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Introdução

às Bases Teóricas
e Metodologias
do Modelo Escola da Escolha
Propriedade de:

Data:

Anotações:
Introdução
às Bases Teóricas
e Metodologias
do Modelo Escola da Escolha
Olá Educador

Neste Caderno você conhecerá o ponto de partida da criação


do Modelo da Escola da Escolha, assim como a sua fundamen-
tação teórica. Iniciamos a conversa apresentando por onde
tudo começou até chegarmos à centralidade do Modelo:
o estudante e seu Projeto de Vida.

Os principais temas abordados neste Caderno são:

• Afinal de contas, por onde tudo começou?


• A Escola da Escolha à luz da história
• O Modelo Escola da Escolha
• Projeto de Vida

Bom estudo!
© Ginásio Pernambucano
Afinal de contas,
por onde tudo começou?
Introdução

O Modelo da Escola da Escolha nas- Assim, os modelos pedagógico e de


ceu de uma situação peculiar de gestão foram concebidos nessa pers-
criação e de envolvimento em torno pectiva paradigmática para a:
de uma causa, originada no proces- a) resolução da equação “universaliza-
so de recuperação e revitalização de ção x qualidade;”
uma escola pública de Ensino Médio, b) criação de uma pedagogia eficaz as-
por iniciativa de um ex-aluno. Era, sociada à gestão, para gerar resultados
por si só, uma reforma emblemática verificáveis e sustentáveis.
em virtude da simbologia do edifício A partir daí, o ICE definiu um marco
que renascia no limiar do Século XXI lógico e sistêmico, ancorado em de-
para voltar a oferecer uma educação mandas reais de soluções concretas de
de qualidade depois de um longo pe- educação. Esse marco lógico nasceu
riodo de declínio. Tratava-se de um a partir de um diagnóstico situacional,
prédio de 1825, que fora referência seguido do levantamento de evidên-
na educação pública brasileira num cias que o confirmam ou o modificam,
período em que a escola proporcio- para finalmente buscar um conjunto de
nava educação de excelência, porém constatações que apoiam a construção
de baixa oferta, ou seja, a educação de uma proposição.
era de qualidade, mas não era asse- Para isso, partiu-se de uma análise
gurada a todos. de contexto, posicionando a escola
Essa revitalização se fez por meio diante dos desafios da formação
da recuperação de 2 estruturas: em pleno início do Século XXI. Os
a) estrutura fisica (o prédio), sem- resultados dessa análise orientaram a
pre a mais fácil; definição das suas diretrizes, funda-
b) estrutura pedagógica mentos e objetivos, consubstanciados
O estado da arte do Modelo se en- pelas evidências e constatações auferi-
contra na criação de um novo para- das, a serem detalhadas nos cadernos
digma na educação pública brasilei- que compõem este rico material.
ra e que se referia à criação de uma Antes, porém, vamos conhecer
nova escola pública de Ensino Médio um pouco do contexto de criação
que considerasse a “universalização” da sua primeira escola e da causa
e a “qualidade”. que a acompanhou.

Diagnóstico
situacional
Evidências e
constatações
Concepção
do Modelo
Modelo
6 INTRODUÇÃO ÀS BASES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS
DO MODELO ESCOLA DA ESCOLHA

Um pouco de história

Aqui, introduzimos uma breve histó- Pela sua trajetória e pelo que
ria do percurso da criação deste representa no imaginário social da
Modelo, cujo ponto de partida se deu cultura daquele Estado, o Ginásio
no início dos anos 2000, em Recife - Pernambucano sempre foi uma refe-
PE, a partir da revitalização do secular rência na história da educação,
Ginásio Pernambucano. da cultura e da vida econômica,
O projeto de criação de um Novo social e política da sua população.
Ginásio Pernambucano tem sua origem Mas, nas últimas décadas, esse
na iniciativa de um de seus ex-alunos. status se encontrava sensivelmente
Depois de uma visita casual à sua comprometido.
antiga escola, ele se sensibilizou com A iniciativa pessoal do ex-aluno
o estado de abandono no qual se logo reuniu outros representantes
encontrava a instituição e se mobilizou, do segmento privado, como ABN
a partir desse momento, em criar meca- AMRO Bank, CHESF, ODEBRECHT
nismos para apoiar o resgate do padrão e PHILIPS. E por m eio dela foi
de excelência daquela escola pública. iniciado o processo de recuperação

© Thereza Paes Barreto

A criação do novo Ginásio Pernambucano – Um caso de corresponsabilidade


social no compromisso com a Causa da Educação Brasileira
INTRODUÇÃO ÀS BASES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS 7
DO MODELO ESCOLA DA ESCOLHA

e revitalização do Ginásio. transcendereram o marco da reforma


A primeira tarefa, entre 2000 e 2002, estrutural e, consolidando suas
foi resgatá-lo do estado de decadên- parcerias, iniciaram os estudos para
cia física em que se encontrava após propor um novo ordenamento
décadas de um processo sistemático politíco-institucional e pedagógico
de degradação. pa ra o G in á sio Pern a m bu ca n o,
Iniciou-se uma longa reforma restituindo o seu poder de referência
estrutural e de recuperação de todo o como parte de um processo amplo
seu acervo, envolvendo profissionais de de desenvolvimento da educação
diversas áreas, inclusive arqueólogos em Pernambuco, no Nordeste e
e historiadores, dada a riqueza de no Brasil.
elementos históricos descobertos sob Para isso foram necessárias mu-
as estruturas do edifício. danças profundas em termos de
Cumprido o objetivo inicial, a conteúdo, método e gestão, a partir
segunda etapa referia-se ao projeto de das quais se construíram as bases do
recuperação da qualidade do ensino. Modelo da Escola da Escolha, que se
A partir daí, o Instituto de Corres- estrutura na análise cuidadosa do
ponsabilidade pela Educação e o cenário contemporâneo, em escalas
Governo do Estado de Pernambuco micro e macrossociais.

