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O Filo Platyhelminthes (platy = chato; helmintos = verme), ou simplesmente filo

dos platelmintos, reúne os animais invertebrados com corpo achatado


dorsoventralmente, triblásticos, acelomados apresentando simetria bilateral.
Também conhecidos como vermos achatados, podem ter vida livre (em
ambientes aquáticos ou terrestres), representados pelas planárias ou ser
parasitas de outros animais, inclusive o homem.

Espécie de vida livre → Dugesia tigrina.


Espécies parasitárias → Schistosoma mansoni (que causa a esquistossomose /
barriga-d’água) e a Taenia solium (que causa a teníase e a cisticercose).

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS FISIOLÓGICAS

- Sistema Digestivo: incompleto com digestão intra e extracelular (intestino


muito ramificado);
- Sistema Circulatório: ausente, sendo o alimento distribuído pelo intestino
ramificado a todas as células do corpo;
- Sistema Respiratório: ausente (as trocas gasosas ocorrem diretamente entre
as células e o ambiente);
- Sistema Excretor: presente, existindo uma rede de protonefrídeos com
células-flama ou solenócitos, comunicantes através de poros excretores na
superfície dorsal do corpo, eliminando os rejeitos;
- Sistema Nervoso: presente (um par de glândulas vegetais ligados a dois
cordões nervosos longitudinais);
- Sistema Sensorial: presente (órgão especializado na captação de estímulos
luminosos, mecânicos e químicos, denominado ocelos);
- Sistema Reprodutor: certas planárias têm reprodução assexuada por
fragmentação. Algumas espécies são monóicas, com desenvolvimento direto,
sem estágio larval; e outras são dióicas, com diversos platelmintos parasitas
possuindo estágios larvais.

OS PLATELMINTOS SÃO AGRUPADOS EM TRÊS CLASSES:

Classe Turbellaria (turbelários / planárias): composta por organismos de vida


livre são hermafroditas, cuja autofecundação normalmente é rara. Durante a
cópula os animais pareiam seus poros genitais e trocam células espermáticas
que irão fecundar cada óvulo, formando vários zigotos. Uma cápsula é então
sintetizada ao redor de cada zigoto, conferindo-lhes proteção, para que desse
momento em diante possam ser depositados junto ao substrato onde habitam.

Classe Trematoda (trematódeos / Schistossoma): podem ser tanto


endoparasitas como ectoparasitas, com ventosas circundando a boca e outra na
região ventral, utilizadas na fixação do parasita ao hospedeiro.

Existem espécies hermafroditas (Fasciola hepatica, parasitas do fígado de


carneiro e também humano) e espécies de sexos separados (Schistosoma
mansoni, parasitas de vasos intestinais e veias do fígado humano).

Classe Cestoda (cestóides): são parasitas intestinais de animais vertebrados,


representados principalmente pelas tênias.
Características dos platelmintos
Estrutura
Os platelmintos são animais dotados de órgãos definidos. Possuem o mesoderma, uma
terceira camada de tecidos localizada entre a epiderme e o revestimento interno do
intestino.

O mesoderma dá origem aos órgãos e sistemas diferenciados, como os músculos, o


sistema reprodutor e o sistema excretor.

Na região anterior, correspondente à cabeça, encontram-se estruturas sensoriais.

Digestão
Possuem cavidade digestiva dotada de apenas uma abertura – a boca, que serve tanto
para a entrada de alimento como para a eliminação de materiais não digeridos. Trata-
se de um sistema digestivo incompleto.

Reprodução
Entre os platelmintos, encontram-se padrões de reprodução assexuada e sexuada.
Além dos platelmintos, estes tipos de vermes, estão distribuídos ainda entre
os anelídeos e os nematelmintos.
VEJA TAMBÉM: Características Gerais dos Platelmintos

Classificação dos platelmintos


 Turbellaria – planárias
 Trematoda – esquistossomos
 Cestoda – tênia
Planárias

São animais de vida livre. Há espécies aquáticas, com poucos centímetros de


comprimento e outros maiores, de meio terrestre úmido.

A Geoplana é uma planária que alcança 20 centímetros de comprimento, vive sob as


folhas e pedaços de madeira, sendo muitas vezes confundida com uma grande lesma.
A reprodução das plenárias é assexuada. Tornando-se bastante grandes, algumas
plenárias fixam a extremidade anterior a um substrato e sofrem um estrangulamento na
região média do corpo. Com isso, ela divide-se em duas partes e cada uma gera um
novo indivíduo.

A planária, ao se alimentar, distende sua faringe sobre o alimento e inicia a ingestão.


Transcorrida a digestão, os nutrientes são distribuídos pelo corpo por meio de intestino
ramificado.

Esquistossomos

Parasita causador da esquistossomose ou (barriga d’água) é o Schistosoma mansoni.


É dióico e apresenta nítido dimorfismo sexual.

O macho possui um canal - o canal ginecóforo, onde a fêmea, mais longa e delgada,
permanece alojada. O hospedeiro intermediário é o caramujo, um molusco do
gênero Biomphalaria. Os caramujos vivem em águas de lagoas e de córregos com
pouca correnteza.

O contato das pessoas com águas contaminadas torna a infecção quase obrigatória. O
local da penetração é na pele, podendo apresentar vermelhidão e prurido.

A fase aguda da doença pode evoluir de forma grave, com mau funcionamento do
fígado, estado de coma e morte.

Acredita-se que o parasita causador da esquistossomose, originário da África, tenha


chegado à América com os escravos. Apenas nesses dois continentes, e em pequena
região da Ásia, a doença é encontrada.

Tênia
Parasita do tubo digestivo, conhecida por solitária, uma vez que cada pessoa é
parasitada por apenas um exemplar da tênia. Pode chegar a 15 m de comprimento.

As tênias Não possuem sistema digestivo. Absorvem os nutrientes, previamente


digeridos pelo hospedeiro, através da superfície do corpo. Têm ação espoliativa e
podem causar deficiência nutricional.

A pessoa parasitada elimina, com as fezes, proglotes grávidas. Essas se rompem no


meio externo, liberando ovos. Em condições favoráveis esses ovos mantêm sua
viabilidade por vários meses.

