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OURO PRETO
2018
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Universidade Federal de Ouro Preto
Escola de Minas – Departamento de Engenharia Civil
Programa de Pós-Graduação em Construção Metálica
Mestrado Profissional em Construção Metálica – MECOM
OURO PRETO
2018
R484e Ribeiro Filho, Guido Lessa.
Estudo de patologias de pintura e ocorrência de corrosão atmosférica em
plataforma de petróleo [manuscrito] / Guido Lessa Ribeiro Filho. - 2018.
211f.: il.: color; grafs; tabs; Quadros.
CDU: 624.014
Catalogação: www.sisbin.ufop.br
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, Guido e Edna, que, com seu amor, conselhos e ensinamentos,
alicerçaram as minhas conquistas até hoje e que sempre me abençoaram e rezaram por mim.
Ao meu sogro, Guttemberg Fernandes Uchôa, que sempre incentivou, estimulou e
vibrou com minhas conquistas e, tenho certeza, ficaria muito feliz com mais este passo se
ainda estivesse entre nós. À Mônica, minha esposa, e às minhas filhas Luísa e Juliana, meus
tesouros, pela paciência.
Agradeço à professora Dra. Rovadávia Aline de Jesus Ribas, minha orientadora, por
sua importante contribuição com o profundo conhecimento sobre o tema, sempre me
apoiando, contribuindo e proferindo palavras tranquilizadoras e motivadoras nos momentos
em que precisei. Ao professor Dr. Geraldo Donizetti de Paula, meu coorientador, de quem
recebi grande apoio desde o início. Ao professor Dr. Flavio Teixeira de Souza, que muito me
inspirou e por quem tenho grande admiração, por seus sábios conselhos; professor Dr. Jaime
Florêncio Martins, pelas instigantes aulas sobre teoria da plasticidade; e professor Dr. Tito
Flávio de Aguiar, que muito ampliou minha visão no tema arquitetura em aço.
À Techint e seus diretores por autorizarem o desenvolvimento do trabalho, em
especial ao Project Manager Engenheiro Pedro Luciano Mellucci, que mais uma vez me
apoiou para desenvolver esta pesquisa. Ao Supervisor de Pintura Antonio Gilson e sua
equipe, pela preparação dos corpos de prova, apoio na pesquisa de campo e por
compartilharem seu conhecimento; Inspetor Marcio Nunes, pelo apoio na pesquisa de campo
e por também compartilhar seu conhecimento; Engenheiro Sérgio Munhós, por sempre estar
disposto a compartilhar seu conhecimento sobre metalurgia e solda; ao Engenheiro Rodrigo
Almeida, Supervisor José Maria Wuo e Supervisor Wilson Rosa, pela coleta dos corpos de
prova para análise comparativa; e ao Engenheiro Luciano de Souza, Bruno Wuo, Sedirson,
Jovane e Edson Casagrande na fase de coleta de documentos.
Agradeço pelo importante apoio da diretoria da SGS, em especial ao Diretor Técnico
Fernando Lescovar Neto, com sua filosofia de ajudar a construir o conhecimento, e ao Vitor
Tognoni na realização dos ensaios.
Aos colegas de turma do mestrado, em especial aos parceiros do grupo “Carona UFOP
Mestrado”, Adilson, Emerson, Fausto e Heriston, pelos momentos de convivência durante o
curso e, hoje, grandes amigos.
Agradeço ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, Campus
Congonhas, pelo apoio ao mestrado e desenvolvimento do trabalho.
A Luísa e Juliana.
RESUMO
La degradación estructural por corrosión atmosférica es un fenómeno que afecta a todas las
estructuras, especialmente las hechas de acero, generalmente las más utilizadas en plataformas
petroleras en todo el mundo. En este trabajo, se estudia el caso específico de la plataforma
petrolera WHP-2, ubicada en la Unidad Offshore de Techint, en la ciudad de Pontal do
Paraná, estado de Paraná, Brasil, cuya construcción se detuvo en 2013. Varias actividades se
habían paralizado antes de que se pudieran completar las obras, por lo que su estructura ha
estado desde entonces bajo el efecto de la corrosión atmosférica. La presentación de la
investigación se divide en dos grandes partes. En la primera parte, se expone el levantamiento
realizado en el sitio de las patologías de corrosión y el estudio de sus causas probables,
teniendo en cuenta las fotografías tomadas en campo, la recopilación de documentos y
proyectos, así como los registros de calidad. En la segunda parte, se presentan las muestras
preparadas utilizando el acero y el sistema de pintura empleado en los proyectos, con algunas
variaciones, asi como las patologías creadas en la película de pintura de estas muestras, para
luego ser sometidas a una prueba de niebla salina (salt spray), analizando los resultados
obtenidos. Se concluyó que, para el período considerado de exposición, en casos de ruptura de
la película de pintura, la corrosión de la superficie debajo de la película de pintura, originada
en esta discontinuidad, es más importante que la causada por el electrolito que penetra en la
película de pintura, al variar los espesores totales de las capas de pintura. En el proyecto
evaluado, los orígenes de la corrosión ocurren, en la mayoría de los casos, debido a la ruptura
de la película, y, por lo tanto, esta es la causa principal de las patologías encontradas.
ARBL Alta resistência e baixa liga (HSLA – high strength low alloy)
C5-M Parte da plataforma que se situa na parte acima do nivel d’água (atmosférica)
Cenpes Centro de Pesquisas da Petrobras
CP Corpo de prova
CST Corrosão sob tensão
Eo potencial padrão
EPA Environmental Protection Agency
EPC Engineering, Procurement, Construction
EPS Espessura da película seca
F Carga de um mol de elétrons
FPS Floating Production System
FPSO Floating production storage and offloading
FSO Floating, Storage and Offloading
FSU Floating Storage Unity
IM-2 Parte da plataforma que se situa na parte imersa
NACE National Association of Corrosion Engineers
R Constante dos gases
Sm3/d Standard m3 padrão. Unidade de medida de volume de produção diária de gás.
T Temperatura
TLP Tension leg platform
UEP Unidade estacionária de produção0
URA Umidade relativa do ar
VIV Vibrações provocadas por vórtices
VOC Volatile Organic Compounds
Z Número de valência do metal
ZTA Zona termicamente afetada
LISTA DE FIGURAS
Figura 12. Exemplos de influência da variação de: concentração íons metálicos do próprio
metal (a), pH (b), concentração de O2 (c), concentração íons Cl- (d) ........................................ 41
Figura 13. Célula de ação local e a migração dos íons do metal .............................................. 44
Figura 14. Superfície de aço recoberta por superfície descontinua de Fe3O4 ......................... 44
Figura 17. Representação esquemática da corrosão uniforme na seção de uma peça de aço .. 46
Figura 22. Representação esquemática de onde a corrosão galvânica pode ocorrer ou não .... 48
Figura 24. Representação esquemática de corrosão por frestas entre chapas rebitadas ........... 49
Figura 25. Corrosão em fresta em um metal ............................................................................ 49
Figura 27. Corrosão filiforme com rede de fios inativos convergindo para cabeça inativa ..... 51
Figura 30. Representação esquemática por pite com depósito em um metal genérico M ........ 52
Figura 31. Influência do dióxido de enxofre (SO2) na ação corrosiva da atmosfera ................ 54
Figura 32. Relação da corrosão por cloreto de sódio com a umidade relativa do ar ................ 54
Figura 33. Revestimento atuando por barreira, separando o agente corrosivo do metal a ser
protegido ................................................................................................................................... 62
Figura 34. Proteção catódica por meio de revestimento metálico anódico em relação ao aço-
carbono ..................................................................................................................................... 63
Figura 35. Linha média ou sistema M para determinação do perfil de rugosidade de uma
superfície metálica .................................................................................................................... 65
Figura 38. Valores típicos de matérias-primas nos três tipos de tecnologias de tintas............. 72
Figura 46. Espessura irregular vista por espelho em local de difícil acesso ............................ 81
Figura 60. Sangramento em pintura de acabamento sobre pintura que foi ressolubilizada ..... 88
Figura 66. Modelagem 3D da plataforma WHP-2 (topside instalado sobre jaqueta tubular
treliçada) ................................................................................................................................... 94
Figura 67. Representação esquemática dos componentes de sistema de completação seca .... 94
Figura 82. CP do Grupo 2 com grau de corrosão B aço NV-A36 .......................................... 102
Figura 83. CPs do Grupo 3 preparados com jato abrasivo padrão Sa2½ preparados para
medição de rugosidade ........................................................................................................... 102
Figura 84. CP do Grupo 1 com preparo St3 durante medição de rugosidade (rugosímetro) . 102
Figura 87. Líquido recolhido do bresle com seringa para medição de salinidade em laboratório
pelo condutivímetro ................................................................................................................ 103
Figura 89. Aplicação da primeira demão de tinta de fundo N-2680 no Grupo 4 ................... 103
Figura 91. CPs após a introdução de danos à película de pintura (entalhes longitudinais e
pontuais) ................................................................................................................................. 105
Figura 94. Ensaio de LP: CPs aguardando tempo de penetração ........................................... 106
Figura 97. Camada de tinta descamada devido à corrosão no substrato em pilar .................. 109
Figura 98. Corrosão em quinas de suporte de tubulação ........................................................ 109
Figura 99. Película descamada em aba de viga por corrosão do substrato ............................. 110
Figura 106. Corrosão da chapa horizontal na base de pilar sem drenagem............................ 111
Figura 113. Corrosão por fresta em ligação piso x antepara .................................................. 114
Figura 114. Corrosão por fresta na região onde a antepara foi removida e recolocada (cordão
de solda incompleto) ............................................................................................................... 114
Figura 116. Pinos de fixação para fixação de isolamento térmico em viga ........................... 114
Figura 117. Corrosão uniforme em pino de fixação para isolamento térmico em teto de deck
(tinta de retoque sobre a solda destacada pela corrosão) ........................................................ 115
Figura 118. Pinos de isolamento térmico com retoque de pintura nas soldas ........................ 115
Figura 119. Corrosão devida a dano à pintura causado por solda realizada em pavimento
superior ................................................................................................................................... 115
Figura 120. Corrosão por fresta em piso devido a dano causado por soldagem no deck inferior
................................................................................................................................................ 116
Figura 121. Corrosão por fresta devido a dano à pintura causado por soldagem no verso de
antepara................................................................................................................................... 116
Figura 122. Steel coaming instalado no piso do deck com reflexo da queima da pintura na face
inferior da chapa (imagem à direita)....................................................................................... 116
Figura 123. Queima da pintura pela soldagem de steel coaming, vista pela face inferior da
chapa de piso .......................................................................................................................... 116
Figura 124. Corrosão uniforme e por fresta em chapa de piso pela entrada de água pela
abertura para instalação de escotilhas ..................................................................................... 116
Figura 125. Corrosão uniforme e por fresta predominante em áreas sujeitas de piso a
alagamento pela abertura para instalação de escotilhas.......................................................... 116
Figura 126. Corrosão por acúmulo de água e depósito de materiais em piso ........................ 117
Figura 127. Corrosão por depósito de materiais (já removidos) em piso de deck .................. 117
Figura 128. Corrosão por destacamento de camada pintada em piso devido a danos na pintura
................................................................................................................................................ 117
Figura 130. Chapa de com corrosão uniforme com destacamento de produtos da corrosão. 118
Figura 131. Perfil metálico pintado com corrosão iniciada nas bordas pelas quinas ............. 118
Figura 132. Patologia de pintura causada por soldagem no pavimento superior apresentando
corrosão pela perda de proteção anticorrosiva ....................................................................... 119
Figura 133. Corrosão causada por solda de anteparas sobre o deck, pela perda de proteção
anticorrosiva com a queima da película de pintura ................................................................ 119
Figura 134. Corrosão por fresta e pela falta de tinta devido a patologia na pintura provocada
por soldagem .......................................................................................................................... 119
Figura 136. Corrosão por fresta resultante de patologias na pintura provocadas por soldagem
de suporte de aço na parte superior do deck ........................................................................... 120
Figura 137. Corrosão por frestas resultante de patologias na pintura provocadas por soldagem
................................................................................................................................................ 121
Figura 138. Corrosão resultante de patologia na pintura provocada por soldagem ............... 121
Figura 139. Linhas do rompimento da película de pintura por cabo de aço dando início à
corrosão .................................................................................................................................. 122
Figura 140. Marcas de cabos de aço em diagonal com corrosão ........................................... 122
Figura 141. Traçado de boca de lobo com instrumento cortante dando início à corrosão ..... 122
Figura 142. Corrosão iniciada por dano à película de pintura causada por instrumento cortante
dando início à corrosão ........................................................................................................... 122
Figura 143. Corrosão por aeração diferencial e em piso e antepara por alagamento ............. 122
Figura 144. Corrosão em piso e base de equipamento por alagamento ................................. 122
Figura 152. Estoque de anteparas pintadas com corrosão pelas bordas ................................. 125
Figura 153. Jaqueta com proteção anticorrosiva contra corrosão por meio de anodos .......... 125
Figura 156. Remoção da camada de óxido ferro em tubo protegido pelos anodos revelando
pouca perda de material .......................................................................................................... 125
Figura 162. Dano pontual na película de pintura que deu origem à corrosão subpelicular.... 132
Figura 163. Remoção da película para verificação do alcance da migração da corrosão ...... 132
Figura 164. Alcance da corrosão originada em dano no ponto central, com visualização dos
seus limites em preparação de superfície Sa2½ sem corrosão ............................................... 133
Figura 166. Tipos de plataformas empregados pela Petrobras em águas profundas .............. 192
Figura 169. Plataforma semissubmersível Thunder Horse, da British Petroleum ................. 194
Figura 175. Convés da plataforma Genesis spar buoy instalada sobre o casco ..................... 197
Figura 189. Evolução das profundidades de instalação de plataformas do tipo jaqueta ........ 206
Figura 190. Onda atingindo plataforma fixa no Mar do Norte ............................................... 206
LISTA DE QUADROS E TABELAS
Tabela 2 – Limites da composição química dos aços NVA, NVB, NVD e NVE .................... 39
Tabela 4. Preparo de superfície com jato abrasivo e espessuras de película para pintura ........ 78
Tabela 5. Preparo de superfície com limpeza mecânica e espessuras de película para pintura 78
Tabela 7. Valores máximos aceitáveis para contaminações de sais solúveis em água .......... 100
Tabela 8. Esquema de pintura para zona atmosférica da plataforma WHP-2 ........................ 100
Tabela 9. Preparação dos corpos de prova com preparação de superfície e pintura, antes de
criar danos para ensaios .......................................................................................................... 104
Tabela 13. Corrosão em CP com sistema incompleto e contaminação de NaCl .................... 130
Tabela 14. Cálculo do desvio padrão da corrosão subpelicular em CPs com substrato exposto
................................................................................................................................................ 131
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 23
1.1 Objetivos ............................................................................................................................ 25
1.2 Estrutura do Trabalho ..................................................................................................... 25
3 PROCESSOS DE PINTURA.............................................................................................. 60
3.1 Revestimentos de Proteção .............................................................................................. 60
3.1.1 Famílias de Revestimentos ............................................................................................ 60
3.1.1.1 Revestimentos Metálicos .............................................................................................. 60
3.1.1.2 Revestimentos Não Metálicos Inorgânicos .................................................................. 61
3.1.1.3 Revestimentos Orgânicos ............................................................................................. 61
3.1.2 Mecanismos de Proteção Anticorrosiva por Pintura ................................................. 61
3.2 Pintura Industrial ............................................................................................................. 63
3.2.1 Esquemas de Pintura ..................................................................................................... 64
3.2.1.1 Preparação da Superfície Metálica ............................................................................... 64
3.2.1.1.1 Inspeção ..................................................................................................................... 66
3.2.1.1.2 Limpeza por Solventes e Remoção de Defeitos Superficiais .................................... 67
3.2.1.1.3 Lavagem com Água de Superfícies Metálicas .......................................................... 67
3.2.1.1.4 Limpeza por Ação Mecânica ..................................................................................... 67
3.2.2 Características Fundamentais da Película de Pintura ............................................... 68
3.2.3 Constituintes Fundamentais e Aditivos nas Tintas .................................................... 69
3.2.3.1 Veículo (Resinas e Óleos) ............................................................................................ 69
3.2.3.2 Solvente ........................................................................................................................ 70
3.2.3.3 Pigmentos ..................................................................................................................... 70
3.2.3.4 Constituintes Eventuais de Algumas Tintas ................................................................. 70
3.2.4 Mecanismos de Formação da Película de Tinta.......................................................... 70
3.2.5 Tipos de Tintas ............................................................................................................... 71
3.2.5.1 Classificação das Tintas Quanto ao VOC..................................................................... 71
3.2.5.2 Classificação das Tintas Quanto aos Tipos de Resina .................................................. 72
3.2.5.2.1 Tintas de Resinas Alquídicas ..................................................................................... 72
3.2.5.2.2 Tintas de Resinas Acrílicas........................................................................................ 73
3.2.5.2.3 Tintas de Resinas Epóxi (Epoxídicas) ....................................................................... 73
3.2.5.2.4 Tintas com Resinas Poliuretânicas ............................................................................ 75
3.2.5.2.5 Tintas com Resina de Etil Silicato de Zinco (Silicato Inorgânico de Zinco) ............ 76
3.2.5.2.6 Tintas para Altas Temperaturas ................................................................................. 77
3.2.5.3 Determinação do Solvente Mais Indicado .................................................................... 77
3.2.5.5 Preparo de Superfície e Espessura da Película em Função do Meio ............................ 78
3.2.5.6 Sistemas de Pintura Mínimos Recomendados .............................................................. 78
3.2.6 Patologias da Pintura .................................................................................................... 79
3.2.6.1 Principais Patologias de Pintura que Ocorrem Durante a Aplicação ........................... 79
3.2.6.1.1 Escorrimento (Sagging) ............................................................................................. 80
3.2.6.1.2 Casca de Laranja (Orange Peel)................................................................................ 80
3.2.6.1.3 Espessura Irregular .................................................................................................... 81
3.2.6.1.4 Manchas de Corrosão Sobre Superfície Pintada........................................................ 82
3.2.6.1.5 Sobreaplicação ou Pulverização a Seco (over spray) ................................................ 83
3.2.6.1.6 Poros ou Porosidade (Pinhole) .................................................................................. 83
3.2.6.1.7 Craterização (Cratering/Crawling) ........................................................................... 84
3.2.6.1.8 Impregnação de Abrasivos, Limalhas de Aço e/ou Materiais Estranhos .................. 85
3.2.6.1.9 Inclusão de Pelos ....................................................................................................... 86
3.2.6.1.10 Empolamento (Blistering) ....................................................................................... 87
3.2.6.2 Principais Patologias de Pintura que Ocorrem Após a Exposição ao Meio ................. 87
3.2.6.2.1 Perda de Brilho e Alteração da Cor ........................................................................... 88
3.2.6.2.2 Sangramento ou Ressolubilização ............................................................................. 88
3.2.6.2.3 Calcinação ................................................................................................................. 89
3.2.6.2.4 Erosão ........................................................................................................................ 89
3.2.6.2.5 Enrugamento (Alligatoring) ...................................................................................... 89
3.2.6.2.6 Descascamento .......................................................................................................... 90
3.2.6.2.7 Fendimento ................................................................................................................ 90
3.2.6.2.8 Recomendações Especiais para Pinturas com Poliuretanos e Pinturas sobre Primer
de Zinco.................................................................................................................... 91
6 CONCLUSÕES.................................................................................................................. 134
1 INTRODUÇÃO
O contrato para a construção das plataformas de petróleo WHP-1 e WHP-2 teve seu
início em 2012, com a empresa ítalo-argentina Techint - Engenharia e Construção S/A. A
modalidade de contrato escolhida foi a Engineering, Procurement, Construction (EPC), ou
Engenharia, Suprimentos, Construção; e o local da construção foi o canteiro de propriedade
da construtora denominado UOT-Unidade Offshore Techint, que está estrategicamente
situado na cidade de Pontal do Paraná-PR, na baía de Paranaguá, onde há fácil acesso ao
Oceano Atlântico (Figuras 1 a 5).