Numa leitura atualizada à luz dos do-se em processos de colaboração


avanços sociais que impactam a esco- e cooperação através da definição e,
la, é possível afirmar que o Modelo – a quando necessário, da mudança de
partir dessas inovações propostas – papéis e responsabilidades, o que
carrega já em seu DNA os fundamen- impulsiona o permanente desenvol-
tos de uma escola inclusiva, na acep- vimento profissional de sua equipe
ção plena da palavra. Uma escola que técnica. Cuidando de suas pesso-
atua de forma a garantir educação de as, essa escola busca, também, ga-
qualidade para todos, independente rantir o acesso, o estabelecimento
de toda e qualquer cirucunstância que de infra-estrutura de serviços ade-
possa acometer a criança, o adoles- quados para o público com o qual
cente ou o jovem. Uma escola, que se atua, em ambientes educacionais
vale de pesquisas para saber quem são flexíveis, valendo-se de novas for-
as pessoas que compõem seu grupo. mas de avaliação. (Figueira, Emílio.
Direcionada à comunidade e parceira A escola Inclusiva in http://saci.
dos pais, atua de forma a atingir altos org.br/?modulo=akemi&parame-
padrões de desempenho, ancoran- tro=10374)
8 INTRODUÇÃO ÀS BASES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS
DO MODELO ESCOLA DA ESCOLHA

O pacto em torno de uma causa

No limiar do novo Século, diversos talização física e da concepção de um


estudos e relatórios relativos à juventu- novo reordenamento político, institu-
de brasileira já apresentavam evidên- cional e pedagógico;
cias merecedoras de atenção, alertando • apresentar esta ação à sociedade
para a necessidade de intervenções local como uma ação inscrita no marco
efetivas no âmbito educacional. Em mais amplo da causa da educação
linhas gerais, esses dados alarmantes nacional e não como algo per si.
denunciavam: Para efetivamente atuar na concep-
• altos índices de violência cometida ção e implantação de um Modelo de
contra e pelos jovens; escola inspirado e orientado por esse
• baixíssimos índices de aprendizagem; paradigma, o poder público, a socieda-
• altos índices de evasão no de civil e a iniciativa privada abriram-se
Ensino Médio. à perspectiva de construir uma nova
Em decorrência disso, pareceu per- equação de corresponsabilidade em
feitamente plausível traçar um possível torno de uma causa, a CAUSA da
perfil da juventude como sendo aquela JUVENTUDE BRASILEIRA.
com baixa perspectiva em relação ao Uma causa incorpora as condições
futuro, baixa capacidade para tomar de mobilizar pessoas e/ou instituições
decisões adequadas sobre a própria em torno de objetivos comuns, ainda
vida e baixos níveis de autoestima, que sejam imponderáveis. Foi, portanto,
autoconceito e autoconfiança, elementos no contexto de uma causa, em torno
fundamentais para uma pessoa cons- da qual todos agregam forças para
truir uma visão sobre a sua própria fazer a parte que é de todos e traba-
vida e desenvolver ações com vistas lham para gerar transformação, não
à construção de um projeto de futuro, apenas para resolver problemas pontu-
por meio da fruição das oportunida- ais, que estes segmentos – poder pú-
des que dispuser e da capacidade de blico, sociedade civil e iniciativa privada
tomar decisões. – uniram-se, com suas respectivas com-
Uma profunda reflexão levou ao ama- petências e prioridades, e desenvolve-
durecimento e à convicção de que havia ram o Modelo da Escola da Escolha.
ali uma tarefa e uma oportunidade: Ao produzir soluções educacionais
• ressignificar a instituição pública es- de reconhecida qualidade, em virtude
colar centenária, através da sua revi- dos seus resultados, a Escola da Escolha
INTRODUÇÃO ÀS BASES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS 9
DO MODELO ESCOLA DA ESCOLHA

consolidou-se como política pública com outras instituições e Secretarias


disseminada para a Rede Estadual de de Educação – municipais e estaduais
Ensino em Pernambuco. – apoiando a implantação nos segmen-
O “novo” Ginásio Pernambucano tos do Ensino Médio e nos anos finais
iniciou as suas atividades em 2004, do Ensino Fundamental. Atualmente
atuando como o motor de um vasto encontram-se em curso estudos para
movimento de mudanças e transfor- a implantação do Modelo nos anos
mações. Nos anos seguintes, iniciou-se iniciais do Ensino Fundamental,
o processo de expansão do Modelo, atendendo, assim, a todas as etapas
com a presença do ICE em parceria da Educação Básica.

© Ginásio Pernambucano
10 INTRODUÇÃO ÀS BASES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS
DO MODELO ESCOLA DA ESCOLHA

Escola da Escolha
à luz da história
A escola diante dos desafios da formação no Século XXI

Como situar a escola diante da O mundo vive em permanente


formação das crianças e jovens e dos estado de mudanças. De acordo com o
imensos desafios trazidos por este escritor norte-americano Alvin Toffler,
século? Como nos posicionar diante a primeira transformação ocorreu há
dele, seja para modificar o seu curso, 10 mil anos, quando o homem apren-
seja para confirmá-lo? Como prepa- deu a lavrar a terra com instrumentos.
rá-los para atuar em plena sociedade A segunda, iniciada há três séculos,
dita do “conhecimento”? É necessário se deu com a Revolução Industrial e
refletir sobre estas questões por o seu legado nos trouxe ao Século XXI.
meio das inúmeras e profundas trans- A terceira ocorre agora e o que faz
formações que vimos atravessando, desse um momento singular é a abran-
deixando uma visão cartesiana de mun- gência e a velocidade com que essas
do para ler o mesmo universo, de for- mudanças vêm ocorrendo.
ma estrutural, a fim de analisar de que Duas grandes forças movimentam
maneira elas impactam as nossas vidas essa imensa revolução: a inovação
e, por conseguinte, a instituição escolar, tecnológica e o crescimento popu-
suas escolhas e seus resultados. lacional. De maneira acelerada, elas

Como que o meu currículo e o ambiente educacional poderia mudar para


fomentar um conhecimento mais interconectado, integrado e sistêmico?
INTRODUÇÃO ÀS BASES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS 11
DO MODELO ESCOLA DA ESCOLHA

TRANSFORMAÇÕES NO NOSSO MUNDO

O ser criativo
Reapredendo a:
População

• viver
• se relacionar
• se divertir
• consumir
• se alimentar
• aprender
• produzir
• trabalhar
• conviver

0 1 2 3
Tecnologia

Movido pelo
conhecimento:
• Interconectado
• Integrado
• Sistêmico

O mundo criativo
12 INTRODUÇÃO ÀS BASES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS
DO MODELO ESCOLA DA ESCOLHA

estão transformando o modo de viver, de dos meios de produção. Em respos-


relacionar-se, divertir-se, consumir, ta, a humanidade terá de encontrar
alimentar, aprender, produzir e tra- recursos para lidar com as consequ-
balhar. Em síntese: de ser. Essas ências dessas transformações, es-
mudanças exercerão pressão cada tabelecendo novas ordens políticas,
vez maior, entre outras questões, so- econômicas, sociais, institucionais
bre a forma de usufruir dos recursos e culturais de maneira muito mais
naturais do planeta, dos alimentos e ampliada e em várias dimensões.