O hospedeiro intermediário da taenia suginata é o boi; da taenia solium é o porco. A


contaminação se dá através da carne crua ou malpassada. No Brasil, a taenia solium é
a responsável pela maioria dos casos de teníase.
Os Platyhelminthes são animais bilateralmente simétricos, em cuja anatomia o lado esquerdo e
direito se espelham como imagens invertidas um do outro. Esta simetria implica que apresentem
face inferior e superior distintas e que no seu corpo é possível destrinçar as extremidades anterior
(cabeça) e posterior (cauda). Medindo desde alguns milímetros até metros de comprimento, para
além das características anatómicas básicas atrás apontadas, o corpo é mole e não segmentado.[4]
Como os restantes animais com simetria bilateral (os Bilateria ou bilaterianos), os Platyhelminthes
apresentam três camadas principais de células,
denominadas endoderme, mesoderme e ectoderme,[5] o que os distingue dos animais radialmente
simétricos, os cnidários e os ctenóforos, que apresentam apenas duas camadas celulares.[6] Essa
estrutura triblástica traduz-se na presença de uma epiderme uniestratificada, abaixo da qual existem
duas camadas musculares, sendo a primeira composta por músculos circulares e a segunda por
músculos longitudinais. A esse conjunto dá-se o nome de tubo músculo-dermático, ao qual cabem
funções de protecção, locomoção (suportando as restantes estruturas anatómicas).
Para além das características anatómicas e citológicas atrás apontadas, os Platyhelminthes são
"definidos mais por aquilo que não apresentam do que por qualquer conjunto particular de
especializações".[7] Entre as características em falta, os Platyhelminthes, ao contrário dos restantes
bilaterianos, não apresentam cavidade corporal interna, sendo por isso descritos como acelomados.
Também não apresentam sistema circulatório ou sistema respiratório com órgãos especializados,
ausências que são consideradas aspectos definidores para a classificação anatómica deste grupo
de organismos.[5][8]
Nos platelmintos de vida livre, a epiderme apresenta cílios, utilizados na locomoção. Nas
espécies parasitas, existe uma cutícula que envolve o tubo músculo-dermático, conferindo-lhe
resistência à acção dos sucos digestivos.
Em resultado de serem organismos acelomados, para além da ausência de sistemas respiratório e
circulatório especializados, não formam um sistema digestivo completo, apresentando uma única
abertura, a boca, por onde ingerem alimentos e eliminam as fezes, não apresentando ânus. Outra
consequência, especialmente devida à falta de sistema circulatório especializado, é a forma
achatada, necessária para que as células fiquem próximas ao meio externo (para respirar) e
próximas ao intestino (para obter nutrientes).
Alguns nem tubo digestivo têm, por estarem adaptados à vida parasitária, absorvendo, através
da pele o alimento previamente digerido pelo organismo hospedeiro.[9]
A comparação das características anatómicas dos Platyhelminthes com os Bilateria e Cnidaria e
Ctenophora pode ser resumida da seguinte forma:
Bilateria m
Cnidaria e Ctenop Platyhelminthe ais
hora[6] s[5][8] "avançado
s"[10]

Simetria bilateral Não Sim

Duas, com uma


Número de camadas celulares camada gelatinosa Três
entre elas

Cérebro individualizado Não Sim

Sistema digestivo especializado Não Sim

Sistema excretório especializado Não Sim

Cavidade corporal com órgãos internos Não Sim

Órgãos circulatórios e respiratórios espe


Não Sim
cializados

Características comuns a todos os subgrupos[editar | editar código-fonte]


A falta de órgãos circulatórios e respiratórios específicos limita os platelmintas a tamanhos e formas
que permitam ao oxigénio alcançar e ao dióxido de carbono deixar todas as partes dos seus corpos
através de simples difusão. Por isso, muitos apresentam tamanhos microscópicos e as espécies de
maiores dimensões apresentam corpos com formas planas semelhantes a fitas ou folhas. O sistema
digestivo das espécies de maiores dimensões apresentam muitas ramificações, permitindo que os
nutrientes possam atingir todas as partes do corpo por simples difusão.[7]
Esquema da cabeça de um céstode (Taenia). O escólex é a pequena protuberância com ganchos, à esquerda.