Figura 1. Balneário de Pontal do Sul, em Pontal do Figura 2. UOT- Unidade Offshore Techint
Paraná-PR
UOT
Figura 3. Mapa da baía de Paranaguá (Paraná) Figura 4. Mapa parcial da costa leste do Brasil
UOT
Oceano
Atlântico
UOT
1
Onshore – serviços de construção em terra.
2
Load-out – grande operação que realiza o embarque da plataforma em balsa ou embarcação apropriada para
transporte ao seu destino final.
3
Offshore – serviços de construção embarcados, sobre a plataforma ou sobre navio; esse termo também se refere
a um tipo de plataforma e significa “afastado da costa”.
4
Hook-up – acoplamento das plataformas ao poço de petróleo.
5
Drilling package - módulo de perfuração da plataforma.
6
Float over – instalação.
25
1.1 Objetivos
2 ESTUDO DA CORROSÃO
O metal A é por onde a corrente deixa o metal (anodo), que é corroído. O catodo é
para onde a corrente elétrica se dirige. O eletrólito é o meio por onde a eletricidade ou
corrente elétrica é conduzida na forma de íons, que são átomos carregados positivamente.
Anodo e catodo também são conhecidos como eletrodos e podem consistir de dois metais
diferentes ou áreas diferentes de um mesmo metal (RAMANATHAN, 1988).
No mecanismo eletroquímico da corrosão ocorrem basicamente dois tipos de reação:
Reação anódica – O átomo metálico deixa o corpo metálico para formar íons
desse metal no eletrólito (fenômeno também chamado de dissolução anódica), pois há
realmente uma dissolução do metal (Figura 7(a)). Os elétrons livres, que, devido a essa reação
anódica, permanecem no metal, migram para outra parte da superfície do metal onde são
utilizados, ou movem-se por um de condutor externo para outro corpo metálico (por exemplo,
cobre), onde são consumidos em outra reação superficial (RAMANATHAN, 1988;
Figura 7(b)).
Figura 7. Dissolução anódica do metal em um meio aquoso
Reação catódica – Por consequência e analogia, o catodo pode ser uma parte
diferente da superficie do mesmo corpo metálico imerso em eletrólito, ou outro corpo de
metal diferente, e o balanço elétrico se restabelece. No exemplo anterior, quando há contato
elétrico do ferro por meio do condutor com o cobre, a reação de redução (H+ + e- → H) ocorre
na superfície do catodo (Cu) e não no anodo, promovendo mais corrosão, do tipo galvânica
(RAMANATHAN, 1988).
31
Me → Mez+ + ze (Equação 1)
7
Solvatação – Mecanismo de dissolução em que íons negativos e positivos ficam envoltos por moléculas de
solvente, como a água, por exemplo.
32
saturado com íons metálicos, enquanto o plano de Helmholtz interno (plano Q) é formado por
íons não solvatados ou parcialmente solvatados. O metal que forma essa dupla camada
elétrica é denominado de eletrodo. Além da camada dupla, há a camada de Gouy-Chapman,
que contém íons não solvatados difusos em eletrólito de propriedades normais (WOLYNEC,
2003).
Jones (1996), ao descrever essa complexa interface entre metal condutor e solução
aquosa, afirma que, por serem as moléculas de água polares e assimétricas, são atraídas pela
superfície condutora, formando uma camada de solvente orientada (plano de Helmholtz
interno), que evita uma aproximação próxima de partículas carregadas (íons) da maior parte
da solução. Os íons carregados também atraem e agrupam, em torno de si, sua própria capa de
moléculas polares de solvente da água, o que os isola ainda mais da superfície condutora. O
plano de fechamento de cátions carregados positivamente diante da superfície de metal
carregada negativamente é muitas vezes referido como plano de Helmholtz externo, como
indicado na Figura 9. O resultado é uma estrutura interfacial de cargas separadas, comumente
referida como dupla camada elétrica, que se comporta experimentalmente de maneira muito
semelhante a um capacitor carregado, no qual o campo elétrico da estrutura da camada dupla
previne a fácil transferência de carga, limitando as reações eletroquímicas na superfície.
A célula padrão básica utilizada para medir os potenciais relativos dos metais é,
segundo Ramanathan (1988), composta por duas células. Uma meia-célula é constituída por
um eletrodo de platina platinizada, imerso em solução de hidrogênio em concentração
definida de íons de hidrogênio, onde o gás de hidrogênio é borbulhado. A outra meia-célula é
constituída por um metal (comercialmente puro), que deve ser medido em uma solução de um
34
Tabela 1. Potenciais de eletrodo padrão – Valores extraídos da série eletroquímica das principais reações a 25 °C
Potenciais de eletrodo
Reação do eletrodo
padrão a 25 °C - E° (Volts)
Au3+ + 3e- ⟶ Au 1,42
Ag+ + e- ⟶ Ag 0,80
Cu2+ + 2e- ⟶ Cu 0,16
2H+ + 2e- ⟶ H 0,00
Pb2+ + 2e- ⟶ Pb -0,12
Fe2+ + 2e- ⟶ Fe -0,44
Zn2+ + 2e- ⟶ Zn -0,76
Al3+ + 3e- ⟶ Al -1,67
Mg2+ + 2e- ⟶ Mg -2,34
Fonte: WOLYNEC (2003).
(Equação 3)
8
Concentração molal – Índice que expressa a razão entre o número de mols do soluto por quilogramas de
solvente, sendo a resposta denominada de molal (mol).
9
Número de valência – Na química, valência é um número que indica a capacidade que um átomo de um
elemento tem de se combinar com outros átomos, capacidade essa que é medida pelo número de elétrons que
um átomo pode dar, receber, ou compartilhar de forma a constituir uma ligação química. Ex.: Ferro = valência
2: Fe2+ + 2e- ⟶ Fe.
35
V I .R (Equação 4)
2.1.3.1 Os Metais
Para saber o modo como um metal é corroído, onde é corroído e por que é corroído,
deve-se levar em consideração as heterogeneidades nele existentes. Um metal perfeito (ideal)
é uma formação cristalina com átomos idênticos e equidistantes entre si, de onde se pode
concluir que não há diferença do estado de energia entre os átomos (Figura 11(a)).
No entanto, conforme mostrado na Figura 11(b), o metal na realidade é um retículo
cristalino incompleto, em cuja configuração existem átomos localizados nas bordas ou
extremidades dos cristais (B), nos cantos (C) e no meio (M). Nesses pontos, o número de
10
Par eletrolítico – Dois metais diferentes inseridos em um eletrólito ligados por condutor externamente, por
exemplo: ferro e zinco, ouro e ferro, platina e cobre.
36
ligações átomo-átomo a serem quebradas é menor e o metal tem maior tendência à dissolução
(RAMANATHAN, 1988).
orientações e densidades variáveis de um grão para outro, existem planos com maior
densidade de átomos do que outros em uma determinada liga. A estrutura metalúrgica e
propriedades, com frequência, têm grande efeito sobre a corrosão. Além disso, há contornos
de grãos que corroem com mais velocidade do que seu interior, pois são regiões de maior
energia, e as ligas que contêm grãos com orientações preferenciais também são atacadas mais
rapidamente. Certas ligas que têm segregação de compostos intermetálicos nos contornos dos
grãos dão origem à corrosão intergranaular e se tornam mais vulneráveis aos ataques de
determinados agentes corrosivos. As ligas que têm diferenças de composição química entre
dois pontos de um mesmo elemento estrutural possuem suas partes com maior concentração
de metal menos nobre corroídas preferencialmente (menor potencial de eletrodo). Corrosão
acentuada pode surgir em inclusões macroscópicas e microscópicas, como bordas com
rebarbas, frestas, revestimentos descontínuos ou de baixa espessura, e outros defeitos
introduzidos em metais e ligas durante a fabricação (RAMANATHAN, 1988; JONES, 1996).
2.1.3.1.2 Os Aços
O aço é uma liga composta de ferro e carbono, com teor de carbono entre 0,008 % e
2 % em massa (ligas com teores acima de 2,06 % fazem parte da categoria dos ferros
fundidos) e pequenas quantidades de manganês, silício, enxofre, fósforo, etc. De acordo com
o objetivo desejado e a finalidade de adquirir certas propriedades, entre elas a característica
anticorrosiva, podem ser adicionados ao aço certos elementos de liga, como cobalto, cromo,
níquel, manganês, molibdênio, vanádio, tungstênio e outros mais usados na preparação de
aços especiais denominados aços-liga.
Quando os elementos de liga do aço são apenas ferro e carbono, a liga recebe o nome
de aço-carbono, aço comum ou aço ordinário (termo em desuso). Na construção de estruturas
metálicas de maneira geral, essa é a liga geralmente utilizada em estruturas aéreas, aplicando
um método adequado de proteção anticorrosiva, como a pintura. Os aços-carbono são
subdivididos em aços de baixo teor de carbono (C< 0,3 %) em massa, que possuem alta
ductilidade e são os mais indicados para trabalho mecânico e soldagem. Normalmente, são
utilizados em pontes, edifícios, navios, caldeiras e peças de grandes dimensões. Na maior
parte dos aços estruturais, a quantidade de carbono está situada no intervalo
(0,06 %< C < 0,2 %). Os aços de médio carbono são aqueles com teor de carbono no intervalo
(0,3 % < C < 0,5 %), e, quando temperados e revenidos, atingem alta tenacidade e resistência
mecânica, sendo indicados para uso em engrenagens, bielas, etc. Os aços de alto teor de
carbono (C > 0,5 %) são os que possuem elevada dureza e resistência mecânica após têmpera.
38
Tabela 2 – Limites da composição química dos aços NVA, NVB, NVD e NVE
Limites - % em massa 1
2
Grau C Si Mn 2 P S Al
3
NV A 0,210 0,500 Min 2,5 x C 0,035 0,035 -
NV B 0,210 0,350 Min 0,8 4 0,035 0,035 -
NV D 0,210 0,10 a 0,35 Min 0,6 0,035 0,035 Min 0,020 5
NV E 0,180 0,10 a 0,35 Min 0,7 0,035 0,035 Min 0,020 5
1- Composição em percentagem em massa por massa máxima, a menos que seja apresentada como um intervalo
ou como um mínimo.
2- C + 1/6 Mn não deve exceder 0,4 %.
3- Máximo de 0,23 % por seção.
4- Mínimo 0,60 % quando o aço é testado a impacto.
5- Conteúdo total. Teor solúvel em ácido. Se determinado, deverá ser no mínimo 0,015 %.
Fonte: DNV (2012).
Ábacos ajudam na escolha do aço mais indicado para os diversos meios corrosivos,
como o denominado Corrosion Data Survey: Metals Section, da National Association of
Corrosion Engineers (NACE, 1985).
2.1.3.2 O Meio
Figura 12. Exemplos de influência da variação de: concentração íons metálicos do próprio metal (a), pH (b),
concentração de O2 (c), concentração íons Cl- (d)
Para um metal em uma solução aquosa de seus próprios íons, a região onde há maior
concentração de íons possui maior potencial do que a região de menor concentração, o que
torna a região de menor concentração anódica e, por consequência, é corroída, o mesmo
acontecendo nas regiões de maior concentração de hidrogênio ou de oxigênio. Para íons
cloreto, a região de maior concentração (menor potencial) torna-se anódica e corrói
(RAMANATHAN, 1988).
Os ambientes (meios) corrosivos no campo da corrosão eletroquímica são os
responsáveis pelo aparecimento do eletrólito. Os principais meios corrosivos e seus
respectivos eletrólitos são, segundo Nunes e Lobo (2007), solos, águas naturais (dos rios, dos
lagos ou do subsolo), água de mar, produtos químicos e atmosfera.
2.1.3.2.1 Solos
2.1.3.2.5 Atmosfera
A corrosão localizada pode ser definida como a remoção seletiva do metal pela
corrosão em pequenas áreas de uma superfície metálica, ou quando ela apresenta um tipo de
corrosão diferenciado com relação ao restante da superfície exposta ao meio corrosivo
(RAMANATHAN, 1988; JAMBO; FÓFANO, 2008). Ocorre por concentração diferencial de
determinados agentes no meio, pela formação de pilhas de concentração iônica diferencial e
pilhas de aeração diferencial (CÂNDIDO, 2005 apud RIBAS, 2016). Também sucede quando
o metal é colocado em um ambiente não homogêneo (PANNONI, 2004).
Para a compreensão da corrosão localizada, quatro conceitos devem ser
compreendidos: células de ação local, relação entre o tamanho da área de anodo e catodo,
aeração diferencial e variação de pH durante a corrosão localizada.
43
Segundo Ramanathan (2008), a célula de ação local é uma pequena área da superfície
do metal que contém regiões anódica e catódica separadamente. Elas surgem devido a
diferenças entre pequenas áreas vizinhas, podendo ser resultantes de heterogeneidades no
metal ou no meio, e ainda pela existência de correntes impressas (altas correntes geram maior
taxa de corrosão). Heterogeneidades no metal podem se dar por diferenças no potencial de
corrosão (potencial de eletrodo) de partes adjacentes do metal. Heterogeneidades no meio
podem ser causadas por diferencial de temperatura, grau de agitação ou concentração.
Correntes impressas podem ser causadas pelo contato com material dissimilar ou pela
aplicação de um potencial externo.
E explica que, no caso de corrosão uniforme, considera-se que a área anódica é igual à
área catódica por serem inseparáveis, então Aa Ac . O autor deduz que as densidades de
corrente (I/A) = i anódica e i catódica são iguais, resultando em uma corrosão uniforme ao longo de
toda a peça. Segundo ele, como no caso da corrosão localizada, tem-se regiões de pequena
área anódicas e o restante da superfície catódica, Aa Ac , e, sendo as correntes totais anódica
e catódica iguais (Ia= Ic), no local com menor área haverá maior densidade de corrente,
portanto ia ic . Quanto maior a diferença entre ianódica e icatódica, mais intensa é a corrosão
localizada na área anódica.
Ic Ia (Equação 5)
Ia I
i a c ic (Equação 6)
Aa Ac
44
Figura 13. Célula de ação local e a migração dos íons Figura 14. Superfície de aço recoberta por superfície
do metal descontinua de Fe3O4
Aeração Diferencial
Situação similar é mostrada na Figura 16, que ilustra a imersão de uma placa metálica
vertical em uma solução; a região superior da placa torna-se o catodo devido à maior aeração,
e a região inferior torna-se o anodo devido à maior distância da interface ar-solução.