POPULAÇÃO MUNDIAL


Brasil

2010: 190,7M

1º crescimento nos
últimos 30 anos
China
2º 200%
Índia

3º 4º
Brasil
EUA

Fonte: Censo 2010


INTRODUÇÃO ÀS BASES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS 13
DO MODELO ESCOLA DA ESCOLHA

Do pensamento cartesiano
à sociedade do conhecimento

O escritor e professor austríaco ‘intelecto’, enquanto a ação baseava-se


Peter Drucker explica que “há cem em experiência e nas habilidades dela
anos não existia a bioquímica, a gené- resultantes. Até a segunda metade do
tica e até mesmo a biologia dava seus Século XIX, toda a tecnologia estava
primeiros passos. Havia a zoologia e a separada da ciência e era adquirida por
botânica. Da mesma forma, as linhas meio do aprendizado prático. Portanto,
que antes separavam a fisiologia e a a busca do conhecimento, assim como
psicologia são cada vez menos signi- o seu ensino, têm sido tradicionalmen-
ficativas, assim como as existentes te dissociados de sua aplicação. Am-
entre economia e governo, sociologia e bos foram organizados por temas, isto
ciências comportamentais, entre lógica, é, segundo o que parecia ser a lógica do
matemática, estatística e linguística, e próprio conhecimento”.
assim por diante. A hipótese mais pro O conceito de sociedade do conheci-
vável é que cada uma das antigas mento está relacionado ao que alguns
demarcações, disciplinas e faculdades autores no final do Século XX identi-
acabarão por ser obsoletas, tornando- ficam como um novo paradigma de
-se barreiras para o aprendizado e o sociedade, que valoriza a informação e
conhecimento. O fato de estarmos pas- a comunicação como bens geradores
sando rapidamente de uma visão carte- de riqueza, que contribuem para o
siana do universo, na qual são enfatiza- bem-estar e para a qualidade de vida.
dos partes e elementos, para uma visão O acesso ao conhecimento se torna
estrutural, com ênfase no todo e nos assim uma questão prioritária para a
padrões, desafia todas as linhas que própria sobrevivência. O conhecimento
dividem os campos de estudo e conheci- hoje seria o grande capital da humani-
mento. Até o Século XIX, praticamente dade. A formação humana, a aquisição
não havia contato entre o conhecimento de conhecimentos e o desenvolvimento
e a ação. O conhecimento atendia ao de habilidades socioemocionais são
pontos estratégicos para o desenvolvi-
O filósofo francês Michel Foucault mento econômico e social.
O fator determinante para a valo-
ressalta que a razão por si mesma não rização do saber é o advento das cha-
pode redimir o sujeito, por não poder madas sociedades pós-industriais, que
se caracterizam pela predominância
modificá-lo. O homem precisa ser
extraordinariamente criativo para se
modificar e, para isso, é necessário que Quais habilidades novas têm se materiali-
ele se instrumentalize de múltiplas zado naturalmente na minha região como
habilidades, inclusive das mais sensíveis. resposta às mudanças no nosso mundo?
14 INTRODUÇÃO ÀS BASES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS
DO MODELO ESCOLA DA ESCOLHA

Para tratar de maneira global a


informação e o conhecimento como
bens públicos fundamentais para
o desenvolvimento da sociedade,
a Cúpula Mundial da Sociedade da
Informação, realizada em Genebra,
do trabalho intelectual. Isso significa, em 2003, destaca no primeiro artigo
entre outras coisas, a substituição da da Declaração de Princípios de Ge-
ideia meramente executiva e mecâni- nebra: “Declaramos nosso desejo
ca de trabalho, típica das sociedades e compromisso comum de cons-
industriais, por uma concepção de truir uma Sociedade da Informação
trabalho centrada em criatividade, flexi- centrada na pessoa, integradora e
bilidade, permeabilidade e colaboração. orientada ao desenvolvimento, em
A atividade produtiva está passando que todas as pessoas possam criar,
a depender do uso de conhecimentos, consultar, utilizar e compartilhar
que exige pessoas criativas, críticas, a informação e o conhecimento,
propositivas, colaborativas e fléxiveis, para que as pessoas, as comunida-
preparadas para agir e se adaptar des e os povos possam empregar
rapidamente às mudanças dessa nova plenamente suas possibilidades na
sociedade. A empregabilidade está promoção de seu desenvolvimento
relacionada à qualificação pessoal. As sustentável e na melhoria da sua
competências técnicas deverão estar qualidade de vida, sobre a base dos
associadas à capacidade de decisão, propósitos e princípios da Carta das
de adaptação a novas situações, Nações Unidas e respeitando plena-
de comunicação oral e escrita, de mente e defendendo a Declaração
trabalho em equipe. Universal dos Direitos Humanos.”