A respiração através de toda a superfície do corpo torna estes animais vulneráveis à perda de
fluidos o que os restringe a ambientes onde a desidratação seja improvável, nomeadamente o mar,
as massas de água doce e os habitats terrestres húmidos (tais como sob a manta morta ou entre os
grãos de solo) e como parasitas dentro de outros animais.[5]
O espaço entre a pele e a parede do intestino é preenchido com mesênquima, um tecido
conjuntivo constituído por células reforçadas por fibras de colagénio que actuam como um tipo
de esqueleto, proporcionando pontos de fixação para os músculos. O mesênquima contém todos os
órgãos internos e permite a passagem de oxigénio, nutrientes e produtos excretórios. O tecido é
composto por dois tipos principais de células: (1) células fixas, algumas das quais
com vacúolos cheios de líquido; e (2) células estaminais, que se podem transformar em qualquer
outro tipo de célula, utilizados na regeneração de tecidos após lesão ou para reprodução
assexuada.[5]
A maioria dos platelmintas não têm ânus e regurgitam o material não digerido pela boca. No
entanto, algumas espécies de corpo alongado têm um ânus e algumas espécies com intestino
complexo ramificado podem ter mais de um ânus, uma vez que a excreção apenas através da boca
seria difícil.[8] O intestino é revestido com uma camada única de células derivadas
da endoderme que absorvem e digerem os alimentos. Algumas espécies iniciam o processo
digestivo pela quebra e suavização do alimento através da secreção de enzimas para o intestino ou
da faringe.[5]
Todos os animais necessitam para manter a concentração de substâncias dissolvidas nos fluidos
corporais a um nível relativamente constante. Os parasitas internos e os animais marinhos de vida
livre vivem em ambientes com altas concentrações de materiais dissolvidos e geralmente deixam
seus tecidos manter um nível de concentração semelhante ao do ambiente, enquanto os animais de
água doce precisam de impedir que seus fluidos corporais se tornem demasiado diluídos. Apesar
desta diferença, resultado das especificidades ambientais, a maioria dos platelmintas usa o mesmo
sistema para controlar a concentração dos seus fluidos corporais: células especializadas,
designadas por células-chama (ou células-flama), assim chamadas porque quando visto ao
microscópio o batimento dos seus flagelos se parece com a chama bruxuleante de uma vela,
extraem do mesênquima a água que contém resíduos e algum material reutilizável, conduzindo o
fluido retirado através de redes de células tubulares revestidas por flagelos e microvilosidades. Os
flagelos das células do tubo conduzem a água para saídas chamados nefridióporos, enquanto
as microvilosidades reabsorvem materiais reutilizáveis e água, tanta quanto necessário para manter
os fluidos do corpo na concentração correcta. Estes agrupamentos de células-chama e células
tubulares são chamados protonefrídeos.[5][10]
Em todos os platelmintas, o sistema nervoso está concentrada na extremidade da cabeça. Estas
concentração é menos marcada nos Acoelomorpha, que apresentam redes nervosas semelhantes
às dos cnidários e ctenóforos, embora mais densas em torno da cabeça. Outros platelmintas têm
anéis de gânglios na cabeça e troncos nervosos principais que funcionam ao longo dos seus
corpos.[5][8]
Sistema digestivo[editar | editar código-fonte]
Possui apenas uma abertura em todo o sistema, portanto é incompleto. Constitui-se
por boca, faringe e intestino ramificado que termina em fundo cego. Os cestóides (endoparasitas,
como a ténia) não possuem sistema digestivo. A digestão é extra e intracelular.[9]
Sistema nervoso[editar | editar código-fonte]
Apresentam sistema nervoso central formado por um anel nervoso ligado a cordões longitudinais ou
por um par de gânglios cerebroides dos quais partem filetes nervosos laterais que percorrem todo o
corpo, emitindo ramificações. Isso permite uma melhor coordenação do sistema muscular, bem
desenvolvido, o que disciplina os movimentos do animal e lhe dá mais orientação.[9]
Sistema excretor[editar | editar código-fonte]
A excreção é feita através dos protonefrídeos que
incluem células terminais multiciliadas denominadas de células-flama (ou solenócitos). Estruturas
típicas dos platelmintes, as células-flama eliminam os excreta para dentro de ductos
anastomosados, e por vezes ciliados, que se abrem para o exterior por um ou mais poros.[9]
São amoniotélicos, pois excretam amónia e não ureia como os mamíferos.[9]
Sistemas respiratório e circulatório[editar | editar código-fonte]
Os platelmintos não possuem sistemas ou órgãos especializados em trocas gasosas ou respiração
nem destinados à distribuição de nutrientes pelo corpo. O oxigénio e o dióxido de carbono são
transferidos através da pele e dos tecidos por difusão molecular.[9] Os nutrientes são absorvidos
directamente pelos tecidos a partir do tracto digestivo ou da pele (no caso dos endoparasitas).
Sistema reprodutor[editar | editar código-fonte]
Geralmente são hermafroditas, podendo ou não praticar a autofecundação, sendo que alguns se
reproduzem por partenogénese.[9]
Nos turbelários e trematódeos monogenéticos o desenvolvimento é direto. Já nos digenéticos e
cestoides é indireto. Os platelmintes de menor porte podem-se dividir por fissão(também chamada
de bipartição). As planárias reproduzem-se por reprodução assexuada através de um processo de
fissão longitudinal em que cada metade regenera e forma uma nova planária.
Os platelmintos também podem realizar reprodução sexuada, sendo disso exemplo as planárias,
que se unem e trocam sémen, reproduzindo-se por fecundação cruzada.[9]

Taxonomia[editar | editar código-fonte]


As antigas classificações, actualmente consideradas parafiléticas e obsoletas do ponto de
vista taxonómico, dividiam os Platyhelminthes em quatro grupos, considerados como
sendo classes:[11]

 Turbellaria (turbelários) — platelmintas de vida livre, com epitélio ciliado, ocelos e aurículas
(estruturas quimiorreceptoras utilizadas para localizar alimentos e detectar predadores).
Exemplo: planária (Digesia tigrina);
 Trematoda (tremátodes ou trematódios) — vermes parasitas com epiderme não-ciliada e uma
ou mais ventosas. Exemplo: Schistosoma mansoni;
 Cestoda (céstodes) — formas parasitas com corpo dividido em anéis ou proglotes.
Exemplo: Taenia solium;
 Monogenea (monogéneos) — ectoparasitas de vertebrados aquáticos, especialmente peixes.
Esta classificação foi há muito reconhecida como artificial[12] e em 1985 foi proposto um novo
sistema de classificação, filogenicamente mais correcto, no qual o grupo Turbellaria, que era em
larga escala polifilético, foi dividido numa dúzia de ordens e os grupos Trematoda, Monogenea e
Cestoda foram agrupados na nova ordem Neodermata.
Apesar disso, e sem prejuízo da nova classificação (apresentada abaixo) ter obtido amplo consenso
entre os taxonomistas e geneticistas, a classificação tradicional continua a ser rotineiramente
utilizada em alguns campos do saber, especialmente nas ciências biomédicas e na parasitologia,
excepto em artigos científicos.[5]

Classificação actual e filogenia[editar | editar código-fonte]