(RAMANATHAN, 1988).
Figura 17. Representação esquemática da corrosão Figura 18. Chapa com corrosão uniforme
uniforme na seção de uma peça de aço
de zinco, que é corroída prioritariamente enquanto houver zinco (JONES, 1996; JAMBO;
FÓFANO, 2008).
Figura 19. Par galvânico entre aço inoxidável e cobre Figura 20. Par galvânico entre aço-carbono e cobre
Aço- Cobre
Cobre carbono
Aço
inoxidável
ABNT 316
Possui grande influência a relação de tamanho entre as áreas catódica e anódica. Ela
deve ser a menor possível se a intenção é que o desgaste seja menor e mais uniforme na área
anódica. É de grande importância assegurar que os íons que compõem o eletrólito não sejam
catódicos em relação ao material a proteger, pois nessa hipótese os íons tornam-se reduzidos e
o metal a proteger é oxidado (RAMANATHAN, 1988).
Na Figura 21 exemplificam-se as possibilidades de ocorrência ou não da corrosão
galvânica. Na Figura 22 ilustram-se situações em que pode ou não ocorrer a corrosão
galvânica, mostrando que, para que ela ocorra, é necessária a existência de um contato elétrico
entre anodo e catodo mergulhados em eletrólito. Na Figura 23 é apresentada uma série
galvânica em água de mar a 25 ºC.
Qualquer liga é preferencialmente corroída quando acoplada a outra liga com um
potencial mais positivo ou nobre na sére galvânica da Figura 23. Diz-se da liga mais negativa
(ou menos nobre) na associação de dois metais (par galvânico) que ela é a liga ativa dessa
associação (JONES, 1996).
A corrosão em frestas pode ocorrer em locais como peças rebitadas (Figura 24) ou
detalhes construtivos de projeto (Figura 25), nas quais há juntas de contato do mesmo metal;
metais diferentes; ou metais com não metais, como plásticos, borrachas, vidros, etc. Essas
juntas exigem uma boa calafetação para evitar a corrosão por frestas (RAMANATHAN,
1988; CÂNDIDO, 2005; RIBAS, 2016).
49
filamentos em crescimento não são afetados pelo tipo ou espessura do revestimento. Dessa
forma, a corrosão filiforme é uma típica célula de aeração diferencial, montada entre um
anodo acidificado desaerado na cabeça dos filamentos e um catodo alcalino próximo,
alimentado pela água e oxigênio por meio da cauda de filamentos (JONES, 1996; Figura 28).
Figura 26. Depósito de material sobre superfície Figura 27. Corrosão filiforme com rede de fios
metálica inativos convergindo para cabeça inativa
11
Primer – Tipo de tinta de proteção aplicada antes da aplicação da tinta principal.
52
Figura 29. Representação esquemática de formas Figura 30. Representação esquemática por pite com
de pites depósito em um metal genérico M
Preston e Souval (1956), citadas por Gentil (2007), que representa a deposição de partículas
de cloreto de sódio nas superfícies de ferro em diferentes valores de URA. As curvas
evidenciam que a corrosão, mesmo na presença de cloreto de sódio, só se torna acentuada
com a elevação da URA (GENTIL, 2007).
Figura 31. Influência do dióxido de enxofre (SO2) na Figura 32. Relação da corrosão por cloreto de sódio
ação corrosiva da atmosfera com a umidade relativa do ar
ozônio (O3); dióxido de enxofre (SO2); trióxido de enxofre (SO3), monóxido de nitrogênio
(NO); dióxido de nitrogênio (NO2). Em áreas industriais, encontram-se gás sulfídrico (H2S);
amônia (NH); cloreto de hidrogênio (HCl); fluoreto de hidrogênio (H2F2) e cloro (Cl2). Com
menor frequência, são encontrados na atmosfera ácidos orgânicos, como o ácido acético, que
produz corrosão em cobre (GENTIL, 2007).
Sob o aspecto da corrosão, têm grande importância o O2 e o CO2, sendo que o O2,
quando dissolvido em filmes de eletrólito, é reagente catódico nos processos de corrosão; e o
CO2 é importante apenas para a corrosão de alguns metais, como no zinco, e menor escala em
aços.
Existem contaminantes na atmosfera, como os óxidos de enxofre e principalmente o
dióxido de enxofre (SO2), que exercem importante influência na corrosão atmosférica dos
aços e zinco, que em específicas condições de umidade reagem formando o ácido sulfídrico,
que é o gás sulfídrico (H2S) em solução aquosa, ou o ácido sulfúrico (H2SO4), que é um
agressivo agente corrosivo para metais, cujo produto da corrosão são sulfatos e/ou sulfetos
derivados desse metal (RAMANATHAN, 1988).
As concentrações características dos principais contaminantes da atmosfera em
ambientes rurais e urbanos são dadas na Tabela 3.
metal. O CO é considerado um gás neutro, pois não reage com nenhuma substância, mas é um
gás tóxico.
Ozônio – Reage com os elastômeros, causando perda de elasticidade.
Dióxido de enxofre (SO2) e trióxido de enxofre (SO3) – São resultantes da queima
de combustíveis contendo enxofre, como queima de gasolina ou carvão contendo enxofre, e
da queima de gases residuais das refinarias. São os agentes corrosivos mais presentes em
ambientes industriais e urbanos. Ao reagirem com a umidade presente no ar, formam ácido
sulfuroso (H2SO3) e ácido sulfúrico (H2SO4). A chuva ácida é resultado da presença de
óxidos de enxofre e óxidos de nitrogênio na atmosfera. A presença de enxofre na atmosfera
vem sendo reduzida com o emprego em maior escala de gás natural, que não contém enxofre.
Óxidos de nitrogênio (NO) e (NO2) – Podem ser originados da combinação de
nitrogênio e oxigênio da atmosfera provocada por descargas elétricas, ou da descarga de
veículos, formando o ácido nítrico.
Gás sulfídrico (H2S) – Gás presente nas proximidades de refinarias, mangues e
pântanos, combina-se com metais, resultando na formação de sulfetos, como sulfeto de cobre
(CuS), que escurece o cobre; sulfeto de cádmio (CdS), que produz cor amarelada em
revestimentos de cádmio; sulfeto de chumbo (PbS), que escurece tintas à base de zarcão
(óxido de chumbo – Pb3O4)13; e sulfeto de prata (Ag2S), que escurece contatos telefônicos.
Amônia (NH3) – Está presente na atmosfera próxima às fábricas de ácido nítrico
(HNO3) e de ureia OC(NH2)2, que utilizam a amônia como matéria-prima; ou próximo a
unidades de produção de amônia, comum em fábricas de fertilizantes. É recomendável evitar
produtos de cobre e suas ligas nesses locais, pois são muito atacados pela ação conjunta de
amônia, oxigênio e água.
Gás cloreto de hidrogênio (HCl) – Pode estar presente nas imediações de fábricas
de PVC (policloreto de vinila), que o utilizam como matéria-prima e em contato com a
umidade atmosférica. Possui 92,5 % dos cátions de hidrogênio ionizados, formando o ácido
clorídrico (HCl), que é forte agente corrosivo e considerado vólátil.
Fluoreto de hidrogênio (HF) – Presente nas proximidades de fábricas de
fertilizantes, pois é uma matéria-prima dos fertilizantes, a apatita fostato de cálcio Ca(PO4)2
tem como impurezas o cloreto e o fluoreto de cálcio: CaCl2 e CaF2. No processamento da
apatita para obtenção do superfosfato, ocorre a liberação de HCl e HF, ácidos provenientes do
cloreto e fluoreto de cálcio, que, em contato com a umidade da atmosfera, produzem ácido
13
Atualmente, não mais utilizado.
57
clorídrico e ácido fluorídrico, que são agentes corrosivos. O ácido fluorídrico ataca também
materiais vitrosos.
Cloro (Cl2) – Pode ser encontrado nas proximidades de fábricas de soda cáustica
(NaOH), onde se faz a eletrólise da salmoura, que é uma solução concentrada de cloreto de
sódio para obter soda cáustica, hidrogênio e cloro. O cloro também pode existir na atmosfera
das proximidades de estações de tratamento de água e de fábricas de celulose, que utilizam o
cloro para branqueamento da celulose.
14
Sésseis – Micro-organismos que vivem aderidos ao substrato.
58
O ensaio de névoa salina, conhecido por salt pray, é realizado com base na Norma
NBR 8094 (ABNT, 1983), elaborada com base na Norma ISO 9227 (ISO, 2012), utilizada em
conjunto com a Norma B117-16 (ASTM, 2001a). A Norma NBR 8094 (ABNT, 1983)
prescreve o método para a execução de ensaios de exposição à névoa salina em materiais
metálicos revestidos e não revestidos, e tem como objetivo provocar a corrosão acelerada em
amostras de corpos de prova.
A aparelhagem consiste em uma câmara de ensaio de capacidade mínima de 0,4 m3,
reservatório de solução, fonte de ar comprimido, bicos pulverizadores, suporte de corpos de
prova, dispositivo para aquecimento da câmara, controle das condições de operação durante
todo o período do ensaio por meio de dispositivos adequados. A câmara, a diluição do
59
3 PROCESSOS DE PINTURA
Desde o século passado, os aços são os materiais mais utilizados na construção naval,
industrial, portuária, em embarcações, plataformas de petróleo e estruturas metálicas diversas,
o que fez surgir a necessidade de uma proteção anticorrosiva para o metal, principalmente
quando utilizado em estruturas, equipamentos e outros elementos importantes. Seu sucesso
somente foi possível com o emprego de revestimentos anticorrosivos que oferecessem
proteção eficaz.
que o revestimento impede o acesso dos agentes corrosivos ao substrato, mas que sua difusão
em direção ao metal torna-se desacelerada, por meio da resistência iônica do filme
(principalmente da resina), com redução dos íons. Isso porque a resistência da película de
tinta à difusão de água, vapor de água e oxigênio atmosférico não é suficientemente alta para
impedir a corrosão. A capacidade de uma tinta impedir a passagem desses fluidos pode ser
melhorada substancialmente com o aumento da espessura da película seca de pintura e com a
incorporação de pigmentos e cargas na formulação da tinta.
O tempo de proteção que a tinta oferece é proporcional ao tempo que o eletrólito leva
para atingir a superfície do metal a ser protegido. O tempo de permanência da pintura sobre a
superfície e, por conseguinte, da proteção oferecida por ela, depende de sua composição
química, das forças de coesão e adesão, de sua espessura e de permeabilidade quanto à
passagem do eletrólito através da película. Levando em conta que o processo corrosivo se
inicia assim que o eletrólito atinge a superfície metálica, a pintura, além de outras formas de
proteção que a tinta pode oferecer, ao impedir o contato entre o meio corrosivo e a superfície
metálica, retarda o movimento iônico entre as áreas anódica e catódica do metal em sua ação
por barreira (Figura 33).
Figura 33. Revestimento atuando por barreira, separando o agente corrosivo do metal a ser protegido
A corrosão sempre ocorre por baixo da película, caso tenha acesso ao substrato,
permeando pela própria película devido à sua porosidade, o que estabelece contato da
superfície metálica com o meio corrosivo. Ela ocorre também nos casos em que há
descontinuidade da película devido a danos mecânicos ou quando a própria película é atacada
pelo meio corrosivo, o que torna importante a escolha correta do material quanto à resistência
ao ataque do agente corrosivo (NUNES; LOBO, 2007).
63
Figura 34. Proteção catódica por meio de revestimento metálico anódico em relação ao aço-carbono
Segundo Nunes e Lobo (2007), a pintura industrial deve obedecer, em todas as suas
fases, a procedimentos nos quais sua elaboração observe determinações das normas aplicáveis
e que sejam capazes de retroalimentar o sistema com o intuito de corrigir e evitar repetição de
falhas com aprimoramento do processo.
64
A utilização das tintas visa à formação de uma eficaz proteção anticorrosiva e ocorre
em geral em três etapas: preparação da superfície metálica, aplicação da tinta de fundo ou
primer, pintura intermediária em alguns casos e aplicação da tinta de acabamento.
Segundo Chawla e Gupta (1995), tem sido reavaliado o papel crucial da pintura
intermediária. Ela pode aumentar a vida útil da pintura em duas a três vezes. Trata-se de um
revestimento inorgânico que proporciona ao revestimento orgânico das demãos subsequentes
uma interface menos condutora e semiporosa para melhor ancoragem.
À especificação precisa de como deve ser cada uma dessas etapas dá-se a
denominação de “esquema de pintura”. Nele é definido qual processo a ser utilizado na
preparação de superfície, sua rugosidade, a especificação do primer utilizado, das tintas
intermediárias e de acabamento e de suas respectivas espessuras de película. Em um mesmo
projeto, são definidos vários esquemas de pintura, em função das condições às quais o sistema
vai estar sujeito, como: agressividade do meio, agente agressivo, grau de concentração do
agente agressor, temperatura de operação, tempo decorrido sem manutenção, etc.
de fundo. Além de remover tudo que possa se interpor entre a tinta e a superfície metálica
(limpeza), deve-se criar condições para uma boa aderência da primeira demão da tinta de
fundo à superfície metálica. Isso é garantido pela ampliação da área de contato entre tinta e
superfície metálica formando um perfil de rugosidade capaz de permitir a ancoragem
mecânica. Conforme a definição do esquema de pintura, a tinta de fundo pode ser aplicada em
uma ou mais demãos (CHAWLA; GUPTA, 1995; NUNES; LOBO, 2007).
No Brasil, a maneira de medição do perfil de rugosidade é pelo sistema M (Figura 35),
que é a linha paralela à direção geral do perfil, no comprimento da amostragem, de tal modo
que a soma das áreas superiores, compreendidas entre ela e o perfil efetivo, seja igual à soma
das áreas no comprimento da amostragem (REBRAC, 2018). A rugosidade é dada pela média
da altura das medições em relação à linha média, medida em µm. Ela favorece a aderência da
tinta ao substrato, pela maior superfície de contato por unidade de área do substrato, se
comparada ao substrato sem tratamento de superfície (Figura 36).
Figura 35. Linha média ou sistema M para determinação do perfil de rugosidade de uma superfície metálica
O valor a ser especificado como perfil de rugosidade para o esquema de pintura deve
levar em consideração a espessura da camada de tinta e da película seca da primeira demão da
tinta de fundo. Deve ser evitada a exposição dos picos da rugosidade no intervalo entre a
primeira e segunda demãos, devendo o perfil de rugosidade variar entre 1/3 e 1/4 da espessura
66
da camada de tinta aplicada do esquema (EPS). Quando estiver previsto grande tempo de
aplicação entre a primeira e a segunda demãos, é recomendável, segundo Nunes e Lobo
(2007), que esse perfil seja no máximo até 2/3 da espessura da primeira demão, para evitar
exposição dos picos (Figura 37).
A preparação da superfície do aço para pintura é tratada pela Norma NBR 15239
(ABNT, 2005), elaborada com base em várias normas internacionais, como as Normas D610-
01 (ASTM, 2001b), NACE VIS 7/SSPC-VIS 4 (NACE, 2002) e ISO 8501-1 (ISO, 2007).
Há vários métodos de limpeza de superfície: mecânica, química, a fogo, com vapor,
etc., sendo que em pinturas industriais a mais utilizada é a mecânica.
A limpeza mecânica para pintura envolve quatro operações: (1) inspeção, que
estabelece o estado inicial de oxidação do material; (2) limpeza com solventes e remoção de
defeitos superficiais, (3) lavagem com água doce para superfícies metálicas; e (4) limpeza por
ação mecânica (NUNES; LOBO, 2007).
3.2.1.1.1 Inspeção
A inspeção geral da superficie a ser pintada objetiva detectar óleos, graxas, gorduras,
defeitos superficiais e avaliar o estado geral de oxidação conforme a Norma NBR 15239
(ABNT, 2005), que determina o grau de intemperismo, elaborada com base na Norma ISO
8501-1 (ISO, 2007), que contém padrões fotográficos para referência definidos em grau A, B,
C ou D, variando desde a superfície recém-saída da laminação até a superficie com corrosão
67
uniforme generalizada. Ainda conforme a Norma NBR 15239 (ABNT, 2005), com base na
Norma D610-01 (ASTM, 2001b), são definidos graus 0, 2, 4, 6 e 8 para superfícies pintadas,
variando conforme o estado da pintura existente, desde intensa corrosão até pintura quase
intacta.
Limpeza, que não pode ser precária, para remoção de produtos da corrosão e outros
materiais por meio de ferramentas manuais, como escovas de aço, raspadores, lixas, etc. Esse
processo não é indicado para tintas de baixa adesividade ou que atuem pelo mecanismo de
proteção catódica. Equivale ao padrão St2 das Normas NBR 15239 (ABNT, 2005) e ISO
8501-1 (ISO, 2007).
2007), sendo recomendada somente quando não for possível realizar a limpeza por método
mais eficaz, como jateamento ou hidrojateamento.