QUANTO MAIS BAIXA A ESCOLARIDADE,


MAIOR A DISPUTA POR EMPREGO

12% 11% 26% 17% 35%


pessoas

9% 7% 20% 17% 46%


empregos

4% 3% 13% 13% 67%


renda
Anos de escolaridade
<1 1-3 4-7 8-10 11+

Fonte: PNAD 2011


INTRODUÇÃO ÀS BASES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS 15
DO MODELO ESCOLA DA ESCOLHA

Nesse contexto, localizar a escola de todos os aspectos da vida, que de-


nesse debate não é uma opção, mas termine a necessidade da atualização
uma necessidade urgente. A huma- constante e o desenvolvimento pleno
nidade enfrenta um dos seus desafios de todas as potencialidades. Por isso é
mais dramáticos e o melhor recurso essencial pensar no desenvolvimento
é a educação. A função primordial do de políticas públicas que enfatizem:
sistema educacional é ensinar a apren- • a importância do conhecimento asse-
der, a pensar com lógica, a formular gurado em todos os níveis, mas, sobre-
as perguntas certas, a buscar sozinho tudo, de maneira qualificada e ampliada
respostas para problemas novos que na Educação Básica;
surgirão ao longo da vida, mas tendo • e fomentem uma cultura plenamente
em vista que a lógica é apenas uma baseada no acesso, interpretação e
das múltiplas formas de pensamento. utilização do conhecimento;
De acordo com educadora Maria Nilde • e viabilizem o domínio das tecnolo-
Mascellani, é preciso “trabalhar o conhe- gias da informação e comunicação a
cimento a partir de uma pedagogia serviço da geração de novos conheci-
social, do homem comprometido com mentos e em benefício do bem comum;
o seu tempo, e de metodologia facili- • e incentivem o desenvolvimento de
tadora da formação de consciências melhores práticas políticas e sociais;
amadurecidas no sentido crítico”. • e auxiliem as sociedades a desen-
A formação humana, a aquisição de volverem suas potencialidades para
conhecimentos e o desenvolvimento melhoria da qualidade de vida.
de habilidades socioemocionais são
pontos estratégicos para o desenvol-
vimento econômico e social. Ou seja,
há a necessidade de repensar critica-
mente o papel social da educação e as
finalidades da escola, que precisa estar
cada vez mais conectada às dinâmicas
da sociedade contemporânea que se
expressam através do mundo do traba-
lho, da pesquisa, da criação, das artes,
das ciências, da inventividade, da filoso-
fia, da estética e exigem que as práticas
educativas interajam com as transfor-
mações e exigências da atualidade.
Os desafios educacionais da
pós-modernidade consistem em prepa-
rar os indivíduos para a transitoriedade
16 INTRODUÇÃO ÀS BASES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS
DO MODELO ESCOLA DA ESCOLHA

Um contexto mundial
de tranformações

Na história da humanidade vivemos


profundas transformações ilustradas,
sobretudo, pela revoluções científica,
política, cultural e técnica. E nos seus
Agenda da
cursos, fundaram novas ordens econô- transformação
mica, social e religiosa no ocidente, que
nos trouxeram a uma atualidade mar- produtiva
cada por uma profusão de transforma-
ções que, tanto num cenário mundial
quanto num contexto brasileiro, atin- Conjunto de tarefas que
gem com expressiva velocidade o dia a
os governos e o setor
dia das pessoas.
Essas transformações podem ser
privado das diversas
situadas em quatro planos: econômico, nações deverão cum-
tecnológico, social e cultural. À luz do prir para melhorar a
que o seu dinamismo traz e pela for- qualidade e a produ-
ma como impactam o nosso cotidiano, tividade na geração
novas exigências são impostas às
de bens e serviços e
diversas dimensões da vida humana e
à educação, em especial. É necessário
obter melhor competi-
ler estes quatro planos considerando tividade nos mercados
os significativos avanços que ao longo interno e externo. Isso
das últimas décadas geraram uma implica em revisão do
nova cultura do conhecimento cientí- conceito de Estado e
fico e tecnológico, tidos como o mais atualização tecnológica
efetivo fator de desenvolvimento no
e organizacional do
mundo produtivo desde a era Moderna.
São estes os planos:
aparato produtivo.
1. Econômico: A globalização dos mer-
cados levou à diluição das fronteiras
econômicas entre os países, gerando
maior competitividade e maior exi- 2. Tecnológico: O ingresso na era pós-
gência sobre a qualidade comercial do -industrial e o surgimento de tecnolo-
trabalhador. Isso exige naturalmente gias cada vez mais refinadas levaram
a elevação dos níveis e da qualidade a outras formas de organização do
da produtividade, com consequências trabalho e transformações produtivas.
determinantes sobre os processos 3. Social: o desemprego e a exclusão
formativos dos profissionais e, por con- social avançam em muitos países, ao
seguinte, da educação. mesmo tempo em que as políticas de
INTRODUÇÃO ÀS BASES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS 17
DO MODELO ESCOLA DA ESCOLHA

ajuste estrutural pressionam pela dimi-


nuição do porte e das áreas de atuação
do Estado, o que deve ser amplamente
debatido – não pelas perspectivas
Agenda da
ideológicas previamente dadas – mas equidade social
a partir de preocupações reais com
o destino da comunidade humana em
dimensões planetárias.
4. Cultural: A pós-modernidade,
Construída ao longo das
caracterizando-se pela virtualização da duas últimas décadas
realidade, pela emergência inédita do por meio de uma série
relativismo ético e moral, do individua- de megaeventos sob
lismo, do colapso das crenças e das a responsabilidade da
convenções, do hedonismo, do narci- ONU. Suas conclusões se
sismo e do consumo desenfreado, mas
constituem como decla-
também, paradoxalmente, pela celebra-
ção ou, no mínimo, confirmação da
rações ético-políticas e
diversidade que emerge nesse novo de planos de ação, que
cenário como um valor decisivo para expressam um com-
a aproximação e o entendimento mais promisso com a vida,
profundo entre as pessoas. através da preocupação
A leitura deste quadro nos conduz
crescente da comunidade
a compreender que existem, em nível
mundial, duas agendas dramáticas:
internacional com o
a agenda da transformação produtiva meio ambiente e com os
e a agenda da equidade social. No direitos humanos.
entanto, para fazer frente a esse ce-
nário, não basta apenas investir na
transformação produtiva, na suposi-
ção de que a equidade social venha
por acréscimo. Há aqui um mensagem
importantíssima para a educação.
18 INTRODUÇÃO ÀS BASES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS
DO MODELO ESCOLA DA ESCOLHA

Como o Brasil está


se inserindo nesse cenário?