Ver também: Lista de ordens de animais bilaterais

Os fósseis mais antigos de vermes-planos parasíticos que até agora foram identificados com
confiança são ovos de um céstode encontrados num coprólito de um tubarão datado do Pérmico,
mas ganchos de helmintas encontrados presos a acantódios e placodermes datados
do Devoniano podem provir de platelmintas parasíticos com ciclos de
vida simples.[13] O espécime mais antigo de platelminta de vida livre que se conhece é um fóssil
preservado em âmbar báltico datado do Eoceno e colocado no género
monotípico Micropalaeosoma como Micropalaeosoma balticus.[14] Os mais antigos espécimes de
subfóssil conhecidos são ovos de Schistosoma encontrados em antigas múmias egípcias.[4]
Os Platyhelminthes apresentam um número diminuto de sinapomorfias, no caso entendidas como
as características morfológicas partilhadas por todos os membros do agrupamento e que nenhum
outro animal, que não seja membro dos Platyhelminthes, tenha. Esta pobreza de características
distintivas torna difícil determinar tanto as relações filogenéticas com os outros grupos de animais
como as relações entre os diferentes grupos que são considerados, na actual circunscrição
taxonómica, membros dos Platyhelminthes.[15]
A visão taxonómica "tradicional", dominante antes da década de 1990, considerava os
Platyhelminthes como o grupo irmão de todos os restantes animais com simetria bilateral, grupo
que inclui, por exemplo, artrópodes, moluscos, anelídeos e cordados. Desde então, os progressos
conseguidos no campo da filogenia molecular, campo de estudo que visa determinar as "árvores
genealógicas" evolucionárias pela comparação das características bioquímicas de diferentes
organismos, recorrendo a compostos como o DNA, o RNA e as proteínas, mudaram radicalmente
essa visão e permitiram conhecer toda uma nova teia de relações evolucionárias entre espécies
animais.[16]
Análises morfológicas detalhadas das características anatómicas realizadas na década de 1980 e
as análises de filogenia molecular realizadas a partir do ano 2000 usando diferentes áreas
do genoma (segmentos de DNA) convergem no sentido de considerar os Acoelomorpha,
agrupamento que integra os Acoela (tradicionalmente considerados como turbelários muito
simples[8]) e os Nemertodermatida (outro pequeno grupo anteriormente classificado entre os
Turbellaria[17]) são o clado irmão de todos os outros animais com simetria bilateral, incluindo os
restantes Platyhelminthes.[16][18] Contudo, um estudo publicado em 2007 concluiu que Acoela e
Nemertodermatida são dois grupos distintos de Bilateria, apesar de concordar que ambos estão
filogeneticamente mais próximos dos cnidários (medusas, etc.) do que os outros bilaterianos.[19]
Xenoturbella, um género de animais com simetria bilateral cujo único órgão bem definido é
um estatocisto, foi originariamente classificado como um "turbelário primitivo",[20] mas foi
recentemente reclassificado como um animal deuterostómico.[21][22]
Na sua actual circunscrição taxonómica, os Platyhelminthes (excluindo os Acoelomorpha) contêm
dois grupos principais, Catenulida e Rhabditophora, ambos geralmente considerados
como monofiléticos (cada um contém todos e apenas os descendentes de um ancestral que é
membro do mesmo grupo).[18][23] As análises iniciais de filogenia molecular realizadas nos Catenulida
e Rhabditophora deixaram incertezas sobre a possibilidade de combinar ambos os grupos num
único grupo monofilético, mas um estudo realizado em 2008 concluiu por essa possibilidade,
podendo por isso o agrupamento Platyhelminthes ser redefinido como os Catenulida mais os
Rhabditophora, excluindo os Acoelomorpha.[18]
Os resultados de outras análises de filogenia molecular reforçam a visão de que o agrupamento
Platyhelminthes redefinido, isto é sem os Acoelomorpha, está filogeneticamente mais estreitamente
aparentado com os Gastrotricha e que ambos são parte do agrupamento conhecido por Platyzoa.
Por sua vez, os Platyzoa são geralmente reconhecidos como estando, pelo menos, estreitamente
relacionados com os Lophotrochozoa, um superfilo que inclui os moluscos e os vermes anelídeos. A
visão maioritária aceita que os Platyzoa são parte dos Lophotrochozoa, mas um minoria significativa
dos especialistas considera os Platyzoa como um clado irmão do grupo Lophotrochozoa.[16][24]
Desde 1985 que se estabeleceu como consensual que um dos grupos totalmente parasíticos de
Platyhelminthes (Cestoda, Monogenea e Trematoda) é monofilético e que conjuntamente estes
agrupamentos formam um grupo monofilético alargado, denominado Neodermata, no qual os
adultos de todos os membros apresentam neoderme, um tipo especial de derme
sincícial.[25] Contudo, não existe consenso sobre a possibilidade de combinar os Cestoda e
os Monogenea num grupo monofilético intermédio, os Cercomeromorpha, dentro dos
Neodermata.[25][26] Também é geralmente considerado consensual que os Neodermata são um
subgrupo, situado alguns níveis abaixo na "árvore genealógica", dos Rhabditophora.[18] Em
consequência, o tradicional sub-filo "Turbellaria" é parafilético, pois não inclui os Neodermata
paesar destes serem descendentes de um subgrupo de "turbelários".[27]
Com base nas relações acima expostas é possível estabelecer o seguinte cladograma explicitando
a relação dos grupos tradicionalmente considerados como constituindo os Platyhelminthes com os
restantes membros dos Bilateria:
Bilateria
Acoelomorpha (Acoela e Nemertodermatida)

Deuterostomia (equinodermes, cordados, etc.)


Protostomia
Ecdysozoa
(artrópodes, nemátodos, priapulídeos, etc.)
Lophotrochozoa
Bryozoa

Annelida

Sipuncula

Mollusca

Phoronida e Brachiopoda

Nemertea
Myzostomida
Platyzoa
Outros Platyzoa

Gastrotricha

Platyhelminthes
Relacionamento dos Platyhelminthes com os outros Bilateria[16] (a negrito estão os membros tradicionais dos
"Platyhelminthes").