3.2.3.2 Solvente
Substância destinada a solubilizar a tinta reduzindo sua viscosidade para facilitar sua
aplicação, o solvente é a parte volátil da tinta, que não permanece na película. Ele é escolhido
em função da natureza e da composição química da tinta. São exemplos de solventes os
hidrocarbonetos (alifáticos e aromáticos), álcoois, ésteres, água. Tintas mais modernas de
menor impacto ambiental têm baixo teor de solvente ou são isentas deles (GNECCO;
MARIANO; FERNANDES, 2006).
3.2.3.3 Pigmentos
Os pigmentos são substâncias incorporadas às tintas para dar cor à película, conferir
características cromáticas, mecânicas ou anticorrosivas. Uma mesma tinta pode combinar
mais de um tipo de pigmento, conforme as características desejadas. Como exemplos, podem-
se citar: pigmentos que dão opacidade e cor, também chamados de tintoriais (dióxido de
titânio, negro de carbono, oxido de ferro, pó de alumínio, etc.); pigmentos encorpantes e
reforçantes, também chamados de cargas (carbonato de cálcio, talco, barita, etc.); e pigmentos
anticorrosivos (zarcão, cromato de zinco, tetraoxicromato de zinco, fosfato de zinco, pó de
zinco, etc.) (GNECCO; MARIANO; FERNANDES, 2006).
alto teor de sólidos (high solid - HS), que causam menor exposição do pintor a produtos
químicos, gerando menor risco de explosões e incêndio. Essas novas tintas têm modo de
aplicação igual às convencionais (GNECCO; MARIANO; FERNANDES, 2006).
Figura 38. Valores típicos de matérias-primas nos três tipos de tecnologias de tintas
Outra maneira de classificar as tintas é pelo tipo de resina que elas possuem, pois por
meio dela são definidas suas características, propriedades e aplicações (GNECCO;
MARIANO; FERNANDES, 2006).
sobre tintas convencionais, que normalmente seriam atacadas pelos solventes fortes de epóxi e
poliuretanos (GNECCO; MARIANO; FERNANDES, 2006).
Algumas tintas alquídicas são à base de água; são esmaltes sintéticos para aplicação
sobre metais. Podem ser aplicadas em locais fechados sem interdição por apresentarem baixo
odor.
As tintas de resinas epóxi são bicomponentes de secagem ao ar, têm alto desempenho
e custo médio. Os dois componentes (pré-polímero epóxi e agente de cura, em geral uma
amina ou amida) apresentam-se no mercado com embalagens individuais para mistura na hora
da aplicação, denominadas parte A e parte B. A cura de tintas epóxis se dá por polimerização
da resina. Essas tintas necessitam de uma limpeza de superfície de alta qualidade, sendo
comum a aplicação do jato no metal quase branco e hidrojateamento de alta pressão no
mínimo.
74
resinas epóxicas podem ser usadas em temperaturas mais altas, até cerca de 230 ºC.
(GNECCO; MARIANO; FERNANDES, 2006; NUNES; LOBO, 2007).
Tintas Epóxi Curadas com Isocianatos – São tintas utilizadas como primer de
aderência sobre superfícies de aços galvanizados, alumínio, aços inoxidáveis ou outros metais
não ferrosos e sobre poliéster reforçado com fibras de vidro (fiberglass). A tinta da Norma
N-2198 (PETROBRAS, 2008) de epóxi-isocianato-óxido de ferro, indicada para aplicação
sobre aços galvanizados, zinco e alumínio para promover aderência do esquema de pintura,
pertence a essa categoria (GNECCO; MARIANO; FERNANDES, 2006).
Tintas Epóxi Curadas Hidrossolúveis – São as chamadas tintas WB (water based
ou water borne). Caracterizam-se pela facilidade de diluição, baixo nível de odor e emissão
de solventes próximo de zero. São recomendadas para superfícies de concreto ou aços-
carbono em ambientes de média ou baixa agressividade e também em ambientes onde não
pode haver evaporação de solventes; entretanto não são recomendadas para trabalhos em
imersão (GNECCO; MARIANO; FERNANDES, 2006).
alifático. São também utilizadas em conjunto com primers epóxi. Podem apresentar-se na
versão brilhante e semibrilhante. Podem ser de alta espessura (125 µm por demão) ou
espessura convencional (30 a 40 µm por demão). É o tipo da tinta da norma N-2677
(PETROBRAS, 2007a), utilizado na WHP-2 (GNECCO; MARIANO; FERNANDES, 2006).
Tintas com Resina de Poliuretanos Aromáticos – Formadas por poliéster com
isocianato aromático, têm boa resistência química, rápida secagem e facilidade de lixamento.
Apresentam pouca resistência ao intemperismo e devem ser aplicadas apenas em interiores ou
como primers. Possuem alto teor de sólidos e boa capacidade de proporcionar acabamentos
nivelados. Usadas principalmente em superfícies de fiberglass (poliéster reforçado com fibra
de vidro) ou sobre aços-carbono (GNECCO; MARIANO; FERNANDES, 2006).
Figura 39. Componente A de resinas poliuretânicas Figura 40. Componente B de tintas poliuretânicas
Fonte: GNECCO; MARIANO; FERNANDES (2006). Fonte: GNECCO; MARIANO; FERNANDES (2006).
3.2.5.2.5 Tintas com Resina de Etil Silicato de Zinco (Silicato Inorgânico de Zinco)
Para cada tipo de resina aplicada, há um solvente mais indicado. Segundo Nunes e
Lobo (2007), quanto ao solvente, as tintas podem ser classificadas em: tintas com solventes
orgânicos, tintas hidrossolúveis e tintas sem solventes.
Os solventes das tintas industriais normalmente utilizam compostos orgânicos 100 %
voláteis derivados do petróleo e têm a função de dissolver a resina, devendo-se utilizar o
solvente mais apropriado para cada tipo de resina (Quadro 3). As tintas hidrossolúveis são as
emulsionadas com água, que é responsável pela dispersão da resina e o mecanismo principal
de secagem coalescência15, sendo mesmo assim necessária a presença de uma pequena
porcentagem de solvente orgânico coalescedor (menos de 5 % do volume da tinta). As tintas
sem solventes em pó foram viabilizadas tecnicamente pelo desenvolvimento das resinas, para
aplicação pelos processos tradicionais (pincel, rolos e pistolas com ou sem ar), mas são
normalmente aplicadas em equipamentos de pintura eletrostática, e são aplicadas em
tubulações enterradas ou submersas e na pintura de eletrodomésticos em fábricas. Elas
formam uma película bastante impermeável, sendo as mais empregadas o epóxi, epóxi-
poliéster (ambientes abrigados) e poliéster-poliuretana (ambientes exteriores).
15
Coalescência – Processo de secagem de uma tinta à base de dispersão aquosa de polímeros, no qual essas
partículas flutuam soltas na tinta e se fundem quando postas em contato entre si ao evaporar-se a água. Após a
secagem, a película torna-se impermeável à própria água.
78
Tabela 4. Preparo de superfície com jato abrasivo e espessuras de película para pintura
Industrial ou Peças
Ambiente Rural Urbano Imersão
marítimo enterrradas
Preparo de superfície mínimo Sa2½ Sa2½ Sa2½ Sa2½ Sa3
Faixa de espessura (µm) 80 a 15 100 a 200 240 a 300 400 a 500 375 a 500
Fonte: GNECCO; MARIANO; FERNANDES (2006).
Tabela 5. Preparo de superfície com limpeza mecânica e espessuras de película para pintura
Industrial ou Peças
Ambiente Rural Urbano Imersão
marítimo enterrradas
Preparo de superfície mínimo St3 St3 St3 - -
Faixa de espessura (µm) 125 a 175 150 a 250 250 a 375 - -
Fonte: GNECCO; MARIANO; FERNANDES (2006).
Após a exposição, a película começa a sofrer efeitos do meio ambiente que irão
determinar alterações superficiais. Essas alterações podem ser consideradas normais para
determinado sistema de pintura sob certas condições, ou podem ser consideradas falhas, em
outro sistema ou apenas sob outras condições. Algumas alterações não são consideradas
falhas ou defeitos, por serem inerentes ao tipo de tinta considerado. Por exemplo: é esperada a
perda de brilho ou o gizamento (chalking) em tintas de acabamento epóxi, o que não deve
ocorrer em tintas de acabamento em poliuretano alifático.
As falhas que aparecem após a aplicação e/ou exposição da película podem ser apenas
superficiais ou estruturais. As de efeito superficial afetam a cor e brilho e interferem nas
características decorativas, estéticas, de segurança ou ainda de identificação pela cor da
película. As falhas de efeito estrutural comprometem a integridade da película e, por
consequência, a eficiência protetora contra a corrosão do revestimento.
São falhas de efeito superficial: perda de brilho, alteração de cor (desbotamento,
escurecimento e amarelamento), calcinação, erosão, sangramento, enrugamento, retenção de
poeira. São falhas de efeito estrutural: descascamento, empolamento, fendimento,
enferrujamento. As falhas podem ocorrer devido a problemas durante a aplicação ou surgirem
após a exposição ao ambiente.
80
Figura 41. Patologia de escorrimento da tinta na forma Figura 42. Patologia de escorrimento da tinta na forma
de cordões de cortina
16
Boneca – Termo utilizado em pintura industrial que se refere a uma trouxa de pano.
81
Figura 43. Patologia casca de laranja em pintura Figura 44. Patologia casca de laranja em pintura
automotiva automotiva
A espessura irregular do filme, por falta e/ou excesso de espessura na tinta, indica falta
de uniformidade e que ele está fora das tolerâncias médias. As áreas com baixa espessura
apresentam pouca cobertura, o que favorece a corrosão e pode apresentar sombreamento da
demão anterior (Figuras 45 e 46).
Figura 45. Espessura irregular da tinta em tubulação Figura 46. Espessura irregular vista por espelho em
local de difícil acesso
muito viscosa ou com pouco alastramento, diluição incorreta da tinta, falta de controle de
espessura úmida, pistola com pulverização em pulsos, superfícies difíceis de pintar.
Solução – Antes da secagem, remover a tinta com trincha macia em áreas com
excesso e aplicar outra demão. Após a secagem, lixar e procurar uniformizar áreas com outra
demão. Modificar as condições de aplicação com pistola. No caso de uma primeira demão
com riscos e que já contiver corrosão por insuficiência de espessura, remover toda a pintura e
aplicar outra demão. As correções podem ser feitas por meio de retoques de pintura na região
afetada por baixa espessura (ALMEIDA, 2008; ABRACO, 2009).
Figura 48. Sobreaplicação de tinta em casco de navio Figura 49. Sobreaplicação de tinta em chapa de aço-
carbono
17
Holiday detector – Equipamento que detecta descontinuidades da película do revestimento pela passagem da
corrente elétrica. A detecção pode ser por via seca ou via úmida.
18
Atomização – Dispersão de um líquido em gotículas formando uma névoa.
84
substrato ou tinta muito porosa em demão anterior (ex.: silicato inorgânico de zinco), falta de
controle da espessura do filme úmido, over spray e também falta de habilidade do pintor ou
uso de solvente errado na diluição da tinta.
Solução – Antes da secagem, corrigir a atomização. Após a secagem, avaliar a
extensão atingida. Dependendo da extensão, lixar e aplicar outra demão ou remover a pintura
toda e fazer reaplicação (NUNES; LOBO, 2007; ABRACO, 2009).
Figura 50. Presença de poros (pinhole) em tintas Figura 51. Presença de poros em tintas (pinhole)
Figura 52. Presença de crateras tipo “olho de peixe” em Figura 53. Presença de crateras tipo “fervura” em
tintas tintas
Figura 54. Impregnação de materiais sobre pintura Figura 55. Impregnação de materiais em tinta
acabada
Figura 56. Inclusão de pelos em pintura de tinta PVA Figura 57. Inclusão de pelos em pintura industrial
Figura 58. Empolamento seco em pintura de chapa Figura 59. Empolamento com líquido
Após a aplicação da pintura, a película formada fica sujeita à ação do meio ambiente e
sua agressividade, sob efeitos que irão determinar alterações, que, conforme o meio e o
sistema de pintura, podem ser consideradas normais ou não. Alguns sistemas de pintura
88
possuem maior resistência do que outros para determinado agente agressivo. As falhas que se
manifestam após a exposição ao meio podem ter efeito de natureza superficial ou estrutural.
As falhas superficiais são aquelas de natureza estética da tinta, como brilho, alteração da cor
(descoloração), calcinação (gizamento) e erosão, sangramento, enrugamento, overspray,
escorrimento, casca de laranja, impregnação de abrasivos, incrustação de pelos, manchas. As
falhas de estruturais comprometem a integridade da película e sua capacidade de proteção
anticorrosiva da superfície, como a espessura irregular, descascamento, empolamento,
fendimento e enferrujamento (ABRACO, 2009).
A perda de brilho e alteração da cor são falhas superficiais, nas quais ocorre a perda do
brilho que a película apresenta incialmente, após ela ser exposta ao meio (ABRACO, 2009).
Causas – Pode estar relacionada com a formulação incorreta de tintas.
Solução – Lixamento e repintura.
Figura 60. Sangramento em pintura de acabamento sobre pintura que foi ressolubilizada
(a) (b)
Fonte: CLUBE DAS OFICINAS (2014). Fonte: APRIETO (2015).
branco de borracha clorada sobre primer de borracha clorada vermelha (ABRACO, 2009).
Essa patologia normalmente surge logo após a aplicação, no entanto pode ocorrer
tardiamente, como resultado da migração de plastificantes, corantes, óleos ou substâncias
betuminosas presentes nas demãos anteriores (RENNER, 2018).
Solução – Após a secagem, para tintas betuminosas, remover toda a pintura,
inclusive a betuminosa. No caso de tintas do mesmo tipo, aplicar com pistola em vez de rolo
ou trincha (ABRACO, 2009). Para Nunes e Lobo (2007), aplicar, com pistola, demão de
selagem com tinta compatível com solvente que não ataque (solubilize) a demão anterior.
3.2.6.2.3 Calcinação
3.2.6.2.4 Erosão
3.2.6.2.6 Descascamento
É uma falha adesiva entre demãos ou de uma demão à anterior, também chamada de
“delaminação” ou “desfolhamento”. Pode ocorrer entre a primeira demão e o substrato.
Causas – Limpeza inadequada da superfície (presença de óleos e/ou graxas), baixa
rugosidade no preparo, contaminação após limpeza ou entre demãos, tintas incompatíveis nas
diferentes demãos, inobservância dos intervalos entre demãos, aplicação de tinta com
umidade relativa do ar acima do requerido (Figura 63).
Solução – Remover a tinta das áreas sem aderência e reaplicar a pintura (NUNES;
LOBO, 2007; ALMEIDA, 2008; ABRACO, 2009).
3.2.6.2.7 Fendimento
muito comum em etil silicato de zinco aplicado com excesso de espessura (ABRACO, 2009)
(Figura 64).
3.2.6.2.8 Recomendações Especiais para Pinturas com Poliuretanos e Pinturas sobre Primer
de Zinco
Atenção especial deve ser dada às falhas durante a aplicação para dois tipos de tintas:
poliuretanos e pinturas sobre primer de zinco.
Poliuretanos – São extremamente sensíveis à presença de água e umidade, o que
lhes causa falhas importantes. A água decompõe a tinta provocando falhas de empolamento
do tipo “fervura”, que é uma espécie de espuma sólida. Deve-se evitar aplicação com URA
elevada, contaminação do ar da pistola com água ou solvente contaminado. Espessura
excessiva também deve ser evitada. Para aplicação de pinturas, é recomendável fazê-la sobre
superfícies que estejam em temperatura igual ou superior a 3 ºC da temperatura de orvalho19
determinada pela Tabela 6, que varia em função da temperatura ambiente e da URA. Os 3 ºC
representam uma margem de segurança devido ao resfriamento da superfície causado pela
19
Temperatura de orvalho – Designa a temperatura na qual o vapor de água presente na atmosfera passa ao
estado líquido na forma de pequenas gotas por via da condensação, o chamado orvalho. Varia em função da
temperatura da superfície a ser pintada e da umidade relativa do ar (URA).
92
evaporação dos solventes contidos na tinta. Outras recomendações podem ser determinadas
por tipos específicos de tintas, como restrição de aplicação a URA acima de 60 % e
temperatura ambiente abaixo de 5 ºC (ALMEIDA, 2008).
Pintura sobre Primer de Zinco – Possuem superfície porosa e tendem a ocluir o ar.
É recomendável aplicar um tie-coat20, que por sua baixa viscosidade e espessura expulsa o ar.
No caso de a demão posterior ao zinco ser viscosa e espessa, aplicar com a técnica mist-coat21
para não ocorrer empolamento (ALMEIDA, 2008).
20
Tie coat – Tinta especialmente formulada para fazer a transição entre o primer ou pintura de fundo e a pintura
final. Pintura intermediária.
21
Mist coat – Técnica para aplicação de tintas viscosas sobre tintas de zinco, que consiste em aplicar a primeira
demão bem delgada para permitir a saída do ar.
