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Por outro lado, a tolerância é caracterizada pela habilidade da planta em manter o seu
crescimento de modo satisfatório, apesar da infecção oudo ataque da praga. Mesmo
sendo geneticamente controladas, a resistência e a tolerância são bastante influenciadas
por fatores ambientais. Dentre estes, destacamos a nutrição mineral da planta, cuja
fertilidade do solo pode ser manipulada por meio da adubação e correção da acidez.
A resistência das plantas às doenças pode ser aumentada por meio da formação de
barreiras mecânicas e/ou pela alteração das respostas químicas da planta ao ataque do
parasita, aumentando a síntese de toxinas que podem agir como substâncias inibidoras
ou repelentes. Barreiras mecânicas incluem mudanças na anatomia, como células
epidérmicas mais grossas e um grau maior de lignificação e/ou silicificação (acúmulo de
silício).
A sílica amorfa ou “ opala” localizada na parede celular tem efeito marcante sobre as
propriedades físicas desta. Ao acumular-se nas células da camada epidérmica o silício
pode ser uma barreira física estável na penetração de alguns tipos de fungos,
principalmente em gramíneas. Neste aspecto, o papel do silício incorporado à parede
celular é semelhante ao da lignina, que é um componente estrutural resistente à
compressão.
Além da barreira física, devido à acumulação na epiderme das folhas, o silício ativa
genes envolvidos na produção de compostos secundários do metabolismo, como os
polifenóis, e enzimas relacionadas com os mecanismos de defesa das plantas. Deste
modo, o aumento de silício nos tecidos vegetais faz com que a resistência da planta ao
ataque do fungo patogênico aumente, devido à produção suplementar de toxinas que
podem agir como substâncias inibidoras do patógeno.