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O silício e a resistência das plantas ao ataque de fungos patogênicos (26/09/2005)

Oscar Fontão de Lima Filho

Os benefícios da adição ao solo de cinzas vegetais e esterco de animais para aumentar a


produtividade é de conhecimento dos agricultores há milênios. Esses e uma infinidade
de outros produtos processados pelo homem, na forma de fertilizantes e corretivos da
acidez do solo, são fontes de elementos minerais considerados essenciais para as plantas
crescerem e completarem o ciclo de vida, desempenhando inúmeras funções vitais
dentro do metabolismo vegetal.

A falta ou excesso de um ou mais destes minerais influencia não só o crescimento e a


produtividade, mas também pode afetar a resistência ou a tolerância da planta a doenças
e pragas. A resistência é determinada basicamente pela habilidade do hospedeiro em
limitar a penetração, desenvolvimento e/ou reprodução do agente invasor.

Por outro lado, a tolerância é caracterizada pela habilidade da planta em manter o seu
crescimento de modo satisfatório, apesar da infecção oudo ataque da praga. Mesmo
sendo geneticamente controladas, a resistência e a tolerância são bastante influenciadas
por fatores ambientais. Dentre estes, destacamos a nutrição mineral da planta, cuja
fertilidade do solo pode ser manipulada por meio da adubação e correção da acidez.

A ciência já demonstrou o envolvimento do silício em vários aspectos si estruturais,


fisiológicos e bioquímicos da vida das plantas, com papéis bastante diversos. O silício
tem um papel importante nas relações planta-ambiente, pois pode dar à cultura melhores
condições para suportar adversidades climáticas, edáficas e biológicas, tendo como
resultado final um aumento e maior qualidade na produção.

Estresses causados por temperaturas extremas, veranicos, metais pesados ou tóxicos,


por exemplo, podem ter seus efeitos reduzidos com o uso do silício. Um dos efeitos
benéficos que se sobressaem é o seu papel em reduzir a susceptibilidade das plantas a
doenças causadas por fungos.

A resistência das plantas às doenças pode ser aumentada por meio da formação de
barreiras mecânicas e/ou pela alteração das respostas químicas da planta ao ataque do
parasita, aumentando a síntese de toxinas que podem agir como substâncias inibidoras
ou repelentes. Barreiras mecânicas incluem mudanças na anatomia, como células
epidérmicas mais grossas e um grau maior de lignificação e/ou silicificação (acúmulo de
silício).

A sílica amorfa ou “ opala” localizada na parede celular tem efeito marcante sobre as
propriedades físicas desta. Ao acumular-se nas células da camada epidérmica o silício
pode ser uma barreira física estável na penetração de alguns tipos de fungos,
principalmente em gramíneas. Neste aspecto, o papel do silício incorporado à parede
celular é semelhante ao da lignina, que é um componente estrutural resistente à
compressão.

Além da barreira física, devido à acumulação na epiderme das folhas, o silício ativa
genes envolvidos na produção de compostos secundários do metabolismo, como os
polifenóis, e enzimas relacionadas com os mecanismos de defesa das plantas. Deste
modo, o aumento de silício nos tecidos vegetais faz com que a resistência da planta ao
ataque do fungo patogênico aumente, devido à produção suplementar de toxinas que
podem agir como substâncias inibidoras do patógeno.

Alguns exemplos de doenças que encontram resistência do hospedeiro coma


suplementação de silício incluem bruzone e mancha parda em arroz, cancro-da-haste em
soja, oídio em trigo, soja, cevada, pepineiro e tomateiro, rizoctoniose em arroz e sorgo,
cercosporiose em cafeeiro, dentre outras.

A tecnologia baseada no uso do silício é limpa e sustentável, comenorme potencial para


diminuir o uso de agroquímicos e aumentar a produtividade através de uma nutrição
mais equilibrada e fisiologicamente mais eficiente, o que significa plantas mais
produtivas, com menos doenças e mais vigorosas.

- * Oscar Fontão de Lima Filho é pesquisador da Embrapa

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