93
4 MATERIAIS E MÉTODOS
A WHP-2 é uma plataforma do tipo fixa projetada com estrutura do tipo jaqueta
(APÊNDICE D), prevista para apoiar-se em estacas a uma profundidade de 100 m de lâmina
d’água (Figuras 65, 66 e 67). Ela é uma plataforma de perfuração e produção, ligada a 18
poços de produção com completação22 seca, dois poços satélites de completação molhada
(Figuras 68 e 69), dez poços de injeção de água, dois poços satélites de injeção de água e dois
poços de injeção de gás. Os poços de completação seca23 têm seu comando inteiramente
executados na superfície sobre a plataforma e os de completação molhada24 utilizam
dispositivos conhecidos por árvores de natal25 (Figura 69), propiciando o acionamento de
comandos pelo topside remotamente. A injeção de água e gás é necessária para manter a
pressão do poço e garantir a produção durante a vida útil do poço. A plataforma é dotada de
uma unidade de drilling26 responsável pela operação de perfuração de poços.
22
Completação – Conjunto de operações destinadas a colocar o poço em operação para produzir óleo ou gás.
23
Completação seca – Diz-se de um poço cuja árvore de natal fica localizada acima da superfície do mar, sendo
que intervenções no poço são feitas por sonda localizada na plataforma. Conexões da árvore de natal na
superfície ao poço se dão mediante risers rígidos (VILLELA, 2004).
24
Completação molhada – Diz-se de um poço cuja cabeça e a árvore de natal ficam localizados no fundo do mar.
Para ligação com a plataforma, são utilizadas tubulações rígidas ou flexíveis, conforme o caso (VILLELA,
2004).
25
Árvore de natal – Equipamento constituído por um conjunto de válvulas cuja finalidade é proporcionar o
controle do poço de produção ou de injeção. É instalada na cabeça de poço, quando a árvore de natal é
molhada, e no topo do riser, na plataforma, quando a árvore de natal é seca (VILLELA, 2004).
26
Unidade de drilling – Equipamento de perfuração.
94
Figura 66. Modelagem 3D da plataforma Figura 67. Representação esquemática dos componentes
WHP-2 (topside instalado sobre jaqueta tubular de sistema de completação seca
treliçada)
Figura 68. Representação esquemática dos Figura 69. Representação esquemática de árvore de natal
componentes de um sistema de completação molhada
molhada
O projeto prevê que, quando em operação, ela trabalhe acoplada por meio de
flowlines27 a FPSOs28, para onde toda a produção deverá ser transferida, processada e
armazenada. Também é prevista a utilização de flowlines para receber diesel, aplicação de
água de injeção, gás de injeção e gas lift29 nas operações de e produção. A energia elétrica é
fornecida pelo FPSO por meio de umbilicais.
A plataforma WHP-2 é dividida em duas partes principais: jaqueta (Figura 70) e
topside (Figura 71) (APÊNDICE D)
Figura 70. Representação esquemática da Figura 71. Modelagem 3D do topside apoiado sobre a jaqueta
jaqueta da plataforma WHP-2
Figura 72. Modelagem 3D vista do módulo de Figura 73. Modelagem 3D - vista aérea
acomodações (helideck)
27
Flowlines – Tubos flexíveis utilizados para conexão de poços ou plataformas fixas com FPSOs.
28
FPSO – Tipo de plataforma flutuante destinado a produção, armazenamento e descarregamento de petróleo.
29
Gas lift – Abreviado por (GL), é um dos métodos mais conhecidos para a elevação artificial de fluidos, sendo
largamente empregado na indústria do petróleo. Este método consiste na injeção de uma quantidade de gás nos
poços, facilitando o deslocamento dos fluidos até a plataforma de produção.
96
(a) (b)
Fonte: TECHINT (2017). Fonte: TECHINT (2017).
Os valores máximos previstos para a WHP-2 são: produção de óleo: 100.000 bopd31;
produção de gás: 1.500.000 Sm3/d32; produção de líquido por poço (óleo+água):
20.000 blpd33; máxima vazão de líquido produzido: 160.000 blpd; vazão de injeção de água:
150.000 bwpd34; população de operação: 80 pessoas.
4.1.1.1 Jaqueta
30
VAC – Sistema de ventilação e ar-condicionado, que deve ser projetado visando evitar que misturas gasosas
potencialmente explosivas ou tóxicas sejam introduzidas nos ambientes.
31
bopd – Unidade de produção que significa “barris de óleo por dia”.
32
Sm3/d – Standard m3 padrão. Unidade de medida de volume de produção diária de gás.
33
blpd – Unidade de produção que significa “barris de líquido por dia”.
34
bwpd – Unidade de produção que significa “barris de água por dia”.
97
shop35 do próprio canteiro. No caso da plataforma WHP-2, foram montados dispositivos para
movimentação com roletes ao nível do solo, visando à redução do trabalho em altura e
melhoria da produtividade, devido à grande quantidade de soldas de grande volume.
Para a montagem da jaqueta, o serviço é dividido em frentes de trabalho simultâneas
por faces (A e B) e mesas designadas por suas elevações após edificadas em metros, medidos
a partir do nível do mar, sendo eles +10, -10, -32, -54, -76 e -101 da estrutura, conforme
ilustrado na Figura 70. As frentes de trabalho são dispostas no canteiro conforme o layout
mostrado na Figura 75, situando-se em torno da carreira pela qual deveria ocorrer o load-out.
Na Figura 76 mostra-se uma das mesas da jaqueta já edificada, e na Figura 77 mostra-se a
jaqueta na época da paralisação das obras.
Figura 76. Mesa da jaqueta edificada Figura 77. Vista da jaqueta e topside durante a montagem
35
Pipe-shop – Termo usualmente utilizado em obras de tubulação, em que os tubos são cortados, soldados e
inspecionados, conforme projeto de engenharia de fabricação e detalhamento.
98
Figura 79. Deck montado preparado para edificação Figura 80. Edificação da elevação 26700 do topside
36
Pancacke – Termo em inglês que representa cada uma das partes nas quais um deck é subdivido no processo
construtivo, para posterior aglutinação para constituir o deck.
99
37
C5-M – Parte da plataforma que, após instalada, estará na zona atmosférica, fora da variação de maré.
38
IM-2 – Parte da plataforma que, após instalada, estará permanentemente submersa.
100
TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE
Temperatura de Grau de Perfil de
Sais solúveis em água
operação preparação rugosidade
Até 80 oC Sa2½ <5 µg/cm2 50 a 100 µm
APLICAÇÃO DE TINTA
Intervalo de
EPS39 Método aplicação
Demão Tinta Cor Pintura
Mínimo Máximo Aplicação Mínimo Máximo
N-2680 Rolo/trincha/pistola
1a Epóxi s/ 135 µm 180 µm Vermelho 12 h 120 h
sem ar
solventes
N-2680 Cinza- Rolo/trincha/pistola
2a Epóxi s/ 135 µm 180 µm 12 h 120 h
claro sem ar
solventes
N-2680 Cinza- Rolo/trincha/pistola
3a Epóxi s/ 135 µm 180 µm 12 h 120 h
claro sem ar
solventes
N-2677 Conforme
4a Poliuretano 40 µm 60 µm Rolo/trincha/pistola - -
local
Acrílico
Fonte: TECHINT (2012a)
39
EPS – Espessura da película seca
40
UOT – Unidade Offshore Techint.
101
2006) (salt test41) e a Norma ISO 8502-9 (ISO, 1998). Nesse grupo de CPs foi encontrado o
valor de salinidade de 19 µg/cm2 (Figura 88), bem superior ao limite máximo para zona C5-M
(zona atmosférica), que é de 5 µg/cm2. Como o Grupo 6 foi preparado para a verificação de
uma situação específica (pontos de solda), foram preparados apenas dois corpos de prova,
meramente demonstrativos. Diferentemente dos demais, eles foram preparados a partir de
chapa com grau de intemperismo D e receberam pontos de solda em sua superfície, e neles foi
realizado tratamento de superfície do tipo St3 e pintura com espessura de película pouco
superior ao indicado para o ambiente marítimo (283 µm), porém muito abaixo do previsto em
procedimento para esquema completo (entre 445 µm e 600 µm).
Não foram preparados corpos de prova de controle, pois a finalidade dos ensaios não foi
avaliar a corrosão em relação a uma chapa sem exposição, e sim dos corpos de prova entre si.
Figura 82. CP do Grupo 2 com Figura 83. CPs do Grupo 3 preparados Figura 84. CP do Grupo 1 com
grau de corrosão B aço NV-A36 com jato abrasivo padrão Sa2½ preparo St3 durante medição de
preparados para medição de rugosidade (rugosímetro)
rugosidade
41
Salt test – Teste de salinidade utilizando bresle (dispositivo adesivo para injeção de água destilada e extração
de solução para medição de salinidade).
103
Figura 85. Posicionamento do Figura 86. Injeção com seringa de Figura 87. Líquido recolhido do
bresle para salt test água destilada bresle com seringa para medição de
salinidade em laboratório pelo
condutivímetro
Figura 88. Condutivímetro Figura 89. Aplicação da primeira Figura 90. Pintura com tinta de
demão de tinta de fundo N-2680 no acabamento-N2677 no Grupo 4
Grupo 4
Tabela 9. Preparação dos corpos de prova com preparação de superfície e pintura, antes de criar danos para ensaios
NaCl Salt test N-2680/2007 N-2680/2007 N-2680/2007 N-2677/2007 EPSt
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Tratamento St3 com baixa espessura da
Grupo 1 B St3 42 µm* não <5 µg/cm2 x 136 µm x 31 µm 167 µm
película
Tratamento Sa2½ com baixa espessura da
Grupo 2 B Sa2½ 72 µm não <5 µg/cm2 x 119 µm x 55 µm 174 µm
película
Tratamento St3 com esquema de pintura
Grupo 3 B St3 N/A não <5 µg/cm2 x 138 µm x 115 µm x 229 µm x 69 µm 551 µm
completo
Tratamento Sa2½ com esquema de pintura
Grupo 4 B Sa2½ 68 µm não <5 µg/cm2 x 154 µm x 149 µm x 203 µm x 72 µm 578 µm
completo
Tratamento Sa2½ com baixa espessura da
Grupo 5 A Sa2½ 65 µm sim 19 µg/cm2 x 110 µm x 60 µm 170 µm
película + contam. NaCl
Tratamento St3 com baixa espessura da
Grupo 6 D St3 N/A não <5 µg/cm2 x 210 µm x 73 µm 283 µm
película
* Para tratamento de superfície St3, não é aplicável a realização de ensaio de rugosidade, porém foi realizada medição de rugosidade no Grupo 1 para parametrização da efetividade do
tratamento.
ÍNDICE DE COLUNAS
Coluna 1 Grau de corrosão da chapa antes da preparação conforme padrão fotográfico da Norma ISO 8501-1 (ISO, 2007).
Coluna 2 Preparação da superfície conforme Norma ISO 8501-1 (ISO, 2007) aplicando ferramenta mecânica rotativa com disco de lixa granulometria 24 conforme a norma N-9
(PETROBRAS, 2006) para Sa2½.
Coluna 3 Resultado do ensaio de rugosidade conforme a Norma SP-0287 (NACE, 2016).
Coluna 4 Foi realizada contaminação com NaCl (diretamente na superfície, sem diluição) antes da pintura?
Coluna 5 Resultado do salt test (medição da salinidade da superfície) para superfície contaminada conforme a Norma ISO 8502-6 (ISO, 2006).
Coluna 6 Aplicada primeira demão de tinta da Norma N-2680.
Coluna 7 EPS – Espessura da película seca da primeira demão de tinta da Norma N-2680/2007.
Coluna 8 Aplicada segunda demão de tinta da Norma N-2680.
Coluna 9 EPS – Espessura da película seca da segunda demão de tinta da Norma N-2680/2007.
Coluna 10 Aplicada terceira demão de tinta da Norma N-2680.
Coluna 11 EPS – Espessura da película seca da terceira demão de tinta da Norma N-2680/2007.
Coluna 12 Aplicada pintura de acabamento da Norma N-2677/2007.
Coluna 13 EPS – Espessura da película seca da pintura de acabamento.
Coluna 14 EPSt – Espessura total da película seca.
104
105
Figura 91. CPs após a introdução de danos à película de Figura 92. CPs colocados na câmara de névoa salina –
pintura (entalhes longitudinais e pontuais) 0 h de exposição
(a)
(b)
(c)
Figura 94. Ensaio de LP: CPs aguardando tempo Figura 95. Ensaio de LP: corrosão em CP sendo revelada
de penetração
107
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
42
Zona C5-M – Parte da estrutura que, após a instalação da plataforma, estará localizada na zona atmosférica
(acima da variação de maré).
109
Figura 97. Camada de tinta descamada devido à Figura 98. Corrosão em quinas de suporte de
corrosão no substrato em pilar tubulação
Nas Figuras 100 a 103 é apresentada uma sequência de imagens de uma corrosão
iniciada por quebra das quinas em uma viga, que evoluiu com o destacamento da pintura. Em
locais de grande umidade, salinidade e pluviosidade, como o local onde se situa a WHP-2,
esse fenômeno assume significância, pois o eletrólito ganha mais condutividade elétrica pela
forte presença de sais no ambiente marítimo.
Como consequência de uma evolução da corrosão iniciada pelas quinas, pode-se
observar nitidamente a corrosão com desplacamento devido à concentração de cloretos no
substrato exposto. Com o auxílio de apenas um estilete, pôde-se remover a placa (Figura 102),
verificando-se a perda de seção da chapa. Ao ocorrer o desplacamento, são criadas novas
células de ação local, dessa vez no vão entre a chapa e o metal desplacado, potencializando a
corrosão, pela aeração diferencial. Esse fenômeno causa perda significativa da seção da
chapa, por desplacamentos sucessivos.
110
Figura 99. Película descamada em aba de viga por Figura 100. Aba de perfil da estrutura principal
corrosão do substrato
Figura 101. Perfil com corrosão por placas Figura 102. Desplacamento na corrosão por placas
Figura 103. Solda de campo em suporte Figura 104. Solda realizada em fábrica em estrutura
Projetos de engenharia, por vezes, criam situações em que são necessários detalhes por
motivos estruturais, como no caso dos escalopes, que geram configurações de difícil acesso
para tratamento de superfície e pintura, ou mesmo para manutenção ao longo da vida útil da
estrutura, prejudicando a proteção anticorrosiva. Na Figura 105 ilustra-se um escalope43 cujo
acesso a seu interior é dificultado por seu pequeno diâmetro. A quebra da película, com
exposição do substrato à contaminação da atmosfera salina, torna a área anódica em relação à
superfície protegida, daí evoluindo a corrosão.
Figura 105. Corrosão em detalhe construtivo Figura 106. Corrosão da chapa horizontal na base de
(escalope) de difícil pintura e manutenção na pintura pilar sem drenagem
43
Escalope – Detalhe construtivo para pontos de convergência de soldas e/ou de concentrações de tensões.
112
ser minimizado com um projeto de engenharia melhor elaborado, prevendo drenagem para o
local com fundo inclinado para o exterior.
não pode ser de alta espessura para não ocultar a identificação (Figura 108). Como alternativa,
pode-se pensar em um novo método de marcação, como chapas de aço numeradas e
adesivadas com massa epóxi sobre o metal.
Figura 107. Chapas pintadas com primeira demão Figura 108. Corrosão em tag
Figura 109. Corrosão em tag Figura 110. Detalhe de tag com corrosão
Figura 111. Corrosão em junta de recolocação da Figura 112. Corrosão em recorte de chapa
antepara de antepara
45
Anteparas – Chapas verticais nervuradas utilizadas como paredes de vedação de ambientes na plataforma.
114
Em outros locais, verificou-se que foi realizada solda de campo para ligação de
anteparas, mas sem os procedimentos normais da WHP-2, pela urgência do encerramento da
obra e pela equipe já reduzida, resultando em uma solda de acabamento ruim, onde a pintura
teve aderência pela dificuldade de preparação da superfície para pintura (Figuras 114 e 115).
Figura 113. Corrosão por fresta em ligação piso x Figura 114. Corrosão por fresta na região onde a
antepara antepara foi removida e recolocada (cordão de solda
incompleto)
Constatou-se que, em locais onde a estrutura está bastante próxima ao solo, onde há
grande concentração de umidade e pouca ventilação, a corrosão avança a partir do solo pelo
mecanismo de aeração diferencial sob a película com depósito de produtos da corrosão
(Figura 115).
O sistema empregado para a fixação dos pinos para suporte de fixação para isolamento
térmico do módulo de acomodações foi a soldagem de descarga capacitiva, tendo sido
utilizados pinos de 3 mm (Figura 116). A cada pino soldado, foi realizada previamente
remoção da pintura, preparo de superfície do tipo St3 e retoque de pintura após a soldagem.
Alguns pinos não tiveram a preparação de superfície antes do retoque de pintura, e foi
verificada a existência de corrosão na maior parte nestes pontos (Figuras 118 e 119).
Figura 115. Corrosão de substrato com depósitos de Figura 116. Pinos de fixação para fixação de
produtos da corrosão isolamento térmico em viga
115
Figura 117. Corrosão uniforme em pino de fixação Figura 118. Pinos de isolamento térmico com retoque
para isolamento térmico em teto de deck (tinta de de pintura nas soldas
retoque sobre a solda destacada pela corrosão)
Figura 119. Corrosão devida a dano à pintura causado por solda realizada em pavimento superior
(a) (b)
46
Shaft – Área reservada para caminhamento de cabos e instalações de utilidades.
