme consta do Boletim de Ocorrência de fls. 10/13 do evento 2. Informou que após o ocorrido, a parte autora notou que
haviam sido realizadas as seguintes movimentações em suas contas: a-) saque da importância de R$ 1.500,00, junto ao Banco Santander
(16/11/2018); b-) contrato de crédito no valor de R$ 12.095,80, Banco Santander (16/11/2018); c-) saque da importância de R$ 500,00, junto
ao Banco Santander (16/11/2018); d-) saque da importância de R$ 1.500,00, junto a Caixa Econômica Federal – CEF (16/11/2018); e-) saque
da importância de R$ 200,00, junto a Caixa Econômica Federal – CEF (27/11/2018).
Por isso, o autor requereu, em sede de tutela de urgência, a suspensão de descontos futuros na conta 033 3247 000010026540 junto ao Banco
Santander S.A., agência Piraju/SP, no valor contratual de R$ 12.095,80, bem como, a restituição dos valores já descontados nas datas de
28/12/2018 e 28/01/2018, respectivamente nos valores de R$ 731,59 e R$ 731,59, devidamente atualizados.
Também, requereu o reconhecimento da inexistência de relação jurídica com o Banco Santander S/A e com a CEF, bem como a devolução
em dobro das importâncias referentes a: a-) saque de R$ 1.500,00, junto ao Banco Santander; b-) saque de R$ 500,00, junto ao Banco
Santander; c-) saque de R$ 1.500,00, junto a Caixa Econômica Federal – CEF e d-) saque da importância de R$ 200,00, junto a Caixa
Econômica Federal – CEF. Pugnou também pela condenação das Requeridas no pagamento das verbas indenizatórias referentes a Danos
Morais.
Verifico que o objeto do presente processo é composto por pretensões contra duas pessoas distintas, relativas a relações jurídicas igualmente
autônomas, de modo que o litisconsórcio formado entre os réus mostra-se facultativo.
Diante da inexistência de litisconsórcio necessário (art. 114, CPC) ou unitário (art. 116, CPC), e tendo como guia os princípios da simplicidade,
economia processual e celeridade que regem os processos dos Juizados Especiais (art. 3º, Lei 9.099/95), procedo à cisão das demandas nos
termos que a seguir passo a expor.
Assim, determino a cisão do processo, com a remessa dos autos à Justiça Estadual para que lá sejam processados e julgados os pedidos
formulados pelo autor referentes ao BANCO SANTANDER S/A. Cumpra-se.
Aqui na Justiça Federal terá o feito seguimento apenas em relação à CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, em face da qual não
constou pedido expresso de tutela antecipada.
E quanto ao processamento do pedido em face dessa ré, determino que intime-se a parte autora para que no prazo de 15 (quinze)
dias (art. 321, NCPC), promova emenda à petição inicial, nos seguintes termos:
a) apresentando comprovante de residência contemporâneo à data da propositura da ação, em nome da própria parte e constando seu
endereço preciso. Admite-se também como prova de endereço a apresentação de documento que demonstre a existência de vínculo entre a
autora e a pessoa em cujo nome está o comprovante de endereço apresentado sendo que, tratando-se de imóvel alugado, deverá a autora,
além do contrato de aluguel, apresentar documentos pessoais do proprietário do imóvel. Havendo discrepância entre o endereço indicado na
petição inicial e aquele constante do instrumento de mandato ou comprovante de endereço, deverá a parte autora explicar os motivos. Tal
emenda faz-se necessária porque a verificação da competência deste juízo federal depende de tal análise (art. 51, inciso III, Lei nº 9.099/95);
b) apresentando “termo de renúncia expressa aos valores excedentes a 60 (sessenta) salários mínimos na data da propositura da ação”,
assinado pela própria parte ou por seu advogado (desde que possua poderes expressos e especiais para renunciar, nos termos do art. 105
NCPC), já que não se admite a renúncia tácita para fins de fixação de competência (Enunciado nº 16 do II Encontro dos JEF da 4ª Região) e
porque a fixação da competência absoluta dos Juizados Especiais Federais leva em conta o critério de alçada (art. 3º, Lei nº 10.259/01);
Intime-se e, cumpridas as determinações supra, voltem-me conclusos os autos; se o caso, para sentença de indeferimento da inicial (art. 321,
parágrafo único, NCPC).