Caracterizado como um país de segue neste século confrontado com


dimensões continentais, diverso e o imenso desafio de promover a con-
complexo, o Brasil cresceu e melhorou ciliação entre as agendas da trans-
seus indicadores econômicos e sociais formação produtiva e da equida-
nas últimas décadas. Apesar disso, os de social e cujos pontos nevrálgicos
esforços ainda são insuficientes e o se localizam muito distintamente em
país defronta-se com desafios muito 3 planos:
peculiares quanto ao seu desenvolvi- • no plano do desenvolvimento
mento diante do quadro de crescentes econômico, com a construção de uma
demandas de igualdade e justiça. economia mais competitiva;
É imenso o fosso entre o seu de- • no plano do desenvolvimento social,
sempenho econômico e o seu Índice de com a erradicação das desigualdades
Desenvolvimento Humano (IDH). O Brasil sociais e a perenização de políticas
se destaca negativamente em relação sustentáveis não-assistencialistas;
a outros países em patamar inferior • no plano do desenvolvimento
de desenvolvimento, inclusive dos vizi- político, com a elevação dos níveis
nhos da América Latina e Caribe como de respeito aos direitos humanos e de
Chile, Argentina, Uruguai e Venezuela. participação democrática da população.
Posicionado como a 7ª maior po- A universalização da escola já é um
tência econômica, ocupando a 79ª po- fato que está cada vez mais próximo de
sição no IDH entre 187 países, ainda se consumar. A maior parte das crian-

INCOERÊNCIA ENTRE
BRASIL A TRANSFORMAÇÃO PRODUTIVA
30 ANOS DE DESENVOLVIMENTO
E A EQUIDADE SOCIAL
4,6 anos

R$ 794 Economia Índice de


5,3 anos (PIB) desenvolvimento
humano
(PIB percapita,
escolaridade e
expectativa de vida)
77%

56%
54% 7 Brasil

79 Brasil

educação educação renda


de crianças de adultos mensal
*Base 187 países

Fonte: PNUD 2010 Fonte: PNUD 2010


INTRODUÇÃO ÀS BASES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS 19
DO MODELO ESCOLA DA ESCOLHA

A NOSSA MAIOR OPORTUNIDADE ESTÁ EM GARANTIR


QUE O ESTUDANTE ENTENDA QUE NESTES ANOS
O SEU PROJETO DE VIDA É DAR CONTINUIDADE AOS ESTUDOS

100%
100%

95%
Estudantes do 6º ano
que continuam no 85%
Ensino Fundamental
78%

0%
6º 7º 8º 9º
Ano de estudo

Fonte: INEP 2011

ças está matriculada no Ensino Funda- Há notadamente programas de alfa-


mental e há uma tendência crescente betização e outros que visam à supe-
de oferta de vagas no Ensino Médio. ração das distorções entre a idade e o
As condições materiais também ano em que os alunos estão matricula-
apresentam franco progresso, ainda dos. Têm o mérito de estabelecer me-
que haja muitas questões a serem tas que direcionam as ações dos siste-
resolvidas. É possível prever que, em mas públicos da educação.
médio prazo, várias metas serão cum- No entanto, ainda pesa na distância
pridas, caso haja prosseguimento dos entre a realidade educacional brasilei-
programas que visam à melhoria das ra e a equidade pretendida pelas leis
escolas. A cada ano avaliado, percebe- e pela sociedade, a baixa qualidade
se o avanço das conquistas em termos do ensino, determinada por inúmeros
de recursos e instalações. Alunos das fatores econômicos, políticos e sociais.
escolas públicas têm recebido materi- Dados do Unicef revelam que 38%
ais, uniformes, alimentação e transpor- dos jovens brasileiros vivem em situ-
te, para que seu desenvolvimento escolar ação de pobreza e, por consequência,
não seja dificultado em função da sofrem, não somente da privação de
carência desses recursos. bens materiais ou fome, mas sobre-
Quem conclui o Ensino Médio tem tudo com “a carência de direitos, de
recebido incentivo e subsídio para oportunidades, de informações, de
ingressar nas universidades públicas e possibilidades e de esperanças” (Mar-
privadas ou para cursar escolas técni- tins, 1991, p. 15). Esse fato torna-se ain-
cas, muitas de boa qualidade. da mais sério, se esses jovens tiverem
alguma deficiência.
Se considerada a população de jo-
vens brasileiros matriculados e que
Qual a taxa de evasão na minha região? concluem o Ensino Médio, essa situação
20 INTRODUÇÃO ÀS BASES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS
DO MODELO ESCOLA DA ESCOLHA

PRIMEIRO PASSO: ao mundo do trabalho e a outras


ALFABETIZAR O PAÍS instâncias de participação social.
Esse conjunto de evidências nos
ajuda a elaborar um quadro possível
de constatações frente à juventude, à
infância brasileira que sinteticamente
pode ser definido por apresentar:
• baixos desempenhos de aprendizagem;
• baixos níveis de ambição em relação
ao futuro;
• baixos níveis de autoestima, autocon-
Analfabetos ceito e autoconfiança;
18% funcionais (35M) • limitado repertório cultural e moral.
Mas essas evidências, no conjun-
7% Analfabetos (35M)
to de outras, não podem ser tomadas
como uma dificuldade individual, com
apresenta-se ainda mais aguda e atual, repercussões em insucessos pessoais.
visto que ela representa pouco mais A dimensão e a repercusão desse pro-
da metade dos jovens brasileiros, ou blema são imensas, assumindo-se que
seja, cerca de 58%. Por outro lado, estes são elementos fundamentais para
enquanto cerca de 85% dos jovens uma pessoa construir uma visão sobre
em condições economicamente mais a sua própria vida e desenvolver ações
favoráveis terminam essa etapa da edu- com vistas à construção de um projeto
cação básica, apenas 28% dos jovens de futuro.
em situação de pobreza chegam ao Diante desses desafios, a escola
mesmo resultado. está sendo inapelavelmente convoca-
No Brasil, são 35 milhões de analfa- da a se olhar e a Educação a cumprir
betos funcionais, que, apesar de do- a gigantesca tarefa de desenvolver o
minarem o sistema alfabético, não se potencial de milhões de crianças e de
apropriaram verdadeiramente da escri- jovens através da Escola. Somente
ta para uso em suas vidas. Não conse- assim a eles poderão ser asseguradas
guem ler um texto com compreensão as condições para viver e intervir no
ou produzir um texto coerente com mundo contemporâneo.
as situações que o requerem. Mesmo Sob esse ponto de vista, amadurece,
entre estudantes universitários essa então, a consciência de que a melhor
dificuldade se manifesta. São alunos perspectiva econômica do Brasil não
que leem, mas enfrentam muita dificul- é suficiente para pagar a dívida social
dade de compreensão dos conteúdos e cultural que permanece. Para realizar
dos textos, o que impõe barreiras para a grande tarefa de conciliação da agenda
a continuidade dos estudos ou para o da transformação produtiva com equi-
aprofundamento necessário ao domí- dade social que resulta em estado de
nio de habilidades que serão exigidas bem-estar social, o país precisa definir
no mundo produtivo. A escolarização políticas públicas e de solidariedade
é um elemento fundamental no acesso social para que a população tenha a
INTRODUÇÃO ÀS BASES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS 21
DO MODELO ESCOLA DA ESCOLHA

