objeto de acordo, conforme entendimento firmado pelo o STF
e STJ. Os tribunais firmaram entendimento que a requisição
06/02/2019
Aula 05
3. Inquérito civil
Instrução do Inquérito Civil (IC):
I. Princípios:
São Paulo segue o ato normativo 484/06 (art. 7°).
O IC faz coleta de dados e informações, formando a “opnio
actio” que pode gerar uma ação civil pública (ACP).
a. Poderes instrutórios gerais: LACP + lei orgânica do
Ministério Público (MP) + resolução do conselho
nacional do Ministério Público (RCNMP) 23/07 +
CPC + CPP, sendo que o CPC/ CPP serão utilizados
subsidiariamente.
b. Formalização obrigatória;
c. Busca da verdade real;
d. Provas ilícitas não são admissíveis (art. 6°, § 2° da RS.
23/07);
e. Prova emprestada (art. 372, CPC)
Observação:
Ler a decisão do STJ no AgRg no RMS 44825/MT.
II. Diligências:
a. Ato normativo 484/06 (art. 31 a 82): dispõe sobre os
critérios gerais;
b. Recomendações: durante o IC é expedido
recomendações, conforme disposto na RCNMP
164/17.
c. Audiências públicas: está prevista na RCNMP 82/12.
Obs: Concurso para o MP de SP estudar sobre as escutas socias.
Escuta social é o ato de ouvir a sociedade sem a formalidade de
uma audiência pública, visto que não tem finalidade específica.
Logo, audiência pública é diferente de escuta social.
d. Expedir notificações, conduções coercitivas de
requisições:
A expedição de notificação pode ser enviada para qualquer
interessado, em um prazo razoável, é utilizado na prática 10
dias úteis para que o investigado se manifeste.
Condução coercitiva: o STF tratou sobre esse tema o ano
passado, sendo que sua decisão foi pela inconstitucionalidade,
ou seja, após notificação o investigado não compareceu, a
investigação procede, e o promotor embasa sua ação de
acordo com o levantado (APDF 395 e 444).
Requisições: a requisição em matéria sigilosa não pode ser
em matéria sigilosa, só ocorrerá por meio do juiz, conforme
previsto na LACP e o REsp 168420/CE, logo, a quebra do
sigilo bancário pelo MP não é possível. Entretanto, a legislação
do MP autoriza (defender em concurso para o MP).
E a requisição para o COAF?
Os últimos posicionamentos do STJ, entende que não
necessita, já que a movimentação financeira é considerada
aberta, logo, não há motivo de sigilo (acórdão do ST J- RMS
52677/SP).
Exemplos:
Ag Int no REsp 1650853/AL repasse de verbas pública –
conforme entendimento do STJ o MP pode ter acesso a
movimentação bancária se tratando de patrimônio público.
REsp 1.561.191/SP, publicação do acordão em 11/2018 – dados
cadastrais (endereço, RG, CPF, etc.) não está protegido por
sigilo bancário, logo, o MP pode pedir diretamente.
O art. 6° da RCNMP 23/07, prevê a instrução do IC nos § §
8°, 9° e 10, trazendo algumas restrições, como: o promotor
não pode encaminhar a notificação diretamente para o
governador, deve primeiro enviar ao chefe da instituição. Já o
chefe da instituição ao receber, não poderá fazer o exame de
valor.
e. Crime previsto na LACP (art. 10): é crime não
encaminhar ao promotor informação imprescindível
ao inquérito (STJ – AgRg no REsp 1.267.349).
III. Prazo para promover o IC (art. 9° da RCMP): prevê o prazo de
01 ano, mas o p. ú, define que cada MP poderá prever prazo menor
que 01 (um) ano (ex.: art. 14 do ato normativo 484/06 de SP)
IV. Contraditório: permite a presença do advogado em todos os atos.
V. Publicidade e sigilo (art. 7° e 8° RCNMP): revigora o princípio da
publicidade, sendo os casos de sigilo a exceção, (só haverá sigilo se
previsto em lei, se atrapalhar a investigação ou causar algum tipo de
dano as partes).
O parquet está autorizado a dar publicidade do que já fez.
VI. Ações: durante as instruções poderá utilizar “habeas corpus”
(HC) ou mandado de segurança (MS), todavia, o STF vem
proibindo na prática a utilização do HC como exceção (STF – HC
90378/RJ).
Encerramento/ conclusão: ao término poderá ser feito uma
ACP, um TAC ou arquivar.
VII. Arquivamento
O Ministério Público promove o arquivamento expresso (art. 9°
da LACP e art. 10 da R 23/07).
Arquivamento direto: o arquivamento na ACP é para a própria
instituição do Ministério Público, diferente da ação penal, que o
arquivamento é encaminhado para poder judiciário
Arquivamento implícito: (art. 13 R23/07): o promotor ao
propor a ACP deixa de manifestar algum ato, sendo dever do
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magistrado mandar emendar, ou próprio promotor observar
tal necessidade e fazê-la, continuar investigando ou arquivar.

O arquivo deve ser formal, devendo enviar ao órgão superior

em 03 dias, sob pena de falta grave (art. 9°, § 1° LACP e art. 10,
§ 1° da R 23/07).

Tramitação no colegiado: tem regimento interno (art. 10, § § 2°,

3° e 5°).

Decisão do colegiado: pode ocorrer a homologação, ou seja,

no âmbito do MP a investigação não irá continuar a não ser
que se obtenha novo fato, poderá também ocorrer a
conversão do julgamento em diligência; dar continuidade ao
inquérito civil ou propor ACP, sendo que nas duas últimas
hipóteses outro promotor irá oficiar.

Desarquivamento (art. 12 R23/07): após 6 meses da

homologação do arquivamento, poderá ser instaurado um
novo IC.

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