Com base nas considerações de natureza filogenética, com destaque para os resultados de
análises de filogenia molecular, é possível estabelecer as seguintes relações entre os
agrupamentos taxonómicos que constituem os Platyhelminthes (na sua moderna circunscrição
taxonómica, isto é, sem os Acoelomorpha):
Platyhelminthes
Catenulida
Rhabditophora
Macrostomorpha
Trepaxonemata
Lecithoepitheliata

Polycladida

Rhabdocoela

Proseriata
Adiaphanida
Prolecithophora

Fecampiida

Tricladida
(planárias)

Bothrioplanida
Neodermata
Trematoda

Monogenea

Cestoda
Relações filogenéticas entre os grupos de Platyhelminthes (excluindo os Acoelomorpha).[23][28][29]

Antigas classificações[editar | editar código-fonte]


Apesar de reconhecida como artificial por ser claramente parafilético, e em muitos
grupos polifilético, continua a ser frequentemente utilizado o sistema classificativo que divide os
Platyhelminthes em quatro grandes grupos: (1) Turbellaria; (2) Trematoda (geralmente subdivididos
em Digenea e Aspidogastrea); (3) Monogenea; e (4) Cestoda. Os dois últimos grupos (Monogenea
e Cestoda) são em geral incluídos no agrupamento Cercomeromorpha. Tendo em conta que essa
classificação «tradicional» é ainda usada em diversos ramos das ciências biomédicas e da
parasitologia, excepto em artigos científicos,[5] nos pontos seguintes apresenta-se um resumo das
características e taxonomia de cada um deles.
Turbellaria[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Turbellaria

O turbelário Pseudoceros dimidiatus.

Dois turbelários a acasalar por esgrima peniana (penis fencing). Cada um dos animais tem dois pénis, os
esporões brancos na parte inferior das cabeças.

O grupo dos Turbellaria agrupa cerca de 4 500 espécies,[8] na sua maioria organismos de vida livre,
com comprimentos máximos que variam de 1 mm a 600 mm. São
maioritariamente predadores ou necrófagos, sendo as espécies terrestres principalmente animais
nocturnos que vivem em locais húmidos sombreados, tais como a manta morta de florestas ou
madeira húmida em apodrecimento. No entanto, alguns são simbiontes de outros animais,
especialmente de crustáceos, e alguns são parasitas. Os turbelários de vida livre são
principalmente de coloração negra, castanha ou acinzentada, mas algumas das espécies de
maiores dimensões são brilhantemente coloridas.[5]
Os grupos taxonómicos Acoela e Nemertodermatida eram tradicionalmente considerados como
turbelários,[8][17] mas são actualmente considerados como membros de um filo distinto, o
dos Acoelomorpha,[16][18] ou em alternativa considerados como dois filos distintos.[19] Também
o género Xenoturbella, um grupo de animais de anatomia muito simples,[20] foi reclassificado como
fazendo parte de um filo separado.[21] Esta circunscrição taxonómica é consensual e remoção destes
agrupamentos veio reduzir a polifilia do grupo Platyhelminthes.
Alguns turbelários apresentam uma faringe simples revestida por cílios. Muitas espécies
apresentam também cílios na epiderme, os quais são usados para locomoção e alimentação. Neste
último caso, os cílios epidérmicos são utilizados para encaminhar as partículas de alimento e as
pequenas presas para a boca, a qual está geralmente situada na região central da face inferior do
corpo, e daí para o interior do sistema digestivo. A maioria dos restantes turbelários apresentam
uma faringe que é eversível (pode ser alongada ao ser voltada de dentro para fora). A boca das
diferentes espécies pode estar situada em qualquer posição na face inferior do animal.[5]
A espécie de água doce Microstomum caudatum pode abrir a boca de forma quase tão alargada
como o comprimento do corpo, o que lhe permite engolir presas quase tão grandes como o próprio
animal.[8]
A maioria dos turbelários apresenta ocelos (pequenos olhos) com pigmentos fotorreceptores, um
par na maioria das espécies, mas dois ou mesmo três pares em algumas outras espécies. Algumas
espécies de maiores dimensões apresentam múltiplos olhos agrupados em cachos sobre o cérebro,
instalados sobre tentáculos, ou espaçados uniformemente em torno do bordo do corpo. Os ocelos
apenas podem distinguir a direcção de onde a luz incide, permitindo orientação para que os animais
a possam evitar.
Alguns grupos têm estatocistos, câmaras cheias de líquido contendo uma pequena partícula sólida
ou, em alguns grupos, duas dessas partículas. Estes estatocistos funcionam como sensores de
equilíbrio e de aceleração, função que também se sabe desempenharem nos cnidários e
nas medusas e ctenóforos. No entanto, os estatocistos dos turbelários não têm cílios sensoriais,
desconhecendo-se como detectam os movimentos e posições das partículas sólidas.
Por outro lado, a maioria dos turbelários apresenta células ciliadas sensíveis ao toque espalhadas
sobre o corpo, especialmente nos tentáculos e em torno dos bordos laterais. Apresentam ainda
células especializadas localizadas em depressões ou sulcos na cabeça, as quais são
provavelmente sensores olfactivos.[8]
As planárias, um subgrupo dos turbelários, são famosas pela sua capacidade de regeneração
quando o seu corpo é dividido transversalmente. Experiências mostram que em fragmentos que não
incluem a cabeça, uma nova cabeça cresce mais rapidamente nos fragmentos que resultam de
partes corporais mais próximas da cabeça original. Este resultado sugere que o crescimento de
uma nova cabeça é controlada por um produto químico cuja concentração diminui da cabeça à
cauda. Muitos turbelários autoclonam-se por divisão transversal ou longitudinal e outros,
especialmente os Acelomorpha (já considerados consensualmente como filo autónomo),
reproduzem-se por brotamento.[8]
A vasta maioria dos turbelários é hermafrodita, produzindo células reprodutivas femininas e
masculinas, e fertiliza os ovos internamente por copulação.[8] Algumas das espécies aquáticas de
maiores dimensões acasalam por esgrima peniana, um duelo em que cada um dos animais tenta
fecundar o outro, cabendo ao perdedor adoptar o papel de fêmea e desenvolver os ovos.[30] Na
maioria das espécies, quando os ovos eclodem emergem "adultos miniatura", mas algumas
espécies de maiores dimensões produzem larvas do tipo planctónico.[8]
Trematoda[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Trematoda
Ciclo de vida do género Metagonimus (Digenea).