47
Steel coaming – Chapa instalada nas áreas molhadas com a finalidade de criar área de contenção para
eventuais vazamentos de líquidos.
116
Figura 120. Corrosão por fresta em piso devido a dano Figura 121. Corrosão por fresta devido a dano à
causado por soldagem no deck inferior pintura causado por soldagem no verso de antepara
Figura 122. Steel coaming instalado no piso do deck Figura 123. Queima da pintura pela soldagem de steel
com reflexo da queima da pintura na face inferior da coaming, vista pela face inferior da chapa de piso
chapa (imagem à direita)
Nos pisos dos decks, há aberturas nas anteparas para instalação de escotilhas (ainda
não instaladas), o que provoca entrada de água de chuva, e há locais com acúmulo de água
com evidente corrosão nas chapas de piso por presença de eletrólitos, apresentando corrosão
uniforme e por frestas, mais perceptível na região das soldas, devido à pintura ter sido
efetuada com tratamento de superfície do tipo St3 no próprio local, que é menos eficaz que o
jateamento abrasivo (Figuras 125 e 126).
Figura 124. Corrosão uniforme e por fresta em chapa Figura 125. Corrosão uniforme e por fresta
de piso pela entrada de água pela abertura para predominante em áreas sujeitas de piso a alagamento
instalação de escotilhas pela abertura para instalação de escotilhas
v
117
5.1.1.12 Corrosão por Depósito de Materiais Sobre o Piso do Deck em Área Descoberta
Figura 126. Corrosão por acúmulo de água e depósito Figura 127. Corrosão por depósito de materiais (já
de materiais em piso removidos) em piso de deck
Área onde
foi depositado
material
Figura 128. Corrosão por destacamento de camada pintada em piso devido a danos na pintura
(a) (b)
118
(a) (b)
Grande parte da estrutura secundária encontra-se montada, porém há elementos
estruturais que estão estocados muito próximos do solo, o que não é indicado em uma região
marítima de alta pluviosidade. Nos itens a seguir, enumeram-se as patologias encontradas e
prováveis causas.
Figura 130. Chapa de com corrosão uniforme com Figura 131. Perfil metálico pintado com corrosão
destacamento de produtos da corrosão. iniciada nas bordas pelas quinas
48
Topside – Parte da estrutura da plataforma que é instalada sobre a estrutura treliçada tubular (jaqueta), onde
são instalados os equipamentos de produção e o módulo de acomodações dos operadores.
119
Figura 132. Patologia de pintura causada por Figura 133. Corrosão causada por solda de anteparas
soldagem no pavimento superior apresentando sobre o deck, pela perda de proteção anticorrosiva
corrosão pela perda de proteção anticorrosiva com a queima da película de pintura
Figura 134. Corrosão por fresta e pela falta de tinta devido a patologia na pintura provocada por soldagem
(a) (b)
49
“Cachorros” – Termo empregado em obras de construção e montagem para denominar dispositivos
provisórios utilizados para nivelamento de duas chapas de aços para soldagem.
120
são criados focos de corrosão, que se alastram pela estrutura. Vigas que receberam
tratamentos de superfície e pintura homogêneos, e com todas as suas partes (abas e almas)
sujeitas às mesmas condições de exposição atmosférica, apresentam corrosão mais acentuada
onde houve tráfego de montadores durante a construção e/ou contato com os andaimes,
indicando que a quebra da película expôs o substrato causando corrosão por fresta, uniforme e
galvânica, pelo contato com o tubo de andaime galvanizado, pois a camada da galvanização
confere potencial de eletrodo maior do que o do aço da estrutura (Figuras 136(a) e 136(b)).
(a) (b)
Figura 136. Corrosão por fresta resultante de patologias na pintura provocadas por soldagem de suporte de aço
na parte superior do deck
(a) (b)
121
Figura 137. Corrosão por frestas resultante de patologias na pintura provocadas por soldagem
(a) (b)
Os equipamentos tiveram suas bases soldadas ao piso do deck. Verificou-se que, após
a soldagem de algumas bases, não houve tempo de tratamento de superfície e retoque de
pintura, o que deu início precocemente à corrosão (Figuras 139(a) e 139(b)).
(a) (b)
Figura 139. Linhas do rompimento da película de Figura 140. Marcas de cabos de aço em diagonal com
pintura por cabo de aço dando início à corrosão corrosão
Figura 141. Traçado de boca de lobo com instrumento Figura 142. Corrosão iniciada por dano à película de
cortante dando início à corrosão pintura causada por instrumento cortante dando início
à corrosão
50
Boca de lobo – Acoplamento de um tubo a um plano ou a um ou mais tubos.
123
Os decks possuem grandes áreas livres que foram intensamente utilizadas durante a
montagem para carga e descarga de estruturas e equipamentos, sujeitas, portanto, a impactos e
grande tráfego de pessoas. Ali também foram posicionados diversos malões de aço51, vez por
outra, movimentados por arrasto sobre o piso. Verificou-se que essa intensa movimentação
provocou danos à camada pintada e contaminação por sais, de forma generalizada, da
superfície pintada, que rapidamente foi tomada por corrosão uniforme (Figuras 146 e 147).
Figura 145. Vestígios de arrasto de material sobre a Figura 146. Corrosão uniforme no piso
película da EL +14700
Além dos danos mecânicos verificados, o sistema de pintura está inconcluso, pois são
previstas quatro demãos e foram aplicadas apenas duas, sendo a primeira após jato abrasivo
na cabine e pintura e cabine de pintura, e segunda demão em campo. A aplicação de apenas
duas demãos não oferece proteção eficaz, tendo em vista o tráfego sobre a superfície durante a
montagem e que a rugosidade é dimensionada em função da espessura total do filme, e a
proteção por barreira necessita do filme completo por ser considerada uma membrana
semipermeável.
Os pisos com esses danos mecânicos situados em áreas descobertas, de maior
incidência de radiação solar, maior variação de temperatura e intempéries, sofrem mais com a
agressividade do meio. Em locais propensos ao acúmulo de água, verificou-se a existência de
corrosão filiforme caracterizada pelo topo ativo verde-azulado, e de corrosão sob o filme já
destacado e substrato com depósito de produtos da corrosão (Figura 147). Na Figura 148
ilustra-se uma cabeça da corrosão filiforme, que, após a remoção do revestimento destacado
pelos produtos da corrosão, apresenta os produtos da corrosão que causaram o destacamento.
51
Malões de aço – Pesadas caixas de aproximadamente 2 m x 1 m x 1 m utilizadas em obras de montagem
industrial para guarda de ferramentas, EPIs e pequenos equipamentos.
124
Figura 147. Corrosão filiforme em piso do topside Figura 148. Detalhe de corrosão no piso
EL +14700 da EL +14700
Tubos sem nenhum tratamento anticorrosivo em tubos de diâmetro Ø60 mm, com
espessura de parede 3,91 mm, estocados no canteiro do topside, apresentaram grau D de
corrosão. Os tubos apresentam corrosão na forma de alvéolos com depósito de produtos da
corrosão interna e internamente, facilmente destacáveis (Figuras 150 e 151).
Figura 149. Remoção de produtos da corrosão com Figura 150. Produto da corrosão
estilete
Figura 151. Corrosão em anteparas Figura 152. Estoque de anteparas pintadas com
corrosão pelas bordas
Pelo fato de a jaqueta estar programada para instalação na zona Im-253, os projetistas
optaram pela instalação de anodos de sacrifício (Figuras 154 e 156). Exposta a jaqueta à
corrosão atmosférica sem qualquer pintura, devido à presença dos anodos, é visível a eficácia
de sua proteção em comparação com o topside e módulo de acomodações, que não possuem
esse tipo de proteção. Observa-se que, ao ser removida a camada de óxido na superfície do
tubo, o metal apresenta-se preservado (Figuras 155 e 157).
Figura 153. Jaqueta com proteção anticorrosiva contra Figura 154. Tubo da jaqueta com 3 anos de
corrosão por meio de anodos exposição
Anodo
de
sacrifício
Figura 155. Anodos de sacrifício da jaqueta Figura 156. Remoção da camada de óxido ferro em tubo
protegido pelos anodos revelando pouca perda de material
52
Jaqueta – Estrutura tubular treliçada apoiada no fundo do mar, onde é apoiada a estrutura do topside.
53
Zona Im-2 – Parte da plataforma que, após instalada, ficará permanentemente submersa.
126
Observou-se que, nos casos em que há pelo menos a pintura de fundo com
continuidade, não existiu corrosão ou ela atingiu níveis muito pequenos, inclusive quando o
preparo de superfície foi St3 e a pintura foi realizada com baixa espessura, como o caso do
Grupo 1, o que, para o tempo considerado, não confirma a teoria de que a membrana é sempre
semipermeável e que sempre maior espessura oferece maior proteção anticorrosiva (Tabela
10).
Por outro lado, em todos os casos em que há descontinuidade completa da película
atingindo o substrato, constatou-se que a corrosão avançou sob a película de maneira quase
idêntica, ou seja, aproximadamente 1 mm em 1.550 h, ou 6,5 x 10-4 mm/h, mais uma vez
comprovando que não há corrosão permeando pela película na maior parte dos casos. Para os
Grupos 3 e 4 (sistema completo de pintura) foi obtido um resultado médio de 0,96 mm
(Tabela 11). Para os Grupos 1, 2 e 654 (baixa espessura) foi obtida uma média de 1,03mm
(Tabela 12). Até mesmo no caso em que a película tinha baixa espessura e foi aplicada
contaminação com NaCl no substrato ao preparar o CP (Grupo 5), foi obtido resultado
similar, com 1,01 mm (Tabela 13), podendo-se, nesse caso, atribuir a baixa penetração da
corrosão sob a película, apesar da contaminação, ao fato de ter sido utilizada chapa com grau
de intemperismo A no preparo do CP, diferentemente das demais. Este grupo especificamente
foi o único em que foi verificado o surgimento de empolamento (blistering), com bolhas
esparsas na superfície da chapa, devido à osmose causada pela pintura sobre contaminação
salina (Figura 158). Como exemplos, nas Figuras 159 e 160, ilustra-se que, nos casos em que
há ruptura da película até o substrato, houve corrosão tanto no esquema completo de pintura
(CP4A) quanto no esquema com baixa espessura (CP2A), ambos com preparo de superfície
Sa2½, que oferece maior aderência. Em contrapartida, o CP1B, como ilustrado na Figura 161,
que foi preparado com baixa espessura de filme e teve previamente rompida a pintura de
acabamento, mas foi preservada a pintura de fundo, ao fim das 1.550 h apresentou corrosão.
Para casos similares, houve exceção apenas nos CPs 2B, 4D e 5B, onde ocorreu corrosão, mas
reduzida e em apenas uma das três medições (Tabela 10).
Na Figura 161 pode-se observar a imagem do CP 6A, no qual a pintura sobre um
ponto de solda com eletrodo revestido no CP apresenta uma variação expressiva na espessura
54
O Grupo 6 foi considerado junto com os sistemas de baixa espessura, devido à sua proximidade com o mínimo
desejável para ambientes altamente agressivos (espessura da película de 250 µm).
127
da película de pintura, mas devido à sua integridade foi preservada a proteção anticorrosiva do
sistema, mesmo com espessura de 283 µm na película.
129
Tabela 11. Corrosão em CP com sistema completo de pintura
ALTA ESPESSURA
Dano à película de pintura antes do salt spray Extensão da corrosão (mm)
Largura Ø do
Grau de Tratam. da Película Dano Alcance do dano à Média Média alta
Grupo C.P. do daño daño55 Medida 1 Medida 2 Medida 3
corrosão superficie (µm) criado película do CP espessura (mm)
(mm) (mm)
3A B longitudinal 2 - atinge a chapa (substrato) 1,034 1,190 1,175 1,13
3 St3 551
3C B pontual - 5 atinge a chapa (substrato) 1,273 1,041 0,880 1,06
0,96
4A B longitudinal 2 - atinge a chapa (substrato) 1,038 1,170 0,585 0,93
4 Sa2½ 578
4C B pontual - 5 atinge a chapa (substrato) 0,000 0,930 1,160 0,70
55
Ø do dano – Diâmetro do dano em mm.
130
131
média do CP
medida 1
medida 2
medida 3
Grupo
(x-X)2
(x-X)
C.P.
paralisação, o que representa um período aproximado de três anos (3 x 8.760 h); ocorreu uma
velocidade de corrosão média de 8 x 10-4 mm/h, aproximando-se bastante da observada em
laboratório (6,5 x 10-4 mm/h).
Foi notado que a permeabilidade através da película por osmose somente ocorreu no Grupo
5, induzida pela contaminação salina, e provocou a formação de empolamento (bolhas).
Ponto de solda
Figura 162. Dano pontual na película de pintura que deu origem à corrosão subpelicular
Figura 164. Alcance da corrosão originada em dano no ponto central, com visualização dos seus limites em
preparação de superfície Sa2½ sem corrosão
42 mm
134
6 CONCLUSÕES
Diante do estudo de caso da plataforma WHP-2, assim como dos ensaios realizados,
tecem-se as seguintes considerações finais e apresentam-se sugestões para trabalhos futuros.
Para ter a integridade de uma estrutura metálica preservada sob a ótica da corrosão, a
engenharia pode atuar em diversos aspectos. A começar pela escolha do aço mais indicado
para os agentes agressivos presentes no meio, deve-se pensar no sistema de proteção mais
apropriado, em projetos de engenharia que evitem o acúmulo de eletrólito e na utilização de
processos construtivos adequados.
A pintura é o sistema mais empregado em plataformas de petróleo para a proteção
anticorrosiva de estruturas aéreas, pois, além de atuar como barreira, pode conter pigmentos
que reforçam a proteção a um custo razoavelmente baixo e ainda proporciona outras
características e funcionalidades simultaneamente, como estética, sinalização, melhoria do
coeficiente de atrito, entre outras.
O segmento de construção industrial e naval necessita de investimento no
desenvolvimento de novos métodos construtivos e a implantação de programas de
conscientização das pessoas sobre a importância da preservação da integridade da película de
pintura e sobre o papel da própria equipe na entrega de um produto que ofereça o desempenho
esperado. É igualmente importante difundir o conhecimento de mecanismos da corrosão e das
formas de seu controle aos projetistas de engenharia, para que possam atuar de forma
preventiva ao projetar.
A evolução da técnica construtiva, com adaptações no método com o intuito de reduzir
a incidência dos danos à pintura, possibilita sua quantificação com maior precisão, pois não é
possível gerenciar o que não se pode quantificar, tendo em vista que a imprecisão nesses
números resulta em desvios das metas de custos previstos em orçamento. Além do aspecto
econômico, a busca por uma redução significativa dos reparos da pintura em campo apresenta
uma vantagem técnica: Os reparos, mesmo quando realizados de imediato, além de sujeitarem
o substrato à contaminação, nunca conferirão a proteção oferecida pelo ciclo de pintura
original realizado de forma correta em fábrica (preparo de superfície, limpeza, pintura de
fundo e pintura de acabamento).
137
REFERÊNCIAS
APRIETO. Curso de pintura – Parte 13. São Paulo: Aprieto Jateamento e Pintura Industrial,
2015. Disponível em: <http://www.aprietojato.com/wp-content/uploads/2015/04/Parte-
teorica-Pintura-P13.pdf>. Acesso em: 15 ago. 2018.
ASTM INTERNATIONAL. B117-16: Standard Practice for Operating Salt Spray (Fog)
Apparatus. West Conshohocken, PA, 2001a. 12 p.
CHAWLA, Sohan L.; GUPTA, Rajeshwar K. Materials selection for corrosion control.
Materials Park (OH): ASM International, 1995.
CLUBE DAS OFICINAS. 14 Dica técnica – Sangramento na pintura. Fev. 2018. Disponível
em: <http://clubedasoficinas.com.br/2014/02/dica-tecnica-sangramento-na-pintura/>. Acesso
em: 15 ago. 2018.
DET NORSKE VERITAS. OS-B101: Offshore standard metallic materials. Hovik, 2012. 61
p.
surface cleanliness – Part 6: Extraction of soluble contaminants for analysis -- The Bresle
method. Geneva, 2006. 7 p.
JONES, Danny A. Principles and prevention of corrosion. 2nd ed. Upper Saddle River (NJ):
Prentice Hall, 1996.
METÁLICA. O que é aço corten? Portal Metálica, 26 fev. 2010. Disponível em:
<http://www.metalica.com.br/pg_dinamica/bin/pg_dinamica.php?id_pag=681>. Acesso em:
17 ago. 2018.
NACE INTERNATIONAL. Corrosion Data Survey: Metals Section. 6th ed. Texas: NACE,
1985. 192 p.
NACE INTERNATIONAL. NACE No. 5/SSPC-SP 12: Surface preparation and cleaning of
metals by waterjetting prior to recoating. Houston, 2002. 9 p.
PRESTON, R. St.; SOUVAL, B.J. Appl. Chem., v. 6, n. 26, 1956 apud GENTIL, V.