condição de desenvolver plenamente


a sua potencialidade.
Essas mudanças são amplas, pro-
fundas e complexas e respondem à Pesquisas em áreas que vão da
emergência de um novo paradigma, ou Neurociência, da Psicologia do
seja, um novo jeito de ver, entender e
cuidar da educação e o ICE responde a
Desenvolvimento à Economia
este desafio dedicando atenção à causa mostram cada vez mais que
da educação básica brasileira nos a melhor arma contra a
últimos dez anos, propondo inovações
em conteúdo, método e gestão. desigualdade social e os
Em consonância com todas as trans- flagelos econômicos e sociais
formações citadas, as novas demandas
é investir maciçamente em
da sociedade exigem o repensar da
educação e das escolas, pois os para- crianças nos primeiros anos de
digmas que têm dado sustentação às vida. Para James J. Heckman,
práticas educacionais não dão conta
de propiciar um desenvolvimento
Prêmio Nobel de Economia em
individual e social equânime, podendo-se 2000, se uma criança não for
verificar o aumento da miséria, da
motivada a aprender e a se
exclusão social, do individualismo, da
competitividade predadora, que segre- engajar cedo na vida, maior
gam indivíduos, grupos e nações. será a probabilidade de ela
Por outro lado, confirma-se a função
da educação como fator de desen-
fracassar na vida social e econô-
volvimento econômico e social de um mica quando se tornar adulta.
país, onde urge o imperativo dela estar
atenta às mudanças no contexto e às
exigências da sociedade do conheci- pelas novas gerações (crianças, ado-
mento, colocando-se lado a lado com o lescentes e jovens) no início de suas
progresso, acompanhando os avanços vidas. Metaforicamente a “educação
científicos e tecnológicos, formando precisa ir à escola” para responder à
pessoas dinâmicas, criativas, sensí- tarefa que é transformar DESENVOL-
veis, propositivas, colaborativas e que VIMENTO PESSOAL EM UMA SOCIE-
estejam devidamente habilitadas para DADE MAIS JUSTA E DE BEM-ESTAR
enfrentar um mundo em um processo SOCIAL.
acelerado de mudanças.
Esse enfrentamento começa na sala
de aula da Educação Básica, integrada
à família. Uma economia competitiva,
uma sociedade mais justa e um estado Oportunidades:
democrático de direito forte e consoli-
dado dependem quase que totalmen-
te da qualidade da educação recebida
22 INTRODUÇÃO ÀS BASES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS
DO MODELO ESCOLA DA ESCOLHA

Por que criar um


novo modelo de escola?

A escola tem uma série de imensos va de futuro para as suas vidas, de um


desafios para apoiar o país na resolu- projeto de futuro ou aquilo que desig-
ção da equação desenvolvimento namos de Projeto de Vida.
econômico X equidade social. E precisa Os inúmeros desafios que integram
elevar não apenas os padrões da qua- a sua agenda, a convocam a respon-
lidade da educação que provê às gera- der a uma formação que projete as
ções, mas introduzir em seus currícu- crianças e os jovens para atuar numa
los a adoção de referências que tragam sociedade que, em pleno Século XXI, é
sentido e significado para a criança, chamada por teóricos como Hobsbawm
para o adolescente e para o jovem que como “a era dos extremos”.
a buscam como locus fundamental Segundo Hobsbawm, o mundo ca-
para a constituição de uma perspecti- pitalista pautou-se por um ideal de

ABRANGÊNCIA DE UMA EDUCAÇÃO INTEGRAL

Cálculo
Escolha
Resiliência Reflexão
Sentido
Valores

Percepção

Significado Permeabilidade

Sonho
Flexibilidade
Criatividade
Questionamento
Expressão
Autoestima Proposição

Colaboração Solidariedade

Individualidade
Iniciativa
INTRODUÇÃO ÀS BASES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS 23
DO MODELO ESCOLA DA ESCOLHA

homem muito autônomo, porém pouco provoca muitos educadores a se volta-


solidário, enquanto os países socialistas rem para a formação do homem autô-
cultivaram um homem compulsoriamente nomo e solidário, numa aproximação
solidário e muito pouco autônomo. possível dos ideais de liberdade do
O desafio de construir um novo ho- ocidente e dos ideais de solidariedade,
rizonte antropológico para a Educação que inspiraram o mundo socialista.

A motivação para a concepção do mensões da sua vida, executando o


Modelo pautou-se por novos para- projeto construído e idealizado para
digmas e aliou-se à necessidade e o seu futuro ou o seu Projeto de Vida,
urgência para responder aos desafios essência da Escola da Escolha.
e provocar mudanças que cheguem à
sociedade, na perspectiva de que se Primeiramente, para o ICE, a base
torne mais justa; que se pautem na para a formulação desse Modelo foi
cidadania para reiterar o exercício o compromisso pleno com a integral-
do direito; que fortaleçam a demo- idade da ação eductiva, entenden-
cracia para que se torne mais legí- do-se aqui uma ação muito mais
tima; que influenciem a economia ampla que apenas a formação no
para que se torne mais competitiva e âmbito acadêmico. Essa integralida-
que, finalmente, possibilitem o desen- de foi concretizada por meio:
volvimento da dignidade humana. • do Artigo 2º da LDB 9394/96 e Artigo
3º da Constituição Federal do Brasil
Nesse sentido, o ideal formativo (visão de homem e sociedade);
que se projeta no Modelo é o de um • das finalidades da Educação –
jovem que ao final da Educação bá- UNESCO;
sica tenha constituído e consolidado • do alinhamento político e conceitual
uma forte base de conhecimentos e dos documentos:
de valores, que tenha desenvolvido - Paradigma do Desenvolvimento
a capacidade de não ser indiferen- Humano (PNUD)
te aos problemas reais que estão - Códigos da Modernidade (Bernardo
no seu entorno e se apresente como Toro)
parte da solução deles e, finalmente, - Mega-Habilidades (propostas pelo
que tenha desenvolvido um conjunto CLIE – Centro Latino-americano de
amplo de competências que o permi- Investigações Educacionais basedas
ta seguir aprendendo nas várias di- nos estudos de Dorothy Rich).
24 INTRODUÇÃO ÀS BASES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS
do Modelo Escola da Escolha