A designação de «tremátodes» atribuída a este grupo é uma referência às cavidades existentes no


seu órgão de fixação (do grego τρῆμα, cavidade),[5] que se assemelham a ventosas, que são
utilizadas para ancorar o tremátode dentro de seus hospedeiros.[4] A pele de todas as espécies do
grupo Trematoda é um sincício, uma camada de células que compartilha uma
única membrana externa. Os tremátodes são em geral divididos em dois grupos: (1) os Digenea; e
(2) os Aspidogastrea (também designados por Aspodibothrea).[8]
Digenea
Ver artigo principal: Digenea
Este grupo de organismos inclui as espécies frequentemente designadas por fascíolas ou vermes-
planos-parasitas, devido à sua morfologia corporal plana e romboide (semelhante a uma
minúscula solha). Conhecem-se cerca de 11 000 espécies, mais do que todos os outros
platelmintas combinados, número apenas ultrapassado pelos nemátodes (Nematoda) entre os
parasitas metazoários.[8]
Os adultos em geral apresentam dois dispositivos de fixação (holdfasts) destinados a permitir a sua
fixação no interior do hospedeiro: um anel em torno da boca e uma ventosa na região central
daquela que seria a face inferior do corpo num verme de vida livre.[5]
Embora o nome "Digenea" signifique literalmente "duas gerações", a maioria têm ciclos de
vida muito complexos, com até sete etapas, dependendo de que combinações de ambientes os
estágios iniciais encontram, sendo em especial determinados em função de os ovos serem
depositados em meio terrestre ou aquático. Os estágios intermediários destinam-se
maioritariamente a permitir transferir o parasita de um hospedeiro para outro. O hospedeiro
definitivo em que os adultos se desenvolvem é sempre um vertebrado terrestre, sendo que o
hospedeiro da primeira série de estágios juvenis é geralmente um caracol que pode ser terrestre ou
aquático. Em muitos casos o segundo hospedeiro intermédio é um peixe ou um artrópode.[8]
Por exemplo, o ciclo de vida dos vermes intestinais do género Metagonimus inicia-se com a eclosão
do ovo no intestino de um caracol, transferindo-se como larva para um peixe, cujo corpo penetra e
enquista na carne. Quando o peixe seja ingerido por um animal terrestre, move-se para o intestino
delgado desse animal, onde atinge o estado adulto e gera ovos que são excretados e ingeridas por
moluscos, completando assim o ciclo de visa. Os parasitas do género Schistosoma, que causam a
devastadora doença tropical bilharziose, pertencem a este grupo.[31]
Os adultos variam entre 0,2 mm e 6 mm de comprimento. Os indivíduos adultos são de um único
sexo e, em algumas espécies, as fêmeas são organismos em extremo delgados que vivem em
sulcos fechados que percorrem os corpos dos machos, apenas emergindo parcialmente para
libertar os ovos. Em todas as espécies, os adultos têm sistemas reprodutivos complexos e podem
produzir entre 10 000 e 100 000 vezes mais ovos do quem um verme de vida livre de dimensão
comparável. Além disso, as fases intermédias que vivem em caracóis podem-se
reproduzir assexuadamente.[8]
Os adultos de espécies diferentes infestam distintas partes do hospedeiro definitivo, perferindo, por
exemplo, o intestino, o pulmão, os grandes vasos sanguíneos,[5] ou o fígado.[8] Os adultos usam
uma faringe relativamente grande e muscular para ingerir células, fragmentos celulares, muco,
fluidos corporais ou sangue. Tanto nos adultos como nos estágios intermédios que vivem em
caracóis, o sincício externo absorve nutrientes do hospedeiro por difusão. Os adultos podem viver
sem oxigénio por longos períodos.[8]
Aspidogastrea
Ver artigo principal: Aspidogastrea
Os membros deste pequeno grupo taxonómico apresentam uma única ventosa dividido ou uma
fileira de ventosas que cobrem a face inferior do corpo.[8] Os adultos infestam as entranhas de
peixes (ósseos ou cartilaginosos) e de tartarugas aquáticas e as cavidades corporais
de bivalves e gastrópodes marinhos ou de água doce.[5] Os ovos produzem larvas ciliadas capazes
de nadar. O seu ciclo de vida tem um ou dois hospedeiros.[8]
Cercomeromorpha[editar | editar código-fonte]
O táxon Cercomeromorpha agrupa um conjunto de parasitas que se fixa ao hospedeiro através de
um disco provido de ganchos em forma de crescente. São subdivididos em dois grupos,
os Monogenea e os Cestoda.[8]
Monogenea[editar | editar código-fonte]

Silhueta de vários vermes parasitas da subclasse Polyopisthocotylea do agrupamento Monogenea.[32]

Ver artigo principal: Monogenea

Conhecem-se cerca de 1 100 espécies de Monogenea, a maioria das quais são parasitas externos
que necessitam de espécies hospedeiras particulares, principalmente peixes, mas em alguns casos
anfíbios ou répteis aquáticos. No entanto, alguns são parasitas internos.
Os adultos apresentam grandes órgãos de fixação na parte posterior do corpo, designados
por haptores (do grego ἅπτειν, haptein, "agarrar") ou opistatores, que têm ventosas, grampos e
ganchos. Apresentam frequentemente corpo achatado. Em algumas espécies, a faringe segrega
enzimas para digerir a pele do hospedeiro, permitindo que o parasita se alimente do sangue e dos
restos celulares do hospedeiro. Outros alimentam-se externamente ingerindo muco e flocos de pele
do hospedeiro. Estes parasitas apresentarem apenas uma geração não larval, daí o nome
«Monogenea».[8]
Cestoda[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Cestoda

Ciclo de vida de um eucéstode do género Taenia. A inserção 5 mostra o escolex (Taenia solium apresenta quatro
escolex, distribuídos por posições diametralmente opostas da cabeça) com um disco de ganchos na extremidade. A inserção 6

apresenta o corpo inteiro de uma ténia, em que o escolex é a minúscula ponta redonda mostrada no canto superior esquerdo, com

um proglote maduro acabado de se separar.

Escolex de Taenia.