II. Cite-se o INSS para apresentar eventual proposta de acordo para pôr fim à demanda (sendo que, nesta hipótese, deverá indicar
precisamente, e de forma nominal, o valor dos atrasados, em reais, a serem pagos, bem como eventual alteração da RMI) ou, então, para
contestar o feito em 30 (trinta) dias. No mesmo prazo, deverá trazer outros documentos que entender necessários ao deslinde da questão,
nos termos do art. 11 da Lei nº 10.259/01.
III. Com a contestação, intime-se a parte autora para manifestação em 5 dias e, após, voltem-me conclusos os autos; para sentença se for o
caso.
TERMOS REGISTRADOS PELOS JUÍZES DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CÍVEL S.JOSÉ DO RIO PRETO
EXPEDIENTE Nº 2019/6324000168
ATO ORDINATÓRIO - 29
APLICA-SE AOS PROCESSOS ABAIXO O SEGUINTE DISPOSITIVO:
Nos termos da Portaria nº 01/2012, INTIMA o requerente/AUTOR do feito acima identificado para que traga aos autos cópia do
comprovante de residência ATUALIZADO, datado dos últimos 180 (cento e oitenta) dias, no qual conste o seu nome,
acompanhado de cópia de Certidão de Casamento, caso esteja em nome do cônjuge, OU SE EM NOME DE TERCEIRA
PESSOA, acompanhado de Declaração de Domicílio assinada pelo titular do comprovante de residência, nos termos do Anexo
IV do Manual de Padronização dos Juizados Especiais Federais da 3ª Região, datada e assinada, para instruir seu pedido. Prazo
IMPRORROGÁVEL de 15 (quinze) dias.
0001336-93.2019.4.03.6324 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6324004133
AUTOR: ULISSES LUIZ DE CARVALHO (SP122190 - TEREZINHA BORGES DE SOUZA)
0004601-40.2018.4.03.6324 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6324004315ANTONIO ROBERTO DOS SANTOS
(SP167418 - JAMES MARLOS CAMPANHA, SP239690 - GUSTAVO MILANI BOMBARDA, SP225126 - STELA MARIS
BALDISSERA, SP376054 - GEOVANI PONTES CAMPANHA, SP312451 - VIVIAN SIQUEIRA AYOUB)
0004635-15.2018.4.03.6324 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6324004327MARIA APARECIDA CARDOSO
PEREIRA (SP372280 - MILENA VERONICA DE ALMEIDA , SP247218 - LUIZ FERNANDO CORVETA VOLPE, SP366135 -
MARIA SILVIA AMARAL SANTANA)
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID) (SP206234 - EVERALDO ROBERTO SAVARO
JUNIOR, SP227377 - TITO LIVIO QUINTELA CANILLE)
0004646-44.2018.4.03.6324 - 1ª VARA GABINETE - ATO ORDINATÓRIO Nr. 2019/6324004326
AUTOR: APARECIDA VIEIRA GONCALVES (SP237582 - KAREM DIAS DELBEM ANANIAS, SP226598 - KERLI CRISTINA
SOARES DA SILVA, SP104676 - JOSE LUIS DELBEM)
A SENHORA DIRETORA DE SECRETARIA DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CÍVEL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO
JOSÉ DO RIO PRETONos termos da Portaria n. 001/2012 deste Juizado, publicada no D.O.E. em 13 de dezembro de 2012, INTIMA A
UNIÃO FEDERAL, acerca do pedido do advogado da parte autora (exclusão dos honorários contatuais da penhora efetivada).PRAZO: 15
DIAS.
A SENHORA DIRETORA DE SECRETARIA DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CÍVEL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO
JOSÉ DO RIO PRETONos termos da Portaria n. 001/2012 deste Juizado, publicada no D.O.E. em 13 de dezembro de 2012, considerando o
trânsito em julgado do acórdão, INTIMA A CEF ao cumprimento da obrigação, no prazo de 15 dias.
Nos termos da Portaria n. 001/2012 deste Juizado, publicada no D.O.E. em 13 de dezembro de 2012, fica a parte autora INTIMADA do
cumprimento do ofício de cumprimento – implantação/cessação/revisão do benefício.