© Escola Estadual Prefeito Nestor de Camargo


25

Modelo da
Escola da Escolha
Diante dessa tarefa, ao mesmo daquilo que se aprende, do método
tempo desafiadora e complexa, o sobre como aprender e como ensinar
Instituto de Corresponsabilidade e da gestão dos processos da escola,
pela Educação se dedicou a formular as como o uso do espaço, do tempo, das
bases para a concepção de um modelo, relações entre as pessoas e do uso
com inovações em conteúdo da ação de todos os recursos físicos, técnicos
educativa daquilo que se ensina e e materiais disponíveis.

ver
a educação de um novo jeito
significa considerar que a cuidar
realização das expectativas
do sucesso do estudante deve
ser o ponto de honra e a
porque todos os educa-
dores, todos aqueles que
sentir
interagem e que partici- deve significar que os pro-
razão de existir da escola.
pam dos processos da vida fessores recebem o reco-
escolar, se dedicam e con- nhecimento e o respeito da
jugam esforços em todas sociedade pelo trabalho que
as direções para que os realizam e sentem orgulho e
estu-dantes se realizem satisfação de ensinar porque
em todas as dimensões da se reconhecem como impres-
vida humana. cindíveis na vida dos seus
estudantes hoje e na projeção
da construção do seu futuro.
26 INTRODUÇÃO ÀS BASES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS
DO MODELO ESCOLA DA ESCOLHA

Nessa formulação, os processos for-


mativos inovadores buscam assegurar
A formação se processa por
que as aprendizagens adquiridas na meio de práticas eficazes de
escola possibilitem o desenvolvimento ensino e de processos verificáveis
de múltiplas capacidades, não apenas de aprendizagem que assegu-
intelectuais, e agreguem valor às
ram o pleno domínio, por parte
dimensões da vida pessoal, social e
profissional futura do jovem ao concluir do estudante, do conhecimento
a Educação Básica. a ser desenvolvido durante a
Essas dimensões integram o ideal Educação Básica. Aqui não fala-
antropológico da educação brasilei-
mos de estudos para além desse
ra. Como definido por Anísio Teixeira,
guardam profundo alinhamento com nível de ensino, mas daqueles
as bases teóricas e legais que funda- que devem ser assegurados na
mentam o Modelo e respondem às intensidade, no tempo e na qua-
expectativas apontadas nas análises
lidade durante os anos de estu-
de contexto anunciadas nesta introdu-
ção, ou seja, aqui falamos da formação
do no Ensino Fundamental e no
de um jovem que ao final da educação Ensino Médio. Para tanto, preci-
básica deverá ter formulado um Proje- samos não só de um currículo
to de Vida como sendo a expressão da configurado pela Base Comum
visão que ele constrói de si e para si em
Nacional e pelos documentos
relação ao seu futuro e define os cami-
nhos que perseguirá para realizá-la em institucionais, mas sim valo-
curto, médio e longo prazo. rizado por uma Parte Diversi-
Essas inovações proporcionaram a ficada que não seja considera-
consolidação de um novo jeito de ver,
da apêndice do currículo, mas
sentir e cuidar da educação.
Para tanto, o projeto escolar deve parte integrada e vital para
prover 3 eixos fundamentais: assegurar o seu enriquecimento,
• FORMAÇÃO ACADÊMICA DE aprofundamento e, obviamente,
EXCELÊNCIA;
sua diversificação.
• FORMAÇÃO PARA A VIDA;
• FORMAÇÃO PARA O DESENVOL-
VIMENTO DAS COMPETÊNCIAS DO A formação que busca ampliar
SÉCULO XXI; as referências do estudante
Um dos elementos inovadores intro- relativamente aos valores e
duzidos pelo ICE é a relação de inter-
princípios que ele constitui ao
dependência guardada entre o Modelo
INTRODUÇÃO ÀS BASES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS 27
DO MODELO ESCOLA DA ESCOLHA

longo de sua vida nos diversos A CENTRALIDADE DO MODELO É


meios com o qual ele interage: O JOVEM E SEU PROJETO DE VIDA
famílias, amigos, igrejas, tem-
plos, clubes, centros de convi- ESCOLA DA ESCOLHA

vência etc e que contribuirá TECNOLOGIA DE GESTÃO


EDUCACIONAL (TGE)

na constituição de uma base


MODELO PEDAGÓGICO

sólida para a sua vida. Uma base


consolidada de conhecimentos
e de valores deverá apoiar o FORMAÇÃO FORMAÇÃO
ACADÊMICA DE PARA A VIDA
estudante no processo de toma- EXCELÊNCIA

da de decisões que o acompa- O JOVEM E SEU


PROJETO DE VIDA

nhará ao longo da construção


e da execução do seu Projeto
FORMAÇÃO DE COMPETÊNCIAS
de Vida. PARA O SÉCULO XXI

A formação integral se dá não


apenas pela presença de um
currículo pleno de competên-
cias intelectuais, mas pela pre-
sença de um conjunto de outras Pedagógico e o Modelo de Gestão – es-
competências essenciais pre- truturas existentes no projeto escolar
que se alimentam mutuamente através
sentes nos domínios da emoção
dos seus conceitos, princípios e me-
e da natureza social. O seu canismos operacionais e constituem o
desenvolvimento, no conjunto organismo que torna possível transfor-
dos outros pilares, deverá mar o plano estratégico da escola em
efetiva e cotidiana ação.
contribuir construtivamente
O Modelo de Gestão – através da
para a formação de compe- Tecnologia de Gestão Educacional –
tências que impactam nos TGE, é a base na qual o Modelo Pedagó-
diversos domínios da vida gico se alicerça para gerar o movimento
humana, seja no âmbito pes- e respectivo trabalho que transformará
o que ele traz enquanto “intenção”,
soal, social ou profissional.
efetiva e concretamente em “ação”.
28 INTRODUÇÃO ÀS BASES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS
DO MODELO ESCOLA DA ESCOLHA