Este grupo inclui as espécies frequentemente designadas por solitárias ou vermes-fita por causa de
seus corpos lisos e finos, mas muito longos. O nome "cestode" é derivado do
vocábulo latino cestus, que significa "cinto".
Os adultos de todas as cerca de 3 400 espécies conhecidas são parasitas internos (endoparasitas).
Com uma anatomia adaptada em extremo a este modo de vida, os cestodes não têm boca ou
sistema digestivo, alimentando-se através da membrana sincicial que lhes serve de pele, a qual
absorve nutrientes (principalmente carboidratos e aminoácidoss) dos fluidos corporais do anfitrião,
ao memso tempo que o esconde quimicamente o parasita para evitar ataques do sistema
imunitário do hospedeiro.[8]
A falta de carboidratos na dieta do hospedeiro impede o crescimento dos parasitas e mata alguns.
O metabolismo destes parasitas geralmente utiliza processos químicos simples, mas ineficientes,
que compensam consumindo grandes quantidades de alimentos em relação ao seu tamanho.[5]
Na maioria das espécies, agrupadas no subgrupo conhecido por eucéstodes ("verdadeiros
céstodes"), a parte posterior do corpo produz uma cadeia de segmentos, designados
por proglotes ou proglotídeos, por um processo conhecido por estrobilação. Em consequência, os
proglotes mais maduros são os mais afastados do escólex, sendo libertados progressivamente à
medida que novos vão sendo formados na parte anterior da «fita».
Os adultos da espécie Taenia saginata, que infesta humanos, podem formar proglotes em cadeias
que atingem mais de 20 m de comprimento, apesar de cerca de 4 m ser o comprimento mais
comum.
Cada proglote apresenta simultaneamente órgãos reprodutivos masculinos e femininos. Se o
intestino do hospedeiro contiver mais do que um céstode adulto da mesma espécie, em geral
fertilizam-se mutuamente, mas proglotes do mesmo espécime podem fertilizar-se entre si ou
mesmo autofertilizar-se. Quando os ovos estão completamente desenvolvidos, os proglotes
destacam-se do corpo do progenitor e são excretados pelo hospedeiro.
O ciclo de vida dos eucéstodes é menos complexo do que o dos Digenea, mas varia em função da
espécie ou do género a que esta pertence. Por exemplo:

 Os adultos do género Diphyllobothrium infestam peixes e os seus juvenis usam


crustáceos copépode como hospedeiros intermédios. Os proglotes excretados libertam os ovos
na água, os quais eclodem como larvas ciliadas que nadam. Se a larva é engolida por um
copépode, deixa cair os cílios e a pele transforma-se num sincício à medida que a larva penetra
na hemocela (a cavidade interna que constitui a parte principal do sistema circulatório do
copépode), no interior da qual se fixa com recurso a três pequenos ganchos. Se o copépode é
comido por um peixe, a larva sofre uma metamorfose e transforma-se num pequeno verme não
segmentado que perfura até atingir o intestino do peixe no qual se transforma num adulto.[8]
 Várias espécies de Taenia infestam os intestinos de humanos, gatos e cães. Os juvenis
usam herbívoros, entre os quais porcos, bovinos e coelhos, como hospedeiros intermédos. Os
proglotes excretados libertam ovos que se colam às folhas das plantas e que eclodem após
serem ingeridos por um herbívoro. A larva move-se através dos tecidos do herbívoro até atingir
uma massa muscular, na qual se metamorfoseia num verme oval, com cerca de 10 mm de
comprimento, com um escólex que é mantido recolhido. Quando o hospedeiro definitivo comer
a carne crua (ou mal cozida) do hospedeiro intermédio, o escólex do parasita abre-se e fixa-se
à parede do intestinot, seguindo-se o desenvolvimento do adulto e o fecho do ciclo de vida.[8]
Um pequeno grupo de céstodes, designado por Cestodaria, não apresenta escólex, não produz
proglotes e tem uma anatomia externa semelhante à dos Digenea. Os Cestodaria parasitam peixes
e tratarugas aquáticas.[5]
Evolução[editar | editar código-fonte]
Com base nos resultados da filogenia molecular foi proposto um esquema explicativo das origens
do modo de vida parasítico,[33] uma característica de boa parte das espécies que integram o
agrupamento taxonómico. Essa evolução assenta na constatação que os membros do
agrupamento Monopisthocotylea, parasitas que se alimentam de tecidos epiteliais de peixes, são
um grupo basal nos Neodermata, tendo sido os primeiros que adoptaram o parasitismo a partir de
ancestrais de vida livre.
O passo evolucionário seguinte foi uma mudança dietária, passando dos epitélios para o sangue. O
último ancestral comum entre os Digenea e os Cestoda foi um membro do
agrupamento Monogenea que muito provavelmente era sanguinívoro.
O mais antigo fóssil conhecido de um Cestoda foi datado como tendo-se originado há 270 Ma atrás.
Foi encontrado num coprólito (fezes fossilizadas) de um elasmobrânquio.[34]
Interação com os humanos[editar | editar código-fonte]

Imagem de ressonância magnética do cérebro de um paciente afectado por neurocisticercose mostrando


múltiplos cisticércios no interior dó tecido cerebral.