Corrosão. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC-Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 2007.
RENNER. Elementos de pintura industrial – Apostila da UFOP Tintas Renner. Ouro Preto:
Tintas Renner, 1984.
VERNON, W. H. J.; PATTERSON, W. S. The relation of the moisture in rust to the critical
corrosion humidity. Discussion. Trans. Faraday Soc., n. 27, p. 594-595, Jan. 1931.
Cliente / Costumer
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Contrato / Contract Procedimento / Procedure
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Technical Information
PENETRANTE TIPO LOTE / VALIDADE TEMPO DE PENETRAÇÃO
Penetrant Type Land / Validity Penetration Time
Magnaflux Spotcheck (SKL-WP) Tipo I - Método A 1701007352/SQ- AGO/22 15 min
REMOVEDOR TIPO LOTE / VALIDADE TEMPO DE EMULIFICAÇÃO
Cleaner Type Land / Validity Time Emulsification
Água NA NA NA
REVELADOR TIPO LOTE / VALIDADE TEMPO LAUDO
Develop Type Land / Validity Time of Award
Magnaflux Spotcheck (SKD-S2) Aerossol 1701010150/SQ-NOV/22 20 min
LUMINOSIDADE METAL BASE METAL DE ADIÇÃO PROCESSO DE SOLDAGEM
Luminosity Base Metal Weld Metal Welding Process
20 lux / 1150µW/cm² NI NA NA
Luxímetro LBS-310 -
INSTRUMENTOS UTILIZADOS OUTROS INSTRUMENTOS
(Instruments Used)
Pirômetro Infravermelho LBS-312 (Other instruments)
-
- -
REGISTROS DOS RESULTADOS
Registers of the Results
JUNTA / PEÇA Nº DA INDICAÇÃO LOCAL TAMANHO TIPO DE DEFEITO LAUDO
Joint / Peace Indication Number Place Size Defect Type Certificate
CROQUI
Sketch
Piracicaba, 19/03/2018
Os resultados apresentados no presente relatório têm significação restrita e se aplicam apenas às amostras ensaiadas/analisadas. As amostragens enviadas para análise são realizadas pelo próprio
cliente.Este documento tem sua marca de autenticidade gravada. Este Relatório de Ensaio/Análise só deve ser reproduzido completo. Reprodução de partes requer aprovação escrita do Laboratório.
The results presented in this report are limited, and apply only to the samples tested / analyzed. The samples sent for analysis are responsability by the costumer.
This document is authentic. This Test Report / Analysis can only be reproduced completely. Reproduction of parts requires written approval of the laboratory.
________________________________________________________ FIM DO RELATÓRIO __________________________________________________
INFORMAÇÕES TÉCNICAS
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PENETRANTE TIPO LOTE / VALIDADE TEMPO DE PENETRAÇÃO
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Magnaflux Spotcheck (SKL-WP) Tipo I - Método A 1701007352/SQ- AGO/22 15 min
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Magnaflux Spotcheck (SKD-S2) Aerossol 1701010150/SQ-NOV/22 20 min
LUMINOSIDADE METAL BASE METAL DE ADIÇÃO PROCESSO DE SOLDAGEM
Luminosity Base Metal Weld Metal Welding Process
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INSTRUMENTOS UTILIZADOS OUTROS INSTRUMENTOS
(Instruments Used)
Pirômetro Infravermelho LBS-312 (Other instruments)
-
- -
REGISTROS DOS RESULTADOS
Registers of the Results
JUNTA / PEÇA Nº DA INDICAÇÃO LOCAL TAMANHO TIPO DE DEFEITO LAUDO
Joint / Peace Indication Number Place Size Defect Type Certificate
1Bf - - - - A
3Bf - - - - A
4Bf - - - - A
1Bv - - - - A
2Bv - - - - A
3Bv - - - - A
4Bv - - - - A
A – APROVADO / Aproved R – REPROVADO / Rejectd REC – RECOMENDAÇÃO DE EXAME COMPLEMENTAR / Recomended Additional Test
LEGENDA TL – TRINCA LONGITUDINAL / Long Crack TT – TRINCA TRANSVERSAL / Trans Crack PO – POROSIDADE / Porosity MO – MORDEDURA / Undercut
Legend
OV – SOBREPOSIÇÃO / Overlap FF – FALTA DE FUSÃO / Lack of Fusion FP – FALTA DE PENETRAÇÃO / Lack of Penetration NA – Não Aplicavel / Not Aplicable
CROQUI
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Piracicaba, 19/03/2018
Os resultados apresentados no presente relatório têm significação restrita e se aplicam apenas às amostras ensaiadas/analisadas. As amostragens enviadas para análise são realizadas pelo próprio
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(Instruments Used)
Pirômetro Infravermelho LBS-312 (Other instruments)
-
- -
REGISTROS DOS RESULTADOS
Registers of the Results
JUNTA / PEÇA Nº DA INDICAÇÃO LOCAL TAMANHO TIPO DE DEFEITO LAUDO
Joint / Peace Indication Number Place Size Defect Type Certificate
3Cf - - - - A
1Cv - - - - A
2Cv - - - - A
3Cv - - - - A
5Cv - - - - A
A – APROVADO / Aproved R – REPROVADO / Rejectd REC – RECOMENDAÇÃO DE EXAME COMPLEMENTAR / Recomended Additional Test
LEGENDA TL – TRINCA LONGITUDINAL / Long Crack TT – TRINCA TRANSVERSAL / Trans Crack PO – POROSIDADE / Porosity MO – MORDEDURA / Undercut
Legend
OV – SOBREPOSIÇÃO / Overlap FF – FALTA DE FUSÃO / Lack of Fusion FP – FALTA DE PENETRAÇÃO / Lack of Penetration NA – Não Aplicavel / Not Aplicable
CROQUI
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Piracicaba, 19/03/2018
Os resultados apresentados no presente relatório têm significação restrita e se aplicam apenas às amostras ensaiadas/analisadas. As amostragens enviadas para análise são realizadas pelo próprio
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PENETRANTE TIPO LOTE / VALIDADE TEMPO DE PENETRAÇÃO
Penetrant Type Land / Validity Penetration Time
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Água NA NA NA
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Pirômetro Infravermelho LBS-312 (Other instruments)
-
- -
REGISTROS DOS RESULTADOS
Registers of the Results
JUNTA / PEÇA Nº DA INDICAÇÃO LOCAL TAMANHO TIPO DE DEFEITO LAUDO
Joint / Peace Indication Number Place Size Defect Type Certificate
1Df - - - - A
2Df - - - - A
3Df - - - - A
4Df - - - - A
1Dv - - - - A
2Dv - - - - A
4Dv - - - - A
A – APROVADO / Aproved R – REPROVADO / Rejectd REC – RECOMENDAÇÃO DE EXAME COMPLEMENTAR / Recomended Additional Test
LEGENDA TL – TRINCA LONGITUDINAL / Long Crack TT – TRINCA TRANSVERSAL / Trans Crack PO – POROSIDADE / Porosity MO – MORDEDURA / Undercut
Legend
OV – SOBREPOSIÇÃO / Overlap FF – FALTA DE FUSÃO / Lack of Fusion FP – FALTA DE PENETRAÇÃO / Lack of Penetration NA – Não Aplicavel / Not Aplicable
CROQUI
Sketch
Piracicaba, 19/03/2018
Os resultados apresentados no presente relatório têm significação restrita e se aplicam apenas às amostras ensaiadas/analisadas. As amostragens enviadas para análise são realizadas pelo próprio
cliente.Este documento tem sua marca de autenticidade gravada. Este Relatório de Ensaio/Análise só deve ser reproduzido completo. Reprodução de partes requer aprovação escrita do Laboratório.
The results presented in this report are limited, and apply only to the samples tested / analyzed. The samples sent for analysis are responsability by the costumer.
This document is authentic. This Test Report / Analysis can only be reproduced completely. Reproduction of parts requires written approval of the laboratory.
________________________________________________________ FIM DO RELATÓRIO __________________________________________________
INFORMAÇÕES TÉCNICAS
Technical Information
PENETRANTE TIPO LOTE / VALIDADE TEMPO DE PENETRAÇÃO
Penetrant Type Land / Validity Penetration Time
Magnaflux Spotcheck (SKL-WP) Tipo I - Método A 1701007352/SQ- AGO/22 15 min
REMOVEDOR TIPO LOTE / VALIDADE TEMPO DE EMULIFICAÇÃO
Cleaner Type Land / Validity Time Emulsification
Água NA NA NA
REVELADOR TIPO LOTE / VALIDADE TEMPO LAUDO
Develop Type Land / Validity Time of Award
Magnaflux Spotcheck (SKD-S2) Aerossol 1701010150/SQ-NOV/22 20 min
LUMINOSIDADE METAL BASE METAL DE ADIÇÃO PROCESSO DE SOLDAGEM
Luminosity Base Metal Weld Metal Welding Process
20 lux / 1150µW/cm² NI NA NA
Luxímetro LBS-310 -
INSTRUMENTOS UTILIZADOS OUTROS INSTRUMENTOS
(Instruments Used)
Pirômetro Infravermelho LBS-312 (Other instruments)
-
- -
REGISTROS DOS RESULTADOS
Registers of the Results
JUNTA / PEÇA Nº DA INDICAÇÃO LOCAL TAMANHO TIPO DE DEFEITO LAUDO
Joint / Peace Indication Number Place Size Defect Type Certificate
4Cv - - - - A
5Dv - - - - A
A – APROVADO / Aproved R – REPROVADO / Rejectd REC – RECOMENDAÇÃO DE EXAME COMPLEMENTAR / Recomended Additional Test
LEGENDA TL – TRINCA LONGITUDINAL / Long Crack TT – TRINCA TRANSVERSAL / Trans Crack PO – POROSIDADE / Porosity MO – MORDEDURA / Undercut
Legend
OV – SOBREPOSIÇÃO / Overlap FF – FALTA DE FUSÃO / Lack of Fusion FP – FALTA DE PENETRAÇÃO / Lack of Penetration NA – Não Aplicavel / Not Aplicable
CROQUI
Sketch
Piracicaba, 19/03/2018
Os resultados apresentados no presente relatório têm significação restrita e se aplicam apenas às amostras ensaiadas/analisadas. As amostragens enviadas para análise são realizadas pelo próprio
cliente.Este documento tem sua marca de autenticidade gravada. Este Relatório de Ensaio/Análise só deve ser reproduzido completo. Reprodução de partes requer aprovação escrita do Laboratório.
The results presented in this report are limited, and apply only to the samples tested / analyzed. The samples sent for analysis are responsability by the costumer.
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________________________________________________________ FIM DO RELATÓRIO __________________________________________________
VIA ORIGINAL
(ORIGINAL REPORT)
Natureza do ensaio/análise: Medição da extensão da corrosão sob a pelicula Equipamento Utilizado: (used Microscópio - LBM-44
(Nature of test/analysis) protetora equipments)
Escopo:
(Scope):
ATIVIDADES DE INSPEÇÃO:
(INSPECTION ACTIVITIES):
Observação no microscópio LBM-44 de 3 cortes transversais à descontinuidade da película de pintura das chapas 1A, 1B, 1C e 1D
que originalmente atingiam o metal base (chapa) em toda a sua extensão nos CP's 1A e 1C, e até a pintura de fundo nos CP's 1B e
1D.
Chapa 1A
Medida 2 Medida 3
Medidas
Medidas encontradas no microscópio
Chapa Medida 1 Medida 2 Medida 3 Media
1A 1,54 mm / 0,70 mm 0,69 mm / 0,72 mm 0,64 mm / 1,14 mm 0,905 mm
Observação
Foi evidenciada a presença de poros de corrosão nos 3 cortes transversais à decontinuidade pré-existente da película de pintura
com extensão média de 0,905mm.
VIA ORIGINAL
(ORIGINAL REPORT)
Chapa 1B
Medida 2 Medida 3
Medidas
Observação
Não foi evidenciada a presença de poros de corrosão sob a película de pintura no CP que teve a pintura de fundo preservada antes
do ensaio salt-spray (Epóxi N-2680).
Chapa 1C
180°
90°
0°
VIA ORIGINAL
(ORIGINAL REPORT)
Medidas
Observação
Foi evidenciada a presença de poros de corrosão nos 3 cortes transversais à decontinuidade pré-existente da película de pintura
com extensão média de 1,555 mm. A referência angular é mostrada na figura de definição , sendo, medida 1: 0°, medida 2: 180° e
medida 3: 90°.
Chapa 1D
180°
90°
0°
Descrição da chapa Definição
Medidas
Observação
Não foi evidenciada a presença de poros de corrosão sob a película de pintura no CP que teve a pintura de fundo preservada antes
do ensaio salt-spray (Epóxi N-2680). A referência angular é mostrada na figura de definição, sendo, medida 1: 0° , medida 2: 180° e
medida 3: 90°.
Descritivo final
Foram preparados os corpos de prova 1A, 1B, 1C e 1D, nos quais foram criadas decontinuidades intencionais em
sua película de pintura, atingindo o metal base nos casos dos CP's 1A e 1C e preservando a pintura de fundo nos
casos de 1B e 1D. As chapas foram submetidas a uma névoa salina conforme a norma ABNT 8094, ASTM B117 e
ISO 9227 para acelerar o processo de corrosão e medidos os avanços da corrosão sob a película de pintura
através do ensaio de macrografia conforme a norma ASTM E3, E7, 407 e 340. Conseguiu-se obter os resultados
descritos acima.
VIA ORIGINAL
(ORIGINAL REPORT)
TERMO DE ENCERRAMENTO:
(CLOSURE TERM):
A SGS não assume responsabilidade por alterações físicas do material inspecionado após a data da inspeção que venham a comprometer
o teor do laudo.
Em todas as etapas de elaboração deste laudo e após sua emissão final, nossa empresa mantém sigilo profissional absoluto, só
fornecendo cópias ou informações à terceiros mediante autorização do cliente e/ou solicitação da Justiça.
Piracicaba, 13/04/2018
VIA ORIGINAL
(ORIGINAL REPORT)
Natureza do ensaio/análise: Medição da extensão da corrosão sob a pelicula Equipamento Utilizado: (used Microscópio - LBM-44
(Nature of test/analysis) protetora equipments)
Escopo:
(Scope):
ATIVIDADES DE INSPEÇÃO:
(INSPECTION ACTIVITIES):
Observação no microscópio LBM-44 de 3 cortes transversais à descontinuidade da película de pintura das chapas 2A, 2B, 2C e 2D
que originalmente atingiam o metal base (chapa) em toda a sua extensão nos CP's 2A e 2C, e até a pintura de fundo nos CP's 2B e
2D.
Chapa 2A
Medida 2 Medida 3
Medidas
Medidas encontradas no microscópio
Chapa Medida 1 Medida 2 Medida 3 Media
2A 1,194 mm / 0,581 mm 0,75 mm / 1,37 mm 0,26 mm / 0,52 mm 0,78 mm
Observação
Foi evidenciada a presença de poros de corrosão nos 3 cortes transversais à decontinuidade pré-existente da película de pintura
com extensão média de 0,78 mm.
VIA ORIGINAL
(ORIGINAL REPORT)
Chapa 2B
Medida 2 Medida 3
Medidas
Observação
Foi evidenciada a presença de poros de corrosão em dois dos tres cortes transversais à decontinuidade pré-existente da película
de pintura com extensão média de 0,336 mm, no CP que teve a pintura de fundo preservada antes do ensaio salt-spray (Epóxi N-
2680).
Chapa 2C
180°
90°
0°
VIA ORIGINAL
(ORIGINAL REPORT)
Medidas
Observação
Foi evidenciada a presença de poros de corrosão nos 3 cortes da decontinuidade pré-existente da película de pintura com
extensão média de 1,115 mm. A referência angular é mostrada na figura de definição , sendo, medida 1: 0°, medida 2: 180° e
medida 3: 90°.
Chapa 2D
180°
90°
0°
Descrição da chapa Definição
Medidas
Observação
Não foi evidenciada a presença de poros de corrosão sob a película de pintura no CP que teve a pintura de fundo preservada antes
do ensaio salt-spray (Epóxi N-2680). A referência angular é mostrada na figura de definição, sendo, medida 1: 0° , medida 2: 180° e
medida 3: 90°.
Descritivo final
Foram preparados os corpos de prova 2A, 2B, 2C e 2D, nos quais foram criadas decontinuidades intencionais em
sua película de pintura, atingindo o metal base nos casos dos CP's 2A e 2C e preservando a pintura de fundo nos
casos de 2B e 2D. As chapas foram submetidas a uma névoa salina conforme a norma ABNT 8094, ASTM B117 e
ISO 9227 para acelerar o processo de corrosão e medidos os avanços da corrosão sob a película de pintura
através do ensaio de macrografia conforme a norma ASTM E3, E7, 407 e 340. Conseguiu-se obter os resultados
descritos acima.
VIA ORIGINAL
(ORIGINAL REPORT)
TERMO DE ENCERRAMENTO:
(CLOSURE TERM):
A SGS não assume responsabilidade por alterações físicas do material inspecionado após a data da inspeção que venham a comprometer
o teor do laudo.