Projeto de Vida

O Projeto de Vida reside no “coração” são que se constrói do próprio futuro é


do projeto escolar. Ele é o seu eixo, essencial para todo ser humano. As
sua centralidade e sua razão de existir. pessoas que constroem uma imagem
É fruto do foco e da conjugação de afirmativa, ampliada e projetada no futu-
todos os esforços da equipe escolar. É ro, e atuam sobre ela, têm mais possibi-
nele que o currículo e a prática pedagó- lidades de realizá-la do que aquelas que
gica realizam o seu sentido, no aspecto meramente sonham e não conseguem
formativo e contributivo, na vida do jo- projetar de forma nítida o que pretendem
vem ao final da educação básica. Deve fazer em suas vidas nos anos que virão.
ser fruto dos diversos aprendizados nas O que as diferencia é, sobretudo, que
mais distintas áreas de conhecimen- aquelas que têm uma visão estão com-
tos, do currículo que se processa nas prometidas, direcionadas, fazendo algo
várias práticas educativas (in) formais de concreto para levá-las na direção dos
e nos mais variados espaços e tempos seus objetivos. Tudo que contribui para
escolares. É fruto também da presen- que a pessoa avance na direção da sua
ça pedagógica, generosa e afirmativa, visão faz sentido para ela.
daqueles que apoiaram a trajetória do Uma visão, sem plano para realizá-
estudante nos diversos ambientes onde -la, é meramente um sonho. E sonhos
se realizou a sua passagem – colegas, não se tornam vida apenas porque os
educadores, familiares. desejamos. Assim eles não passam de
O Projeto de Vida é uma das meto- fantasias. Devemos aprender, no pre-
dologias de êxito da Escola da Escolha sente, a projetar no futuro os nossos
oferecidas aos estudantes e compõe a sonhos e ambições e traduzi-los sob
parte diversificada do currículo, tanto a forma de objetivos, traçar metas,
no Ensino Fundamental quanto no definir prazos para a sua realização e
Ensino Médio. Ela é a solução proposta empregar uma boa dose de cuidados,
pelo ICE para atribuir sentido e determinação e obstinação pessoal
significado ao projeto escolar, em para isso. Esse é um processo gradual,
resposta aos desafios advindos do lógico, reflexivo e muito necessário na
mundo contemporâneo sob o ponto de construção de sentidos para as nossas
vista da formação dos jovens, sempre vidas. É a própria experiência da
na expectativa das transformações autorrealização, ou seja, conferir sentido
pretendidas nos planos social, político, e significado para as nossas vidas no
econômico e cultural porque aposta mundo, perante nós mesmos, perante
no sonho, cuida do presente e planeja aqueles com quem nos relacionamos e
o futuro. perante os compromissos que assumi-
Projetar a vida a partir de uma vi- mos com os nossos sonhos.
INTRODUÇÃO ÀS BASES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS 29
DO MODELO ESCOLA DA ESCOLHA

A ARTE DO PROJETO DE VIDA

As
oportunidades

Riqueza intelectual,
Fatores
material e moral
externos

As
escolhas As dúvidas,
as colinas
de sabedoria
Os As
exemplos realizações

As terras
desconhe-
cidas
As
competências
Os
ambientes

Os
valores

A família, os O sonho
professores

Os imprevistos Os valores As pessoas

A
identidade
30 INTRODUÇÃO ÀS BASES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS
DO MODELO ESCOLA DA ESCOLHA

No Modelo Escola da Escolha, os se aplica o que foi aprendido e de que


estudantes são levados a refletir so- forma se usufrui. O Projeto de Vida se
bre os seus sonhos, suas ambições constrói a partir de alguém que sonha,
e aquilo que desejam para as suas que tem ambição e que quer realizá-la.
vidas, onde almejam chegar e que Para isso, a essa pessoa devem ser
pessoas que pretendem ser, mas o providas as condições de uma formação
agir sobre eles, ou seja, quais etapas acadêmica de excelência, associada
deverão atravessar e mobilizá-los a em mesma escala de importância a
pensar nos mecanismos necessários uma sólida formação em valores fun-
para chegar lá, é fundamental. damentais para apoiá-la nas decisões
Não se trata de definir carreira; se que tomará ao longo da sua trajetória
trata, antes, de definir quem eles que- e, igualmente, no desenvolvimento de
rem ser; que pessoas querem ser; que competências que a permitirão transi-
valores querem construir e instituir em tar e atuar diante dos imensos desafios
sua vida como fundamentais; que co- da vida.
nhecimentos esperam ter constituído Esta é a visão idealizada de jovem da
de maneira a ter ampliado e diversifica- Escola da Escolha.
do o seu repertório e que, no conjunto,
o apoiarão na tomada de decisões so-
bre os diversos domínios de suas vi- Um jovem que deverá ser
das, ou seja, a vida pessoal, social e a
dotado da capacidade de
profissional em que se inserem, dentre
outras, a carreira que pretendem ter. iniciativa (ação), liberdade
Trata-se portanto, de pensar sobre o (opção) e compromisso
homem/mulher que se deseja, com to-
das as suas escolhas, da qual também
(responsabilidade) para
faz parte a profissional. fazer escolhas, atuando de
Para isso, um forte trabalho baseado maneira autônoma (base-
no desenvolvimento de um conjunto de
competências se torna fundamental. ando-se nos seus próprios
E aí há também um grande investimento valores, crenças e conheci-
nas competências socioemocionais,
mentos), solidária (atuando
ou não-cognitivas. A literatura tem
mostrado e evidenciado que o que como parte da solução)
mais importa no desenvolvimento de e competente (seguindo
uma pessoa desde os seus primeiros
anos de vida é menos a quantidade
na capacidade de aprender
de informações que chegam até ela a aprender) sobre os
e mais o desenvolvimento de um con-
contextos e desafios, limites
junto de qualidades ou competências
como autoconhecimento, autocontro- e possibilidades advindas
le, persistência, determinação, entre do novo século.
outras. Vale aqui não apenas o que se
aprendeu ao longo da vida, mas como
INTRODUÇÃO ÀS BASES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS 31
DO MODELO ESCOLA DA ESCOLHA

Anotações:
Referências
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SITUAÇÃO DA ADOLESCÊNCIA BRA-


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Supervisão de Conteúdo: Thereza Barreto
Redação: José Gayoso, Juliana Zimmerman, Maria Betânia
Ferreira, Maria Helena Braga, Regina Lima, Reni Adriano,
Romilda Santana, Thereza Barreto
Leitura crítica: Alberto Chinen, Elizane Mecena,
Reni Adriano, Maria Helena Braga
Edição de texto: Leandro Nomura
Revisão ortográfica: Dulce Maria Fernandes Carvalho,
Álvaro Vinícius Duarte e Danielle Nascimento
Projeto Gráfico: Axis Idea
Diagramação: Axis Idea e Kora Design
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Agradecimento pelas imagens cedidas: Thereza Barreto;
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