Os Cestoda (ténia e similares) e os Digenea (tremátodes e similares) são a causa


importantes patologias em humanos e em animais domésticos. Os Monogenea, parasitas de peixes,
podem causar importantes perdas em instalações de aquacultura.[35] Um doença com esta origem,
a bilharziose, também conhecida por esquistossomose ou doença-do-caramujo, é a segunda
patologia mais expandida e devastadora da saúde das populações humanas das regiões tropicais,
apenas ultrapassada pela malária.
O Carter Center estimou que 200 milhões de pessoas, em 74 países, estão infestadas com o
parasita causador da bilharziose, sendo que metade destas pessoas vivem na África sub-sariana.
Apesar da condição ter uma baixa taxa de mortalidade, assume frequentemente um carácter
de doença crónica que progressivamente danifica os órgãos internos do paciente. Pode influenciar
negativamente o crescimento e o desenvolvimento cognitivo de crianças e aumentar
significativamente o risco de cancro da bexiga em adultos. A doença é causada por diversas
espécies do género Schistosoma, os quais podem perfurar a pele humana penetrando por essa via
no corpo. As pessoas em maior risco são as que utilizam corpos de água infestados para recreio ou
para lavagem de roupas.[31]
No ano 2000, estimava-se que 45 milhões de de pessoas estavam infestadas coma ténia Taenia
saginata, originária de carne bovina infestada, e 3 milhões com a espécie Taenia solium, de origem
suína.[35] A infecção do sistema digestivo por ténias adultas causa sintomas abdominais
considerados desagradáveis e debilitantes, mas em geral não causam incapacidade ou ameaçam a
vida.[36][37] A neurocisticercose, resultante da penetração de larvas de T. solium no sistema nervoso
central, é a principal causa de epilepsia adquirida a nível global.[38] Em 2000, cerca de 39 milhões de
pessoas estavam infectadas com tremátodes que na natureza parasitam peixes e crustáceos, mas
que podem ser transmitidos aos humanos pela ingestão da peixe ou de crustáceos crus ou mal
passados. A infecção de humanos pela espécie Diphyllobothrium latum, um parasita de peixes,
causa difilobotríase da qual ocasionalmente resulta deficiência de vitamina B12 e, em casos
severos, anemia megaloblástica.[35]
A ameaça para a saúde pública resultante deste parasitas tem vindo a crescer nos países mais
desenvolvidos em resultado do crescimento da agricultura orgânica, que usa estrumes e lamas de
depuração em vez de fertilizantes artificiais, o que favorece a expansão dos parasitas tanto
directamente como por via das fezes de gaivotas e outras aves que se alimentam do estrume e das
lamas. Outro factor que favorece a expansão destes parasitas é a crescente popularidade do
consumos de alimentos crus ou apenas ligeiramente cozidos, a que se associa a importação de
carnes, mariscos e vegetais para salada com proveniência em regiões de alto risco. Potenciando
esses factores, nas regiões mais desenvolvidas há uma menor sensibilidade do público em relação
ao risco para a saúde pública que resulta das parasitoses dada a sua ausência há várias gerações.
Em regiões menos desenvolvidas, o saneamento ambiental inadequado e a utilização de fezes
humanas como fertilizante e para enriquecimento de instalações de piscicultura favorece a
disseminação de platielmintas parasíticos, a que acresce a existência de sistemas de
abastecimento de água para consumo humano vulneráveis à contaminação fecal e sistemas de
irrigação que distribuem águas poluídas com matéria fecal. Nessas regiões as pessoas por vezes
não dispõem de combustível para cozinhar convenientemente as refeições, ingerindo parasitas e
seus gâmetas viáveis. Por outro lado, o controlo dos parasitas em humanos e animais domésticos
tem vindo a ficar dificultado pelo aparecimento de estirpes resistentes aos medicamentos e outros
produtos utilizados no seu controlo, especialmente para matar larvas e juvenis em carnes e seus
derivados.[35] Enquanto nas regiões pobres ainda se luta contra a infestação não intencional, nas
regiões ricas têm sido reportados casos de infestação propositada por indivíduos desesperados
com o insucesso de dietas para perda rápida de peso.[39]
Tem causado preocupação a proliferação no noroeste da Europa de diversos Platyhelminthes,
como a espécie de planária Arthurdendyus triangulatus introduzida nas ilhas Britânicas a partir
da Nova Zelândia, e do verme australiano Australoplana sanguinea também ali introduzido, ambos
predadores de minhocas.[40] A espécie A. triangulatus terá chegado à Europa em contentores de
plantas importadas por jardins botânicos.[41]
No Hawaii, a planária Endeavouria septemlineata tem sido usada para controlo biológico do caracol
gigante africano Achatina fulica que está a ocupar o nicho ecológico de várias espécies de caracóis
nativos. O mesmo tem sido feito com a espécie Platydemus manokwari, outra planária, usada com
o mesmo propósito nas Filipinas, Indonésia, Nova Guiné e Guam. Apesar das populações de A.
fulica terem declinado marcadamente no Hawaii, há dúvidas quanto ao papel de E.
septemlineata nessa redução. Contudo, P. manokwari é creditada como tendo reduzido, e em
alguns casos exterminado, as populações de A. fulica, conseguindo muito melhores resultados do
que a maioria dos outros programas de controlo biológico, que geralmente visam apenas atingir e
manter as populações da espécie infestante estáveis e a nível reduzido. A capacidade das planárias
predarem diferentes espécies e de resistirem à falta de alimento pode justificar o seu sucesso no
controlo de A. fulica. Contudo, essas mesma características justificam o temor de que as planárias
introduzidas possam ser um risco para as espécies nativas que se pretenda proteger.[42] [43]
Um estudo realizado em La Plata, Argentina,[44] demonstrou o potencial de planárias, como as
espécies Girardia anceps, Mesostoma ehrenbergii e Bothromesostoma evelinae, para reduzirem as
populações de espécies de mosquito, entre as quais as de Aedes aegypti e Culex pipiens. A
experiência demonstrou que as espécie G. anceps em particular pode predar todos os ínstares de
ambas as espécies de mosquito e manter um ritmo de predação estável ao longo do tempo. A
possibilidade de manter populações destes vermes-planos em contentores artificiais permitira
manter esses predadores próximo dos locais de reprodução dos mosquitos, o que idealmente
reduziria a quantidade de pessoas afectadas por doenças transmitidas por mosquitos.

Galeria[editar | editar código-fonte]


Verme terrestre da subfamília Bipaliinae

Pseudoceros monostichos, um verme marinho

Callioplana marginata

Prostheceraeus vittatus

Prostheceraeus giesbrechtii

Thysanozoon nigropapillosum

Pseudoceros bifurcus

Pseudoceros susanae

Pserudobiceros gloriosus

Pseudobiceros sp.

Pseudobiceros sp.

Eurylepta sp.

Bipalium sp.

Dugesia subtentaculata


Ver também[editar | editar código-fonte]


 Esquistossomose
 Teníase
 Cisticercose
 Miracídio
 Schistosoma
 Medicina regenerativa

Referências[editar | editar código-fonte]


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