Em todas as etapas de elaboração deste laudo e após sua emissão final, nossa empresa mantém sigilo profissional absoluto, só
fornecendo cópias ou informações à terceiros mediante autorização do cliente e/ou solicitação da Justiça.
Piracicaba, 13/04/2018
VIA ORIGINAL
(ORIGINAL REPORT)
Natureza do ensaio/análise: Medição da extensão da corrosão sob a pelicula Equipamento Utilizado: (used Microscópio - LBM-44
(Nature of test/analysis) protetora equipments)
Escopo:
(Scope):
ATIVIDADES DE INSPEÇÃO:
(INSPECTION ACTIVITIES):
Observação no microscópio LBM-44 de 3 cortes transversais à descontinuidade da película de pintura das chapas 3A, 3B, 3C e 3D
que originalmente atingiam o metal base (chapa) em toda a sua extensão nos CP's 3A e 3C, e até a pintura de fundo nos CP's 3B e
3D.
Chapa 3A
Medida 2 Medida 3
Medidas
Medidas encontradas no microscópio
Chapa Medida 1 Medida 2 Medida 3 Media
3A 1,230 mm / 0,838 mm 0,84 mm / 1,54 mm 0,97 mm / 1,38 mm 1,13 mm
Observação
Foi evidenciada a presença de poros de corrosão nos 3 cortes transversais à decontinuidade pré-existente da película de pintura
com extensão média de 1,13 mm.
VIA ORIGINAL
(ORIGINAL REPORT)
Chapa 3B
Medida 2 Medida 3
Medidas
Observação
Não foi evidenciada a presença de poros de corrosão sob a película de pintura no CP que teve a pintura de fundo preservada antes
do ensaio salt-spray (Epóxi N-2680).
Chapa 3C
180°
90°
0°
VIA ORIGINAL
(ORIGINAL REPORT)
Medidas
Observação
Foi evidenciada a presença de poros de corrosão nos 3 cortes da decontinuidade pré-existente da película de pintura com
extensão média de 1,06 mm. A referência angular é mostrada na figura de definição , sendo, medida 1: 0°, medida 2: 180° e medida
3: 90°.
Chapa 3D
180°
90°
0°
Descrição da chapa Definição
Medidas
Observação
Não foi evidenciada a presença de poros de corrosão sob a película de pintura no CP que teve a pintura de fundo preservada antes
do ensaio salt-spray (Epóxi N-2680). A referência angular é mostrada na figura de definição, sendo, medida 1: 0° , medida 2: 180° e
medida 3: 90°.
Descritivo final
Foram preparados os corpos de prova 3A, 3B, 3C e 3D, nos quais foram criadas decontinuidades intencionais em
sua película de pintura, atingindo o metal base nos casos dos CP's 3A e 3C e preservando a pintura de fundo nos
casos de 3B e 3D. As chapas foram submetidas a uma névoa salina conforme a norma ABNT 8094, ASTM B117 e
ISO 9227 para acelerar o processo de corrosão e medidos os avanços da corrosão sob a película de pintura
através do ensaio de macrografia conforme a norma ASTM E3, E7, 407 e 340. Conseguiu-se obter os resultados
descritos acima.
VIA ORIGINAL
(ORIGINAL REPORT)
TERMO DE ENCERRAMENTO:
(CLOSURE TERM):
A SGS não assume responsabilidade por alterações físicas do material inspecionado após a data da inspeção que venham a comprometer
o teor do laudo.
Em todas as etapas de elaboração deste laudo e após sua emissão final, nossa empresa mantém sigilo profissional absoluto, só
fornecendo cópias ou informações à terceiros mediante autorização do cliente e/ou solicitação da Justiça.
Piracicaba, 13/04/2018
VIA ORIGINAL
(ORIGINAL REPORT)
Natureza do ensaio/análise: Medição da extensão da corrosão sob a pelicula Equipamento Utilizado: (used Microscópio - LBM-44
(Nature of test/analysis) protetora equipments)
Escopo:
(Scope):
ATIVIDADES DE INSPEÇÃO:
(INSPECTION ACTIVITIES):
Observação no microscópio LBM-44 de 3 cortes transversais à descontinuidade da película de pintura das chapas 4A, 4B, 4C e 4D
que originalmente atingiam o metal base (chapa) em toda a sua extensão nos CP's 4A e 4C, e até a pintura de fundo nos CP's 4B e
4D.
Chapa 4A
Medida 2 Medida 3
Medidas
Medidas encontradas no microscópio
Chapa Medida 1 Medida 2 Medida 3 Media
4A 0,772 mm / 1,303 mm 1,06 mm / 1,28 mm 0,40 mm / 0,77 mm 0,93 mm
Observação
Foi evidenciada a presença de poros de corrosão nos 3 cortes transversais à decontinuidade pré-existente da película de pintura
com extensão média de 0,93 mm.
VIA ORIGINAL
(ORIGINAL REPORT)
Chapa 4B
Medida 2 Medida 3
Medidas
Observação
Não foi evidenciada a presença de poros de corrosão sob a película de pintura no CP que teve a pintura de fundo preservada antes
do ensaio salt-spray (Epóxi N-2680).
Chapa 4C
180°
90°
0°
VIA ORIGINAL
(ORIGINAL REPORT)
Medidas
Observação
Foi evidenciada a presença de poros de corrosão em dois dos tres cortes da decontinuidade pré-existente da película de pintura
com extensão média de 0,70 mm. A referência angular é mostrada na figura de definição , sendo, medida 1: 0°, medida 2: 180° e
medida 3: 90°.
Chapa 4D
180°
90°
0°
Descrição da chapa Definição
Medidas
Observação
Foi evidenciada a presença de poros de corrosão sob a película de pintura no CP que teve a pintura de fundo preservada antes do
ensaio salt-spray (Epóxi N-2680) em um dos tres cortes na descontinuidade pré-existente na película de pintura, com extensão
média de 0,20 mm. A referência angular é mostrada na figura de definição , sendo, medida 1: 0°, medida 2: 180° e medida 3: 90°.
Descritivo final
Foram preparados os corpos de prova 4A, 4B, 4C e 4D, nos quais foram criadas decontinuidades intencionais em
sua película de pintura, atingindo o metal base nos casos dos CP's 4A e 4C e preservando a pintura de fundo nos
casos de 4B e 4D. As chapas foram submetidas a uma névoa salina conforme a norma ABNT 8094, ASTM B117 e
ISO 9227 para acelerar o processo de corrosão e medidos os avanços da corrosão sob a película de pintura
através do ensaio de macrografia conforme a norma ASTM E3, E7, 407 e 340. Conseguiu-se obter os resultados
descritos acima.
VIA ORIGINAL
(ORIGINAL REPORT)
TERMO DE ENCERRAMENTO:
(CLOSURE TERM):
A SGS não assume responsabilidade por alterações físicas do material inspecionado após a data da inspeção que venham a comprometer
o teor do laudo.
Em todas as etapas de elaboração deste laudo e após sua emissão final, nossa empresa mantém sigilo profissional absoluto, só
fornecendo cópias ou informações à terceiros mediante autorização do cliente e/ou solicitação da Justiça.
Piracicaba, 13/04/2018
VIA ORIGINAL
(ORIGINAL REPORT)
Natureza do ensaio/análise: Medição da extensão da corrosão sob a pelicula Equipamento Utilizado: (used Microscópio - LBM-44
(Nature of test/analysis) protetora equipments)
Escopo:
(Scope):
ATIVIDADES DE INSPEÇÃO:
(INSPECTION ACTIVITIES):
Observação no microscópio LBM-44 de 3 cortes transversais à descontinuidade da película de pintura das chapas 5A, 5B, 5C e 5D
que originalmente atingiam o metal base (chapa) em toda a sua extensão nos CP's 5A e 5C, e até a pintura de fundo nos CP's 5B e
5D.
Chapa 5A
Medida 2 Medida 3
Medidas
Medidas encontradas no microscópio
Chapa Medida 1 Medida 2 Medida 3 Media
5A 1,19 mm / 1,20 mm 0,52 mm / 1,38 mm 0,52 mm / 0,46 mm 0,878 mm
Observação
Foi evidenciada a presença de poros de corrosão nos 3 cortes transversais à decontinuidade pré-existente da película de pintura
com extensão média de 0,878 mm.
VIA ORIGINAL
(ORIGINAL REPORT)
Chapa 5B
Medida 2 Medida 3
Medidas
Observação
Foi evidenciada a presença de poros de corrosão em um dos tres cortes transversais à decontinuidade pré-existente da película de
pintura com extensão média de 0,26 mm, no CP que teve a pintura de fundo preservada antes do ensaio salt-spray (Epóxi N-2680).
Chapa 5C
180°
90°
0°
VIA ORIGINAL
(ORIGINAL REPORT)
Medidas
Observação
Foi evidenciada a presença de poros de corrosão nos tres cortes da decontinuidade pré-existente da película de pintura com
extensão média de 1,13 mm. A referência angular é mostrada na figura de definição , sendo, medida 1: 0°, medida 2: 180° e medida
3: 90°.
Chapa 5D
180°
90°
0°
Descrição da chapa Definição
Medidas
Observação
Não foi evidenciada a presença de poros de corrosão sob a película de pintura no CP que teve a pintura de fundo preservada antes
do ensaio salt-spray (Epóxi N-2680). A referência angular é mostrada na figura de definição, sendo, medida 1: 0° , medida 2: 180° e
medida 3: 90°.
Descritivo final
Foram preparados os corpos de prova 5A, 5B, 5C e 5D, nos quais foram criadas decontinuidades intencionais em
sua película de pintura, atingindo o metal base nos casos dos CP's 5A e 5C e preservando a pintura de fundo nos
casos de 5B e 5D. As chapas foram submetidas a uma névoa salina conforme a norma ABNT 8094, ASTM B117 e
ISO 9227 para acelerar o processo de corrosão e medidos os avanços da corrosão sob a película de pintura
através do ensaio de macrografia conforme a norma ASTM E3, E7, 407 e 340. Conseguiu-se obter os resultados
descritos acima.
VIA ORIGINAL
(ORIGINAL REPORT)
TERMO DE ENCERRAMENTO:
(CLOSURE TERM):
A SGS não assume responsabilidade por alterações físicas do material inspecionado após a data da inspeção que venham a comprometer
o teor do laudo.
Em todas as etapas de elaboração deste laudo e após sua emissão final, nossa empresa mantém sigilo profissional absoluto, só
fornecendo cópias ou informações à terceiros mediante autorização do cliente e/ou solicitação da Justiça.
Piracicaba, 13/04/2018
VIA ORIGINAL
(ORIGINAL REPORT)
Natureza do ensaio/análise: Medição da extensão da corrosão sob a pelicula Equipamento Utilizado: (used Microscópio - LBM-44
(Nature of test/analysis) protetora equipments)
Escopo:
(Scope):
ATIVIDADES DE INSPEÇÃO:
(INSPECTION ACTIVITIES):
Chapa 6A
Chapa antes de ser exposta a nevoa salina Chapa após ser exposta a nevoa salina
Chapa seccionada e definida onde sera realizada a medição. Área realizada a medição
Medida
Observação
Foi evidenciada a presença de poros de corrosão no corte transversal à decontinuidade da película de pintura com extensão de
0,810 mm, o ponto que foi medido esta de acordo com o destacado em vermelho.
VIA ORIGINAL
(ORIGINAL REPORT)
Chapa 6B
Chapa antes de ser exposta a nevoa salina Chapa após ser exposta a nevoa salina
Chapa seccionada e definida onde sera realizada a medição. Área realizada a medição
Medidas
Chapa Medida
6B 0,00 mm
Observação
Não foi evidenciada a presença de poros de corrosão no corte transversal à decontinuidade da película de pintura, o ponto que foi
medido esta de acordo com o destacado em vermelho.
Descritivo final
As chapas foram submetidas a uma névoa salina conforme a norma ABNT 8094, ASTM B117 e ISO 9227 para
acelerar o processo de corrosão e medido os avanços da corrosão sob a película de pintura através do ensaio de
macrografia conforme a norma ASTM E3, E7, 407 e 340. Conseguiu-se obter os resultados descritos acima.
VIA ORIGINAL
(ORIGINAL REPORT)
TERMO DE ENCERRAMENTO:
(CLOSURE TERM):
A SGS não assume responsabilidade por alterações físicas do material inspecionado após a data da inspeção que venham a comprometer
o teor do laudo.
Em todas as etapas de elaboração deste laudo e após sua emissão final, nossa empresa mantém sigilo profissional absoluto, só
fornecendo cópias ou informações à terceiros mediante autorização do cliente e/ou solicitação da Justiça.
Piracicaba, 13/04/2018
56
Completação – Em produção de petróleo, é o processo de fazer um poço estar pronto para a produção por
injeção de água, diversos fluidos de tratamento e estimulação do reservatório ou gases.
57
Dockwise - A Dockwise é uma empresa de serviços de petróleo e gás que fornece gerenciamento logístico de
transporte marítimo pesado e instalação offshore, além de projetos industriais onshore. A sede da Dockwise
está localizada em Papendrecht, Holanda.
194
Com a experiência de seu uso, concluiu-se que se tratava de uma estrutura muito
estável e que seria possível seu emprego em águas profundas. Atualmente, sua utilização foi
ampliada e elas são a solução até em condições adversas e águas ultraprofundas devido à sua
boa estabilidade.
Uma unidade flutuante sofre movimentações devido à ação de ondas, correntes e
ventos, e seu posicionamento deve ser controlado para que não seja extrapolada a tolerância
de deslocamento entre os equipamentos situados na subssuperficie, na cabeça dos poços e na
plataforma. Dois sistemas atuam simultaneamente para efetivar esse controle de posição:
sistema de ancoragem e sistema de posicionamento dinâmico, que, controlado por
computador, restabelece a posição da plataforma (THOMAS, 2004).
cravadas no fundo do mar. Posteriormente, o convés é instalado sobre o casco já fixado com
seus movimentos restritos pelos tirantes (MEDEIROS, 2009).
As plataformas do tipo spar buoy (boia cilíndrica) são flutuantes, cilíndricas, possuem
grande diâmetro e são posicionadas verticalmente. Têm calado de aproximadamente 200 m, e
seus movimentos são contidos pelo empuxo e ancoragens, sendo seu convés instalado na parte
superior do cilindro (Figura 172). Elas podem ser utilizadas para armazenamento de óleo e,
devido à baixa amplitude de movimentação vertical, podem valer-se de risers rígidos
(MEDEIROS, 2009).
196
58
Strakes – Estruturas de efeito aerodinâmico que reduzem o efeito de vibrações induzidas por vórtices (VIV).
197
durante a perfuração, são utilizados sensores acústicos e propulsores que anulam os efeitos
das ondas, dos ventos e das correntes marinhas. Pode operar em águas ultraprofundas, com
mais de 2.000 m de lâmina d’água (PETROBRAS, 2017a).
As plataformas mistas são constituídas por torres fixadas ao fundo do mar (Figura
181) em uma base com junta universal, que funciona como uma rótula. Podem operar em
profundidades maiores que as estruturas fixas e chegar a 400 m, pois são mais leves e pelo
fato de os esforços das correntes e ondas serem diminuídos pela articulação, que é pivotante
em todas as direções. Na montagem, as plataformas mistas são rebocadas até o local
flutuando, são lastreadas e têm sua base acoplada à fundação por mergulhadores transportados
em módulos de serviço, sendo em seguida ancoradas (MARTINEZ, 2015).
201
59
No Brasil existem apenas três plataformas do tipo gravidade, todas localizadas no estado do Rio Grande do
Norte (duas no Campo Ubarana e outra no Campo Agulha). São feitas de concreto protendido e situam-se em
lâmina rasa d’água (entre 13 m e 20 m de profundidade).
202
60
Jack up – Plataforma que tem sistema próprio de automacaqueamento (autoelevação).
204
Podem ser posicionadas por propulsão própria ou por rebocadores, o que as torna
preferidas para a perfuração de poços exploratórios. Normalmente, são utilizadas em poços
localizados na plataforma continental (THOMAS, 2004).
As plataformas marítimas fixas com uso de jaqueta são o tipo de plataforma da WHP-
2, estudada neste trabalho. Elas foram as precursoras das plataformas offshore instaladas no
Brasil, e a maior parte delas é instalada em lâminas até 100 m, onde há mais viabilidade
(TAIER, 2002; PETROBRAS, 2017a). Elas podem ser projetadas para receber todos os
equipamentos de perfuração, estocagem de materiais, alojamento de pessoal, bem como todas
as instalações necessárias para a produção dos poços (THOMAS, 2004). São divididas em
duas partes: jaqueta (jacket) e convés (topside).
Os conveses dessas plataformas são normalmente construídos a partir de grelhas ou
módulos metálicos pré-montados de vigas ou treliças, com o objetivo de reduzir o custo de
transporte (TAIER, 2002), e a jaqueta é uma estrutura modular treliçada em forma de torre
composta de elementos tubulares (Figura 187).
Por estar apoiada diretamente sobre estacas no fundo do mar e devido à grande rigidez
estrutural da jaqueta, este tipo de plataforma é dotado de grande estabilidade, mesmo sob
impacto de ondas em mares muito agitados (Figura 190).